Sedimentos e Rochas Sedimentares

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SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES

Organizao: Prof. Vicente Capto


INTEMPERISMO E ROCHAS SEDIMENTARES
!. INTROD"#$O
O ciclo sedimentar se inicia a partir da ruptura ou desagregao das rochas de uma rea
fonte ou provncia geolgica pr-existente, a qual fornece fragmentos que so eventualmente,
transportados e depositados em locais mais baixos topograficamente, constituindo os
sedimentos
!or definio, o intemperismo encerra o con"unto de processos operantes na superfcie
terrestre que ocasionam a desagregao e#ou decomposio da superfcie das rochas $ em
ess%ncia uma adaptao dos minerais das rochas &s condi'es superficiais, bastante diferentes,
daquelas em que elas se formaram
(s propriedades fsicas ou mec)nicas das rochas sedimentares dependem grandemente da
sua composio qumica, textura, estrutura, bem como de sua matri* e cimento
(s rochas suportam bem a grandes esforos compressionais, porm a pequenos tencionais
+ste conceito no to simples quanto parece !or exemplo, duas rochas, com a mesma
resist%ncia compressional, podem se comportar de modo completamente diferente quanto &
abraso ou & tenso
Os arenitos so menos resistentes do que os quart*itos, apesar de ambas rochas terem alto
teor de slica ,aqueles as liga'es entre os gros de quart*o so frgeis, o que no ocorre nos
quart*itos, devido ao metamorfismo que rearran"ou e interligou mais fortemente seus gros -m
arenito fino mais resistente do que um grosseiro
%. &ATORES CONDICIONANTES DO INTEMPERISMO
!elo " visto acima, o intemperismo tem maior ou menor atuao sobre as rochas da crosta,
a depender do tipo ou composio da rocha, da topografia, do clima, e do tempo geolgico
( composio qumica da rocha fornece suas caractersticas de resist%ncia & abraso,
tenso e compresso ( topografia fornece a gravidade, podendo, inclusive, modificar
localmente o clima de uma rea
O clima, por sua ve*, o resultado das varia'es de temperatura, umidade, do regime dos
ventos, da evaporao, da insolao, etc, fatores esses relacionados com as atividades
biolgicas .ais fatores dependem tambm da latitude
/inalmente, o tempo geolgico par)metro mais importante que a nature*a disp'e para a
reali*ao de seu constante modelamento da crosta terrestre
'. PROCESSOS AT"ANTES NO INTEMPERISMO
0iversos so os fen1menos que agem em ntima correlao para a efetivao do
intemperismo +les podem ser de nature*a fsica, qumica ou biolgica, separados ou
con"untamente, a depender das condi'es climticas e da prpria rocha em si
( ao do intemperismo, atravs de seus processos, a de transformar a rocha em solo
'.!. INTEMPERISMO &(SICO
( desagregao ocorre na superfcie da rocha, enquanto em profundidade a rocha mantm-
se isolada dos agentes de intemperismo
O intemperismo fsico a desintegrao das rochas da crosta terrestre pela atuao de
processos inteiramente mec)nicos $ o processo predominante em regi'es ridas, de
precipitao anual muito baixa, tais como desertos e *onas glaciais ,estas regi'es de condi'es
climticas extremas a desagregao das rochas controlada por varia'es bruscas de
temperatura, insolao, alvio de presso, crescimento de cristais, congelamento, etc
a) Varia*e+ ,e te-peratra - Os mais diversos materiais submetidos a varia'es de
temperatura experimentam varia'es de diferentes intensidades, conforme seu coeficiente de
dilatao trmica 2omo a maioria das rochas so constitudas por minerais com diferentes
coeficientes de dilatao 3variando de mineral ou em um mesmo mineral, de acordo com a
direo dos seus eixos cristalogrficos4 em conseq5%ncia da insolao diurna e resfriamento
noturno, so su"eitos a esforos intermitentes durante longo tempo ( fadiga dos minerais torna-
os desagregveis, redu*indo-os a pequenos fragmentos ( variao de temperatura produ*ida
pela insolao durante o dia e resfriamento durante a noite pode ser muito grande (cresce ainda
que a superfcie da .erra iluminada pelo 6ol aquece 7,8 a 9,8 ve*es mais que a atmosfera ,a
*ona da caatinga na :ahia foram observados os seguintes dados 3;ein* e (maral4
NAT"RE.A A+ !/ 0ora+ A+ 1 0ora+
.emperatura da (tmosfera
<=
o
2 99
o
2
.emperatura do ,orito
3rocha preta4
=<
o
2 9=
o
2
.emperatura do gnaisse
3rocha clara4
88
o
2 9<
o
2
9
2) Conge3a-ento ,a 4ga - O esforo causado pelo crescimento de cristais de gelo ao
longo de fendas e entre os gros das rochas, pode tambm ser responsvel pela desagregao
destas +m climas polares e altas montanhas este processo ocorre em funo do congelamento
da gua nas fraturas das rochas, a qual exerce uma fora expansiva, devido o aumento de cerca
de > ? em volume, esta fora expansiva da ordem de 9=@@ Ag#cm
9
e se repete sa*onalmente
( tabela abaixo mostra a desintegrao de tr%s tipos comuns de rochas, submetidas a
congelamento e descongelamento sucessivos
BO2C( !OBO6D0(0+ 3?4
,
o
0+ E+F+6
2O,G+;(0(#0+6
2O,G+;(0(
GB(H(6 0+.BD.O6#H
<
0+
BO2C( ;D:+B(0O6
(B+,D.O 98 < 9,I
(B+,D.O 8 J< @,<
2(;2KBDO <@ 7 @,>
HKBHOB+ @,9 7@@ @,@8
c) Cri+ta3izao ,e +ai+. ,as reas desrticas ou semi-ridas as chuvas so esparsas e a
gua infiltrada no solo dissolve material em baixo e sobe & superfcie por evaporao e
capilaridade !ode se dar a cri+ta3izao ,e +ai+ onde as guas com sais dissolvidos 3carbonatos,
sulfatos, cloretos e nitratos4 ascendem & superfcie e, eventualmente, chegam a deposit-los em
camadas superficiais
,) A356io ,e pre++o - Ocorre quando as rochas, que se encontravam comprimidas a
grandes profundidades, chegam prximo & superfcie tra*idas pela eroso das rochas
superpostas +sse alvio de carga ocasiona a expanso das rochas e, frequentemente, provoca
fraturas prximo a superfcie, nas rochas que formam o relevo do terreno ,a construo de
tLneis se observa bem este fen1meno, onde as rochas das paredes dos tLneis estilhaam
liberando lascas com grande rudo, pois as rochas em torno do tLnel ficam sem sustentao Os
poos profundos durante a perfurao tendem a desabar e fechar, por isso usa-se lama com alta
densidade para contrabalanar a tend%ncia a desabamento e ocluso de poos
'.%. INTEMPERISMO 7"(MICO
O intemperismo qumico 3decomposio qumica4 caracteri*ado pela reao qumica
entre os minerais constituintes das rochas com gases atmosfricos e solu'es aquosas diversas,
na tentativa destes minerais se adaptarem & condi'es fsico-qumicas do ambiente em que se
encontram O produto final destes processos uma conseq5%ncia do ataque qumico aos
minerais da rocha fonte +ste processo bastante acelerado nos casos em que as rochas foram
preparadas, previamente, pelo intemperismo fsico, redu*indo-a a pequenos fragmentos, ou se"a,
aumentando a rea superficial de contato, por volume de material, para um ataque mais efetivo
pelos agentes qumicos
!ode-se concluir que o principal agente de intemperismo qumico a gua ( gua
meterica 3gua da chuva4 pura reage muito pouco com a maioria dos minerais formadores de
rochas, exceto os minerais solLveis dos evaporitos 3sais4 !orm as guas tem frequentemente
seu pC diminudo 3aumento de acide*4 devido & dissoluo de 2O
9
da atmosfera, formando
cido carb1nico, e, tambm pela presena de cidos hLmicos, resultante de processos biolgicos
<
das plantas +stes cidos aumentam conseq5entemente a efetividade da gua como agente de
decomposio das rochas (s guas subterr)neas possuem em mdia @,7-@,8g#litro de material
dissolvido
( efetividade do intemperismo qumico influenciada principalmente, pelo tipo de
material 3rocha fonte4, clima, topografia, cobertura vegetal e tempo de exposio das rochas aos
processos de intemperismo
2onsiderando a nature*a da rocha fonte, a depender da maior ou menor estabilidade dos
minerais &s condi'es fsico-qumicas do ambiente, maior ou menor ser a intensidade de
atuao dos processos de intemperismo qumico
Olivina, augita, hornblenda, ortoclsio 3albita4, microclina, muscovita, slex e quart*o
3*irco, turmalina4 O quart*o o mais resistente, mas mesmo o quart*o em clima tropical
Lmido sofre dissoluo lenta
!elo visto acima, a listagem representa a srie de estabilidade qumica de minerais segundo
GO;0D2C ( olivina o menos estvel, o quart*o, o *irco e a turmalina so os mais estveis
+sta relao entre as sries de cristali*ao magmtica de :OM+, e a srie de estabilidade do
GO;0D2C, indica que, os minerais das rochas gneas cristali*ados nos estgios finais do
resfriamento do magma, so mais estveis nas condi'es superficiais do que os minerais
formados em um estgio precoce de cristali*ao
O clima Lmido fornece o ambiente mais propcio aos processos relacionados com o
intemperismo qumico, especialmente condi'es de umidade e calor +le tambm favorece o
desenvolvimento abundante da vegetao e, conseq5entemente, o aumento da quantidade de
cidos hLmicos de origem org)nica
2omo " foi dito, o intemperismo qumico o processo de decomposio da rocha atravs
de rea'es qumicasN estas rea'es podem serO o8i,ao, re,o9 0i,r:3i+e9 0i,ratao9
,eco-po+io por aci,o car2;nico e ,i++o3o
( o8i,ao um dos primeiros fen1menos de decomposio subrea $ em ess%ncia uma
reao com o oxig%nio para formao de xidos, ou com o oxig%nio e a gua para formao de
hidrxidos Os elementos mais suscetveis & oxidao soO car2ono9 nitrog<nio9 f:+foro9 ferro e
-angan<+ (ssim, por exemplo, o ferro bivalente 3/e
P9
4 passa para a forma trivalente 3/e
P<
4
provocando modifica'es na estrutura dos minerais ricos em ferro O aparecimento nas rochas
de cores amareladas e avermelhadas caracterstico das rea'es de oxidao do ferro
( re,o uma reao de retirada do oxig%nio de uma subst)ncia pela atuao de
redutores, tais como gs sulfdrico 3C
9
64, carbono 324 e hidrog%nio 3C
9
4, produtos comuns em
ambientes de putrefao
( 0i,ratao o fen1meno da incorporao da gua & estrutura cristalina e 0i,r:3i+e a
reao dos minerais com a gua ( hidrlise dos feldspatos uma das rea'es mais importantes
no intemperismo qumico, " que os feldspatos so os minerais mais abundantes nas rochas
primrias 3=9 ? do total dos minerais na rocha, segundo Medepohl, 7>=>4 !or exemploO
9Q(l6i
<
O
R
P >C
9
O P 9C
P
(l
9
6i
9
O
8
3OC4
J
P JC
9
6i
J
P 9Q
P
3Ortoclsio4 32aulinita4
feldspato argila
!arte do 2O
9
da atmosfera dissolvido na gua se combina com esta formando cido
carb1nico 3C
9
O P 2O
9
S C
9
2O
<
4, que apesar de ser um cido bastante fraco , provavelmente,
o agente mais importante deste tipo de intemperismo
J
Os cidos presentes na gua, tem papel importante no processo de dissoluo (ssim por
exemplo, a dissoluo de um calcrio 32a2O
<
4 em gua pura muito lenta, mas se esta gua
possuir alguma acide*, a presena do on C
P
facilita a dissoluo do calcrio
'.'. INTEMPERISMO =IO>?@ICO
6o os processos de decomposio e desagregao de rochas relacionadas & atividade de
organismos vivos Geralmente atua aumentando a efetividade dos processos qumicos e fsicos
+xemplosO atuao de ra*es e escavao de animais tipo minhocasN a segregao de gs
carb1nico, nitratos e cidos org)nicos como produtos finais do metabolismo de organismos, etc
Os fatores que controlam a atuao destes processos esto tambm relacionados aos que
determinam o desenvolvimento de organismos vivos 3clima, nutrientes, iluminao, etc4
A. ESTB@IOS DA EVO>"#$O INTEMPCRICA DE "MA ROCHA
!ara exemplificarmos melhor a evoluo do intemperismo na superfcie da crosta terrestre
tomemos, por exemplo, uma rocha grantica, composta principalmente de quart*o, feldspatos e
mica
O pri-eiro e+t4gio de alterao caracteri*ado pelo ataque qumico aos feldspatos e
micas Dnicialmente eles perdem seus brilhos caractersticos e, tornam-se baos ( te8tra da
superfcie da rocha ainda permanece a mesma, inalterada
,o +egn,o e+t4gio9 os minerais da superfcie das rochas so totalmente decompostos mas
percebe-se, ainda, a textura original da rocha ,o D3ti-o e+t4gio a rocha encontra-se totalmente
decomposta, no mais se percebendo sua textura original no +o3o 3S rego3ito E -anto ,o
8
inte-peri+-o). ,as reas onde no ocorrem freq5entes desli*amentos, a passagem de um
estgio a outro transicional, gradual
(s micas e os feldspatos se decomp'em em argilas, enquanto que os quart*os, que so os
minerais mais resistentes ao ataque qumico e & abraso, formam a frao mais grosseira,
insolLvel que so os gros de areia
=
$ tambm caracterstico nos processos de intemperismo, em climas tropicais, a formao
de hidrxidos de alumnio e ferro +ste processo denominado de 3aterizao 2aracteri*a-se
por uma intensa lixiviao, devido a alta pluviosidade, permanecendo no final no subsolo apenas
um resduo dos produtos de menor solubilidade, como o ferro e o alumnio na forma de
hidrxidos (o produto final da lateri*ao d-se o nome de 3aterita, e, no caso de ocorrer o
predomnio de alumnio o produto recebe o nome de 2a8ita ( bauxita o minrio de alumnio
utili*ado para a obteno do metal alumnio
&ORMA#$O DO SO>O
(s rochas raramente so encontradas aflorando na superfcie, quase sempre so
encontradas cobertas por um manto de espessura varivel de material solto, incoerente
SO>O o produto final do intemperismo das rochas, caso as condi'es fsicas, qumicas e
biolgicas permitam o desenvolvimento de vida vegetal, tambm denominadoTTT rego3ito o
-anto ,e inte-peri+-o. +m climas frios e secos os solos so pouco espessos e em climas
quentes e Lmidos o intemperismo alcana considervel profundidade
&atore+ Fe ata- na for-ao ,o +o3o:
!. C3i-a: diferentes rochas podem produ*ir o mesmo solo, dependendo do clima ( mesma
rocha original pode produ*ir solos diferentes, em climas diferentes
%. Tipo ,e Roc0a: ricas em solLveis, pobres, etc
'. Vegetao: cobertura, proteo contra a eroso, fornecimento de cidos hLmicos, facilita a
infiltrao de gua
A. Re3e6o: inclinado, dificulta a penetrao de gua e facilita a solifluxo e destruio do solo
1. Te-po: necessrio muito tempo 3milhares de anos4 para evoluo do solo
C3a++ificao C3i-4tica ,o+ So3o+
So3o+ Pe,a3fGrico+ >ato++o3o+ o 3aterita 3trpicos4
3Begi'es Lmidas4 Po,zo3 3Fona .emperada4
precipitao UTTT =<8 mm#ano Tn,ra 3F Krtica4
So3o+ Pe,oc43ico+ Tc0ernozie- 3.erra !reta4 S <@@-=<@ mm#ano, Fona fria
3Begi'es Kridas4 Ca+tan0oHMarro-S 98@-<8@ mm#ano, quente
precipitaoTTT V =<8 mm#ano De+Grtico+ e Sa3ino+ S TTT98@ mm#ano, quente
Perfi3 ,o So3o
O solo apresenta hori*ontes ou nveis com espessuras variveis, podendo estar ausentes,
designados pelas letras de ( a 0
A H su"eito & ao direta da atmosfera, geralmente fofo, intensamente alterado e contendo a vida
bacteriana 2ontm hLmus 3minerais e matria vegetal e bacteriana4 na parte superior Dntensa
lixiviao dos compostos solLveis
= H argilas, carbonatos e hidrxidos lixiviados 3dissolvidos4 do hori*onte (
C H rocha parcialmente decomposta com blocos de rocha inalterada pouco alterada
D H rocha inalterada
( figura abaixo mostra a evoluo dos solos em climas diferentes
I
2onclui-se que a atuao dos processos metericos causam a desagregao e a
decomposio da superfcie das rochasN fornecem uma frao gro++eira 3gros4 que vai
constituir os cong3o-era,o+ e arenito+, uma frao fina 3+i3te e argi3a4 e tambm uma frao
em +o3o 35on+4 +stes produtos do intemperismo posteriormente podem ser transportados
pelas guas pluviais, fluviais, ventos, gravidade, etc, e finalmente depositar, quando o agente
transportador perde ou diminui sua energia
(o somatrio do intemperismo mais o transporte chamamos de ero+o. +roso o
con"unto de processos mec)nicos e ou qumicos ,e re-oo dos materiais desagregados da
R
superfcie das rochas pelo intemperismo ( eroso se manifesta principalmente pela atuao da
gravidade ( gravidade responsvel diretamente pelo escorregamento das partculas nas
encostas ou, indiretamente, movendo a gua ou gelo que vo remover e transportar os
fragmentos de rochas
(gentes erosivos e transportadores soO Har, gua, gelo e vento e subst)ncias dissolvidas
quimicamente precipitadas nos oceanos, lagos, rios
SEDIMENTO>O@IA
6edimentologia o estudo dos processos e mecanismos de sedimentao $ o estudo da
sedimentao
6edimentos incluem material slido fisicamente depositado pela gravidade, vento e gelo
O transporte e a deposio so basicamente controlados pelas leis da hidrodin)mica
/luidos so materiais que no oferecem resist%ncia ao cisalhamento Os fluidos que nos
interessam so a gua e o ar Os fluidos entretanto resistem ao fluxo +ssa resist%ncia a
viscosidade Os fluidos tambm t%m densidade e se movem em funo da gravidade
( viscosidade e a densidade dependem da composio qumica e temperatura
+xistem dois tipos de fluxoO o laminar, mais raro, e o turbulento, mais comum
Eariveis importantes no transporte so o tamanho do gro, velocidade da corrente e
profundidade da gua
O nLmero de BeWnolds que relaciona esses par)metros dado pela frmulaO
>
Be um nLmero adimensional que distingue o fluxo laminar do turbulento
V 8@@ /luxo ;aminar Be a ra*o entre a fora impulsora e a retardadora do
8@@ - 9@@@ - .ransio fluido
U 9@@@ - turbulento
Regi-e ,e f38o. O fluxo em canais aluviais pode ser classificado em regime de fluxo
6uperior e Dnferior com uma transio entre ambos
O nLmero de /roude aplicvel quando o fluxo tem uma superfcie livre, como, por
exemplo, um rio
Fr
V
Pg
=
E S Eelocidade
! S !rofundidade
g S (celerao da gravidade
RE@IME DE &>"IO IN&ERIOR: ,este regime, a resist%ncia ao fluxo grande e o
transporte de sedimento pequeno (s ondula'es da superfcie dXgua esto fora de fase com fase
com a ondulao do leito 3superfcie do fundo4 (s formas de leito soO microondula'es,
megaondula'es ou uma combinao de ambas O nLmero de /roude /r menor do que a
unidade
RE@IME DE TRANSI#$O: ( configurao das formas de leito errtica entre
megaondula'es e camadas planas O /r cerca de 7
RE@IME DE &>"IO S"PERIOR: ( resist%ncia ao fluxo pequena e o transporte de
sedimentos grande /ormam-se camadas planas e antidunas (s ondula'es da superfcie da
gua esto em fase com as ondula'es do leito O /r maior do que 7
O movimento dos fluidos produ* formas de leito que esto em fase com as ondula'es da
superfcie da gua +m funo das formas de leito pode-se interpretar o ambiente de deposio
-ma seq5%ncia ideal seria
H(2BOO,0-;(YZ+6
B+GDH+ 0+ /;-[O D,/+BDOB HD2BOO,0-;(YZ+6
2(H(0(6 !;(,(6 36+H HOEDH+,.O4
B+GDH+ 0+ /;-[O 6-!+BDOB (,.D0-,(6
2(H(0(6 !;(,(6 3H-D.O HOEDH+,.O4
1. TRANSPORTE. $ a capacidade do agente manter os materiais em movimento !ara
analisarmos a remoo e transporte dos produtos do intemperismo, devemos considerar a
exist%ncia de tr%s fra'es liberadas pelo intemperismo da rocha fonteO
7@
S Eiscosidade do fluido
E S Eelocidade do fluido
6 S 0i)metro da seo
d S 0ensidade do fluido
(rrasto 3trao#desli*amento4
.ransporte fsico ou mec)nico 6altao
6uspenso
.ransporte qumico 6oluo verdadeira
Gel - 6olu'es coloidais
O material mobili*ado em soluo ou
suspenso, pressup'e a gua como agente
de intemperismo e transporte +mbora os
processos gravitacionais aquosos tambm
predominem no transporte da frao
grosseira, esta tambm tem como meio de
transporte, a energia dos ventos ou ao de
geleiras
&ig. Rio+ +o o principa3 agente ,e tran+porte ,e +e,i-ento+ no+ continente+.
Re3aciona-ento ,o ta-an0o ,o gro ,a carga ,o rio co- a 6e3oci,a,e na +eco ,o cana3
-ean,rante. O +e,i-ento -ai+ gro++eiro G a++ocia,o co- a zona ,e 6e3oci,a,e -ai+ a3ta na
parte e8terna ,a cr6a a,Jacente ao 2arranco9 -a+ ta-2G- no centro ,o cana3 entre o+ ,oi+
-ean,ro+. O+ +e,i-ento+ -ai+ fino+ +o a++ocia,o+ co- a 6e3oci,a,e -ai+ 2ai8a no 3a,o
interno ,a cr6a ,o -ean,ro9 opo+to ao 2arranco. No 3a,o interno for-a-H+e ,ep:+ito+ ,e
praia ,e rio9 c0a-a,a+ 2arra+ e- ponta3 Kpoint 2ar ,epo+it+).
( energia, ou compet%ncia, e o poder de seleo do meio transportador so caractersticas
importantes na conduo dos sedimentos 0e um modo geral a seleo 3separao por tamanho4
observada nos sedimentos, se inicia quando o agente transportador perde compet%ncia para
suportar em suspenso um determinado tamanho de gro, sendo forado a deix-los cair
3deposita-o4 no fundo do rio, do mar, etc
77
79
7<
+ste processo de seleo granulomtrica funo de vrios fatores, entre elesO
do tipo de agente transportador 3gua, vento, gelo4N
das varia'es climticas da rea 3para um mesmo tipo de agente a intensidade de sua
atuao varia se for poca de chuvas ou de seca4N
do tipo da rea 3em uma mesma rea podem ocorrer vrios tipos de agentes de
transporte4N e,
da locali*ao da rea 3os agentes t%m locais preferenciais de maior e menor energia Eer
a figura a acima do rio4
-ma feio caracterstica das rochas sedimentares a estratificao, conseq5%ncia dos
processos envolvidos na sua formao +stratificao a disposio em estratos ou camadas (
estratificao pode ser plano paralela 3hori*ontal4 ou cru*ada ( configurao destes estratos ou
camadas, que podem variar muito em espessura, conseq5%ncia daO
Eariao da compet%ncia do agente transportador 3o que acarreta diferenas
granulomtricas4N
!roviso ou quantidade do material sedimentar intemperi*ado a ser transportadoN
2apacidade de solubilidade do meio ou agente transportador
7J
,as regi'es elevadas topograficamente, embora a concentrao de gua se"a menor, as
encostas so ngremes com material permanentemente sendo decomposto pelo intemperismo e,
portanto, sendo removido rapidamente 2om um gradiente elevado e com bastante material
disponvel, torna-se possvel o transporte de fragmentos mais grosseiros ( medida que a encosta
vai se suavi*ando, h uma queda de energia do agente transportador 3gravidade ou gua de um
rio4, e ele no mais capa* de transportar as partculas maiores ou mais densas (ssim prximo
da origem 3ou fonte4 do rio material a ser transportado temos os seixos e cascalhos 374, em
seguida as areias 394, depois o silte 3<4 e finalmente as argilas 3J4
DIA@RAMA DE HL">STRMM. +ste diagrama relaciona o di)metro da partcula e
velocidade para mostrar campos da eroso, transporte e deposio Observa-se que siltito e
argila resistem mais ao movimento do que areia, devido a foras coesivas do material
&ig. Confor-e a 6e3oci,a,e ,a corrente
e ,o ta-an0o ,o+ gro+ po,e ocorrer ero+o9
tran+porte o ,epo+io. Por e8e-p3o9
Fan,o a corrente e+t4 ,epo+itan,o
,eter-ina,o ta-an0o ,e gro9 e3a po,e e+tar
tran+portan,o gro+ -enore+.
No caso de uma bacia hidrogrfica os sedimentos que atingem os oceanos so
predominantemente os de granulometria mdia e fina (s argilas, por exemplo, podem ser
carregadas em suspenso a grandes dist)ncias oceano adentro, vindo a se depositar em grandes
profundidades 3na plataforma e talude e menos na plancie abissal4
(s caractersticas vistas acima so pontos a serem considerados no transporte mec)nico de
sedimentos +ntretanto, h tambm a considerar as subst)ncias removidas em +o3o, isto ,
que esto su"eitas ao transporte qumico
78
( gua meterica ou gua de precipitao, se infiltra 3fen1meno da percolao4 no regolito
e em algumas rochas sedimentares porosas 0esta forma os interstcios do regolito ou da rocha
esto saturados de gua, desde o substrato impermevel at a superfcie pie*omtrica, ou nvel
fretico da reaN distingue-se assimO
Fona de saturaoO abaixo da superfcie pie*omtrica
Fona de aeraoO acima da superfcie pie*omtrica
( gua de subsuperfcie retira ons e molculas das subst)ncias slidas e gasosas pelo
processo de dissoluo e, ao percolar cho adentro, carrega consigo as subst)ncias dissolvidas
3dissoluo P carreamento S lixiviao4 2omo h subst)ncias mais e menos solLveis, o
fen1meno de lixiviao tambm seletivo, deixando o material residual enriquecido em
subst)ncias insolLveis
,a lateri*ao h uma concentrao maior de hidrxidos de alumnio e de ferro e remoo
dos mais solLveis >aterita um material muito rico em ferro residual que capeia chapadas em
locais de alta pluviosidade
( mobilidade relativa dos xidos dos principais elementos qumicos das rochas decresce a
partir do clcio e sdio para magnsio, potssio e alumnio !or isso as rochas submetidas a
7=
processos de intemperismo qumico tendem a perder principalmente esses elementos o mostram
um relativo enriquecimento nas propor'es de xidos de ferro, alumnio e silcio
\uando o material solubili*ado atinge um stio deposicional 3bacia4, podo ocorrer por
evaporao, um aumento de sua concentrao a um nvel de saturao e ento acontecer uma
precipitao qumica, dando origem aos sedimentos qumicos, principalmente do tipo
evaportico ( precipitao tambm obedece uma ordem de solubili*ao
2arbonatos - sulfatos cloretos
3menor4 6olubilidade 3maior4
(lguns produtos em soluo podem ser retirados atravs da atividade biolgica, como o
caso dos carbonatos que so extrados pelos organismos da gua para construir esqueletos,
carapaas, conchas, testas de foraminferos etc 2om a morte do organismo esse material se
acumula, formando rochas de origem bioqumica
!elo exposto, podem ocorrer na crosta tr%s grupos distintos de sedimentosO terr5geno+9
F5-ico+ e um terceiro constitudo dos sedimentos 2ioF5-ico+, ou se"a, aqueles 3gerados pela
atividade biolgica 3deposio de carapaas e conchas de animais, por exemplo, construdas a
partir de subst)ncias dissolvidas na gua4
BesumindoO
O intemperismo atua em todas as rochas expostas & atmosfera, produ*indo um material
desagregado e decomposto 3solo, regolito ou manto de intemperismo4 que eventualmente
erodido e transportado 3sedimentos mobili*ados4
Os sedimentos transportados so depositados to logo o agente de transporte perca sua
energia !osteriormente, estes sedimentos depositados, sofrem processos de compactao e
cimentao 3denominados processos diagenticos4, vindo a constituir uma rocha sedimentar
Hovimentos crustais podem elevar essas rochas acima do nvel de eroso reiniciando o ciclo
.emos assim uma cadeia de transformaoO
DIA@NNESE
( diag%nese um con"unto de processos ou transforma'es qumicas, fsicas e biolgicas
que ocorrem em um material sedimentar aps a sua deposio, em condi'es de baixa presso e
temperatura
Os sedimentos recm formados so moles e incoerentes como a areia de uma praia ou a
argila de um mangue*al 2om o passar do tempo e a evoluo geolgica, entretanto,
especialmente em *onas em que a crosta est sofrendo um afundamento lento K+2+i,<ncia)9
novas camadas de sedimentos vo se acumulando sobre as mais antigas e assim vo se criando
espessas forma'es de sedimentos que podem atingir centenas e at milhares de metros de
espessura
6ob o efeito do peso das novas camadas, a gua expulsa dos poros e interstcios dos
sedimentos, sendo que os mais antigos vo endurecendo, sofrem a litificao, at
transformarem-se em rochas sedimentares duras
+ste fen1meno de litificao ou diag%nese se processa de vrias maneiras Os sedimentos
argilosos, por exemplo, litificam-se por compactao, ou se"a, as partculas de argila que no
incio da sedimentao se disp'em segundo uma estrutura cheia de poros preenchidos com gua,
sob a ao do peso das camadas superiores so compactadasN umas contra as outras, de modo a
7I
formarem uma rocha dura como o ti"olo prensado ] a areia de praia endurece principalmente
pela introduo de subst)ncias cimentantes como carbonato de clcio, xidos de ferro, slica etc
Os sedimentos qumicos, por sua ve*, ao precipitarem, sofrem fen1menos de cristali*ao
que do origem a rochas muito duras O campo da diag%nese mostrado na figura abaixo
CONSO>IDA#$O DOS SEDIMENTOS
2omo foi visto, aps a sedimentao os sedimentos passam a sofrer processos de
litificao ou diag%nese Os mais importantes so os seguintesO
!. Co-pactao Beduo volumtrica, causada principalmente pelo peso das camadas
superpostas, relacionada com a diminuio dos va*ios, expulso de lquidos, aumento do
contato entre as partculas, esmagamento da matri* e aumento da densidade da rocha $ o
fen1meno tpico dos sedimentos finos, argilosos O contato entre os gro passa de tangencial
para c1ncavo-convexo e finalmente suturado
%. Ci-entao 0eposio de precipitados minerais nos interstcios do sedimento
produ*indo a colagern das partculas constituintes $ o processo de agregao mais comum nos
sedimentos grosseiros e arenosos 2imento de carbonato de clcio e slica so os mais comuns
'. Recri+ta3izao. Hudanas na textura por interfer%ncia de fen1menos de crescimento
dos cristais menores ou fragmentos de minerais at a formao de um agregado de cristais
maiores $ um fen1meno mais comum nos sedimentos qumicos
A. Atig<ne+e. (lterao de um mineral para formar outro mineral, que pode ou no atuar
como um cimento 2rescimento secundrio 3S intercrescimento4 de quart*o sobre gros de
7R
quart*o um exemplo Hineral autig%nico formado de minerais e ons existentes nos
sedimentos acumulados /eldspato autig%nico pode se formar em arenitos
1. Di++o3o ,iferencia3 0issoluo de minerais menos estveis em uma assemblia de
minerais deixando uma cavidade +ssas cavidades podem ser preenchidas por outros minerais ou
gros !or exemplo, uma concha carbontica de um molusco dissolvida e a sua cavidade
preenchida por argila, deixando um molde de um fssil
O. S2+titio o -eta++o-ati+-o. 2ristali*ao de um novo mineral no corpo de um
mineral ou agregado de minerais pr-existentes (s texturas e estruturas originais geralmente
podem ficar bem preservadas ( calcita substituda pela dolomita ou slica
/. In6er+o 6ubstituio de um mineral por seu polimorfo 3um mineral tendo a mesma
composio qumica mas diferente forma cristalina4, comumente acompanhada por
recristali*ao ( aragonita das conchas de moluscos transforma-se em calcita
P. =iotr2ao (nimais escavadores e que se alimentam de matria org)nica destroem
parcial ou totalmente a estratificao e oxidam a matria org)nica usada como alimento
Proce++o+ =io3:gico+
Bea'es qumicas 3bioqumicas4 que ocorrem dentro da matria org)nica depositada "unto
com outros tipos de sedimentos
7>
!) H30eizao 3Car2onificao4 /ormao do carvo S transformao da matria
org)nica vegetal 3celulose4, pela eliminao da C
9
O, C e O e a concentrao de carbono
+voluo da matria vegetal em ambientes redutores apropriados
Hadeira .urfa TTT linhito TTT hulha TTT antracito 3srie do carvo4
%) Hi,rocar2oneto+ /ormao do petrleo e gs natural .ransformao da matria
org)nica planct1nica dos mares e lagos, acumulada em ambiente redutor no fundo, "unto com
sedimentos terrgenos finos
0iactomceas S sapropel 3ao de bactrias anaerbicas primeiro e ao da presso e
temperatura depois4S gera petrleo
ROCHAS SEDIMENTARES
Bochas sedimentares so extremamente variadas, diferindo amplamente em textura, cor e
composio \uase todas so feitas de material que foi movido do lugar de origem para o novo
stio de deposio ( dist)ncia deslocada pode alcanar poucos centmetros ou milhares de
quil1metros -ma caracterstica dessas rochas que a maioria apresenta estratificao, da o
nome de rochas estratificadas ;ama ou areia inconsolidadas so referidas como sedimentos,
enquanto os materiais consolidados so chamados de rochas sedimentares Bochas formadas de
gros ou partculas so chamadas de rochas clsticas Outras rochas sedimentares so de origem
qumica ou org)nica Huitas dessas rochas podem conter fsseis que so restos de organismos
C>ASSI&ICA#$O DOS SEDIMENTOS
7anto ao ta-an0o ,a+ part5c3a+
Os sedimentos so classificados tambm em funo de sua gran3o-etria o ta-an0o
,o+ gro+ !ara isto existem vrias classifica'es e uma das mais usadas, por ser bastante
representativa a de Ment^orth--dden $ uma escala granulomtrica com ra*o 9 entre as
classes sucessivas
0i)metro 3mm4 ,ome Bocha 2arbonato
U98= Hataco 2onglomerado 2alcirudito
9@
98= 79R
:loco Grosso _ _
79R =J
:loco _ _
=J <9
6eixo Huito Grosso _ _
<9 7=
6eixo Grosso _ _
7= R
6eixo Hdio _ _
R J
6eixo /ino _ _
J 9
gr)nulo _ _
9 7
(reia Huito Grossa (renito 2alcarenito
7 7#9
(reia Grossa _ _
7#7 7#J
(reia Hdia _ _
7#J 7#R
(reia /ina _ _
7#R 7#7=
(reia Huito /ina _ _
7#7= 7#<9
6ilte Grosso 6iltito 2alcisiltito
7#<9 7#=J
6ilte Hdio _ _
7#=J 7#79R
6ilte /ino _ _
7#79R 7#98=
6ilte Huito /ino _ _
7#98= 7#879
(rgila Grossa (rgilito, /olhelho 2alcilutito
7#879 7#7@9J
(rgila Hdia _ _
7#7@9J 7#9@JR
(rgila /ina _ X
( separao de gros em classes permite construir curvas granulomtricas acumulativas e
histogramas dos sedimentos
97
MOR&O>O@IA DAS PART(C">AS SEDIMENTARES H TEIT"RA
O estudo das partculas envolveO
a4 &or-a ,o+ gro+ - ( forma dos gros geralmente expressa em termos geomtricos (s
formas mais comuns soO prismticas, esfricas, tabulares, lamelares e elipsoidais
b4 Arre,on,a-ento - O arredondamento significa a agude*a dos )ngulos e arestas de um
fragmento ou partcula clstica O arredondamento geralmente expresso como angular,
subangular, subarredondado e arredondado
c4 E+ferici,a,e - ( esfericidado significa a relao entre a forma de um gro e a esfera
circunscrita a esse gro
d4 Te8tra - ( textura refere-se &s caractersticas das partculas sedimentares e as rela'es
que guardam entre si 2onsidera o tamanho, a forma e o arran"o dos elementos que comp'em
uma rocha sedimentar +ssas propriedades so geomtricas, enquanto que, a granulometria e o
arredondamento so propriedades descritivas da textura
e4 E+trtra - (o contrrio da textura, a estrutura trata das fei'es mais amplas das
rochas sedimentares e melhor observada em afloramentos, no campo +stratificao cru*ada
um exemplo de estrutura sedimentar
99
f4 &42rica - $ a orientao ou falta de orientao dos constituintes de uma rocha
sedimentar +xO os folhelhos possuem fbrica heterog%nea, pois so formados de partculas
alinhadas, enquanto que os arenitos macios possuem fbrica homog%nea, pois so uniformes
g4 E-pacota-ento - $ a maneira pela qual os gros se _arran"am_ ou se empacotam
dentro de uma rocha 6e tomarmos, por exemplo vrias esferas iguais e tentarmos arran"-las de
vrias maneiras possveis, chegaremos a concluso que o empacotamento cLbico ser o mais
aberto e o empacotamento rombodrico ser o mais fechado
0) Se3eo - -m par)metro interessante o grau de seleo ou uniformidade de uma rocha
clstica $ dado pela predomin)ncia de uma ou mais classes granulomtricas -m sedimento
bem selecionado apresenta predomin)ncia de uma classe granulomtrica e sedimento mal
selecionado mostra composto por duas ou mais classes granulomtricas -m sedimento que
composto por seixos, areia grossa e areia fina muito mal selecionado 6eleo pode ser
definida de vrias maneiras !ode ser feita uma medida de tamanho de gros com peneiras
0epois, reali*am-se clculos estatsticos usando o conceito de 0esvio !adro ( figura mostra os
valores limites para cada classe 6eleo e o resultado de um processo din)mico pelo qual
partculas sedimentares, tendo algumas caractersticas particulares 3tamanho, forma ou
densidade4 so naturalmente separadas das demais pelo agente transportador O resultado da
seleo est no grau de similaridade das partculas de um sedimento
9<
.+[.-B( 6-!+B/D2D(; 0(6 !(B.`2-;(6
7 0esgastada por abraso 3fragmentada4
9 ;obada 3com cantos arredondados4
< 2orroda 3houve perda por corroso ou ataque qumico4
J ;isa 3sem marcas pronunciadas4
8 /acetada 3com planos de cristal4
= /osca 3ao de impacto pelo vento4
OBD+,.(YaO 0( !(B.`2-;(
7 Orientao do gro
9 Orientao da matri*
ESTR"T"RAS SEDIMENTARES
2onceitoO 6o configura'es ou fei'es observadas na rocha sedimentar produ*idas por
processos fsicos, qumicos ou biolgicos durante ou aps o processo deposicional no ambiente
sedimentar
Heio de deposio 3viscosidade4
!rocessos fsicos +nergia das correntes e ondas
!rofundidade da gua

!rocessos 2oncre'es calcrias
9J
\umicos 2oncre'es silicosas
!rocessos (tividade de organismos
biolgicos !reservao de fsseis
O estudo das estruturas sedimentares permite dedu*ir as condi'es hidrodin)micas e fsico-
qumicas 3ambiente4 da sedimentao e tambm da diag%nese
ESTR"T"RAS
C>ASSI&ICA#$O DAS ESTR"T"RAS EM RE>A#$O A DIA@NNESE
!BDHKBD(6 !rocessos formadores logo durante a sedimentao
36D,G+,$.D2(64 +x +stratificao cru*ada, marcas onduladas
6+2-,0KBD(6 !rocessos formadores aps a sedimentao
3+!DG+,$.D2(64 +[ 2oncreo
CAMADA a menor unidade visvel e discernvel de um pacote de sedimentos depositado
num determinado perodo de tempo e sob as mesmas condi'es deposicionais
2(H(0( ;eito ou estrato U 7cm
;)mina V7cm
a) E+tratificao
/orma-se devidoO
Hudana na granulometria do material depositado
Hudana na composio do material deformado
Hudana na morfometria dos gros
TIPOS
Cori*ontal 3!aralela4, 2ru*ada, Ondulada e Gradacional
(camamento fino 6edimentao lenta 3:aixa energia do ambiente4
(camamento espesso 6edimentao rpida 3(lta energia do ambiente4
Tipo+ ,e E+tratificao crza,a
.abular ou planar, acanalada e espinha de peixe3herringbone4, conforme figura abaixo
98
2)
Marca+ on,3are+. Si-Gtrica e A++i-Gtrica. Se for-a- pe3a ao ,a 4ga corrente o
o+ci3ao ,e on,a+.
9=
c) @reta+ ,e contrao
;amas argilosas e calcrias desenvolvem fendas de contrao quando se ressecam, sob a
ao do calor do sol, formando uma rede de placas poligonais 2amadas de areia depositadas
acima, penetram entre as fraturas e formam moldes desse sistema poligonal +ssas fei'es
encontradas nos sedimentos indicam que houve exposio subarea durante a sedimentao e
indica tambm se as camadas esto na sua ordem natural de exposio ou invertidas 2aso as
camadas estivessem invertidas a areia em um nvel inferior preencheriam as fendas de baixo
para cima
9I
d4 Corte e preenc0i-ento 3uma feio erodida preenchida4 6o denominadas fei'es
acanaladas, indicam o topo e a base das camadas e as ve*es a presena de discord)ncias
9R
e4 Defor-ao con6o3ta ocorre no estgio plstico quando o sedimento mostra alguma
coeso e o meio ambiente apresenta alguma instabilidade (s camadas se deformam e as
camadas superiores mostram novamente estratificao plano-paralela
9>
f4 =rec0a Intrafor-aciona3 /ragmentos angulosos da parte inferior da prpria unidade (
sedimentao retoma &s condi'es normais anteriores a perturbao do ambiente de
sedimentao
g4 =iotr2ao. 6o fei'es provocadas pela atividade de organismos Os organismos
destroem total ou parcialmente as fei'es de sedimentao, como a estratificao (s
perturba'es podem ser no interior da camada ou em sua superfcie
<@
h4 Concre*e+. 2oncre'es so massas geralmente nodulares ou esfricas3desde
centmetro a metro de di)metro4 de subst)ncias qumicas e mineral diferente agregadas nos
poros de um sedimento clstico, frequentemente em torno de um nLcleo (s concre'es
comumente apresentam estrutura conc%ntrica 3crescimento por deposio de pelculas
sucessivas4 e os ndulos t%m forma mais irregular $ um processo de formao diagentico de
concentrao qumica em determinados pontos ou nveis +xistem concre'es de slex, calcrio,
ferrosiderita etc
A: 2oncreo silicosa 3calced1nia4 esfrica em calcrio ooltico ,otar a continuidade da
estratificao do calcrio dentro da estratificao ( nature*a ooltica dentro do calcrio tambm
continua dentro da concreo como mostraram os resultados de exame microscpio
=: 2oncre'es calcrias botroidais seguindo aproximadamente as estratifica'es do arenito
<7
<9
PROPRIEDADE DOS A@RE@ADOS SEDIMENTARES
<<
POROSIDADE
(o contrrio das rochas gneas nas quais a porosidade mnima, as rochas sedimentares
clsticas, possuem porosidade geralmente moderada a alta +ntende-se por porosidade a
percentagem de espaos va*ios de uma rocha quando comparada com seu volume total
$ uma propriedade muito importante das rochas sedimentares e o caminho natural por
onde se movimentam os fluidos contidos nas rochas /luidos como gua subterr)nea, gs e
petrleo podem transitar e ser arma*enados nos poros das rochas sedimentares
( porosidade nas rochas sedimentares uma funo da forma das partculas, do
empacotamento e da seleo
O empacotamento cLbico ideal, proporciona uma porosidade matemtica de cerca de
JI,=J? e o empacotamento rombodrico ideal, proporciona uma porosidade de ordem de
98,>8?
( porosidade absoluta ou total a percentagem de espaos va*ios contidos na rocha
!orosidade efetiva a percentagem de espaos va*ios interconectados, contidos na rocha
E
V
V
V V
V
V
V V
v
T
T S
T
V
V S
= =
+

V
S E
Vo3-e ,o+ S:3i,o+
( porosidade pode ser medida por vrios mtodos Hacroscopicamente ou com uma lupa
binocular atravs de estimativa visual ou por comparao e microscopicamente tambm atravs
de estimativa visual ou por comparao Hedidas mais precisas so reali*adas atravs de
anlises petrofsicas em aparelhos chamados porosmetros (travs de perfis eltricos tais como
perfil s1nico, perfil neutr1nico e de densidade obtm-se valores de porosidade bastante preciso
C3a++ificao ,a poro+i,a,e
a) Fanto a +a efeti6i,a,e
@ - 8? Dnsignificante
8 - 7@? pobre
7@ - 78? Begular
78 - 9@? :oa
9@ - 98? Huito :oa
U98? +xcelente
<J
b4 quanto ao tipo
C3a++ificao ,o+ ,iferente+ tipo+ ,e poro+i,a,e encontra,a e- +e,i-ento+
Te-po ,e for-ao Tipo Orige-
Pri-4ria o Depo+iciona3 Dntergranular ou interpartcula 6edimentao
Dntragranular ou intrapartcula
Dntercristalina 2imentao
Secn,4ria o /enestral 3"anela4
p:+H,epo+iciona3 Eugular 0issoluo
Hldica
/ratura .ect1nica, 2ompactao
0esidratao, diag%nese
c4 quanto ao tamanho do poro
megaporo U Jmm
mesoporo J a 7#7=mm
microporo V 7#7=
d4 quanto a origem
pr-deposicional
sin-deposicional
ps-deposicional
/atores que influenciam a porosidade
a4 6eleo das partculas 3muito importante4
\uanto melhor a seleo das partculas maior ser a porosidade +xemplo (renitos provenientes de
dunas elicas
b4 .amanho das partculas
\uanto menor a granulometria, maior a porosidade
c4 /orma das partculas
\uanto maior o arredondamento, menor a porosidade
d4 +mpacotamento 3arran"o4 das partculas
(rran"o cLbico 3JI,=?4 e arran"o ortorr1mbico 39=?4
<8
e4 2ompactao
( compactao redu* a porosidade, pois reali*a-se a compactao em detrimento da porosidade
f) Ci-entao
( cimentao acarreta a reduo da porosidade
g) Di++o3o
( dissoluo pode ocorrer nos minerais do material depositado ou no cimento autg%nico
formado posteriormente & deposio Hinerais que substituram minerais pr-existentes tambm
so passveis de dissoluo ( dissoluo aumenta a porosidade que passa a ser chamada de
secundria
L) Per-ea2i3i,a,e
$ a propriedade de um meio poroso permitir a passagem de fluidos atravs dele sem se deformar
estruturalmente ou ocasionar deslocamento relativo das suas partes +X normalmente, expressa
em 0arcWs 304 ou milidarcWs 3md4
-ma rocha tem permeabilidade de 7 0arcW quando transmite um fludo de 7 cp 3centipoise4 de
viscosidade atravs de uma seo de 7 cm
9
& va*o de 7 cm
<
por segundo sob um gradiente
de presso de uma atmosfera por cm
9
K
Q L
P
=

Q S 7 0arcW quando:
\ S 7 cm
<
#seg
S 7 2p 32entipoisW4
( S 7 cm
9
; S 7 cm
! S 7 (tm
<=

( permeabilidade determinada com aparelhos denominados !+BH+(:D;`H+.BO6
/a*-se passar pela amostra da rocha 3plug4 um fluxo de ar cu"a va*o \ medida e a
viscosidade 34 conhecida Os man1metros fornecem a diferencial de presso 3!4 ( rea 3(4 e
o comprimento 3;4 so conhecidos
(o contrrio da porosidade, a permeabilidade grandemente influenciada pelo tamanho
das partculas Os sedimentos grosseiros possuem permeabilidades mais altas que os sedimentos
mais finos
( permeabilidade uma funo do tambm da forma das partculas, da seleo, da fbrica
e do empacotamento
( permeabilidade decresce a medida que a seleo do sedimento diminui 3aumento da
heterogeneidade do tamanho dos gros4 (ssim, areias finas, porm bem selecionadas, podem ter
permeabilidade igual ou maior do que areias mais grosseiras, porem mal selecionadas
,a produo do petrleo, a porosidade efetiva que ira determinar o clculo do volume
das reservas, mas, a permeabilidade que ir determinar quanto desse leo ser extrado, isto ,
recuperado
!aralelamente aos planos de estratificao h uma maior permeabilidade devido & presena
de minerais lamelares que inibem o fluxo perpendicular & estratificao
(s varia'es internas de permeabilidade dependem do sistema deposicional, estgio
diagentico 3cimento, minerais de argila, dissoluo etc4 O estudo desses elementos so
fundamentais na definio das barreiras de permeabilidade e de permeabilidade direcional -ma
rocha no porosa impermevel e uma rocha altamente porosa no necessariamente
permevel, se a rocha no tiver os poros interconectados +xemploO as argilas so porosas, mas
bastante impermeveis
+scala de !ermeabilidade
<7 m0
:aixa
7 - 7@ m0 Begular
7@ - D@@ m0 :oa
7@@ - 7@@@ m0 Huito :oa
>7@@@ ou 7 0arcW
+xcelente
C>ASSI&ICA#$O DAS ROCHAS SEDIMENTARES
(s rochas sedimentares podem ser classificadas quanto a natreza, ta-an0o ,o+ gro+ e
con+titio
A. !. 7"ANTO A NAT"RE.A
Os sedimentos ou rochas sedimentares consistem fundamentalmente de tr%s componentes,
que podem aparecer, misturados ou no, em vrias propor'es
Terr5geno+ - 6o os componentes de uma rocha derivados pela eroso em reas fora da
bacia de deposio e transportadas para dentro da bacia como material terrgeno ou detrtico
+[O quart*o, feldspato, argila e outros minerais
A3oF5-ico+ - 2omponentes resultantes da atividade vital 6o os componentes que se
originaram dentro da bacia de deposio mas que sofreram pouco ou nenhum transporte dentro
dessa mesma bacia, +xO fragmentos de conchas (s conchas foram quebradas e pouco movidas
da sua posio original
<I
OrtoF5-ico+ - 6o os componentes qumicos formados ou quimicamente precipitados
dentro da bacia sem evid%ncias de transporte +xO Os cimentos de slica e calcita dos arenitos
.errgenos, 0etrticos ou clsticos +xgenos
2omponentes
(loqumicos +ndgenos
Ortoqumicos +ndgenos
ROCHAS SEDIMENTARES TERR(@ENAS KC>BSTICAS o DETR(TICAS)
(s rochas sedimentares mais abundantes da crosta so aquelas que se formam pela eroso,
transporte, deposio e diag%nese das rochas pr-existentes 6o elas denominadas de terrgenas,
detrticas ou clsticas
6egundo !etti"ohn, 7>88, os arenitos representam aproximadamente '%Q das rochas
sedimentares crustais, os folhelhos AOQ e os carbonatos apenas %%Q.
( desagregao das rochas pela eroso produ* fragmentos de tamanhos diversos, que vo
desde os matac'es e cascalhos at a frao mais fina que a lama ( frao que resiste aos
processos de alterao e que forma a parte mais grosseira de uma rocha sedimentar
denominada de resistato ( frao que quimicamente alterada na rea fonte, e que
transportada em suspenso 3lama4, o hidrolisato !or decantao, material vem a preencher o
espao va*io entre os gros mais grosseiros
!osterior & deposio ocorrem fen1menos denominados diagenticos, os quais, entre
outros efeitos, proporcionam a precipitao 3a partir da gua aprisionada entre gros4, de
minerais que podero servir de liga ou cimento, de modo a promoverem uma maior unio dos
gros, formando uma rocha propriamente dita
O.!. CONSTIT"INTES DAS ROCHAS TERR(@ENAS KCON@>OMERADOS E
ARENITOS)
=77 (s rochas terrgenas grosseiras possuem tr%s partes, para efeito descritivo devemos
distinguir: arcabouo, matri* e cimento
Arca2oo - a parte constituda pelas fra'es mais grosseiras e que constitui a estrutura
ou _esqueleto_ da rocha, dando-lhe sustentao ,o caso dos conglomerados, o arcabouo
constitudo pela frao maior do que os gr)nulos, ou se"a, todo material maior que 9 mm ,o
caso dos arenitos, o arcabouo constitudo pela frao tamanho areia, isto , todo material
compreendido entre 9,@ - @,@=9 mm
O espao existente entre as partculas ou gros do arcabouo denominado de espao
intersticial ou poro (s rochas de granulometria fina no t%m arcabouo
Matriz - $ a frao fina dos sedimentos detrticos transportada por suspenso $ o
elemento responsvel pela consist%ncia da rocha Geralmente a matri* constituda por um ou
mais minerais de argila
Ci-ento - O cimento a frao precipitada quimicamente nos poros das rochas clsticas e
o responsvel pela rigide* da rocha Geralmente o cimento constitudo por slica, sulfatos de
clcio, carbonato de clcio e magnsio ou xidos e hidrxidos de ferro !ode ser escasso,
<R
abundante ou mesmo estar ausente \uando existente tende a obliterar os espaos va*ios pr-
existentes, tornando a rocha mais fechada ou menos porosa
( figura acima representa esquematicamente as diferentes alternativas que podem ocorrer
em um sedimento desse tipo !ercebe-se tr%s diferentes tipos de material nos poros de uma rocha
terrgena O espao va*io pode ser preservado ou ocupado pelos fluidos 3gua, leo e gs4N pode
ser preenchido por matri* que um sedimento mais fino que o material do arcabouo 3matri*
argilosa, lamosa ou sltica4N ou pode ser redu*ido ou obliterado por minerais quimicamente
precipitados da gua 3cimento4
+xistem diversos processos capa*es de colocar uma matri* fina no espao intersticial do
arcabouo
a4 ( infiltrao mec)nica de argila atravs de sedimentos grosseiros, particularmente ativa
em climas ridos#semi-ridos, onde o lenol fretico esta anormalmente rebaixado
b4 +scorregamentos em encostas e#ou taludes, produ*indo uma massa plstica de gros
e#ou partculas maiores imersas em lama 3debris flo^ S fluxo de detritos4N
c4 O gelo pode carregar e misturar sedimentos de diferentes granulometrias, produ*indo
principalmente depsitos grosseiros com matri* slticaN
d4 +m sedimentos contendo fragmentos dLcteis, como fragmentos de argila, de folhelho, de
rochas metamrficas xistosas etc 3a compactao mec)nica do sedimento pode esmagar esses
componentes moles, in"etando a massa produ*ida entre os gros mais rgidos, formando o que se
chama de pseudo-matri*N
e4 Os organismos escavadores e as ra*es podem misturar lama com areia, provocando
destruio da estratificao +ste processo denomina-se bioturbao e os sedimentos ficam
bioturbados e misturados
<>
COMPOSI#$O MINERA>?@ICA DAS ROCHAS SEDIMENTARES
MINERAIS TERR(@ENOS MINERAIS 7"(MICOSRA"T(@ENOS
7"ART.O '1 H 1S Q CA>CITA /S H PS Q
MINERAIS AR@I>OSOS %1 H '1 Q DO>OMITA /S H PS Q
&RA@MENTOS DE ROCHA 1 H !1 Q S">&ATOS E SAIS % H / Q
&E>DSPATOS 1 H !S Q MISCE>TNEOS KA"T(@ENOS) % H / Q
S(>EI ! H A Q
MICAS S9! H S9A Q
CAR=ONATOS SS S9% H ! Q
MINERAIS ACESS?RIOS S9! H! Q
ROCHAS SEDIMENTARES C>BSTICAS
Cong3o-era,o+ KP+efito+) 6o depsitos constitudos de fragmentos de rochas de
nature*a diversa Os componentes dos conglomerados recebem a denominao de clastos, t%m
tamanho superior a 9 mm de di)metro Os clastos comumente encontram-se imersos em uma
matri* de composio mais fina \uando os clastos so angulosos, a rocha denomina-se 2rec0a9
podendo indicar pouco ou nenhum transporte \uando os clastos sofrem arredondamento, em
geral esto associados a uma matri* arenosa e o depsito constitui um ortoconglornerado
Os ortoconglornerados so transportados por trao e, por isso, so geralmente depsitos
bem maturos, como aqueles de nature*a fluvial
\uando a matri* fina 3peltica4, os clastos so geralmente pouco numerosos e pouco
arredondados ,este caso, o depsito um paraconglomerado ou diamictitos +stes so
provenientes de transporte por suspenso em correntes de alta densidade, como as correntes de
turbide* ou leques aluvionares ou atravs do gelo nas geleiras
Arenito+ KP+a-ito+) 6o os sedimentos mais abundantes !odem ser definidos como toda
rocha cu"os constituintes tenham tamanho entre 9 e @,@=9 mm de di)metro 3segundo a escala de
Ment^orth4
O quart*o o componente predominante, por ser mais duro, resistente e estvel
quimicamente \uando outros componentes entram na composio dos arenitos em quantidades
apreciveis, estes passam a denominar-se grauvacas, ou ainda, arenitos su"os +stes sedimentos,
em sua composio, alm de gros de quart*o, cont%m feldspato, fragmentos lticos 3S
fragmentos de rochas4 e argilas +sta constituio devida ao transporte por suspenso sob
vig%ncia de climas secos, Os arenitos limpos so constitudos, predominantemente, por gros de
quart*o, que sofreram um transporte bastante efetivo, suficiente para eliminar os demais
constituintes de nature*a instvel e produ*ir alto grau de arredondamento nos gros de quart*o
+stes arenitos denominam-se ortoarenitos e encontram-se frequentemente em ambientes elicos
3dunas4, marinhas 3praias4 e canais fluviais
Pe3ito+ K>tito+). 2omo pelitos so englobados todos os sedimentos cu"os tamanhos dos
gros so inferiores a @,@=9 mm de di)metro 3escala de Ment^orth4
6ob esta denominao, englobam-se os siltitos, em que os tamanhos dos gros variam entre
@,@=9 e @,@@J mm de di)metro e os argilitos, cu"as partculas t%m di)metro menor que @,@@J
mm Os siltitos t%m composio muito heterog%nea, com a predomin)ncia de quart*o sobre finos
resduos de rocha, argilas e outros minerais de nature*a varivel Os argilitos podem conter alta
J@
porcentagem de argilas de nature*a diversa, provenientes, em geral, da alterao de feldspatos,
pirox%nios e anfiblios, conferindo grande plasticidade & rocha
\uando os pelitos possuem muita mica, esta se disp'e segundo l)minas plano-paralelas
entre os gros finos, o que confere & rocha grande fissilidade, ou se"a, a propriedade de esfoliar-
se segundo planos paralelos ,este caso, o sedimento denominado folhelho Os pelitos
encontram-se comumente em ambientes de baixa energia, subaquticos de guas calmas, tais
como, partes profundas de lagos, *onas abissais marinhas, p)ntanos etc
ROCHAS END?@ENAS
6o rochas formadas no interior da prpria bacia de deposio devido a ao de material
qumica e biogenicamente precipitado, a partir de guas superficiais
Os constituintes aloqumicos constituem o arcabouo das rochas carbonticas Os tipos
mais importantes de aloqumicos soO
O:3ito+ - !artculas esfricas ou ovais de estrutura conc%ntrica principalmente de
carbonato de clcio /orma-se em guas ricas em carbonato de clcio, movimentas do tipo vai e
vem, como nas ondas do mar
Onc:3ito+ - !artculas formadas por acreso conc%ntrica geradas por algas a*uis que
formam crostas descontnuas em guas agitadas e calmas
=ioc3a+to+ - +squeletos e pedaos de esqueletos de organismos de carapaa calcria
Pe33et+ - !equenos corpos ovalados 3V @,78 mm4 sem estrutura interna e origem fecal
Pe3:i,e+ - 2orpos de U @,78 mm arredondados ou ovalados resultantes de fragmentos de
conchas
Intrac3a+to+ - 2omponente de um calcrio como fragmento erodido dentro da bacia de
deposio e redepositado dentro da bacia e na mesma formao
Micrita - +quivale a matri* e formado por calcita microcristalina
E+pato - 2imento precipitado quimicamente
C>ASSI&ICA#$O DAS ROCHAS CAR=ONBTICAS
O calcrio a rocha carbontica mais abundante 2onforme a granulometria recebe um
nome especfico
,OH+ .(H(,CO
2(;2DB-0D.O U 9mm
2(;2(B+,D.O 9 - @,@=9 mm
2(;2D6D;.D.O @,@=9 - @,@@<> mm
2(;2D;-.D.O V @,@@<> mm
Os nomes granulomtricos das rochas carbonticas so adaptados dos nomes
granulomtricos das rochas terrgenas, mas no possuem o mesmo significado ambiental (
!+.BO:BK6 usa uma classificao que combina um nome granulomtrico 3tabela acima4 com
a ra*o espato#micrita +xemplo uma rocha com <@ ? de bioclastos, J@ ? de oncolitos e <@ ?
de espato recebe o nome de calcrio esptico oncoltico bioclstico
Do3o-ita+ so rochas constitudas por dolomita b2aHg 32a2O
<
4c +m geral, resultam da
substituio da calcita pela dolomita ou precipitao direta da gua do mar devido a evaporao
\uando os calcrios se transformam em dolomita, ocorre aumento da porosidade, porque os
cristais de dolomita so mais densos e menores que os cristais de calcita
J7
E6aporito+ so rochas resultantes da precipitao da gua do mar, devido a evaporao
/ormam-se em braos de mar, mares interiores, lagos salgados etc, donde o nome evaporitos
6o exemplos o sal em 2otiguiba em 6ergipe e o sal de ,ova Olinda, na :acia do (ma*onas
EVAPORITOS MAIS COM"NS
2(;2D.(
2(B:O,(.O6 0O;OHD.(
(B(GO,D.(
+vaporitos H(G,+6D.(
6-;/(.O6 (,D0BD.(
GD!6D.(
2;OB+.O6 C(;D.(
6D;ED.(
2(B,(;D.(
Se,i-ento+ ferr5fero+ - formados pela deposio de hidratos frricos coloidais +m meios
oxidantes formam-se acumula'es hematticas 3xido de ferro4, ou limonticas 3hidrxido de
/erro4 +m meios redutores formam-se acumula'es de pirita 3sulfeto de ferro4 ou siderita
3carbonato de ferro4 +m geral ocorrem misturados com outras fra'es clsticas ou qumicas,
formando sedimentos mistos !ossivelmente, a mistura de slica 36iO
9
4 e xido de ferro se"a a
origem dos "aspelitos-ferrferos de -rucum 3Hato Grosso4 e tambm, aps metamorfismos, dos
itabiritos de Hinas Gerais e 2ara"s
Se,i-ento+ +i3ico+o+ - so depsitos de slica 36iO
9
4 criptocristalina fibrosa 3calced1nia4 e
quart*o microcristalino sob a forma de slex .%m um aspecto macio ceroso e ocorrem sob a
forma de camadas ou ndulos dentro de camadas de calcrio ou outros sedimentos
( formao das rochas silicosas pode ser devido a precipitao de solu'es verdadeiras ou
coloidais, secreo organog%nica ou rea'es qumicas entre calcita em geral e as solu'es de pC
cido
Roc0a+ +i3ico+a+ inorgUnica+:
S53e8 - (gregado micro e criptocristalino de slica
La+pe - 6lex vermelho pigmentado de xido de ferro
&3int - Eariedade de um agregado de calced1nia e opala escura de devido a presena de
matria org)nica
No6ac3ita - Eariedade branca devido a inclus'es fluidas microscpicas
Porce3anito - !ossui aspecto porcel)nico devido inclus'es carbonticas ou argilosas
Bochas silicosas org)nicasO
Ra,io3arito+ - 6o rochas de colorao vermelha, verde ou negra compostas de radiolrios
Diato-ito+ - 6o rochas brancas, leves constitudas de carapaas de algas diatomceas
Bochas sedimentares org)nicas - so sedimentos formados pela acumulao bioqumica de
carbonatos, slica e outras subst)ncias, ou ento pela deposio e transformao da prpria
matria org)nica
J9
+ntre os primeiros, tambm chamados sedimentos aca+to2io3ito+, ou se"a, no
combustveis, merecem destaque os calcrios formados pela acumulao de conchas, corais etc
ou originados pela interveno de certas algas, assim como os sedimentos formados pela
acumulao de estruturas silicosas de foraminferos e diatomceas 3diatomitos4
Os segundos so denominados ca+to2io3ito+, ou se"a, biolitos combustveis, e se formam
pela acumulao de maior ou menor quantidade de matria org)nica, "untamente com uma certa
poro dos sedimentos argilosos ou calcrios
O tipo de material acumulado pode ser predominantemente formado por matria carbonosa
e cidos hLmicos, provenientes do tecido lenhoso e vascular dos vegetais terrestres, +sses
sedimentos se formam em ambientes continentais, p)ntanos, plancies costeiras, alagadios etc,
onde se desenvolve uma vegetao palustre que, ao morrer, acumula-se no prprio local,
originando um ambiente redutor com maior ou menor teor de argila O sedimento assim formado
chama-se turfa 2om a evoluo diagentica, a turfa passa a outras formas cada ve* mais ricas
em carbono chamadas linhito, hulha e antracito
\uando a matria org)nica que se acumula predominantemente constituda por seres
aquticos microscpicos como algas, pl)nctons e bactrias, e a deposio ocorre em lagos,
lagunas costeiras ou mares rasos e semifechados como o Har ,egro, por exemplo, os
sedimentos que se formam so ditos saproplicos e de sua diag%nese e evoluo se formam os
folhelhos betuminosos, os folhelhos org)nicos que podem dar origem a petrleo
HIDROCAR=ONETOS
,a ,iag<ne+e da matria org)nica, a atividade bacteriana o principal agente de
transformao e o principal produto a liberao de gs metano de origem biog%nica ou
bioqumica ( matria org)nica insolLvel, denominada querog%nio, ainda est na zona i-atra,
isto , ainda no se transformou em petrleo
(umentando-se a profundidade de soterramento, a imaturidade chega ao final e o
querog%nio, a partir da temperatura de =@
o
2 comea a liberar pequenas quantidades de
hidrocarbonetos, quando ento o querog%nio entra na catag<ne+e 0urante a catag%nese o
querog%nio libera grandes quantidades de hidrocarbonetos 3C2s4 lquidos 3principalmente4 e
gasosos como metano, etano e propano 3gs Lmido4, resultantes da sua degradao trmica
,esta *ona, denominada zona -atra, a uma temperatura de cerca de 7@@
o
2, a quantidade de
C2 atinge um mximo e a partir da comea a decrescer at praticamente *ero, quando os
hidrocarbonetos lquidos se transformam em hidrocarbonetos gasosos O intervalo de
temperatura de gerao de leo recebe o nome de Jane3a ,e gerao Dnicia-se o terceiro estgio,
nomeado -etanog<ne+e, a partir de cerca de 7R@
o
2, quando o gs Lmido 3etano, propano e
butano4 anteriormente formado craqueado e gradativamente transformado em metano 3gs
seco4 A -etanog<ne+e in,ica a zona +eni3
Os hidrocarbonetos tendem a subir devido sua densidade ser inferior & da gua, atravs de
camadas porosas e falhas e fraturas das rochas 2aso encontrem um barreira formada por rochas
impermeveis eles podem ser retidos e acumulados +ssas acumula'es ocorrem em fei'es
especiais das rochas 6o alguns tipos de estruturas formadas nas rochas que aprisionam o
petrleo (s dobras anticlinais e falhas associadas a camadas impermeveis so as estruturas
mais importantes para aprisionar o petrleo
J<
JJ
EIP>ORA#$O ECONVMICA DAS ROCHAS SEDIMENTARES
KG-(
(B+D(, !+0B(6, (BGD;(6 3Hateriais de construo e ornamentao4
!+.Bd;+O e GK6
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+E(!OBD.O6
6-;/+.O6
O-BO
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.+BB(6 B(B(6 32olumbita e .antalita4
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2(;2KBDO6 e 0O;OHD.O6
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