Sedimentalogia

Universidade Federal de Campina Grande
Centro de Cincias e Tecnologia

Unidade Acadmica de Engenharia Mecnica
Curso: Engenharia de Petrleo
Disciplina: Mecnica das Rochas
Professor : Alexandre Buril
Sedimentologia Ps deposio
Joo Pedro
Jos Carlos
Kleber Martiniano
Lucas Mota
Luara Katarine
Campina Grande- PB
11 de Novembro de 2014
Sedimentologia: Ps- Deposio

1. Introduo............................................................................................................3
2. Processos Ps-Deposicionais...............................................................................4
3. Diagnese.............................................................................................................4
3.1 Processos Diagenticos..................................................................................4
3.2 Estgios diagenticos.....................................................................................6
4. Concluso.............................................................................................................7
5. Referncias Bibliogrficas...................................................................................7
Sedimentalogia : Ps- Deposio

1. Introduo
A formao das rochas sedimentares se d por meio de uma seqncia de etapas
que resultam na consolidao de sedimentos, formando o material rochoso.
Os sedimentos, precursores das rochas sedimentares, encontram-se na superfcie
terrestre resultantes de fenmenos de meteorizao e eroso de rochas pr-existentes
assim como de restos orgnicos. Assim so constitudos em sua maioria por areias, siltes
e conchas de organismos. Estes primeiros, formam-se medida que a meteorizao vai
fragmentando as rochas da crosta, sendo posteriormente transportados pela eroso.
A gua e o vento so os principais agentes de transporte de sedimentos. Quando
estes agentes perdem a capacidade de transportar, devido a uma diminuio da
velocidade, ocorre a sedimentao.
Com o continuar da sedimentao, os sedimentos dispostos nos estratos inferiores
so compactados (diminuio de volume) e cimentados (precipitao de minerais novos
em torno das partculas depositadas, colando-as). Ao conjunto de processos que
transformam os sedimentos em rochas sedimentares consolidadas d-se o nome
de diagnese.
Figura 1: Processo de formao das rochas sedimentares
2. Processos Ps-Deposicionais
Aps a deposio dos sedimentos, segue-se um longo processo de transformao
em uma rocha. Com a continuao do processo de sedimentao, uma sobrecarga de
sedimentos mais jovens depositada. Este peso extra no topo de um sedimento faz com
que este compacte.
A compactao em si no , contudo, suficiente para criar uma rocha cimentada,
massiva, como o empacotamento por si s no afeta a coeso. Os sedimentos agiro
como se eles fossem mais fortes quando o peso da sobrecarga aumentar, desde que o
ngulo de frico seja sempre maior que zero. A sobrecarga aumentada resultar em
tenses horizontais ampliadas quando o sedimento confinado horizontalmente. Isto
ter o mesmo efeito que uma presso confinante no laboratrio, e o sedimento pode
tolerar maiores tenses decisalhamento antes de falhar.
Para a transformao ser completa alguns processos, nos quais os gros so
cimentados juntos, so necessrios. Estes processos ps-deposicionais fsicos e
qumicos so conhecidos como diagnese.
3. Diagnese
A diagnese o processo que leva converso de sedimentos recm-formados e
completamente inconsolidados em rochas sedimentares, resultando em litificao. Ela
caracterizada por um conjunto de processos e por seus respectivos produtos. A
importncia de cada processo diagentico varia na dependncia do estgio de
soterramento e do tipo de rocha sedimentar, se terrgena ou calcria. Os processos mais
comuns so: 1) compactao, 2) dissoluo, 3) cimentao e 4) recristalizao
diagentica.
3.1 Processos Diagenticos
Compactao: a compactao diagentica pode ser de natureza mecnica ou
qumica.
Compactao mecnica: Em escala de gros, a compactao exclusivamente
mecnica abrange dois efeitospossveis: a mudana no empacotamento intergranular e a
quebra ou deformao de gros individuais. O acumulo de gros rgidos
aproximadamente esfricos produz um empacotamento aberto, em que os gros
dispem-se no espao segundo arranjos prximos a cubos. Sob efeito da compactao
por soterramento, o empacotamento aberto d lugar a um empacotamento fechado, de
geometria rombodrica. Como concluso uma porosidade inicial de 70% poder ser
reduzida para menos de 15%.
Compactao qumica: ocorre como dissoluo sob presso, devido ao

soterramento crescente. Ocorre mudana na forma de contato entre os gros, que
passam de pontual para planar, cncavo-convexo e depois suturado,refletindo uma
interpenetrao gradual.A dissoluo pode ocorrer sem efeito da presso de carga,
apenas pelo efeito da percolao de solues ps-deposicionais.gua
intersticial,geralmente alcalina, corri ou dissolve minerais como olivinas, piroxnios
anfiblios e feldspatos.
Figura 3: processo de compactao qumica

Cimentao: a precipitao qumica de minerais a partir de ons em soluo na
gua intersticial. A interao entre os minerais granulosos slidos (especialmente os
minerais de superfcie) e o fluido dos poros o processo bsico. Como somente a gua
dos poros livre para se mover nos sedimentos (no mnimo enquanto a porosidade e a
permeabilidade so mantidas), estes processos so intimamente ligados s mudanas na
qumica da gua dos poros.
A precipitao de calcita na superfcie de gros de areia um exemplo de
cimentao quimicamente induzida. Ocorrem tambm cimentos silicosos (quartzo,
calcednia, opala), carbonticos (calcita, anquerita, siderita) e de xido de ferro
(hematita). Processos de cimentao, contudo, necessitaro de presses aumentadas ou
algum fluir da gua dos poros. Se estas condies no forem encontradas, a cimentao
vir a parar. Alguns dos reservatrios do Mar do Norte pode exemplificar isto. Os
reservatrios de arenitos e giz so caracterizados por presses de poros anormalmente
altas.
Figura 4: exemplo de formao de cimento

Recristalizao diagentica: modificao da mineralogia e textura cristalina
decomponentes sedimentares pela ao de solues intersticiais em condies de
soterramento.
Dois tipos so mais comuns:
Aragonita calcita (polimorfos de CaCO3 ). No h mudana de composio
qumica,apenas de estrutura cristalina (Neomorfismo).
Carbonato slica (mudana qumica). Mudana pH: alcalino cido
(Substituiodiagentica).
3.2 Estgios diagenticos

Eodiagnese ou diagnese precoce:
Dominam reaes de oxidao/reduo, durante ou imediatamente aps o
soterramento.
Ex: Fe2+Fe3+
Hematita + calcita + C siderita
Hematita +clorita chamosita
Hematita + ilita glauconita
Mesodiagnese:
Envolve reaes de substituio diagentica e de cimentao, com grande
soterramento. Formao de porosidade secundria e maturao da matria orgnica.
Principais consequncias da diagnese
Reduo dos espaos intergranulares;

Desidratao parcial (20 a 50% fluido p/ 3 a 6%), com reduo de volume;
Aumento na resistncia e coeso;
Gerao de juntas e fraturas;
Diminuio da porosidade e alterao na permeabilidade;
Eliminao e maturao da matria orgnica (leo, carvo);
Alterao da mineralogia e da textura, das estruturas e produo de bandamento.
4. Concluso
Com base no que foi exposto, pode-se afirmar que a etapa da diagnese, onde
ocorrem processos de litificao, de grande importncia para processos ps
deposicionais, e sendo responsvel pela consolidao, a fase onde nosso agregado se
tornar efetivamente rocha sedimentar.
Nessa etapa possvel observar a importncia de mudanas qumicas que ocorrem
no processo de cimentao, que principalmente resultado da precipitao de um
agente de ligao capaz de consolidar os minerais e de caractersticas litolgicas que
podem influenci-la, como presso dos poros e condies de soterramento.
Em suma as caractersticas das rochas so afetadas por sua composio
mineralgica, por solues intersticiais e pelas condies fsicas no momento da
compactao.
5. Referncias Bibliogrficas
FJAER, E. Et al. Petroleum Related Rock Mechanics. 2nd edition. Elsevier,
2008
SANTANA, M. Curso de Gesto para Indstria de Petrleo e Gs - Geologia
Aplicada.
UHEIN, A. Sedimentologia e Petrologia Sedimentar

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Figura 1: Processo de formao das rochas sedimentares

Compactao qumica: ocorre como dissoluo sob presso, devido ao

Figura 3: processo de compactao qumica

Figura 4: exemplo de formao de cimento

3.2 Estgios diagenticos

Reduo dos espaos intergranulares;

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