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Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
TL01 - ADENOMA MUCINOSO DE APNDICE: UM ACHADO
COLONOSCPICO INCIDENTAL
SCHIRMER D1, SPARVOLI AC1, SPARVOLI J1, DAMIN D2,
VARGAS GS1, KIELING PJ1, ZOGBI L1, HEUSER G1
1. FURG, Faculdade de Medicina da Universidade de Rio Grande
2. UFRGS, Faculdade Medicina da Universidade Federal do Rio
Grande Sul
Introduo: a mucocele de apndice qualquer dilatao globular,
cstica do apndice preenchido por mucina. Em reviso da literatura,
evidenciam-se apenas 1 imagem diagnsticas de intussuscepo de
mucocele de apndice com diagnstico feito pela colonoscopia, au-
mentando a relevncia do achado de nosso caso. Objetivo: chamar a
ateno para a possibilidade diagnstica de mucocele de apndice pela
colonoscopia, juntamente com todos os seus benefcios de um diag-
nstico e tratamento precoce frente as suas complicaes. Mtodo:
paciente,feminina, branca, 42 anos, assintomtica, submeteu-se
colonoscopia para screening para cncer colorretal. Me com
adenocarcinoma de reto. Exame fsico e laboriatoriais sem particula-
ridades. colonoscopia, tumorao em topografia do stio apendicular
medindo, aproximadamente, 5 cm, esfrica, esbranquiada, submucosa
apresentando vasos preservados. Em clon direito, leso submucosa
de colorao amarelada com 3x2 cm com aspecto compatvel com de
lipoma. O anatomopatolgico da bisia por colonsocopia, descreve a
leso com moderado infiltrado inflamatrio misto, difuso, inespecfico
e ausncia de atipias. A investigao segue-se com ct de abdome que
revela uma imagem com calcificaes em aspecto em alvo, sugerindo
intussuscepo do apndice em luz do ceco. Uma vez que a tumorao
compromete a base do apndice realizou-se colectomia direita, que
evidenciou apndice com aspecto cstico de contedo mucinoso, com
vacolos de mucina em sua parede, ncleos sobrepostos, em alturas
diferentes, hipercromasia com displasia de baixo grau. Epitlio tipo
colunar achatado pela distenso do apndice. Ncleos de aspecto alon-
gados. Membrana basal ntegra. O diagnstico histopatolgico: adenoma
mucinoso de apndice. Resultados: o cistoadenoma de apndice con-
siderado uma entidade rara observada em 0,07 a 0,3% das
apendicectomias. Atinge preferencialmente o sexo feminino, com
mdia de idade de 45 anos, sem relao com histria familiar. Conclu-
so: o adenoma de apndice, bem como outros casos de mucoceles do
apndice, podem ser detectados incidentalmente em exames diagns-
ticos como na colonoscopia, fornecendo uma oportunidade impor-
tante para o diagnstico precoce e adequado tratamento, evitando
suas possveis complicaes.
TL02 - FREQUNCIA DE PLIPOS CLICOS PS
POLIPECTOMIAS
RODRIGUES, LV1, REGADAS, FSP1, MURAD-REGADAS, SM1,
RIBEIRO, FJC1, KENMOTI, VT1, BUCHEN, GM1, DIGENES,
CVVN1, SOUSA, FJA1
1. UFC, Universidade Federal do Cear2. CCC-HSC, Centro de
Coloproctologia do Cear-Hospital So Carlos
Introduo: a relao entre plipos e carcinoma colorretal torna ne-
cessrio o seguimento ps polipectomia com colonoscopia para paci-
ente submetidos retirada endoscpica de plipos intestinais. Objetivos:
avaliar a freqncia de novos plipos em pacientes submetidos
polipectomia prvia. Mtodos: avaliaram-se retrospectivamente os
relatrios de colonoscopia provenientes do hospital universitrio walter
cantdio e hospital so carlos. Foram analisados sexo, idade, preparo
intestinal, achados e procedimentos endoscpicos. Resultados: no to-
tal de 705 relatrios, 90 (13%) foram indicadas para o controle de
polipectomia, sendo 24 (27%) do sexo masculino e 66 (73%) femini-
no. A mdia de idade dos pacientes foi de 58anos. O preparo intestinal
foi realizado com soluo de fosfato monobsico e dibsico de sdio,
obtendo bons resultados em 67 (74%). Quanto aos achados
endoscpicos, evidenciou-se clon normal em 39 (43%), presena de
plipos em 36 (40%), divertculos associados a plipos em 11 (12%),
e doena diverticular em 4 (5%). Polipectomia endoscpica foi reali-
zada em 39 (43%) e bipsia em 5 (5%). Concluso:no seguimento
colonoscpico ps polipectomia, os achados mais freqentes foram
novos plipos e exame normal e a polipectomia foi o procedimento
realizado na quase totalidade dos exames.
TL03 - ASPECTOS CLNICOS E EPIDEMIOLGICOS DO
CNCER COLO-RETAL TRATADO EM HOSPITAL PBLICO
NO BRASIL
CAMPOS, FG, OCAMPOS, GUILHERME, PEREZ, RO, IMPERIALE,
AR, SEID, VE, SOUSA JR, AHS, NAHAS, SC, CECCONELLO, I
1. HC-FMUSP, Hospital das Clnicas - Faculdade de Medicina da USP
Introduo: o tratamento cirrgico de portadores de polipose
adenomatosa familiar (PAF) tem por objetivo evitar o desenvol-
vimento de cncer colo-retal (CCR). A realizao de resseces
laparoscpicas do clon e reto ainda representa motivo de con-
trovrsia na literatura. Objetivos: apresentar os resultados do tra-
tamento cirrgico por acesso vdeo-laparoscpico em pacientes
com paf, fazendo uma correlao com os dados da literatura.
Mtodos: analisaram-se prospectivamente os resultados do trata-
mento cirrgico em 26 pacientes operados entre 2003 e 2009.
Resultados: foram tratados 11 (42. 3%) homens e 15 (57. 7%)
mulheres, com idade mdia de 28. 3 anos (13-65). Sete pacientes
(26. 9%) tinham ccr associado polipose. Os procedimentos re-
alizados foram proctocolectomia com ileostomia definitiva em 3
(11. 5%), proctocolectomia com ileostomia em 17 (65. 4%),
proctocolectomia sem ileostomia em 1 (3. 8%) e colectomia to-
tal com anastomose leo-retal em 5 pacientes (19. 2%). Foi neces-
sria converso em apenas 1 paciente (4. 0%). Nenhum paciente
requereu transfuso sangnea no perodo peri-operatrio. O tem-
po mdio das operaes foi de 298 minutos (200-390 minutos).
Ocorreram complicaes ps-operatrias em oito doentes (30. 8%),
classificadas como maiores em 5 e menores em 3. Quatro doentes
(15. 4%) foram reoperados por diversas causas. O tempo de
hospitalizao variou de 4 a 16 dias (mdia de 7. 3 dias). Apenas um
paciente teve bito resultante de insuficincia respiratria por pas-
sado de doena pulmonar crnica. Uma breve reviso da literatura
mostra que no existem estudos clnicos randomizados comparan-
do resseces laparoscpicas assistidas com convencionais, sendo
que a maioria dos estudos representada por sries pequenas que
misturam pacientes com paf e colite ulcerativa. De maneira geral,
observa-se que embora as operaes laparoscpicas estejam associ-
adas a maior tempo operatrio, determinam vantagens relaciona-
das recuperao operatria precoce, complicaes, permanncia
hospitalar e cosmese. Concluses: 1) a confeco de colectomias
totais ou proctocolectomias vdeo-assistidas em pacientes com paf
segura e prov excelentes resultados operatrios a curto prazo
quando realizadas por equipes experientes; 2) so ainda necessrios
estudos prospectivos e randomizados para comparar sua real efic-
cia frente aos procedimentos convencionais.
TEMAS LIVRES
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TL04 - AVALIAO DA PREVALNCIA DE PLIPOS
GASTRODUODENAIS E JEJUNAIS NA POLIPOSE
ADENOMATOSA FAMILIAR POR ENTEROSCOPIA ASSOCI-
ADA AO NBI
CAMPOS, FG, KUGA, R, COSER,R, PEREZ, RO, IMPERIALE, AR,
SEID, VE, NAHAS, SC, CECCONELLO, I
1. HC-FMUSP, Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da USP
Introduo: A Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) constitui doena
gentica com grande risco para o desenvolvimento de adenomatose
duodenal e eventualmente carcinomas duodenais. Classicamente, re-
comenda-se a avaliao do estmago e duodeno com tcnicas
endoscpicas de viso frontal e menos comumente de viso lateral.
Entretanto, ainda so limitadas as informaes sobre plipos jejunais
nessa populao. Objetivos: avaliar a incidncia de plipos no trato
digestivo superior e no intestino delgado de pacientes com PAF. M-
todos: Pacientes com PAF foram prospectivamente submetidos a pro-
cedimentos endoscpicos julho a setembro de 2008 utilizando
enteroscopia (Single-Balloon enteroscopy SBE) em associao ao
NBI (Narrow-band Imaging System). A anlise de dados incluiu sexo,
idade, perodo do exame, extenso da Introduo do aparelho, locali-
zao e natureza dos plipos, histologia e complicaes. Resultados:
Foram examinamos 28 pacientes (7 homens e 21 mulheres) com
idade mdia de 34.5 9.4 anos. A durao total dos procedimentos foi
de 44 14.5 minutos. O enteroscpio progrediu numa extenso mdia
de 125 cm (60-200 cm) alm do Treitz. Vinte e trs doentes (82.1%)
tinham sido previamente operados [mdia de 1.9 procedimentos (1-4
operaes)] antes do exame endoscpico. Foram detectados plipos
gstricos em 8 pacientes (apenas um adenoma com atipia leve, 12.5%),
duodenais em 22 pacientes [78.5%] (20 adenomas com atipia leve
91%, 1 adenoma com atipia moderada - 4.5%, e 1 adenocarcinoma
intramucoso bem diferenciado 4.5%); e jejunais em 12 pacientes
[42.8%] (12 adenomas com atipia leve). Quando foram encontrados
adenomas duodenais (22 pacientes), plipos jejunais tambm estavam
presentes em 50% deles (11/22). No houve complicaes maiores
como sangramento, pancreatite, perfurao ou relacionadas sedao;
entretanto, observou-se lacerao superficial da mucosa jejunal em
11/23 pacientes (47.8%) com cirurgias abdominais prvias. Conclu-
ses: 1) a incidncia de adenomas duodenais e jejunais na PAF alta; 2)
o risco de degenerao dos adenomas duodenais, embora pequeno,
ressalta a necessidade de estabelecer vigilncia endoscpica para indi-
car polipectomia, fulgurao ou tratamento cirrgico profiltico em
leses de maior risco; 3) a utilizao de enteroscopia com balo nico
associada com o sistema NBI constitui uma ferramenta segura na
investigao diagnstica das leses, alm de permitir procedimentos
teraputicos no seguimento desses pacientes.
TL05 - EXISTEM FATORES CLNICOS PREDITIVOS DA AS-
SOCIAO DE CNCER COLO-RETAL COM A POLIPOSE
ADENOMATOSA FAMILIAR ?
CAMPOS, FG, FREITAS, IN, IMPERIALE, AR, SEID, VE, KISS, DR,
SOUSA JR, AHS, NAHAS, SC, CECCONELLO, I
1. HC-FMUSP, Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da USP
Introduo: a polipose adenomatosa familiar (paf) afeco gentica
responsvel por menos de 1% dos casos de cncer colo-retal (ccr), e as
metas de seu tratamento incluem o diagnstico precoce e a realizao
de colectomia profiltica antes do desenvolvimento de cncer.
Objetivos: o presente trabalho visou avaliar as caractersticas clnicas
da paf em nosso meio, correlacionando-as com a presena de ccr
associado sndrome. Mtodos: analisaram-se os dados clnicos de
pacientes com paf atendidos entre 1977 e 2006, coletando informa-
es em relao idade, histria familiar, sintomas, gravidade da
polipose e associao com ccr. Resultados: foram tratados 41 (46.
67%) homens e 47 (53. 4%) mulheres. A idade mdia e variaes
foram de 33,6 (13-80) no incio das manifestaes clnicas, 34,6 (15-
80) no diagnstico da doena e 36,8 anos (15-82) por ocasio do
tratamento. Por ocasio do diagnstico da paf, encontrou-se ccr em
53 pacientes (60,2%), com incidncia de 9. 1% at 20 anos, 58%
entre 21-40 anos e 85% acima de 41 anos de idade. Histria familiar
para a sndrome foi reportada por 58 doentes (65. 9%), grupo em que
a idade mdia no diferiu daqueles sem antecedentes (33. 4 vs. 34. 4
anos). Apenas 10. 2% dos pacientes eram assintomticos; grupo em
que a incidncia de ccr foi significativamente menor quando compara-
do aos doentes sintomticos (1. 1% vs. 65. 8%). Os pacientes sem ccr
associado apresentaram menor tempo mdio de sintomatologia (15. 2
vs. 26. 4 meses) e menor freqncia de perda de peso (11. 4% vs. 33.
9%) quando comparados aos com cncer. colonoscopia, o fentipo
de polipose atenuada foi detectado em 12 pacientes (14. 3%); neste
grupo a idade mdia foi mais alta que naqueles com polipose grave (48.
2 vs. 33. 5 anos) e a incidncia de ccr foi similar (58,3% em ambos).
Concluses: 1) em nosso meio, o diagnstico de paf geralmente feito
em pacientes sintomticos, que exibem um risco significativamente
aumentado de ccr aps a segunda dcada de vida; 2) nessa faixa etria,
a existncia de antecedentes familiares no contribui para o diagns-
tico mais precoce da doena; 3) o risco de ccr est associado com
caractersticas clnicas como maior idade, perda de peso, presena e
durao dos sintomas; 4) o risco de ccr semelhante em pacientes
com fentipo atenuado ou clssico da polipose.
TL06 - FATORES PREDITIVOS DE NO FECHAMENTO DA
ESTOMIA DESFUNCIONALIZANTE PARA ANASTOMOSE BAI-
XA NO CARCINOMA RETAL
FORMIGA, F.B., CREDIDIO, A.V., CRUZ, S.H.A., FANG, C.B., KLUG,
W.A.
1. FCMSCSP, Disciplina de Coloproctologia da Santa Casa de So
Paulo
Introduo: a retossigmoidectomia abdominal com anastomose baixa
para tratamento do adenocarcinoma de reto trouxe preservao
esfincteriana para muitos pacientes que outrora eram submetidos a
amputao abdomino-perineal. Em contrapartida, a estomia que de-
veria ser usada para derivao temporria desta anastomose permane-
ce definitiva para alguns pacientes. Objetivos: determinar os fatores
preditivos de no fechamento da estomia desfuncionalizante na
retossigmoidectomia abdominal com anastomose baixa para trata-
mento do adenocarcinoma de reto. Mtodos: anlise retrospectiva
dos pacientes submetidos a retossigmoidectomia com anastomose bai-
xa e estomia derivativa, para tratamento de carcinoma retal, entre
janeiro de 2005 e dezembro de 2008 na irmandade da santa casa de
misericrdia de so paulo. Comparamos 22 pacientes que fecharam a
estomia (grupo a) com 10 pacientes que no fecharam (grupo b).
Dezesseis fatores foram analisados: sexo, idade, localizao do tumor,
comorbidades, neoadjuvncia, cirurgia alargada, estadio intra-opera-
trio, dias de internao, complicaes cirrgicas, estadio
anatomopatologico, margem da resseco, quimioterapia adjuvante,
radioterapia adjuvante, complicaes na anastomose, na estomia e no
seguimento do paciente. Resultados: os pacientes estudados se distri-
buam de forma igualitria entre os sexos, com mdia de idade de 59
anos com desvio padro de 15,24 anos. Cinqenta por cento dos
pacientes apresentavam tumor de reto mdio. 31,25% dos pacientes
no fecharam a estomia. O tempo mdio de seguimento foi 11,5
meses. A comparao entre o grupo a e b para todos os fatores anali-
sados demonstrou significncia estatstica apenas na complicao ps-
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operatria. Os demais fatores se distriburam igualmente entre os gru-
pos. Concluses: a taxa de no fechamento alta, porm nem fatores
relacionados ao doente, ao tumor, a teraputica, a anastomose, a
estomia nem tampouco ao seguimento oncolgico, foram preditivos
deste ndice. A complicao ps-operatria foi o nico fator significa-
tivo, demonstrando que ainda um desafio reduzir tal porcentagem.
TL07 - DISFUNO URINRIA E SEXUAL EM PACIENTES SUB-
METIDOS A EXCISO TOTAL DO MESORRETO PARA TRATA-
MENTO DO CNCER DE RETO
FORMIGA, F.B., CABRAL, P.H.O., MENEZES, A.D., ROCHA, G.B.,
CRUZ, S.H.A., FANG, C.B., KLUG, W.A.
1. FCMSCSP, Disciplina de Coloproctologia da Santa Casa de So
Paulo
Introduo: a exciso total do mesorreto (etm) o tratamento
oncolgico loco-regional mais adequado para o adenocarcinoma de
reto. As disfunes urinrias e sexuais que podem advir deste trata-
mento so por vezes negligenciadas. Objetivos: descrever a ocorrn-
cia de disfuno urinria e sexual em pacientes submetidos a etm para
tratamento de cncer de reto, identificando possveis fatores de risco.
Mtodos: avaliao clnica da funo sexual e miccional aps o trata-
mento do tumor de reto atravs de retossigmoidectomia (ra) ou ampu-
tao abdomino-perineal (aap) com exciso total do mesorreto nos
pacientes operados entre janeiro de 2005 a dezembro de 2008. Resul-
tados: foram analisados 40 pacientes, sendo 62,5% aap e 37,5% ra. A
mdia de idade foi 61,0512,11 anos, com 57,5% do sexo masculino.
O tempo mdio de ps-operatrio foi 25 meses. Sintomas urinrios
ps-operatrios foram observados em 45% dos pacientes. Cirurgia,
radioterapia e idade no foram fatores de risco para a disfuno urinria,
j o sexo mostrou que os homens tiveram mais sintomas urinrios
(56,52%) que as mulheres (35,29%). Quanto a funo sexual masculi-
na, 52,17% mantiveram ereo. A ejaculao retrgrada ocorreu em
56,52% dos casos. Observou-se diminuio significativa de 12 rela-
es/ms para 2,64. Cirurgia, radioterapia e idade tambm no foram
fatores de risco para disfuno sexual masculina, porm a radioterapia
neoadjuvante mostrou mais disfuno que a adjuvante. A presena da
estomia foi determinante para pior funo sexual nos homens, dife-
rente das mulheres. Dentre as mulheres, 52,94% tinham vida sexual
ativa prvia a cirurgia. Dessas 42,85% relataram ausncia de orgasmo
aps a cirurgia, principalmente aquelas submetidas a ra. A freqncia
da atividade sexual tambm caiu significantemente de 7,72 relaes/
ms para 2,69, com diminuio mais acentuada entre as mulheres com
estomia. Concluses: a exciso total do mesorreto com tentativa de
preservao autonmica para o tratamento cirrgico do cncer de
reto representa um avano importante em relao cirurgia oncolgica
no funcional, porm a morbidade a longo prazo do procedimento,
representada fundamentalmente por disfunes urinrias e sexuais,
no desprezvel e deve ser abordada ativamente no ps-operatrio.
TL08 - REVISO SISTEMTICA DOS MTODOS DIAGNS-
TICOS DE BIOLOGIA MOLECULAR NAS METSTASES HE-
PTICAS DO CNCER COLORRETAL
KOSZKA, A.J.M., FORMIGA, F.B., GALLO, A.S., AQUINO, C.G.G.,
RIBEIRO, M.A., SANTOS, M.F., FERREIRA, F.G., SZUTAN, L.A.
1. FCMSCSP, Faculdade de Cincias Mdicas da Santa Casa de So
Paulo
Introduo: as neoplasias eclodem de uma falha na diviso celular e
nos mecanismos de controle que evitam a perpetuao dessas falhas.
Atualmente, devido a maus hbitos alimentares e intestinais o cncer
colorretal comeou a tornar-se cada vez mais prevalente na popula-
o. Um fator prognstico limitante da sobrevida nesses casos e de
grande importncia via de drenagem venosa dos clons e do reto.
Amparado por essa drenagem sangunea natural pelo sistema portal as
metstases do cncer colorretal se alojam com grande facilidade no
fgado. Novos medicamentos quimioterpicos e tcnicas de aplicao
tambm promovem uma melhora sensvel da sobrevida atingindo at
60% em 5 anos quando associadas cirurgia. A determinao da esco-
lha do tipo de tratamento baseada em laudos antomo-patolgicos.
O prognstico e o seguimento para a identificao de recidivas ou de
metstases atualmente determinado principalmente pela evoluo
dos valores sricos do cea. No possvel determinar antecipadamen-
te qual cncer tem o potencial de formar metstases e qual tem um
perfil biolgico menos agressivo. Entretanto, saber que a agressividade
das neoplasias depende de um comportamento biolgico comandado
pela expresso gentica de cada tumor traz tona um novo desafio: o
estudo da biologia molecular do cncer colorretal e de suas metstases
hepticas. Objetivo: avaliar o estado da arte da biologia molecular
aplicada ao diagnstico e prognstico do cncer colorretal e das
metstases hepticas. Mtodos: reviso sistemtica da literatura m-
dica especializada na base de dados pubmed resultados: obtivemos 72
artigos considerados relevantes no diagnstico e seguimento do cn-
cer colorretal baseados em tcnicas de biologia molecular. A tcnica
empregada com maior freqncia nestes estudos foi a do microarray.
Os resultados so pouco especficos, pois avaliam uma grande srie de
genes expressados em uma amostra de tecido. A tcnica mais precisa
a do prc em tempo real. Os resultados obtidos so um valor absoluto da
expresso do gene, mas para que haja validade preciso que o gene seja
de interesse e participe de alguma forma da cascata evolutiva das
neoplasias e das metstases. Concluses: partindo de resultados
confiveis da expresso de genes de protenas relacionadas aos meca-
nismos de formao de metstases poderia ser possvel estimar o
potencial gerador de metstase para o fgado de cnceres colorretais e
baseado nisso escolher o melhor tipo de tratamento.
TL09 - AVALIAO DOS ASPECTOS CLNICOS E
LABORATORIAIS DE PACIENTES SUBMETIDOS CIRURGIA
CITORREDUTORA E QUIMIOTERAPIA INTRAPERITONEAL
OLIVEIRA TAN, LOPES F, BOTREL SRS, MACEDO AP, GARCIA
SLM, PAIVA RA
1. HFR, Hospital Felcio Rocho
Introduo: a neoplasia de clon pode apresentar disseminao
transcelmica resultando em carcinomatose peritoneal. Em 25% dos
casos, a cavidade peritoneal pode ser considerada como stio primrio
de metstase, no evidenciando doena disseminada. Recentes estudos
sugerem o uso da cirurgia citorredutora associada quimioterapia
intraperitoneal para o tratamento de neoplasias com este padro de
disseminao. No entanto,. Tal abordagem se relaciona com alta
morbidade e mortalidade. Objetivo: avaliar aspectos clnicos e
laboratoriais de pacientes submetidos cirurgia citorredutora associa-
do com quimioterapia intraperitoneal durante permanncia no centro
de tratamento intensivo. Mtodo: pacientes submetidos cirurgia
citorredutora associado com quimioterapia intraperitoneal foram ava-
liados retrospectivamente. Resultados: doze pacientes submetidos
cirurgia citorredutora, com idade mdia de 49 anos, sendo 5 mulheres
e 6 homens, foram avaliados retrospectivamente. Quatro pacientes
possuam diagnstico de adenocarcinoma colorretal, sete de
pseudomixoma e um de mesotelioma. A quimioterapia intraperitoneal
foi realizada em 9(75%) pacientes. O tempo de durao de cada cirur-
gia variou entre 4h e 21h, sendo a mdia de11h. O tempo de perma-
nncia no centro de tratamento intensivo variou entre 2 e 50 dias.
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Dez pacientes evoluram com algum quadro de spse e utilizaram
antibiticos. Infeco fngica ocorreu em 5(42%) pacientes.
Nove(75%) pacientes necessitaram do uso de aminas, sendo que o uso
no ultrapassou o 11o dpo. Transfuso de hemoderivados foi necess-
ria em 9 pacientes. A deiscncia da ferida operatria(33%), a spse
abdominal(25%), a fstula pancretica(17%) e a fibrilao atrial(17%)
foram as complicaes mais prevalentes. bito ocorreu em um paci-
ente durante permanncia no centro de tratamento intensivo. Con-
cluses: os resultados obtidos pelo estudo evidenciam a cirurgia
citorredutora associada com quimioterapia intraperitoneal como uma
abordagem de alta morbidade e mortalidade. Alm do desafio de reali-
zar um procedimento de grande porte e extenso, a equipe mdica
conduzir um ps-operatrio de alta complexidade. Em nosso meio,
h poucos trabalhos que abordam o ps-operatrio destes pacientes,
sendo necessrio novos estudos.
TL10 - NDICE DE MASSA CORPREA, OBESIDADE ABDO-
MINAL E RISCO DE NEOPLASIA DE CLON: ESTUDO
PROSPECTIVO
SILVA, E.J.1, PELOSI, A.2, ALMEIDA, E.1
1. HSE RJ, Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro2. CP,
Casa de Portugal
Introduo: a obesidade descrita como fator de risco para neoplasia
de clon. Objetivo: avaliar a associao do excesso de peso e da obe-
sidade abdominal na incidncia de neoplasia colorretal, adenocarcinoma
ccr e adenoma ad. Mtodos: 1287 pacientes com idade igual ou supe-
rior a 50 anos foram submetidos a colonoscopia completa no perodo
de janeiro de 2007 a dezembro de 2008,tendo ndice de massa corprea
imc e razo cintura- quadril rcq, medida em centmetros, calculados.
Considerou-se obesidade imc >/=30kg/m(2). Teste t de student foi
usado para analise estatstica de mdia e desvio padro e qui-quadrado
para nmeros absolutos. P< 0,05 foi considerado significativo. Ne-
nhum paciente pertencia a grupo de risco para ccr e adenoma ad.
Resultados: tivemos 455 do pacientes do sexo masculino e 832 do
feminino. Leses neoplsicas foram encontradas em 542 ( 42,1% ),
sendo 231 ( 50,7% ) homens e 311 ( 37,3 % ). Imc >/30 ocorreu em
43 ( 18,6% )de ccr/ ad em homens e 84 ( 27% ) em mulheres p>0,05.
Pacientes de imc < 30 com ccr/ ad foram 188 ( 49,4% ) homens e 227
( 36% ) mulheres p>0,05. Rcq foi de 0,96+/-0,05 para homens com
neoplasia e 0,94+/-0,07 sem neoplasia p/=30 no estaria associada a
risco de neoplasia colorretal, porm a obesidade abdominal seria um
fator de risco, mais ntido no homem.
TL11 - ADENOCARCINOMA DE RETO: ANLISE COMPARA-
TIVA DE CARACTERSTICAS HISTOPATOLGICAS COM E
SEM O USO DE TERAPIA NEOADJUVANTE
CREDIDIO, L., LEAL, R.F., AYRIZONO, M.L.S., FAGUNDES, J.J.,
COY, C.S.R.
1. UNICAMP, Universidade de Campinas
Pacientes com adenocarcinoma de reto, atualmente, so submetidos
radioterapia pr-operatria com o objetivo de diminuir a recidiva
locorregional. Objetivo: comparar dados histopatolgicos de peas
cirrgicas em portadores de adenocarcinoma de reto com e sem em-
prego de radioterapia neoadjuvante. Casustica e mtodos: foram ava-
liados 164 pacientes portadores de adenocarcinoma retal, atendidos
no ambulatrio de coloproctologia do hospital da clinicas - unicamp,
no perodo compreendido entre 1989 a 2009. Foram excludos oito
pacientes que no foram submetidos ao tratamento cirrgico e trs
por estarem com pronturios incompletos, resultando em 153
pacientes, com idade mdia de 63,81 anos dos quais 77 pacientes
pertencentes ao sexo feminino (50,3%). Para a anlise da sobrevida
foram analisados os bitos e pacientes com sobrevida acima de 48
meses. Os pacientes foram divididos em trs grupos: grupo a, com 70
pacientes (45,75%) submetidos somente a radioterapia pr-operat-
ria, grupo b, com 42 pacientes (27,45%) submetidos radioterapia e
quimioterapia neoadjuvante e grupo c 43 paciente (28,10%) sem sub-
misso ao tratamento pr-operatrio. Os grupos foram comparados
quanto ao estadiamento tnm (m. D. Anderson surgical oncology, quar-
ta edio (2006), recidiva local e sobrevida. Para a anlise dos dados
foram utilizados os seguintes testes: qui-quadrado, t de student, exato
de fisher e mann-whitney. Para a anlise da sobrevida foi utilizado o
teste de log-rank e wilcoxon. Resultados: com relao a classificao
tnm do total de pacientes, 34,61% resultaram em estdio i, 31,29%
em estdio ii, 32,65% em estdio iii e 1,36% em estdio iv. A mdia de
sobrevida no grupo a foi de 73,68 meses, do grupo b foi de 84,55
meses, do grupo c 75,5 meses. No se observou diferenas com relao
classificao tnm, invaso tumoral, acometimento de linfonodos,
presena de metstases e sobrevida (p>0,05), o estadiamento ii foi
mais freqente no grupo a e b (36,4%) em relao ao grupo c (17,5%)
e o estadiamento iii foi maior no grupo c (42,5%) em relao aos
grupos a e b (29%)(p=0,09). Concluso: nesta casustica, a terapia neo
adjuvante no alterou o estadiamento tnm global e a sobrevida dos
pacientes, no entanto pode estar associada maior citorreduo quan-
do empregada com quimioterapia.
TL12 - AVALIAAO DOS ASPECTOS EPIDEMIOLGICOS,
TRATAMENTO E SOBREVIDA DE PACIENTES COM CNCER
DE CLON METASTTICO
MOTA NC, ISAAC RR, AZEVEDO IF, OLIVEIRA EC, KAOULE AS,
FELIPE DAR, LEITE PCCA, ALMEIDA ACC
1. UFG, Servio de Coloproctologia - Faculdade de Medicina
Introduo: o carcinoma colo-retal assume uma maior importncia
devida sua alta incidncia e mortalidade entre as neoplasias. Objetivos:
avaliar de forma retrospectiva pacientes com diagnstico de
adenocarcinoma de clon metasttico tratados cirurgicamente entre
1998 e 2006 no HC UFG. Material e mtodos: anlise retrospectiva de
banco de dados preenchidos no atendimento de pacientes portadores
de neoplasia colorretal no HC UFG, entre 1998 e 2006. Foram exclu-
dos os pacientes que perderam o seguimento no ambulatrio de cn-
cer colorretal. Avaliou-se aspectos epidemiolgicos, stio primrio da
doena, rgo metasttico acometido, proporo entre pacientes
operados em regime de urgncia ou eletiva, tratamento cirrgico e
adjuvante empregado e sobrevida em 3 anos. Resultados: foram
identicados 205 pacientes com neoplasia colorretal; 129 eram porta-
dores de cncer de clon, sendo 22 destes com doena metasttica, os
quais foram analisados. A mdia de idade foi de 51,2 anos, sendo mais
freqente em homens (14:8). Os stios primrios foram: sigmide (10
casos), transverso (9 casos), ceco(2 casos) e descendente (1 caso).
rgos metastticos acometidos incluram: fgado (13 casos), pulmo
(2casos), ossos (1caso), snc (1 caso), peritnio (3casos ), ovrio (1),
mesentrio (3), retroperitnio (2), adrenal (1), bao (1), parede abdo-
minal (1). A qt utilizada foi 5fu e lcv em 18 casos, tomudex em 2 casos,
5fu + lcv+ irinotecam em 2 casos. Observou-se que 86,4 % destes
pacientes se enquadravam no estadiamento t3 e t4 e 68,2 % com n1 e
n2. 11 pacientes tiveram o diagnstico da metstase concomitante a
leso primria, com sobrevida global mdia de 11,6 meses. Naqueles
que apresentaram metstase aps o tratamento cirrgico da leso
primria, (10 casos), foram submetidos a cirurgia em carter de urgn-
cia; a mdia de tempo para o seu diagnstico foi de 19,5 meses e a
sobrevida global mdia foi de 26,5 meses. Concluses: o prognstico
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de cncer de clon com metstase reservado, com sobrevida mdia
entre 7 meses a 1 ano, dependendo do momento em que o diagnstico
da metstase realizado. A doena metasttica mais freqente em
estdios locais e ganglionares avanados. O risco de desenvolver
metstases em pacientes submetidos ao tratamento da doena prim-
ria em carter de urgncia bastante elevado.
TL13 - TRATAMENTO CIRRGICO DO CNCER
COLORRETAL: SRIE HISTRICA DE 03 ANOS DE UM SER-
VIO EM SALVADOR-BA
MNDES, CRS, FERREIRA, LSM, SAPUCAIA, RA
1. HSI, Hospital Santa Izabel
Introduo: o cncer colorretal um importante problema de sade
da populao. a quarta neoplasia maligna mais incidente no brasil,
sendo a quinta causa de morte por cncer em homens e a quarta, em
mulheres. A carncia de dados desta patologia na bahia dificulta o
conhecimento e a correlao com os demais estados do pas. Objetivo:
demonstrar e analisar a casustica de uma equipe cirrgica, com 66
pacientes portadores de neoplasia colorretal, submetido a tratamen-
to cirrgico ao longo de trs anos. Material e mtodos: estudo re-
trospectivo, descritivo realizado no hospital santa izabel em salva-
dor-ba aps levantamento do banco de dados de uma equipe no per-
odo de junho de 2006 a junho de 2009. Resultados: o cncer colorretal
foi mais freqente em mulheres (n=36; 53,7%) que em homens (n=31;
46,3%). A mdia de idade foi de 57anos com 13 pacientes (19,7%)
menores que 40anos. A localizao mais comum foi o retossigmoide
(n=35; 52,2%) seguidos pelo colon esquerdo e reto baixo (n=11;
16,4% cada) e colon direito (n=8; 11,9%) e dois casos de tumor
sincrnico 3%. A maioria dos casos foi de adenocarcinoma modera-
damente diferenciado (n=39; 59%) sendo 02 casos de adenocarcinoma
mucoprodutor com clulas em anel de sinete. Houve predomnio de
tumores estadio pt3 (n=34; 51%) e pn0 (n=39; 59%); foram estadio
iii (n=27; 40,4%), estadio ii (n=25; 37,3%) e estadio i (n=14; 20,9%).
A mdia de linfonodos ressecados foi de 19 gnglios por pea, apre-
sentando invaso em 14 pacientes. Concluso: os dados obtidos cor-
roboram a literatura, demonstrando que no nosso meio, ocorre pre-
domnio de mulheres com ccr. O pico de incidncia foi na stima
dcada de vida, sendo o adenocarcinoma moderadamente diferenci-
ado o mais incidente e com seu diagnostico tardio, isto refora a
necessidade de diagnostico precoce.
TL14 - ANLISE DO NMERO DE LINFONODOS DISSECA-
DOS EM ESPCIMES DE RESSECES COLORRETAIS POR
NEOPLASIA: CIRURGIA CONVENCIONAL VERSUS
VIDEOLAPAROSCPICA
KOTZE, P.G., MIRANDA, E.F., MARTINS, J.F., STECKERT, J.S.,
FREITAS, C.D., STECKERT FILHO, A., ISHIE, E.
1. PUCPR, Servio de Coloproctologia do Hospital Universitrio
Cajuru
Introduo: as resseces colorretais por neoplasia podem ser realiza-
das tanto por via aberta quanto por via laparoscpica, mantendo-se os
princpios oncolgicos. O nmero de linfonodos ressecados nestes
espcimes de fundamental importncia no prognstico destes paci-
entes, sendo um mnimo de 12 linfonodos o padro da literatura.
Estudos demonstraram equilbrio no nmero de linfonodos dissecados
entre as duas tcnicas. Objetivo: analisar se houve diferena no nme-
ro de linfonodos nos espcimes cirrgicos ressecados entre a tcnica
aberta e a laparoscpica, na experincia inicial de um servio univer-
sitrio com videolaparoscopia. Mtodo: anlise retrospectiva dos lau-
dos antomo-patolgicos dos produtos de resseces colorretais por
neoplasia do secohuc, entre janeiro de 2006 e junho de 2009, por
tcnica aberta e laparoscpica. Alm das variveis demogrficas (sexo,
idade), foram analisados o tipo de operao realizada, estadiamento de
dukes e o nmero de linfonodos dissecados pelo patologista. Anlise
estatstica pelo mtodo de mann-whitney (ic=95%). Resultados: fo-
ram analisados laudos de 50 pacientes, 17 no grupo laparoscpico
(grupo de estudo) e 33 no grupo aberto (controle). O nmero mdio de
linfonodos ressecados foi de 10,35 no grupo laparoscpico, contra
10,15 nos controles (p=0,72). Nas retossigmoidectomias abdominais
altas, o nmero mdio de linfonodos foi de 11,38 no grupo laparoscpico
e 11,57 no grupo controle (p=0,71), enquanto que nas colectomias
direitas, o valor encontrado foi de 11,33 e 10,89, respectivamente
(p=0,86). Concluses: no houve diferena estatstica no nmero de
linfonodos das peas cirrgicas analisadas entre as duas vias de acesso.
Cr-se que o nmero mdio menor que 12 linfonodos foi devido a uma
variabilidade no observador (patologista), pela uniformidade da tcni-
ca cirrgica utilizada.
TL15 - COLOSTOMIA PERINEAL COMO OPO NA AMPU-
TAO ABDOMINOPERINEAL DO RETO
RODRIGUES, L.V.1, MELANI, A.G.F.3, VEO, C.A.R.3, REGADAS,
F.S.P.1, MURAD-REGADAS, S.M.1, FERNANDES, G.O.S.2, OLI-
VEIRA, L.M.P.2, DIOGENES,C.V.V.N.1
1. UFC, Hospital Universitrio Walter Cantdio- HU-UFC2. CCC-
HSC, Centro de Coloproctologia do Cear-Hospital So Carlos3. Pio
XII-HCB, Hospital Pio XII- Hospital de Cncer de Barretos
Introduo: o cncer colorretal a terceira neoplasia maligna mais
freqente no mundo. A amputao abdominoperineal do reto o
tratamento radical dos tumores anorretais baixos. A colostomia
perineal tem sido empregada como opo colostomia abdominal.
Objetivos: analisar a colostomia perineal como opo na amputao
abdominoperineal do reto. Mtodos: estudo retrospectivo realizado
no hospital pio xii-(hospital de cncer de barreto-sp), hospital uni-
versitrio walter cantdio-ce e hospital so carlos-ce, no perodo de
1998 a 2008, pela anlise de pronturios de pacientes submetidos
resseco abdominoperineal do reto e confeco de colostomia
perineal. Dos 51 pacientes includos no estudo, 28 (54,9%) eram do
sexo masculino. A idade variou de 19 a 79 anos (mdia= 50,71 anos).
Foram analisadas: localizao do tumor, tipo histolgico, tratamen-
to neoadjuvante, via de acesso cirrgico, converso, complicaes,
evoluo do paciente, bitos, recorrncia e taxa de sobrevida global
em 5 anos. Resultados: dos 51 pacientes, 43(84,3%) apresentaram
cncer no reto e 9 (15,6%) no canal anal. Quanto histopatologia ,
43(84,3%) eram adenocarcinoma, 4 (7,8%) carcinoma espino celu-
lar, 2 (3,9%) melanoma, 1 (2%) carcinoma basalide, 1(2%) gist.
Dos 51 pacientes, 44(86,2%) foram submetidos neoadjuvncia. A
laparotomia foi realizada em 14(27,4%) pacientes enquanto que a
laparoscopia em 37(72,6%) pacientes, ocorrendo 2 (5,4%) conver-
ses cirrgicas. Houve complicaes em 32(62,74%) pacientes. Em
relao ao estoma, 12(23,5%) apresentaram prolapso, 4 (7,8%)
deiscncia, 3(5. 9%) necrose do coto, 3(5. 9%) estenoses de
anastomose, 1 (2%) hrnia paracolostmica e 28(54,9%) no tive-
ram complicao relacionada ao estoma. At a ltima consulta
ambulatorial, 38 (74,5%) pacientes estavam vivos sendo 36(94,7%)
destes, vivos sem doena, 13(25,5%) evoluram para bito, sendo
11(84,6%) devido doena e 2(15,4%) por outras causas. A
recorrncia de doena foi observada em 10(19,6%) pacientes. A taxa
global de sobrevida em 5 anos foi 74,5%. Concluses: a colostomia
perineal uma opo vivel para pacientes com indicao de ampu-
tao abdominoperineal do reto. Tem morbidade elevada porm no
interfere na sobrevida em 5 anos.
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TL16 - TERAPIA NEOADJUVANTE PARA CNCER DE RETO:
RESPOSTA COMPLETA NA PAREDE RETAL NEM SEMPRE SIG-
NIFICA ESTERELIZAO NODAL DO MESORETO
MIGNANELLI, E.D.2, CAMPOS-LOBATO1, LAVERY, I.C.1,
DIETZ, D.1
1. CCF, Cleveland Clinic - OH2. HCS, Hobart Colorectal Surgeons
Mignanelli ED, Campos-Lobato LF, Lavery IC e Dietz DW Department
of Colorectal Surgery Cleveland Clinic Cleveland/OH USA In-
troduo: A terapia neodjuvante para cncer de reto pode levar
resposta completa na parede retal. Entretanto, ainda no foi esclare-
cido se a ausncia de tumor na parede retal significa esterilizao dos
linfonodos do mesoreto. Objetivo: Determinar a relao entre o
estadiamento patolgico T ps-neoadjuvncia (ypT) e metstases
nodais e avaliar em que grau a resposta completa na parede retal se
correlaciona com a esterelizao dos linfonodos do mesoreto. Mto-
dos: Os pacientes foram identificados atravs de uma base de dados de
cancer coloretal prospectivamente mantida. Foram selecionados para
este estudo pacientes com cncer de reto estgio cII e cIII submetidos
terapia neoadjuvante seguida de resseco anterior ou amputao
abdominoperineal realizadas em um perodo de 10 anos. Os critrios
de excluso foram: cncer de reto associado a doena inflamatria
intestinal, histria de cncer coloretal hereditrio e histria pregressa
de outras neoplasias malignas. Os testes de Fisher, Qui-quadrado,
Wilcoxon e Kruskall-Wallis foram utilizados para anlise. p<0.05 foi
considerado significante. Resultados: 242 indivduos foram identifica-
dos (73.1% homens, idade mediana de 57 anos) e o estadiamento
clnico encontravase disponvel para 232 pacientes (estgio I n=1
(0.5%), II n=145 (62.5%) and III n=86 (27%). O esquema teraputico
neoadjuvante foi obtido em 177 pacientes (73.1%). A dose mediana de
radioterapia foi 5040cGy (3060-6100cGy). 174 pacientes (71.6%)
submeteram-se resseco anterior e o restante amputao
abdominoperineal. 62 pacientes atigiram resposta completa na pare-
de do reto (25.6%). Destes, 2(3.2%)apresentavam linfonodos
metastticos no mesoreto. O percentual de pacientes com linfonodos
acometidos no mesoreto aumentou medida em que o ypT se tornou
mais avanado (ypT1=11.1%, ypT2=29.2%, ypT3=37.3%). Conclu-
so: Apesar de representarem a minoria, alguns pacientes com respos-
ta completa na parede retal apresentam metstase linfonodal. Este
achado deve ser levado em cosiderao ao se indicar modalidades
teraputicas menos radicais como a exciso local ou mesmo a obser-
vao associada a um segmento mais intensivo (watch-and-wait policy).
Entretanto, quando a resposta na parede retal no completa, proce-
dimentos menos radicais devem ser preteridos, j que as taxas de
linfonodos metstaticos so consideravelmente altas.
TL17 - FATORES PREDITORES DA RESPOSTA PATOLOGICA
COMPLETA APS NEOADJUVANCIA EM PACIENTES COM
CNCER DE RETO
KALADY, M.F., CAMPOS-LOBATO, STOCCHI, L., GEISLER, D.
1. CCF, Cleveland Clinic - OH/USA
Introduo: cerca de 20% dos pacientes com cncer de reto tratados
inicialmente com radioterapia e quimioterapia neoadjuvante
apresentam resposta patolgica completa, que por sua vez, tem sido
associada a um melhor prognstico oncolgico. Objetivo: identificar
fatores associados ocorrncia de resposta patolgica completa em
pacientes com cncer de reto inicialmente tratados com radioterapia
e quimioterapia neoadjuvante. Mtodos: pacientes com cncer de reto
estgio cii e ciii submetidos terapia neoadjuvante seguida de resseco
anterior ou amputao abdominoperienal entre 1997 e 2007 foram
selecionados para este estudo. Aqueles com doena inflamatria intes-
tinal, cncer coloretal hereditrio ou histria pregressa de outro cncer
foram excludos. O esquema radioquimioterpico constituiu-se de
5040cgy e 5fu. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo
com a presena ou no de resposta patolgica completa: rpc vs. No-
rpc. Um modelo de regresso logstica foi construdo utilizando a rpc
como varivel dependente. Os seguintes testes estatsticos
tambmforam utilizados para anise: teste de fisher, qui-quadrado e
wilcoxon. Presultados: 242 pacientes foram estudados e 58(24%)
apresentaram resposta patolgica completa. Os grupos rpc e no-rpc
foram estatisticamente semelhantes em termos de idade, gnero, ndice
de massa corporal, diferenciao tumoral, dose de radioterapia, esquema
quimoterpico e estadiamento clnico. Na anlise multivariada, um
intervalo entre a neoadjuvncia e a cirurgia maior ou igual a 8 semanas
foi a nica varivel significativamente associada ocorrncia de
resposta patolgica completa. Concluso: apesar das tradicionais
crenas de que certos fatores clnicos e tumorais so associados
ocorrncia de resposta patolgica completa, o intervalo entre a
neoadjuvncia e a cirurgia foi o fator preditivo indepedente mais
importante.
TL18 - DOWNSTAGING SEM RESPOSTA PATOLOGICA
COMPLETA MELHORA OS RESULTADOS ONCOLGICOS
APENAS DE PACIENTES COM CNCER DE RETO CIII
CAMPOS-LOBATO, L.F., STOCCHI, L., DA LUZ MOREIRA, A.,
GEISLER, D., DIETZ, D., LAVERY, I.C., FAZIO, V.W., KALADY,
M.F
1. CCF, Cleveland Clinic - OH
Introduo: Cerca de 10 a 30% dos pacientes com cncer de reto
submetidos terapia neoadjuvante apresentam resposta patolgica
completa (RPC), que por sua vez, tem sido associada a maior sobrevida
livre de doena. Entretanto, o prognstico dos pacientes que apresen-
tam downstaging sem RPC ainda no foi esclarecido. Objetivo: Avaliar
os resultados oncolgicos de pacientes com cncer de reto estgio cII
e cIII que apresentaram downstaging sem RPC aps terapia
neoadjuvante. Mtodos: Pacientes com cncer de reto estgio cII e
cIII submetidos terapia neoadjuvante seguida de resseco anterior
ou amputao abdominoperienal entre 1997 e 2007 foram selecionados
para este estudo. Aqueles com doena inflamatria intestinal, cncer
coloretal hereditrio, histria pregressa de outro cncer ou RPC fo-
ram excludos. O esquema radioquimioterpico constituiu-se de
5040cGy e 5FU. Os pacientes foram divididos em dois grupos:
Downstaging e No-Downstaging. Downstaging foi definido como
estadiamento patolgico menor que o estadiamento clnico. No-
Downstaging foi definido como estadiamento clnico maior ou igual
ao patolgico. Os resultados oncolgicos avaliados foram: sobrevida
global e livre de doena, alm de recidiva global, distncia e local. Os
testes de Fisher, Qui-quadrado, Wilcoxon, Log-Rank, Kaplan-Meier e
modelos de regresso de Cox foram utilizados para anlise. p<0.05 foi
considerado significante. Resultados: Foram includos 162 pacientes
com cncer de reto cII e cIII tratados com terapia neoadjuvante e
estadiados atravs de um ou mais dos seguintes mtodos: ultra-som,
ressonncia magntica e tomografia computadorizada. A mediana da
idade foi 58 anos e do tempo de seguimento 48 meses. Os grupos
foram estatisticamente comparveis em relao aos dados
demogrficos, distncia da margem anal, teraputica neoadjuvante,
procedimento cirrgico e tempo de seguimento. Em pacientes com
estgio cIII, downstaging resultou em melhora significativa de todos
os resultados oncolgicos, exceto recidiva local. Nos pacientes com
estgio cII, os resultados oncolgicos no foram modificados pela
ocorrncia de downstaging. Concluso: Downstaging sem RPC fator
prognstico apenas para pacientes com cncer de reto estgio cIII.
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Nestes pacientes, a resposta tumoral terapia neoadjuvante deve ser
levada em considerao ao se indicar o regime quimioterpico
adjuvante.
TL19 - O EFEITO DO INTERVALO ENTRE A NEOADJUVNCIA
E A CIRURGIA PARA O CNCER DE RETO
CAMPOS-LOBATO, L.F., GEISLER, D., DA LUZ MOREIRA, A.,
STOCCHI, L., LAVERY, I., FAZIO, V.W., REMZI, F.H., KALADY,
M.F.
1. CCF, Cleveland Clinic - OH
Introduo: recentes estudos tem demonstrado que pacientes opera-
dos com maior intervalo entre a neoadjuvncia e a cirurgia apresen-
tam maior taxa de reposta patolgica completa. Entretanto, o efeito
deste maior intervalo nas complicaes perioperatrias e nos resulta-
dos oncolgicos ainda no foram esclarecidos. Objetivo: avaliar a
influncia do intevalo entre a neoadjuvncia e a cirurgia nos resultados
oncolgicos e nas complicaes perioperatrias em pacientes com
cncer de reto estgio cii e ciii. Mtodos: pacientes com cncer de reto
estgio cii e ciii submetidos terapia neoadjuvante seguida de resseco
anterior ou amputao abdominoperienal entre 1997 e 2007 foram
selecionados para este estudo. Aqueles com doena inflamatria intes-
tinal, cncer coloretal hereditrio ou histria pregressa de outro cn-
cer foram excludos. O esquema radioquimioterpico constituu-se de
5040cgy e 5fu. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo
com o intervalo entre a neoadjuvncia e a cirurgia: intervalo < 8
semanas e intervalo > 8 semanas. As complicaes perioperatrias e
resultados oncolgicos foram comparados entre os dois grupos. Os
seguintes testes estatsticos foram utilizados: fisher, qui-quadrado,
wilcoxon, log-rank, kaplan-meier e modelos de regresso de cox.
Presultados: 177 pacientes foram selecionados para este estudo. A
idade mediana da amostra foi 57 (19-85) anos e 73% eram homens. O
tempo de seguimento mediano foi 48 (1-143) meses e o interval
mediano entre a neoadjuvncia e a cirurgia foi 8 (4-14) semanas.
Pacientes operados com um intervalo maior ou igual a 8 semanas
apresentaram menor taxa de recidiva local (1,2% vs. 10,5%, p=0. 04)
e maior taxa de resposta patolgica completa (30,8% vs. 16,5%) p=0.
03. As complicaes perioperatrias no diferiram significamente
entre os dois grupos. Concluso: a cirurgia para o cncer de reto deve
ser realizada ao menos 8 semanas aps a neoadjuvncia, j que este
intervalo proporciona melhores resultados oncolgicos sem aumen-
tar as complicaes perioperatrias.
TL20 - IMPACTO DO DIAGNSTICO PRECOCE NA
SOBREVIDA DE PACIENTES PORTADORES DE CNCER
COLORRETAL SUBMETIDOS TRATAMENTO CIRRGICO
MOREIRA JPT, MELO APSA, MOREIRA H, MOREIRA JR H,
ISAACRR, GUERRA GMLR, MARTINI J, MOTA NC
1. IGG, Instituto de Gastroenterologia de Goinia
Introduo: o cncer colorretal o terceiro mais comumente diagnos-
ticado na populao geral. Para os casos operados considerados como
cirurgia curativa, a taxa de sobrevida em 5 anos cerca de 60%.
Entretanto, a sobrevida global de apenas 25%, devido ao alto ndice
de diagnstico de leses avanadas. Objetivo: anlise da sobrevida
acima de trs anos de seguimento em pacientes com diagnstico de
cncer colorretal submetidos a tratamento cirrgico curativo. Pacien-
tes e mtodos: analise retrospectiva de pronturios no perodo de jun/
1996 a jun/2006. Foram avaliados os seguintes parmetros: idade,
sexo, tempo de incio dos sintomas e momento do diagnstico, cea
pr e ps-operatorio, localizao da leso, tipo de cirurgia,
estadiamento ps-operatrio, esquema adjuvante e sobrevida livre de
doena e global. Resultados: foram analisados 43 pacientes. Observa-
mos, nesta casustica, que o cncer colorretal incidiu prevalentemente
entre a sexta e oitava dcada de vida, com maior incidncia no sexo
masculino (1,26:1). Analisando-se 31 pacientes, observamos que o
tempo mdio entre o incio dos sintomas e o momento do diagnstico
foi de 118 dias. Quanto distribuio topogrfica, a maioria dos tumo-
res localizavam-se no reto, seguido do sigmide. Em 11,7% (4/34)
pacientes o cea estava elevado no pr-operatrio, enquanto que em 3
de 37 pacientes analisados, livres de doena, o mesmo se elevou em
algum momento no seu seguimento ambulatorial. Todas as cirurgias
obedeceram aos princpios oncolgicos tradicionalmente reconheci-
dos e recomendados, sendo a retossigmoidectomia, a cirurgia mais
frequentemente realizada. Em todas as anastomoses realizadas, op-
tou-se por grampeamento mecnico. A maioria (26/43) dos pacientes
analisados apresentou estadiamento ps-operatrio precoce (b de astler-
coller). Nesta casustica, a sobrevida global mdia foi de 70,6 meses e
a sobrevida livre de doena foi de 70 meses. Concluso: os autores
enfatizam a importncia de se obter um curto espao de tempo entre
o incio dos sintomas e o momento do diagnstico da doena, impli-
cando em um fator prognstico relevante. O cea um marcador
confivel no que diz respeito ao prognstico e recidiva da doena. A
restrio de indicar adjuvncia ps-operatria em casos selecionados
de acordo com protocolo estabelecido pelo servio mostrou-se efici-
ente no controle e tratamento dos pacientes portadores de cncer
colorretal.
TL21 - POLIPOSE HIPERPLSICA COLNICA COM
ADENOCARCINOMAS SINCRNICOS DE CLON ASSO-
CIADA POLIPOSE HIPERPLSICA GSTRICA: UMA NOVA
SNDROME?
SCHIRMER D1, VARGAS GS1, TEIXEIRA CR2, SPARVOLI AC1,
KLIEMANN LM3, KIELING PJ1, ZOGBI L1, DAMIN D3
1. FURG, Faculdade de Medicna da Universidade Federal de rio Gran-
de2. FUGAST, Fundao Universitria Riograndense de
Gastroenterologia3. UFRGS, Faculdade de Medicina da Universidade
Federal Rio Grande Sul
Introduo: a polipose hiperplsica colnica (PHC) com
adenocarcinomas sincrnicos associada polipose hiperplsica gstri-
ca (PHG) representa um caso extremamente raro e ainda no descrito
na literatura. Caso semelhante foi descrito por yaron et al em uma
srie de quatro casos, porm relaciona a phg com adenocarcinoma de
clon (AC) e a hipergastrinemia, no qual conclui que pode representar
a descrio de uma nova sndrome. Objetivos: apresentar o caso de
uma paciente feminina com phc com dois ac associada a PHG devido
a sua raridade podendo ser o primeiro relato de uma nova sndrome que
dever ser discutida e investigada. Mtodos: feminina, 67 anos com
anemia e exame de sangue oculto de fezes positivo. Realizou-se
colonoscopia em que evidenciou mltiplos plipos hiperplsicos (PH)
proximal ao sigmide com 2-4 mm, e ainda 4 outros entre 1-1,5 cm,
alm de duas neoplasia sincrnica de clon em ngulo esplnico e
ngulo heptico. Como tratamento, a paciente foi submetida
colectomia total videolaparoscpica com leo-reto anastomose. Pos-
teriormente, como seguimento, realizou-se endoscopia digestiva alta
(EDA) em que foi evidenciado mais de 40 PH em fundo gstrico que
confluem entre si sendo alguns com mais de 2 cm. Cabe ressaltar que
no pr-operatrio realizou-se eda sendo o exame normal e aps o
seguimento em seis meses de ps- operatrio, houve o diagnstico da
phg. Ps novo exame em 6 meses, houve um surpreendente aumento
no nmero e tamanho dos plipos. Tanto a patologia colnica, quan-
to a gstrica, preenchem os critrios estabelecidos para o diagnstico
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de phc e phg. Resultados: a PHC com adenocarcinomas sincrnicos de
clon uma entidade muito rara, sendo identificados apenas dois casos
mencionados na literatura. Com a associao da phg e anlise extensa
da literatura, no h relato semelhante na literatura. A phc uma
condio pr-neoplsica em que mltiplos ph ocorrem atravs do
clon. O risco de desenvolver CCR pode ser maior que 50%. A PHG
considerada uma condio pr-neopsica, pois existe uma clara asso-
ciao entre ph maiores que 1 cm e o seu potencial para transforma-
o maligna, apesar de no estar claro qual o tratamento indicado para
os casos de PHG. Concluso: a phc com adenocarcinomas sincrnicos
associada PHG representa um caso extremamente raro e ainda no
descrito na literatura e desta maneira se faz necessrios estudos e
novos relatos para a melhor compreenso desta patologia para o seu
adequado diagnstico e tratamento.
TL22 - TUMOR CARCINOIDE DE RETO DIAGNSTICO E
TRATAMENTO ENDOSCPICO: RELATO DE CASO
SCHIRMER D1, SPARVOLI AC2, SPARVOLI J2, GONALVES LF1,
VARGAS GS1, TORRESINE RS1, TEIXEIRA CR1
1. FUGAST, Fundao Universitria Riograndense de
Gastroenterologia2. FURG, Faculdade de Medicina da Universidade
Federal de Rio GRande
Introduo: O tumor carcinoide de reto (TCR) apresenta uma
prevalncia de 0,05%-0,007% em adultos selecionados para
colonoscopia. O aumento de incidncia dos tumores carcinoides (TC)
deve-se a Introduo de mtodos diagnsticos mais sensveis. O
rastreamento dos tumores colorretais efetivo para o diagnstico de
adenomas e adenocarcinomas mas tambm dos carcinides. Um am-
plo consenso existe sobre o manejamento de leses menores que 10
mm, bem diferenciadas, que podem ser manejados por resseco local
por meio endoscpico ou cirrgico. Objetivos: Apresentar o caso de
um paciente com TCR com diagnstico e tratamentos endoscpicos
Mtodos: Paciente, feminino, 56 anos, com queixa de constipao
que realizou colonoscopia para screenig. A colonoscopia diagnstica
apresentou leso polipide em reto mdio, com 8 mm, arredondada,
amarelada, macia e mvel, a bipsia confirmou a hiptese de TCR,
posteriormente, foi submetida a colonoscopia teraputica. O uso da
magnificao e cromoscopia com ndigo carmim evidenciou mucosa
com PITs II e FICE (tecnologia de estimao espectral) com padro
capilar tipo I e rarefao de vasos em mucosa. Foi realizada a
mucosectomia aps a infiltrao da submucosa com soro e adequada
elevao da leso, obtendo margens livres e confirmando a hiptese
de tumor carcinide de reto. Resultados: A maioria dos TC so encon-
trados no tato gastrointestinal (TGI)(55%) e broncopulmonar (30%).
No TGI, o intestino delgado o stio mais comum (45%), seguido pelo
reto (20%), apndice (17%), clon (11%) e estmago (7%). Nos dias
atuais, 50% ou mais dos TCR so diagnosticados incidentalmente por
colonoscopias. Os dados de registro do Instituto Nacional do Cncer
(SEER) revelam um importante aumento na incidncia nos ltimos
35 anos. Coincidentemente com a implementao do screening
endoscpico dos tumores colorretais, a sobrevida em 5 anos dos TCR
tm aumentado sensivelmente nos EUA. A sobrevida em 5 anos para
TCR menores que 1 cm em que no h angioinvaso ou invaso da
muscular prpria de 98,5% - 100%, sendo que, geralmente, nenhum
manejo de seguimento necessrio. Os TCR com menos de 1 cm que
no invade a muscular prpria pode ser manejado endoscopicamente.
Concluso: Os TCR podem ser diagnosticados precocemente pela
colonsocopia. Nos casos com menos de 10 mm e com fatores de bom
prognstico, podem ser adequadamente tratados pela resseco
endoscpica. Neste caso, obtemos resultados adequados no diagnsti-
co e o tratamento precoce.
TL23 - NEOADJUVNCIA EM CNCER DE RETO BAIXO
CARNEIRO,J.A.1, SILVA, J.A.1, MOTA, R.D.2, GOMES, C.H.R.3
1. UNIMONTES, Universidade Estadual de Montes Claros.2. HUCF,
Hospital Universitrio Clemente de Faria.3. FDQG, Fundao de Sa-
de Dlson de Quadros Godinho4. LANMC, Liga Acadmica Norte-
Mineira de Cirurgia
Introduo: o cncer de reto apresenta vrias opes de conduta tera-
putica. Apesar de a cirurgia ser o mtodo eletivo, a radioterapia pr-
operatria vem demonstrando ser capaz de erradicar microscopica-
mente a neoplasia, possibilitando a preservao esfincteriana e de
rgos adjacentes, aumentando o potencial de cura e o controle local.
Objetivos: avaliar a influncia da terapia neoadjuvante na reduo da
extenso tumoral, atravs de dados histopatolgicos, analisando as
variveis: preservao esfincteriana e tipo de cirurgia realizada. M-
todo: anlise retrospectiva dos pronturios de pacientes portadores de
adenocarcinoma de reto, localizados a at 6 cm da orla anal, tratados
no perodo de junho de 2003 a junho de 2007. Resultados: foram
analisados 15 pacientes, sendo 10 (66,6%) do sexo feminino e 5
(33,3%) do sexo masculino, cuja idade variou de 28 a 80 anos, com
mdia de 53 anos. A dose total de radioterapia ministrada variou entre
4500 e 5400 cgy. O intervalo mdio entre o trmino da irradiao e a
cirurgia foi de 63 dias. Em 13 (86,6%) pacientes foi associada
quimioterapia, com esquema de 5-fu e cido folnico. Ao estadiamento
pr-operatrio, 4 pacientes estavam no estgio t4, 6 em n+ e 1 em
m1. Observou-se, atravs da retossigmoidoscopia, realizada antes da
neoadjuvncia e pr-operatria, regresso tumoral de 1cm em 3 casos,
2cm em 2, 3cm em 1 e remisso macroscpica total em 5, sendo que
4 pacientes no apresentaram alteraes bipsia. Aps a radiotera-
pia, 6 pacientes foram submetidos a retossigmoidectomia, 6 a ampu-
tao abdominoperineal, 2 a exenterao posterior e 1 a exenterao
plvica total. O anatomopatolgico revelou ausncia de neoplasia
residual microscpica em 3 casos. Concluso: a terapia neoadjuvante
demonstrou, nesta srie, ser capaz de reduzir o tamanho tumoral e at
promover remisso patolgica completa, no entanto, no permitiu
diminuir a resseco de rgos adjacentes ou oferecer segurana em
tratamento, exclusivamente, no cirrgico.
TL24 - RESPOSTA COMPLETA TERAPIA NEOADJUVANTE
NO CNCER DE RETO - RELATO DE CASO
CARNEIRO, J.A.1, MOTA, R.D.2, CARDOSO, E.F.2, CANGUSSU,
C.C.T.A.3, FREITAS, M.O.S.2
1. UNIMONTES, Universidade Estadual de Montes Claros2. HUCF,
Hospital Universitrio Clemente de Faria.3. ONCOVIDA, Centro
Unificado de Tratamento do Cncer4. LANMC, Liga Acadmica Nor-
te-Mineira de Cirurgia
Introduo: os bons resultados obtidos atravs da associao da
quimioterapia radioterapia levaram adoo da terapia neoadjuvante
no tratamento do cncer de reto com o objetivo de promover uma
reduo do tamanho do tumor possibilitando melhores condies de
ressecabilidade e de preservao esfincteriana. Objetivo: relatar um
caso de resposta completa terapia neoadjuvante no cncer de reto.
Mtodo: anlise de pronturio e reviso de literatura. Resultado: trata-
se de paciente masculino (dgf), 68 anos, natural de montes claros - mg,
admitido com diagnstico de cncer de reto. Foi submetido a vdeo-
colonoscopia, em que evidenciou, h 8 cm da orla anal, leso vegetante,
semifixa, irregular, com cerca de 5 cm de dimetro em parede ntero-
lateral do reto mdio. Foi realizada bipsia da leso, cujo estudo
anatomopatolgico demonstrou, microscopia, fragmentos de mucosa
retal apresentando neoplasia glandular ulcerada, moderadamente dife-
renciada e infiltrante, bem como reas de necrose e denso infiltrado
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linfocitrio no estroma. Logo, conclui-se a presena de adenocarcinoma
ulcerado, moderadamente diferenciado e infiltrante. A tc de pelve
evidencia leso expansiva na parede lateral direita do reto, sem sinais
de adenomegalias plvicas ou em cadeia parartica distal. Foi estadiado
como t3, sendo encaminhado terapia neoadjuvante. Iniciou o trata-
mento quimioterpico concomitante ao radioterpico, sendo propos-
to o seguinte esquema: - 5 fu 623 mg, endovenoso d1 a d5. - 2 cv 35
mg, endovenoso d1 a d5. - 1 fase: rt plvica 4. 500 cgy. - 2 fase:
boost em reto 5. 400 cgy. A vdeo-colonoscopia demonstra regresso
total da leso inicial. Porm, a bipsia retal indica a presena de
adenocarcinoma em alguns fragmentos. J a rnm, conclui que houve
controle da neoplasia retal no se identificando a leso expansiva
descrita em exame prvio de tc. Em seguida, foi encaminhado cirur-
gia e submetido, ento, ao tratamento cirrgico padro, com exciso
total do mesoreto e a pea encaminhada ao anatomopatolgico, em
que no foi constatado a presena do tumor. O paciente encontra-se
em controle segundo protocolo e sem sinais de recidiva. Concluso: o
cncer de reto apresenta vrias opes de conduta teraputica. Apesar
de a cirurgia ser o mtodo eletivo, a terapia neoadjuvante vem de-
monstrando ser capaz de erradicar microscopicamente a neoplasia,
promovendo remisso patolgica completa, aumentando o potencial
de cura e o controle local.
TL25 - CNCER COLORRETAL LOCALMENTE AVANADO:
RESULTADOS DO TRATAMENTO CIRRGICO E FATORES
PROGNSTICOS
CALIJURI-HAMRA, MC, CAMPOS, FGCM, SEID, VE,
IMPERIALLE, AR, KISS, DR, NAHAS, SC, CECCONELLO, I
1. FMUSP, Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo - SP
Introduo: o cncer colorretal (CCR) localmente avanado carac-
terizado pela existncia de aderncias do tumor primrio aos rgos e/
ou estruturas vizinhas. Nesses pacientes, a resseco em monobloco
representa a melhor chance de cura. Objetivo: estimar a incidncia de
ccr localmente avanado em nosso meio, avaliar resultados operat-
rios e identificar fatores de risco que influenciaram o prognstico.
Mtodos: foram analisados pronturios de 679 pacientes com ccr
operados no perodo de 1995 a 2007 no hospital das clnicas (sp). Nos
pacientes com ccr localmente avanado, tratados por cirurgia alargada,
analisaram-se dados clnicos, operatrios e histolgicos que influenci-
aram os resultados do tratamento e a sobrevida dos pacientes. Esta foi
analisada pela curva de kaplan-meier, considerando-se apenas os paci-
entes tratados com inteno curativa, observando-se intervalo de con-
fiana de 95% (presultados: 90 (13,2%)pacientes, dentre todos os
operados, tinham tumores localmente avanados. A idade mdia foi de
59 anos, com prevalncia no sexo feminino (61%). Em 66% dos
casos o tumor estava localizado no clon, contra 34% no reto: os
tumores retais predominaram no sexo feminino (77%; p=0,02).
Registraram-se complicaes ps-operatrias em 25,6%, sendo elas
deiscncia e/ou infeco de parede (22,2%), leo prolongado (14,8%)
e deiscncia de anastomose (11,1%). A mortalidade peri-operatria
foi de 3,3%. Os rgos mais freqentemente envolvidos foram intes-
tino delgado (19,9%), bexiga (16,4%) e tero (12,9%). Foram detec-
tadas leses t4 em 58% e t3 em 42%, com pior sobrevida em cinco
anos entre os primeiros (50 vs. 75%;p=0,01). Em mdia, foram resse-
cados 21,6 linfonodos por procedimento; o envolvimento ganglionar
pela neoplasia associou-se a menor sobrevida de cinco anos (35% vs.
80%, p=0,004). Outros fatores com pior sobrevida foram a presena
de invaso vascular, linftica e perineural (35% vs. 80%, p=0,02) e a
localizao do tumor no reto em relao ao clon (45% vs. 65%,
p=0,01). O carter das aderncias no influenciou a sobrevida. Con-
cluses: a incidncia de leses localmente avanadas em nosso meio
foi de 13,2%; a morbidade operatria foi de 25%; a sobrevida de
pacientes tratados com inteno curativa sofreu impacto negativo em
relao maior profundidade do tumor, localizao retal, presena de
invaso vascular, linftica e/ou perineural e comprometimento
linfonodal.
TL26 - TROMBOCITOSE COMO FATOR PROGNSTICO NO
CNCER COLORRETAL
BONARDI, RA, GRACIOSA, K, MELCHIORETTO, EF, FURLANI,
LF, SARTOR, MC, BALDIN, A
1. HC-UFPR, Hospital de Clnicas de Curitiba
Introduo vrios estudos clnicos tm demonstrado que a trombocitose
fator de mau prognstico em alguns tipos de neoplasias, mas os
dados relacionados com a neoplasia colorretal so bastante escassos.
Objetivos investigar o significado prognstico da trombocitose nos
pacientes com cncer colorretal. Mtodos trata-se de estudo retros-
pectivo, com anlise de pronturios de pacientes submetidos a opera-
es por cncer colorretal . Foram comparados os dados do
estadiamento, recidiva tumoral e bitos por cncer com a ocorrncia
de trombocitose no pr-operatrio. Considerou-se trombocitose a
contagem plaquetria acima de 350. 000/microlitro. O grupo controle
foi composto de 50 pacientes submetidos herniorrafia. A mdia da
contagem de plaquetas no pr-operatrio destes pacientes foi utiliza-
da para dividir os pacientes em dois grupos: grupo 1, pacientes com
contagem de plaquetas abaixo dessa mdia e grupo 2, pacientes com
contagem de plaquetas acima dessa mdia. Resultados foram includos
243 pacientes no estudo. A mdia da contagem plaquetria foi 317000
entre os pacientes com cncer e de 267000 entre os pacientes do
grupo controle. A prevalncia da trombocitose no cncer colorretal
foi 32,1%, sendo que 58,4% apresentavam um nmero de plaquetas
acima da mdia do grupo controle. Houve um total de 75 bitos por
cncer, sendo que 56,7% ocorreram em pacientes com trombocitose
e 32% em pacientes com plaquetas normais (p 0,001). Utilizando a
mdia do grupo controle, a diferena foi ainda mais significativa. (p
0,0004). Quanto recidiva tumoral, 40% dos pacientes do grupo 2
tiveram recidiva e 17,9% do grupo 1. (p 0,003). A mdia da contagem
plaquetria foi tambm significativamente maior entre pacientes com
recidiva tumoral. Com relao ao estadiamento t, no grupo 1, 14,1%
eram t1 e 8,4% t4. No grupo 2, 2,2% eram t1 e 19,5% eram t4 (p 0.
0005). O comprometimento linfonodal foi semelhante entre pacien-
tes com e sem trombocitose, mesmo quando se utilizou a mdia do
grupo controle como referncia. Metstases distncia foram encon-
tradas em somente 9,4% dos pacientes do grupo 1 contra 21,8% do
grupo 2 (p 0. 02). No que diz respeito ao estadiamento tnm, no grupo
1, 24,6% eram estadio 1 e 11% estadio 4. No grupo 2, 9,6% eram
estadio 1 e 22,8% estadio 4 (p 0,02). Concluso a contagem de plaquetas
no pr-operatrio parece ser til em identificar pacientes com prog-
nstico desfavorvel.
TL27 - O ACOMPANHAMENTO DA INCIDNCIA DO CN-
CER COLORRETAL NO MUNICPIO DE CAMPINAS COM
OS INDICADORES DE SADE EXISTENTES
ROMAGNOLO,L.G.C., OLIVEIRA FILHO,J.J., MORAES,S.P., SEV-
PEREIRA,G., BOLZAM-NASCIMENTO,R., COSTA,L.C.P.,
SCALDINI,A.S., JAWORSKI,P.E.D.
1. HMMG, Hospital Municipal Mario Gatti
OBJETIVO:Avaliar diferentes indicadores de sade disponveis para o
acompanhamento da incidncia do Cncer Colorretal (CCR) no muni-
cpio de Campinas/SP.MTODO: Estudo de diferentes indicadores de
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sade disponveis tais como TABNET, Instituto Nacional do Cncer
(INCA), registro de internaes hospitalares (SIH) , atendimentos no
SUS Campinas e estudo retrospectivo de 623 colonoscopias realizadas
no Servio de Endoscopia do Hospital Mario Gatti de Campinas du-
rante o perodo de um ano. RESULTADOS: Diferentes indicadores de
sade existentes permitem, mesmo que parcialmente, o acompanha-
mento do perfil epidemiolgico do CCR na regio de Campinas. Na
dcada anterior, segundo dados do INCA, Campinas aparecia entre
os trs municpios com maior incidncia de CCR do Brasil com
cerca de 30 casos novos/100.000 hab/ano. Segundo registros obti-
dos atravs da ferramenta TABNET houve na ltima dcada, para
residentes em Campinas, mortalidade por CCR com uma mdia
anual de 101,22 bitos. Em 2008, com 119 bitos, o CCR repre-
sentou 10,69% dos bitos causados por cncer. Houve em 2007
317 internaes hospitalares por CCR, sendo destes 124 casos de
residentes de Campinas. O municpio de Campinas dispe de exten-
sa rede de sade publica e privada, com cerca de 1,4 mil atendimen-
tos SUS/ano. Baseados na suspeio para o CCR foram avaliadas
623 colonoscopias realizadas no Hospital Municipal Mario Gatti
no perodo de janeiro de 2008 a marco de 2009, sendo que 31%
destes exames foram encaminhados pela rede publica. O diagnsti-
co de CCR nas colonoscopias avaliadas ocorreu em 41 exames
(6,74%). Das indicaes para a realizao de colonoscopia as mais
encontradas foram sangramento anal (14,93%), alterao do habi-
to intestinal (9,95%) e emagrecimento (4,65%). O exame para
pacientes com teste de sangue oculto positivo nas fezes no se
mostrou til com apenas 5,62% do total das indicaes e somente
um paciente com CCR diagnosticado. CONCLUSO: Assim como
ocorre em outros municpios, no existe estratgia na rede de sade
de Campinas para a preveno e deteco precoce do CCR. No
foram encontrados neste estudo registros confiveis de casos no-
vos/ano de CCR, em parte devido a abrangncia do municpio de
Campinas como referencia hospitalar de sade e em parte pelo
baixo registro dos casos. O uso dos indicadores de internao
hospitalar(SIH), dos procedimentos de colonoscopia realizados e
dos ndices de mortalidade so , se realizados conjuntamente, boas
referencias de acompanhamento do CCR.
TL28 - CNCER COLORRETAL E SITUS INVERSUS TOTALIS:
RELATO DE CASO E REVISO DE LITERATURA
BASSO, M.P., CHRISTIANO, A.B., SIPRIANI JR, L.V., LUPORINI,
R.L., MARCIANO, M.R., FILHO, F.A.G., MELO, M.M.C., NETI-
NHO, J.G.
1. FAMERP, Faculdade De Medicina de Sao Jose do Rio Preto
Objetivo: situs inversus totalis uma rara desordem congnita, de
etiologia no definida. Este termo denota inverso completa da
posio habitual dos rgos torcicos e abdominais. Existem apenas
13 casos de neoplasias colorretais e esta condio relatados na lite-
ratura. O objetivo do tema livre mostrar nossa experincia com o
caso, suas particularidades e anlise conjunta aos relatos existentes.
Material e mtodos: relato de caso e anlise de variveis
epidemiolgicas deste caso e dos j publicados. Resultados: paciente
com 74 anos, masculino, branco, casado, agricultor. Histria clnica
de dor abdominal em hemiabdome esquerdo e astenia h 2 anos, com
palidez cutneo-mucosa e emagrecimento. Nega episdios de
sangramento e alterao do hbito intestinal. Solicitado
colonoscopia, esta evidenciou leso subestenosante em ngulo hep-
tico. A bipsia revelou adenocarcinoma moderadamente diferencia-
do. Ao exame fsico, paciente encontrava-se hipocorado e ausculta
cardaca, com ictus e bulhas audveis principalmente direita. Reali-
zou ecg e radiografia de trax sugestivos de dextrocardia. Ultra-
sonografia e tomografia de abdome confirmaram situs inversus totalis.
Paciente foi submetido hemicolectomia proximal, com avaliao
antomo-patolgica evidenciando estadiamento pt3n0mx. Apesar
da escassez de dados presentes nos relatos, observa-se uma mdia de
idade de 63,71 anos entre os pacientes, com variao de 41 a 78
anos. O sexo feminino representa 57% dos casos e o sexo masculino
43%. Localizao mais freqente consistiu no clon transverso
(42,8%) e clon ascendente (35,7%), sendo a hemicolectomia
proximal ( hemicolectomia direita reversa ) a cirurgia mais realiza-
da, com 71% de freqncia. A via laparotmica foi a mais utilizada
(93%) e o tipo histolgico mais freqente foi o adenocarcinoma
(100%). Concluso:esse relato demonstra o valor do exame fsico
para suspeio de situs inversus totalis. Situs inversus totalis no
uma entidade pr-maligna, porm est associado com malformaes
intestinais, cardiovasculares e outras. Assim, o imageamento pr-
operatrio importante para preparo dos pacientes e menor com-
plicao operatria. Observa-se nesses pacientes, mdia de idade,
distribuio quanto ao sexo, histria clnica relacionada a topogra-
fia, tipo histolgico semelhantes a pacientes com situs solitus, po-
rm observa-se uma inverso na topografia tumoral usual, com pre-
ferncia pelo clon proximal.
TL29 - EXPRESSO DA PROTENA E-CADERINA COMO
MARCADOR DE DIFERENCIAO CELULAR
PRIOLLI, D.G., MARTINEZ, N.P., PEREIRA, J.A., CARDINALLI,
I.A., KANNO, D.T., MARTINEZ, C.A.R.
1. USF, Universidade So Francisco,Bragana Paulista (SP)
A e-caderina tem sido relacionada como uma das principais protenas
envolvidas nos mecanismos de adeso celular localizando-se, particu-
larmente, no tecido epitelial. Quando pesquisada no epitlio normal
da mucosa clica observa-se que sua expresso est sistematicamente
preservada e distribuda de forma homognea na membrana
citoplasmtica. Estudos vm demonstrando a ausncia ou diminuio
da expresso tecidual da protena caderina-E no cncer colorretal.
Objetivo: Relacionar o contedo tecidual de e-caderina com o grau de
diferenciao celular do cncer colorretal. Mtodo: Foram estudados
30 enfermos (13 homens) com mdia de idade de 59,1 anos, portado-
res de adenocarcinoma colorretal. A tcnica da hematoxilina-eosina
(HE) foi realizada para avaliao do grau de diferenciao. Os
adenocarcinomas foram classificados em bem diferenciados, modera-
damente diferenciados, pouco diferenciados, ou indiferenciados. Para
avaliao da expresso tecidual da protena e-caderina as lminas fo-
ram coradas por imunoistoqumica com anticorpo monoclonal anti-
e-caderina. O contedo tecidual de e-caderina foi medido por
processamento da imagem assistida por computador, executado e ana-
lisado em programa especfico. A expresso da imunocolorao, quan-
to a sua distribuio tecidual, foi analisada por patologista experimen-
tada em imunohistoqumica de forma comparativa ao padro normal
de expresso em clulas normais e neoplsicas. A anlise estatstica das
variveis consideradas foi realizada pelos testes t de Student, anlise de
varincia, teste de correlao de Spearman, adotando-se nvel de
significncia de 5% (p<0,05)para todos os testes. Resultados: H cor-
relao da e-caderina com sua expresso tumoral na membrana lateral
ou difusa no citoplasma (rs=-0,393; p=0,03). Existe correlao entre
diferenciao tumoral e e-caderina (rs=-0,415, p=0,02), com a piora
do grau histolgico. A quantidade de e-caderina diminui com a piora do
grau histolgico com mdias de 4,8U/C nos tumores bem diferencia-
dos, 3,6U/C nos moderadamente diferenciados e 1,4U/C nos pouco
diferenciados. Concluso: O contedo de e-caderina e a expresso
tecidual de e-caderina podem ser utilizados como indicadores do grau
de diferenciao do adenocarcinoma colorretal.
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TL30 - DIFERENTES FENTIPOS DO ADENOCARCINOMA
COLORRETAL COMO RESPOSTA AO DANO OXIDATIVO DO
DNA
PRIOLLI, D.G., MIRANDA, D.D.C., MARTINEZ, N.P., PEREIRA,
J.A., CARDINALLI, I.A., MARTINEZ, C.A.R., RIBEIRO, M.L.
1. USF, Universidade So Francisco, Bragana Paulista, (SP)
O estresse oxidativo encontra-se relacionado a etapa inicial da
carcinognese colorretal, determinando mutaes, com conseqen-
te distanciamento das caractersticas celulares normais e modifica-
o na capacidade de sntese e excreo de protenas pelas clulas.
Poucos estudos analisaram a relao existente entre nveis de estresse
oxidativo ao DNA celular e modificaes morfofuncionais celulares.
A anlise da relao entre nveis de estresse oxidativo ao DNA e
classes morfofuncionais no cncer colorretal, permitiria melhor com-
preenso de comportamentos evolutivos distintos. Objetivo: Rela-
cionar o dano oxidativo do DNA s classes morfofuncionais do cn-
cer colorretal. Mtodo: Foram estudados 30 doentes com cncer
colorretal, classificados de acordo com o grau de diferenciao celu-
lar e o estadiamento TNM. A avaliao dos nveis de dano oxidativo
ao DNA foi realizada pelo ensaio do cometa, a partir de fragmentos
obtidos do tecido normal e neoplsico aps a retirada do espcime
cirrgico. Para o estudo imunoistoqumico utilizou-se anticorpo
monoclonal anti-CEA. A expresso do CEA quanto a sua distribuio
tecidual, foi analisada comparando a expresso em clulas normais e
neoplsicas. Pela imunocolorao os tumores foram divididos em
bem, moderadamente e pouco polarizados, e quanto a sua distribui-
o celular em apical e citoplasmtica. As neoplasias foram classifi-
cadas pela caracterstica morfofuncional em: Classe 1, carcinomas
bem diferenciados e bem polarizados ou moderadamente diferencia-
dos e bem polarizados; Classe 2, carcinomas moderadamente dife-
renciados e moderadamente polarizados ou bem diferenciados e mo-
deradamente polarizados; e, Classe 3, carcinomas moderadamente
diferenciados e mucoprodutores pouco polarizados ou carcinomas
indiferenciados pouco polarizados. A anlise estatstica foi realizada
por anlise de varincia, testes de Spearman e Pearson, adotando-se
nvel de significncia de 5% (p<0,05). Resultados: Existe relao
entre as classes morfofuncionais e a localizao do CEA no
tumor(rs=0,537, p=0,003. H correlao entre as classes
morfofuncionais e o dano oxidativo ao DNA (rs=0,428, com p=0,02).
H maior nvel de dano oxidativo em classes morfofuncionais pio-
res, com mdias respectivas de 11,4TM; 17,8TM; 20,7TM nas clas-
ses morfofucionais 1, 2 e 3 .Concluso: A quantidade de dano oxidativo
ao DNA parece ser um fator importante na determinao de com-
portamentos evolutivos distintos quanto a expresso fenotpica
evolutiva do cncer colorretal.
TL31 - O DANO OXIDATIVO AO DNA NO CNCER
COLORRETAL
PRIOLLI, D.G., MIRANDA, D.D.C., MARTINEZ, N.P., PEREIRA,
J.A., CARDINALLI, I.A., MARTINEZ, C.A.R., RIBEIRO, M.L.
1. USF, Universidade So Francisco, Bragana Paulista, (SP)
Encontra-se bem estabelecido que o surgimento do cncer colorretal,
a partir da mucosa clica normal, mediado por uma seqncia de
mutaes em genes controladores do ciclo celular (proliferao, dife-
renciao, adeso e apoptose). Estudos j demonstraram que a
hipermetilao da regio promotora de genes bloqueando sua transcri-
o e o dano oxidativo ao DNA nuclear (estresse oxidativo), represen-
tam os principais mecanismos relacionados s etapas iniciais da
carcinognese colorretal. Poucos estudos quantificaram o dano
oxidativo ao DNA em portadores de CCR comparando o tecido nor-
mal e neoplsico e a relao existente entre o estresse oxidativo e sua
correlao com fatores controladores do ciclo celular. Objetivo: Com-
parar o dano oxidativo ao DNA em clulas normais e neoplsicas e sua
correlao com fatores determinantes da formao do cncer colorretal.
Mtodo: Estudou-se 30 doentes portadores de adenocarcinoma
colorretal. A avaliao do dano oxidativo ao DNA foi realizada pelo
ensaio cometa, a partir de fragmentos de tecido clico normal e
neoplsico. Avaliou-se a extenso das rupturas das hlices do DNA
com mtodo de intensificao de imagem, em 200 clulas (100 de
cada amostra de tecido) com o programa Komet 5.5. A mensurao da
cauda obtida de cada clula (Tail Moment) representa,
quantitativamente, a extenso do dano oxidativo ao DNA. A anlise
das variveis consideradas foi realizada pelos testes t de Student, testes
de correlao (Spearman e Pearson), adotando-se nvel de significncia
de 5% (p<0,05). Resultados: H diferena entre dano oxidativo ao
DNA no tecido normal (Mdia=0,8TM) e no tumor (2,13TM) em
doentes com cncer colorretal (p=0,0001). H correlao entre o
dano oxidativo no tumor e o respectivo dano oxidativo total, sendo o
ltimo representado pela diferena entre dano oxidativo no tecido
normal e no neoplsico (r=0,924 com p=0,0001). A idade do paciente
se relaciona inversamente com os nveis totais de dano oxidativo (r=-
0,410, p=0,03). Existe correlao entre a quantidade de dano oxidativo
total e grau histolgico (rs=-0,404 com p=0,03). Concluso: H mai-
or dano oxidativo ao DNA celular em clulas tumorais do que em
clulas normais de doentes com cncer colorretal. O dano oxidativo
ao DNA apresenta relao com a idade, sugerindo que pacientes mais
jovens necessitam maiores nnveis de dano para o desenvolvimento
do cncer. O dano oxidativo ao DNA est relacionado ao grau
histolgico.
TL32 - ASPECTOS NUTRICIONAIS RELACIONADOS A
NEOPLASIAS DE CLON E RETO COM O AUMENTO DA
INCIDNCIA DOS MESMOS
ARSIE DS, BRITO AR, DAINEZI MA, MOTA CC, PAESE A.,
RODRIGUES EA, SANDOVAL EGB E VIEIRA GHA
2. FSCMF, Fundao Santa Casa de Misericrdia de Franca
O Cncer de Clon e Reto tm sofrido aumento significativo em sua
incidncia, notada desde o inicio do sculo 21. A identificao de um
padro alimentar propenso ao surgimento do Cncer Intestinal bem
definida nos seus aspectos qualitativos, ou seja, relacionado ao tipo de
alimentos ingeridos ou a falta dos mesmos. H necessidade de estudos
sobre outros fatores ligados nutrio, como alguns tipos de alimen-
tos e condimentos. O objetivo deste estudo determinar se existem ou
no fatores alimentares regionais que levem ao aumento da incidncia
do Cncer de Intestino, conseqentemente se detectados orientar
campanhas e/ou polticas de preveno do mesmo. O estudo em ques-
to ser feito com busca de informaes retrospectivamente sobre o
padro alimentar de uma populao de 50 pacientes portadores de
neoplasias de Clon e Reto (em tratamento), todos moradores da
regional de sade de Franca. A coleta de dados ser realizada atravs de
entrevistas com pacientes, anlise de pronturios mdicos e informa-
es de familiares. Nas entrevistas, ser utilizado um formulrio onde
constaro questes acerca da ingesto de fibras, gorduras, etilismo e
padres particulares de alimentao de cada paciente. Cerca de 86%
dos pacientes faziam uso abusivo de gordura de origem animal, 92%
ingeriam menos que 25g de fibra por dia, 38% fazem ingesta regular de
frutas, 22% de cereais e 74% ingeriam uma quantidade excessiva de
condimentos. Contudo, conclumos que a maioria dos pacientes entre-
vistados ingere grande quantidade de gorduras de origem animal, pouca
quantidade de fibras e fazem uso de grande quantidade de condimentos
nas suas alimentaes.
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TL33 - TUMOR ESTROMAL GASTRINTESTINAL DE CANAL
ANAL RECIDIVADO: RELATO DE CASO
NETO, IJFC, CARVALHO, GG, COSME, SL, CORDEIRO, DL,
WATT, HH, SOUZA, RFL, ROLIM, AS, ROBLES, L
1. HSM, Hospital Santa Marcelina-SP
Introduo o tumor estromal gastrintestinal(gist) representa a mais
frequente neoplasia mesenquimal do trato gastrintestinal, sendo uma
entidade extremamente rara no canal anal. Gist anorretal corresponde
a 0,15 a 0,3% dos tumores malignos nesta regio do trato gastrintestinal.
Objetivo relatar o caso de portador de gist de canal anal submetido a
resseco local da neoplasia e avaliar o uso de imatimib na recidiva da
leso. Relato da caso jjs, 48 anos, natural e procedente de so paulo,
porteiro. Referia que h 8 meses passou a apresentar proctalgia com
piora s evacuaes associado a puxos e tenesmo. Ao exame
proctolgico apresentava leso de consistncia fibroelstica a cerca
de 3 cm da borda anal com 3 cm de dimetro, localizada em parede
pstero-lateral esquerda. A colonoscopia evidenciou leso com abau-
lamento de mucosa cujo anatomopatolgico demonstrou plipo
hiperplsico. Como a leso era sugestiva de neoplasia, submetido a
nova bipsia atravs de retossigmoidoscopia rgida cujo
anatomopatolgico foi de gist. Paciente foi submetido a resseco
endoanal da leso, na qual se verificou uma leso exoftica aparente-
mente extra mucosa de 2cm de dimetro distando 1,5cm da borda
anal. Aps dois anos, relatou queixa de proctalgia e tenesmo. Ao
exame fsico nesta ocasio apresentava tumorao nodular de 2,5cm
em parede lateral esquerda a 2 cm da borda anal. Solicitado ento
tomografia computadorizada de abdome e ressonncia magntica de
pelve com evidncia de leses metastticas em fgado e leso expan-
siva em parede de reto adjacente ao esfncter anal. Em 25/06/08 foi
submetido a nova resseco local de tumorao em canal anal onde
havia leso endurecida subcapsular de 5 cm de dimetro em parede
pstero-lateral a esquerda distando 2 cm da borda anal, cujo histo e
imunopatolgico confirmaram se tratar de gist recidivado com mar-
gens livres paciente mantm acompanhamento ambulatorial com
continncia anal preservada, sem queixas e em regime de radioterapia.
Concluso recomenda-se exciso local sempre que possvel e o uso de
imatimib em casos de recorrncia local ou metstase a distncia. O uso
de imatimib permanece controverso e estudos futuros ajudaro a res-
ponder questes como a poca correta de se utilizar essa droga e seu
benefcio em uso isolado ou em conjunto com cirurgia assim como o
tipo de cirurgia ou a radicalidade da mesma.
TL34 - ALTERAES MANOMTRICAS E CLNICAS DA
RADIOQUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE EM CNCER DE
RETO
MARCIANO MR, NETINHO JG, GONALVES FAF, LUPORINI RL,
SIPRIANI JR LV, RONCHI LS, BASSO MP, CRISTIANO AB
1. FAMERP, Faculdade de Medicina de So Jos do Rio Preto
Introduo: a radioquimioterapia neoadjuvante indiscutivelmente
um avano no tratamento do cncer de reto. Entretanto seus efeitos
colaterais so deletrios e progressivos aos tecidos sadios tambm
irradiados. Pouco foi estudado at o momento sobre o verdadeiro
efeito da radioquimioterapia neoadjuvante no aparelho esfincteriano
para tratamento de tumor de reto mdio e baixo. Objetivo: avaliar as
alteraes da fisiologia anorretal atravs de dados manomticos
anoretais e aspectos clnicos provocadas pela radioquimioterapia
neoadjuvante em pacientes portadores de neoplasia de reto com le-
ses at 10 cm da borda anal. Pacientes e mtodos: foram analisados
dezesseis pacientes portadores de neoplasia de reto mdio e baixo no
perodo de fevereiro de 2008 a maio de 2009. Os pacientes responde-
ram a um questionrio sobre sintomatologia clnica relacionada ao
tumor e realizaram o exame de manometria anorretal. Encaminhados
posteriormente ao servio de oncologia onde recebiam terapia
neoadjuvante. Aps um ms do trmino da terapia neoadjuvante os
pacientes eram submetidos a novo questionamento clnico e
manometria anorretal. Resultados: a queixa de dor apresentou uma
queda mdia de 6,25%, o sangramento que era referido em 93,75% dos
casos se reduziu para 25%, a diarria melhorou em 25% dos casos, a
urgncia fecal teve queda de 18,5% em mdia, sensao de resduo
fecal se reduziu de 62,5% para 18,75% e finalmente o ritmo intestinal
que acometia 31,25% dos casos em mais de 4 evacuaoes por dia se
reduziu para 2 a 4 evacuaes em 62,5% aps neoadjuvante. Dados da
manometria anoretal apesar de sofrerem discretas alteraes antes e
aps a terapia, permaneceram dentro dos padres normais de refern-
cia. Concluso: o estudo observou uma significativa melhora dos dados
clnicos pesquisados, em destaque a significativa reduo do
sangramento, j os ndices da manometria anorretal avaliados no
geraram alteraes expressivas, mantendo-se dentro dos valores nor-
mais de referncia estudados aps a terapia neoadjuvante, demons-
trando assim que a terapia prvia a cirurgia alm de melhorar os
sintomas clnicos avaliados no prejudica o funcionamento do sistema
esfincteriano anal.
TL35 - NEOPLASIA COLORRETAL EM PACIENTES MENORES
DE 40 ANOS
COSTA, SV, ALMEIDA MG, BARAVIERA, AC, GONTSHAROW,S,
MANZIONE ,CR, MACHADO, SPG, FALLEIROS, V, VILARIO,
TC
1. HSPM-SP, Hospital do Servidor Pblico Municipal de Sao Paulo
Neoplasia colorretal em pacientes menores de 40 anos o cncer
colorretal a quarta neoplasia maligna mais incidente no brasil.
incomum em indivduos menores de 40 anos, ocorrendo numa
freqncia de 2,1 a 14,6%. Por ser condio clnica de pacientes
idosos, seu diagnstico em pacientes jovens frequentemente subesti-
mado. O presente trabalho tem como objetivo avaliar variveis clni-
co-patolgicas em pacientes com menos de 40 anos, no que diz respei-
to a idade, tipo histolgico, localizao do tumor, sinais e sintomas,
tipo de cirurgia, necessidade de quimioterapia ou radioterapia, tempo
entre o incio dos sintomas e o diagnstico. Para tanto, foi realizado
estudo restrospectivo, atravs da leitura de pronturios de 7 casos
diagnosticados no hspm no perodo de janeiro de 2007 a maio de
2009. Neste perodo 52 pacientes foram diagnosticados com cncer
colorretal pelo servio de coloproctologia. Encontrou-se: o sexo mais
freqente foi o masculino(71,42%); a idade mdio do diagnstico foi
de 37,14 anos; os sinais e sintomas mais prevalentes foram:
hematoquezia, alterao do hbito intestinal e dor abdominal; o tem-
po mdio entre o incio da sintomatologia e o diagnstico foi de 10,48
meses; a maioria das leses encontrava-se no reto (57,14%); cerca de
72% dos pacientes encontrava-se no estdio iii; o seguimento
ambulatorial mdio foi de 12 meses, tendo ocorrido 1 bito neste
perodo. Pacientes jovens portadores de ccr apresentam, geralmente,
sintomatologia rica, com doena avanada ao diagnstico, apresen-
tando menor probabilidade de cura.
TL36 - CNCER DO CANAL ANAL: TRATAMENTO E INDICA-
O CIRRGICA
MACHADO, SPG, ALMEIDA , MG, BARAVIERA, AC,
GONTSHAROW ,S, MANZIONE ,CR, FALLEIROS ,V, VILARIO,
TC
1. HSPM-SP, Hospital do Servidor Pblico Municipal de So Paulo
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Objetivo: avaliar o diagnstico , tratamento clinico e indicaes de
cirurgia nos pacientes com cncer do canal anal. Pacientes e mto-
do: anlise retrospectiva dos pronturios de pacientes diagnostica-
dos com tumores de canal anal no perodo de janeiro de 1999 a
janeiro de 2009. Resultados: 20 pacientes diagnosticados com tu-
mores de canal anal no perodo, todas do sexo feminino, a idade
mdia do foi de 60 anos (42 a 78 anos). Os sintomas mais freqentes
foram hematoquezia, tumorao e dor local. O tempo de segui-
mento variou de 5 a 120 meses, 4 pacientes perderam o acompa-
nhamento. A radioterapia foi realizada com dose de 4500 a 5040
cgy na pelve seguida de complementao de dose no canal anal. A
quimioterapia foi realizada com 5-fu (1. 000mg/m2) em infuso
contnua e mitomicina c (10mg/m2) em blus durante os cinco
primeiros e os cinco ltimos dias da radioterapia. Apenas 2 pacien-
tes apresentaram recidiva precoce da doena, sendo encaminhados
para amputao abdominoperineal do reto, uma paciente com tu-
mor de buschke-lowestein ainda encontra-se em avaliao para
procedimento cirrgico. Uma paciente morreu por conseqncia
da doena aps 14 meses do diagnstico. Concluses:o exame
proctolgico e a biopsia das leses suspeitas so fundamentais no
diagnostico, o tratamento clnico com quimio e radioterapia a
conduta de eleio sendo a cirurgia reservada para casos de falha ou
recidiva precoce da doena.
TL37 - ASPECTOS DO DIAGNSTICO E DO TRATAMENTO
DOS CARCINOMAS DO CANAL ANAL
MACHADO, SPG, ALMEIDA , MG, BARAVIERA, AC,
GONTSHAROW ,S, MANZIONE ,CR, FALLEIROS ,V, TEREZA DE
CARVALHO VILARIO, VILARIO, TC
1. HSPM-SP, Hospital do Servidor Pblico Municipal de So Paulo
Objetivo: Avaliar os aspectos diagnsticos, os resultados do tratamen-
to radio e quimioterpico e as indicaes operatrias dos doentes de
carcinoma do canal anal. Pacientes e Mtodo: Anlise retrospectiva
dos pronturios dos 20 pacientes com tumores de canal anal, acompa-
nhados no perodo de janeiro de 1999 a janeiro de 2009. Eram todas
mulheres com idades entre 42 e 78 anos, com mdia etria de 60 anos.
A radioterapia foi realizada com dose de 4500 a 5040 cGy na pelve
seguida de complementao de dose no canal anal. A quimioterapia foi
realizada com 5-FU (1.000mg/m2) em infuso contnua e mitomicina
C (10mg/m2) em blus durante os cinco primeiros e os cinco ltimos
dias da radioterapia. Resultados: Os sintomas mais freqentes foram
hematoquesia, tumor e dor local. Todas as doentes responderam bem
ao esquema neo-adjuvante, exceto trs, que persistiram com tumor
residual e foram submetidas a amputao abdominoperineal do reto.
Uma delas morreu por conseqncia da doena 14 meses aps o diag-
nstico. Uma apresenta tumor recidivado na margem da resseco.
Outra teve tumor de Buschke-Lowenstein associado ao carcinoma
invasivo, que regrediu com a radio e quimioterapia, mas manteve
focos do condiloma gigante na margem anal que foram ressecados. O
tempo de seguimento variou de 5 a 120 meses e quatro delas perderam
o acompanhamento. As 14 demais esto vivas e livres da doena.
Concluses: os dados do diagnstico e do tratamento dos nossos doen-
tes de carcinoma do canal anal so compatveis aos encontrados na
literatura.
TL38 - PESQUISA DE LINFONODO-SENTINELA EM PACIEN-
TES COM ADENOCARCINOMA DE CLON
HILARIO-FREITAS, A.A., NUNES, T.A., WAINSTEIN, A.J.A.,
PENNA, W.N.B.
1. UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais
Introduo: o cncer colorretal responsvel por cerca de 8. 000
bitos/ano no brasil. Acredita-se que haja subestadiamento ps-opera-
trio. Objetivo: pesquisar sobre linfonodo-sentinela em pacientes com
adenocarcinoma de clon. Mtodos: a amostra foi composta de 18
pacientes, todos com diagnstico de adenocarcinoma de clon, sub-
metidos laparotomia com injeo dos marcadores de linfonodos na
subserosa peritumoral. Resultados: a identificao intra-operatria de
linfonodo-sentinela com os marcadores ocorreu em 16 (88,8%) paci-
entes. O azul patente identificou linfonodos-sentinela em 72,2% e o
fitato marcado com tecncio em 88,8%. Obtiveram-se
linfocintilografias do espcime cirrgico removido em 15 pacientes. A
sensibilidade global do mtodo foi de 66,7% e o falso negativo de
33,3%. Depois do exame histolgico com multisseco e
imunoistoqumica de 11 pacientes, foi diagnosticada metstase em
uma (9%) ocorrncia, sendo considerada ultra-estadiamento. Conclu-
ses: pode-se afirmar que o procedimento vivel; o radiofrmaco
mais eficaz; a linfocintilografia da pea cirrgica capaz de certificar
a presena de captao de radiofrmaco pelo linfonodo; a incidncia
de metstases linfonodais , proporcionalmente, a mesma nos
linfonodos-sentinela e no-sentinela; as tcnicas de multisseco e
imunoistoqumica contribuem para melhorar a acuidade diagnstica de
metstase linfonodal.
TL39 - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM
TOXICIDADE CUTNEA POR CAPECITABINA XELODA
MAZZON, S.R.R.1, RISSO, A.C.M.C.R.2, MICHELIN, O.C.1, PAIVA,
C.R.1, HOSSNE, R.S.3
1. UNESP - STQ, Universidade Estadual Paulista - Se. Tcn.
Quimioterapia2. FMR, Faculdade Marechal Rondon3. UNESP, Uni-
versidade Estadual Paulista - Depto Cirurgia
1. Introduo a capecitabina, comercializado como xeloda, um
antineoplsico utilizado como tratamento paliativo de primeira
linha para cncer colorretal e de mama metasttico. Os distrbios
da pele e subcutneo dividem-se em sndrome mo-p (smp),
dermatite, pele seca, rash eritematoso, alopcia, prurido, esfoliao
localizada, hiperpigmentao da pele e desordens nas unhas (xeloda,
2007). 2. Objetivos o trabalho buscou identificar a incidncia de
toxicidade cutnea em pacientes tratados com capecitabina-xeloda,
no hospital das clnicas unesp - seo tcnica de quimioterapia,
realizar a consulta de enfermagem e orientar quanto aos cuidados
que devero ser tomados pelos pacientes ao apresentarem toxicidade
cutnea decorrente ao uso da capecitabinaxeloda. 3. Mtodos o
estudo baseou-se em pesquisa de campo, o projeto foi encaminhado
ao comit de tica em pesquisa da faculdade de medicina de botucatu.
Para incluso na pesquisa foram considerados todos os pacientes
que faziam uso de capecitabinaxeloda. A pesquisa foi realizada
de junho a outubro de 2008. Todos os sujeitos da pesquisa preen-
cheram o tcle. Houveram 3 encontros com cada sujeito da pesqui-
sa, onde as mos e ps foram fotografados para a identificao da
toxicidade cutnea na smp e foram realizadas consultas e orienta-
es de enfermagem. 4. Resultados o uso de creme de uria, com
freqncia superior a quatro vezes ao dia foram significativamente
relacionados com graus mais elevados de smp (p=0,013). Conside-
rou-se efetiva as orientaes de enfermagem em relao ao perfil
de toxicidade cutnea secundrio ao uso da capecitabina. Houve
tambm significativa reduo da ocorrncia de dermatite entre a
primeira e a ltima avaliao (p=0,011). O mesmo foi observado
em relao a xerose cutnea (p=0,045). 5. Concluses foram loca-
lizados 18 pacientes com doena metasttica (7 com cncer de
mama, 10 com cncer colo-retal e 1 com cncer de rim). A ao da
enfermagem atuou proporcionando ao paciente, informaes so-
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bre o protocolo de tratamento, possveis efeitos cutneos adversos
precoce ou tardio. Por meio dos resultados obtidos, houve a pre-
tenso de trazer o olhar para a importncia da enfermagem numa
perspectiva complementar enfermagem / mdico, atuando no campo
da promoo, preveno e orientaes quanto toxicidade cutnea
causada pela capecitabinaxeloda.
TL40 - PERFIL HISTOPATOLGICO DAS NEOPLASIAS
COLORRETAIS TRATADAS NO HOSPITAL HELIPOLIS-SP
LIMA MA, RAMACCIOTTI FILHO PR, CASTRO CAT, POZZOBON
BHZ, FONSECA MFM, FORMIGA GJS
1. HH, Servio de Coloproctologia do Hospital Helipolis
INTRODUO: Carcinoma colorretal a quarta causa de bito por
cncer no Brasil. Seu prognstico determinado pela possibilidade de
resseco curativa e extenso anatmica da leso. No entanto, algu-
mas caractersticas histopatolgicas tm sido associadas maior reci-
diva e reduzida sobrevida, destacando-se a presena de invaso neural
e linftica. OBJETIVOS: Avaliar o perfil histopatolgico das neoplasias
colorretais tratadas com cirurgia curativa. MTODOS: Foram avalia-
dos, retrospectivamente, os resultados histopatolgicos das peas ci-
rrgicas dos pacientes submetidos cirurgia curativa para neoplasia
colorretal no servio de coloproctologia do Hospital Helipolis/SP,
nos ltimos cinco anos. Os dados foram analisados estatisticamente
utilizando o teste t de student. RESULTADOS: Foram estudados 190
pacientes, sendo 50,5% do sexo masculino, com localizao predomi-
nante no reto (48,9%). As leses foram classificadas como T3 em
65,3% dos casos. Com relao invaso neural, observou-se
positividade de 17,8% e 44,6% para invaso linftica. Os pacientes
com invaso neural e linftica positivos apresentavam maior nmero
de linfonodos acometidos na peas cirrgicas (p<0,01 e p<0,03, res-
pectivamente). CONCLUSO: A identificao de invaso neural e
linftica nas peas cirrgicas de pacientes submetidos cirurgia curati-
va para neoplasia colorretal indica maior chance de acometimento
linfonodal. Isto implica em pior prognstico, com maior chance de
recidiva e reduzida sobrevida.
TL41 - CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA: UMA BOA
ESCOLHA NO MANEJO DE CNCER DE CLON PRE-
COCE?
MORIOKA, C.Y.1, ARAI, H.2, SAKAMOTO, T.2, TSUKADA, K.2
1. MCIC, Moriokas Center for Integrative Care, So Paulo2. TU,
Toyama University
Introduo: cncer de clon precoce (ccp), i. E. , quando restrito a
mucosa (m) ou submucosa (sm), so geralmente tratados com resseco
endoscpica da mucosa. No entanto, quando ccp invade a mucosa,
resseco cirrgica indicada. Objetivo: esclarecer se a cirurgia mini-
mamente invasiva com linfadenectomia local ou resseco via
videolaparoscopia pode ser uma boa deciso nestes casos. Mtodos:
quarenta e sete pacientes com ccp submetidos a cirurgia foram anali-
sados retrospectivamente. 38 (68%) eram do sexo masculino e 15
(32%) eram do sexo feminino, com idade mdia de 63,5 anos. Resseco
endoscpica da mucosa foi realizada em 18 casos antes da interveno
cirrgica. Todos os casos foram submetidos a cirurgia baseados na
ecocolonoscopia. Resultados: 44 casos foram submetidos a cirurgia
minimamente invasiva e trs casos foram submetidos a cirurgia de
miles. A extenso das margens livres foram: 5 cm em 18 casos (38,3%)
com linfadenectomia local, 10 cm em 26 casos (55,3%) com
linfadenectomia distncia e resseco radical em 3 casos. Um caso de
tumor sm2 apresentou metstase heptica. A anlise histopatolgica
mostrou: adenocarcinoma bem diferenciado em 39 casos (83%) e
adenocarcinoma moderadamente diferenciado em 8 casos (17%). Um
tumor estava associado com tumor carcinide. De acordo com a pro-
fundidade de invaso sm: sm1 foi encontrado em 15 casos (32%), sm2
em 14 (29,7%) e sm3 em 18 (38,3%). Metstases linfonodais foram
encontrados em 4 casos de sm3 (8,5%), 2 casos de sm2 (4,3%) e
nenhum de sm1. No follow up ps operatrio de 5 anos, 42 casos
esto sem doena. Considerando o tipo de tumor, apenas um caso era
tipo iic no tumor sm1. Tipos iia+iic foram observados no tumor sm3.
Concluses: devido ao fato da taxa de metstases de ccp de sm ter sido
de cerca de 13% e ausncia de metstases em tumores sm1, nosso
estudo sugere que cirurgia minimamente invasiva pode ser uma boa
alternativa no tratamento de cncer de clon precoce quando a pro-
fundidade de invaso restrita a sm1. No entanto, difcil de diferen-
ciar leses borderline entre sm1 e sm2 para definir o melhor trata-
mento baseado em encontros de ecocolonoscopia.
TL42 - AVALIAO DA EXPERINCIA DE 10 ANOS EM CI-
RURGIAS COM EXCISO TOTAL DO MESORRETO NO
HOSPITAL FELCIO ROCHO
CORTES, M.G.W., LOPES, F.Q., ALVES, A.C., OLIVEIRA, T.A.N.,
LAMOUNIER, P.C.C.
1. HFR, Hospital Felcio Rocho
Introduo: com o avano no conhecimento da disseminao tumoral,
a exciso total do mesorreto (etm) consolidou-se como o tratamento
cirrgico mais adequado para tumores de reto mdio e inferior. O
princpio desta cirurgia a completa resseco de todo tecido perirretal
envolto por sua fscia intacta, com margem circunferencial negativa.
A etm permitiu importante reduo do nmero de amputaes
abdominoperineais, diminuio de recorrncia local com conseqente
aumento da sobrevida e menores incidncias de disfuno sexual e
vesical. Objetivos: avaliao dos resultados ps-operatrios de paci-
entes submetidos a etm, incluindo morbidade, mortalidade, ndice de
amputao de reto e recidiva da doena. Mtodos: anlise retrospecti-
va de dados de protocolos de 58 pacientes consecutivos submetidos a
etm por adenocarcinoma retal de 1999 a 2009 no hospital felcio
rocho. Todos os casos foram operados pelo mesmo cirurgio. Resulta-
dos: a mdia de idade dos pacientes operados foi de 62 anos. Do total
55 (95%) das cirurgias foram realizadas com inteno curativa. O
tempo at fechamento de ileostomia foi de at 4 meses em 15 casos,
at 8 meses em 9 casos, at 22 meses 8 casos. Em 9 (15,5%) casos foi
necessrio realizar amputao de reto. As neoplasias operadas apre-
sentavam estadiamento: 0 em nove casos, i em 13 casos, ii em sete
casos e iii em noves casos e iv em seis casos. Os tumores localizavam-
se entre 2 e 5 cm da margem anal em 17 (29,3%) casos, 5 a 10 cm em
12 (20,6%), a menos de 2 cm em cinco (8,6%) e a mais de 10 cm em
quatro (6,8%) casos. O perodo de acompanhamento ps-operatrio
variou de 3 meses a 8 anos, sendo identificados 11 casos de recidiva
tumoral. Foi registrado 1 bito como complicao cirrgica. Conclu-
ses: a exciso do mesorreto hoje padronizada para neoplasias de
reto inferior e mdio. O ndice de amputaes est dentro dos limites
preconizados. A maior parte dos casos foi operada com inteno cura-
tiva. Os resultados do hospital felcio rocho so consistentes com os
da literatura mdica.
TL43 - LINFADENECTOMIA NA COLECTOMIA DIREITA
VIDEOLAPAROSCPICA: POSSVEL SER ONCOLGICO?
FERREIRA, LA, PEDROSO, MA, FERREIRA, JM, MENDES, GN,
EPSTEIN, MG, BONADIMAN, A, ANDRADE, RF, LUPINACCI, RA
1. HSPE, Hospital do Servidor Pblico Estadual
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Objetivo: relatar a experincia do servio na linfadenectomia na
colectomia direita videolaparoscpica. A abordagem laparoscpica
para realizao da linfadenectomia na colectomia direita vem tendo
resultados positivos nas resseces de carter oncolgico. Relatamos
20 casos realizados durante o perodo de 2007 a 2009, no quais foram
retirados mais de 12 linfonodos.
TL44 - COLECTOMIA ESQUERDA VIDEOLAPAROSCPICA.
A LINFADENECTOMIA PODER SER ONCOLGICA?
FERREIRA, LA, CAMPOS, MH, MENDES, GN, FERREIRA, J.M.,
EPSTEIN, M.G., BONADIMAN, A., PEDROSO, M.A., BEANI JR,
ALCEU.
1. HSPE, Hospital do Servidor Pblico Estadual
Objetivo: relatar a experincia do servio na linfadenectomia na
colectomia esquerda videolaparoscpica, no perodo de 2007 a
2009. A importncia da linfadenectomia associada resseco do
cncer colorretal tem sido reconhecida desde a proposta formula-
da por miles em 1908, destacando a tendncia recidiva tumoral
na regio de drenagem linftica do reto. Em 1930, dukes demons-
trou que a presena de metstases ganglionares representa o fator
prognstico de maior importncia em relao recorrncia e
sobrevida. Desde ento, a pesquisa de linfonodos comprometidos
considerada como o procedimento de maior relevncia na an-
lise antomo-patolgica de espcimes operatrios em pacientes
submetidos ao tratamento do cncer colorretal. A abordagem
laparoscpica para realizao da linfadenectomia na colectomia
esquerda vem tendo resultados positivos nas resseces de carter
oncolgico.
TL45 - ESTUDO DE POLIPOS ADENOMATOSOS PS CIRUR-
GIA COLORETAL POR CANCER.ALTERAM PROGNSTICO?
PAIM,O, SANFELICE, F, ARAUJO, F, DUARTE,H, MEURRER,R
1. HUSM - UFSM, Hospital Universitario de Santa Maria
Estudo de polipos adenomatosos ps cirurgia coloretal. Objetivo: ava-
liar pacientes em seguimento pos cirurgia colo-retal, verificando atra-
vs de colonoscopia se a presena de polipos adenomatosos no segui-
mento teve relao direta com a evoluo destes pacientes. Casuistica
e mtodo: avaliamos retrospectivamente 138 pacientes tratados com
inteno curativa por neoplasia de colon e reto no hospital universitario
de santa maria no periodo de janeiro de 2004 at maro de 2009 e que
tiveram seguimento conforme orientado em nosso servio. Foram
excluidos do estudo pacientes com leses avanadas , metstases evi-
dentes, ou que abandonaram seguimento. Incluidos pacientes com le-
so primaria t2n1, t2n0, t1n1, t1n0. Resultados: no seguimento
endoscpico foram evidentes polipos em 62 pacientes, cancer
metacronico em 4 pacientes . Dos 62 pacientes com polipos , 10
tinham mais de 4 polipos no seguimento e estes tiveram 3 dos pacien-
tes com cancer metacronico e 2 recidiva tumoral nos primeiros 24
meses de follow-up. Concluso : sugere o estudo que a presena de
polipos adenomatosos multiplos no seguimento pos cirurgia coloretal
por cncer forte indicativo de recidiva tumoral iminente e ou leso
metacrnica.
TL46 - CARCINOMA DE CLULAS ESCAMOSAS EM C-
LON DIREITO: RELATO DE CASO E REVISO DA LITERA-
TURA
SIA ON, RABELO FEF, VALLE JR. HN
1. HJK, Hospital Jlia Kubitschek
A maioria dos tumores colnicos so adenocarcinomas,sendo rara na
literatura a descrio do CCE dos clons,o que se deve a ausncia desse
tipo celular na regio e confere relevncia a este trabalho
Objetivos:Relatar um caso de nosso servio,de paciente com processo
expansivo de clon direito,cuja histologia mostrou tratar-se de CCE
nessa regio e confrontar com dados da literatura. Mtodos:
PFJ,masculino,45anos,admitido em 26/10/04,com dor em HCD de
4meses de evoluo.Havia Murphy +/ictercia(+/4+).US
abd:colecistite.Evoluiu com obstruo.TC abd:leso estenosante ngulo
heptico do clon direito.Colono:confirmou achado.Realizada
hemicolectomia direita.Histopatolgico da leso:CCE moderadamente
diferenciado at serosa,margens cirrgicas livres,sem acometimento
nodal.No realizou adjuvncia. Exames de controle anual
(TC,US,RX,colono) normais at a presente data;CEA variando 4,2 a
3,6.Realizada reviso literatura sobre o tema,utilizando a base de dados
Pubmed. Resultados</b>:Recente artigo que revisou 169073 pacientes
com cncer de clon,demonstrou que destes,97,6% eram adenocarci-
nomas, 0,3% se tratavam de CCE e 0,09% do total,CCE do clon
direito.Esse tipo de tumor diagnosticado na idade mdia de 63 anos,tem
distribuio igualitria entre os sexos e comporta-se semelhante ao
adenocarcinoma na distribuio racial.A sobrevida global em 5 anos
de 34%.Doena em estgio I a III tem 65% de sobrevida,j pra estgio
IV, 8,5 meses.Para linfonodos positivos 23% e negativos 85% em
5anos. Concluses:O CCE do colon uma neoplasia rara,de causa e
patognese desconhecidas.Enquanto os linfonodos positivos
apresentam um prognstico ruim, pacientes livres de acometimento
linfonodal apresentam a mesma evoluo que o adenocarcinoma.A
deteco precoce e a cirurgia constituem a principal modalidade
teraputica.O tratamento adjuvante para doena avanada ainda
necessita de pesquisas,o que deve ser encorajado.
TL47 - RESSECO DE METSTASE HEPTICA DE CEC DE
CANAL ANAL RELATO DE CASO
AQUINO, C.G.G.1, RIBEIRO, M.A.1, GOMES, C.M.C.N.3,
FERREIRA, F.G.1, KOSZKA, A.J.M.1, SANTOS, M.F.1, SZUTAN,
L.A.1, BARBOSA, F.C.P1
1. FCMSCSP, Faculdade de Cincias Mdicas da Santa Casa de So
Paulo3. ISCMSP, Irmandade da Santa Casa de Misericrdia de So
Paulo
O carcinoma epidermide de canal anal uma neoplasia pouco
freqente, tem como principais fatores de risco: tabagismo, compor-
tamento sexual, doenas inflamatrias intestinais,HIV e HPV. As
metstases mais comuns so para regio inguinal, sendo raro o acome-
timento heptico. Quando ocorre, o melhor tratamento a resseco,
porm o ndice de recidiva alto (mais de 50% em mdia em 10
meses) e a sobrevida livre de doena em 5 anos gira em torno de 20%.
Em nossa instituio foram tratados mais de 18 casos de CEC de canal
anal pelo Grupo da Coloproctologia, 4 evoluram com metstase he-
ptica, um deles passvel de tratamento cirrgico. Relatamos caso de
tratamento cirrgico de metstase heptica de CEC de canal anal
realizado pelo Grupo de Fgado e Hipertenso Portal. Paciente LCPS,
55 anos, sexo masculino, Antecedentes de tabagismo, h 2 anos ini-
ciou quadro de dor anal e sangramentos, com protuso de leso anal e
sem alterao do hbito intestinal. Exame Fsico: emagrecido (IMC=
19,4 Kg/m2). Exame proctolgico: rea arredondada de 2,5cm de
dimetro, hipotrfica e acrmica, em regio posterior do nus, sem
protuso. Palpao: edema firme em ndegas e regio perianal. Toque
retal: esfncter hipotnico e alargado, leso vegetante, circunferencial,
se extendendo a 4 cm da borda anal. Exames laboratoriais normais,
CEA= 3,5 (normal). H um ano realizou bipsia excisional em outro
servio com antomo patolgico resultando em CEC invasivo mode-
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radamente diferenciado de canal e borda anal. Indicado pela equipe de
Oncologia tratamento quimioradioterpico pelo protocolo de NIGRO.
Evoluiu com metstase heptica em lobo direito, realizou Tomografia
Computadorizada que mostrou fgado apresentando 2 imagens slidas,
bem delimitadas, uma no segmento IV / VIII de 1,8cm e outra no
segmento VII de 5,5cm. Foi ento submetido a Laparotomia Explora-
dora, sendo realizado ultrassom intra-operatrio que mostrou 3 ndu-
los: um de 6cm nos segmentos VI e VII, um de 2cm no segmento VIII
e um de 1,5cm no segmento II, sem invaso de vasos. Foi optado por
hepatectomia Direita com resseco parcial do diafragma, enucleao
de ndulo no segmento II, heptico-heptico anastomose por leso
inadvertida, sutura diafragmtica e drenagem de trax Direito devido
aderncia tumoral ao diafragma. Evoluiu com fstula biliar sendo
submetido a colangiografia endoscpica no PO30 com papilotomia e
passagem de prtese no ducto heptico Esquerdo. Recebeu alta no
PO38.
TL48 - INCIDNCIA E VALOR PROGNSTICO DA PESQUI-
SA DE CLULAS NEOPLSICAS NO LAVADO PERITONEAL
DO CNCER COLORRETAL
SIPRIANI JR, L.V., LUPORINI, R.L., MARCIANO, M.R.,
CHRISTIANO, A.B., BASSO, M.P., GONALVES FILHO, F.A., MELO,
M.M.C., NETINHO, J.G.
1. FAMERP, Faculdade de Medicina de So Jos do Rio Preto
Introduo: o cncer colorretal (CCR) uma das neoplasias mais
freqentes na atualidade, com altas taxas de mortalidade. O progns-
tico est ligado ao grau de crescimento tumoral no momento do diag-
nstico, ao acometimento linfonodal e a presena ou no de metstases
distncia. A presena de clulas neoplsicas no lavado peritoneal
pode representar disseminao precoce da doena, e indicar quais os
pacientes que tero maior chance de apresentar recorrncia local ou
metstases distncia, o que pode, orientar a necessidade de outras
modalidades de quimioterapia ps-operatria. Assim, objetivos desse
estudo foram: identificar a presena de clulas neoplsicas no lavado
peritoneal de pacientes submetidos a cirurgia por ccr, avaliar o signi-
ficado prognstico desse lavado no seguimento ps-operatrio, estu-
dar qual a caracterstica da neoplasia que provoca maior esfoliao
celular, e avaliar se a manipulao intra-operatria provoca dissemi-
nao. Pacientes e mtodos: anlise prospectiva dos pacientes subme-
tidos a cirurgia para neoplasia colorretal, no hospital de base de so
jos do rio preto famerp, no perodo entre maio de 2008 a maio de
2009. A anlise do lavado peritoneal ocorreu da seguinte maneira: na
abertura da cavidade, antes da manipulao tumoral, foi injetado 20
mililitros de soluo salina em cada quadrante abdominal, com aspira-
o de 20 mililitros do lquido resultante no fundo de saco plvico. Da
mesma maneira se procedeu no momento do fechamento da cavidade,
aps a retirada do tumor. Esse lquido resultante foi enviado para
anlise citopatolgica, onde realizou-se colorao por mtodo de
papanicolaou e cido peridico de schiffer. Resultados: foram realiza-
das 59 cirurgias que preencheram os critrios estabelecidos. Houve
uma discreta prevalncia no sexo masculino (52%), cuja mediana de
idade foi de 66 anos (20 a 88). O principal local de acometimento da
neoplasia foi o reto (62%), seguido pelo sigmide e clon direito
(17%), clon esquerdo e transverso (1,7%). O nvel do antgeno
carcinoembrionrio mdio foi de 2,1. Nessa amostra observou-se um
total 35,5% de lavados peritoneais positivos, dos quais 22% foram
encontrados apenas no fechamento da cavidade, o que indiretamente
demonstra que a manipulao intra-operatria capaz de disseminar
clulas na cavidade peritoneal. Desses pacientes que apresentaram
citologia positiva, observamos a ocorrncia de 33% de recidivas
tumorais, culminando com 42% de mortalidade.
TL49 - ADALIMUMABE NA DOENA DE CROHN: EXPERIN-
CIA INICIAL DA SANTA CASA DE SO PAULO
VIEIRA, A.1, MAGRI, K.D.2, FORMIGA, F.B.2, QUEIROZ, M.L.B.1,
ROLIM, E.G.1, FANG, C.B.2, KLUG, W.A.2
1. FCMSCSP, Disciplina de Gastroenterologia da Santa Casa de So
Paulo2. FCMSCSP, Disciplina de Coloproctologia da Santa Casa de
So Paulo
Introduo: o adalimumabe arma teraputica biolgica na do-
ena de crohn com melhor aplicabilidade e menos efeito colateral
que o infliximabe, j amplamente utilizado em nosso servio.
Objetivos: descrever a experincia inicial da santa casa de so
paulo com o uso do adalimumabe. Mtodos: anlise descritiva de
14 pacientes portadores de doena de crohn, submetidos a trata-
mento biolgico com adalimumabe e acompanhados no ambula-
trio multidisciplinar de doenas inflamatrias intestinais da
santa casa de misericrdia de so paulo. Resultados: a indicao
do uso da terapia biolgica com adalimumabe foi por ausncia de
resposta ou perda de resposta com o uso do infliximabe. Isso se
deu em portadores de doena de crohn com fstulas complexas
(64,3%) ou doena refratria (35,7%). Na dose inicial de 80mg
houve remisso completa da doena em 28,6%, e resposta par-
cial em 66,6%. J na dose de 160mg houve remisso completa
em 71,4% e parcial em 33,3%. Dentre as principais reaes
adversas observamos dor no local da aplicao, dermatite,
mialgia, herpes zoster, herpes labial e infeco do trato urinrio.
Concluses: a terapia biolgica com adalimumabe pode ser uma
opo efetiva nos casos de doena de crohn refratria e compli-
cada.
TL50 - CINCO ANOS DE INFLIXIMABE EXPERINCIA DA
SANTA CASA DE SO PAULO
VIEIRA, A.1, FORMIGA, F.B.2, MAGRI, K.D.2, QUEIROZ, M.L.B.1,
ROLIM, E.G.1, FANG, C.B.2, KLUG, W.A.2
1. FCMSCSP, Disciplina de Gastroenterologia da Santa Casa de So
Paulo2. FCMSCSP, Disciplina de Coloproctologia da Santa Casa de
So Paulo
Introduo: a terapia biolgica com infliximabe, anticorpo
monoclonal quimrico (75% humano e 25% murino), tem-se mos-
trado eficaz e segura desde sua aprovao em 1998. Objetivos: des-
crever a experincia da santa casa de so paulo com o uso do
infliximabe em pacientes com doena inflamatria intestinal. M-
todos: trabalho prospectivo com 53 pacientes portadores de doena
inflamatria intestinal em uso de infliximabe, que acompanham no
ambulatrio multidisciplinar de doenas inflamatrias intestinais da
santa casa de misericrdia de so paulo. Resultados: cinqenta e trs
pacientes com doena inflamatria intestinal foram submetidos a
terapia biolgica com infliximabe nos ltimos cinco anos. Foram
969 aplicaes indicadas aos pacientes com doena refratria (13,2%)
e fstulas complexas (86,8%). No grupo da doena refratria, 46%
dos pacientes apresentaram remisso completa, 31% perderam res-
posta ao longo do tratamento e 23% no obtiveram resposta algu-
ma. J no grupo da doena fistulizante, os de melhor resposta foram
aqueles que apresentavam fstulas perianais (fechamento completo
em 80%) e enterocutneas (40%). Apresentaram eventos adversos
66% dos pacientes, sendo apenas 8,6% graves como
meningoencefalite, embolia pulmonar, acidente vascular cerebral e
um bito. Concluses: a nossa experincia mostrou que a terapia
biolgica com infliximabe foi efetiva no tratamento das doenas
inflamatrias intestinais de difcil controle clnico, principalmente
em pacientes com doena perianal.
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TL51 - ULTRASSONOGRAFIA ENDOANAL TRIDIMENSIONAL
NA AVALIAO DAS LESES ANATOMICAS PERIANAIS EM
PORTADORES DE DOENA DE CROHN
MORELLI,U, LEAL,RF, AYRIZONO,MLS, OLIVEIRA,PSP,
FAGUNDES,JJ, COY, CSR
1. UNICAMP, Faculdade de Ciencias Medicas da Universidade Esta-
dual de Campinas
Introduo: a doena perineal (dp) incide em at 30% dos pacientes
com doena de crohn, causando comprometimento da musculatura
esfincteriana e podendo levar incontinncia fecal em longo prazo.
Objetivo: avaliar alteraes esfincterianas preditivas de incontinncia
anal em portadores de doena de crohn. Mtodologia: 11 pacientes
com doena de crohn e leses perianais agudas e crnicas, foram
submetidos ultrassonografia endoanal tridimensional, analisando-se
os seguintes parmetros: espessura do esfncter anal interno (eai) e
esfncter anal externo (eae), presena de abscessos e tecido cicatricial
em mais de 20% da circunferncia do complexo esfincteriano. Resul-
tados: foi constatada espessura reduzida do eae em 4 pacientes(36,3%),
espessura reduzida do eai em 9 pacientes (81,8%), leso tecidual peri-
esfincteriana (abscessos) em 6 pacientes (54,5%) e de tecido cicatricial
envolvendo mais de 20% da musculatura esfincteriana em 8 pacientes
(72,2%). Concluso: a utilizao da ultrassonografia tridimensional
uma ferramenta til no diagnstico de leses esfincterianas em porta-
dores de dc, com potencial uso para predizer incontinncia fecal.
TL52 - INFLIXIMABE NO TRATAMENTO DA DOENA DE
CROHN PERINEAL
AYRIZONO,MLS, LEAL,RF, FAGUNDES,JJ, CAMARGO, MG,
OLIVEIRA,PSP, COMUNE, CEV, COY,CSR
1. UNICAMP, Faculdade de Ciencias Medicas da Universidade Esta-
dual de Campinas
Introduo: leses anal e perianal so comuns em doentes portadores
de doena de crohn (dc) e causas frequentes de morbidade, com dor e
supurao crnica. Objetivo: avaliar o tratamento da dc perineal com
o emprego do infliximabe. Mtodos: estudo retrospectivo de 52 doen-
tes com dc perineal, tratados com infliximabe, no ambulatrio de
doenas inflamatrias intestinais dr. Ricardo ges do gastrocentro-
unicamp, no perodo de outubro de 2004 a maro de 2009. A dose
empregada foi de 5mg/kg e o esquema realizado de 0-2-6 semanas e
manuteno a cada 2 meses na persistncia dos sintomas. Resultados:
vinte e sete doentes (51,9%) eram do sexo masculino e a mdia de
idade de 34,1 (14-74) anos. As indicaes do uso do infliximabe fo-
ram: fstula perianal em 30 (57,7%), lcera de canal anal em 12
(23,1%), fstula perianal + fstula retovaginal em 5 (9,6%), fstula
perianal e lcera em 3 (5,8%), fstula + lcera + fstula retovaginal em
1 (1,9%) e fstula retovaginal em uma outra (1,9%). Trinta e sete
doentes (71,2%) faziam uso de azatioprina e 10 (19,2%) de mesalazina.
Vinte e um doentes necessitaram ser submetidos a procedimentos ci-
rrgicos sendo: explorao de fstulas perianais e colocao de sedenhos
em 16 (30,8%), drenagem de abscesso em 2 (3,8%), derivao intes-
tinal em 2 (3,8%) e proctectomia em um (1,9%). O nmero de aplica-
es variou de 3 a 29. As principais complicaes observadas foram:
estenose anal em 10 doentes (19,2%), reao urticariforme e/ou pru-
rido em 7 (13,5%), rash cutneo associado com dispnia, taquicardia e
hipotenso em 4 (7,7%), mialgias e/ou parestesias em 3 (5,8%),
subocluso intestinal, herpes associado com candidase vaginal, pneu-
monia, tuberculose e doena desmielinizante em um (1,9%). Em 23
doentes (44,2%) ocorreu cicatrizao completa das leses e em 25
(48,1%), a resposta foi parcial, com melhora importante. Ocorreram
2 bitos, sendo um o doente com tuberculose disseminada e outro aps
procedimento cirrgico, sem relao direta com o uso do infliximabe.
Cinco doentes (9,6%) perderam resposta ao infliximabe necessitando
diminuir o intervalo das aplicaes ou aumentar a dose da medicao.
Concluso: o emprego do infliximabe mostrou-se eficaz na dc perianal,
porm no isenta de complicaes e seu uso no diminui a necessidade
de procedimentos cirrgicos associados.
TL53 - MORTALIDADE NA DOENA DE CROHN
AYRIZONO,MLS, FAGUNDES,JJ, LEAL,RF, CAMARGO,MG,
OLIVEIRA,PSP, COY,CSR
1. UNICAMP, Faculdade de Ciencias Medicas da Universidade Esta-
dual de Campinas
Introduo: doentes portadores de doena de crohn (dc) tm risco de
mortalidade maior que a populao geral, e aqueles que fazem uso de
imunossupressores, corticoterapia prolongada e medicamentos biol-
gicos tem maior risco de infeces, mas se estes fatores aumentam a
morbi-mortalidade ps-operatria discutvel. Objetivo: analisar a
mortalidade dos doentes com dc acompanhados no ambulatrio de
doenas inflamatrias intestinais. Mtodos: no ambulatrio de doen-
as inflamatrias intestinais dr. Ricardo ges da unicamp, inaugurado
em outubro de 1990, esto cadastrados 393 doentes com dc, e neste
perodo dez doentes foram a bito. Resultados: sete (70%) eram do
sexo masculino e a mdia de idade foi de 43,2 (22-75) anos na ocasio
do bito. Todos j tinham sido submetidos a algum tipo de procedi-
mento cirrgico, sendo que dois deles tinham antecedente de
proctocolectomia total com ileostomia definitiva. Quatro doentes
faziam uso de mesalazina, um de azatioprina, um de infliximabe e trs,
associao de azatioprina com infliximabe; um no utilizava medica-
o. Oito doentes (80%) morreram de complicaes no ps-operat-
rio sendo 3 de sepse decorrente de fstula ntero-cutnea, 3 de pneu-
monia, um sem foco infeccioso definido e um outro de tuberculose
peritoneal e pulmonar. Este ltimo fazia uso de azatioprina e
infliximabe. Um outro doente, internado para compensao clnica de
uma fstula ntero-cutnea crnica tambm evoluiu para bito por
complicaes spticas e o ltimo bito foi em decorrncia de desidra-
tao, insuficincia renal aguda e distrbio metablico em um doente
ileostomizado com antecedente de vrias cirurgias. Em 6 doentes
(60%) a principal causa da sepse foi infeco fngica. Concluso:
doentes portadores de dc, em associao ou no a medicamentos
imunossupressores ou biolgicos, podem evoluir com sepse grave de-
vendo nestes casos dar ateno especial etiologia fngica.
TL54 - DADOS GINECO-OBSTTRICOS EM PACIENTES POR-
TADORAS DA DOENA DE CROHN
KOTZE, L.M.S., KOTZE, P.G., OLANDOSKI, M.
1. PUCPR, Servios de Gastroenterologia e Coloproctologia - HUC
INTRODUO: A doena de Crohn (DC) pode se manifestar em
qualquer idade, portanto mulheres em perodo reprodutivo podem ser
afetadas. So poucos os relatos de aspectos gineco-obsttricos (GO)
na DC. OBJETIVOS: Verificar dados GO em portadoras da DC, com-
parando-os com os de mulheres com a sndrome do intestino irritvel
(SII). MTODOS: Foram estudadas retrospectivamente 54 mulheres
com idade atual mdia de 36,5 anos (17 a 83) com o diagnstico
clnico, endoscpico, histolgico e/ou de imagem de DC; e 84 porta-
doras da SII, segundo critrios de ROMA III, idade mdia atual de 43,5
anos (20 a 78). Idade da menarca, nmero de gestaes e de abortos
espontneos foram os dados levantados. A anlise estatstica foi reali-
zada pelos testes t de Student e de Fisher (p<0.05). RESULTADOS: A
idade da menarca na SII foi 12.8 anos (desvio padro 1.6) e 13,2 anos
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(desvio padro 1.7) na DC (p=0.208). O nmero de gestaes por
mulher foi de 2.97 para SII e 2.37 para DC (p=0.841), enquanto a
porcentagem de abortos espontneos foi de 17.9% (15/84) na SII e
24,1% (13/54) na DC (p=0.393). No houve significado estatstico
em relao aos resultados obtidos. CONCLUSES: Embora a DC curse
com alteraes orgnicas de maior ou menor gravidade, inclusive com
alteraes nutricionais em alguns casos, diferentemente da SII onde as
manifestaes so funcionais, no se demonstrou diferenas entre as
duas entidades em relao aos dados estudados.
TL55 - H INFLUNCIA DA IDADE DO INCIO DOS SINTO-
MAS NA FORMA DE APRESENTAO DA RETOCOLITE
ULCERATIVA INESPECFICA?
KOTZE, P.G., KOTZE, L.M.S., MIRANDA, E.F., STECKERT, J.S.,
FREITAS, C.D., STECKERT FILHO, A., DINIZ, F.
1. PUCPR, Servios de Coloproctologia e Gastroenterologia - HUC
INTRODUO: a retocolite ulcerativa inespecfica (RCUI) enti-
dade crnica, de incidncia bimodal (em adultos jovens, e em pacien-
tes acima de 60 anos). H trs formas distintas de fentipos da
inflamao na RCUI: proctite distal, proctocolite segmentar e colite
universal. Interroga-se se uma destas formas tem predominncia em
determinada faixa etria. OBJETIVO: verificar se h prevalncia de
alguma das 3 formas de apresentao fenotpica da RCUI em alguma
faixa etria determinada, de uma coorte de pacientes. MTODO:
estudo retrospectivo de coorte de 187 pacientes portadores de RCUI,
que foram divididos em 4 grupos etrios (at 20 a; 21-40 a; 41-60 a;
acima de 61 a). Variveis analisadas: sexo, idade de incio dos sinto-
mas, forma de apresentao (definida pela colonoscopia ao diagns-
tico), medicamentos utilizados no decorrer do tratamento, necessi-
dade de tratamento cirrgico. A anlise estatstica foi realizada pelo
mtodo One-Way ANOVA, com nvel de significncia de 5% (p<0,05).
RESULTADOS: Dos 187 pacientes analisados, 114 eram mulheres
(61%) e 73 homens (39%). A idade mdia do incio dos sintomas foi
de 32,56 anos (variando entre 2 e 76 anos). Em relao idade de
incio dos sintomas, 37 pacientes tiveram manifestaes iniciais
antes dos 20 anos (19,7%); 99 entre 21 e 40 anos (53%); 43 entre
41 e 60 anos (23%) e apenas 8 acima de 61 anos (4,3%). Quanto
forma de apresentao colonoscopia, 89 pacientes (47,6%) ti-
nham proctite distal, 60 (32,1%) apresentaram proctocolite seg-
mentar e 38 (20,3%) tinham colite universal. O cruzamento destes
dados demonstrou no haver predominncia de um tipo de manifes-
tao fenotpica da doena em determinado grupo etrio, pois as
formas de apresentao foram igualmente distribudas nos 4 grupos
analisados (p=0,79). CONCLUSES: as formas de apresentao da
RCUI foram semelhantes em relao idade do incio dos sintomas
nos pacientes estudados.
TL56 - ANLISE DE CUSTO-MINIMIZAO ENTRE O
INFLIXIMABE (IFX) E O ADALIMUMABE (ADA) NO TRATA-
MENTO DA DOENA DE CROHN (DC)
KOTZE, P.G.1, ALBUQUERQUE, I.C.2, MORAES, A.C.4, VIEIRA,
A.3, SOUZA, F.5
1. PUCPR, Servio de Coloproctologia - Hospital Universitrio
Cajuru2. HE - SP, Hospital Helipolis - SP3. ISCMSP, Santa Casa de
Misericrdia de So Paulo - SP4. Copa Dor, Hospital Copa Dor -
RJ5. UEM - PR, Universidade Estadual de Maring - PR
Introduo: h preocupao crescente com os custos da terapia biol-
gica no tratamento da dc. O objetivo deste estudo foi simular o custo-
minimizao do tratamento contnuo com o ifx e com o ada em
portadores de dc, num perodo de 1 ano, em variadas faixas de peso.
Mtodo: estudo farmacoeconmico de custo-minimizao na simula-
o de tratamento com agentes biolgicos de pacientes portadores de
dc, com pesos diferentes. Os custos foram baseados no preo dos dois
medicamentos isoladamente (ifx e ada). Situaes de perda de resposta
foram igualmente simuladas. Resultados: o custo do tratamento com
ifx (sistema pblico) foi de r$ 29. 411,12 (entre 20 e 40 kg), r$ 44.
116,68 (entre 41 e 60 kg), r$ 58. 822,24 (entre 61 e 80 kg) e r$ 73.
527,80 (entre 81 e 100 kg). O custo com ada foi de r$ 52. 045,16,
independentemente do peso. Concluses: houve menores custos com
o uso do ifx abaixo de 60 kg, e com o ada acima deste peso. Em
simulao de perda de resposta ao ifx, houve menores custos absolutos
com a troca para ada do que aumento de dose do ifx, entre 40 e 100 kg.
TL57 - ANLISE DA INFLUNCIA DA CLASSIFICAO DE
MONTREAL NA NECESSIDADE DE TRATAMENTO CIRRGI-
CO NA DOENA DE CROHN
KOTZE, P.G., KOTZE, L.M.S., MIRANDA, E.F., STECKERT, J.S.,
FREITAS, C.D., STECKERT FILHO, A.
1. PUCPR, Servios de Coloproctologia e Gastroenterologia - HUC
Introduo: a cirurgia na doena de crohn (dc) comumente indicada
nas complicaes (fstulas, abscessos ou ocluso intestinal). Cerca de
40% de todos os casos ainda necessitam do tratamento cirrgico, anal
ou abdominal. Sabe-se que as formas estenosante e penetrante, por
serem mais relacionadas a complicaes, apresentam maiores ndices
de necessidade de cirurgia do que a forma luminal. Objetivo: analisar as
caractersticas (baseadas na classificao de montreal) dos pacientes
portadores de dc submetidos cirurgia, comparando-os com os no-
operados, em uma srie de casos. Mtodo: estudo retrospectivo de
uma coorte de 152 pacientes portadores de dc. Os pacientes foram
divididos em dois grupos: operados e no-operados. Variveis analisa-
das: sexo, idade de incio dos sintomas, forma de apresentao (pela
classificao de montreal), necessidade de tratamento cirrgico e tipo
de cirurgia realizada. Resultados: dos 152 pacientes analisados, 80
eram mulheres (52,6 %) e 72 homens (47,4%). Deste total, 62 foram
operados (grupo de estudo) e 90 no sofreram nenhuma interveno
(grupo controle). Pela classificao de montreal, em relao idade,
as formas do grupo de estudo encontradas foram a1= 79% e a2= 21%,
com a1= 70% e a2 =30% no grupo controle. Conforme a localizao:
l1=14,52%, l2=12,9%, l3= 72,58% e l4=0 (grupo de estudo) e no
grupo controle l1=30%, l2=30%, l3=37,78% e l4=2,22%. Conforme
a apresentao no grupo de estudo: b1=8,1%, b2=37,1%, b3=54,8% e
no grupo controle: b1=70,8%, b2=14,6% e b3= 14,6%. Somaram-se,
no total, 109 procedimentos cirrgicos (59 abdominais e 50 orificiais)
em 40,8% dos pacientes (n=62). Dentre as operaes abdominais,
destacou-se a ileocolectomia (n=22/37,3% das operaes) e a
apendicectomia (n=10/17,9%). Dentre os procedimentos orificiais, a
drenagem de abscesso perianal ocorreu em 54% dos pacientes opera-
dos (n=27). Concluses: a mdia de pacientes que necessitou de cirur-
gia (40,8%) foi semelhante encontrada na literatura, destacando-se
a ileocolectomia, a apendicectomia e a drenagem de abscesso perianal
como os principais procedimentos cirrgicos realizados. Houve pre-
domnio da manifestao penetrante e fistulizante nos pacientes ope-
rados, conforme esperado.
TL58 - EXPERINCIA NO EMPREGO DO INFLIXIMABE EM
PACIENTES COM DOENA DE CROHN
MELO, APSA, MARTINI J, MOREIRA JPT, LOUSA LR, MOREIRA
JR H, FILHO JR, OLIVEIRA EC, ALMEIDA AC
1. UFG, Servio de Coloproctologia do Hospital das Clnicas
19
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Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
Introduo: a doena de crohn acomete com maior freqncia as
regies do leo e clons apresentando um curso clnico varivel. A
ocorrncia de complicaes, incluindo abscessos, estenoses e fstulas
muitas vezes levam necessidade freqente de cirurgias com resseces
intestinais. A doena acomete, principalmente, adultos jovens, influ-
enciando na qualidade de vida e atividade laborativa. A teraputica
convencional consiste no cido 5-aminosaliclico, antibiticos e
corticoesterides. Estes frmacos, promovem a melhoria dos sinto-
mas, porm, no modificam o curso da doena a longo prazo. Nos
doentes refratrios ou com recidivas clnicas freqentes, poder ser
acrescentada a utilizao de imunossupressores, como a azatioprina,
6-mercaptopurina ou metotrexato. No entanto, o seu uso limitado
pela eficcia moderada, incio de ao lento e possveis efeitos adver-
sos. O infliximabe um anticorpo monoclonal, anti-tnf-alfa que tem
demonstrado resultados promissores na induo da remisso e na ma-
nuteno da mesma, em portadores de doena de crohn na sua forma
fistulizante e naqueles pacientes resistentes a outras formas de trata-
mento. Objetivo: avaliar a eficcia clnica e a segurana do infliximabe
no tratamento de pacientes portadores da doena de crohn. Mtodo:
anlise retrospectiva dos pronturios de 22 pacientes com doena de
crohn em uso do infliximabe atendidos no hc-ufg, no perodo de abril
de 1999 a junho de 2009. Foi realizada a infuso de 5mg/kg de
infliximabe em todos os pacientes analisados. Resultado: foram avali-
ados 22 pacientes, sendo 12 do sexo masculino e 10 do sexo feminino.
A mdia de idade foi de 28 anos. O tempo mdio de doena na poca
do incio do infliximabe foi de 48 meses. Em relao a indicao para
o uso da medicao, a ausncia de resposta representou 41%, doena
fistulizante 41% e esquema top down 18%. A mdia de doses por
paciente foi de 8,8. Houve resposta positiva em 86% dos pacientes,
sendo que 45% apresentaram resposta parcial, 41% remisso comple-
ta. Em 3 pacientes (14%) no se observou resposta clnica. Apenas 2
pacientes apresentaram efeitos adversos, entretanto, no houve ne-
cessidade de suspenso da medicao. Concluso: baseado nessa
casustica, o emprego do infliximbe mostrou-se bastante eficaz no
tratamento de pacientes portadores da doena de crohn, podendo ser
indicado em pacientes sem resposta ao tratamento convencional, na
doena fistulizante e at mesmo como esquema teraputico de primei-
ra opo.
TL59 - ADALIMUMABE NO TRATAMENTO DA DOENA DE
CROHN EXPERINCIA INICIAL DO HC UNICAMP
LEAL, R.F., AYRIZONO, M.L.S., OLIVEIRA, P.S.P., CAMARGO,
M.G., FAGUNDES, J.J., COY, C.S.R.
1. FCM - UNICAMP, Servio de Coloproctologia,Universidade Esta-
dual de Campinas
Introduo: o tratamento clnico da doena de crohn (dc) tem avana-
do muito na ltima dcada no que se refere Introduo dos medica-
mentos biolgicos dentro do arsenal de possibilidades teraputicas. No
brasil utiliza-se o infliximabe e mais recentemente, o adalimumabe,
anticorpo monoclonal anti tnf-alfa de origem totalmente humana.
Objetivo: avaliar indicaes, eficcia e efeitos adversos do adalimumabe
na dc. Casustica e mtodo: entre abril de 2008 e maio de 2009, 10
doentes (90% do sexo feminino, mdia de idade de 38,1 anos) do
ambulatrio de doenas inflamatrias intestinais do gastrocentro-
unicamp, foram submetidos a tratamento com adalimumabe. O esque-
ma realizado foi quinzenal, com dose inicial de ataque de 160mg e
80mg, e dose de manuteno de 40mg subcutneo. Trs doentes (30%)
fazem uso concomitante de azatioprina. O nmero de aplicaes va-
riou de 5 a 28, com mdia de 11,4. Resultados: as indicaes do uso do
adalimumabe foram: doena perianal em trs doentes (30%),
enteroartropatia em trs (30%), dc de difcil controle em outros trs
(30%), e artrite reumatide associada em um (10%). Nestes doentes,
cinco (50%) haviam apresentado reao alrgica ao infiximabe e qua-
tro (40%) perda de resposta ao mesmo. No ocorreram complicaes,
apenas um doente necessitou suspenso do medicamento por reao
alrgica cutnea. Na doena perianal observou-se boa resposta em
todos os trs doentes, com cicatrizao completa da fstula em um
(33,3%). Necessitou-se de cirurgia perianal concomitante com
fistulotomia e colocao de sedenhos em um destes doentes. Nas
enteroartropatias, 66,6% (dois doentes) referiram melhora completa
dos sintomas. Nas dc de difcil controle, todos esto assintomticos.
Concluso: apesar da pequena casustica e ainda pouco tempo de acom-
panhamento ambulatorial, a terapia com adalimumabe mostrou-se
eficaz no tratamento da dc no acometimento perineal, na doena de
difcil controle e nas enteroartropatias, sendo uma opo principal-
mente quando h perda de resposta ou reao adversa ao infliximabe.
TL60 - DETECO DE APOPTOSE E EXPRESSO DE PROTE-
NAS PR-APOPTTICAS EM MUCOSA DE RESERVATRI-
OS ILEAIS
LEAL, R.F.3, AYRIZONO, M.L.S.3, FAGUNDES, J.J.3, MORAES,
J.C.2, MILANSKI, M.2, COY, C.S.R.3, COOPE, A.2, VELLOSO,
L.A.2
2. LABSINCEL - UNICAMP, Laboratrio Sinalizao Celular,
UNICAMP3. SC, FCM - UNICAMP, Servio de Coloproctologia,
Universidade Estadual de Campinas
A expresso de protenas relacionadas apoptose em mucosa de reser-
vatrio ileal (RI) no totalmente conhecida, sendo importante uma
vez que protenas desta via podem ser ativadas por processo inflama-
trio, especialmente por protenas da famlia do fator de necrose
tumoral (TNF), sabidamente envolvidas com a ileite primaria do RI.
Objetivo: Avaliar a atividade apopttica em mucosa de RI
endoscopicamente normal, de doentes operados por RCUI e PAF,
assintomticos. Pacientes e Mtodos: Dezoito pacientes (nove com
RCUI e nove com PAF) submetidos retocolectomia total e confec-
o de RI em J foram estudados. O grupo controle foi constitudo
por nove doentes com leo-colonoscopia normal. Realizou-se bipsias
da mucosa dos RI e de leo terminal, sendo prontamente congeladas
em nitrognio lquido. As expresses de Bax e Bcl-2 foram determina-
das por meio de imunoblot de extrato protico total e por meio de
anlise histolgica por imunoistoqumica. FADD e Caspase-8 (avali-
am via extrnseca da apoptose), APAF-1 e Caspase-9 (via intrnseca)
foram mensuradas por ensaio de imunoprecipitao e imunoblot.
Imunofluorescncia com Anexina V foi aplicada a todas as amostras.
A pesquisa foi aprovada pelo Comit de tica em Pesquisa local, e os
doentes assinaram os termos de consentimento. Resultados: Os doen-
tes portadores de RCUI apresentaram expresses significativamente
maiores de Bax e APAF-1/Caspase-9 que PAF (p<0,05), porm no
diferiram do Grupo controle. As expresses de Bcl-2 e FADD/Caspase-
8 foram similares em todos os Grupos. Imunoistoqumica para Bax e
Bcl-2, e ensaio com Anexina V mostraram positividade em todos os
Grupos, com tendncia maior de apoptose em mucosa de RI de porta-
dores de RCUI. Concluso: Os doentes com PAF apresentaram menor
expresso de protenas pr-apoptticas na mucosa do RI em todos os
mtodos utilizados, mesmo na ausncia clnica e endoscpica de ilete
do RI e de displasia na anlise histolgica. Estes achados explicam a
tendncia maior de apoptose no Grupo RCUI, principalmente da via
intrnseca da apoptose, provavelmente resultante de um processo
inflamatrio de base presente na mucosa, podendo correlacionar com
a atrofia da mesma que ocorre nos processos inflamatrios. Por outro
lado, os doentes com PAF apresentaram menor atividade apopttica
na mucosa ileal, explicando um baixo potencial de renovao celular
20
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
o que poderia conduzir proliferao celular de forma desorganizada e
presuntivamente, formao de adenomas nesta sndrome.
TL61 - TRATAMENTO DA ILETE DO RESERVATRIO
(POUCHITIS) COM INFLIXIMABE RELATO DE CASO
LEAL, R.F., AYRIZONO, M.L.S., FAGUNDES, J.J., OLIVEIRA, P.S.P.,
CAMARGO, M.G., COY, C.S.R.
1. SC, FCM - UNICAMP, Servio de Coloproctologia,Universidade
Estadual de Campinas
A ilete do reservatrio (pouchitis) tem constitudo desafio no ps-
operatrio dos doentes portadores de retocolite ulcerativa (rcui) sub-
metidos retocolectomia total com confeco de reservatrio ileal
(ri) e anastomose no canal anal. A incidncia pode chegar a 60% nos
doentes com rcui, enquanto que acomete apenas 5% dos portadores de
polipose adenomatosa familiar submetidos ao mesmo procedimento
cirrgico. A inflamao crnica do ri pode conduzir desfuncionalizao
ou at mesmo perda do reservatrio. Relato do caso: doente, do sexo
masculino, 49 anos, portador de rcui submetido h cinco anos
retocolectomia total, reservatrio ileal em j, mucosectomia e
anastomose leo-anal manual por intratabilidade clnica. Aps o fe-
chamento da ileostomia de proteo evoluiu com diarria (20 vezes/
dia) sem sangue, com muco, acompanhada de dor abdominal em clica
e febre, alm de incontinncia noturna. A endoscopia do reservatrio
ileal e bipsia revelaram tratar-se de ilete primria do reservatrio ou
pouchitis. Utilizou metronidazol, prednisona 40mg em esquema de
retirada e enema de mesalazina 1x dia com pouca melhora. Iniciada
dose de induo de infliximabe 300mg (0, 2 e 6 semanas) com
melhora parcial dos sintomas, porm com remisso endoscpica com-
pleta. Atualmente hbito intestinal 6-8 evacuaes/dia, sem muco ou
sangue. Nega clica abdominal. Uso espordico de corticide e enema
de mesalazina. Concluso: o uso da terapia biolgica com anticorpo
anti-tnf-alfa pode ser uma opo para o tratamento da ilete primria
do ri no responsiva teraputica tradicional, melhorando a qualidade
de vida e preservando a anastomose leo-anal.
TL62 - TERAPIA BIOLGICA NAS DOENAS INFLAMAT-
RIAS INTESTINAIS- EXPERINCIA INICIAL
TORRES-NETO JR, PRUDENTE ACL, SANTIAGO RR, TORRES
JAP, TORRES FAP, SANTANA MS, RAMOS FM
1. UFS, Universidade Federal de Sergipe
Introduo: a terapia biolgica com agentes anti-citocina revolucio-
nou o tratamento das doenas imunomediadas como as doenas infla-
matrias intestinais. Seu sucesso deve-se a alta especificidade dessas
drogas no bloqueio do tnf-alfa. O agente anti-citocina atualmente
mais utilizado no brasil o infliximabe. Alm deste, recentemente foi
aprovado para uso na doena de crohn o adalimumabe. Objetivo:
avaliar a eficcia e os efeitos adversos nos pacientes tratados com
agentes anti-tnf. Metodologia: foram avaliados 04 pacientes portado-
res de doena de crohn (dc) tratados com terapia biolgica entre
agosto de 2008 e junho de 2009. Para tanto foi aplicado um protocolo
de acompanhamento desses pacientes analisando as seguintes vari-
veis: diagnstico, exames pr-tratamento (ppd, raio x de trax,
sorologias anti-hepatite, avaliao cardiolgica); doses de infliximabe;
efeitos adversos e eficcia. Resultados: de um total de 120 pacientes
acompanhados no ambulatrio de doenas inflamatrias intestinais
do hospital universitrio da universidade federal de sergipe (hu/ufs),
apenas quatro (3,3%) esto em tratamento com terapia biolgica. A
idade dos pacientes variou de 14 a 53 anos, com uma mdia de 29,25
anos, e, desvio padro de 16,83. Quanto ao gnero, esto em trata-
mento dois (50%) pacientes do gnero feminino e dois (50%) do
gnero masculino. Todos os quatro pacientes tm o diagnstico de dc,
sendo trs (75%) com dc fistulizante e um (25%) com dc em criana
com intratabilidade clnica. Os pacientes esto em tratamento por um
perodo que varia de 55 semanas a 104 semanas, com uma mdia de
72,75 semanas. Houve resposta intensa em todos os pacientes no
incio do tratamento. Destes, dois (50%) se mantm com excelente
evoluo, um (25%) diminuiu, recentemente, a resposta ao infliximabe
e est sendo avaliado para mudana do esquema teraputico (aumento
da dose ou reduo do intervalo) e em um (25%) paciente no responsivo
foi substitudo o infliximabe por adalimumabe com resposta excelen-
te. Os efeitos adversos foram: um caso (25%) de rash cutneo e um
(25%) caso de elevao significativa da presso arterial no momento
da infuso. Concluses: a terapia biolgica mostra-se efetiva e com
baixa incidncia de efeitos colaterais no tratamento da doena de
crohn. Descritores: terapia biolgica, tnf-alfa, infliximabe, crohn
TL63 - CONFECO DE BOLSA ILEAL EM J NO IDOSO: H
DIFERENAS EM MORBIDADE COMPARADO A PACIENTES
JOVENS?
PINTO RA, CANEDO JA, MURAD-REGADAS SM, REGADAS FS,
EDDEN Y, WEISS EG, WEXNER SD
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
Introduo: a proctocolectomia total com confeco de bolsa ileal
em j a cirurgia de escolha para o manejo cirrgico de pacientes com
retocolite ulcerativa (rcui) e polipose adenomatosa familiar (paf).
Objetivo: revisar os resultados recentes de bolsa ileal em idosos com-
parado com o mesmo procedimento em doentes jovens. Pacientes e
mtodos: realizou-se uma anlise retrospectiva dos pacientes subme-
tidos a bolsa ileal de 2001 a 2008. Pacientes com 65 anos ou mais de
idade (grupo i) foram pareados com um grupo de pacientes com idade
inferior a 65 anos (grupo ii), de acordo com: sexo, data do procedi-
mento, diagnstico, cirurgias prvias e procedimento realizado. Da-
dos pr-operatrios, intra-operatrios e complicaes ps-operat-
rias foram analisados. Resultados: trinta e trs pacientes (22 do sexo
feminino), 32 portadores de rcui, foram includos em cada grupo. O
grupo i apresentou idade mdia de 68. 7 anos, imc de 27kg/m2,
durao da doena de 17. 4 anos, alto score de asa e alta incidncia de
comorbidades (88% com pelo menos 1comorbidade). Displasia foi a
indicao mais comum de cirurgia (36. 4%), seguida por doena
refratria (24. 4%). O grupo ii apresentou idade mdia de de 36. 9
anos, imc de 25. 4kg/m2, menor durao da doena (8. 1 anos; p=0.
001), menor asa (p=0. 0001) e menos comorbidades (42. 4%; p=0.
0002). Dados operatrios foram similares. O grupo i teve maior
ndice de re-admisso por desidratao (p=0. 02). Outras complica-
es clnicas (30% vs. 27%) e cirrgicas (33% vs. 24%) foram com-
parveis entre os grupos. A longo prazo a avaliao funcional e a
morbidade foram tambm semelhantes. Concluso: pacientes idosos
submetidos a bolsa ileal tinham mais comorbidades que os pacientes
jovens. Entretanto, exceto pela maior reamisso hospitalar por de-
sidratao, os indices de complicaes foram similares para pacien-
tes jovens e idosos. Assim, a bolsa ileal indica ser to segura em
idosos quanto em pacientes jovens.
TL64 - FECHAMENTO DE ILEOSTOMIA EM ALCA EM PACI-
ENTES COM DOENCA INFLAMATORIA INTESTINAL EM USO
DE INFLIXIMAB: QUAL O INTERVALO DE TEMPO SEGURO?
REGADAS FS, MURAD-REGADAS SM, CANEDO JA, PINTO RA,
WEISS EG, NOGUERAS JJ, WEXNER SD
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
21
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
Introduo: As complicaes do fechamneto de ileostomia podem
estar relacionadas a idade, tcnica usada, patologia de base e o tempo
entre a construo e fechamento da ileostomia. Existem poucos dados
na literatura sobre o fechamento de ileostomia em pacientes em uso
de infliximab. Objetivo: avaliar os resultados cirrgicos de pacientes
com doena inflamatria intestinal (DII) submetidos a fechamento de
ileostomia em ala em uso infliximab. Mtodos: Pacientes com DII
submetidos a fechamento de ileostomia em ala entre janeiro de 2001
e abril de 2008 foram revisados atravs do banco de dados prospectivo
aps aprovao pelo comit de tica hospitalar. Grupo I (G-I) inclui
pacientes em uso de infliximab apenas ou infliximab e associaes
(esteride ou medicamento imunossupressor); Grupo II (G-II) esteride;
Grupo III (G-III) imunossupressor; Grupo IV (G-IV) pacientes sem dro-
ga. Anlise estatstica foi feita atravs de chi-quadrado e teste t student.
Resultados: 249 pacientes foram divididos em 4 grupos. G-I inclui 28
pacientes (22 homens com idade mdia de 40 anos); G-II inclui 72
pacientes (39 homens com idade mdia de 43 anos); G-III inclui 35
pacientes (23 homens com idade mdia de 39 anos); G-IV inclui 114
pacientes (65 homens com idade mdia de 45 anos). Incidncia de co-
morbidades foi maior em G-II (33%) e G-IV (54%; p<0.05) comparado
com G-I e G-III. Colite ulcerative foi diagnstico pr-operatrio em
75%, 93%, 94% e 94% em GI, GII, G-III and GIV respectivamente. No
houve complicaes intra-operatrias. Complicaes ps-operatrias
(infeco de ferida, hrnia, abscesso intra-abdominal, obstruo, fstula
e sepsis) ocorreram em 4%, 12%, 14% e 17% em G-I, G-II, GIII e G-IV
respectivamente (p > 0.05). Obstruo e infeco de ferida foram as
complicaes ps-operatrias mais comuns. Re-operao ocorreu em 3
%( 2) em G-II, 6% (2) em G-III e 3% (3) em G-IV. O tempo mdio de
internao hospitalar foi de 4.6 dias em G-I, 5 dias em GII, 5 dias em G-
III e 5 dias em GIV (p>0.05,ns); no houve nenhum bito. Concluso:
No houve aumento significativo do risco em pacientes submetidos a
fechamento de ileostomia em ala em uso de infliximab no perodo de
4 meses que antecederam o procedimento.
TL65 - PROCTECTOMIA COM RECONSTRUO EM OBE-
SOS E NO OBESOS: COMO ESTAMOS HOJE COMPARA-
DOS PRIMEIRA DCADA DE EXPERINCIA
CANEDO JA, PINTO RA, MCLEMORE E, SILVA E, EDDEN Y,
WEISS EG, NOGUERAS JJ, WEXNER SD
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
Introduo: proctectomia com reconstruo o procedimento de
escolha para pacientes com colite ulcerative (cu) e polipose
adenomatosa familiar (paf). Obesidade torna os procedimentos cirr-
gicos tecnicamente mais complexos. O objetivo desse estudo foi ava-
liar os resultados de duas dcadas de experincia na realizao de
proctectomia com reconstruo em bolsa em j em pacientes obesos
comparados com no obesos. Mtodos: foram avaliados retrospecti-
vamente todos os pacientes submetidos a protectomia e anastomose
anal com bolsa ileal em j no perodo de 1998 a 2008 e distribudos
de acordo com ndice da massa corprea (imc): obeso apresentando o
imc > 29. 9kg/m2 e no obesos com imc < 25 kg/m2 (grupo controle).
Idade, sexo, classificao asa, diagnstico e tipo de cirurgia foram
pareados entre os grupos. Avaliou-se tempo operatrio, complicaes
ps-operatrias precoces (ocorridas no perodo de at 6 semanas) e
tardias (aps 6 semanas) e tempo de internao hospitalar. Os resulta-
dos da 1 decada foram comparados ao da 2 decada. Resultados: na
primeira dcada identificaram-se 31 pacientes com imc mdio de 33.
7 kg/m2 e idade mdia de 45 anos. J, no grupo controle com imc
mdio de 23. 2 e idade media de 42 anos. Na segunda dcada, houve 68
pacientes com idade mdia de 47 anos e imc de 35 kg/m2. O imc do
grupo controle na segunda dcada foi de 22 kg/m2. Cu foi o diagnsti-
co em 87% e 84% na primeira e segunda dcada respectivamente. O
grupo obeso apresentou uma incidncia maior de co-morbidade pr-
operatria (p=0. 04), uso de esteride e terapia imunomoduladora
(p=0. 049). Na primeira dcada, o tempo operatrio mdio foi de 196
min. E 229 min. E tempo mdio internao hospitalar de 7. 7 dias e 9.
7 dias para no-obesos e obesos respectivamente. Na segunda dcada,
o tempo operatrio mdio foi de 210 min e 243 min e o tempo de
internao hospitalar mdio foi de 7. 7 dias e 9. 9 dias para no obesos
e obesos respectivamente. As complicaes precoces ou tardias tanto
na primeira quanto na segunda dcada apresentaram resultados simila-
res (p> 0. 05). Concluses: a incidncia de complicaes foi seme-
lhante nos grupos obeso e no-obeso. Entretanto, foi observado um
tempo cirrgico mais longo, um maior tempo de internao hospita-
lar, e uma maior incidncia de hrnia incisional no grupo obeso. Paci-
entes obesos apresentavam mais co-morbidades e uso de esteride ou
terapia imunomoduladora. Pacientes obesos devem ser adequadamen-
te orientados antes da proctectomia.
TL66 - QUANTIFICAO DO CONTEDO TECIDUAL DE
SULFOMUCINAS E SIALOMUCINAS NA COLITE DE EXCLU-
SO. ESTUDO EXPERIMENTAL EM RATOS
SPADARI, A.P.P., NONOSE, R., MXIMO, F.R., PRIOLLI, D.G.,
PEREIRA, J.A., MARTINEZ, C.A.R.
1. USF, Universidade So Francisco
Modificaes na expresso de mucinas pelas clulas clicas constitu-
em-se num dos elementos chave no espectro histolgico das doenas
inflamatrias. At a presente data, em nenhuma oportunidade,
quantificou-se o contedo tecidual de sulfomucinas e sialomucinas em
modelos experimentais de colite de excluso. Objetivo: Quantificar,
por morfometria computadorizada, o contedo tecidual de
sulfomucinas e sialomucinas na mucosa clica comparando segmentos
com e sem trnsito intestinal relacionando-o ao tempo de excluso de
trnsito fecal. Mtodo: Trinta ratos Wistar machos foram submetidos
derivao do trnsito no clon esquerdo pela confeco de colostomia
proximal e fstula mucosa distal. Os animais foram divididos em trs
grupos experimentais de 10 ratos segundo o sacrifcio ter sido realiza-
do seis, 12 e 18 semanas aps o procedimento cirrgico. (sete animais
submetidos derivao fecal e trs animais submetidos apenas a
laparotomia exploradora) A avaliao da expresso de sulfomucinas e
sialomucinas na mucosa clica foi realizada pela tcnica histoqumica
da diamina de ferro alto alcian-blue (HID-AB). A quantificao da
expresso tecidual foi determinada, para cada animal, nos segmentos
com e sem trnsito, e nos do grupo controle em local onde existiam
quatro criptas contguas e ntegras em dois campos aleatrios com
auxlio de programa de anlise de imagem assistida por computador.
Adotou-se como valor final a mdia das leituras dos dois campos
selecionados. Na comparao entre a expresso dos dois subtipos de
mucinas nos segmentos com e sem trnsito fecal e animais do grupo
controle utilizou-se o teste t de Student pareado. Para anlise de
varincia segundo o tempo de excluso utilizou-se o teste de Kruskal-
Wallis estabelecendo-se nvel de significncia de 5% (p<0,05). Resul-
tados: Houve reduo na quantidade de sulfomucinas (p<0,05) e
sialomucinas (p<0,0001) no clon desprovido de trnsito indepen-
dente do tempo de excluso. Ocorreu aumento na expresso de
sulfomucinas no clon desprovido de trnsito intestinal com o pro-
gredir do tempo de excluso (p=0,001), enquanto houve reduo do
contedo de sialomucinas (p=0,002). Concluses: A derivao do trn-
sito fecal diminui a expresso de sulfomucinas e sialomucinas nos
segmentos desprovidos de trnsito fecal. Com o progredir do tempo
de excluso no clon excluso de trnsito ocorre aumento no contedo
de sulfomucinas e reduo no contedo de sialomucinas.
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Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
TL67 - AVALIAO DOS EFEITOS DA MESALAZINA NA
PROTEO CONTRA O DANO OXIDATIVO AO DNA NU-
CLEAR NA COLITE DE EXCLUSO. ESTUDO EXPERIMENTAL
EM RATOS
MXIMO, F.R., SPADARI, A.P.P., MIRANDA, D.D.C., RIBEIRO,
M.L., PRIOLLI, D.G., MARTINEZ, C.A.R.
1. USF, Universidade So Francisco, Bragana Paulista, (SP)
Estudos vm demonstrando que os radicais livres de oxignio so
responsveis pelo dano ao DNA da mucosa clica na colite de exclu-
so. Ainda no se estudou os efeitos da mesalazina na proteo do
dano oxidativo ao DNA em modelos experimentais de colite de exclu-
so. Objetivos: Avaliar os efeitos antioxidantes da mesalazina na
proteo contra o dano oxidativo ao DNA de clulas da mucosa clica
em modelo de colite de excluso. MTODO: Vinte e seis ratos Wistar,
foram submetidos derivao do trnsito intestinal por colostomia
terminal no clon esquerdo e fstula mucosa distal. Os animais foram
divididos em dois grupos de 13 ratos segundo o sacrifcio ser realizado
aps 2 e 4 semanas. Para cada grupo, 9 animais foram submetidos
irrigao do clon excluso com mesalazina (subgrupo experimento),
enquanto 4 submetidos irrigao com SF 0,9% (subgrupo controle).
No sacrifcio foram removidos espcimes dos clons providos e des-
providos de trnsito para confirmao da colite pela tcnica da HE.
Para a quantificao dos nveis de dano oxidativo ao DNA nuclear
realizou-se o ensaio cometa em 100 clulas de cada segmento clico.
Aps a quantificao realizou-se desafio das clulas com H2O2 para
avaliar os efeitos protetores da mesalazina. Utilizou-se o teste ANOVA
para a avaliao da variao dos nveis de dano ao DNA entre os
subgrupos nos diferentes tempos de excluso, estabelecendo-se nvel
de significncia de 5% (p<0,05). RESULTADOS: Animais do subgrupo
controle derivados por 2 semanas apresentavam nveis de dano ao
DNA nos segmentos exclusos de 3,280,62 enquanto os do grupo
experimento de 2,070,15 (p=0,0003). Animais do subgrupo contro-
le derivados por 4 semanas apresentavam nveis de dano no segmento
excluso de 3,200,27, enquanto os do subgrupo experimento de
2,450,17 (p=0,0002). Aps o desafio com H2O2 os animais do
subgrupo controle derivados por 2 semanas apresentavam nveis de
dano no clon sem trnsito de 3,550,43, enquanto os do grupo
experimento de 2,440,35 (p=0,0008). Os animais do subgrupo con-
trole derivados por 4 semanas, aps o desafio, apresentavam nveis de
dano no clon excluso de 4,520,34, enquanto os do subgrupo expe-
rimento de 3,250,41 (p=0,0004). CONCLUSO: A mesalazina re-
duz significativamente os nveis de dano oxidativo ao DNA nuclear de
clulas da mucosa clica de segmentos desprovidos de trnsito fecal,
mesmo aps o desafio com H2O2, reforando o papel preventivo e
teraputico da substncia no tratamento da colite de excluso.
TL68 - EFEITO DA GLUTAMINA NA ATIVAO DE MEDIADO-
RES PR-INFLAMATRIOS NA COLITE EXPERIMENTAL
INDUZIDA POR TNBS
FILLMANN,H.S., MARRONI, N.A.P., KRETZMANN,N.
2. HCPA, Hospital de Clnicas de Porto Alegre
Efeito Da Glutamina Na Ativao De Mediadores Pr-Inflamatrios
Na Colite Experimental Induzida Por TNBS. Fillmann H, Kretzmann
N, Mauriz J, Gonzlez-Gallego J, Tuon M, Dias AS, Garrido M e
Marroni N. Hospital de Clnicas de Porto Alegre-RS. Instituto de
Biomedicina da Universidade de Leon - Espanha Introduo: Este
trabalho investiga o efeito protetor da glutamina sobre a colite expe-
rimental em ratos Wistar, investigando a expresso de genes pr-
inflamatrios e a ativao das substncias transdutoras de sinal e
ativadoras de transcrio nuclear (STAT). Material e Mtodos: A colite
foi induzida em ratos Wistar machos atravs da administrao intra-
colnica de 30mg de 2,4,6-cido trinitrobenzeno sulfrico (TNBS). A
glutamina foi administrada via retal na dose de 25mg/Kg por 7 dias. A
atividade inflamatria foi medida atravs da atividade da enzima
mieloperoxidase, expresso das molculas de adeso VCAM1 e da
ativao das STATs pela tcnica de Western Blot. Resultados: A
glutamina diminuiu significativamente os nveis de atividade da enzima
mieloperoxidase (TNBS 1890U/mg prot. X TNBS+Glut. 198U/mg
prot.). A administrao de TNBS aumentou de forma significativa a
expresso da molcula de adeso VCAM1, este aumento foi parcial-
mente bloqueado pela administrao da glutamina. Os nveis proticos
da forma fosforilada das protenas STAT1 encontraram-se elevados
nos animais submetidos colite. A administrao de glutamina inibiu
estas alteraes. Concluso: a glutamina inibe a expresso dos media-
dores pr-inflamatrios regulados pelas STATs bem como as altera-
es histolgicas provocadas pela induo da colite por TNBS.
TL69 - MALIGNIZAO DE DOENA DE CROHN PERIANAL
MORAIS, J.G, CALHEIROS, J.P, FORMAGGINE, L.A, TRECE, R,
BARBI, R.R
1. HGA, Hospital Geral do Andara
Introduo: a doena de crohn(dc) uma doena inflamatria intestinal
de origem no conhecida e caracterizada pelo acometimento focal,
assimtrico e transmural de qualquer parte do tubo digestivo, da boca ao
nus. Objetivo: relatar dois casos de doena de crohn perianal, que
evoluiu com malignizao das leses, diagnosticado no hospital geral do
andara rio de janeiro rj e realizar reviso bibliogrfica sobre o
assunto. Paciente e mtodos: aam, 38 anos, masculino, branco, casado,
nascido no rio de janeiro, morador de belford roxo, procura ambulatrio
de coloproctologia do hospital do andara em fevereiro de 2005, inicia
tratamento para dc, com uso de vrias medicaes, inclusive inflixmab,
com perodos remisso, alternados com atividade da doena, at que em
jan/2009,foi realizado bipsia de leso perianal suspeita, com o diagns-
tico adenocarcinoma mucparo infiltrando pele msr, 61 anos, femini-
no, parda, solteira, nascida no rio de janeiro, moradora do flamengo,
inicia em 1998 quadro de fistula anal. submetida a correo cirrgica
em outro hospital e a bipsia da pea diagnostica doena de crohn. Em
junho/2009, internada no hga, solicitado a avaliao do nosso servio,
optamos por realizar bipsia de leso suspeita, com o diagnstico de
carcinoma epidermide. Resultado: somerville k w reporta carcinoma
epidermide em plicoma de paciente de 26 anos portador de doena de
crohn ileal e perineal h 6 anos. Teoriza que pode ser o uso de anti-
inflamatrios e/ou imunossupressores. Slater g numa reviso no mount
sinai ny descreve 3 pacientes com doena de crohn que desenvolveram
carcinoma anal. Conclui que isso pode ser devido ao estado
imunocomprometido dos pacientes, doena perianal severa ou am-
bos e, que a transformao ocorre de 5 a 25 anos de doena. Ikeuchi h
estudou 504 pacientes com crohn que foram operados, destes, 7 tive-
ram carcinoma do reto inferior e nus com doena perianal. Devon km
relata 14 pacientes com doena perianal (11 adenocarcinoma mucinoso
e 3 epidermide). Concluso: a dc, uma patologia crnica de difcil
tratamento, que requer acompanhamento constante, com vrias for-
mas de manifestao clnica, podendo muitas vezes se apresentar como
uma fstula anal complicada, que deve ser sempre biopsiada, e to logo
ocorra piora do aspecto inicial da leso.
TL70 - DOENA DE CROHN PERINEAL
POZZOBON BHZ, CASTRO CAT, RAMACCIOTTI FILHO PR, BA-
TISTA RR, ALBUQUERQUE IC, FORMIGA GJS
1. HH, Servio de Coloproctologia do Hospital Helipolis
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Introduo: doena de crohn (dc) doena inflamatria crnica do
trato gastrointestinal, de etiologia desconhecida, caracterizada por
inflamao transmural segmentar, podendo ocorrer da boca ao nus. A
incidncia dc perineal reportada to baixa quanto 3% e alta quanto
80%. Esta variao deve-se aos critrios empregados para a incluso
dos diversos tipos de leses, da forma como os estudos so conduzidos
(retrospectivos ou prospectivos) e, em funo da populao estudada.
Objetivos: avaliar as manifestaes clnicas da dc perineal, suas carac-
tersticas demogrficas, tanto quanto seu tratamento pr e ps diag-
nstico. Mtodos: estudo retrospectivo dos pacientes atendidos no
ambulatrio de doenas inflamatrias intestinais do hospital helipolis
com manifestaes perineais da dc. Foram analisados: idade, sexo,
raa, localizao da dc, manifestaes perineais e extra-intestinais,
medicaes utilizadas antes e aps diagnstico da dc perineal, nmero
de procedimentos abdominais e perineais e complicaes. Resultados:
do total de 25 pacientes, 13 eram do sexo masculino e 12 feminino,
sendo 76% da raa branca. A maioria apresentou acometimento
colorretal (60%), manifestando-se como fstula complexa (52%). Ao
diagnstico da dc perineal, 56% dos pacientes estavam sob regime de
aminossalicilatos, sendo que, aps o diagnstico, a maioria dos paci-
entes foram submetidos terapia imunomoduladora (76%) e procedi-
mentos perineais (88%). A complicao perineal mais prevalente foi
estenose anal (32%) e 16% apresentavam manifestaes extra-intes-
tinais. A taxa de colostomia foi de 24%. Concluses: dc perineal ma-
nifesta-se principalmente nos pacientes com acometimento colorretal.
A principal teraputica utilizada em nosso servio a associao de
medicaes imunomoduladoras e procedimentos cirrgicos perineais.
TL71 - PERFIL NUTRICIONAL DOS PORTADORES DE DOEN-
A DE CROHN ATIVA INTERNADOS NO HOSPITAL
HELIPOLIS/SP
RAMACCIOTTI FILHO PR, BORGES JL, ALBUQUERQUE IC,
LOPES C, FORMIGA GJS
1. HH, Servio de Coloproctologia do Hospital Helipolis
INTRODUO: A desnutrio apresenta elevada prevalncia em paci-
entes hospitalizados. As doenas inflamatrias intestinais acarretam di-
minuio da ingesta, m-absoro, perda acelerada de nutrientes e aumen-
to das necessidades basais causando deficincias nutricionais e funcionais
que requerem terapia nutricional adequada. OBJETIVO: Avaliar as carac-
tersticas nutricionais dos pacientes com doena de Crohn ativa interna-
dos no hospital Helipolis/SP. MTODO: Foram coletados, retrospecti-
vamente, dados da avaliao nutricional de admisso dos pacientes porta-
dores de doena de Crohn internados no perodo de 2004 a 2009. RESUL-
TADOS: Foram avaliados 52 pacientes, sendo 51,9% do sexo masculino,
com idade mdia de 42,02 13,59 anos. O padro estenosante da doena
de Crohn foi o mais frequente representando 46,2%, sendo o intestino
delgado a localizao mais prevalente (36,5%). O principal diagnstico
nutricional foi de desnutrio protico-calrica de 2 grau (42,3%), com
valor mdio de albumina srica de 3,5 0,7 mg/dl. O percentual de perda
de peso foi maior nos pacientes com acometimento associado de clon e
delgado (p<0,02). CONCLUSO: Pacientes com doena de Crohn ativa
apresentam-se, em sua maioria, com desnutrio protico-calrica de 2
grau e, aqueles com acometimento de clon e delgado associados esto
sujeitos a maior perda de peso.
TL72 - TRATAMENTO DE DOENA DE CROHN METASTTICA
UMBILICAL COM RESSECO LOCAL E INFLIXIMABE
DOMINGUES, M.C.B., FRANZINI, M.F.Z., CARMO, A.M., PAIM,
S.M.M, SCANAVINI, A., MALHEIROS, A.P.R, TEIXEIRA, M.G.,
HABR-GAMA, A.
1. R.B.A.P.B.S.P, Real e Benemrita Assoc. Portuguesa de Beneficiencia
S.Paulo
A doena de crohn que acomete a pele distante da regio perianal
de pacientes com doena inflamatria designada de: doena de
crohn cutnea metasttica. O diagnstico deve ser estabelecido
com bipsia e as caractersticas histolgicas devem ser as mesmas
da condio intestinal: especificadamente inflamao
granulomatosa da derme. O tratamento realizado com
corticosterides associado ou no ao uso de antibitico. O objetivo
deste trabalho descrever um caso de doena de crohn metasttica
com acometimento da regio umbilical e perineal tratada com
infliximabe associado a resseco local da leso. A doente do sexo
feminino, 25 anos, com diagnstico de doena de crohn evoluiu
com processo granulomatoso em regio umbilical sugestivo fstula
entero-cutanea que no se confirmou aos exames de imagem. Foi
submetida exerese da leso exsudativa em setembro de 2008.
Aps a cirurgia ela recebeu infiximabe na dose de 5mg/kg/peso. O
exame microscpico mostrou processo inflamatorio havendo agru-
pamentos histiocitarios formando granulomas com clulas gigan-
tes multinucleadas. Aps um ms houve recidiva do granuloma
periumbilical sendo necessria nova cirugia, desta vez com sucesso
e cicatrio completa da leso. Manteve-se o tratamento com
infliximabe, j que a doente tem extenso acometimento da regiao
perineal que est sendo submetido ao mesmo processo de resseco.
Este caso descreve o raro desenvolvimento de leses granulomatosas
de pele incomuns de regio umbilical e perineal em paciente com
diagnostico de doena de crhon estabelecido.
TL73 - DOENCA DE CROHN METASTATICA PERINEAL: RE-
LATO DE CASO
DOMINGUES, M.L.B, FRANZINI, M.F.Z, CARMO, A.M, PAIM,
S.M.M., BERTEVELLO. P.L, MALHEIROS, A.P.R, TEIXEIRA, M.G.,
HABR-GAMA, A.
1. R.B.A.P.B.S.P, Real e Benemrita Assoc. Portuguesa de Beneficiencia
S.Paulo
A doena perianal uma frequente manifestao da doena de
crohn e pode ser o primeiro sinal da doena, muitas vezes prece-
dendo os sintomas intestinais. O diagnstico, especialmente se no
h estes sintomas, pode ser desafiador. Leses mltiplas e doloro-
sas como abscessos, fissuras laterais, lceras, fstulas e estenoses
costumam ocorrer e em casos graves podem levar o paciente
perda do nus. O objetivo deste trabalho descrever um caso de
doena de crohn perianal grave tratada com infliximabe associado
a resseco local da leso. A doente do sexo feminino, 25 anos,
com diagnstico de doena de crohn em regio perineal, epilepsia
e retardo mental, iniciou tratamento com ciprofloxacina,
azatioprina e infliximabe aps drenagem das leses pa e fistulectomia
em dois tempos mais colocao de sedenho. Apresentou controle
razovel da dor e da exudao local sustentada durante o perodo de
um ano meses, sendo necessrio realizar neste tempo resseces de
leses na vulva e perneo para controle da doena. A anlise
anatomo-patolgica destes espcimes foi sugestiva de acometiento
cutneo da doena de crohn e a pesquisa de b. A. A. R, hpv e fungos
foram negativas. No incio deste ano, as leses tornaram a ocorrer
de forma dolorosa e comdor e exudao intensa, mesmo com o uso
mantido e bimensal de infliximabe 5mg/kg/kg, sempre associado a
alteraes laboratoriais como a elevao dos marcadores de atividade
inflamatria (pcr e vhs). Planeja-se iniciar tratamento com
adalimumabe devido a perda de resposta com o infliximabe nete
caso.
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TL74 - ESTUDO COMPARATIVO DA EXPRESSO DE TNF-
ALFA, IL1-BETA E IL-8 NA MUCOSA ILEAL DE PORTADORES
DE DOENA DE CROHN EM USO DE MESALAZINA OU
AZATIOPRINA
MOREIRA, APP, COY, CSR, FAGUNDES, JJ, AYRIZONO, MAS
1. UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas
A doena de crohn apresenta aspectos controversos e pouco compre-
endidos em relao a sua etiopatogenia e sua evoluo; o que torna
difcil o manejo teraputico desta doena. Nos ltimos anos os avan-
os da biologia molecular tem possibilitado novas descobertas na
etiopatogenia da doena de crohn; no entanto ainda existem muitas
dvidas em relao sua etiopatogenia e em relao a ao de diversos
mediadores inflamatrios. Objetivo: avaliar a expresso das citocinas
pr-inflamatrias tnf-, il-1 e a interleucina 8 em fragmentos de leo
terminal de pacientes portadores de doena de crohn em uso de
mesalazina e azatioprina e compara-los aos indivduos normais.
Casustica e mtodos: foram selecionados 25 pacientes acompanha-
dos no ambulatrio de doena inflamatria intestinal do hc-unicamp,
portadores de doena de crohn de intestino delgado, e que foram, de
acordo com protocolos vigentes, submetidos a colonoscopia de con-
trole para avaliao da doena ou procedimento cirrgico para resseco
ou plastia de segmento doente. Destes pacientes foi obtida amostra de
leo terminal para avaliao atravs da tcnica de imunobloting do
grau de ativao dos mediadores inflamatrios citados acima. Foram
estudados 7 pacientes que estavam em uso de mesalazina, 9 que esta-
vam em uso de azatioprina e comparados com 9 controles que no so
portadores de doena inflamatria. Resultados: no foi encontrada
diferena na expresso do tnf- comparando os trs grupos. Foi en-
contrada diferena estatisticamente significativa quando avaliadas as
expresses da il1- e da il-8. Os nveis de expresso de il-8 e de il1-
foram maior no grupo azatioprina quando comparado aos grupos
mesalazina e controle (p < 0,05). Concluso: os pacientes em uso de
azatioprina apresentam maior expresso de il-8 e il1- que os pacien-
tes em uso de mesalazina e que os controles. Isto poderia estar associ-
ado ao da mesalazina diminuindo a ativao destas interleucinas.
TL75 - OBSTRUO INTESTINAL POR FECALITOS NA DO-
ENA DE CROHN, EM SEPTOS ENTRE ESTENOSES SANTO
ANTNIO DA PLATINA, PR
REIS, L.D.O., CARDOSO FILHO, C.A.M., GUIMARES, A.C.,
FERREIRA, L.R.F., CHERUBIM FILHO, C.A., DURSCKI, S.C.
1. HNSS, Hospital Nossa Senhora da Sade
Introduo: enterolitase pode ser causa de obstruo intestinal em
pacientes com divertculos jejunais, divertculo de meckel, mas rara-
mente descritos em doena de crohn. Relatamos caso de paciente com
obstruo intestinal causada por vrios fecalitos presos entre as
estenoses. Objetivos: alertar os cirurgies sobre a possibilidade de obs-
truo intestinal por fecalitos na suspeita da doena de crohn, em
pacientes sem cirurgia prvia. Mtodos: apresentamos paciente com
dor abdominal intermitente, emagrecimento, e massa abdominal rela-
tada pelo paciente e com certa dificuldade palpvel na regio retro
umbilical. Ultrasonografia mostrou rea em alvo compatvel com
intussuscepo ou leso tumoral pediculada (ball like). Tomografia
computadorizada mostrou alas intestinais discretamente dilatadas e
massas imprecisas no seu lmen. Alguns dias aps paciente piorou
devido obstruo intestinal. Na laparotomia encontramos vrias
estenoses, prximas, com formaes saculares entre as mesmas con-
tendo massas endurecidas. Optamos por resseco de cerca de 100 cm
de jejuno que inclua a rea doente, com as estenoses, dilataes e as
massas palpveis. Ao abrirmos o jejuno aps o trmino da operao
encontramos fecalitos de 4 cm cada. Paciente encontra-se bem 6
meses aps o procedimento. Concluso: apresentamos caso raro de
enterofecalitos septados entre reas de estenose, causando obstruo
intestinal na doena de crohn com imagens ultrasonogrficas,
tomogrficas e operatrias esclarecedoras.
TL76 - AVALIAO DA MICROBIOTA FECAL E ASSOCIADA
MUCOSA E DOS FATORES DE RISCO RELACIONADOS
AO DESENVOLVIMENTO DE BOLSITES EM PACIENTES SUB-
METIDOS A RETOCOLECTOMIA TOTAL RESTAURADORA
COM BOLSA ILEAL POR RETOCOLITE ULCERATIVA
ARASHIRO, R.T.G., TEIXEIRA, M.G., RODRIGUES, L.C.O., NAHAS,
S.C., QUINTANILHA, A.G., RAWET, V., PAULA, H.M., SILVA, A.Z.
1. FMUSP, FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE DE SO
PAULO
Introduo: a bolsite tem sido descrita como a complicao mais
freqente em pacientes submetidos a retocolectomia total com bolsa
ileal por retocolite ulcerativa. Sua etiologia exata ainda no est
definida, mas sua resoluo com metronidazol e ciprofloxacina suge-
re que a estase fecal e a hiperproliferao bacteriana estejam impli-
cados neste processo. Alm disso, algumas alteraes histopatolgicas
tm sido observadas nas bolsas ileais, como atrofia vilosa, hiperplasia
da criptas, metaplasia colnica, displasias e at o desenvolvimento
de adenocarcinoma. A correlao destas alteraes com a presena
de bolsites ainda controlversa. Objetivo: caracterizar as alteraes
histopatolgicas , a microbiota fecal e associada mucosa das bolsas
ileais, e correlacion-las a possveis fatores de risco para o desenvol-
vimento de bolsites. Mtodos: foram envolvidos no estudo 41 paci-
entes, divididos em trs grupos: 1) 20 (8 homens, mdia de idade de
47,5 anos), ausncia de bolsite; 2) 14 (4 homens, mdia de idade de
47 anos), presena de bolsite, sem tratamento atual com antibiti-
cos; 3) 7 (3 homens, mdia de idade de 41 anos), presena de bolsite
e em uso de antibiticos. Foi realizada endoscopia da bolsa ileal e
coletadas bipsias e amostras fecais para anlise microbiolgica e
histopatolgica. Resultados: foi observada uma tendncia a aumento
de bacteroides sp nas amostras teciduais de pacientes com bolsites
(p=0,072) e houve um predomnio estatisticamente significativo
deste microrganismo no grupo 3 comparativamente ao grupo 1
(p=0,018). A presena de anaerbios estritos na flora associada
mucosa aumentou o risco de desenvolvimento de bolsites (p=0,048).
No houve diferena significativa entre os grupos 1,2 e 3 quanto
presena de metaplasia colnica, atrofia mucosa e grau de inflama-
o aguda ou crnica (p>0,45). No foram observadas displasias ou
neoplasias. O grau de atrofia correlacionou-se ao tempo de segui-
mento ps-operatrio (p=0,05). Concluso: maiores concentraes
de bacteroides sp foram observadas em pacientes com bolsite, assim
como j observado na mucosa colnica de pacientes com retocolite
ulcerativa em estudos anteriores. A bolsite no est correlacionada
metaplasia colnica. O grau de atrofia mucosa correlacionou-se ao
tempo de seguimento ps-operatrio, o que sugere que no apenas a
estase fecal e o supercrescimento bacteriano sejam responsveis
pelas adaptaes da mucosa.
TL77 - CROHN PERIANAL - LIMITES DO TRATAMENTO CL-
NICO
WESTPHALEN, A.P., CAMARA FILHO, J.P.P., FERNANDES, F.G.,
KAMCHEM, A., BORBA, M.F.G., MENEGATTI, J.E.A., GARCIA,
R.F., SANTOS, T.F.
1. UNIOESTE, Universidade Estadual do Oeste do Paran
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Introduo: a doena de crohn perianal um desafio de diagnstico e
tratamento ao coloproctologista, sendo a teraputica clnica, cirrgi-
ca ou clnico-cirrgica, com resultados heterogneos. A preferncia
recai sobre o tratamento menos invasivo possvel, porm nem sem-
pre efetivo. Objetivos: relatar 3 casos de doena de crohn perianal,
sendo que um recebeu tratamento clnico, outro clnico-cirrgico e
outro cirrgico radical. Mtodos: relato de 3 casos de doena de crohn
perianal e discusso teraputica dos mesmos. Resultados: paciente 1
tratado com azatioprina e infliximab com resposta completa de fstula
perianal, paciente 2 tratado com azatioprina, infliximab e passagem
de sedenhos com resposta parcial, paciente 3 tratado com infliximab
e azatioprina sem resposta alguma, com importante deteriorao
perianal sendo submetido a amputao abdominoperineal do reto.
Concluses: o tratamento da doena de crohn perianal se mantm um
grande desafio, sendo a resposta as terapias atualmente utilizadas mui-
to varivel entre os pacientes.
TL78 - ANASTOMOSE LEO-RETAL EM PACIENTES COM
RETOCOLITE ULCERATIVA
DA LUZ MOREIRA A., KIRAN R., LAVERY I.
1. CCF, Cleveland Clinic
Introduo: A proctocolectomia total com bolsa leo-anal conside-
rada o principal procedimento para pacientes com retocolite ulcerativa
apresentando indicao cirrgica. Por outro lado, o papel da colectomia
total com anastomose leo-retal ainda controverso. Algums autores
demonstraram benefcios e resultados aceitveis em certos subgrupos
de pacientes. Objetivo: Determinar os resultados funcionais e a quali-
dade de vida aps a anastomose leo-retal em pacientes com retocolite
ulcerativa. Mtodos: Pacientes com retocolite ulcerative e colite
indeterminada submetidos a anastomose leo-retal entre 1971 e 2006
foram retrospectivamente analisados. Vinte e dois pacientes com
anastomose leo-retal que responderam o questionrio de qualidade de
vida (Cleveland Clinic Global Quality of Life) foram pareados (por
idade, sexo e tempo de seguimento) e comparados com 66 pacientes
com bolsa leo-anal. Resultados: Oitenta e seis pacientes com
anastomose leo-retal foram includos nesse estudo. O seguimento
mediano foi de 9 (1-36) anos. As taxas de complicao e mortalidade
ps-operatria foram de 8% e 0%, respectivamente. As taxas de
displasia e cancer no reto foram de 17% e 8%, respectivamente. O
reto foi posteriormente ressecado em 46 (53%) pacientes e o interva-
lo mediano entre a anastomose leo-retal e a proctectomia comple-
mentar foi de 10 (1-33) anos. As indicaes para proctectomia com-
plementar foram proctite refratria ao tratamento clnico em 24
(52%) pacientes, displasia no reto em 15 (33%) e cancer de reto em 7
(15%) pacientes. A probabilidade cumulativa de manter um reto funci-
onal aps 10 anos e aps 20 anos foi de 74% e 46%, respectivamente.
Pacientes com anastomose leo-retal tiveram menos evacuaes em
24 horas (6 vs. 7, p=0.02) e menos escape fecal noturno (5% vs. 32%,
p=0.02), entretanto tiveram mais urgncia evacuatria (68% vs. 21%,
p<0.001) quando comparados com os pacientes submetidos a bolsa
leo-anal. A qualidade de vida foi semelhante entre os dois grupos.
Concluso: A anastomose leo-retal em pacientes selecionados com
retocolite ulcerativa apresenta uma qualidade de vida e resultados fun-
cionais aceitveis quando comparados com a bolsa leo-anal. O segui-
mento desses pacientes mandatrio devido ao risco de cancer no
reto.
TL79 - REPARO TRANSPERINEAL DE RETOCELE AVALIA-
O DO GRAU DE SATISFAO, DISPAREUNIA E RECIDIVA
PS-OPERATRIA
LEITE, S.M.O., OLIVEIRA, R.G., FARIA, F.F., LIMA-JNIOR A.C.B.,
RODRIGUES, F.G., BRAGA, A.C.G., CRUZ, G.M.G.
1. SCBH, Santa Casa de Belo Horizonte
Introduo: a retocele uma disfuno plvica pobremente
diagnosticada, apesar de sua prevalncia significativa. Seu reconheci-
mento essencial para o tratamento de determinados casos, como
constipao refratria. A sintomatologia vaga, e nem sempre associ-
ada ao prolapso. O tratamento clnico ineficaz quando utilizado
isoladamente. Existem vrias tcnicas, e dentre elas a abordagem
transperineal sem o uso de prtese, que pode ser considerada uma
opo adequada na correo do prolapso. Objetivo: realizar um estudo
retrospectivo visando avaliar o grau de satisfao, resoluo de sinto-
mas, presena de dispareunia e recidiva ps-operatria aps reparo
transperineal de retocele sem uso de prtese sinttica, e associar os
achados a resultados obtidos com outras tcnicas em carter compara-
tivo. Mtodo: foram selecionadas dezesseis pacientes operadas no
perodo de 1997 a 2008, obtendo-se contato com doze delas. As
mesmas responderam verbalmente a um questionrio cujas variveis
principais eram nmero de partos, hbito intestinal pr e ps-opera-
trio, presena de dispareunia ps-correo, grau de satisfao e reci-
diva dos sintomas. Resultados: o hbito intestinal das pacientes sub-
metidas a correo cirrgica foi normalizado no ps-operatrio (100%
com intervalo evacuatrio menor que trs dias e fezes pastosas). Dois
teros das pacientes que apresentavam vida sexual ativa no tinham
queixa de dispareunia e, quando este sintoma foi presente, a
sintomatologia era leve. O ndice de recidiva foi de 25%, porm com
sintomas mais brandos. O grau de satisfao foi de 100% das pacientes
estudadas. Tais dados se mostraram superiores a de outras tcnicas,
como as que utilizam o reparo por via vaginal e retal. Concluso:
houve melhora significativa do padro evacuatrio, uma resposta acei-
tvel no tratamento da dispareunia, com ndice de recidiva tolervel e
alto grau de satisfao ps-operatria. A comparao com as demais
tcnicas ainda exige estudos comparativos mais significativos, com
amostras mais expressivas. At o momento, qualquer anlise compa-
rativa entre as tcnicas cirrgicas utilizadas pode ser falha.
TL80 - A HEMORROIDECTOMIA ALTERA AS PRESSES
ANAIS?
MAGRI, K.D., FORMIGA, F.B., CRUZ, S.H.A., CANDELRIA, P.A.P,
ORTIZ, J.A., KLUG, W.A.
1. FCMSCSP, Disciplina de Coloproctologia da Santa Casa de So
Paulo
Introduo: a presso mxima de repouso (pmr) constituda em 60%
pelo esfncter anal interno, 30% pelo externo e puborretal e 10%
pelos coxins hemorroidrios. A presso mxima de contrao (pmc)
a soma da presso de repouso com a contrao voluntria exercida
predominantemente pelo esfncter anal externo. Objetivos: avaliar o
efeito da cirurgia de hemorroidectomia nas presses anais. Mtodos:
vinte e dois pacientes com doena hemorroidria de indicao cirrgi-
ca foram submetidos a estudo manomtrico pr-operatrio e no sexto
ms ps-operatrio. Mensuramos duas variantes: presso mxima de
repouso e de contrao. Metade da amostra foi submetida a tcnica de
milligan-morgan (grupo a) e o restante, a anopexia mecnica (grupo
b). Resultados: quando avaliados os grupos conjuntamente, a presso
mxima de repouso pr-operatria foi 97,77 26,52 mmhg enquanto
a ps-operatria foi 81,39 21mmhg (p=0,053 - wilcoxon). J a
presso mxima de contrao variou de 241,18 63,04 no pr-ope-
ratrio para 229,71 71,08 no ps (p=0,277). A anlise dos grupos
separados, isto , das tcnicas cirrgicas utilizadas (pph e milligan-
morgan) tambm no mostrou significncia estatstica. Concluses: a
26
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
hemorroidectomia no altera a presso mxima de repouso nem a de
contrao, independente da tcnica cirrgica utilizada.
TL81 - EFEITO DA DOENA HEMORROIDRIA NAS PRES-
SES ANAIS PR E PS HEMORROIDECTOMIA
FORMIGA, F.B., MAGRI, K.D., CRUZ, S.H.A., CANDELRIA,
P.A.P., ORTIZ, J.A., KLUG, W.A.
1. FCMSCSP, Disciplina de Coloproctologia da Santa Casa de So
Paulo
Introduo: A presso mxima de repouso (PMR) constituda em
60% pelo esfncter anal interno, 30% pelo externo e puborretal e
10% pelos coxins hemorroidrios. A presso mxima de contrao
(PMC) a soma da presso de repouso com a contrao voluntria
exercida predominantemente pelo esfncter anal externo. Objetivos:
Avaliar o efeito da doena hemorroidria nas presses anais pr e ps
hemorroidectomia. Mtodos: Dividimos a amostra em um grupo con-
trole (grupo C) de 57 indivduos hgidos pariados em sexo e idade com
dois grupos de pacientes com doena hemorroidria de indicao ci-
rrgica. O grupo A que se constitui de onze doentes submetidos a
hemorroidectomia com tcnica de Milligan-Morgan e o grupo B onze
doentes submetidos a anopexia mecnica (PPH). Mensuramos duas
variantes do estudo de manometria anorretal: presso mxima de
contrao e presso mxima de repouso, sendo que nos grupos A e B
tais mensuraes foram realizadas no pr-operatrio e no sexto ms
ps-operatrio. Resultados: A presso mxima de repouso do grupo C
foi 64,14 2,02mmHg enquanto a pr-operatria dos grupos A e B foi
97,7726,52mmHg e a ps operatria 81,3921mmHg (ambos
p<0,001 Teste de Mann-Whitney). J a presso mxima de contrao
do grupo C foi 236,56103,56mmHg semelhante as presses pr e
ps-operatrias dos grupos A e B conjuntamente: pr
241,1863,04mmHg e ps 229,7171,08mmHg (p=0,364 e p=0,682,
respectivamente). A anlise dos grupos A e B separadamente, isto ,
das tcnicas cirrgicas utilizadas (PPH e Milligan-Morgan) tambm
mostrou a mesma significncia estatstica: PMR significante e PMC
sem significncia. Concluses: A doena hemorroidria eleva a pres-
so mxima de repouso, mas no interfere na presso mxima de
contrao, mesmo aps hemorroidectomia e independente da tcnica
cirrgica utilizada.
TL82 - DOENAS FUNCIONAIS DO TRATO GASTROINTES-
TINAL INFERIOR, PREVALNCIA EM AMBULATRIO DE
COLOPROCTOLOGIA
ALVES FILHO, E.F., CLEMENTINO FILHO, A.C., MENDES, C.R.S.,
SILVA,F.F.A., SANTOS, R.M.R., LOPES,M.V.C.O., CARVALHO,
A.C..M
1. HGRS, Hospital Geral Roberto Santos
Alteraes funcionais so muito frequentes na gastroenterologia, sen-
do porm pouco reconhecidas, principalmente pelo desconhecimento
dos critrios diagnsticos. Objetivo : avaliar a prevalncia das doenas
funcionais do trato gastrointestinal inferior ( dftgi ) em ambulatrio
de coloproctologia. Material e mtodos : foi aplicado questionrio ,
que incluia todos os critrios de roma ii para diagnstico de dftgi e
avaliao de dor a palpao do msculo pubo-retal e do cccix , a
todos os pacientes de primeira consulta atendidos em ambulatrio de
coloproctologia, no perodos de 12 de maio a 12 de junho de 2009.
Resultados : foram avaliados 51 pacientes ,sendo 30 mulheres , mdia
de idade de 38,4 anos, sendo a prevalncia de dftgi de 62,7 %. Os
principais diagnsticos foram: constipao funcional e distenso ab-
dominal funcional com 28 e 8 casos respectivamente . As causas mais
frequentes de procura ao servio foram : proctalgia 29 %, sangramento
sem proctalgia 27 %, constipao 15 % e nodulao perianal 9,8 %.
Dos pacientes com proctalgia 7,8 % tiveram diagnstico de fissura
anal, do restante 81,8% preencheram critrios de tftgi, porm somen-
te um deve critrios de dftgi-disfuno anorretal. Dor a palpao do
cccix e ou puborretal ocorreu em 21 % dos casos e esteve associada
a queixa de proctalgia em 36 % dos casos. Dos pacientes que preenche-
ram critrios de constipao funcional ( cf ) somente 27,2 % haviam
referido constipao durante a avaliao inicial, dos pacientes que
vieram a consulta com queixa de constipao, 85 % preencheram os
critrios de cf. Em 92 % dos casos o exame proctolgico evidenciou
algum achado como : hemorridas, fissuras e plicomas, dos pacientes
com diagnstico de dftgi somente 8 no tinham achados no exame
proctolgico. Concluso : as dftgi so comuns no consultrio
coloproctolgico,como tambm sua concomitantancia com achados
anorretais.
TL83 - TRATAMENTO DA RETOCELE PELA TCNICA STIO-
ESPECFICA: EXPERINCIA INICIAL
KOTZE, P.G., FRAGA, R., STECKERT J.S., FREITAS, C.D.
1. PUCPR, Servio de Coloproctologia do Hospital Universitrio
Cajuru
Introduo: as retoceles so anormalidades anatmicas da regio reto-
vaginal, que permitem a protruso anterior do reto por sobre a parede
posterior da vagina. Sua etiopatogenia ainda pouco esclarecida, ape-
sar de ocorrerem comumente em mulheres que tiveram partos vagi-
nais. Vrias tcnicas de correo cirrgica so descritas, por diversas
vias de acesso. A correo baseada no stio de ruptura da fscia reto-
vaginal, com sua fixao ao anel peri-cervical, tcnica utilizada com
bons resultados na literatura. Objetivo: avaliar a eficcia da correo
stio-especfica das retoceles, por via transvaginal, em uma srie inici-
al de casos. Mtodo: anlise prospectiva de uma srie de pacientes
submetidas correo trans-vaginal da retocele. Variveis analisadas:
idade, nmero de partos vaginais, associao com correes de
cistoceles, complicaes, dor ps-operatria, melhora de sintomas de
base (constipao, abaulamento vaginal) e presena de dispareunia no
ps-operatrio. Resultados: foram analisadas 8 pacientes femininas
submetidas a esta tcnica cirrgica. A idade mdia foi de 50,88 anos
(entre 34 e 72 anos). O nmero mdio de partos vaginais prvios foi
de 2,5 (entre 0 e 8). Das 8 pacientes, 3 foram submetidas a slings
anteriores para correo de cistoceles associadas, no mesmo tempo
cirrgico. Em um seguimento mdio de 7,2 meses (entre 2 e 12,6
meses), no se observou nenhuma complicao ps-operatria. Ape-
nas 2 pacientes tiveram dor ps-operatria significativa. Houve me-
lhora da constipao em 5 casos (3 pacientes continuaram o uso de
laxativos) e dispareunia ps-operatria ocorreu em apenas 1 caso (2
no tiveram mais atividades sexuais). Concluses: a correo stio-
especfica das retoceles por via vaginal tcnica com altos ndices de
satisfao por parte das pacientes, por apresentar pouca dor ps-
operatria e alta resolutividade dos sintomas. Necessita-se de um n-
mero maior de casos e de estudos comparativos com outras tcnicas
para uma definio do seu real papel no tratamento dos prolapsos
genitais posteriores.
TL84 - DISFUNES DO ASSOALHO PLVICO DIAGNOS-
TICADO PELA ECODEFECOGRAFIA. DISTRIBUIO EM
NULPARAS, PARTO VAGINAL E CESARIANA
MURAD-REGADAS, S.M.1, REGADAS, F.S.P.1, RODRIGUES, L.V.1,
BARRETO, R.G.L.2, SILVA, F.R.S.2, OLIVEIRA, L.M.P.2,
KENMOTI, V.T.1, FERNANDES, G.O.S.2
27
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
1. UFC, Hospital Universitrio Walter Cantdio- HU-UFC2. CCC-
HSC, Centro de Coloproctologia do Cear-Hospital So Carlos
Introduo: As disfunes do assoalho plvico podem resultar em
evacuao obstruda. Estudos associam o trauma obsttrico s anor-
malidades do assoalho plvico. Objetivos: demonstrar as disfunes do
assoalho plvico identificadas em pacientes do sexo feminino com
sndrome da evacuao obstruda comparando nulparas com pacien-
tes submetidas a partos vaginais e parto cesariana utilizando a
ecodefecografia. Mtodos: avaliou-se restrospectivamente 370 paci-
entes com sintomas de evacuao obstruda submetidas a
ecodefecografia entre dezembro de 2006 a 2009. A mdia do escore de
constipao de wexner foi 12,6. As pacientes foram distribudas em 3
grupos. GI:105 nulparas (mdia de idade=47,5 anos), GII: 165 pacien-
tes submetidas a pelo menos um parto vaginal(mdia de idade=
56,9a),GIII:100 submetidas somente a cesarianas (mdia de idade=46,5
anos). Identificou-se as alteraes anatomo-funcionais do comparti-
mento posterior (retocele, intussuscepo e anismus) e compartimen-
to mdio (sigmoidocele/enterocele) correlacionando os achados entre
si e a distribuio nos 3 grupos. Considerou-se retocele significante
quando grau II e III. Utilizou-se teste qui-quadrado para correlacionar
os achados entre os grupos. Resultados: No houve diferena estatsti-
ca na presena de retocele em graus (GI-65% GII-70% GIII-71%) e
nem na distribuio de retocele significante (GI-50% GII-60% GIII-
60%). Intussuscepo foi identificada em 42(40%) pacientes do GI,
em 91(55%) do GII e 30(30%) do GIII com diferenas estatstica
entre os GI e GII. A associao entre intusssuscepo e retocele
significante foi 26(25%), 60(36%) e 18(18%) nos GI, GII e GIII
respectivamente. Anismus foi identificado em 41(39%) pacientes do
GI, 47(28%) do GII e em 60(60%) do GIII. Houve diferena
significante entre os GI e GIII. Anismus foi associado a retocele
significante em 24(23%), 26(16%), e 24(24%) nos GI,GII e GIII
respectivamente. Sigmoidocele ou enterocele foi identificada em
8(8%) pacientes do GI, 18 (11%) do GII sem diferenas significantes.
Foi associada a retocele significante em 4 (4%) e em 12 (8%) pacien-
tes dos GI e GII respectivamente. Concluses: A distribuio dos dis-
trbios anatomo-funcionais do assoalho plvico no demonstrou um
padro de associao entre os grupos, sugerindo ausncia de correlao
entre estes distrbios e o parto vaginal.
TL85 - RETOSSIGMOIDECTOMIA PERINEAL COM BISTURI
ULTRASSNICO PARA TRATAMENTO DO PROLAPSO DO
RETO
FIGUEIREDO, M.N., SALLES, R., RIBEIRO, T.B.
1. HL, Hospital da Lagoa
Introduo: a retossigmoidectomia perineal (cirurgia de altemeier)
uma das opes cirrgicas para pacientes portadores de prolapso retal
completo. No entanto, em alguns pacientes, o sangramento intra-
operatrio pode dificultar o procedimento e aumentar consideravel-
mente o tempo de cirurgia. Objetivo: apresentar a tcnica de altemeier
com a utilizao do bisturi ultrassnico, levando-se em considerao
tempo operatrio, sangramento intra e ps operatrio e recidiva do
prolapso. Os resultados so confrontados com dados da literatura dis-
ponvel. Mtodo: 9 pacientes, entre 68 e 83 anos, foram submetidos
ao procedimento, sendo 5 com uso do bisturi ultrassnico, entre os
maro de 2006 e junho 2009 (2 a 39 meses de acompanhamento) e
avaliamos o tempo cirrgico e sangramento intra operatrio. Resulta-
dos: o bisturi ultrassnico instrumento facilitador para a cirurgia de
altemeier, diminuindo o sangramento per operatrio e o tempo de
cirurgia. Concluso: a cirurgia de altemeier opo segura para o
tratamento do prolapso retal, mesmo em pacientes com alto risco. O
uso do bisturi ultrassnico diminui o sangramento per operatrio e
conseqentemente o tempo operatrio e o risco do procedimento. Os
resultados funcionais so comparveis queles disponveis na literatu-
ra mdica.
TL86 - CINEDEFECOGRAFIA PARA AVALIAO DA
OBSTIPAO INTESTINAL O QUE APRENDEMOS COM
ESTE MTODO DIAGNSTICO
MELO APSA, MOREIRA JR H, KURACHI G, PRIETO FG, LEITE
PCCA, LOUSA LR, AZEVEDO IF, ALMEIDA AC
1. UFG, servio de coloproctologia da faculdade de medicina
Introduo:os distrbios da evacuao ocorrem por diversas altera-
es anatmicas e funcionais, presentes nos variados compartimen-
tos plvicos. A cinedefecografia tem papel de destaque na avaliao
destes pacientes, especialmente de indivduos obstipados. O exame
registra, por meio de fluoroscopia e radiografias, as diferentes situa-
es da dinmica anorretal: repouso, contrao voluntria, esforo
evacuatrio e aps a evacuao. Objetivo: avaliar a importncia da
cinedefecografia no estudo dos distrbios funcionais do assoalho plvico.
Mtodos: anlise retrospectiva de todas as cinedefecografias realiza-
das no perodo de dezembro/2007 a abril/2009, cuja indicao para a
realizao do exame foi a obstipao intestinal, sugestiva de obstruo
de sada, refratria ao tratamento clnico convencional. Os exames
foram realizados com aplicao de 200 ml de material radiopaco
semi-slido, composto por uma mistura de fub de milho e sulfato de
brio, introduzido via retal. Durante o exame, o paciente permanece
sentado em assento sanitrio radiotransparente. Resultados: foram
identificados 59 pacientes sendo 54 do sexo feminino. A mdia de
idade foi de 46 anos. 21 pacientes eram portadores de colopatia
chagsica. Observamos, nestes 21 casos que, a despeito do relaxamen-
to adequado do puborretal, o canal anal permanecia fechado por um
perodo mais prolongado, determinando um esforo evacuatrio pro-
longado. Entre as mulheres, 23(42,6%) apresentavam retocele (vari-
ando entre 2 a 5,5 cm), sendo considerada significativa em 65% dos
casos. comum a observao de descenso perineal, principalmente o
esttico. Apesar de ter sido freqente o diagnstico de sigmoidocele
(14 pacientes), em nenhum caso foi considerado um achado com
relevncia clnica. Cerca de 18% dos pacientes apresentavam como
causa da obstruo de sada o anismus. Para maioria dos pacientes (48
casos 81,3%), os achados da cinedefecografia colaboraram para a
identificao dos mecanismos envolvidos no aparecimento dos sinto-
mas de obstipao intestinal. Concluso:a cinedefecografia, em casos
selecionados sugestivos de obstruo de sada, um mtodo diagnsti-
co importante, capaz de identificar, para a maioria dos pacientes
avaliados, os mecanismos envolvidos no aparecimento da obstipao
intestinal.
TL87 - ESTUDO COMPARATIVO ENTRE CINEDEFECOGRAFIA
E CINEDEFECORRESSONNCIA PARA AVALIAO DE DIS-
TRBIOS DO ASSOALHO PLVICO
PRIETO FG1, MOREIRA JR H1, LEITE APTM2, MOREIRA JPT1,
MELO APSA1, LAUAR MV2, LOUSA LR1, ALMEIDA ACC1
1. UFG, Servio de Coloproctologia - Faculdade de Medicina2. Goinia,
Clinica de Radiologia So Marcelo
Introduo:o diagnstico e tratamento de distrbios funcionais do
assoalho plvico representam grande desafio, pois freqentemente se
manifestam com sintomas inespecficos e causam impacto significati-
vo sobre a qualidade de vida. A cinedefecografia(cd) desempenha um
papel central no diagnstico destas anormalidades. A
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Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
cinedefecorressonncia(cdr), uma alternativa diagnstica devido
sua maior capacidade de distinguir os diferentes rgos plvicos.
Objetivo: realizar uma anlise comparativa entre os resultados da cd e
da cdr realizada em dez pacientes. Material: anlise prospectiva com-
parativa de dez pacientes submetidos a cd e cdr, cuja indicao para a
realizao do exame foi obstipao intestinal sugestiva de obstruo
de sada. As cds foram realizadas com aplicao de 200 ml de material
radio opaco semi-slido, via retal sendo solicitado ao paciente, duran-
te o exame, que executasse manobras de repouso, contrao e expul-
so do contedo retal, sob viso fluoroscpica. As cdrs foram realiza-
das com magneto de 1,5t e aplicao de 200 ml de gel via retal e
solicitao das mesmas manobras descritas para a cd. Durante o exame
os pacientes permaneceram em posio supina com cabeceira elevada
e membros inferiores fletidos. Resultados: a media dos ngulos anorretais
durante o repouso, contrao voluntria e esforo evacuatrio foram
semelhantes entre as cds e cdrs. As medidas de descenso perineal e do
comprimento do puborretal foram significativamente menores quan-
do medidos pela cdr, e foram consideradas mais fidedignas devido a
maior facilidade de identificar as diversas estruturas anatmicas do
assoalho plvico. A ocorrncia de descenso perineal esttico, observa-
da pela cdr, mais rara do que quando comparada com os dados obtidos
pela cd. Em 2 pacientes foram identificadas a intussuscepo reto-
anal somente atravs da cdr. A cdr tambm foi capaz de diagnosticar
maior numero de retoceles (8 vs 5); a retocele foi considerada signifi-
cativa em 3 casos diagnosticados pela cd e em 4 casos diagnosticados
pela cdr. O diagnstico de anismus somente foi realizado em 2 casos,
atravs da cd. Sigmoidocele/enterocele so mais frequentemente
diagnosticadas pela cdr (8 vs. 3 casos), sendo que 2 enteroceles de 2o
grau foram visualizadas somente pela cdr. Concluso: a cdr apresenta
maior acurcia para identificao de alteraes anatmicas do assoalho
plvico, alem de proporcionar uma viso conjunta de todas as estrutu-
ras adjacentes ao reto e canal anal.
TL88 - RETOSSIGMOIDECTOMIA PERINEAL NO TRATAMEN-
TO DA PROCIDNCIA RETAL: ANLISE DE 42 CASOS
MEDEIROS, B.A., MARQUES, G.S., MATTOS, B.M.R., RIGHETTI,
A.E., NORMANHA, A.L.N.R., PARRA, R.S., FRES, O., ROCHA,
J.J.R.
1. FMRP - USP, Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto da USP
Introduo: a procidncia retal (pr) tem como tratamento ideal de
definitivo a cirurgia. A retossigmoidectomia perineal (rsp), divulgada
na dcada de 60 por altemeier apresenta baixas taxas de mortalidade,
recidiva e tempo de hospitalizao. Ademais, evita a laparotomia em
pacientes habitualmente de idade elevada. Objetivo: avaliar os resulta-
dos obtidos em 42 rsp em pacientes com pr. Mtodo: foram analisados
retrospectivamente 42 pronturios mdicos no perodo de 2000 a
2009. Os dados pesquisados foram: idade, sexo, histria clnica, evolu-
o ps-operatria (recidiva ou incontinncia). Resultados: prolapso
anal: 92,8%; sangramento anal: 26,2%; tempo de internao: 02 a 11
dias (mdia 3,3). Dos pacientes, 84% eram mulheres e 16% homens,
com idade mdia de 74 anos (49 a 101). O tempo mdio de cirurgia foi
de 70 minutos (40 a 80). Anastomose mecnica foi realizada em 69%,
sendo a manual em 31%. De 12 pacientes (28%) com incontinncia
no pr-operatrio, 02 recuperaram a continncia no ps-operatrio.
As complicaes no ps-operatrio foram: pneumonia: 02 casos
(9,5%); deiscncia de anastomose: 02 (9,5%). No houve mortalidade
e apenas um caso (2,3%) apresentou recidiva. Concluso: a
retossigmoidectomia perineal mostrou ser excelente opo cirrgica
para a procidncia retal, teve baixa morbidade, sem mortalidade, bai-
xo ndice de recidiva e curto tempo de hospitalizao nesta experin-
cia cirrgica.
TL89 - GRADAO DA INCONTINNCIA ANAL PS-CIRUR-
GIAS ORIFICIAIS E CORRELAO COM A MANOMETRIA
ANO-RETAL
TORRES-NETO JR, VIDAL MAN, PRUDENTE ACL, TORRES FAP,
TORRES JAP, RAMOS FM, SANTANA RM
1. UFS, Universidade Federal de Sergipe
Introduo:a incontinncia anal (ia) a condio na qual o indivduo
incapaz de controlar voluntariamente a perda de gases, muco ou
mesmo fezes lquidas ou slidas em local e momento inadequados.
Pode ser classificada, simplificadamente em minor ou major, ou, de
forma mais detalhada, atravs do uso de questionrios, como o padro-
nizado por wexner. Dentre as causas de ia destacam-se as cirurgias
orificiais, devido freqncia com que essa complicao ocorre aps
tais procedimentos. Para auxlio diagnstico, a manometria ano-retal
tem sido escolha. Objetivo: diagnosticar a ia ps-cirurgia orificial
atravs da aplicao de questionrio e manometria e correlacionar os
resultados deste questionrio com os ndices pressricos. Pacientes e
mtodos: foi realizado o estudo retrospectivo atravs da anlise de
pronturios de 455 pacientes submetidos a cirurgias orificiais no per-
odo de 2005 a 2007 para que fossem identificados aqueles com queixa
de ia no ps-operatrio. Foram encontrados 20 pacientes. Desses 20
indivduos, 9 permaneciam com queixa de ia aps agosto de 2008 e
foram avaliados quanto ao grau de ia atravs da aplicao de questio-
nrio wexner score e realizao de manometria anorretal. Na
manometria foram avaliados os dados de presso de repouso, presso
de contrao mxima, ria (reflexo reto-anal inibitrio), sensibilidade
e capacidade retais, extenso do canal anal funcional. Resultados: dos
pacientes avaliados, seis (66,66%) eram do gnero feminino e trs
(33,33%), do gnero masculino, com idades que variaram de 21 a 76
anos, com mdia de 47,89 anos. Cinco (55,55%) foram submetidos
hemorroidectomia, um fistulotomia, um fistulectomia, outro
enteropexia e dois proctoplastia. O diagnstico segundo o wexner
score foi de ia leve para 6 pacientes (66,66%), ia intermediria para 2
(22,22%) e ia intensa para um (11,1%). realizao da manometria
encontrou-se que: dos 6 pacientes com ia leve, 4 (66,66%) no preen-
chiam os critrios para ia, um (16,6%) possua hipotonia das muscula-
turas extrnseca e intrnseca, e outro possua perda da capacidade retal;
os 2 pacientes com ia intermediria possuam hipotonia de musculatu-
ra intrnseca; o paciente com ia intensa possua hipotonia de ambas as
musculaturas extrnseca e intrnseca. Concluso: houve correlao
significativa entre os achados manomtricos e a gradao da ia pelo
wexner score.
TL90 - AVALIAO DA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES
COM INCONTINNCIA ANAL PS-CIRURGIA ORIFICIAL
TORRES-NETO JR, VIDAL MAN, PRUDENTE ACL, RAMOS FM,
TORRES FAP, TORRES JAP, SANTANA RM
1. UFS, Universidade Federal de Sergipe
Introduo: a incontinncia anal (ia) uma condio debilitante, que
leva ao comprometimento fsico, psquico e social do indivduo, acar-
retando um grande impacto negativo em sua qualidade de vida. No
raro, esta uma complicao decorrente de cirurgias orificiais.
Objetivos: avaliar a qualidade de vida do paciente com incontinncia
anal aps cirurgia orificial, correlacionando-a ao grau da incontinn-
cia, atravs da aplicao do questionrio wexner score, a fim de avaliar
o grau da incontinncia, e em seguida do questionrio fiql, a fim de
avaliar a comprometimento da qualidade de vida dos pacientes. Mto-
dos: foram selecionados dentre os 455 pacientes submetidos a cirurgi-
as orificiais no servio de colo-proctologia do hu/ufs no perodo de
2005 a 2007, aqueles que apresentaram alguma queixa de incontinn-
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Rev bras Coloproct
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cia anal. Destes, 20 apresentavam histria compatvel com ia no ps-
operatrio imediato. Deste total, apenas 9 puderam ser contactados e/
ou aceitaram participar da pesquisa. Aplicou-se inicialmente o questi-
onrio wexner score, que permite classificar a ia em leve, intermedi-
ria e intensa; e em seguida, aplicou-se o fiql, que constitudo de 4
domnios distintos: estilo de vida, comportamento, depresso e cons-
trangimento, com escala de pontuao variando de 1 a 4 com exceo
das questes 1 e 4 que variam de 1 a 5 e 1 a 6, respectivamente.
Resultados: dos 9 pacientes avaliados, 3 (33,33%) eram do gnero
masculino e 6 (66,66%) do gnero feminino; 7 (77,77%) apresenta-
vam idade inferior a 60 anos, e 2 (22,22%) idade superior aos 60, com
uma mdia de 47,8 anos; 6 (66,66%) apresentaram incontinncia
leve, 2 (22,22%) incontinncia intermediria e 1 (11,11%) inconti-
nncia intensa. Em relao qualidade de vida, nos pacientes com
incontinncia leve obteve-se uma mdia de 3,6 para estilo de vida
(ev), 3,59 para comportamento (cp), 3,43 para depresso (de) e 3,33
para constrangimetno (cg); nos pacientes com incontinncia inter-
mediria obteve-se ev= 3,85; cp= 3,14; de= 3,44; cg= 2,16; e no
paciente com incontinncia intensa obteve-se ev= 1,3; cp= 1,25; de=
2,8 e cg= 3,0. Concluso: a incontinncia anal acarreta comprometi-
mento da qualidade de vida, independente do seu grau. Assim, pde-se
perceber um impacto semelhante na qualidade de vida de pacientes
com incontinncia leve e intermediria, e um comprometimento im-
portante na incontinncia intensa.
TL91 - AVALIAO CLNICA E FUNCIONAL NO
PR E PS OPERATRIO DE PACIENTES CONSTIPADAS
POR DEFECAO OBSTRUDA POR RETOCELE, SUBMETI-
DAS RESSECO TRANSANAL DA RETOCELE E
ANORRETOPEXIA MECNICA
LEAL, VM1, REGADAS, FSP2, REGADS,SMM2, VERAS, LR2,
ESCALNTE, RD2
1. UFPI, universidade federal dopiaui2. UFC, universidade federal do
cear
Avaliar a abordagem cirrgica transanal proposta por regadas et al.
(2005), onde a realizao de resseco completa da retocele,
anorretopexia circular mecnica com intuito de retirar ambos defeitos
ou seja, a parede retal com sua fscia peri-retal doentes e a intussucepo
mucosa (prolpso circular), que so responsveis pela defecao
obstruda. Foram includos no presente estudo 35 pacientes consecuti-
vas que recorreram ao ambulatrio de coloproctologia do hgv, no
perodo de 2006 a 2008, com idade mdia de 47,5 10,83 anos (31
67) p>0,05. Com relao ao tamanho da retocele ao exame clinico,
observamos que treze (37,1) pacientes tinham retocele de segundo
grau e vinte e duas(62,9%) tinham retocele de terceiro grau. As paci-
entes possuam no pr operatrio um escore para sndrome de defecao
obstruda com media de 10,63 2,99 (5 - 17) e no pos operatrio 2,91
0,74 (1 - 6), wilcoxon p = 0,000. Com relao ao escore de consti-
pao de cleveland foi observado valor mdio no pr-operatrio de
15,23 3,90 (8 23) e no ps operatrio de 4,46 1,95 (1 12),
wilcoxon p = 0,000 comparando os dados defecograficos do pr e pos
operatrio, observamos que nas fases de repouso houve diferenas
estatsticas quanto a medida da retocele (p = 0,000. ). Comparando os
dados defecograficos do pr e pos operatrio, observamos que nas
fases de evacuao houve diferenas estatsticas, nas medidas do tama-
nho do angulo anorretal (p = 0,033), do comprimento do canal (p =
0,028), do comprimento do msculo puborretal ( p = 0,000) e na
medida do tamanho da retocele (p = 0,000. ). Mais de 90% das pacien-
tes tiveram melhora de seu quadro clinico melhora do ndice de conti-
nncia nveis de dor muito aceitvel (leve no primeiro dia e moderada
no oitavo dia de pos operatrio) resoluo da retocele com expressiva
significncia estatstica tanto clinica como defecograficamente bai-
xos ndices de complicao e ausncia de morbidade ausncia de cica-
triz externa relativo baixo custo comparado com outras tcnicas ma-
terial acessorio utilizado na presente casustica tem melhor adaptao
ao perneo, por ter apenas duas abas de fixacao e no ser circular,
permitindo uma melhor exposio do segmento anorretal distal e
especialmente da retocele, pela chanfradura hemicircular. A realizao
da resseco da retocele manualmente no aumentou o tempo cirrgi-
co em comparao com a tcnica starr procedure
TL92 - AVALIAO DAS ALTERAES DO ASSOALHO
PLVICO EM PACIENTES PORTADORES DE COLOPATIA
CHAGSICA
MOREIRA JR H, KURACHI G, MOREIRA JPT, MOREIRA H, KLUG
WA, AZEVEDO IF, ISAAC RR, ALMEIDA ACC
1. UFG, Servio de Coloproctologia - Faculdade de Medicina
Introduo: exames complementares que avaliam a anatomia e
fisiologia anorretal ampliaram a possibilidade de se desvendar no-
vos possveis mecanismos envolvidos na fisiopatogenia da colopatia
chagsica(cc). Objetivos: avaliar os mecanismos causadores de obs-
truo de sada em pacientes portadores de cc atravs da
cinedefecografia(cd), eletromanometria anorretal(emn) e ultra-som
do canal anal(us). Mtodos: foram selecionadas, prospectivamente,
20 pacientes com as seguintes caractersticas: sorologia (+) para
doena de chagas, obstipao intestinal crnica (menos que 2 eva-
cuaes/semana), enema opaco evidenciando megaclon e/ou emn
determinando a presena de acalsia do esfncter interno(ei). Re-
sultados: a mdia de idade foi de 54,75 anos; 75% eram mulheres.
Us normais em 95% dos pacientes (1 caso com leso anterior dos
esfncteres no tero mdio do canal anal). A cd identificou, em
todos os pacientes, um tempo prolongado de abertura do canal anal
apesar do relaxamento adequado do puborretal, durante o esforo
evacuatrio (documentao dinmica da acalasia do ei); 30% apre-
sentavam retocele (significativa em 10% dos casos); sigmoidocele
em 20% dos pacientes (1 e 2 grau); 10% no apresentavam rela-
xamento adequado do puborretal (um relaxamento parcial, outro
com ausncia de relaxamento); 35% dos pacientes apresentaram
descenso perineal esttico, 35% pacientes com descenso perineal
esttico e dinmico e 5% somente com descenso dinmico. emn
a mdia de presso de repouso foi de 55,82mmhg, a mdia de
presso de contrao foi de 126,91mmhg, a mdia do canal anal
funcional foi de 2,44 e a capacidade retal teve mdia de 239,5 ml.
Concluses: a despeito das leses dos plexos mioentricos, a fun-
o pressrica esfincteriana permanece inalterada a emn na maio-
ria dos pacientes, sendo a acalsia do ei a alterao funcional mais
comumente observada, seguida do aumento da capacidade retal. Os
us no evidenciaram alteraes anatmicas da musculatura
esfincteriana especficas para cc. A cd evidenciou, em todos paci-
entes, dificuldade de abertura do canal anal durante o esforo
evacuatrio, a despeito do relaxamento do puborretal. Devem-se
considerar fatores secundrios na gnese da obstipao intestinal
em pacientes portadores de cc (retocele, anismus e descenso
perineal), podendo estes mecanismos corroborar para o surgimento
de recidiva dos sintomas de obstipao no ps-operatrio.
TL93 - EXISTE IMPORTNCIA NA UTILIZAO DA
MANOMETRIA ANAL NO DIAGNSTICO DA SINDROME DO
INTESTINO IRRITVEL?
CESAR,MAP, OLIVEIRA, CC
1. UNITAU, Hospital Universitrio da UNITAU
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Introduo: em alguns pacientes a sndrome do intestino irritvel e a
constipao funcional se confundem , principalmente quando o sinto-
ma predominante na sndrome do clon irritvel a constipao. Den-
tre os vrios exames a manometria anal avalia a funo esfincteriana e
sensibilidade retal objetivo: verificar se existem diferenas entre as
manometrias anais dos pacientes com constipao funcional e sndrome
do intestino irritvel. Mtodo: trata-se de estudo de 55 manometrias
anais realizadas em pacientes atendidos no ambulatrio de fisiologia
anal do servio de clnica cirrgica do hospital universitrio de taubat
com diagnstico de constipao intestinal ou sndrome do intestino
irritvel no perodo de janeiro de 2006 a maio de 2007. Todos os
pacientes possuam colonoscopia a normal e foram includos nos crit-
rios diagnsticos de roma ii para constipao funcional e sndrome do
intestino irritvel. As manometrias foram realizadas com aparelho alacer
, de perfuso com 8 canais . Resultados no foram encontradas dife-
renas entre as manometrias quanto s presses de repouso , contrao
e evacuao , assim como nos valores de sensibilidade retal . Encontra-
mos diferenas quanto dor abdominal desencadeada nos pacientes com
sndrome do intestino irritvel no momento do volume mximo toler-
vel em que 69,2 % destes pacientes apresentaram dor abdominal . Con-
cluso - os pacientes com a sndrome do intestino irritvel apresentam
dor distenso da ampola retal , que no ocorre nos pacientes constipa-
dos , na aferio do volume mximo tolervel , no houve diferena em
relao aos outros dados da manometria.
TL94 - CONSTIPAO APS HISTERECTOMIA -ESTUDO
CLNICO E MANOMTRICO
CESAR,MAP, ANTUNES,LB, AGUIAR, RM
1. UNITAU, Hospital Universitrio de Taubat
A histerectomia o procedimento ginecolgico de grande porte mais
comum , sendo a maioria das indicaes por doena benigna, existindo
na literatura uma incidncia de 37% no relacionada com a tcnica.
Obj.: avaliao clnica e manomtrica das pacientes que se submete-
ram histerectomia. Mtodo: trabalho prospectivo com preenchi-
mento de score da constipao no pr e ps operatrio 60 dias e
realizao da manometria anal nestes dois momentos . Resultados
:foram examinadas 10 pacientes que se submeteram histerectomia
por doena benigna e encontramos 1 paciente com constipao e
outra paciente com a sindrome do intestino irritvel que no existia
antes da histectomia e apresentava dor abdominal distenso da am-
pola retal . No encontramos diferenas nas manometrias anais nos
dois grupos . Concluso - encontramos distrbios em menor intensida-
de que o referido em trabalhos retrospectivos .
TL95 - DEFECORRESSONNCIA NA CONSTIPAO
EDUARDO VIEIRA, RAIMUNDO PESSOA
1. HG - SCMRJ, Hopsital da Gamboa- Santa Casa da Misericordia do RJ
O diagnstico e manejo da constipao intestinal continuam sendo um
desafio, com diversos mtodos sendo aplicados para avaliao. A resso-
nncia plvica dinmica (defecorressonncia) um novo mtodo, com
o intuito de uma avaliao pormenorizada das disfunes do assoalho
plvico. O objetivo do nosso trabalho relatar nossa experincia com
o referido exame em pacientes constipadas, sua aplicabilidade clnica e
as conseqncias teraputicas advindos do mesmo. Material e
mtodos:analisamos retrospectivamente a realizao da
defecorressonncia em 20 pacientes do sexo feminino, com diagnsti-
co clnico de constipao intestinal, independente de critrios para
evacuao obstruda. Resultados. Observamos 7 pacientes dentro da
normalidade, em 5 pacientes foram encontrada retoceles ;em 10 paci-
entes alteraes degenerativas da musculatura plvica. Descenso de com-
partimento posterior foi observado em 5 pacientes e em 4 observamos
alterao de 2 ou mais compartimentos plvicos. Enterocele em 2
pacientes e intussuscepo em 3. Contrao paradoxal do puborretal foi
observado em duas pacientes. Na maioria observamos mais de uma
alterao na mesma paciente. Conclumos que a defecorressoncia um
bom mtodo de avaliao da evacuatria plvica, com a visualizao de
alteraes muitas vezes no suspeitas, alm da multiplicidade destas
alteraes numa mesma paciente, devendo ser utilizada sempre que
possvel na avaliao dos pacientes constipados.
TL96 - EXISTEM FATORES PREDITIVOS DE RECORRNCIA
NO TRATAMENTO DA FISTULA RETO-VAGINAL?
PINTO RA, PETERSON TV, SHIH SS, CANEDO JA, DAVILA WG,
SILVA E, EDDEN Y, WEXNER SD
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
Introduo: A fistula reto-vaginal (FRV) uma comdio de alta
morbidade e seu tratamernto continua a ser um desafio para o cirur-
gio, devido a alta taxa de recorrncia. Objetivo: Analisar os resulta-
dos do reparo cirrgico da FRV e identificar fatores preditivos de
recorrncia. Pacientes e Mtodos: Todas as pacientes submetidas a
cirurgia para o reparo da FRV na Cleveland Clinic Floridaentre 1988
e 2008 foram retrospectivamente avaliadas. Chi2 e regresso logstica
foram utilizados para anlise de recorrncia de acordo com etiologia
da fistula, tamanho e altura do defeito, idade da paciente, nmero de
reparos prvios, nmero de partos vaginais prvios, ndice de massa
corpreo (IMC), tabagismo, diabetes, o uso de esterides e outros
imunossupressores e presena de estomia de proteo. Resultados:
184 procedimentos foram realizados em 125 patients. Doena infla-
matria intestinal foi o diagnstico mais frequente (45.6%) seguido de
trauma obsttrico (24%) e outros traumas cirrgicos (16%). A durao
mdia da fistula foi de 31.2 meses. Procedimentos para correo da
FRV incluram flap de avano endo-retal (35.3%), interposio de
msculo grcil (13.6%), colocao de seton (13.6%), reparo
transperineal (8.7%) e transvaginal (8.1%). A taxa de sucesso por
procedimento foi de 60%. Pacientes portadores de doena de Crohn
tiveram maior ndice de recorrncia (44.2% sucesso/procedimento;
p<0.01), entretanto 78% tiveram resoluo aps uma mdia de 1.8
procedimentos. No houve diferena em ndice de recorrncia de acordo
com o tipo de reparo. Com mdia de seguimento de 16.3 meses, a taxa
de sucesso por paciente foi de 88% aps um ou mais procedimentos.
Fstulas de origem obsttrica tiveram sucesso de 89% aps uma mdia
de 1.3 procedimentos/paciente, assim como fstulas traumticas.
Fstulas pouch vaginais tiveram 91% de sucesso aps uma media de 1.6
procedimentos/paciente. Idade, IMC, diabetes, uso de esterides e
imunossupressores, tamanho e altura da fistula, nmero de partos
vaginais prvios, tempo decorrente entre reparos e estomia de proteo
no tiveram associao clara com recorrncia. No entanto, tabagismo
e doena de Crohn encontram-se significativamente associados a
recorrncia da FRV (p=0.02). Concluso: Apesar de sucesso inicial
relativamente baixo (60%), a maior parte das FRV pode ser reparada
com sucesso aps cirurgias subsequentes. Doena de Crohn e tabagis-
mo esto associados a maiores taxas de recorrncia.
TL97 - CORRELAO ENTRE A VIA DE PARTO E A INCIDN-
CIA DE ANORMALIDADES DO ASSOALHO PLVICO POS-
TERIOR AVALIADAS POR VIDEO-DEFECOGRAFIA
MURAD REGADAS SM, PINTO RA, PETERSON TV, REGADAS
FS, CANEDO JA, SANDS DR, WEXNER SD
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
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Introduo: alguns estudos associam a presena de anormalidades do
assoalho plvico ao trauma obstetrico. Outros sugerem que a consti-
pao e a configurao do canal anal representam importante papel
no desenvolvimento das anormalidades do assoalho plvico posterior.
Objetivo: demonstrar a distribiuo das alteraes do assoalho plvico
posterior, utilizando a videodefecografia, em mulheres constipadas; e
correlacionar estas disfunes com a via de parto. Como objetivo
secundario, avaliar o papel da idade e da paridade na retocele. Pacien-
tes e mtodos: 255 pacientes do sexo feminino constipadas submeti-
das a videodefecografia entre 2001 to 2008 foram avaliadas e as
alteraes do assoalho plvico posterior foram acessadas. As pacien-
tes foram divididas em 3 grupos: grupo i incluiu 50 nulparas com idade
media de 40. 2 anos; grupo ii constava de 165 pacientes com partos
exclusivamente pela via vaginal e idade mdia de 57 anos; grupo iii
incluiu 40 pacientes com partos cesria prvios e idade mdia de 50. 6
anos. Resultados: retocele significante foi identificada em 34% dos
pacientes no grupo i, 35% no grupo ii e 20% no grupo iii. No houve
diferena significativa entre os grupos (p>0. 05). Intussucepo foi
identificada em 48% dos pacientes no grupo i, 70% no grupo ii e 67%
no grupo iii (p=0. 005). Intusucepo associada com retocele
significante tambm foi mais comum em pacientes com partos vagi-
nais prvios. Anormalidades do relaxamento do msculo pubo-retal,
foram mais comumente encontradas em pacientes com cesrias pr-
vias (p=0. 01). As pacientes do grupo ii apresentaram maior numero
de exames anormais comparadas aos outros grupos (p=0. 005).
Retocele significante foi identificada em 36% dos pacientes com 65
anos ou mais e em 31% dos pacientes com menos de 65 anos. Primparas
tiveram uma maior incidncia de retocele quando comparadas a
multparas (p=0. 01). Concluso: apesar de haver maior incidencia de
alteracoes do assoalho pelvico posterior apos parto vaginal, a via de
parto no apresentou uma correlao determinada com as anormali-
dades do assoalho plvico posterior. No houve correlao entre idade
avanada e multiparidade, e a presena de retocele.
TL98 - TTULO: EFEITOS DA PROSTATECTOMIA PERINEAL
SOBRE A CONTINNCIA ANAL: ESTUDO CLNICO E
MANOMTRICO
GUILGER, NR1, JORGE, JMN1, COSTA, RP2, SALA, FC2, NAHAS,
SC1, CECCONELLO, I1
1. FM-USP, Servio de Cirurgia do Clon e Reto da USP2. Depto
Urologia, Departamento de Urologia do Hospital Amaral Carvalho de
Ja
Introduo: O cncer de prstata a segunda neoplasia mais freqente
em homens no Brasil e os programas de rastreamento diagnstico
tem permitido o diagnstico precoce e cada vez mais freqente dessa
neoplasia, sendo que 75% dos casos diagnosticados no mundo ocor-
rem a partir dos 65 anos. Vrias tcnicas cirrgicas so aplicadas e
estudadas para o tratamento dessa neoplasia, em busca de boa relao
custo efetividade e menos complicaes decorrentes da interveno
cirrgica. Nesse contexto a prostatectomia perineal se destaca como
mtodo pouco invasivo, seguro e efetivo , sem prejuzo na radicalidade
oncolgica. No entanto, o acesso perineal necessrio nessa cirurgia
muito questionado na literatura quanto possibilidade de favorecer
a incontinncia anal. Sabe-se que a incontinncia anal est presente
em cerca de 11% na populao idosa ( faixa etria de 60-70 anos) e
tem grande influncia na qualidade de vida. Objetivos: Avaliao dos
efeitos da prostatectomia perineal na continncia anal em pacientes
submetidos prostatectomia perineal. Mtodos: Foram avaliados 23
pacientes com indicao cirrgica no pr e no ps operatrio ( 7
meses) atravs de avaliao clnica ( ndice de incontinncia anal da
Cleveland Clinic), manometria anorretal e avaliao do teste de
qualidade de vida para incontinncia anal. Mdia etria de 65,5 anos
( 54-72 anos), Mdia de PSA pr-op 10,7 (3,6-22,1), Mdia prstata
em gramas 34,35(24-54), Gleason ps op variando entre 6 e 7. A
manometria anorretal foi analisada nos seguintes parmetros : pres-
so de repouso, presso de contrao, ndice de fadiga, taxa de fadi-
ga, % assimetria de repouso, % de assimetria de contrao, reflexo
inibitrio anorretal, sensibilidade retal e capacidade retal. A avalia-
o de qualidade de vida foi realizada por teste especfico para con-
tinncia anal validado em nosso meio. Resultados: No foram obser-
vadas alteraes significativas no padro de qualidade de vida e clni-
cos dos pacientes com relao continncia anal e as anlises de
manometria anorretal houve alterao significativa apenas no ndi-
ce de assimetria de repouso p<0,0031. Concluses: Os efeitos dessa
cirurgia sobre a continncia anal atravs de avaliao clnica no
apresentaram padres de significncia estatstica e a avaliao
manomtrica identificou alterao em relao aos ndices de
assimetria de repouso, sem repercusso clnica.
TL99 - RECONSTRUO DO CORPO PERINEAL DURANTE
ESFINCTEROPLASTIA ANAL: ALTERNATIVA PARA
CORREO ANATMICA E FUNCIONAL
GUILGER, NR, JORGE, JMN, RODRIGUES, LCO, SCHLENSTEIN,
HP, BRANDO, AAR, NAHAS, SC, CECCONELLO, I
1. FM-USP, Servio de Cirurgia do Clon e Reto da USP
Introduo: a incontinncia anal afeta muito a qualidade de vida das
pessoas seja pela sintomatologia, seja pelo constrangimento e reper-
cusses na vida social. Esse quadro agrava-se principalmente em paci-
ente jovens, com vida social intensa, em que mesmo sintomas de
incontinncia leves podem levar grande repercusso na qualidade de
vida. Em pacientes jovens o trauma perineal pode levar a grandes
leses anatmicas de assoalho plvico , com repercusses funcionais.
O tratamento cirrgico mais frequentemente realizado na incontinn-
cia anal a esfincteroplastia anal. Entretanto, em alguns pacientes,
devido falha ou inexistncia do corpo perineal, torna-se necessrio
associar tcnicas de reconstruo do corpo perineal ao reparo
esfincteriano convencional. Objetivo: apresentar 2 casos de recons-
truo de assoalho plvico associados incontinncia anal por trauma
perineal e apresentar a tcnica cirrgica. Mtodos e resultados: apre-
sentao de 2 casos de pacientes atendidas em nosso servio com
trauma perineal ( sendo uma delas ps parto e a outra ps violncia
sexual), encaminhadas por incontinncia anal onde foi diagnosticada
extensa leso perineal com acometimento esfincteriano e de corpo
perineal. As pacientes foram submetidas esfincteroplastia anal com
rotao de retalho cutneo glteo direito, para a reconstruo do
corpo perineal. O procedimento cirrgico ser demonstrado em figu-
ras esquemticas e fotos. O ndice de incontinncia anal variou de 12
no pr-operatrio para zero no ps operatrio tardio (primeira paci-
ente) e recente (30 dias) da segunda paciente, em escala de zero (con-
tinncia normal) vinte (incontinncia anal completa). Concluso: a
esfincteroplastia anal associada reconstruo do corpo perineal
uma alternativa eficaz no tratamento dos traumas perineais que apre-
sentam-se com leso de esfncter anal e corpo perineal tanto anatmica,
quanto funcionalmente.
TL100 - PERFIL PSICOLGICO DE PACIENTES COM DIS-
TRBIOS FUNCIONAIS COLORRETOANAIS: ESTUDO
QUANTITATIVO E QUALITATIVO
BRANDAO, AAR, JORGE, JMN, GUILGER, NR, NAHAS, SC,
CECCONELLO, I
1. FM-USP, Servio de Clon e Reto da Faculdade de Medicina da USP
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Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
Introduo: Distrbios funcionais do clon, reto e nus, em especi-
al a constipao intestinal, incontinncia anal e dor anorretal,
apresentam definio complexa que representa um desafio na abor-
dagem desses pacientes, que representa alto impacto na qualidade
de vida. Possui etiologia multifatorial, entretanto, estudos citam
que traos de personalidade, padres de comportamento, presena
e intensidade de depresso, estresse e ansiedade podem estar associ-
ados ao surgimentos desses distrbios. Com o intuito de investigar
os fatores psicolgicos presentes nesses distrbios, o MMPI IRF
( Inventrio Multifsico Minesota de Personalidade Improved
Readability Form) mostrou-se eficaz pois sua aplicabilidade no
discrimina idade e grau de escolaridade. Objetivo: Avaliar aspectos
psicolgicos envolvidos nos pacientes com distrbios funcionais
colorretoanais, em especial constipao intestinal, incontinncia
anal e dor anorretal. Mtodos: Foram avaliados 30 pacientes com
constipao intestinal, 30 com incontinncia anal, 30 com dor
anorretal e 30 do grupo controle. Para isso foi utilizada entrevista
aberta e aplicao do MMPI- IRF, composto de 167 proposies
divididas em: escalas de validade (dvida, mentira, erro e correo)
e escala clnica (hipocondria, depresso, histeria, desvio psicoptico,
masculinidade e feminilidade, parania, psicastenia, esquizofrenia,
hipomania e introverso- extroverso). Resultados: Pacientes cons-
tipados: 70% apresentaram alteraes elevadas na escala
hipocondria (escore aproximado 58), 65% na escala depresso e
histeria (escores de 70 e 62 respectivamente). Pacientes com in-
continncia anal: 60% obtiveram pontuao elevada na escala de-
presso (escore 74), 55% na escala histeria (escore 70) e 50% na
escala hipocondria (escore 72). Dor anorretal: 60% hipocondria
(escore 72), depresso (escore 68) e 50% histeria (escore 70). J o
grupo controle, embora tambm apresente elevao nas escalas
hipocondria, depresso e histeria, a pontuao oscila dentro da
faixa considerada normal (escore entre 50 e 55). Concluso: Este
estudo demonstra a presena de fatores psicolgicos envolvidos
nos distrbios funcionais colorretoanais, atestando, assim, a im-
portncia de se associar o acompanhamento mdico ao psicolgi-
co na abordagem desses pacientes.
TL101 - CORRELAO ENTRE ACHADOS PRESSRICOS
MANOMTRICOS E SINTOMATOLOGIA NA INCONTINN-
CIA FECAL
BALSAMO F, RAMACCIOTTI FILHO PR, CASTRO CAT,
POZZOBON BHZ, FORMIGA GJS
1. HH, Servio de Coloproctologia do Hospital Helipolis
Introduo: a perda do controle voluntrio das fezes constitui grande
problema social e de higiene. Afeta entre 1 e 15 % dos adultos impon-
do limitaes na qualidade de vida. A causa da incontinncia
multifatorial e por vezes, no se consegue estabelecer a etiologia da
disfuno, sendo necessrios mtodos diagnsticos complementares.
A manometria anorretal o exame mais largamente utilizado e permi-
te a mensurao de presses de repouso e contrao, assim como o
tamanho do canal funcional, capacidade, complacncia e pesquisa do
reflexo inibitrio retoanal. Objetivo: pesquisar a correlao entre acha-
dos pressricos manomtricos e a sintomatologia de incontinncia
fecal quanto ao seu grau de intensidade. Mtodo: estudo retrospectivo
em pacientes portadores de incontinncia fecal submetidos a
manometria anorretal no perodo de julho de 2005 a fevereiro de
2009. A incontinncia fecal foi classificada de acordo com o cleveland
clinic incontinence score. Foram analisadas idade, sexo, presena de
cirurgia abdominal ou anorreto-perineal prvias, antecedentes obst-
tricos e os achados manomtricos de presso de repouso e contrao,
capacidade, sensibilidade, tamanho do canal anal funcional e presena
do reflexo inibitrio retoanal. A anlise estatstica foi realizada segun-
do os testes de qui-quadrado, comparao de mdias anova one way e
correlao de pearson-spearman com valores significantes de p< 0,05.
Resultados: 92 pacientes dos quais 23 do sexo masculino e 69 do
feminino. 17,4% foram submetidos a cirurgias anorreto-perineais e
7,6% a cirurgias abdominais com anastomoses colorretais baixas. Se-
gundo a classificao cleveland clinic incontinence score, 29,3 %
apresentavam incontinncia leve, 65,2% moderada e 5,2% grave.
Houve correlao entre a intensidade da sintomatologia de inconti-
nncia com a diminuio das presses de repouso (p= 0,001). Entre-
tanto no identificamos tal correlao com as presses de contrao
(p= 0,482). Concluso: o aumento da intensidade da sintomatologia
de incontinncia fecal est relacionado a diminuio progressiva das
presses de repouso. O mesmo no foi constatado com as presses de
contrao na amostra estudada.
TL102 - COLECTOMIA TOTAL NO TRATAMENTO DAINRCIA
COLNICA
MATTOS, BMR, ROCHA, JJR, FRES, O, MARQUES, GS,
RIGHETTI, AEM, JACOMINI, C, ALMEIDA, ALNR, MOREIRA,
TC
1. FMRP-USP, Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto - USP
Introduo: a colectomia total por via abdominal com anastomose
leo-retal o procedimento de escolha para os pacientes com o
diagnstico definido de inrcia colnica, refratrio a tratamentos
convencionais conservadores. O objetivo do estudo foi analisar os
resultados da colectomia total em pacientes com constipao in-
testinal crnica por inrcia colnica, operados no hospital so
paulo e no hospital das clnicas da faculdade de medicina de ribeiro
preto durante o perodo de 2004 a 2009. Casustica e mtodos:
foram analisados os pronturios mdicos de 27 pacientes do sexo
feminino, com idade mdia de 50 anos (24 76). As principais
queixas foram desconforto e distenso abdominal, dificuldade para
evacuar e esforo no ato evacuatrio. O intervalo mdio entre as
evacuaes foi de 10,5 dias. Todas as pacientes apresentavam sin-
tomas h mais de 10 anos e referiam uso crnico de laxantes e
enemas. Cerca de 73% apresentavam fezes ressecadas, endurecidas
ou em cbalos, 64% haviam sido histerectomizadas. O enema opa-
co foi realizado em 84% dos casos, a alterao radiogrfica mais
relevante foi a redundncia do reto sigmide e o clon alongado, a
doena diverticular esteve presente em 54% dos exames. O tempo
de trnsito colnico foi solicitado para 63% (17) pacientes, em
todos o achado foi compatvel com inrcia colnica. Os procedi-
mentos cirrgicos foram a colectomia com anastomose leo-retal
ou leo-sigmide em 92% das operaes e ascendente reto
anastomose em dois casos (8%). Resultados: a avaliao quanto
satisfao dos pacientes com o resultado da operao demonstrou
que 14% muito satisfeito, 81% satisfeito, 4%(uma paciente) insa-
tisfeita, pois precisou reutilizar laxantes ocasionalmente. As com-
plicaes ps operatrias relevantes ficaram por conta das
reoperaes em 8 casos (20%), sendo 3 (11%) por lise de adern-
cias, 1 (3,7%) por hemoperitnio causado por soltura de ligadura
vascular, 1 por diverticulite de meckel no 2 ps operatrio e 1 por
hrnia incisional. Ao exame antomo patolgico, em 60% dos
casos foi observado diminuio neuronal e dilatao colnica. Con-
cluso: neste estudo, dentro do tempo de seguimento mdio de 3
anos e 7 meses houve alto ndice de satisfao com hbitos intesti-
nais muito favorveis. A taxa de obstruo intestinal ps operat-
ria de 11% aceitvel. Com base nesses resultados concluiu-se que
a colectomia total deve ser recomendada para pacientes com o
diagnstico definido de inrcia colnica.
33
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
TL103 - SISTEMA COMPUTACIONAL PARA AUXILIAR NO
ESTUDO DA INCONTINNCIA FECAL POR MEIO DA ANLI-
SE DE DADOS DE EXAMES DE MANOMETRIA ANORRETAL
FERRERO, C. A.1, MALETZKE, A. G.1, LEE, H. D.1, MACHADO,
R. B.1, COY, C. S. R.2, FAGUNDES, J. J.2, WU, F. C.1
1. LABI/UNIOESTE, Laboratrio de BIoinformtica/UNIOESTE2.
SC/FCM/UNICAMP, Servio de Coloproctologia/FCM/UNICAMP
Introduo: a manometria anorretal (ma) um dos exames mais utili-
zados no diagnstico e no acompanhamento da incontinncia fecal
(if). Essa afeco caracterizada pela perda do controle dos mecanis-
mos fisiolgicos de evacuao e contribui para o afastamento do con-
vvio social de um indivduo, repercutindo diretamente nas suas condi-
es psicolgicas e econmicas. Desse modo, torna-se importante o
estudo de parmetros, auxiliado por ferramentas computacionais, que
possam expressar de modo mais completo a biomecnica dos compo-
nentes fisiolgicos envolvidos na manuteno da continncia fecal.
Objetivos: apresentar um sistema computacional baseado na lingua-
gem r (lr) para anlise de dados de exames de ma, incluindo mtodos de
inteligncia computacional (ic), no intuito de auxiliar no estudo e
diagnstico do distrbio if. Mtodos: o sistema proposto est sendo
desenvolvido na lr, a qual consiste em uma linguagem de cdigo livre
(open source) que contm uma ampla quantidade de funes estatsti-
cas, matemticas e computacionais, e possibilita a construo de no-
vas funes, para dar auxlio na anlise mais completa de dados de ma.
Esse sistema constitudo de quatro mdulos: m1 para insero de
exames e preparao dos dados no formato adequado para anlise e
posterior delineamento de grficos presso vs. Tempo do exame, com
o intuito de realizar anlises preliminares; m2 para determinao de
parmetros que expressem a capacidade real da funo esfincteriana
anal, como a presso mxima de contrao e a capacidade de susten-
tao da contrao voluntria e de novos parmetros, como a energia
total acumulada no trabalho do esfncter anal; m3 para anlise inteli-
gente de dados por meio da construo de modelos e identificao de
padres utilizando mtodos de ic; m4 para realizao e visualizao,
de modo seguro, de experimentos cientficos pela web, possibilitando
a colaborao entre pesquisadores das instituies parceiras. Resulta-
dos: os mdulos m1 e m2 do sistema computacional foram desenvol-
vidos e testados por meio de estudo preliminar desenvolvido por espe-
cialistas do domnio. Os mdulos m3 e m4 esto em fase de desenvol-
vimento e teste em dados artificiais. Concluso: o sistema
computacional ir auxiliar no estudo do distrbio if e na identificao
de padres nos dados, por meio de mtodos de ic, que permitam dife-
renciar graus de if e, desse modo, apoiar no processo de tomada de
deciso associado ao diagnstico e ao acompanhamento de pacientes
com esse distrbio. Trabalho apoiado pelo CNPq.
TL104 - INJEO DE SILICONE PARA O TRATAMENTO DA
INCONTINNCIA ANAL.RESULTADOS LONGO PRAZO
LUCIA DE OLIVEIRA
1. PGRJ, Policlnica Geral do Rio de Janeiro
Objetivo: Avaliar os resultados a longo prazo da injeo de silicone
para o tratamento da incontinncia anal. Mtodos: Pacientes incon-
tinentes foram submetidos manometria e ultra-sonografia anorretal,
ndice de incontinncia (II) e instrumento de qualidade de vida (FIQL),
antes e aps injeo de silicone (PTQ) sob anestesia local e
antibioticoterapia venosa. Os critrios de incluso foram: incontinn-
cia anal, leso isolada ou mltipla do msculo esfncter interno do
nus, associada ou no leso isolada, em um quadrante, do msculo
esfncter externo do nus. O instrumento FIQL utilizado inclui quatro
domnios: estilo de vida, comportamento,depresso e constrangimen-
to. Os parmetros da manometria foram: presso mdia de repouso
(PMR), presso mdia (PMCV) e mxima (PmaxCV) de contrao
voluntria, zona de alta presso (ZAP) e ndice de assimetria (IA).
Aps trs meses de tratamento, os pacientes foram reavaliados atra-
vs do II, FIQL, manometria e ultra-sonografia anorretal. Aps 1 ano
e 4 anos os pacientes foram novamente avaliados clinicamente. Re-
sultados: Entre outubro de 2003 e maro de 2008, 32 pacientes, 27
mulheres e cinco homens foram submetidos a injeo de silicone para
o tratamento da incontinncia anal. As complicaes observadas in-
cluram dois hematomas ( 6,2%), um abscesso anal (3,2%), dor anal
em dois pacientes (6,2%) e dificuldade evacuatria em um paciente
(3,2%). Notou-se uma melhora do ndice mdio de incontinncia (p <
0,001) assim como uma melhora de todos os domnios estudados no
instumento FIQL (p<0,0001) em todos os pacientes nos primeiros 4
meses. O seguimento dos pacientes longo prazo demonstrou bons
resultados em 22 pacientes (69%).Dois pacientes faleceram por doen-
as no relacionadas incontinncia. No observamos extruso do
material em nenhum dos casos. A manometria no demonstrou altera-
es significativas nas presses de repouso e contrao,porm nota-
mos um significativo aumento da ZAP e IA nos pacientes que apresen-
taram melhora clnica com a injeo do silicone. A ultrassonografia de
canal anal confirmou a presena do silicone nos stios de injeo em
todos os pacientes. Concluso: Em casos selecionados, a injeo de
silicone para o tratamento da incontinncia um mtodo seguro e
proporciona uma melhora importante da qualidade de vida, mesmo
longo prazo.
TL105 - RESULTADOS DO TRATAMENTO DA INCONTINN-
CIA ANAL ATRAVS DA TCNICA DE BIOFEEDBACK
LUCIA DE OLIVEIRA
1. PGRJ, Policlnica Geral do Rio de Janeiro
Objetivo: avaliar os resultados do tratamento da incontinncia anal
atravs da tcnica de Biofeedback. Mtodos: Todos os pacientes fo-
ram submetidos previamente a avaliao clnica ( ndice de inconti-
nncia e intrumento de qualidade de vida) e fisiolgica( manometria e/
ou ultrassonografia). Pacientes com incontinncia leve a moderada
com ausncia de leses esfincterianas graves (defeito > 90 Graus)
foram encaminhados para Biofeedback anal. As sesses tem durao
de 40 minutos e constituem exerccios de reabilitao, biofeedback
prorpriamente dito e eletroestimulao anal e sacral. As sesses so
realizadas semanalmente por um perodo mdio de 5-10 semanas.Aps
o trmino das sesses, os pacientes so submetidos a nova avaliao
clnica atravs dos questionrios de incontinncia e qualidade de vida.
Resultados: 210 pacientes incontinentes foram submetidos tcnica
do Biofeedback anal com superviso semanal durante uma mdia de 5
semanas, sendo a maioria do sexo feminino. No foram observadas
complicaes. A melhora clnica ocorreu em 90% dos pacientes trata-
dos, principalmente nos que realizaram um total de 10 sesses: nota-
mos uma mudana significativa do ndice de incontinncia e do instru-
mento de qualidade de vida (p<0,05).Concluso: Em casos selecionados,
a tcnica de Biofeedback proporciona uma melhora significativa da
qualidade de vida dos pacientes incontinentes e deve ser a primeira
opo adotada.
TL106 - SNDROME DE DEFECACIN OBSTRUIDA. RESUL-
TADOS DEL TRATAMIENTO MEDIANTE LA TECNICA DE STARR
(SATPLED TRANS ANAL RECTAL RESECTION)
ROSATO, G
1. HUA / CEMIC, Hospital Universitario Austral/Hospital Universitario
CEMIC
34
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
Antecedentes: El sndrome defecacin obstruida (SDO) es una compleja
disfuncin del piso pelviano en relacin a la evacuacin rectal . El
rectocele anterior y la intususcepcin recto anal son sus alteraciones
anatmicas mas frecuentes. La tcnica de STARR ( Satpled Trans
Anal Rectal Resection), implica la reseccin completa de la pared
rectal (anterior y posterior) por via trans anal, mediante la utilizacion
de dos suturadores circulares de 33mm. Objetivo: Evaluar los resultados
de una tcnica quirrgica ,STARR, para el tratamiento del SDO. Lugar
de aplicacin o marco de referencia: Hospitales Universitarios / Pro-
vincial. Diseo: Prospectivo no randomizado Poblacin: Pacientes
del sexo femenino con un ndice de SDO superior a 12 sobre 37
posibles. Promedio de edad 52,42 aos (35 -72) . Mtodo: Desde Julio
del 2007 Junio de 2009 hemos implementado esta tcnica en 43
pacientes. Se incluyen para el analisis 42 de los 43 pacientes que
tienen 12 o mas semanas de post operatorio. Para evaluar el ndice de
defecacin obstruida se utilizo un cuestionario (modificado del ndice
ODSSS de la Sociedad Italiana de Ciruga de Colon y Recto) en el pre y
post operatorio . El seguimiento post operatorio fue de 13 meses
promedio (3-22) . Resultados: El ndice de SDO tuvo como promedio
19.2/37 (12/37-30/37) en el pre operatorio y de 1.88/37 (0/37-8/37)
en el post operatorio (p<0.0001). Conclusiones: El tratamiento con
la tcnica de STARR es efectivo y seguro. Es factible realizar el
tratamiento simultaneamente de otras disfunciones del piso pelviano
como:enterocele, histerocele,cistocele,colpocele,etc.
TL107 - USO DO TAMPO ANAL DE POLIURETANO
EXPANSVEL NA INCONTINNCIA ANAL:ESTUDO CLNICO,
FUNCIONAL E DA QUALIDADE DE VIDA
YUSUF, S.A.Y, PAULA, C.A.D, JORGE, J.M.N, KISS, R.K, NAHAS,
S. C, CECCONELLO, I
1. HCFMUSP, Hosp Clnicas da Fac Med Univ So Paulo
Introduo: apesar do avano no arsenal teraputico da incontinncia
anal h casos que se mostram refratrios a qualquer tipo de tratamen-
to, condicionando o paciente ao uso de protetores de vestes, uma
nova opo desenvolvida para essas situaes um tampo anal co-
nhecido como peristeen. Objetivo: avaliar a eficcia de um novo
modelo de tampo anal na incontinncia anal. Mtodo: os pacientes
foram submetidos avaliao clnica, incluindo o ndice de inconti-
nncia (ii, cleveland clinic), avaliao da qualidade de vida (fiql,
rockwood) foram includos no estudo pacientes com incontinncia
anal, sem leso esfincteriana grave e com capacidade de entender o
mtodo de utilizao do tampo. Foram excludos pacientes com diar-
ria e doenas anorretais inflamatrias ou neoplsicas aps o emprego
do tampo, foram avaliados o ndice de incontinncia anal, o ndice de
qualidade de vida e o grau de satisfao do paciente (escala de likert, 0-
10),. Resultados: no perodo de setembro e outubro de 2007, trinta
pacientes foram selecionados ao uso do peristeen. Nove (30%) paci-
entes apresentavam incontinncia idioptica e vinte e um (70%) apre-
sentaram etiologia traumtica (defeito esfincteriano). Observou-se
melhora em graus variveis na da perda fecal em 19 (63%) pacientes.
O ndice de incontinncia total reduziu de 14,32,8 para 7,6 1,5 aps
uso de peristeen e para 11,71,5 aps tratamento conservador os
valores pr e ps tratamento do ndice de qualidade de vida foram:
estilo social 2,41,1 e 2,91,1, constrangimento 2,00,8 e 2,71,1,
comportamento 2,1 0,7 e 3,0 1,2 e depresso 1,4 0,4 e 2,51,0.
O ndice de qualidade de vida esteve melhor aps o tratamento em 21
(70%) pacientes, e no se alterou, 9 (30%). Entre esses 2 (6,6%)
abandonaram o estudo na terceira semana. Quanto ao grau de satisfa-
o os valores mdios encontrados (0 10) foram: Introduo, retira-
da e manuseio do tampo: 3,8; 2,1 e 3,4 respectivamente. A nota
mdia atribuda pelo paciente ao tampo foi 6,1 e quanto segurana
do mtodo 7,3. Concluso: o mtodo mostrou-se eficaz no controle
da incontinncia anal em aproximadamente metade dos pacientes e
com aceitao pela maioria. Apesar de seu alto custo o emprego do
tampo anal peristeen representa alternativa aos pacientes em que
no houve resposta com outros mtodos teraputicos.
TL108 - RECONSTITUIO DO TRNSITO INTESTINAL: AN-
LISE DE 94 CASOS(1999-2009)
MAGNO, J.C.C., MAGALHES, J.P., FIGUEIREDO, G.M.P.,
ALMEIDA, D.G., SOUZA, C.M., NUNES. C.M.L.S., GONALVES,
J.C.N., SILVA, S.C.
1. HEGV-RJ, Hospital Estadual Getlio Vargas
Durante o perodo compreendido entre maro de 1999 a junho de
2009 foram submetidos reconstituio de trnsito 94 pacientes,
sendo 52 (55%) estomas em ala, 28 (29%) com estomas terminais e
14 (16%) estomas em dupla boca ou terminais + fstula mucosa. A
indicao predominante foi o trauma (46%), seguida da diverticulite e
neoplasias o enema opaco foi realizado na maioria dos pacientes,
associando-se a colonoscopia nos casos onde o enema opaco no foi
conclusivo. O preparo mecnico s deixou de ser realizado em 3
pacientes que foram submetidos reconstituio do trnsito de urgn-
cia em razo de prolapso encarcerado de colostomia em ala(2) e
dupla boca (1). O tempo mdio de cirurgia foi de uma hora e 50
minutos variando de 40 minutos at seis horas em um paciente porta-
dor de uma colostomia terminal e quatro cirurgias prvias. Na avalia-
o radiolgica pr-operatria identificamos dois casos de colite por
desfuncionalizao com reduo significativa da luz do intestino que
determinaram alterao do planejamento cirrgico. Em dois casos de
anastomose colo-retal baixa, foi feita ileostomia de proteo e esses
pacientes evoluram sem intercorrncias. O acesso cirrgico, na gran-
de maioria dos casos, foi por intermdio de incises elpticas peri-
estomais nas colostomias em ala e por inciso oblqua trans-estomal
nas colostomias terminais. As laparotomias medianas foram indicadas
nos obesos e nos pacientes com coto retal de tamanho reduzido. A
maioria das reconstituies de estomas terminais foi efetuada por
anastomose mecnica, enquanto os estomas em ala foram
reconstitudos manualmente a principal complicao foi a infeco da
ferida operatria em 9 casos (9,5%). Fstula estercoral ocorreu em 5
casos (5,3%), e em dois casos (2%) - um estoma em ala e um estoma
terminal - houve deiscncia de anastomose que necessitou de reoperao
com nova derivao intestinal. Conclumos que a reconstituio do
trnsito intestinal representa um procedimento cirrgico algumas ve-
zes bastante complexo, especialmente nos obesos e nos pacientes
com mltiplas cirurgias prvias sendo que a possibilidade de uma nova
derivao deve sempre ser discutida com os pacientes com estomas
terminais.
TL109 - ABSCESSO PELVI-RETAL
MAGNO, J.C.C., SILVA, L.F.R., FIGUEIREDO, G.M.P., MAGA-
LHES, J.P., NUNES, C.L.S, SOUZA, C.M., DELFINO, A.B.M.,
ALMEIDA, D.G.
1. HEGV, Hospital Estadual Getlio Vargas
Os abscessos plvicos em coloproctologia so normalmente devidos
s complicaes das anastomoses colo-retais, sendo sua abordagem
bem definida pela experincia dos servios de coloproctologia. Entre-
tanto, a literatura especializada exibe descries de casos espordicos
de com-plicaes spticas graves, at mesmo com evoluo para o
bito, de celulite plvica aps liga-dura elstica de hemorridas ou de
hemorroidectomia, havendo relato, inclusive, de um caso com evolu-
35
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
o para amputao abdomino-perineal do reto aps
hemorroidectomia (dis colon & rectum 2004; 47:1729-1733) e inci-
dncia de sepsis plvica como complicao de anopexia mecnica
com o pph. Nos ltimos dez anos enfrentamos duas situaes peculi-
ares de sepsis plvica. O primeiro caso foi de paciente que introduziu
um cabo de vassoura pelo nus e teve diagnosticado, durante laparotomia
realizada pelo servio de emergncia, uma leso de sigmide que foi
exteriorizada. Durante o po evoluiu com sepsis plvica decorrente de
duas leses de reto que passaram despercebidas na abordagem inicial,
evoluindo para o bito a despeito de rein-tervenes que culminaram
com a amputao abdominoperineal do reto. O segundo paciente deu
entrada com abscesso squio-retal relacionado com trauma pelo uso de
pomada proctolgica com aplicador de plstico e que foi drenado aps
trs dias de permanncia no setor de emergncia. Evoluiu na enferma-
ria com sepsis plvica, mimetizando abdome agudo. A tc exibia gs e
coleo em regio plvica. Durante a laparotomia realizamos a drena-
gem plvica e foi indicada a peritoneostomia, tanto pela possibilidade
de sndrome de compartimento pela distenso acentuada das alas
quanto pelo melhor controle da drenagem plvica, com cinco
reoperaes para resoluo do quadro infeccioso. Nenhum dos pacien-
tes era hiv +. Conclumos que tanto o diagnstico quanto o momento
cirrgico demandam investigao exaustiva e planejamento cuidadoso
para minimizar a morbidade ps-operatria, especialmente pelo fato
da baixa incidncia de casos similares descritos na literatura, sendo a
discusso conjunta das experincias dos diversos servios uma contri-
buio decisiva para a adoo de uma linha de ao bem fundamentada.
TL110 - FLEGMO URINOSOFECAL COMO FATOR
DESENCADEANTE DA SNDROME DE FOURNIER
MAGNO, J.C.C., MAGALHES, J.P., FIGUEIREDO, G.M.P., SILVA,
L.F.H., GONALVES, J.C.N., SILVA, S.C., ALMEIDA, D.G., SOUZA,
C.M.
1. HEGV, Hospital Estadual Getlio Vargas
No perodo compreendido entre janeiro de 2000 e junho de 2009,
tratamos de 23 pacientes com sndrome de fournier, sendo dezenove
do sexo masculino. A fascite teve origem ano-retal em dezesseis casos
(70%), urogenital em cinco (22%), perineal em um e no identificada
em um. Um dos casos de origem urogenital foi em paciente portador
de fstula colo-vesical que evoluiu com flegmo urinoso-fecal em ra-
zo de leso da uretra bulbar decorrente da insuflao inadequada do
balo de sonda three-way naquele segmento uretral. Em razo de ml-
tiplas comorbidades o paciente evoluiu para o bito a despeito do
amplo desbridamento, cuidados de terapia intensiva e reviso cirrgica
quando da progresso da fascite. Dentro de nossa casustica a diabetes
foi a comorbidade mais freqente (61%) seguida do alcoolismo e uso
de drogas ilcitas (22%). A exemplo do caso em tela, os pacientes que
evoluram para o bito foram os que tiveram o maior hiato de tempo
entre o incio dos sintomas e o incio do tratamento apropriado.
Realizamos derivao intestinal em quinze pacientes (65%) e esse
procedimento foi indicado nos casos com significativo comprometi-
mento esfincteriano, leses de reto e fstula colo-vesical. A taxa de
mortalidade foi de 35% e a mdia de permanncia hospitalar foi de
51,6 dias. Conclumos que de suma importncia uma abordagem
precoce e agressiva nos casos de fascite necrotizante e que a perda do
momento cirrgico pode representar o aumento significativo da mor-
talidade que costuma ser bastante elevada nesse tipo de patologia.
TL111 - TRATAMENTO CIRRGICO CONCOMITANTE DO
MEGAESFAGO E MEGACLON CHAGSICOS - EXPERI-
NCIA DO SERVIO
FAGUNDES, JJ, OLIVEIRA, PSP, CAMARGO, MA, LEAL, RF,
AYRIZONO, MLS, ANDREOLLO, NA, LOPES, LR, COY, CSR
1. UNICAMP, FACULDADE DE CIENCIAS MEDICAS DA UN ES-
TADUAL DE CAMPINAS
Introduo: o acometimento simultaneo do esfago e clon pela do-
ena de chagas frequente em nosso meio e o tratamento cirrgico
concomitante dessa afeces pode ser uma forma de resoluo dos
sintomas. Objeivos: relatar a experincia do grupo de coloproctologia
- unicamp com o tratamento concomitante do megaesfago e
megaclon chagsicos. Mtodos: anlise retrospectiva dos pacientes
submetidos a este procedimento no hc-unicamp entre janeiro de 1993
e abril de 2008. Resultados: foram operados 16 doentes (8 mulheres e
8 homens) , com mdia de idade de 54,1 (37 69)anos. Trs eram
tabagistas, 5 hipertensos, 1 etilista e com antecedente de tuberculose
e outro apresentava pneumonia de repetio. Seis (37,5%) pacientes
tinham cirurgia prvia, 4 para megaclon e 2 para megaesfago. A
tcnica cirrgica empregada para o tratamento do megaesfago foi
heller associada a fundoplicatura a pinotti em 15 (93,7%) e nova
cardiomiotomia nos casos de recidiva (6,3%). Para o tratamento do
megaclon, 9 (56,2%) foram submetidos a duhamel com anastomose
mecnica, 6 (37,5%) a duhamel- haddad e 1 (6,3%) a duhamel com
abaixamento do clon direito. O tempo cirrgico mdio foi de 6h e 30
min , sendo 2 cirurgias realizadas por via laparoscpica e as nicas
complicaes intra-operatrias ocorreram nestas (leso inadvertida
do reto com converso a laparotomia e leso do ureter direito no
diagnosticada no intra-operatrio). As complicaes ps-operatrias
imediatas foram pneumonia e fstula urinria (tratada com cateter
duplo j) em 1 doente, abscesso plvico em 1 e abdome agudo
obstrutivo decorrente de bridas em outro. A mortalidade foi nula e os
pacientes receberam alta em mdia no 9. Po. Nove (56,2%) doentes
mantem acompanhamento ambulatorial (1 com estenose completa
da anastomose, submetido a derivao em outro servio, 2 com disfagia
para slidos e os demais assintomticos). Concluso: o tratamento
cirrgico concomitante do megaesfago e megaclon chagsicos
factvel e apresenta resultados satisfatrios.
TL112 - PREDIZENDO INFECES PS-OPERATRIAS
INTRA-ABDOMINAIS COM UM NOMOGRAMA
CAMPOS-LOBATO, L.F.1, WELLS B1, WICK,E.2, PRONTY K1,
KIRAN PR1, REMZI FH1, VOGEL, J.D.1
1. CCF, Cleveland Clinic - Ohio2. JHU, Johns Hopkins University
PREDIZENDO INFECES PS-OPERATRIAS INTRA-
ABDOMINAIS COM UM NOMOGRAMA Campos-Lobato LF, Wells
B, Wick EC, Pronty K, Kiran RP, Remzi F e Vogel JD Department of
Colorectal Surgery Cleveland Clinic Cleveland/OH USA Introduo:
Infeces intra-abdominais figuram entre as mais temidas
complicaes ps-operatrias em coloproctologia. Alm do mais,
causam alta morbimortalidade e aumentam o custo hospitalar. Deste
modo, a identificao correta e precisa dos pacientes predispostos a
tal complicao de suma importncia. Objetivo: Criar um nomograma
capaz de estimar o risco de infeces intra-abdominais ps-operatrias
em pacientes submetidos resseces do intestino delgado, clon ou
reto. Mtodos: A base de dados nacional do American College of Sur-
geons National Surgical Quality Improvement Program (ACS-
NSQIP) foi utilizada para identificar pacientes submetidos a reseces
do intestino delgado, clon ou reto nos anos de 2006 e 2007. As
seguintes variveis dos pacientes operados em 2006 (N=12.373) fo-
ram utilizadas para construir o nomograma: idade, gnero, ndice de
massa corporal, ndice de sociedade americana de anestesia, tabagismo,
diabetes, uso de esteroides, radioterapia ou cirurgia abdominal nos
36
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
ltimos 30 dias, creatinina e albumina pr-operatrias, tcnica
cirrgica (laparoscpica vs. convencional), classificao da ferida,
transfuso perioperatria e segmento intestinal ressecado. Foram
excludos pacientes em ventilao mecnica, dilise, spticos e
aqueles que, ao serem reoperados, j apresentavam infeco de
ferida. O nomograma foi ento aplicado e validado nos pacientes
operados em 2007 (N=7,802). Resultado: Aps ser validado em
uma populao diferente, o nomograma atingiu um ndice de
concordncia de 0,65 e foi utilizado para criar um estimador de
risco on-line de acesso gratuito: www.clinicriskcalculators.org.
Concluses: Este inovador e validado nomograma til para estimar
o risco de infeces intra-abdominais ps-operatrias nos pacientes
submetidos resseces do intestino delgado, clon ou reto. Alm
disso, seu uso simplificado pelo estimador de risco online.
Identificao e consequente modificao dos fatores de risco so
outros usos potenciais deste nomograma.
TL113 - ANLISE DA PREVALNCIA DE ENTIDADES
COLOPROCTOLGICAS NOS PACIENTES IDOSOS DO
SERVIO DE COLOPROCTOLOGIA DE UM HOSPITAL
UNIVERSITRIO
MARTINS, J.F., ROCHA, J.G., SARTOR, M.C., STECKERT,J.S.,
STECKERT, A.S., MIRANDA, E.F., GUIMARES, P.R., KOTZE,
P.R.
1. SeCoHUC - PUCPR, Pontifcia Universidade Catolica do Parana
Introduo: projees mostram que em 2020, os idosos constituiro
cerca de 13% da populao brasileira. Esta transformao no ape-
nas demogrfica, mas tambm epidemiolgica. H real necessidade de
maior compreenso da prevalncia de determinadas doenas na faixa
etria geritrica. Objetivo: avaliar queixas e diagnsticos em
coloproctologia mais prevalentes na populao acima de 60 anos,
comparando-os com os de idade inferior. Avaliar o nmero de idosos
encaminhados a procedimentos cirrgicos, suas comorbidades e anali-
sar as complicaes cirrgicas, comparando-as ao grupo controle.
Mtodo: reviso de pronturios do ambulatrio de coloproctologia do
hospital universitrio cajuru. Pacientes foram divididos em dois gru-
pos: maiores de 60 anos de idade (idosos grupo I) e menores de 60 anos
(controles grupo II). Os achados foram comparados entre os grupos.
Resultados: foram includos 1126 pacientes, 19,36% com mais de 60
anos. O nmero mdio de queixas no grupo i foi de 1,21. As queixas
mais freqentes nos idosos, com significncia estatstica foram: dor
abdominal, constipao, diarria e sangue oculto positivo. As doenas
mais freqentes no grupo i foram: doena diverticular dos clons,
plipos colnicos e cncer colorretal. No grupo I 58,36% apresenta-
vam alguma comorbidade. No houve diferena significativa entre os
grupos em relao s indicaes cirrgicas ou em relao s complica-
es ps-operatrias. Concluses: os pacientes idosos apresentaram
maior nmero mdio de doenas diagnosticadas do que o grupo con-
trole. Apresentaram tambm maior nmero de queixas colnicas e
comorbidades associadas. No houve diferena entre os dois grupos
em relao s indicaes cirrgicas e s complicaes ps-operatrias.
TL114 - HRNIA SACRAL RELATO DE CASO
MIRANDA, E.F., KOTZE, P.G., MARTINS, J.F., STECKERT, J.S.,
FREITAS, C.D.
1. HUC PUC/PR, Hospital Cajuru- PUC/PR
Introduo: pacientes com coccigodinia frequentemente consultam
com vrios especialistas: ortopedistas, ginecologistas, neurologistas e
coloproctologistas. Coccigodinia orgnica resulta de uma rigidez da
articulao sacro-coccgea. O tratamento de escolha o conservador,
e, se aps seis meses no apresentar melhora, a cirurgia est indicada.
Dentre as complicaes citadas, a hrnia sacral uma elas. Mas trata-
sede uma apresentao rara, encontrada somente alguns poucos rela-
tos na literatura mundial. Objetivo: relatar a correo cirrgica de uma
hrnia sacral aps sacrectomia. Relato de caso: ngl, feminina, 48
anos. Iniciou h 4 anos dor na regio sacro-coccgea, e foi submetida
a dois procedimentos ortopdicos cirrgicos para dor crnica em ou-
tro servio: cocciectomia e sacrectomia. Aps o ltimo procedimento
relatado, evoluiu com aumento de volume de volume local. Tambm
em outro servio, submeteu-se a uma puno local com drenagem de
secreo fecalide. Foi encaminhada ento para o servio de
coloproctologia, que, aps avaliao, diagnosticou-se uma hrnia sacral.
Realizada, ento, tomografia computadorizada (tc) de pelve que evi-
denciou densificao da gordura perirretal e prolabamento da parede
retal posterior na regio pr-sacral. Confeccionada a correo cirrgi-
ca da hrnia sacral com utilizao de tela de ptfe, resseco do frag-
mento isqumico da pele e correo do defeito com retalho cutneo v-
y. Concluso: herniao do reto atravs da regio pr-sacral ocorre
incomumente. O diagnstico sugerido pela clnica do paciente, que
apesenta aumento de volume local, e s vezes constipao . confir-
mado por exames de imagem como a tc ou enema opaco. Como
demonstrado, o defeito hernirio pode ser corrigido com auxlio de
telas com sucesso.
TL115 - RESULTADOS DO REPARO PRIMRIO DA
DEISCNCIA ANASTOMTICA COM DERIVAO
PROXIMAL
NARITA K, BASHANKAEV B, SILVA E, PINTO RA, CANEDO JA,
ROSEN L, WEISS EG, WEXNER SD
1. CCF, Ceveland Clinic Florida
Introduo: a deiscncia de anastomose uma das complicaes da
cirurgia colorretal mais associadas a significantes ndices de morbidade
e mortalidade. Sua abordagem precoce ainda e motivo de debate entre
os cirurgies. Objetivo: avaliar o reparo primrio de deiscncia
anastomtica com derivao proximal comparado ao procedimento
de hartmann. Metodos: estudo retrospectivo dos dados
prospectivamente armazenados. Selecionados pacientes que foram
submetidos reoperao, por deiscncia anastomtica, dentro do pe-
rodo de 30 dias de ps operatrio, entre 2001 e 2008. Os pacientes
foram classificados de acordo com o procedimento em grupo i (reparo
primrio com derivao proximal) e grupo ii (cirurgia de hartmann).
Outros tipos de abordagens como resseco/re-confeco da anastomose
ou apenas derivao proximal, foram excludas. Resultados: trinta e
dois dos 3351 pacientes que foram submetidos cirurgia colorretal
com anastomose foram reoperados por deiscncia anastomtica (0.
95%). Dez pacientes foram excludos pelos critrios supracitados. Os
22 pacientes restantes foram divididos em gi e gii. Idade, gnero, imc,
asa, tabagismo, diabetes, uso de imunossupressores/esterides foram
comparados em ambos os grupos. As principais indicaes cirurgicas
foram doena inflamatria intestinal, neoplasia e outras. Deiscncia
anasomtica ocorreu aps entero-enteroanastomose, (2 vs. 1), leo-
clon anastomose,(5 vs. 7), leo-reto anastomose, (3 vs. 1) e clon-
reto anastomose, (1 vs. 2), em gi e gii, respectivamente. No perodo
referente reoperao, o escore asa foi maior no gii (mdia 2,5 vs.
3,4; p=0,02), porm, durante a cirurgia a perda sangunea e o tempo de
internao no foram significantemente diferentes. No houve dife-
rena estatstica em relao a complicao aps a reoperaes nos
dois grupos. Houve um caso de bito no gii. Sete pacientes do gi e 5
pacientes do gii tiveram seus estomas revertidos, sendo o intevalo de
tempo menor no gi (133,1 vs. 233,3 dias; p=0,03). Ao fechamento do
37
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estoma, o gi apresentou menor perda sangunea (mdia 42 vs. 233 ml;
p=0,05). No houve diferena estatisticamente significante, entre
ambos os grupos, relativa ao tempo de cirurgia ou ao tempo de
internao hospitalar. Concluso: o reparo primrio da deiscncia
anastomtica com derivao proximal foi factvel e seguro quando
comparado com a, mais tradicional, cirurgia de harmann.
TL116 - LOCALIZAO ATPICA DE ENDOMETRIOSE DO
TRATO GASTROINTESTINAL: RELATO DE CASO E REVISO
DE LITERATURA
BASSO, M.P., LIMA, R.G.M., CHRISTIANO, A.B., LUPORINI, R.L.,
SIPRIANI JR, L.V., MARCIANO, M.R., CUNRATH, G.S., NETI-
NHO, J.G.
1. FAMERP, Faculdade De Medicina de So Jos do Rio Preto
Introduo:endometriose caracterizada pelo desenvolvimento de
tecido endometrial funcionante fora da cavidade uterina, acometen-
do cerca de 8% a 15% das mulheres, sendo o envolvimento
gastrointestinal observado em 12% a 37% dos casos. O acometi-
mento do apndice cecal um dos menos comuns do trato
gastrointestinal. Objetivo: apresentar o caso de uma paciente com
dor crnica abdominal causada por endometriose de apndice e revi-
sar literatura. Mtodos: reviso de informaes sobre o caso em
questo com adio e comparao de informaes de trabalhos pu-
blicados. Relato de caso: paciente do sexo feminino, 44 anos, me de
5 filhos, apresentando dor abdominal localizada em fossa ilaca di-
reita h 2 anos. Realizada investigao diagnostica atravs de
ultrassonografia, ressonncia nuclear magntica, colonoscopia e
marcadores tumorais. Dado o diagnstico, foi ento submetida a
colectomia direita associada a salpingo-ooforectomia ipsilateral por
uma massa de aproximadamente 4 cm de dimetro em ceco, acome-
tendo apndice cecal e ovrio direito. Discusso: a sintomatologia da
endometriose intestinal variada, dependendo da localizao aco-
metida. Quando o tecido ectpico est localizado no ceco e apndice
cecal, as pacientes podem se dividir em quatro grupos: pacientes
apresentando apendicite aguda, pacientes com invaginao
apendicular, pacientes com sintomas atpicos como clica, nuseas
e melena, e pacientes assintomticas. A investigao diagnstica
pode ser feita com a realizao de exames de imagem e geralmente
apresenta o marcador tumoral ca 125 em nveis elevados, porm o
diagnstico definitivo feito com estudo anatomo patolgico da
pea. O tratamento feito com hormonioterapia ou resseco cirr-
gica do tecido endometrial ectpico.
TL117 - ATUALIZAO DA CASUSTICA DE
ULTRASSONOGRAFIA ANORRETAL DO SERVIO DE
COLOPROCTOLOGIA DO HOSPITAL SO RAFAEL
SILVA, AAM, CUNHA, PDP, SOUZA, ELQ, CODES, LMG,
BACELLAR, MS, ZARO FILHO, EM
1. HSR, Servio De Coloptoctologia do Hospital So Rafael
Introduo: a ultrassonografia de reto e canal anal vem sendo
gradativamente mais utilizada para a avaliao de patologias anorretais,
tendo suas principais aplicaes no estadiamento de neoplasias de reto
e canal anal, com impacto na deciso teraputica, na avaliao de
leses esfincterianas e no diagnstico de alteraes supurativas.
Objetivo: apresentar a atualizao da casustica de ultrassonografia
anorretal do servio de coloproctologia do hospital so rafael. Mto-
do: foram analisadas retrospectivamente todas as ultrassonografias de
reto e canal anal realizadas de fevereiro de 2007 at maio de 2009.
Utilizou-se aparelho merlin 1101 (b-k medical) com transdutor endoanal
de 10 mhz. Resultados: no perodo acima descrito obteve-se um total
de 254 exames entre usg de canal anal e retal. Houve uma discreta
predominncia de mulheres em relao a homens, correspondendo a
56,7% e 43,3% respectivamente. A idade variou de 17 a 88 anos, com
uma mdia de 51 anos. Em relao ao diagnstico observou-se 26,75%
(69) fstulas perianais, 25,58% (66) leses esfincterianas, 11,63%
(31) tumoraes de reto, 7,36% (19) colees, 7,36% (19)
espessamentos de tecido subepitelial, 2,33% (5) tumoraes de canal
anal, 0,78% (2) tumoraes retrorretais, 5,04% (13) outros diagns-
ticos e 13,17% (34) exames normais. Em relao ao estadiamento
neoplsico, no canal anal todas as leses foram ut2n0; e no reto
obtivemos predominncia de ut3n0 (40%). Nas leses esfincterianas
observou-se 45,2% (30) de leses esfincterianas mistas, 33,9% (22)
de leses de esfncter interno e 20,9% (14) de leses de esfncter
externo. Concluso: cada vez mais temos utilizado a ultrassonografia
anorretal na avaliao de diversas patologias coloproctolgicas com
boa aplicao nas medidas teraputicas, principalmente na avaliao
das fstulas e neoplasias de reto e canal anal.
TL118 - ADENOCARCINOMA DA BOLSA DE KOCK NA
POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR: RELATO DE UM
CASO
YAMAGUCHI, N., YAMAGUCHI, G.S.A., BORBOREMA, J.F.V, GO-
MES, J.W.F., OBA, V.S., VILARINHO, E.B.
1. HSPE - SP, Hospital do Servidor Pblico Estadual de So Paulo
O adenocarcinoma de leo raro mesmo em paciente com polipose
adenomatosa familiar. Apesar disso, houve um aumento nos relatos de
adenocarcinoma de leo nestes pacientes. Estes relatos so na maioria
de cncer na mucosa ileal de reservatrios plvicos, ileostomias ter-
minais brooke e bolsa de kock. Em funo da raridade dos casos e dos
aumentos recentes das publicaes sobre cncer de leo em pacientes
com polipose adenomatosa familair, este estudo tem por objetivo
relatar um caso de adenocarcinoma na mucosa ileal da bolsa de kock
em uma paciente com polipose adenomatosa familiar submetida a
proctocolectomia total com bolsa de kock h trinta e seis anos. A
apresentao clnica da paciente foi de sangramento pela ileostomia
associado a alterao da mucosa evertida da ileostomia. Aps a bipsia
foi constatado adenocarcinoma e a paciente submetida a resseco da
bolsa de kock em monobloco com pele, tecido celular subcutneo e
parte da aponeurose sendo, ento, confeccionado uma ileostomia ter-
minal a brooke. O anatomopatolgico da pea cirrgica mostrou tra-
tar-se de adenocarcinoma moderadamente diferenciado infiltranto at
a camada muscular sem comprometimento linfonodal. A paciente
apresentou boa evoluo ps operatria. H poucas dezenas de casos
relatados na literatura de linga inglesa de carcinoma na ileostomia de
pacientes com polipose adenomatosa familiar. Acredita-se que o au-
mento recente deva-se por metaplasia colnica na mucosa ileal em
funo da estase fecal nesta rea. O trabalho mostrou um caso raro de
adenocarcinoma na bolsa de kock em paciente com polipose
adenomatosa familiar trinta e seis anos aps a proctocolectomia total
com boa evoluo ps operatria.
TL119 - TUMOR DESMIDE AGRESSIVO INTRA-ABDOMI-
NAL EM PACIENTE COM SNDROME DE GARDNER COM
BOA RESPOSTA AO TRATAMENTO QUIMIOTERPICO RE-
LATO DE CASO
FIGUEIREDO PHM1, BONARDI MA1, VIANNA KCM2, CLOSS
MCK1, CASTRO FJG1, AURICHIO, RAE1
1. ISCMC, Irmandade Santa Casa de Misericrdia de Curitiba2. CIOC,
Centro Integrado de Oncologia de Curitiba
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Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
Introducao: os tumores desmoides afetam cerca de 15 a 20% dos
pacientes com polipose adenomatosa familiar. No h ate o mo-
mento uma terapia presumidamente eficaz no tratamento dos tumo-
res desmoides intraabdominais quando irressecaveis. Objetivo: des-
crever a historia natural e conduta teraputica no tratamento de
tumor desmoide agressivo estdio iv em um paciente com sndrome
de gardner. Metodo: paciente de 20 anos com mltiplos plipos
adenomatosos e osteomas de crnio, foi submetido a colectomia
total profiltica videolaparoscopica. Aps cerca de 10 meses evoluiu
com tumor desmoide intra-abdominal com crescimento rpido ate
25cm de dimetro. Submetido a resseco cirrgica porem aps cer-
ca de 30 dias o tumor cresceu rapidamente ao tamanho pr-operatorio
apesar da combinao de sulindac e tamoxifeno em altas doses. O
paciente foi ento encaminhado a quimioterapia sendo submetido a
9 ciclos de metotrexate e vimblastina sem resposta seguido ento a
terapia de segunda linha com dacarbazina e doxorubicina com regres-
so de mais de 50% do tumor aps o 3 ciclo. Concluso: doxarubicina
e dacarbazina se apresenta como estratgia teraputica promissora
nos tumores desmoides intra-abdominais irressecaveis estdio iv ,
que no respondem ao tratamento com hormnios (tamoxifeno) e
anti-inflamatorios no hormonais (sulindac) em pacientes com
polipose adenomatosa familiar.
TL120 - ANLISE DOS CASOS DE HRNIA PARAESTOMAL
TRATADOS CIRURGICAMENTE NO HOSPITAL DA SANTA
CASA DE SO PAULO
FORMIGA, F.B., CREDIDIO, A.V., FANG, C.B., KLUG WA
1. SCMSP, Santa Casa de Misericrdia de So Paulo
Introduo: o surgimento da hrnia paraestomal uma condio que
est diretamente relacionada tcnica de confeco do estoma.
Cerca de 30% dos pacientes necessitaro de algum tipo de procedi-
mento cirrgico para sua correo e alvio dos sintomas. Objetivos:
anlise descritiva dos casos de pacientes portadores de hrnia
paraestomal submetidos correo cirrgica com colocao de tela
no hospital da santa casa de misericrdia de so paulo (scmsp).
Mtodos: anlise retrospectiva dos pacientes tratados de forma ci-
rrgica com colocao de tela, no perodo de janeiro de 2007 a junho
de 2008 na scmsp. Resultados: foram analisados 6 pacientes, sendo 1
do sexo masculino e 5 do sexo feminino, com idade variando entre
56 e 80 anos (mdia 67,3) e todos eles com ndice de massa corprea
(imc) igual ou superior a 25. Os tipos de estomas encontrados foram
4 sigmoidostomias terminais, 1 sigmoidostomia em ala e 1 indiana
pouch, sendo que 3 casos estavam associados a prolapso de ala . O
intervalo de tempo entre o procedimento cirrgico inicial e o
surgimento da hrnia variou de 7 meses a 6 anos, sendo que 2 pacien-
tes j haviam sido previamente submetidos cirurgia para correo
de hrnia paraestomal, porm sem tela e apresentaram recidiva.
Todas as estomias haviam sido confeccionadas atravs do msculo
reto abdominal e todos os pacientes foram submetidos mesma
tcnica cirrgica para correo da hrnia, com colocao de tela de
polipropileno, associando-se a resseco segmentar de ala nos ca-
sos de prolapso. Como complicao ps-operatria observou-se
apenas 2 casos de infeco de ferida operatria. Aps a correo
cirrgica da hrnia, os pacientes foram acompanhados
ambulatorialmemte por um perodo que variou de 6 a 28 meses,
constatando-se recidiva da hrnia em apenas 1 paciente, estando
este no 4 ms de ps-operatrio. Concluso: a hernioplastia
paraestomal com colocao de tela uma boa opo teraputica,
apesar do grande receio dos cirurgies quanto ao surgimento de in-
feco e complicaes associadas, uma vez que se trata de procedi-
mento cirrgico contaminado.
TL121 - PERFIL DE PLIPOS CLICOS EM SERVIO DE
COLOPROCTOLOGIA
RODRIGUES, LV1, REGADAS, FSP1, MURAD-REGADAS, SM1, RI-
BEIRO, FJC1, BUCHEN, GM1, SURIM, WS1, NOGUEIRA, FR1,
SILVEIRA, WM1
1. UFC, Universidade Federal do Cear2. CCC-HSC, Centro de
Coloproctologia do Cear-Hospital So Carlos
Introduo: os plipos classificam-se em neoplsicos (adenomas),
hamartomatosos, inflamatrios ou hiperplsicos e quanto forma,
em ssseis ou pediculados. A polipectomia mandatria possibili-
tando estudo histopatolgico pois reconhecida a associao de
plipos adenomatosos e cncer colorretal. Objetivos: demonstrar
aspectos demogrficos dos paciente submetidos polipectomia
endoscpica e as caractersticas dos plipos. Mtodos:foram avali-
ados retrospectivamente os relatrios de 254 pacientes submetidos
polipectomia endoscpica e analisados o tipo, tamanho e locali-
zao dos plipos. Alm disso,foram revisados os laudos
histopatolgicos. Resultados: dos 254 pacientes, foram realizadas
423 polipectomias endoscpicas. Desses, 61% eram do sexo
masculino(mdia de idade 61 anos) e 39% do sexo feminino( mdia
de idade 57 anos). Quanto forma,93% eram ssseis e 7%
pediculados. Em 35%, os plipos localizavam-se no reto, 14% no
sigmide, 3% no clon transverso e 3% em transio retossigmide.
Os plipos variaram de 1 mm a 50 mm( media 3,7 mm). Em
relao ao tipo histolgico, um total de 45% dos plipos foram
imflamatrios, 35% adenomas tubulares, 14% plipos hiperplsicos,
3% adenomas tubulo-vilosos, 1% adenomas vilosos, 1%
adenocarcinoma e 1% adenomas mistos. Concluso: os plipos
foram mais freqentes no sexo masculino, e em pacientes acima de
50 anos. A localizao mais comum foi no reto, sendo os plipos
inflamatrios e hiperplsicos os mais freqentes.
TL122 - TRATAMENTO CIRURGICO DA HIDRADENITE
SUPURATIVA
LIORCI MP, POZZOBON BHZ, FONSECA MFM, FORMIGA GJS
1. HH, Servio de Coloproctologia do Hospital Helipolis
Introduo: hidradenite supurativa uma doena crnica, recorrente
que afeta as glndulas sudorparas apcrina e mistas. Apesar de ter
caractersticas benignas, quando extensa e recidivante , necessita de
tratamento cirrgico na maioria dos casos. Objetivo: avaliar o trata-
mento, evoluo e recidiva da hidradenite supurativa em nosso servi-
o. Mtodo: foram avaliados retrospectivamente, 27 paciente com
hidradenite supurativa quanto ao sexo, idade, local de acometimento,
tcnica realizada, regio acometida, nmero de internaes, cirurgia
plstica, recidiva, necessidade de colostomia e hbitos. Resultados:
vinte e cinco (96,1%) pacientes eram do sexo masculino, com mdia
etria de 48,6 anos. As localizaes mais frequentes foram perineal
(76,9%) e gltea (65,3%). O tratamento cirrgico de escolha foi
resseco em bloco com fistulotomia e curetagem (46,1%). Do total,
seis (23%) foram tratados com enxertia e trs (11,5%) com retalho.
A mdia de internaes foi de duas por paciente. A recidiva foi de 23%.
Nenhum caso necessitou de colostomia derivativa. Vinte e um (81,5%)
pacientes eram tabagistas. Concluso: a resseco em bloco e
fistulotomia de todas as leses adequada e apresenta nveis de recidi-
va aceitveis.
TL123 - AVALIAO DOS EFEITOS DO ANTICORPO
MONOCLONAL, INFLIXIMABE, NA CICATRIZAO DE
ANASTOMOSES COLNICAS EM RATOS.
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Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
FREITAS, LAM1, OLIVEIRA, PG1, SOUSA, JB1, FERNANDES, LP1,
BOCCA, AL1, LINO JNIOR, RS2, OLIVEIRA, FA2
1. FM-UnB, Faculdade de Medicina da Universidade de Braslia2.
IPTSP-UFG, Inst. de Patol. Tropical da Universidade Federal de Gois
Introduo: a cicatrizao das anastomoses do tubo digestivo de-
pende de diversos fatores locais e sistmicos que podem levar a
deiscncia das anastomoses. Dentre as drogas, as com atividades
antiinflamatrias podem prejudicar a cicatrizao das anastomoses,
interferindo na etapa inflamatria do processo. Objetivos: avaliar
os possveis efeitos do infliximabe, um anticorpo monoclonal qui-
mrico, com ao anti-tnf-, no processo de cicatrizao de
anastomoses colnicas em ratos. Mtodos: foram utilizados 60
ratos (rattus norvergicus), distribudos aleatoriamente em dois gru-
pos de 30. Ambos os grupos foram posteriormente randomizados
em trs subgrupos de 10 animais, de acordo com o dia ps-operat-
rio (dpo) de eutansia (3, 7 ou 14). No grupo de estudo (e), foi
administrado infliximabe na dose de 5 mg/kg, via subcutnea, 48h
antes da operao e no grupo controle (c) foi administrado soluo
de nacl 0,9%, volume equivalente. Os animais de ambos os grupos
foram submetidos seco do clon e imediata anastomose trmi-
no-terminal, reoperados no 3, 7 e 14 dpo e ressecado um seg-
mento colnico, contendo a anastomose e dividido longitudinal-
mente em dois. Um dos segmentos foi enviado para teste de resis-
tncia tnsil e outro para estudo histolgico e de deposio do
colgeno, aps colorao com hematoxilina-eosina, tricrmico de
masson e picro-sirius. A deposio do colgeno foi avaliada por
digitalizao de imagens e calculada atravs do software image j. O
tnf- srico foi quantificado por elisa, utilizando-se um kit espec-
fico para ratos. A concentrao tecidual do tnf- foi avaliada por
imunohistoqumica. Resultados: a resistncia tnsil das anastomoses
foi maior, estatisticamente significante, no grupo estudo, no 14
dpo, enquanto no houve diferenas no 3 e 7 dias. No houve
diferenas entre os grupos na avaliao histolgica bem como na
histomorfomtrica. Na avaliao do tnf- srico por elisa houve
diferena significante entre os subgrupos c3 e e3 (3 dpo) e entre o
grupo de referncia e c3. No houve diferena no tnf- tecidual
avaliado por imunohistoqumica. O tgf- tecidual foi maior no
subgrupo e14 quando comparado com o subgrupo c14 (14 dpo).
Concluses: nas condies que foi realizado este estudo o infliximabe
interferiu na fase inflamatria caracterizando-se por reduo na
concentrao de colgeno e melhorou a resistncia tnsil das
anastomoses na fase de remodelao.
TL124 - ANLISE DOS EFEITOS DELETRIOS DA NICOTINA
NA CICATRIZAO DAS ANASTOMOSES COLN-
COLNICAS
GRECA,F.H, ZUCOLOTO,F.J, ESSER,D.M, CASTRO, F.J.G,
NORONHA,L
1. PUC-PR, Pontifcia Universidade Catlica do Paran
Introduo: o tabagismo uma doena crnica de difcil controle e
erradicao com crescimento significativo nas ltimas dcadas. No
que diz respeito cirurgia, os efeitos deletrios da exposio nicotina
constituem um grande problema, com possvel comprometimento
dos resultados, e com aumento do ndice de morbidade e mortalidade.
Objetivo: avaliar a influncia de diferentes nveis de exposio nico-
tina, assim como a sua interrupo em tempos diversos, na cicatriza-
o da anastomose clon-colnica, alm de quantificar a deposio de
colgeno. Mtodo: foram selecionados 56 ratos que foram divididos
em trs grupos: grupo nicotina 2mg/kg (n=24), grupo nicotina 0,5mg/
kg (n=24) e grupo controle (n=8). Cada grupo experimento foi subdi-
vido igualmente: grupo nicotina 2mg/kg dividido em a, b, c e o grupo
nicotina 0,5mg/kg em d,e,f. A substncia foi aplicada duas vezes ao dia,
conforme o peso do animal e respectivo grupo durante quatro sema-
nas e, ento, submetidos anastomose clon-colnica 5cm acima da
reflexo peritoneal. Contudo, os grupos a e d, aps a cirurgia, tiveram
a nicotina aplicada por mais 2 semanas contnuas at a eutansia; os
grupos b e e tiveram a nicotina aplicada por 1 semana e interrompida
a aplicao durante 1 semana; os grupo c e e no tiveram a aplicao
da substncia durante 2 semanas. Foi realizada a fluxometria laser e,
ento,eutansia para a resseco de pea e tensometria. A anlise
histopatolgia foi realizada, com uso da luz polarizada, nas lminas
coradas com picro-sirius e os resultados analisados por programas
estatsticos. Resultados: de acordo com a fluxometria, houveram mai-
ores mdias de fluxo sanguneo nos ratos pertencentes ao grupo
f(p=0,04). O ensaio de trao mostrou predominncia da exploso em
rea proximal anastomose, contudo, no demonstrou significncia
estatstica na resistncia entre os grupos. Constatou-se reduo da
rea do colgeno total s custas do colgeno maduro (tipo i) em todos
os grupos experimento em relao ao grupo controle, contudo, a
menor reduo ocorreu nos grupos c e f(p=0,02) e a maior reduo nos
grupos a e d (p=0,04), independente da dose utilizada. Concluso:
nosso estudo mostrou que houve reduo do colgeno total s custas
do colgeno maduro em todos os grupos estudados sendo que a dimi-
nuio mais significativa ocorreu nos grupos que fizeram uso de nico-
tina de forma contnua.
TL125 - FECHAMENTO PRECOCE DE ILEOSTOMIAS PS
ANASTOMOSE COLONICA BAIXA- PROTOCOLO
PAIM,O3, DUARTE, H2, MEURRER, R2
1. UFSM, Universidade Federal de Santa Maria 2. HUSM-UFSM, Hos-
pital Universitario de Santa Maria 3. Sta. Casa Alegrete, Santa Casa de
Caridade de Alegrete
Considerando a utilizao crescente de anastomoses colonica prxi-
mas linha pectnea, e a utilizao por um grande numero de servios
de ostomia proximal anastomose, os autores sugerem protocolo
para discusso sobre fechamento precoce de ileostomias. Em alguns
casos na mesma internao. Apresentam reviso da literatura e dados
de piloto com 14 casos operados, complicaes precoces, tardias e
beneficios de tal mtodo.
TL126 - ANLISE DA RIGIDEZ ESTRUTURAL DE TECIDO BIO-
LGICO COM PROPRIEDADE VISCOELSTICA NO LI-
NEAR: TRABALHO EXPERIMENTAL EM CLON DE RATOS
BURIN, ELK1, NIZ, MAK1, LEE, HD1, MACHADO, RB1, COY,
CSR2, FAGUNDES, JJ2, WU, FC1
1. LABI/UNIOESTE, Laboratrio de Bioinformtica - UNIOESTE2.
SC/FCM/UNICAMP, Servio de Coloproctologia - FCM/UNICAMP
Introduo: a rigidez inerente ao perodo elstico da deformao um
parmetro frequentemente utilizado para a avaliao das propriedades
mecnicas de distintos materiais. No entanto, a determinao desse
atributo para os materiais biolgicos, tal qual alas intestinais, com-
plexa em virtude de caractersticas como a viscoelasticidade no line-
ar. Tendo-se em vista que esse parmetro poder auxiliar de modo
significativo na avaliao de variveis como a utilizao de novos
materiais de fio de sutura e tcnicas cirrgicas empregadas, busca-se,
neste trabalho, estimar de modo sistemtico o valor desse parmetro
mecnico. Objetivo: estabelecer um procedimento para estimar de
modo sistemtico a rigidez inerente ao limite elstico da deformao
de segmentos intestinais de ratos. Mtodos: dez segmentos de clon
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descendente de ratos foram submetidos ao teste biomecnico energia
total de ruptura (etr), delineando-se uma curva fora x elongao (fe)
para cada espcime. Posteriormente, para cada fe, foi ajustado um
modelo linear considerando-se trs pontos correspondentes regio
inicial da curva. Para avaliao da qualidade da regresso, a soma dos
mdulos dos resduos foi determinada e dividida pela quantidade de
pontos considerada, sendo que antes de cada iterao adicionou-se um
ponto correspondente ao estado subseqente de deformao. O pro-
cesso iterativo era finalizado assim que a qualidade das regresses
atingisse um limiar de aceitao estabelecido e nesse momento foi
identificado o valor do parmetro rigidez inerente ao limite elstico
da deformao de cada espcime. Aps esses procedimentos, a mdia
e o desvio padro dos valores de rigidez (mr e dpr) foram determina-
dos. Resultados: os valores da mdia e do desvio padro da rigidez
referente ao limite elstico dos espcimes avaliados foram: mr=65,24
gf/cm e dpr=27,59 gf/cm, respectivamente. Concluses: por meio dos
procedimentos estabelecidos nesse trabalho, foram estimados os valo-
res da rigidez inerentes ao perodo elstico da deformao dos segmen-
tos de clon ntegro avaliados. Nessa etapa do processo de deforma-
o, fora e elongao correlacionam-se de modo linear, sendo a
rigidez o fator de proporcionalidade. Desse modo, como trabalhos
futuros, os resultados obtidos nesse trabalho podero ser comparados
com os de distintas regies do trato intestinal, bem como os obtidos
aps intervenes cirrgicas. Trabalho apoiado pelo CNPq.
TL127 - OBSTRUO DE CLON POR FIBROTECOMA OVA-
RIANO E TUMOR RENAL ASSOCIADO. CASO CLNICO E
REVISO DE LITERATURA.
FLAMINI JR M, QUADROS LG, FARIA MAG, PERRONE ME,
PICCOLO A, MACAGNANI TM, KAISER RL, KAISER JR RL
1. HBP, Hospital Beneficencia Portuguesa
Introduo: rja, 63 anos, sexo feminino, com queixa de obstipao
intestinal h vrios anos e piora nos ltimos 10 dias. Nega
hematoquesia, perda de peso e reduo do apetite. Exame fsico
normal. Toque retal sem anormalidades. A colonoscopia apre-
sentou angulao e doena diverticular do sigmide e impossibi-
lidade de progresso do aparelho. Enema opaco com ddc do
sigmide, estreitamento luminal em transio descendente
sigmide e irregularidade do pregueado mucoso. Cea e ca 19-9
normais. O us abdominal pr-operatrio revelou tambm massa
em topografia de rim direito. Tc abdome com neoplasia renal
direita (massa slida de 7,2 cm), e doena diverticular dos c-
lons. Foi realizada nefrectomia total a direita e evidenciada massa
tumoral em fie, na transio do descendente e sigmide. A massa
foi ressecada em bloco (sigmide, ureter esquerdo e ovrio es-
querdo, que estavam firmemente aderidos formando um plastro).
Realizada anastomose trmino-terminal, ileostomia em ala,
colocado catter duplo j e rafia do ureter esquerdo. A paciente
evoluiu bem tendo alta no 6 po assintomtica. O exame antomo
patolgico revelou tratar-se de um fibrotecoma ovariano. Foi
encaminhada ao servio de oncologia que no indicou tratamen-
to complementar. Aps 4 meses foi realizado fechamento da
ileostomia. Em trs anos de acompanhamento a paciente no
apresentou alterao em exames complementares. Realizada re-
viso da literatura. Concluso: na literatura existe apenas um
caso descrito de fibrotecoma ovariano com obstruo intesti-
nal, mas o nico com tumor renal associado.
TL128 - PREPARO DE CLON EM CIRURGIAS
COLORRETAIS: ESTUDO RETROSPECTIVO
NEIVA AM, SATO AR, BECHARA CS, HANAN B, PROFETA DA
LUZ MM, LACERDA-FILHO A, GOMES DA SILVA R
1. IAG_UFMG, Grupo de Coloproctologia e Intestino Delgado do
Instituto Al
Introduo: Apesar de considerado por muitos como indispensvel
para reduzir complicaes spticas associadas contaminao fecal, a
opo pelo preparo mecnico do clon (PMC) baseia-se em experin-
cias individuais, opinies de especialistas e estudos no controlados
com pequeno nmero de pacientes. Os benefcios tericos relaciona-
dos ao seu uso so menor contaminao fecal da cavidade peritoneal e
complicaes infecciosas como os abscessos intra-abdominais e de
ferida operatria, e menor incidncia de fstulas anastomticas. As
desvantagens do PMC so alteraes inflamatrias na parede intesti-
nal, perda de clulas da mucosa e muco superficial por esfoliao,
distrbios na microcirculao da parede colnica, desidratao dos
tecidos e distrbios hidroeletrolticos. Entretanto, mesmo aps vrios
estudos prospectivos e randomizados, o papel do preparo mecnico de
clon (PMC) permanece indefinido. Objetivo: Comparar as compli-
caes ps-operatrias de pacientes submetidos a cirurgias com e sem
PMC. Mtodos: Foram selecionados pacientes submetidos a colectomias
abertas eletivas com anastomose primria de janeiro de 2005 a janeiro
de 2008. Foram excludos pacientes submetidos a estomia terminal,
estomia em duplo-cano, amputao abdomino-perineal do reto,
proctocolectomia total, anastomose coloanal, cirurgia vdeo-
laparoscpica e cirurgia de urgncia. Foram avaliados as seguintes
variveis: gnero, idade, diagnstico, tipo de cirurgia, presena ou no
de estomia em ala protetora, fstula, abscesso intra-abdominal, abscesso
de parede, outras complicaes infecciosas e complicaes clnicas.
Resultados: Foram selecionados 103 pacientes, sendo 48 (46,6%) do
gnero masculino e 55 (53,4%) do feminino. Quarenta e sete (45,6%)
foram do gupo PMC e 56 (54,4%) do gupo sem PMC. No houve
diferena entre os grupos quanto a idade, gnero, diagnstico e estomia
protetora. Houve mais colectomias direitas no grupo sem preparo
(21,3% com PMC x 41,1% sem PMC, p<0,05). Fstulas: 3 (6,4%)
com PMC x 3 (5,4%) sem PMC (P=NS). Complicaes infecciosas: 3
(6,4%) com PMC x 5 (8,9%) sem PMC (p=NS). Abscesso: 1 (2,1%)
com PMC x 0 sem PMC (p=NS). Complicaes clnicas no infecci-
osas: 7 (14,9%) com PMC x 6 (10,7%) sem PMC (p=NS). Concluso:
O preparo mecnico de clon pode ser dispensado em colectomias
com anastomose primria, mas seu uso no prejudicial, ficando a
indicao a cargo do cirurgio.
TL129 - FAST-TRACK SIMPLIFICADO NA CIRURGIA
COLNICA ELETIVA
FONSECA LM, LUZ MMP, LACERDA-FILHO A, CORREIA, GO-
MES DA SILVA R
1. IAG, Instituto Alfa de Gastroenterologia, Hospital das Clnicas d
Objetivo: os programas de recuperao ps-operatria multimodal
para cirurgia colorretal, conhecidos como fast-track, j se mostraram
por meio de estudos controlados e randomizados serem efetivos e
seguros. Apesar dessas evidncias, h baixa adeso a esses programas.
Baseado nesses aspectos, o objetivo deste estudo foi avaliar se um
protocolo simplificado de abordagem ps-operatria multimodal para
cirurgias colnicas eletivas oferece benefcios semelhantes aos dos
protocolos mais complexos j estabelecidos. Mtodos: no perodo de
maio de 2006 a dezembro de 2008, 50 pacientes com indicao de
serem submetidos cirurgia colnica eletiva foram prospectivamente
selecionados para este estudo. Os pacientes foram randomizados por
programa de computador e alocados para os grupos controle e estudo,
sendo que os dois grupos recebiam as mesmas orientaes e cuidados
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ps-operatrios. O grupo-estudo recebia dieta no primeiro dia de ps-
operatrio e o grupo-controle, aps a eliminao dos primeiros flatus.
No foi utilizada anestesia peridural. Pacientes com estomias protetoras
foram excludos. Resultados: os dois grupos no apresentavam dife-
rena estatstica significativa em relao idade, gnero, natureza
diagnstico (benigno ou maligno), ndice asa, tipo de cirurgia, via de
acesso e utilizao de preparo intestinal. O tempo operatrio media-
no foi significativamente maior no grupo controle (263,00 versus
225,00 minutos, p=0,032), bem como a volume de cristalides infun-
didos no per-operatrio (3500 versus 2500 ml, p=0,034). No ps-
operatrio, no houve diferena entre os grupos em relao incidn-
cia de nuseas, vmitos, eliminao dos primeiros flatus e dia da pri-
meira evacuao. Apenas trs pacientes do grupo controle apresenta-
ram fstulas anastomticas (p=0,107), e dois pacientes do grupo estu-
do morreram at o 30o dia de ps-operatrio (p=0,488). O tempo de
internao foi significativamente menor no grupo-estudo (mediana
de 3 versus 5 dias; p=0,001). Dois pacientes do grupo-controle forma
readmitidos aps alta, sem diferena entre os grupos. Concluses: os
programas e reabilitao multimodal ps-operatria para cirurgia
colorretal eletiva podem ser feitos de maneira simplificada, sem ne-
cessidade de anestesia peridural, de forma segura e efetiva, sem aumen-
tar a morbidade, mortalidade e com menor tempo de permanncia
hospitalar.
TL130 - TUMORES PR SACROS : APRESENTAO DE 01
CASO E O DILEMA NA ESCOLHA DO ACESSO CIRRGI-
CO.
A R TAUIL, L H TAUIL, J M MARTINHO
1. Medicina, Universidade Federal Fluminense
Tumores pr sacros : apresentao de 01 caso e o dilema na escolha do
acesso cirrgico. Tauil ar, tauil lh e martinho jm beneficncia portu-
guesa , hospital santa cruz ( niteri ,rio de janeiro) Introduo os
tumores pr sacros so raros, pouco sintomticos e por isso
freqentemente diagnosticados em fase avanada localmente, ou como
no nosso caso incidentalmente em exame de imagem com outro
objetivo. Objetivos na apresentao do nosso caso daremos enfase ao
mtodo de imagem que possibilitou o diagnstico e o planejamento
cirrgico, aos tempos operatrios e aos detalhes do convencimento
do paciente para aceitar o tratamento. Resultado demonstraremos
atravs de imagens o seguimento ambulatorial do paciente. Concluso
atualmente com o auxilio dos diversos mtodos de imagem dispon-
veis possvel estabelecer com maior segurana os critrios de
operabilidade e ressecabilidade dos tumores pr sacros , e alm disso
determinar o acesso cirrgico mais adequado a cada caso.
TL131 - ENTERITE ACTINICA : APRESENTAO DE 01 CASO
E ATUALIZAO DO TEMA
A R TAUIL, L H TAUIL, J M MARTINHO
1. Medicina, Universidade Federal Fluminense
Enterite actinica: apresentao de 01 caso e atualizao do tema tauil
ar, tauil lh e martinho jm beneficncia portuguesa, hospital santa cruz
(niteri, rio de janeiro) Introduo a indicao da radioterapia nas
pacientes com carcinoma de colo uterino e endomtrio, e nos homens
com carcinoma prosttico e bexiga vem se ampliando pelo seu ndice
de controle local da doena; conseqentemente, da mesma forma, as
complicaes em decorrncia da radiao ionizante tambm, como
podemos constatar em trabalho de reviso da literatura. Os autores
apresentam o caso de paciente do sexo feminino de 49 anos, internada
em regime de urgncia por subocluso intestinal. Havia sido submetida
histerectomia total abdominal por carcinoma de endomtrio em
outro servio tendo sido re-operada por complicaes ps operatrias
em duas ocasies na mesma internao. Recebeu alta hospitalar e foi
encaminhada ao oncologista, quando iniciou o tratamento
radioterpico. Cinco meses aps o trmino das sesses, iniciou quadro
de vmitos recorrentes e sensao de plenitude ps prandial quando
foi encaminhada ao nosso servio . Foi investigada clinicamente com
endoscopia digestiva alta, tomografia computadorizada do abdome e
um transito radiolgico do delgado que mostrou alas ileais com aspec-
to sugestivo de leso actinica. Foi ento operada, tendo sido submetida
enterectomia e anastomose primria. O ps operatrio passou sem
intercorrncias. Objetivos na apresentao do caso os autores daro
nfase ao exame radiolgico contrastado convencional que
complementou o diagnstico, ao achado e a conduta cirrgica. A
etiopatogenia da leso tecidual e os fatores predisponentes sero revi-
sados na literatura e apresentados de forma concisa. Resultado os
autores demonstram o resultado do tratamento cirrgico e a tentativa
de recuperao nutricional da paciente no seguimento ambulatorial.
Concluso atualmente com a indicao mais ampla do tratamento
radioterpico pode se identificar na literatura um extenso nmero de
trabalhos demonstrando complicaes intestinais da radiao ionizante.
A enterite actinica complicada neste caso, com estenose da luz intes-
tinal demanda tratamento cirrgico. A evoluo ps operatria sem
intercorrncias demonstrou o acerto da conduta, tendo a paciente sido
encaminhada para suporte nutricional.
TL132 - ESTUDO DE MORBI-MORTALIDADE NO PERODO
PERI-OPERATRIO DO SERVIO DE COLOPROCTO-
LOGIA DA ULBRA
CARVALHO, L.P., PEREIRA, T.S., SEITENFUS, R., DIDOMENICO,
B.
1. ULBRA, Universidade Luterana do Brasil
Introduo: o cncer colorretal tem uma alta prevalncia na popula-
o e, muitas vezes, exige tratamento cirrgico de grande porte. A
complexidade dos procedimentos e as mltiplas comorbidades dos
pacientes necessitam prontamente de avaliao detalhada para
minimizar as complicaes peri-operatrias com o objetivo de me-
lhorar os resultados. Diversos estudos tm sido realizados com o objetivo
de definir o impacto do cirurgio como fator prognstico no trata-
mento das doenas colorretais. Objetivo: este estudo objetivou anali-
sar uma srie de casos de pacientes submetidos a tratamento cirrgico
por cncer colorretal. Metodologia: foram revisados 22 pronturios
de pacientes submetidos ao tratamento cirrgico de neoplasias
colorretais realizadas em nosso servio no perodo de setembro de
2007 setembro de 2008. Resultados: dos 22 pacientes avaliados a
idade mdia foi de 60 anos (35-81). Observou-se neste grupo um
predomnio de mulheres, 15 pacientes. A localizao mais prevalente
foi no reto 8 (36,36%). Em relao as cirurgias realizadas, houve
predomnio das retossigmoidectomias abdominais. O estadiamento
pela classificao tnm demonstrou a presena de adenoma em dois
pacientes, tumores estgio 1 em 4 pacientes, estgio 2a em 4 pacien-
tes, estgio 2b em 2 pacientes, estgio 3a em dois pacientes, estgio 3b
em 3 pacientes, estgio 3c em 3 pacientes e dois pacientes em estgio
4. Os mesmos pacientes tiveram os seguintes tipos histolgicos: 11
pacientes com adenocarcinoma tipo tubular, 4 com adenocarcinoma
tipo viloso, em 4 pacientes com adenocarcinoma o tipo no foi espe-
cificado, 1 com adenoma tubuloviloso e 1 com adenoma tubular. No
foi observada a deiscncia de anastomose em nenhum dos casos. O
tempo de internao variou de 6 at 21 dias, mostrando uma mdia de
8 dias de internao para cada paciente no ps-operatrio. Concluso:
nesse estudo, apenas um paciente necessitou ser reoperado e no hou-
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ve mortalidade ps-operatria. De uma forma geral, obteve-se como
resposta, que o tratamento institudo encontra-se dentro dos padres
da literatura.
TL133 - RESULTADOS DO TRATAMENTO CIRRGICO DA
POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR POR VDEO-
LAPAROSCOPIA.
CAMPOS, FG, ARAJO, SEA, IMPERIALE, AR, SEID, VE, SOUSA
JR, AHS, PANDINI, LC, NAHAS, SC, CECCONELLO, I
1. HC-FMUSP, Faculdade de Medicina da USP
Introduo: o tratamento cirrgico de portadores de polipose
adenomatosa familiar (paf) tem por objetivo evitar o desenvolvimen-
to de cncer colo-retal (ccr). A realizao de resseces laparoscpicas
do clon e reto ainda representa motivo de controvrsia na literatura.
Objetivos: apresentar os resultados do tratamento cirrgico por aces-
so vdeo-laparoscpico em pacientes com paf, fazendo uma correla-
o com os dados da literatura. Mtodos: analisaram-se
prospectivamente os resultados do tratamento cirrgico em 26 paci-
entes operados entre 2003 e 2009. Resultados: foram tratados 11 (42.
3%) homens e 15 (57. 7%) mulheres, com idade mdia de 28. 3 anos
(13-65). Sete pacientes (26. 9%) tinham ccr associado polipose. Os
procedimentos realizados foram proctocolectomia com ileostomia
definitiva em 3 (11. 5%), proctocolectomia com ileostomia em 17
(65. 4%), proctocolectomia sem ileostomia em 1 (3. 8%) e colectomia
total com anastomose leo-retal em 5 pacientes (19. 2%). Foi neces-
sria converso em apenas 1 paciente (4. 0%). Nenhum paciente
requereu transfuso sangnea no perodo peri-operatrio. O tempo
mdio das operaes foi de 298 minutos (200-390 minutos). Ocorre-
ram complicaes ps-operatrias em oito doentes (30. 8%), classifi-
cadas como maiores em 5 e menores em 3. Quatro doentes (15. 4%)
foram reoperados por diversas causas. O tempo de hospitalizao
variou de 4 a 16 dias (mdia de 7. 3 dias). Apenas um paciente teve
bito resultante de insuficincia respiratria por passado de doena
pulmonar crnica. Uma breve reviso da literatura mostra que no
existem estudos clnicos randomizados comparando resseces
laparoscpicas assistidas com convencionais, sendo que a maioria dos
estudos representada por sries pequenas que misturam pacientes
com paf e colite ulcerativa. De maneira geral, observa-se que embora
as operaes laparoscpicas estejam associadas a maior tempo opera-
trio, determinam vantagens relacionadas recuperao operatria
precoce, complicaes, permanncia hospitalar e cosmese. Conclu-
ses: 1) a confeco de colectomias totais ou proctocolectomias vdeo-
assistidas em pacientes com paf segura e prov excelentes resultados
operatrios a curto prazo quando realizadas por equipes experientes;
2) so ainda necessrios estudos prospectivos e randomizados para
comparar sua real eficcia frente aos procedimentos convencionais.
TL134 - EXPERINCIA DA ABORDAGEM LAPAROSCPICA
COLORRETAL NO HOSPITAL FELCIO ROCHO 2006 A
2009.
OLIVEIRA TAN, LOPES F, LACERDA FILHO A, LAMOUNIER PC,
ALVES FILHO V, PAIVA RA, CARMONA MZ, MANSUR ES
1. HFR, Hospital Felcio Rocho
Introduo: a via laparoscpica tem se firmado como a principal
abordagem para a realizao das colectomias nas doenas colorretais.
Apesar do primeiro caso de colectomia laparoscpica ter sido relatado
em 1991, esta abordagem s foi consolidada pela comunidade cirrgi-
ca aps a publicao de estudos comprovando sua segurana e equiva-
lncia oncolgica tcnica aberta. No nosso servio, a primeira
colectomia laparoscpica ocorreu em 1997 e esta modalidade repre-
senta, atualmente, a principal via para a realizao das cirurgias
colorretais. Objetivo: avaliar os resultados dos procedimentos
laparoscpicos realizados pela clnica de coloproctologia no perodo
de 2006 a 2009. Mtodo: pacientes submetidos a procedimentos
laparoscpicos foram avaliados retrospectivamente. Resultados: cen-
to e quarenta e quatro pacientes, com idade mdia de 57,7 anos, sendo
82 mulheres e 62 homens foram avaliados retrospectivamente. No-
venta e trs(64%) pacientes apresentaram diagnstico de neoplasia.
Cinqenta e trs (37%) pacientes foram submetidos cirurgia abaixa-
mento de clon, quarenta e um (28%) pacientes foram submetidos a
colectomia parcial, dezoito (13%) pacientes foram submetidos a
retossigmoidectomia, nove (6%) pacientes foram submetidos a
colectomia total, e vinte e trs (16%) pacientes realizaram outros
procedimentos videolaparoscpicos. O tempo de internao variou
entre 2 e 62 dias, sendo que a maioria dos pacientes (72%) recebeu alta
hospitalar at o stimo dia de internao. A taxa global de complica-
o foi de 26%. A taxa de converso vem apresentando queda anual
gradativa desde 2006. A presena de leses avanadas foi a principal
causa de converso com 27%. A segunda causa de converso foram as
aderncias juntamente com a dificuldade em identificar estruturas com
20% cada. O nmero de linfonodos dissecados na pea cirrgica est
aumentando anualmente. Ocorreram 3 bitos (2%), um devido ao
quadro de isquemia mesentrica, outro devido a complicao de uma
fstula anastomtica e o ltimo devido ao quadro de necrose gstrica.
Concluses: a modalidade laparoscpica representa a principal via de
acesso para as cirurgias colorretais realizadas pela clnica de
coloproctologia do hospital felcio rocho. Os resultados alcanados
no perodo de 2006 a 2009 so semelhantes aos encontrados na tc-
nica convencional.
TL135 - CONVERSAO PROATIVA X REATIVA NA CIRURGIA
COLORETAL LAPAROSCOPICA
OLIVEIRA JR., O, MILSOM, JW, STEIN, SL, SONODA, T,
TRENCHEVA, KI, LEE, SW
1. NYPH - WCMC, New York Prebyterian Hospital/Weill Cornell
Medical College
Introducao: Conversao na cirurgia laparoscopica aumenta a morbidade
e converses tardias pioram os resultados pos-operatorios. O indice de
conversao publicados na literatura varia de 7 a 25% nas grandes series
grandes e 2 a 41% nas series menores. O objetivo deste estudo e avaliar
se conversao proativa tem melhores resultados que conversao reativa
em cirurgia colorretal laparoscopica. Metodos: Uma analise
restrospectiva em pacientes submetidos a cirurgia colorretal
laparoscopica de 2001 a 2008 demonstrou um indice de conversao de
6.36%. A classificacao de converaao proativa (PC) e reativa (RC) e a
alternancia do metodo laparoscopico antes ou depois de ser iniciado a
parte principal do ato cirurgico, respectivamente. A analise dos resul-
tados foram feitas atraves do software SPSS 11.0 Resultados: 1382
pacitentes foram avaliados e 88 tiveram seu procedimento cirurgico
alternados sendo puramente laparoscopico (LAP) ou assistido com a
mao (HALS). Cancer colorretal e doenca inflamatoria intestinal foi a
indicacao cirurgica em 58 (65,9%) dos pacientes. 49 (55,7%) pacien-
tes tiveram PC versus 39 (44,3%) pacientes com RC. PC demonstrou
diferenca significativa em morbidade (p<0,036), tempo operatorio
(p<0.001) e infusao de liquidos endovenosos (p<0,022) comparados a
RC. Cirurgia de emergencia e historico de cirurgia previa tiveram
impacto nas PC (p<0,02), (p<0,046) respectivamente. Complicacoes
de curto prazo ocorreram em 5 (5,6%) dos pacientes. Conclusao: Este
estudo sugere que a conversao proativa (PC) tem menor morbidade,
menor tempo cirurgico e menor infusao de liquidos endovenosos.
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Entretando estudos prospectivos sao necessarios para confirmar estes
resultados.
TL136 - RETOPEXIA LAPAROSCOPICA VERSUS
RETOSIGMOIDECTOMIA PERINEAL PARA PROLAPSO DE
RETO EM PACIENTES ACIMA DE 70 ANOS
OLIVEIRA JR., O2, STEIN, SL1, TRENCHEVA, K1, SONODA, T1,
MILSOM, JW1, LEE, SW1
1. NYPH - WCMC, New York Prebyterian Hospital/Weill Cornell
Medical College2. Proctoclin Curitiba, Proctoclin Curitiba
Introducao: Existem pros e contras na abordagem cirurgica do prolapso
do reto como maior recidiva, incontinencia e obstipacao. Os pacien-
tes idosos devem ser estudados separadamente, pois sao mais suscetiveis
a complicacoes e em alguns casos nao permitem anesthesia geral. A
literatura e falha quanto a avaliacao do paciente idoso com prolapso
total de reto. Objetivos: Avaliar os resultados do tratamento cirurgico
do prolapso total do reto em pacientes acima de 70 anos, utilizando a
retopexia laparoscopica (RPX) e a retosigmoidectomia perineal
(ALT). Metodos: Revisao do banco de dados servico de de
coloproctologia do New York Presbyterian hospital de 2002 a 2008
em pacientes, acima de 70 anos, submetidos a cirurgia para prolapso
total do reto. Resultados: 32 pacientes avaliados, 16 em cada grupo,
idade media 82 anos no grupo de RPX e 85 no grupo ALT. Incontinencia
fecal foi o sintoma mais frequente em ambos os grupos, mas no grupo
ALT houve piora da incontinencia apos o tratamento cirurgico
(p<0,046).O grupo ALT teve indice de recidiva significativamente
maior que o RPX (p<0,045) e a maioria das recidivas (5/6) ocorreram
em menos de 1 ano. Somente uma complicacao maior ocorreu, hernia
encarcerada em um dos portais de 5mm, em paciente do grupo RPX;
as complicacoes menores ocorreram igualmente entre os grupos. O
seguimento pos-operatorio foi maior no grupo ALT 22.5 meses versus
19.1 meses no RPX Conclusao: Retopexia laparoscopica para pacien-
tes idosos com prolapso total do reto demonstrou ser eficaz com
menor indices de recorrencia, melhora do indice de incontinencia e
equivalente morbidade.
TL137 - RESULTADOS DO TRATAMENTO CIRRGICO
VDEO-LAPAROSCPICA DO CNCER RETAL
MARCHIORI JR., M. A.2, TERCIOTI JR., V.1, PIRES, C. S.1,
CHRISTIANO, A. B.1, CINTRA, A. A.1, SOUZA JR., N.1, ZACHETTI,
M.1
1. CMC, Centro Mdico de Campinas2. CMM, Clnica Mauro Marchiori
Introduo: a utilizao da vdeo-laparoscopia para o tratamento ci-
rrgico do cncer de reto controversa e os dados disponveis escassos
e limitados. Objetivos: objetivando estudar a recorrncia local, mar-
gens cirrgicas, nmero de linfonodos retirados, complicaes ps-
operatrias e sobrevida, analisamos os resultados obtidos com a utili-
zao da vdeo-cirurgia. Mtodos: atravs da anlise retrospectiva de
dados, todos os pacientes com o diagnstico de cncer retal entre
1994 (data do incio da nossa experincia com a vdeo-cirurgia
colorretal) e 2009 foram revistos. Os critrios de excluso foram
aqueles submetidos a tratamento cirrgico de urgncia devido a obstru-
o intestinal e aqueles cujo seguimento se perdeu. Resultados: 66
pacientes (44 m/22 f) com idade mdia de 60,2 anos (30 a 97 anos)
foram submetidos a tratamento cirrgico vdeo-laparoscpico. 21
pacientes (32%) apresentaram cncer de reto alto, 19 (28%) cncer
de reto mdio e 26 (40%) cncer de reto baixo. Todos os que apresen-
tavam cncer de reto mdio e baixo foram submetidos a exciso total
do mesoreto; a neo-adjuvncia quimio-radioterpica foi indicada para
os tumores t2 (somente a partir de 2008), t3 e t4 em reto mdio e
baixo (20 pacientes) com remisso completa em 2 deles. Foram rea-
lizadas 50 cirurgias de preservao esfincteriana (75%), 16 amputa-
es de reto (24%) e 10 converses para laparotomia (15%). Um
paciente apresentou margem cirrgica distal comprometida, houve 4
recorrncias locais (6%) e 10 bitos relacionados a doena num segui-
mento mdio de 46 meses. Concluses: a utilizao da vdeo-cirurgia
no tratamento do cncer retal apresenta resultados favorveis com-
parveis de sobrevida, recorrncia local e margens de resseco aos
relatados com a laparotomia.
TL138 - RESSECO LAPAROSCPICA PARA CNCER
RETAL COM PRESERVAO DAS FUNES URINRIA E
SEXUAL
ALMEIDA, J.S., ARAUJO, S.E.A., CUTAIT, R.
1. HSL-IEP, Hospital Srio Libans - Instituto de Ensino e Pesquisa
Introduo: mesmo com a incorporao de tcnicas de preservao de
nervos autnomos na exciso total do mesorreto (etm), as disfunes
urinria e sexual permanecem como complicaes reconhecidas para
0% a 12% e 10% a 35% dos pacientes, respectivamente. O emprego
da via laparoscpica para o tratamento do cncer do reto poderia
facilitar a identificao e preservao dos nervos autnomos plvicos
graas visibilidade melhorada pela magnificao, pela utilizao de
ticas anguladas, cmeras de alta definio e pela iluminao adequada
do campo operatrio. Objetivos: este estudo tem por objetivo, atra-
vs de uma reviso sistemtica da literatura, determinar se a via de
acesso por vdeo est ou no associada menor ocorrncia de disfunes
urinria e sexual aps resseco de cncer retal. Mtodos: a estratgia
de busca para a realizao desta reviso foi instituda atravs de pesqui-
sa pelas bases de dados contidas no medline, pubmed e biblioteca
cochrane. Resultados: foram analisados os estudos mais representati-
vos, cujo principal objetivo era a comparao entre sries de pacien-
tes com cncer de reto submetidos etm laparoscpica e etm conven-
cional, avaliando, entre os resultados, a ocorrncia de disfuno sexual
e urinria no ps-operatrio. Foram selecionados os estudos publica-
dos por asoglu et al. , morino et. Al. , jones et al. ,rullier et al. E
selvindos et al. Concluses: a Introduo da tcnica laparoscpica
aumentou significativamente o nmero de pacientes com funo
genital preservada. A experincia tcnica e a ateno anatomia em
cirurgia retal laparoscpica so decisivas para as reduzidas taxas de
disfuno vesical e sexual. Caractersticas do tumor primrio que le-
vam ablao esfincteriana so as maiores responsveis pelo com-
prometimento da funo sexual e urinria. Houve associao entre
adjuvncia e comprometimento da funo autonmica.
TL139 - ESTUDO COMPARATIVO DA CIRURGIA
COLORRETAL LAPAROSCPICA VERSUS CONVENCIONAL
EM OCTAGENRIOS
PINTO RA, RUIZ DE, EDDEN Y, SILVA E., CANEDO JA, WEISS
EG, NOGUERAS JJ, WEXNER SD
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
Introduo: a cirurgia colorretal laparoscpica apresenta inmeras
vantagens em relao a convencional, como menor tempo de
internao e melhores resultados estticos. Entretanto, devido ao
possvel maior tempo operatrio e repercusses pulmonares e crdio-
vasculares, sua utilizao ainda limitada para pacientes idosos.
Objetivo: comparar os resultados cirrgicos e ps-operatrios imedi-
atos de pacientes com idade superior a 79 anos, submetidos a reseces
colorretais laparoscpicas e convencionais. Pacientes e metodos: re-
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Setembro, 2009
alizada anlise retrospectiva de pacientes octagenrios submetidos a
reseces colorretais eletivas, laparoscpicas e abertas entre 2001 a
2008. Anlise incluiu dados pr e intra-operatrios e complicaes
imediatas. Resultados: 199 octagenrios foram submetidos a reseco
colnica. Cirurgia convencional foi realizada em 116 (grupo i) e
laparoscpica em 83 pacientes (grupo ii). A idade mdia foi de 84. 3
vs. 84. 7 anos e a mdia de asa foi 2. 76 vs. 2. 6 nos grupos i and ii
respectivamente. Adenomas colnicos foram o diagnstico mais co-
mum em ambos os grupos (77. 6% vs. 54. 2%, nos grupos i e ii
respectivamente). Colectomia direita foi a cirurgia mais comumente
realizada em ambos os grupos. O tempo operatrio tambm foi simi-
lar entre os grupos. Reseces convencionais tiveram uma maior per-
da sangunea estimada no grupo i (286ml), comparada ao grupo ii
(152ml; p=0. 0002), consequentemente mais pacientes do grupo i
necessitaram de transfuso sangunea intra-operatria (p=0. 005). A
taxa de converso no grupo laparoscpico foi de 25. 3%. As reseces
laparoscpicas tiveram um menor ndice de complicaes gerais e
clnicas ps-operatrias (p0. 05) e a mortalidade foi 3. 4% e 2. 4%
(p>0. 05), nos grupos i e ii respectivamente. Concluses: cirurgia
colorretal laparoscpica mostrou-se segura e efetiva em pacientes
octagenrios, associada a menores perdas sangneas, mais rpida re-
cuperao ps-operatria e menos morbidade, quando comparada ao
acesso convencional.
TL140 - RESECO COLORRETAL LAPAROSCPICA NA
DOENA DE CROHN RECORRENTE: SO OS RESULTADOS
COMPARVEIS AOS DA DOENA DE CROHN PRIMRIA?
PINTO RA, SHAWKI S, NARITA K, CANEDO JA, EDDEN Y,
WEISS EG, NOGUERAS JJ, WEXNER SD
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
Introduo: 80% dos pacientes portadores de doena de crohn reque-
rem tratamento cirrgico e desses, 50% necessitam reoperao no
perodo de 10 anos. Objetivo: avaliar os resultados peri-operatrios da
cirurgia colorretal laparoscpica na doena de crohn recorrente com-
parada a primeira interveno laparoscpica. Pacientes e mtodos:
realizada anlise retrospectiva dos pacientes submetidos a reoperao
laparoscpica (grupo i) e primeira reseco laparoscpica (grupo ii)
para doena de crohn, entre 2001 e 2008. Foram coletados dados pr
operatrios, cirrgicos e complicaes ps operatrias imediatas. Re-
sultados: 130 pacientes foram includos no estudo e distrubudos como
segue: group i: 50 pacientes com idade mdia de 42 anos; group ii: 80
pacientes com idade mdia de 35 anos. Os pacientes do grupo i tinham
um maior perodo de doena, 15. 5 vs. 8. 9 years (p=0. 0002). Medi-
caes imunossupressoras eram utilizadas por 42 pacientes no grupo i
e 66 pacientes no grupo ii. A principal cirurgia prvia nos doentes
reoperados foi a reseco ileoclica (44/50) pela via aberta (40/44).
Resseco ileoclica foi o procedimento mais frequentemente reali-
zado em ambos os grupos (82%), seguido por colectomia subtotal. O
ndice de converso do grupo recorrente foi de 32% comparado a 18.
7% do grupo primrio (p=0. 09). O tempo cirrgico mdio (201 vs.
182 min) e a perda sangunea estimada (202 vs. 161 ml) foram simi-
lares nos dois grupos estudados (p>0. 05). Entretanto, a inciso foi
significativamente maior nos casos recorrentes (11. 4 vs. 6. 7 cm;
p=0. 013). As complicaes ps operatrias foram semelhantes entre
os grupos (p>0. 05); deiscncia de anastomose ocorreu em 1 (2%) e
4(5%) nos grupos i e ii (p=0. 6484); o abscesso intra-peritoneal ocor-
reu en 4 (8%) e 3 (3. 7%) nos grupos i e ii (p=0. 5584). Reoperaes
imediatas ocorreram em 6% no grupo i e 10% no grupo ii (p=0. 5292).
O tempo mdio de internao tambm foi comparvel entre os grupos
(7. 5 vs. 6. 7 dias; p=0. 3266), e no houve mortalidade. Concluso: os
resultados da reseco colorretal laparoscpica na doena de crohn
recorrente so similares aos obtidos para a doena primria, com
excesso de maior inciso, o que confirma a segurana e aplicabilidade
do acesso videolaparoscpico mesmo na reoperao.
TL141 - CIRURGIA LAPAROSCPICA EM IDOSOS.
EDDEN Y, BASHANKAEV B, PINTO RA, CANEDO JA, SILVA E,
WEISS EG, WESNER SD
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
Introduo: a sociedade americana de geriatria distribui a populao
com mais de 65 anos em 3 grupos: idoso jovem com idade entre 65-74
anos; idoso velho com idade entre 75 e 84 anos, e idoso muito velho
para aqueles com mais de 84 anos. Portanto, o objetivo desse estudo
foi avaliar a viabilidade e segurana da cirurgia laparoscpica em paci-
entes idosos. Mtodos: pacientes com idade superior a 65 anos foram
retrospectivamente revisados utilizando um banco de dados prospectivo
e avaliados quanto as caracterstica demogrfica, indicaes, cirurgia
realizada e resultados ps-operatrio. Resultados: entre janeiro de
2001 agosto de 2008, 423 pacientes com idade entre 65 a 95 anos
foram submetidos a cirurgia laparoscpica. Foram distribudos em 3
grupos: idade 65-74 anos (n=226), entre 75-84 anos (n=163), e idade
maior que 84 anos (n=34). Indicaes cirurgicas incluiram
adenocarcinoma (n=149), plipo colnico (n=100), doena diverticular
(n=80) e outras. Realizou-se os seguintes procedimentos: colectomia
direita (n=161), sigmoidectomia (n=82), resseco anterior (n=28),
resseco leo-clica (n=14), amputao abdomino perineal de reto
(n=9) e ouros. Cirurgias eletivas ocorreram em 90. 4% (n=382) dos
casos. O tempo mdio de internao hospitalar para o jovem, velho e
muito velho foi de 7, 8, e 11dias respectivamente (p< 0. 002) e a taxa
de mortalidade foi de 0. 5% (n=1), 2% (n=3) e 3% (n=1) respectiva-
mente. A taxa de complicaes maiores foram de 1% (n=3), 2% (n=4)
e 3% (n=1) respectivamente. O tempo de permanncia na unidade de
terapia intensiva (uti) foi de 3. 5 dias para os jovens e 7 dias para o
muito velho(p=0. 05). Concluso: conclui-se que cirurgia laparoscpica
colorretal vivel em pacientes idosos. No entanto, com o avanar da
idade, entre 65 a 95 anos a morbidade, o tempo de permanncia em uti
e tempo de internao hospitalar aumentam de forma significante.
TL142 - CIRURGIA LAPAROSCPICA EM DOENA INFLA-
MATRIA INTESTINAL. QUAL O PAPEL DO NDICE DE MAS-
SA CORPREA?
CANEDO JA, PINTO RA, MURAD-REGADAS SM, SILVA E, EDDEN
Y, WEISS EG, NOGUERAS JJ, WEXNER SD
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
Introduo: A cirurgia colorretal laparoscpica para tratamento de
afeces benignas e malignas tem demonstrado melhores resultados
quando comparada ao acesso laparotmico. Portanto, o objetivo des-
se estudo foi avaliar os resultados das resseces colorretais
laparoscpicas no tratamento da doena inflamatria intestinal (DII)
com ndice de massa corprea normal comparado com aqueles com
sobrepeso e obesos. Mtodos: Foram avaliados retrospectivamente
todos os pacientes com DII submetidos a resseces colorretais pelo
acesso laparoscpico no perodo de janeiro 2001 a abril 2008. Carac-
tersticas dos pacientes, procedimento operatrio realizado, resulta-
dos ps-operatrios precoces (at 60 dias) foram os parametros ava-
liados. IMC foi considerado normal entre 18.5-24.9 Kg/m2. Sobre-
peso entre 25-29.9 Kg/m2 e obesos pacientes com IMC maior que
29.9 Kg/m2. Os pacientes foram distribuidos em 2 grupos: GI-IMC
normal e GII-com sobre-peso ou obesos. Qui-quadro e Student t Teste
foram usados para anlise estatstica. Resultados: 261 pacientes foram
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submetidos a cirurgia laparoscpica por DII nesse perodo sendo que
47 foram excludos e 213 analisados. No GI incluiu 127 pacientes,
sendo 56 mulheres, com idade mdia de 36 anos e IMC mdio 21 Kg/
m2. No G-II incluiu 86 pacientes, sendo 49 mulheres com idade mdia
de 43 anos e IMC mdio 28.7 Kg/m2 (p<0.05). A incidncia de
comorbidades de 29.1% dos pacientes do G-I e 50% dos casos do G-II
(p<0.05). Realizou-se resseco ileo-clica em 56% dos casos nos G-
I e G-II e colectomia sub-total com ou sem reconstruo em 37% no
G-I e 41% no G-II. O ndice de converso foi de 18% no G-I e 26% no
G-II. Causas de converso incluram: falha de progresso cirrgica,
abscesso/flegmo e sangramento. Complicaes pos-operatrias (in-
feco de ferida, abscesso, fstula, obstruao intestinal, retrao de
estoma) e tempo de internao hospitalar (6.7 e 6.8 dias) foram
similares entre os grupos. No houve bito no estudo. Oito pacientes
foram submetidos a re-operao no G-I e 3 no G-II. Concluses:
Cirurgia laparoscpica para pacientes com sobre-peso e obesos com
DII apresentada resultados similares aos obtidos em pacientes com
IMC normal. Os ndices de converso foram semelhantes entre os dois
grupos, indicando que IMC maior no uma limitao para resseco
laparoscpica em pacientes com DII.
TL143 - VALOR PREDITIVO DA TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA NA CONVERSO DE CIRURGIA
LAPAROSCPICA PARA DIVERTICULITE
PINTO RA, SILVA E, SHAWKI S, NARITA K, CANEDO JA, KIRSH
J, WEISS EG, WEXNER SD
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
Introduo: a tomografia computadorizada (tc) uma importante
ferramenta na avaliao da doena diverticular. Estudos demons-
tram que as diferentes abordagens dessa afeco dependem dos acha-
dos da tc, podendo variar de tratamento clnico a drenagem
percutnea guiada ou ainda, cirurgia de urgncia. Objetivo: o objetivo
deste estudo foi avaliar o valor preditivo dos achados da tc na
converso de cirurgia laparoscpica para diverticulite. Metodologia:
foram identificados todos os pacientes submetidos cirurgia
laparoscpica para diverticulite e que realizaram tc pr operatria
no perodo de 2001 a 2008. Esses exames foram ento interpreta-
dos por um radiologista que desconhecia os achados intra-operat-
rios e o laudo prvio. Os dados de tc foram estudados quanto ao seu
valor preditivo para converso geral , em 1, 2 e > 2 meses da
cirurgia,bem como antes e depois de 2004 (para avaliao de curva
de aprendizado). Teste exato de fisher e o teste qui quadrado foram
utilizados para avaliar significncia estatstica. Resultados: um to-
tal de 161 pacientes (91 do sexo masculino) foram includos no
estudo. A mdia de idade foi de 56 anos (24-83), o ndice de massa
corprea mdio (ibm) foi de 27,8kg/m2 (17,5-34,5) e classificao
asa i-21, ii-115 e iii-26 pacientes, respectivamente. A taxa de
converso foi de 24% ( 40/161); 33 devido falha de progresso
por presena de flegmo, abscesso ou aderncias, 4 devido ao gran-
de volume do espcime (inciso > 10 cm), 2 pela dificuldade de
anatomia e 1 por sangramento. Os achados de tc foram positivos
em 74% dos pacientes (n= 121); 100% dos exames mostraram
espessamento intestinal ou borramento da gordura peri-clon,
23,5% bolhas de ar na parede do clon ou na gordura peri-colnica,
11,75% flegmo, 30,2% abscessos e 10,2% fstulas. 48, 51 e 62
pacientes tiveram suas tc realizadas em 1, 2 e > 2 meses antes da
cirurgia, respectivamente. O perodo de realizao da tc, tanto
antes como depois de 2004, bem como em 1, 2 ou > 2 meses da
cirurgia no foram preditores significantes de converso (p> 0,005).
Entretanto, a presena de abscesso ou bolhas de ar na parede do
clon ou na gordura circundante tc, em 2 meses, mostraram
associao estatisticamente significativa com a converso da ci-
rurgia. Concluso: a presena de abcesso e/ou bolhas de ar nos
achados de tc, 2 meses antes da cirurgia, foram preditores
significantes de converso da cirurgia laparoscpica para
diverticulite.
TL144 - IMPLANTAO DA VIDEOLAPAROSCOPIA EM SER-
VIO DE COLOPROCTOLOGIA
FBIO LOPES, LUCIANA PYRAMO, SINARA LEITE, MARCO
ANTNIO SANTOS, CLEBER MAIA
1. IPSEMG, Instituto de Previdncia dos Servidores de Minas Gerais
Introduo: cirurgias videolaparoscpicas representam uma alternati-
va menos invasiva a cirurgias abdominais, com benefcios j compro-
vados na recuperao dos pacientes. So, porm, de aprendizado lento
e de difcil instalao, necessitando de perodo de treinamento longo e
montagem de infra-estrutura de equipamento e pessoal. Objetivo: apre-
sentar a implantao da tcnica videolaparoscpica no servio de
coloproctologia do hgip, mostrando sua instalao progressiva ao
longo de perodo de dez anos. Mtodos: reviso de pronturios mdi-
cos. Resultados: a videolaparoscopia foi utilizada em 98 cirurgias
colorretais realizadas no perodo de 1999 a junho de 2009. 66 mulhe-
res e 32 homens. 37 pacientes apresentavam diagnstico de cncer;
13 polipos malignizados, 12 megacolon chagsico, 9 complicaes de
doena diverticular colnica, 8 endometriose, 2 fistula retovaginal e 2
prolapso retal. Foram 46 retossigmoidectomias, 21 colectomias direi-
tas, 10 cirurgias de duhamel, 5 colectomias totais, 4 colectomias es-
querdas, 3 amputaes abdominoperineais. Enquanto apenas quatro
foram realizadas no ano de 1999, 26 foram realizadas em 2008, o que
corresponde a cerca de 30% de todas as cirurgias de grande porte do
servio no perodo. 17 cirurgias foram convertidas, apenas 2 no ano
de 2008. Concluso: a tcnica videolaparoscpica j est presente e
consolidada na coloproctologia, com um histrico amplo de cirurgias
bem sucedidas e bons resultados. No servio de coloproctologia do
hgip vem ocupando espao cada vez maior, sendo atualmente realiza-
da por trs dos seis integrantes da equipe.
TL145 - REVISO DOS RESULTADOS DE APENDICECTOMIA
VIDEO-LAPAROSCPICA COM TICA EM POSIO SU-
PRA-PBICA
NIGRO R, MORY EK
1. HMSC, Hospital e Maternidade So Camilo
Introduo: a apendicectomia vdeo-laparoscpica vem sendo adotada
como mtodo teraputico de escolha no tratamento da apendicite
aguda em diversos servios. Variaes da tcnica utilizando
grampeadores, clipes e endoloopstm , sem a confeco da bolsa de
oschner, tem sido propostas, porm no demonstraram vantagens
evidentes. A falta de um consenso quanto melhor tcnica a ser
empregada levou ao desenvolvimento de uma metodologia alternati-
va baseada no uso de tica de 30o em posio supra-pubica e confec-
o de sutura em bolsa com invaginao do coto apendicular. Objetivos:
avaliar os resultados do uso da com tica de 30o em posio supra-
pbica na apendicectomia vdeo-laparoscpica mtodos: reviso dos
casos submetidos apendicectomia vdeo-laparoscpica com uso de
tica de 30o em posio supra-pbica no perodo de fevereiro de 2007
a maio de 2009. O procedimento foi padronizado com posicionamento
do paciente em trendelemburg e inclinao lateral esquerda com per-
nas afastadas e uso de 3 trocars localizados em posio umbilical
(10mm), fossa ilaca direita (5mm) e supra-pbica (10mm). A tica
foi posicionada na puno supra-pbica, sendo manipulada por auxili-
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Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
ar localizado entre as pernas do paciente. A apendicectomia realiza-
da por meio de ligadura com ponto transfixante de ethibond e clipagem
do coto distal com seco do apndice, seguida de confeco de sutura
em bolsa e invaginao do coto apendicular (ethibond). A retirada da
pea cirrgica realizada por meio da puno supra-pbica aps troca
do posicionamento da tica. Resultados: a anlise dos pronturios de
pacientes operados por apendicite aguda identificou 42 pacientes sub-
metidos apendicectomia por vdeo-laparoscopia no mtodo propos-
to. O grupo apresentava idade mdia de 29,7 anos e predomnio do
sexo masculino (64,2%). Em nenhum dos casos foi necessria a con-
verso e apenas dois apresentaram abscesso localizado como compli-
cao ps-operatria, tratados clinicamente. No houve casos de in-
feco de ferida operatria. O tempo mdio de internao foi de 2,2
dias. Concluso: o posicionamento da tica em regio supra-pbica na
apendicectomia vdeo-laparoscpica apresenta resultados semelhan-
tes aos encontrados na literatura com a vantagem de melhorar a
ergonomia e apresentar bons resultados estticos, proporcionando
perfeita visualizao das estruturas anatmicas.
TL146 - RESSECO DISCIDE NO TRATAMENTO DA
ENDOMETRIOSE PROFUNDA INTESTINAL: EXPERINCIA INI-
CIAL
NIGRO R, MORY EK, GIBRAN L, SAKAE F
1. HMSC, Hospital e Maternidade So Camilo
Introduo: o tratamento cirrgico da endometriose profunda visa a
ablao completa dos focos de doena. A resseco segmentar tem
sido utilizada como padro no tratamento da endometriose intestinal.
Devido alta morbidade associada ao procedimento, nezhat et al.
Propuseram metodologia alternativa baseada na resseco total da
parede anterior do reto-sigmide. A resseco discide est indicada,
principalmente, nos casos de endometriomas pequenos e isolados de
localizao alta. As principais vantagens deste mtodo so os baixos
ndices de complicaes intra e ps-operatrias e baixa incidncia de
alteraes da motilidade reto-anal. Alguns aspectos envolvendo a do-
ena residual neural geram grandes discusses na literatura, porm sem
implicao clnica conhecida. Objetivo: apresentar a experincia ini-
cial do servio na realizao da resseco discide, bem como discutir
sua indicao no tratamento da endometriose intestinal mtodos: ao
todo, 7 pacientes foram selecionadas para a avaliao inicial da
resseco discide no tratamento da endometriose profunda. Todas as
pacientes foram avaliadas por equipe multidisciplinar composta por
ginecologistas e coloproctologistas. Todas as pacientes selecionadas
eram assintomticas do ponto de vista intestinal e j possuam indica-
o de abordagem cirrgica por focos de endometriomas extra-intes-
tinais. As leses intestinais foram avaliadas por colonoscopia e resso-
nncia magntica e atendiam aos critrios de indicao por resseco
discide relatados na literatura (at 3 cm de dimetro e envolvendo
menos de metade da circunferncia da ala) resultados: a mdia de
idade das pacientes foi de 33,7 anos. O tempo cirrgico variou entre
156 e 240 minutos, dependendo do procedimento associado resseco
discide. Todas as leses apresentavam margens livres na avaliao
antomo-patolgica. A mdia de permanncia hospitalar foi de 2,4
dias, sem intercorrncias no ps-operatrio imediato. No foram re-
latados casos de deiscncia, fstula ou complicaes ps-operatrias
tardias. Concluso: a experincia inicial com a resseco discide de
endometriose intestinal indica que o procedimento seguro, apresen-
tando baixo ndice de complicaes e permitindo a resseco comple-
ta da leso, desde esta possa ser englobada na rea de resseco do
grampeador. A aplicao do procedimento pode ser indicada inclusive
em pacientes assintomticas ou oligossintomticos, evitando resseces
mais agressivas associadas maior morbidade.
TL147 - LIGADURA DA ARTRIA RETAL SUPERIOR NA
RESSECO SEGMENTAR NO TRATAMENTO DA
ENDOMETRIOSE INTESTINAL: QUAL O IMPACTO NOS RE-
SULTADOS PS-OPERATRIOS?
NIGRO R, MORY EK
1. HMSC, Hospital e Maternidade So Camilo
Introduo: a resseco segmentar constitui hoje a principal modali-
dade teraputica no tratamento da endometriose intestinal. Conside-
rando o carter benigno da doena, os ndices de complicaes relaci-
onados alteraes da diurese, defecao e funo sexual relatados na
literatura encontram-se acima do desejado. Muitas dessas complica-
es so causadas pela leso da inervao plvica. Diversas tcnicas de
preservao dos nervos plvico esto em estudo com resultados vari-
veis. O objetivo das mesmas realizar a correta identificao e pre-
servao dos nervos dos ligamentos tero-sacral e cardinais. Discute-
se o papel da preservao das estruturas do mesorreto na preveno
das complicaes ps-operatrias relacionadas alteraes urinrias e
intestinais. Objetivo: avaliar a influncia da ligadura da artria retal
superior e exciso do mesorreto na incidncia das complicaes ps-
operatrias da resseco segmentar no tratamento da endometriose
intestinal mtodos: levantamento de pronturio e entrevista das paci-
entes submetidas resseco segmentar vdeo-laparoscpica com li-
gadura da artria retal superior por endometriose intestinal no perodo
de fevereiro de 2007 a maio de 2009 resultados: no perodo, 28 paci-
entes foram submetidas ao procedimento. A mdia de idade era de 31,5
anos e tempo mdio de segmento foi de 7,6 meses. Em 71,4% dos
casos, houve cirurgia ginecolgica complementar com resseco de
outras estruturas plvicas. Apenas 3 pacientes apresentaram reteno
urinria com necessidade de cateterizao, evoluindo com resoluo
espontnea at a alta. Com relao a sintomas intestinais, 28,5%
apresentavam queixa de obstipao previamente ao procedimento,
havendo melhora de 75% dos casos aps o procedimento. No foi
relatada piora dos sintomas. O procedimento apresentou 89,2% de
aprovao, sendo a persistncia de algum grau de dor plvica a princi-
pal queixa. No entanto, todas as pacientes se submeteriam ao procedi-
mento novamente, caso fosse necessrio. Concluses: a resseco
segmentar vdeo-laparoscpica um procedimento cirrgico eficaz e
seguro no tratamento da endometriose intestinal. A ligadura da artria
retal superior e exciso do mesorreto pode ser realizada sem maiores
implicaes na incidncia de complicaes ps-operatrias, desde que
a cirurgia seja realizada com a devida identificao das estruturas
plvicas e por cirurgies habilitados
TL148 - IMPACTO DA EXPERINCIA DA EQUIPE CIRRGICA
NO TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCPICO DA DOENA
DIVERTICULAR DO SIGMIDE
RODRIGUES, LV1, REGADAS, FSP1, MURAD-REGADAS, SM1,
SIEBRA, JAG1, KENMOTI, VT1, SURIM, WS1, SOUSA, FJA1,
FERNANDES, GOS2
1. UFC, Universidade Federal do Cear2. CCC-HSC, Centro de
Coloproctologia do Cear-Hospital Sao Carlos
Introduo:A doena diverticular acomete mais de 50% da populao
acima de 50 anos e aproximadamente 10-20% desses pacientes neces-
sitaro de cirurgia durante a evoluo da doena.A videolaparoscopia
tem se mostrado segura no tratamento das afeces colorretais, inclu-
indo a doena diverticular. Objetivos:Verificar se a experincia da
equipe cirrgica influencia nos resultados do tratamento
videolaparoscpico da doena diverticular. Mtodos: Analisou-se re-
trospectivamente 297 pronturios de pacientes submetidos a cirurgia
laparoscpica colorretal no perodo de janeiro de 1994 dezembro de
47
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2008, sendo distribudos em 3 perodos com intervalo de 5 anos.
Foram avaliados os portadores de doena diverticular quanto idade,
sexo, tempo operatrio, converso, complicaes intra e ps opera-
trias relacionadas ao procedimento cirrgico. Utilizou-se os teste
Qui-quadrado e t student para anlise dos resultados comparando os
dados nos 3 perodos estabelecidos. Resultados: Dos 297 pacientes
submetidos a cirurgia laparoscpica para afeces benignas e malignas
colorretais,103 foram operados de doena diverticular. Distribudos
por perodos de 5 anos, evidenciou-se 40/99 casos operados por doen-
a diverticular entre 1994-1998 (PI); 34/77 entre 1999-2003 (PII) e
29/121 entre 2004-2008 (PIII). Desses, 70%, 41% e 44% eram do
sexo feminino (PI, PII, e PIII respectivamente). A media de idade foi
57, 57 e 56 anos; o tempo operatrio mdio foi 182, 185 e 209 min
e o ndice de converso foi 0, 6 e 3% nos PI, PII e PIII respectivamen-
te sem diferena estatstica. As complicaes intra-operatrias foram
de 0, 15 e 3% nos PI, PII e PIII respectivamente com diferena
estatstica entre PI e PII(p<0.05). As complicaes ps-operatrias
foram de 0, 3 e 10% nos PI, PII e PIII respectivamente, sem diferena
significante. Concluso: Conclui-se que os resultados do tratamento
laparoscpico da doena diverticular no se correlacionaram com a
experincia da equipe cirrgica nessa casustica.
TL149 - PROMONTOFIXAO DO RETO POR VIDEO-
LAPAROSCOPIA
ALVES, A.C., LOPES, F.Q., CORTES, M.G.W., OLIVEIRA, T.A.N.,
LAMOUNIER, P.C.C.
1. HFR, Hospital Felcio Rocho
Introduo: a abordagem videolaparoscpica do prolapso retal
considerada segura, com resultados comparveis quanto a recorrncia
em relao s tcnicas abertas. Observa-se ainda diminuio do tem-
po de internao hospitalar e retorno precoce s atividades usuais.
No entanto, existem limitaes ao seu emprego, devido necessida-
de de equipamentos especficos e longa curva de aprendizado.
Objetivo: relato de quatro casos submetidos a promontofixao
vdeolaparoscpica do reto. Mtodos: realizamos anlise retrospec-
tiva dos dados de quatro pacientes submetidos a retopromontofixao
por videolaparoscopia, de 2005 a 2008 no hospital felcio rocho em
belo horizonte, mg. Em todos os casos foram utilizados quatro
trocateres, sendo realizada liberao do reto, com identificao do
nervo sacral ou hipogstrico e preservao dos ligamentos laterais. A
fixao do reto foi realizada com o emprego de material prottico
(tela de mrlex), em posio pstero-lateral. Resultados: a mdia de
idade dos pacientes foi de 47 anos, sendo trs do sexo feminino e um
masculino. Uma paciente apresentava paraplegia aps trauma
raquimedular, outra apresentava depresso e a terceira lombalgia
crnica em uso de bloqueio neural com corticide. O paciente do
sexo masculino no apresentava comorbidades. A mdia do tempo
cirrgico foi de 3 horas e 40 minutos. Trs casos foram completados
por videolaparoscopia, sem intercorrncias per-operatrias. Em ape-
nas um dos casos houve necessidade de inciso cirrgica (pfannenstiel)
devido a no liberao do uso de grampeador laparoscpico pelo
convnio. Neste mesmo paciente houve ainda pequena leso inad-
vertida do reto que foi suturado manualmente. No houve complica-
es cirrgicas ps-operatrias, sendo a mdia de internao hospi-
talar de 3,5 dias. No houve recorrncia do prolapso retal at o
momento. Todos negaram incontinncia fecal e disfuno sexual ou
urinria no ps-operatrio. Em uma paciente tornou-se evidente um
prolapso uterino e est em preparo para correo cirrgica. Duas
pacientes referiram piora da constipao intestinal aps a cirurgia,
com necessidade do uso de laxativos para evacuar. Uma delas
paraplgica h cerca de 30 anos e ambas j apresentavam constipa-
o pr-operatria. Concluses: a promontofixao
videolaparoscpica do reto nos casos analisados associa-se a baixa
morbidade e nenhuma recorrncia at o momento.
TL150 - N.O.S.E NATURAL ORIFICE SPECIMEN
EXTRACTION EM RETIRADA DO RETOSSIGMIDE EM
ENDOMETRIOSE INTESTINAL. UMA ALTERNATIVA A SER
CONSIDERADA
SAGAE, U.E., LIMA, D.M.R, SAGAE, L.M.T., TANAKA, T.M.,
BONATTO, M. W. , TSUCHIYA, R. S. , CARVALHO, C. A. ,
CAVALLI, N
1. UNIOESTE, Universidade Estadual do Oeste Do Parana
Introduo: avano da cirurgia minimamente invasiva por laparoscopia
associado s cirurgias atravs dos orifcios naturais (notes) e extrao
das peas cirrgicas por orifcios naturais (nose) vem ganhando desta-
que. A grande discusso a sua exeqibilidade com segurana, custos e
vantagens. rgos como o retossigmide, tero, vagina e nus esto
to prximos e algumas doenas como endometriose pode acometer
estes dois sistemas. Os autores esto propondo a juno do conheci-
mento de ambas as especialidades para o tratamento cirrgico, inclu-
sive na retirada da doena por um mesmo orifcio, a vagina. Objetivos:
relatar a experincia de vinte casos de pacientes com endometriose no
retossigmide, submetidas retossigmoidectomia via vaginal e
laparoscpica, e demonstrar que a extrao da pea por orifcio natu-
ral (nose - natural orifice specimen extraction) uma alternativa
cirrgica a ser considerada em casos selecionados. Mtodo: vinte paci-
entes com consentimento informado portadoras de endometriose no
retossigmide com indicao cirrgica de resseco foram submetidas
laparoscopia, extrao da pea por via transvaginal e anastomose
mecnica pela tcnica de duplo grampeamento com reforo de sutura
manual em 19 casos. Todas as anastomoses foram extra peritoneais e
sem ostomia protetora. Foram analisados os parmetros como dor,
fstulas, tempo cirrgico, tempo de internamento, alm do resultado
esttico. Resultado: tempo mdio cirrgico foi de 185 minutos; tempo
de internamento de 3,8 dias. No houve complicao intra-operat-
ria. Um caso (5%) de fstula retovaginal necessitou reoperao e ostomia
protetora para soluo da complicao; dois casos (10%) de estenose
da anastomose foram resolvidos com uma sesso de dilatao; uma
paciente (5%) persistiu com sintomas proctolgicos de tenesmo e
puxo e 19 pacientes (95%) relataram melhora significativa das quei-
xas digestivas, num segmento mdio de 24 meses. Concluso: o acesso
vaginal assistido por laparoscopia (nose) com anastomose mecnica
na endometriose do retossigmide factvel, obtendo-se bons resulta-
dos, baixa incidncia de complicaes e com a vantagem de evitar a
mini inciso.
TL151 - EXPERINCIA DO SERVIO DE CIRURGIA GERAL
DO HOSPITAL DO SERVIDOR ESTADUAL DE SO PAULO
EM CIRURGIA COLORRETAL VIDEOLAPAROSCPICA RE-
ALIZADAS POR RESIDENTES E ORIENTADOS POR ASSIS-
TENTES COM GRANDE EXPERINCIA NA TCNICA.
PEDROSO, M.A., MENDES, G.N., JUNIOR, A.B., LUPINACCI, R.A.,
FERREIRA, L.A., FERREIRA, J.M.
1. HSPE, Hospital do Servidor Pblico Estadual de So Paulo
A cirurgia colorretal videolaparoscpica cada vez mais mostra a sua
segurana com uma opo de acesso cirrgico. Com a padronizao da
tcnica cirrgica colorretal videolaparscopica e com a orientao de
assistentes experientes com a tcnica a curva de aprendizado dos
residentes pode ser aprimorada. Neste trabalho reportamos a experi-
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ncia de 100 casos de cirurgias colorretais videolaparoscopicas reali-
zadas entre 2007 e 2009 com os seus resultados cirrgicos.
TL152 - ENDOMETRIOSE INTESTINAL AVALIAO DOS
RESULTADOS DO TRATAMENTO CIRRGICO POR ACES-
SO VDEO-LAPAROSCPICO
BECHARA CS1, LACERDA-FILHO A2, NEIVA AM1, LUZ MMP1,
GOMES DA SILVA R1
1. IAG-UFMG, Grupo de Coloproctologia e Intestino Delgado do Ins-
tituto Al2. HFR, Clnica Coloproctolgica do Hospital Felcio Rocho
Introduo: a incidncia de endometriose intestinal varia de 5,3% a
12%, sendo o reto e o retossigmide afetados em 70% a 93% dos
casos. O tratamento medicamentoso tende a ser ineficaz ou tempor-
rio, com uma taxa de recidiva de at 76%. As opes cirrgicas inclu-
em resseco segmentar ou em disco, sendo que a abordagem
laparoscpica tem demonstrado ser segura e eficaz. Objetivo: avaliar
os resultados dos primeiros casos de tratamento cirrgico por acesso
vdeo-laparoscpico de endometriose intestinal mtodos: anlise re-
trospectiva dos pronturios dos pacientes submetidos a tratamento
cirrgico de endometriose intestinal no perodo de junho de 2006 a
abril de 2009. Foram analisados dados referentes a idade, paridade,
sintomatologia apresentada previamente cirurgia, distribuio das
leses e complicaes ps-operatrias. Resultados: quinze pacientes
foram includas na reviso. A idade das pacientes variou de 27 a 48
anos (mdia de 35,3). Cinco pacientes j tinham tido filhos (30%). Os
principais sintomas pr-operatrios foram: dor abdominal em 14
(93,3%), tenesmo em 10 (66,6%) e eliminao de sangue via anal
durante perodo menstrual em uma paciente (6,66%). O exame
antomo-patolgico confirmou a presena de endometriose profunda
(invaso de muscular do clon) em 100% dos casos. A resseco seg-
mentar foi realizada em todas as pacientes e ileostomia de proteo
foi confeccionada em 2 pacientes (13,3%) com anastomose colorretal
baixa. O reto estava acometido em 12 pacientes (80%) e o sigmide
em 11 (73,3%). Em uma paciente foi observado acometimento do
apndice vermiforme e do leo terminal (6,66%). Colpectomia parci-
al foi realizada em uma paciente (6,66%); histerectomia em 2 pacien-
tes (13,3%) e exrese de implantes no ovrio em 3 pacientes (20%).
A incidncia de complicaes precoces foi 6,66%, correspondendo a
formao de seroma na ferida operatria em um caso. A incidncia de
complicaes tardias foi 13,3%, sendo que uma paciente apresentou
estenose da anastomose e uma paciente apresentou obstruo intesti-
nal por bridas. O tempo de internao variou de 2 a 5 dias (mdia de
3,4 dias). At o tempo de segmento atual, no observamos recidiva da
doena em nenhum caso. Concluses: pode-se concluir que a
endometriose intestinal pode ser tratada por via laparoscpica com
baixa morbidade; a resseco segmentar parece ser segura e eficaz em
prevenir a recidiva da doena.
TL153 - DIFERENCAS ENTRE OS SITIOS DE EXTRAO DA
ESPECIME CIRURGICA NA COLECTOMIA LAPAROSCOPICA
DA LUZ MOREIRA A., ROTTOLI M., GEISLER D., VOGEL J.,
KIRAN R.
1. CCF, Cleveland Clinic
Introduo: a espcime cirrgica pode ser extrada de diferentes ma-
neiras na colectomia laparoscpica. Poucos estudos compararam as
complicaes relacionadas aos diferentes tipos de inciso. Objetivo:
as complicaes de ferida operatoria foram comparadas entre os dife-
rentes stios de extrao da espcime cirrgica na colectomia
laparoscpica. Mtodo: pacientes submetidos a colectomia
laparoscpica entre 2004 e 2008 foram analizados. Pacientes com
hernia incisional previa, casos convertidos para cirurgia aberta e
reoperados em 30 dias foram excluidos. Converso para cirurgia aber-
ta foi definida como inciso cirurgica maior que 8cm. Foram coletados:
dados demograficos, comorbidades, indice de massa corporal, diagns-
tico, uso de corticides, cirurgia abdominal prvia, stio de extrao
(transversa, mediana ou pfannenstiel), tipo e durao da cirugia, perda
sangunea estimada, criao de estoma e uso de protetor de ferida ou
portal para hand-assisted laparoscopy (hal). Um modelo de regressao
logistica foi utilizado para avaliar a associacao independente das
variaveis com infeco de ferida e hrnia incisional. Resultado: 598
pacientes foram includos neste estudo. Destes, 326 (54%) eram mu-
lheres e a idade mediana foi de 54 (10-93) anos. Em 339 (57%)
pacientes a espcime cirrgica foi extrada por uma inciso mediana,
em 185 (31%) por inciso de pfannestiel e nos 74 (12%) pacientes
remanescentes a extrao se deu por inciso transversa. O tamanho
mediano das incises foi de 5 (3-8) cm. Aps um seguimento mediano
de 12,1 (1,2 58,4) meses as taxas de infeco de ferida e de hrnia
incisional foram de 11,2% e 5,5% respectivamente. Obesidade (p< 0.
01), idade (p=0. 03), infeco de ferida (p=0. 01) e extrao por
inciso mediana (p=0. 02) foram os fatores de risco independentes
para a ocorrncia de hrnia incisional. Obesidade foi o unico fator de
risco independente associado a infeco de ferida (p=0. 02). Uso de
portal para hal (p=0. 7), stio de extrao (p=0. 3), ou a utilizao
de protetor de ferida (p=0. 4) no afetaram as taxas de infeco de
ferida. Concluso: enquanto a taxa de infeco de ferida operatoria
no foi afetada pelos diferentes stios de extrao, hrnias incisionais
foram significativamente mais comuns em pacientes que tem
espciemes extradas por incises medianas.
TL154 - HEPATECTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA DE
METSTASE COLORRETAL RELATO DE CASO
RIBEIRO, M.A.1, AQUINO, C.G.G.1, GOMES, C.M.C.N.2, GALLO,
A.S.1, FERREIRA, F.G.1, KOSZKA, A.J.M.1, SANTOS, M.F.1,
SZUTAN, L.A.1
1. FCMSCSP, Faculdade de Cincias Mdicas da Santa Casa de So
Paulo2. ISCMSP, Irmandade da Santa Casa de Misericrdia de So
Paulo
Nos ltimos dez anos os procedimentos laparoscpicos apresentaram
avanos importantes. Praticamente todos os procedimentos so
factveis pela videolaparoscopia. Entrentanto, alguns procedimentos
ainda no so realizados rotineiramente em nosso meio. Nos ltimos
anos houve um melhora importante nos resultados de sobrevida dos
pacientes com metstase colorretal devido aos melhores resultados
das hepatectomias e a melhoria da quimioterapia. Muitos grupos j
apresentam sobrevidas de mais de 50% em 5 anos, e alguns j analisam
resultados de 10 anos. Contudo o real papel das resseces
videolaparoscopicas das metstases ainda no est completamente
esclarecido. No grupo de fgado e hipertenso portal de nossa institui-
o realizamos, no perodo de maio de 2008 a maio de 2009, cinco
resseces laparoscpicas, sendo apenas um caso de paciente com
metstase colorretal, motivo do presente relato. Paciente do sexo
masculino, 35 anos, no ps-operatrio 1 ano de retossigmoidectomia
apresentou metstase heptica em segmento ii e iii, submetido a
segmentectomia lateral esquerda videolaparoscpica sem
intercorrncias. A pea cirrgica foi retirada atravs de inciso medi-
ana infra-umbilical (sobre inciso prvia). No apresentou complica-
es ps-operatrias. Apresentou metstase pulmonar, sendo subme-
tido resseco sem intercorrncias. Encontra-se hoje no ps-opera-
trio 1 ano da resseco heptica, assintomtico e sem sinas de reci-
diva da doena.
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Setembro, 2009
TL155 - ANLISE RETROSPECTIVA DE 504 COLONOSCOPIAS
REALIZADAS NO CENTRO DE ESPECIALIDADES MDICAS
DA SANTA CASA DE BELO HORIZONTE
OLIVEIRA, R.G., FARIA, F.F., LIMA-JNIOR, A.C.B., RODRIGUES,
F.G., BRAGA, A.C.G., CONSTANTINO, J.R.M, SILVA, I.G., CRUZ,
G.M.G.
1. SCBH, Santa Casa de Belo Horizonte
Introduo: a colonoscopia um mtodo consagrado no diagnstico e
terapia de afeces colorretais e de leo terminal. A partir de junho de
2008, foi inaugurado o servio de colonoscopia do centro de especia-
lidades mdicas da santa casa de belo horizonte, composto pelos mem-
bros do grupo de coloproctologia da mesma instituio. So realizados
exames da rede pblica municipal, com mdia de 50 exames mensais.
Aps 1 ano de experincia do servio, foi feita uma anlise dos exa-
mes realizados. Objetivo: promover uma anlise retrospectiva de 504
colonoscopias ambulatoriais, realizadas no perodo de junho de 2008
at maio de 2009, no centro de especialidades mdicas da santa casa de
belo horizonte. Mtodo: foram selecionados os laudos de 504
colonoscopias realizadas em carter ambulatorial, no perodo de ju-
nho de 2008 a maio de 2009, e analisadas as variveis, como perfil do
paciente, indicao da colonoscopia, profissional solicitante, qualida-
de do preparo, achados colonoscpicos e anatomopatolgico de bipsias
realizadas. Resultados: 26% dos pacientes tinham faixa etria entre 51
e 60 anos, e dois teros dos mesmos eram do sexo feminino. Oitenta
por cento dos exames foram solicitados pelo grupo de coloproctologia
da santa casa de belo horizonte. As principais indicaes foram he-
morragia digestiva baixa (13%) e controle ps-operatrio de neoplasia
colorretal (12%). O preparo foi considerado adequado em 71% dos
casos. Atingiu-se o ceco em 88% dos exames. Vinte e seis por cento
dos exames foram normais. Os achados principais foram plipos (28%)
e diverticulose (24%). A maioria dos plipos identificados eram me-
nores que um centmetro e diagnosticados como adenomas com
displasia de baixo grau ao exame histopatolgico. No foi constatada
nenhuma complicao ps-colonoscopia. Os dados obtidos foram com-
parados a estatsticas de outros servios, sendo semelhantes em mlti-
plos aspectos. Concluso: a amostra populacional avaliada no presen-
te estudo condizente com demais trabalhos, no que diz respeito a
queixas clnicas que indicam a investigao colonoscpica, os achados
colonoscpicos e os respectivos anatomopatolgicos de bipsias rea-
lizadas. Nota-se a aceitvel qualidade dos exames realizados pelo gru-
po de coloproctologia da santa casa de belo horizonte, baseando-se no
nvel colnico atingido. Alm disso, os mtodos de preparos colnicos
so aceitveis, dado ao grau de limpeza atingido pelos mesmos.
TL156 - AVALIAO COMPARATIVA DE PREPARO INTESTI-
NAL PR-COLONOSCOPIA COM LACTULOSE A 8% E
PICOSSULFATO DE SDIO - ESTUDO PROSPECTIVO
RANDOMIZADO DE 200 CASOS - ANLISE PRELIMINAR DE
70 CASOS
OLIVEIRA, R.G., FARIA, F.F., LIMA-JNIOR, A.C.B., RODRIGUES,
F.G., NEVES, P.M., FERREIRA, R.M.R.S., LANNA, D., CRUZ, G.M.G.
1. SCBH, Santa Casa de Belo Horizonte
Introduo: a colonoscopia atualmente considerada o exame pa-
dro-ouro para avaliao do clon e leo terminal, com objetivos
diagnsticos e teraputicos. Entretanto, um exame que exige prepa-
ro, o que traz insatisfao e riscos ao paciente. Dentre os preparos j
utilizados, destacam-se a lactulose e picossulfato de sdio. No exis-
tem estudos na literatura comparando ambas as substncias, sendo este
um estudo-piloto. Objetivo: realizar uma anlise preliminar dos pri-
meiros 70 pacientes do estudo comparativo randomizado, ainda em
andamento, entre lactulose e picossulfato de sdio no preparo intesti-
nal para colonoscopia em 200 pacientes. Mtodo: 200 pacientes com
indicao de colonoscopia eletiva foram selecionados, respeitando os
critrios de incluso e excluso, e distribudos de forma aleatria e
randomizada em 2 grupos de preparo intestinal (grupo 1: lactulose;
grupo 2: picossulfato de sdio). O colonoscopista no teve acesso ao
preparo realizado, sendo posteriormente submetido a um questionrio
com as variveis a serem analisadas, dentre elas a qualidade do preparo
e comodidade do paciente ao uso do mesmo, sintomas durante e aps
o preparo e satisfao do colonoscopista com o resultado obtido com
o preparo. . Tal estudo encontra-se em andamento, sendo, portanto,
analisados os 70 primeiros casos de forma preliminar. Resultados: a
idade mdia foi de 57,8 anos, sendo 60% do sexo feminino, e 65,7%
com primeiro grau incompleto. Lactulose foi usada em 45,7% dos
exames, e picossulfato de sdio em 54,3%. A aceitao foi maior com
o uso de picossulfato de sdio (79% x 71%). O sintoma mais prevalente
entre os 2 tipos de preparo foi clica abdominal (19,8% dos casos),
assim como no uso de picossulfato de sdio (28,9%). J com o uso de
lactulose, vmito foi mais prevalente (28,1% dos casos). Os achados
endoscpicos no interferiram de forma significativa no resultado do
preparo realizado. O uso de lactulose proporcionou melhor preparo
intestinal (75% x 55,3%). O grau de satisfao do colonoscopista foi
maior com o uso da lactulose (81,3% x 68,4%). Concluso: o uso de
lactulose e do picossulfato so aceitveis para o preparo intestinal
para colonoscopia, com grau de limpeza e satisfao do colonoscopista
adequados. Neste estudo, h uma tendncia para melhores resultados
com o uso da lactulose, porm com menor tolerncia. Entretanto,
devido ainda a uma pequena amostra analisada, qualquer concluso a
respeito do mesmo pode ser precoce.
TL157 - A CONCENTRAO DE LACTULOSE NO PREPARO
INTESTINAL ALTERA SUA QUALIDADE E TOLERABILIDADE?
FORMIGA, F.B., ROCHA, K.G., CRUZ, S.H.A., FONOFF, A.M.,
CANDELRIA, P.A.P., FANG, C.B., CAPELHUCHNIK, P., KLUG,
W.A.
1. FCMSCSP, Disciplina de Coloproctologia da Santa Casa de So Paulo
Introduo: A busca do melhor preparo de clon para realizao de
colonoscopia, que seja eficaz, simples e com boa tolerabilidade ainda
um desafio. Objetivos: Comparar a eficcia do preparo intestinal e
tolerabilidade da soluo de lactulose a 10% versus 13% para
colonoscopia. Mtodos: Dois grupos historicamente distintos, reali-
zaram exame colonoscpico com avaliao prospectiva de
tolerabilidade (nuseas, vmitos e clicas) e qualidade do preparo (ex-
celente, boa, regular e m). O grupo A com 176 pacientes que realiza-
ram exame entre fevereiro de 1993 a janeiro de 1996 usando lactulose
a 10% e o grupo B avaliado pela mesma equipe e com os mesmos
critrios, com 123 pacientes entre maro e junho de 2009 usando
lactulose a 13%. Resultados: O grupo A apresentou preparo excelente
e bom em 84,04% enquanto o grupo B em apenas 67,47% com
p<0,0003. O nmero de exames inconclusivos por mau preparo foi
semelhante entre os grupos: 3,98% no grupo A e 2,43% no grupo B.
Quanto a tolerabilidade, os grupos se mostraram semelhantes com
31,82% dos pacientes do grupo A e 28,45% do grupo B apresentando
algum sintoma (p=0,26). Porm o fato da quantidade de volume
ingerida pelo grupo B ser menor (620mL versus 1000mL do grupo A),
proporcionou menos nuseas e vmitos: 40,9% no grupo A e 12,19%
no grupo B. Concluses: A concentrao de lactulose altera o preparo
intestinal. H menor eficcia para a concentrao a 13% do que a
10%, devido ao menor efeito mecnico da primeira soluo. A
tolerabilidade geral mantida, mas o preparo de menor volume supera
o quadro emtico.
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TL158 - ELETROCOAGULAO BIPOLAR NO TRATAMEN-
TO DA PROCTITE ACTNICA: TRABALHO PROSPECTIVO
SILVA, E.J., GONALVES, S.O., FERRO, H.M., GOMES, M.A.P.,
LINS, R.R., ALMEIDA, E.
1. HSE, Hospital dos Servidores do Estado
Introduo:sangramento anal por proctossigmoidite actnica ocorre
em 15 % dos pacientes submetidos radioterapia para tratamento de
neoplasias malignas da pelve. Objetivo: analisar o desempenho da
eletrocoagulao bipolar no tratamento deste sintoma. Mtodos: tra-
balho prospectivo com 20 pacientes portadores de sangramento por
proctossigmoidite actnica submetidos a sesses consecutivas de
eletrocoagulao bipolar. Critrio de incluso: sangramento crnico
no controlado por meios clnicos, mltiplas telangiectasias e
colonoscopia completa. Analisamos idade, tempo de aparecimento
dos sintomas aps radioterapia, extenso da doena, nmero de ses-
ses necessrias, ndice de cura endoscpica e do sangramento. Con-
frontamos o desempenho do plasma de argnio tendo por base a
literatura. Qui-quadrado foi usado para avaliar nmeros absolutos. P<
0,05 foi considerado significativo. Resultados: 20 pacientes com cn-
cer, 14 homens ( prstata ) e 6 mulheres ( colo do tero. Faixa etria
em anos 72+/-8, variando de 48 ( tero ) a 84 ( prstata ). Tempo do
incio dos sintomas em meses 15+/-8, mnimo de 2 , mximo 24.
Extenso da doena em centmetros, 14+/-8 sendo a mnima 6 e
mxima 40. Resoluo endoscpica e clnica em 17 ( 85% ), nmero
de sesses 4+/-2, com o mnimo de 1, tero, mximo de 6 para prs-
tata. Complicaes: lcera 4 ( 20% ), estenose 2 ( 10% ). Seguimento
variando de 3 meses a 1 ano. Consultando a literatura internacional
encontramos um pool de 158 pacientes tratados com plasma de argnio
com desempenho teraputico de 142 ( 89,8% ) p> 0,05. Concluses:
eletrocoagulao bipolar mtodo eficaz e seguro tendo eficcia com-
parvel ao tratamento com plasma de argnio.
TL159 - ACHADOS COLONOSCPICOS DE 365 DOENTES
COM HEMORRAGIA DIGESTIVO BAIXA
OLIVEIRA.A.C., SILVA,A.F., FONSECA,F.E., ARAKAKI,K.S.,
MACHADO,S.P.G., GONTSCHAROW,S., MANZIONE,C.R.,
VILARINO,T.C.
1. HSPM-SP, Hospital do Servidor Pblico Municipal - So Paulo
Objetivo: avaliar as possveis fontes de sangramento de doentes, com
queixa de sangramento digestivo baixo, com exames colonoscpicos.
Material e mtodo: avaliao dos laudos dos exames colonoscpicos
de 365 doentes com queixa de hematoquesia ou de enterorragia, com-
parando os achados endoscpicos de acordo com o volume de
sangramento, o sexo e a idade dos doentes. Eram 235 mulheres (64,4%)
e 130 homens (35,6%) com idade mdia de 59,3 anos (extremos entre
9 e 93 anos), sendo que 132 referiram enterorragia (36,2%) e 223
apresentaram hematoquesia (63,8%). O exame proctolgico inicial
no revelou a fonte do sangramento. Resultados: os exames foram
normais em 121 doentes (33,1%), 108 apresentavam plipos (29,6%),
102 com divertculos (28%), 50 com tumor (13,7%), 24 com doenas
inflamatrias do intestino (6,6%) e 11 com angiodisplasia (3%). Ha-
via mais que uma leso em 48 doentes (13,1%). Entre os achados mais
freqentes quando a queixa foi hematoquesia observamos: plipos
(34,5%) e exame normal (32,3%). Nas enterorragias, os divertculos
(41,3%) e o exame normal (33%) foram os mais comuns. A relao
achado/mdia etria revelou que o grupo mais jovem foi o dos que
apresentavam doenas inflamatrias (46 anos) e o dos mais idosos foi
o dos portadores de divertculos (66,5 anos). A avaliao estatstica
mostrou que as doenas diagnosticadas diferiram conforme o volume
do sangramento (p>0,01), alm disso, os plipos foram mais diagnos-
ticados entre os homens (p > 0,005) e com as outras doenas no
houve diferenas de incidncia quanto ao gnero. Concluso: os resul-
tados aferidos nas condies de execuo do presente estudo permiti-
ram concluir que as possveis fontes de sangramento digestivo baixo
variaram conforme o volume de sangramento e a idade dos doentes.
TL160 - EXAMES COLONOSCPICOS NO SEGUIMENTO EM
50 PORTADORES DE DOENAS INFLAMATRIAS INTESTI-
NAIS
GHORAYEB,N.M., MANZIONE,C.R.
1. CMN, Clnica Manzione Nadal
O objetivo do nosso estudo apresentar os aspectos endoscpicos de
50 portadores de doenas inflamatrias intestinais acompanhados em
clnica particular e submetidos a exames colonoscpicos para segui-
mento. Mtodo: trata-se de 36 doentes de recotocolite ulcerativa
inespecfica e 14 de doena de crohn dos clons, em acompanhamen-
to desde 1998. So 36 mulheres com mdia etria de 40,7 e 51 anos,
respectivamente, com doena de crohn e retocolite ulcerativa, e 14
homens com mdia de idade de 58,7 e 49,6 anos, respectivamente,
entre aqueles com doena de crohn e retocolite ulcerativa. Os exames
colonoscpicos foram feitos seis e 12 meses aps o incio do trata-
mento. Avaliamos a distribuio quanto idade, o mapeamento clico
durante primeiro exame colonoscpico e a distribuio da extenso
das leses comparando homens e mulheres, para cada doena, alm da
evoluo com o tratamento medicamentoso proposto em compara-
o com a distribuio das leses no clon e reto. Resultados: a ocor-
rncia por idade mostrou curva com pico na sexta dcada na retocolite
ulcerativa e dois picos, na quarta e sexta dcadas na doena de crohn.
Na retocolite ulcerativa, o comprometimento clico foi mais
freqentemente universal nos homens e no clon esquerdo nas mulhe-
res (p >0,05). No houve diferena entre os sexos na doena de crohn,
nem em relao distribuio das leses. No primeiro exame de con-
trole, no observamos melhora do quadro endoscpico, apesar da
melhora dos sintomas. No segundo exame observamos o seguinte: o
tratamento foi mais efetivo entre os portadores de apenas retite na
retocolite ulcerativa, quando comparados queles com colite esquerda
ou colite universal (p>0,05) apenas trs (8,3%) doentes de retocolite
no apresentaram melhora do quadro inicial, todos com colite univer-
sal, sendo que 16 (44,4%) apresentaram remisso total e 17 (47,2%)
referiram remisso parcial do quadro endoscpico. Entre os doentes
de crohn, 12 (85,7%) apresentaram melhora dos sintomas e remisso
parcial do quadro endoscpico. Concluso: baseados em nossos resul-
tados conclumos que o quadro endoscpico somente apresentou me-
lhora aps um ano do incio do tratamento, que nossos doentes mas-
culinos tiveram mais retocolites ulcerativas com distribuio univer-
sal, que a colite esquerda foi mais comum entre as mulheres e a doena
na forma de retite teve melhor evoluo que nas demais formas.
TL161 - ANLISE DE 467 ADENOMAS COLORRETAIS IDEN-
TIFICADOS EM EXAMES COLONOSCPICOS
SOUZA, GRMR, MACHADO, SPG, GONTSHAROW, S, MANZIONE
CR, MICHELS, R, RIBEIRO JGS, ALMEIDA, MG, VILARINO, TC
1. HSPM-SP, Hospital do Servidor Pblico Municipal
Objetivo: avaliar os achados dos exames colonoscpicos realizados
para rastreamento de plipos colorretais e para seguimento ps-
polipectomia, comparando-os com os da literatura. Mtodo: anlise
dos laudos dos exames colonoscpicos e dos histopatolgicos dos
adenomas colorretais dos 467 adenomas ressecados em 386 exames
colonoscpicos realizados entre 2004 e 2008. Eram mulheres em sua
51
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maioria (65,8%) e com mdia etria acima dos 50 anos. As indicaes
mais freqentes foram: controle ps-polipectomia em 37,3%;
rastreamento para carcinoma colorretal, em 19,7%; sangramento di-
gestivo baixo, em 18,9%; e alterao do hbito intestinal, em 10,1%.
Resultados: nos exames para seguimento observamos novos adenomas
em 50% dos doentes. Os plipos eram isolados em 64,2%; dois em
18,9%, trs ou mais em 16,9%. As leses localizavam-se no hemiclon
esquerdo em 64,9% e no direito em 35,1%. As leses eram ssseis em
80,9%. O tamanho das leses foi de at 5 mm, em 66,1%; entre 6 e 10
mm, em 16% e maior que 10 mm em 17,9%. Concluso: conclumos
que nossa casustica de adenomas colorretais est de acordo com a
literatura: plipos pequenos e ssseis, maior incidncia acima dos 50
anos e localizao preferencialmente distal,
TL162 - TRATAMENTO ENDOSCPICO DA RETITE ACTNICA
HEMORRGICA COM PLASMA DE ARGNIO: EXPERIN-
CIA DO HC/UNICAMP
CAMARGO, M.G., RAMOS, A.P., OLIVEIRA, P.S.P., MORELLI, U.,
LEAL, R.F., AYRIZONO, M.L.A., FAGUNDES, J.J., COY, C.S.R.
1. UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas
Introduo: a retite actnica uma complicao da radioterapia para o
tratamento de neoplasias malignas plvicas. O sangramento da retite
actnica pode ser de difcil controle clnico, levando a anemia e trans-
fuses sanguneas. Objetivo: avaliar os resultados da aplicao
endoscpica de plasma de argnio para o tratamento da retite actnica
hemorrgica. Pacientes e mtodos: de fevereiro de 2008 a maio de
2009, foi realizado estudo prospectivo que incluiu 18 pacientes porta-
dores de retite actnica, sendo 8 homens e 10 mulheres. A idade mdia
dos pacientes foi de 63,83 anos completos (variando entre 47 e 81).
Quanto neoplasia de base, todos os homens eram portadores de cncer
de prstata. Por sua vez, 6 mulheres eram portadoras de cncer de colo
uterino, 3 de neoplasia de endomtrio e 1 de cncer de bexiga. Todos os
pacientes apresentavam sangramento intermitente ou dirio, sendo que
5 deles haviam necessitado de transfuses sanguneas. O incio dos sin-
tomas ocorreu, em mdia, aps 18,15 meses de radioterapia (variando
entre 6 e 48 meses). A dose radioterpica prvia foi mdia de 74,38gy
(variando entre 61 e 84,4). Foi utilizada a classificao endoscpica de
sherman (graus i a iv), sendo que 6 pacientes eram portadores de retite
actnica grau i, 6 pacientes de grau ii, e 6 pacientes de grau iii. O
tratamento foi realizado com periodicidade mensal, utilizando fluxo de
2l/min, potncia de 40w e pulso de 0,5s. Resultados: todos os pacientes
melhoraram com o tratamento, sendo que em um deles foi necessria a
complementao com aplicao tpica de formalina. Uma mdia de
1,72 sesses foi necessria para o alvio de sintomas, variando de 1 a 3.
Aps o trmino do tratamento, 7 pacientes no apresentaram mais
sangramento, enquanto 11 mantiveram ocasionais ou raros
sangramentos. Nenhum paciente necessitou de transfuses sanguneas
adicionais aps o tratamento. Para uma paciente, foi indicada
retossigmoidectomia devido a estenose sintomtica de sigmide, prvia
ao tratamento endoscpico. O tempo de seguimento mdio foi de 6,39
meses (variando entre 1 e 15). O procedimento foi bem tolerado pelos
pacientes, sem complicaes significativas. Concluso: a aplicao
endoscpica de plasma de argnio para o tratamento da retite actnica
hemorrgica um mtodo seguro, bem-tolerado e eficaz.
TL163 - COLONOSCOPIA EM CRIANAS COM
ENDOSCPIO CONVENCIONAL CASUSTICA INICIAL
RODRIGUES LV, SIEBRA JAG, REGADAS FSP, MURAD-REGADAS
SM, SURIM WS, SOUSA FJA, KENMOTI, BUCHEN GM
1. UFC, Hospital Universitrio Walter Cantdio UFC
Introduo: a colonoscopia e um exame importante no diagnostico de
varias afeces clicas. Possibilita ainda procedimentos teraputicos
como polipectomia, remoo de corpos estranhos e outros. Objetivos:
analisar colonoscopias com endoscpio convencional em crianas.
Mtodos: foram avaliados retrospectivamente os laudos de exames de
colonoscopia realizados no hospital albert sabin em fortaleza - ce, no
perodo de jan/2008 jan/2009, em crianas ate 15 anos. Foram
avaliados idade, sexo, preparo dos clons, indicaes e achados dos
exames. Resultados: foram analisados 31 colonoscopias, sendo
22(71%)pacientes do sexo masculino e 09(29%) do sexo feminino. A
idade variou de 09 meses a 15 anos, sendo a media de 6,7 anos. As
indicaes foram hematoquezia(61%), diarria com sangue(16%), di-
arria crnica(09%)e outros(12%). O manitol foi utilizado em 29(93%)
pacientes, sendo o preparo considerado bom em 25(81%) dos casos. O
exame foi completo em 21(68%) pacientes. A colonoscopia foi nor-
mal em 11(35%) pacientes. Os achados mais freqentes foram colite
segmentar 08(26%) e plipos 06(19%). Foram realizadas
polipectomias endoscpicas em todos os plipos encontrados. No
foi evidenciado complicaes. Concluso: a colonoscopia com
endoscpio convencional factvel em crianas. A hematoquezia foi
a principal indicao do exame e a colite segmentar o achado mais
freqente.
TL164 - ACOMPANHAMENTO ENDOSCPICO COM
MAGNIFICAO EM PORTADORES DE RCUI DE
LONGA EVOLUO - CORRELAO DOS ACHADOS
ENDOSCPICOS E HISTOPATOLGICOS
OLIVEIRA, PSP, STAUT, JG, CAMARGO, MG, LEAL, RF,
AYRIZONO, MLS, FAGUNDES, JJ, COY, CRS
1. UNICAMP, Faculdade de Ciencias Medicas da Universidade Esta-
dual de Campinas
Introduo: O risco aumentado de desenvolvimento de neoplasia nos
paciente portadores de retocolite ulcerativa inespecfica (RCUI) tor-
na mandatria a realizao de colonoscopia anual nos doentes com
mais de 8 anos de evoluo. Com as opes disponveis para aumentar
a acurcia diagnstica, como a colonoscopia com magnificao asso-
ciada a cromoscopia convencional ou digital possvel proporcionar
um melhor mtodo diagnstico e maior segurana para a conduo do
caso. Objetivos: Demonstrar os achados endoscpicos correlacionados
com a histopatologia das alteraes encontradas nos exames realiza-
dos em pacientes com RCUI no Gastrocentro-UNICAMP. Mtodos:
Estudo restrospectivo das colonoscopias com magnificao realizadas
no Servio entre maro de 2003 e maio de 2009 em portadores de
RCUI. Utilizou-se a classificao de Kudo para a identificao do
padro de cripta. Resultados: Foram realizados 239 exames no Servio
sendo 49 (20,5%) em doentes com RCUI e foram selecionados 22
pacientes com mais de 8 (8-21)anos de evoluo submetidos a
colonoscopia com magnificao e cromoscopia convencional ou digi-
tal, com idade mdia de 54,5 (35-77)anos, sendo 13 (59%) do sexo
feminino. Onze apresentavam pancolite e 11 acometimento restrito
ao clon esquerdo e reto.Dezesseis exames foram realizados com o
colonospio com magnificao Olympus CF200Z e 6 exames com
Fujinon EC490ZW. Dentre os exames com magnificao e
cromoscopia com corantes, 5 apresentaram padro de cripta tipo
inflmatrio, com histopatolgico de colite crnica ativa em 4, pro-
cesso inflamatrio crnico em um e em outro, cujo exame no foi
completo por estenose no sigmide (com suspeita de neoplasia no
laudo), adenocarcinoma. O padro IV (classificao de Kudo) foi en-
contrado em um (adenoma pela histopatologia), IIIL em 3 (2 plipos
hiperplsicos e 1 adenoma), 6 padro I-II (4 processo inflmatrio
crnico e 1 colite crnica leve) e um exame com ausncia de padro
52
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(V) adenocarcinoma diagnosticado pelo exame histopatolgico.Com
o emprego da cromoscopia digital, dois exames revelaram aspecto
inflamatrio (processo inflamatrio crnico a histologia), 2 padro
IIIL (plipos hiperplsicos)e os outros 2 padro II (um plipo
hiperplsico e outro pseudoplipo inflamatrio). Concluso: O em-
prego da cromoscopia associada a magnificao pode contribuir para
a acurcia diagnstica nas leses displsicas e neoplsicas em portado-
res de RCUI.
TL165 - PESQUISA DE SANGUE OCULTO NAS FEZES POSITI-
VA: ACHADOS COLONOSCPICOS EM 53 PACIENTES
KOTZE, P.G., STECKERT, J.S., FREITAS, C.D., STECKERT FI-
LHO, A., ARRUDA, A.
1. PUCPR, Servio de Coloproctologia - Hospital Universitrio Cajuru
Introduo: o carcinoma colorretal apresenta elevada incidncia, com
significativas taxas de morbi-mortalidade. Existem estratificaes de
risco para sua manifestao, tais como histria familial, presena de
plipos, idade avanada, entre outros. Na tentativa de melhorar o
prognstico destes pacientes, a pesquisa do sangue oculto nas fezes
um exame preventivo, pela teoria de que os plipos podem sangrar
intermitentemente. um exame simples, barato, que pode facilitar a
deteco de leses pr-malignas em pacientes assintomticos. Objetivo:
correlacionar os resultados encontrados na colonoscopia de pacientes
que realizaram pesquisa de sangue oculto nas fezes cujo resultado foi
positivo. Analisar o ndice de exames de colonoscopia normais encon-
trados, e compar-lo com a literatura. Mtodo: estudo retrospectivo
realizado entre janeiro de 2007 e maio de 2009, com pacientes que
apresentaram pesquisa de sangue oculto positiva e realizaram
colonoscopia complementar. Variveis analisadas: sexo, idade, hist-
ria familial de cncer colorretal e os achados colonoscpicos. Resulta-
dos: dos 53 pacientes analisados, 36 (65,5%) eram mulheres e 17
(30,9%) homens. A mdia de idade foi 59,9 anos (entre 20 e 80 anos).
A historia familial de cncer colorretal foi positiva em 8 pacientes
(15,1%). A colonoscopia foi normal somente em 13 pacientes (24,5%).
Nas 40 colonoscopias restantes identificaram-se 51 alteraes. Den-
tre os principais achados colonoscpicos destacam-se: plipos (n=26/
51%, doena diverticular (n=18/35,3%), ectasias vasculares (n=2/ 4%)
e neoplasia de clon direito em 1 paciente (2%). Concluses: o mto-
do de pesquisa de sangue oculto alternativa vivel na investigao
inicial para pesquisa de carcinoma colo-retal. A alta incidncia de
plipos, e a neoplasia encontrada nos pacientes desta srie, provam a
importncia deste exame e da complementao com colonoscopia
sempre que positivo.
TL166 - SEGURANA E EFICCIA DA SEDAO NA
COLONOSCOPIA
CARVALHO, MP, CANDELARIA, PAP., KLUG, WA.
1. ISCMSP, Irmandade da Santa Casa de Misericrdia de So Paulo
Introduo: a colonoscopia realizada rotineiramente com sedao
moderada a profunda, contudo h o risco de complicaes
cardiorrespiratrias com o uso dos agentes sedativos. As experincias
de alguns centros mostram que a sedao com baixas doses to segura
quanto a realizao do exame sem sedao, reduzindo episdios de
queda na saturao arterial de oxignio , e reduzindo o tempo de
recuperao ps-sedao. Objetivo: avaliar a segurana do uso de sedao
nos pacientes submetidos colonoscopia bem como a eficincia dos
frmacos utilizados no controle da dor. Mtodo: 199 pacientes subme-
tidos a colonoscopia no servio da santa casa de misericrdia de so
paulo,foram avaliados prospectivamente quanto a dose de sedao
total utilizada, saturao arterial, escore de dor estimada por um ob-
servador independente e o relatado pelo paciente. Estes pacientes
recebiam uma dose inicial de midazolam entre 0,03mg/kg a 0,05mg/kg
e petidina entre 0,3 e 0,5mg/kg, em funo da idade com suplementaes
conforma necessrio. Resultados: dos pacientes submetidos sedao,
81,1% no referiram dor ou referiram desconforto mnimo durante o
exame, porm, 34% tiveram escores de dor de moderado a alto, esti-
mados por observador. O uso da sedao provocou reduo na satura-
o arterial, e esta foi maior quanto maior a dose do midazolam (p=0.
015) e no houve relao com a dose da dolantina. No entanto em
95,5% dos pacientes os nveis de saturao perifrica de hemoglobina
se mantiveram acima de 90% durante todo o exame. Concluso: o uso
de baixa dose inicial de midazolam e dolantina com doses suplementa-
res quando necessrio, obteve controle suficiente da dor durante
colonoscopia com satisfao para o paciente. Provavelmente parte
deste resultado se d em funo do efeito amnsico deste frmaco.
Foram mantidos nveis seguros de saturao arterial durante
colonoscopia e rpida recuperao aps exame.
TL167 - COMPARAO ENTRE AS SOLUES DE
LACTULOSE A 10% EXCLUSIVA E A DE MANITOL, ASSOCIA-
DA AO BISACODIL, PARAO O PREPARO DO CLON PARA
COLONOSCOPIA
SARTOR,MC, GRACIOSA,K, FURLANI, LF, BALDIN, A, BONARDI, RA
1. HC-UFPR, Hospital de Clnicas da Universidade Federal do Paran
Introduo a colonoscopia exame de grande importncia no diag-
nstico e seguimento das doenas clicas, alm de permitir o trata-
mento de muitas delas. procedimento invasivo, sujeito a complica-
es, com graus variados de desconforto e tolerncia, tanto no prepa-
ro do clon quanto na execuo do exame. No existe consenso entre
os diferentes grupos de especialistas quanto ao melhor mtodo de
preparo do clon, que confira bom grau de limpeza, conforto para ser
ingerido, custo baixo e sem efeitos colaterais. Todos os tipos de prepa-
ro envolvem volumes considerveis de solues variadas, com poten-
cial para efeitos colaterais importantes, com maior ou menor grau de
distrbios hidro-eletrolticos. Objetivos o estudo tem como objetivo
avaliar a qualidade de limpeza do clon, o grau de tolerncia ingesta
e as reaes hidroeletrolticas do preparo com soluo de lactulose a
10% em comparao com o preparo usual do servio, constitudo por
manitol e bisacodil. Mtodos trata-se de estudo prospectivo,
randomizado, aplicado aos pacientes atendidos pelo grupo de
coloproctologia, no servio de endoscopia digestiva do hospital de
clnicas do hc-ufpr, normalmente agendados para procedimentos di-
agnsticos e teraputicos. Os exames foram realizados por um nico
examinador, que desconhece o preparo escolhido. A qualidade da lim-
peza intestinal foi graduada em excelente, boa, regular e ruim, confor-
me protocolos j estabelecidos na literatura. Os pacientes foram divi-
didos em dois grupos. O grupo 1 recebeu 1000 ml de manitol a 10%,
seis a oito horas antes do exame, precedido por 4 comprimidos de
bisacodil 18 horas antes do exame. O grupo 2 recebeu 200ml de
lactulose, ingerido com 800 ml de gua ou limonada 18 e 6 horas antes
do exame. Foram determinados os valores de sdio, uria e glicemia,
bem como clculo da osmolaridade srica antes de iniciar o preparo do
clon e logo antes do incio do exame. Resultados participaram do
estudo 81 pacientes, 44 no grupo 1 e 37 no grupo 2, com uma mdia
de idade 53 anos. A principal indicao para o exame foi hematoquezia
em 22,5%. No houve diferena entre os grupos quanto a qualidade do
preparo, efeitos colaterais e alteraes hidroeletrolticas. Concluso a
lactulose propicia um bom preparo do clon e no provoca alteraes
hidro-eletrolticas importantes nos pacientes submetidos a preparo
para colonoscopia, podendo ser utilizada com segurana.
53
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Setembro, 2009
TL168 - ANLISE RETROSPECTIVA DE 623 COLONOSCOPIAS
REALIZADAS NO HMMG - CAMPINAS DE MAIO DE 2008 A
FEVEREIRO DE 2009 E SUAS INDICAES
ROMAGNOLO, L.G.C., OLIVEIRA FILHO,J.J., MORAES,S.P.,
BOLZAM-NASCIMENTO,R., SEV-PEREIRA,G., FALCONE,C.E.,
BARCELLOS,M., PADILHA,M.A.
1. HMMG, HOSPITAL MUNICIPAL MARIO GATTI
Objetivo:correlacionar as indicaes dos exames de colonoscopias
realizados aos achados endoscpicos segundo sexo, faixa etria e risco
para neoplasia colorretal. Mtodo: estudo retrospectivo de 623
colonoscopias realizadas no servio de endoscopia do hospital mario
gatti de campinas durante o perodo de maio/2008 a fev/2009. Resul-
tados: foram avaliados 623 colonoscopias realizadas no perodo de
maio/2008 a fev/2009, houve predominncia de pacientes do sexo
feminino (58,58%) com media de idade em 57,18 anos (idades que
variaram entre 3 e 90 anos). Foram encontrados em 188 exames
plipos clicos (30,17%), sendo estes os achados mais comuns, segui-
do da doena diverticular em 171 exames (27,44%). O diagnstico de
cncer colorretal (ccr) nas colonoscopias avaliadas ocorreu em 41
exames (6,74%). Quanto a localizao das neoplasias diagnosticadas
em 15 exames pacientes foi detectado cncer de reto (2,41%) e 27
com cncer de reto e/ou sigmide envolvidos (65,85%). Das indica-
es mais utilizadas para a realizao de colonoscopia na preveno
de ccr as mais encontradas foram sangramento anal (14,93%), altera-
o do habito intestinal (9,95% das indicaes), seguida por emagreci-
mento (4,65%) e no se mostraram teis da deteco de um nmero
significativo de ccr do total de 41 casos diagnosticados (12,2% do
total de neoplasias diagnosticadas). O estudo colonoscpico para pa-
cientes com teste de sangue oculto positivo nas fezes tambm no se
mostrou til nesta casustica com apenas 5,62% das indicaes e so-
mente 1 paciente com ccr diagnosticado. 38 pacientes foram subme-
tidos a colonoscopia por apresentarem histria de ccr na famlia, em
nenhum deles foi detectada a presena de neoplasia maligna, porm
em 11 (28,95% foram detectados plipos retais). Concluso: nesta
casustica as indicaes usuais para o estudo endoscpico do clon no
se mostraram efetivas para o diagnstico de neoplasias malignas do
clon que ocorreram em sua imensa maioria em pacientes acima dos
50 anos. Um acompanhamento dos exames realizados pelo servio,
com um nmero maior de exames avaliados, deve ser feito no intuito
de se avaliar a persistncia deste padro. O nmero elevado de leses
polipides encontradas neste estudo deve ser referncia para a manu-
teno da colonoscopia como importante exame de preveno s
doenas malignas do clon.
TL169 - ESTUDO RETROSPECTIVO DO RESULTADO
ANATOMOPATOLGICO DE POLIPECTOMIAS COLONOS-
CPICAS NO HOSPITAL SANTA MARCELINA-SP
NETO,IJFC, CARVALHO, GG, AGUIAR, AL, RIGUEIRO, MB,
WATT, HH, SOUZA, RFL, ROLIM, AS, ROBLES, L
1. HSM, Hospital Santa Marcelina-SP
Introduo o estudo anatomopatolgico e gentico dos plipos
colnicos tem se tornado cada vez mais importante devido sua corre-
lao com a incidncia de cncer colorretal e ao fato de a maioria ser
assintomtica. Histologicamente, os plipos podem ser
neoplsicos(adenomas e estromas malignos) ou no neoplsicos(
hamartomas, hiperplsicos e estromas no malignos). No que diz res-
peito ao real papel teraputico da polipectomia, os dados obtidos na
literatura ressaltam a importncia deste procedimento, pois o mesmo
impede a progresso da sequncia adenoma-carcinoma, favorecendo
sua preveno. Objetivo avaliao anatomopatolgica e localizao
de plipos colorretais assim como a utilidade da colonoscopia como
mtodo diagnstico e teraputico. Materiais e mtodo trata-se de um
estudo retrospectivo da anlise de 791 polipectomias realizadas entre
janeiro de 2006 e agosto de 2008 no hospital santa marcelina de
itaquera-sp. Foram analisados dados relativos ao sexo e idade dos
pacientes, localizao dos plipos, doenas colnicas associadas e o
resultado anatomopatolgico das polipectomias. Resultados dos paci-
entes submetidos a polipectomia, 52,4% eram do sexo feminino, com
mdia de idade de 61 anos. A principal localizao anatmica dos
plipos foi verificada no clon distal ao ngulo esplnico,
correspondendo a 40,1%, sendo localizados principalmente no clon
sigmide. Neste trabalho, verificou-se que 47,5% dos portadores de
plipos tinham alguma doena colnica associada, sendo que a princi-
pal delas foi a doena diverticular dos clons. Com relao ao resulta-
do anatomopatolgico dos produtos de polipectomia, 59,6%
correspondia a neoplasia, representada primordialmente pelo adenoma
tubular(43,5%). No nosso trabalho, 0,9% dos plipos analisados
possuiam degenerao maligna a despeito de no apresentarem carac-
tersticas macroscpicas de carcinoma. Concluso constatamos que,
em nossa casustica, a maioria dos plipos colorretais so adenomatosos
e de localizao distal. A colonoscopia considerada um mtodo timo
para deteco de plipos colnicos, tendo em vista a possibilidade de
realizar-se polipectomias teraputicas e evitar a evoluo para carci-
noma.
TL170 - PREPARO INTESTINAL PARA COLONOSCOPIA. ES-
TUDO COMPARATIVO ENTRE AS SOLUOES DE MANITOL
A 10% E , LACTULOSE A 8% E BIFOSFATO DE SDIO
MACHADO, SPG, ALMEIDA , MG, BARAVIERA, AC,
GONTSHAROW ,S, MANZIONE ,CR, FALLEIROS ,V, TEREZA DE
CARVALHO VILARIO, VILARIO, TC, MARIANELLI,R
1. HSPM-SP, Hospital do Servidor Pblico Municipal de Sao Paulo
Objetivo: comparar a eficcia da solues de manitol a 10% , lactulose
a 8% e bifosfato de sdio no preparo intestinal para colonoscopia.
Mtodo: foram avaliados prospectivamente 85 doentes com indica-
o de colonoscopia ambulatorial entre janeiro e maro de 2009. Trs
grupos foram constitudos: a- manitol 10%; b- lactulose; c- bifosfato
de sdio. A classificao de beck foi utilizada na avaliao da limpeza
do clon e outros fatores como complicaes do exame e grau de
tolerabilidade da ingesto da soluo tambm foram analisado. Resul-
tados: as solues atingiram qualidade de preparo classificado como
bom ou superior em mais de 85% dos pacientes. O uso do bifosfato de
sdio determinou menor desconforto , melhor tolerncia e gosto.
Com relao tolerabilidade mais da metade dos pacientes apresenta-
ram desconforto ingesto da soluo, clicas e nuseas foram as
principais complicaes. Concluso: os preparos estudados apresenta-
ram qualidade adequada na limpeza dos clons. O elemento comum em
ambas as solues , o bisacodil, talvez tenha sido o fator determinante
neste resultado.
TL171 - COLONOSCOPIA DIFCIL- INFLUENCIA DE CIRUR-
GIA ABDOMINAL PRVIA
MACHADO, SPG, ALMEIDA , MG, BARAVIERA, AC,
GONTSHAROW ,S, MANZIONE ,CR, FALLEIROS ,V, VILARIO,
TC
1. HSPM-SP, Hospital do Servidor Pblico Municipal de So Paulo
Objetivo: Avaliar a influncia de cirurgia abdominal previa no tempo
de concluso de colonoscopias. Pacientes e mtodo: Analise de 60
colonoscopias em pacientes com cirurgias abdominais previas entre
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Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
setembro de 2008 e junho 2009. Os pacientes foram divididos em 4
grupos: 1- cirurgias do andar superior com incises medianas; 2 -
cirurgias do andar superior com incises subcostais ou paramedianas;
3 cirurgias do andar inferior do abdome no ginecolgicas; 4
cirurgias ginecolgicas. Definiu-se como colonoscopia difcil tempo
de intubao do ceco superior a dois teros do tempo da mdia.
Resultados: Dos 60 pacientes estudados, 21 eram homens e 39 mu-
lheres. A idade mdia foi de 53,5,5 anos (19 88). O Tempo Mdio
de Intubao do Ceco TMIC foi de 19 minutos. Cirurgias do andar
superior do abdome apresentaram pequeno acrscimo no TMIC,
sem significncia estatstica. Cirurgias ginecolgica apresentaram
sensvel acrscimo no TMIC (26 min). De todos os exames, 26
foram considerados difceis, destes 14 apresentavam mais de uma
cirurgia e 24 tinham cirurgias ginecolgicas anteriores. Concluso:
Exames difceis foram mais freqentes em mulheres com cirurgias
ginecolgicas previas e pacientes submetidos a mais de um procedi-
mento cirrgico.
TL172 - COLONOSCOPIA DIFCIL- INFLUENCIA DE DADOS
ANTROPOMTRICOS
MACHADO, SPG,, ALMEIDA , MG, BARAVIERA, AC,
GONTSHAROW ,S, MANZIONE ,CR, FALLEIROS ,V, VILARIO,
TC
1. HSPM-SP, Hospital do Servidor Pblico Municipal de So Paulo
Objetivo: Avaliar a influencia dos dados antropomtricos, sexo e
presena de cirurgia abdomi-pelvica prvia nas taxas de sucesso e
tempo de realizao de colonoscopias Pacientes e Mtodo: Avaliaao
de 82 colonoscopias realizadas entre janeiro e maro de 2009 . Os
pacientes foram divididos em quatro grupos de acordo com o IMC:
Magro (A IMC menor que 18), Peso ideal (B IMC 18 a 24),
sobrepeso (C IMC 25 a 29) obesidade (D IMC maior que 30). Os
dados analisado foram idade, peso, altura , circunferncia abdominal
, IMC e presena de cirurgia abdominal previa. Definiu-se como
colonoscopia difcil tempo de intubao do ceco superior a dois
teros do tempo da mdia. Resultados: Entre os 82 pacientes estuda-
dos, 24 eram homens e 58 mulheres. A idade mdia foi de 48,5 anos
(09 88), com 63% dos pacientes entre 41 60 anos. O tempo
mdio de intubao do ceco (TMIC) foi de 16 minutos. Com relao
ao IMC houve leve diferena apenas entre indivduos magros (TMIC
18min) e obesos (TMIC 15min). Da mesma forma quando com-
paramos O TMIC entre os sexos , nas mulheres houve um sensvel
acrscimo ( TMIC 19min) . A presena de cirurgia previa no influ-
enciou nos resultados de exames deste grupo ( apenas 7 pacientes
apresentavam este critrio e apresentaram TMIC de 18 min. De
todos os exames, 23 foram considerados difceis, destes 19 eram
mulheres e 15 magros; 04 dos pacientes com cirurgia previa estavam
, tambm neste grupo. Concluso: Em nossos estudos a colonoscopia
foi considerada difcil nas mulheres, independente de outros fatores
associados. Com relao ao IMC pacientes obesos apresentaram
TMIC menor nos homens, sem interferncia significativa nas mu-
lheres.
TL173 - ULTRA-SOM ANORRETAL TRIDIMENSIONAL MUDA
A ESTRATGIA CIRRGICA NA FISTULA ANAL TRANS-
ESFINCTRICA ANTERIOR?
MURAD-REGADAS, S.M.1, REGADAS, F.S.P.1, RODRIGUES, L.V.1,
FERNANDES, G.O.S.2, RIBEIRO, F.J.C.1, SOUSA, F.J.A.1, OLIVEI-
RA, LMP2, HOLANDA, E.C.1
1. UFC, Hospital Universitrio Walter Cantdio- HU-UFC2. CCC-
HSC, Centro de Coloproctologia do Cear-Hospital So Carlos
Introduo: A identificao do complexo fistuloso (trajeto, orificio
interno e cavidades adjacentes) possibilita a escolha adequada do trata-
mento cirrgico visando evitar a recidiva e preservao esfincteriana.
Objetivos: Avaliar as fistulas trans-esfinctrica anterior utilizando o
ultra-som anorretal tridimensional(US-3D). Mtodos: 33 (18 sexo
masculino-M, media idade de 42anos e 15 feminino-F, mdia de idade
de 36anos) pacientes com fistula anal transesfinsterica anterior de
origem criptoglandular foram avaliadas com US-3D. Foram compara-
dos entre os sexos: comprimento do esfncter anal externo-EAE,
interno-EAI, posio do orifcio interno-OI (distancia entre a borda
distal do EAE e OI), o comprimento total da musculatura comprome-
tida (distancia da borda distal do EAE e EAI at o local que o trajeto
fistuloso cruza a musculatura) e percentual de musculatura que seria
seccionada durante a cirurgia. A deciso do tratamento cirrgico foi de
acordo com os achados. Utilizou-se o tStudent e Qui-quadrado. Resul-
tados: O comprimento do EAE e EAI foi maior no sexo masculino
(EAE-mdia=3,4 x 1,9 cm) (EAI-mdia=3,1 x 2,0 cm) (p<0,05). OI
foi posicionado mais proximalmente no homem (M-mdia=2,0cm x
F=1,6 cm) (p<0,05). O cruzamento do trajeto foi similar em ambos os
sexos mas o percentual da musculatura (EAE) comprometido foi mai-
or na mulher (F-mdia= 88% x M=55%) pois EAE menor. Foi
indicado o uso de seton ou avano de retalho em 11/18 homens e em
13/15 mulheres pois o percentual de musculatura comprometida ultra-
passou 50%. Os achados foram concordante com a cirurgia. Conclu-
ses: O US-3D fornece suficientes informaes que iro definir a
estratgia cirrgica.
TL174 - O EXAME ANATOMOPATOLGICO DE ROTINA
INDISPENSVEL EM CIRURGIAS ORIFICIAIS?
TORRES-NETO JR, PRUDENTE ACL, SANTIAGO RR, SANTANA
RM, TORRES JAP, TORRES FAP, RAMOS FM, BRITO HLF
1. UFS, Universidade Federal de Sergipe
Introduo: o exame anatomopatolgico atualmente feito de rotina
em cirurgias orificiais e importante para diagnosticar doenas anais
concomitantes, leses malignas e doenas sexualmente transmissveis
no previstas anteriormente no exame clnico. O gasto com estes
exames bastante significativo para o servio pblico o que evidencia
a necessidade de avaliar o custo/benefcio da sua utilizao rotineira.
Objetivos: avaliar o tempo decorrido entre a entrega do material e a
emisso do laudo, o nvel de concordncia entre a impresso diagnstica
e a concluso do anatomopatolgico, a importncia clnica das pato-
logias diagnosticadas secundariamente, o custo de realizao dos exa-
mes anatomopatolgicos e a relao custo/benefcio dos mesmos.
Metodologia: estudo descritivo e retrospectivo de 173 exames
anatomopatolgicos de pacientes do hospital universitrio de aracaju
realizados em 2005 a 2007, que foram submetidos cirurgias orificiais.
Resultados: a mdia de tempo decorrido entre a entrega do material e
a emisso do laudo foi de 23,89 dias, e o intervalo variou de 3 dias a
149 dias. Dos 173 laudos, 113 (65,3%) foram entregues com at 15
dias e 60 (34,7%) foram entregues com mais de 15 dias. O nvel de
concordncia entre a impresso diagnstica e a concluso do
anatomopatolgico foi de 93%. Dos 12 laudos nos quais no houve
concordncia, apenas 8 (4,6%) apresentaram relevncia clnica signi-
ficativa e no prevista no diagnstico pr-operatrio (esquistossomose,
leso por hpv e neoplasia anorretal). Concluso: com base nesses
achados conclumos que no necessrio que o exame
anatomopatolgico seja feito em todos os pacientes submetidos
cirurgias orificiais, mas que a deciso de faz-lo seja baseada na histria
clnica e fatores de risco do paciente tornando seu uso racional e
criterioso. Descritores: exame anatomopatolgico, cirurgia orificial,
relao custo/benefcio.
55
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Setembro, 2009
TL175 - RETALHOS DE AVANO NO TRATAMENTO DA
FISSURA ANAL CRNICA - EXPERINCIA INICIAL
CESAR, MAP, UEMURA, LA, PASSOS, MPS
1. UNITAU, Hospital Universitrio da Universidade de Taubate
Resumo: a fissura anal uma lacerao do canal anal relacionada ao
trauma, hipertonia esfincteriana e isquemia. A maioria cicatriza es-
pontaneamente ou com tratamento conservador, e poucas requerem
tratamento cirrgico. O objetivo deste trabalho verificar os resulta-
dos clnicos e alteraes manomtricas de pacientes submetidos ao
tratamento cirrgico da fissura anal com avanamento de retalhos em
v-y. Mtodos: estudo prospectivo, realizado nos anos de 2007 e 2008,
que abrangeu seis pacientes portadores de fissura anal crnica subme-
tidos ao avanamento de retalho anal. Foram avaliadas as presses do
canal anal ao repouso, contrao e esforo evacuatrio; no pr e ps-
operatrio. Resultados: na amostra, todos os pacientes apresentaram
hipertonia esfincteriana prvia. Quatro (66,6%) obtiveram resoluo
total dos sintomas e das leses. Um (16,6%) sofreu deiscncia parcial
do retalho, sem sintomas clnicos; e outro (16,6%), infeco com
perda do mesmo e persistncia da fissura. A anlise manomtrica das
presses de repouso, contrao e evacuao nos grupos no mostrou
alterao estatisticamente significativa (p>0,05), o que comprova
que a cirurgia no incluiu manipulao dos esfncteres. Concluso: os
retalhos anais mostraram-se efetivos no tratamento da fissura anal,
com cicatrizao da leso, sem que ocorram alteraes nas presses
anais desses pacientes.
TL176 - METANLISE SOBRE PLUG DE FISTULA ANORRETAL:
QUAL A ATUAL TAXA DE SUCESSO?
SHIH SS, EDDEN Y, PINTO RA, SILVA E, CANEDO JA, WEISS EG,
NOGUERAS JJ, WEXNER SD
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
Objetivo: o uso surgirisr anal fistula plug no tratamento de fstulas
anorretais tem rendido resultados bastantes dspares na literatura.
Uma metanlise de todos os estudos publicados em ingls foi realiza-
da, afim de avaliar esta ampla variedade de resultados. Mtodos:
todos os estudos publicados em ingls foram inclusos nesta metanlise.
Os critrios de excluso foram: doena de crohn, fstulas retovaginais,
retouretrais e/ou de reservatrios ileais/colnicos. A taxa de sucesso
foi definida como a cura clnica de cada fstula sendo considerada um
estudo individual. Resultados: foram encontrados 12 estudos, sendo
quatro deles retrospectivos, incluindo ao todo 115 pacientes, nos
quais as taxas de sucesso e insucesso foram, em mdia, de 31,3% e
68,7%, respectivamente. E oito deles prospectivos, envolvendo 196
pacientes, apresentando, no total, taxas de sucesso e insucesso, em
mdia, de 67,4% e 32,6%, respectivamente. De forma geral, as taxas
de sucesso e insucesso na resoluo de fstulas anorretais com a
locao do plug foram de 54% e 46%, respectivamente. Nos onze
estudos, os quais foram includas informaes sobre formao de
abscesso no ps operatrio, a taxa geral de formao abscesso foi de
6,7% (21/311). Nove dos doze estudos discutiram a perda (escape)
do plug, sendo que a taxa geral de perda do plug foi de 14,% (44/311).
Concluses: o plug para correo de fstulas anorretais tem sido
utilizado com taxas variadas de sucesso. A presente metanlise mos-
tra uma taxa de aproximadamente 54% de sucesso. Estes resultados
so fortemente afetados pela variao na seleo de pacientes, ta-
manho do estudo, perodo de seguimento e critrios utilizados na
caracterizao de resoluo das fstulas em cada um dos 12 estudos.
Em nenhum dos doze estudos foi empregado qualquer mtodo objetivo
de avaliao do fechamento da fstula como fistulografia,
ultrassonografia, rnm ou exame sob anestesia. Um estudo prospectivo,
multicntrico, com protocolos padronizados de pr, intra e ps ope-
ratrio, bem como seguimento de, no mnimo, um ano com avalia-
o de recorrncia atravs de estudo de imagem, necessria afim de
melhor afirmar a taxa de sucesso com uso do plug em fstulas
anorretais. At que um julgamento seja concludo, dados os baixos
ndices de sepsis (6,7%), o uso do plug parece ser uma opo relati-
vamente segura e eficaz no tratamento de fstulas anorretais.
TL177 - IMPORTNCIA DA MANOMETRIA ANORRETAL NO
TRATAMENTO DA FISSURA ANAL
GUILGER, NR1, SALUM, MR1, SAAD, SS1, MATOS, D1
1. UNIFESP, Disciplina de Gastroenterologia Cirrgica da UNIFESP2.
UNIFESP, Disciplina de Gastroenterologia Cirrgica da UNIFESP
Introduo: a fissura anal uma afeco proctolgica freqente cuja
fisiopatologia tem sido atribuda hipertonia do msculo esfncter
interno do nus. O tratamento mais aceito a esfincterotomia interna
parcial. No entanto, a complicao mais temida a incontinncia
anal que poderia ser evitada com a avaliao cuidadosa do doente antes
de indicar a cirurgia. Objetivo: avaliar a importncia da manometria
anorretal pr-operatria no tratamento da fissura anal crnica. Mto-
dos: foram analisados exames de doentes portadores de fissura anal
crnica e que foram submetidos manometria anorretal de fevereiro
de 2004 a junho de 2008. Atravs de interrogatrio por via telefnica
foram registrados tipo de tratamento recebido e sintomas residuais.
Resultados: foram identificados 81 doentes (26% do sexo masculino e
74% feminino) com mdia de idade de 43,54 anos (de 21 a 70 anos).
Desse grupo 68 apresentaram hipertonia esfincteriana manometria
anorretal pr-operatria enquanto 13 tinham presses normais. Foi
possvel o contato com 43 doentes, sendo 30 com hipertonia e 13
com presses normais. Aps anlise estatstica dos achados observou-
se que doentes com presses normais foram submetidos cirurgia com
menor freqncia que os hipertnicos. Concluso: a manometria
anorretal pode ser um instrumento importante na avaliao dos doen-
tes para o tratamento cirrgico da fissura anal selecionando os porta-
dores de hipertonia e com menor risco de desenvolver incontinncia
anal.
TL178 - HEMORROIDOPEXIA MECNICA: EXPERINCIA INI-
CIAL E TARDIA
GONTSHAROW ,S, ALMEIDA , MG, BARAVIERA, AC, MANZIONE
,CR, MACHADO, SPG,, FALLEIROS ,V, VILARIO, TC
1. HSPM-SP, Hospital do Servidor Pblico Municipal de So Paulo
Objetivo: Avaliar os resultados tardios dos pacientes submetidos a
hemorroidopexia mecnica comparando os resultados do primeiro
grupo de pacientes operados e de pacientes submetidos cirurgia aps
a experincia inicial do grupo. Pacientes e Mtodo: Foram avaliados
retrospectivamente os pronturios de 76 pacientes submetidos
hemorroidopexia mecnica no perodo maio de 2004 a agosto de
2008. Os pacientes foram divididos em dois grupos; experincia inici-
al (A , n=41): operados entre 2004 e 2006 e avaliados com um mni-
mo de 12 meses; e experincia tardia (B n=35) operados entre 2007 e
2008, tambm com um perodo mnimo de 12 meses de seguimento.
Resultados: Entre os 76 pacientes estudados, 32.8% (83) eram ho-
mens. A idade mdia foi de 50 anos (19 78), com 63% dos pacientes
entre 41 60 anos. Cerca de 16.2% dos casos foi classificado como
hemorrida de 2 grau , 71.2% como de 3 grau e 12.6% , como de 4
grau. Quanto ao mtodo utilizado, os pacientes do grupo A foram
operados com Grampeador circular intraluminal de 33mm e do grupo
B , 32mm. O tempo operatrio mdio foi de 37,5minutos (20 a 55)
56
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Setembro, 2009
para o grupo A e 21 minutos (12 a 30) para o Grupo B. O tempo mdio
de seguimento ambulatorial foi de , no mnimo 12 meses. As principais
complicaes foram : Grupo A ; trombose em 3 pacientes e fissura
aguda em 1 , 9,8% . As complicaes tardias foram : 1 caso de incon-
tinncia anal e duas recidivas do prolapso. Os dois pacientes necessita-
ram de novo procedimento cirrgico. Tambm dois pacientes referi-
am tenesmo. No grupo B, 2 pacientes apresentaram trombose , em 4
a cirurgia foi complementada com resseco de mamilos e plicomas
residuais, todos em pacientes com doena hemorroidria de 4 grau .
Um paciente evoluiu com estenose do anel de grampeamento, com
necessidade de interveno cirrgica. Um paciente apresentou persis-
tncia do prolapso e queixa de tenesmo. Tambm necessitou de proce-
dimento cirrgico complementar. Concluso: As taxas de complica-
es foram menores no grupo B (A=17,08% ; B= 11,43%) e houve
uma reduo media no no tempo operatrio de 16 minutos. Apesar da
melhora nos resultados com a experincia do grupo ainda necessrio
um seguimento maior desses pacientes para opinarmos de maneira
definitiva sobre o mtodo, mas com certeza um timo instrumento
no arsenal teraputico para o tratamento da doena hemorroidria.
TL179 - TRATAMENTO CIRRGICO DE AFECES
PROCTOLGICAS E PLVICAS ASSOCIADO A ANOPEXIA
MECNICA
RODRIGUES, LV1, REGADAS, FSP1, MURAD-REGADAS, SM1, RI-
BEIRO, FJC1, KENMOTI, VT1, BUCHEN, GM1, FERNANDES,
GOS2, DIGENES, CVVN1
1. UFC, Universidade Federal do Cear2. CCC-HSC, Centro de
Coloproctologia do Cear-Hospital So Carlos
Introduo: a anopexia mecnica ou pph foi introduzido por longo em
1998 como uma alternativa para o tratamento de hemorridas e
prolapso mucoso, sendo amplamente difundida e utilizada em todo o
mundo. um mtodo seguro, eficaz e que traz menos dor no ps
operatrio, com retorno mais rpido ao trabalho e menor tempo de
internao hospitalar quando comparado tcnica convencional.
Objetivos: analisar se o tratamento cirrgico de outras afeces
concomitantes anopexia interfere nos resultados finais. Mtodos:
anlise retrospectiva de 90 pronturios de pacientes submetidos a
anopexia mecnica no perodo de janeiro de 2002 a maro de 2009,
avaliando as complicaes operatrias imediatas e as afeces associ-
adas. Resultados: dos 90 pacientes submetidos ao pph, 27 apresenta-
vam outra doena de indicao cirrgica. Desses, quatro eram do sexo
masculino e 23 do sexo feminino, com idade variando de 42 a 89 anos(
mdia=59,5 anos). Dos 27 pacientes, 14 (46,7%) foram submetidos
correo de retocele, 10 (33,3%) esficterotomia lateral interna, 5
(16,6%) cistopexia, e 1 (3,4%) fistulectomia anal. As complica-
es imediatas foram edema perianal (n=6/22%), deiscncia parcial
(n=1/ 3,7%), hematria (n=1/3,7%), equimose perianal (n=1/3,7%) e
sangramento (n=1/3,7%). Todas as complicaes foram tratadas cli-
nicamente. Concluso: a anopexia mecnica pode ser empregada em
associao com outros procedimentos cirrgicos sem aumento das
complicaes pos operatrias imediatas. A cirurgia mais comumente
realizada em conjunto foi a correo de retocele. A complicao mais
frequente no ps operatrio imediato foi o edema perianal, sendo
tratado clinicamente
TL180 - HIDRADENITE SUPURATIVA TRATADA COM CIRUR-
GIA E INFLIXIMABE
DOMINGUES, M.C.B., DOMINGUES, R.B, FRANZINI MFZ,
CARMO AM, PAIM, S.M.M, MALHEIROS A.P.R, TEIXEIRA, M.G.,
HABR-GAMA, A.
1. R.B.A.P.B.S.P, Real e Benemrita Assoc. Portuguesa de Beneficiencia
S.Paulo
A hidradenite supurativa patologia de difcil controle clnico, mo-
tivando em diversos casos, extensas resseces operatrias do local
acometido. O objetivo deste trabalho mostrar o resultado obtido
no tratamento da patologia associando-se o uso da terapia biolgica
com infliximabe e cirurgia. Mam, sexo feminino, 68 anos, com
diagnstico de hidradenite supurativa acometendo toda regio
perineal, inclusive genitlia e pbis, h mais de dez anos e compro-
metimento importante da qualidade de vida pelo mau cheiro ocasio-
nado pelas feridas e secreo contnua. A doente foi submetida
vriios tratamentos inclusive drenagem cirrgica, corticoterapia,
cmara hiperbrica e uso de diversas outras drogas sem sucesso. O
tratamento no nosso servio iniciou-se h dois anos aps drenagem
cirrgica das leses por causa da dor intensa que a doente apresenta-
va em toda regio gltea principalmente. Aps a cirurgia foi aplica-
o de infliximabe na dose de 5mg/kg/peso bimensal. Houve melhora
significativa da dor e quantidade de secreo nas leses logo aps a
primeira dose de infliximabe. Foram realizadas mais quatro cirurgias
para resseco das leses, procurando sempre em cada cirurgia a
retirada do tecido acometido por quadrantes, tentando minimizar o
dano integridade corporal da doente, e acelerar sua recuperao e
cicatrizao da ferida operatria. Associou-se tambm
antibioticoterapia contnua com ciprofloxacino. Observamos que o
tratamento complementar com o infliximabe acelerou o processo
de cicatrizao das leses e diminuiu consideravelmente a drenagem
de secreo nas regies adjacentes resseco cirrgica. Conclumos
que a cirurgia associada ao uso da terapia biolgica pode ser conside-
rada no tratamento de casos selecionados de hidradenite supurativa.
TL181 - CORREO TRANSVAGINAL DE RETOCELE SEM
TELA - RESULTADOS PRELIMINARES
LIMA, D.M.R., SAGAE, U.E., BONATTO, M.W., TANAKA, T.M.,
TSUCHIYA, R.S., CARVALHO, C.A., SHIRATORI, A.I.
1. UNIOESTE, Universidade Estadual do Oeste do Parana
Introduo: Retocele freqentemente associada com sintomas de
desconforto plvico e de defecao obstruda. Reparo cirrgico pode
prover alvio sintomtico. Existem diversas tcnicas de correo ci-
rrgica. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo demonstrar avaliar
a segurana e eficcia da correo transvaginal, sem uso de tela, da
retocele sintomtica. Mtodos: Estudo prospectivo com uma srie de
31 mulheres com mdia de idade de 54,10 anos (32-75), com sintomas
de retocele. Todas as pacientes foram avaliadas clinicamente atravs
do escore de constipao proposto por Wexner e submetidas
Ecodefecografia anorretal 3D no pr-operatrio. A tcnica cirrgica
consiste em realizar uma inciso transversal entre o nus e a vagina
(com a paciente sob anestesia raquidiana e antibioticoprofilaxia), com
descolamento da mucosa vaginal e parede anterior do reto at o fundo
de saco, onde identificada a flacidez da parede anterior retal, como
um divertculo, que representa a retocele. Realiza-se sutura longitudi-
nal contnua de forma proximal-distal englobando todo o divertculo
com fio Ethibond 3-0, at prximo a linha pectnea em dois planos.
Em seguida, realiza-se plicatura dos msculos elevadores do nus com
posterior fechamento de mucosa e de pele. O perodo de seguimento
foi de 3-24 meses. As pacientes foram reavaliadas clnica (ECW) e
ecograficamente aps trs meses da interveno cirrgica. O sucesso
da tcnica foi atribudo diminuio do escore (melhora clnica).O
tempo de seguimento variou de 4 a 30 meses. Resultados: A mdia do
escore de constipao (ECW) no pr-operatrio foi de 12,8 (0,9410-
16) e, no ps-operatrio, houve diminuio para 6,6 (0,84) (p<0.05).
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Setembro, 2009
O grau da retocele diminuiu para grau I em 3 pacientes e para grau II
em 1 paciente. Nas demais, no h evidncia de retocele ao exame
fsico ou ecodefecografia. Em 2 (6,4%) pacientes houve recorrncia
dos sintomas aps 6 meses, mesmo com correo da retocele
ecografia. Outras 2 (6,4%) pacientes apresentaram dispareunia por 3
meses. No houve outras complicaes ps-operatrias mencionadas.
Concluso: A correo da retocele transvaginal sem tela tcnica
segura e eficaz, apresentando poucas complicaes. Apresenta, ainda,
vantagem de sua indicao em pacientes com incontinncia associada.
TL182 - AVALIAO A LONGO PRAZO DO TRATAMENTO
DA INCONTINNCIA ANAL ADQUIRIDA PELA
ESFINCTEROPLASTIA COM SUTURA DE SOBREPOSIO
FERRO, O, ABRAHAO, HCF, PANTANALI, C, FERNANDES, LC,
DEAK, E, MATOS, D, SAAD, SS
1. EPM, Escola Paulista de Medicina-UNIFESP
Hospital so paulo, grupo de coloproctologia da disciplina de
gastroenterologia cirrgica da universidade federal de so paulo - esco-
la paulista de medicina (unifesp - epm) (so paulo sp) Introduo: a
incontinncia anal se constitui em srio problema de sade, em razo
das limitaes que determina em relao a capacidade laborativa, con-
vivncia social e familiar. A maioria dos casos ocorre em funo de
traumas obsttricos, no trabalho de parto mal assistido. Na correo
cirrgica desta doena, o servio realiza a correo da leso
esfincteriana atravs da esfincteroplastia com sutura de sobreposio.
Objetivo: avaliao da esfincteroplastia realizada em doentes com
seguimento por intervalo de pelo menos 2 anos de perodo ps-opera-
trio. Mtodos: foram revisados os pronturios dos doentes operados
no servio nos ltimos 10 anos, portadores de leso esfincteriana, que
foram submetidos a esfincteroplastia com sutura de sobreposio
(overlapping). De um total de 11 doentes, conseguiu-se contato com
5 doentes. Destes, 4 eram portadores de leso por trauma obsttrico e
1 aps hemorroidectomia. Os mesmos foram avaliados atravs de
questionrio clnico, exame proctolgico e eletromanometria anorretal.
Estes dados foram comparados com os exames realizados antes das
intervenes. Resultados: do total de 5 doentes, 3 (60%) apresenta-
ram melhora da incontinncia, 1 (20%) permaneceu com os mesmos
parmetros e 1 (20%) evoluiu com quadro agravado em relao
poca da interveno. O exame proctolgico evidenciou melhores
dados em 4 doentes (80%) e mais graves em 1 (20%) doente. A
eletromanometria demonstrou que a condio esfincteriana estava
melhor em 4 doentes (80%) e com maior gravidade em 1 doente
(20%). Concluso: pode-se concluir que, mesmo a longo prazo, a
esfincteroplastia com sutura por sobreposio procedimento que
apresenta razoveis resultados clnicos e eletromanomtricos, porm
sem retorno completo normalidade em todos os pacientes.
TL183 - ANLISE DO TRATAMENTO CIRRGICO DAS
FISTULAS PERIANAIS NO HOSPITAL UNIVERSITRIO DA
UNIVERSIDADE DE SO PAULO
AZEVEDO, B.C., BORBA, M.R., BROCHADO, M.C.R.T.,
MADARAS, E.J., BARROS, M.S.V., CARVALHO, L.Z.M., OTOCH,
J.P.
1. FMUSP, Faculdade de medicina da USP
Introduo: as fstulas perianais configuram doena anorretal frequen-
te e de grande prejuzo na qualidade de vida. Diversos tipos de proce-
dimentos cirrgicos so usados para o seu tratamento, tais como
fistulectomia em 1 ou 2 tempos, avano de retalho mucoso, utilizao
de cola de fibrina ou plug de colgeno . Objetivos: avaliar a populao
atendida em hospital universitrio comunitrio, analisando as apre-
sentaes clnicas e o diagnstico da doena, as diferentes tcnicas
cirrgicas utilizadas e os resultados ps operatrios. Mtodos: estudo
retrospectivo de 81 pacientes com fstula perianal atendidos e opera-
dos de janeiro de 2005 maio de 2009 no hospital universitrio da usp
vinte e cinco eram do sexo feminino e cinquenta e seis do sexo mas-
culino. A idade mdia dos pacientes foi de 41,6 anos, fistulectomia em
1 tempo e em 2 tempos foram as cirurgias mais empregadas. Resulta-
dos: no houve complicaes relevantes no ps-operatrio, com um
ndice de recidiva de 4 %. Concluses: a fistulectomia em 1 ou em 2
tempos o tratamento de eleio para as fstulas anais em hospital
comunitrio, tendo baixo ndice de complicaes e recidiva
TL184 - FATORES IMUNOLGICOS LOCAIS DO CARCI-
NOMA DE CANAL ANAL EM DOENTES HIV-POSITIVOS.
CRUZ, S.H.A.1, NADAL, S.R.1, MANZIONE, C.R.2, KLUG, W.A.1,
FANG, C. B.1
1. FCMSCSP, Faculdade de Cincias Mdicas da Santa Casa de So
Paulo2. IIER, Instituto de Infectologia Emlio Ribas
Introduo: estudamos as clulas de langerhans (cl) ativadas, para
avaliar a resposta imunolgica local, nos pacientes portadores de cec
do canal anal, soropositivos e negativos para o hiv. O cec anal era
mais freqente em pacientes no sexo feminino na 6 e 7 dcadas de
vida at a dcada de 80. Com o advento da infeco pelo hiv observou-
se tambm a freqente em homens jovens na 3 dcada de vida. As cl
so apresentadoras de antgeno na pele e conferem a resposta imune
cutnea. Objetivo: estudar a quantidade de cl ativadas, em pacientes
portadores de cec do canal anal hiv-positivos. Material e mtodo:
avaliamos 20 doentes, sendo 11 soronegativos e 9 soropositivos.
Todos os doentes apresentavam cec do canal anal, estdios ii e iiib e
foram submetidos ao esquema a radioquimioterpico. Realizamos es-
tudo com a colorao imunoistoqumica anti-cd1a para avaliar as cl
ativadas. Utilizamos as lminas coradas para o mtodo de histometria
e contamos em 20 campos diferentes na camada basal da lmina
prpria, onde era evidente a disseminao tumoral. Fizemos um grupo
controle composto por sete pacientes e contamos as cl ativadas
marcadas pelo anti-cd1a pelo mesmo mtodo de histometria j descri-
to. Discusso: o cec do canal anal foi mais frequente, em nosso traba-
lho, em mulheres soronegativas e em homens soropositivos e sendo
que estes ltimos foram mais jovens. A quantidade de cl ativadas foi
superior nos pacientes portadores de cec do canal anal soronegativos,
em relao aos soropositivos. Essa quantidade foi superior no grupo
controle em relao ao grupo composto por pacientes soropositivos
portadores de cec do canal anal. No houve diferena estatstica entre
o grupo controle e os pacientes soronegativos com cec do canal anal.
Concluso: o cec do canal anal nos pacientes hiv-positivos apresenta
uma quantidade de cl ativadas inferior aos hiv-negativos e ao epitlio
normal, desta forma h algum processo de diminuio da imunidade
local peritumoral pericarcinoma nos pacientes hiv-positivos
TL185 - SEGUIMENTO PS-TRATAMENTO DOS PORTADO-
RES DE CONDILOMAS ACUMINADOS ANAIS COM
COLPOSCPIO E CIDO ACTICO E CITOLOGIA
ONCTICA DO CANAL ANAL.
NADAL, S.R., MANZIONE,T.S., FORMIGA,F.B., HORTA, S.H.C.,
SEID,V.E., MANZIONE,C.R.
1. IIER, Equipe Tcnica de Proctologia do Instituto de Infectologia E
Introduo: a incidncia elevada de recidivas das leses hpv-induzidas
e a possibilidade da associao com o cncer anal tornaram obrigat-
58
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Setembro, 2009
rio o seguimento dos portadores dessa infeco. Mtodos para ampli-
ao das imagens, com colposcpio e cido actico, e coleta de mate-
rial para citologia onctica do canal anal vm sendo utilizados para
esse fim. Objetivo: avaliar a incidncia das leses sub-clnicas anais
hpv-induzidas, detectadas no ps-tratamento imediato dos portadores
dos condilomas acuminados, associando esses mtodos. Mtodo: exa-
minamos a margem e o canal anal, aps erradicao das verrugas
anais, com auxlio do colposcpio e do cido actico a 3%. Realiza-
mos o exame entre 15 e 30 dias aps a operao, quando as feridas
operatrias j estavam cicatrizadas, ou depois da ltima aplicao das
medicaes tpicas. Antes do exame, coletamos amostras do canal
anal com escova para citologia onctica. Eram 142 doentes, com
idades variando entre 18 e 64 anos, mdia de 38 anos de idade. Utili-
zamos anlise estatstica usando 5% para rejeio da hiptese de nuli-
dade. Resultados: as anuscopias ampliadas identificaram leses sub-
clnicas hpv induzidas na margem anal de 29 doentes (21%), no canal
anal de 28 (20%) e em ambos os locais em 15 (10%) outros. O exame
foi normal em 70 doentes (49%) a citologia onctica mostrou leses
intra-epiteliais anais (sil) em 38 doentes (54%) com exame
colposcpico normal. Os exames citolgicos foram normais em nove
(21%) dos 43 doentes com leses sub-clnicas do canal anal. O teste do
chi-quadrado mostrou diferena estatstica (p=0,014) na avaliao
desses resultados, revelando que doentes com leses sub-clnicas no
canal anal tem maior incidncia de citologias com sil que aqueles com
exames colpscopicos normais. A associao dos mtodos aumentou
de 51% para 77% de leses hpv induzidas sub-clnicas peri-anais nos
doentes com condilomas acuminados tratados e que acreditvamos
estarem livres de leso (p=0,0001). Concluso: os resultados obtidos
nas condies de execuo do presente estudo permitiram identificar
mais leses sub-clinicas remanescentes no ps-tratamento imediato
quando associamos o exame com colposcpio e cido actico, com a
citologia onctica
TL186 - CARCINOMA NEUROENDCRINO DE CANAL ANAL
- RELATO DE CASO
LINS, R.L., CAMARA, M.R., ALMEIDA, E., JURADO, E., SOUZA,
M.T.G., KASKUS, L.
1. HSE-RJ, Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro
Introduo: o acometimento neoplsico do canal anal raro
correspondendo a 5% de todas as neoplasias do trato gastrintestinal
sendo o carcinoma neuroendcrino (cn) encontrado em apenas 1%
desses casos. Objetivo: relatar um caso de localizao atpica de cn.
Caso clnico: paciente masculino, 81 anos, referindo ardncia s eva-
cuaes e dor anal de leve intensidade mal definida. Nega sangramento,
prurido anal ou emagrecimento. Histria prvia de radioterapia para
neoplasia de prstata e tratamento para hepatite c. Exame fsico sem
alteraes. Exame proctolgico: inspeo pequena elevao em
quadrante anterior direito (qad), ao toque esfncter hipotnico, leso
lcero-vegetante de 2 cm dolorosa em qad. Realizado bipsia com
laudo de carcinoma neuroendcrino de alto grau e painel
imunohistoqumico positivo para ck8/18, cromogranina e sinaptofisina.
Fez tc e rm de abdome e pelve no evidenciaram leses metastticas.
Iniciado tratamento apenas com qt devido histria prvia de rt. No
incio apresentou diminuio da massa tumoral e melhora dos sinto-
mas, porm logo aps o trmino do tratamento voltou a sentir dor
anal com sangramento e persistncia da leso tumoral. Foi ento
submetido amputao abdomino-perineal do reto. Seguimento at o
momento de 4 meses sem sinais de recidiva locorregional ou metstases
distncia. Discusso: o cn de canal anal corresponde a menos de 1%
das neoplasias malignas do nus. O diagnstico histopatolgico feito
em 59,3% dos casos atravs de bipsia pr operatria fundamental e
deve diferenciar o tumor carcinide de baixo grau que indolente e
no responde a qt, do cn de alto grau que agressivo, porm responde
a qt. Os achados histopatolgicos caractersticos do cn de canal anal
so: tumor pouco diferenciado, elevado ndice mittico e reas focais
de necrose. A imunohistoqumica positiva para cromogranina,
sinaptofisina e enolase neurnio especifica. Geralmente, no momen-
to do diagnstico, 69-80% dos pacientes apresentam doena
metasttica e 60-88% tm acometimento linfonodal, ou seja, a mai-
oria apresenta doena avanada. A sobrevida mdia de 5-11 meses e
de 10-15% em 1 ano. O tratamento padro para o cn de canal anal
ainda no foi bem definido devido falta de trabalhos descritos pela
raridade do caso. Porm acredita-se que a qt vm sendo uma excelente
opo nos casos de cn metasttico com melhora da sobrevida em 1
ano para 46%.
TL187 - PAPULOSE BOWENIDE PERIANAL EXTENSA: ABOR-
DAGEM CIRRGICA COM RETALHO VY RELATO DE CASO
ALVES, A.C., LOPES FQ, CORTES, M.G.W., OLIVEIRA, T.A.N.,
LMAOUNIER, P.C.C.
1. HFR, Hospital Felcio Rocho
Introduo: a papulose bowenide pode ser descrita como uma fase de
transio entre as verrugas genitais e a doena de bowen. A doena de
bowen caracterizada pela presena de carcinoma de clulas escamosas
no queratinizado, intra-epitelial. A papulose bowenide uma forma
similar histologicamente doena de bowen, porm com melhor prog-
nstico. Pode ser considerada como uma displasia epidrmica focal,
com evidente potencial maligno, geralmente induzida pelo
papilomavrus humano tipo 16. Objetivo: relatar tratamento cirrgi-
co em paciente com papulose bowenide perianal extensa. Mtodos:
relato de caso clnico de paciente com papulose bowenide submetido
a tratamento cirrgico no hospital felcio rocho em 21/04/2009. Re-
sultados: paciente do sexo masculino, 52 anos, portador de psorase
em acompanhamento com dermatologista com proposta de trata-
mento com etanercepte. Referiu leses papulosas em base de pnis,
escroto e em regio inguinal bilateralmente. Realizada exciso cirrgi-
ca em 03/04/09 que evidenciou papulose bowenide. Encaminhado ao
servio de coloproctologia do hospital felcio rocho para avaliao de
leses perianais. inspeo: regio perianal escurecida com mltiplas
leses papulosas, at cerca de 4 cm radialmente ao nus. Submetido a
exciso elptica de pele perianal acometida at o anoderma. Devido
extenso da doena perianal houve necessidade de reconstruo do
defeito com retalho vy. O paciente apresentou pouca adeso s orien-
taes de cuidados com a ferida operatria sendo necessria internao
por 6 dias. No houve sinais de necrose ou infeco da ferida, apresen-
tando apenas pequena rea de deiscncia perianal. Estudo anatomo-
patolgico confirmou papulose bowenide e margens cirrgicas livres.
Concluso: paciente apresentou boa evoluo ps-operatria, com
cicatrizao adequada da ferida e sem recorrncias at o momento.
TL188 - EFICCIA DO IMIQUIMODE TPICO NOS DOEN-
TES HIV-POSITIVO COM CONDILOMAS ACUMINADOS
PERIANAIS RECIDIVANTES
NADAL,S.R., FORMIGA,F.B., MANZIONE,C.R., SEID, V.E.,
HORTA,S.H.C.
1. IIER, Instituto de Infectologia Emilio Ribas
OBJETIVO: avaliar a eficcia do imiquimode nos condilomas
acuminados peri-anais crnicos e multirrecidivantes dos doentes
soropositivos para o HIV. MATERIAL E MTODO: Durante o ano
de 2008, indicamos o imiquimode creme, uso tpico, para 75 portado-
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res de condilomas acuminados perianais recidivantes e de difcil con-
trole e que j haviam sido submetidos h vrios outros tratamentos
clnicos e operatrios. Destes, 10 no retornaram para seguimento,
trs no usaram o produto e um abandonou o tratamento pelo descon-
forto perianal. Outros 61 doentes usaram o imiquimode durante o
perodo mnimo de oito semanas. Eram 55 homens e seis mulheres
com idades entre os 22 e os 63 anos. Avaliamos a eficcia do produto
quanto remisso, levando em conta as contagens sricas dos linfcitos
T CD4+, e os efeitos colaterais do produto. RESULTADOS: Examina-
mos a regio peri-anal 15 dias aps o trmino das oito semanas de
tratamento. Observamos remisso em 84% dos doentes, sendo 34%
de remisses completas. Efeitos colaterais foram relatados por 44%
dos doentes. Dentre os mais comuns foram citados o ardor local leve
a moderado (29%) e a dermatite ulcerativa (10%). Observamos alte-
raes sistmicas em trs doentes (5%). Dois casos de sndrome gripal
e outro de eritema nodoso na perna direita. O nmero de linfcitos T
CD4+ era maior entre aqueles cujas leses foram erradicadas, porm
sem diferena estatstica (p= 0,110) CONCLUSO: os resultados ob-
tidos nas condies de execuo do presente estudo permitiram con-
cluir que o imiquimode foi efetivo no controle dos condilomas
acuminados perianais recidivantes dos doentes HIV-positivo aps oito
semanas de tratamento e que os resultados no dependeram das conta-
gens sricas dos linfctios T CD4+.
TL189 - EFICCIA DO TRATAMENTO INICIAL DO PAPILOMA
VRUS (HPV) PERIANAL COM PODOFILINA - ANALISE INI-
CIAL DE 30 CASOS
SAAD-HOSSNE R, LLANOS JC, TEIXEIRA FV
1. FMB, Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP
Objetivo: analisar a eficcia do tratamento das leses perianais causa-
das pelo papilomavirus humano (hpv) com soluo de podofilina a
25% em vaselina slida. Mtodos: foram tratados 30 pacientes porta-
dores de hpv perianal com aplicaes semanais de podofilina durante
4 semanas, ao final deste perodo os pacientes foram avaliados quanto
a presena de leses e classificados em 3 grupos: inalterado, diminui-
o (tamanho ou nmero) e desaparecimento da leses. Resultados:
houve desaparecimento da leso em 57% dos pacientes, reduo do
nmero ou do tamanho da leso em 37% e somente em 6% dos
pacientes no houve alteraes nas leses. O tempo mdio de acom-
panhamento foi de 9 meses e a taxa de recidiva aps 6 meses foi de
34%. Concluso: o uso da podofilina em leses perianais causadas pelo
hpv seguro, com uma boa taxa de resposta, sendo uma opo inicial
no tratamento deste tipo de leso.
TL190 - EXPERINCIA DO SERVIO DE COLOPROCTO-
LOGIA NO HOSPITAL DIA-AIDS DA FACULDADE DE MEDI-
CINA DE BOTUCATU - ANALISE INICIAL DE 14 CASOS
SAAD-HOSSNE R
1. FMB, Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP
Objetivo: demonstrar a experincia incial do servio de coloproctologia
no atendimento de pacientes portadores do virus hiv no hospital dia-
aids da faculdade de medicina de botucatu. Mtodos: anlise prospectiva
de 14 pacientes em atendidos. Os pacientes foram avaliados quanto ao
sexo, idade, tempo de infeco pelo hiv, motivo da consulta, achados
do exame proctolgico e diagnstico resultados: no houve diferenas
quanto a distribuio por sexo, observamos uma prevalncia de paci-
entes entre 35 e 55 anos (50%), com tempo de infeco entre 1 a 5
anos (57%), o principal motivo da consulta foi o aparecimento de
leses em regio anal, sendo que a presena de leses vegetante foi o
achado d exame fsico mais freqentemente observado (50%), o mes-
mo acontecendo em relao ao diagnstico (hpv). Concluso: obser-
vamos que em pacientes portadores do vrus hiv atendidos em nosso
servio a principal queixa e diagnstico foram leses anais vegetantes
e condilomas acuminados, estando de acordo com os dados observados
na literatura.
TL191 - UTILIDAD DE LA VAPORIZACIN CON LASER CO2
COMO TRATAMIENTO DE LESIONES POR PAPILOMA VIRUS
HUMANO (HPV) PERINEALES
DR, DR, DRA, DR, DR
1. HUA, Hospital Universitario Austral - Buenos Aires -Argentina
Introduccin: el papiloma virus humano (hpv) es frecuentemente ,
una patologia de difcil tratamiento. La vaporizacin con laser co2,
permite la eliminacin completa de las lesiones , con limitado dao
del tejido perilesional, menor dolor postoperatorio, reepitelizacin
ms rpida de las heridas y menor tasa de recurrencias. Objetivo: el
presente estudio tiene por objetivo evaluar la eficacia de la vaporizacin
con laser co2 como tratamiento de papiloma virus humano (hpv) en
region peri anal, conducto anal, y genitales en una experiencia
multidisciplinaria de un hospital universitario (hospital universitario
austral-buenos aires - argentina). Material y mtodo: evaluacin retros-
pectiva, a partir de una base de datos prospectiva de tratamiento,
desarrollada en el hospital universitario austral de buenos aires, argenti-
na ,durante el periodo abril de 2005 a abril de 2009. Se incluyeron
pacientes adultos con diagnstico clinico de afeccin por papiloma
virus humano (hpv) en regin perineal (peri anales,conducto
anal,vagina,peneanas, escroto). Se realizo el tratamiento con microciruga
lser ( sharplan c 30 lumenis surgical ) en modo continuo ,con una
potencia de 6 6. 5 wats y resecciones quirrgicas complementarias de
acuerdo al tamao de las lesiones. Todos los procedimientos fueron con
carcter ambulatorio . Resultados: se trataron 50 pacientes y se realizaron
un total de 54 procedimientos. Poblacin: mujeres: 41 (82%), varones:
9 (18%), edad promedio: 37 aos. La tasa global de recurrencia fue de
8%. Dos pacientes con persistencia de lesiones en conducto anal fueron
sometidos a nueva vaporizacion con resultados satisfactorios ,sin signos
de recurrencia. Conclusiones: el lser co2 permite tratar en forma efec-
tiva lesiones por papiloma virus humano (hpv) con escaso dolor post
procedimiento , limitado dao tisular peri lesional ,excelente
reepitelizacion y baja tasa de recurrencias.
TL192 - NUTRIO PARA O PACIENTE COM CNCER
COLORRETAL
ABRAHO
1. FURG, Universidade Federal de Rio Grande
Vrios fatores podem ser considerados na etiologia do cncer colorretal,
incluindo dietas hipercalricas, alto consumo de gorduras e baixa ingesta
de fibras, clcio e vitaminas. O consumo de gordura animal altera a
concentraao de cidos biliares, bem como a proliferaao de bacterias
anaerbicas que produzem compostos carcinognicos. Avaliao
nutricional identifica a risco e o estado nutricional do paciente. feita
por parmetros clnicos, fsicos, dietticos, sociais, antropomtricos
e laboratorias. A terapia nutricional em cncer inclui a via oral, via
enteral e via parenteral. A nutrio oral a via preferencial, fcil,
fisiolgica e de manejo simples. A nutriao enteral precisamos esco-
lher uma via de acesso. A escolha depende do tempo de uso, do diag-
nstico, da anatomia, da disposio de equipamentos e da preferncia
do paciente. O tipo de frmula de nutriao enteral depende das neces-
sidades nutricionais. A nutrio parenteral consiste na administraao
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diretamente na corrente sanguinea de todos os nutrientes necessrios
para a sobrevida do paciente. Um cateter posicionado no sistema
venoso perifrico para soluoes isotnicas e veia central para solu-
es hipertnicas. Concluses: a condio nutricional para pacientes
com cncer colorretal importante tanto no pr quanto no ps ope-
ratrio, deve ser individualizada levando-se em considerao a evolu-
o do pacientee a sintomatologia apresentada. fundamental esta-
belecer um plano teraputico para promover um equilibrio entre o
tratamento e a qualidade de vida.
TL193 - CURVA DE APRENDIZADO PARA RESECO
ENDOSCPICA TRANSANAL (TEM): REALMENTE TO R-
DUA?
OVIEDO M, VORENBERG A, PINTO RA, MARENO J, CANEDO
JA, WEXNER SD, SANDS DR
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
Introduco: a reseco endoscpica transanal (tem), primeiramente
descrita em 1983, vem lentamente ganhando aceitao na prtica de
cirurgies colorretais. Uma das razes do lento progresso desse proce-
dimento devido a sua rdua curva de aprendizado. Com o desenvol-
vimento da cirurgia minimamente invasiva, o interesse em tem cres-
ceu exponencialmente. Objetivo: avaliar a curva de aprendizado em
tem e a viabilidade de incorporao dessa tcnica no armamentrio
dos cirurgies colorretais. Pacientes e mtodos: realizada anlise re-
trospectiva de uma database prospectiva de 26 pacientes submetidos a
tem entre novembro de 2005 e outubro de 2008. Todos os casos
foram operados por um nico cirurgio. As variveis analisadas foram:
idade, sexo, tempo operatrio, tamanho do tumor, tipo de tumor,
presena de fragmentao da pea, velocidade de exciso, distncia
das leses da linha pectnea e complicaes ps-operatrias. A curva
de aprendizado foi acessada a partir de diferenas observacionais entre
o casos iniciais e subsequentes e a partir do grfico cumulativo sum
(cusum). Resultados: 23 pacientes foram analisados. A mdia de tempo
operatrio foi de 130. 5 min (49-254). A mdia de tamanho do
especimen foi de 16. 6 cm2 e 96% das peas no foram fragmentadas.
A velocidade mdia de exciso calculada em min/cm2 reduziu signifi-
cativamente aps os 4 primeiros casos, sendo 13. 85 min/cm2 no
incio e declinando para 7. 86 min/cm2 aps os 4 casos iniciais (p=0.
0014). A aquisio de maior expertize propiciou a realizao de
reseces mais proximais. Aps analisar a curva cusum, observamos
maior dificuldade no aprendizado nos primeiros 4 casos. Aps outros
4 casos a curva tende a estabilizar. Outra elevao tardia da curva de
aprendizado correlacionou-se com o acesso a leses mais proximais
no reto. No houve complicaes significativas no presente estudo.
Concluso: tem um instrumento importante no armamentrio do
cirurgio colorretal, promovendo acesso endoscpico seguro a leses
do reto mdio e proximal. A curva de aprendizado parece estar associ-
ada a significativa estabilizao aps os primeiros 4 casos.
TL194 - CIRURGIAS COLORRETAIS E ORIFICIAIS: UMA RE-
VISO RETROSPECTIVA DOS LTIMOS QUATRO ANOS DO
SERVIO DE COLOPROCTOLOGIA HUEC
BOMBONATTO, A.P., MALDONADO, G., TOREJANE, D.,
PACHECO, A.F.N., BECKER, I.C., VALARINI, R., RUEDIGER, R.R.,
BRENNER, A.S.
1. HUEC, HOSPITAL UNIVERSITRIO EVANGLICO DE
CURITIBA
Introduo o servio de residncia mdica em coloproctologia do
hospital universitrio evanglico de curitiba (huec) existe desde o ano
de 2000. A necessidade de avaliao das cirurgias imprescindvel para
que o servio se organize e fornea a seus residentes uma formao
com aes slidas e objetivas. Objetivo estudar as cirurgias colorretais
e orificiais do servio de coloproctologia do huec realizadas no pero-
do de junho de 2005 a maro de 2009, aps implementao do sistema
de informtica no hospital. Mtodos foram coletados de forma re-
trospectiva, no sistema de informtica do huec , dados de todas as
cirurgias colorretais e orificiais e dados do internamento. Resultados
foram avaliadas 847 cirurgias, 441(52,06%) eram pacientes do sexo
feminino e 406(47,93%) masculino. Seiscentos e quarenta e duas
(75,79%) foram cirurgias orificiais e duzentas e nove (24,20%) foram
cirurgias com acesso a cavidade abdominal. Das cirurgias orificiais a
mais realizada foi a hemorroidectomia com 386 (45,57%) seguido de
fistulotomia com 117(13,81%). As cirurgias abdominais a mais reali-
zada foi a retossigmoidectomia com 78(9,20%) sendo destas 34 reali-
zadas por acesso videolaparoscpico, seguida pela hemicolectomia
com 41(4,84%), cirurgia de milles com 9(1,06%), proctocolectomia
com 4 (0,47% ) , colectomia total com 6 (0,70% ) ,protopexia com
4 (0,47% ), correo para fistula reto-vaginal 4 (0,47% ) , correo
para fistula reto-vesical com 4 (0,47% ) e fechamento de enterostomia
com 59 (6. 96%). Concluso conclumos que o servio de
coloproctologia do huec fornece uma gama abrangente de cirurgias
coloproctolgicas (211,75 cirurgias por ano sendo destas 52,25 cirur-
gias abdominais), satisfazendo as necessidades para o ensino de mdi-
cos residentes em coloproctologia.
TL195 - A SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA SEC-
O SO PAULO, A ORGANIZADORA DO EVENTO EM
REFERNCIA, O QUAL SER REALIZADO EM CAMPOS DO
JORDO DE 14 A 16 DE MAIO DE 2009. A JORNADA UM
DOS MAIORES EVENTOS DA UROLOGIA E OCORRE
BIENALMENTE
PALLONE, G.
1. Unicamp, Universidade Estadual de Campinas, Cidade Universitria
Zeferino Vaz
O objetivo do congresso reunir mdicos urologistas para atualizaes
cientficas, troca de informaes e de conhecimentos. Os congressis-
tas participaro de atividades cientficas contemplando palestras, mesas
redondas, painis, entre outros. Como em outros eventos que j orga-
nizamos em campos do jordo e para melhor atingir os objetivos
pretendidos, gostaramos de contar com o apoio do campos do jordo
convention & visitors bureau da seguinte forma: descontos para os
congressistas, palestrantes e participantes da jornada em restaurantes,
lojas e passeios tursticos. Este desconto ser concedido mediante a
apresentao do crach do evento. Tambm solicitamos o forneci-
mento de material promocional e convnio de cooperao e link para
o convention bureau no site do evento. Confirmando a nossa parceria
consolidada, convidamos o convention bureau a ter um ponto de
apoio no campos do jordo convention center no perodo de 14 a 16
de maio.
TL196 - RESULTADOS INICIAIS DA CIRURGIA TRANSANAL
ENDOSCOPICA
NAHAS CSR, MARQUES CFS, BORBA MR, DIAS AR, POLLARA W,
NAHAS SC, CECCONELLO I
1. ICESP - HCFMUSP, INSTITUTO DO CNCER DO ESTADO DE
SO PAULO - ICESP
Objetivo: Relatar a experincia inicial do emprego da cirurgia transanal
endoscpica. Material e mtodos: Foram coletados prospectivamente
61
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Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
dados referentes a 20 pacientes submetidos a tcnica de cirurgia
endoscpica transanal quanto as indicaes, resultados e complica-
es. Resultados: Doze mulheres e oito homens com idade entre 52 e
84 anos (mdia=66) foram tratados. As indicaes foram: 10 adenomas
irresecveis por colonoscopia, 4 pacientes com tumor precoce T1, 4
pacientes com tumores avanados ps neoadjuvancia, 1 paciente com
tumor T2 que recusou cirurgia radical e 1 por fstula perianal comple-
xa. Treze leses eram de reto distal, 6 de reto mdio e 1 de reto
superior. Dez leses eram posteriores, 6 eram laterais e 3 eram ante-
riores. O tempo operatrio variou de 45 a 240 minutos (mdia 145
minutos). A alta hospitalar variou de 2 a 7 dias ps-operatrios (mdia
de 3,4 dias). Foram observadas as seguintes complicaes: 2
sangramentos (1 recebeu transfuso), 2 casos de mucorria e tenesmo
e 1 retroperitonio sintomatico (necessitou laparoscopia diagnstica).
O tempo de seguimento mdio de 6 meses (1 - 18 meses). Um
paciente apresentou recidiva de um adenoma. O caso de fistula recidivou.
Concluses: A cirurgia transanal endoscpica tcnica segura, porm
no isenta de complicaes principalmente sua fase inicial de aprendi-
zado. Entretanto, um opo atrativa que est ganhando cada vez
mais espao no armamentario do cirurgio colorretal.
TL197 - DIFERENCAS ENTRE OS SITIOS DE EXTRACAO DA
ESPECIME CIRURGICA NA COLECTOMIA LAPAROSCOPICA
DA LUZ MOREIRA A., ROTTOLI M., GEISLER D., VOGEL J.,
KIRAN R.
1. CCF, Cleveland Clinic
Introduo: A espcime cirrgica pode ser extrada de diferentes ma-
neiras na colectomia laparoscpica. Poucos estudos compararam as
complicaes relacionadas aos diferentes tipos de inciso. Objetivo:
As complicaes de ferida operatoria foram comparadas entre os
diferentes stios de extrao da espcime cirrgica na colectomia
laparoscpica. Mtodo: Pacientes submetidos a colectomia
laparoscpica entre 2004 e 2008 foram analizados. Pacientes com
hernia incisional previa, casos convertidos para cirurgia aberta e
reoperados em 30 dias foram excluidos. Converso para cirurgia aber-
ta foi definida como inciso cirurgica maior que 8cm. Foram coletados:
dados demograficos, comorbidades, indice de massa corporal, diagns-
tico, uso de corticides, cirurgia abdominal prvia, stio de extrao
(transversa, mediana ou Pfannenstiel), tipo e durao da cirugia, perda
sangunea estimada, criao de estoma e uso de protetor de ferida ou
portal para hand-assisted laparoscopy (HAL). Um modelo de
regressao logistica foi utilizado para avaliar a associacao independente
das variaveis com infeco de ferida e hrnia incisional. Resultado:
598 pacientes foram includos neste estudo. Destes, 326 (54%) eram
mulheres e a idade mediana foi de 54 (10-93) anos. Em 339 (57%)
pacientes a espcime cirrgica foi extrada por uma inciso mediana,
em 185 (31%) por inciso de Pfannestiel e nos 74 (12%) pacientes
remanescentes a extrao se deu por inciso transversa. O tamanho
mediano das incises foi de 5 (3-8) cm. Aps um seguimento mediano
de 12,1 (1,2 58,4) meses as taxas de infeco de ferida e de hrnia
incisional foram de 11,2% e 5,5% respectivamente. Obesidade (P<
0.01), idade (P=0.03), infeco de ferida (P=0.01) e extrao por
inciso mediana (P=0.02) foram os fatores de risco independentes
para a ocorrncia de hrnia incisional. Obesidade foi o unico fator de
risco independente associado a infeco de ferida (P=0.02). Uso de
portal para HAL (P=0.7), stio de extrao (P=0.3), ou a utilizao
de protetor de ferida (P=0.4) no afetaram as taxas de infeco de
ferida. Concluso: Enquanto a taxa de infeco de ferida operatoria
no foi afetada pelos diferentes stios de extrao, hrnias incisionais
foram significativamente mais comuns em pacientes que tem
espciemes extradas por incises medianas.
TL198 - CHRONIC CONSTIPATION - SURGICAL MANAGEMENT
ASHOK KUMAR, LOKESHA H.M., UC GHOSHAL
Departments of Surgical and Medical Gastroenterology
Sanjay Gandhi Post Graduate Institute of Medical Sciences, Lucknow-
226014,India
Introduction : Chronic constipation is very difficult to manage medi-
cally. Surgical options have been advocated when conservative medi-
cal management fails to relieve the symptoms. The aim of the study
is to assess the results of surgical procedures in patients with constipa-
tion who have been refractory to medical therapy.
Methods : Retrospective analysis of prospectively maintained data of
thirty four patients, who were managed surgically for refractory chronic
constipation in a tertiary referral center in north India between year
2003-2009. Results : There were 24 males ( 71% ) and 10 females (
29% ) with the mean age of 45years (range 18-77yrs). These
patients had symptoms for a mean duration of 118months (range 12-
360 months); had already been treated medically, including biofeed-
back. Preoperative evaluation included barium enema, colonoscopy,
colonic transit study, defecography, and anorectal manometry. Eight
patients ( 23% ) had slow transit constipation, 4 patients(12%) had
Hirschsprungs disease and 22 patients (65% ) had complex anatomic
abnormalities like rectocele and rectal prolapse . The surgical pro-
cedures performed were- total colectomy and ileo-rectal anastomosis,
anterior resection, Delormes procedure, resection rectopexy and
Duhamel procedure. 20% of the patients had one or more complica-
tions but there was no mortality. One patient developed recurrence of
symptoms following anterior resection and improved following total
colectomy and ileo-rectal anastomosis. All patients had satisfactory
outcome on follow up (3-60 months) with mean stool frequency of 1-
4 per day. Conclusions : Surgery should be considered in patients who
have severe refractory constipation after medical management . It
can be performed with acceptable morbidity. The surgical option
depends on underlying etiology of the constipation and the expertise
available.
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Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
P01 - TUMOR NEUROENDCRINO DE LEO TERMINAL OPE-
RADO APS 16 ANOS DO DIAGNSTICO DE SUA
METSTASE
FORMIGA, F.B., MAGRI, K.D., CANDELRIA, P.A.P., FANG, C.B.,
KLUG, W.A.
1. FCMSCSP, Disciplina de Coloproctologia da Santa Casa de So
Paulo
Introduo: o tumor neuroendcrino mais comum, o carcinide de
leo terminal, apresenta evoluo benigna. Objetivos: o caso relatado
objetiva descrever e ilustrar o difcil diagnstico do tumor
neuroendcrino e sua insidiosa evoluo mesmo com doena dissemi-
nada. Mtodos: acompanhamento de paciente do departamento de
cirurgia da santa casa de misericrdia de so paulo. Documentao
escrita e fotogrfica do caso. Resultados: arl, 77 anos, sexo feminino.
Submetida, em 1992, a hepatectomia segmentar cujo estudo antomo
patolgico revelou ser tumor carcinide. Procurou nosso servio, aps
13 anos, com diarria (5 a 15 vezes/d), clica abdominal, flatulncia e
perda ponderal. Tomografia computadorizada (tc) evidenciou fgado
com mltiplos ndulos hipoatenuantes com realce perifrico. Reali-
zada bipsia heptica percutnea que determinou infiltrao de
neoplasia endcrina, confirmada por imunohistoqumica
(cromogranina, ae1/ae3 e sinaptofisina positivos). Colonoscopia nor-
mal. Petscan captou apenas o parnquima heptico. Como paciente
era sintomtica, foi optado por iniciar tratamento com
quimioembolizao. Realizou quatro sesses com reduo dos ndulos,
porm houve agravamento clnico progressivo, com diarria levando
desidratao e tumorao mvel e recorrente em fossa ilaca direita.
Iniciou-se octreotide e nova investigao do tumor primrio:
colonoscopia com ilete terminal, enema opaco com irregularidade
cecal, trnsito intestinal com dilatao de alas ileais, endoscopia
digestiva alta normal, tc de trax normal e tc de abdome evidenciando
as mesmas leses metastticas e espessamento com dilatao das pa-
redes do leo distal e ceco. Por fim, o octreoscan captou em leo
terminal e parnquima heptico. Indicado procedimento cirrgico que
evidenciou grande retrao de meso com linfonodomegalia,
neovascularizao e estenose do leo terminal. Realizada
hemicolectomia direita com resseco de 40cm de leo terminal. Estu-
do antomo-patolgico evidenciou neoplasia neuroendcrina do leo,
invaso sangunea e perineural, sem linfonodo comprometido. Paci-
ente evolui com ganho ponderal, ausncia de dor abdominal e sem
diarria. Concluses: o tumor neuroendcrino doena insidiosa com
bom prognstico, portanto, investir na busca do tumor primrio quando
a metstase sua primeira manifestao o melhor caminho para
melhorar a qualidade de vida do paciente.
P02 - ABDOME AGUDO POR ADENOCARCINOMA EM PACI-
ENTE DE 16 ANOS - RELATO DE CASO
MENDES, CRS, SAPUCAIA, RA, GALVAO, RAR, FERREIRA, LSM,
SOUZA, FZ
1. HSI, Hospital Santa Izabel
Objetivo: relatar um caso de abdome agudo em uma paciente de 16
anos por neoplasia colnica material e mtodos: paciente da unidade
de emergncia do hospital santa izabel com diarria e dor abdominal
resultados: trata-se de um paciente sexo feminino, 16 anos, com rela-
to de internamento prvio na emergncia com quadro de dor abdomi-
nal, distenso, vmitos e diarria. Durante o internamento foi realiza-
da tomografia de abdome com evidencia de espessamento da parede do
ceco e do colon transverso. Feito diagnstico de doena inflamatria
intestinal pela gastroenterologia, iniciando tratamento com asalit,
apos melhora clinica obteve alta com orientao para realizar exame
colonoscpico. Paciente retorna emergncia, aps dois meses, sem
a colonoscopia, apresentando diagnostico de abdome agudo obstrutivo.
Submetida a tratamento cirrgico de urgncia sendo evidenciado
neoplasia em anel de guardanapo em colon transverso com perfurao
do ceco. Feita colectomia direita alargada com linfadenectomia.
Anatomo patolgico demonstrou um adenocarcinoma mucoprodutor
com clulas em anel de sinete t4n2m0. Concluso: a incidncia de
neoplasia colorretal vem aumentando nos ltimos anos. a quarta
neoplasia maligna mais incidente no brasil. O diagnstico em pacien-
tes jovem subestimado, o que leva ao atraso na elucidao do caso e
avano da doena com menor possibilidade de cura. A incidncia do
cncer colorretal na populao com idade inferior a 30 anos menor
que 1%. O adenocarcinoma mucinoso, em qualquer grau de diferenci-
ao, considerado como fator localmente agressivo e de pior prog-
nostico como foi o encontrado no caso acima como invaso tumoral
em serosa e dos linfonodos do mesocolon.
P03 - ADENOCARCINOMA EM TRAJETO DE FSTULAS
PERIANAIS CRNICAS E HIDRADENITE RELATO DE CASO
CARNEIRO, J.A.1, POSWAR, F.O.1, SILVA, J.A.1, MONTEIRO,
V.A.2, FREITAS, M.O.S.2
1. UNIMONTES, Universidade Estadual de Montes Claros2. HUCF,
Hospital Universitrio Clemente de Faria3. LANMC, Liga Acadmica
Norte - Mineira de Cirurgia
Introduo: os adenocarcinomas do canal anal podem surgir de reto,
glndulas anais e fstulas anorretais. A maioria das fstulas anais origi-
na-se das criptas anais, que se tornam infectadas. Quando o abscesso se
forma e rompe, uma fstula aparece. A hidradenite supurativa uma
dermatose inflamatria comum caracterizada por abscessos e ndulos
dolorosos e recorrentes localizados em reas intertriginosas. Objetivo:
relatar um caso de adenocarcinoma em trajeto de fstulas perianais
crnicas e hidradenite. Mtodo: anlise de pronturio e reviso de
literatura. Resultado: trata-se de paciente masculino (hap), 46 anos,
tabagista, etilista crnico, natural de espinosa-mg, admitido com quei-
xa de secreo em regio sacral e gltea. Apresenta histria de 2
fistulectomias, sendo a ltima h 7 anos, cujo resultado histopatolgico
evidenciou, no material de regio perianal e gltea, canal irregular
intercomunicante, circundado por tecido de granulao, infiltrado
linfohistioplasmocitrio e fibrose, algumas clulas gigantes do tipo
corpo estranho, abscesso, com diagnstico de trajeto fistuloso com
granulomas a corpo estranho, podendo tratar-se de hidradenite
supurativa. O exame proctolgico atual evidenciou leso vegetante
perianal s 7:00 horas com 8 cm de dimetro. Notam-se, ainda, vrios
orifcios de trajetos fistulosos perianais, sacrais e glteos bilaterais,
alguns drenando secreo amarelada. O toque retal revelou uma ampo-
la retal vazia. O paciente foi submetido a novas bipsias, que mostra-
ram no material da regio perianal e sacral fragmentos de epitlio
estratificado escamoso apresentando neoplasia glandular, aspecto
tubular, francamente pleomrfica e mittica; reas de necrose e ulce-
rao; varias clulas em anel de sinete, com diagnostico de
adenocarcinoma moderadamente diferenciado. Em leso de ndegas,
revelou fragmentos de pele com canal irregular intercomunicante,
cincudando por tecido de granulao, infiltrado linfohistioplasmocitrio
e fibrose. Ausncia de malignidade neste material enviado a exame,
com diagnstico de trajeto fistuloso inespecfico. Concluso: portan-
to configurou-se adenocarcinoma em trajeto fistuloso crnico, sendo
PSTERES
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Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
avaliado pela oncologia que props tratamento neoadjuvante. O paci-
ente apresenta adenocarcinoma moderadamente diferenciado de
surgimento secundrio, associado a fistulas perianais complexas e
hidradenite, encontra-se no momento em tratamento
radioquimioterpico neoadjuvante, com programao para tratamen-
to cirrgico.
P04 - RESSECO LOCAL DE TUMOR DE RETO RELATO DE
2 CASOS
CARNEIRO, J.A.1, POSWAR, F.O.1, SILVA, J.A.1, MONTEIRO,
V.A.2, FREITAS, M.O.S.2
1. UNIMONTES, Universidade Estadual de Montes Claros2. HUCF,
Hospital Universitrio Clemente de Faria3. LANMC, Liga Acadmica
Norte-Mineira de Cirurgia
Introduo: o cncer de reto responsvel por 11% das mortes por
cncer nos estados unidos. Opes de tratamento curativo incluem a
exciso total do mesoreto e a resseco local. Objetivo: relatar dois
casos de resseco local de tumor de reto. Mtodo: anlise de prontu-
rios e reviso de literatura. Resultados: paciente feminino (mlg), com
55 anos, natural de Buritizeiro MG, admitida com histria de
sangramento h cerca de 3 meses, associada constipao intestinal e
dor no hipogstrio. Ao toque retal, constatou-se tumorao retal.
Submetida a colonoscopia/retossigmoidoscopia rgida, evidenciou-se
leso ulcerada superficial, h 5,0 cm da linha pectnea, cujo estudo
histopatolgico revelou tratar-se de adenocarcinoma bem diferencia-
do. Realizou-se, portanto, aps estadiamento, a cirurgia por via
transanal com resseco local da leso, que foi encaminhada para
estudo anatomopatolgico, cujo resultado demonstrou leso de 2,5 x
1,5 x 0,5 cm e neoplasia glandular ulcerada infiltrando lmina pr-
pria e focalmente a muscular da mucosa, com diagnstico de
adenocarcinoma superficial. A paciente encontra-se em controle ps-
operatrio segundo protocolo e no apresenta sinais de recidiva. Pa-
ciente masculino (esl), com 81 anos, natural de Cacul BA, admitido
com histria de ferida na regio retal, sangramento e aumento da
freqncia evacuatria. Submetido a colonoscopia/retossigmoidoscopia
rgida, evidenciou leso ulcerada superficial de 1. 5 cm de dimetro h
4 cm da linha pectnea. Optou-se por resseco local, aps
estadiamento, sendo realizado por via transanal, encaminhando a pea
para estudo histopatolgico, que revelou adenocarcinoma ulcerado
acometendo at o incio da submucosa. O paciente encontra-se em
controle segundo protocolo e sem sinais de recidiva. Concluso: a
exciso total do mesorreto, apesar de sua excelente taxa de cura no
cncer de reto em estdios iniciais, associada s vezes, quando no se
preserva a inervao pr-sacra, com incontinncia urinria, disfuno
sexual, perda do controle do esfncter anal e reduo da qualidade de
vida. Assim, alternativas conservadoras, como a resseco local tem
sido proposta. H controvrsias, entretanto, quanto ao paciente ele-
gvel para esse tratamento. Os casos relatados sugerem que a resseco
local deva ser considerada nos pacientes no estdio t1n0m0.
P05 - RABDOMIOSSARCOMA PERIANAL RELATO DE UM
CASO
MAGNO, J.C.C., FIGUEIREDO, G.M.P., GONALVES, J.C.N., SOU-
ZA, C.M., DELFINO, A.B.M., ALMEIDA, D.G, NAGEL, J., MA-
CHADO, A.B.
1. HEGV, Hospital Estadual Getlio Vargas
O rabdomiossarcoma o mais comum sarcoma de tecidos moles em
crianas e adolescentes, comprometendo, principalmente a cabea, o
pescoo, extremidades e o trato gnito-urinrio. A localizao peri-
anal ou perineal extremamente rara. O quadro clnico de massa
dolorosa, na maioria das vezes, confundida com processos inflamat-
rios tais como abscessos ou hidroadenite supurativa. Na literatura
nacional s encontramos dois casos de rabdomiossarcoma em adultos:
o primeiro, descrito por florncio e colaboradores (an bras dermatol
1998;75(5):449-52), tratava-se de um rabdomiossarcoma pleomrfico
de perneo em paciente com 15 anos de idade e o segundo, descrito por
moraes e colaboradores (rev bras coloproct 2002;22(1):33-35), ocor-
reu em paciente com 40 anos de idade em localizao para-retal. O
caso do presente trabalho foi observado em paciente feminina com 19
anos. O diagnstico inicial foi de hidroadenite supurativa, tendo sido
tratada com antibiticos e en-caminhada a nosso ambulatrio. A his-
tria era de massa dolorosa em regio peri-anal com trs meses de
evoluo, sinais flogsticos com eliminao de secreo. Apresentava
volumosa massa com aspecto tumoral medindo 12 cm no maior
eixo, comprometendo margem anal, regio gltea e, perneo e grande
lbio e, dura, fixa, infiltrante, comprimindo o reto, sendo que o toque
retal e a endoscopia s foram possveis sob anestesia. No foram
evidenciadas leses em mucosa retal. Linfoadenomegalias ingui-nais
bilaterais. A ressonncia nuclear magntica demonstrou o extenso
comprometimento loco-regional da neoplasia. O exame
histopatolgico complementado com mar-cao imuno-histoqumica
fortemente positiva para miogenina e desmina foi conclusivo para o
diagnstico de rabdomiossarcoma do tipo alveolar com metstase
para linfonodo inguinal. De acordo com o irsg (intergroup
rhabdomyosarcoma study group) a paciente est classificada no grupo
iv apresentando prognstico bastante reservado em razo do tipo
histolgico, presena de doena metasttica, localizao perineal e
leso maior que 5 cm. Conclumos, com base na literatura especializa-
da, que o rabdomiossarcoma em localizao peri-anal e perineal um
tumor bastante raro no adulto, o diagnstico definitivo depende do
estudo imuno-histoqumico, o tratamento impe uma abordagem
multidisciplinar (quimioterapia, radioterapia e cirurgia) e o prognsti-
co costuma ser bastante reservado.
P06 - METASTATISAO HEPTICA DE PLIPO
ADENOMATOSO COLORRETAL COM FOCO DE
ADENOCARCINOMA
CIQUINI, S.A., ALVES, A.C.N., NISHIMOTO, E.I., VARONI, A.C.C.,
FERREIRA, A.S., GUSMON, C.C., VIDILLI-PEREIRA, E.A.
1. PUC-CAMPINAS, Servio de Coloproctologia Hospital Univer-
sitrio da PUC-C
Introduo: a presena de todas as fases no desenvolvimento de malig-
nidade dentro do mesmo espcime de uma leso polipide a evidn-
cia direta da seqncia plipo-cncer. Com o advento da colonoscopia,
a presena de uma leso polipide obriga a avaliao endoscpica para
indicao de polipectomia. No h justificativa para observao do
plipo adenomatoso aps seu diagnstico, exceto na rara situao em
que o risco de resseco endoscpica alto. Quando o carcinoma
invasivo for encontrado no espcime de polipectomia, alguns autores
aconselham resseces locais para casos selecionados. Outros reco-
mendam o tratamento cirrgico, caso a rea degenerada esteja prxi-
ma margem de resseco, se houver invaso angiolinftica e/ou
presena histolgica de leso pouco diferenciada. A questo mais con-
troversa do tratamento a identificao de carcinoma invasivo no
espcime estudado. Doentes submetidos resseco intestinal aps
remoo de plipos ssseis contendo carcinoma invasivo apresentam
incidncia de metstase linfonodal de 10%. Portanto, a chave do
tratamento adequado a interpretao precisa dos achados
histopatolgicos. Objetivos: analisar a importncia deste diagnstico
em doente portador de plipo intestinal com degenerao neoplsica
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Rev bras Coloproct
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maligna e disseminao heptica da doena. Mtodos: os autores
relatam o quadro de doente portador de plipo adenomatoso tubular
com foco de adenocarcinoma e disseminao sistmica heptica.
Resultados: apresenta-se o quadro de doente de 57 anos, portador de
vrios plipos colorretais, sugerindo polipose atenuada. Um deles
era extenso, em ceco, com bipsia revelando leso adenomatosa
tubular, e outro, em retossigmide com leso deprimida na base e
bipsia revelando adenocarcinoma intramucoso. Submetido a
colectomia total com anastomose leo-retal, apresentando exame
histopatolgico compatvel com t1n0m0. Em seguimento posteri-
or, permaneceu com cea elevado e foi submetido ao pet-ct, o qual
demonstrou metstase heptica. Permanece em acompanhamento
com novos exames. Concluses: os autores concluem a importncia
do tratamento adequado baseado na interpretao competente dos
achados microscpicos. Isto vem sendo particularmente difcil quando
no h uniformizao de muitos termos usados por diferentes pato-
logistas. Qualquer que seja a escolha teraputica, esta dever ser
sempre partilhada com o doente, ponderando os riscos e benefcios
inerentes a cada uma.
P07 - ESTUDO COMPARATIVO ENTRE MTODOS DIAGNS-
TICOS DO CNCER DO RETO E DO SIGMIDE
CIQUINI, S.A., ALVES, A.C.N., NISHIMOTO, E.I., FERREIRA, A.S.,
GUSMON, C.C., VARONI, A.C.C., VARONI, L.P.C.
2. PUC-CAMPINAS, Servio de Coloproctologia - Hosp. Univer. da
PUC-CAMPINAS
Introduo: na atualidade a neoplasia maligna colorretal representa
uma das mais importantes causas de morte por cncer no mundo. Os
programas de preveno e deteco precoce tm-se mostrado eficazes
na diminuio desse ndice. Mesmo em pases com recursos torna-se
invivel a realizao de colonoscopias em todos os indivduos acima
dos 50 anos. Assim, hoje preconizam-se a estratificao em grupos de
risco e a combinao de mtodos diagnsticos, tais como pesquisa
sangue oculto nas fezes, o exame proctolgico completo e a
colonoscopia, visando a reduo da mortalidade. Objetivos: estudar
quais mtodos diagnsticos apresentam maior relevncia para a
deteco do cncer do reto e do sigmide. Mtodos: os autores estuda-
ram 51 portadores de neoplasia do reto e do sigmide, submetidos a
procedimento cirrgico, entre maio de 2007 e maio de 2009. Todos
eram provenientes do sistema pblico de sade e apresentavam leses
localizadas da transio reto-anal at 25 cm. Foram excludos os do-
entes que apresentavam leses em outras localizaes, os provenien-
tes da rede privada de sade e os operados em outros servios. As
variveis comparadas foram: sangue oculto nas fezes, toque retal,
retossigmoidoscopia rgida e colonoscopia. Os doentes com queixa de
sangramento visvel no foram submetidos pesquisa de sangue oculto
nas fezes. Resultados: avaliou-se 51 doentes com diagnstico de
neoplasia do reto ou sigmide submetidos aos 4 exames mencionados.
Em 6 (11,76%), que no apresentavam queixa de sangramento nas
fezes, realizou-se pesquisa de sangue oculto. Nestes, 4(66,67%) o re-
sultado de sangue oculto foi positivo. A retossigmoidoscopia rgida
identificou o cncer em 50 (98%) doentes, porcentagem idntica a da
colonoscopia. Ambos os exames no conseguiram diagnosticar o cn-
cer em um mesmo indivduo, o qual apresentava pesquisa de sangue
oculto positivo. O toque retal,foi capaz detectar a leso em 31 (60,78%)
doentes. Concluses: a retossigmoidoscopia rgida e a colonoscopia
mostraram-se efetivas e eficazes na deteco do cncer do reto e do
sigmide. Considerando-se sua eficincia a retossigmoidoscopia rgida
mostrou ser o melhor mtodo diagnstico para esta finalidade. Estes
mtodos no dispensaram o toque retal e a pesquisa do sangue oculto
nas fezes.
P08 - TUMOR CARCINIDE RETAL LOCALMENTE AVANA-
DO: DOENA RARA E TCNICA CIRRGICA INCOMUM
LEITE, S.M.O.1, MAIA JR, C.L.S.1, SANTOS, M.A.M.1
1. HGIP/ IPSEMG, Hospital Governador Israel Pinheiro2. FCMMG,
Faculdade de Cincias Mdicas de Minas Gerais3. SCBH, Santa Casa de
Belo Horizonte4. BI, Biocor Instituto Belo Horizonte
Introduo: tumor carcinide de reto mdio localmente avanado,
sem acometimento distncia, abordado por via abdmino-sacral
com resseco do cccix. Objetivo: apresentar caso de doena rara,
tratada com tcnica cirrgica pouco comum mtodos: reviso de pron-
turio e pesquisa em literatura mdica. Resultados: paciente de 61
anos, sexo masculino, obeso mrbido, com diagnstico de leso tumoral
de cinco centmetros em regio pstero-lateral direita, a sete cent-
metros da borda anal, com mucosa retal suprajacente ntegra. Ausn-
cia de evidncias de metstases pulmonares ou hepticas. Ressonncia
magntica mostrando leso retrorretal com aparente invaso prosttica
por contiguidade. Submetido a retossigmoidectomia com abordagem
combinada abdmino-sacral, com resseco do cccix, devido s con-
dies tcnicas do paciente (obesidade importante). Anastomose pri-
mria com grampeador cirrgico. Confeccionada ileostomia protetora.
Evoluindo de forma arrastada porm favorvel, recebendo alta hospi-
talar no 30dpo. Antomo-patologia da pea sugeriu tratar-se de
neoplasia de origem neuroendcrina; diagnstico de carcinide con-
firmado por imuno-histoqumica. Dois linfonodos metastticos de
dezoito dissecados. Tumores carcinides so neoplasias raras que res-
pondem por menos de 0,5% dos diagnsticos oncolgicos. Originam-
se de clulas neuroendcrinas, mais comumente ao longo do tubo
intestinal (60%) e do segmento broncopulmonar (25%). O reto
corresponde terceira sede mais comum no trato digestivo, respon-
dendo por 13,7% dos casos. O prognstico geralmente bom por ser
diagnosticado mais frequentemente em estgios mais precoces, quan-
do indicada resseco local. Entretanto, h uma piora significativa
naqueles pacientes cuja leso excede 2 cm de dimetro, com taxas de
metastases de at 60-80%. Leses localmente avanadas, sem acome-
timento distncia, so muito raras, sendo, por isso, cirurgias de
maior porte raramente realizadas para a abordagem desta patologia
especfica. Concluso: o tumor carcinide de reto patologia que
raramente demanda resseco cirrgica alargada. A maioria tratada
com resseco local transanal. Leses maiores geralmente so incur-
veis por j apresentarem metstases. O caso apresentado foge desta
regra, sendo tratada com tcnica pouco utilizada na atualidade.
P09 - RELATO DE CASO TUMOR GASTROINTESTINAL
ESTROMAL (GIST) DE INTESTINO DELGADO
HUMBERTO MARTEN TEIXEIRA, CARDOSO, M.C.B., SILVA,
JR.J.F., FIORENTIN, J.Z., PHILIPPI, A.L., BAPTISTA, T.S.
1. UNESC, Universidade do Extremo Sul Catarinense
Introducao: os tumores gastrointestinais estromais (gist) so leses
que expressam a protena c-kit e originam-se das clulas de cajal. A
gnese do gist relaciona-se com mutaes no gene kit, resultando na
ativao da protena kit, a qual estimula proliferao celular sem
oposio. O gist um tumor raro, porm representa 80% dos tumores
mesenquimais do trato gastrointestinal (tgi) e 5% dos sarcomas. a
neoplasia no epitelial do tgi mais freqente. Sua classificao se ba-
seia no potencial de malignidade que inclui o tamanho do tumor e o
ndice mittico. Predomina em homens, com aproximadamente 60
anos, podendo originar-se em todo tgi, principalmente no estmago
(70%) e intestino delgado (25%). Apenas a resseco cirrgica pro-
porciona a cura. Objetivo: descrever um caso de gist com localizao
infrequente e com prognstico favorvel. Mtodos: relato de caso e
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reviso de literatura. Resultados: masculino, 57 anos, apresentou epi-
sdio de enterorragia volumosa e sncope. Exame fsico: palidez
cutneo-mucosa e taquicardia. Hemoglobina: 10mg/dl. Endoscopia
digestiva alta: pequena hrnia hiatal, eroso no antro e hiperemia em
bulbo; terceira poro do duodeno com sangue rutilante volumoso.
Enteroscopia: ponto erosivo da mucosa, com exposio de coto arte-
rial submucoso a, aproximadamente, 15 cm alm da papila duodenal.
Cirurgia: enterectomia segmentar de jejuno proximal e anastomose
primria. Antomopatolgico: baixo potencial de malignidade, limi-
tes cirrgicos livres. Imunohistoqumica: gist fusocelular, c-kit positi-
vo. Concluso: os estudos de imunohistoqumica iniciados na dcada
de 80 revelaram que muitos tumores do tgi diagnosticados como
leiomiomas ou leiomiossarcomas, eram na realidade gist, o que influ-
encia amplamente no prognstico, apesar de continuar sendo difcil
obter informaes sobre sua real incidncia. Os tumores no intestino
delgado so geralmente assintomticos, razo pela qual, apresentam
pior prognstico, entretanto, neste relato os sintomas permitiram
diagnstico mais precoce. Alm disso, este relato demonstra o impor-
tante papel da enteroscopia diagnstica em alguns casos de hemorra-
gia digestiva.
P10 - PSEUDOMIXOMA PERITONEAL SECUNDRIO A
NEOPLASIA DO APNDICE CECAL - RELATO DE CASO
OLIVEIRA, P.S.P., ROSIM, E.T., CAMARGO, M.G., LEAL, R.F.,
AYRIZONO, M.L.S., FAGUNDES, J.J., COY, C.S.R.
1. UNICAMP, Faculdade de Ciencias Medicas da Universidade Esta-
dual de Campinas
Introduo:pseudomixoma peritoneal uma rara entidade, caracteri-
zada por volumosa ascite mucinosa, de crescimento lento e invaria-
velmente progressiva. Seu diagnstico realizado, na maioria dos
casos, quando a doena encontra-se avanada e de tratamento com-
plexo. A origem da mucina decorrente principalmente de tumores do
apndice cecal, podendo tambm ter como origem tumores ovaria-
nos. Objetivos: relatar um caso de pseudomixoma peritoneal secund-
rio a tumor do apndice cecal diagnosticado precocemente. Relato de
caso: M. L. A. A. , 54a, sexo feminino. Procurou servio mdico
devido a dor na regio hipogstrica e fossa ilaca direita intermitente,
com piora sbita, tornando-se contnua. Exames laboratoriais e
ultrassonografia abdominal levaram a hiptese diagnstica de apendi-
cite aguda. Submetida a apendicectomia (Grau III), sem intercorrncias.
O anatomopatolgico revelou adenocarcinoma moderadamente dife-
renciado, mucossecretor do apndice cecal, infiltrativo at a gordura
adjacente, com indcios de pseudomixoma peritoneal. Realizou
tomografia computadorizada do abdome e us transvaginal (normais),
alm de colonoscopia que evidenciou doena diverticular dos clons.
Ento, a paciente procurou nosso servio e a conduta foi reabordagem
cirrgica. Em 23/10/09, foi submetida a hemicolectomia direita,
linfadenectomia ao nvel da mesentrica superior, omentectomia,
ooforectomia bilateral e resseco de implantes na goteira parietoclica
direita e leso cstica no grande omento, adjacente ao ceco, cuja
congelo revelou pseudomixoma. O anatomopatolgico do espci-
me cirgico confirmou a presena de mucinose peritoneal no omento,
clon direito com melanosis coli, leo terminal sem alteraes, ov-
rios e 12 linfonodos dissecados sem sinais de malignidade. A paciente
evoluiu sem intercorrncias e encontra-se em acompanhamento
ambulatorial. Concluso: as neoplasia do apncdice cecal so raras e
tem como apresentao comum quadro sugestivo de apendicite e seu
diagnstico se d somente aps o anatomopatolgico da pea ci-
rrgica. Tais tumores podem evoluir com o quadro de pseudomixoma
peritoneal. Relatou-se um caso raro de diagnstico precoce da enti-
dade.
P11 - IDENTIFICAO DAS VIAS CARCINOGENTICAS
MUTADORA (MSI) E CLSSICA EM CARCINOMAS
COLORRETAIS ESPORDICOS
LOSSO,G.M, TELLES, J.E.Q
1. UFPR, Universidade Federal do Paran
A capacidade de predizer a agressividade biolgica pela identificao
das vias carcinogenticas atravs da anlise tecidual de valor inesti-
mvel para o tratamento dos pacientes com cncer. Se tumores no
responsivos aos tratamentos usuais pudessem ser identificados, estes
pacientes poderiam ser poupados da toxicidade teraputica e, assim
poderiam ser candidatos a novas modalidades teraputicas no con-
vencionais. Esta pesquisa objetiva identificar e correlacionar o fentipo
neoplsico tumoral das vias carcinogentica clssica (p53) e mutadora
(msi-h) em 51 tumores colorretais espordico. Mtodos: blocos de
tecidos fixados em formalina a 10% e includos em parafina foram
submetidos a cortes histolgicos de 4, para avaliao histolgica. A
tcnica de (tissue microarrays - tmas) foi utilizada para uma melhor
uniformidade e custeio das reaos imunoistoqumicas das protenas de
reparo hmlh1, hmsh2, hmsh6 e a p53. Resultados: nesta pesquisa,
19,60% dos casos eram decorrentes da via carcinogentica mutadora
(msi-h) estes eram, 70,00% do gnero feminino, 90,00% do tipo no
mucinoso e 80,00% apresentavam localizao preferencial no clon
distal com mdia de idade de 57,10 anos. Enquanto 66,66% eram
decorrentes da via carcinogentica clssica (p53+) estes eram 61,76%
do gnero masculino, 85,29% do tipo histolgico no mucinoso e
88,24% apresentavam localizao preferencial no clon distal com
mdia de idade de 60,55 anos. Concluso: nesta pesquisa as vias
carcinogenticas clssica e mutadora no ocorrem com a mesma
freqncia, sendo que a via predominante na carcinognese colorretal
espordica a via clssica. Houve correlao significativa(p>0,05)
entre as caractersticas patolgicas e os marcadores imunoistoqumicos.
P12 - SARCOMA SINOVIAL PERIANAL - RELATO DE CASO
FAYAD,J.B., QUINTAS,C.M.S, SOUSA,C.R., S,M.A.G.S.,
COSTA,C.B., PORTOVALES,M.O., JUNGES,K.T.
1. HGI-RJ, Servio de Coloproctologia do Hospital Geral de Ipanema-RJ
Introduo: o sinoviosarcoma uma neoplasia de clulas mesenquimais
com alto grau de malignidade, sendo o quarto tipo mais comum dos
sarcomas, o que corresponde a cerca de 10% dos casos. A localizao
perianal isolada extremamente rara, sem relatos prvios na literatu-
ra consultada. Objetivo: apresentar um caso de paciente com tumorao
perianal recidivada, em menos de um ano, com diagnstico imuno-
histoqumico de sarcoma sinovial. Mtodos:paciente de 44 anos, dia-
btica, com queixa de tumorao perianal indolor de crescimento
lento, sem queixas proctolgicas. Apresentava ao exame fsico
tumorao de consistncia slida, indolor, sem sinais flogsticos e no
aderida aos planos profundos na regio perianal ltero-posterior direi-
ta. A ressonncia magntica diagnosticou tumorao de 5 cm na fossa
squio-retal direita, paralela ao reto inferior, sem comprometimento
do mesmo. A paciente foi submetida exciso total da leso. Aps o
laudo histopatolgico de endometriose, a paciente iniciou tratamento
hormonal com agonista de gnrh. No seguimento ambulatorial, foi
detectada recidiva tumoral perianal, com 8 cm de extenso, as mes-
mas caractersticas anteriores e perda ponderal de 5kg em 6 meses. Foi
realizada nova resseco perianal, cujo resultado da congelao reve-
lou: neoplasia fusocelular, o que levou ao alargamento das margens da
resseco no ato cirrgico. O diagnstico histopatolgico mostrou
neoplasia estromal com reas focais de necrose. No estudo imuno-
histoqumico fez-se o diagnstico de sinoviosarcoma. A paciente evo-
luiu de forma satisfatria no ps-operatrio e encontra-se h 6 meses,
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em seguimento ambulatorial, sem recidiva. Concluso:a incidncia de
sarcomas no colon e no reto de 1%. O sinoviosarcoma mais
comum nas extremidades inferiores, seguido das superiores, tronco,
abdome, cabea e pescoo, acometendo principalmente crianas e
adultos jovens com discreto predomnio masculino. Embora o termo
sarcoma sinovial implique na origem a partir do interior das articula-
es, menos de 10% so intra-articulares. O stio mais comum de
metstase o pulmo, seguido de linfonodos regionais e osso. A
recorrncia, metstase e risco de morte aumentam significativamente
em tumores maiores que 5 cm. A quimioterapia no parece ser to
efetiva e a radioterapia tem sido considerada naqueles pacientes com
margens comprometidas e linfonodos positivos, diminuindo o ndice
de recidiva local.
P13 - LINFOMA EXTRANODAL DE INTESTINO DELGADO
COMO CAUSADOR DE INTUSSUCEPO INTESTINAL
FREITAS, D.P., SILVA, F.B., LEAL, V.M.
1. UESPI, Universidade Estadual do Piau
Objetivo: relatar um caso de linfoma no-hodgkin (lnh) presente no
intestino delgado como causador de intussucepo intestinal. Material
e mtodos: paciente com 51 anos, sexo masculino, etilista, que chegou
ao servio de emergncia do hospital getlio vargas com queixa de
vmitos dirios e constipao que iniciou h um ms com piora pro-
gressiva. Referia epigastralgia, astenia e perda de oito quilos. Apresen-
tava histria de gastrite e de disenteria com periodicidade mensal
durante 12 anos. Relatou que dois parentes de primeiro grau morreram
por neoplasia heptica. Ao exame fsico o paciente apresentava-se:
hipocorado ++/4 hipohidratado ++/4, anictrico, eupneico, afebril.
Ausculta cardiorrespiratria sem alteraes, abdome flcido, sem massas
ou visceromegalias, rudos hidroaereos e extremidades normais. Soli-
citou-se radiografia simples de abdome evidenciando distenso gasosa
das alas delgadas proximais, e no trnsito intestinal interrupo abrup-
ta da coluna de contraste em segmento jejunal distal, com dilatao e
ectasia montante, associado a espessamento de distribuio regular
das pregas da mucosa jejunal, assumindo um aspecto de moedas-
empilhadas. Sendo encaminhado para procedimento cirrgico. Re-
sultados: realizada resseco cirrgica com posterior anastomose tr-
mino-terminal. A pea foi encaminhada ao exame histopatolgico
que mostrou ulcerao epitelial e infiltrado de pequenos e grandes
linfcitos atpicos disseminados em toda a espessura da parede, sendo
condizente com o diagnstico de linfoma no-hodgkin difuso de pe-
quenas e grandes clulas. A imunofenotipagem demonstrou linfoma
no-hodgkin difuso de baixo grau do tipo malt com imunofentipo b.
Concluso: trata-se de um paciente com sintomatologia inicialmente
inespecfica como ocorre na maioria das intussucepes crnicas em
adultos. Os achados da radiologia simples do paciente so sugestivos de
obstruo intestinal. O aspecto de moedas empilhadas da radiologia
contrastada sugestiva de obstruo, e a interrupo da coluna de con-
traste visualizada justifica tal procedimento como triagem diagnstica.
Foi realizada resseco cirrgica com posterior anastomose trmino-
terminal, sem a necessidade de bipsia heptica e esplenectomia. A
imunofenotipagem da pea cirrgica demonstrou tratar-se de um lnh de
clulas b, que de acordo com o projeto de classificao internacional de
linfomas no hodkin representa cerca de 5% de todos estes tumores,
exaltando sobremaneira a raridade deste caso.
P14 - TUMOR ADENOESCAMOSO DE RETO - RELATO DE CASO
KURACHI G, OLIVEIRA EC, ISAAC RR, DANTONIO ACC,
ALMEIDA ACC, MOTA NC, CARNEIRO SS, LEITE PCCA
1. UFG, Servio de Coloproctologia - Faculdade de Medicina
Introduo:os carcinomas adenoescamosos colorretais so definidos
como tumores com componentes escamosos e glandulares coexistentes.
Caso clnico: j. G. M, 29 anos,feminino, branca. H 7 meses com
tenesmo, hematoquezia e alterao do hbito intestinal, perda de 27
kg. Toque retal: leso estenosante a 4cm da margem anal. 1 bipsia:
processo inflamatrio; 2 bipsia: sugestiva de adenocarcinoma; 3
bipsia: sob analgesia, macrobipsia evidenciou carcinoma
adenoescamoso invasor. Cea pr-op 107 ng/dl. Tc de abdome: leses
hepticas hipodensas e espessamento da parede do reto. Rx de trax:
normal. Estadiamento local pr-op pela rm e us endorretal foi t3n1.
Paciente foi submetida neoadjuvncia. Evoluiu com obstruo intes-
tinal, sendo realizado cirurgia de hartmann. Boa evoluo ps-opera-
tria. O estdio da pea cirrgica t3n0m1. Seguimento ambulatorial
com sesses de qt (5fu e c. Folnico). Atualmente com elevao do
cea (952,8ng/dl), caquexia e crises convulsivas. Discusso:teorias fo-
ram propostas para explicar a origem do carcinoma adenoescamoso
de clon. Um estmulo anormal da mucosa pode resultar em diferenci-
ao aberrante como na rcui,esquistossomose, radiao e infeco
pelo hpv. A metaplasia escamosa pode ocorrer em at 1% dos adenomas
colnicos e poderia ser uma causa para este tumor. Outra possibilidade
ter o seu surgimento partir de uma clula pluripotencial com
capacidade de diferenciao multidirecional. Leses sincrnicas e
metacrnicas podem ocorrer. mais comum o componente escamoso
no surgimento das metstases. A suspeita deve ocorrer em casos de
adenocarcinoma com reas muito pouco diferenciadas; teste com
imunoperoxidase e ou exame com microscopia eletrnica para identi-
ficao do componente escamoso so fundamentais para confirma-
o diagnstica. A maioria dos pacientes diagnosticada em fases
avanadas, com sobrevida mdia de 1 ano. A cirurgia o tratamento de
escolha, e apesar da terapia adjuvante ser empregada, o seu benefcio
permaece desconhecido pela raridade do tumor. Os agentes
quimioterpicos mais utilizados so:5-fu,semustine,carmustine e
methotrexate. H relatos de bons resultados com esquema nigro para
leses anorretais. Concluso: trata-se de doena rara (0,025 a 0,2%
dos tumores colorretais), localizada principalmente no reto e pores
distais do clon, com clnica semelhante ao adenocarcinoma, porm
com pior prognstico.
P15 - TUMORES SINCRNICOS DE RETO (ADENOCAR-
CINOMA) E DE FGADO (CARCINIDE) RELATO DE CASO
KURACHI G, SOBRINHO EFSS, AMORIM FC, LEITE PCCA, VIANA
JKB, CARNEIRO SS, ALMEIDA ACC, MOREIRA JPT
1. UFG, Servio de Coloproctologia - Faculdade de Medicina
Introduo: tumores so ditos sincrnicos quando se apresentam si-
multaneamente ao diagnstico ou no ato operatrio. freqente a
coexistncia de tumores carcinides com outras neoplasias, chegando
a 17%. Os principais rgos sedes de neoplasias associadas so colo
uterino e clon. Os tumores carcinides de fgado normalmente so
secundrios a metstases sendo o tumor primrio raro e diagnosticado
por excluso de outras leses primrias. Objetivo: relatar caso de
neoplasia de reto inferior associado a tumor carcinide de fgado rela-
to de caso: ifc, 68a , masculino, branco. H 1 ano quadro de tenesmo,
alterao hbito intestinal e perda de peso. H 18 dias com fraqueza
intensa, ictercia e hematoquezia. Encontrava-se hipocorado e ictrico,
e ao toque retal evidenciou leso vegetante a 7cm da margem anal fixa
a planos profundos. Colonoscopia: neo reto inferior 6-7cm da mar-
gem anal ocupando 40% da luz. Rx trax: normal. Cea : 2,8. Tc:
moderada ascite. Extensa leso expansvel parietal, em tero mdio e
superior de reto, com aproximadamente 7,5cm de extenso,
extendendo-se para espaos para-retal esquerdo e retro-vesical, sem
plano de clivagem com vescula seminal esquerda. Fgado:formaes
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nodulares hipodensas difusas, sendo a maior com 10 cm de dimetro.
Rm:leso ntero lateral esquerda, t3n1. Usg reto: t3n1. Desde a
internao paciente evoluiu com anemia refratria a transfuso san-
gunea, sem entretanto identificao do foco hemorrgico. Paciente
evoluiu com dor abdominal sbita, choque hipovolmico refratrio a
oferta de volume, sendo encaminhado a cirurgia de emergncia. Evi-
denciado hemoperitnio volumoso, com sangramento de segmentos
ii e iii do fgado. Realizado segmentectomia ii e iii, ligadura de artria
heptica e controle de danos. Re-laparotomia para retirada de com-
pressas, observado isquemia no obstrutiva de delgado e clon. Paci-
ente foi tratado com peritoneostomia, porm evoluiu para o bito
logo aps 2o procedimento cirrgico. Ap: produto de segmentectomia
heptica: tumor carcinide sem componente intestinal. Concluso:
tumores hepticos podem ser stio de hemorragia grave, e quando
ocorrem so de difcil diagnstico. A concomitncia de tumores
carcinides hepticos e cncer colorretal bastante raro, e pode con-
fundir no estadiamento pr-operatrio do paciente. A identificao de
leses hepticas no ato cirrgico de tratamento de leses primrias
merece, portanto, ateno especial para que se estabelea o diagnsti-
co definitivo histopatolgico.
P16 - ADENOCARCINOMA DE RETO COM DISSEMINAO
POR TRAJETO FISTULOSO RELATO DE CASO
CARNEIRO, J.A.1, SILVA, J.A.1, MOTA, R.D.2, GOMES, C.H.R.3
1. UNIMONTES, Universidade Estadual de Montes Claros2. HUCF,
Hospital Universitrio Clemente de Faria.3. FDQG, Fundao de Sa-
de Dlson de Quadros Godinho4. LANMC, Liga Acadmica Norte-
Mineira de Cirurgia.
Objetivo: relatar um caso de adenocarcinoma de reto com dissemina-
o por trajeto fistuloso. Mtodo: anlise de pronturio e reviso de
literatura. Resultados: trata-se de paciente do sexo masculino, 37 anos,
com adenocarcinoma de reto moderadamente diferenciado localizado
h 12 cm da orla anal, submetido resseco com exciso mesorretal
total e anastomose primria. O estudo da pea mostrou pt2n1m0. As
margens de seco foram r0. O paciente apresentou fstula estercoral
no sexto dpo com exteriorizao pelo dreno tubular, posicionado na
pelve. Foi submetido dieta de baixo resduo com suplemento oral em
regime domiciliar, apresentando fechamento no cirrgico em duas
semanas. No acompanhamento clnico, com nove meses apresentou
recidiva em pele no local de exteriorizao de fstula. Rastreamento
radiolgico com rnm da pelve, us de abdome superior, rx de trax e
colonoscopia no revelou outras leses. Optou-se por resseco alargada
da leso com exciso do trajeto e qt posterior e reconstruo com
rotao de retalho sobre tela.
P17 - ADENOCARCINOMA DE RETO EM DIVERTCULO VER-
DADEIRO
CARNEIRO, J.A.1, SILVA, J.A.1, MOTA, R.D.2, GOMES, C.H.R.3
1. UNIMONTES, Universidade Estadual de Montes Claros2. HUCF,
Hospital Universitrio Clemente de Faria3. FDQG, Fundao de Sade
Dlson de Quadros Godinho4. LANMC, Liga Acadmica Norte-Minei-
ra de Cirurgia
Introduo: a presena de divertculo no reto pouco freqente, aco-
metendo principalmente o sexo masculino. Podem ser acompanhados
de complicaes como infeco, perfurao, fstulas, estenoses, ulce-
raes e sangramento. Entretanto, sua associao com adenocarcinoma
retal evento ainda mais raro. Objetivo: relatar um caso de
adenocarcinoma de reto em divertculo verdadeiro. Mtodo: anlise
de pronturio e reviso de literatura. Resultados: trata-se de um caso
de adenocarcinoma de reto pouco diferenciado em uma paciente de
56 anos. No pr-operatrio, a leso foi descrita como vegetante de
grande dimenso, distando cerca de dez centmetros da orla anal. A
tomografia computadorizada no mostrava invaso com estruturas
adjacentes ou linfadenopatia, evidenciando paredes finas aparen-
tando doena inicial. Durante a explorao cirrgica, notou-se gran-
de massa tumoral em parede lateral direita de reto, restrita pelve,
mas apresentando perfurao do reto. Prosseguiu-se com a dissec-
o mesorretal no segmento distal, acreditando inicialmente tra-
tar-se de invaso de parede com perfurao tumoral bloqueada por
meso e bexiga, que foram parcialmente retirados, razo pela qual
optou-se por no reconstituir o trnsito sem a realizao prvia da
adjuvncia. Ao trmino do procedimento, com a montagem da
pea, notou-se tratar de grande divertculo de reto contendo prati-
camente todo o tumor, com paredes formadas inclusive por cama-
da muscular, com quatro linfonodos em mesoreto acometidos e
invaso de parede vesical. A mucosa do reto extradivertculo esta-
va ntegra.
P18 - CNCER DE RETO COM METSTASE PARA CALOTA
CRANIANA: RELATO DE CASO
LUPORINI, R.L., NARVAES, E.M., SIPRIANI JR, L.V., MARCIA-
NO, M.R., CHRISTIANO, A.B., BASSO, M.P., RONCHI, LS, NETI-
NHO, J.G.
1. FAMERP, Faculdade de Medicina de So Jos do Rio Preto
Introduo: as neoplasias colorretais so patologias importantes
na prtica mdica por sua freqncia e aumento progressivo na sua
incidncia, bem como por sua alta morbi-mortalidade. a quarta
neoplasia maligna mais comum no mundo (superada pelos tumores
de pulmo, mama e prstata) e a segunda causa de morte por cncer
nos estados unidos. Os mais comuns stios metastticos so: os
linfonodos regionais, fgado, pulmes e peritnio. Relato de caso:
jos, 55 anos, feminino, admitida por proctalgia, hematoquezia,
diarria (4 episdios/dia), h 2 meses. Me falecida por neoplasia
intestinal. Ao exame proctolgico e retossigmoidoscopia apresen-
tava leso vegetante a 3 cm da linha pectnea, cuja bipsia eviden-
ciou adenocarcinoma pouco diferenciado, invasivo em submucosa
e ulcerado; embolizao neoplsica linftica em submucosa. Cea:
13,9. Submetida a radio-quimioterapia neoadjuvante e posterior-
mente tratamento cirrgico (cirurgia de miles). Fez quimioterapia
adjuvante com esquema mayo. Aps 5 meses reinterna por febre,
hiporexia, dificuldade de deglutio, rebaixamento do nvel de cons-
cincia, confuso mental, afasia de expresso e compreenso h 3
dias. Ressnancia de crnio: leses nodulares na calota craniana
comprometendo o espao diplico que se realam pelo contraste.
Sinais de reduo volumtrica enceflica. Paciente evoluiu com
piora do nvel de conscincia respondendo apenas a estmulos do-
lorosos, sem foco infeccioso aparente. Evoluiu a bito no 3 dia de
internao. Discusso: as metstases sseas so complicaes fre-
quentes em pacientes com cncer avanado. O envolvimento s-
seo mais comum em pacientes com cncer de prstata ou de
mama metasttico. So citados na literatura metstases para calota
craniana de adenocarcinoma de tireide, adenocarcinoma de mama,
feocromocitoma e adenocarcinoma gstrico. Entretanto nenhum
caso de adenocarcinoma colorretal foi descrito com tal localizao
de doena metasttica a distncia. Concluso: os stios metastticos,
do cncer colorretal, mais comuns so: os linfonodos regionais,
fgado, pulmes e peritnio. Locais raros de metastases encotrados
na literatura so: brnquios, pnis, clitris e adrenal. Nenhum caso
foi encontrado na literatura, descrevendo metstase para calota
craniana.
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P19 - SINDROME DE GARNDER: RELATO DE CASO
VALARINI, R, PACHECO NETO, AF, BOMBONATTO, AP,
MALDONADO, G, BECKER, IC
1. HUEC, Hospital Universitrio Evanglico de Curitiba
Introduo: a sndrome de gardner uma variante indistinta geneti-
camente da polipose adenomatosa familiar caracterizada por polipose
colnica, osteomas de crnio e ossos longos, fibromas e cistos
dermides. Objetivo: relatar um caso de sndrome de gardner subme-
tida a tratamento cirrgico no servio de coloproctologia do huec,
demonstrando a importncia de seus sinais e sintomas na evoluo
natural da doena. Mtodos: paciente feminina, 25 anos, natural e
proveniente do interior do paran, encaminhada para o servio es-
pecializado devido a colonoscopia evidenciando mltiplos plipos
em todos os segmentos colnicos. Foi realizada consulta ambulatorial
com levantamento de todos os sintomas e histrico da paciente,
bem como investigao sobre outros possveis casos na famlia. Re-
sultado: trata-se do primeiro caso de polipose diagnosticada na fam-
lia e tampouco h relatos de cncer colorretal. Aos sete anos de idade
foi removido cirurgicamente um odontoma e levantada hiptese de
sndrome de gardner para a famlia. Durante os anos seguintes, novos
sinais, como dentes supranumerrios, osteomas de crnio e ndulos
subcutneos foram diagnosticados a medida que apareciam. Aos vin-
te e cinco anos foi realizada a primeira colonoscopia, que demons-
trava mltiplos plipos em todos os segmentos colnicos e exame
anatomo-patolgico com displasia epitelial de baixo grau. Foi opta-
do por remoo cirrgica de todo o intestino groso devido a evolu-
o certa para malignidade. Submetida a proctocolectomia total
videoassistida com anastomose leo-anal com bolsa em J e ileostomia
protetora dia 24 de junho de 2009. Concluso: o presente caso um
exemplo clssico da sndrome de gardner e de como seus sinais po-
dem levar a uma vigilncia e tratamento adequado para preveo do
cncer colorretal.
P20 - TUMOR NEUROENDCRINO DE RETO E CANAL ANAL:
RELATO DE CASOS
CHRISTIANO, A.B., BASSO, M.P., LUPORINI, R.L., MARCIANO,
M.R., SIPRIANI, L.V., RIBEIRO, M.C.A., MELO, M.M.C., NETI-
NHO, J.G.
1. FAMERP, Faculdade de Medicina de So Jos do Rio Preto
Introduo. Os tumores neuroendcrinos so tumores incomuns,
correspondendo a 1-2% de todas as neoplasias de reto e so ainda mais
raros no canal anal. Relato de caso. Caso 1. Feminina, 49 anos, apre-
sentando proctalgia, sangramento e massa anal. Ao exame: condilomas
e leso endurecida no canal anal. Antomo-patolgico: condiloma
acuminado e cec de canal anal. Submetida a esquema nigro com respos-
ta completa. Colonoscopia um ano aps o diagnstico sem alteraes.
Um ano e meio aps a leso primria, aparecimento de adenomegalia
axilar bilateral e inguinal esquerda, e leses nodulares disseminadas em
pele. Bipsias: carcinoma metasttico com imunoistoqumica compa-
tvel tumor neuroendcrino de alto grau. Iniciou-se quimioterapia
paliativa. Evoluiu com abscedao dos linfonodos inguinais e sndrome
de fournier, sendo submetida a desbridamentos consecutivos e desvio
de trnsito. A reviso de lmina da leso primria evidenciou o carci-
noma neuroendcrino. Caso 2. Masculino, 66 anos, hematoquezia h
2 anos, sem queixas de emagrecimento, sem alteraes de ritmo in-
testinal. retoscopia, achado de leso polipide de 0,5cm que foi
ressecada e cujo antomo-patolgico e imunoistoqumica mostrou ser
compatvel com carcinoma neuroendcrino. Prosseguiu-se a investi-
gao, descartando sndrome nem. O paciente encontra-se em segui-
mento semestral com colonoscopia e tomografia de abdmen e pelve,
at o momento sem sinais de recidiva e/ou metstases. Discusso. Os
tumores neuroendcrinos constituem neoplasias malignas raras de fre-
quncia varivel entre 0,3 a 3,9% de todos os tumores colorretais. So
mais freqentes no ceco, reto e sigmide, sendo a localizao anal rara
e de mau prognstico. Os tumores de alto grau apresentam grande
agressividade e tendncia metastizao. H uma variedade de tumor
neuroendcrino, rara e agressiva, com diferenciao multidirecional,
onde se observam focos de adenocarcinoma e de cec. Os sintomas so
dor abdominal, hematoquezia, alteraes do hbito intestinal,
sangramento oculto nas fezes ou a presena de massas. Raramente h
sintomas de sndrome paraneoplsica, carcinide e anormalidades
metablicas. Apenas o diagnstico precoce pode melhorar a sobrevida
dos pacientes. O tratamento cirrgico, sendo a quimioterapia e radi-
oterapia coadjuvantes, embora no primeiro caso tenha havido respos-
ta ao esquema nigro, no preconizado para este tipo de doena. Para
as leses ressecadas endoscopicamente,recomenda-se colonoscopias
peridicas.
P21 - MELANOMA ANORRETAL : RELATO DE CASO
MARQUES, G.S, FERES, O., ROCHA, J.J.R, MATTOS, B.M.R.,
RIGHETTI,A.L.M., JACOMINI, C., GARCIA, R.L.S., CAMPERONI,
L.R.R.
1. FMRP-USP, Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto
Introduo: o melanoma anorretal uma neoplasia rara,
correspondendo a 1 % dos tumores malignos anorretais. Consiste em
uma patologia agressiva, com grande invaso local e metstases
distncia, o que resulta em baixas taxas de sobrevida, dificultando
assim o seguimento, em virtude do pequeno nmero de casos descritos.
Relato de caso: paciente do sexo masculino, 76 anos, queixa de tenesmo
e hematoquezia h 2 meses, perdeu 3kg nesse perodo. Ao exame
proctolgico apresentava leso ulcerada, infiltrativa, com bordas
edemaciadas de grandes propores no reto anterior at a linha
pectnea. A bipsia inicial da leso mostrou-se inconclusiva, sendo
interrogado carcinoma pouco diferenciado ou neuroendcrino, com a
imunohistoquimica evidenciando melanoma maligno. Realizado res-
sonncia magntica: massa plvica retro retal e espessamento da pa-
rede retal. Operado em 22/05/09 sendo realizado amputao abdmino-
perineal do reto e colostomia terminal definitiva. Exame antomo
patolgico macroscpico mostrou leso expansiva de aspecto
enegrecido e duas massas metastticas no mesoreto, a histologia reve-
lou melanoma maligno anorretal, epiteliide, metasttico em 13 de
14 linfonodos avaliados. Teve boa evoluo ps-operatria, alta no 6
ps-operatrio com sonda vesical de demora por reteno urinria.
Discusso: o melanoma trata-se de afeco rara, com baixa sobrevida
em 5 anos ( 6 %); mdia de 19 meses. Acomete em geral o sexo
feminino, com faixa etria mdia de 60 anos. Os sintomas so
inespecficos e o diagnstico diferencial com outras leses do reto e
nus so frequentemente difceis; as queixas mais freqentes so:
sangramento, dor, tenesmo e alterao do hbito intestinal. O diag-
nstico definitivo feito pela anatomopatologia , pode-se utilizar a
imunohistoquimica com pesquisa de protena s-100 e o antgeno hmn-
45,que so sugestivos de melanoma. A teraputica de escolha a cirur-
gia oncolgica. No se observa vantagens significativas na sobrevida
quando comparados resseco abdmino-perineal do reto e exciso
local com margens negativas. Os baixos ndices de sobrevida mesmo
na doena no metasttica levam alguns autores a considerar a exciso
local como teraputica inicial em detrimento da resseco abdmino-
perineal. Neste caso foi necessrio a amputao abdmino-perineal
devido ao tamanho e extenso do tumor. A quimioterapia e radiote-
rapia so opes que podem ser consideradas no manejo das formas
metastticas, porm com resultados limitados.
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Setembro, 2009
P22 - TUMOR CARCINIDE DO LEO: APRESENTAO DE
CASO E REVISO DA LITERATURA
RODRIGUES, F.G, FARIA, F.F, LIMA-JR, A.C.B, OLIVEIRA, R.G,
ALVARENGA, I.M, GOMES DA CRUZ, G.M
1. SCBH, Santa Casa Belo Horizonte
Introduo: se originando de clulas enterocromafins, os tumores
carcinides podem ser agrupados entre os tumores neuroendcrinos.
Acometem vrios rgos, com comportamento variado, de acordo
com sua localizao. O termo carcinide (karzinoid) foi primeiro
empregado em 1907 por oberndorfer, sendo tumores com semelhan-
as histolgicas aos carcinomas, mas comportamento mais benigno.
H a produo de vrios produtos bioqumicos, sendo que a serotonina
a mais conhecida. Apresentao de caso: jno, 71 anos, sexo femini-
no, queixa de diarria h 01 ano, acompanhada de sangue eventual-
mente e incontinncia fecal. Apresentava perda ponderal progressiva.
Passado de cncer de colo uterino. Histria familiar era negativa para
neoplasias. . Exame fsico geral e proctlogico mostraram doena
hemorroidria. Colonoscopia (nov/2008) : leso polipide de leo
terminal / plipo de retossigmide / retite moderada inespecfica .
Bipsias e exame histopatolgico: tumor carcinide da mucosa ileal /
plipo hiperplsico do sigmide/retite crnica leve inespecfica.
Imunohistoqumica confirmou a hiptese de tumor carcinide.
Tomografias solicitadas no sugeriram metstases. Submetida a trata-
mento cirrgico com leo-colectomia direita. Exame antomo-pato-
lgico mostrou tumor carcinide de cerca de 01 cm, sem linfondos
acometidos. Apresentou boa evoluo. Discusso: vrios estudos revi-
sam os stios mais freqentes de aparecimento dos tumores carcinides,
o apndice parece ser o rgo mais acometido. O leo considerado o
segundo stio mais freqente, mas ganha importncia pela maior inci-
dncia de metastatizao, se comparado ao apndice e clon. Nos
tumores do leo com at 1 cm, h a chance de acometimento linfonodal
em 20 a 30 % dos casos (nos tumores do apndice com menos de 01
cm, desconsidera-se a chance de metstases linfonodais). Tratamen-
to: o tratamento consiste da resseco formal oncolgica, incluindo-
se o mesentrio. Terapia medicamentosa pode ser utilizada para paliao
dos efeitos da sndrome carcinide ou tratamento de meststases,
porm a quimioterapia no se mostra muito eficaz para o tratamento
do tumores metastticos. Concluso: os tumores carcinides podem
acometer vrios rgos, tm apresentao e evoluo variadas, de-
pendendo do stio de aparecimento. Para os tumores do intestino
delgado, o tratamento cirrgico; devendo-se realizar resseco for-
mal onclogica mesmo em leses pequenas, devido ao risco de
metstases precoces para linfonodos.
P23 - LINFOMA COMO CAUSA DE ABDOME AGUDO
OBSTRUTIVO/PERFURATIVO EM PACIENTE COM
ADENOCARCINOMA DE SIGMIDE
BASSO, M.P., GUERRER, L.V., CHRISTIANO, A.B., SIPRIANI JR,
L.V., LUPORINI, R.L., MARCIANO, M.R., FILHO, F.A.G, NETI-
NHO, J.G.
1. FAMERP, Faculdade de Medicina de So Jos do Rio Preto
Introduo: o adenocarcinoma colorretal considerado uma das
neoplasias malignas mais comuns nos pases ocidentais, sendo o reto e
sigmide os locais de maior incidncia. Os tumores malignos do intes-
tino delgado so raros, sendo o adenocarcinoma ou o tumor carcinide,
os tipos histolgicos mais comuns, seguidos pelos gists malignos e
pelos linfomas, e estes, so mais comumente encontrados no leo.
Objetivo: documentar o caso de um adenocarcinoma de colon sigmide,
em estadiamento neoplsico, evoluindo com abdome agudo obstrutivo
de outra etiologia. Relato de caso: paciente masculino, 83 anos, bran-
co, lavrador, aposentado, ex-tabagista, com vrias comorbidades,com
histria recente de abdome agudo suboclusivo responsivo a tratamen-
to clnico e hematoquezia, em junho de 2008 e janeiro de 2009,
respectivamente. Paciente sem sequimento ambulatorial retorna em
maio de 2009 ao servio de emergncia, referindo apresentar, h 1 dia
da admisso, dor abdominal em regio mesogstrica, de forte intensi-
dade, associada a vmitos, alm de hiporexia, emagrecimento no
quantificado, constipao intestinal e episdios eventuais de
hematoquezia iniciados h cerca de 6 meses. Colonoscopia demons-
trava leso vegetante em sigmide, sem bipsia. Trs dias aps incio
do quadro, paciente desenvolveu quadro de dor abdominal intensa,
distenso abdominal e vmitos fecalides. Submetido a laparotomia
exploradora de urgncia, evidenciou-se neoplasia em transio
retossigmidea com invaso macroscpica da bexiga urinria e sem
distenso de clon a montante, presena de leso sugestiva de implan-
te secundrio em leo terminal, a aproximadamente 15 cm da vlvula
ileocecal, associada a obstruo, distenso de alas de delgado e perfu-
rao bloqueada, alm de ascite de aspecto turvo em grande quantida-
de. Optado pela realizao de entero-colectomia direita e
ileotrasnversostomia a mickulicz. Encaminhado unidade de terapia
intensiva no ps-operatrio imediato, evoluiu com descompensao
clinica de comorbidades, falecendo no segundo dia ps-operatrio.
Bipsia de leso de sigmide (colonoscopia): adenocarcinoma. Exame
antomo-patolgico e de imuno-histoqumica de leso de leo distal
resultou em linfoma difuso de grandes clulas expressando
imunofentipo b (cd20+). Discusso: alm da associao infrequente,
o relato visa mostrar a infrequncia do linfoma colorretal e de intes-
tino delgado e a suspeio desta etiologia em casos de abdome agudo de
evoluo atpica.
P24 - POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR ASSOCIADA AO
CNCER DE TIREIDE: RELATO DE CASO E REVISO DE
LITERATURA
BASSO. M.P., MOTA, R.S., CHRISTIANO, A.B., LUPORINI, R.L.,
SIPRIANI JR, L.V., MARCIANO, M.R., CAIXETA, M.M., NETI-
NHO, J.G.
1. FAMERP, Faculdade de Medicina de So Jos do Rio Preto
Introduo: a associao entre polipose adenomatosa familiar (paf) e
carcinoma de tireide (ct) apresenta incidncia entre 1 a 2%. O ct em
paf predomina nas mulheres, geralmente em idade mais precoce que ct
espordico. O risco de ct em pacientes com paf maior. O tipo
histolgico mais comum o carcinoma papilfero. Objetivo: relato de
caso de paf, metstase ovariana e carcinoma folicular de tireide.
Relato de caso: paciente feminina, 41 anos, refere que no incio de
2008 abriu quadro de alterao de hbito intestinal, diarria e
hematoquezia. Colonoscopia de 21/02/2008 mostrava subestenose
em sigmide e dezenas de plipos ssseis em reto e sigmide. Antomo-
patolgico confirmou adenomas tubulares e plipos hiperplsicos.
Em maio de 2008 apresentou abdome agudo perfurativo, sendo sub-
metida a sigmoidectomia a hartmann por neoplasia de clon em outro
servio. Paciente no realizou seguimento adequado. Em fevereiro de
2009 foi encaminhada ao servio de coloproctologia da famerp com
suspeita de paf e distenso abdominal, acompanhada de desconforto
difuso e massa palpvel em hipogastrio, alm de massa tiroeideana
palpvel em lobo esquerdo. Possui histria familiar de cancer de clon
(irmo e irm). Retossigmoidoscopia de 05/03/2009 leso vegetante
de 2cm a 16cm da borda anal do coto retal, frivel, mltiplos plipos
ssseis. Rnm de 06/03/2009 mostrou massa na regio mesogstrica
com aspecto de neoplasia ovariana. Em 18/03/2009 foi submetida a
cirurgia de totalizao de colectomia com amputao perineal do reto
+ histerectomia total ampliada e salpingooforectomia bilateral com
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resseco de massa ovariana. Bipsia de resseco em bloco de massa
abdominal: adenocarcinoma moderadamente diferenciado do reto
(estadiamento pt4n0mx). Massa anexial a esquerda: adenocarcinoma
metasttico em ovrio esquerdo, com perfil imuno-histoqumico
compatvel com stio primrio colorretal. Paaf de ndulo tireoideano
(08/04/2009): neoplasia epitelial maligna. Bipsia de leso
tireoideana: leso folicular. No momento, paciente encontra-se em
quimio e radioterapia e em programao para realizar cirurgia de
tireoidectomia total. Concluso: alm de acrescentar um relato
incomum, o caso demonstra complicaes possveis em paciente
com paf, pacveis de controle. importante, em servios que tratam
e acompanham pacientes com paf, o conhecimento das vrias mani-
festaes da doena para o seguimento, diagnstico precoce e trata-
mento adequados.
P25 - CASUSTICA DO ESTADIAMENTO ULTRASSONOGR-
FICO PARA TUMORES DE RETO MDIO E INFERIOR
CUNHA, PDP, SILVA, AAM, SOUZA, ELQ, CODES, LMG,
BACELLAR, MS, ZARO FILHO, EM
1. HSR, Servio de Coloproctologia do Hospital So Rafael
Introduo: o estadiamento pr-operatrio dos tumores retais es-
sencial para a apropriada seleo dos pacientes quanto as diferentes
opes teraputicas. A ultrassonagrafia endorretal (uer) um dos m-
todos mais acurados para o estadiamento clnico, principalmente na
determinao da invaso tumoral na parede retal. Objetivo: apresen-
tar a casustica do estadiamento ultrassonogrfico de tumores de reto
mdio e inferior dos pacientes atendidos no servio de coloproctologia
do hospital so rafael em salvador, bahia. Material e mtodos: no
perodo de maro de 2007 a abril de 2009, foram analisados retrospec-
tivamente as ultrassonografias endorretais para estadiamento pr-
operatrio de neoplasia de reto mdio e inferior. Utilizou-se aparelho
merlin 1101 (b-k medical) com transdutor endoanal de 10 mhz. Resul-
tados: no perodo descrito foram analisados 21 exames, sendo que
destes, 12 pacientes eram do sexo feminino (57,1%). Foram encon-
trados 6 (28,6%) ut3n1, 8 (38,1%) ut3n0, 1 (4,7%) ut2n1, 2 (9,6%)
ut2n0, 3(14,3%) ut1n0 e 1 (4,7%) ut0n0. O coloproctologista foi o
profissional responsvel pela solicitao do exame em 90,5% dos
casos. Dos 21 exames, 9 (42,9%) foram de pacientes operados em
nosso servio. Destes pacientes, o resultado do anatomopatolgico
em relao invaso da parede retal (t) foi concordante com o achado
uer em 4 casos, sendo que nos que foram discordantes (5 casos), 3
pacientes realizaram terapia neoadjuvante, o que pode ter contribudo
para esta discordncia. Concluso: a ultrassonografia endorretal um
mtodo bem estabelecido e que vem sendo cada vez mais utilizado no
estadiamento pr-operatrio das neoplasias de reto mdio e inferior.
P26 - TUMOR RETRO-RETAL HAMARTOMA CSTICO COM
DEGENERAO MALIGNA (TAIL GUT CYST) RELATO DE
CASO E REVISO DE LITERATURA
PETROSEMOLO, R.C, CALHEIROS, J.P., FORMAGGINE, L.A,
BARBI, R.R, MIRANDA, A.M, LEAL,T
1. HGA - RJ, Hospital Geral do Andara
Tumor retro-retal hamartoma cstico com degenerao maligna (tail
gut cyst) relato de caso e reviso de literatura hospital geral do andara,
servio de coloproctologia, Rio de Janeiro (rj), brasil resumo: relato de
caso de paciente de 49 anos, apresentando queixas de tenesmo e abau-
lamento progressivo de regio perineal posterior h aproximadamen-
te seis meses. Submetido a avaliao radiolgica evidenciando volu-
mosa leso tumoral cstica em espao retroretal, sendo indicado
resseco cirrgica. Estudo anatomopatolgico de pea cirrgica evi-
dencia presena de degenerao maligna em hamartoma cstico. Auto-
res tambm reviso a respeito da etiopatogenia dos hamartomas csticos
retroretais, mtodos diagnsticos disponveis, complicaes e diag-
nsticos diferenciais.
P27 - CNCER COLORRETAL INTRANSPONVEL
COLONOSCOPIA: QUAL O PAPEL DA COLONOSCOPIA
VIRTUAL?
CAIADO, A.H.M.1, NAHAS, C.S.R.2, MARQUES, C.F.S.1, ROCHA,
M.S.R.1, CERRI, GG1, NAHAS, S.C.1
1. HCFMUSP, Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina USP2.
ICESP, Instituto de Cncer do Estado de So Paulo
Objetivos: relatar a experincia inicial do servio com a colonoscopia
virtual pr-operatria em pacientes com cncer colorretal
intransponvel colonoscopia convencional. Mtodos: dez pacientes
com cncer colorretal intransponvel ao aparelho de colonoscopia
foram submetidos ao exame de colonoscopia virtual, com protocolo
de aquisio especfico, aps preparo e insuflao do clon, utilizan-
do-se aparelho de tomografia com 64 detectores brilliance - philips
medical systems. Foram realizadas reconstrues multiplanares e
tridimensionais que possibilitaram e avaliao endoluminal do clon e
de eventuais achados extraclicos. Os resultados da colonoscopia vir-
tual foram comparados palpao intra-operatria do clon e ao
exame anatomopatolgico. Resultados: a colonoscopia virtual cola-
borou na correta identificao, localizao e extenso das leses
colorretais estenosantes. No foram identificados plipos significati-
vos (> 10 mm) ou tumores sincrnicos. Esses achados foram confir-
mados pela palpao intra-operatria. Apenas um paciente apresen-
tou preparo intestinal insuficiente, tornando a avaliao do clon
proximal inadequada colonoscopia virtual. No foram observadas
complicaes relacionadas colonoscopia virtual. Concluso: os re-
sultados demonstram a experincia inicial do servio na avaliao
pr-operatria atravs da colonoscopia virtual em pacientes com cn-
cer colorretal intransponvel ao aparelho de colonoscopia convenci-
onal. Houve uma excelente correlao da colonoscopia virtual com a
palpao intra-operatria.
P28 - TUMOR SINCRNICO DE CLON E RIM: RELATO DE
CASO
ROBLES,L.1, SOUZA,R.F.L.1, ROLIM,A.S.1, WATTE,H.H.1,
NETO,I.J.F.C.1, CARVALHO,G.G.1, CORDEIRO,D.L.1, FERRI,C.E.1
1. HSM, Hospital Santa Marcelina Itaquera - SP2. HSM, Hospital
Santa Marcelina Itaquera - SP
Introduo:a presena simultnea de mais de uma neoplasia primria
sincrnica um evento raro, com incidncia em estudos de 2,8% a
6,7% (marchesi m. ,2004). A coexistncia sincrnica de neoplasias
malignas de clon e rim pouco estudada, com ndices que variam de
2,1 at 3,8% de incidncia ( cullinane ca,2001). O tratamento cirrgi-
co simultneo para estas neoplasias realizado sem morbidade acres-
cida. Objetivos: neste estudo ser relatado um caso de uma paciente de
64 anos com neoplasia sincrnica de clon e rim submetida a trata-
mento cirrgico no hospital santa marcelina-itaquera. Mtodos: rela-
to de caso retrospectivo da paciente com coleta de dados em prontu-
rio mdico. Relato de caso:paciente mjd,64 anos,dona de casa,natural
de varginha-mg,com queixa de hematoquezia iniciada h 1 ano. Asso-
ciada ao quadro apresentava mudana do hbito intestinal e perda
ponderal no aferida. Histria de infarto do miocrdio h 16
anos,colecistectomia h 35 anos, hipertenso arterial e diabetes. Ao
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exame fsico palpava-se massa em regio de flanco direito de 5 cm de
consistncia endurecida e contornos irregulares. Exame proctolgico
sem alteraes. Solicitado exame de colonoscopia, que evidenciou
leso lcero-vegetante no reto a cerca de 10 cm da borda anal (antomo:
adenocarcinoma bem diferenciado). Tomografia de abdome: tumorao
envolvendo plo superior do rim direito com destruio de sua
arquitetura e leso em reto com espessamento de sua parede e presen-
a de linfonodos retrorretais. Cea:3,12. Em 06/02/09 foi realizada
cirurgia, com identificao no intra-operatrio de tumor em reto na
reflexo peritoneal de 4 cm de dimetro e tumorao em plo superi-
or do rim direito. Realizada retossigmoidectomia com reconstruo
mecnica primria associada a nefrectomia direita radical com a equi-
pe da urologia. O exame antomo-patolgico mostrou adenocarcinoma
bem diferenciado em reto de 4x2,8 cm, lcero-infiltrativo compro-
metendo toda a espessura da parede, com margens livres (0/13) e
massa renal direita de 7x6,5 cm, nodular com infiltrao da cpsula
renal(antomo: carcinoma de clulas renais grau 2 oms). O estadiamento
para o tumor de reto foi t3n1m0 e para o tumor renal foi t2nxmx.
Paciente encontra-se em seguimento ambulatorial. Discusso:o relato
de incidncia de neoplasias mltiplas vem crescendo,em parte devido
ao maior acesso a tecnologia diagnstica. O tratamento simultneo
das neoplasias sincrnicas malignas de clon e rim mostra-se efetivo
e sem morbimortalidade significativa.
P29 - ADENOCARCINOMA SACRO-COCCGEO: RELATO
DE CASO
ROBLES,L., WATT,H.H., ROLIM,A.S., SOUZA,R.F.L., NETO,I.J.F.,
CARVALHO,G.G., CORDEIRO,D.L., CAETANO,L.C.
1. HSM, Hospital Santa Marcelina
Introduo: os tumores sacrococcgeos so extremamente raros com
uma incidncia estimada de 0,014%, sendo que mais da metade destes
so congnitos na forma de cistos, teratomas e meningocele. O diag-
nstico geralmente baseado na histria clnica, exame fsico,
ultrassonografia retal, tomografia computadorizada e ressonncia
magntica. Objetivos:relatar um caso de adenocarcinoma sacro-
coccgeo em tratamento no hospital santa marcelina-itaquera sp.
Mtodos:apresentao do relato de caso comcoleta de dados em pron-
turio mdico. Relato do caso: avc, feminina,28 anos,procedente de
so paulo,com relato de leso cstica sacular em regio sacro-coccgea
desde o nacimento com necessidade de diversas cirurgias com resseco
e posterior curetagem da leso. Referia que h trs anos a leso apre-
sentou aumento progressivo associado a dor local e sada eventual de
secreo espessa. Procurou ento atendimento mdico em servio
primrio e secundrio de assistncia, sendo referenciada para servio
especializado no hospital santa marcelina de itaquera-sp. Ao exame
tratava-se de uma leso lcero-vegetante em regio sacro-coccgea de
cerca de 10 cm de dimetro com reas de necrose e linfonodos inguinais
palpveis. Realizada bipsia de regio sacro-coccgea e de linfonodos
inguinais, com resultado de adenocarcinoma mucossecretor com clu-
las em anel de sinete de stio desconhecido e hiperplasia linfide
reacional. Iniciada investigao do stio primrio com tomografia de
abdome e pelve, mamografia e ultrassonografia transvaginal e feito
estadiamento com colonoscopia, tc e ressonncia magntica de pelve.
Diate da constatao de doena primria localizada, em 18/02/09 foi
realizada resseco cirrgica da leso, com exrese de cccix e confec-
o de ileostomia protetora, onde se evidenciou tumorao lcero-
vegetante abscedada em regio sacro-coccgea com cerca de 15 cm em
seu maior eixo. Optado ferida deixada semi-aberta devido a
infeco(antomopatolgico: adenocarcinoma mucinoso com infil-
trao perineural e margens livres). O exame de imunohistoqumica
realizado aps descartou teratoma,a paciente foi encaminhada para
terapia adjuvante. Segue em acompanhamento ambulatorial.
Discusso:tumores sacro-coccgeos tm pequena incidncia relatada
na literatura,e entre esses o adenocarcinoma um dos menos frequen-
tes, geralmente como diagnstico de excluso do teratoma. A resseco
local com terapia adjuvante tem se mostrado como o tratamento mais
eficaz para este grupo de tumores.
P30 - RESSECO DE LESO PRECOCE DE RETO DISTAL
COM USO DE GRAMPEADOR PELA TCNICA STARR
NIGRO R, MORY EK
1. HMSC, Hospital e Maternidade Sao Camilo
Introduo: o desenvolvimento de mtodos de diagnsticos mais pre-
cisos e novos equipamentos cirrgicos permite a realizao da exciso
local de tumores no-avanados com maior preciso. No entanto,
leses localizadas em pores mais altas do reto requerem dispositivos
como o tem, de custo elevado. Para o tratamento adequado das leses,
a extenso e a profundidade das resseces devem ser adequadas. A
resseco discide com uso de grampeador circular vem sendo adotado
na resseco de leses focais de endometriose. Este mtodo permite a
resseco completa de uma rea de ate 3 cm de dimetro da parede
anterior do colon. Baseado na experincia prvia na realizao deste
procedimento, props-se a aplicao desta tcnica na resseco de
leso de reto localizada a 12cm da borda anal. Objetivo: relatar caso de
aplicao de grampeador mecnico na resseco de leso de parede
anterior de reto distal relato de caso: paciente de 77 anos procurou
servio por quadro de sangramento anal associado prolapso da mucosa
retal h 3 meses. Relatava antecendente de resseco de adenocarcinoma
tubular bem diferenciado associado a adenoma tubular restrito a mucosa
em novembro de 2007. Submetida a avaliao colonoscopica que re-
velava retrao cicatricial branca, longitudinal e, adjacente a esta,
leso elevada, de superfcie lobulada, avermelhada, com cerca de 2 cm
de dimetro. Anlise anatomopatolgica demonstrava apenas tecido
cicatricial. Em vista do antecedente da paciente, foi optado pela rea-
lizao de anopexia mecnica para correo de prolapso de mucosa de
modo a realizar a resseco associada da leso anal. Obteve-se faixa de
parede retal com cerca de 2,4 cm de largura e espessura de at 0,4cm,
compreendendo as camadas mucosa e muscular da parede intestinal
adjacente, cuja anlise confirmou o diagnstico de tecido cicatricial
sem sinais de malignidade. Paciente recebeu alta no 1 ps-operatrio
e evolui sem recidiva dos sintomas ou da leso em 3 meses. Concluso:
o uso de grampeadores circulares endoanais pode ser aplicado na
resseco local de neoplasias precoces, garantindo extenso e profun-
didade adequadas. Sua aplicao baseia-se na experincia obtida na
resseco discide no tratamento da endometriose intestinal e indica
ser uma opo vivel e econmica na resseco de leses precoces
localizados no reto distal. A sua utilizao definitiva ainda necessita de
novos estudos.
P31 - TRATAMENTO PALIATIVO NAO OPERATORIO COM
STENT AUTO -EXPANSIVEL DE TUMOR COLORRETAL
PRIMARIO EM UM PACIENTE COM CANCER COLORRETAL
INCURAVEL ESTADIO IV RELATO DE CASO E REVISO DA
LITERATURA
BONARDI MA, BONIN E, RIGO R, MARTONE D, CASTRO FJG,
FARIS NA, LOPES MC, SOUZA
1. HSCMC, Hospital Santa Casa de Misericrdia de Curitiba
Introducao: a ressecacao do tumor colorretal primario quando associ-
ado a metastases sincronicas irressecaveis apresenta uma relacao ris-
co-beneficio incerta. Objetivo: apresentar a primeira experiencia em
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curitiba na iscmc no tratamento nao cirurgico de adenocarcinoma
avancado colorretal com utilizacao de protese auto-expansivel.
Metodo: paciente jovem 42 anos, oligossintomatico diagnosticado
com adenocarcinoma de retossigmoide suboclusivo impedindo a pas-
sagem do aparelho de colonoscopia, associado a multiplas metastases
hepaticas foi tratado nao operatoriamente com colocacao de stent
auto-expansivel e quimioterapia a base de 5-fu. As complicacoes rela-
cionadas ao tumor primario, mobidade e mortalidade estao sendo acom-
panhadas. Conclusao: apesar da ressecacao cirurgica do tumor primario
ser a principal forma de tratamento paliativo no carcinoma colorretal
avancado metastatico, a terapia multidisciplinar individualizada en-
volvendo modalidades nao cirurgicas provavelmente a melhor opcao.
A resposta a quimioterapia do tumor primario se correlaciona as
metastases hepaticas. O tratamento paliativo com protese auto-
expansivel evita as possiveis complicacoes de uma grande cirurgia, e
tabem a possibilidade de estoma derivativo e a quimioterapia pode ser
iniciada imediatamente. Ainda a possibilidade cirurgica pode ser
reavaliada na evolucao do paciente.
P32 - COLPOSCOPIA ANAL NO DIAGNSTICO DE LESES
INTRAEPITELIAIS ESCAMOSAS ANAIS EM PACIENTES HIV+
GIMENEZ, F. S.1, COSTA E SILVA, I. T.1, GUIMARES, A. G. D.
P.1, FERREIRA, J. C. L.2, ARAJO, J. R.2, ANDRADE, R. V.2,
MEDEIROS, S. G. G. A. M.1
1. UFAM, Universidade Federal do Amazonas2. FMT-AM, Fundao
de Medicina Tropical do Amazonas
Objetivo: Comparar os achados da colposcopia anal com os resultados
histopatolgicos, analisando se existem padres colposcpicos que
possam definir as leses intraepiteliais escamosas anais (ASIL). Mto-
dos: Estudo realizado em 128 pacientes HIV+ atendidos na FMT-AM.
Analisaram-se imagens colposcpicas do canal anal, corado com ci-
do actico a 3%, sendo realizadas bipsias sobre leses acetobrancas
ou em local padronizado. As imagens da colposcopia foram avaliadas
de acordo com a classificao de Barcelona(2002)ligeiramente modi-
ficada, sendo correlacionadas ao estudo histopatolgico. Resultados:
Quanto qualidade tintorial, dos 20 pacientes acetobranco (ACB)
negativos, 15 (75%) apresentaram resultado histopatolgico negati-
vo, 4 (20%) leses intraepiteliais anais de baixo grau (LSIL) e 1 (5%)
leso intraepitelial anal de alto grau (HSIL). De 63 pacientes com
padro ACB acentuado, 28 (44,44%) foram negativos, 22 (34,92%)
LSIL e 13 (20,63%) HSIL. Dentre 45 casos de ACB tnue, em 35
(77,78%) o resultado foi negativo, em 6 (13,33%) encontrou-se LSIL
e em 4 (8,89%) HSIL (p=0,00082). Em relao ao relevo, de 66 casos
com leso plana, 49 (74,24%) foram negativo, 6 (9,09%) LSIL e 11
(16,67%) HSIL. Dos 24 casos com leses plano-elevadas, em 9 (37,5%)
o resultado foi negativo, em 10 (41,67%) LSIL e em 5 (20,83%)
HSIL. Dos 18 casos com leses de relevo elevado, 5 (27,78%) foram
negativos, 12 (66,67%) LSIL e 1 (5,56%) HSIL (p<0,00119). Dos 64
casos de leses com superfcie lisa, 44 (68,75%) foram negativos, 9
(14,06%) foram LSIL e 11 (17,19%) HSIL. Superfcie granular foi
observada em 43 pacientes: 18 (41,86%) foram negativos, 19 (44,19%)
LSIL e 6 (13,95%) HSIL (p=0,01038). Conformao papilar foi en-
contrada em 19 casos: 4 (21,05%) foram negativos, 12 (63,16%)
LSIL e 3 (15,79%) HSIL. Observou-se conformao no papilar em
109 casos: 74 (67,89%) negativos, 20 (18,35%) LSIL e 15 (13,76%)
HSIL (p<0,00031). O aspecto da leso (focal e coalescente) e o pa-
dro vascular no foram relevantes. CONCLUSO: Dentre os
descritores das imagens da anuscopia, aqueles que tiveram relevncia
foram: a qualidade tintorial, o relevo e a superfcie. Outros descritores
no obtiveram significncia estatstica. Portanto, no presente estudo,
a colposcopia anal foi til na predio diagnstica das ASIL, pois o
reconhecimento das nuances colposcpicas destas leses pde orien-
tar apropriadamente as bipsias realizadas, maximizando a probabili-
dade de deteco de ASIL ao exame histopatolgico.
P33 - CORRELAO ENTRE A PRESENA DE LESO
ACETOBRANCA NA ANUSCOPIA COM MAGNIFICAO DE
IMAGEM E DE LESO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA ANAL
COM OS FATORES DE RISCO PARA O CNCER ANAL EM
HIV POSITIVOS
GIMENEZ, F. S.1, COSTA E SILVA, I. T.1, GUIMARES1, FERREIRA,
L. C. L.2, ARAUJO, J. R.2, ANDRADE, R. V.2, MEDEIROS, S. G. G. A.
M.1
1. UFAM, Universidade Federal do Amazonas2. FMT-AM, Fundao
de Medicina Tropical do Amazonas
Objetivo: avaliar a influncia dos fatores de risco implicados na
carcinognese anal nos resultados de anuscopia com magnificao de
imagem e sua correlao com os achados histopatolgicos. Mto-
dos: estudo observacional transversal realizado em 128 pacientes
hiv+ atendidos na fmt-am. Analisaram-se imagens magnificadas do
canal anal, coradas com cido actico a 3%, verificadas com
colposcpio sendo realizadas bipsias sobre leses acetobrancas ou
em local padronizado. Resultados: dentre os pacientes hiv+ atendi-
dos, como fatores de risco avaliaram-se: adeptos do sexo anal, n-
mero de parceiros nos ltimos 5 anos, idade de iniciao sexual,
presena e/ou passado de dst, infeco pelo hpv, nveis de linfcitos
tcd4 = 200cls/l, uso de terapia antirretroviral, doenas benignas
concomitantes, tabagismo e uso de drogas ilcitas. Dos 100 homens,
83 casos (83%) apresentaram leso acetobranca (acb) e das 28 mu-
lheres, 25 (89,29%) resultaram positivo. A idade mediana dos posi-
tivos para leso acb foi de 35 e dos negativos foi de 36 no se
observando significncia estatstica. Em relao s leses
intraepiteliais anais (asil), 35 homens (35%) e 8 mulheres (28,57%)
resultaram positivos, com idade mediana de 33 anos, sem significncia
estatstica. Conforme os testes estatsticos, em relao presena
de leses acetobrancas, nenhum dos fatores analisados demonstrou
relevncia. Nos achados de asil, dos 89 pacientes adeptos do sexo
anal, 40 (44,94%) apresentaram-se positivos, enquanto que dos 39
no-adeptos, 10 casos (25,64%) apresentaram asil (p=0,0493). No
grupo de hpv+, representado por 102 pacientes, em 46 (45,10%)
encontrou-se asil. No grupo de hpv+, representado por 102 pacien-
tes, em 46 (45,10%) encontrou-se asil. Dos 26 pacientes hpv-, 4
(15,38%) apresentaram resultado positivo para asil (p=0,0040).
Concluso: no houve significncia estatstica na correlao entre
os resultados da anuscopia de leso acb e a presena de fatores de
risco para o cncer anal. Dentre as variveis analisadas, adeptos do
sexo anal e presena de infeco pelo hpv apresentaram relevncia
na correlao com os achados de asil sendo, portanto, fatores de
risco significativos para ocorrncia de tais leses. Estes resultados
demonstram que os achados de leses acb podem contribuir para
orientar o diagnstico de asil, no entanto, o resultado no pode ser
firmado apenas pelos achados da anuscopia, sendo indispensvel o
exame histopatolgico para deteco das leses precursoras do cn-
cer anal.
P34 - OCORRNCIA SINCRNICA DE ADENOCARCINOMA
DE CLON E TUMOR CARCINIDE METASTTICO: RELA-
TO DE CASO
PEREIRA, M.A.B, MATSUO, C.Y., NOVAES, F.T., HASIMOTO,
C.N., SAAD, L.H.C., SAAD HOOSNE, R
1. FMB - UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP
73
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
Introduo: os tumores de clon e reto so altamente incidentes na
populao. Segundo dados do inca, em 2008, a estimativa de incidn-
cia era de 12. 49/100. 000 pessoas em homens e de 14. 50/100. 000
pessoas em mulheres. Os tumores neuroendcrinos apresentam
prevalncia baixa na populao, com incidncia em torno de 1-2
casos/100. 000 pessoas. So derivados de clulas neuroendcrinas,
acometendo mais frequentemente o trato gastrintestinal, sendo o apn-
dice o stio mais comum, seguido do jejuno, leo, reto e brnquios.
Apresentam crescimento lento e so assintomticos, manifestando
sintomas em casos de efeito de massa ou pela sndrome carcinide,
caracterizada por flushing facial, diarria, sibilos, palpitaes e edema
conjuntival. A ocorrncia sincrnica de ambos os tumores extre-
mamente rara, chegando a menos de 1% dos casos operados por
neoplasia de clon. Objetivo: o objetivo relatar a ocorrncia
sincrnica de adenocarcinoma de clon e tumor carcinide, de stio
primrio ainda no definido. Material e mtodos: relato de um caso
de adenocarcinoma de clon e tumor carcinide metasttico
sincrnicos. Resultados: paciente masculino de 60 anos, iniciou in-
vestigao colonoscpica devido a queixas semi-obstrutivas, sendo
evidenciada leso obstrutiva em clon sigmide, cuja bipsia revelou
adenocarcinoma. Nos exames de estadiamento no foram observa-
dos outros stios de doena, sendo submetido hemicolectomia e
com linfadenectomia inetercavo-artica, sendo observados
microndulos sugestivos de metstases nos segmentos hepaticos V
VII VIII, sendo biopsiados. O exame anatomopatolgico revelou
adenocarcinoma de clon, estadiamento pt3n0m0 e as bipsias das
leses hepticas mostraram tumor carcinide metasttico, sendo
confirmada com imuno-histoqumica. Paciente realizou qt adjuvante,
com exames de controle (colonoscopia) sem alteraes, e passou a
apresentar queixa de diarria associada com rubor facial, confirman-
do sndrome carcinide com a dosagem urinaria aumentada de 5-
hiaa, e entao iniciando octreotide sc por controle dos sintomas.
Para investigao do sitio primrio ser realizado octreoscam. Con-
cluses: embora raro, aps o diagnstico de tumor carcinide
sincrnico com adenocarcinoma de clon, deve-se investir no trata-
mento padronizado para o tumor de clon, pois os tumores carcinide
apresentam crescimento extremamente lento, possibilitando
sobrevida longa, mesmo em casos metastticos.
P35 - TUMOR GASTROINTESTINAL ESTROMAL MALIGNO
DE RETO EM PACIENTE DE 22 ANOS DE IDADE
CLEMENTINO FILHO, A.C., CARVALHO, A.C.M., ALVES FILHO,
E.F, SOUZA, J.A.S., LOPES, M.V.C.O., SILVA, F.F.A, GOES, L.V.Z.S.,
MENDES, C.R.S.
1. HGRS, Hospital Geral Roberto Santos
Introduo: o tumor gastrointestinal estromal (gist) uma neoplasia
rara, sendo muito incomum no reto e coln. A evoluo dos exames
de anatomia patolgica e imunohistoquimica permitiu sua diferenci-
ao dos leiomiomas e leiomiossarcomas. Geralmente so
assintomticos e a resseco cirrgica o nico tratamento.
Objetivos: relatar um caso de gist de reto em um paciente jovem.
Mtodos: relato do caso de um paciente tratado no servio de
coloproctologia do hgrs. Resultados: trata-se de jlc, 22 anos, mascu-
lino, admitido com sangramento retal e tumorao a 3 cm do bordo
anal. Submetido biopsia em outubro de 2008 com anatomia pato-
lgica diagnosticando adenocarcinoma de reto. Exame de
imunohistoqumica e reviso de anatomia patolgica concluram
tratar-se de um gist maligno. Ressonncia magntica da pelve evi-
denciou espessamento e irregularidade das paredes do reto compri-
mindo a parede posterior da bexiga, prstata, vesculas seminais e
em ntimo contato com a face anterior do sacro. A colonoscopia no
foi realizada, pois a tumorao impedia a progresso do aparelho. O
paciente foi submetido resseco abdomino perineal. Anatomia
patolgica da pea cirrgica concluiu tratar-se de gist do reto com
margens cirrgicas livres. Recebeu alta sendo encaminhado para ser-
vio de oncologia. Concluses: o gist corresponde a 1 a 3% das
neoplasias gastrointestinais e durante muito tempo foi classificado
como oriundo da musculatura lisa. A evoluo dos meios diagnsticos
de anatomia patolgica e imunohistoqumica mostraram ento sua
origem mesenquimal. Ocorrem geralmente por volta dos 50 anos e
so mais comuns no estmago (70%), seguido de intestino delgado
(20%) e coln e reto (10%). Podem ser malignos ou benignos. Leva-
se em conta na avaliao malignidade o nmero de mitoses e o
tamanho do tumor, tumores de at 2 cm costumam ser benignos e os
maiores de 5 cm malignos. O diagnstico feito por meio de exame
proctolgico associado a colonoscopia, usg transretal, biopsias e
imunohistoqumica. O tratamento consiste na resseco cirrgica
com margens livres. Conclui-se que apesar de extremamente raros,
necessrio incluir o gist no diagnstico diferencial dos tumores de
reto e canal anal. A falta de grandes estudos sobre este tipo de neoplasia
deixa ainda algumas dvidas quanto a real necessidade de tratamento
cirrgico radical e o uso de terapias adjuvantes. Novos estudos so
necessrios para traar estratgias mais eficazes para o tratamento
do gist de reto.
P36 - CARCINOMA EPIDERMOIDE DE CANAL ANAL
CASUSTICA DO HOSPITAL SERVIDORES DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
ALMEIDA, P.M, ZIBETTI, G, CMARA, M.A.R, ALMEIDA, E.C,
NAGME, L.O, GOMES, M.A
1. HSE, Hospital dos Servidores do Estado
Introduo: o carcinoma epidermoide de canal anal um tumor pouco
comum, responsvel por apenas 1% a 6% de todos os cnceres do
intestino grosso. Pessoas do sexo feminino, entre a sexta e stima
dcadas de idade, portadoras do vrus hpv e/ou hiv, com atividade
sexual anal, so grupo de maior risco para o desenvolvimento desse
tipo de cncer. O tratamento padro com radioterapia e quimioterapia
associadas muito eficaz, no entanto, a cirurgia de resgate por tumo-
res recidivantes ou recorrentes realizada em 11% a 34% dos pacien-
tes. Objetivo: os pacientes portadores de carcinoma epidermoide de
canal anal (cec) so em sua maioria pessoas idosas, que apresentam
algum tipo de doena sexualmente transmissvel (dst), e comporta-
mento sexual de risco. O objetivo deste trabalho determinar o perfil
epidemiolgico dos pacientes diagnosticados com cec no hospital ser-
vidores do estado do rio de janeiro. Mtodos: no perodo de 2001 a
2008, 29 pacientes foram diagnosticados com carcinoma epidermoide
de canal anal. Os pronturios destes foram revisados retrospectiva-
mente quanto idade, ao sexo, presena de doena sexualmente
transmissvel, imunossupresso, a tumor recorrente ou recidivante e
ao tipo de tratamento realizado. Resultados: dos 29 pacientes porta-
dores de carcinoma epidermoide de canal anal, 76% eram mulheres e
24%, homens, com mdia de idade de 63 anos. Dos pacientes estuda-
dos, 14% apresentavam imunossupresso no momento do diagnstico
e 31% apresentavam algum tipo de doena sexualmente transmissvel.
Quanto ao tratamento recebido, 52% dos doentes foram tratados
inicialmente com radioterapia e quimioterapia combinadas, 38% deles
com radioterapia exclusiva, e 3,5% com resseco abdomino-perineal
de reto. Quatro doentes apresentaram tumor residual aps tratamento
primrio, enquanto trs apresentaram tumor recorrente. Todos estes
foram submetidos cirurgia de resgate resseco abdomino-perineal
de reto. Concluso: mulheres, portadores de algum tipo de doena
sexualmente transmissvel, entre a sexta e stima dcadas de idade, so
74
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
os grupos mais prevalentes entre os pacientes com carcinoma
epidermoide de canal anal tratados no servio de coloproctologia do
hse. Embora o tratamento padro com radioterapia e quimioterapia
associadas seja bastante eficaz, nota-se que, em mdia, 27% dos doen-
tes necessitam cirurgia de resgate.
P37 - RELATO DE CASO: TUMOR DE RETO EM GESTANTE
RODRIGUES,EA, SANDOVAL ,E.G.B, MOTA, CC, ARSIE,DS,
PAESE,A, A,JF
1. fcscf, fundao civil da santa casa de franca
Objetivo: apresentao de caso clnico mostrando gestante de 7 meses
com tumor de reto material e mtodo: relato do caso da paciente f. C.
S de 23 anos, gestante de 7 meses , g4p1a2e2 com tumor de reto .
Doenas pesquisadas da gestao negativas,. Realizado colonoscopia
com biopsia. Relato do caso: f. C. S de 23 anos ,g4p1n1a2e2 ,fumante
ate o 4 ms de gestao . Iniciou h 9 meses dificuldade para evacuar
, ficando 3 semanas em constipao intestinal realizando fleet enema
7 vezes pois no conseguia evacuar iniciando quadro de dor anal com
sada de secreo sanguinolenta com cogulos pelo reto . Encaminha-
da pelo clinico devido queixa, e acompanhada pelo ginecologista que
prescreveu leo mineral e fibras. Paciente negava relao anal e uso de
preservativo. Realizado colonoscopia com biopsia, na colonoscopia
foi visto leso neoplsica de reto baixo com invaso do canal anal,
sendo a biopsia resultando adenocarcinoma tubular, moderadamente
diferenciado, com reao desmoplsica do estroma, ulcerado. Pacien-
te internada na santa casa de franca para estadiamento e tratamento
do tumor apresentando complicaes e morte fetal. Aps estabiliza-
o do quadro clnico, foi encaminhada para radio e quimioterapia
pr-operatria, sendo posteriormente programado tratamento cirr-
gico definitivo. Concluses: o caso em questo mostra que paciente
jovem, com queixa de constipao com passado familiar de neoplasia
em intestino, gestante, com queixa de dificuldade para evacuar im-
portante fazer exame proctolgico e em caso de duvida encaminhar
para o proctologista.
P38 - METSTASE NA CORIDE DE UM PACIENTE COM
ADENOCARCINOMA DE RETO
VALIATTI, B.B.1, BARTMANN, M.1, PEREIRA, G.B1, VALIATTI,
F.B.2, CRUZ, J.V.1
1. UFCSPA, Universidade de Cincias da Sade de Porto Alegre2.
HBOPA, Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre
Introduo tumores metastticos so as neoplasias oculares mais co-
muns, sendo que em dois teros dos casos as localizaes da leso
primria so a mama e o pulmo. A neoplasia originria do sistema
digestivo em aproximadamente 8% dos casos, sendo raros os relatos
de neoplasia de reto como leso primria. Objetivos relatar um caso de
um tumor metasttico em coride, sendo o adenocarcinoma de reto a
leso primria. Mtodos uma paciente feminina de 50 anos, com
diagnstico de adenorcarcinoma de reto mdio irressecvel e obstrutivo
foi submetida a uma sigmoidostomia. A tomografia computadorizada
de trax, abdome e pelve mostrou uma leso volumosa que ocupa a luz
do reto, com dilatao colnica proximal, inmeras leses heptica e
pulmonares compatveis com metstases. O valor do antgeno
carcinoembrionrio no pr-operatrio de 95,2ng/ml. A paciente foi
encaminhada para tratamento quimioterpico paliativo. Aps dois
meses apresentou queixa de moscas volantes em olho direito (od),
seguida de restrio do campo visual com evoluo progressiva para
baixa acuidade visual e viso final com a no pecepo da luz (npl).
Resultados oftalmoscopia binocular indireta direita apresentou
extensa rea de leso tumoral amarelada, irregular, elevada, envolven-
do nervo ptico e poupando retina temporal e descolamento seroso
da retina inferior. Sem sinais de invaso tumoral esquerda. Ao exame
de ecografia apresentou leso tumoral em todo o plo posterior do od
com espessura de 4,7mm e descolamento de retina inferior sem sinal
de ruptura ou trao retiniana. Presso intraocular de 10 e 14mmhg
em od e oe respectivamente. Acuidade visual com correo npl em od
e 20/20 em oe. Concluso por ser extremamente vascularizada a coride
um stio comum de metstases, idealmente a avaliao oftalmolgica
de pacientes com neoplasia permitiria o diagnstico precoce e assim a
possibilidade de instituir abordagem teraputica adequada evitando a
perda visual irreversvel.
P39 - LINFOMA PLASMABLSTICO ANORRETAL EM PACI-
ENTE COM HIV
BARTMANN, M., COPETTI, LT, PEREIRA, G.B, CRUZ, J.V.
1. UFCSPA, Universidade Federal de Cincias da Sade de Porto Alegre
Introduo o linfoma plasmablstico (IPB) uma variante rara do
linfoma difuso de grandes clulas B, encontrado mais frequentemen-
te em pacientes com infeco pelo vrus da imunodeficincia huma-
na (hiv), mas tambm em pacientes imunocomprometidos que so
soronegativos para o hiv. Objetivo relatar o caso e a evoluo clni-
ca de um paciente com IPB. Mtodos um homem de 43 anos apre-
sentou desconforto na regio perianal h 5 meses com piora pro-
gressiva e crescimento de uma leso na margem anal. Nesse perodo
emagreceu 3 kg. Ao exame identificou-se uma leso exoftica no
canal anal com extenso para o reto. Realizada colonoscopia e bipsia
da leso anorretal. O resultado anatomopatolgico, confirmado por
mtodos de imunohistoqumica, revelou tratar-se de linfoma
plasmablstico. A investigao laboratorial subsequente revelou anti-
hiv reagente. A bipsia de medula ssea realizada para estadiamento
no apresentou clulas neoplsicas. O paciente foi tratado com
quimioterapia, consistindo de ciclofosfamida, doxorrubicina,
vincristina e prednisona (chop). Concomitantemente iniciou a tera-
pia antiretroviral. Dez meses aps, o paciente permanece em remis-
so e sem recorrncia dos sintomas anorretais. Resultados o lpb
ocorre tipicamente na cavidade oral, o acometimento da rea
anorretal raro. caracterizado histologicamente por grandes clu-
las neoplsicas linfides com ncleos irregulares, com citoplasma
abundante e alto ndice proliferativo. Reativo para os marcadores
imunohistoqumicos CD38 e CD138 e negativo para CD20 e CD45.
A coexistncia de infeco pelo vrus epstein-barr ocorre em at
60% dos casos. No entanto, no est claro se h associao com a
presena do herpes vrus humano 8 ou trata-se apenas de um achado
incidental. A histria prvia de diagnstico de aids, a contagem de
CD4 e o envolvimento da medula ssea so fatores prognsticos
adversos independentes. Os pacientes que desenvolvem sintomas B
tm mais chances de no tolerar o tratamento quimioterpico. A
quimioterapia combinada a modalidade de escolha para o trata-
mento do IPB. A radioterapia reservada para os casos de doena
sintomtica localizada. Concluso o lpb uma doena de curso agres-
sivo e a sobrevida mdia de seis meses. A remisso completa pode
ocorrer com a teraputica convencional, embora essas remisses, na
maioria dos pacientes, no sejam duradouras.
P40 - LEIOMIOSSARCOMA PERINEAL: RELATO DE CASO E
REVISO DA LITERATURA
LIMA MA, POZZOBON BHZ, FONSECA MFM, HORTA SHC, FOR-
MIGA GJS
1. HH, Servio de Coloproctologia do Hospital Helipolis
75
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
Introduo: lemiossarcomas so neoplasias malignas que se origi-
nam no msculo liso. Quando presentes na regio perineal so
agressivos e o tratamento cirrgico mais adequado ainda no est
bem definido. Objetivo: relatar o caso de um paciente com
leiomiossarcoma perineal, seu diagnstico e tratamento. Mtodos:
pesquisa e reviso de pronturio mdico. Resultados: os autores
relatam o caso de uma paciente jovem, sexo feminino, com
sintomatologia de nodulao perineal h oito meses. Ao exame
fsico apresentava abaulamento em regio perineal esquerda, onde
palpava-se massa fibroelstica de aproximadamente 10 cm de di-
metro. Ressonncia nuclear magntica mostrava volumosa forma-
o slida de contornos regulares em regio perineal esquerda
sem sinais de infiltrao perilesional. O tratamento realizado foi a
exciso com margens amplas. A paciente encontra-se em acompa-
nhamento ambulatorial, sem sinais de recidiva local. Concluso:
conclumos ento que a exciso com margens amplas um trata-
mento adequado para os leiomiosarcomas superficiais. O trata-
mento radioterpico e quimioterpico est reservado para tumores
localmente avanados, persistncia ou recidiva.
P41 - TTULO: SEGUIMENTO AMBULATORIAL DOS PACIEN-
TES TRATADOS DE CNCER COLORRETAL (CCR) NO HOS-
PITAL GERAL DO ANDARA (HGA)
BARBI RR, MIRANDA AM, MACHADO RM, PETROSEMOLO RH,
FORMAGGINE LA, JNIOR JRG, GAMA TLCG
2. HGA, Hospital Geral do Andara (Rio de Janeiro - RJ)
Introduo: a neoplasia colorretal e uma patologia de grande incidn-
cia em nosso meio, que acomete pacientes de todas as faixas etrias,
com grande morbidade, e que demanda ateno diferenciada por parte
da nossa instituio, desde o diagnstico at a cura. Objetivo: avaliar o
acompanhamento dos pacientes tratados para ccr no hga durante o
perodo de 1999 a 2009, com nfase na deteco de recidiva e
reinterveno nos casos indicados. Mtodos: foram avaliados os dados
registrados na ficha de acompanhamento especfica para pacientes
tratados de cncer em nosso servio desde 1999 at maio de 2009.
Analisamos os pacientes operados e tambm os submetidos a
neoadjuvncia com remisso total. Resultado: durante esse perodo
foram avaliados 378 pacientes tratados de cncer no hga, com acom-
panhamento ambulatorial, com idade variando entre 27 e 90 anos.
Houve predominncia do sexo feminino (225 x 153) e a maioria foi
classificado com estgio iii. O local mais acometido foi o reto (124
pacientes), seguido do clon esquerdo (105 casos) e clon direito (39
casos). O tipo histolgico mais freqente foi adenocarcinoma. Entre
os pacientes portadores de cncer de reto baixo e canal anal, 67
receberam neoadjuvncia com radio e quimioterapia e 13 tiveram
remisso total. Os pacientes foram acompanhados com consulta tri-
mestral nos 2 primeiros anos e semestral entre 2 e 5 anos, com
entrevista, exame fsico e exames complementares, tais como cea,
usg, rx de trax, tc e provas de funo heptica. Concluso: a padro-
nizao do seguimento ambulatorial dos pacientes tratados por cncer
facilita a abordagem desses casos e permite deteco precoce de reci-
divas. A aderncia dos pacientes ao seguimento foi muito boa. A grande
parte dos pacientes tratados no hga tem doena avanada, conseqn-
cia da inexistncia de uma poltica de preveno de cncer colorretal
em nosso meio.
P42 - REMISSO COMPLETA DOS TUMORES DE RETO BAI-
XO E CANAL ANAL COM TERAPIA NEO-ADJUVANTE
RENATA ROCHA BARBI, ALESSANDRO MENDES MIRANDA,
LEONARDO AMORIM FORMAGGINE, TATIANA LEAL DA CON-
CEIO GAMA, RONALDO MESQUITA MACHADO, RONALDO
HUGO PETROSEMOLO
4. HGA, HOSPITAL GERAL DO ANDARA (RIO DE JANEIRO -
RJ)
Introduo: atualmente, o tratamento padro para a maioria dos tu-
mores de canal anal terapia combinada (radioterapia e quimioterapia)
pr-operatria. A cirurgia deve ser reservada para pacientes nos quais
huove falha na resposta. Nos tumores de reto baixo, a terapia combi-
nada neo-adjuvante diminui o tamanho tumoral e o estadiamento,
podendo em alguns casos at haver remisso total da doena. Objetivo:
avaliar a resposta completa dos tumores de reto baixo e canal anal a
terapia neoadjuvante. Mtodo: realizado levantamento dos pacientes
com diagnstico de tumor de reto baixo ou canal anal no perodo de
1999 a 2009 acompanhados pelo servio de proctologia do hospital
geral do andara. Resultado: neste perodo, foram acompanhados 68
pacientes com diagnstico de tumor de reto baixo, e 45 de canal anal;
num total de 113 pacientes com idade entre 34 e 87 anos. Dos 113
pacientes, 79 foram submetidos terapia neoacjuvante, sendo 42
casos de tumor de reto baixo e 37 de tumor do canal anal. Houve
remisso completa da doena em 12 dos 37 casos de tumor de canal
anal que realizaram neoadjuvcia, enquantoapenas 4 dos tumores de
reto baixo aps tratamento com radioterapia e/ou quimioterapia pr-
operatria. Concluso: comprovamos que a terapia neoadjuvante ob-
teve sucesso na remisso completa dos tumores de canal anal. Em
relao aos tumores de reto baixo, os resultados encorajam a
complementao da neo-adjuvncia com outra modalidade de trata-
mento.
P43 - TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL DE RETO
DIAGNOSTICADO POR ULTRA-SONOGRAFIA ANORRETAL
TRIDIMENSIONAL
LIMA, D.M.R.1, SAGAE, U.E.1, TANAKA, T.M.1, TSUCHIYA, R.
S.1, BONATTO, M.W.1, CARVALHO, C.A.1, HAMAOUI, M.H.2,
HAMAOUI, F.H.2
1. UNIOESTE, Universidade Estadual do Oeste do Parana 2. UFPel,
Universidade Federal de Pelotas
Introduo: os tumores estromais do trato gastrointestinal (gist) re-
presentam leses relativamente raras que crescem de elementos do
tecido conjuntivo ao longo de toda extenso do trato gastrointestinal.
Dentre as neoplasias do trato gastrointestinal o gist corresponde de 1
a 3%, porm o mais freqente dentre os tumores mesenquimais
primrios do trato gastrointestinal. A maioria dos casos de gist est
localizada no estmago e intestino delgado, sendo incomuns no coln
e reto. Objetivo: o objetivo do presente relato apresentar um caso de
gist reto diagnosticado por ultra-sonografia anorretal tridimensional,
confirmada por meio de estudo histopatolgico e imunoistoqumico.
Relato do caso: mulher, 58 anos, com queixas de ndulo no reto que
percebeu ao passar creme vaginal. Negava dor ou sangramento. Ao
exame fsico, notou ndulo endurecido de septo retovaginal. Paciente
realizou colonoscopia, onde foi evidenciado abaulamento na parede
septo retovaginal, sem comprometimento da mucosa. ultra-
sonografia anorretal 3d, foi evidenciada imagem heterognea de con-
tornos regulares, entre a vagina e juno anorretal (septo retovaginal),
de aproximadamente 2,0*2,0*2,0 cm, sem penetrao da muscular
retal e sem evidncias de linfonodos. Realizado exrese do ndulo via
transvaginal, com histopatolgico: neoplasia mesenquimatosa com
imunohistoqumica cd 117 policlonal positiva. Concluso: conclui-se
que a ultra-sonografia anorretal tridimensional evidencia tumores de
septo retovaginal com excelente definio para orientao em rela-
o proposta cirrgica.
76
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
P44 - RELATO DE CASO: GIST EM RETO DISTAL
CURVO, EA, SANTO, GFE, FERREIRA, AAS, FRIAA, AMV, DIEHL,
DBA, MOURA, DN, ADORNO FILHO, ET
1. UNIC, Universidade de Cuiab
Introduo: O termo tumores estromais foi descrito em 1984, por
Schldenbrand e Appelman, referindo ao grupo de tumores
mesenquimatosos que originalmente teriam inmeras nomenclaturas
relacionadas sua origem neuronal ou miognica. Aps a descoberta
da mutao da protena C-Kit e sua expresso o termo gastrintestinal
stromal tumors GIST permitiu a sua diferenciao com os leiomiomas
e leiomiossarcomas. GISTs so tumores incomuns, representando 1%
dos tumores do trato gastrointestinal, destes 67% no estmago, 25%
intestino delgado e 10% no clon e reto. Objetivo: Relatar um caso de
GIST em reto distal. Casustica e Mtodo: Reviso de pronturio Re-
lato de Caso: O.S.P., 43 anos, masculino, com histria de surgimento
de ndulo em regio anal h 1 ano associado hematoquezia, sem
perda ponderal, febre ou alterao do hbito intestinal. Exame fsico
com tumorao mvel de 4 cm em reto distal, 3 cm da borda anal.
Colonoscopia com leso vegetante, ulcerada, em reto distal acome-
tendo metade da circunferncia retal nas paredes anterior e lateral
esquerda, alcanando a linha pectnea. Aps duas bipsias inconclusivas,
a terceira bipsia apresentou tumor estromal do trato gastrointestinal
com provvel diferenciao para msculo liso. Imunohistoqumica
demonstrou Pancitoceratina e Desmina negativas, Protena S-100 e
Actina positivas focalmente, Ki67 positivo (10%), CD34 e CD117(C-
Kit) positivos. A positividade para CD34 e C-Kit associado ao achado
de neoplasia fusocelular favoreceu o diagnstico de GIST, sem defini-
o quanto ao carter benigno ou maligno. Paciente foi submetido
resseco anterior do reto com anastomose colo-anal manual trans-
perineal trmino-terminal e colostomia protetora. Exame
histopatolgico da pea diagnosticou GIST em reto, de 4,5 x 4,0 x 3,5
cm, com atividade mittica discreta, alta celularidade, discreta anaplasia,
necrose escassa e focal, sem invaso angio-linftica e perineural, mar-
gens cirrgicas livres, sem acometimento neoplsico linfonodal. Se-
gundo a National Institute of Health (EUA, abril/2001), o risco de
comportamento agressivo do GIST encontrado baixo.
Concluso: GISTs so tumores incomuns, de apresentao clnica di-
versa, com difcil definio entre benignidade e malignidade, mesmo
aps a resseco cirrgica. de fundamental importncia seu diagns-
tico histolgico correto prvio ao tratamento, o que permite uma
abordagem mais conservadora sem abrir mo da radicalidade.
P45 - RECORRNCIA DE CNCER RETAL NA LINHA DE
ANASTOMOSE - RELATO DE CASO
PANTANALI, CAR, MOLINARI, A, FERNANDES, LC, MATOS, D,
SAAD, SS
1. UNIFESP, Universidade Federal de So Paulo
Introduo. Recidiva local de adenocarcinoma de reto oscila entre 3%
e 35% em cinco anos. So fatores relevantes para recidiva: estadiamento
inicial da leso, margem cirrgica, localizao, diferenciao celular,
perfurao tumoral, tratamento neoadjuvante e experincia do cirur-
gio. Relato de caso. Paciente mtnc, 58 anos, branca, admitida no
hospital so paulo em maio de 2008 com episdios de enterorragia h
cinco meses. Colonoscopia de fevereiro de 2008 apresentava leso
vegetante de retossigmide, a 13 cm da borda anal, com 50% do
dimetro intestinal (adenocarcinoma moderadamente diferenciado);
a tomografia evidenciava espessamento segmentar irregular retal, com
3 cm de extenso, sem leses hepticas. A paciente foi submetida a
retossigmoidectomia convencional, com estudo anatomopatolgico
evidenciando adenocarcinoma intestinal, diferenciado, com leso ul-
cerada de 4,0x3,0cm e margens livres estadio t2n0mx. Oito meses
aps a cirurgia houve regresso da paciente com episdios de enterorragia;
colonoscopia demonstrou, a 9 cm da margem anal, leso vegetante
circunferencial, frivel; ao centro da leso observava-se clipe metli-
co (adenocarcinoma moderadamente diferenciado). Em maro de 2009,
a paciente foi submetida a nova retossigmoidectomia convencional,
com visibilizao da recidiva tumoral exatamente na linha da
anastomose; ao exame anatomopatolgico encontrou-se
adenocarcinoma tubular bem diferenciado, ulcerado, com mbolos
tumorais angiolinfticos e margens livres t2n0mx. Mtodos. Relato
de caso e reviso de literatura. Resultados. A paciente no apresentou
novos episdios de enterorragia, estando sem queixas lgicas e com
hbito intestinal normal. O diagnstico precoce de recidiva local aps
resseces radicais de neoplasias retais obtido por exames
proctolgicos de controle, sendo suspeitado por sintomas como
enterorragia ou alterao do hbito intestinal. A recidiva na linha da
anastomose pode se dever a: implantao de clulas neoplsicas na
superfcie cruenta ou nos materiais de sutura e a instabilidade da mucosa
no local da anastomose. difcil identificar a causa exata da recidiva
devido dificuldade de diagnstico precoce. Concluso. A recidiva
local aps resseco radical de adenocarcinoma retal freqente. O
seguimento de pacientes deve ser feito com exames de controle e
proctolgicos peridicos, visando facilitar o diagnstico precoce de
recidivas locais.
P46 - RELATO DE CASO: ACESSO COMBINADO (ABDOMI-
NAL E TRANSVAGINAL) NO TRATAMENTO DO
ADENOCARCINOMA DE RETO COM INVASO VAGINAL
DIAS, A.R., GODIM, A.C.N., SAMPAIO, R., SORBELLO, M.P.,
NAHAS, S.C.
1. USP, Universidade de So Paulo
Introduo: tumores retais avanados com invaso de rgos adjacen-
tes consistem em um desafio teraputico. Objetivo: relatar caso de
paciente de 49 anos, obesa, com adenocarcinoma retal distando trs
centmetros da borda anal com fstula e invaso vaginal. Aps
quimioterapia e radioterapia neo-adjuvantes, a leso regrediu, com
resoluo da fstula retovaginal, passando a ser tocvel a 8 cm da borda
anal, porm mantendo sinais de invaso vaginal ao exame fsico e
ressonncia magntica dedicada ao reto. Submetida laparotomia
mediana, observou-se que a leso retal ocupava praticamente toda a
pelve. Realizada histerectomia ttica com abertura da parede anterior
da vagina e visualizao direta do nvel de invaso tumoral na parede
vaginal posterior. Realizada exciso total do mesorreto nas paredes
retais laterais e posterior, enquanto que na face anterior, aps deter-
minao da margem vaginal e seco desta, a disseco prosseguiu
transvaginal, visando re-acessar o plano sagrado de heald. Porm, essa
tentativa se revelou infrutfera, devido ao tamanho da leso, obesi-
dade da paciente e pelve estreita. A abordagem foi modificada e a
vagina aberta longitudinalmente na sua face posterior, sendo o reto
dissecado anteriormente por essa via. Realizou-se, ento, a seo retal
1,5 cm acima da linha pectnea, com retirada da pea em monobloco.
O trnsito foi reconstrudo com anastomose colo-anal manual, sendo
realizada ileostomia em ala de proteo. A parede vaginal posterior
foi suturada at encontrar a parede anterior, fechando a vagina em
fundo cego. Epplon foi interposto entre a vagina e o clon abaixado
para evitar fstulas na regio. A pea mostrou tratar-se de um pt4n0m0.
Quatro meses aps, a paciente encontra-se bem, realizando
quimioterapia adjuvante, com data agendada para fechamento da
ileostomia. Concluso: o acesso combinado (abdominal e transvaginal)
uma alternativa para alcanar resseco completa em tumores avan-
ados de reto.
77
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
P47 - COLECISTITE AGUDA COMO DIAGNOSTICO DIFE-
RENCIAL DE NEOPLASIA DE COLON
GARCIA, R. L. S.2, BARROS, R. A.2, DIB, B. K.2, JORGE JUNIOR,
S.2, CORREIA, E. B.2, CARNEIRO JR, P. C.2, FERNANDES, T. B.2
1. CBM, Centro Universitario Barao de Maua 2. SCMRB, Santa Casa
de Misericordia de Ribeiro Preto
Introduo: o cncer colorretal a terceira neoplasia maligna mais
comum no mundo, sendo, nos homens, o quarto tipo de cncer mais
freqente e, nas mulheres, o terceiro. O quadro clnico varivel
conforme a localizao, podendo ser completamente assintomtico,
manifestando-se mais tardiamente. Aproximadamente 50% dos paci-
entes referem dor abdominal, 35% hbitos intestinais alterados, 30%
sangramento oculto, 15% obstruo intestinal e, no caso de neoplasia
de clon ascendente, cerca de 10% dos casos a primeira evidncia
massa palpvel na regio abdominal direita. Objetivo: relatar um caso
clnico cujo quadro de sintomatologia inicial era compatvel com
colecistite aguda, sendo diagnosticado incidentalmente uma neoplasia
de clon. Relato de caso: c. O. C, sexo feminino, 46 anos, com dor
abdominal, tipo clica, localizada em hipocndrio direito h sete dias,
associada a vmitos incoercveis e intolerncia a alimentos gorduro-
sos. Ao exame, abdmen tenso, com dor palpao profunda de
hipocndrio direito, com descompresso brusca localizada e sinal de
murphy positivo. Realizada ultrassonografia de abdmen que eviden-
ciou apenas distenso gasosa de alas de delgado, sem alteraes no
fgado, vescula biliar ou hepato-coldoco. Posteriormente, para
elucidao diagnstica, realizou-se tomografia computadorizada de
abdmen total demonstrando massa obliterante em clon ascendente
no ngulo heptico com linfonodos adjacentes. Realizada
hemicolectomia direita e ooforectomia direita incidental, evoluindo
no ps-operatrio sem intercorrncias, recebendo alta hospitalar aps
cinco dias, com anatomopatolgico conclusivo de adenocarcinoma.
Discusso: na literatura, doena de crohn, diverticulite, diverticulose,
doena inflamatria intestinal, e colite ulcerativa destacam-se como
principais diagnsticos diferenciais, no sendo comum a apresentao
clnica de colecistite aguda. Concluso: urge lembrar a importncia
deste relato devido probabilidade de cura da neoplasia de clon atra-
vs de tratamento cirrgico decorrente do diagnostico precoce e
prevalncia, ressaltando que a sintomatologia inicial pode se apresen-
tar com manifestaes atpicas. (1): servio de cirurgia geral
(proctologia) da santa casa de misericrdia de ribeiro preto.
P48 - TUMOR NEUROENDCRINO COLORRETAL
MORAES, GF, PEREIRA, HM, FREITAS, TM, VASCONCELOS, PF,
SILVA, RF
1. UNIUBE, Universidade de Uberaba
Introduo: os tumores neuroendcrinos podem acometer todo o tra-
to gastrointestinal, uma vez que as clulas do sistema neuroendcrino
esto em qualquer parte do organismo. Esses tumores so pouco dife-
renciados e incomuns. Quando acometem a regio colorretal, pode-
mos classifica-los em baixo ou alto grau. Dentre os de alto grau, temos
os de pequenas clulas que possuem uma incidncia inferior a 1%, so
altamente metastticos e de mal prognstico. Ao exame
anatomopatolgico encontra-se um pleomorfismo celular com mlti-
plas mitoses, sendo que a imunohistoqumica positiva complementa
seu diagnstico. Relato de caso: I. A. R; 49 anos; sexo feminino; do lar;
natural de tapira-mg e procedente de arax-mg. Procurou o servio de
coloproctologia, com dor anal importante h um ms, associado a
hematoquesia de pequena monta, tenesmo, dor abdominal de mdia
intensidade, hiporexia e adinamia. Ao exame fsico observamos leso
em reto inferior de mais ou menos 4-5 cm de dimetro, em borda
posterior esquerda, elevada e com ulceraes, distando cerca de 4 cm da
borda anal. Na colonoscopia foi observada leso polipide de aspecto
sub-mucoso em reto distal, que se estende at linha pectnea. Na
tomografia abdominal e plvica encontramos fgado livre,
linfonodomegalias em retroperitneo, regio periartica e em bifurca-
o aortoilaca; ainda presena de massa no reto (88x58x48 mm) com
reforo tnue e heterogneo. Cea- 16,8. A bipsia da leso retal consta-
tou neoplasia de clulas malignas de perfil imunoistoqumico de carcino-
ma neuroendcrino de pequenas clulas. Foi encaminhada ao servio de
oncologia clnica, onde foi institudo tratamento com radio e
quimioterapia, com pouca resposta, sendo que o paciente evolui para
bito devido sepse perineal. Discusso: os tumores neuroendcrinos
intestinais acometem principalmente o apndice, leo e reto. So tumo-
res raros, com uma incidncia inferior a 1% dos tumores colorretais.
Eles se diferenciam dos tumores carcinides, pela sua alta agressividade
e por serem pouco diferenciados, diferentemente dos primeiros que tem
um comportamento benigno na maioria das vezes. O diagnstico pre-
coce a medida mais importante para uma boa resposta teraputica,
tendo em vista a alta agressividade do tumor com tendncia a invaso
local e a distncia precoces. O tratamento eminentemente cirrgico,
com complementao com ciclos de quimioterapia agressivas e radiote-
rapia, para melhoria da sobrevida desses pacientes.
P49 - CNCER DE RETO E GRAVIDEZ: RELATO DE CASO
ROSA, V.F., SOUZA, G.G.C., BERFORD, F., ALMEIDA, R.M.,
NBREGA, A.C., OLIVEIRA, P.G.
1. UNB, Universidade de Braslia
Objetivo: apresentar o caso de uma gestante no segundo trimestre de
gravidez que apresentou cncer do reto mdio. Material e mtodos:
paciente de 36 anos no segundo trimestre de gravidez com queixa de
hematoquezia h 3 meses. G4 p1 a2. Ao exame encontrava-se em bom
estado geral. Abdome semigloboso, tero palpvel na cicatriz umbili-
cal. Toque retal: leso lcero-vegetante, frivel, circunferencial, loca-
lizada a 9cm da margem anal. Colonoscopia: ausncia de leses
sincrnicas. Bipsia: adenocarcinoma bem diferenciado do reto. Cea
1,13ng/ml. Ultra-som getacional: feto nico de 16 semanas. Ultra-
som endoanal: ut3 un1 umx. Ressonncia nuclear magntica do abdo-
me e pelve: espessamento parietal de 6cm de extenso no reto mdio.
Radiografia de trax sem alteraes. Resultados: em deciso conjunta
dos servios de coloproctologia, oncologia, ginecologia/obstetrcia e
radiologia foi optado por tratamento operatrio seguido de
quimioterapia at o trmino da gravidez e aps o parto, nova
quimioterapia. A paciente foi submetida a resseco anterior do reto e
ileostomia protetora. Apresentou boa evoluo ps-operatria. Rece-
beu alta no sexto dia aps a operao. O resultado anatomopatolgico
foi pt3 pno pmx, anel retal livre de neoplasia. Iniciou quimioterapia
adjuvante. Encontra-se, no momento, no terceiro trimestre de gravi-
dez, trigsima terceira semana de gestao. O ultrassom morfolgico
encontra-se dentro dos padres da normalidade. O parto cesreo ser
realizado com 34 semanas devido maior risco de bito para o concepto
aps esse perodo, em gestantes submetidas a quimioterapia. Conclu-
ses: embora a concomitncia de cncer de reto e gravidez seja rara e
a conduta teraputica no esteja bem estabelecida, a estratgia de
tratamento adotada demonstrou eficcia at o momento.
P50 - TUMOR ESTROMAL GASTRINTESTINAL: RELATO DE
CASO
GHELLER, A.G., PEREIRA, JJR, ARAUJO, N.T.N., PRIMO, C., PE-
REIRA, J.J.J., FRANA, M.A., OLIVEIRA, M.C., COSTA, J.H.G.
1. HGG, Hospital Geral de Goinia
78
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
Introduo: tumores estromais gastrintestinais so neoplasias raras
que surgem atravs da proliferao celular desordenada de clulas
mesenquimais desta regio. No passado estes tumores eram rotineira-
mente confundidos com tumores de msculos lisos, tais como os
leiomiosarcomas, ou ainda tumores neurais, quando avaliados apenas
sobre a microscopia de luz. Hoje so reconhecidas as propriedades
imunohistoqumicas especficas, podendo ser identificadas atravs
da expresso de protenas e receptores presentes em sua membrana
celular, como cd117 e cd34. O gist coloretal um tumor raro, que
corresponde a apenas 0,1% de todos os tipos de cncer coloretais,
com uma incidncia estimada em 0,45 por milho de pessoas. Apro-
ximadamente 20% dos gists observados so de origem maligna, quando
os linfomas so excludos. Objetivo: tendo em vista o nvel de ocor-
rncia, este trabalho tem como objetivo relatar um caso de gist, com
apresentao metacrnica, seu tratamento cirrgico e evoluo ps-
operatria atendido no servio de coloproctologia do hospital geral
de goinia-h. G. G. Mtodos: ars, sexo feminino, 33 anos, separada,
residente em bom jardim -go, natural de barra do garas- mt, referin-
do histria de dor abdominal, anemia, hematoquezia h 4 semanas,
associada a perda ponderal de 5 kg, astenia. H 1 ano teve diagns-
tico de tumor estromal gastriintestinal e foi submetida a
hemicolectomia direita. Na colonoscopia foi verificada presena de
leso vegetante em colon transverso e anastomose ileoclica estrei-
tada. O estudo tomogrfico demonstrou leso neoplsica em ngulo
esplnico. Deste modo, a paciente foi submetida colectomia es-
querda e anastomose leo retal, com resseco do tumor e reas
adjacentes afetadas. A avaliao imunohistoqumica demonstrou ex-
presso positiva para marcadores de proliferao celular c kit, cd34+,
s100 e ki67, o que conduziu a um diagnstico positivo de gist. Resul-
tados: no ps-operatrio evoluiu de modo satisfatrio, tendo recebi-
do alta hospitalar no 15 dia de ps-cirurgia, quando retornou as suas
atividades normais de trabalho, continuando a ser acompanhado
ambulatorialmente, sem recidiva diagnosticada at o presente. Con-
cluso: desde modo, verificou-se que a resseco tumoral constituiu-
se um tratamento adequado para o tratamento do gist, culminando
com o restabelecimento do paciente, e seu retorno a suas atividades
habituais.
P51 - OCLUSAO INTESTINAL POR LINFOMA MALT EM CECO
MELO, A.P.S.A., MOTA, N.C., KURACHI, G., PRIETO, F.G., FLO-
RES, I.A., ALMEIDA, P.C.C., OLIVEIRA, E.C., ALMEIDA, A.C.
1. UFG, Servio de Coloproctologia - Faculdade de Medicina da UFG
O linfoma gastrointestinal a forma mais freqente da doena extra
linftica (30 40% dos casos), e o ceco o local mais afetado em mais
da metade dos casos seguido pelo reto. O tipo histolgico mais comum
o linfoma de clulas B. Neste trabalho relatamos um caso de malt
linfoma do ceco com sintomas iniciais de suboclusao intestinal. Paci-
ente feminina, 70 anos, casada, procedente de jata (go), apresentava
queixa de dor na barriga ha 9 meses de forte intensidade com piora
progressiva. Referia febre, anorexia e constipao de ate cinco dias e
perda ponderal de 15 kg durante o perodo. Ao exame fsico apresen-
tava-se hipocorada(2+/4), desidratada(+/4), abdome distendido e do-
loroso e uma massa palpvel ocupando fossa ilaca, hipocndrio direi-
to, chegando a linha mediana. A tc de abdome mostrou uma volumosa
massa em topografia de ceco invadindo retroperitnio comprome-
tendo vasos ilacos e ureter direito. Colonoscopia mostrou doena
diverticular e tumorao vegetante no ceco, cuja bipsia sugeriu
hiperplasia linfide benigna ou linfoma. A imuno-histoqumica con-
clui tratar-se de um linfoma maligno de clulas pequenas tipo malt: 1.
Pan-b/cd-20 = (+) linfcitos b; 2. Anti-clulas t/ cd-3 = (+) linfcitos
t; 3. Pan-citoceratina = (+) clulas epiteliais; 4. Cd-5 = (-); 5. Cd-10/
calla = raras clulas positivas; 6. Ciclina d1 = (-). Os exames
laboratoriais mostravam hematocrito de 32,0 %, leuccitos 14400/l
(bast 2%, seg 80%, eos 1%, bas 0%, linf 12%, mon 5%); e valores
bioquimicos normais. A eda era normal com pesquisa negativa para
helicobacter pylori. A paciente evoluiu com quadro de ocluso intesti-
nal apresentando distenso abdominal, vmitos e distrbio
hidreletroltico. Foi realizada uma laparotomia exploradora e o in-
ventrio da cavidade mostrou volumosa massa ocupando todo o
hemiabdome direito invadindo retroperitoneo, parede abdominal, va-
sos ilacos e ureter direito; foi realizado apenas uma derivao do
trnsito com uma ileostomia em ala. No ps-operatrio evoluiu com
pneumonia, tratada com piperacilina e tazobactama e melhora do
quadro. Concluimos tartar-se de raro tipo histologico de linfoma po-
rm na localizao mais frequente das forma extra nodais da doena.
P52 - TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL (GIST) DE
RETO RELATO DE CASO
PAULA, P.R., NASCIMENTO, C.A.B., BARTOLOMUCCI, A.C.,
BASSI, D.G., CSAR, M.A.P., TONUS,M.
1. UNITAU, Universidade de Taubat
Introduo: o tumor estromal gastrointestinal (gist) de origem
mesenquimal, raramente se origina no reto, sendo mais freqente no
estmago e intestino delgado. Objetivo: relatar um caso localizado
neste stio incomum e a ttica cirrgica adotada. Mtodos: paciente
masculino, 52 anos, com queixa de proctalgia mal definida, apresen-
tando evoluo insidiosa durante cinco meses, sem relao com o ato
defecatrio. Negava outras queixas. Ao toque retal, apresentava pare-
des do reto elstica e notava-se a 5 cm da margem anal, abaulamento
em parede posterior, fibro-elstico, sem flogose, medindo 8 cm de
dimetro. A colonoscopia confirmou o abaulamento em parede poste-
rior de reto inferior, sem invaso da mucosa, com os demais segmen-
tos examinados sem alteraes. A tomografia computadorizada mos-
trou processo expansivo em topografia do reto, com 8,0 x 7,5 cm,
no havendo aparente impregnao de contraste iodado. Foi realizada
a exrese cirrgica da tumorao, atravs de via sacral posterior (via
de kraske), com 155g, de aproximadamente 8 cm de dimetro, que
iniciava junto ao reto mdio, na parede posterior, sem comprometi-
mento da mucosa (extra-luminal). Resultados: o anatomopatolgico
demonstrou neoplasia de clulas fusiformes (gist), com celularidade
moderada e reas de necrose. A imuno-histoqumica(ih) cd117 (c-
kit)resultou positivo, assim como cd 34. ndice mittico: 5 mitoses
em 50 campos de grande aumento (cga). Representa, leso com po-
tencial de intermedirio para elevado de malignidade. Concluso:
uma neoplasia rara nesta localizao. Na presena de tumorao retro
retal, o diagnstico de gist no deve ser negligenciado. O diagnstico
definitivo feito por ih com positividade para c-kit nas clulas e
tecidos. A via de kraske (sacral posterior) permite um acesso adequado
para a resseco. A cirurgia o principal tratamento para esta condi-
o.
P53 - RELATO DE CASO DE TUMOR DE COLON PERFURA-
DO SIMULANDO QUADRO DE APENDICITE
SALLES,VJA, KALUME,FA, SOARES,PD, ROJA,RH,
ROMAGNOLO, LG, SOUSA,RP
1. HRVP, hospital regional do vale do paraiba
Paciente com quadro de dor em fid h 40 dias acompanhada de febre e
sinais de irritao peritoneal. Laparotomia revelando presena de
tumor em ceco com perfurao para cavidade e retroperitoneo.
Anatomopatologico indicando apendicite cronica.
79
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
P54 - RELATO DE CASO DE PACIENTE COM PSUDOMIXOMA
PERITONEAL CAUSANDO DOR ABDOMINAL E
CONTIPAO
SALLES,VJ, KALUME,FA, SOARES,PD, ROJA, RH, SARPE,AK,
SOUSA,RP
1. HRVP, Hospital Regional do Vale do Paraiba
Pcte com quadro de contipao cronica e dor abdominal em epigastrica
onde palpava-se massa relativamente movel com rha+. Tc com liqui-
do em cavidade. Punco abdominal com ihq revelendo pseudomixoma
peritoneal. Tentada resseco cirurgia sem sucesso.
P55 - LINFADENECTOMIA INGUINAL RADICAL NO TRATA-
MENTO DE CARCINOMA ESPINOCELULAR RECIDIVADO
DE CANAL ANAL: RELATO DE CASO
COTTI GC, ARRUDA G, NAHAS CSR, TAKEDA FR, MARQUES
CFS, POLLARA WM, NAHAS SC, CECCONELLO I
1. ICESP - FMUSP, Instituto do Cncer do Estado de So Paulo
Introduo: a linfadenectomia inguinal est restrita a casos selecionados
no tratamento oncolgico dos pacientes com carcinoma espinocelular
(cec) de canal anal. Objetivo: relatar o emprego da linfadenectomia
inguinal radical na recidiva inguinal unilateral de uma paciente com
antecedente de cec de canal anal. Material e mtodos: paciente de 68
anos, sexo feminino, com diagnstico de cec de canal anal com franca
invaso da parede posterior da vagina (sem fstula associada) com
linfonodos aumentados na topografia do mesorreto, sem adenomegalias
inguinais, tratada com esquema de nigro com resposta clnica comple-
ta. Oito meses aps trmino do nigro, foi submetida amputao
abdomino perineal do reto com vaginectomia posterior (resseco r0)
por recidiva do tumor (pt4n1). Treze meses depois apresentou uma
massa linfonodal inguinal esquerda dolorosa. A bipsia confirmou cec.
Submetida linfadenectomia radical inguinal esquerda. Resultados: a
massa linfonodal foi removida em monobloco com margens livres. Os
vasos e nervos femurais foram preservados. Realizado um retalho por
transposio para fechamento primrio da ferida operatria. O tem-
po de procedimento foi de 3 horas. O retalho apresentou necrose
parcial, recebendo alta no 9po. Concluso: o procedimento cirrgico
mostrou-se seguro e bem tolerado, podendo ser considerado como
uma opo em casos bem selecionados.
P56 - APRESENTAO DE CASO DE SNDROME DE PEUTZ-
JEGHERS
MARQUES, R.M., ROTHBARTH, W.W., HOFFMANN, A.L., SIL-
VA, D.B.L.
1. Unoesc, Universidade do Oeste de Santa Catarina
P. B. , sexo feminino, leucoderma, 13 anos, brasileira, solteira, cat-
lica, natural e residente em ibian/sc. Qp: dor abdominal generalizada
tipo clica + plenitude ps prandial associada a nuseas. Paciente
relata que h aproximadamente 8 meses iniciou quadro de plenitude
ps-prandial e dor abdominal tipo clica, com melhora discreta do
quadro aps uso de dimeticona. Refere intestino preso com fezes
endurecidas e ressecadas. Piora ao ingerir alimentos gordurosos, com
aumento da sensao de estufamento. Foi atendida duas vezes no
ps com alvio com uso de sintomticos. H 1 ms apresentou piora
das clicas e da distenso abdominal com 1 episdio de vmito neste
perodo. No momento da internao apresenta clicas com dificul-
dade de evacuar e episdios de vmitos. Pai operado por obstruo
intestinal com 32 anos, j falecido. Dois irmos gmeos tambm
operados com obstruo intestinal aos 15 anos. Ao exame fsico
apresenta abdome flcido, rha+, dor palpao profunda em fie,
massa palpvel de aproximadamente 10 cm fossa ilaca e, mvel e
endurecida. Presena de manchas melanticas em lbio inferior.
Apresenta colonoscopia com massa maior que 4cm em clon des-
cendente, que impede a passagem do aparelho. A cirurgia observamos
intussuscepo intestinal ileal, palpao de vrios plipos em delga-
do. Observado plipo maior palpvel em clon descendente, mvel,
pediculado, sem invaso de parede colnica. Realizadas enterotomias
e resseco dos plipos pediculados (12) com pontos transfixantes e
colotomia e resseco do plipo com ligadura transfixante de sua
base. Alta no 7 po em bom estado geral. Ap: retirado 12 plipos do
delgado e 1 plipo maior, sssil no clon. Plipo maior do clon
medindo 4,3x2,9x2,8cm, e vrios outros plipos menores do delga-
do mostrando plipos revestidos de epitlio cilndrico simples,
hiperplasiado e irregularmente serrilhado. Ausncia de malignidade
nas amostras examinadas.
P57 - APRESENTAO DE CASO DE GANGRENA DE
FOURNIER
MARQUES, R.R., ROTHBARTH, W.W., HOFFMANN,A.L., SILVA,
D.B.L.
1. Unoesc, Universidade do Oeste de Santa Catarina
J. B. S. , 62 anos, do sexo masculino, pardo, casado, agricultor, porta-
dor de diabetes mellitus tipo ii, iniciou com quadro de dor perianal com
evoluo de sete dias quando comeou a apresentar um abaulamento
com hiperemia e edema com queda do estado geral. No momento da
internao apresentava-se lcido, hipocorado e eupnico, febril, pros-
trado e hemodinamicamente estvel. Ao exame fsico notamos rea
de necrose, com secreo purulenta, edema e eritema j atingindo
escroto, regio perianal e perineal. Ao exame laboratorial apresentou
38. 000 leuccitos e 58% de bastes. No primeiro dia foi realizado
desbridamento cirrgico extenso do tecido necrtico e enviado para
cultura. Realizou-se colostomia em ala, no mesmo procedimento
para desvio de trnsito intestinal. Foram realizados debridamentos
cirrgicos coplementares com analgesia para delimitao do processo
necrtico. Iniciado sulbactam sdico 3g/dia e ampicilina sdica 6g/dia
associado a metronidazol 500mg/dia durante 25 dias, sendo interrom-
pido por melhora clnica e laboratorial. A cultura da secreo mostrou
crescimento de pseudomonas aeruginosa. Concomitantemente, fo-
ram feitos curativos com soro fisiolgico e dersani, com desbridamento
quando necessrio. No vigsimo quarto dia de internao foi submeti-
do enxertia de pele parcial obtida das coxas. Alta aps o trigsimo
oitavo dia de internao. O paciente encontra-se em excelente estado
clinico, em acompanhamento ambulatorial.
P58 - INFILTRAO DE CARCINOMA INDIFERENCIADO NO
CLON SURPRESA INTRA-OPERATRIA E DIFICULDADE
DIAGNSTICA
FORMIGA, F.B., BEOLCHI, J.P.P., MANZIONE, T.S., FANG, C.B.,
KLUG, W.A.
1. FCMSCSP, Disciplina de Coloproctologia da Santa Casa de So
Paulo
Introduo: o adenocarcinoma pode ser to indiferenciado que seu
comportamento agressivo loco-regional apresenta dificuldade
diagnstica at histologicamente. Objetivos: o caso relatado objetiva
descrever e ilustrar diagnstico difcil de carcinoma indiferenciado
infiltrando clon. Mtodos: acompanhamento de paciente do depar-
tamento de cirurgia da santa casa de misericrdia de so paulo. Docu-
mentao escrita e fotogrfica do caso. Resultados: vfn, 68 anos, sexo
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masculino, branco, apresentava dor em flanco esquerdo h seis meses,
com perda ponderal associada. Ao exame, tumorao de 10 cm de
dimetro, fixa e dolorosa em flanco esquerdo. Colonoscopia eviden-
ciou leso polipide recoberta por mucosa ntegra, cuja biopsia reve-
lou ser adenocarcinoma. Tomografia computadorizada de abdome
mostrou bao com vrias leses hipoatenuantes de at 8cm, sugestivas
de necrose liquefeita. Submetido a procedimento cirrgico, eviden-
ciou-se grande tumorao que envolvia clon descendente, estmago,
rim esquerdo, cauda pancretica e bao com necrose e secreo puru-
lenta. Realizada hemicolectomia esquerda, gastrectomia parcial,
nefrectomia polar, esplenectomia e pancreatectomia caudal, cujo es-
tudo anatomopatologico demonstrou se tratar de adenocarcinoma
moderadamente diferenciado envolvendo extrinsecamente mucosa
colnica e gstrica, tendo o pncreas como centro da leso. A
imunohistoqumica no determinou a origem da neoplasia: cea, alfa-
fetoprotena e ema focalmente positivos e ck7, 20 e 30 negativos.
Paciente evoluiu bem, recebendo alta no stimo dia ps-operatrio.
Iniciou adjuvncia com gencitabina, porm houve progresso da do-
ena com exame de imagem que evidenciava leso em corpo pancre-
tico comprometendo artria mesentrica superior e terceira poro
do duodeno, alm de metstases hepticas. Paciente evoluiu com pio-
ra do estado geral, dor abdominal e bito. Concluses: tumores
indiferenciados so de difcil diagnstico clnico, histolgico e
imunohistoqumico.
P59 - CISTO DE TAILGUT RELATO DE CASO E REVISO DA
LITERATURA
MAGRI, K.D., FORMIGA, F.B., KAYAT, H.C.G.S., FANG, C.B., KLUG, W.A.
1. FCMSCSP, Disciplina de Coloproctologia da Santa Casa de So
Paulo
Introduo: o cisto de tailgut um tumor proveniente de vestgios
embrionrios do intestino posterior. Sua incidncia pequena e sua
degenerao rara. Objetivos: relatar caso de hamartoma cstico
retrorretal, relevando sua importncia no diagnstico diferencial dos
tumores plvicos e possibilidade de degenerao. Mtodos: acompa-
nhamento do paciente no departamento de cirurgia da santa casa de
misericrdia de so paulo. Documentao escrita e fotogrfica do
caso. Resultados: dfm, 82 anos, sexo feminino, com queixa de abaula-
mento doloroso, de crescimento gradual, em ndega direita h um ano.
Constipao progressiva associada ao quadro. Ao exame, eutrfica,
corada, com tumorao de aproximadamente 15x15cm em ndega
direita com sada de secreo purulenta. Ressonncia nuclear magnti-
ca evidenciou cisto retrorretal cuja biopsia mostrou se tratar de
hamartoma cstico com proliferao adenomatosa vilosa e atipias de
alto grau. Realizada exciso cirrgica cujo estudo anatomopatologico
diagnosticou infiltrao de adenocarcinoma mucinoso com clulas em
anel de sinete na pele e tecidos moles (regio gltea). Concluses: o
hamartoma cstico retrorretal (cisto de tailgut) uma condio clnica
rara, potencialmente maligna, de tratamento obrigatoriamente
excisional e deve ser sempre considerado entre os diagnsticos dife-
renciais dos tumores pr-sacrais.
P60 - PERSISTENCIA DE CONDUTO ONFALOMESENTRICO
CAUSANDO OBSTRUO INTESTINAL
BOARINI, P., MESQUITA, E., FUJIWARA, R.T., INGRUD, J.C.,
ROMAN.A., BOARINI,C.R., BOARINI,L.R.
1. HMCC, Residencia Medica Cirurgia geral e do trauma -SUS HMCC
O poster mostra uma caso de obstruo intestinal com varios episodios
de agudizao atraves de explorao por laparotomia ,encontramos
uma obstruo por hernia interna, devido a presena de todo o colon
direito, herniado por um anel ,determinado pela persistencia do con-
duto onfalo mesenterico completo ,desde a cicatriz umbilical at ala
ileal . A importancia do trabalho est na diagnose diferencial, assim
como, na identificao de estrutura no comum na pratica diaria.
P61 - PNEUMATOSE INTESTINAL - RELATO DE CASO
BOARINI, P., MESQUITA, E., FUJIWARA, R.T., INGRUD, J.C.,
ROMAN,A., BOARINI, C.R., BOARINI, L.R.
1. HMCC, Residencia medica Cirurgia geral e do trauma - SUS - HMCC
O poster mostra uma caso de obstruo intestinal causado por um area
de pneumatose intestinal em ala ileal. Quadro de caracteristicas be-
nignas sem processo infeccioso aparente. Foi indicado laparotomia
pela no resoluo do caso com manobras clnicas de suporte. Realiza-
do enterectomia da area afetada, paciente evoluiu bem. A importancia
se mostra no s no diagnostico diferencial, mas tambem em trazer a
tona patologias no vistas com certa frequencia.
P62 - A IMPORTNCIA DA RESSECO CIRRGICA NO
DIAGNSTICO DIFERENCIAL DE TUMORAO ABDOMI-
NAL LIPOMATOSA
CIQUINI, S.A., VIDILLI-PEREIRA, E.A., ALVES, A.C.N.,
NISHIMOTO, E.I., GUSMON, C.C., FERREIRA, A.S., VARONI, A.C.C.
1. PUC-CAMPINAS, Servio de Coloproctologia Hosp. Univer. da
PUC-Campinas
Introduo: as tumoraes retroperitoneais de etiologia neoplsica
maligna ou benigna apresentam incidncia considervel e represen-
tam diversas entidades diagnsticas. Quando constitudas por tecido
adiposo, o diagnstico diferencial inclui desde leses benignas at
malignas extremamente agressivas. De tecidos variveis apresentam
sinais clnicos pouco especficos e difcil diagnstico etiolgico. Este
sugerido por exames de imagem e confirmado por estudo
histopatolgico, incluindo provas de imunohistoqumica. So leses
de atividade mittica variada e evoluo imprevisvel. Seu tratamento
, sempre que possvel, a resseco operatria radical. Objetivos: ana-
lisar a importncia da resseco cirrgica e estudo histopatolgico em
tumorao retroperitoneal lipomatosa de etiologia duvidosa. Mto-
dos: os autores relatam o quadro de doente com tumorao abdominal,
sugestiva lipossarcoma por exames de imagem submetida resseco
da leso, cujo exame histopatolgico demonstrou tratar-se de leso
benigna lipomatosa. Resultados: apresenta-se o quadro de doente de
49 anos, do sexo feminino, com diagnstico de tumorao abdominal
ao exame fsico. O exame ultrassonogrfico evidenciou imagem
hipoecica de caractersticas mal definidas e tomografia
computadorizada, leso de aspecto adiposo, em hemiabdome esquer-
do, pararrenal, com dimenses de 19 x 0,9 x 16 cm, podendo
corresponder a lipossarcoma. Submetida a resseco cirrgica com
deslocamento de estruturas abdominais sem intercorrncias. A
histopatologia revelou lipoma retroperitoneal. Evoluiu
satisfatoriamente, recebendo alta hospitalar com seguimento
ambulatorial, sem indcios de recidiva. Concluses: os autores conclu-
em que tumoraes abdominais passveis de malignidade devem ser
ressecadas, quando possvel, pois seu diagnstico confirmado por
exame histopatolgico minucioso.
P63 - TRAUMA ABDOMINAL
ABRAHAO
1. FURG, universidade federal do rio grande
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Relato de 2 casos de traumatismo abdominal fechado, com leso ex-
clusiva do intestino. Os pacientes foram atendidos no periodo de 2008
a 2009 no hospital so sebastio mrtir de venancio aires-rs. Nesta
reviso, as variveis de interesse foram: etiologia do trauma, rgo
lesado, grau de leso e tratamento. Os dois casos tiveram como meca-
nismo de trauma veculo auto-motor. Um caso com ruptura completa
do transverso e jejuno, o outro com ruptura do ileo terminal. Os
principais sintomas foram dor abdominal e defesa. Realizamos
tomografia abdominal com contraste nos dois casos. O tratamento
realizado foi ileostomia e rafia em um caso e no outro somente rafia
do intestino.
P64 - TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL (GIST) DE
RETO RESSECADO POR VIA PERINEAL: RELATO DE CASO
LEITE, S.M.O., GOMES, D.M.B.M., FARIA, SANTOS, H.B.H.
1. BIOCOR, Biocor Instituto Belo Horizonte
Introduo: o tumor estromal gastrointestinal (gist) um tumor raro
que acomete o trato gastrointestinal e expressa cd117, um
protooncogene c-kit, que pode ser detectado por imunohistoqumica.
Os locais mais comuns de acometimento so o estmago (60%-
70%), seguido pelo intestino delgado (20%-25%), e apenas cerca de
5% de todos os gists comeam no reto. Gists retais correspondem a
0. 1% de todos os tumores que se originam no reto. De acordo com
uma investigao epidemiolgica recente, realizada nos eua, sua in-
cidncia de 6. 8 por milho de pessoas anualmente. Objetivo:
relatar um caso de gist de reto ressecado por via perineal. Mtodos:
reviso de pronturio e pesquisa em literatura mdica resultados:
paciente feminino, 78 anos, em controle proctolgico profiltico,
relatando colonoscopia prvia com polipectomias; sem outras quei-
xas. Assintomtica. Sem co-morbidades. Quatro partos normais e
cirurgias prvias: mastectomia d por neoplasia; histerectomia total
por adenocarcinoma de endomtrio; hemorroidectomia;
perineoplastia e apendicectomia. Hf para neoplasias: dois
filhos(mama e melanoma);tia e primo maternos(intestino) e tia
paterna (mama). Exame proctolgico: inspeo normal. Tnus di-
minudo; leso extramucosa lisa, abaulando a parede anterior do reto
direita, medindo cerca de 6cm. Toque vaginal normal; discreto
abaulamento da parede. Retoscopia normal at 15cm. Ressonncia
magntica de pelve: massa heterognea direita, entre o msculos
levantador do nus e esfincter interno, medindo 5 x 6 x 4cm. Sem
invaso vaginal. Paciente foi encaminhada cirurgia, realizada por
via perineal e perianal direita. Aps disseco extra esfincteriana
cranial, foi realizada a abertura da fscia prpria do reto. Localiza-
o da leso e sua enucleao, ntegra, junto a fragmento de mucosa
retal, firmemente aderido. Fechamento por planos: mucosa retal,
fscia prpria do reto e pele. Houve boa evoluo, sem intercorrncias
no ps-operatrio. Ap mostrou gist, com incio na musculatura pr-
pria do reto. Baixo ndice mittico. O fragmento da mucosa retal
no estava acometido mas aderido firmemente leso devido reao
desmoplsica da submucosa. Imunohistoqumica confirmou a natu-
reza da leso. Concluses: a resseco por via perineal mostrou-se
resolutiva para tratar este tumor. Considerando: caractersticas
histolgicas, com baixo ndice mittico; resseco completa e idade
da paciente optou-se pela no resseco alargada do tumor e obser-
vao da paciente.
P65 - ENDOMETRIOSE SINCRNICA DE CLON
RIBEIRO FJC, RODRIGUES LV, REGADAS FSP, MURAD-REGADAS
SM, SURIM WS, SOUSA FJA, BUCHEN GM, RIBEIRO MLR
1. UFC, Hospital Universitrio Walter Cantdio - UFC
Introduo: a endometriose uma doena caracterizada pela a presena
de glndulas endometriais ou estroma fora da cavidade uterina. O diagns-
tico diferencial feito com leses neoplsicas e inflamatrias. Ocorre
principalmente na pelve, mas as leses podem se localizar em qualquer
quadrante peritoneal e/ou sistmico (pulmo, brnquio, rim). O principal
sintoma a dor que pode ou no acompanhar o ciclo menstrual. Relato de
caso: c. G. S. A. , feminina, 36a, casada, natural e procedente de fortaleza-
ce. Iniciou um quadro, em maio de 2007, de parada de eliminao de flatos
e fezes associado distenso abdominal, dor em clica e massa palpvel
em fossa ilaca direita. Historia prvia de endometriose. Em 24 horas
procurou assistncia mdica sendo diagnosticada uma obstruo intesti-
nal. Realizou tc de abdmen que evidenciou leso de aspecto tumoral em
ceco. Foi, ento, submetida a laparotomia exploradora com o achado
cirrgico de 02(duas) leses de aspecto tumoral em ceco e sigmide, sendo
realizado uma colectomia total com ileorretoanastomose. O
histopatolgico da pea cirrgica mostrou endometriose nas leses
tumorais com focos em linfonodos. Concluses: o acometimento clico
pela endometriose no frequente, sendo o acometimento sincrnico e
linfonodal uma forma rara de apresentao.
P66 - APENDAGITE EPIPLICA - RELATO DE CASO
KOTZE, P.G., STECKERT, J.S., FREITAS, C.D., DINIZ, F., LIBLIK, S.A.
1. PUCPR, Servio de Coloproctologia - Hospital Universitrio Cajuru
Introduo: a apendagite epiplica (apendicite epiplica, epiplote
hemorrgica, epiplopericolite ou apendagite) uma condio benig-
na, incomum e autolimitada, causada pela torso ou trombose
expontnea de veias que drenam os apndices epiplicos clicos. Esta
condio apresenta maior facilidade de diagnstico atualmente, devi-
do aos avanos dos mtodos de imagem. Apresenta-se mais
freqentemente com dor na fossa ilaca esquerda, febre e leucocitose,
e seu tratamento conservador. O principal diagnstico diferencial
com diverticulite aguda. Objetivo: apresentao de um caso de uma
paciente portadora de apendagite epiplica, discutindo-se suas mani-
festaes clnicas, diagnstico por imagem e tratamento. Relato do
caso: s. R. , 35 anos, feminina, procurou atendimento ambulatorial
por dor localizada na fossa ilaca esquerda, com 48 horas de evoluo
de forte intensidade. Negava alteraes do hbito intestinal ou
sangramento. Uso de analgsicos orais sem melhora. Ao exame clni-
co, apresentava sinais vitais estveis, dor localizada no quadrante
inferior esquerdo, com sinais de irritao peritoneal. Exames
laboratoriais evidenciaram vhs de 68 mm e leucograma com 15800
leuccitos e 14% de bastonetes. Realizada tomografia de abdome que
confirmou o diagnstico de apendagite epiplica. Realizado trata-
mento com cetoprofeno e ciprofloxacina orais. Melhora total do
quadro aps 10 dias. Paciente atualmente assintomtica. Concluses:
o diagnstico de apendagite deve ser sempre lembrado em pacientes
jovens com dor no quadrante inferior esquerdo, quadro semelhante ao
de diverticulite aguda. O diagnstico tomogrfico pode ser facilmente
realizado, e o tratamento deve ser conservador. O tratamento invasivo
(drenagem percutnea ou cirurgia laparoscpica) fica reservado aos
casos com abscessos periclicos ou com outras complicaes associa-
das. O diagnstico inacurado pode levar a hospitalizaes,
antibioticoterapia e intervenes cirrgicas desnecessrias.
P67 - SNDROME DE FOURNIER SECUNDRIA A
ADENOCARCINOMA DE PRSTATA AVANADO: RELATO
DE CASO
BATISTA RR, RAMACCIOTTI FILHO PR, CASTRO CAT, FONSE-
CA MFM, ALBUQUERQUE IC, FORMIGA GJS
1. HH, Servio de Coloproctologia do Hospital Helipolis
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Rev bras Coloproct
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Introduo: a sndrome de fournier uma fasciite necrotizante de
rpida progresso que acomete a genitlia e a regio perineal. Mesmo
com os avanos na teraputica a morbidade e mortalidade desta afeco
permanecem elevadas. Objetivos: relatar um caso de sndrome de
fournier como complicao do adenocarcinoma de prstata avana-
do. Mtodos: reviso de pronturio e literatura a respeito da sndrome
de fournier associado ao adenocarcinoma de prstata. Resultados: pa-
ciente masculino de 70 anos, com diagnstico prvio de
adenocarcinoma de prstata avanado em uso de terapia hormonal,
h um dia com dor e aumento de volume escrotal associado febre. Ao
exame fsico, paciente sptico com edema do pnis e escroto. Ao
exame proctolgico, perneo de colorao violcea com crepitao a
palpao local; leso ulcero-vegetante em parede anterior do reto,
fixa, de consistncia ptrea, extendendo-se de 3 a 7 cm da borda anal.
Iniciada antibioticoterapia e indicado desbridamento cirrgico, com
identificao de fstula reto-escrotal transtumoral. Realizada
orquiectomia bilateral, penectomia total, transversostomia e
cistostomia. Estudo histopatolgico e imunohistoqumico da leso
retal confirmou infiltrao por adenocarcinoma de prstata. Recebeu
alta hospitalar no 20 dia de internao, atualmente em acompanha-
mento oncolgico ambulatorial. Concluses: na literatura pesquisada
no existe documentao sobre a relao da gangrena de fournier com
a neoplasia maligna da prstata. Na ausncia de outros fatores de
risco, o adenocarcinoma de prstata avanado deve ser lembrado como
um dos diagnsticos etiolgicos da sndrome de fournier.
P68 - MUCOCELE DE APNDICE: RELATO DE CASO
FREITAS, D.P., SILVA, F.B., LEAL, V.M.
1. UESPI, Universidade Estadual do Piau
Introduo: a mucocele do apndice se constitui no acmulo de mate-
rial mucide secundrio obstruo do lmen apendicular ou a tumo-
res causadores de hipersecreo de muco. uma afeco rara,
diagnosticada freqentemente no intra-operatrio. Os tipos
histolgicos so cisto de reteno, hiperplasia de mucosa, cistoadenoma
ou cisto adenocarcinoma. Objetivo: relatar um caso de mucocele do
apndice vermiforme diagnosticado inicialmente como apendicite
aguda. Mtodos: paciente de 18 anos de idade, sexo masculino, pardo,
desocupado, deu entrada no hospital municipal de teresina subfebril
(37,5 a 38oc) e quadro de abdome agudo; notou-se massa palpvel em
plastro em fossa ilaca direita; sendo realizada apendicectomia con-
vencional com inciso paramediana. Resultados: na realizao da
apendicectomia foi retirada uma volumosa massa cstica com grande
dilatao e efetivada ligadura simples do coto do apndice, constatou-
se contedo muciginoso no apndice cecal, o qual submetido a exame
histopatolgico, foi diagnosticado como cistoadenoma muciginoso.
Concluso: o paciente apresentou sintomatologia comum ao quadro
clnico de apendicite, com dor abdominal, dor palpao no ponto de
mc burney, distenso abdominal e massa em fossa ilaca direita. O
diagnstico deve ser lembrado nos casos de apendicite, sendo o
cistoadenoma o mais freqente dentre as mucoceles do apndice.
P69 - ENDOMETRIOSE PERINEAL EM CICATRIZ DE
EPISIOTOMIA : RELATO DE CASO
CARVALHO, MP., MAGRI, KD, FORMIGA, FB, FANG, CB, KLUG,
WA
1. ISCMSP, Irmandade da Santa Casa de Misericrdia de So Paulo
Introduo: endometriose perineal uma manifestao incomum da
endometriose, corespondendo a 0,3% dos implantes extra-genitais.
Na maioria dos relatos essa manifestao est associada ao parto
normal, com implante endometrial na cicatriz da episiotomia. Objetivo:
relatar caso de endometriose perineal. Material e mtodo: acompa-
nhamento do paciente na disciplina de coloproctologia da santa casa
de so paulo. Documentao escrita e fotogrfica do caso. Resultados:
paciente do sexo feminino, 49 anos, com histria de dor perianal
cclica h dois anos, durante perodo menstrual e ndulo endurecido e
doloroso nesta topografia. Ao exame, pequena nodulao indolor em
regio perianal prxima a cicatriz cirrgica de episiotomia. Ressonn-
cia nuclear magntica evidenciou adenomiose e rea de espessamento
retro-cervical de provvel natureza endometritica. Porm sem men-
o a leso perianal. A paciente foi submetida exciso cirrgica da
leso perineal. No intra-operatorio foi identificada nodulao de
3x2cm, endurecida, com sada de secreo achocolatada durante ma-
nipulao. Exame histopatolgico confirmou achado de endometriose.
Paciente evoluiu sem intercorrncias, com resoluo completa do
quadro lgico perineal. Concluso: a endometriose perineal apresen-
tao incomum, com diagnstico clinico factvel e tratamento cirr-
gico seguro e eficaz.
P70 - APENDICITE CRNICA-RELATO DE CASO
CESAR,MAP, PAES,L, SILVA,FPA, FERNANDES,JP, PAULA, PR
1. UNITAU, Hospital Universitrio da Universidade de Taubat
A apendicite crnica caracterizada por dor crnica no quadrante
inferior direito, sendo considerada um evento incomum que acomete
o apndice vermiforme. O seu diagntico baseado em critrios
diagnsticos bem definidos e tem como tratamento a realizao de
apendicectomia eletiva. Apresentamos relato de caso de paciente de
24 anos com dor crnica em fossa ilaca direita cujos exames no
demonstravam nenhuma alterao emfossa ilaca direita . Foi sub-
metido apendicectomia eletiva e confirmado o diagnstico de apen-
dicite crnica atravs do antomo patolgico que demonstrou apen-
dicite com fibrose e hiperplasia linfide reacional; ausncia de ma-
lignidade na pea. O paciente evoluiu sem queixas e retornou s
atividades normais demonstrando que esse diagnstico que deve ser
lembrado.
P71 - DOENA DE CASTLEMAN RELATO DE CASO
MIRANDA, E.F.2, KOTZE, P.G.2, STECKERT, J.S.2, FREITAS,
C.D.2, ISHIE, E.2, PONCE, F.2
1. PUC-PR, Pontifcia Universidade Catlica do Paran2. HUC PUC/
PR, Hospital Cajuru- PUC/PR
Introduo: a doena de castleman (dc) um distrbio linfoproliferativo
raro de origem controversa. tambm conhecida como hiperplasia
angiofolicular linfide, hiperplasia de ndulo linftico gigante e
linforreticuloma folicular. Histologicamente benigna, porm pode
se comportar de maneira agressiva. Do ponto de vista clnico-patol-
gico, pode se manifestar sob a forma de massas localizadas ou como
doena multicntrica. Acomete preferencialmente o mediastino
ntero-superior, e mais raramente o abdome. Objetivo: apresentar um
caso raro de dc, que deve ser includo no diagnstico diferencial das
desordens linfides. Relato de caso: edtag, feminina, 64 anos. Iniciou
h 2 anos dor epigstrica, disria e polaciria. Apresentou um episdio
de dor aguda (03/07), que, em uma emergncia, submeteu-se a uma
tomografia computadorizada de abdome: leso na gordura mesentrica,
logo abaixo da bifurcao dos vasos ilacos (interrogado cisto
mesentrico). Na poca, optado pelo colega de outro servio a condu-
ta expectante. Um ano aps realizou nova tc: ndulo mantinha-se do
mesmo tamanho, mas associou-se uma linfonodomegalia
retroperitonial discreta. Submetida a endoscopias alta e baixa, que no
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evidenciaram nenhuma alterao. Encaminhada ento ao servio, com
indicao de pet-ct: que no houve captao dos radioistopos nem
no ndulo, nem nos linfonodos. Optado pela realizao de resseco
via videolaparoscpica, que, foi convertida para laparotomia, uma
vez que a leso era retroperitoneal e apresentava proximidade dos
vasos ilacos. Realizada congelao pelo patologista na sala cirrgica:
processo linfoproliferativo. A imunohistoqumica confirmou a pre-
sena de distribuio normal de linfcitos b(cd20+) e t(cd3+) no
linfonodo. Os achados so consistentes com dc variante hialino-
vascular. Concluso: definir o tempo timo para o tratamento dif-
cil, pois a doena rara, e ainda apresenta uma variedade de formas de
apresentao. H relatos de remisso espontnea tambm. Dentre as
variadas terapias institudas cita-se: radioterapia, quimioterapia, agen-
tes antivirais, esterides, anticorpos especficos e cirurgia. Esta ltima
no tem seu lugar certo no tratamento da dc, mas, na forma de apre-
sentao abdominal acaba tornando-se o principal acesso, na combi-
nao diagnstico x teraputica.
P72 - LEO-BILIAR POR OBSTRUO NO CLON
SIGMIDE: RELATO DE CASO
GARCIA, R. L. S., CORREIA, E. B., PRETE, P. R., ANDRADE, B. B.,
FALCONE, A. B. M., MORAES FO, A. R. V., OLIVEIRA, T. F.
1. SCRP, Santa Casa de Misericrdia de Ribeiro Preto
Introduo: a colelitase representa uma rara causa de obstruo intes-
tinal mecnica, sendo mais prevalente em pacientes idosos, com
predileo pelo sexo feminino. A obstruo intestinal geralmente ocorre
devido impactao de um clculo biliar no intestino devido a uma
fstula entre a vescula biliar e o trato digestivo. Objetivo: descrever
um caso incomum de obstruo intestinal por clculo biliar impactado
no clon sigmide, causada por uma fstula colecisto-duodenal associ-
ada incompetncia da papila ileal. Mtodo: alsf, 66 anos, masculino,
apresentando um quadro de subocluso intestinal. O estudo radiogrfico
inicial evidenciou uma distenso gasosa difusa das alas intestinais,
sugerindo um processo obstrutivo baixo. A tomografia computadorizada
do abdome evidenciou uma fstula entre a vescula biliar e o duodeno e
um clculo biliar impactado no clon sigmide, estando a papila ileal
dilatada. Aps lavagem intestinal o clculo pode ser retirado atravs
do toque retal. Resolvido o quadro clnico procedeu-se o estudo con-
trastado do clon que foi normal. O paciente recebeu alta hospitalar
com a solicitao de uma colonoscopia e posterior programao ci-
rrgica. Resultado: a obstruo intestinal por clculo biliar uma enti-
dade rara e seu diagnstico demanda um alto ndice de suspeio,
principalmente em pacientes sem histrico de colecistopatia. As ma-
nifestaes clnicas variam de acordo com o local da obstruo. O leo
terminal bem como a papila ileal so os locais mais comuns de obstru-
o. A impactao no clon sigmide rara. A operao o tratamen-
to de escolha, e a colonoscopia para remoo do clculo tem sido
indicada em pacientes com comorbidades. Concluso: ainda que
incomum, a obstruo intestinal do clon por clculo biliar deve ser
considerada no diagnstico diferencial em pacientes com obstruo
intestinal baixa. Exames de imagem so bastante teis para estabele-
cer um diagnstico correto. Embora a operao seja o tratamento de
escolha, a retirada do clculo por meio de lavagens intestinais poder
ser tentada especialmente em pacientes idosos que apresentam
comorbidades que contra-indiquem o procedimento.
P73 - TUBERCULOSE INTESTINAL: RELATO DE CASO
CHRISTIANO, A.B., MIQUELIN, A.R., CAMPOS, F.B., BASSO, M.P.,
LUPORINI, R.L., MARCIANO, M.R., SIPRIANI, L.V., NETINHO, J.G.
1. FAMERP, Faculdade de Medicina de So Jos do Rio Preto
Introduo. A tuberculose intestinal uma doena infectocontagiosa,
que pode ser causada pelo mycobacterium tuberculosis ou pelo
mycobacterium bovis, os quais so bacilos lcool-cido-resistentes
(baar) gram-positivos. Geralmente secundria a uma infeco pul-
monar primria, sendo raros os casos que se encontra como foco
primrio no clon. Objetivo. Relatar caso de tuberculose intestinal
primria e fazer uma breve reviso da literatura. Relato de caso. Fs,
feminina, 72 anos, portadora de neurofibromatose com mltiplos
fibromas em tronco, morou em zona rural h 8 anos e fazia uso de leite
no pasteurizado, teve uma alternncia do hbito intestinal h 6 me-
ses, e realizou uma colonoscopia com leso ulcerada, eritematosa, em
clon ascendente, cuja bipsia evidenciou colite crnica granulomatosa
e ulcerativa, com baar (01 bacilo). Instituiu-se tratamento com rip
(rifampicina, izoniazida e pirazinamida), com melhora significativa
dos sintomas. Discusso. A forma intestinal uma apresentao rara
da tuberculose. Ocorre com maior freqncia no leo terminal que no
clon. D-se pela deglutio do escarro contaminado com
mycobacterium; pela ingesto de leite contaminado (m. Bovis), atra-
vs da disseminao hematognica pela tuberculose pulmonar ativa;
ou pela extenso direta de rgos adjacentes. A clnica varia de descon-
forto abdominal, diarria e perda ponderal a peritonite, fstulas,
abscessos e estenoses. Os achados colonoscpicos mais comuns so:
enantema com lcera, estenoses, leses hipertrficas polipides. A
principal diferenciao se d com doena de crohn e neoplasias. Em
at 40% dos casos, a bipsia revela apenas colite crnica inespecfica.
O achado de granuloma caseoso ou a identificao do bacilo fecha o
diagnstico, porm as formas extrapulmonares so paucibacilares. O
tratamento feito com rip, indicado para todas as formas ativas. A
cirurgia reservada para complicaes e dvida diagnstica. Neste
caso, no material obtido para bipsia foi identificado baar, autorizan-
do o tratamento com rip. A infeco pode ter se dado pela ingesto do
bacilo.
P74 - ISQUEMIA DE CECO ASSOCIADO AO USO DE DRO-
GAS ILCITAS - RELATO DE CASO
ROMAGNOLO,L.G.C, BOLZAM-NASCIMENTO,R., FONTENELLI,
T.L.M., GUSMO,C.C., NIELSEN FILHO,R., OLIVEIRA,L.F.,
PEDRO,M.J., COSTA,I.L.
1. SCL, Santa Casa de Limeira
Introduo: a isquemia um distrbio comum no intestino grosso do
idoso, sendo a forma mais comum de leso isqumica do trato
gastrointestinal. Entretanto, a necrose isqumica isolada do ceco
uma situao rara, com poucas referncias na literatura mdica e, mais
comumente associada a fatores como embolia ou trombose da artria
ileoclica, arteriosclerose, desidratao, iam, sepse, doena cardaca
grave; febre reumtica, vasculite, reaes medicamentosas, doena
falciforme, coagulopatias, neutropenia, diabetes mellitus, embolizao
teraputica da artria ileoclica, perodo ps-parto e outras causas
capazes de ocasionar diminuio do fluxo sanguneo na regio ileocecal
podendo esta isquemia ocorrer em qualquer faixa etria, sem prefern-
cia sexual ou racial. Objetivos: relatar um caso de trauma abdominal
fechado que apresenta uma isquemia de ceco relacionada ao uso de
drogas ilcitas. Relato de caso:blp, 19 anos, masculino, branco,com
histria de politrauma h 48h e uso de drogas ilcitas com queixa de dor
em flanco e fossa ilaca direita. Ao exame: vias areas prvias, presen-
a de escoriaes difusas em dorso e membros inferiores, dispnico e
com sat o2: 80% em ar ambiente, descorado ++/4, desidratado +++/4,
aciantico, anictrico, fc: 128 bpm, pa: 120/90mmhg. Ar:murmrio
vesicular reduzido em bases , estertores crepitantes presentes em base
e tero mdio bilateralmente. Abd: plano, tenso, doloroso palpao
profunda em hemi-abdome direito, descompresso brusca positiva com
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rudos hidroareos reduzidos. Neuro: paciente confuso, glasgow 13
,pupilas isocricas e fotorreagentes. Exames laboratoriais:hb: 13,2g/
dl, ht: 40,5 . Ct abdome total e trax: derrame pleural direita,
consolidao bilateral em bases, lquido livre intra-abdominal em mo-
derada quantidade, lacerao de plo renal esquerda e ascite. Ct
crnio: sem alteraes. Paciente apresenta instabilidade hemodinmica
e indicado laparotomia exploradora. Intra-operatrio: achado de
necrose isqumica isolada do ceco tendo sido realizada ileotiflectomia
com ileodescendenteanastomose primria. Concluses: a isquemia de
ceco uma entidade rara,porm quando associada ao uso de drogas e
concomitante a um trauma abdominal fechado, torna o diagnstico
diferencial cada vez mais complicado. Desta forma a relevncia deste
relato de caso que demonstra os diagnsticos diferenciais de trauma
abdominal fechado versus abdome agudo vascular.
P75 - METSTASE APENDICULAR COMO COMPLICAO
DE CORDOMA SACROCOCCIGEANO
LEITE, S.M.O, BRAGA, A.C.G, LIMA-JR, A.C.B, FARIA, F.F, OLI-
VEIRA, R.G, RODRIGUES, F.R, GOMES DA CRUZ, G.A
1. SCBH, Santa Casa Belo Horizonte
Introduo: cordomas so raros tumores malignos sseos de baixo
grau originrios dos remanescentes primitivos da notocorda, que
ocorrem, sobretudo, nas regies sacrococcgea e base do crnio, no
havendo na literatura descrio de metstase para o apndice. Caso:
paciente cbr, 40 anos, masculino, com lombalgia intensa, tendo a ct
de coluna lombar identificado uma massa sacral infiltrativa, com
destruio de s2-s3, s4-s5. O exame histopatolgico da massa
ressecada em 2000 revelou tratar-se de um cordoma sacral. Evoluiu
com diversas recidivas tumorais, sendo submetido a novas interven-
es cirrgicas. No exame atual apresentava dor e tumor palpvel na
regio gltea esquerda, tendo a mri revelado um tumor com 12 cm
na fie e outro tumor com 6 cm invadindo o msculo piriforme
direito. Foi ressecado tumor retroperitoneal, feitas enterectomia e
apendicectomia, alm de um bypass da ilaca comum com ilaca
externa esquerda. O paciente evoluiu bem. O ehp constatou prolife-
rao de clulas globosas com citoplasma vacuolizado (clulas
fisalferas) e ncleos vesiculosos, compatvel com cordoma de apn-
dice cecal. Discusso: cordomas representam 1 a 4% dos tumores
sseos, originados dos remanescentes primitivos da notocorda, sen-
do exclusivos do esqueleto axial. Mais de 50% dos cordomas origina-
se na rea sacrococcgea, 30% na base do crnio e o restante nos
corpos vertebrais. Os sintomas de apresentao so lombalgia, perda
da sensibilidade e dor perineal. Metstases soem acontecer nos pul-
mes, fgado, ossos, pele e linfonodos, no havendo registro de
acometimento apendicular cecal. O diagnstico pode ser confirma-
do pela tc, mri e rie, selando o diagnstico o ehp e a ihq para as
citoqueratinas. Tratamento: a resseco cirrgica com margens
amplas, sendo que associaes de rt e cirurgia aumentam o tempo
livre de doena e as taxas de sobrevida. Os ndices de recorrncia e
mortalidade para o cordoma so elevados. Concluso: so tumores
sseos raros, com prognstico reservado, com abordagem cirrgica e
por rt agressivos; no h tratamento padro para metstases. No h
registros de cordomas com metstase para o apndice, devendo ser
este o primeiro caso registrado.
P76 - RELATO DE CASO: TUMOR PRIMRIO EM INTESTINO
DELGADO 10 ANOS APS AMPUTAO ABDOMINOPERINEAL
POR NEOPLASIA DE RETO INFERIOR
CUNHA, PDP, SILVA, AAM, SOUZA, ELQ, CODES, LMG,
BACELLAR, MS, ZARO FILHO, EM
1. HSR, Servio de Coloproctologia do Hospital So Rafael
Introduo: o cncer de intestino delgado raro, correspondendo a
2,4% das malignidades gastrointestinais. Os adenocarcinomas
correspondem a 25% destes casos. Usualmente so diagnosticados em
estdio avanado, pois os sintomas geralmente so inespecficos. Existe
uma associao elevada entre cncer de intestino delgado e outros
tumores malignos. Vinte e nove por cento so associados com cncer
do clon, reto ou ambos. Relato de caso: paciente de 70 anos, mascu-
lino, com histria de dor abdominal h 1,5 anos, difusa, tipo clica, de
leve a moderada intensidade, associado esporadicamente a vmitos,
principalmente ps-alimentares. Nos ltimos 6 meses esse quadro
tornou-se dirio e incapacitante, com perda ponderal de 10% do peso
corporal total. Relata nesse perodo 3 episdios de internao hospi-
talar por dor de forte intensidade associado a vmitos e parada de
eliminao de flatos e fezes. Foi submetido cirurgia de amputao
abdominoperineal por adenocarcinoma de reto inferior a 10 anos.
Realizou naquele perodo terapia adjuvante (quimioterapia e radiote-
rapia). A ressonncia nuclear magntica de pelve no evidenciou sinais
de recidiva plvica. Colonoscopia e trnsito de delgado no mostra-
ram leses obstrutivas. O paciente foi submetido laparotomia explo-
radora por suspeita de aderncias, com evidncia no intra-operatrio
de leso estenosante em leo, a 80 cm da vlvula leo-cecal, com
distenso moderada de intestino delgado a montante e adenomegalia
mesentrica regional. Foi realizado enterectomia com entero-
enteroanastomose trmino-terminal e linfadenectomia. O
anatomopatolgico evidenciou adenocarcinoma de intestino delgado
com metstase em um linfonodo e margens cirrgicas livres. O paci-
ente encontra-se em acompanhamento ambulatorial no 3 ms de
ps-operatrio, sem queixas e realizando seguimento oncolgico.
Concluso: o cncer de intestino delgado uma patologia rara e de
difcil diagnstico. No caso apresentado nenhum exame foi capaz de
diagnostic-lo, sendo a opo teraputica por laparotomia explorado-
ra decisiva para este fim.
P77 - RELATO DE CASO: FECHAMENTO ESPONTNEO DE
COLOSTOMIA
SILVA, AAM, CUNHA, PDP, SOUZA, ELQ, CODES, LMG,
BACELLAR, MS, ZARO FILHO, EM
1. HSR, Servio de Coloproctologia do Hospital So Rafael
Introduo: a colostomia em ala um procedimento seguro e efetivo
para a derivao do trnsito intestinal sendo utilizada em diversas
condies podendo ser medida isolada no tratamento das leses retais
extraperitoneais por trauma. H divergncia nos estudos em de-
monstrar a derivao completa, porm comparaes entre ostomias
em ala e terminais mostram mesma taxa de sucesso teraputico. A
falha na adequada derivao est associada falha tcnica, principal-
mente retrao da ostomia. Relato de caso: paciente de 42 anos,
masculino, com relato de perfurao por arma de fogo em regio
gltea com leso em reto extraperitoneal h 9 meses. Foi submetido
laparotomia exploradora, sendo realizado colostomia em ala para
derivao do trnsito intestinal. Relata que no 2 ms de ps-opera-
trio comeou a apresentar dejees pelo nus e que desde ento
houve reduo gradativa da eliminao do contedo intestinal pela
colostomia, com retrao da mesma, no sendo necessrio o uso da
bolsa de karaya h 1 ms. Relata sada espordica de fezes e gs em
pequena quantidade pelo orifcio remanescente. Ao exame apresen-
tava abdome plano, flcido e indolor, com presena de cicatriz cirr-
gica mediana e de orificio fistuloso com retrao da pele em fie. A
colonoscopia evidenciou em sigmide rea com retrao e tecido de
granulao que por transiluminao estava localizada em regio da
colostomia, no sendo possvel a progresso do aparelho devido a
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fixao e angulao acentuada da regio. O enema opaco mostrou
trnsito clico retrgrado sem obstculos do reto ao ceco opacificando
todo o intestino grosso e com um aspecto de irregularidade parietal
com discreta reduo do calibre no stio da colostomia. Indicado
interveno cirrgica para correo do trajeto fistuloso. Realizado
inciso elptica em regio da ostomia prvia (cicatriz cirrgica),
envolvendo o trajeto fistuloso, at mobilizao do segmento do
clon. Realizado seco segmentar englobando o trajeto fistuloso,
com anastomose colnica trmino-terminal. Paciente evoluiu no
ps-operatrio sem intercorrncias. Foi introduzido dieta lquida
restrita no ps-operatrio imediato, com boa aceitao e evoluo
gradativa. Recebeu alta no 3dpo. Concluso: a falha na derivao
deste caso est diretamente relacionado a complicao da estoma
por retrao da mesma. Optado pela correo cirrgica da fstula
remanescente como medida teraputica.
P78 - RELATO DE CASO: PERFURAO INTESTINAL SECUN-
DRIA A VOLVO DE CECO
CUNHA, PDP, SILVA, AAM, ARAJO, NAL, SOUZA, ELQ, CODES,
LMG, BACELLAR, MS, ZARO FILHO, EM
1. HSR, Servio de Coloproctologia do Hospital So Rafael
Introduo: o volvo de ceco uma condio clnica infreqente e uma
causa incomum de obstruo intestinal. Pacientes com esta condio
podem-se apresentar com uma vasta variao de apresentaes clni-
cas, desde dor abdominal leve at quadro de ocluso intestinal associ-
ada sepse. Relato de caso: paciente de 69 anos, masculino, admitido
por trauma raquimedular secundrio a queda de altura de 4 metros,
sendo submetido a artrodese de coluna t11-t12, via posterior. Evoluiu,
no 4 dpo da cirurgia ortopdica, com dor abdominal difusa, de leve
intensidade, sem fatores desencadeantes ou de piora, aceitando bem a
dieta branda via oral, sem nuseas ou vmitos, com distenso abdomi-
nal e parada de eliminao de flatos e fezes (ritmo intestinal prvio
normal). Aps uso de fleet enema com retorno de dejees pastosas,
apresentou resoluo total da queixa lgica e parcial da distenso abdo-
minal. Evoluiu, em 24 horas, com piora da distenso abdominal e
recidiva de dor abdominal leve, apresentando 01 episdio de vmito
escurecido em grande volume, com caracterstica de lquido de estase,
com melhora da queixa lgica aps o vmito. Realizadas rx simples de
abdome e tc de abdome que evidenciaram, respectivamente, distenso
de alas intestinais por gs e lquido e pneumoperitnio. Paciente
submetido a laparotomia exploradora, com evidncia no intra-opera-
trio de volvo de ceco com perfurao do mesmo. Realizada colectomia
parcial direita, com leo-transverso anastomose. O paciente encon-
tra-se no 1 ms de ps-operatrio, ainda em internamento hospita-
lar, aceitando dieta branda, sem queixas. Concluso: a ocorrncia de
volvo de ceco rara e necrose intestinal com conseqente perfurao
pode ser uma seqela aguda, quando no tratado adequadamente. A
interveno cirrgica imperativa para um adequado tratamento.
P79 - PPH NO TRATAMENTO DA RETOCELE
REIS NETO, REIS JNIOR, ODORINO KAGOHARA, JOAQUIM
SIMES, SRGIO BANCI, LUCIANE HIANE, DANIELE SAITO
1. CRN, Clnica Reis Neto
Pph no tratamento da Retocele reis Neto Ja; Reis Jnior Ja; Kagohara
Oh; Neto Js; Banci So; Oliveira Lh E Anjos Ds. Clinica Reis Neto -
Campinas / Sp Introduo: a retocele definida como um abaulamento
da parede retal anterior maior que 3 cm durante o esforo evacuatrio
tendo como principal sintoma a constipao intestinal e bloqueio
defecatrio, associado dor retal, reteno em bolsa fecal e necessida-
de de manobras digitais para efetuar a evacuao. Dentre os tratamen-
tos cirrgicos propostos, a tcnica starr (stapled transanal rectal
resection procedure) vem apresentando bons resultados, corrigindo a
anormalidade anatmica da retocele atravs da resseco de espessura
total da parede anterior do reto baixo, utilizando-se o aparelho de pph
a exemplo da tcnica proposta por longo para o tratamento da doena
hemorroidria. Objetivo: avaliar os resultados ps-operatrios em
pacientes com diagnstico de retocele e bloqueio defecatrio submeti-
das a tratamento cirrgico com a tcnica starr. Mtodos: avaliao de
26 pacientes do sexo feminino, acompanhadas na clnica reis neto,
com diagnstico de retocele e bloqueio defecatrio, apresentando sin-
tomas h mais de seis meses e sem resposta terapia instituda, subme-
tidas a tratamento cirrgico com a tcnica starr no perodo de janeiro
de 2006 a junho de 2009. Foram excludas as pacientes com inconti-
nncia fecal, enterocele, mega reto, prolapso genital ou cistocele.
Avaliou-se o grau de constipao pr e ps operatrios atravs do
score de constipao de wexner (cleveland clinic), alm dos seguintes
dados: dor ps-operatria, complicaes precoces e tardias, tempo
operatrio, grau de satisfao da paciente. Resultados: um total de 14
pacientes com idade mdia de 54,2 anos, acompanhadas por um per-
odo mdio de 21. 8 meses, no apresentaram complicaes precoces
e nem complicaes tardias. Score mdio de constipao no pr-
operatrio de 9. 4 e no ps-operatrio de 4 (score vaiando de 0 a 30).
90% das pacientes definiram como ruim ou muito ruim a qualidade de
vida antes da cirurgia e 60% definiram como boa ou tima a qualidade
de vida aps a cirurgia. Concluses: a tcnica starr para o tratamento
cirrgico da retocele apresentou resultados satisfatrios representados
pela melhora dos sintomas de constipao, alto grau de satisfao das
pacientes e baixos ndices de complicaes.
P80 - RELATO DE CASO - COMPLICAES INTESTINAIS
NA SNDROME DE EHLERS-DANLOS
REIS NETO, REIS JNIOR, ODORINO KAGOHARA, JOAQUIM
SIMES, SRGIO BANCI, LUCIANE HIANE, DANIELE SAITO
1. CRN, Clnica Reis Neto
Relato de caso - complicaes intestinais na sndrome de ehlers-danlos
reis neto ja, reis jnior ja, neto js, kagohara oh, banci so, oliveira lh e
anjos ds. Clnica reis neto - campinas / sp Introduo: a sndrome de
ehlers-danlos uma doena de etiologia ainda desconhecida e associa-
se a um defeito gentico do colgeno e alteraes na sntese e estrutura
do tecido conjuntivo. Incidncia aproximada de 1:5000. O tipo vascular
herdado de forma autossmica dominante, sendo a forma mais
grave, resultando de mutaes no gene do pr-colgeno iii (col3a1).
Objetivo: relatar ocorrncia de complicaes intestinais da sndrome.
Mtodos: estudou-se o caso de uma paciente, sexo feminino, 54 anos,
com queixa de desconforto abdominal de longa data, j tendo sido
submetida a uma laparoscopia diagnstica branca. Histria de acidente
vascular cerebral h 14 anos, tireoidite auto-imune. Colonoscopia
evidenciou presena de vrias lceras em retossigmide. Resultados:
foi estabelecido o diagnstico de sndrome de ehlers-danlos do tipo
vascular, com base em critrios clnicos. A presena de pelo menos 2
critrios maiores altamente indicativa do diagnstico, com alta
especificidade, sendo, neste caso, aconselhada a realizao de testes
bioqumicos ou genticos para confirmao. Neste caso verificou-se a
existncia de trs critrios maiores: pele fina e translcida, ruptura ou
fragilidade arterial/intestinal e equimoses fceis e extensas, associada
a 3 critrios menores: hipermobilidade de pequenas articulaes, p
eqino-varus e varizes precoces. Concluses: no existe um tratamen-
to especfico, sendo a interveno mdica limitada ao tratamento
sintomtico, medidas de precauo e aconselhamento gentico. A pr-
tica de esportes de contato e de exerccios fsicos est contra-indicada.
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H benefcio na suplementao de vitamina c, co-fator na sntese de
colgeno. Indica-se avaliao cardiolgica rotineira. A gravidez deve
ser encarada como de alto risco. Evitar frmacos que interfiram com
a coagulao. Desencorajar cirurgias eletivas. A paciente est nesse
momento assintomtica em acompanhamento mdico e psicoterpico
no servio.
P81 - RELATO DE CASO: DOENA DE PAGET EXTRAMA-
MRIA, UMA RARA DOENA
FERREIRA JNIOR, M, AMORIM CR, SOUZA VCT, MIRANDA
EM, TIBRZIO NB, PARESOTO JCR
1. UNIVS, Universidade do Vale do Sapuca
Introduo: a doena de paget extramamria constitui-se uma pato-
logia rara. Existe uma estreita correlao com carcinoma anorretal
quando a doena perianal. Tambm est associada a malignidades
internas e mau prognstico. Os autores relatam o caso de doena de
paget extramamria em regio perneal, em uma mulher leucoderma
de 91 anos, que apresentava uma leso de aproximadamente 8 cm de
dimetro, hiperpigmentada e pruriginosa, leso esta que aumentou
de tamanho e que vinha apresentando mnimo sangramento. Os
exames de estadiamento foram normais, sem evidncia de metstases.
O exame antomo-patolgico da leso revelou aspecto compatvel
com doena de paget extramamria. A conduta ento foi a exciso
ampliada da leso sem a necessidade de enxertia de pele. So discuti-
dos os aspectos referentes epidemiologia, patologia, prognstico e
tratamento desta doena. Objetivo: relatar o caso de doena de paget
extramamria em paciente idosa, submetida bipsia incisional,
anlise anatmo-patolgica, resseco da leso e posterior acompa-
nhamento ambulatorial. Mtodos: anlise retrospectiva de relato de
caso. Resultado: no caso em questo foi optado pela bipsia incisional
e enviado material para anlise antomopatolgica, onde observou-
se papilomatose, acantose, hiperceratose e produo aumentada de
muco e ncleos pleomrficos. No observou neoplasia subjacente ao
epitlio. Realizou-se ento a resseco total da leso com sntese
primria. No houve recidiva da doena. Cicatriz cirrgica em timo
aspecto. Concluso: quanto ao diagnstico diferencial deve-se insis-
tir sobre a dificuldade da distino com o melanocarcinoma superfi-
cial, dificuldade j presente no paget mamrio e mais acentuada, no
extramamrio. A presena de mucopolissacrides evidenciada pelas
reaes positivas ao pas e ao azul de alcian , no entanto, mais
freqente e visualizada, nos casos de paget extramamrio. A aborda-
gem cirrgica precoce, juntamente com a anlise antomo-patolgi-
ca da leso, so fatores determinantes para a conduo segura e
positiva dos casos de doena de paget extramamria localizadas em
regio perianal.
P82 - FITOBEZOAR ASSOCIADO A ENDOMETRIOSE INTES-
TINAL: UMA RARA CAUSA DE OBSTRUO INTESTINAL
FERREIRA JNIOR, M, SOUZA, VCT, MIRANDA, EM, AMORIM,
CR, CASTRO FILHO, D, TIBRZIO, NB, PARESOTO, JCR
1. UNIVS, Universidade do Vale do Sapuca
Introduo: a endometriose uma desordem ginecolgica frequente,
crnica, benigna, dependente de estrgenos, associado infertilidade e
dor plvica. Caracteriza-se pela presena de tecido endometrial em
localizao extra-uterina. A presena de endometriose no leo termi-
nal uma causa pouco freqente de obstruo intestinal, que ocorre
em 7% a 23% de todos os casos com comprometimento intestinal.
Como o prprio nome indica, fitobezoar consiste em material fibroso
originado de vegetais, frutas e sementes. Estes elementos se acumulam
originando um conglomerado de material no digerido e podem levar
obstruo intestinal, que representa uma grande complicao destas
formaes. Os autores apresentam um caso de obstruo intestinal
secundria coexistncia de duas destas raras entidades clnicas:
endometriose intestinal e fitobezoar. Objetivos: relatar o caso de uma
paciente, que apresentou quadro de obstruo intestinal devido
presena de endometriose e fitobezoar, assim como o diagnstico,
tratamento e acompanhamento da paciente em ps-operatrio.
Mtodos: anlise retrospectiva de relato de caso. Resultados: indi-
cou-se laparotomia exploradora, onde foi observada distenso de
alas de intestino delgado, obstruo de vlvula ileocecal por corpo
estranho. Foi realizada remoo de fitobezoar intraluminal que era
composto de fibras de ctricos, fibras de manga e muitas sementes de
mamo. Aps minucioso estudo das alas intestinais observou-se
uma estenose em vlvula ileocecal, optou-se por colectomia de seg-
mento leocecal com anastomose leo-ascendente termino-termi-
nal. A paciente evoluiu de forma satisfatria no ps-operatrio rece-
bendo alta hospitalar trs dias aps a cirurgia. O exame
antomopatolgico do segmento ressecado revelou tecido
endometriide em submucosa e tnica muscular de leo terminal e
vlvula ileocecal, estabelecendo o diagnstico de endometriose in-
testinal. Concluses: as duas entidades clnicas citadas no presente
trabalho so de difcil grau de suspeio no cenrio da obstruo
intestinal. Logo, so poucos os diagnsticos feitos no pr-operat-
rio, sendo a maioria dos mesmos realizados durante o ato cirrgico.
Diante de um abdome agudo obstrutivo, devemos sempre ter em
mente as causas comuns de sua ocorrncia e tambm orientar a
propedutica e o diagnstico diferencial para causas incomuns sejam
de forma isolada ou at mesmo em associao com outras patologi-
as, como o ocorrido no caso descrito pelos autores.
P83 - TTULO: VOLVULO DE COLO TRANSVERSO RELA-
TO DE CASO
VIDAL, R.S.R., GIL, M.V.F., FURHMANN NETO, M., CORREA
NETO, I.J.F., RATDKE, M.C., GARCIA, A.C.A.B., HADDAD, G.F.,
ROBLES, L.
1. HSM-SP, Hospital Santa Marcelina - Itaquera
Introduo: relato de caso clinico raro ocorrido em nosso servio,
com descrio da conduta realizada e reviso bibliogrfica. Objetivo:
sexo feminino, 21anos, admitida no ps com dor abdominal tipo clica
difusa h 12hs, sem fatores de melhora ou piora e sem irradiao. Fc:
102bpm, hipotenso (80x50mmhg), descorada ++/4+, abdomem
distendido doloroso palpao difusamente, db + difuso. Toque vagi-
nal: colo do tero imprvio com dor a palpao em fundo de saco
(grito de douglas). Usg abdomem total demonstrou massa heterognea
anexial a direita com lquido livre em grande quantidade. Hb- 9,6; ht-
28,0. Culdocentese: negativa. Indicado laparotomia exploradora pela
equipe da ginecologia. Resultados: solicitado auxlio equipe da cirur-
gia geral por no haver comprometimento do tero e estruturas
anexiais. Equipe cirurgica ampliou a inciso diagnosticando volvulo de
colo transverso com infarto hemorrgico do mesmo. Submetido a
transversectomia com anastomose primria manual e apendicectomia
ttica. Paciente evoluiu no 3 dia de pos operatrio com abdomem
agudo obstrutivo, sendo submetida a nova laparotomia exploaradora
com diagnstico de hrnia interna atravs do mesocolon. Realizado
reduo do contedo hernirio e ressutura do mesocolo. Paciente evo-
luiu bem com alta no 7 ps operatrio da reoperao. Concluso: o
volvulo do colo transverso uma afeco rara, pouco reportada na
literatura e de difcil diagnstico, sendo seu tratamento exclusivamen-
te cirurgico. imperioso o diagnstico precoce para o bom progns-
tico do paciente.
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Setembro, 2009
P84 - OBSTRUO INTESTINAL POR ENDOMETRIOSE IN-
TESTINAL PROFUNDA RELATO DE CASO
NIGRO R, MORY EK, CORDEIRO A
1. HMSC, Hospital e Maternidade So Camilo
Introduo: a endometriose intestinal profunda apresenta um grande
espectro de sintomas. Em geral, leses pequenas causam nenhuma ou
mnima sintomatologia e leses maiores podem causar dor, alteraes
da motilidade intestinal (diarria, constipao e flatulncia) e, mais
raramente, sangramento intestinal. A ocorrncia de quadros obstrutivos
envolvendo o colon rara e correspond a menos de 1% dos casos.
Objetivo: relatar o caso de obstruo intestinal por endometriose
intestinal profunda. Relato de caso: paciente aot, 32 anos, branca,
procurou o servio de emergncia com queixa de dor e distenso abdo-
minal progressiva h 15 dias, com piora nas ltimas 48 horas. Referia
ainda parada de eliminao de fezes e flatus, alm de vmitos. A
avaliao inicial demonstrava abdmen distendido e doloroso
difusamente com a presena de leso estenosante de aspecto no
infiltrativo em reto distal ao toque. A realizao do toque retal promo-
veu alvio parcial com sada de flatus e fezes em moderada quantidade.
Exames radiolgicos iniciais demonstravam grande distenso de alas
de colon e delgado com parada em reto distal. Colonoscopia mostrava
leso subestenosante em reto proximal com mucosa edemaciada e sem
aspecto infiltrativo, sugestivo de compresso extrnseca ou
endometriose. Paciente apresentava queixa de dor plvica recorrente
em investigao, reforando a hiptese diagnstica de endometriose.
Submetida, ento, a retossigmoidectomia com reconstruo primria
associada a resseco da parede vaginal posterior. Anlise antomo-
patolgica da pea cirrgica revelou endometriose agressiva de padro
misto e endometriose de padro estromal no fragmento vaginal resse-
cado. Evoluiu com deiscncia quase completa da anastomose no 3 po,
sendo optado por ostomia protetora e sepultamento do segmento
distal. Apresentou a seguir sepse grave, sendo diagnosticado e drenado
abscesso plvico. Mantida em suporte clinico avanado com
antibioticoterapia evolui com melhora, recebendo alta no 36 po.
Concluso: a incidncia da endometriose intestinal relatada na litera-
tura varivel, atingindo at 36% das pacientes portadoras de
endometriose. Casos de obstruo intestinal por focos de endometriose
so raros, porm podem representar o primeiro sintoma da
endometriose intestinal. Apesar de controversa, a resseco de leses
intestinais assintomticas poderia evitar casos como o relatado.
P85 - ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO SECUNDRIO A VOL-
VO DE CECO
ARSIE, D.A., PAESE, A., RODRIGUES, E.A., MOTA, C.C.,
SANDOVAL, E.G.B., DAINEZI, M.A.
1. FCSCF, Fundao Civil Santa Casa de Franca
Introduo: paciente de 85 anos, acamada, portadora de doena de
alzheimer, deu entrada no pronto socorro apresentando queixa de
distenso e dor abdominal difusa associada a parada de eliminao de
gases e fezes h 3 dias. Ao exame fsico notava-se disteno e
timpanismo abdominal difuso, dor palpao superficial difusa e mas-
sa palpvel em mesogstrio. Tentado tratamento clnico com jejum,
hidratao, sng e sonda retal aberta em drenagem e clister glicerinado
via retal por 2 dias sem sucesso, foi submetida a laparotomia explora-
dora que evidenciou volvo de ceco com necrose. Objetivo: mostrar
que o volvo de ceco deve estar entre os diagnsticos diferenciais de
obstruo intestinal. Mtodo: relato do caso da paciente lps de 85
anos, sendo realizado exame clinico e fsico, laparotomia exploradora
com resseco intestinal (ileocolectomia), anastomose ileocolica com
colon ascendente e ileostomia protetora em ala . Resultado: paciente
evoluiu satisfatoriamente recebendo alta hospitalar no stimo po.
Concluses: portanto o volvo de ceco deve ser lembrado entre os
diagnsticos diferenciais de obstruo intestinal.
P86 - RADIAO INTERNA DO FGADO COMO TRATAMEN-
TO PROFILTICO EM MODELO DE CNCER DE CLON
COM METSTASES HEPTICAS
MORIOKA, C.Y.2, PEREIRA FILHO, D.S.4, TAZAWA, K.1, ARAI,
H.1, SAKAMOTO, T.1, COSTA, F.P.3, MACHADO, M.C.C.2
1. TU, Toyama University2. USP, Universidade de So Paulo3. HSL,
Hospital Srio Libans4. UNIVASF, Universidade do Vale do Rio So
Francisco
Introduo: radioterapia interna ou externa tem sido bem estabelecida
no tratamento de vrias malignidades. H um pequeno sucesso em
controlar metstases hepticas. Quando h uma alta probabilidade de
se ter metstases hepticas de cncer de clon, terapia profiltica,
aps resseco tumoral parece ser apropriada para prevenir o desen-
volvimento de focos de metstases. Objetivo: avaliar a resposta
radioterapia interna em um modelo experimental usando hepatoma
com ascite para simular metstases hepticas. Mtodos: estudar a
captao de microesferas de resina marcadas com 31-p (mrm) em
ratos. Ratos donryu foram utilizados. Clulas de ascites de hepatoma
ah60c foram inoculadas intraportalmente. Animais foram divididos
em: 1. Controle positivo (n=35), 2. Mrm 4 dias antes da inoculao
(n=42), 3. Mrm no mesmo tempo da inoculao tumoral (n=38), 4.
Mrm aps inoculao (n=12), 5. Apenas mrm (n=11). Nos dia 4 e dia
48 aps a injeo, 4 animais com injeo intra tumoral foram radio-
grafadas para estudar a distribuio das microsferas dentro do rgo.
Follow up foi realizado. Tempo de sobrevida foi estudado at 60 dias.
Necrpsia foi realizada. Resultados: a distribuio das microesferas
dentro do fgado utilizando o mtodo da veia porta foi homognea. A
porcentagem de radioatividade no tecido no dia 4 aps a injeo
mostrou 81,6% dentro do fgado, 0,11% na perna, e 0,04% nos rins,
0,02% nos pulmes e 0,01% no bao. Estes nveis foram mantidos
nos animais no dia 48. Portanto, eles demonstraram a maior taxa de
captao no fgado quando comparada com outros rgos. Taxa de
sobrevida aps 60 dias foram 2,9%, 40%, 23,8%, 0%, 0% nos grupos
1,2,3,4 e 5, respectivamente. Concluses: : este estudo sugere que o
tratamento com microesferas de resina radioativas mostraram ser
efetivas como tratamento profiltico de metstases intra hepticas.
No entanto, outros estudos so necessrios.
P87 - LINFOMA NAO-HODKIN METASTTICO PRIMRIO
DE LEO - RELATO DE CASO
MADARAS, E.J., MAXIMIANO, L.F., CARVALHO, L.Z.M., AZE-
VEDO, B.C., BROCHADO, M.C.R.T., PINHEIRO, D.V., BORBA,
M.R.
1. FMUSP, Faculdade de Medicina da USP
Paciente de 60 anos, feminina, h quatro meses com queixa de dor
abdominal, obstipao e emagrecimento, que se intensificaram no
ltimo ms, evoluindo com anorexia e vmitos. Antecedentes de hi-
pertenso arterial sistmica e asma leve. Ao exame apresentava-se em
mau estado geral, emagrecida, com abdome levemente distendido e
massa palpvel em fossa ilaca direita, fixa e endurecida. Realizou
ultrassonografia de abdome que evidenciou mltiplos ndulos
hipoecogencios hepticos e formao heterognea de 12 cm em fossa
ilaca direita. Em seguida foi submetida a ressonncia nuclear magn-
tica (rnm)que evidenciou linfonodomegalias paratraqueais bilaterais,
subaortica, para-artica e subcarinal e discreto derrame pleural a direi-
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ta. Na rnm de abdome foi observada leso expansiva e infiltrativa na
parede do leo terminal com extenso at vlvula leo-cecal e ceco,
com borramento da gordura adjacente, podendo representar extenso
transmural. Ainda destacado realce difuso da superfcie peritoneal e
grande omento, com mltiplos implantes na superfcie heptica com-
patveis com carcinomatose peritoneal e ascite, alm de
linfonodomegalia mesentrica e retroperitoneal. tero e anexos com
morfologia preservada. Realizou colonoscopia que observou leso
obstrutiva protruindo a vlvula leo-cecal em direo ao ceco,
estenosante. Foram vistas e biopsiadas leses polipides em ceco,
transverso e descendente, cujo antomo-patolgico revelou tratar-se
de adenoma tubular com atipia leve e hiperplasia reacional de folculos
linfides. Foi submetida a laparotomia exploradora cujo inventario
revelou espessamento e infiltrao de grande omento, mltiplos im-
plantes peritoneais e em delgado, espessamento e infiltrao do
mesentrio com linfonodomegalia palpvel, leses nodulares mlti-
plas no fgado com aspecto de leses secundrias, massa de aspecto
infiltrativo em regio de ceco e leo terminal sem possibilidade de
mobilizao, pelve com aspecto infiltrativo com mltiplos implan-
tes. Optado pela realizao de ileostomia, realizadas biopsias das le-
ses e colhida citologia onctica do liquido asctico. O antomo-
patolgico final revelou liquido asctico com linfocitose atpica e as
leses, aps serem submetidas a imunohistoqumica, revelaram-se com-
patveis com linfoma no hodgkin tipo b , cd-10 positivo.
P88 - ANORMALIDADES DE ROTAO INTESTINAL COMO
MANIFESTAO AGUDA NO ADULTO: RELATO DE CASO
SANTOS, V.M.L., OTOCH, J.P., AGUIAR, T., PINHEIRO, D.V.,
AZEVEDO, B.C., CARVALHO, L.Z.M., BARROS, M.S.V., REINA,
J.H.N.
1. FMUSP, Faculdade de Medicina -USP
Introduo: anormalidades de rotao intestinal (ari) comumente se
apresentam no primeiro ms de vida. Raramente se manifestam na
idade adulta. Quando isso ocorre a apresentao pode ser aguda: isquemia
mesentrica ou volvo de ceco, ou crnica: dor abdominal vaga. H
ainda casos diagnosticados incidentalmente por ct abdome. Objetivos:
relatar um caso de anormalidade de rotao intestinal manifestada no
adulto, com discusso sobre epidemiologia, manifestaes clnicas,
mtodos diagnsticos e tratamento. Mtodos: relato de caso ari aten-
dido no pronto socorro do hospital universitrio da universidade de
so paulo, baseados em dados do pronturio do paciente e acompanha-
mento do caso em pronto socorro, centro-cirrgico e enfermaria.
Resultados: paciente masculino, 29 anos procura pronto socorro (ps),
com queixa de dor abdominal em hipogastro h 5 dias, acompanhado
de parada de eliminao de gases e fezes. H 1 dia nuseas e vmitos
fecalides. Nega febre. Refere h 2 anos dor abdominal leve e intermi-
tente em hipogastro, que nunca o levou a procurar atendimento mdi-
co. Perda de 17 kg em 6 meses. Nasceu a termo de parto normal. No
exame fsico apresentava-se em regular estado geral, emagrecido, co-
rado e desidratado. Fc= 108 bpm e pa=110x80 mmhg. Abdome
distendido, sem rudos hidroareos, doloroso palpao em andar
inferior, com defesa voluntria e sem dor a descompresso brusca.
Toque retal sem massas e com ampola retal vazia. Sem sangue em dedo
de luva. Realizado rx de abdome que mostra pouca distenso gasosa,
com sinal de empilhamento de moedas e presena de gs em ceco,
colon ascendente, colon descendente e sigmide. No foi visto colon
transverso. Hematcrito de 56%, 19800 leuccitos e cr=1,2mg/dl.
Laparotomia exploradora: ceco dilatado com 10cm de dimetro.
Acotovelamento em transio colon ascendente-transverso por ban-
da. Sigmide aderido ao ascendente. Ari: juno transverso-ascenden-
te no forma ngulo heptico- mais baixa, alas de delgado encon-
tram-se acima do conlon transverso e ngulo de treitz encontra-se a
direita da coluna vertebral, no havendo quarta poro duodenal. Des-
feitas aderncias e liberado ceco, colon ascendente e transverso. Rea-
lizada hemicolectomia direita e leo-transverso anastomose. Conclu-
ses: o diagnstico de ari com manifestao aguda no adulto de difcil
diagnstico podendo demandar para isso laparotomia exploradora.
Por ser evento raro demanda alto ndice de suspeio. O tratamento
continua a ser a cirurgia de ladd.
P89 - CORREO CIRRGICA DE DISTOPIA ANORRETAL
NA SNDROME DE MAYER-ROKITANSKY-KSTER-HAUSER
RELATO DE CASO
MAZURKIEWICZ, G., GONDIM, F., RIBEIRO, F., SENA, J. L.,
BAHIA, A., ALVES, V. L.
1. FAMED - UFBA, Faculdade de Medicina - Universidade Federal da
Bahia
A sndrome de mayer-rokitansky-kster-hauser ou agenesia vaginal ocorre
em 1 a cada 4. 000 nascidas vivas em nosso meio. Comumente tratada
pelo ginecologista, em algumas situaes especiais necessrio a inter-
veno conjunta com a equipe de coloproctologia. O objetivo deste
trabalho relatar o caso de um paciente de sexo feminino, 24 anos de
idade, com diagnstico clnico de sndrome de mayer-rokitansky-kster-
hauser h 2 anos. Referiu cirurgia perianal realizada durante a primeira
infncia. Ao exame fsico, exibia o canal anal em posio anmala,
situado onde deveria haver o intrito vaginal e rnm plvica evidenciava
preservao de toda musculatura do assoalho plvico. A paciente foi
submetida a cirurgia para reposicionamento do canal anal na pelve
(cirurgia de de vries - pea), e confeco de neo-vagina. Evoluiu no ps-
operatrio sem intercorrncias, necessitando de uso de molde vaginal
por perodo de 06 meses. Concluimos, portanto, que em casos
selecionados de sndrome de mayer-rokitansky-kster-hauser, pode ser
necessria o correo cirrgica da distopia anorretal associada, sendo a
cirurgia de devries - pea uma das tcnicas mais factveis para este fim.
P90 - TRATAMENTO CIRRGICO DA HIDRADENITE
SUPURATIVA - SRIE DE CASOS E REVISO DA LITERA-
TURA
GONDIM, F., MAZURKIEWICZ, G, RIBEIRO, F., AMARO, C., CE-
DRO, R., GALVO, N., ALVES, V. L.
1. FAMED - UFBA, Faculdade de Medicina - Universidade Federal da
Bahia
A hidradenite supurativa se constitui numa doena das glndulas
apcrinas de apresentao espordica em nosso meio, mais comum no
sexo masculino. necessrio a avaliao do coloproctologista, em
conjunto, em algumas situaes, com outros especialistas, para reali-
zao do tratamento adequado. Os autores relatam dois casos de
hidradenite supurativa, em duas pacientes do sexo feminino, de 28 e
49 anos, que apresentavam a doena h aproximadamente 15 anos
cada uma, levando a conseqncias desastrosas na vida ntima e suces-
sivas tentativas de antibioticoterapia, sem sucesso. Foi realizado o
desbridamento cirrgico extenso do stio da hidradenite supurativa em
ambas as pacientes, sem realizao de enxertia ou retalho miocutneo
local. As pacientes permaneceram internadas por um perodo de 4 dias
aps a cirurgia, para orientao do curativo, e evoluram com cicatri-
zao completa aps 3 meses de tratamento, no exibindo seqelas.
Conclui-se que a interveno cirrgica a principal forma de trata-
mento da hidradenite supurativa e deve ser realizada por profissional
habilitado, principalmente o coloproctologista, podendo haver a ne-
cessidade eventual de interveno por equipe de cirurgia plstica.
89
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Setembro, 2009
P91 - PSEUDOMIXOMA PERITONEAL: RELATO DE CASO
CURVO, EA, FARIA, MSM, FRIAA, AMV, DIEHL, DBA, MOURA,
DN, ADORNO FILHO, ET, ALCIO, NRM
1. UNIC, Universidade de Cuiab
Introduo: Os pseudomixomas peritoneais so tumores raros, com
incidncia de 1:1.000.000, caracterizados por ascite mucinosa de as-
pecto gelatinoso, envolvendo a superfcie peritoneal, omento e alas
intestinais, comumente esto associados a tumores benignos ou malig-
nos do apndice, ovrios ou clon. A disseminao ocorre pela ruptura
da leso com clulas neoplsicas liberando muco dentro da cavidade
abdominal, num processo conhecido como disseminao
adenomucinosa peritoneal. A produo de grande quantidade de mucina
acumula-se na cavidade abdominal e plvica podendo causar sintomas
obstrutivos. Objetivo: Relatar um caso de pseudomixoma peritoneal.
Casustica e Mtodo:Reviso de pronturio. Relato de Caso: J.R., 62
anos, masculino, tabagista, com queixas de diarria, vmitos, emagre-
cimento, febre, ictercia e distenso abdominal progressiva h 3 me-
ses. Ao exame abdominal massa palpvel em hipogastro, com 10 cm
de dimetro, endurecida, dolorosa e pouco mvel. Exames laboratoriais:
leucocitose importante, elevao das bilirrubinas e fosfatase alcalina.
USG evidenciando formao heterogeneamente hipoecica,
encapsulada em hipogastro e pequena ascite. TC de abdome com leso
tumoral cstica encapsulada em regio infra-umbilical e ascite modera-
da. Cistoscopia: sem evidncias tumorais. Submetido laparotomia
exploradora evidenciando material mucinoso septado impregnando
epplon, cpsula heptica, diafragma e mesoclon do sigmide, com
invaso de retroperitneo e leses vegetantes em parede vesical ex-
terna. Aps resseco de leses, o material foi enviado para avaliao
antomo-patolgica que mostrou tratar-se de um adenocarcinoma
mucinoso e mucina em cavidade abdominal. Lquido asctico de con-
tedo mucinoso, cianoflico, com ausncia de representao epitelial.
Imunohistoqumica: CK-7, RE, RP, CA125 negativos. Avaliao
colonoscpica realizada no ps operatrio evidenciou diverticulose
de clon e hemorridas, sem evidncias de comprometimento
neoplsico. Segue em acompanhamento oncolgico ambulatorial, no
3ciclo de quimioterapia sistmica com 5-fluoracil e leucovorin. Con-
cluso: O diagnstico correto e um tratamento adequado so funda-
mentais para uma boa evoluo, bem como, para evitar o desenvolvi-
mento das complicaes. Devido gravidade da doena e da cirurgia
ser sempre paliativa, com reintervenes freqentes, deve-se evitar
grandes resseces que comprometam a qualidade de vida do paciente.
P92 - RELATO DE CASO: CONFECO DE NEOVAGINA
COM SIGMIDE APS GENITOPLASTIA FEMINILIZANTE
DIAS, A.R., GONDIM, A.C.N., DNES, F.T., NAHAS, S.C.
1. USP, Universidade de So Paulo
Introduo: a genitoplastia feminilizante ou cirurgia de redesignao
do sexo masculino para feminino traz consigo um grande alvio psico-
lgico aos pacientes submetidos a esta tcnica. A cirurgia objetiva a
retirada dos rgos genitais masculinos e a confeco de uma vagina,
geralmente feita com a pele da bolsa escrotal. Objetivo: neste trabalho
relatamos a confeco de uma neovagina numa paciente cujo retalho
escrotal apresentou isquemia com necrose e retrao, havendo perda
da cavidade vaginal, apesar da realizao de dilataes seriadas. Visan-
do confeccionar uma neovagina mida, optamos pelo uso do clon
sigmide. Atravs da via laparoscpica dissecamos a artria mesentrica
inferior e liberamos o clon esquerdo do retroperitneo, soltando o
ngulo esplnico e a goteira parietoclica. Aps este tempo foi reali-
zada uma inciso auxiliar (mediana infra-umbilical), com exteriorizao
do clon esquerdo, sendo seccionado um segmento de aproximada-
mente 20 cm do sigmide, com irrigao prpria (ramo da artria
sigmoideana), para a confeco da neovagina. O trnsito foi
reconstrudo atravs de uma anastomose colorretal trmino-terminal
mecnica de 28 mm e o sigmide abaixado na pelve, sendo sepultado
em sua poro cranial com grampeador linear e anastomosado
caudalmente ao antigo retalho escrotal. Optamos pela realizao de
ileostomia em ala para proteger a pelve e a neovagina de complica-
es spticas. A paciente evoluiu bem, recebeu alta no 5 dia ps-
operatrio. Com 2 meses de seguimento a ileostomia foi fechada e a
paciente se encontra bem, com a vagina prvia, secretando diaria-
mente uma pequena quantidade de muco. Sua satisfao com o proce-
dimento at este momento (quatro meses de seguimento) alta, refe-
rindo grande aumento na auto-estima. Ela recomenda a cirurgia para
pacientes com situao similar. Concluso: a reconstruo de neovagina
com retalho de sigmide uma opo em casos de estenose desta.
P93 - COLITE ISQUMICA SECUNDRIA A FSTULA
ARTRIO-VENOSA DE VASOS MESENTRICOS INFERIORES
EM PACIENTE RECEPTOR DE TRANSPLANTE HEPTICO:
RELATO DE CASO
BECHARA CS, NEIVA AM, HANAN B, GALVO VA, LUZ MMP,
GOMES DA SILVA R
1. IAG-UFMG, Grupo de Coloproctologia e Intestino Delgado do Ins-
tituto Al
Introduo: as fistula artrio-venosas (fav) na circulao portal so
raras e usualmente envolvem vasos hepticos, esplnicos ou
mesentricos superiores. Fav de vasos mesentricos inferiores so
incomuns e somente casos isolados foram relatados. A colite isqumica
uma manifestao pouco comum, mas grave da fav. Objetivo: relatar
o raro caso de paciente receptor de transplante heptico com quadro
de colite isqumica secundria a fstula arterio-venosa de vasos
mesentricos inferiores. Relato de caso: paciente masculino, de 58
anos, com cirrose por vrus b e carcinoma hepatocelular, foi submeti-
do a transplante heptico ago/2007. Evoluiu com estenose de via
biliar, tratada com dilataes percutneas de maio de 2008 a junho de
2009. Em uso de tacrolimus. Apresentava queixa de dor abdominal h
cerca de 6 meses, com piora nas ltimas 2 semanas, que levou o
paciente a ser internado em fevereiro de 2009. Referia fezes pastosas,
cerca de 4-5 exoneraes ao dia, alm de vmitos e distenso abdomi-
nal. Afebril. Rx de abdome sem sinais de obstruo intestinal; radiogra-
fia de trax sem evidencias de pneumoperitnio; us abdome: pequena
quantidade de lquidos interalas; colonoscopia evidenciou mucosa
frivel, coberta por fibrina, com reas de estreitamento que no impe-
diam a passagem do aparelho desde o reto proximal at o ngulo
esplnico. A mucosa do clon transverso encontrava-se normal. Bipsia
revelou colite, sugerindo etiologia isqumica ou vasculite. Tc de abdo-
me mostrou grande distenso de alas, principalmente clon.
Arteriografia diagnosticou fstula arteriovenosa de alto dbito em ar-
tria mesentrica inferior com ocluso de seu ramo. Submetido a
laparotomia exploradora, que evidenciou clon esquerdo isqumico,
endurecido, fixo ao retroperitnio e com mesoclon espessado, san-
grando facilmente disseco; realizada colectomia esquerda e
colostomia hartmann. O paciente evoluiu com coleo abdominal
no ps-operatrio e foi submetido a drenagem percutnea. A cultura
do lquido no evidenciou bactrias. Recebeu alta no 14. Dia de ps-
operatrio. Antomo-patolgico: parede colnica cuja mucosa revela
extensas reas necrticas, recobertas de fibrina; reas de proliferao
fibro-vascular na submucosa, congesto e deposio de fibrina na serosa,
sugestivas de colite isqumica. Concluso: a colite isqumica secund-
ria a fstula arterio-venosa de vasos mesentricos inferiores rara, e
com clnica inespecfica, dor abdominal, vmitos e diarria crnica.
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Setembro, 2009
P94 - OPERAAO DE DUHAMEL-HADDAD NO MEGACOLON
CHAGASICO APOS 20 ANOS
FERREIRA, F.S.1, SILVA, C.M.1, BRASIL, A.M.S.2, SANTOS, A.A.1,
LUQUETTI, A.O.2, GABRIEL-NETO, S.1, GABRIEL, A.G.2, OLI-
VEIRA, E.C.1
1. UFG, Faculdade de Medicina2. UFG, Lab Pesquisa Doenca Chagas
A operao de duhamel-haddad tem sido utilizada em varios servi-
os para o tratamento do megacolon chagasico com resultados
divergentes entre os autores. At o presente no h um concenso
sobre a melhor tcnica para o tratamento do megacolon. A
retossigmoidectomia com anastomose termino-terminal tambem
tem sido utilizada. No h na literatura estudos sobre o seguimento
a longo prazo de pacientes operados de megacolon chagasico. Nes-
te trabalho relatamos os achados de uma avaliao clnica de paci-
entes operados h mais de 20 anos de megacolon chagsico. Foram
analisados 12 prontuarios de pacientes intenados para retirada de
fecaloma sendo 4 homens e 8 mulheres com idade entre 58 e 93
anos, em um periodo de 3 anos. Todos os pacientes relataram
tratamento cirurgico para megacolon com operao compativel
com duhamel-haddad a qual foi confirmada pelo toque retal e/ou
enema opaco. A queixa principal era constipao e/ou dor abdomi-
nal. A presena de fecaloma foi confirmada pelo toque retal e
radiografia simples de abdome. Todos tiveram a sorologia para
chagas confirmada por novos exames. Dez (83,3%) pacientes rela-
tavam constipao entre 5 e 20 dias. Seis pacientes usavam laxativos
diariamente. O enema opaco no mostrou dilatao colonica em
nenhm paciente. Todos os pacientes foram submetidos retirada
manual do fecaloma e lavagem retal com resoluo do quadro entre
1 e 3 dias. Concluimos que a operao de duhamel-haddad para o
tratamento do megacolon chagsico pode evoluir com recidiva da
constipao na ausencia de dilatao colonica.
P95 - FECALOMA EM PACIENTES NAO CHAGASICOS
ROCHA, R.S.P.1, SOUZA, L.I.D.1, SANTOS, A.A.1, GABRIEL, A.G.2,
LUQUETTI, A.O.2, RAMOS, G.C.2, GABRIEL-NETO, S.1, OLI-
VEIRA, E.C.2
1. UFG, Faculdade de Medicina2. LPDC-UFG, Lab Pesquisa Doenca
Chagas
O fecaloma uma complicao frequente nos pacientes chagasicos
constipados com e sem megacolon. Nos pacientes no chagasico sua
ocorrencia se da em pacientes acamados, com dificuladade de locomo-
o, psiquiatricos, com dieata pobre em fibras, etc. Em geral a literature
registra apenas relatos de casos de pacientes com fecaloma volumo-
sos. Neste trabalho relatamos os achados de uma serie grande de paci-
entes hospitalizado por fecaloma com e sem doena de chagas foram
analisados 1034 prontuarios de pacientes intenados para retirada de
fecaloma sendo 821 com sorlogia positiva para doena de chagas e
213 pacientes soronegativos. A idade various de 15 a 93 anos em
ambos os grupos. Dos soropositivos (821) 454(55,2%) eram mulhe-
res edos soronegativos (213) 136(63,7%) eram mulheres. O tempo de
constipao various de 4 a 90 dias em ambos os grupos. A queixa
principal era constipao e/ou dor abdominal. A presena de fecaloma
foi confirmada pelo toque retal e radiografia simples de abdome. To-
dos tiveram a sorologia para chagas realizada por trs tcnicas (elisa,
ifi, hai). Todos os pacientes foram submetidos retirada manual do
fecaloma e lavagem retal com resoluo do quadro entre 1 e 3 dias.
Aps 3 dias os casos nao resolvidos clinicamente eram submetidos a
tratamento cirurgico. Concluimos que o fecaloma em pacientes no
chagasicos ocorre mais no sexo feminino com distribuio igual nos
pacientes chagasicos.
P96 - VOLVO DE CECO
CARVALHO, J.B.1, SILVA, P.T.D.1, ROCHA, H.A.1, RAMOS, G.C.2,
LUQUETTI, A.O.2, GABRIEL, A.G.2, GABRIEL-NETO, S.1, OLI-
VEIRA, E.C.1
1. UFG, Faculdade de Medicina2. LPDC-UFG, Lab Pesquisa Doenca
Chagas
O volvo de ceco uma condio rara e a literature diferentes tipos de
tratamento com resultados variados. O volvo de ceco uma compli-
cao devido a uma condio anatomica que ocorre quando o ceco
mvel gira em seu proprio eixo. Diferentemente do volvo de sigmoide
no megacolon chagasico em que o colon esta dilatado e alongado. O
volvo de ceco pode evoluir com necrose e peritonite fecal levando ao
obito. Neste trabalho relatamos os achados clinicos de de casos de
volvo de ceco foram analisados 5 pronturios de pacientes com diag-
nstico de volvo de ceco. A idade dos pacientes various de 45 a 65
anos, sendo 3 mulhres e 2 homens. Uma paciente tinha sorologia
positiva para doena de chagas. Uma paciente tinha deficit mental.
Todos os pacientes apresentaram quadro de ocluso intestinal com
parada de eliminao de gases e fezes entre um e cinco dias. A radiogra-
fia simples de abdome mostrava distensao colnica sem
pneumoperitneo. Trs pacientes foram submetidos a colectomia di-
reita e ileostomia terminal e a paciente chagasica foi submetida a
colectomia esquerda e colostomia por um fecaloma volumoso em
sigmoide e reduo do volvo de ceco. Em uma paciente foi realizada
colectomia total com ileostomia. Os pacientes evoluiram sem
intercorrencias. Concluimos que o volvo de ceco pode ser um achado
operatrio em pacientes com ocluso intestinal sem sinais sugestivos
nos exames radiolgicos e a laparotomia frequentemente necessria
para o diagnstico definitivo e tratamento.
P97 - LINFOGRAFIA PELVICA ACIDENTAL
KURACHI, G., MOTA, N.C., PRIETO, F.G., MELO, A.P.S.A.,
ALMEIDA, P.C.C., AZEVEDO, I.F., OLIVEIRA, E.C., ALMEIDA,
A.C.
1. UFG, Servio de Coloproctologia - Faculdade de Medicina da UFG
A linfografia acidental tem sido relatada em alguns poucos casos du-
rante colangiografia endoscopica, histerosalpingografia ou venografias.
Neste trabalho relatamos um caso de linfografia plvica atravs de um
exame de fistulografia em paciente com cisto pilonidal. Paciente
maculino, 47 anos, com diagnostico de cisto pilonidal e diagnostico
diferencial de fistula perianal transesfincteriana devido presena de
orifcio externo em linha mediana situar-se a 5 cm da borda anal. O
paciente apresentava histria de tumorao perianal h mais de 1 ano
com drenagem de secreo purulenta. A fistulografia com contraste
iodado mostrou loja em fundo cego no subcutneo sem comunicao
com o reto, porm contrastou o sistema linftico plvico. O paciente
no apresentou reaes adversas. Foi submetido a tratamento cirrgi-
co do cisto pilonidal com inciso e curetagem da loja. Evoluiu sem
intercorrncias. A linfografia convencional tem uso limitado devido
ao desconforto do paciente e por ser exame invasivo. Novas tcnicas
com cintilografia e ressonncia magntica tem melhorado as avalia-
es por imagem do sistema linftico. A literatura sobre linfografia
acidental esta limitada a uns poucos relatado de caso. Este trabalho,
ate o presente momento, o primeiro relato de linfografia plvica
acidental durante fistulografia de um cisto pilonidal.
P98 - EXTERIORIZAO ANAL TARDIA DE CATETER DE DE-
RIVAO VENTRICULOPERITONEAL (DVP): RELATO DE UM
CASO
MENDONA, R.S.1, REIS, L.F.2, FALCO, F.H.G.3
91
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
1. UFC, Universidade Federal do Cear - BARBALHA2. FFFCMPA,
Fundao Faculdade Federal Cincias Mdicas de Porto Alegre3. UFAL,
Universidade Federal de Alagoas4. HO-OSID, Hospital do Oeste -
Obras Sociais Irm Dulce
Introduo: Uma das formas de aliviar a hidrocefalia congnita a
colocao de um cateter que sai do ventrculo cerebral, atravs do
subcutneo crvico-torcico at a cavidade peritoneal, consistindo no
que se chama derivao ventriculoperitoneal (DVP). As complicaes
intra-abdominais de tal procedimento so raras. Objetivos: relatar um
caso incomum de complicao tardia aps colocao de cateter de
DVP. Mtodos: foi realizado registro transoperatrio e resgate da
histria no pronturio. Resultados: D.S., sexo masculino, 08 meses de
idade, portador de hidrocefalia congnita, com colocao de derivao
ventrculo peritoneal h 02 meses. Evoluindo clinicamente bem, sem
febre, com histria de vmitos ps-alimentares aps ingesta, espordi-
cos, quadros febris curtos intermitentes, sem queda do estado geral e
sem alterao do ritmo intestinal. Me verifica sada de plstico pelo
bumbum h algumas horas. Ao exame fsico, sem sinais de meningismo,
sem dor abdominal, com cateter de DVP exteriorizado pelo nus. Sem
SIRS. Realizado Rx corpo inteiro com cateter nos quatro quadrantes
abdominais, sugestivo de exteriorizao pelo clon esquerdo. Laborat-
rio: Hb: 12,8; Leuco: 13100 02bast 47seg 01eos 44linf (linfocitose
absoluta e relativa). Plq: 674.000 Na :139 K:5,0 PCR<6 Realizada
Laparotomia Exploradora, com verificao de aderncias leves entre
alas de delgado. Cateter envolvido em aderncia entre intestino delga-
do, sigmide e bexiga. Desfeitas aderncias, verificada penetrao do
cateter no retossigmide e envolvimento do cateter pela serosa da
bexiga, sem penetr-la. Realizada retirada, aps corte com tesoura, da
parte distal do cateter pelo nus, rafia da serosa da bexiga e do delgado,
dissecado cateter em subcutneo do trax e exteriorizado parte proximal
do cateter. O paciente evolui bem, tendo alta 15 dias aps procedimento
cirrgico, com realizao de nova derivao ventriculo-peritoneal.
Concluses: importante o reconhecimento precoce de complicaes
pouco comuns alm da resoluo o mais rpido possvel de tais compli-
caes, em crianas neurocirrgicas a fim de se evitarem consequncias
mais graves para os pacientes peditricos.
P99 - RELATO DE CASO DE MEGACOLON IDIOPATICO
SALLES,VJA, KALUME,FA, SOARES,PD, ROJA,RH,
ROMAGNOLO, LG, SOUSA,RP
1. HRVP, Hospital Regional do Vale do Paraiba
Paciente com quadro de constipao de longa data sem melhora ao uso
de laxativos com exames de imagem compativel com megacolon.
Sorologia para chagas negativa. Realizada colectomia esquerda com
ap sem anormalidades.
P100 - APENDICITE AGUDA POR ESTRONGILOIDASE DIS-
SEMINADA EM PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO
SIMES, A.A.2, SCHLINDWEIN, R.F.2, DEBIASI, G.G.2, FERREIRA,
M.G.L.A2, CAMARGO, E.S.2, MAGRO, L.I.1, SCOLARO, B.L.3,
PEREIRA, G.B.4
1. UNIVALI, Universidade do Vale do itaja2. HMMKB, Hospital e
Maternidade Marieta Konder Bornhausen3. HSL PUC-RS, Hospital
Sao Lucas da PUC-RS4. CHSCPA, Complexo Hospitalar Santa Casa de
Porto Alegre
Introduo: a estrongiloidase disseminada foi descrita h pouco mais
de 40 anos como uma forma letal de estrongiloidase em
imunossuprimidos. Os sinais clnicos so inespecficos, mas sintomas
gastrintestinais ou pulmonares em pacientes susceptveis devem ser
sinais de alerta. O diagnstico das helmintases intestinais raramente
realizado durante procedimentos cirrgicos ou pelo exame
histopatolgico da pea cirrgica. Entre as complicaes cirrgicas
intestinais causadas por estes vermes est a apendicite aguda. A mor-
talidade pode chegar a 87% e freqentemente associada infeco
bacteriana secundria. Objetivo: relatar o diagnstico de
estrongiloidase disseminada em apndice cecal cursando com bito.
Mtodos: estudo de caso e reviso de literatura. Relato de caso: a. A.
, masculino, 41 anos. Portador de hepatite c, anemia crnica, usu-
rio crack. Admitido no hmmkb com quadro de dor abdominal peri-
umbilical com 4 dias de evoluo, de forte intensidade e progressiva.
Histria de astenia, sudorese noturna e investigao de febre h 25
dias. Ao exame: beg, descorado, emagrecido; acp: sp; abd: distendido,
rha+, tenso, doloroso difuso com sinal de irritao peritoneal. Leuc:
3. 000, 1% bastes, 16% linf. (528). Realizado laparotomia com
apendicectomia. Paciente evoluiu com persistente dor abdominal e
intensa tosse produtiva. Realizou tc de trax que evidenciou opaci-
dades pulmonares de distribuio centro-lobular em ambos os lobos
superiores e inferior esquerdo, linfonodomegalias mediastinais. O
anatomo-patolgico evidenciou estrongiloidase disseminada. Paci-
ente colocado em isolamento respiratrio e iniciou-se tratamento
com albendazol 400mg vo. No 16 po evoluiu com abscesso abdomi-
nal, drenado via laparotomia. Cultura secreo: proteus sp multi-
resistente. Resultado anti-hiv 1 e 2 reagente (cd4 79 / vc >500.
000). Paciente evoluiu com fstula entero-cutnea com tentativa de
tratamento com nvo + npt sem sucesso. Realizado ento ileostomia
em ferida operatria devido abdome congelado. Aps 4 meses de
internao foi a bito. Concluso: ferrari, 2004 conclui que a
prevalncia de helmintos intestinais em apndices cecais - associada
ao quadro clnico de apendicite ou de abdmen agudo cirrgico fica
em 3%. A estrongiloidase uma parasitose geralmente crnica e
assintomtica. A estrongiloidase disseminada uma condio que
possui critrios diagnsticos pouco especficos e tratamentos com
eficcia limitada, o que contribui para sua elevada mortalidade.
P101 - HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA POR LCERA
INESPECFICA DOS CLONS. RELATO DE DOIS CASOS
ACCETTA, A.F.1, ACCETTA, I.1, ACCETTA, P.1, OLIVEIRA,
A.P.F.A.1, KNEIPP, A.2, MAIA, F.J.S.1
1. UFF, Hospital Universitrio Antonio Pedro2. HEAL, Hospital Es-
tadual Azevedo Lima
As hemorragias digestivas que se originam no intestino grosso repre-
sentam aproximadamente 15% dos sangramentos do trato gastro in-
testinal e geralmente so auto limitados. As lceras dos clons (doena
de crohn, colite amebiana, neoplsica, inespecfica, etc) so respons-
veis por cerca de 10% deste quadro. As lceras inespecficas so pouco
freqentes e assim denominadas quando os achados histopatolgicos
no conseguem estabelecer a sua exata etiologia. O objetivo deste
trabalho relatar dois casos de hemorragia digestiva baixa que neces-
sitaram de tratamento cirrgico de urgncia, devido instabilidade
hemodinmica. Com a reviso da literatura conclumos que a colectomia
econmica segmentar o tratamento de escolha, desde que excluda a
etiologia neoplsica da lcera.
P102 - RE-INDUO DA REMISSO COM ADALIMUMABE
(ADA) APS INTERRUPO DO TRATAMENTO: UMA AL-
TERNATIVA NO MANEJO DA DOENA DE CROHN
ALBUQUERQUE, I.C.1, KOTZE, P.G.2, FORMIGA, G.S.1, KOTZE,
L.M.S.2
92
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
1. HE, Servio de Coloproctologia do Hospital Helipolis - SP2.
PUCPR, Servio de Coloproctologia do Hospital Universitrio Cajuru
Introduo: o adalimumabe (ada) um anticorpo monoclonal total-
mente humano, utilizado no tratamento da doena de crohn (dc)
moderada a grave. Eventualmente, tem-se a necessidade de interrup-
o do tratamento, por causas variadas. O resgate da terapia contro-
verso, e o papel da re-induo com dose total de ataque pode ser uma
alternativa nos casos graves da dc. Objetivo: relatar dois casos de
resgate no tratamento da dc com ada pela re-induo. Mtodo: reviso
de pronturio e da literatura a respeito da re-induo com ada na dc.
Relato dos casos: caso 1: paciente masculino, 33 anos, portador de dc
pancolnica e perianal h 12 anos. Aps perda de resposta ao trata-
mento com infliximabe (ifx), iniciou uso de ada h um ano, com boa
resposta. Desenvolveu extenso abscesso perianal. Foi submetido a
exame proctolgico sob anestesia com drenagem do abscesso, locao
de sedenhos, terapia antimicrobiana e suspenso do ada. Aps quatro
semanas da suspenso do medicamento, apresentou crise de agudizao
severa. Houve re-induo com ada 160/80 mg, seguida de curetagens
das fstulas e retirada dos sedenhos. Aps cinco meses, apresentou
melhora significativa da regio perianal, encontrando-se assintomtico
e com tratamento de manuteno. Caso 2: paciente masculino, 29
anos, portador de dc h 23 anos. H 13 anos submetido a colectomia
total com ileostomia terminal. Ao exame fsico apresentava fstulas
peri-ileostmicos e perianais. Aps perda de resposta ao ifx, realizou
tratamento com ada por trs meses, com melhora dos sintomas. In-
terrompeu o tratamento com dificuldade de acesso ao medicamento.
Houve reativao da doena aps 45 dias. Aps regularizao do for-
necimento do ada, foi realizado a re-induo com bons resultados.
Submetido cirurgia para mudana de sitio da ileostomia. Aps seis
meses, o paciente encontra-se assintomtico, em esquema de manu-
teno. Concluso: no h na literatura estudos controlados que mos-
tram se a re-induo superior ao uso da dose de manuteno aps a
parada do ada. Experincias isoladas mostram bons resultados dessa
alternativa teraputica em casos graves e selecionados.
P103 - ASSOCIAO ENTRE DOENA CELACA, DOENA
DE CROHN E ADENOCARCINOMA DO INTESTINO DELGA-
DO: RELATO DE CASO
KOTZE, P.G., KOTZE,L.M.S., STECKERT, J.S., FREITAS, C.D.,
ARRUDA, A.
1. PUCPR, Servios de Coloproctologia e Gastroenterologia - HUC
Introduo: embora clinicamente distintas, a doena celaca e a doen-
a de crohn (dc) caracterizam-se como uma inflamao intestinal
crnica, associadas a manifestaes extra-intestinais e outras doenas
auto-imunes. Uma potencial associao entre as duas doenas sugerida,
o que explicaria o fato de um mesmo paciente ocasionalmente apre-
sentar as duas enfermidades. O adenocarcinoma primrio de intestino
delgado raro, sua incidncia reportada entre 1 a 5% dentre todas as
neoplasias do trato gastrointestinal. O risco maior em pacientes
com diagnstico de doena de crohn (rr= 28,4-33), e tambm possui
associao na apresentao com a doena celaca. Objetivo: relatar a
associao entre doena celaca, doena de crohn e adenocarcinoma
de intestino delgado numa mesma paciente. Relato de caso: paciente
feminina, 67 anos, deu entrada com quadro de subocluso intestinal e
clicas com 3 dias de evoluo. Perda de 10 kg em 2 meses. Portadora
de doena celaca h 21 anos, controlada com dieta. Apresentava
distenso abdominal ao exame clnico, associada a palidez cutnea e
peristaltismo visvel. Tac de abdome demonstrou espessamento de
alas do leo terminal, com estenose e dilatao a montante. Submeti-
da a laparotomia exploradora, com evidncia de tumorao do leo
terminal, associada a espessamento difuso de sua parede, com cerca de
45 cm de extenso. Realizou-se leo-colectomia direita, com
anastomose leo-transverso. O laudo histopatolgico comprovou in-
flamao crnica transmural de todo o delgado, compatvel com do-
ena de crohn, com adenocarcinoma associado. Concluso: esta rara
associao entre as 3 entidades descrita na literatura. Dentre alguns
fatores de risco para surgimento de adenocarcinoma de intestino del-
gado, a doena crnica em atividade dos mais importantes. Manifes-
taes atpicas das doenas chamam a ateno para a ocorrncia de
tumores.
P104 - HEPATOTOXICIDADE INDUZIDA POR
SULFASSALAZINA: RELATO DE CASO
BATISTA RR, POZZOBON BHZ, ALBUQUERQUE IC, FORMIGA
GJS
1. HH, Hospital Helipolis
Introduo: em 1941, svartz utilizou pela primeira vez a sulfassalazina
no tratamento da retocolite ulcerativa. Desde ento, diversos estudos
comprovaram a eficcia de seu uso nas doenas inflamatrias intesti-
nais. Entretanto, seu uso relacionado a vrios efeitos colaterais,
incluindo disfuno heptica grave. Objetivos: relatar um caso de
hepatotoxicidade secundrio a sulfassalazina. Mtodos: reviso de pron-
turio e literatura a respeito da hepatotoxicidade associada a
sulfassalazina. Resultados: paciente do sexo masculino, 21 anos, com
diagnstico de retocolite ulcerativa moderada, em uso de sulfassalazina
4 gramas ao dia, foi admitido no pronto socorro com queixa de
inapetncia, febre, artralgia e ictercia h sete dias. Relatava uso da
medicao h seis semanas. Ao exame fsico, em regular estado geral,
afebril, ictrico 2+/4+, com mculas eritematosas em membros e edema
de membros inferiores 2+/4+. Exames complementares da admisso
mostravam aumento de bilirrubinas, transaminases, enzimas de
excreo canaliculares e da protena c reativa. Feito o diagnstico de
hepatotoxicidade por sulfassalazina, foi suspensa a medicao e intro-
duzido prednisona 20 miligramas e ciprofloxacino 1 grama ao dia.
Recebeu alta no terceiro dia de internao aps melhora clnica e
laboratorial. Atualmente, est assintomtico em uso de azatioprina
150 miligramas ao dia. Concluses: importante o acompanhamento
clnico e laboratorial rigoroso nos primeiros meses de administrao
da sulfassalazina devido ao seu potencial em gerar graves efeitos
colaterais.
P105 - A IMPORTNCIA DO EXAME PROCTOLGICO SOB
ANESTESIA NA DOENA DE CROHN PERINEAL
BATISTA RR, LIMA MA, LIORCI MP, RAMACCIOTTI FILHO,
CASTRO CAT, POZZOBON BHZ, ALBUQUERQUE IC, FORMIGA
GJS
1. HH, Servio de Coloproctologia do Hospital Helipolis
Introduo: a manifestao perineal da doena de crohn (dc) ocorre
com frequncia varivel, sendo maior nos pacientes com doena
colorretal. O exame proctolgico sob anestesia (epa) nestes casos
possibilita o diagnstico e tratamento de leses. Objetivo: relatar dois
casos de doena de crohn perineal e mostrar a importncia do exame
proctolgico sob anestesia na identificao e tratamento de afeces
perineais. Mtodo: reviso de pronturio e literatura a respeito da dc
perineal. Resultados: caso 1: paciente masculino, 31 anos, portador de
dc ileal, h 11 meses com diarria e sada de secreo purulenta em
regio perianal, em uso irregular de sulfassalazina e ciprofloxacino.
Antecedente de drenagem de abscesso anorretal h nove meses. Ao
exame proctolgico, presena de orifcios fistulosos em posio
93
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
anterolateral direita a 1,5 e 3,0 cm da margem anal. Submetido a epa,
com drenagem de abscesso anorretal, fistulotomia superficial e colo-
cao de sedenho. Atualmente em acompanhamento ambulatorial em
uso de infliximabe a cada oito semanas e perneo cicatrizado. Caso 2 :
paciente masculino, 33 anos. H doze anos com dc pancolnica e
perineal. H dez dias com abaulamento perianal associado a hiperemia,
dor de intesidade progressiva e febre. Fez uso de salicilatos,
imunomoduladores, antimicrobianos e infliximabe. H um ano em uso
de adalimumabe. Foi submetido a epa com drenagem do abscesso e
locao de sedenho. Posteriormente foi submetido a trs novos epa,
apresentando boa evoluo e na dcima oitava semana de seguimento
ambulatorial encontrava-se assintomtico em relao regio perianal.
Concluses: o exame proctolgico sob anestesia permite o diagnsti-
co, tratamento precoce e auxilia na resposta terapia medicamentosa
da doena de crohn perineal.
P106 - DOENA DE CRONH - RELATO DE CASO
FAYAD,J.B., JUNGES,K.T., PORTOVALES,M.O, COSTA,C.B
2. HGI-RJ, Servio de Coloproctologia do Hospital Geral de Ipanema
RJ
Objetivos:relatamos aqu um caso de volumoso abcesso em parede
abdominal e retroperitoneal associado a dc,tratado inicialmente com
drenagem percutnea para melhora clnica e posterior tratamento
cirrgico definitivo. Apresentao:paciente feminina 28 anos, com
retardo no desenvolvimento mental, foi encaminhada com quadro de
dor abdominal, anemia,febre e massa abdominal palpvel em fossa
ilaca direta iniciados 6 dias antes da sua admisso. J vinha em uso de
ciprofloxacino e metronidazol e trouxe tomografia de abdome que
revelava volumosa massa inflamatria peri cecal com infiltrao da
parede abdominal adjacente , gs fora de ala e lquido peri-heptico.
Me informava fistulotomia anal em 2001 com diagnstico de dc,
porm sem realizar acompanhamento. Optou-se pela manuteno do
esquema antibitico por via parenteral e medidas de suporte clnico
gerais . Houve considervel melhora clnica e laboratorial. Nova tc
revelou reduo do lquido peri-heptico e da massa inflamatria,
recebendo alta hospitalar aps 18 dias de internao em uso de
meticorten 40mg/dia. Retornou ao servio 2 meses aps a alta com
queixa de aparecimento sbito de abaulamento em fid, muita dor no
local, dificuldade de deambular(psote), febre e leucocitose. Nova
tomografia evidencia volumosa coleo formando grande abaulamen-
to da parede abdominal em continuidade com massa inflamatria peri
cecal e comprometimento do retroperitoneo. Procedeu-se a drena-
gem do abcesso sob anestesia geral, evoluindo com melhora do quadro
lgico e infeccioso. No evoluiu com fstula cutnea. Submetida
colonoscopia que confirmou dc restrita a regio leo-cecal. Decidiu-se
por realizao de colectomia direita, por tratar-se de dc de difcil
controle clnico e ao perfil psico-social da paciente em questo. Ps
operatrio sem intercorrncias. Hoje a paciente realiza acompanha-
mento ambulatorial sem uso de medicao especfica ou sinais de
recorrncia. Concluses: a dc nos mostra mais uma vez que uma
patologia com comportamento imprevisvel. Assim, acreditamos que
tratamentos menos agressivos devam ser tentados como terapia inici-
al, ou como ponte para um tratamento cirrgico posterior em melho-
res condies. Como os casos de abcesso em dc no so muito comuns
e mesmo dentro deste grupo encontramos abcessos de diversas locali-
zaes e apresentaes, difcil padronizar um tratamento, ou mesmo
provar que um superior ao outro como nos mostra a literatura.
P107 - PSICOTERAPIA PARA PACIENTES PORTADORES DE
DOENAS INFLAMATRIAS INTESTINAIS (DII)
MALDAUN, D., FAGUNDES, J.J., AYRIZONO, M.L.S., LEAL, R.F.,
COY, C.S.R.
1. FCM - UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas
Introduo - desde a ltima metade do sculo xx, tem-se observado um
aumento progressivo e significativo de certas formas de inflamao
intestinal, denominadas doenas inflamatrias intestinais (dii), que
so duas afeces distintas: retocolite ulcerativa inespecfica ( rcui) e
doena de crohn (dc). Pouco se sabe sobre sua etiologia, que
multifatorial. Atualmente, conquanto a etiopatognese no esteja
completamente elucidada, compreende-se vrios processos
imunolgicos a elas relacionados. So consideradas doenas autoimunes
ou de autoagresso. Estas so doenas somticas provocadas por uma
tenso emocional contnua, que parecem desenvolver certas reaes
imunes aos constituintes naturais do organismo, levando a leses loca-
lizadas ou sistmicas, caractersticas das dii. A importncia dos fatores
emocionais no desencadeamento e evoluo das dii tem sido ampla-
mente reconhecida desde as publicaes de murray e sullivam et al, em
1930, baseados nos estudos de langehagem, que, em 1903, descreveu
1200 casos de colite mucomembranosa, enquadrando-a na categoria
das neuroses. Objetivo - avaliar os efeitos da psicoterapia humanista
com pacientes portadores de dii. Casustica e mtodo - participaram
do estudo, 19 pacientes portadores de dii, pertencentes ao ambulat-
rio de dii prof dr juvenal ricardo navarro ges- unicamp com diag-
nstico confirmado de dii, idade mdia de 47 anos, sendo 58% do sexo
feminino, no perodo compreendido entre 2003 e 2008. Foram exclu-
dos pacientes sem diagnstico confirmado de dii e com referncia de
tratamento psiquitrico. O mtodo foi qualitativo fenomenolgico
com entrevistas semidirigidas de questes abertas pela possibilidade de
oferecer ao entrevistado a oportunidade de discorrer sobre a sua bio-
grafia sem restries e de maneira espontnea. Resultado - foi possvel
identificar mudanas positivas na compreenso e vivencia da
sintomatologia. So pacientes que apresentaram conseqente melho-
ra na qualidade de vida. Concluso - a psicoterapia de abordagem
humanista, conjuntamente ao tratamento clnico de portadores de dii,
possibilita o resgate de sua dignidade existencial e conseqente alvio
de seu sofrimento.
P108 - PROCTOCOLECTOMIA TOTAL VIDEO-ASSISTIDA EM
DOENA DE CROHN RELATO DE CASO
SOLAK, C.R., ORTOLAN, G.L., MONTEMR NETTO, M., CAR-
DOSO, R., PUCHALSKI, A.K
1. SCMPG, Santa Casa de Misericrdia de Ponta Grossa
A doena de crohn, um processo inflamatrio crnico instestinal,
com acometimento transmural da parede intestinal, tem a
proctocolectomia total como opo teraputica aos casos refratrios
aos tratamentos clnicos. O objetivo deste trabalho apresentar o
caso de um paciente do sexo masculino, de 30 anos, que tratava clini-
camente a doena h sete anos, fez uso de aminosalicilato,
corticoterapia e azatioprina por perodo prolongado, e, ainda, usou
infliximab nos ltimos seis meses que antecederam o procedimento
devido a fstulas perianais complicadas. Na evoluo da doena, foi
submetido a cinco intervenes cirrgicas para controle de fstulas
perianais complicadas, sendo que nos ltimos doze meses tinha cerca
de vinte evacuaes diarricas por dia, e apresentava uma desnutrio
progressiva, mesmo sujeitando-se, com boa adeso, ao tratamento
proposto. A indicao cirrgica se deu em conjunto com o paciente, o
qual no tolerava o elevado nmero de evacuaes e os sintomas
decorrentes das fstulas complicadas. O procedimento foi realizado
por acesso videolaparoscpico, com ligadura dos vasos clicos em
suas origens e liberao dos clons com disseco at o reto mdio.
94
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
Inciso circular da pele e abertura por planos em flanco direito, com
retirada do leo terminal e seco neste nvel com stapler linear cor-
tante. Realizado o fechamento do nus e inciso fusiforme englobando
o nus e a regio perineal inflamada, com posterior disseco do canal
anal e do reto com retirada da pea por via perineal. Confeccionada
ileostomia a brooke em flanco direito, na inciso circular. O paciente
evolui com leo prolongado no ps-operatrio, apresentou quadro in-
feccioso pulmonar tendo alta no 25 ps-cirrgico, sem outras compli-
caes. Os achados patolgicos da pea indicam congesto e edema
mural, lceras at a muscular prpria e atividade reparatria epitelial
com atipias. Teve ganho ponderal relevante com o passar das semanas,
relatando boa adaptao ileostomia e melhora significativa na qualida-
de de vida. Em virtude da gravidade da doena ativa e da terapia clnica
empregada para seu controle, as complicaes cirrgicas so esperadas
(abscessos 11-15%, sepsis, pneumonia, bacteremia 9-10%, fstulas de 4-
8%) e o ndice de mortalidade alto (9-30%). Visto que se trata de uma
cirurgia para aliviar sintomas e reduzir a sua devastao, considera-se os
resultados apresentados como satisfatrios, principalmente na questo
do ganho ponderal e na satisfao do paciente.
P109 - DOENA DE CRHN E CARCINOMA
ESPINOCELULAR: RELATO DE CASOS
RIGHETTI AEM, MARQUES GS, MATTOS BMR, JACOMINI C,
ALMEIDA ALNR, PARRA RS, FRES O, ROCHA JJR
1. FMRP-USP, Diviso de Coloproctologia - HCFMRP-USP
Introduo: a incidncia de doena de crhn est aumentando no
brasil, sendo cada vez mais freqentes os casos crnicos e graves. O
acometimento ano-perineal comum (20-50%). Ainda existem casos
com evoluo desfavorvel com fibrose e destruio perianal, neces-
sitando de amputao de reto. So relatados dois casos de amputao
abdmino-perineal do reto por doena de crhn associados a carcino-
ma espinocelular (cec). Caso 1: mulher, 35 anos, com doena de crhn
perianal, em 16 anos, apresentou vrios abscessos que foram tratados
com drenagens e fistulotomias. Usou corticosterides e ciprofloxacina.
Na poca no existia terapia biolgica. Aps 12 anos necessitou
transversostomia em ala. Seis meses aps foi submetida cirurgia de
miles e o anatomopatolgico revelou cec. Nove meses aps foi
reoperada por recidiva. Foi indicado radioterapia e quimioterapia, mas
a leso no respondeu ao tratamento e a paciente foi a bito. Caso 2:
mulher, 43 anos em tratamento h 10 anos por doena de crhn. H
7 anos apresentou fstula perianal complexa; foi submetida
fistulotomia e tratamento clnico. Aps 2 anos apresentou massa
inflamatria na fossa ilaca direita (fid) e submetida drenagem
percutnea. Abandonou o seguimento. Retornou aps 4 anos com
fstula enterocutnea na fid, ulceraes profundas e infiltrado infla-
matrio no perneo. Em 2009 realizada ileotiflectomia com anastomose
ileocolnica, sigmoidostomia e bipsia da leso perianal, que revelou
cec. Um ms aps submetida cirurgia de miles e indicados radio e
quimioterapia. Atualmente est com metstase ganglionar inguinal.
Discusso: a associao da doena de crhn e neoplasia j bastante
discutida na literatura. A maioria dos casos tem associao com
adenocarcinoma. Tratamos duas mulheres com doena de crhn que,
com a evoluo da doena, apresentaram extenso acometimento ano-
reto-perianal com perdas anatmicas e funcionais e que no responde-
ram aos tratamentos clnico e cirrgico. A nica alternativa, apesar de
mutilante, foi submet-las amputao de reto com o diagnstico de
cec e tiveram evoluo desfavorvel. O cec anal um tipo menos
comum de neoplasia, sendo responsvel por 4% dos tumores
anocolorretais, porm em pacientes portadores de doena de crhn
com longa evoluo e processo inflamatrio perianal extenso, deve-
se estar atentos para a possibilidade de malignizao.
P110 - SUBOCLUSO INTESTINAL SECUNDRIA A
ENTEROLITASE EM PACIENTE COM DOENA DE CRHN.
RELATO DE CASO
JACOMINI C, RIGHETTI AEM, MATTOS BMR, MARQUES GS,
ALMEIDA ALNR, PARRA RS, FRES O, ROCHA JJR
1. FMRP-USP, Diviso de Coloproctologia -HCFMRP-USP
Introduo: a doena de crhn (dc) uma afeco transmural crnica
e inespecfica que pode acometer todo o trato digestrio desde a boca
at o nus. No intestino delgado o leo distal a rea mais comumente
afetada. O tratamento cirrgico est indicado nas complicaes, como:
entre elas: obstruo, fstulas, perfuraes e na refratariedade ao trata-
mento clnico. Apresentamos os autores apresentam um caso atpico
de obstruo intestinal por enterolitase em doena de crhn de leo
terminal. Relato de caso: homem, 25 anos, procurou o servio de
proctologia do hcrp-usp com quadro de plenitude epigstrica, distenso
abdominal, nuseas e vmitos ps-alimentares. Negava diarria e
sangramento retal. Referia cirurgia abdominal prvia h trs anos com
resseco intestinal no determinada com diagnstico de doena de
crhn. No exame fsico estava apresentava-se emagrecido, com
distenso abdominal, sem massas palpveis. O trnsito intestinal mos-
trou dilatao jejunal importante, proximal a uma rea de afilamento.
Foi indicado tratamento cirrgico e o achado intra-operatrio mos-
trou estenose inflamatria jejuno-ileal. Feito resseco intestinal com
anastomose primria ltero-lateral com duplo grampeamento. Na
abertura da pea cirrgica encontrou-se vrios clculos grandes (4x4
cm), de colorao amarelo-acastanhada com aspecto similar aos cl-
culos biliares. O paciente teve boa evoluo ps-operatria. Discus-
so: a doena de crhn est associada a maior predisposio para
desenvolvimento de clculos renais por distrbio do metabolismo do
cido rico e clculos biliares relacionados reabsoro prejudicada de
sais biliares. O surgimento de clculos primrios do intestino extre-
mamente raro. No caso em questo acreditamos que o fator litognico
foi a estase biliar causada pela grande dilatao do jejuno, secundria
obstruo por doena de crhn, da mesma forma que a estase biliar na
vescula um fator predisponente para clculos. Nesse caso no houve
mudana na ttica cirrgica por causa da enteroltiase, porm os auto-
res apresentam este caso para alertar um tipo incomum de ltiase.
P111 - IDENTIFICAO DE ESTENOSES OCULTAS EM UM
PACIENTE COM DOENA DE CROHN DO INTESTINO DEL-
GADO
FURLANI, L.F., GRACIOSA, K., BALDIN, A., SARTOR, M.C.,
BONARDI, R.A.
1. UFPR, Universidade Federal do Paran
Introduo: a doena de crohn uma inflamao crnica que pode
afetar qualquer segmento do trato gastrointestinal, em especial o in-
testino delgado e o clon. Apesar dos avanos no tratamento
medicamentoso que frequentemente efetivo na melhora dos sinto-
mas a maioria dos pacientes com doena de crohn necessitar de uma
cirurgia intestinal ao longo da vida. Embora no curativa, a cirurgia
necessria para corrigir as complicaes da doena como estenose
sintomtica, fstula, abscesso, perfurao e doena fulminante refratria
ao tratamento clnico. Entretanto as taxas de reoperao so altas.
Aproximadamente um tero dos pacientes sero reoperados em 10
anos. Existe um subgrupo de pacientes que apresentam um curso clni-
co problemtico, necessitando do retorno ao centro cirrgico menos
de dois anos aps a primeira cirurgia. Um dos principais fatores que
contribuem para essa necessidade precoce de reoperao so as estenoses
no detectadas na primeira cirurgia. Objetivos: relatar uma tcnica
simples, de baixo custo e efetiva para deteco de estenoses ocultas
95
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Supl. n 1
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Setembro, 2009
durante laparotomia para correo de estenoses de intestino delgado
em um paciente com doena de crohn mtodos: paciente masculino,
47 anos, portador de doena de crohn com estenose sintomtica do leo
terminal. Durante laparotomia foi utilizada uma esfera de vidro com 2
cm de dimetro que foi introduzida no intestino delgado atravs de uma
enterotomia logo aps o ngulo de treitz. A esfera foi deslocada pela luz
intestinal e quando ocorria dificuldade para sua progresso era conside-
rado um ponto de estenose sendo ento realizada a estenoplastia resul-
tados: no inventrio da cavidade foram visualizadas apenas duas reas de
estenose. Aps a passagem da esfera de vidro foram detectados mais 8
pontos de estenose. Todas as estenoses foram corrigidas atravs de
estenoplastias concluses: o uso da esfera de vidro para identificao de
estenoses ocultas durante laparotomia em pacientes com doena de
crohn um mtodo simples, eficiente e de baixo custo, trazendo bene-
fcios para o paciente pois pode evitar uma reoperao precoce por
estenoses sintomticas no percebidas na primeira cirurgia.
P112 - DOENA DE CROHN E TUBERCULOSE. RELATO DE 2
CASOS OCORRIDOS NO AMBULATRIO DE UM HOSPI-
TAL DE REFERNCIA NO PARAN
FURLANI, L.F., GRACIOSA, K., BALBIN, A., SARTOR, M.C.,
BONARDI, R.A.
1. UFPR, Universidade Federal do Paran
Introduo: a tuberculose (tb), uma entidade causada por bactrias
pertencentes ao complexo constitudo pelo mycobacterium
tuberculosis, tem uma distribuio universal no organismo, podendo
atingir qualquer rgo. Com o advento da aids, houve um aumento
significativo de sua incidncia neste grupo de pacientes assim como
nos pacientes com algum grau de imunossupresso como ocorre com
grande parte dos pacientes portadores de doena de crohn devido
teraputica utilizada para o controle da doena. Com o crescente
aumento do uso das drogas anti tnf alfa como droga de primeira linha
para pacientes com doena de crohn cresce tambm a preocupao
com o desenvolvimento da tuberculose nesses pacientes sendo que em
aproximadamente 45% dos pacientes a tuberculose extra pulmonar
e na maioria deles havia tb latente. Os ndices de tb podem ser reduzi-
dos em at 90 % quando a tb latente rastreada com pesquisa de
fatores de risco, teste tuberculnico (ppd) e radiografia de trax.
Objetivos: relatar dois casos de pacientes com doena de crohn com
acometimento perineal que estavam em acompanhamento no ambu-
latrio de doena inflamatria intestinal de um hospital de referncia
do paran e que desenvolveram tuberculose mtodos: analise retros-
pectiva do pronturio de dois pacientes que esto em acompanhamen-
to no ambulatrio de doena inflamatria intestinal do hospital de
clnicas da universidade federal do paran e promover uma compara-
o entre os casos no que diz respeito ao diagnstico da tuberculose
resultados: primeiro paciente: sexo (masculino), ppd (reator fraco),
rx trax (infiltrado infra-pico clavicular bilateral), baciloscopia se-
creo de fstula (negativa), doenas associadas (hepatite c e hiv)
segundo paciente: sexo (feminino), ppd (reator forte), rx trax (nor-
mal), baciloscopia secreo de fstula (baar++), doenas associadas
(nenhuma) concluses: a utilizao do ppd, radiografia de trax e
baciloscopia da secreo de fistulas til e eficaz para o diagnstico da
tb. So exames de fcil realizao, baixo custo e que deveriam ser
realizados em todo paciente que ir iniciar terapia imunossupressora.
P113 - MALIGNIZAO DE DOENA DE CROHN PERIANAL
PETROSEMOLO, R.H, MORAIS, J.G.I, GONALVES,J.C.N,
FORMAGGINE, L.A, BARBI, R.R, JNIOR, J.R.G
1. HGA, Hospital Geral do Andara
Introduo: a doena de crohn(dc) uma doena inflamatria intesti-
nal de origem no conhecida e caracterizada pelo acometimento fo-
cal, assimtrico e transmural de qualquer parte do tubo digestivo, da
boca ao nus. Objetivo: relatar dois casos de doena de crohn perianal,
que evoluiu com malignizao das leses, diagnosticado no hospital
geral do andara Rio de Janeiro RJ e realizar reviso bibliogrfica sobre
o assunto. Paciente e mtodos: aam, 38 anos, masculino, branco,
casado, nascido no Rio de Janeiro, morador de belford roxo, procura
ambulatrio de coloproctologia do hospital do andara em fevereiro
de 2005, inicia tratamento para Dc, com uso de vrias medicaes,
inclusive inflixmab, com perodos remisso, alternados com atividade
da doena, at que em jan/2009,foi realizado bipsia de leso perianal
suspeita, com o diagnstico adenocarcinoma mucparo infiltrando
pele msr, 61 anos, feminino, parda, solteira, nascida no Rio de Janei-
ro, moradora do flamengo, inicia em 1998 quadro de fistula anal.
submetida a correo cirrgica em outro hospital e a bipsia da pea
diagnostica doena de crohn. Em junho/2009, internada no hga,
solicitado a avaliao do nosso servio, optamos por realizar bipsia
de leso suspeita, com o diagnstico de carcinoma epidermide. Resul-
tado: somerville k w reporta carcinoma epidermide em plicoma de
paciente de 26 anos portador de doena de crohn ileal e perineal h 6
anos. Teoriza que pode ser o uso de anti-inflamatrios e/ou
imunossupressores. Slater g numa reviso no mount sinai ny descreve
3 pacientes com doena de crohn que desenvolveram carcinoma anal.
Conclui que isso pode ser devido ao estado imunocomprometido dos
pacientes, doena perianal severa ou ambos e, que a transformao
ocorre de 5 a 25 anos de doena. Ikeuchi h estudou 504 pacientes com
crohn que foram operados, destes, 7 tiveram carcinoma do reto infe-
rior e nus com doena perianal. Devon km relata 14 pacientes com
doena perianal (11 adenocarcinoma mucinoso e 3 epidermide).
Concluso: a dc, uma patologia crnica de difcil tratamento, que
requer acompanhamento constante, com vrias formas de manifesta-
o clnica, podendo muitas vezes se apresentar como uma fstula anal
complicada, que deve ser sempre biopsiada, e to logo ocorra piora do
aspecto inicial da leso.
P114 - SUBOCLUSO INTESTINAL SECUNDRIA A
ENTEROLITASE EM PACIENTE COM DOENA DE CRHN.
RELATO DE CASO
JACOMINI, C., RIGHETTI, A.E.M., MATTOS, B.M.R., MARQUES,
G.S., ALMEIDA, A.L.N.R., PARRA, R.S., FERES, O., ROCHA, J.J.R.
1. USP-FMRP, Usp ribeiro Preto
Introduo: a doena de crhn uma afeco transmural crnica e
inespecfica que pode acometer todo o trato digestrio desde a boca
at o nus. No intestino delgado o leo distal a rea mais comumente
afetada. O tratamento cirrgico est indicado nas complicaes, entre
elas: obstruo, fistulas e perfuraes e na refratariedade ao tratamen-
to clnico. Os autores apresentam um caso atpico de obstruo intes-
tinal por enterolitase em doena de crhn de leo terminal. Relato de
caso: paciente do sexo masculino, 25 anos, procurou o servio de
proctologia do hcrp-usp com quadro de plenitude epigstrica, distenso
abdominal, nuseas e vmitos ps-alimentares. Negava diarria ou
sangramento retal. Referia cirurgia abdominal prvia h 3 anos com
resseco intestinal no determinada com diagnstico de doena de
crhn. No exame fsico apresentava-se emagrecido, com distenso
abdominal e sem massas palpveis. O trnsito intestinal mostrou dila-
tao jejunal importante proximal a uma rea de afilamento. Foi
indicado tratamento cirrgico e o achado intra-operatrio mostrou
estenose inflamatria jejuno-ileal. Feito resseco intestinal com
anastomose primria ltero-lateral com duplo grampeamento. Na
abertura da pea cirrgica encontrou-se vrios clculos grandes (4x4
96
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Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
cm), de colorao amarelo-acastanhada com aspecto similar aos
clculos biliares. O paciente teve boa evoluo ps-operatria. Dis-
cusso: a doena de crhn est associada a maior predisposio para
desenvolvimento de clculos renais por distrbio do metabolismo do
cido rico e clculos biliares relacionados reabsoro prejudicada
de sais biliares. O surgimento de clculos primrios do intestino
extremamente raro. No caso em questo acreditamos que o fator
litognico foi a estase biliar causada pela grande dilatao do jejuno,
secundria obstruo por doena de crhn, da mesma forma que a
estase biliar na vescula um fator predisponente para clculos.
Nesse caso no houve mudana na ttica cirrgica por causa da
enteroltiase, porm os autores apresentam este caso para alertar um
tipo incomum de ltiase.
P115 - AVALIAO DA FECUNDIDADE NAS PACIENTES COM
DOENA INFLAMATRIA INTESTINAL
RODRIGUES, L.C.O., TEIXEIRA, M.G., ARASHIRO, R.T.G., KISS,
D.R.
1. HCFMUSP, Faculdade de Medicina da Universidade de So
Paulo
Objetivos: avaliar a influncia da doena inflamatria intestinal (dii)
na fecundidade. Mtodos: os protocolos das pacientes com doena
de crohn (DC) e retocolite ulcerativa (RC) de 1984 a 2006, em idade
fertile, acompanhadas no ambulatrio de dii, foram revisados. Paci-
entes foram entrevistadas e os itens no encontrados nos respecti-
vos protocolos foram preenchidos. Pacientes com outras colites,
investigao incompleta, for a da idade fertile e sem capacidade
cognitive foram excludas. Todas as pacientes foram investigadas
quanto razo por no querer engravidar e a resposta mais relevante
foi considerada. O mtodo estatstico adotado foi o qui- quadrado,
com nvel de significncia de 5%. Nenhum paciente se recusou
participar deste estudo. Resultados: houve uma reduo de 41,6% na
fecundidade entre os grupos de pacientes antes e aps o incio dos
sintomas relacionados dii (2,55 para 1,49 gestaes por mulher).
Em 289 mulheres aps o incio dos sintomas relacionados dii, 104
quiseram e conseguiram engravidar, 5 quiseram mas no consegui-
ram engravidar (5/109 = 4,6%) e 180 no quiseram engravidar (90
pacientes com rc e 90 com dc). Diferena estatstica foi encontrada
entre os pacientes com rc e dc, quanto s razes para no engravidar.
Em pacientes com rc a principal causa foi idade precoce e solteira
(p=0,017). Nenhuma diferena foi encontrada entre rc e dc, quando
a escolha em ter ou no filhos, foi escolha da paciente. A maioria das
pacientes com dii no quiseram ter filhos porque j tinha. Apenas
10,3% das pacientes no quiseram ter filhos por medo da doena;
6,5% por orientao mdica e 2,2% por ms condies clnicas.
Estas razes demonstram a influncia da doena em 20,6%. Quando
comparamos nossos resultados com a populao em geral, no h
diferena estatstica. Concluses: a dii no influenciou diretamente
na fecundidade, uma vez que prevaleceram outras razes pessoais
para evitar a gravidez.
P116 - INFLUNCIA DA GESTAO SOBRE A DOENA IN-
FLAMATRIA INTESTINAL
RODRIGUES, L.C.O., TEIXEIRA, M.G., ARASHIRO, R.T.G., KISS,
D.R.
1. HCFMUSP, FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE
DE SO PAULO
Objetivos: avaliar a influncia da gestao sobre a doena inflamatria
intestinal (DII). Mtodos: os protocolos das pacientes com doena de
Crohn (DC) e retocolite ulcerativa (RC) de 1984 a 2006, em idade
fertil, acompanhadas no ambulatrio de DII, foram revisados. Pacien-
tes foram entrevistadas e os itens no encontrados nos respectivos
protocolos foram preenchidos. Pacientes com outras colites, investi-
gao incompleta, for a da idade fertile e sem capacidade cognitive
foram excludas. Cada paciente foi questionada sobre suas condies
clnicas nos ltimos dois meses antes e durante as gestaes e e classi-
ficadas em doena ativa ou inativa, atravs das classificaes de
Truelove e witts para RC e Harvey- bradshaw para DC. Essas pacien-
tes foram avaliadas se melhoraram, pioraram ou mantiveram-se
inalteradas quanto atividade da doena. O mtodo estatstico adotado
foi o qui- quadrado, com nvel de significncia de 5%. Nenhum pacien-
te se recusou participar deste estudo. Resultados: 140 gestaes em
104 pacientes com DII foram avaliadas (RC em 63 gestaes e DC em
77. A maioria das gestaes no alterou as condies clnicas nas
pacientes com RC (77,8% / p=0,003). As condies clnicas melhora-
ram mais nas pacientes com DC do que nas com RC (p=0,0007).
Nenhuma diferena foi encontrada no grupo de condies clnicas
inalteradas na RC e DC (p=0,9999). Concluso: Houve maior diminui-
o da atividade da doena durante a gestao nas pacientes com DC
do que naquelas com RC.
P117 - INFLUNCIA DA DOENA INFLAMATRIA INTESTI-
NAL NA GESTAO
RODRIGUES, L.C.O., TEIXEIRA, M.G., ARASHIRO, R.T.G., KISS,
D.R.
1. HCFMUSP, Faculdade de Medicina da Universidade de So
Paulo
Objetivos: avaliar a influncia da doena inflamatria intestinal
(DII) sobre a evoluo da gestao e as alteraes do concepto.
Mtodos: os protocolos das pacientes com doena de crohn (dc) e
retocolite ulcerativa (rc) de 1984 a 2006, em idade frtil, acompa-
nhadas no ambulatrio de dii, foram revisados. Pacientes foram
entrevistadas e os itens no encontrados nos respectivos protoco-
los foram preenchidos. Pacientes com outras colites, investigao
incompleta, fora da idade fertil e sem capacidade cognitiva foram
excludas. A histria obsttrica antes e aps o incio dos sintomas
relacionados dii, condies clnicas das pacientes, prematuridade,
baixo peso ao nascer, natimortalidade, anomalias congnitas,
abortamento espontneo e partos normal e cesreo foram investi-
gados. O mtodo estatstico adotado foi o qui- quadrado e o teste de
fisher, com nvel de significncia de 5%. Nenhum paciente se recu-
sou a participar deste estudo. Resultados: 416 gestaes em 163
pacientes antes do diagnostico da dii e 140 gestaes em 104 paci-
entes com dii foram avaliadas (rc em 63 gestaes e dc em 77 ). A
dii estava associada com aumento da prematuridade (x2=6,7205,
p=0,009). No houve diferena estatstica quanto ao baixo peso ao
nascer (x2=0,413 / p=0,5204), anomalias congnitas (fisher test:
p=0,6447), natimortalidade (fisher: p=0,2245), abortamento es-
pontneo (x2= 4,884, p=0,27) e partos normal e cesreo (x2=
1,7959, p=0,1802). Houve 63 gestaes no grupo de rc, com doen-
a ativa em 28 e inativa em 35 e 77 gestaes no grupo de dc, com
doena ativa em 57 e inativa em 20. No houve diferena estats-
tica entre os grupos de gestaes na rc e dc, relacionados
prematuridade, baixo peso ao nascer, anomalias congnitas,
natimortalidade e abortamento espontneo (p > 0,0649). Houve
diferena estatstica nos grupos de doena ativa e inativa no grupo
de dc, relacionados prematuridade e baixo peso ao nascer (p <
0,0365). Concluses: as taxas de prematuridade e baixo peso ao
nascer foram maiores nas gestaes de pacientes com dc, mesmo
com doena inativa durante este periodo.
97
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Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
P118 - AVALIAO DO USO DE AMINOSSALICILATOS E
CORTICOSTERIDES EM PACIENTES COM DOENA INFLA-
MATRIA INTESTINAL DURANTE A GESTAO
RODRIGUES, L.C.O., TEIXEIRA, M.G., ARASHIRO, R.T.G., KISS,
D.R.
1. HCFMUSP, Faculdade de Medicina da Universidade de So
Paulo
Objetivo: avaliar os efeitos do uso dos aminossalicilatos e
corticosteroids em pacientes com doena inflamatria intestinal
(DII) durante a gestao. Mtodos: os protocolos das pacientes com
doena de crohn (DC) e retocolite ulcerativa (RC) de 1984 a 2006,
em idade fertil, acompanhadas no ambulatrio de DII, foram revisa-
dos. Pacientes foram entrevistadas e os itens no encontrados nos
respectivos protocolos foram preenchidos. Pacientes com outras
colites, investigao incompleta, fora da idade fertil e sem capacida-
de cognitiva foram excludas. Avaliao das alteraes do concepto
como prematuridade, baixo peso ao nascer, natimortalidade, ano-
malias congnitas e abortamento espontneo foram investigados. O
mtodo estatstico adotado foi o qui- quadrado, com nvel de
significncia de 5%. Nenhum paciente se recusou participar deste
estudo. Resultados: 140 gestaes em mes com dii foram analisa-
dos. Em 21 gestaes de mes com dii, aminossalicilatos foram
administrados e em 15, corticosterides foram administrados. No
houve aumento na taxa de prematuridade, baixo peso ao nascer,
natimortalidade, anomalias congnitas e abortamento espontneo
quando aminossalicilatos e corticosterides foram administrados s
pacientes com dii durante a gestao (p > 0,17 e p > 0,1585, respec-
tivamente). Concluso: a administrao de aminossalicilatos ou
corticosterides durante a gestao em pacientes com dii no au-
mentou as alteraes dos conceptos.
P119 - EFEITOS DA LOCALIZAO DA DOENA INFLAMA-
TRIA INTESTINAL DAS GESTANTES SOBRE O FETO
RODRIGUES, L.C.O., TEIXEIRA, M.G., ARASHIRO, R.T.G., KISS,
D.R.
1. HCFMUSP, Faculdade de Medicina da Universidade de So
Paulo
Objetivo: avaliar a influncia da topografia da doena inflamatria
intestinal (DII) nas gestantes sobre o feto. Mtodos: os protocolos das
pacientes com doena de Crohn (DC) e retocolite ulcerativa (RC) de
1984 a 2006, em idade fertil, acompanhadas no ambulatrio de DII,
foram revisados. Pacientes foram entrevistadas e os itens no encon-
trados nos respectivos protocolos foram preenchidos. Pacientes com
outras colites, investigao incompleta, fora da idade frtil e sem
capacidade cognitiva foram excludas. Prematuridade, baixo peso ao
nascer, anomalias congnitas, natimortalidade, abortamento espon-
tneo e partos normal e cesreo foram investigados. Na RC, a locali-
zao da doena foi dividida em sete grupos: intestino delgado, clon,
perneo, intestino delgado e clon, intestino delgado e perneo, clon
e perneo, e intestine delgado, clon e perneo. O mtodo estatstico
adotado foi o qui- quadrado, com nvel de significncia de 5%. Ne-
nhum paciente se recusou participar deste estudo. Resultados: 140
gestaes em 104 pacientes com DII foram avaliadas (RC em 63
gestaes e DC em 77 gestaes). A incidncia de prematuridade,
baixo peso ao nascer e natimortalidade foi maior quando a RC afetava
todo o clon (p < 0,037). A proporo estimada de prematuridade e
baixo peso ao nascer de mes com pancolite foi de 83,33% [IC 95%:
10,29%; 100,00%]. No houve diferena estatstica entre as localiza-
es da doena e alteraes do feto na DC (p > 0,6513). Concluso:
Houve maior prevalncia de prematuridade, baixo peso ao nascer e
natimortalidade quando o todo o clon estava acometido na RC. No
houve relao entre a localizao da doena e alteraes do concepto
na DC.
P120 - FSTULA RETOURETRAL NA DOENA DE CROHN
RODRIGUES, L.C.O.
1. QSD, Quarteiro da Sade De Diadema
Complicaes genitourinrias metablicas e inflamatrias ocorrem
em 4 a 35% dos pacientes com doena de crohn. As fstulas retouretrais
esto mais comumente associadas a cirurgias plvicas, radioterapia,
trauma e neoplasias, porm podem estar associadas doena de crohn
em at 5% dos casos. O tratamento cirrgico tem sido proposto para
a grande maioria dos pacientes, uma vez que o tratamento clnico
apenas, antes da era da terapia biolgica, no tem apresentado ndices
satisfatrios de cura. Relato do caso: paciente de 19 anos de idade
iniciou tratamento ambulatorial como retocolite ulcerativa desde 2004
a 2008, com acometimento anorretal apenas, utilizando sulfassalazina
at 3 g por dia. Durante esse perodo apresentava trs evacuaes por
dia com eventual sangramento ao evacuar. A partir de agosto de 2008,
apresentou piora progressiva do estado geral, emagrecimento, aumen-
to do nmero de evacuaes e sangramento retal. Alm disso, apresen-
tou disria, incapacidade para urinar e eliminao de urina pelo reto.
Realizado cistoscopia e identificado fstula retouretral. Aps prescri-
o de mesalazina 4 g/dia e corticosteride 40 mg/dia por via oral e
cateterismo vesical, apresentou pequena melhora do estado geral, porm
sem resoluo da fstula retouretral, confirmado atravs de
uretrocistografia retrgrada realizada mensalmente. Em setembro de
2008 foi realizada bipsia do canal anal e do reto, demonstrando
processo inflamatrio crnico inespecfico, sem sinais de malignidade
e colonoscopia demonstrando lceras em leo terminal compatvel
com doena de crohn. Em outubro de 2009 foi realizado cistostomia
devido ao uso prolongado do cateter vesical. Iniciou uso intravenoso
de 300 mg de infliximabe em novembro de 2008, com intervalos
entre as doses de 2, 6 e posteriormente 8 semanas regulares. Aps a
segunda dose do infliximabe foi possvel observar resoluo completa
da fstula retouretral tanto radiologicamente pela uretrocistografia
retrgrada e clinicamente com relato do paciente em no apresentar
mais disria ou eliminao de urina pelo reto, alm de conseguir urinar
normalmente. Desde ento, o paciente est em uso intravenoso regu-
lar de 300 mg de infliximabe de 2 em 2 meses, sem atividade da doena
e sem queixas clnicas urolgicas at junho de 2009. Concluso: o uso
do infliximabe para o tratamento de fstulas retouretrais deve ser
indicado, quando possvel, como opo teraputica antes da indicao
de correo cirrgica deste tipo de leso.
P121 - ERITEMA NODOSO COMO MANIFESTAO DO USO
DA AZATIOPRINA NO TRATAMENTO DA DOENA DE CROHN
LIORCI MP, CASTRO CAT, ALBUQUERQUE IC, FORMIGA GJS
1. HH, Servio de Coloproctologia do Hospital Helipolis
Introduo: a azatioprina (aza) um frmaco eficaz na manuteno
da remisso na doena de crohn (dc) e na retocolite ulcerativa (rcu). O
efeito colateral da azatioprina mais freqente a supresso da medula
ssea. Outros efeitos colaterais relacionados com o uso da aza so:
hepatite, pancreatite aguda, intolerncia gastrointestinal, dor abdo-
minal, reaes alrgicas como febre, mialgia e rash cutneo. Objetivo:
relatar um caso de reao dermatolgica de hipersensibilidade a aza em
paciente com dc e suas repercusses clnicas. Mtodo: avaliao do
pronturio mdico e reviso da literatura. Resultados: rcm, 42 anos,
feminina, com dc moderada em uso de azatioprina 100mg ao dia h
98
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Setembro, 2009
duas semanas. Refere febre e leses nodulares violceas em membros
inferiores e vesculas disseminadas nos membros superiores (figura 1)
aps a associao do imunomadulador ao ciprofloxacina. Realizado
bipsia de ndulo de perna, evidenciando na derme superficial mode-
rado infiltrado inflamatrio linfo-histiocitrio perivascular e no teci-
do subcutneo moderado infiltrado inflamatrio com neutrfilos e
linfcitos. Quadro morfolgico compatvel com eritema nodoso.
Concluso: a reao dermatolgica de hipersensibilidade ao uso da aza
pode mimetizar as manifestaes dermatolgicas prprias da dc, le-
vando a demora diagnstica.
P122 - PROLIFERAO DE LINFCITOS BCG ESPECFI-
COS EM PACIENTES COM DOENA DE CROHN SOB
SUPLEMENTAO NUTRICIONAL
OYA V,, DAVANO T,, MORENO Y.M.F,, COY C.S.R,, LEAL R.F,,
AYNITONO M.L.S,, PINTO E.A.L.C,, VILELA M.M.S
1. FCM, Unicamp Faculdade de Cincias Mdicas
Introduo: A Doena de Crohn uma inflamao crnica transmural
granulomatosa da mucosa intestinal e imunomoduladores orais com
propriedades antiinflamatrias, tais como protenas do soro de leite e
TGF- podem favorecer a evoluo dessa doena. Objetivos: Avaliar a
proliferao celular BCG especficas em pacientes com Doena de
Crohn sob suplementao nutricional com protenas do soro de leite
enriquecido com TGF-. Mtodos: Foram selecionados 13 pacientes,
sob seguimento no Ambulatrio de Doena Inflamatria Intestinal do
Gastrocentro, UNICAMP, que esto em uso de terapia antiTNF-,
com ndice de Atividade da Doena de 60, de ambos os sexos, idades
entre 14 e 58 anos. O estudo prospectivo de interveno nutricional
teve durao de 16 semanas. Foram realizadas trs coletas: Tempo 1 -
antes da Introduo do suplemento; Tempo 2 - dois meses aps a
ingesto do suplemento e Tempo 3 - ao final de quatro meses de
suplementao. A proliferao in vitro de clulas mononucleares esti-
muladas com BCG vivo foi analisada por citometria de fluxo, com
anlise das subpopulaes de linfcitos T CD3+, CD4+, CD8+ e
TCRgd+). O teste de Friedman foi utilizado e considerado significati-
vo valor de p<0,05. Os resultados foram expressos em medianas,
valores mximos e mnimos. Resultados: O percentual de linfoblastos
especficos para o BCG Tempo 1 foi de 9,3 (1,5 a 44,9)%, Tempo 2
foi 12,4 (1,8 a 42,6)% e Tempo 3 foi 14 (2,2 a 44,1)%. Os percentuais
de linfcitos TCD4+ especficos para o BCG no Tempo 1 foram 28,1
(6,3 a 81,8)%, Tempo 2 foram 40,2 (3,9 a 85,9)% e Tempo 3 foram
21 (3,6 a 81,7)%. Os percentuais de linfcitos TCD8+ especficos
para o BCG no Tempo 1 foram 13,6 (2,7 a 50,4)%, Tempo 2 foram
14,1 (5,1 a 50,4)% e Tempo 3 foram 10,0 (3,7 a 50)%. Os percentuais
de linfcitos TCR gd+ especficos para o BCG no Tempo 1 foram 60,7
(5,9 a 93,9)%, Tempo 2 foram 44,6 (18,4 a 97,8) e Tempo 3 foram
74,6 (4,8 a 96,7)%. Concluso: Todos os pacientes apresentaram
resposta proliferativa BCG especfica e a suplementao nutricional
com protenas do soro de leite enriquecido com TGF- durante 16
semanas no modificou essa resposta.
P123 - CITOCINA BCG ESPECFICA EM PACIENTES COM
DOENA DE CROHN SOB SUPLEMENTAO
NUTRICIONAL
OYA V,, DAVANO T,, MORENO Y.M.F,, COY C.S.R,, FAGUNDES
J.J,, AYNITONO M.L.S,, PINTO E.A.L.C,, VILELA M.M.S
1. FCM, UNICAMP Faculdade de Cincias Mdicas
Introduo: A Doena de Crohn uma inflamao crnica transmural
granulomatosa da mucosa intestinal e imunomoduladores orais com
propriedades antiinflamatrias, tais como protenas do soro de leite e
TGF- podem favorecer a evoluo dessa doena. Objetivos: Avaliar a
produo de IFN- em cultura de clulas mononucleares de sangue
perifrico estimuladas por BCG em pacientes com Doena de Crohn
sob suplementao nutricional com protenas do soro de leite enri-
quecido com TGF-. Mtodos: Foram selecionados 13 pacientes, sob
seguimento no Ambulatrio de Doena Inflamatria Intestinal do
Gastrocentro, UNICAMP, que esto em uso de terapia antiTNF-,
com ndice de Atividade da Doena de 60, de ambos os sexos, idades
entre 14 e 58 anos. O estudo prospectivo de interveno nutricional
teve durao de 16 semanas. Foram realizadas trs avaliaes: Tem-
po 1 - antes da Introduo do suplemento; Tempo 2 - oito semanas
aps a ingesto do suplemento e Tempo 3 - ao final de dezesseis
semanas de suplementao. A produo de IFN- foi realizada a
partir de clulas mononucleares de sangue perifrico cultivadas por
48 horas e analisadas posteriormente por ELISA. O teste de Friedman
foi utilizado e considerado significativo valor de p<0,05. Os resulta-
dos foram expressos em medianas, valores mnimos e mximos.
Resultados: A produo espontnea de IFN- no Tempo 1 foi de
39,37 (8,34 a 42,6) pg/mL, no Tempo 2 foi 0,0 (0,0 a 79,85) pg/mL
e no Tempo 3 foi 0,0 (0,0 a 104,72) pg/mL. A produo de IFN-
BCG especfica no Tempo 1 foi 47,23 (12,44 a 787,49) pg/mL, no
Tempo 2 foi 37,03 (0,0 a 457,57) pg/mL e no Tempo 3 foi 61,65
(0,0 a 576,40) pg/mL. Concluso: Todos os pacientes apresentaram
produo de IFN- BCG especfica e a suplementao nutricional
com protenas do soro de leite enriquecido com TGF- durante 16
semanas no a sua produo.
P124 - RESSECO ABDOMINO-PERINEAL DO RETO NA
DOENA DE CROHN - RELATO DE CASO E REVISO DA
LITERATURA
MAZURKIEWICZ, G, GONDIM, F., SENA, J.L., CEDRO, R., CAR-
VALHO, A, ALVES, V. L.
1. FAMED-UFBA, faculdade de Medicina - Universidade Federal da
Bahia
Os autores apresentam um relato de caso de doena de crohn estenosante
do reto com manifestao perianal, no qual houve falha do tratamen-
to medicamentoso, sendo realizada uma resseco abdomino-perineal
do reto, evoluindo com poucas complicaes no ps-operatrio. Re-
alizada uma reviso da literatura sobre esta indicao de tratamento na
doena de crohn.
P125 - EVISCERAO TRANSVAGINAL ESPONTNEA DO
INTESTINO DELGADO: RELATO DE CASO
PARRA, R.S., ALMEIDA, A.L.N.R., RIGHETTI, A.E.M., MATOS,
B.M.R., MARQUES DE SOUZA, G., JACOMINI, C., RIBEIRO DA
ROCHA, J.J., FERES, O.
1. HCFMRP-USP, Hospital das Clnicas da FMRP-USP
Introduo: cerca de 80 casos de eviscerao transvaginal do intestino
delgado foram descritos na literatura. Os principais fatores de risco
so: mulheres em idade avanada, multparas, histerectomia abdomi-
nal ou vaginal prvia. Em mulheres ps-menopausa, a eviscerao
est freqentemente associada ao aumento da presso intra abdomi-
nal, ulcerao vaginal devido atrofia e esforo evacuatrio. Requer
reconhecimento imediato e interveno cirrgica de urgncia. Relato
de caso: mulher, 75 anos, apresenta-se na sala de urgncia com dor
abdominal. H 10 dias da admisso a paciente submeteu-se a angioplastia
+ stent coronariano via artria femoral para tratamento de doena
coronariana. Teve como complicao da arteriografia hematoma
99
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inguinal e abdominal com necessidade de drenagem. Ficou constipada
e fez esforo excessivo para evacuar na manh do dia da apresentao
na sala de emergncia. Houve desconforto durante o ato evacuatrio,
perda de lquido pela vagina e exteriorizao de ala intestinal
transvaginal. No havia histria de trauma abdominal ou vaginal.
Antecedentes: histerectomia abdominal prvia e perinioplastia para
tratamento de incontinncia urinria. O exame sob anestesia revelava
40cm de intestino delgado com edema e sem sinais de isquemia,
prolapsando pela vagina. Aps tentativa sem sucesso de reduo do
intestino via transvaginal, optado pela laparotomia mediana, reduo
do intestino e sutura da vagina. No houve complicaes ps-opera-
trias. No seguimento de 6 meses, no havia evidncias de recidiva e
o defeito na vagina havia cicatrizado satisfatoriamente. Concluso:
eviscerao vaginal um evento raro. Os grupos de risco incluem:
idade avanada, mulheres ps-menopausa, histerectomia prvia (va-
ginal ou abdominal), multiparidade, cirurgia vaginal prvia e enterocele.
Nas mulheres ps-menopausa a eviscerao pode ocorrer espontane-
amente, ou mais freqentemente, associada ao aumento da presso
intra-abdominal. No presente caso, as causas provveis que contribu-
ram para eviscerao foram: idade avanada, passado de cirurgia plvica
e abdominal, assoalho plvico enfraquecido e esforo excessivo para
evacuar. Eviscerao vaginal uma emergncia mdica que exige re-
conhecimento imediato e pronto encaminhamento para centro cirr-
gico para tratamento.
P126 - OPERAO DE DELORME ASSOCIADA COM
OPERAO DE NOTARAS PARA TRATAMENTO DA
PROCIDNCIA RETAL
MANZIONE, CR, MACHADO, SP, NADAL SR
1. CMN, Clnica Manzione Nadal
Introduo: existem vrias operaes para tratamento da procidncia
retal, ou prolapso total do reto. A abordagem pode ser abdominal, ou
perineal, ou combinada. A escolha baseada nas condies clnicas do
doente, uma vez que os resultados a longo prazo so semelhantes.
freqente a melhora do prolapso a curto prazo, porm permanece a
incontinncia fecal de diferentes graus, o que justificaria os procedi-
mentos combinados. Objetivo: apresentar casustica em que associa-
mos as operaaes de delorme e de notaras para tratamento da
procidncia retal. Mtodo: operamos cinco portadores de procidncia
retal utilizando as tcnicas acima, no perodo entre 2002 e 2009.
Eram quatro mulheres e um homem, com idades entre 89 e 77 anos de
idade. Todos referiam o prolapso aos esforos para evacuar, tossir,
espirrar ou simplesmente levantar-se e andar. Acompanhava inconti-
nncia fecal, tenesmo e sangramento de pequeno volume. Todos rela-
tavam doenas sistmicas associadas controladas, que incluam hiper-
tenso arterial, diabete do tipo ii, alzheimer, cardiopatias congestivas
e arritmias cardacas. As operaes foram realizadas sob raqui-anestesia.
Utilizamos a operao de delorme para reduo do prolapso retal e a
de notaras para reduo do dimetro do canal anal e melhorar os
sintomas de incontinncia fecal. Resultados: os doentes evoluram
bem no ps-operatrio, sem intercorrncias. No seguimento a longo
prazo, entre um e sete anos, excluindo o ltimo dos operados, no
houve recidivas. H referncia de melhora do grau de incontinncia,
permanecendo para gases e fezes lquidas, exceto para uma doente.
Concluso: sugerimos que o procedimento de notaras possa ser associ-
ado com a operao de delorme para o tratamento da procidncia
retal em casos selecionados.
P127 - ANLISE DIAGNSTICA E TERAPUTICA DA
COCCIGODNIA: UM DESAFIO COLOPROCTOLGICO?
CIQUINI, S.A., ALVES, A.C.N., NISHIMOTO, E.I., VARONI, A.C.C.,
FERREIRA, A.S., GUSMON, C.C., VIDILLI-PEREIRA, E.A.,
FRULANI DE PAULA, L.B.
1. PUC-CAMPINAS, Servio de Coloproctologia Hosp. Univers. da
PUC-Campinas
Introduo: a coccigodnia, descrita por simpson em 1859, representa
uma doena rara caracterizada por edema e dor na regio do cccix. Esta
pode irradiar-se para as ndegas e estar associada a trauma ou deformidade
anatmica congnita. Essa condio pode ser ainda parte da sndrome do
elevador do nus ou manifestao de proctalgia fugaz. A dor ocorre pro-
vavelmente devido a espasmos da poro pubococcgea do msculo ele-
vador do nus. Acomete com freqncia mulheres em torno da quinta e
sexta dcadas, os sintomas persistem por muitos anos e associa-se a
depresso. Seu diagnstico complexo e sua teraputica contempla vrias
modalidades, mas nenhuma totalmente eficaz. Objetivos: analisar aspec-
tos diagnsticos, modalidades teraputicas e as dificuldades na obteno
de resultados satisfatrios em doente portadora de coccigodnia. Mto-
dos: os autores relatam o quadro clnico de uma doente de 48 anos porta-
dora de coccigodnia submetida a vrios tipos de tratamentos clnicos e
cirrgicos. Resultados: a doente necessitou submeter-se a vrios exames
para confirmao diagnstica. Empregaram-se modalidades teraputicas
medicamentosas, anestsicas, cirrgicas e complementares. Evoluiu com
recorrncias sintomticas expressivas e freqentes. Atualmente perma-
nece em tratamento com terapias combinadas, evoluindo com maiores
perodos livres de sintomas. Concluses: o tratamento inicial desta enfer-
midade deve ser preferencialmente conservador com a administrao de
antiinflamatrios no-esteroidais, analgsicos, infiltraes e terapias com-
plementares. Diante da no resposta aos tratamentos propostos pode-se
tentar abordagem cirrgica com a coccigectomia. Assim, conclui-se que
apesar das diversas modalidades teraputicas os resultados ainda so
insatisfatrios exigindo conduta multidisciplinar e persistente, visando
principalmente a melhora da qualidade de vida.
P128 - INRCIA COLNICA RELATO DE CASO
ACCETTA, A.F.1, ACCETTA, I.2, BOTTINO, M.M.1, SANTOS,
A.S.M.1, VASCONCELOS, R.S.1, PUPO NETO, J.A.1
1. UFRJ, Hospital Universitrio Clementino Fraga Filho2. UFF, Hos-
pital Universitrio Antonio Pedro
Constipao intestinal sintoma muito comum. Sua elevada incidn-
cia est freqentemente associada dieta inadequada, sedentarismo,
medicamentos, alteraes endcrino-metablicas, alm de doenas
colnicas, neurolgicas, psiquitricas e causas idiopticas. Inrcia
colnica a falncia do clon em impulsionar o material fecal para o
reto. Para pacientes que no conseguem melhora com dieta e laxativos,
e aps avaliao funcional adequada a cirurgia pode ser indicada, sen-
do, entretanto, conduta de excluso. As opes cirrgicas mais utiliza-
das so a colectomia segmentar, sub-total ou total. Devido morbi-
mortalidade deste tratamento, existem discusses relacionadas aos
seus benefcios. O principal objetivo deste trabalho relatar um caso
de uma paciente de 60 anos, com disgnstico de inrcia colnica,
tratada em nosso hospital. Aps insucesso de diversos tratamentos
clnicos, foi realizado colectomia total com leo reto anastomose
mecnica, com boa evoluo ps operatria e de follow up. Tam-
bm realizamos uma discusso e reviso bibliogrfica. Conclumos que
o tratamento cirrgico uma alternativa vlida somente nos casos
refratrios ao tratamento clnico, e nos pacientes que foram submeti-
dos a um estudo fisiolgico, com investigao clnica completa, para
a confirmao do quadro de inrcia colnica. Dentre as opes cirr-
gicas, a colectomia total com leo-reto anastomose foi a que obteve
maior ndice de sucesso.
100
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Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
P129 - AVALIAO DA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIEN-
TES COM INCONTINNCIA FECAL
ANDRADE, R.C.P, SANTOS, T. A, CONCEIO, D. S, SANTOS,
D.N, ALVES, D.M.O, BURGOS, V.M.
1. UFBA/ COM-HUPES, Universidade Federal da Bahia
Introduo: a qualidade de vida um desfecho importante em sade.
Estudos demonstram que a incontinncia fecal tem impacto negativo
na sade mental e psicossociais. Visto que, uma condio de incapa-
cidade fsica e psicolgica. Nos ltimos anos, tem crescido o interesse
em avaliar a percepo do individuo em relao ao seu bem-estar e
expectativa de vida. Porm ainda h uma escassez de estudos que
avaliem estes aspectos em relao ao tratamento fisioteraputico
nesta patologia. Objetivo: o objetivo deste estudo avaliar o impacto
na qualidade de vida antes e aps o tratamento fisioteraputico nos
portadores de incontinncia fecal. Mtodos: trata-se de um estudo
descritivo na populao proveniente do ambulatrio de fisioterapia
do hospital universitrio professor edgar santos situado na cidade de
salvador bahia. A populao includa neste estudo foram pacientes
com diagnstico clnico de incontinncia fecal ou hipotonia
esfincteriana, com um nmero mnimo de 12 sesses de tratamento
fisioteraputico. A seleo da amostra foi por convenincia. A coleta
de dados se deu atravs de fontes de dados secundrias, no perodo de
01 a 21 de abril de 2007. Os critrios para verificao da melhora das
pacientes foram fiql - fecal incontinence quality of life, tabela de ortiz
e o esquema perfect para fora muscular. Resultados: a faixa etria das
pacientes estava entre 65 e 80 anos de idade. Todas as pacientes eram
multparas e apresentaram entre 7 12 gestaes. Cerca de 40% das
pacientes apresentaram fora muscular do assoalho plvico igual a
zero. Do total da amostra, 83,3% das pacientes obtiveram melhora da
fora muscular. A incontinncia fecal causou muitas vezes impacto na
qualidade de vida no que diz respeito ao domnio estilo de vida, com-
portamento, constrangimento, depresso em 50% das pacientes antes
do tratamento fisioteraputico. Aps o tratamento 66,6 % das paci-
entes obtiveram melhora da qualidade de vida no que diz respeito aos
domnios supracitados. Concluses: a fisioterapia favorece o controle
deste individuo sobre a evacuao repercutindo desta forma na melhoria
da qualidade de vida. Contudo, estudo com uma amostra populacional
maior permitir uma anlise inferencial, que poder destacar e
correlacionar especificamente a melhora da qualidade de vida com
outras variveis teraputicas.
P130 - PROPOSTA DE INTERVENO FISIOTERAPUTICA
PARA O TRATAMENTO DA INCONTINNCIA FECAL
CONCEIO, D.S, SANTOS, D.N., PEIXOTO, T.B., ANDRADE,
R.C.P., FONSECA, D.S., BURGOS, V.M.
1. UFBA/ COM-HUPES, Universidade Federal da Bahia
Introduo:a incontinncia fecal (if) pode ser definida como a perda
da capacidade ou habilidade de limitar a passagem de fezes ou gases em
tempo e/ou local socialmente aceitvel e ocorre diante de disfuno de
um ou mais dos mecanismos envolvidos no processo de continncia,
como a alterao da consistncia fecal, reduo da capacidade e com-
placncia retais, reduo da sensibilidade retal e alterao do assoalho
plvico ou esfincteriano. Objetivo:propor,aps resultado do projeto
piloto, um programa de tratamento fisioteraputico para if, estabele-
cer parmetros eletroteraputicos e verificar a influncia do trata-
mento na qualidade de vida. Material e mtodos:trata-se de uma pro-
posta de implantao de um protocolo fisioteraputico, a ser realiza-
do com pacientes do ambulatrio do servio de fisioterapia
coloproctolgica do c-hupes salvador/ba. Os critrios de incluso se-
ro pacientes com diagnstico clnico de incontinncia fecal leve e/ou
moderado, ambos os sexos, sem restrio de idade e/ou raa; e os
critrios de excluso sero pacientes submetidos a tratamento prvio
(fisioteraputico e/ou cirrgico) e que apresentarem restries para
utilizao da eletroestimulao (ee) e/ou para terapia manual (tm) no
canal anal. Os instrumentos utilizados para avaliao e reavaliao da
teraputica sero o questionrio de sinais/sintomas e qualidade de vida
(fiql), teste de fora muscular(ortiz) e endurance(perfect), escala
analgica visual modificada, ndice de incontinncia, dirio de funcio-
namento intestinal. O protocolo ser constitudo de terapia
comportamental, eletroestimulao, terapia manual, cinesioterapia/
correo postural e exerccios domiciliares para o assoalho plvico,
aplicado em 24 sesses, freqncia de 2 vezes/semana com reavaliao
a cada 8 sesses para posterior anlise. Resultado: acredita-se que este
protocolo seja capaz de contribuir como proposta teraputica,
multidisciplinar de forma a atender as necessidades dos pacientes com
disfuno anorretal, e que no decorrer do tratamento ocorram melho-
ra dos sinais e sintomas, continncia e na qualidade de vida.
Concluso:um protocolo com parmetros teraputicos bem delimita-
dos favorece a obteno de resultados satisfatrios em relao tera-
putica. Portanto acredita-se que este projeto seja de grande relevn-
cia para otimizar o tratamento da incontinncia fecal, bem como,
possibilitar a realizao de estudos que possam validar a eficcia dos
recursos fisioteraputicos nas disfunes anorretais.
P131 - INTERVENO FISIOTERAPUTICA NO PS OPERA-
TRIO IMEDIATO DE MEGACOLON CHAGSICO: UM ES-
TUDO DE CASO
ANDRADE, C.P.A., SANTOS, D.N., CONCEIO, D.S., SANTOS,
T.A., BURGOS, V.M.
1. UFBA/ COM-HUPES, Universidade Federal da Bahia
Introduo: o megaclon chagsico uma complicao da doena de
chagas, que ocasiona destruio dos plexos mioentrico e submucoso,
especialmente em seu componente parassimptico, o que leva ao
surgimento de um obstculo funcional passagem das fezes, e promo-
ve obstipao crnica. A oms estima que de 10 a 12% dos pacientes
chagsicos crnicos desenvolvem o megaclon. Enquanto em uma
fase incipiente o tratamento conservador, na fase avanada da doen-
a e na falha do manejo clnico o interveno cirrgico geralmente
necessrio. Predominante entre os homens, a maior incidncia entre
20 - 60 anos. Objetivo: demonstrar a eficincia do tratamento
fisioteraputico no ps-operatrio de anastomose no paciente porta-
dor de megaclon chagsico. Material e mtodo: trata-se de um estudo
de caso de uma paciente de 68 anos, sexo feminino, com diagnstico
de incontinncia anal/constipao e estenose do canal anal ps-ope-
ratrio imediato de reconstruo do transito intestinal secundrio
megaclon chagsico, encaminhada ao ambulatrio de fisioterapia
coloproctolgica do c-hupes, salvador-ba, foram realizados exerccios
domiciliares, terapia comportamental, cinesioterapia, terapia manu-
al, eletroterapia, massagem de vogler e ginstica hipopressiva por 9
meses, durao de 60 minutos/sesso, 2 vezes semanais evoluiu para 1
vez/semana. A evoluo do tratamento foi analisada atravs do questio-
nrio de qualidade de vida (fiql -fecal incontinence quality of life),escala
de fora (ortiz) endurance (esquema perfect) muscular, sinais e sinto-
mas, nmero de protetores antes durante e aps tratamento. Resulta-
dos: a paciente apresentava na primeira avaliao fora muscular grau
3, urgncia fecal, aumento da freqncia urinria (13vezes/24 horas),
uso de 2 protetor dirios, fiql com impacto em comportamento e
estilo de vida. Aps 37 sesses recebeu alta com fora muscular grau 5,
cura da incontinncia fecal/constipao, freqncia urinria de 8-9
vezes/dia e a fiql com leve impacto no domnio comportamento.
Houve suspenso da cirurgia programada para alargamento da estenose
101
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Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
anal devido a melhoras das queixas clinica apresentadas aps trata-
mento fisioterapeutico. Concluso: a fisioterapia coloproctologica
pos-operatorio em pacientes com diagnstico clnico de megaclon
chagsico pode ser indicada para otimizar a cura da incontinncia
fecal/constipao e evitar um novo procedimento, visando principal-
mente a melhora da qualidade de vida.
P132 - O RESULTADO DO TRATAMENTO FISIOTERAPETICO
EM MULHERES COM INCONTINNCIA FECAL EM UM HOS-
PITAL PBLICO NA CIDADE DE SALVADOR - BAHIA
CONCEIO, D.S, ANDRADE, R.C.P., SANTOS, D.N., SANTOS,
T.A, BURGOS, V.M.
1. UFBA/ COM-HUPES, Universidade Federal da Bahia
Introduo:a incontinncia fecal (if) considerada a perda da capaci-
dade ou habilidade de limitar a passagem de fezes ou gases em tempo e/
ou local socialmente aceitvel. Idade avanada, partos vaginais, leses
obsttricas, prolapsos de rgos plvicos, impactao fecal e diarria,
deficincia estrognica, condies associadas a aumento da presso
intra-abdominal, trauma cirrgico anorretal, tabagismo, alcoolismo e
neuropatias so fatores de risco para o desenvolvimento de if. Em
idosos e mulheres encontra-se a maior prevalncia desta disfuno,
porm a epidemiologia ainda incerta devido a omisses de relatos
por parte dos pacientes acometidos. Objetivo:descrever os resultados
da fisioterapia coloproctolgica em mulheres portadoras de if de uma
instituio pblica do salvador/bahia. Material e mtodos:trata-se de
um projeto piloto de corte longitudinal, selecionado por convenincia
do ambulatrio de fisioterapia nas disfunes do assoalho plvico,
anexo magalhes neto do c-hupes/ufba (salvador/bahia), composto
por uma amostra de 6 pacientes atendidos no ambulatrio do servio
de fisioterapia nas disfunes do assoalho plvico do c-hupes salva-
dor/ba). Foram includas pacientes com diagnstico clnico de if ou
hipotonia esfincteriana, sem restrio de idade, sexo, raa e com no
mnimo de 12 sesses de tratamento. Foram excludos pacientes
neuropatas e com dficit cognitivo. A varivel dependente a quali-
dade de vida, e a independente o tratamento fisioteraputico. As co-
variveis analisadas foram: idade, grau de fora muscular, sintoma
(perda fecal/urgencia), uso de protetores, nmero de gestaes, par-
to vaginal prvio e impacto na qualidade de vida. Resultado:ao final
do tratamento foi observado que as pacientes apresentaram cura dos
sintomas, melhora na qualidade de vida e da fora muscular.
Concluso:atravs da realizao desse estudo foi possvel observar
que a fisioterapia eficiente no tratamento de if e melhora a quali-
dade de vida. Contudo, a escassez de uma padronizao na literatura
de protocolos utilizados impede a comprovao dos resultados e a
validao das tcnicas fisioteraputicas, alm da sub-indicao por
parte dos profissionais mdicos, o que contribui para limitar o estu-
do. Porem para que a fisioterapia seja considerada um mtodo de
escolha, faz-se necessrio a implantao de protocolo bem desenha-
do bem como sua indicao.
P133 - ATUAO DA FISIOTERAPIA NA INCONTINENCIA
FECAL DE UM PACIENTE COM TRM: RELATO DE CASO
ANDRADE, R.C.P., SANTOS, D.N., CONCEIO, D.S., SANTOS,
T. A., BURGOS, V.M.
1. UFBA/ COM-HUPES, Universidade Federal da Bahia
Introduo: o trm causa leses dos componentes da coluna vertebral
que pode levar a perda parcial/ total da motricidade e sensibilidade,
alm de comprometimento vasomotor, alteraes respiratria, intes-
tinal, vesical e sexual. Quando a leso ocorre no segmento cervical ou
torcico o individuo, geralmente ir desenvolve um intestino
neurognico reflexo espstico. Objetivo: demonstrar a efetividade da
fisioterapia no tratamento da incontinncia fecal /constipao secun-
drio ao intestino neurognico ps tmr. Material e mtodo: trata-se de
um estudo de caso de um paciente 50 anos, sexo masculino, vtima de
acidente motociclistico +/- 1 ano, com compresso de c3-c4 ps trm
e diagnstico clnico de incontinncia fecal, admitido para tratamen-
to no ambulatrio de fisioterapia coloproctolgica do c-hupes/ufba,
da cidade do salvador-ba. Apresentava queixa de perda de fezes com-
pleta, uso de 2 protetores/24horas, fora muscular (fm) grau 4,
endurance das fibras tnicas e fsicas dbeis e incompletas,questionrio
de qualidade de vida fecal (fiql) com impacto leve no domnio estilo de
vida e moderado no domnio comportamento. Durante o tratamento
evoluiu com constipao de 5 dias. Foi realizado terapia manual,
cinesioterapia, massagem de vogler, ginstica hipopressiva, terapia
comportamental e exerccios domiciliares por 7 meses, total de 30
sesses, de 60 minutos, 2 vezes/semana. A avaliao foi atravs da
qualidade de vida, fm, sinais/sintomas, e nmero de protetores antes e
aps tratamento. Os instrumentos de anlise foram fiql (fecal
incontinence quality of life); escala de ortiz e esquema perfect para o
grau de fora e endurace das fibras musculares. Resultados: aps 30
sesses o paciente apresentou melhoras da perda fecal e da constipa-
o, com freqncia fecal de 2/2 dias, diminuio da perda urinria e da
realizao do cateterismo de alivio aps cirurgia de correo do tran-
sito urinrio, no utiliza protetor dirio, fm grau 5, endurance das
fibras tnicas e fsicas completas e efetivas e fiql com impacto leve
no domnio comportamento. Concluso: verificou-se que a fisiotera-
pia pode melhorar os sintomas de incontinncia fecal e da constipa-
o secundrio ao intestino neurognico, a qual deve ser indicada por
conferir independncia e melhora da qualidade de vida nos portadores
desta disfuno.
P134 - TRATAMENTO FISIOTERAPUTICO COLOPROCTO-
LGICO NA PS COLECTOMIA E ILEOSIGMOIDO-
ANASTOMOSE RELATO DE CASO
MACHADO, A. M. O., SANTOS, D.N., ALVES, D.M.O., ANDRADE,
R.C.P., CONCEIO, D.S., SANTOS, T.A., BURGOS, V.M.
1. UFBA/ COM-HUPES, Universidade Federal da Bahia
Introduo: o tratamento cirrgico da polipose adenomatosa familiar
(paf)visa extirpar a doena e preservar a continncia anal. A colectomia
com preservao do reto e do leo ou ileosigmoidoanastomose pro-
cedimento alternativo de tratamento para pacientes com adenomas
mltiplos. Porm estas intervenes cirrgicas frequentemente resul-
tam em perda da sensibilidade anal e alterao na complacncia retal.
Ambos podem contribuir para que ocorra distrbio da funo e perda
da continncia. A reeducao anorretal o principal objetivo do trata-
mento fisioteraputico na incontinncia anal ps colectomia e pr-
cirurgia para fechamento de ileostomia. Objetivo: relatar um caso em
adolescente, sexo feminino, 16 anos, com polipose adenomatosa fa-
miliar (paf) apresentando incontinncia anal ps colectomia com
bolsa ileal mais ileostomia protetora; submetida a tratamento
fisioteraputico para reabilitar a funo anorretal para pr-cirurgia de
fechamento de ileostomia. Mtodo: relato de caso resultado: obser-
vou-se que o protocolo de tratamento foi eficaz porque houve uma
melhora gradual da sintomatologia, principalmente com a diminuio
da freqncia e perda fecal, assim como, o aumento da fora e potn-
cia dos msculos esfincterianos anais. Concluso: as disfunes
anorretais secundrias s cirurgias de colectomia com
ileosigmoidoanastomose podem ser tratada por procedimentos
fisioteraputico que atuam de maneira curativa ou promovendo acen-
tuada melhora da funo e sintomatologia.
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P135 - CORRELAO ENTRE A INCOMPETNCIA
ESFINCTERIANA ANAL E A PRTICA DE SEXO ANAL EM HO-
MOSSEXUAIS DO SEXO MASCULINO
MACHADO, A. M. O, FERREIRA, M. C, BRAZ, T. P
1. UNIJORGE, Centro Universitrio Jorge Amado
Resumo: Introduo: a incontinncia anal um dilema multifatorial
que acarreta um impacto significativo na qualidade de vida do indiv-
duo. Dentre as diversas etiologias, encontram-se as de causa traumti-
ca, como a penetrao de objetos no canal anal. A incluso do nus na
atividade sexual, j vem sendo descrita, principalmente entre homos-
sexuais do sexo masculino. A partir desta premissa, questionou-se nes-
ta pesquisa a possibilidade da penetrao do pnis no nus se enquadrar
como uma etiologia traumtica da incontinncia anal. Objetivo: veri-
ficar a possvel correlao entre a incontinncia anal e a prtica de
sexo anal, atravs de dados como idade, tempo de prtica e a freqncia
semanal de sexo anal. Mtodos: 100 homossexuais masculinos passi-
vos, que se enquadraram nos critrios de incluso e excluso, foram
entrevistados atravs de um questionrio elaborado pelas pesquisado-
ras e a escala de ndice de incontinncia anal. Resultados: a inconti-
nncia anal estava presente em 62%, sendo que a perda de gases foi
considerada a mais significativa. Contudo, as correlaes propostas
no se apresentaram estatisticamente significantes. Concluso: a mai-
oria dos homossexuais apresentou algum grau de incontinncia anal,
provavelmente em decorrncia da prtica do sexo anal.
P136 - TTULO: EVOLUO DE DISFUNES ANORRETAIS
EM PACIENTE COM CONSTIPAO INTESTINAL
GUILGER, NR, JORGE, JMN, SCHLENSTEIN, HP, RODRIGUES,
LCO, BRANDO, AAR, SILVA, JH, NAHAS, SC, CECCONELLO, I
1. FM-USP, Servio de Cirurgia do Clon e Reto da USP
Introduo: o conhecimento das disfunes anorretais fundamental
para o tratamento adequado da constipao intestinal em sua evolu-
o. Objetivo: demonstrar a evoluo das disfunes anorretais em 33
anos de seguimento apresentadas por uma paciente durante o trata-
mento de constipao intestinal. Mtodo e resultados: paciente de 38
anos em 1975, deu entrada em nosso servio com quadro de constipa-
o intestinal ( 2/ 2 dias), no ps operatrio de histerectomia subtotal,
com boa evoluo com medidas clnicas. Evoluiu ento incontinncia
urinria sendo submetida kelly keneddy em 1982 e hemorroidectomia
em 1985. Iniciou, ento, piora progressiva do quadro de constipao
intestinal, chegando a ficar 10 dias sem evacuar sem uso de laxantes,
realizado tempo de trnsito colnico que demonstrou predomnio de
marcadores em clon e e na investigao foi diagnosticado sigmide
redundante, sendo a paciente submetida a sacropromonto fixao e
retossigmoidectomia por sigmoidocele em 1993, recebendo alta no
10 po sem intercorrncias. Apresentou melhora relativa do quadro de
constipao, que, evoluiu, novamente, com aumento da freqncia
evacuatria (8 dias sem laxante) e sensao de bola no nus, associada
grande esforo evacuatrio, fezes macias e afiladas e presena de
muco nas fezes. Em 1996 teve diagnstico clnico de retocele em
consulta ginecolgica, foi acompanhada clinicamente na proctologia
e realizada manometria anorretal : canal anal encurtado de 1 cm , com
presena de presses de repouso e de contrao normais, achados
compatveis com exame fsico de descenso perineal. Aps investiga-
o, foi feito diagnstico de intussuscepo reto anal, sendo a pacien-
te submetida retossigmoidectomia perineal com aproximao do
msculo puborretal sem intercorrncias, recebendo alta no 6 po em
2005. Apresentou melhora clinicamente relativa, recuperando nova-
mente os sintomas de constipao intestinal, associados intensa dor
anal com grande repercusso na qualidade de vida. Realizou
videodefecografia (dez/2006): sigmoidocele do 3 grau com indicao
cirrgica ap: g10p9a1 concluso: a complexidade no seguimento e
acompanhamento das disfunes anorretais estar cada vez mais pre-
sente, com o envelhecimento da populao, necessitando de centros
especializados no seu acompanhamento.
P137 - RESULTADOS DE RETOSSIGMOIDECTOMIA PERINEAL
NO TRATAMENTO DA PROCIDNCIA RETAL
SILVA, F.F.A, CARVALHO, A.C.M., SOUZA, J.A.S., ALVES FILHO,
E.F, LOPES, M.V.C.O., CLEMENTINO FILHO, A.C., MENDES,
C.R.S., GOES, L.V.Z.S.
1. HGRS, Servio de Coloproctologia do Hospital Geral Roberto San-
tos
Introduo: a procidncia retal um transtorno da fixao do reto e se
manifesta pela invaginao oculta ou visvel, quando h sada de seg-
mento varivel do reto pelo nus. Trata-se de uma anomalia pouco
freqente, incapacitante e de etiologia pouco conhecida, com uma
multiplicidade de fatores de diferentes patogenias. Objetivos: descre-
ver e analisar os resultados do tratamento da procidncia retal pela
tcnica de retossigmoidectomia perineal (procedimento de altmeier).
Mtodos: 27 pacientes com procidncia de reto atendidos entre janei-
ro 2007 e maio de 2009 foram submetidos a tratamento cirrgico pela
tcnica de altmeier. Esses pacientes foram avaliados quanto ao tempo
e tamanho de prolapso, idade, sexo, paridade, comorbidades associa-
das, cirurgias prvias, doenas anorretais e ritmo intestinal prvio ao
tratamento. Aps tratamento cirrgico foi feita uma analise dos resul-
tados cirrgicos, complicaes, tempo de internao e
morbimortalidade. Resultados: os 27 pacientes estudados tinham m-
dia de idade 62 anos, 18 eram mulheres com mdia de paridade de 4,2
filhos. 44 % tinham algum tipo de doena mental e 67% tinham algum
grau de incontinncia. O estudo do colon foi realizado em 82% dos
pacientes seja por exame endoscpico ou enema opaco. 3 dos 27
pacientes foram operados de urgncia por irredutibilidade do prolapso.
O tamanho do prolapso variou de 5 a 30cm (mdia de 13cm). A
tcnica cirrgica foi preferencialmente feita com anastomose com
pontos separados com plicatura dos elevadores do nus. Apenas 01
paciente apresentou complicao, deiscncia parcial da anastomose.
O tempo de internamento mdio foi de 06 dias e at a presente data
no tivemos nenhuma recidiva. A mortalidade foi de apenas 01 paci-
ente, este em ps-operatrio tardio e no relacionado ao procedimen-
to. Dos 18 pacientes previamente incontinentes 15 voltaram a nor-
malidade e nenhum continente perdeu a continncia. Concluses: exis-
tem vrias opes de tratamento cirrgico do prolapso retal, a seleo
do procedimento mais adequado continua sendo um problema para o
cirurgio, que acaba escolhendo a ttica e a tcnica que melhor se
ajustam ao perfil do paciente a ser tratado. Neste trabalho foi optado
pela tcnica de retossigmoidectomia perineal, pode-se constatar a
grande eficcia desta opo cirrgica. Baixo ndice de complicao,
nenhuma mortalidade associada ao procedimento, ausncia de recidi-
va e um alto ndice de continncia no ps-operatrio.
P138 - EVACUAO OBSTRUDA: AVALIAO DE 20 CA-
SOS E REVISO DA LITERATURA
CAMPOS, M.C.D, MARZAN, L.A.R, CARVALHO, P.J.P.C
1. HIAE, ps-graduao doenas funcionais HIAE
Introduo: a sndrome da evacuao obstruda (seo) se caracteriza
por dificuldade de esvaziamento do reto, com tenesmo, esforo, nor-
malmente com mais de uma ida ao banheiro e sensao de evacuao
incompleta. Pode ser causada por alteraes funcionais ou anatmicas
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Setembro, 2009
e para o esclarecimento adequado da etiopatogenia so necessrios
exames complementares como manometria anorretal e
videodefecografia. Objetivos: relatar 20 casos de seo diagnosticados
no nufig (ncleo de fisiologia gastrointestinal), hospital albert einstein/
sp e correlacion-los com a literatura existente. Mtodos: foram in-
cludos os 20 pacientes com diagnstico confirmado aps a realizao
de manometria anorretal e videodefecografia no perodo de maio/
2005 a maio/2008. Os dados clnicos foram obtidos atravs de questi-
onrio baseado no protocolo de pesquisa roma iii, preenchido pelos
pacientes. Resultados: dos 20 pacientes, 18 eram mulheres e uma
mdia de idade de 56 anos. Quatro indivduos referiram mudana do
ritmo intestinal e somente 01 relatou funcionamento intestinal regu-
lar na poca da investigao, porm fazia uso frequente de laxantes.
Em relao ao intervalo das evacuaes, havia um equilbrio, contudo
alguns pacientes chegavam a ficar 7-10 dias sem evacuar e a maioria
(17) s o conseguia com algum auxlio. O tempo mdio gasto no toilet
era de 25 minutos e apenas 01 indivduo negou dificuldade para evacu-
ar, sendo que 07 tinham dificuldade constante, entre 75 a 100 % das
evacuaes. A maioria relatou esforo no incio da defecao, com
vrias tentativas por dia, sem resultado, alm de sensao de evacua-
o incompleta. A patologia de base mais comum foi a retocele, com
13 pacientes. O restante apresentou 01 prolapso interno do reto, 01
sigmoidocele, 03 anismos, 02 retoceles + anismo, 03 descensos
perineais associados a 02 retoceles e ao prolapso interno do reto.
Concluso apesar do tamanho da amostra ser muito pequeno, com
necessidade de ampliao do grupo de estudo, observamos um com-
portamento clnico semelhante ao descrito na literatura, com predo-
minncia da retocele como patologia de base. Com o surgimento de
outros mtodos diagnsticos, passou a se discutir o papel da manometria
anorretal e da videodefecografia, porm podemos concluir que desem-
penham papel fundamental como exames complementares, definindo
alteraes anatmicas ou funcionais e se beneficiando, ainda, por ter
um custo menor.
P139 - SIGMOIDOSTOMIA EM ALA - UMA MEDIDA DE EMER-
GNCIA EM PROCIDNCIAS RETAIS REFRATRIAS AO TRA-
TAMENTO CONVENCIONAL
JESUS, E.C., SEREJO T, PAES LEME FM, SOUZA MT
1. Uni-FOA, Escola de Cincias Mdicas de Volta Redonda
Introduo: a procidncia retal entidade de alta relevncia devido
importante repercusso e sintomatologia que proporciona. As taxas
de recidiva persistem em nveis elevados e quando a recidiva ocorre
precocemente em paciente grave, pode necessitar de uma alternativa
cirrgica no convencional, mas resolutiva. Objetivo:relatar um caso
de procidncia retal tratada por retopexia sem sigmoidectomia com
fixao sacral, com recidiva precoce por grande esforo respiratrio
extubao, e realizao de sigmoidostomia em ala, cirurgia esta ainda
no descrita na literatura para tratamento da procidncia,que demons-
trou ser efetiva em situao de emergncia. Mtodos: paciente do
sexo feminino,73 anos,queixava-se de dor abdominal e dor anal, pio-
rava em posio ortosttica e apresentava massa em regio anal
redutvel impedindo sua deambulao. Constipao crnica e dificul-
dade para urinar. Hipertensa. 4 partos normais e perineoplastia 6
anos. Abdome globoso, flcido. Inspeo anal procidncia volumosa
de 7 cm ao esforo. Toque vaginal cistocele volumosa. Cister opaco
:clons redundantes (principalmente sigmide) e divertculos difusos.
Avaliao cardiolgica: asa i e classe i de goldman. Indicado retopexia
abdominal sem sigmoidectomia em 6/2/09. Na tentativa de extubao,
a paciente realizou esforo respiratrio excessivo e necessitou de
reintubao e foi mantida no cti. Apresentou aps 6 horas de ps-
operatrio, sinais de hipotenso e recidiva do prolapso. Indicado
relaparotomia com reavaliao da hemostasia e realizada
sigmoidostomia em ala com fixao da ala com basto e leve trao
do reto para correo do prolapso, sem refixao do reto ao sacro.
Evolui com pneumonia aspirativa 2 dias aps as cirurgias anteriores e
mantida entubada e recebendo antibioticoterapia. Nova tentativa de
extubao dia 14/2/09 e eviscerao. Foi submetida relaparotomia
com sutura da parede abdominal, pontos de conteno e colete de
tompson. Somente em 27/2/2009, a paciente foi extubada e evolui
com diminuio gradativa do esforo respiratrio e obtendo alta para
enfermaria cirrgica em 4/3/09. Resultados: a sigmoidostomia em ala
com basto e leve trao do reto foi uma deciso cirrgica efetiva na
correo da procidncia retal. Concluses: o tratamento cirrgico da
procidncia retal apresenta taxas de recidivas ainda altas e quando sua
recorrncia ocorre precocemente em situao de emergncia, a
sigmoidostomia em ala provou ser mais uma alternativa factvel para
sua correo.
P140 - TTULO: CIRURGIA DE ALTEMEIER REALIZADA COM
ANESTESIA LOCAL
BARBI RR, MIRANDA AM, PETROSEMOLO RH, PANDELO AP,
FORMAGGINE LA, GAMA TCG
3. HGA, Hospital Geral do Andara (Rio de Janeiro- RJ)
Introduo: a retossigmoidectomia via perineal (cirurgia de altemeier)
no a cirurgia mais indicada na atualidade para procidncia retal,
prem torna-se uma excelente alternativa para pacientes idosos com
comorbidades. Objetivo: exposio de um caso de prolapso de reto,
onde a tcnica cirrgica realizada foi a de altemeier com anestesia local.
Mtodos: relato de caso de um paciente atendido e operado no hospital
geral do andara no servio de coloproctologia no ms de maio de 2009
por prolapso de reto. Resultado: paciente cgn, 88 anos, branca, morado-
ra do rio de janeiro, aposentada. Apresentando procidncia retal de
longa data, de aproximadamente dez centmetros, redutvel e sem sinais
de sofrimento de ala. Paciente hipertensa, cardiopata, dpoc, apresen-
tava cifose acentuada, acamada. Cirurgias prvias: perineoplastia, cata-
rata, apendicectomia, histerectomia, gesta i/pi. Realizada
retossigmoidoscopia flexvel pr-operatria, normal ate ngulo esplnico.
Na vspera da cirurgia realizou preparo de clon com manitol e clister
glicerinado via retal. Cirurgia realizada: posio de litotomia, anestesia
com lidocana 1% em ala de retossigmode prolapsada pelo nus, repa-
ro com vicryl 3. 0 nos quatro quadrantes, abertura por planos de mucosa,
muscular, serosa com eletrocaltrio a 1,5 cm da linha pectnea, ligadura
de mesocolon e mesoreto com algodo 2. 0, ressecado segmento de
retossigmoide de aproximadamente 18 cm, anastomose realizada com
vicryl 3. 0 com pontos separados, plano nico. No ps-operatrio foi
iniciada dieta no segundo dia, apresentou evacuao sanguinolenta no
terceiro dia, alta hospitalar no quinto dia. Retornou ao ambulatrio
apresentando queixa de incontinncia para fezes pastosas que apresen-
tou melhora evolutiva, no apresenta sinais de estenose ou recidiva com
40 dias de acompanhamento. Concluso: a tcnica de altemeier uma
tima alternativa para pacientes de risco elevado, pois evita a abertura
da cavidade abdominal, alm de ser possvel a realizao da mesma sob
anestesia local.
P141 - AVALIAO DA ULTRASSONOGRAFIA BI E
TRIDIMENSIONAL NAS PATOLOGIAS DO CANAL ANAL
LUCIA DE OLIVEIRA
1. PGRJ, Policlinica Geral do Rio de Janeiro
Objetivo: avaliar o papel da ultrassonografia bi e tridimensional nas
patologias do canal anal. Mtodos: pacientes incontinentes ou com
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Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
fstulas anais foram submetidos a ultrassonografia bi e tridimensional(b-
k transdutor profocus 2050). A integridade da musculatura esfincteriana
foi avaliada nos modos bi e tridimensional, sendo comparados. As
imagens em 3d foram reconstrudas nos cortes longitudinal, transver-
sal e axial, com avaliao do esfncter interno e externo do
nus,presena de defeitos musculares, trajetos fistulosos e cavidades
inflamatrias. Resultados: 106 pacientes foram avaliados devido a
incontinncia anal e 22 pacientes devido a fstulas anais. Defeitos
esfincterianos foram observados em 95% dos pacientes
incontinentes,incluindo defeitos ocultos do esfncter interno. A com-
parao entre os planos axial e longitudinal tridimensional confirmou
a presena de alguns defeitos do esfncter interno e externo. A presen-
a de trajetos fistulosos complexos foi melhor observada com o recur-
so das imagens tridimensionais, mesmo na ausncia de orifcio fistuloso
externo. Concluses: a ultrassonografia tridimensional um mtodo
novo e valioso. A comparao das imagens axiais e tridimensionais
pode auxiliar a deteco de defeitos ocultos esfncterianos.
P142 - MANOMETRIA ANORRETAL: PERFIL
EPIDEMIOLGICO E INDICAES
ROSA, V.F., SOUZA, G.G.C., ALMEIDA, R.M., WURMBAUER, I.S.,
BERFORD, F., FILHO, J.G., SOUSA, J.B., OLIVEIRA, P.G.
1. UNB, Universidade de Braslia
Objetivo: avaliar o perfil epidemiolgico dos pacientes submetidos
manometria anorretal em um hospital universitrio, alm de determi-
nar as indicaes mais freqentes para a realizao do exame. Mto-
dos: estudo retrospectivo baseado nos laudos dos exames realizados,
no hospital universitrio de braslia, entre dezembro de 2003 e abril de
2009. Todos os pacientes foram estudados quanto idade, gnero e
indicaes para a realizao do exame. Resultados: foram realizadas
468 manometrias anorretais neste perodo. Do total de pacientes,
71,2% (333 pacientes) eram do gnero feminino e 28,8% (135 paci-
entes) do gnero masculino. A mediana da idade foi de 47 anos. As
indicaes mais freqentes foram a incontinncia fecal (22,4%), fissura
anal (17,5%), constipao intestinal (9,2%), dor anal (7,9%), avalia-
o de defecao obstruda (7,1%), e o megaclon chagsico (6,4%).
Quando avaliadas por gnero, as duas primeiras indicaes citadas
mantm-se como as mais freqentes. Entretanto, a constipao intes-
tinal mais comum no gnero feminino (terceira indicao) enquanto
no gnero masculino, esta posio foi ocupada pela fstula anal. Con-
cluses: no grupo estudado a maior parte dos pacientes era do gnero
feminino. As duas principais indicaes foram a incontinncia fecal e
a fissura anal no havendo variao entre os dois gneros.
P143 - COMPLETA CICATRIZAO DE LCERA RETAL SO-
LITRIA EM PACIENTE SEM DISTRBIO DE DEFECAO
COM ENEMA DE SUCRALFATO
GOMES DA SILVA R, ARANTES V, SOUZA FL, FONSECA LM
1. IAG-UFMG, Grupo de Coloproctologia e Intestino Delgado do Ins-
tituto Al
Introduo: a sndrome da lcera retal solitria considerada um dis-
trbio da defecao caracterizado por hematoquezia e muco nas fezes
associado a esforo evacuatrio prolongado, tenesno e prolapso retal
interno ou externo. Sua incidncia anual estimada de 1 a 3,6 casos
por 100000 pessoas. A patognese no bem estabelecida e acredita-
se que mltiplos fatores contribuam para seu desenvolvimento.
Objetivo: relatar caso clnico de paciente sem sinais de distrbio de
defecao que se apresentou com lcera retal solitria. Relato de caso:
paciente de 89 anos, gnero feminino, com histria de incontinncia
fecal leve associada a hematoquezia e muco nas fezes de incio recen-
te. O exame local revelava esfncter hipotnico e pequeno prolapso
mucoso. A retossigmoidoscopia revelou alterao na parede posterior
do reto. Uma colonoscopia foi solicitada e evidenciou grande lcera
retal de aproximadamente 8 cm de dimetro. Na suspeita de neoplasia,
vrias biopsias foram realizadas. Exame histolgico no mostrou
malignidade. A defecografia no revelou prolapso interno ou outra
anormalidade. Sucralfato 2g por dia por enema foi institudo por 6
semanas com melhora progressiva da hematoquezia e do muco nas
fezes. Aps 12 meses, com a paciente assintomtica, nova colonocopia
de controle revelou processo cicatricial em praticamente toda exten-
so da lcera. Concluso: a sndrome da lcera retal solitria doena
incomum sem etiologia bem definida com mltiplos tratamentos. Em
casos de lcera retal solitria com alterao mnima na funo
evacuatria, o enema de sucralfato pode ser boa opo com alto
potencial de cicatrizao da lcera.
P144 - TRADUO, ADAPTAO TRANSCULTURAL E AN-
LISE DA CONFIABILIDADE DO SISTEMA DE ESCORE DA
CONSTIPAO (SEC-BR) PARA O BRASIL
CONCEIO TAA, SANTOS FRO, VIEIRA JR, BARRETO GP,
NASCIMENTO VBQ, FRANCISCO FFT, BARBOSA JMM
1. Uni-BH, Centro Universitrio de Belo Horizonte
Introduo: a constipao intestinal (ci) definida como defecao
difcil ou infreqente e seu diagnstico segue os critrios de roma. Sua
ocorrncia representa impacto fsico e psicolgico para o portador e
aumenta com o envelhecimento. A gravidade da ci pode ser avaliada
atravs do constipation scoring system. Objetivos: realizar a tradu-
o, adaptao transcultural e anlise da confiabilidade inter e intra-
examinador do constipation scoring system em pacientes brasileiros
com ci. Metodologia: estudo metodolgico longitudinal, que realizou a
traduo, retro-traduo, avaliao por um comit de especialistas,
adaptao transcultural e pr-teste do constipation scoring system em
33 pacientes de ambos os sexos, maiores de 18 anos, com diagnstico
de ci de acordo com os critrios de roma iii, recrutados de um centro
universitrio e de grupos de idosos. Foi tambm aplicado um questi-
onrio de caracterizao scio-clnico-demogrfica dos participan-
tes e um questionrio sobre as impresses dos participantes acerca
das perguntas. A verso final do sistema de escore da constipao
(sec-br) foi aplicada em 33 adultos com ci em trs momentos dife-
rentes, por dois examinadores treinados. Resultados: o pr-teste des-
ta verso foi aplicado em pacientes com mdia de idade de
38,5719,49 anos, sendo 93,93% mulheres. O escore total do sec-br
para os 66 pacientes avaliados foi em mdia de 10,69, sendo a
gravidade maior que 15 foi 11 pacientes (16,6%) e menor que 15 foi
55 pacientes (83,3). A confiabilidade intra-examinador do escore
total foi de 0,909 e variou de 0,868 a 1,00 para cada uma das
perguntas, enquanto para a confiabilidade inter-examinador, o kappa
para o escore total foi de 0,950, variando de 0,610 a 1,00 para as
oito perguntas. Concluso: o sec-br demonstrou ser um instrumento
de fcil aplicao e entendimento pelos portadores de constipao
intestinal e sua verso brasileira demonstrou confiabilidade intra e
inter-examinador satisfatrias.
P145 - CONFIABILIDADE E APLICABILIDADE DA VERSO
BRASILEIRA DO SISTEMA DE ESCORE DA CONSTIPAO
(SEC-BR) EM IDOSOS
BARBOSA JMM, BARRETO GP, CONCEIO TAA, FRANCISCO
FFT, NASCIMENTO VBQ, SANTOS FRO, VIEIRA JR
1. Uni-BH, Centro Universitrio de Belo Horizonte
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Introduo: a constipao intestinal (ci) definida como defecao
difcil ou infreqente e tem efeitos sobre a qualidade de vida dos porta-
dores principalmente idosos. Sua gravidade pode ser avaliada pelo
sistema de escore da constipao (sec). Objetivo: o objetivo deste
trabalho foi avaliar a confiabilidade e a aplicabilidade da verso brasi-
leira do sec (sec-br) em idosos da comunidade. Mtodos: participaram
33 idosos recrutados de um servio de reabilitao e de grupos de
convivncia de idosos, que apresentaram ci conforme os critrios de
roma iii. Foram aplicados os questionrios de caracterizao clnica e
demogrfica, sec-br e sobre as impresses do idoso quanto ao sec-br;
atravs de entrevista em trs momentos diferentes por dois examina-
dores. O tempo para aplicao do sec-br foi cronometrado, e os resul-
tados analisados utilizando os coeficientes de kappa e de correlao
intra-classe (icc). Resultados: a mdia do escore total do sec-br nas trs
aplicaes foi 11,750, 010, sendo os maiores escores obtidos para a
pergunta 8 (durao da constipao: 2,850,03) e os menores para a
pergunta 6 (uso de auxlio para evacuar: 0,330,12). Menos de 7% dos
idosos consideraram terem tido alguma dificuldade para responder s
perguntas. A mdia do tempo para aplicao do sec-br foi de 27,15
minutos. A confiabilidade intra-examinador variou de 0,604 a 0,969 e
a inter-examinador de 0,435 a 0,949 para as oito perguntas do sec-br.
A confiabilidade intra e inter-examinador do escore total do sec-br foi
de 0. 875 e 0. 883, respectivamente. Concluso: o sec-br apresentou
confiabilidade inter e intra-examinadores satisfatrias em idoso, com
tempo vivel para aplicao e bom nvel de entendimento, sendo
considerada uma ferramenta til para avaliar a gravidade da ci.
P146 - INTUSSUSCEPO LEO-CECOCLICA POR
LIPOMA RELATO DE CASO
FORMIGA, F.B., KAYAT, H.C.G.S., MAGRI, K.D., FANG, C.B., KLUG,
W.A.
1. FCMSCSP, Disciplina de Coloproctologia da Santa Casa de So
Paulo
Introduo: a intussuscepo em adultos causa rara de obstruo
intestinal, sendo secundria a causa bem definida, porm, de difcil
caracterizao no pr-operatrio. Objetivos: o caso relatado objetiva
ilustrar causa rara de intussuscepo, o lipoma ileal. Mtodos: acom-
panhamento de paciente do departamento de cirurgia da santa casa de
so paulo. Documentao escrita e fotogrfica do caso. Resultados:
vp, 47 anos, sexo masculino, com histria de dois meses de dor em
fossa ilaca direita, tipo clica, associada a emagrecimento de 8kg no
perodo. Negava alterao de hbito intestinal ou sangramento. Ao
exame, apresentava-se eutrfico, corado, com tumorao em fossa
ilaca direita de 4cm de dimetro, pouco mvel e dolorosa. Colonoscopia
realizada at 10cm de leo terminal no evidenciou qualquer alterao.
Paciente retorna em consulta ambulatorial sem tumor abdominal pre-
viamente palpado. Tomografia computadorizada de abdome eviden-
ciou espessamento parietal difuso com reduo luminal do leo termi-
nal. Trnsito intestinal apresentou leo terminal com acentuada
distoro do padro mucoso, contornos irregulares e paredes espessa-
das, configurando aspecto rgido. Novamente paciente retorna com
tumorao abdominal palpvel, nesta ocasio, foi submetido a
colonoscopia que evidenciou leso no clon direito com 10cm de
extenso cuja biopsia revelou colite crnica. Optado por laparotomia
exploradora, paciente obstruiu no preparo colnico. No intra-opera-
trio, foi evidenciada invaginao leo-cecoclica at clon ascen-
dente, irredutvel. Realizada hemicolectomia direita cujo estudo
anatomopatologico revelou se tratar de lipoma submucoso na parede
ileal. Concluses: o caso apresentado ilustra o quadro clnico, sua
principal complicao e a dificuldade diagnstica da intussuscepo
recorrente leo-cecoclica.
P147 - INTUSSUSEPAO ILEOCOLONICA POR LIPOMA -
RELATO DE CASO
MENDES, C.R.S., FERREIRA, L.S.M, SAPUCAIA, R.A., BRESSY,
L.P., GALVAO, R.A.
1. HSI, Hospital Santa Izabel
Objetivo: relatar um caso de intussuscepo leocolnica por lipoma
material e mtodos: paciente da unidade de emergncia do hospital
santa izabel com abdome agudo obstrutivo resultados: trata-se de um
paciente sexo feminino, 58 anos, deu entrada na emergncia do hsi
com quadro de dor abdominal h 48 horas com parada da eliminao
de fezes associada a vmitos. Ao exame apresentava-se massa em
fossa ilaca direita mvel e dolorosa. Submetida a tc de abdome sendo
evidenciada imagem em alvo caracterstico de intussuscepo leo
clica. Sendo submetida laparotomia exploradora com confirmao
do diagnstico e resseco de segmento distal do leo com ceco e clon
direito sendo retirada em bloco a pea com reconstruo latero-late-
ral. A abertura da pea nota-se leso polipide endurecida de 3,5cm em
seu maior eixo. A paciente evoluiu bem tendo alto no 6 dpo. A anato-
mia patolgica mostrou trata-se de lipoma submucoso polipide de
leo. Concluso: a intussuscepo corresponde a invaginao de um
segmento intestinal sobre outro, sendo raro em adultos, acometendo
5% dos casos. O fator etiolgico descoberto em 90% dos casos sendo
50% devido a tumor maligno. Das intussuscepes 30% ocorrem na
regio ileocecal. O diagnstico no pr-operatrio s possvel em um
tero dos casos e a tc de abdome mostrando imagem em alvo sugere o
diagnstico. O tratamento cirrgico no padronizado, mas na maio-
ria das vezes acaba em resseco de ala. Neste caso foi retirado o
segmento em bloco, pois a invaginao era irredutvel no sendo
possvel avaliar viabilidade das alas. O agente etiolgico foi uma
leso benigna lipomatosa no necessitando de tratamento comple-
mentar.
P148 - TERATOMA IMATURO RETRO-RETAL RELATO DE
CASO
PRIETO FG, MELO APSA, BESSA MO, SILVA E, KURACHI G,
MOREIRA JR H, CARNEIRO SS, ALMEIDA ACC
1. UFG, Servio de Coloproctologia - Faculdade de Medicina
Objetivo: relatar um caso de teratoma imaturo pr-sacral. Introduo:
o espao pr-sacral pode ser o stio de um grupo heterogneo e raro de
tumores, geralmente indolentes, de diagnstico tardio, com tumores
volumosos o que acaba comprometendo o tratamento. Trata-se de
uma neoplasia derivada de clulas totipotenciais das trs camadas
germinativas. Histologicamente pode ser maduro ou imaturo, depen-
dendo do grau de diferenciao celular. O teratoma sacrococcgeo
apresenta incidncia de 1/35. 000 crianas vivas. mais comum no
sexo feminino, faixa etria peditrica e, frequentemente, associados a
outras anomalias como vertebrais, do trato urinrio e anorretal. A
regio sacrococcgea a localizao extragonadal mais comum, po-
dendo a leso ser um cisto nico, multicstica ou slida. Estima-se que
48% so benignos, 23% imaturos sem componentes malignos e 29%
francamente malignos. Mtodos: m. B. C. , 16 anos, sexo feminino,
com dor perianal e sacral contnua, com irradiao para a face poste-
rior das coxas, acompanhado de afilamento das fezes h dois meses.
Ao toque retal, apresentava massa palpvel a trs cm da borda anal,
endurecida, fixa, com abaulamento importante da parede posterior do
reto, sem acometimento da mucosa. Tc e rm de abdome total eviden-
ciaram massa pr-sacral, multilobulada, heterognea, infiltrando o
sacro, utero e anexos, estendendo-se do promontrio ao cccix. Rea-
lizada resseco em monobloco da leso, por via abdominal, incluindo
a histerectomia total e salpingooforectomia bilateral. Antomo pato-
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lgico: teratoma imaturo grau iii. A paciente teve evoluo ps-ope-
ratria satisfatria. Aps dois meses de seguimento, refere recidiva da
dor sacral, incontinncia urinria e anal e ndulo volumoso palpvel
em perneo. Nova rm evidenciou-se recidiva tumoral em cavidade
plvica, com envolvimento do colo vesical e estruturas sseas plvicas
(sacro, ilaco e promontrio). Optou-se por quimioterapia com
ifosfamida, cisplatina e etoposide pr re-abordagem cirrgica. Pacien-
te evoluiu mal a qt, com aumento da leso plvica, caquexia, e bito.
Concluso: o teratoma imaturo sacrococcgeo uma tumorao rara e
de prognstico reservado.
P149 - DRENAGEM ESPONTANEA INTRA LUMINAL DE
CISTOADENOMA APENDICULAR RELATO DE CASO
DUARTE,R.M., FAYAD,J.B., PORTOVALES,M.O., SOUZA,C.R,
COSTA,C.B., JUNGES,K.T.
1. HGI-RJ, Servio de Coloproctologia do Hospital Geral de Ipanema
RJ
Introduo: o cistoadenoma apendicular uma leso incomum e se
caracteriza pela distenso da luz apendicular pelo acmulo de substn-
cia mucide no seu interior sendo necessrio seu diagnstico precoce
devido risco de ruptura e evoluo para pseudomixoma peritoneal.
Objetivo: relatamos o caso de paciente do sexo feminino, 70 anos, h
um ano relatando dor em regio hipogstrica e constipao crnica.
Realizou tc de abdome que evidenciou volumosa massa heterognea
intra-abdominal, comprometendo o ceco, estendendo-se do flanco
at a fossa ilaca direita. Ausncia de linfonodomegalias. Submetida
colonoscopia que mostrou infiltrao da parede do ceco de aspecto
extrnseco. As biopsias revelaram infiltrado inflamatrio agudo e
crnico com ausncia de malignidade na amostra. Submetida
laparotomia exploradora no tendo sido observanda a leso previa-
mente descrita. Observamos apndice vermiforme de aspecto atrofiado,
sacular, aderido parede posterior do ceco. No foi encontrada a
massa descrita na tc pr-operatria . Optamos por realizar
hemicolectomia direita. Laudo histopatolgico: mucocele de apndi-
ce. A paciente evoluiu sem complicaes concluso: o cistoadenoma
apendicular uma leso incomum com grande potencial de complica-
es sendo fundamental a cirurgia precoce e adequada, sendo essa
provavelmente curativa. Neste caso, provavelmente houve drenagem
espontnea do contedo da leso para dentro do ceco ,apresentao
incomum neste tipo de neoplasia.
P150 - ADENOMA TUBULAR COM DISPLASIA DE BAIXO
GRAU RICO EM CLULAS DE PANETH - RELATO DE CASO
MONTEMR NETTO, M.R.1, SOLAK, C.R.3, SAAD, D.2, SAAD
PATIN, C.2, CARDOSO,R.3, PUCHALSKI ,A.K.3
1. Patologia Mdica, Patologia Mdica2. Instituto Pontagross, Instituto
Pontagrossense de Gastroenterologia3. SCMPG, Santa Casa de
Misericrdia de Ponta Grossa
Introduo: clulas de paneth (cp) foram descritas por schwalbe em
1872 na base das criptas lieberkuhn no intestino delgado de ratos.
Black e ogle observaram numerosas cp na mucosa prxima a um
carcinoma retal em 1948. Estrada descreveu cp em 7,6% de 171
plipos hiperplsicos. Watson encontrou cp em dois de dez adenomas
em pacientes com colite ulcerativa. Lauren notou cp em onze de
quinze adenomas colnicos. Nas leses crnicas de mucosa colnica
(dii) a mucosa pode sofrer metaplasia pilrica ou desenvolvendo cp
metaplasia de cp. Apresentamos um caso de adenoma tubular rico em
clulas de paneth. Relato do caso: paciente feminino, 65 anos, sem
queixas, submetida colonoscopia para rastreamento de cncer colo-
retal com achado de leso polipide 0,4cm em clon ascendente;
submetida a polipectomia e o material enviado para exame antomo
patolgico. No exame histopatolgico a leso foi diagnosticada como
adenoma tubular com displasia epitelial de baixo grau rico em clulas
de paneth; e as clulas de paneth displsicas tambm mantinham os
seus grnulos caractersticos. Concluso: no intestino grosso as clulas
de paneth esto restritas ao ceco e ascendente e apesar de descritas nas
proliferaes neoplsicas epiteliais do intestino grosso e a maioria dos
casos observados sob a forma de relato de caso ou o aumento das cp
descrito nos carcinides apendiculares padro clulas caliciformes, a
sua presena comum nos processos reparativos / regenerativos da
mucosa colnica. O seu papel na carcinognese colorretal j foi men-
cionada por black e ogle em 1948; todavia at hoje a sua biologia e
anormalidades genticas no foram bem caracterizadas e novos estu-
dos para a determinao do seu desenvolvimento (inflamao
metaplasia de cp neoplasia) devem ser realizados.
P151 - TUMOR MIOFIBROBLSTICO INFLAMATRIO DE
LEO DISTAL COM INTUSSUSCEPO INTESTINAL RELA-
TO DE CASO
SOLAK, C.R.1, MONTEMR NETTO, M.R.2, ROCHA, R.P.1,
ACRAS, S.1, PACHECO NETO, A.F.1, CARDOSO, R.1
1. SCMPG, Santa Casa de Misericdia de Ponta Grossa2. Patologia
Mdica, Patologia Mdica
Introduo: os tumores miofibroblsticos inflamatrios so tumores
pouco freqentes, de comportamento benigno, com ndice de
recorrncia de 25% e baixos ndices de metstases. Maior incidncia
no tecido pulmonar, omento e mesentrio, sendo raramente descritos
no tubo gastrointestinal. Alguns tumores podem responder a
antiinflamatrios no hormonais ou corticoterapia, mas o tratamen-
to cirrgico. Objetivo: o objetivo do trabalho relatar caso de
paciente com diagnstico imunohistoqumico de tumor miofibroblstico
inflamatrio de leo. Relato de caso: paciente do sexo feminino, 32
anos, h vrias semanas com quadro de dores abdominais tipo clica,
distenso abdominal e fezes diarricas. Aps consultas com
gastroenterologista, foi submetida a um rnm com achado: estrutura
tubular no meso e hipogstrio e continua-se com estrutura sacular com
lquido no seu interior, devendo corresponder a segmentos de alas
intestinais (provavelmente leo), com paredes espessadas e segmento
dilatado com lquido. Submetida a trnsito intestinal: trnsito proces-
sou-se de maneira lentificada com falha de enchimento na poro
mdia do leo, associada dilatao do mesmo a montante; leo termi-
nal sem alteraes; leso ocupando espao, de aspecto extra-mucosa
em leo, sugerindo doena de crohn. Institudo tratamento para doen-
a de crohn, sem melhora. Repete-se o transito com dois meses aps
o primeiro, que evidenciou reas de estenose intercaladas com reas de
mucosa normal em jejuno distal e leo mdio; estenose extensa de leo
terminal; compresso extrnseca de ceco com tempo de trnsito nor-
mal, sugerindo crohn. Realizado colonoscopia, normal. Na impossibi-
lidade de descartar-se neoplasia, optado por laparotomia exploradora:
tumorao de leo a 30 cm da vlvula ileocecal com intussuscepo a
montante, sendo realizada enterectomia ampliada com resseco de
linfonodos mesentricos. Anatomopatolgico com proliferao
mixide e fusocelular, margens livres, linfonodos livres. Estudo
imunohistoqumico evidenciou tumor miofibroblstico inflamatrio.
Paciente com boa evoluo no ps-operatrio, sendo acompanhada
ambulatorialmente, sem sinais de recidivas.
P152 - CISTOADENOMA MUCINOSO APENDICULAR, ACHA-
DO INCIDENTAL RELATO DE CASO
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SOLAK, C.R.1, MONTEMR NETTO,M.R.2, ROCHA, R.P.1, CAR-
DOSO, R.1, PUCHALSKI, A.K.1
1. SCMPG, Santa Casa de Misericrdia de Ponta Grossa2. Patologia
Mdica, Patologia Mdica
Introduo: os cistoadenomas apendiculares so condies incomuns,
usualmente diagnosticados no intra-operatrio ou so achados
anatomopatolgicos. A incidncia de mucocele nas apendicectomias
gira em torno de 0. 2% a 0. 3%, sendo 63% dessas, cistoadenomas
mucinosos, segundo higa et al. . Na maioria dos casos so assintomticos,
mas podem simular quadros de apendicite aguda ou crnica. H ainda o
risco aumentado para o desenvolvimento de tumores clons e ovri-
os. O diagnstico pr-operatrio da mucocele importante para a
conduta teraputica adequada, sendo o tratamento cirrgico e a preo-
cupao principal do cirurgio evitar o extravasamento do contedo
da mucocele na cavidade abdominal. Objetivo: relatar o caso de acha-
do incidental de cistoadenoma mucinoso em paciente do sexo femini-
no, submetida laparoscopia por diagnstico inicial de cisto de ov-
rio. Relato de caso: paciente do sexo feminino, 44 anos, com queixas
de dores crnicas e ecografia de abdome sugerindo cisto de ovrio
direito. Submetida a laparoscopia para tratamento de afeco gineco-
lgica, tendo como achado intra-operatrio aumento de volume de
apndice cecal, sugestivo de mucocele, com aproximadamente 6x3
cm, com a base apendicular no comprometida, tendo tero e anexos
uterinos normais. Realizado apendicectomia com retirada da pea em
saco protetor e ampliao do portal umbilical. Histopatolgico condi-
zente com cistoadenoma mucinoso apendicular (tumor mucinoso de
baixo grau), ulcerado. Paciente com boa evoluo no ps-operatrio,
sendo acompanhada ambulatorialmente. Realizado colonoscopia que
foi normal. Conclui-se, que em mulheres com achados sugestivos de
massas em regio de fossa ilaca direita, sem caractersticas clnicas de
patologias ginecolgicas, as afeces do apndice cecal devem ser
consideradas nos diagnsticos diferenciais.
P153 - LIPOMA DE LEO TERMINAL - RELATO DE CASO E
REVISO DA LITERATURA
GOMES, DMBM, LEITE, SMO, CRUZ, GMG
1. FCMMG, Grupo de Coloproctologia da Santa Casa de Misericrdia
Introduo: as neoplasias benignas do intestino delgado incluem os
gists benignos, os adenomas e os lipomas, menos comumente os
hamartomas e os hemangiomas. Objetivo: relatar um caso de lipoma
de leo terminal tratado e fazer a reviso da literatura. Mtodos: relato
de caso e reviso da literatura. Relato de caso:hma: paciente mlko,
feminino, 62 anos, procura controle mdico contando que h 2 anos
havia feito uma colonoscopia para preveno de cncer colorretal
com diagnostico de les em leo terminal. Na ocasio foi indicado
apenas controle endoscpico rigoroso e precoce o que no foi feito. A
paciente negava qualquer sintoma abdominal ou anal. Pesquisa de san-
gue oculto nas fezes recente, negativo. Hbito intestinal inalterado,
evacuava 1 a 3 vezes ao dia, fezes sempre pastosas. Uso contnuo de
angipress, premarin e celebra para tendinite. Nenhuma histria fami-
liar significativa de neoplasias (apenas um tio materno com cncer de
prstata). Exame fsico: corada, abdome normotenso, livre. Inspeo
anal: ndn. Toque retal: sem alteraes. Retossigmoidoscopia: at 20
cm, reto paredes lisas, mucosa ntegra e normal. Exames: reviso
laboratorial normal. Colonoscopia: at o ileo terminal. Observou-se
leso polipide semipediculada, amarelada, 7 cm proximal vlvula
leo-cecal. Havia vaso sanguneo dilatado aparentemente mantenedor
da leso. No havia nenhuma diferena entre a leso vista primeira
colonoscopia e a atual. Optou-se por seguir a paciente de forma con-
servadora. Reviso bibliogrfica: os lipomas (tumores estromais), so
mais comuns no leo e se apresentam como leses intramurais isoladas
localizadas na submucosa. Eles costumam ocorrer na sexta e na stima
dcadas de vida e so mais freqentes nos homens. Menos de um tero
destes tumores sintomtico; e destes, as manifestaes mais comuns
so a obstruo e o sangramento por ulceraes superficiais. O trata-
mento de escolha para as leses sintomticas a exciso. Concluso:
os lipomas no apresentam um potencial malgino, e , portanto, quan-
do constatados incidentalmente devem ser removidos apenas se a
resseco for simples.
P154 - LEIOMIOMA EM SEPTO RETOVAGINAL RELATO DE
CASO E REVISO DE LITERATURA
FILLMANN, HS, PARIZOTTO, JF, FILLMANN,LS, SCOLARO,B,
FILLMANN,EEP, VALER,C
1. PUCRS, Hospital So Lucas PUCRS
Introduo- leiomiomas so tumores benignos e podem surgir em todo
trato gastrointestinal, principalmente no estmago e intestino delga-
do. Sua localizao na parede retal extremamente rara e deve ser
lembrada no diagnstico diferencial das doenas deste rgo. O trata-
mento de escolha consiste na exciso cirrgica ou por via endoscpica.
Descreve-se, a seguir, um caso de um leiomioma localizado em septo
retovaginal extrado atravs de resseco transvaginal. Objetivos re-
latar um caso de leiomioma em septo retovaginal. Mtodos paciente
feminina de 51 anos com diagnstico de tumor em septo retovaginal
diagnosticado por exame fsico e radiolgico. Resultados exame clni-
co apresentava leso tumoral no tero inferior do septo retovaginal
de aproximadamente 3 cm. Tomografia plvica confirmou o achado
sem nenhuma outra alterao. Realizada bipsia incisional que de-
monstrou tratar-se de leiomioma de reto. Exciso completa do tumor
realizada posteriormente confirmou o diagnstico. Concluso
leiomiomas de clon representam 3% de todos os leiomiomas do trato
digestivo, predominando no clon transverso e sigmide e os do reto
7%. A maioria dos relatos descritos na literatura apresentam os
leiomoimas como leses tumorais intraluminais, que geralmente pro-
vocam sangramento, obstruo intestinal e at mesmo perfurao. O
diagnstico essencialmente histopatolgico, sendo difcil, s vezes,
distinguir plipos leiomiomatosos de leiomiossarcomas. O tratamen-
to eminentemente cirrgico podendo ser atravs de resseces
endoscpicas, trans-anais, trans-perineais ou at ampliadas nas gran-
des leses ou recidivas. O prognstico dos pacientes com leiomioma
no clon favorvel. H necessidade de seguimento ps operatrio
adequado pare detectar recidivas ou degeneraes malignas.
P155 - TUMOR DESMIDE EM UM PACIENTE COM POLIPOSE
ADENOMATOSA FAMILIAR
BARTMANN, M., PEREIRA, G.B, CRUZ, J.V.
1. UFCSPA, Universidade Federal de Cincias da Sade de Porto Alegre
Introduo Os tumores desmides (TD) originam-se dos tecidos
musculoaponeurticos pela proliferao dos miofibroblastos e ten-
dem invaso local e recorrncia. So raros na populao geral, mas
acometem at 12% dos pacientes com polipose adenomatosa familiar
(PAF). Objetivo Relatar o caso de um paciente com PAF que apresen-
tou um TD na parede abdominal. Mtodos Paciente masculino de 26
anos vem a consulta devido a abaulamento abdominal com crescimen-
to rpido h trs meses. Submetido a proctocolectomia total
videolaparoscpica com pouch ileal h trs anos. Realizado laparotomia
com exciso total de uma leso de 16,5X 14X 5,5 cm de dimetro que
infiltrava a aponeurose anterior e o msculo reto abdominal direita
. No havia leso intra-abdominal. Resultados A doena desmide em
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pacientes com PAF muito varivel, podendo se apresentar como
leses mnimas, geralmente um achado incidental em cirurgias abdo-
minais. Por outro lado, h leses expansivas que ocupam toda a cavi-
dade abdominal, causando obstruo ureteral e intestinal com perfura-
o e formao de abscessos ou fstulas. H uma relao quanto ao
local da mutao do gene da PAF e o nmero de plipos colnicos ou
a presena de TD. O trauma cirrgico prvio, a gestao, a idade do
diagnstico e a histria familiar de TD so fatores de risco. H predo-
minncia no sexo feminino, acometendo principalmente a terceira
dcada de vida. A primeira linha de tratamento so anti-inflamatrios
no esterides, como o Sulindac, e antiestrognios como o tamoxifeno.
Os tumores que progridem podem necessitar de quimioterapia citotxica
ou cirurgia. A taxa de recorrncia alcana 70-85% aps a cirurgia.
Concluso O caso apresentado uma leso benigna rara que pode ser
localmente agressiva e com morbimortalidade significativa. O cirur-
gio deve estar atento para o seu achado incidental na laparotomia de
pacientes com PAF.
P156 - LIPOMA INTESTINAL SIMULANDO ADENOCAR-
CINOMA
DA SILVA BARROS, E. C. B.
1. SCMS, Santa Casa de Misericrdia de Santos
Lipoma intestinal simulando adenocarcinoma barros ecbs, menegatti
lrr, godinho m,barros rj santa casa de misericrdia de Santos (Santos-
So Paulo) o objetivo do presente estudo descrever as formas clni-
cas de apresentao e evoluo do lipoma intestinal at que seja insti-
tudo seu tratamento. Sabe-se que,em geral,o diagnstico feito numa
cirurgia de emergencia por um abdome agudo obstrutivo. Nesta situa-
o o lipoma costuma gerar intussusc epo do colo e consequente
obstruo. No rara a confuso diagnstica com adenocarcinoma
intestinal. Usamos de reviso da literatura somada a alguns poucos
casos acompanhados para desenvolver este estudo. Concluimos
que,apesar da pequena incidencia,o lipoma intestinal ain da surpreende
os cirurgies tanto nas cirurgias de urgencia quanto nas eletivas e
sempre de forma satisfatria por se tratar de uma doena benigna.
P157 - PLIPO CLOACOGNICO INFLAMATRIO RELA-
TO DE CASO
CURVO, EA, SOUZA, MM, FRIAA, AMV, DIEHL, DBA, MOURA,
ADORNO FILHO, ET, ALCIO, NRM
1. UNIC, Universidade de Cuiab
Introduo: plipos cloacognicos caracterizam-se por leses infla-
matrias em reto distal, prximo linha pectnea. Entidade pouco
freqente tendo como apresentao clnica inicial mais comum o
sangramento retal, seguido por prolapso. Os plipos podem prolapsar
devido disfunes no esfincter anal interno e no musculo liso que
abrange o reto, resultante de processo inflamatrio crnico. As leses
so mais comuns em mulheres na terceira e quarta dcada de vida,
entretanto, observa-se na literatura descries variando entre 10 a 83
anos.
P158 - TUMORES DESMIDES: RELATO DE CASO
GHELLER, A., PEREIRA, J.J.R., ARAUJO, N.T.N., PINTO, A.R.,
PEREIRA, J.J.J., MELO, A.R., ALBINO, P.A., COSTA, J.H.G.
1. HGG, Hospital Geral de Goiania
Introduo: tumores desmides (td) so neoplasias fibroblsticas de
crescimento lento, benignas, que se originam a partir de elementos
estromais msculo-aponeurticos, apresentando alta taxa de
recorrncia local, que varia de 25 a 77% ao ano e representam 0,03 a
0,13% dos tumores de partes moles, ocorrendo em 2,4 a 4,3 /100. 000
habitantes/ano. Objetivo: este trabalho tem como objetivo relatar
dois casos de td associado polipose adenomatosa familiar (paf), seu
tratamento cirrgico e acompanhamento ps-operatrio. Mtodos:
foi admitida no servio de coloproctologia do hospital geral de goinia,
paciente 1: hns, 14 anos, nulpara, sexo feminino, solteira, natural e
residente em goinia-go, referindo histria de dor abdominal intensa e
tumorao palpvel em parede abdominal. Paciente tinha como ante-
cedente diagnstico de paf e tinha sido submetida a colectomia total e
ileoretoanastomose em setembro de 2005. Antecedentes mrbidos
familiares revelaram me falecida por cncer de clon com 38 anos de
idade (8 anos aps diagnstico de paf) e irm submetida a colectomia
total h dois anos. A tomografia computadorizada abdominal de-
monstrou leso compatvel com td. A paciente 2, vcg, 29 anos,
primigesta, sexo feminino, solteira, natural e residente em goiania-
go, referia dor abdominal intensa e perda ponderal. A anamnese
revelou diagnstico de paf h 5 anos, na poca submetida a colectomia
total e anastomose leo retal, assim como histerectomia e
ooforectomia h 2 meses. Ao exame abdominal apresentava massa
endurecida e dolorosa em hipogstrio. A ultrassonografia abdominal
revelou massa abdominal extra-peritineal, confirmada pela
tomografia de abdome. As duas pacientes foram submetidas
laparotomia exploradora observando-se leso tumoral de 10 e 12 cm
de dimetro, respectivamente, em tecido subaponeurtico e adern-
cia de delgado na tumorao. Foi realizada resseco do tumor e
enviado a histopatolgico que confirmou no primeiro caso, mas no
segundo necessitou de imunohistoqumica. Resultados: o ps-opera-
trio evoluiu de modo satisfatrio, tendo ambas recebido alta hospi-
talar no 15 dia de ps-operatrio, com acompanhamento
ambulatorial, sem recidiva diagnosticada at o presente. Concluso:
nossos achados exemplificam bem a associao entre paf e tumor
desmide. Proctologista devem ficar atentos para o diagnstico pre-
coce desta patologia j que so localmente agressivos.
P159 - EVOLUO DA CIRURGIA PROFILTICA PARA
POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR
DA LUZ MOREIRA A., CHURCH JM, BURKE C
1. CCF, Cleveland Clinic
Introduo: no ltimos 50 anos, a cirurgia colorrectal profiltica para
pacientes com polipose adenomatosa familiar evoluiu assim como
surgiram novas idias e tecnologias. Objetivo: analizar as mudancas
nas tcnicas cirrgicas para polipose adenomatosa familiar realizadas
em nossa instituio. Mtodos: cirurgias realizadas para polipose
adenomatosa familiar entre 1950 e 2007 foram identificadas atravs
do David Jagelman polyposis registry database. Os pacientes foram
estratificados em trs perodos (pr bolsa ileo-anal, ps bolsa ileo-
anal, e laparoscpico) e analisados de acordo com a tcnica cirrgica
realizada. Resultados: 424 pacientes foram includos. A idade media-
na foi de 26 (9-66) anos. No perodo pr bolsa ileo-anal, 97% (66/
68) de todas as cirurgias realizadas foram colectomias totais com
anastomose ileo-retal. Aps 1983, 70% (54/77) dos pacientes com
fentipo grave foram submetidos a bolsa ileo-anal. Aps 1991, 43%
das cirurgias foram laparoscpicas (88 anastomosis ileo-retais e 22
bolsas ileo-anais). Concluso: a cirurgia de colo para polipose
adenomatosa familiar evoluiu assim como os avanos nas tcnicas
cirrgicas possibilitaram mais opes para reduzir o risco de cancer.
As estatgias atuais utilizam a gravidade da polipose e sua distribui-
o para decidir a melhor opo cirrgica e o mtodo laparoscpico
para reduzir a morbidade.
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P160 - LIPOMA GIGANTE DE RECTO RESOLUCIN
QUIRRGICA CON RESECCIN LOCAL TRANS ANAL
DR, DR, DR, DR, DR
1. HUA, Hospital Universitario Austral - Buenos Aires -Argentina
Introduccion los lipomas son neoplasias benignas derivadas del tejido
conectivo adiposo. El aspecto macroscpico puede ser pediculado o
ssil, generalmente originados en la submucosa. Constituyen el segun-
do tumor benigno mas frecuente en esta localizacin y el primero
dentro de las neoplasias no epiteliales. En general cursan de manera
asintomtica hasta que alcanzan un tamao considerable y generan
dolor abdominal, cambios en el hbito evacuatorio y/o
hemoproctorragias secundarias a intususepcin o ulceracin de la
mucosa que los recubre. Objetivo presentamos el caso de un paciente
masculino de 84 aos, con prolapso intermitente de una tumefaccin
por el conducto anal durante la defecacin. Metodo se realizo examen
proctolgico, colon por enema de doble contraste y tomografa com-
putada , que evidencian lesion compatible con lipoma rectal. Con
diagnstico presuntivo de tumor lipomatoso rectal, se decide la
resolucin quirrgica. Se implemento una reseccin de tumor submucoso
de caractersticas lipomatosas con tijera armnico (harmonic focus
) por via trans anal. Resultados el examen histopatolgico de la
pieza confirm lipoma submucoso.
P161 - ENFISEMA SUBCUTNEO, PNEUMOTRAX,
MEDIASTINO, PERITNIO E RETROPERITNIO COMO
COMPLICAES DE COLONOSCOPIA
FORMIGA, F.B., KAYAT, H.C.G.S., CANDELRIA, P.A.P,
CAPELHUCHNIK, P., KLUG, W.A.
1. FCMSCSP, Disciplina de Coloproctologia da Santa Casa de So Paulo
Introduo: as colonoscopias diagnsticas apresentam menos de 1%
de complicaes, porm em pacientes com qualquer doena colnica,
principalmente colites, essa taxa pode aumentar. Objetivos: o caso
relatado objetiva descrever e ilustrar complicaes raras de
colonoscopia: pneumotrax, pneumomediastino, pneumoperitnio,
pneumoretroperitnio e enfisema subcutneo generalizado. Mtodos:
acompanhamento de paciente do departamento de cirurgia da santa
casa de misericrdia de so paulo. Documentao escrita e fotogrfica
do caso. Resultados: ga, 54 anos, sexo masculino, negro, morador de
albergue. Paciente com diagnstico de doena de chron h 20 anos
quando foi submetido a enterectomia de 40cm com ileostomia termi-
nal por abdome agudo obstrutivo secundrio a estenose de leo termi-
nal. Sem tratamento ps-operatrio da doena, retorna por estenose
da ileostomia e fstula peri-ileostmica. Submetido a colonoscopia a
fim de verificar aspecto da mucosa colnica, paciente evolui, j na
sala de exame, com grande enfisema subcutneo. Diagnosticado
pneumotrax bilateral, pneumomediastino, pneumoperitnio e
pneumoretroperitnio, paciente foi submetido a drenagem torcica e
observao abdominal. Evoluiu com regresso do enfisema de subcut-
neo, recebendo alta oito dias aps a colonoscopia. Concluses: a do-
ena inflamatria intestinal fator de risco de perfurao no exame
colonoscpico. O pneumotrax, pneumomediastino e enfisema de
subcutneo generalizado so apresentaes raras da perfurao colnica.
P162 - EFEITO DA ESPLENECTOMIA E LIGADURA DA VEIA
GSTRICA NA MUCOSA COLNICA EM JOVENS PORTA-
DORES DE ESQUISTOSSOMOSE HEPATOESPLNICA
JUSTO CRE, BRANDT CT, MELO MR, LEMOS RS, ARAUJO JL,
BERTO P
1. UFPE, Universidade Federal de Pernambuco
Introduo: As alteraes endoscpicas identificadas na mucosa
colnica nos pacientes com hipertenso porta incluem telangiectasias,
angiodisplasias, manchas hipermicas, pontilhado hemorrgico, vari-
zes retais, ou uma combinao destes achados. A esplenectomia deter-
mina reduo da presso porta e causam alteraes hemodinmicas no
sistema mesentrico. Objetivo: avaliar o efeito da esplenectomia so-
bre os vasos da mucosa colnica em jovens portadores de
esquistossomose hepatoesplnica (EHE). Mtodos: doze pacientes,
mdia de idade de 22 11 anos, foram divididos em grupo pr-opera-
trio (GI) e grupo ps-operatrio (GII). O Grupo GII eram os mesmos
pacientes do grupo GI que tinham submetidos esplenectomia e liga-
dura da veia gstrica esquerda; Tinham completado seguimento de seis
meses. Todos foram submetidos videocolonoscopia completa com
intubao do leo terminal. Resultados: Telangiectasias (GI 100% vs
GII 100%), aumento da trama vascular (100% vs GII 100%), manchas
hiperemicas (GI 75% vs GII 66,7%), varizes retais (GI 75% vs GII
66,7%), e leses angiodisplsicas (GI 41,6% vs GII 25%) foram os
achados mais freqentes. Outras alteraes de mucosa relacionadas
oviposio foram identificadas no grupo GII: Ulceraes (16,7%),
Vesculas (16,7%) e Plipo (8,3%). Concluso: A esplenectomia e
ligadura da veia gstrica esquerda no reduziram de forma significante
as alteraes na mucosa colnica em portadores de EHE.
P163 - PNEUMATOSE INTESTINAL, ACHADOS
ENDOSCPICOS - RELATO DE CASO
ALVES FILHO, E.F., MESQUITA,JR., MENDES, C.R.S.
1. I M, Itaigara Memorial
Introduo: pneumatose intestinal um achado endoscpico pou-
co frequente, ocorrendo mais frequentemente em intestino delga-
do (42%) , seguido do clon (36%) e em ambos (22%). No uma
doena propriamente e sim um sinal clnico,endoscpico ou radio-
lgico. Caracteriza-se pela presena de gs subseroso ou submucoso
na parede intestinal, . Frequentemente esta associada uma doena
de base, mais frequentemente doenas pulmonares,doenas do teci-
do conjuntivo, imunossupresso,colites e obstruo mecnica. Tam-
bm denominada pneumatose cistide intestinal, pseudo
lipomatose intestinal, pneumatose coli e enfisema intestinal.
Objetivo: descrever caso de paciente com diagnstico de pneumatose
intestinal diagnosticada por colonoscopia. Relato de caso: pacien-
te 66 anos ,com cardiopatia compensada, apresentou-se com his-
trico de abscesso anorretal drenado e persistncia de fstula
anorretal, indicada colonoscopia para afastar doena inflamatria
intestinal. Durante colonoscopia foi evidenciada grande quantida-
de de secreo espumosa sanguinolenta em todo trajeto intestinal,
em clon direito foi evidenciado polipo sssil de 1 cm, sendo rea-
lizada polipectomia, sem intercorrncias, e em ceco , volumosas
leses vegetantes , de superfcie lisa e regular,de aspecto cstico ,
circundando a luz intestinal, no foi pssivel identificar a vlvula
leo-cecal. Durante a realizao de bipsia evidenciou-se que algu-
mas leses diminuram de volume. Anatomia patolgica eviden-
ciou polipo adenomatoso e pseudo lipomatose intestinal, com gs
na parede intestinal. Submetido a hemicolectomia direita sem
intercorrncias, com alta no quinto ps-operatrio. Estudo
anatomo-patolgico da pea confirmou o diagnstico anterior.
Discusso: a pneumatose intestinal e encontrada em menos de 0,5
% dos exames endoscpicos. Frequentemente esta associada a uma
doena sistmica(doena pulmonar, imunossupresso, doenas do
tecido conjuntivo, neoplasias) ou intestinal( colites,obstruo
intestinal,trauma da mucosa). Os pacientes normalmente so
assintomticos ou apresentam sintomas inespecficos. O diagns-
tico endoscpico e incomum, ocorrendo mais comumente durante
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exame radiolgico e por cirurgia. Complicaes ocorrem em at 3
% dos casos: sangramento, obstruo, pneumoperitneo e volvo.
O tratamento depende da doena de base, indica-se cirurgia na
vigncia de complicaes ou com a presena de isquemia
mesentrica.
P164 - A IMPORTNCIA DO EXAME PROCTOLGICO COM-
PLETO E DA PESQUISA DE SANGUE OCULTO NAS FEZES
COMO TRIAGEM DE DOENAS COLORRETAIS
CIQUINI, S.A., ALVES, A.C.N., NISHIMOTO, E.I., FERREIRA, A.S.,
GUSMON, C.C., VARONI, A.C.C., VARONI, L.P.C.
1. PUC-CAMPINAS, Servio de Coloproctologia- Hosp. Univer. da
PUC-Campinas
Introduo: a colonoscopia o mtodo preferencial para diagnstico
do carcinoma colorretal. Ela permite a visualizao de todo o clon,
a realizao de procedimentos teraputicos e a obteno de diagnsti-
cos histopatolgicos. Porm, a sua utilizao no est isenta de com-
plicaes e pode gerar custos impraticveis a qualquer sistema de sa-
de, quando sem critrios de seleo. Assim, este exame deve ser reco-
mendado para populaes de maior risco e/ou aps obteno de resul-
tados positivos em exames de triagem. Os procedimentos de baixo
custo e de fcil execuo so os mais recomendados como triagem
para doenas colorretais. Objetivos: analisar o uso do sangue oculto
nas fezes e do exame proctolgico completo como mtodos de tria-
gem diagnstica para doenas colorretais. Mtodos: os autores anali-
sam casustica de doentes com indicao de colonoscopia, atendidos
no ambulatrio de coloproctologia do hospital universitrio da puc-
campinas, entre agosto de 2008 e fevereiro de 2009. Dentre 400
enfermos avaliados por triagem neste perodo, 80 foram submetidos
avaliao colonoscpica. Os critrios utilizados para indicao do
exame de colonoscopia foram: histria clnica, pesquisa de sangue
oculto nas fezes e exame proctolgico completo. Pacientes com do-
ena orificial e sangue visvel nas fezes no foram submetidos pes-
quisa de sangue oculto. Resultados: dos 400 doentes selecionados, 80
(20%) apresentaram indicao de colonoscopia. Dos exames realiza-
dos, 14 (17,50%) foram normais. Dentre esses, a histria clnica foi
responsvel por 10 indicaes (71,43%), enquanto que o sangue ocul-
to positivo foi responsvel por 3 (21,43%) indicaes e o exame
proctolgico por 1(7,14%) indicao. Dos 66 (82,50%) que apresen-
tavam algum achado colonoscpico, 26 (39,39%) tambm possuam
alguma alterao relevante no exame proctolgico. A pesquisa de
sangue oculto positiva foi a nica alterao encontrada em 5 (7,57%)
doentes com colonoscopias alteradas. Concluses: quando se conside-
ra apenas a histria clnica para indicao da avaliao colonoscpica
h um grande nmero de exames normais. J quando aliada a pesquisa
de sangue oculto nas fezes e ao exame proctolgico completo mos-
tram-se mtodos com alto valor preditivo positivo. Assim, podem ser
utilizados como triagem diagnstica das doenas colorretais.
P165 - TRATAMENTO TRANSANAL DA ESTENOSE
COLORRETAL COM GRAMPEADOR ENDOSCPICO: RE-
LATO DE CASO
RODRIGUES, L.V.1, REGADAS, F.S.P.1, MURAD-REGADAS, S.M.1,
FERNANDES, G.O.S.2, DIOGENES,C.V.V.N.1, SURIM, W.S.1,
SIEBRA,J.A.1, KENMOTI, V.T.1
1. UFC, Hospital Universitrio Walter Cantdio- HU-UFC2. CCC-
HSC, Centro de Coloproctologia do Cear - Hospital So Carlos
Introduo: a estenose de anastomose colorretal baixa ocorre entre
15-40% das cirurgias colorretais. O tratamento dessas estenoses pode
ser por dilataes digitais ou endoscpicas com bales; confeco de
nova anastomose por laparotomia ou por aplicao de grampeador,
por via retal; pela sutura manual aps seco da fibrose, dentre outras.
Objetivos: relatar o caso de uma paciente com estenose de anastomose
colorretal submetida a tratamento transanal com grampeador
endoscpico. Mtodos: reviso de pronturio e entrevista com paci-
ente. Resultados: paciente de 80 anos, em maro de 1998, foi subme-
tida laparotomia exploradora e colostomia em ala no flanco direito,
24 horas aps perfurao de sigmide durante colonoscopia. Evoluiu
bem e no ano seguinte, foi submetida retossigmoidectomia por
diverticulite, havendo leso de ureter esquerdo. No ps-operatrio da
retossigmoidectomia, a paciente evolui com tenesmo, dor abdominal
e dificuldade para defecar, apesar da orientao diettica e laxativos.
retossigmoidoscopia, constatou-se estenose acentuada da anastomose
colorretal posterior, distando aproximadamente 7 cm da rima anal.
Desde ento, foram realizadas vrias dilataes endoscpicas com
balo hidrulico, com melhora transitria e posterior recidiva. H 2
meses, optou-se pela utilizao de grampeador endoscpico para sec-
o da estenose. A operao foi realizada sob bloqueio anestsico
raquimedular, com paciente em posio de litotomia e assistida por
vdeocolonoscopia, que permitiu a seco da estenose. A operao
durou 20 min. A paciente evoluiu sem queixas, recebendo alta hospita-
lar no segundo dia de ps-operatrio. Concluses: a aplicao transanal
do grampeador endoscpico no tratamento da estenose colorretal
recidivante um mtodo simples, rpido e eficaz.
P166 - PROCESSO INFLAMATRIO POR CORPO ESTRA-
NHO SIMULANDO TUMOR DE CLON: RELATO DE CASO
RODRIGUES, L.V.1, REGADAS, F.S.P.1, MURAD-REGADAS, S.M.1,
RIBEIRO, F.J.C.1, SIEBRA,J.A.1, FERNANDES, G.O.S.2,
DIOGENES,C.V.V.N.1, VERAS,L.B.2
1. UFC, Hospital Universitrio Walter Cantdio- HU-UFC2. CCC-
HSC, Centro de Coloproctologia do Cear-Hospital So Carlos
Introduo: a ingesto de corpos estranhos como osso de galinha e
espinha de peixe usualmente no tem consequncias para o paciente e
somente 5% destes casos necessitaro de tratamento cirrgico. Os
pacientes usualmente so pessoas idosas, doentes mentais, alcolicos
crnicos ou usam prteses dentrias e normalmente no percebem que
ingeriram o corpo estranho objetivos: relatar o caso de um paciente
com processo inflamatrio por corpo estranho simulando tumor em
clon descendente. Mtodos: reviso de pronturio e entrevista com
paciente. Resultados: paciente de 77 anos, assintomtico, em novem-
bro de 2008, foi submetido colonoscopia como preveno de cncer
colorretal. O colonoscpio no progrediu alm do coln descendente
devido leso vegetante que oclua parcialmente a luz intestinal.
Alm da leso, foram observados inmeros stios diverticulares no
sigmide e descendente. A leso foi biopsiada e o antomopatolgico
revelou processo inflamatrio crnico, ulcerado, com formao exu-
berante de tecido de granulao e ausncia de malignidade. No ms
seguinte, realizou retossigmoidoscopia flexvel com o mesmo achado
endoscpico e histopatolgico. O paciente evoluiu assintomtico e,
em julho de 2009, foi submetido a outra vdeocolonoscopia, quando
foi evidenciada, no clon descendente, rea de intenso processo infla-
matrio que dificultou a passagem do aparelho, mas no impossibili-
tou o exame at o ceco. O processo inflamatrio consistia em edema
acentuado das pregas clicas, vrios stios diverticulares e a presena
de um corpo estranho (osso de galinha) aderido parcialmente a um dos
divertculos. O osso foi retirado endoscopicamente por apreenso
com pina de bipsia. No foi observada perfurao clica, porm o
paciente foi internado e permaneceu em jejum por 24horas. Aps 24
horas, manteve-se assintomtico, com abdome flcido e indolor, sen-
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do iniciada dieta oral. Aps 36 horas, recebeu alta hospitalar sem
intercorrncias. Concluses: corpo estranho (osso de galinha) pode
causar processo inflamatrio clico, simulando endoscopicamente
tumor intestinal. Sua retirada endoscpica factvel por mtodo sim-
ples, rpido e eficaz.
P167 - CORRELAO DAS INDICAES E ACHADOS
COLONOSCPICOS
MARINS SGR, PEREIRA RP, MIRANDA AC, CASTRO ME,
PADILHA JA
1. HMP, Hospital Municipal da Piedade
Correlao das indicaes e achados colonoscpicos marins sgr, perei-
ra rp, miranda ac, castro me, padilha ja servio de coloproctologia do
hospital municipal da piedade (rio de janeiro/rj) Introduo: o exame
de colonoscopia hoje a principal ferramenta para diagnstico e
possvel tratamento das doenas colorretais. Apesar de ser o exame
padro-ouro para a grande maioria das patologias incidentes no clon
e reto, possui um alto custo e risco de complicaes. Objetivos:
correlacionar as indicaes com os achados colonoscpicos, visando
estabelecer a real necessidade do exame com a sintomatologia apre-
sentada. Mtodos: analisar 500 laudos de colonoscopias, retrospecti-
vamente, realizadas em nosso servio, de 2006 a 2009. Resultados:
dentre as principais indicaes de exame esto: sangramento (25%),
dor abdominal (18%), alterao de hbito intestinal (15%), diarria
(14%), anemia (10%), constipao (15%), histria familiar (15%),
diarria (10%), constipao (7%), histria familiar (5%) e emagreci-
mento (4%). Os principais achados colonoscpicos foram exames
normais e plipos, seguidos de doena diverticular, tumores e
angiodisplasias. Concluses: o exame colonoscpico de alto custo e
com risco de complicaes clnicas (bradicardia, hipoxemia) e
intrnsicas ao exame (perfurao intestinal), portanto mais estudos
para avaliar o custo-benefcio de acordo do exame com a sintomatologia
so necessrios.
P168 - COLITE AMEBIANA ASSOCIADA ESPIROQUETOSE
- RELATO DE CASO
SOLAK, C.R.1, RODRIGUES, M.R.3, MONTEMR NETTO, M.R.2,
MILLO, F.Q.3
1. SCMPG, Santa Casa de Misericrdia de Ponta Grossa2. Patologia
Mdica, Patologia Mdica3. SEDHV-PG, Servio de Endoscopia Di-
gestiva do Hospital Vicentino
Introduo: a infeco colnica por entamoeba histolytica tem alta
prevalncia nos pases em desenvolvimento. A infeco concomitante
com outros patgenos como escherichia coli enteropatognica,
salmonella sp. , giardia lamblia e rotavrus no incomum. Poucos
casos foram descritos na literatura mdica de infeco concomitante
entre amebase colnica e espiroquetose. As espiroquetas intestinais,
brachyspira aalborgi e brachyspira pilosicoli tm sido observadas em
populaes de pacientes imunocomprometidos, portadores da sida,
principalmente em homens homossexuais, em regies subdesenvolvi-
das ou em desenvolvimento. Manifestam-se clinicamente com diar-
ria, hematoquezia, dor e desconforto abdominal, ou de forma
assintomtica. A aderncia de espiroquetas na superfcie epitelial
colnica observada no estudo anatomopatolgico de bipsias colnicas
achado patognomnico da doena. No h consenso especfico para
o tratamento nos casos de infeco concomitante, sendo o
metronidazol a droga mais comumente utilizada. Objetivo: relatar o
caso de um paciente com diagnstico de colite amebiana e espiroquetose
concomitantes, sugerido por estudo anatomopatolgico. Relato de
caso: paciente sexo masculino, 44 anos, h 5 meses com queixas de
vrios episdios dirios de diarria com muco e sangue associado a
dor abdominal em clica. Sem histria de imunossupresso e com
teste hiv negativo. O exame parasitolgico de fezes se mostrou
negativo nas trs amostras colhidas. Submetido a exame de
colonoscopia que mostrou inflamao da mucosa colnica predomi-
nante em clon direito e reto, com hiperemia e friabilidade mucosa
alm de lceras aftides. Realizadas bipsias, que evidenciaram infla-
mao crnica e inespecfica e presena de estrutura histolgica
condizente com entamoeba histolytica / trofozotas e reas focais de
bordo azulado ao longo da superfcie epitelial com aspecto da borda
em escova das microvilosidades entricas, sugestivas de espiroquetose.
Houve melhora completa dos sintomas aps tratamento com
metronidazol via oral. Exame endoscpico de controle aps o trata-
mento no mostrou inflamao mucosa no segmento retal. O diag-
nstico histolgico da colite infecciosa foi determinante para o
correto tratamento do paciente.
P169 - INDICADOR DE QUALIDADE DE COLONOSCOPIA
EM HOSPITAL BRASILEIRO DE PORTE MDIO
ORTOLAN, G.L., SOLAK, C.R., MONTERMOR NETTO,
MALUCELLI, T.O., ACRAS, R.N.
1. SCMPG, Santa Casa de Misericrdia de Ponta Grossa
Introduo a colonoscopia um exame operador dependente, que
apresenta taxas variveis de deteco de adenomas entre os examina-
dores. Objetivo avaliar o tempo de entubao ao ceco, percentual de
entubao do ceco, tempo de retirada do ceco ao reto, nmero de
exames que detectou plipos e adenomas. Mtodos compilou-se os
dados obtidos de 433 exames realizados no perodo de 13/04/07 a 04/
06/08, por um profissional, com aparelho fujinon e o programa de
captura de imagem infoco ii. Para obter o tempo mdio de insero ao
ceco usou-se como critrio de excluso 20 pacientes por no ter sido
mensurado, 17 por exame incompleto e 26 por apresentar resseco
colo-retal, totalizando 370 exames e obteve-se o tempo de 362,2
segundos. Para o percentual de exames completos, usou-se como cri-
trio de excluso, os que apresentavam resseco colnica, totalizando
407 exames e obteve-se 95,8% de entubao do ceco. O tempo mdio
de retirada do aparelho foi 427 segundos, baseado em 176 exames, e
usou-se como critrios de excluso, os exames incompletos, exames
com resseco colnica, 05 no mensurados e 209 exames nos quais
foram realizados procedimentos. O nmero de exames que identifi-
cou plipo foi 195. Para obter o percentual de exames que identifi-
cou plipo, usou-se como critrio de excluso os 17 exames incom-
pletos e totalizou 46,9%. O resultado obtido do exame anatomo-
patolgico foi adenoma em 111, misto em 6, hiperplsico em 55,
elevao mucosa no identificada como adenoma ou hiperplsico
em 6 e exame anatomo-patolgico no localizado em 35. O
percentual de adenomas identificados nos 416 exames foi 50,5%
para o sexo masculino e 21,1% para o sexo feminino. Resultados o
tempo mdio de insero ao ceco foi 362,2 segundos. O percentual
de exames completos foi 95,8%. O tempo mdio de retirada do
aparelho foi 427 segundos. O nmero de exames que identificou
plipo foi 195 ou 46,9%. O resultado obtido do exame anatomo-
patolgico foi adenoma em 111, misto em 6, hiperplsico em 55,
elevao mucosa no identificada como adenoma ou hiperplsico
em 6 e exame anatomo-patolgico no localizado em 35. O
percentual de identificao de adenoma pelo sexo, nos 416 exames,
foi 50,5% para o sexo masculino e 21,1% para o sexo feminino.
Concluso nesta amostra, obteve-se indicadores de qualidade compa-
rados aos da literatura e ndices de deteco de adenomas superiores
aos recomendados.
112
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Setembro, 2009
P170 - RESSECO ENDOSCPICA DE PLIPOS
COLORRETAIS GIGANTES
MARQUES JR, O. W., POPOUTCHI, P., AVERBACH, M., PACCOS,
J. L., CORREA, PAULO
1. hsl, hospital sirio libans
Introduo: a polipectomia endoscpica a tcnica de preferncia
para remoo da maioria dos plipos colorretais. Devido ao potencial
risco de malignidade e dificuldades tcnicas,plipos gigantes represen-
tam um desafio especial para o endoscopista. Os autores avaliaram a
viabilidade, segurana e eficcia do tratamento endoscpico de plipos
maiores que 2,5 cm. Pacientes e mtodos: polipectomias endoscpicas
de 155 plipos colorretais, maiores que 2,5 cm (variando de 2,5 a 12
cm), foram realizadas em 148 pacientes em um perodo de 14 anos.
Trinta e um (20%) eram ssseis, 55 (35,5%) pediculados e 69 (44,5%)
tumores de espalhamento lateral (lst). Plipos ssseis e lst foram
removidos com tcnica de resseco mucosa endoscpica (emr). To-
das as leses foram consideradas totalmente ressecadas
endoscopicamente. A forma, tamanho, localizao, caracterstica
histolgica e a adequao da resseco foram analisadas. O seguimento
foi conseguido em 50% dos pacientes. Resultados: dos 155 plipos
removidos, 88,5% foram adenomas, 10,3% carcinomas invasivos e
1,2% hiperplsicos. Os plipos pedunculados foram em sua totalidade
ressecados em bloco. Leses ssseis e lst de at 4 cm foram ressecas em
bloco; enquanto, leses maiores que 4 cm,foram removidas com tc-
nica fatiada. Quanto distribuio: as lsts foram predominastes no
clon direito (63%); as leses ssseis e pedunculadas foram mais
freqentes em clon esquerdo, 64,5 e 80% respectivamente. Cento e
quarenta e trs leses (92%) foram consideradas resseces endoscpicas
completas com 12,5% de recorrncia (18 leses), que foram nova-
mente ressecadas em 80% dos casos. Outras 12 leses aps primeira
resseco e 3 aps segunda resseco (leses sem margem de seguran-
a, leses indiferenciadas, presena de invaso vascular ou budding)
foram submetidas a resseces cirrgicas complementar. Complica-
es somaram 7% das resseces ( 10 sangramentos e 1 perfurao),
tratadas endoscopicamente. Concluso: a polipectomia endoscpica
de plipos gigantes, maiores de 2,5 cm, realizadas por grupo de
colonoscopistas experientes vivel, efetiva e segura.
P171 - CORRELAO ENTRE INDICAO CLNICA E ACHA-
DOS PATOLGICOS EM COLONOSCOPIAS DE PACIEN-
TES COM MENOS DE 50 ANOS
CORTES, M.G.W., PAIVA, R.A., OLIVEIRA, T.A.N., ALVES, A.C.,
LAMOUNIER, P.C.C.
1. HFR, Hospital Felcio Rocho
Introduo: nos guidelines atuais para rastreamento de neoplasias
colorretais recomenda-se a realizao de rotina de colonoscopia de
pacientes com 50 anos ou mais. Entretanto, recomendada a realiza-
o do procedimento em pacientes mais jovens em situaes especi-
ais, como na presena de sintomas grastointestinais como diarria,
perda de peso, presena de sangue nas fezes ou dor abdominal. Depen-
dendo da literatura consultada mesmo na populao jovem com doen-
a orificial e hematoquezia recomendada a colonoscopia. Objetivo:
correlacionar a indicao do exame em pacientes com menos de 50
anos no perodo de 6 meses submetidos a colonoscopia no hospital
felcio rocho com os achados patolgicos. Resultados: 44 pacientes
com menos de 50 anos foram submetidos a colonoscopia no perodo
de julho a dezembro de 2008. A idade mdia dos pacientes foi de 40,5
anos. As principais indicaes foram: presena de sangue oculto nas
fezes em nove (20,5%) casos, dor abdominal em oito (18,1%) casos,
hematoquezia em seis (13,6%) casos, controle de doenas inflamat-
rias intestinais 4 (9,1%) casos, outras indicaes 15 (34,1%) casos.
Dos 15 pacientes com indicao por sangramento (macroscpico ou
oculto) em 11 (73,3%) foram encontradas alteraes na colonoscopia,
sendo nove deles plipos. Dos 8 pacientes que realizaram exame por
dor abdominal em seis (75%) encontraram-se alteraes, sendo trs
casos de diverticulose e trs casos de plipos. Nos pacientes em con-
trole de doenas inflamatrias, foram observados somente achados
das respectivas doenas. Concluses: nos pacientes com sintomas
gastrointestinais foram encontradas alteraes em mais de 70% dos
casos. Conforme recomendado na literatura, em nosso estudo eviden-
ciou-se que em casos bem indicados, especialmente com queixas ou
achados de sangramento ou dor abdominal deve-se proceder a
propedutica com colonoscopia independente da idade do paciente.
P172 - PRESENA DE GS VENOSO PORTAL INTRA-HEP-
TICO APS PERFURAO IATROGNICA DE CLON POR
COLONOSCOPIA EM PACIENTE COM DOENA DE CROHN
CORTES, M.G.W., LACERDA, A.F., ALVES, A.C., OLIVEIRA, T.A.,
PAIVA, R.A.
1. HFR, Hospital Felcio Rocho
Introduo: a presena de gs venoso portal intra-heptico (gvph)
est associados a uma diversidade de condies clinicas, tanto de evo-
luo benigna como potencialmente letais. Causada pela passagem de
gs aps ruptura da barreira da mucosa, trata-se de condio rara,
associada principalmente a isquemia intestinal. Outras causas poss-
veis so doenas inflamatrias intestinais no complicadas, ulceras
ppticas, abscessos intra-abdominais e complicaes de exames
endoscpicos. Objetivo: relatar caso de manifestao rara de compli-
cao de procedimento de colonoscopia diagnstica. Relato: paciente
de 28 anos com suspeita de doena de crohn, com baixa adeso ao
tratamento, sem histria de colonoscopia prvia. Apresentara abscessos
e fstulas perianais prvias. Submetido a colonoscopia, notou-se sinais
de doena aguda com inflamao em reas do clon direito com lce-
ras serpinginosas e pseudoplipos. Houve resistncia durante a Intro-
duo do colonoscpio. retirada percebeu-se rea de lacerao line-
ar em clon transverso sem identificao de rea de perfurao. Op-
tou-se por interrupo do exame. A tomografia evidenciou
pneumoperitneo extenso e presena de gs no sistema porta hepti-
co. Optou-se por laparotomia exploradora, sendo identificada rea de
perfurao em clon transverso na borda mesentrica. No havia
alteraes hepticas. Realizada colorrafia simples. O paciente apre-
sentou boa evoluo, sem complicaes recebendo alta no quarto dia
de ps-operatrio. Concluso: o caso clnico descreve manifestao
rara de doena inflamatria intestinal associada a perfurao iatrognica
do clon com gvph. O diagnstico diferencial com aerobilia pode ser
difcil. Deve-se ter sempre em mente essa possibilidade para definio
de melhor conduta para o paciente.
P173 - MANEJO ENDOSCPICO DA HEMORRAGIA DIGES-
TIVA BAIXA
AVERBACH M, MARQUES JR OW, POPOUTCHI P, CORREA PAFP,
ROSSINI GF, PACCOS JL
1. HSL, Hospital Sirio Libanes
Introduo: hemorragia digestiva baixa (hdb) definida como o
sangramento digestivo que se origina distalmente ao ligamento de
treitz. Na maioria dos pacientes, a hemorragia cessa espontaneamen-
te. Entretanto, em torno de 20% dos casos, o sangramento persiste,
implicando numa conduta de urgncia. A colonoscopia realizada nas
primeiras 24 horas do sangramento revela a causa em torno de 74 a
113
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90% dos casos. O tratamento endoscpico tem os objetivos de inter-
romper a hemorragia, reduzir a recorrncia, diminuir transfuses e
evitar uma cirurgia. No existe um consenso para o manejo da hemor-
ragia baixa. Apesar de haver muitas estratgias para o diagnstico e
tratamento da hdb, acreditamos que a colonoscopia realizada entre 6
a 12 horas de apresentao dos sintomas um procedimento seguro e
com uma alta taxa de sucesso na localizao e tratamento das causas
especficas de sangramento do clon e do reto. Objetivo: definir o
papel da colonoscopia como mtodo de eleio na avaliao dos paci-
entes com hdb na urgncia. Mtodos: no intervalo de janeiro de 1986
a outubro de 2008, 29209 colonoscopias foram realizadas no hospital
srio libans por um mesmo grupo. Duzentas e trinta (0,79%) foram
em carter de urgncia (entre 6 a 12 horas) por enterorragia franca.
Aps estabilizao clnica, os pacientes receberam preparo antergrado
e realizam os exames sob sedao. Resultados: o diagnstico definitivo
foi possvel em 147 pacientes (64%). Molstia diverticular (16 paci-
entes), sangramento ps-polipectomia (16) e angiodisplasia (14) fo-
ram as principais causas de sangramento. Procedimentos teraputicos
foram realizados em 69 pacientes (49%), incluindo hemostasia com
monopolar (13), injeo de agentes esclerosantes (34), uso do argon
plasma (apc) e clipes metlicos (10 pacientes cada) e ligadura elstica
(2). O controle do sangramento foi alcanado em 100% dos casos.
Nenhuma complicao relacionada ao procedimento foi observada.
Concluses: os resultados descritos mostram os benefcios da realiza-
o da colonoscopia de urgncia nos casos de sangramento digestivo
baixo, tornando possvel o diagnstico e o tratamento na maioria
destes pacientes.
P174 - EFICACIA E SEGURANCA DO PLASMA DE ARGONIO
APLICADO ENDOSCOPICAMENTE NO TRATAMENTO DA
RETITE ACTINICA HEMORRAGICA
AVERBACH M, MARQUES JR OW, POPOUTCHI P, CORREA PAFP,
LOBO EJ, ROSSINI GF, PACCOS JL
1. HSL, Hospital Sirio Libanes
Introduo: a proctite actinica e a mais relevante complicao da
radioterapia para as neoplasias da pelve, ocorrendo em aproximada-
mente 5 a 20% dos pacientes. Clinicamente manifesta-se com
sangramento anal (sintoma mais comum), tenesmo, diarria, descarga
mucoide e urgncia fecal. Os sintomas iniciam ate trs meses aps a
irradiao na fase aguda, mas podem manifestar-se ate anos depois na
fase crnica. No existe consenso para o manejo desta condio,
existindo diversas formas de tratamento conservador com resultados
variveis. O uso do plasma de argnio (apc) tem sido descrito para o
tratamento de leses hemorrgicas do trato digestivo. Objetivo: este
estudo visa determinar a eficcia e a segurana do plasma de argnio
aplicado endoscopicamente no tratamento da retite actinica
hemorrgica (rah). Mtodos: quarenta e seis pacientes, sendo trinta e
quatro homens com cncer de prstata, foram submetidos ao trata-
mento endoscpico com auxilio do plasma de argnio por rah, no
perodo de dezembro de 1997 a fevereiro de 2008. Nove pacientes
perderam seguimento e foram excludos do estudo. A idade media foi
de 68 anos, variando de 40 a 86 anos. Os sintomas iniciaram entre 3
a 84 meses do termino da radioterapia. A escala clinica de chutkan foi
eleita para classificar a intensidade do sangramento antes e aps o
tratamento. Todos os pacientes foram submetidos ao preparo do c-
lon antergrado e o apc foi aplicado com um fluxo de gs que variou de
1,5 a 2,5 l/min numa potencia de 60 w. Sesses complementares
foram programadas de acordo com a necessidade. Resultados: oitenta
de seis sesses foram realizadas em 46 pacientes. A media de numero
de sesses necessrias para cessar os sintomas foi de 1. 87 por pacien-
te. Cerca de metade (46%) dos pacientes obtiveram melhora no
sangramento retal aps uma nica sesso, e 35% aps o segundo
procedimento. Apenas uma complicao ocorreu; um sangramento
retal massivo aps o uso do apc, necessitando transfuso de glbulos.
A tolerncia foi boa e nenhuma complicao a longo prazo foi obser-
vada. Concluses: o uso do plasma de argnio aplicado
endoscopicamente mostrou-se efetivo e seguro no tratamento do
sangramento causado pela proctite actinica.
P175 - DOR NEUROPTICA APS HEMORROIDECTOMIA
COM GAMPREADOR
LACERDA-FILHO A, OLIVEIRA TAN, ASSUNO GMS
1. HFR, Hospital Felcio Rocho
Introduo: a hemorroidectomia com grampeador (hg) considerada
como uma tcnica eficiente para o tratamento de hemorridas. Mes-
mo aps recentes revises demonstrarem maior recorrncia da doen-
a e maior necessidade de cirurgias adicionais, a hg continua oferecen-
do uma cirurgia menos dolorosa. Contudo, h relatos de pacientes que
sofrem de dor aguda ou crnica no ps-operatrio. Objetivo: relatar
caso de dor severa em ps-operatrio de hemorroidectomia com
grampeador. Mtodo: relato de caso e reviso da literatura. Relato:
trata-se de paciente masculino, 25 anos, apresentando diagnstico de
prolapso hemorroidrio crnico associado com sangramento e neces-
sidade de reduo manual. Indicado tratamento cirrgico e realizado
hemorroidectomia com o uso do grampeador circular pph-03 (ethicon
endo-surgery, cincinnati, oh, usa). A linha de grampeamento ficou
localizada a 5 cm da linha denteada e no houve sangramento imedi-
ato. Seis horas aps o procedimento, o paciente evoluiu com severa
dor anorretal responsiva apenas ao uso de morfina. O paciente rece-
beu alta aps 36h com a recomendao de manter contato com a
equipe cirrgica. No 3o dia de ps-operatrio (dpo), o paciente retornou
ao hospital devido a manuteno da dor anorretal. Em virtude da dor,
foi realizado exame retal sob sedao que evidenciou pequeno hema-
toma na linha de grampeamento. Mesmo com o uso de morfina e anti-
inflamatrios, paciente apresentava episdios de dor importante. No
12o dpo foi realizada tomografia computadorizada de pelve e novo
exame retal que no revelaram alteraes. Neste momento, a equipe
da clnica da dor aventou o diagnstico de dor neuroptica sendo
iniciado gabapentina (1200mg/dia) e amitriptilina (25mg/dia). O pa-
ciente apresentou melhora completa da dor aps 7 dias do tratamento
e acompanhamento no evidenciou recorrncia. Concluses: o trata-
mento da dor neuroptica um desafio na prtica clnica. A base
teraputica se baseia no uso de antidepressivos tricclicos,
anticonvulsivantes e anestsicos locais. Neste caso, o sucesso do tra-
tamento com o uso da associao de gabapentina e amitriptilina suge-
re a hg como causa desta complicao ps-operatria.
P176 - CORREAO CIRURGICA DE ESTENOSE ANAL SEVE-
RA - RELATO DE CASO
MENDES, CRS, SOUZA, JAS, CARVALHO, ACM, FILHO,EFA, OLI-
VEIRA, MVC, FILHO, ACC, SILVA, FFA, SANTOS, RMR
1. HGRS, Hospital Geral Roberto Santos
Objetivo: relatar um caso de estenose anal pos exerese de condiloma
material e mtodos: paciente do ambulatrio de coloproctologia do
hospital roberto santos resultados: trata-se de js masculino 57 anos
com queixa de dificuldade para realizar dejees com fezes afiladas.
Nega perda ponderal ou sangramentos. Refere que em 2003 foi subme-
tido a cirurgia para megacolon com confeco de colostomia sendo
feito a reconstruo do transito em 2005. Em 2006 foi realizada
resseco de condiloma anal em servio no especializado repetindo
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procedimento semelhante em 2007. Evolui com estenose severa de
canal anal procurando nosso servio para correo do mesmo. Ao
exame nota-se extensa fibrose do canal anal com dois orifcios
fistulosos por onde eram realizadas dejees, com grande dificuldade.
Submetida a resseco da estenose com resseco das fstulas sendo
identificada grande fibrose na luz do reto que foi ressecado com expo-
sio do reto que foi fixado parede da regio gltea. Concluso: a
estenose anal a perda da complacncia elstica da abertura anal por
fibrose sendo uma das mais desagradveis complicaes de cirurgia
orificial ou de doena do anus. Ela pode ser congnita ou adquirida
como no caso acima. Tem a hemorroidectomia 31% como principal
etiologia ps operatria e a eletrocauterizaao de condilomas anais
extensos e profundos como a sexta causa de estenose 6%. Os princi-
pais sintomas associados a essa patologia so: dor anal, constipao
intestinal, sangramento, diminuio do calibre das fezes e clicas ab-
dominais. O tratamento clnico com uso de fibras, laxantes e dilata-
es digitais faz com que o paciente evacue porem no resolvem a
causa do problema sendo usado por muito tempo atrs pelos cirurgies
no especializados. O tratamento cirrgico necessrio quando a fibrose
se encontra presente, tendo inmeras tcnicas de anoplastia propos-
tas, sendo adaptado em cada caso pelo cirurgio, fato esse realizado no
caso acima onde foi identificada grande fibrose anal com dois orifcios
fistulosos fazendo a resseco do mesmo. O paciente encontra-se em
acompanhamento ambulatorial com continncia anal preservada em
processo de cicatrizao da ferida.
P177 - TRAUMA ANORRETAL
ABRAHAO, PC
1. FURG, Universidade Federal de Rio Grande
Relato de oito casos de traumatismo anorretal atendidos no periodo de
2000 a 2008 no hospital so sebastio mrtir de venancio aires-rs. Foi
estudado em relao ao diagnstico, tipos de leses e tratamento. O
tratamento consistiu em sutura das leses e drenagem em 4 casos,
colostomia em 2 casos e sutura primria da leso sem colostomia em
2 casos. Foi usado teraputica antimicrobiana, antitetnica e o fecha-
mento da colostomia quando completa cicatrizao das feridas e con-
trole da infeco. Nao ocorreram bitos.
P178 - TUBERCULOSE ANAL- RELATO DE CASO
RENATA POZZI, SABRINA GOECKS, ANTONIO MIRANDA, MA-
RIA EDUARDA, JOSE PADILHA, DINA RODRIGUES
1. HMP, HOSPITAL MUNICIPAL DA PIEDADE
Introduo: a fstula perianal a complicao mais comum entre as
manifestaes anorretais da tuberculose. Objetivo: relatar o caso de um
paciente portador de fstula perianal complexa com tratamento con-
servador( sedenho). Resultado: em posterior investigao da etiologia
da fstula o paciente apresentou ppd forte reator, sem sinais ou sintomas
de doena pulmonar. Tratado com esquema rip evoluiu com completa
cicatrizao dos trajetos fistulosos. Concluso: na presena de fstula
perianal complexa importante tentar firmar o diagnstico diferencial
com tuberculose, visto que o tratamento diferente.
P179 - NECROSE ISQUMICA DE LINHA PECTNEA: QUAL O
DIAGNSTICO?
LUPORINI, R.L., SIPRIANI JR, L.V., MARCIANO, R.L., BASSO,
M.P., CHRISTIANO, A.B., GONALVES FILHO, FA, MELO, M.M.C.,
NETINHO, J.G.
1. FAMERP, Faculdade de Medicina de So Jos do Rio Preto
Introduo: esse relato trata-se de um caso de difcil definio
diagnstica, sendo que, aps incessante busca por casos semelhante,
foi possvel caracteriz-la como noma neonatoum-simile. Objetivo:
relatar um caso raro que levou a grande dvida diagnstica em nosso
servio. Relato de caso: asp, sexo feminino, 16 anos, internada para
investigao devido a hiporexia, adinamia, pancitopenia e febre, sen-
do diagnosticada como leucemia linfoblstica aguda (atravs de punao
de medla ssea) e neutropenia febril. Associado ao quadro apresenta-
va proctalgia, diarria sanguinolenta, sendo realizado avaliao sob
sedao (devido dor extrema a tentativa de toque retal), observando-
se rea necrtica anelar em regio de transio mucocutnea de nus
(linha pectnea) de aproximadamente 1 cm de largura. Realizado
bipsias do local, constatando-se necrose isqumica dermo-hipodrmica
extensa com numerosas colnias bacterianas de permeio (pseudomonas
aeruginosa). Realizado tratamento com antibioticoterapia (ceftazidima,
amicacina e metronidazol) e quimioterapia, apresentando boa evolu-
o e cicatrizao da regio. Discusso: o diagnstico assemelhou-se a
uma doena rara chamada de noma neonatorum, descrita por ghosal
em 1977 (ndia) que acomete principalmente a juno mucocutnea
oral de neonatos, mas pode acometer em ocasies raras outras regies
como a anal, tendo como principal agente bacteriano a pseudomonas
aeruginosas (86%).
P180 - TUMOR DE BUSCHKE-LWENSTEIN - RELATO DE
DOIS CASOS
CHRISTIANO, A.B., MIQUELIN, A.R., PEBALIN, M.L.P., BASSO,
M.P., LUPORINI, R.L., MARCIANO, M.R., SIPRIANI, L.V., NETI-
NHO, J.G.
1. FAMERP, Faculdade de Medicina de So Jos do Rio Preto
Introduo:o tumor de buschke lwestein (tbl), conhecido tambm
por condiloma gigante, um tumor exoftico, em forma de couve-
flor, relacionado ao papiloma vrus (especialmente aos tipos 6 e 11).
O tbl transmitido essencialmente atravs do intercurso sexual, o que
torna a educao sexual uma forma de preveno da doena e de suas
complicaes. Pode acometer a regio perianal e genital. Objetivo:
relatar casos de condiloma gigante e fazer uma breve reviso da litera-
tura. Relato de casos: paciente d. A. F. , 74 anos, masculino, com
sorologias negativas para hepatite b, c, hiv e sfilis, com leses verrucosas
anal h 3meses, dolorosas. No havia alterao do ritmo intestinal.
Na retossigmoidoscopia evidenciou leses verrucosas gigantes acome-
tendo regio anal at um centmetro do canal anal, feito bipsia destas
que constatou condiloma tipo viral acuminado, coilocitose, sem atipias.
Paciente submetido a tratamento cirrgico, com exciso radical da
leso. O anatomo-patolgico confirmou o resultado da bipsia. Pa-
ciente o. O. S. , 37 anos, masculino, com sida h 6 meses sabidamente
e neurotoxoplasmose , queixa-se de verruga em regio anal h 1 ano,
nega sangramentos, sada de secrees e dor local. Negava alteraes
em ritmo intestinal. Apresentava leso verrucosa circunferencial em
margem anal de aproximadamente oito centmetros. Realizou-se
exrese de leso. O anatomo-patolgico das leses anais constatou
condiloma tipo viral acuminado. Discusso: o tbl uma doena rara
com poucos casos descritos na literatura mundial . preconizado o
tratamento precoce com acompanhamento posterior das leses como
principal estratgia, devido ao potencial de malignizao 56%. O
tratamento mais utilizado, pois possui as menores taxas de
recorrncia, a exciso local do tumor, associado ou no a
eletrocauterizao anal.
P181 - RELATO DE CASO - TRATAMENTO DE FSTULA
PERINEAL EM PACIENTE COM PROCTODEU
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Setembro, 2009
REIS NETO, REIS JNIOR, ODORINO KAGOHARA, JOAQUIM
SIMES, SRGIO BANCI, LUCIANE HIANE, DANIELE SAITO
1. CRN, Clnica Reis Neto
Relato de caso - tratamento de fstula perineal em paciente com
proctodeu Reis Neto Ja, Reis Jnior Ja, Neto Js, Kagohara Oh, Banci
So, Oliveira Lh e Anjos Ds. Clinica reis neto - campinas / sp Introdu-
o: o proctodeu formado pela invaginao do ectoderma com o
endoderma da extremidade posterior do tubo digestivo primitivo ori-
ginando a linha pectnea. O tero inferior do canal anal desenvolve-se
do proctodeu, na nona semana, quando a membrana anal se rompe.
Fallha dessa ruptura ou no desenvolvimento da fosseta proctodeal
resulta em uma ou mais formas de malformaes do nus. Objetivo:
reportar um caso raro de persistncia do proctodeu. Mtodos: estu-
dou-se o caso de um paciente, sexo masculino, 25 anos, que aps
procedimento cirrgico realizado em outro servio para exrese de
cisto pilonidal perineal, relatava dor local intensa e ferida de difcil
cicatrizao com secreo ftida. Paciente levado ao centro cirrgico
da clnica e submetido a exame proctolgico sob sedao venosa em
posio de sims. Resultados evidenciou-se presena de ndulo perineal
em rea cicatricial na linha mdia anterior, que foi drenado com sada
de secreo purulenta. Com o auxlio de um estilete, cateterizou-se
uma fstula transesfinceteriana. Realizou-se fistulotomia com curetagem
do trajeto. Observou-se em regio posterior ao nus normal, na linha
mdia posterior, uma depresso cutnea, que apresentava-se como um
segundo nus, porm em fundo cego, correspondendo ao remanescen-
te do proctodeu. Concluses: paciente evolui bem, com completa
cicatrizao e sem recidiva aps um ano.
P182 - FISSURA ANAL COMO MANIFESTAO ANORRETAL
DA LEUCEMIA MIELIDE AGUDA M3
JESUS EC, JUNIOR, TS, SOUZA, MCT
1. Uni-FOA, Escola de Cincias Mdicas de Volta Redonda
Introduo: as fissura so freqente em ambulatrio de cirurgia. Quan-
do provocada por quadro de leucemia mielide aguda m3 em paciente
at ento, assintomtico um desafio ao cirurgio. Objetivos: relatar
caso raro de paciente jovem, sem histria patolgica pregressa, com
proctalgia intensa e fissura anal, submetido fissurectomia com
esfinterotomia apresentando manifestaes clnicas de infeco e
hemorragia no ps-operatrio diagnosticado portador de leucemia
mielide aguda m3. Mtodos: masculino, 38 anos, dor intensa anal, 2
picos febris 3 dias em uso de cipro e tilatil 1 semana com piora
progressiva da dor e hematoquesia. Toque retal extremamente doloro-
so. Retoscopia normal,canal anal:fissura profunda e bordos
edemaciados. Indicado cirurgia:fissurectomia com esfincterotomia e
explorao de edema em borda da fissura sem sinais de abscesso
submucoso. Prescrito metronidazol e cefalexina 7 dias. Aps 7 dias,
melhora da dor, mas pico febril no 5 dia de ps-operatrio. Ferida sem
secreo, mas paciente plido e cansado. Solicitado hemograma en-
tregue no 10 dia leuccitos:10. 700, bastes 7%, metamiel:4%,
segment:17%, linfcitos 73%, moncitos4%. Plaquetas 29. 000 p/
mm3. Hb 7. 4, ht 22% he 2,26 milhes. Encaminhado ao cti,puno
venosa profunda e realizado tomografia abdominal normal. Iniciado
clindamicina e cefepima, transfuso de sangue e plaquetas. Indicado
nova cirurgia: reavaliao da ferida e colhido cultura, sem presena de
colees ou necrose local. Paciente iniciou sangramento em cavidade
oral aps extubao e necessitou ser reentubado. Melhora laboratorial
aps 24horas:150. 000 plaquetas, hb:7 e ausncia de leucocitose e
desvio esquerda. Suspenso antibitico. No 30 dia de cti foi extubado,
porm piora dos exames:leuc:16. 019, metamiel:2%, bastes:4%,
segment:11%, linfcitos: 78%, moncitos 5%. Anisocitose, linfcitos
atpicos. Solicitado parecer hematologista:leucemia mielide aguda
pelo exame do sangue perifrico. Resultados: transferido para hospital
albert einstein e classificado como fab: m3. Encontra-se em trata-
mento quimioterpico no hospital ac camargo. Concluses: apesar de
rara, as manifestaes da leucemia mielide aguda como febre, astenia,
palidez, hematomas, infeces freqentes, cicatrizao lenta de cor-
tes, devem ser de conhecimento do cirurgio. So descritas feridas que
aparecem e reaparecem na boca e no lbio e neste caso chamamos
ateno para ferida que se manifestou na regio da mucosa anal e
simulou uma fissura anal.
P183 - FISSURA ANAL: CARACTERSTICAS CLNICAS E
MANOMTRICAS DE PACIENTES SUBMETIDOS A
ESFINCTEROTOMIA LATERAL INTERNA SUBCUTNEA
ROSA, V.F., SOUZA, G.G.C., SILVA, S.M., ALMEIDA, R.M.,
BERFORD, F., FILHO, J.G., SOUSA, J.B., OLIVEIRA, P.G.
1. UNB, Universidade de Braslia
Objetivo: investigar as caractersticas clnicas e manomtricas de pa-
cientes submetidos elis devido fissura anal crnica e correlacionar
o resultado clnico e o tempo de cicatrizao da fissura com as altera-
es manomtricas decorrentes do procedimento operatrio. Materi-
al e mtodos: estudo prospectivo de pacientes portadores de fissura
anal crnica j com indicao para tratamento cirrgico. Os pacientes
foram submetidos a avaliao clnica, questionrio e manometria
anorretal (ma) na semana anterior ao procedimento cirrgico. No
ps-operatrio, os pacientes foram avaliados a cada 15 dias at a
cicatrizao completa da ferida operatria. Os questionrios e a ma
foram repetidos aps a operao. Foi avaliado o tempo para cicatriza-
o completa da fissura anal, complicaes precoces e tardias, o ndice
de incontinncia ps-operatria, as alteraes manomtricas decor-
rentes do procedimento e o grau de satisfao do paciente resultados:
seis pacientes participaram do estudo, sendo cinco do gnero femini-
no e um do gnero masculino. A mdia das idades foi de 29,6 anos. A
durao mdia dos sintomas foi de 63 meses. Metade dos pacientes
referiu remisso completa dos sintomas na avaliao final e os demais
referiram melhora significativa. Apenas uma paciente apresentou in-
continncia transitria para flatos. Todos os pacientes apresentavam
presses mximas de repouso elevadas no pr-operatrio (hipertonia
esfincteriana interna). Houve declnio destes valores na avaliao
final em todos os casos (tornando-se normais ou prximos aos valores
de referncia), porm metade dos pacientes apresentou valores mais
elevados que os iniciais na avaliao manomtrica intermediria as
presses mximas de contrao acompanharam as variaes das pres-
ses de repouso. Houve cicatrizao completa da fissura em 5 dos 6
pacientes avaliados. O tempo de cicatrizao variou de 15 a 45 dias,
com mediana de 30 dias. No houve complicaes precoces ou tardias
decorrentes do procedimento. Concluso:no presente estudo, a
esfincterotomia lateral interna subcutnea proporcionou melhora cl-
nica e diminuio das presses dos esfncteres anais em pacientes
portadores de fissura anal crnica.
P184 - ADENOCARCINOMA EM GLANDULA APOCRINA
PERIANAL
RAMOS, F.F., MENDONA, M.Q., PINTO, S.A., PINTO, T.D.A.,
GABRIEL-NETO, S., GABRIEL, A.G., OLIVEIRA, E.C.
1. UFG, Faculdade de Medicina
Adenocarcinoma de glandulas cutneas perianais so raros sendo a
maioria de publicados como relatos de caso. Os sintomas mais fre-
quentes so dor e prurido anal e sangramento retal. Neste trabalho
116
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relatamos um caso de adenocarcinoma em glandula apocrina perianal.
Paciente masculine, 56 anos, com historia de tumorao anal h mais
de 20 anos com secreo purulenta. H 6 meses com dor anal intensa.
Ao exame fisico apresentava leso vegetante/verrucosa em quadrante
lateral esquerdo de 15 x 10 cm2. Tc de abdome e trax eram nor-
mais. Colonoscopia era normal com reto e canal anal sem infiltrao
pela leso. O paciente foi submetido a resseco cirrgica da leso.
Evoluiu sem intercorrncias. O exame histopatologico mostrou
adenocarcinoma tubular infiltrando derme e subcutneo. Estudo
imuno-histoqumico pela tcnica da streptoavidina-biotina-
peroxidase em que foram utilizados os seguintes anticorpos: 1. Ceratina
de alto peso molecular = (+); 2. Ceratina de baixo peso moleculara =
(+); 3. Citocerationa 7 (+); 4. Citoceratina 20 (-); 5. Cea = (+); 6.
Vilina = (+); 7. Ki-67 (+) em 40% das clulas neoplasicas. Perfil
imuno-histoqumico compatvel com adenocarcinoma tubular anexial
perianal. O paciente recusou terapia adjuvante e no retornou para
seguimento. Conclumos que este caso muito raro na literatura com
poucos relatos, de evoluo insidiosa e o tratamento principal a
exciso cirrgica.
P185 - ADENOCARCINOMA DE RETO COMO CAUSA DE
SINDROME DE FOURNIER
SOUSA-NETO, A.T.2, ZORZIM, R.Q.2, CONDE, B.N.S.S.1, PIN-
TO, S.A.2, GABRIEL, A.G.1, GABRIEL-NETO, S.1, OLIVEIRA, E.C.1
1. UFG, Faculdade de Medicina2. HUGO, Hospital de Urgencias de
Goiania
A sndrome de fournier consiste em uma infeco gangrenosa em
regio perineal evoluindo para fasciite necrotizante e envolvimento
progressivo das regies genital e perianal, acometendo principalmen-
te homens adultos paciente maculino, 48 anos, fazendeiro, com quixa
de dor retal h 4 meses aps queda de cavalo. Evoluiu com piora da dor
e eliminao retal de secreo piosanguinolenta. Ao exame apresenta-
va volumoso abscesso perianal com necrose tecidual. Ausencia de
linfonodomegalias. Submetido a drenagem do abscesso e desbridamento
dos tecidos necrosados sendo identificada pelo toque retal leso
vegetante e estenosante a 3 cm da margem anal. Utilizou-se
antibioticoterapia com ciprofloxacina e metronidazol. O paciente
evoluiu bem, necessitou de mais uma sesso de desbridamento da ferida
perianal. No 9o po foi realizada um sigmoidostomia em ala. A biopsia
revelou um adenocarcinoma tubular de reto baixo. A tc abdome mos-
trou multiplas leses hepaticas. O paciente recebeu alta com 13 dias de
internao hospitalar, com programao de quimioterapia e radiote-
rapia neoadjuvante. Concluimos que embora mais raras as neoplasias
anorretais entram no diagnostico etiologico dos abscessos perianais.
P186 - TRATAMENTO DE FSTULAS ANAIS COM PLUG AFP
SURGUSIS
BORBA, MR1, AZEVEDO, BC1, BROCHADO, M.C.R.T.1, MAR-
QUES, C.F.S.1, MORY, E.K.1, OTOCH, J.P.1
1. FMUSP, Faculdade de Medicina USP2. HSL, Hospital Srio Libans
Introduo: os procedimentos cirrgicos para o tratamento de fstulas
anais so compostas por diferentes tcnicas dolorosas e
desconfortveis. Alm disso, podem ocasionar variados graus de in-
continncia fecal. Recentemente, foi introduzido no mercado nacio-
nal o plug surgisis afp da cook medical. Trata-se de um plug suturvel
de colgeno biodegradvel que deve ser introduzido e fixado no trajeto
fistuloso. Estudos iniciais demonstram eficcia de at 87% no fecha-
mento de fstulas anais. Objetivo: avaliar os resultados do uso do plug
surgisis afp no tratamento de fstulas diversas em pacientes adultos e
peditricos, em um perodo de 2 anos materiais e mtodos: foram
selecionados 10 pacientes com idade variando entre 6meses e 62 anos
com fstulas transesfincterianas para avaliao do uso do plug anal, no
perodo de fevereiro de 2007 a maio de 2009 resultados: o tempo
mdio de procedimento foi de 20 min e tempo de internao de 1 dia
. Houve uma taxa de sucesso de 70 % dos casos. Nenhuma complica-
o foi verificada no perodo de ps-operatrio. O plug foi bem tole-
rado por todos os pacientes, sendo mantidos sem maiores queixas sob
uso de analgsicos comuns, porm em trs pacientes houve recidiva da
fstula anal,se dno que em um paciente foi usado novo plug e nova-
mente sem sucesso concluso: o uso de plug surgisis afp mostra-se
promissor no tratamento de fstulas anais transesfincterianas, apre-
sentando bons resultados e boa tolerabilidade por parte dos pacientes,
necessitando de seguimento maior.
P187 - CISTO CILIADO DE REGIAO PERINEAL - RELATO DE
CASO
MENDES, C.R.S, SAPUCAIA, R.A., FEREIRA, L.S.M, PAIVA, G.R.,
ANDRADE, R. G.
1. HSI, Hospital Santa Izabel
Objetivo: relatar um caso de cisto ciliado de regio perianal material e
mtodos: paciente do ambulatrio de coloproctologia do hospital san-
ta izabel. Resultados: trata-se de paciente sexo masculino 54 anos,
atendido no ambulatrio de coloproctologia com queixa de tumorao
perineal com aumento gradativo causando incomodo ao sentar e
higiene. Ao exame nota-se tumorao perianal posterior, subcutnea,
arredondada, de consistncia fibroelstica que abaula a pele dessa re-
gio sugestivo de lipoma. Toque retal abaulamento do canal posterior,
anuscopia sem alteraes. Submetido a tratamento cirrgico com
resseco do mesmo aps anestesia local e sedao sendo notada leso
amarelo esbranquiada de aproximadamente 3,0 cm x 2,5 cm x 1,0
cm. Material encaminhado para anatomia patolgica, com diagnosti-
co de cisto ciliado de regio perineal concluso: o cisto ciliado de
regio perianal uma leso rara de comportamento benigno, que tem
como origem remanescente embriolgicos da membrana cloacal.
mais comum em mulheres jovens no sendo o caso descrito acima, que
se trata de um paciente do sexo masculino na quinta dcada de vida.
Existem na literatura 18 casos relatados ate o momento, sendo en-
contrados nas extremidades, como ps, mos e regio perianal. A
anatomia patolgica demonstra a epiderme normal com leso cstica
no corion ao maior aumento podendo observar a presena de epitlio
estratificado ciliado, como demonstrado no caso acima. O paciente se
encontra sem queixas, e vem em acompanhamento ambulatorial com
exame fsico sem alteraes.
P188 - ASPECTOS DIAGNSTICOS E TERAPUTICOS DA
DOENA DE BOWEN SACROCOCCGEA RELATO DE
CASO
CIQUINI, S.A., ALVES, A.C.N., NISHIMOTO E.I., FERREIRA, A.S.,
VARONI, A.C.C., GUSMON C.C.
1. PUC-CAMPINAS, Servio de Coloproctologia Hosp. Univer. da
PUC-Campinas
Introduo: a doena de bowen descrita por bowen, jt em 1912 como
um carcinoma in situ de clulas escamosas cutneas. Sua ocorrncia na
regio sacrococcgea incomum, geralmente ocorrendo em mulheres
na quinta dcada de vida. Pode apresentar-se de diversas formas
morfolgicas: leses em placa de contornos ntidos, irregulares, sali-
entes, eritmato-descamativas ou at verrucosas, com hipo ou
hiperpigmentao; eventualmente, exulceradas. De evoluo lenta e
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progressiva, geralmente assintomtica ou caracterizada por queixas
inespecficas, como dor local, irritao, prurido e sangramentos. Quan-
do no tratada pode evoluir para carcinoma epidermide invasivo. O
tratamento geralmente cirrgico, realizado por exciso local com
margens adequadas. Tambm pode ser realizada vaporizao por laser,
crioterapia ou terapia fotodinmica. Geralmente evolui para a cura
aps tratamento inicial. Objetivos: analisar os aspectos diagnsticos e
teraputicos da doena de bowen sacroccoccgea. Mtodos: os autores
relatam o quadro clnico de portadora de doena de bowen em regio
sacrococcgea, considerando aspectos diagnsticos e teraputicos
empregados. Resultados: apresenta-se o quadro de doente do sexo
feminino, 70 anos, com antecedente de linfoma no hodgkin baixo
grau em acompanhamento. Apresentava leso eritematosa em regio
sacral h 1,5 anos sem sintomas locais. O exame fsico demonstrou
leso eritematosa, plana, bem delimitada, com reas de descamao de
aproximadamente 5 cm. Sua bipsia confirmou doena de bowen.
Realizado exrese da leso com margem cirrgica confirmada a
histopatologia. Em acompanhamento ambulatorial apresentou evo-
luo satisfatria, sem intercorrncias. Concluses: conclui-se a im-
portncia de um diagnstico preciso com a realizao de bipsia da
leso quando houver suspeita de doena de bowen. O tratamento cirr-
gico tem sido recomendado por apresentar menores ndices de recidi-
va. Sugere-se acompanhamento por um perodo nunca inferior a 10
anos.
P189 - ESTENOSE DE CANAL ANAL PS TUBERCULOSE
PERIANAL: RELATO DE CASO
LUPORINI, R.L., SIPRIANI JR, L.V., MARCIANO, M.R.,
CHRISTIANO, A.B., BASSO, M.P., GONALVES FILHO, FA,
CUNRATH, G.S., NETINHO, J.G.
1. FAMERP, Faculdade de Medicina de So Jos do Rio Preto
Introduo: tuberculose era e permanece sendo um grande problema
de sade pblica. Um tero da populao mundial esta infectada pelo
bacilo da tuberculose. Frequentemente envolve o pulmo. Raramente
acomete outros orgo, como o trato gastrintestinal. Acometimento
anoperineal extremamente raro. Uma complicao possvel aps o
tratamento da tuberculose perianal trata-se da estenose do canal anal,
fato que iremos relatar nesse caso em questo. Objetivo: relatar um
caso raro de tuberculose perianal e sua evoluo com estenose de canal
anal aps o tratamento especfico. Relato de caso: vac, sexo masculi-
no, 38 anos, com queixa de hiporexia, febre vespertina diria e
emagracimento de 20 kg em 4 meses. Associado ao quadro apresenta-
va leso verrucosa em regio perianal h 3 anos. A bipsia de tal leso
evidenciou tratar-se de tuberculose perianal. Outros exames constata-
ram que o mesmo tambm estava com tuberculose pulmonar e hiv
negativo. Submetido a tratamento com esquema rip (rifampicina,
pirazinamida e isoniazida) por 6 meses evoluindo com melhora pro-
gressiva da leso. Entretanto, o mesmo evoluiu com estenose do canal
anal devido a cicatrizao da leso e fibrose, sendo necessria a con-
feco de transversostomia e mltiplas sesses de dilatalo do canal
anal com velas de hegar e tentativas de cirurgias com confeco de
retalhos para correo, at o momento sem sucesso. Discusso: o
acometimento perianal da tuberculose uma condio rara. Trata-se
de menos de 0,7% dos casos de tuberculose. O diagnstico difcil,
exigindo um alto nvel de suspeita. Especialmente nos casos com
tuberculose perianal exclusiva. Pode apresentar-se sobre vrias for-
mas: fstula recorrente, fissuras ulcerosas que no cicatrizo, abscessos
e crescimento verrucoso. No caso apresentado, a leso apresentou-se
como uma ulcerao perianal acometendo toda a circunferncia da
regio perianal. O diagnstico confirmado aps avaliao
histopatolgica e bacteriolgica. Deve se atentar para o diagnsticos
diferenciais com doena de crohn e doenas venreas. O tratamento
consiste de antibioticoterapia especfica (como a apresentada no caso)
e em algumas situaes existe a necessidade de interveno cirrgica
(abscesso, fstula, obstruo). Aps o tratamento, devido a cicatriza-
o da leso, pode ocorrer fibrose na rea previamente acometida pela
doena, com estenose anal, fato ocorrido com nosso paciente, sendo
o tratamento cirrgico a melhor alternativa.
P190 - CNCER BASOCELULAR (CBC) PERIANAL: APRE-
SENTAO DE CASO E REVISO DE LITERATURA
RODRIGUES, F.G, FARIA, F.F, LIMA-JR, A.C.B, OLIVEIRA, R.G,
BRAGA, A.C.G, GOMES DA CRUZ, G.M
1. SCBH, Santa Casa Belo Horizonte
Introduo: carcinoma basocelular (cbc) a leso cutnea maligna
mais comum, acometendo principalmente reas expostas ao sol. Le-
ses ocorrendo em reas no-expostas so raras, ainda mais na regio
perianal. Apresentao de caso: paciente jfcf, 55 anos, sexo masculi-
no, com desconforto perianal h um ano, negando dor, prolapso e
sangramento s evacuaes. Hbito intestinal dirio com esforo as
evacuaes. Colonoscopia normal e histria familiar negativa para
neoplasias. Ao exame nota-se uma leso nodular, ulcerada, com pon-
tos enegrecidos, endurecida, indolor, na borda anal esquerda, com 1,5
cm. Submetido resseco de leso de borda anal, boa evoluo ps-
operatria. O ehp revelou uma neoplasia epitelial de clulas basalides
em agrupamentos rodeados por clulas em paliada, com freqentes
figuras de mitoses e focos esparsos de exsudato grnulo-mononuclear,
compatvel com epitelioma basocelular. Discusso: calcula-se que o
cbc perianal represente 0,2 % dos tumores anorretais, no havendo
mais que 200 casos relatados na literatura. mais comum na stima
dcada de vida, em homens, e, em decorrncia de seu crescimento ser
lento e causar poucos sintomas, o diagnstico freqentemente feito
aps vrios anos de evoluo. O achado fsico o de uma massa
perianal de cerca de 1 - 10 cm, com bordas elevadas e ulcerao
central, com aspecto nodular e firme, podendo apresentar telangectasias
finas. Sangramento, dor, secreo perianal, prurido ou ulcerao, po-
dem ser a motivao para a consulta ao coloproctologista. So incomuns
invaso do canal anal e metstases. Tratamento: cirrgico, com
margens livres de pelo menos 10 mm. Havendo recorrncia local deve
ser efetuada nova exciso. Havendo invaso da linha pectnea a cirur-
gia deve ser mais agressiva (amputao abdominoperineal). necess-
rio se proceder ao diagnstico diferencial com o carcinoma basalide
de epitlio transicional, que tem evoluo mais agressiva, com ten-
dncia a metstases precoces. Radioterapia e crioterapia so indicadas
frente a contra-indicao cirrgica; e, o imiquimod tem sido indicado
em tais casos. Concluso: cbc uma neoplasia cutnea maligna rara na
regio perianal, no havendo grandes sries registradas. A evoluo
insidiosa pode retardar o diagnstico. A cirurgia com boa margem de
segurana uma indicao formal, somente indicando-se a rt ou
crioterapia em casos de leses volumosas.
P191 - RELATO DE CASO: TUMOR PERIANAL SARCOMA
DE EWING
FORMAGGINE, L.A, PETROSEMOLO, R.H, BARBI, R.R,
PANDELO, A.P, LEAL, T, MIRANDA, A.M
1. HGA-RJ, Hospital Geral do Andara
Introduo: a famlia de tumores de ewing compreende um espectro de
neoplasias de clulas neuroectodrmicas primitivas, que so clulas
embrionrias que migram da crista neural. Esses tumores acometem
primariamente osso e tecido mole. Objetivo: relatar um caso de sarcoma
118
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Setembro, 2009
de ewing perianal diagnosticado numa paciente de 14 anos, atendida
no hospital geral do andara Rio de Janeiro RJ e realizar reviso
bibliogrfica sobre o assunto. Paciente e mtodos: t. S. B, 14 anos,
parda, estudante, moradora de realengo, natural do rio de janeiro,
procurou a emergncia do hospital referindo, fraqueza febre diria, dor
e caroo ao redor do nus, observado h 15 dias. Atendida pelos mdi-
cos do spa, foi solicitada avaliao pelo servio de coloproctologia,
com diagnstico de leso anal a esclarecer. Na inspeo observamos
grande rea endurada perianal, dolorosa, de superfcie irregular, eleva-
da, de limites imprecisos, com hipertermia e hiperemia local, sem rea
de flutuao. Devido ao grande desconforto da paciente, optamos por
realizar exame proctolgico sob anestesia, no centro cirrgico, e biopsia
da leso. Apresentando anuscopia e retossigmoidoscopia normal, sem
leses de mucosa, com bipsia conclusiva de sarcoma de ewing/ pnet.
Resultado. Tumores indiferenciados que ocorrem em tecido mole so
denominados sarcoma de ewing extra-sseo e tumores de tecido mole
com caractersticas neurais so denominados pnet. O diagnstico
mais frequente na segunda dcada de vida (64%), seguido da primeira
dcada de vida (27%), sendo que 9% podem ocorrer na terceira dcada
de vida. Dados de 18 estudos dos eua, europa e japo, que incluram
1505 pacientes, mostraram a seguinte distribuio: sarcoma de ewing
do osso (87%), sarcoma de ewing extra-sseo (8%), ppnet sseo e
extra-sseo (5%) o tratamento de sarcoma de ewing requer erradicao
do tumor no local primrio, com cirurgia e radioterapia; em stios
metastticos ou micrometastticos, com quimioterapia. Concluso: o
sarcoma de ewing extra-sseo, com localizao perianal, uma pato-
logia extremamente rara, de etiologia desconhecida, de prognstico
reservado, e com tratamento combinado, com quimioterapia seguida
de cirurgia ou radioterapia.
P192 - CARCINOMA EPIDERMIDE DE CANAL ANAL
ESTADIO IV COMPLICAES CLNICAS DE DOENA
AVANADA
FORMIGA FB, CREDIDIO AV, ROSA DL, KLUG WA
1. SCMSP, Santa Casa de Misericrdia de So Paulo
Introduo: o carcinoma epidermide o tumor mais comum do canal
anal, sendo responsvel por 85% das leses malignas dessa regio.
Objetivo: descrever e ilustrar apresentao rara e avanada do carci-
noma epidermide de canal anal. Mtodos: seguimento de um pacien-
te durante sua internao no servio de emergncia da santa casa de
so paulo. Resultados: jas, 54 anos, sexo masculino, negro. Paciente
deu entrada no servio de emergncia apresentando leses ulceradas,
hiperemiadas e com secreo purulenta em glteo, bolsa escrotal e
coxa esquerda. A leso inicial, na coxa, havia surgido h cinco anos e
estava sendo tratada como furunculose, com recorrncia frequente. A
leso havia progredido em extenso nos ltimos 2 meses, associada
dor, incontinncia fecal, emagrecimento de 10kg e dificuldade de
mobilizao da perna esquerda. Ao exame, apresentava-se taquicrdico,
desidratado, descorado, com linfonodos inguinais endurecidos, dor
palpao de crista ilaca esquerda, abaulamento de glteo esquerdo,
alm de leso esbranquiada circunferencial, endurecida e dolorosa no
canal anal. Apresentava leucocitose com desvio esquerda e insufici-
ncia renal. Indicado desbridamento cirrgico e enviado material para
estudo antomo-patolgico, que revelou tratar-se de carcinoma
espinocelular invasivo. Aps 21 dias de antibioticoterapia, diagnosti-
cou-se atravs de tomografia computadorizada de pelve uma coleo
em regio perineal, a qual foi puncionada. Realizados tambm exames
complementares para estadio do tumor, evidenciando destruio do
complexo esfincteriano ultrassonografia endoanal e metstase ssea
em ambas as cabeas femorais e ossos ilacos ressonncia nuclear
magntica. Paciente evoluiu com bexigoma de repetio, desnutrio,
m aceitao da dieta, dificuldade de mobilizao por dor em membro
inferior esquerdo e hipercalcemia refratria (secundria metstase
ssea), necessitando de sondagem vesical de demora e nutrio enteral.
Aps 14 dias de novo esquema de antibioticoterapia contra germes
multiresistentes, paciente melhorou do processo infeccioso local, porm
evoluiu com pneumonia nosocomial, associada a empiema pleural e
bito aps 45 de internao. Concluses: o carcinoma epidermide
estadio iv e localmente avanado pode determinar dificuldades na
manipulao clnica do doente uma vez que no h proposta terapu-
tica curativa e as intercorrncias infecciosas e alteraes na qualidade
de vida so inevitveis.
P193 - EXENTERAO PLVICA PARA TUMOR DE BUSCHKE-
LOEWENSTEIN - RELATO DE CASO E REVISO DA LITERA-
TURA
GONDIM, F., MAZURKIEWICZ, G., GALVO, N., AMARO, C.,
DUARTE, A., ALVES, V. L.
1. FAMED - UFBA, Faculdade De Medicina - Universidade Federal da
Bahia
O tumor de buschke-loewenstein ou condiloma acuminado gigante
uma entidade rara. Os autores relatam o caso de um paciente do sexo
masculino, que desenvolveu uma forma invasiva de condiloma
acuminado gigante, com acometimento de reto e bexiga. O paciente
foi submetido a uma exenterao plvica, evoluindo no ps-operat-
rio com algumas complicaes. Foi realizada uma reviso da literatura
sobre este tipo de abordagem patologia.
P194 - CROMOMICOSE - RELATO DE CASO
PANTANALI, CAR, FERNANDES, LC, FERRO, OC, ABRAHO, H,
DEAK, E, SAAS, SS
1. UNIFESP, Universidade Federal de So Paulo
Introduo. Cromomicose infeco crnica, granulomatosa da pele
e tecido celular subcutneo, por implantao traumtica transcutnea
de fungos da famlia dematiaceae. Mundial, mais prevalente em regi-
es tropicais e reas rurais, apresentando o brasil um tero dos casos.
Agentes etiolgicos so: phialophora verrucosa, fonseca pedrosai,
fonseca compacta, cladosporium carrioni e rhinocladiela aquaspersa.
Caracteriza-se pelo surgimento de leses papulosas ou nodulares, em
geral nos membros inferiores, evoluindo para verrucosas, confluindo
formando placas com aspecto de couve-flor. Relato de caso. Paciente
ka, 74 anos, aposentado, pescador, natural de guararapes e procedente
de sp, que passou a evidenciar leses exofticas, verrucosas, perineais,
perianais e nas ndegas, de crescimento lento e indolor, de incio h 40
anos. Houve diagnstico de cromomicose no surgimento das leses,
por bipsia. Realizou-se crioterapia e houve utilizao de terbinafina,
sem melhoras. Atualmente, apresentava cinco massas vegetantes, em
ndegas direita e esquerda, regies anterior e posterior, com 1 leso
perianal. O paciente foi submetido a exrese em bloco dessas leses e
a colostomia em clon transverso, temporria, em ala. O paciente
evoluiu sem intercorrncias, com tecido de granulao na ferida ope-
ratria, sem secreo local. Em um 2 tempo sero realizadas cirurgias
com rotao de retalhos miocutneos para fechamento da ferida; em
3 tempo efetuar-se- fechamento da colostomia realizada inicial-
mente. Discusso. Teraputica da cromomicose variada, conforme
situao clnica e extenso das leses. Citam-se: eletro ou
criocoagulao, emprego de anfotericina b, 5-fluorocitosina, calciferol,
cetoconazol ou itraconazol e exrese cirrgica; h relatos de amputa-
o anorretal. Leses iniciais devem, quando possvel, ser tratadas por
exrese cirrgica. Em leses avanadas a teraputica pode ser efetuada
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com o emprego de drogas antifngicas, com eletro ou criocoagulao.
Para bactrias resistentes, a associao de tratamento clnico e cirr-
gico pode ser efetuada. Possibilidade de transformao neoplsica deve
sempre ser considerada nas leses. Pesquisas devem persistir para que
seja encontrado melhor tratamento para essa entidade. Concluso.
Tratamento da cromomicose imperativo, no entanto a melhor tera-
putica por vezes no evidente, com emprego de diversas modalida-
des para cura; possibilidade de transformao neoplsica torna urgente
resoluo da afeco.
P195 - CIRURGIA LAPAROSCPICA COLORRETAL - EXPE-
RINCIA DO SERVIO
OLIVEIRA, P.S.P., CAMARGO, MG, LEAL, R.F., AYRIZONO, M.L.S.,
FAGUNDES,J.J., COY, C.S.R.
1. UNICAMP, Faculdade de Ciencias Mdicas da Universidade Es-
tadual de Campinas
Introduo: o incio da cirurgia laparoscpica se d em 1985 com a
primeira colecistectomia em humanos. Desde ento, outros procedi-
mentos foram descritos e ampalmente empregados na dcada de 1990.
A complexidade da cirurgia do clon a impossibilitou de participar
dessa grande difuso, sendo a primerira descrio da tcnica de
colectomia laparoscpica realizada em 1991. Com a evoluo das
tcnicas para a cirurgia do clon laparoscpica e um maior nmero de
cirurgies aptos a realizar esse procedimento, essa modalidade cirrgi-
ca se tornou uma opo para o tratamento tanto das patologias benig-
nas quanto das malignas. Nesse panorama, at 2008, a cirurgia
laparoscpica colorretal no hc-unicamp era realizada esporadicamen-
te. A partir de 2009, tal modalidade firma-se na instituio como
procedimento de rotina. Objetivos: demonstrar os resulatdos iniciais
da cirurgia laparoscpica colorretal aps implantao como atividade
rotineira pela grupo de coloproctologia - hc-unicamp. Mtodos: an-
lise retrospectiva dos casos submetidos a laparoscopia pelo servio de
janeiro a maio de 2009. Resultados: foram realizadas 12 cirurgias ( 3
hemicolectomias d, 1 laparoscopia, 5 retossigmoidectomias, 1
colectomia total e 1 amputao abdominoperineal do reto). A mdia
de idade dos pacientes foi de 51,3a (28 - 82a) sendo sete (58,3%)
mulheres e cinco (41,6%) homens. Onze (91,6%) pacientes eram
portadores de neoplasia e um (8,3% ) de doena de crohn. O tempo
cirrgico mdio foi de 5,6h e os pacientes receberam alta em mdia no
6o. Ps-operattio. Para o tratamento das leses malignas, a mdia de
linfonodos foi de 21,1 (14 - 31). Como complicaes, um paciente
apresentou itu e outro, fstula da anastomose que recebeu tratamento
clnico. Concluso: a cirurgia laparoscpica para as patologias
colorretais factvel, apresenta bons resulatdos e complicaes
semilhantes a cirurgia convencional devendo portanto ser encorajada
como procedimento teraputico.
P196 - POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR (PAF) EM PA-
CIENTE HIV-POSITIVO: UM DESAFIO AO TRATAMENTO E
SEGUIMENTO
FREITAS, C.D., STECKERT, J.S., MARTINS, J.F., KOTZE, P.G.
1. PUCPR, Servio de Coloproctologia do Hospital Universitrio
Cajuru
INTRODUO: a polipose adenomatosa familiar (PAF) uma enti-
dade autossmica dominante causada por mutao do gene APC. H
poucos relatos na literatura de sua ocorrncia em pacientes portadores
do vrus HIV, tratados cirurgicamente. Adenocarcinomas colorretais
so raros em pacientes HIV-positivos. Pela imunossupresso, na PAF,
h risco aumentado de acelerao do processo de malignizao dos
adenomas e rpida ocorrncia de adenocarcinomas nestes casos. Alm
dos riscos de contaminao da equipe cirrgica durante os procedi-
mentos, h necessidade de seguimento mais agressivo neste subgrupo
de pacientes, o que torna esta situao um desafio para a equipe
mdica. OBJETIVO: relatar o caso de uma paciente HIV-positivo,
portadora de PAF, submetida a proctocolectomia restauradora com
reservatrio ileal, vdeo-assistida. RELATO DO CASO: R.B., 31
anos, irm de paciente portadora de PAF, chamada para rastreamento
da doena e realizao de colonoscopia. Portadora h 2 anos do vrus
HIV, com CD4 de 550 e carga viral indetectvel. Durante colonoscopia
identificou-se mltiplas leses polipides em todo o reto e nos de-
mais segmentos colnicos. Liberada pelo infectologista, foi subme-
tida a proctocolectomia restauradora com bolsa ileal em J, vdeo-
assistida. Teve boa evoluo ps-operatria e alta em 6 dias. Retornou
em 10 dias com sub-ocluso intestinal, tratada clinicamente com
hidratao e jejum, com melhora significativa. No momento recu-
perou seu estado nutricional, e encontra-se com plano de fechamen-
to da ileostomia em ala protetora da anastomose leo-anal. CON-
CLUSES: Os cuidados com uma operao de grande porte como a
proctocolectomia restauradora devem ser aumentados em pacientes
HIV-positivos. O acesso laparoscpico pode reduzir os riscos de
contaminao da equipe cirrgica, por tratar-se de tcnica minima-
mente invasiva. H necessidade de seguimento mais agressivo e em
intervalos mais curtos, por maior risco de malignidades pela
imunossupresso causada pelo HIV.
P197 - CASUSTICA DE COLECTOMIAS POR VIDEOLA-
PAROSCOPIA
SILVA, AAM, CUNHA, PDP, SOUZA, ELQ, CODES, LMG,
BACELLAR, MS, ZARO FILHO, EM
1. HSR, Servio de Coloproctologia do Hospital So Rafael
Introduo: a videolaparoscopia consiste em uma via de acesso cada
vez mais utilizada na coloproctologia. Diversas patologias
coloproctolgicas vm sendo tratadas com eficcia e segurana por
este mtodo, com impacto na diminuio da resposta inflamatria, no
retorno da funo gastrointestinal, reduo do tempo de internamento
e retorno precoce as atividades habituais. Objetivo: o objetivo deste
trabalho apresentar a experincia do servio de coloproctologia do
hospital so rafael no tratamento de patologias coloproctolgicas
pelo acesso videolaparoscpico. Mtodo: foram analisadas retrospec-
tivamente as cirurgias realizadas pelo acesso videolaparoscpico no
perodo de fevereiro de 2007 a maio de 2009. Resultados: as principais
indicaes foram doena diverticular (42,85%) e neoplasia colorectal
(28,57%). Obtivemos um total de 14 pacientes, sendo que dentre estes
8 eram mulheres e 6 homens. As cirurgias realizadas foram oito
retossigmoidectomias (64,28%), duas colectomias segmentares
(14,28%), uma colectomia esquerda alargada (7,14%), uma colectomia
total (7,14%) e uma amputao abdominoperineal do reto (7,14). O
perodo mdio de permanncia hospitalar foi de 5,57 dias. O perodo
mdio para retorno da funo gastrointestinal foi de 2,28 dias. Ocor-
reu uma converso em decorrncia de invaso tumoral de rgos adja-
centes. Concluso: diante dos dados apresentados observamos que o
mtodo laparoscpico constitui-se em via de acesso adequada com
aplicabilidade crescente nas patologias coloproctolgicas.
P198 - RESSECES COLORRETAIS VIDEOLAPAROS-
CPICAS EXPERINCIA RECENTE
PETROSEMOLO, R.H, CALHEIROS, J.P.F, FORMAGGINE, L.A,
BARBI, R.R, TRECE, R, OLIVEIRA, F.A
1. HGA - RJ, Hospital Geral do Andara
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Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
Resseces colorretais videolaparoscpicas experincia recente hos-
pital geral do andara, servio de coloproctologia, Rio de Janeiro (rj),
brasil resumo: autores apresentam a experincia recente de servio
especializado em cirurgias colorretais com resseces
videolaparoscpicas, realizadas somente com a utilizao de bisturi
diatrmico unipolar.
P199 - SNDROME DO CECO MVEL
REIS NETO, REIS JNIOR, ODORINO KAGOHARA, JOAQUIM
SIMES, SRGIO BANCI, LUCIANE HIANE, DANIELE SAITO
1. CRN, Clnica Reis Neto
Sndrome do ceco mvel reis neto ja, reis jnior ja, neto js, kagohara
oh, banci so, oliveira lh e anjos ds. Clnica reis neto - campinas / sp
Introduo: a sndrome do ceco mvel representa um conjunto de
sintomas gastrointestinais inespecficos que pode estar presente
em pacientes que possuem uma variao anatmica embriolgica,
permitindo uma mobilidade anormal do ceco em relao pelve. O
tratamento proposto cirrgico, realizando-se a cecopexia segun-
do a tcnica descrita por dixon e meyer. Poucos so os resultados
descritos na literatura at o momento. Objetivo: avaliar os resulta-
dos ps-operatrios em pacientes com diagnstico clnico e radio-
lgico de ceco mvel, submetidas a cecopexia. Mtodos: foram
avaliados 10 pacientes com sintomas gastrointestinais inespecficos
iniciados a mais de seis meses, excluindo os portadores de doena
inflamatria intestinal, doena diverticular, megaclon e outras
doenas que pudessem claramente justificar os sintomas, com pre-
sena de mobilidade cecal radiografia abdominal contrastada (po-
sio supina e ortosttica). O tratamento cirrgico (cecopexia) foi
realizado por via laparoscpica. A avaliao foi feita no pr e ps-
operatrio atravs de um questionrio contendo os seguintes da-
dos: principais sintomas, presena e tipo de dor, grau de constipa-
o (score de wexner-cliveland clinic), qualidade de vida pr e ps-
operatria. Resultados: um total de 10 pacientes, todas do sexo
feminino, idade mdia de 39. 7 anos, acompanhadas por perodo
mdio de 3. 6 meses, apresentaram como principais sintomas cons-
tipao (60%), dor (60%) e distenso (50%). Dentre as pacientes
com constipao, 60% apresentaram melhora do score no ps-
operatrio. O score mdio pr-operatrio foi de 16. 2, e no ps-
operatrio de 11. 2 (score variando de 0 a 30). 70% das pacientes
definiram como ruim ou muito ruim a qualidade de vida antes da
cirurgia e 50% definiram como boa ou tima a qualidade de vida
aps a cirurgia. Concluses: os resultados da cecopexia no trata-
mento da sndrome do ceco mvel so satisfatrios a curto e mdio
prazo, contudo, ainda necessitam de estudos com uma srie maior
de pacientes, acompanhados a longo prazo, para avaliar sua real
eficcia na resoluo dos sintomas.
P200 - ABORDAGEM VIDEOLAPAROSCPICA NO
TERATOMA SACROCOCCGEO
BARTMANN, M., PEREIRA, G.B, CRUZ, J.V.
2. UFCSPA, Universidade Federal de Cincias da Sade de Porto Alegre
Introduo os teratomas sacrococcgeos (TSC) so classicamente abor-
dados posteriormente ou com uma laparotomia combinada quando o
tumor encontra-se acima do promontrio. A abordagem assistida pela
videolaparoscopia eficiente, segura e pode apresentar vantagens.
Objetivos relatar a abordagem de um teratoma cstico maduro
sacrococcgeo. Mtodos paciente masculino de 65 anos, apresentando
tumorao em regio sacrococcgea desde a infncia, mas com aumen-
to progressivo de volume h 3 anos. Na tomografia computadorizada
h uma leso expansiva cstica com algumas septaes e paredes del-
gadas medindo aproximadamente 35 x 10 x 10 cm, situando-se entre
o sacro, o cccix, o reto e a bexiga urinria. A ressonncia magntica
mostrou o limite superior em l5 e deslocamento do reto e compresso
da bexiga. A mielografia atravs de puno lombar no evidenciou
comunicao entre o saco dural e o cisto visualizado. Realizado abor-
dagem videolaparoscpica abdominal para a liberao dos rgos e
tecidos adjacentes, dissecando a leso at o nvel do assoalho plvico.
A seguir, o paciente foi posicionado em decbito lateral esquerdo a
para abordagem posterior e a retirada completa da leso. Resultados
quando um tumor retrorretal abordado pela via posterior, a viso
da fascia pr-sacral muito limitada e o sangramento incoercvel do
plexo venoso pode acrescentar grande morbidade ao procedimento.
A via transabdominal convencional tambm no oferece uma viso
pr-sacral ideal. A videolaparoscopia fornece a oportunidade de iso-
lamento e ligadura da artria sacral mdia, que o principal supri-
mento sanguneo desses tumores, antes da disseco tumoral. A abor-
dagem laparoscpica permite a disseco anatmica, a coagulao
de pequenos vasos e a preservao do suprimento nervoso autonmico
para os rgos plvicos. A disseco cega pode acarretar no dano
nervoso do sistema urogenital e anorretal. Quando o tumor cstico,
a aspirao do contedo e descompresso do tumor pode melhorar a
visibilidade e evitar a converso. Concluso a abordagem
videolaparoscpica parece ser a ideal para os tsc, pois favorece o
acesso rea pr-sacral quando o tumor se extende ao interior da
pelve. A disseco laparoscpica meticulosa pode melhorar os resul-
tados funcionais.
P201 - CIRURGIA VDEOLAPAROSCPICA COLORRETAL:
EXPERINCIA INICIAL
ROSA, V.F., SOUZA, G. G. C., ALMEIDA, R.M., FILHO, J.G.,
BERFORD, F., WURMBAUER, I.S., SOUSA, J.B., OLIVEIRA, P.G.
1. UNB, Universidade de Braslia
Objetivo: relatar a experincia do servio de coloproctologia do hos-
pital universitrio de braslia com a cirurgia videolaparoscpica. Ma-
terial e mtodos: estudo retrospectivo baseado nos registros (formul-
rio especfico para operaes videolaparoscpicas) dos pacientes
submetidos operaes videolaparoscpicas no perodo de abril de
2004 a maro de 2009. Foram colhidos dados tangentes a idade, sexo,
patologia e complicaes dos procedimentos realizados. Resultados:
foram realizados 40 procedimentos no perodo analisado. Quanto ao
sexo foram 18 pacientes do sexo feminino (45%) e 22 do sexo mas-
culino (55%). Dos pacientes operados 26 foram por etiologias benig-
nas, das quais 12 casos por megaclon chagsico (30%) e 4 por
procidncia retal (10%) e 14 malignas, dentre as quais adenocarcinoma
do sigmide (6 casos; 15%) e adenocarcinoma do reto (2 casos; 5%).
Dentre os procedimentos realizados, os mais comuns foram opera-
es de duhamel modificada (11 casos; 27,5%), sigmoidectomias (8
casos; 20%), sigmoidectomias com disseco retrorretal (4 casos; 10%)
e 6 colectomias direita (15%). Das complicaes dos procedimentos
realizados ocorreram 2 bitos (5%); 12 infeces do stio cirrgico
(30%), sendo 7 superficiais e 5 profundas, 1 caso de pneumonia (2,5%),
3 casos de leo paraltico(7,5%), 1 caso de infeco do trato urinrio
e nenhum caso de trombose venosa profunda ou hematoma. Dos
pacientes operados, houve necessidade de reoperao em 7 (17,5%),
por motivos que variam desde deiscncias de anastomose (5 casos;
12,5%), 1 hrnia interna (2,5%) e 1 leso do intestino delgado (2,5%).
Em 20% dos casos houve necessidade de converso da operao. Con-
cluses: a cirurgia videolaparoscpica colorretal um procedimento
que apresenta um elevado grau de desafio tcnico, o que se reflete na
necessidade de reoperao em 17,5% dos casos, alm de taxa de con-
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Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
verso da cirurgia em at 20% . O nmero de casos relativos a patolo-
gias malignas reduzido, porm encontra-se em progressivo cresci-
mento, refletindo indefinies que at recentemente existiam quanto
viabilidade do uso dessa tcnica para tais patologias.
P202 - DIVERTICULITE DE CECO MIMETIZANDO APENDICI-
TE AGUDA
BOARINI, P., MESQUITA, E., FUJIWARA, R.T., INGRUD, J.C.,
ROMAN, A., BOARINI, C.R., BOARINI
1. HMCC, Residencia medica Ciirurgia geral SUS
O poster mostra um caso de uma diverticulite de ceco com sintomas e
diagnostico previo sugestivos de apendicite aguda. Diagnostico feito
somente no intra operatorio. Realizado diverticulectomia com sutura
na base a parkerr-kerr, com evoluo favoravel. O poster visa de-
monstrar que cabe como diagnostico diferencial em casos de apendici-
te aguda, sendo importante a verificao principalmente quando no
se tem certeza que o quadro mesmo relacionado ao apendice cecal.
P203 - DOENA DIVERTICULAR DE JEJUNO: RELATO DE
CASO
FREITAS, D.P., SILVA, F.B., LEAL, V.M.
1. UESPI, Universidade Estadual do Piau
Introduo: os divertculos consistem em evaginaes de mucosa re-
sultantes de anormalidades na camada muscular ou plexo mesentrico
do local acometido. A diverticulose jejunal tem a menor incidncia
dentre os divertculos do trato gastrintestinal. Afeta 1,3 a 4,6% da
populao, sendo que 82 % dos pacientes, permanecem assintomticos,
podendo tornar-se sintomticos com eventos perfurativos. Apresen-
ta-se com nico ou mltiplos divertculos, mais freqentemente em
homens (2:1) com a mdia de idade de 40 anos. Objetivo: relatar um
caso de doena diverticular mltipla de jejuno proximal com perfura-
o. Mtodos: m. D. S. G. , 40 anos, sexo feminino, com quadro de
desconforto abdominal, fisiose, sensao de plenitude gstrica cons-
tante (somente conseguia alimentar-se uma vez ao dia) e, ocasional-
mente, sentia fome e pirose h cerca de um ano. No mesmo dia foi
medicada com antiinflamatrio, brometo de escopolamina e
omeprazol. Submetida realizao de radiografia simples de abdome,
onde constatou-se distenso gasosa em alas de intestino delgado, com
nveis hidroareos no hemi-abdome esquerdo e ecografia abdominal
sem alteraes. Resultado: foi feita uma laparotomia exploradora que
evidenciou mltiplos divertculos no jejuno proximal, havendo plastro
e perfurao de um divertculo. Realizado enterectomia de cerca de
49x3,5x3cm do jejuno proximal, cujo estudo anatomopatolgico con-
firmou diverticulose jejunal com perfurao e moderada atividade in-
flamatria local. Teve alta no 3 dpo em bom estado. Avaliada no 8o
dpo, apresentava-se assintomtica, alimentando-se normalmente e
com funo intestinal regular e com ferida operatria de bom aspecto.
Concluso: doena diverticular jejunal apesar de rara deve ser lembra-
da nos casos crnicos de desconforto abdominal e pode evoluir com
complicaes como diverticulite com perfurao.
P204 - DIVERTCULO COLNICO GIGANTE DE SIGMIDE
FERRO, O, ABRAHAO, HCF, PANTANALI, C, DEAK, E,
FERNANDES, LC, SAAD, SS
1. EPM-UNIFESP, ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA-UNIFESP
Introduo:h prevalncia de doena diverticular no ocidente, mas os
divertculos colnicos gigantes so raros, com 135 casos descritos.
Relato de caso:map, 52 anos, com antecedente de h 2 meses ter
apresentado diverticulite aguda, tratada clinicamente. Retornou com
dor abdominal intensa, de incio h 2 dias, em fossa ilaca esquerda. Rx
simples de abdome identificou pneumoperitnio e imagem area de
forma elptica em fossa ilaca esquerda (fie). Tomografia de abdome
demonstrou pneumoperitnio e, em fie, formao elptica
intraperitoneal, de contornos bem definidos, paredes finas, com con-
tedo gasoso homogneo e em ntimo contato com alas intestinais,
com 9,0 cm de dimetro, provavelmente divertculo gigante de
sigmide. Laparotomia exploradora confirmou o diagnstico, tendo
sido realizada sigmoidectomia segmentar com anastomose primria.
No estudo da pea o clon sigmide apresentava, em sua poro
mediana, divertculo intestinal medindo 9,5 cm, com processo infla-
matrio granulomatoso do tipo corpo estranho. A paciente apresen-
tou boa evoluo com alta hospitalar a seguir. Discusso:geralmente a
doena se manifesta aps a sexta dcada de vida. Os mais freqentes
sintomas so: dores abdominais, nuseas, vmitos, febre, constipao,
diarria e melena. As complicaes mais comuns dos divertculos so
perfuraes e abscessos. A maioria (93%) cresce a partir do clon
sigmide, ao lado dos vasos sangneos que penetram na borda
mesentrica, estando associados com doena diverticular. Divertculos
gigantes podem se desenvolver como resultado de uma perfurao
contida que cresce por causa de um mecanismo valvular ou por orga-
nismos formadores de gs; suas paredes contm todas as camadas
colnicas. Enema de brio ou com contrastes hidrossolveis e
tomografia computadorizada so os mtodos preferenciais para diag-
nstico de divertculo colnico gigante. Na tomografia, o divertculo
aparece como cavidade preenchida com gs, fluido ou material fecal,
com fina parede regular e sem contraste, exceto em inflamao. A
parede pode ter calcificaes devido a inflamao. Diagnsticos dife-
renciais: volvos, duplicao intestinal, divertculo de meckel,
divertculo duodenal, pseudocistos pancreticos, colecistites, cistites,
fstula vsico-entrica e abscessos intraperitoniais. Concluso:o trata-
mento definitivo do divertculo gigante de clon a cirurgia. A ressecco
dos segmentos envolvidos com anastomose primria o tratamento
de escolha para a afeco.
P205 - FSTULA RETOVAGINAL SECUNDRIA A
DIVERTICULITE PERFURADA
JUC MJ1, GOMES EGA1, LORENA FA2
1. FAMED - UFAL, Faculdade de Medicina da UFAL2. SCMM, Santa
Casa de Misericrdia de Macei
Introduo: fstula retovaginal como complicao de diverticulite
rara. Sua causa mais comum est relacionada a traumatismo de
parto, naqueles partos com distorcias, mas pode ser uma complica-
o de cirurgias plvicas ou ainda, como evoluo da doena de
crohn ou extenso de afeco maligna plvica 1,2. Relato do caso:
a descrio deste caso se deveu a raridade da afeco de uma a
paciente de 58 anos, histerectomizada h 8 anos, por miomatose,
que evoluiu sem complicaes e aps esse perodo comeou a ob-
servar a sada de vezes pela vagina durante as evacuaes. Relata
que comeou aps uma crise de dores abdominais, principalmente
em fossa ilaca esquerda. Foi avaliada pela ginecologista que suspei-
tou de fstula e solicitou enema opaco. Este exame por imagem foi
extremamente esclarecedor e suficiente para junto com o exame
clnico, proctolgico e ginecolgico, indicarem a teraputica ci-
rrgica. Foi realizada sigmoidectomia com anastomose mecnica
colorretal que evolui sem complicaes. Este caso raro e repre-
senta uma complicao incomum da diverticulite aguda perfurada,
que drenou para a cpula vaginal, local de menor resistncia pela
cirurgia anterior.
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Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
P206 - RELATO DE CASO: ENDOMETRIOSE INTESTINAL COM
OBSTRUO DE LEO - TERMINAL
RODRIGUES,EA, SANDOVAL,EGB, MOTA,CC, PAESE,A,
ARSIE,DS
1. fcscf, fundao civil santa casa de franca
Objetivo: apresentao de caso clnico mostrando que a endometriose
pode acometer no somente rgos plvicos, mas tambm vsceras
ocas. Material e mtodo: relato do caso da paciente m. E. S de 36 anos,
realizado exame clinico e fsico, laparotomia exploradora com
resseco intestinal por duas vezes (ileocolectomia e resseco de
jejuno) e exame de microscopia de pea cirrgica. Relato do caso:
paciente foi submetida laparotomia exploradora, por abdome agudo
obstrutivo que evidenciou obstruo de leo terminal devido
endometriose intestinal, sendo realizado ileotiflectomia. Na microscopia
foi diagnosticada endometriose intestinal comprometendo paredes do
leo e apndice cecal com obliterao fibrosa da luz e mucosa ileal com
hiperplasia linfide folicular reacional. . Recebeu alta hospitalar dia
12/12/06 em bom estado geral e sem queixas. Paciente j tinha diag-
nostico prvio de endometriose e tinha realizado cirurgia para retirada
de ndulo em mama esquerda. Em 06/02/08 paciente retorna em
ambulatrio apresentando dor abdominal difusa e sinais de obstruo
intestinal, feita nova laparotomia que evidenciou endometriose em
clon descendente sendo feita nova resseco. Paciente apresentou
miomatose uterina com dor importante e fazendo uso de goserelina
subcutnea, foi submetida h 45 dias a histerectomia com drenagem de
abscessos peri uterinos e resseco segmentar de sigmide, com inva-
so por endometriose concluses: o caso em questo mostra que mes-
mo com tratamento clnico adequado, a endometriose pode compro-
meter no somente a cavidade plvica, mas tambm vsceras ocas,
provocando obstruo intestinal.
P207 - RELATO DE CASO: MESOTELIOMA EPITELIODE DO
PERITNIO
RODRIGUES,EA, SANDOVAL,EGB, MOTA,CC, ARSIE,DS, PAESE,A
1. fcscf, fundao civil da santa casa de franca
Objetivo: apresentao de caso clnico mostrando paciente de 73 anos
com mesotelioma epitelioide do peritnio material e mtodo: relato
do caso da paciente e. J. R 73 anos, relato do caso: paciente com
histria de dor abdominal e vmitos h 30 dias, fez us de abdome que
foi inespecfico, evoluiu com emagrecimento, queda do estado geral,
at apresentar quadro de abdome agudo, com sinais de obstruo intes-
tinal. Rx com nveis hidro areos. Achado cirrgico: carcinomatose
peritoneal, massa no ceco, infiltrando a parede abdominal e ossos da
bacia, irressecvel. Feita bipsia de massa e ileostomia em ala. O
anatomopatolgico resultante foi de mesotelioma epitlide de
peritnio. Inicialmente, pela apresentao do tumor, com
carcinomatose, foi considerado como adenocarcinoma, porm com a
realizao da imuno-histoqumica, chegou-se ao diagnstico de
mesotelioma. Paciente est em tratamento quimioterpico, e com
suporte nutricional via oral, apresenta-se emagrecido, com quadro de
dor abdominal e progresso da doena. Concluses: paciente apresen-
tou caso pouco comum, de rpida evoluo de mesotelioma de
peritnio, simulando neoplasia de origem colnica, com carcinomatose
e grande massa envolvendo o ceco.
P208 - PROCTITE POR LINFOGRANULOMA VENREO : RE-
LATO DE CASO
CARVALHO, MP., FORMIGA, FB, CAPELHUCHNIK, P, KLUG, WA.
1. ISCMSP, Irmandade da Santa Casa de Misericrdia de So Paulo
Introduo: o linfogranuloma venreo doena sexualmente
transmissvel que tem apresentado aumento de sua incidncia em
pases desenvolvidos, principalmente entre homossexuais masculi-
nos co-infectados pelo hiv objetivo: relatar caso de proctite por
linfogranuloma venreo material e mtodo: acompanhamento do
paciente na disciplina de coloproctologia da santa casa de so paulo.
Documentao escrita e fotogrfica do caso. Resultados: paciente do
sexo feminino, 26 anos, com histria de dor anal intensa h trs
meses, acompanhada de secreo anal com pus e sangue, e febre.
Confirmava pratica de sexo anal. Ao exame apresentava proctite
distal intensa com destruio da mucosa neste segmento, grandes
plicomas e sada de secreo purulenta pelo reto. Sorologia para
chlamydia tracomatis =128. Bipsia revelou processo inflamatrio
granulomatoso de natureza indeterminada. A paciente recebeu
doxiciclina por 21dias com melhora do quadro. Restante da investi-
gao diagnstica sem alteraes. Concluso: a proctite por
linfogranuloma venreo apresentao incomum desta dst, porm o
aumento da incidncia desta manifestao no mundo ocidental deve
alertar para a necessidade de sua investigao em pacientes com
proctite ou ulceraes anais.
P209 - PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO GRUPO
DE APOIO AO OSTOMIZADO DO INSTITUTO DO CN-
CER DO ESTADO DE SO PAULO OCTAVIO FRIAS DE
OLIVEIRA
PULIDO KCS, NAHAS CSR, COSTA FB, MORAIS CA, REIS AS,
POLLARA WM, NAHAS SC, CECCONELLO I
1. ICESP - FMUSP, Instituto do Cncer do Estado de So Paulo
Introduo: O grupo de apoio ao ostomizado (GAO) do instituto do
cncer do estado de so paulo Octavio Frias de Oliveira (icesp)
nasceu da preocupao da equipe de sade com o impacto causado
pelas ostomias nos pacientes e seus familiares. Embasados no princ-
pio filosfico da interdisciplinaridade, mdicos, enfermeiros, psic-
logos, nutricionistas e assistentes sociais compuseram um grupo de
profissionais incumbidos em garantir uma assistncia integral, indi-
vidualizada e sistematizada desde o momento em que se propem a
confeco de uma ostomia at a completa reabilitao do paciente
ou a capacitao do seu cuidador. Objetivos: este estudo objetiva
caracterizar o perfil dos ostomizados atendidos pelo gao no icesp.
Mtodos: trata-se de estudo exploratrio, descritivo e com aborda-
gem quantitativa. Resultados: em 3 meses de existncia, o gao aten-
deu 84 pacientes, na sua maioria homens (60,7%) com 55,7 anos em
mdia. Foram confeccionadas 80 ostomias. Dentre os principais
tipos de ostomias estavam as derivaes intestinais (48,7%) seguidas
das urinrias (28,7%). A neoplasia colo-retal foi a principal causa
geradora da ostomia (56,2%), sendo 75% de todas as ostomias de
carter definitivo. A principal complicao relacionada foi a dermatite
ao redor da ostomia (11,25%), seguida de sua retrao (7,5%). Con-
cluso: predominantemente, os pacientes ostomizados do icesp so
homens, com 55,7 anos em mdia, com derivao intestinal defini-
tiva conseqente a neoplasia colo-retal. Conhec-los fundamental
para que os esforos cooperativos de todos os especialistas da equipe
interdisciplinar, alm da cura, alcancem reintegrao e ao reajusta-
mento do paciente vida familiar, social e laborativa, minimizando
o impacto negativo das transformaes inevitveis na imagem cor-
poral e no autoconceito.
P210 - SANGRAMENTO TARDIO APS RESSECO POR
MICROCIRURGIA ENDOSCPICA TRANSANAL: RELATO
DE CASO
123
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
NAHAS CSR, MARQUES CFS, TAKEDA FR, RONCON A, COTTI
GC, POLLARA W, NAHAS SC, CECCONELLO I
1. ICESP - FMUSP, Instituto do Cncer do Estado de So Paulo
Objetivo: relatar caso de sangramento tardio aps resseco de tu-
mor de reto por microcirurgia endoscpica transanal (met) e o tra-
tamento por colonoscopia. Material e mtodos: paciente do sexo
masculino, de 57 anos, submetido a neoadjuvancia por um
adenocarcinoma de reto inferior, com uma leso vegetante residual
de 2cm junto a linha pectinea. Paciente recusou a amputao
abdominoperineal de reto. Como alternativa, ofereceu-se resseco
por met. Evoluiu com enterorragia no 18 po , com repercusso
hemodinmica e necessidade de transfuso sanguinea. Resultados:
realizado colonoscopia, observou-se a presena de coto vascular que
foi clipado com sucesso. Houve a necessidade de transfuso e dois
concentrados de hemcias. Paciente foi mantido internado por 3
dias, sem apresentar recidiva do sangramento. Concluso: apesar de
pouco relatada o sangramento tardio aps met pode ocorrer deven-
do o cirurgio estar atento a esta queixa do doente no primeiro ms
ps tratamento. O emprego da colonoscopia e hemostasia
endoscpica com endoclip excelente opo para seu diagnstico e
tratamento.
P211 - CECOPEXIA; UNA CIRUGIA PARA EL TRATAMIENTO
DEL ESTREIMIENTO CRONICO
TORRES P.J. JESS
MEDICO DE BASE ADSCRITO AL SERVICIO DE CIRUGA GENE-
RAL, PROFESOR DE LA FACULTAD DE ESTUDIOS SUPERIORES
IZTACALA, UNIVERSIDAD NACIONAL AUTNOMA DE MXI-
CO.
Servicio de Coloproctologia Hospital General Centro Mdico Nacio-
nal La Raza, Mxico D. F.
Introduccin: En Mxico el estreimiento sigue siendo reconocido
como un sntoma y no como una Enfermedad , no existen estudios
multicentricos sobre estreimiento en los ltimos aos, slo existe el
antecedentes de un trabajo del Dr. Miguel ngel Valdovinos en los
cuales sus reportes con respecto al estreimiento crnico utilizando
los criterios de ROMA I fueron del 15.2% en sujetos adultos con edad
promedio de 26.8 +/- 1.4 aos, resultados similares a las cifras
internacionales. En los Estados Unidos el estreimiento causa ms de
2.5 millones de consultas y ms de 500millones de dlares gastados en
laxantes por ao, adems las personas con estreimiento suelen infor-
mar de una disminucin de la productividad y aumento del ausentismo.
En la actualidad todava hemos sido testigos en la prctica mdica de
la hemicolectomia o colectomia-subtotal como lo propuso Sir
Arbuthnot Lane en1908 como tratamiento del estreimiento crni-
co, sin embargo tambin en 1908 por el Dr. Max Wilms quien operan-
do a una paciente con apendicitis crnica not la movilidad del ciego
y con una apndice sana, por lo que slo opto por fijarlo a la corredera
parietoclica derecha y pblica los hallazgos Fijacin del ciego mvil
para el tratamiento de la llamada apendicitis crnica al ao siguiente
Herich Klosse 1909 y 1911 escribe sobre el ciego mvil los cuales por
su movilidad sufre de torcin, inflamacin y dolor jugando un papel
importante en la gnesis del estreimiento, por otro lado y debido a
que se llegaron a operar pacientes estreidos sin presentar ciego mvil
esta tcnica se abandon, pues no contaban con el apoyo de algn
estudio que demostrara la presencia de un ciego mvil. En 1979, 1984
y 1989 el Dr. Padrn y el Dr. Basilio tuvieron sus primeras experiencias
observando en pacientes con abdomen quirrgico por apndice el cual
se observ sano y ciego mvil y en cuyo caso slo lo trataron con
cecopexia y apendicectomia, observando curacin del estreimiento
y de los sntomas acompaantes del mismo, realizando posteriormen-
te un mtodo de diagnstico mediante una cecografa para determinar
la movilidad del ciego (la cual no se contaba entonces en 1908),
realizando de este modo un trabajo en 1990 el cual fue presentado en
un congreso internacional en Ivrea Italia en donde presentaron los
resultados de 21 pacientes curados de estreimiento. Es por ello que
nosotros presentamos este estudio y nuestros resultados de cecopexia
con una tcnica de fijacin del ciego a una sola cintilla, tcnica dife-
rente a la utilizada por el Dr. Padrn que fija las dos tenias la posterior
y anterior, siendo este trabajo el primero en su tipo en Mxico.
Justificacin: El estreimiento secundario a ciego mvil es un
padecimiento poco conocido en nuestro medio y ms an, se siguen
utilizando tcnicas agresivas sin buenos resultados, sus complicaciones
son importantes, y es por esto que en el presente estudio demostraremos
la importancia de detectar esta patologa en pacientes estreidos de
nuestra poblacin derechohabiente del Instituto Mexicano del Seguro
Social y realizar su tratamiento de cecopexia utilizando una sola tenia
para su fijacin del ciego mvil. Objetivo General: Demostrar que la
cecopexia es un procedimiento seguro y eficaz en el tratamiento del
estreimiento crnico secundario a ciego mvil en la poblacin
derechohabiente del Instituto Mexicano del Seguro Social. Objetivo
Particular: Demostrar que la cecopexia fijando al ciego a una sola
tenia es igual de eficaz que utilizando dos tenias colonicas propuesta
por el Dr. Padrn. Tipo de Estudio: Serie de casos prospectiva, longi-
tudinal, descriptiva, no aleatoria, no cegada. Variables: variable
independiente: Estreimiento secundario a ciego mvil variable
dependiente: Cecopexia mediante la fijacin de una cintilla
colonica.Material y Mtodos: Se incluyeron a pacientes captados por
la consulta externa del servicio de coloproctologia del Hospital Gene-
ral CMN la Raza Mxico D. F de ambos sexos, derechohabiente del
IMSS, que pertenecen a las clnicas de influencia del Hospital General
la Raza Dr. Gaudencio Gonzles Garza en el periodo de agosto del
2008 a Enero del 2009, que cuentan con los siguientes requisitos: 1.-
Intervalo de ms de 5 das entre dos evacuaciones. 2.- Una historia de
estreimiento superior a 5 aos. 4.-No padecer de enfermedades que
producen por si solas estreimiento (hipotiroidismo, diabetes, fisura
anal, etc.). 6.-No consumo de psicofrmacos u otros medicamentos
que produzcan estreimiento. 7.-Consentimiento informado. 8.-Que
acepten entrar al estudio. El diagnstico de ciego mvil se realizara
mediante al administracin de 20gr de sulfato de bario diluido en 30cc
de agua (decisin tomada en consenso con mdicos radiologios), y se
dar a ingerir al paciente 10 hrs antes de tomar las placas simples de
abdomen en decbito dorsal y de pie. As tambin se clasificara el ciego
mvil de acuerdo a la clasificacin utilizada por el Dr. Padrn en ciego
Mvil tipo I, tipo II, y tipo III. Y una vez diagnosticados sern
solicitados los estudios preoperatorios, as como las valoraciones
preoperatorios correspondientes en caso de que el paciente sea mayor
de 44 aos as como su consentimiento informado y posteriormente
sern programados para ciruga. Se les practicara la cecopexia median-
te la fijacin de la tenia posterior y a otros la anterior as como y de
manera opcional para el paciente la apendicetoma profilctica, me-
diante anestesia general y abordaje tipo Mc Burney, diseccin por
planos hasta cavidad, se identifica ciego, se realiza apendicetoma
profilctica tipo Pouchet, se procede posteriormente a fijar el ciego
aplicando tres puntos de seda 00 a la tenia posterior y de aqu al
peritoneo parietal de la corredera parietoclica derecha, a partir de de
los 2cm de la base del apndice cecal con intervalo de 1cm aproxima-
damente entre los puntos, cierre por planos y piel con nylon 000
subdrmico. Cecopexia por laparoscopia, se realizara bajo anestesia
general balanceada, asepsia y antisepsia de la regin toracoabdominal
y se proceder a acceder a cavidad realizando inicialmente un incisin
de l0mm aproximado supraumbilical diseccin con Kelly tejido adiposo
y se introduce sonda de insuflacin, se coloca jeringa de 20cc con
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solucin fisiologica para determinar que estamos en cavidad, posteri-
ormente se hace pasar 13lts de C02y hacemos pasar la cmara, se
realiza una exploracin de la cavidad abdominal en sentido de las
manecillas del reloj y se procede a guiar y colocar otro puerto de
10mm cerca de la lnea mamaria y del punto Mc burney bajo visin
directa mediante la cmara, y se coloca un tercer puerto a 3cm
infraumbilical a 2cm de la cicatrz, una vez colocados los puertos se da
lateralidad izquierda y tren de Lenburg al paciente para exponer un
mejor campo quirrgico, y se procede a realizar la cecopexia con 3
nudos extracorpreos con polipropileno 00 a 2cm aproximadamente
de la base del apndice cecal y los siguientes a 1cm de separacin, una
vez realizado, se retiran los puertos bajo visin de la cmara, y esta
ltima con todo y puerto simultneo, se cierra aponeurosis con vicryl
0 puntos en cruz y piel con dermalon 000. Seguimiento: Posterior a la
ciruga sern citados a los 7 das, a los 14, a los 21 das, a los 3 y 6
meses, y hasta el ao. Slo se les indicada analgsicos orales,
ablandadores de las heces, dieta rica en fibra de 20 diarios, los puntos
son retirados entre los 7 a 10 das posterior a la ciruga. Se les realizara
un cuestionario a las 72hrs y a los 3 meses, para determinar cuanto ha
mejorado del estreimiento, sus sntomas no colonicos, y en escala del
0 al 10 con cuantos puntos considera su mejora. Resultados: Estadistica;
sern valorados los resultados antes y despus de la intervencin con
la prueba de t de estudent para muestras apareadas para las
cuantitativas, para las cualitativas utilizaremos la prueba de McNemar.
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VDEOS LIVRES
VL01 - ASPECTOS TCNICOS DA CONFECO DE BOLSA
ILEAL VDEO-ASSISTIDA EM PACIENTE PORTADORA DE
POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR
CAMPOS, FG, ARAJO, SEA, DIAS, AR, SEID, V, IMPERIALE, AR,
NAHAS, SC, CECCONELLO, I
1. FMUSP, Faculdade de Medicina da USP
Introduo: A realizao de colectomias profilticas em portadores de
polipose adenomatosa familiar (paf) tem por objetivo evitar o desen-
volvimento de cncer colo-retal (ccr). A realizao de resseces
laparoscpicas do clon e reto ainda representa motivo de controvr-
sia na literatura, estando associada a maior tempo operatrio e algu-
mas vantagens na recuperao imediata do paciente. Objetivos: apre-
sentar em vdeo a realizao de uma proctocolectomia total com
confeco de reservatrio ileal e ileostomia de proteo e discutir
aspectos tcnicos relevantes do acesso vdeo-laparoscpico,
enfatizando as dificuldades e ressaltando os seus benefcios. Descrio
do vdeo: o procedimento cirrgico foi realizado aps preparo mec-
nico do clon e antibioticoterapia profiltica, com o paciente em
posio de lloyd-davies. A mobilizao do clon e reto foi efetuada
com 5 trocrtes (10 mm na cicatriz umbilical para a tica e outros
portais em cada quadrante). Durante a mobilizao dos diferentes
segmentos, necessrio mudar a posio do paciente e equipe. A
mobilizao e desvascularizao so realizadas do clon direito em
direo ao clon esquerdo e reto. A dissecao do mesentrio foi feita
em sentido mdio-lateral, que permite a melhor identificao das es-
truturas retroperitoniais. Para a realizao de proctocolectomia res-
tauradora, o reto foi dissecado por via laparoscpica at o canal anal,
aps o que se abre uma pequena inciso suprapbica que permite secci-
onar o reto distal com grampeador linear de 30 mm e retirar o espci-
me cirrgico. Em seguida confeccionou-se bolsa ileal em j com exten-
so de 15 cm (2 grampeamentos de 7,5 cm), que foi anastomosada ao
canal com grampeador circular. Realizou-se drenagem da cavidade
plvica e ileostomia proximal. Concluses: 1) a confeco de
proctocolectomias totais vdeo-assistidas em pacientes com paf
factvel e segura; 2) apesar disso, o procedimento tecnicamente
complexo e est associado a maior tempo operatrio, devendo ser
executado por equipes experientes em doenas colo-retais e vdeo-
laparoscopia.
VL02 - IMPORTNCIA DA MARCAO DO LIMITE INFERI-
OR DO RETO NA ABORDAGEM LAPAROSCPICA
OLIVEIRA TA, LOPES F, ALVES FILHO V, ALVES AC, CORTRES
MGW
1. HFR, Hospital Felcio Rocho
Introduo: descrita pela primeira vez em 1991, a cirurgia laparoscpica
tem de tornado o procedimento de escolha para as cirurgias colorretais.
A eficcia e os benefcios da tcnica laparoscpica tm sido confirma-
dos por diversos estudos randomizados, revises e metanlises. Traba-
lhos recentes evidenciaram a equivalncia oncolgica entre a tcnica
laparoscpica e convencional para o tratamento de leses retais.
Objetivo: demonstrar a importncia da marcao do limite inferior do
reto na abordagem laparoscpica das leses retais. Descrio do vdeo:
trata-se de paciente de 71 anos com diagnstico de leso de reto baixo.
Antes de iniciar o procedimento, o limite inferior do reto foi marcado
com azul de metileno nos seus 4 quadrantes. Aps realizao de
pneumoperitnio e passagem dos 5 tracteres, iniciou-se a cirurgia
pela disseco da veia mesentrica inferior com posterior acesso a
retrocavidade. Realizado disseco do mesoclon transverso at pr-
ximo ao bao e realizado ligadura da veia mesentrica inferior. Aps
identificao do ureter . A artria mesentrica inferior foi dissecada e
ligada. Realizou-se liberao do clon esquerdo e do ngulo esplnico.
Iniciado disseco do mesorreto at limite inferior do reto sob orien-
tao da marcao. Nesse momento realizado o tempo perineal que
consiste na retirada da pea, confeco da bolsa em J e realizao da
anastomose colo-anal. Pea ao antomo-patolgico. Fechamento de
todos os portos. Paciente recebeu alta no 7o dpo. Antomo demons-
trou t2n0. Concluses: a marcao do limite inferior do reto um
procedimento de simples realizao e facilitou a orientao e realiza-
o da exciso total do mesorreto.
VL03 - EXCISO TOTAL DO MESORRETO LAPAROSCPICA
COM ANASTOMOSE COLO-ANAL
OLIVEIRA TA, LACERDA FILHO A, LOPES F, CORTES MGW,
ALVES AC
1. HFR, Hospital Felcio Rocho
Introduo: a tcnica laparoscpica tem conquistado espao no trata-
mento para o cncer colorretal. As vantagens desta tcnica sobre a
cirurgia convencional so a menor dor ps-operatria, o menor tem-
po de internao hospitalar e o melhor resultado esttico. Alm disso,
recentes estudos sugerem equivalncia do resultado oncolgico entre
estas duas tcnicas cirrgicas. Objetivo: demonstrar a viabilidade da
tcnica de exciso total do mesorreto por via laparoscpica com
anastomose anorretal. Descrio do vdeo: trata-se de paciente de 45
anos com diagnstico leso de crescimento lateral em reto baixo.
Aps tentativa de resseco endoscpica, houve recidiva da leso.
Nova colonoscopia evidenciou leso tbulo-vilosa extensa que aco-
metia dois teros da circunferncia do reto e alcanava a linha pectnea.
Bipsias evidenciaram focos de displasia de alto grau. Indicado trata-
mento cirrgico e optado pela tcnica laparoscpica. Realizado dis-
seco e ligadura da artria e veia mesentrica, descolamento do clon
esquerdo e ngulo esplnico, exciso total do mesorreto, confeco de
bolsa em J e anastomose coloanal. Durao da cirurgia foi de 6 horas.
Paciente evoluiu bem e recebeu alta no nono dia de ps-operatrio.
Antomo confirmou displasia de alto grau. Concluses: a via
laparoscpica se apresentou segura e eficiente na exciso total do
mesorreto e confeco da anastomose colo-anal.
VL04 - ABORDAGEM LAPAROSCPICA DE NEOPLASIA DE
CLON TRANSVERSO
OLIVEIRA TAN, LACERDA FILHO A, ALVES AC, MANSUR ES,
CORTES MGW
1. HFR, Hospital Felcio Rocho
Introduo: o acesso laparoscpico est se consolidando como a prin-
cipal via de abordagem para realizao de colectomias. H vrios
estudos que evidenciam o seu benefcio clnico e econmico no trata-
mento das patologias benignas e malignas do clon. Alm dos benef-
cios, recentes publicaes comprovaram a equivalncia oncolgica
entre a tcnica laparoscpica e aberta. Objetivo: demonstrar resseco
de neoplasia de clon transverso atravs de tcnica laparoscpica
com confeco da anastomose atravs de pequena inciso periumbilical.
Descrio do vdeo: trata-se de paciente de 33 anos com diagnstico
de grande leso polipide em clon transverso. Aps realizao de
pneumoperitnio e passagem dos 5 tracteres, iniciou-se a cirurgia
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pela disseco da veia mesentrica inferior com posterior acesso a
retrocavidade. Realizado disseco do mesoclon transverso e realiza-
do ligadura da veia mesentrica inferior. Aps disseco, realizou-se
ligadura dos vasos clicos mdio. Iniciado disseco do epploon e
liberao dos ngulos hepticos e esplnicos. Retirado a pea e con-
feccionado anastomose latero-lateral com grampeador linear atrav
da inciso periumbilical. Pea ao antomo-patolgico. Fechamento
de todos os portos. Paciente recebeu alta no 3o dpo. Antomo de-
monstrou displasia de alto grau. Concluses: a tcnica laparoscpica
oferece timas condies para a resseco de leses de clon transver-
so. A inciso periumbilical propicia excelente acesso para a retirada da
pea e confeco da anastomose.
VL05 - APENDICECTOMIA LAPAROSCPICA COM
PERITONITE PURULENTA DIFUSA
CUTAIT, R, DAUD, D, COTTI, G, SILVA, F, FARIAS, R, BERNARDO,
B, HYPPOLITO, M
1. HSL, Hospital Srio Libanes
Introduo: a laparoscopia uma das vias de acesso de para o trata-
mento cirrgico da apendicite aguda. Nos casos mais graves com
peritonite avanada, esta via de acesso mostra-se adequada e segura
para a explorao de toda a cavidade abdominal. Objetivo: exeqibilidade
da laparoscopia em apendicite aguda com peritonite difusa. Caso:
masculino, 86 anos de idade, com queixa de dor abdominal em fid h 3
dias, piora h 1 dia e sem instabilidade hemodinmica. Ao exame fsico
apresentava forte dor palpao abdominal, principalmente em fid,
com sinais importantes de irritao peritoneal. Ct abdmen e pelve
mostra apendicite aguda, com sinais de bloqueio local e possvel perfu-
rao (pneumoperitneo); importante quantidade de lquido livre por
toda na cavidade abdominal. A cirurgia iniciou com acesso por trs
portos, sendo o primeiro umbilical com trocater de 10 mm, outro
suprapbico de 12mm e uma terceira puno em fie de 5 mm. Foi
necessrio a utilizao de uma quarta puno de 5mm devido a com-
plexidade do processo infeccioso abdominal. O apndice cecal encon-
trava-se necrtico em sua base, perfurado e bloqueado. Notava-se
ainda, sada de material fecal local e grande quantidade de lquido
purulento entre as alas intestinais, periheptico, periesplnico,
subdiafragmtico bilateralmente e na regio plvica. Foi realizada a
apendicectomia laparoscpica, com sutura manual e invaginao do
coto apendicular em dois planos. Realizada a inspeo minuciosa,
seguida de lavagem exaustiva e drenagem da cavidade abdominal. O
paciente evoluiu favoravelmente, recebendo alta hospitalar no 5po.
Concluso: a via de acesso laparoscpica para os casos de apendicite
aguda complicada, com peritonite purulenta difusa, pode ser bem apli-
cada apesar de sua maior complexidade e dificuldade tcnica, propor-
cionando um tratamento efetivo e menos agressivo ao paciente.
VL06 - RETOSSIGMOIDECTOMIA LAPAROSCPICA COM
EXCISO TOTAL DO MESORRETO E ANASTOMOSE
COLOANAL PERINEAL MANUAL
CUTAIT, R, DAUD, D, COTTI, G, FARIAS, R, SILVA, F, BERNARDO,
A, HYPPOLITO, M
1. HSL, Hospital Srio Libanes
Introduo: a cirurgia laparoscpica apresenta vantagens em relao
via convencional, onde notamos que o trauma cirrgico, a necessidade
de analgesia, o tempo de internao hospitalar e o retorno s atividades
mostram-se sensivelmente diminudos. Embora a abordagem do cn-
cer colorretal por laparoscopia j encontre slida sustentao cient-
fica, inclusive no que diz respeito radicalidade oncolgica, o trata-
mento do cncer do reto por laparoscopia ainda tem seu valor questi-
onado, em especial com relao obteno de margem circunferencial
negativa e devido a dificuldade tcnica. Objetivo: demonstrar a dissec-
o do reto at os planos dos msculos elevadores do nus por
laparoscopia, com preservao esfincteriana e exciso total do
mesorreto. Caso: masculino, 55 anos, com diagnstico de cncer de
reto distal a 1cm da linha pectnea, que ocupa 1/3 da luz intestinal. Foi
submetido a neoadjuvncia com radioterapia e quimioterapia. Progra-
mada a retossigmoidectomia vlp para 8 semanas aps o trmino da
neoadjuvncia. Procedimento: realizada a liberao de todo o clon
sigmide at tero mdio do transverso, com identificao, ligadura e
seco da artria mesentrica inferior em sua origem e da veia
mesentrica inferior junto a borda do pncreas. Aps abertura da refle-
xo peritoneal, a disseco progrediu nas duas faces laterais e posteri-
or do reto at altura dos msculos elevadores do nus onde foi seccio-
nado com auxlio da colonoscopia intraoperatria. Abaixamento do
clon transverso para confeco da anastomose colo-anal manual por
via perineal. Foi realizada ileostomia de proteo. Concluso: a via de
acesso laparoscpica para disseco do reto distal, ps-neoadjuvncia,
com exciso total do mesorreto e preservao da inervao local
factvel, devendo serem avaliados a resposta teraputica ps-
neoadjuvncia e a experincia da equipe cirrgica para execuo de um
procedimento de alta complexidade.
VL07 - RETOSSIGMOIDECTOMIA LAPAROSCPICA PARA
DIVERTICULITE AGUDA PERFURADA
CUTAIT, R, DAUD, D, COTTI, G, FARIAS, R, SILVA, F, BERNARDO,
B, HYPPOLITO, M
1. HSL, Hospital Srio Libanes
Introduo: a literatura atesta a exeqibilidade da laparoscopia como
via de acesso no tratamento desta afeco, que por muitas vezes de
extrema complexidade, por apresentar um processo inflamatrio ex-
tenso e intenso, de difcil identificao das estruturas anatmicas lo-
cais. Objetivo: demonstrar a execuo de retossigmoidectomia
laparoscpica por diverticulite aguda perfurada e bloqueada com pro-
cesso inflamatrio intenso local. Caso: feminino, 69 anos, com dor
abdominal predominante em fie h 1 dia. Ct de abdome e pelve evi-
denciou diverticulite aguda com sinais de perfurao (pneumoperitneo)
e bloqueio adjacente no sigmide. Submetida a tratamento conserva-
dor com antibioticoterapia endovenosa, apresentando melhora clni-
co-laboratorial progressiva, recebendo alta hospitalar para programa-
o cirrgica. Aps 30 dias do incio do processo, foi realizada
retossigmoidectomia laparoscpica com anastomose mecnica,
salpingectomia direita por importante aderncia e drenagem da cavi-
dade abdominal. As estruturas abdominais encontravam-se enduradas,
friveis e sem plano de clivagem. Paciente evoluiu satisfatoriamente,
recebendo alta no 4 ps-operatrio. Concluso: a cirurgia
laparoscpica para diverticulite aguda complicada pode ser factvel,
desde que o procedimento no se torne um risco para leses inadivertidas
de outras estruturas, devido ao grande processo inflamatrio encon-
trado na cavidade abdominal, sendo de suma importncia a experin-
cia do cirurgio.
VL08 - COLECTOMIA TOTAL EM PACIENTE PORTADOR DE
POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR
CRUZ, S. H. A.1, CARMO, L. C. B.3, TOMMASO, C.2, SILVA, R. B.
F.4
1. FCMSCSP, Faculdade de Cincias Mdicas da Santa Casa de So
Paulo2. HVM, Hospital Vila Mariana3. HSPM, Hospital Servidor P-
blico Municipal4. RRMC, R R Mdicos Cirurgies
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Paciente jrs, 23 anos, submetido a colonoscopia dia 02 de abril de
2009 por suspeita ser portador de polipose colnica familiar. Apre-
senta 13 familiares falecidos por carcinoma colorretal, sua me e
irmo j apresentam o diagnstico de polipose colnica e aguardam
cirurgia. Durante o exame foram identificados mltiplos plipos
colnicos desde o reto at o ceco, feitas algumas polipectomia
(antomo patolgico evidenciou adenomas tubulares com displasia de
baixo grau). Tomografia de abdome realizada no dia 20 de abril de
2009 mostrou mltiplos plipos em clon e reto. Foi indicada a
colectomia total por via laparoscpica, e optada pela anastomose
ileorretal baixa trmino-lateral. A cirurgia foi realizada no dia 27 de
junho de 2009. Paciente evoluiu sem intercorrncias.
VL09 - ILEOCOLECTOMIA DIREITA VIDEOLAPAROS-
CPICA COM ANASTOMOSE GRAMPEADA INTRACOR-
PREA POR DOENA DE CROHN
HUMBERTO MARTEN TEIXEIRA, FERNANDO LISSA, JOSU
FERREIRA DA SILVA, JOANA ZULIAN FIORENTIN, TAMISE DA
SILVA BAPTISTA, ANA LAURA PHILIPPI
1. Unesc, Universidade do Extremo Sul Catarinense
Introduo: a doena de crohn possui evoluo crnica, com perodos
de exacerbao e remisso. Apesar de possuir baixa mortalidade, apre-
senta alta morbidade por interferir amplamente na qualidade de vida
do paciente. A resseco cirrgica est indicada nos casos em que o
manejo clnico no suficiente para manter os sintomas em remisso
e quando h complicaes como perfuraes, fstulas, ocluso intesti-
nal, abscessos e sangramento. Visto que esta abordagem no curativa
e que possui alta probabilidade de recidiva, deve-se proceder cirurgia
conservadora em termos da quantidade de tecido removido. Objetivos:
demonstrar uma ileocolectomia direita videolaparoscpica em uma
mulher jovem com diagnstico de doena de crohn, que apresentava
diarria contnua, distenso e clica abdominal e tomografia evidenci-
ando estenose em leo. Descrio do vdeo: ileocolectomia direita
videolaparoscpica com anastomose grampeada intracorprea. Colo-
cao de trocarteres, seco dos vasos mesentricos do ceco e do leo
terminal com ligasure, anastomose ltero-lateral grampeada. A ci-
rurgia realizada por via videolaparoscpica apresenta morbidade redu-
zida pela menor necessidade de analgesia ps-operatria, menor tem-
po de internao hospitalar e menor trauma operatrio, evidenciada
pelo rpido retorno s atividades dirias, alm das vantagens cosmti-
cas. Concluses: os pacientes portadores da doena de crohn com
indicao de tratamento cirrgico beneficiam-se acentuadamente do
emprego da via de acesso laparoscpica, devendo esta ser estimulada
pela segurana que oferece e pelos benefcios proporcionados ao paci-
ente.
VL10 - RETOSSIGMOIDECTOMIA ANTERIOR E PAN-
HISTERECTOMIA NO TRATAMENTO CIRRGICO DA
ENDOMETRIOSE RECORRENTE
MARCHIORI JR, M.A.2, TERCIOTI JR., V.1, PIRES, C.1,
CHRISTIANO, A. B.1, ZACHETTI, M.1
1. CMC, Centro Mdico de Campinas2. CMM, Clnica Mauro Marchiori
Introduo: os autores apresentam em vdeo a realizao de
retossigmoidectomia associada a pan-histerectomia vdeo-
laparoscpica em paciente previamente submetida a sigmoidectomia
por laparotomia e que apresentou recidiva da endometriose em parede
anterior do clon abaixado e parede posterior da vagina junto ao colo
uterino, alm de infiltrao peri-ureteral esquerda. Objetivos: enfatizam
a viabilidade da utilizao da via vdeo-laparoscpica mesmo com o
antecedente de resseco prvia laparotmica. Descrio do vdeo:
destacam a viabilidade da utilizao da vdeo-cirurgia apesar da
laparotomia prvia e da dificuldade tcnica caracterstica da
endometriose, alm da impossibilidade da retirada do segmento doente
pela via vaginal devido s limitaes impostas pela cirurgia prvia.
VL11 - RETOSSIGMOIDECTOMIA ANTERIOR E
LINFADENECTOMIA RADICAL VDEO-LAPAROSCPICA
MARCHIORI JR., M. A.2, TERCIOTI JR., V.1, PIRES, C. S.1,
CHRISTIANO, A. B.1, VASCONCELLOS, C. R.1
1. CMC, Centro Mdico de Campinas2. CMM, Clnica Mauro Marchiori
Introduo: os autores apresentam em vdeo a utilizao da tcnica
vdeo-laparoscpica para o tratamento cirrgico da neoplasia maligna
do retossigmide localmente avanada. Objetivos: enfatizam os prin-
cpios oncolgicos vigentes com opo para a linfadenectomia radical
aps ligadura alta dos vasos mesentricos inferiores e disseco
linfonodal junto a fscia pr-artica at a diviso dos vasos ilacos.
Descrio do caso: destacam a viabilidade de sua realizao mesmo
considerando o volume tumoral e justificam sua utilizao apesar da
suposta ausncia de melhora na sobrevida face a juventude da paciente
e a presena de linfonodomegalia junto a emergncia dos vasos
mesentricos inferiores e ao longo da cadeia regional hipogstrica.
Concluses: por fim, destacam os achados antomo-patolgicos que
comprovam invaso da gordura periclica pela neoplasia e a presena
de 27 linfonodos sem contaminao neoplsica, contendo hiperplasia
linfide somente e margens livres de neoplasia.
VL12 - EXCISO TOTAL DO MESORETO E ANASTOMOSE
ULTRA-BAIXA VDEO-LAPAROSCPICA
MARCHIORI JR., M. A.2, TERCIOTI JR., V.1, PIRES, C. S.1,
CHRISTIANO, A. B.1, CINTRA, A. A.1
1. CMC, Centro Mdico de Campinas2. CMM, Clnica Mauro Marchiori
Introduo: os autores apresentam em vdeo a realizao de
retossigmoidectomia anterior com exciso total do mesoreto e
anastomose mecnica pela tcnica do duplo grampeamento a 2 cm do
canal anal em paciente portadora de gist do reto baixo com metstase
para 3 linfonodos perirretais previamente identificados no estadiamento
pr-operatrio e com confirmao antomo-patolgico e imuno-
histoqumica. Objetivos: demonstram tratar-se de procedimento
exequvel e tecnicamente idntico ao realizado pela laparotomia in-
cluindo a realizao de ileostomia de proteo exceto pelas eviden-
tes vantagens oferecidas pela laparoscopia. Descrio do vdeo: desta-
cam a minuciosa tcnica operatria em ateno aos princpios
oncolgicos vigentes com nfase s ligaduras vasculares, preservao
da inervao do plexo hipogstrico, exciso total do mesoreto e,
principalmente a viabilidade de realizar uma anastomose colorretal
ultra-baixa junto aos msculos elevadores pela tcnica do duplo
grampeamento.
VL13 - TRATAMENTO VDEO-LAPAROSCPICO DA FSTULA
RETOVAGINAL ALTA
MARCHIORI JR., M. A.2, TERCIOTI JR., V.1, PIRES, C. S.1,
CHRISTIANO, A. B.1, MACHADO, R. R.1
1. CMC, Centro Mdico de Campinas2. CMM, Clnica Mauro Marchiori
Introduo: os autores apresentam em vdeo o uso da vdeo-laparoscopia
como opo para o tratamento cirrgico de paciente que apresentava
fstula retovaginal alta junto ao colo uterino aps retossigmoidectomia
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anterior e insucesso na tentativa de cicatrizao com a utilizao de
ileostomia em fossa ilaca direita. Objetivos: enfatizam a utilizao da
vdeo-laparoscopia no tratamento da fstula retovaginal alta. Descri-
o do vdeo: demonstram a viabilidade da disseco plvica e da
identificao da linha de sutura anteriormente utilizada. Utilizam a
histerectomia como opo tcnica facilitadora e a utilizao da via
vaginal para a retirada da pea cirrgica. Concluses: por fim, desta-
cam a utilizao de sutura manual com fio gastrointestinal absorvvel
para o fechamento dos orifcios vaginal e retal e interposio de
gordura epiplica.
VL14 - HEMICOLECTOMIA ESQUERDA VDEO-
LAPAROSCPICA
MARCHIORI JR., M. A.2, TERCIOTI JR., V.1, PIRES, C. S.1,
CHRISTIANO, A. B.1, BATISTA, P. F. F.1
1. CMC, Centro Mdico de Campinas2. CMM, Clnica Mauro Marchiori
Introduo: os autores apresentam em vdeo a utilizao da tcnica
vdeo-laparoscpica para o tratamento cirrgico de leso neoplsica
maligna localizada em ngulo esplnico. Objetivos: enfatizam os prin-
cpios oncolgicos, a necessidade de tatuagem da leso e principal-
mente a possibilidade de liberao do ngulo esplnico conforme con-
sagrado pela tcnica cirrgica amplamente difundida. Descrio do
vdeo: destacam a viabilidade da liberao do ngulo esplnico na via
vdeo-laparoscpica conforme a tcnica cirrgica amplamente utili-
zada pela via laparotmica.
VL15 - RESSECO DE GANGLIONEUROBLASTOMA
RETRO-RETAL VDEO-LAPAROSCPICA
MARCHIORI JR., M. A.2, TERCIOTI JR., V.1, PIRES, C. S.1,
CHRISTIANO, A. B.1, SOUZA JR., N.1
1. CMC, Centro Mdico de Campinas2. CMM, Clnica Mauro Marchiori
Introduo: os autores apresentam em vdeo a realizao de
resseco de tumor ocupando o espao esquerda do reto e o
espao retro-retal em paciente de 15 anos de idade que o antomo-
patolgico demonstrou tratar-se de um ganglioneuroblastoma.
Objetivos: enfatizam a viabilidade da disseco de tumorao em
regio retro-retal com a utilizao da via vdeo-laparoscpica.
Descrio do vdeo: destacam a viabilidade da utilizao da vdeo-
cirurgia na resseco de um ganglioneuroblastoma na regio retro-
retal com o uso combinado de um acesso via vdeo-laparoscpica e
dorsal para a exrese tumoral, com sacrectomia (S1 e S2). Conclu-
so: a paciente apresentou boa evoluo no ps-operatrio, com
bexiga neurogncia e reteno fecal transitrias. No houve alte-
rao da marcha no ps-operatrio tardio e a paciente no foi
submetida a tratamento adjuvante.
VL16 - RESSECO ANTERIOR BAIXA HAND-ASSISTED
COM CONFECO DE BOLSA COLNICA EM J E
ANASTOMOSE COLO-ANAL ANAL MANUAL
PINTO RA, BASHANKAEV B, CANEDO JA, DENOYA P, EDDEN
Y, SHIH SS, WEXNER SD, WEISS EG
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
Apresentamos o vdeo de paciente de 49 anos, do sexo masculino,
diagnosticado com cancer no tero inferior do reto. Prvio cirur-
gia o paciente recebeu quimioterapia (5 fluouracil e leucovorin) e
radioterapia (4500 gy), tendo perodo de latncia de 8 semanas. O
paciente posicionado em litotomia modificada. Inciso de 7 cm
vertical feita na regio infra-umbilical e aberta por planos at a
cavidade peritoneal. O gelport (applied medical, rancho santa
margarita, ca) posicionado na inciso, e 3 trocateres adicionais
so posicionados (um de 10/12 mm e dois de 5 mm). Durante o
procedimento diferentes posicionamentos da mesa cirrgica so
requeridos como trendelemburg, trendelemburg reverso, e lateral
direito ascentuado. Inicia-se com trao do sigmide com a mo e
trao dos vasos mesentricos, que so dissecados e divididos com
grampeador vascular. Com combinao de disseco atraumtica
com a mo e o bisturi eltrico, o colon esquerdo, a flexura esplnica
e o grande omento so liberados sob viso direta. A disseco plvica
realizada aberta com auxlio do retrator de alexis e afastadores
iluminados, seguindo os principios da exciso total do mesorreto.
O reto distal e seccionado no plano dos msculos elevadores do
nus. Aps retirada da pea, a bolsa colnica em j de 6 cm confec-
cionada com grampeador linear cortante (tl-60). O retrator de
lone star e utilizado para visualizao do canal anal. Quatro suturas
separadas de vicryl 2. 0 so posicionadas em intervalos de 90,
abrangendo parede total da anoderme do canal anal e da bolsa
colnica j posicionada na pelve. Outras suturas separadas inter-
medirias so colocadas para garantir integridade da anastomose.
Verificao de hemostasia e viabilidade da bolsa colnica so con-
firmados. Escolhida ala de ileo terminal exteriorizada na fissa
ilaca direita e maturada com pontos separados simples de cat-gut
3. 0, protegendo a anastomose. Posicionado dreno de suco na
pelve. O paciente tolerou bem o procedimento e recebeu alta hos-
pitalar no 3 dia. Esse video demonstra a segurana e aspectos
prticos do acesso Hand-Assisted na cirurgia colorretal
laparoscpica.
VL17 - LINFADENECTOMIA VIDEOLAPAROSCPICA PARA
CNCER DE RETO SUPERIOR
SILVA, AAM, CUNHA, PDP, SOUZA, ELQ, CODES, LMG,
BACELLAR, MS, ZARO FILHO, EM
1. HSR, Servio de Coloproctologia do Hospital So Rafael
Introduo: A utilizao da tcnica vdeolaparoscpica no tratamen-
to cirrgico das neoplasias de retossigmide possui evidncia cient-
fica slida, inclusive no que diz respeito aos princpios oncolgicos
vigentes como linfadenectomia, margens cirrgicas livres e resseco
do tumor em monobloco. Objetivo: Demonstrar a linfadenectomia
videolaparoscpica. Mtodo: Paciente do sexo feminino, 59 anos,
com adenocarcinoma a 15 cm da borda anal, submetida
retossigmoidectomia com linfadenectomia por vdeolaparoscopia.
Resultados: Realizado pneumoperitneo com agulha de Veress e acesso
com 5 portais (umbilical 11mm; FID 12mm; FIE 5mm; HD
5mm e HE 5mm). Acesso artria e veia mesentricas atravs do
folheto medial do mesoclon, com posterior ligadura das mesmas
em suas bases. Liberao da goteira parietoclica esquerda e dissec-
o do reto at a deflexo peritoneal, sendo realizada a
linfadenectomia. Realizado retossigmoidectomia com anastomose
colorretal trmino-terminal utilizando grampeador circular 33mm.
Feito manobra de borracheiro no sendo evidenciado escape. A paci-
ente teve evoluo favorvel, sem intercorrncias, com Introduo
de dieta lquida restrita no 1 DPO, com boa aceitao e evoluo
gradativa. Obteve alta no 4 DPO. O anatomopatolgico evidenciou
adenocarcinoma moderadamente diferenciado, ulcerado, infiltrando
at a gordura periadventcia, com margens cirrgicas livres e um
total de 32 linfonodos isolados, com acometimento metasttico em
1 (pT3N1Mx). Concluso: O vdeo em questo demonstra que a
realizao da linfadenectomia adequada por videolaparoscopia
factvel.
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VL18 - COLECTOMIA TOTAL VIDEOLAPAROSCPICA EM
PACIENTE PORTADORA DE POLIPOSE COLNICA E CIR-
ROSE HEPTICA
VALARINI, R., MALDONADO,G., BOMBONATTO, A.P.,
PACHECO, A.F.N., BECKER,I.C.
2. HUEC, Hospital Universitrio Evanglico de Curitiba
Introduo f. M. Z. Feminino 23 anos, h 1 ano com 3 a 5 epis-
dios dirios de diarria com presena de sangue e muco. Emagreci-
mento de 10 kg nos ltimos 6 meses. Hemograma com anemia.
Colonoscopia com presena de numerosos plipos ssseis e
pediculados em todos os segmentos colnicos,reto mdio e inferior
preservado anatomopatologico: plipos adenomatosos. Presena
de cirrose heptica e p-anca positivo, havia realizado tratamento
prvio achando-se tratar inicialmente de dii. Objetivo realizar o
tratamento da polipose colnica atravs de colectomia total
videolaparoscpica e demonstrar ser possvel o tratamento de com-
plicaes ps-operatrias atravs da videocirurgia descrio as vias
de acesso utilizadas foram os portais convencionais para colectomia
total: trocater umbilical e nos quatro quadrantes. A inspeo da
cavidade demonstrou cirrose heptica, parede do clon espessa.
Procedeu-se a colectomia total com preservao do reto e leo-
reto anastomose. Paciente evoluiu com fstula da anastomose sen-
do realizado correo videolaparoscpica com sutura local e
ileostomia em ala de proteo. Concluso a videolaparoscopia
permite tratamento da polipose colnica e tambm a correo de
complicaes ps-operatrias como fstulas, evitando-se assim a
converso cirrgica.
VL19 - COLECTOMIA VIDEOLAPAROSCPICA EM TUMOR
AVANADO DE CLON DIREITO
VALARINI, R., BOMBONATTO, A.P., MALDONADO,G.,
BECKER,I.C., PACHECO, A.F.N.
1. HUEC, Hospital Universitrio Evanglico de Curitiba
Introduo z. V. C. , 84 anos, interna por quadro de dor abdominal,
distenso, alterao do hbito intestinal e emagrecimento. Exame
fsico revelando massa palpvel em flanco direito. Colonoscopia: apa-
relho introduzido at o clon transverso onde foi observada extensa
leso ulcerada, vegetante e obstrutiva que impediu a progresso do
aparelho. Diagnstico anatomopatolgico: fragmentos de
adenocarcinoma tubular moderadamente diferenciado, ulcerado e in-
vasor. Tomografia de abdome com leso de 3 cm em lobo direito do
fgado suspeita de metstase. Leso de 4,5 cm na base do pulmo
direito, suspeita de metstase. Objetivo demonstrar ser factvel a rea-
lizao de colectomia videolaparoscpica mesmo em casos avanados
descrio os portais de acesso utilizados foram trocater umbilical em
fid, fie e flanco esq. Durante a inspeo da cavidade observou-se massa
fixa de 10 cm no clon direito aderida a parede abdominal, foi realiza-
do ligadura da artria leo-apndico clica , e liberao do clon direito
da parede abdominal . Realizado sutura mecnica extra-corprea ,
leo-transverso anastomose, com grampeador linear. Concluso con-
clumos que a videocirurgia pode ser usada mesmo em casos mais
avanados e em tumores mais volumosos, possibilitando vantagens,
como menor tempo de recuperao e menor agresso a um paciente
que ir para tratamento adjuvante.
VL20 - TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCPICO DE LESES
NO CLON TRANSVERSO EM PACIENTES OBESOS
VALARINI, R., TROTTA, A.C., BECKER, I.C., MALDONADO,G.,
BOMBONATTO, A.P., PACHECO, A.F.N.
1. HUEC, HOSPITAL UNIVERSITRIO EVANGLICO DE
CURITIBA
Introduo t. S. , feminina, 60 anos, h 5 meses relata desconforto
abdominal associado a emagrecimento. Paciente obesa apresentando
imc de 36. Colonoscopia evidenciou uma massa em regio de clon
transverso, realizado bipsia. Ap: adenoma tubular com displasia de
alto grau, no sendo possvel resseco colonoscpica. Objetivo rea-
lizao de hemicolectomia laparoscpica em paciente obeso, imc 36,
para tratamento de leso de clon transverso. Descrio acesso a
cavidade atravs de trocater umbilical , fie, flanco esquerdo e fid.
Inventrio da cavidade demonstrando tumor tatuado em clon trans-
verso. Realizado ligadura da artria leo-apndico clica , clica mdia
, liberao do clon direito e transverso com anastomose extra-
corprea usando grampeador linear cortante. Concluso a videocirurgia
pode ser utilizada com sucesso para tratamento de leses de clon
transverso mesmo em pacientes obesos.
VL21 - PROMOTOFIXAO LAPAROSCPICA COM USO
DE TELA DE MRLEX
FBIO LOPES, LUCIANA PYRAMO, CLEBER MAIA, MARCO
ANTNIO SANTOS
1. IPSEMG, Instituto de Previdncia dos Servidores de Minas Gerais
Introduo: existem diversas tcnicas descritas para o tratamento da
prolapso retal, divididas em abordagens perineais ou abdominais. Es-
tas, apesar de acarretar maior morbidade, apresentam melhores resul-
tados e menores taxas de recorrncia. O acesso laparoscpico uma
via de acesso minimamente invasiva e com resultados positivos no
tratamento da procidncia retal. Objetivos: apresentar a tcnica de
retopexia videolaparoscpica com uso da tela de mrlex. Descrio:
aps a realizao de pneumoperitnio so posicionados cinco trocartes:
infra-umbilical, fossa ilaca esquerda, hipocndrio esquerdo, fossa ilaca
direita e hipocndrio direito. Realiza-se a disseco, com auxlio do
bisturi ultra-snico, do messorreto posterior at o assoalho plvico
combinado com a disseco lateral e anterior do mesorreto at a
completa mobilizao do reto. Ento, traciona-se superiormente o
reto, que envolto em seus 2/3 posteriores por uma tela de mrlex.
Finalmente, posicionado um sexto trocarte supra pbico no qual
introduzido o grampeador. A tela de mrlex fixada ao nvel do pro-
montrio com grampos de titnio e a tela suturada na parede retal,
reduzindo-se completamente prolapso. Concluso: a promontofixao
com o uso da tela de mrlex uma tcnica com baixas taxas de
recorrncia e bons resultados funcionais. O acesso videolaparoscpico
factvel e apresenta a vantagem do acesso pouco invasivo em paci-
entes muitas vezes idosos e com risco cirrgico aumentado.
VL22 - RETOSSIGMOIDECTOMIA HBRIDA COM USO DE
ELETRO CAUTRIO
LUCIANA PYRAMO, FBIO LOPES, CLEBER MAIA, MARCO
ANTNIO SANTOS
1. IPSEMG, Instituto de Previdncia dos Servidores de MInas Gerais
Introduo: a abordagem laparoscpica hbrida do cncer retal baixo
aquela que associa uma minilaparotomia supra pbica para disseco
do mesorreto a um tempo cirrgico puramente laparoscpico. O bis-
turi ultra-snico considerado um acessrio de grande valor para
disseco e hemostasia neste tipo de operao. Objetivos: expor a
viabilidade do uso isolado do eletro cautrio na cirurgia laparoscpica
hbrida com timo resultado, quando o bisturi ultra-snico no est
disponvel. Descrio: aps a realizao de pneumoperitnio so
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posicionados cinco trocartes: infra-umbilical, fossa ilaca esquerda,
hipocndrio esquerdo, fossa ilaca direita e hipocndrio direito. Em
seguida, realizam-se a disseco medial do mesoclon e a liberao do
ngulo esplnico colnico com ligadura dos vasos mesentricos infe-
riores. Todos estes tempos cirrgicos tm auxlio apenas do eletro
cautrio. Finalmente, faz-se uma minilaparotomia supra pbica com
disseco total do mesorreto e confeco de anastomose colo anal. O
uso isolado do eletro cautrio est associado a maior sangramento
peroperatrio, mas no interfere com taxa de converso e tempo
operatrio. Alm disso, seu uso implica em reduo significativa de
custos. Concluso: o bisturi ultra-snico um dispositivo que auxilia a
cirurgia laparoscpica colorretal e reduz a perda sangunea operatria.
Entretanto, a maior parte dos procedimentos laparoscpicos pode ser
bem sucedida com o uso isolado do eletro cautrio.
VL23 - RESSECO DISCIDE NO TRATAMENTO DA
ENDOMETRIOSE INTESTINAL PROFUNDA PADRONIZA-
O TCNICA
NIGRO R, MORY EK, GIBRAN L, SAKAE F
1. HMSC, Hospital e Maternidade So Camilo
Introducao: a endometriose intestinal profunda acomete de 3 a 36% das
pacientes com diagnostico de endometriose, afetando principalmente
mulheres ativas em idade frtil. O quadro clnico varivel, compreen-
dendo casos assintomticos ate casos de dor plvica e alteraes intes-
tinais importantes (diarria, constipao, flatulncia e sangramento). O
tratamento medicamentoso demonstrou ser pouco eficaz no controle
dos sintomas e da patologia, sendo a resseco cirrgica considerada a
principal medida teraputica. A resseco discide proposta por nezhat
et al vem se estabelecendo como alternativa vivel a resseco segmen-
tar em casos selecionados. As principais vantagens deste mtodo so os
baixos ndices de complicaes intra e ps-operatrias, baixa incidncia
de alteraes da motilidade anorretal e alta taxa de fertilidade. Alguns
aspectos envolvendo a doena residual neural geram grandes discusses
na literatura, porem sem implicao clnica conhecida. Objetivo: neste
vdeo, os autores demonstram a padronizao tcnica da resseco
discide no tratamento minimamente invasivo da endometriose intes-
tinal profunda adotada no servio. Descricao: como padro, a equipe
composta por cirurgies coloproctologistas e ginecologistas reforando
a idia de multidisciplinariedade no seguimento e tratamento da patolo-
gia. Utilizam-se 4 trocars, posicionados na cicatriz umbilical (10mm
tica), junto as cristas ilacas direita (12mm) e esquerda (5mm) e na
regio supra-pbica (5mm). Procede-se a mobilizao do seguimento
de colon e passagem de pontos de reparo. Introduz-se entao o
grampeador circular, poisicionando-o de modo a compreender todo o
foco de endometriose ao ser fechado. Ao realizar o disparo, o foco de
endometriose deve estar inteiramente contido na linha de
grampeamento de modo a permitir a resseco completa da leso.
Conclusao: a resseco discide demonstra ser uma opo vivel den-
tro do arsenal cirrgico no tratamento da endometriose, sendo adotada
rotineiramente e com bons resultados. A indicao do procedimento
pode ser feita, inclusive, em pacientes assintomticas ou
oligossintomticas desde que a leso possa ser adequadamente ressecada
dentro da linha de grampeamento.
VL24 - COLECTOMIA DIREITA VIDEOLAPAROSCPICA EM
PACIENTE COM ANEMIA HEMOLTICA E TUMORAO EM
FOSSA ILACA DIREITA
SORBELLO MP, CAMPOS FG, BERTONCINI A, KAWAMOTO FM,
NAHAS SC, CECCONELLO I
1. HC-FMUSP, Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo
Introduo o uso da videolaparoscopia em cirurgia colorretal tem sido
cada vez mais difundido. A padronizao tcnica cirrgica torna o
mtodo seguro e factvel de ser realizado. Em casos de dvida
diagnstica, como no caso apresentado, a possibilidade de avaliao de
toda cavidade abdominal de forma minimamente invasiva, valoriza a
realizao deste procedimento, possibilitando maior acurcia
diagnstica, definio de conduta intra-operatria, menor trauma
cirrgico e retorno abreviado s atividades. Objetivo apresentar vdeo
de colectomia direita videolaparoscpica com linfadenectomia, rea-
lizada em paciente com quadro subagudo de dor em fossa ilaca direi-
ta, com nfase aplicao da videolaparoscopia como mtodo mini-
mamente invasivo diagnstico e teraputico. Material e mtodo
paciente do sexo feminino, 35 anos, apresentando astenia e palpita-
o h oito meses e dor em fossa ilaca direita h um ms.
Diagnosticadas anemia hemoltica auto-imune (hb:5mg/dl) e
tumorao palpvel em fossa ilaca direita de origem indeterminada.
Resultados aps transfuso sangunea de quatro unidades de concen-
trado de hemceas pr-operatria, a paciente foi inicialmente sub-
metida videolaparoscopia diagnstica, onde foi evidenciado
espessamento do apndice vermiforme e ceco, que se encontravam
endurecidos e aderidos parede abdominal. Os achados intra-opera-
trios no permitiram se descartar o diagnstico de neoplasia malig-
na. Optou-se pela realizao de colectomia direita videolaparoscpica
com linfadenectomia, respeitando-se os princpios oncolgicos para
resseco radical e reconstruo atravs de ileotransversoanastomose.
A paciente apresentou boa evoluo, recebendo alta no quarto dia
ps-operatrio. O anatomopatolgico evidenciou tratar-se de
hiperplasia linfide reacional com peri-apendicite. A paciente est
assintomtica aps 14 meses de seguimento ps-operatrio. Con-
cluso as vantagens da videolaparoscopia em cirurgia colorretal es-
to bem estabelecidas, no s para diagnstico e estadiamento, como
tambm pelos bons resultados de seu emprego teraputico, seja para
afeces malignas ou benignas acometendo os diversos segmentos
colorretais.
VL25 - RETOSSIGMOIDECTOMIA VIDEOLAPAROSCPICA
PARA TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE PLVICA PROFUN-
DA INFILTRATIVA DESAFIOS E RESULTADOS
SORBELLO MP, SORBELLO AA, GODINHO LS, PRADO EN
2. IS, Instituto Sorbello
Introduo a endometriose uma afeco ginecolgica freqente,
podendo ser infiltrativa, com comprometimento intestinal em at
20% dos casos, sendo que em 80-90%, este ocorre atravs do septo
reto-vaginal, com envolvimento do retossigmoide. Duas opes de
tratamento consistem na enucleao de todos os focos de leso
visibilizadas associadas ou no a resseco do segmento intestinal,
particularmente, nos casos de leses maiores de 5cm ou com acome-
timento alm da muscular, com objetivo de se evitar recorrncia. A
videolaparoscopia como via de acesso para tratamento cirrgico
nestes casos tem sido empregue, porm trata-se de um procedimento
de difcil realizao, uma vez que no h padronizao apresenta-
o da doente com endometriose. Objetivo apresentar os tempos
cirrgicos e dificuldades tcnicas, assim como os resultados ps-
operatrios obtidos em srie retrospectiva de pacientes submetidos
ao tratamento cirrgico videolaparoscpico por endometriose pro-
funda com acometimento do septo reto-vaginal. Resultados resulta-
dos: 16 pacientes foram submetidas enucleao e ablao dos ndu-
los endometriticos e 6 pacientes retossigmoidectomia. Em 6
casos houve histerectomia associada. Tempo mdio de internao
hospitalar foi de dois dias. 18 pacientes apresentavam infertilidade
como queixa principal (82%). Outros sintomas: dismenorria 59 %,
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constipao 32%, diarria 23%, dispareunia e dor plvica crnica
18%, dor evacuao 14% e hematoquezia 4,5%. O envolvimento
do septo retovaginal foi observado em 77% dos casos. Seguimento
ps-operatrio mdio de 23 meses. Das 16 pacientes sintomticas, 8
tornaram-se assintomticas, 2 apresentaram melhora dos sintomas
e 6 mantiveram-se sem alteraes dos sintomas. Das pacientes que
desejavam engravidar, esta ocorreu em 26% dos casos. Complica-
es: um caso de estenose da anastomose colorretal, resolvida com
dilatao. O anatomopatolgico de retossigmoidectomia: infiltra-
o da muscular prpria: 3 casos, submucosa: 2 casos e mucosa:1
caso. Concluso a videolaparoscopia tem sido empregue com segu-
rana como via de acesso para realizao do tratamento cirrgico de
endometriose plvica profunda, principalmente nos casos de
envolvimento do septo reto-vaginal, diminuindo o trauma cirrgico,
aumentando a acurcia do estadiamento intra-operatrio. Todavia,
necessrio profissional experiente em videolaparoscopia e cirurgia
colorretal, dada complexidade e distoro anatmica causada pela
doena de base.
VL26 - TRATAMENTO CIRURGICO VIDEOLAPAROSCPICO
DA DIVERTICULITE AGUDA EM DOIS TEMPOS ( DRENAGEM
DO ABSCESSO E RETOSSIGMOIDECTOMIA ELETIVA)
PAESE, A, AESIE, DS, RODRIGUES, E.A., CARVALHO, C,
ARANTES, JF, SANDOVAL, EGB, DAINEZI, MA
1. fscf, fundao santa casa de franca
O tratamento cirurgico do megacolon chagsico atravs da
retossigmoidectomia abdominal com anastomose colorretal trmi-
no-lateral posterior imediata por video laparoscopia uma opo
cirurgica segura e eficaz, sendo realizada pelos autores para trata-
mento desta patologia h 14 anos, em mais de 80 pacientes. Apre-
sentamos um video onde mostramos detalhes da disseco no sen-
tido mdio-lateral, do isolamento, colocao de clips e seco da
artria e veia mesnterica, seguido de disseco do espao retrorretal,
liberao do sigmoide, colon descendente e ngulo esplnico. Mos-
tramos com detalhes as duas opes para fechamento da cupula
retal, atravs da inciso supra-pbica ou atravs do uso
endogrampeadores. Finalizamos o video mostrando de que forma
fazemos a anastomose colorretal trmino-lateral posterior, o mais
prximo da linha pectnea.
VL27 - RETOSSIGMOIDECTOMIA ABDOMINAL COM
ANASTOMOSE COLORRETAL TRMINO-LATERAL POSTE-
RIOR IMEDIATA POR VIDEOLAPAROSCOPIA
RODRIGUES, EA, PAESE, A, ARSIE, DS, CARVALHO, C,
SANDOVAL, EGB, ARANTES, JF, DAINEZI, MA
1. fscf, fundao sta casa de franca
O tratamento cirurgico do megacolon chagsico atravs da
retossigmoidectomia abdominal com anastomose colorretal trmino-
lateral posterior imediata por video laparoscopia uma opo cirurgica
segura e eficaz, sendo realizada pelos autores para tratamento desta
patologia h 14 anos, em mais de 80 pacientes. Apresentamos um
video onde mostramos detalhes da disseco no sentido mdio-lateral,
do isolamento, colocao de clips e seco da artria e veia mesnterica,
seguido de disseco do espao retrorretal, liberao do sigmoide, colon
descendente e ngulo esplnico. Mostramos com detalhes as duas op-
es para fechamento da cupula retal, atravs da inciso supra-pbica
ou atravs do uso endogrampeadores. Finalizamos o video mostrando
de que forma fazemos a anastomose colorretal trmino-lateral poste-
rior, o mais prximo da linha pectnea.
VL28 - RETOSSIGMOIDECTOMIA POR VIDEOLAPAROS-
COPIA PARA TRATAMENTO DE NEOPLASIA DO RETO SUPE-
RIOR COM ACHADO INCOMUM
ARSIE, D, PAESE, A, RODRIGUES, EA, CARVALHO, C, SANDOVAL,
EGB, ARANTES, JF, DAINEZI, MA
1. FSCF, Servio de Cirurgia e Coloproctologia da Sta Casa de Franc
Os autores apresentam um vdeo de uma cirurgia para tratamento de
uma neoplasia de colon, onde no inventrio da cavidade fomos surpre-
endidos pelo achado de um divertculo de meckell que apresentava um
espinhode origem vegetal o qual transfixava a parede intestinal. Aps
a retirada do corpo estranho foi ento realizado o tratamento cirrgi-
co da patologia que motivou o procedimento videolaparoscopico. O
vdeo mostra os tempos principais da cirurgia no sentido mdio-late-
ral, sendo realizado dissecao e clipagem da artria e veia mesentrica
inferior; identicao e liberao das estruturas do retroperitnio; dis-
secao do sigmide, colon descendente e reto superior; fechamento
da cpula retal com endogrampeador seguido de anastomose. Termi-
namos a apresentao fazendo a resseco do divertculo que estava
inflamado e perfurado.
VL29 - ACHADOS E TRUQUES NO TRATAMENTO
CIRURGICO DA ENDOMETRIOSE INTESTINAL
AVERBACH, M., ABRAAO, M.S., PODGAEC, S., MARQUES JR,
O.W., POPOUTCHI, P., CORREA, P.A.F.P.
1. hsl, hospital sirio libanes
Introducao: a endometriose e uma doena que acomete de 4 a 50% das
mulheres em idade reprodutiva. Suas principais manifestaes so dor
plvica e infertilidade. O trato gastrointestinal esta envolvido em 3 a
34% dos casos, sendo o reto o principal rgo acometido. A resseco
do segmento acometido e o tratamento de escolha para as pacientes
sintomticas com doena infiltrativa. Objetivos: apresentar a diversi-
dade de apresentaes da doena na cavidade abdominal, assim como
as principais tticas e experincia de 8 anos de um mesmo grupo no
tratamento cirrgico da endometriose profunda. Descricao do vdeo:
este vdeo e uma coletnea dos diversos achados e tticas cirurgicas de
94 laparoscopias realizadas em 8 anos de experincia de um mesmo
grupo. A tcnica cirrgica da retossigmoidectomia laparoscopica e
padronizada e demostrada, enfatizando seus principais passos:
inventario detalhado da cavidade, mobilizacao do colon e do reto com
identificao das estruturas do retroperitonio, eleio das margens de
seco, resseco dos demais focos plvicos e abdominais e confeco
da anastomose. O material tambm demonstra o uso de cateteres ureterais
iluminados nos casos mais complexos e a resseco discide de uma
pequena leso anterior do reto com auxilio do grampeador circular.
Conclusoes: os autores concluem que o tratamento cirrgico da
endometriose intestinal por via laparoscpica e factvel e seguro quan-
do realizado de forma padronizada, mesmo nos casos mais complexos.
VL30 - ESTRATGIA CIRURGICA VIDEOLAPAROSCOPICO
NA ENDOMETRIOSE PROFUNDA: COPE E US 3-D
SAGAE, U.E., LIMA, D.M.R., TSUCHIYA, R.S., CARVALHO, C.A.,
SHIRATORI, A.I., BONATTO, M.W., TANAKA, T.M.
1. UNIOESTE, UNIVERSIDADE DO OESTE DO PARAN
Introduo: o grande desafio cirrgico da endometriose do septo
retovaginal, conhecida como endometriose profunda, deve-se s suas
caractersticas infiltrativas e que acomete muitas vezes o reto
extraperitoneal. Associando a ultra-sonografia anorretal tridimensional
(us 3d) com a cope (corrida dos rgos peritoneais pela laparoscopia),
132
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o dianstico e a estratgia cirrgica so mais precisamente definidas
nos casos de endometriose profunda. Objetivo: este estudo visa de-
monstrar a cope nas pacientes diagnosticadas com endometriose pro-
funda e com grau de acometimento intestinal ultra-sonografia
anorretal tridimensional. Descricao: dezoito mulheres com focos de
endometriose retal foram submetidas cope que se caracteriza com
colocao do monitor na posio inferior, prximo aos ps da pacien-
te; quarta puno no hipocndrio direito de 5 mm; uso de ptica de 30
graus; posio de trendelemburg com uso de perneiras (semi ginecol-
gica); incio da investigao do intestino delgado pelo leo terminal
em direo ao ngulo duodeno-jejunal. Aps este procedimento,
visualizada a pelve para estabelecer o tratamento. Dez mulheres (55%)
foram submetidas a apenas exrese do ndulo retal e as outras (45%)
foram submetidas retossigmoidectomia videolaparoscpica. Houve
correlao dos achados laparoscpicos com da us 3-d, tendo discordncia
em apenas um caso o qual apresentava foco na gordura perirretal e no
foi possvel realizar apenas exerese do ndulo, tendo sido submetida a
retossigmoidectomia. Concluso: conclui-se que us 3-d e da cope so
importantes abordagens no tratamento da endometriose profunda.
VL31 - PADRONIZAO DA TCNICA ABREVIA A CURVA DE
APRENDIZADO
MENDES, G.N., PEDROSO, M.A., JUNIOR, A.B., LUPINACCI, R.A.
1. HSPE, Hospital do Servidor Estadual de So Paulo
A padronizao da tcnica cirurgica videolaparoscopica um fator de
importncia para a diminuio do tempo da curva de aprendizado.
Nesta apresentao so mostrados dois videos comparando um cirur-
gio com 18 casos com outro cirurgio com 1200 cosos em video-
cirurgia colorretal. Estes videos so editados lado a lado comparando
os tempos principais de uma retossigmoidectomia ( disseco da via
mesentrica inferior, disseco da artria mesentrica inferior, dissec-
o da coteira parieto-clica esquerda e ngulo esplenico). Com esta
apresentao podemos facilmente demonstrar que a padronizao de
tcnica cirurgica inflencia na curva de aprendizado.
VL32 - RETOSSIGMIODECTOMIA VIDEOLAPAROSCPICA
COM LINFADENECTOMIA RETROPERITONIAL EXTENSA
FACTVEL?
PEDROSO, M.A., MENDES, G.N., JUNIOR, A.B., LUPINACCI, R.,
CHARTUNE, A.P.T., FERREIRA, L.A., FERREIRA, J.M., BONADIMAN, A.
1. HSPE, Hospital do servidor estadual de So Paulo
No passado a linfadenectomia retroperitonial por acometimento
linfonodal por neoplasia colorretal era de difcil execuo por
viodeolaporoscopia. Neste vdeo editado mostramos uma
retossigmoidectomia com linfadenectomia retroperitonial por aco-
metimento macroscpica de de linfonodos retroperitonial. Este vdeo
comprova que a linfadenectomia retroperitonial obedecendo os prin-
cpios oncolgicos factvel.
VL33 - LIBERAO DO LIGAMENTO FALCIFORME;FACILITA
A CIRURGIA VIDEO-LAPAROSCPICA COLO-RETAL?
FERREIRA, JM, PEDROSO, MA, FERREIRA, LA, MENDES, GN,
LUPINACCI, RA, ANDRADE, RF, BEANI JR, A, NAHIME, CB
1. HSPE, Hospital do Servidor Pblico Estadual de So Paulo
A liberao do ligamento falciforme realizada como primeiro passo na
cirurgia colo-retal vdeo-laparoscpica aumenta o espao intra-
cavitrio e permite a melhor acomodao do clon transverso. Foram
realizadas 323 cirurgias colo-retais com padronizao desta tcnica
onde foi evidenciado a melhora do campo cirrgico e facilitao dos
passos seguintes da cirurgia. Neste vdeo apresentamos a padronizao
da tcnica realizada em nosso servio.
VL34 - RETOSSIGMOIDECTOMIA ASSOCIADA A PAN-
HISTERECTOMIA E REIMPLANTE DE URETER VDEO-
LAPAROSCPICO POE ENDOMETRIOSE: EXPERINICA EM
UM CASO
PEDROSO, MA, FERREIRA, JM, MENDES, GN, FERREIRA, LA,
LUPINACCI, RA, PANHOCA, R, FONSECA FILHO, LL, ANDRADE,
RF
1. HSPE-SP, Hospital do Servidor Pblico Estadual- SP
Apresentamos o caso de uma paciente de 44 anos,portadora de
endometriose plvica com acometimento de ovrios, tero, reto e
ureter e. Foi realizada a resseco em bloco do retossigmide, tero e
anexos, ureter e por vdeo-laparoscopia e retirada da pea por via
vaginal. A reconstruo intestinal foi feita por meio de grampeadores,
e aps esta etapa, foi realizado o implante do ureter e na bexiga
tambm por via laparoscpica. Nosso objetivo mostrar que com
uma equipe apta a realizar cirurgias laparoscpicas, possvel a reali-
zao de cirurgias de alta complexidade.
VL35 - RESSECO MICROCIRRGICA ENDOSCPICA
TRANSANAL: EXPERINCIA DO CIRURGIO COLO-
PROCTOLOGISTA
PEDROSO, M.A., MENDES, G.N., JUNIOR, A.B., LUPINACCI, R.A.,
FERREIRA, J.M., FERREIRA, L.A.
1. HSPE, Hospital do servidor pblico estadual de so paulo
A resseco endoscpica transanal microcirrgica uma opo de
tratamento para alguns tipos de neoplasias de reto. Este vdeo
editado apresenta o primeiro caso de um cirurgio coloproctologista
onde um adenocarcinoma, t1n0 pelo ultrassonografia endoanal, a
5 cm de borda anal foi ressecado utilizando a tcnica de resseco
endoscpica transanal microcirrgica. Essa tcnica mostrou-se muito
segura e factvel de ser realizada.
VL36 - ESQUEMATIZANDO A CIRURGIA PARA
ENDOMETRIOSE INFILTRATIVA DO COMPARTIMENTO
PLVICO POSTERIOR
PYRAMO, L.M.
1. HB, Hospital Biocor
Introduo: a endometriose infiltrativa profunda um tipo de
endometriose que acomete principalmente o compartimento plvico
posterior. No responde devidamente ao tratamento hormonal. O
tratamento de escolha o cirrgico. Objetivos: mostrar passo a passo
a retossigmoidectomia para endometriose comparando com desenhos
da anatomia plvica. Descrio do vdeo: . Liberao das aderncias e
desbloqueamento da pelve . Identificao dos ureteres e quando neces-
srio ureterlise at junto a artria uterina, o que facilita o afastamen-
to do mesmo das leses endomtrioticas . Identificao do local da
leso endometriotica a ser ressecada . Liberao do reto da parede
vaginal, juntamente com o tecido doente existente no fundo de saco.
Para facilitar faz-se toque vaginal durante a disseco . Liberao do
reto lateralmente e posteriormente procurando identificar os nervos
hipogastricos . Liberao do colon e at a merenterica inferior . Dis-
seco e cauterizao dos vasos peri-colicos e mesoreto do local a ser
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feita a anastomose . Seco do reto com endogrampeador .
Exteriorizao do colon por inciso em local do trocater inferior d ou
e . Confeco da bolsa para prender a ogiva . Confeco da anastomose
aps fechar a inciso concluso: a esquematizao da tcnica otimiza
o tempo e o entrosamento da equipe.
VL37 - RESSECO ANTERIOR EM DISCO, UMA OPO
PARA TRATAMENTO DE ENDOMETRIOSE RETAL
PYRAMO, L.M.
1. HB, Hospital Biocor
Introduo: a endometriose intestinal profunda uma das causas de
dor plvica e infertilidade. O tratamento de escolha o cirrgico.
Objetivos: demonstrar a tcnica de resseco a disco usando stapler
circular 33. Descrio do vdeo: . Inventrio da cavidade para
estadiamento da endometriose. . Identificao da leso endometriotica
intestinal. . Identificao dos ureteres e quando necessrio ureterlise
at junto a artria uterina. . Liberao do reto da parede vaginal,
juntamente com o tecido doente existente no fundo de saco. Para
facilitar faz-se toque vaginal durante a disseco. . Liberada a leso
endometriotica avaliar se > que 3 cm de dimetro e se ocupa menos
que 1/3 da circunferncia do intestino. . Efetuar o shaving parcial da
leso. . Introduzir o stapler circular 33 pelo reto e posicionar junto a
leso. . Abrir o stapler e imbricar a leso para dentro do mesmo, tendo
a certeza que toda a leso ser ressecada. . Disparar o grampeador. .
Conferir se a leso foi totalmente ressecada. . Reviso da anastomose
e da cavidade. Concluso: a resseco a disco uma cirurgia menos
agressiva indicada para pequenas leses endometrioticas da parede
retal anterior.
VL38 - ENDOMETRIOSE INTESTINAL TRATAMENTO CIRR-
GICO POR RESSECO EM DISCO
THAISA BARBOSA-SILVA, LUCIANA PYRAMO, LUIZ
FERNANDO NR, BRUNO CRTES
1. HMON, Hospital Otaviano Neves
Introduo: a endometriose intestinal pode apresentar-se por infiltra-
o superficial, leso estenosante ou tumorao polipide. As reas
mais comumente envolvidas so o reto e o sigmide, em 85% dos
casos; o ceco, em 3,6%; e o apndice, em 3% das pacientes. A
endometriose do reto e sigmide considerada forma grave e de difcil
diagnstico. Na vigncia de comprometimento intestinal, observam-
se, em diferentes intensidades, diarria, constipao, tenesmo, vmitos,
febre, anorexia, perda de peso e sangue nas fezes. Diante de
endometriose de reto e sigmide, as alternativas cirrgicas incluem
resseco segmentar, exciso em disco ou nodulectomia (shaving).
Indica-se resseco segmentar nos casos onde h leses maiores, com
envolvimento de toda ou quase toda espessura da parede, com
estreitamento da luz. J a exciso em disco pode ser utilizada quando
h leses menores, sem possibilidade de shaving. Trata-se de procedi-
mento tecnicamente mais fcil, de menor morbidade, necessitando de
menor disseco do reto e sigmide. Os autores relatam um caso de
endometriose de sigmide, onde foi possvel realizar a resseco em
disco, com remoo de toda leso focal. Objetivo: relatar as indica-
es e a tcnica operatria de resseco em disco, em paciente com
endometriose profunda com leso focal no sigmide. Descrio do
vdeo: a paciente foi posicionada em litotomia, sendo os trocartes
introduzidos nos seguintes locais: cicatriz umbilical (cmera), linha
hemiclavicular direita (5mm no nvel da cicatriz umbilical e 12mm,
cerca de 8 cm inferiormente), linha hemiclavicular esquerda no nvel
do umbigo e outro no hipogstrio (8cm acima do pbis). Aps coloca-
o de elevador uterino (endovaginal), foi feito inventrio da cavida-
de, sendo identificados todos os focos de leses. Feita identificao e
isolamento dos ureteres, para propiciar a remoo das leses com
segurana. Feita liberao da leso intestinal das estruturas da parede
do clon (tecido adiposo), Introduo do grampeador circular 33mm,
abertura da ogiva para englobar a leso, fechamento do grampeador e
resseco em disco. O estudo anatomopatolgico confirmou a leso e
a margem de segurana. Concluso: a resseco em disco, quando
possvel, boa alternativa cirrgica em pacientes com endometriose
de reto e sigmide, com baixa morbidade.
VL39 - COLECTOMIA DIREITA POR VIDEO-LAPAROSCOPIA
PARA NEOPLASIA COM 3 PORTAIS DE ACESSO
SEV-PEREIRA, G, ROMAGNOLO, LG, NASCIMENTO, RB,
MORAES, SP, OLIVEIRA FILHO, JJ
1. HMMG, Hospital Mrio Gatti
H alguns anos a cirurgia minimamente invasiva tornou-se parte fun-
damental do arsenal teraputico na abordagem do cancer colorretal.
Entre as indicaes mais frequentes para laparoscopia em cancer
colorretal estao as colectomias direitas, habitualmente tidas como
cirurgias de menor complexidade entre as colorretais. Em grande par-
te dos casos o cirurgio opta pela colocao 4 ou 5 trocartes para
realizao dessa cirurgia. Nesse vdeo demonstraremos a tcnica reali-
zada com 3 trocartes, tornando a cirurgia provavelmente mais sim-
ples e dando maior independncia ao cirurgio.
VL40 - RETOSSIGMOIDECTOMIA POR VIDEO-
LAPAROSCOPIA EM PACIENTE COM NEOPLASIA DE RETO
BAIXO COM PRVIA COLOSTOMIA EM ALA
SEV-PEREIRA, G, ROMAGNOLO, LG, NASCIMENTO, RB,
MORAES, SP, OLIVEIRA FILHO, JJ
1. HMMG, Hospital Mrio Gatti
H alguns anos a cirurgia minimamente invasiva tornou-se parte fun-
damental do arsenal teraputico na abordagem do cancer colorretal,
tornando-se preferncia em vrios servios. Ser apresentado o vdeo
de um caso de cncer de reto inferior em uma paciente de 26 anos que
chegou com obstruo intestinal no pronto-socorro e foi realizada
colostomia em ala para desobstruo, sem resseco. A opo a seguir
foi por tratamento neoadjuvante com radio e quimioterapia, e em seu
tempo, a realizao de retossigmoidectomia por via laparoscpica e
anastomose colorretal baixa com reservatrio em j associado
ileostomia protetora. Toda a cirurgia realizada com energia monopolar.
O vdeo demonstra que a cirurgia possvel, mesmo em paciente que
j tenha sido submetida cirurgia intestinal prvia, mesmo sem a
utilizao de tecnologias de corte e coagulao mais dispendiosas.
VL41 - CORREO DE HRNIA PARACOLOSTMICA
GIGANTE ATRAVS DE ACESSO LAPAROSCPICO
ANDR RONCON DIAS, RODRIGO BLANCO DUMARCO, MAR-
CELO RODRIGUES BORBA, CAIO SRGIO RIZKALLAH NAHAS,
SRGIO CARLOS NAHAS.
1. FMUSP, FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE
SO PAULO
2. HSL, Hospital Srio Libans
Introduo: a hrnia paracolostmica uma complicao indesejada
que pode ocorrer aps a confeco de uma estomia. Apresentamos
neste vdeo a correo de uma hrnia paracolostmica gigante em um
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paciente obeso, submetido 30 anos atrs a uma amputao de reto por
adenocarcinoma retal. Objetivos: demonstrar que o acesso
laparoscpico permite, mesmo em doentes previamente
laparotomizados, a correo destas hrnias com segurana e eficcia.
Descrio do vdeo: utilizada a via laparoscpica, no vdeo visualizamos
a reduo do contedo herniado e a colocao de uma tela de material
inerte cobrindo a grande falha aponeurtica peri estomia. Concluso:
o acesso laparoscpico uma opo vlida nestes casos.
VL42 - PADRONIZAO DOS TEMPOS CIRRGICOS NA
COLECTOMIA ESQUERDA.
RODRIGO BLANCO DUMARCO, ANDR RONCON DIAS, SR-
GIO EDUARDO ALONSO ARAJO, FBIO GUILHERME CAM-
POS, SRGIO CARLOS NAHAS.
Servio de Coloproctologia do Hospital das Clnicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de So Paulo.
Introduo: a via laparoscpica no tratamento das molstias do clon
esquerdo deve ser a via preferencial sempre que possvel. J est com-
provada sua eficcia e segurana no tratamento da doena diverticular,
no cncer e em outras patologias que acometem o clon esquerdo. No
entanto a curva de aprendizado longa e requer experincia tanto na
cirurgia aberta quanto em laparoscopia. Objetivos: demonstrar os prin-
cipais tempos cirrgicos da colectomia esquerda laparoscpica, de-
monstrando como a padronizao destes pode facilitar o aprendizado
e diminuir o tempo cirrgico. Descrio do vdeo: apresentamos de
forma didtica uma colectomia esquerda laparoscpica, detalhando a
padronizao que utilizamos em nosso servio, incluindo o
posicionamento da equipe e dos trocartes. Esta ttica tem facilitado o
rpido aprendizado de nossos residentes. Concluso: cada cirurgio
deve desenvolver sua prpria padronizao no acesso laparoscpico
das colectomias esquerdas e a disponibilizao de fontes didticas como
este vdeo visa facilitar esse fato e abreviar a longa curva de aprendi-
zado deste procedimento.
VL43 - LIMPEZA LINFONODAL NA RAIZ DA ARTRIA
ILEOAPENDICOCLICA PELA VIA LAPAROSCPICA
DIAS AR, DUMARCO RB, ARAUJO SEA, CAMPOS FG, NAHAS SC
1. FMUSP, Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo
Introduo: a radicalidade da colectomia direita laparoscpica no
tratamento do cncer do clon direito j est bem estabelecida.
Sabemos que essa via permite a retirada de nmero similar ou maior
de linfonodos em relao ao acesso aberto. Objetivos: demonstrar a
radicalidade que pode ser obtida com o acesso laparoscpico na
colectomia direita em termos de colheita linfonodal, numa paciente
com uma neoplasia de ceco onde 29 linfonodos foram retirados.
Descrio do vdeo: neste didtico vdeo podemos visualizar clara-
mente a disseco linfonodal junto raiz da artria ileoapendicoclica,
demonstrando que a via laparoscpica permite uma tima visualizao
e disseco destes linfonodos, que so retirados junto pea cirrgi-
ca. Concluso: a ligadura da artria ileoapendicoclica rente ao
duodeno permite a retirada de diversos linfonodos que esto prxi-
mos sua origem, permitindo um melhor estadiamento e uma maior
radicalidade.
V44 - REPARO TRANSPERINEAL DE RETOCELE - RELATO DE
CASO
RODRIGO GUIMARES OLIVEIRA, FLVIA FONTES FARIA, AN-
TNIO CARLOS BARROS LIMA JNIOR, FBIO GONTIJO
RODRIGUES, UREA CSSIA GUALBERTO BRAGA, SINARA M-
NICA DE OLIVEIRA LEITE, GERALDO MAGELA GOMES DA CRUZ
1. SCBH, Santa Casa de Belo Horizonte
Introduo: A retocele uma disfuno plvica subdiagnosticada, ape-
sar de sua prevalncia significativa. Seu reconhecimento essencial
para o tratamento de determinados casos, como constipao refratria.
A sintomatologia vaga, e nem sempre associada ao prolapso. O
tratamento clnico ineficaz quando utilizado isoladamente. Existem
vrias tcnicas, e dentre elas a abordagem transperineal. Objetivo:
Demonstrar um caso de reparo de retocele volumosa por via
transperineal, realizando a plstica dos msculos elevadores do nus e
perineais, sem o uso de prtese sinttica. Descrio do vdeo: Trata-se
de paciente de 54 anos, com relato de sensao de presso perineal ao
ato defecatrio com dez anos de evoluo, abaulamento vaginal asso-
ciado, e necessidade de auxlio manual intravaginal para expulso das
fezes. Paciente multpara, submetida a dois partos vaginais. Queixava-
se de constipao crnica. Ao exame fsico, apresentava retocele
volumosa. A defecografia demonstrava retocele de aproximadamente
sete centmetros. Foi institudo tratamento clnico com dieta de alto
resduo e suplemento de fibras, e encaminhada para tratamento cirr-
gico. A tcnica utilizada foi o reparo por via transperineal com plsti-
ca da musculatura elevadora do nus e reparo perineal. Consiste em
inciso transversal perineal, com disseco atravs do septo retovaginal
at a cpula vaginal, prximo ao colo uterino, identificando a falha
entre os msculos elevadores do nus. Posteriormente, realiza-se a
plicatura dos elevadores com fio de absoro lenta (poliglactina 1) at
o nvel do anel anorretal, com reconstruo da musculatura perineal,
e fechamento da ferida perineal com pontos separados. Eventualmen-
te, resseca-se a mucosa vaginal redundante. Os resultados obtidos com
esta abordagem so excelentes, com alto grau de satisfao e baixo
ndice de recidivas. Apresenta a vantagem de no se utilizar prtese, o
que diminui a incidncia de complicaes. Concluses: O reparo
transperineal de retocele, apesar de no utilizado com freqncia,
um mtodo eficaz, de baixo custo, e com resultados satisfatrios. A
tcnica simples e a plicatura adequada da musculatura elevadora do
nus permite a correo do prolapso, evitando-se o uso de prtese.
V45 - CORREO TRANSANAL DE RETOCELE E
MUCOSECTOMIA RETAL COM NOVO KIT GRAMPEADOR.
TRREMS PROCEDURE
FRANCISCO SRGIO PINHEIRO REGADAS
1
, STHELA MARIA
MURAD-REGADAS
1
, LUSMAR VERAS RODRIGUES
1
, GRAZIELA
OLIVIA DA SILVA FERNANDES
2
, BEETHOVEN BARBOSA
LANDIM
2
, GABRIEL DOS SANTOS DIAS SOARES
2
, FRANCISCO
SERGIO PINHEIRO REGADAS-FILHO
2
, MARIELLE PEREIRA
REGADAS
2
1. UFC, Hospital Universitrio Walter Cantdio- HU-UFC2. CCC-
HSC, Centro de Coloproctologia do Cear-Hospital So Carlos
Introduo: A evacuao obstruda comumente associada com algum
distrbio anorretal (anatmico ou funcional), principalmente retocele
e prolapso mucoso do reto. Objetivo: Apresentar novo kit grampeador
para o tratamento da retocele associada a prolapso mucoso retal.
Descrio do vdeo: Paciente foi submetida a preparo intestinal com
soluo glicerinada,a anestesia (bloqueio medular) e a
antibiticoprofilaxia (1-2g de cefoxitina).Foi colocada em posio de
Lloyd-Davis, sendo inicialmente introduzido o dilatador anal com
anuscopio e o port. O dilatador e anuscopio foram retirados, fixando
o port pele perianal. A retocele foi evertida para o interior do canal
anal com o dedo inserido na vagina, sendo o pice identificado e
reparado com fio cirrgico. A parede posterior da vagina foi tracionada
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para cima com pina Babcock, o pice da retocele para baixo e uma
sutura horizontal contnua em barra grega foi realizada ao nvel da
base da retocele, aproximadamente 2.0cm acima da linha pectnea e
incluindo mucosa, submucosa e a camada muscular de toda parede da
juno anorretal. Toda a parede da retocele foi seccionada com bisturi
eltrico mantendo uma ferida aberta com as bordas unidas pela sutura
manual prvia. A seguir, uma sutura circunferencial, em bolsa, foi
realizada incluindo mucosa e submucosa e o novo EEA for
hemorrhoids and Prolapse Stapler Set foi introduzido atravs da sutu-
ra em bolsa a qual foi atada em torno do eixo do grampeador, passando
o fio atravs de um dos orifcios existentes de acordo com o tamanho
do prolapso. Os fios de reparo da sutura horizontal em barra grega
foram tambm atados em torno do eixo do grampeador o qual foi
fechado e disparado, ressecando toda a base da sutura horizontal e a
mucosa retal prolapsada circunferencialmente. Foi realizada reviso
da sutura grampeada e os donuts foram examinados e medidos nas
extremidades e no centro para observar a simetria. Concluso: A tc-
nica proposta utilizando o novo kit grampeador foi eficaz para resse-
car toda a mucosa retal prolapsada e corrigir a retocele.
V46 - MUCOSECTOMIA RETAL GRAMPEADA MODIFICADA.
APEX TECHNIQUE
FRANCISCO SERGIO PINHEIRO REGADAS
1
, STHELA MARIA
MURAD-REGADAS
1
, LUSMAR VERAS RODRIGUES
1
, GRAZIELA
OLIVIA DA SILVA FERNANDES
2
, WARYSON SILVA SURIM
1
,
FRANCISCO JOS ARAUJO SOUSA
1
, VIVIANE TIEMI KENMOTI
1
,
GUILHERME M. BUCHEN
1
1. UFC, Hospital Universitrio Walter Cantdio- HU-UFC
2. CCC-HSC, Centro de Coloproctologia do Cear - Hospital So
Carlos
Introduo: A resseco circular de mucosa retal com anopexia mec-
nica foi inicialmente publicada em 1997 e tem sido utilizada em todos
os continentes demonstrando resultados satisfatrios no tratamento
de pacientes selecionados com prolapso mucoso-hemorroidrio.
Objetivo: Descrever uma modificao na tcnica de mucosectomia
retal grampeada (Apex Technique) para tratamento do prolapso
mucoso-hemorroidrio. Descrio do vdeo: Paciente foi submetida a
preparo intestinal com soluo glicerinada, submetida a bloqueio me-
dular e antibiticoprofilaxia (1-2g de cefoxitina).Foi colocada em
posio de Lloyd-Davis, sendo inicialmente introduzido o dilatador
anal com anuscopio e o port. O dilatador e anuscopio foram retirados,
fixando o port pele perianal. Utilizando pinas atraumticas, o pice
do prolapso mucoso/hemorroidrio foi inicialmente identificado e
marcado em cada quadrante utilizando fio cirrgico. A sutura em bolsa
circular, envolvendo mucosa e submucosa foi posicionada no pice do
prolapso, sendo em seguida introduzido o novo EEA for hemorrhoids
and Prolapse Stapler Set, atando a sutura em torno do eixo do
grampeador utilizando um orifcio posicionado a 5.0cm do anvil do
grampeador. Aps tracionar a parede posterior da vagina para cima, o
grampeador foi fechado e disparado. Foi realizada reviso da sutura
grampeada no sentido de identificar sangramento e/ou sutura incom-
pleta. Os donuts so examinados e medidos nas extremidades e no
centro, observando completa simetria e com largura de 7.0cm Con-
cluses: A tcnica de mucosectomia grampeada (Apex Technique) uti-
lizada foi eficaz no tratamento do prolapso mucoso circular do
reto.lvico.
V47 - INTERPOSIO DO MSCULO GRCIL PARA O TRA-
TAMENTO DE FSTULA RETO-VAGINAL RECORRENTE EM
PACIENTE COM DOENA DE CROHN.
RODRIGO AMBAR PINTO, BADMA BASHANKAEV, JORGE A
CANEDO, THAIS VILLELA PETERSON, YAIR EDDEN, SHIRLEY
S SHIH, CRISTINA SEO, STEVEN D WEXNER
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
Fstulas reto-vaginais (FRV) so entidades extremamente debilitantes
no somente para a paciente, que vive em uma condico psicologica-
mente e fisicamente adversa, mas tambm para o cirurgio, que en-
frenta a rdua tarefa do reparo cirrgico. Interposio de msculo
grcil em geral indicada para pacientes com FRV complexas, princi-
palmente em portadores de doena inflamatria intestinal. No pre-
sente video o paciente apresenta doena de Crohn h 5 anos e FRV
recorrente h 3 anos, tendo sida previamente submetida a 2 flaps
endoretais de avano. A paciente colocada na posicao de Lloyd-
Davies com as pernas posicionadas em perneiras. Duas incises sao
confeccionadas na coxa (preferencialmente da perna no dominante
do paciente), uma proximal 5 cm lateral e 5 cm anterior ao orifcio
anal, e outra distal e anterior distando 5 cm do joelho. O msculo
grcil dissecado proximalmente e isolado. Os vasos perforantes so
divididos com o bisturi harmnico. O tendo do msculo grcil
seccionado proximalmente ariculao do joelho, e o msculo reti-
rado por completo pela inciso proximal. O msculo mobilizado at
o nvel do pedculo neuro-vascular e tunelizado at uma pequena inci-
so antero-lateral ao orifcio anal, onde ser localizada a inciso
perineal. O tendo fixado a tal inciso com pontos simples de vicryl
2.0. As incises da coxa so fechadas por planos e um dreno de suco
posicionado no plano de disseco e exteriorizado por inciso con-
tra lateral inciso distal. A paciente reposicionada em jack-knife
sobre coxins. Realizada inciso perineal semi-circular no septo ano-
vaginal. O plano coronal dissecado proximalmente at o encontro
da FRV, que debridada de ambos os lados e preparada com suturas
simples de monocryl 2.0. Alguns pontos so posicionados no septo
reto-vaginal para fixar o msculo grcil entre o reto e a vagina. Outro
dreno de suco posicionado no perneo, que fechado por planos.
A paciente transferida para a enfermaria posicionada com as pernas
aduzidas e deve ficar imvel por 3 a 4 dias. O procedimento tem se
mostrado muito efetivo no tratamento RVF recorrentes.
V48 - RETOSSIGMOIDECTOMIA PERINEAL COM
ANASTOMOSE COLOANAL MECNICA PARA PROLAPSO
RETAL
JORGE A CANEDO, RODRIGO AMBAR PINTO, GENUA JILL,
DAVID VIVAS, BADMA BASHANKAEV, YAIR EDDEN,
EMANUELA SILVA, STEVEN D WEXNER
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
O presente video refere-se a paciente do sexo feminino de 82 anos
com histria de 10 anos de prolapso retal. O exame fsico confirmou
prolapso total e circunferencial e foi decidido por acesso perineal,
devido a idade avanada da paciente. Paciente posicionada em jack-
knife aps induo de anestesia geral. O nus exposto com o afastador
de lone-star (Lone Star Medical Products, Inc, Stafford, TX) e a
submucosa infiltrada com soluo de xylocana a 0.5% e Marcana a
0.25%, com 1:400,000 unidades de epinefrina. Realizada inciso
circunferencial 2 cm acima da linha pectnea. A medida que se avana
na disseco do reto e sigmide, os vasos mesoclicos so ligados
prximos a parede do clon. No presente caso o peritneo foi aberto
para resseco do excesso de sigmide redundante. Cinquenta e cinco
centmetros de retossigmide redundantes foram ressecados. Sutura
em bolsa com clamp foi realizada no clon descendente e manual na
parte distal de reto ressecado previamente a Introduo do grampeador.
Grampeador circular de 33 mm introduzido no nus e a anastomose
136
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coloanal mecnica realizada. Os anis proximal e distal so confir-
mados para exciso de parede total e presena de perda de continui-
dade, que nao foi verificada. Atenciosa reviso hemostasia e a
inspeccao da integridade da anastomose sao confirmados. O pacien-
te apresentou evoluo favorvel e teve alta hospitalar no 3 dia
ps-operatrio.
V49 - ESFINCTEROPLASTIA PARA O TRATAMENTO DA INCONTI-
NNCIA FECAL ASSOCIADA A DEFEITO ESFINCTERIANO
RODRIGO AMBAR PINTO, BADMA BASHANKAEV, JORGE A
CANEDO, YAIR EDDEN, SIRLEY S SHIH, EMANUELA SILVA,
STEVEN D WEXNER, ERIC G WEISS
1. CCF, Cleveland Clinic Florida
O presente video demonstra a tcnica de esfincteroplastia por
sebreposio dos cabos musculares em paciente de 55 anos com
sintomas de incontinncia fecal h 3 anos associada a defeito
esfincteriano anterior. Histrico obsttrico prvio de 2 partos nor-
mais, sendo um deles por forceps. Incontinncia fecal (IF) uma
condio debilitante, que afeta diretamente a qualidade de vida dos
pacientes. Algumas opes podem ser utilizadas para o tratamento
de tais pacientes. Utilizando alguns sistemas sistemas para quantificar
a severidade da IF, como o score da Cleveland Clinic Florida, pode-se
obter uma informao precisa e selecionar o tratamento apropriado.
A modalidade cirrgica a ser empregada depende em parte da integri-
dade dos esfincteres. Pacientes com defeitos definidos do esfincter
anal externo em geral so submetidos primeiramente a
esfincteroplastia como tratamento cirrgico inicial. O paciente
posicionado em jack-knife. Inciso perineal semi-circunferencial
procedida e disseca-se at encontrar os cabos musculares e o tecido
fibrtico que os recobre. Alguns princpios desse procedimento in-
cluem a preservao do tecido fibrtico formado aps a leso
esfincteriana, para ancorar os pontos e facilitar a sobreposio dos
cabos musculares previamente separados. Isso aumenta a rea de
contato e reduz a chance de ruptura da sutura. A plicatura dos musculos
elevadores do anus melhora a sustentao muscular e pode aumentar
a presso de repouso do canal anal. A imbricao separada do esfincter
anal interno pode ser realizada, por opo do cirurgio. O procedi-
mento promove resultados satisfatrios em curto prazo, com me-
lhora da incontinncia para slidos e lquidos entre 70 e 80%. A
paciente evoluiu bem tendo alta hospitalar no 3 dia.
V50 - ANGIODISPLASIA DE CLON: NOVO MTODO DE
TRATAMENTO
HILARIO-FREITAS, A.A., SANTOS, D.N., TODESCHI, C.M., SENA,
VITAL, S., BABO, P.
1. HPM, Hospital da Policia Militar de Minas Gerais
Introduo: a colonoscopia como mtodo de diagnstico e tratamen-
to, possibilitou avanos na abordagem da angiodisplasia de clon,
entidade responsvel por um tero das hemorragias gastrointestinais
baixas. Trata-se de paciente sexo masculino, 65 anos de idade, insufi-
cincia renal crnica dialtica e coronariopata grave, com episdios de
hematoquezia volumosa ao iniciar uso de agregantes plaquetrios, ne-
cessitando mltiplas hemotransfuses. Colonoscopia diagnosticou le-
ses vasculares no ceco com estigmas de sangramento. H descries
na literatura do uso de agentes hemostticos tais como gs argnio e
vasoconstrictores, aplicados separadamente. Foi realizado tratamen-
to endoscpico das angiodisplasias com aplicao de argnio, aps
elevao das leses com soro fisiolgico, e pela primeira vez descrita
no brasil, acrescentado vasoconstrictor soluo.
V51 - SUTURA DE CLON SIGMIDE APS PERFURAO
DE COLONOSCOPIA
CARMO, L. C. B.2, CRUZ, S. H. A.1, TOMMASO, C.3, SILVA, R. B.
F.4
1. FCMSCSP, Faculdade de Cincias Mdicas da Santa Casa de So
Paulo2. HSPM, Hospital Servidor Pblico Municipal3. HVM, Hospi-
tal Vila Mariana4. RRMC, R R Mdicos Cirurgies
Paciente amp, 60 anos, submetida a colonoscopia dia 26 de junho de
2009 por obstipao intestinal. Exame foi realizado com grande difi-
culdade tcnica devido a doena diverticular pancolnica e paciente
evoluiu com distenso abdominal difusa aps o procedimento e
descompresso brusca positiva. Realizada tomografia de abdome que
evidenciou pneumoperitneo volumoso desde o clon descendente
distal onde se observou a rea de perfurao. Realizada a laparoscopia
onde se fez a lavagem da cavidade com sf0,9% e sutura do orifcio em
clon sigmide com pontos de prolene 3. 0. Paciente evoluiu sem
intercorrncias no ps operatrio.
V52 - HEMORROIDECTOMIA AMBULATORIAL COM
LIGASURE
REIS NETO, REIS JNIOR, ODORINO KAGOHARA, JOAQUIM
SIMES, SRGIO BANCI, LUCIANE HIANE, DANIELE SAITO
1. CRN, Clnica Reis Neto
Hemorroidectomia ambulatorial sob sedao venosa e anestesia local
utilizando ligasure reis neto ja, reis jnior ja, neto js, kagohara oh,
banci so, oliveira lh e anjos ds. Clinica reis neto - campinas / sp
Introduo: dada a alta prevalncia da doena hemorroidria, o trata-
mento cirrgico ocupa lugar de destaque, sendo o nico capaz de pro-
mover a erradicao permanente do tecido hemorroidrio, sendo des-
crita vrias tcnicas. Objetivo: demonstrar tcnica de
hemorroidectomia ambulatorial ferguson, sob sedao venosa e
anestesia local, utilizando ligasure. Descrio do vdeo: paciente em
posio de sims, sob sedao venosa e anestesia local com citocana e
naropin. Posicionamento de campos estreis. Antissepsia com pvpi.
Realizada ligadura com ponto transfixante do pedculo hemorroidrio
lateral esquerdo e posterior e anterior direito acima da linha pectnea
com vicryl 2. 0. Traciona-se a o mamilo lateral esquerdo e realiza-se
com laser, inciso triangular de base externa na pele, dissecando-se o
retalho cutneo-mucoso com auxlio do ligasure em sentido proximal,
identificando-se as fibras musculares esfincterianas, at a ligadura pr-
via do pedculo. Aproximao da ferida com ponto simples de vicryl
4. 0. Procedimento idntico realizado no mamilo posterior direito e
anterior direito, preservando-se ponte cutneomucosa entre as
resseces. Concluses: sangramento operatrio mnimo, com resul-
tado ps-operatrio satisfatrio, semelhante ao encontrado em ou-
tras tcnicas descritas, no tangente dor local, tempo e qualidade de
cicatrizao, porm ainda com custos elevados.
V53 - OPERAO TRANSANAL ENDOSCPICA (OTE)
ROCHA, JJR, FERES, O, ALMEIDA, ALNR, PARRA, RS,
CAMPERONI, LRR, GARCIA, RLS
1. FMRP-USP, Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto-USP
O acesso transanal um dos procedimentos utilizados para o trata-
mento do cncer retal. As tcnicas usadas para exciso local incluem:
exciso transanal convencional, o acesso posterior, colonoscopia te-
raputica e as abordagens endoscpicas transanais. O objetivo desse
vdeo apresentar a experincia cirrgica com um novo proctoscpio
para a exciso transanal endoscpica de leses retais. O vdeo de-
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monstra a exciso de um adenoma viloso de grande volume por via
transanal. So 72 operaes endoscpicas transanais utilizando esse
proctoscpio, em 65 pacientes. As leses ressecadas foram 39
adenocarcinomas, 21 adenomas, 1 carcinide, 1 endometrioma, e as
outras trs por outras indicaes (estenose anal, sangramento retal e
corpo estranho no reto). A experincia cirrgica demonstrou que esse
novo proctoscpio uma ferramenta eficiente para a operao
transanal endoscpica de leses retais.
VL54 - TRATAMENTO DE CNCER DE RETO PRECOCE PELA
MICROCIRURGIA ENDOSCPICA TRANSANAL
MARQUES CFS, NAHAS CSR, TAKEDA, POLLARA W, CAMPOS
FGCM, NAHAS SN, CECONNELLO I
1. ICESP - FMUSP, Instituto do Cncer do Estado de So Paulo
Objetivo: demonstrar resseco local de um tumor precoce de reto
distal utilizando a microcirurgia endoscpica transanal. Material e
mtodos: paciente feminino de 56 anos com queixa de sangramento
vivo nas fezes. Ao exame proctolgico apresentava leso nodular
mvel em parede posterior do reto inferior. A ultrassonografia
endorretal revelou t1n0. Realizada a resseco local da leso pela
tcnica de microcirurgia endoscpica transanal. A tcnica consistiu
em: (1) preparo do colon antergrado; (2) anestesia geral; (3) posi-
o ginecolgica; (4) dilatao do nus; (5) insero e fixao de um
proctoscpio rgido de 40 mm de dimetro equipado com uma tica
acoplada a uma cmera, insuflao de co2, irrigao, suco e instru-
mental para seco, disseco, hemostasia e sutura. Resultados: aps
resseco completa da leso com espessura total do reto e margens
livres, foi realizada sutura contnua da ferida operatria. O tempo de
procedimento foi de 50 min. No houve complicao intra e ps-
operatria. A paciente apresentou funo intestinal no 2 po e alta
no 3 po. Houve pouca dor, controlada com o uso de dipirona via
oral de 6 em 6 horas. Concluses: o mtodo mostrou-se seguro, bem
tolerado e sem complicaes. Considera-se alternativa resseco
local convencional, com as vantagens de melhor visualizao, con-
trole seguro de hemostasia, sutura facilitada do leito, e espcime
ntegro (no fragmentado) para estadiamento anatomo-patolgico
eficaz.
VL55 - RETOSSIGMOIDECTOMIA COM EXCISO TOTAL DO
MESORRETO LAPAROSCPICA E ANASTOMOSE
COLORRETAL BAIXA POR DUPLO GRAMPEAMENTO NO
TRATAMENTO DO CNCER DE RETO DISTAL PS
QUIMIORRADIOTERAPIA
COTTI, NAHAS CSR, TAKEDA FR, MARQUES CFS, POLLARA,
CECCONELLO I, NAHAS SC
1. ICESP - FMUSP, Instituto do Cncer do Estado de So Paulo
Objetivo: demonstrar os passos tcnicos da retossigmoidectomia
com exciso total do mesorreto e anastomose colorretal baixa por
duplo grampeamento laparoscpicas no tratamento do cncer de
reto distal ps quimiorradioterapa. Material e mtodos: paciente de
53 anos do sexo feminino, com leso de reto a 6 cm da borda anal,
cuja bipsia revelou adenocarcinoma bem diferenciado. O
estadiamento demonstrou espessamento do reto distal e metstases
pulmonares. Realizado quimiorradioterapia neoajuvante com regres-
so parcial do tumor, optando-se pelo tratamento cirrgico. Resul-
tados: realizada retossigmoidectomia com exciso total do mesorreto
e anastomose colorretal baixa por duplo grampeamento
laparoscpicas. Foi realizada uma inciso de pfannestiel apenas para
extrao do espcime. Paciente recebeu alimentao via oral no
segundo dia ps-operatrio com retirada do dreno no nono ps-
operatrio e alta no dcimo dia. Concluso: a retossigmoidectomia
com exciso total do mesorreto e anastomose colorretal baixa por
duplo grampeamento laparoscpico um procedimento factvel,
seguro e com boa tolerncia pelo paciente.
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Setembro, 2009
A
A R TAUIL, TL130; TL183
ABRAAO, M.S., VL29
ABRAHAO, P63; P177
ABRAHO, H, P194
ABRAHAO, HCF, P204; TL182
ACCETTA, A.F., P101; P128
ACCETTA, I., P101; P128
ACCETTA, P., P101
ACRAS, R.N., P169
ACRAS, S., P151
ADORNO FILHO, ET, P44; P157; P91
AESIE, DS; VL26
AGUIAR, AL; TL169
AGUIAR, RM; TL94
AGUIAR, T.; P88
ALBINO, P.A.; P158
ALBUQUERQUE IC; TL70; P67; P104; P105; P121; TL71;
P102; TL56
ALCIO, NRM, P91; P157
ALMEIDA, MG; TL37; TL36; TL170; TL171; TL172; TL178
ALMEIDA AC, TL58; TL86; P51; P97
ALMEIDA ACC, P14; P15; P148; TL12; TL92; TL87
ALMEIDA ALNR, P109; P110
ALMEIDA MG, TL35
ALMEIDA, A.L.N.R., P114; P125; TL102; V53
ALMEIDA, D.G, P05; TL109; TL108; TL110
ALMEIDA, E., TL158; TL186; TL10
ALMEIDA, E.C, P36
ALMEIDA, J.S., TL138
ALMEIDA, MG, TL161
ALMEIDA, P.C.C., P51; P97
ALMEIDA, P.M, P36
ALMEIDA, R.M., P49; P142; P183; P201
ALVARENGA, I.M, P22
ALVES AC, VL03; VL02; VL04
ALVES FILHO V, VL02; TL134
ALVES FILHO, E.F, P35; P137; P163; TL82
ALVES, A.C., P171; P172; TL42; TL149; TL187
ALVES, A.C.N., P06; P07; P62; P127; P164; P188
ALVES, D.M.O, P129; P134
ALVES, V. L. P89; P90; P124; P193
AMARO, C., P90; P193
AMORIM CR, P81; P82
AMORIM FC, P15
ANDRADE, B. B., P72
ANDRADE, C.P.A., P131
ANDRADE, R. G., P187
ANDRADE, R. V., P33; P32
ANDRADE, R.C.P, P129; P130; P132; P133; P134
ANDRADE, RF, VL34; TL43; VL33
ANDREOLLO, NA, TL111
ANTUNES,LB, TL94
AQUINO, C.G.G., TL08; TL47; TL154
ARAI, H., P86; TL41
ARAKAKI,K.S., TL159
ARANTES V, P143
ARANTES, JF, VL26; VL27; VL28
NDICE REMISSIVO
ARASHIRO, R.T.G., P115; P119; TL76; P116; P117; P118
ARAUJO JL, P162
ARAUJO SEA, VL43
ARAUJO, F, TL45
ARAUJO, J. R., P33; P32
ARAUJO, N.T.N., P50; P158
ARAJO, NAL, P78
ARAJO, S. E. A., VL42; TL138; TL133; VL01
ARRUDA G, P55
ARRUDA, A., P103; TL165
ARSIE DS, BRITO AR, TL32
ARSIE, D, VL28
ARSIE, D.A., P85
ARSIE, DS, VL27; P206; P37; P207
ASSUNO GMS, P175
AURICHIO, ERA, TL119
AVERBACH M, P173; P174; P170; VL29
AYNITONO M.L.S, P122; P123; TL61; TL59; P10; P107; P195;
TL11; TL60
AYRIZONO, M.L.A., TL162
AYRIZONO, MAS, TL74
AYRIZONO, MLS, TL111; TL164; TL51; TL52; TL53
AZEVEDO IF, TL12; TL86; TL92
AZEVEDO, B.C., P87; P88; TL183; P186
AZEVEDO, I.F., P97
B
BABO, P., V50
BACELLAR, MS, P76; P77; P78; P197; TL117; VL17; P25
BAHIA, A., P89
BALBIN, A., P112; TL26; TL167; P111
BALSAMO F, TL101
BANCI, S., P181; P199; V52
BAPTISTA, T.S., VL09; P09
BARAVIERA, AC, TL35; TL36; TL37; TL170; TL171; TL172;
TL178
BARBI RR, P41; P140; P42; TL69; P113; P191; P198; P26
BARBOSA JMM, P144; P145
BARBOSA, F.C.P TL47
BARBOSA-SILVA, T. VL38
BARCELLOS,M., TL168
BARRETO GP, P144; P145
BARRETO, R.G.L. TL84
BARROS P156
BARROS, M.S.V., P88; TL183
BARROS, R. A. P47
BARTMANN, M., P39; P155; P200; P38
BARTOLOMUCCI, A.C., P52
BASHANKAEV B, V47; V48; V49; TL115 TL141; VL16
BASSI, D.G., P52
BASSO MP, TL34; P18; P20; P73 P179; P180;P189 TL28;TL48
TL116;P20;P23 P24
BATISTA RR, P67; P104; P105; TL70
BATISTA, P. F. F. VL14
BEANI JR, A, VL33; TL44
BECHARA CS, P93; TL128; TL152
BECKER, I.C., TL194; VL20; P19; VL18 VL19
139
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Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
BEOLCHI, J.P.P., P58
BERFORD, F., P49; P142; P183; P201
BERNARDO, A, VL06
BERNARDO, B, VL05; VL07
BERTO P P162
BERTEVELLO. P.L, TL73
BERTONCINI A, VL24
BESSA MO, P148
BOARINI P202
BOARINI, C.R., P61; P202 P60
BOARINI, L.R. P61;P60
BOARINI, P., P61; P202; P60
BOCCA, AL TL123
BOLZAM-NASCIMENTO,R., P74; TL168; TL27
BOMBONATTO, A.P., TL194; VL18; VL19; VL20; P19
BONADIMAN, A, TL43; VL32; TL44
BONARDI MA, P31; TL119
BONARDI, R.A. P111; P112; TL167; TL26
BONATTO, M.W., TL150; TL181; VL30; P43
BONIN E, P31
BORBA MR, TL196; VL41;P87; TL183; P186
BORBA, M.F.G., TL77
BORBOREMA, J.F.V, TL118
BORGES JL, TL71
BOTREL SRS, TL09
BOTTINO, M.M. P128
BRAGA, A.C.G, P75; P190; V44; TL79 TL155
BRANDAO, AAR, TL100; P136; TL99
BRANDT CT, P162
BRASIL, A.M.S. P94
BRAZ, T. P P135
BRENNER, A.S. TL194
BRESSY, L.P., P147
BRITO HLF TL174
BROCHADO, M.C.R.T., TL183; P87; P186
BUCHEN GM TL163; P65; V46; TL02 TL121; TL179
BURGOS, V.M. P129; P130; P131; P132 P133; P134
BURIN, ELK TL126
C
CABRAL, P.H.O., TL07
CAETANO,L.C. P29
CAIADO, A.H.M. P27
CAIXETA, M.M., P24
CALHEIROS, J.P, TL69; P26
CALHEIROS, J.P.F, P198
CALIJURI-HAMRA, MC, TL25
CAMARA FILHO, J.P.P., TL77
CAMARGO, MA, TL111
CMARA, M.A.R, P36
CAMARA, M.R., TL186
CAMARGO, P195
CAMARGO, E.S. P100
CAMARGO, M.G. P10; TL162; TL59; TL61 TL52;
TL164;TL53
CAMPERONI, L.R.R. P21; V53
CAMPOS FG, VL24; VL43;VL42; TL03; TL04; TL133 VL01;
TL05
CAMPOS FGCM, VL54; TL25
CAMPOS, F.B., P73
CAMPOS, M.C.D, P138
CAMPOS, MH, TL44
CAMPOS-LOBATO, TL17; TL16
CAMPOS-LOBATO, L.F., TL18; TL19; TL112
CANDELRIA, P.A.P, P161; TL80; P01; TL81; TL157; TL166
CANEDO JA, TL63; TL64; TL65; TL96; TL97; TL115; TL139;
TL140; TL141; TL142; TL143; TL176; TL193; V47;
V49; VL16
CANGUSSU, C.C.T.A., TL24
CAPELHUCHNIK, P, P208; P161; TL157
CARDINALLI, I.A., TL29; TL30; TL31
CARDOSO FILHO, C.A.M., TL75
CARDOSO, E.F. TL24
CARDOSO, M.C.B., P09
CARDOSO, R., P108; P151; P152; P150
CARMO AM, TL180; TL73; TL72
CARMO, L. C. B., V51; VL08
CARMONA MZ, TL134
CARNEIRO JR, P. C., P47
CARNEIRO SS, P14; P15; P148
CARNEIRO, J.A. P03; P04; P16; P17 TL24; TL23
CARVALHO, A, P124
CARVALHO, A.C.M., P35; P137; P176; TL82
CARVALHO, C, VL26; VL27; VL28
CARVALHO, C.A., TL150; TL181; VL30; P43;
CARVALHO, GG, TL33; TL169
CARVALHO, J.B., P96
CARVALHO, L.P., TL132;
CARVALHO, L.Z.M., P87; P88
CARVALHO, MP, TL166; P208; P69
CARVALHO, P.J.P.C, P138
CARVALHO,G.G., P29; P28
CASTRO CAT, P67; P105; P121; TL40; TL70; TL101
CASTRO FILHO, D, P82
CASTRO FJG, P31; TL119; TL124
CASTRO ME, P167
CAVALLI, N TL150
CECCONELLO I P55; P209; P210; TL196; VL24; VL55; P136;
TL03; TL04; TL05; TL25; TL99; TL100; TL107; VL01;
TL98; VL54
CEDRO, R., P90; P124
CERRI, GG P27
CSAR, M.A.P., P52; TL175; TL94; TL93 P70
CHARTUNE, A.P.T., VL32
CHERUBIM FILHO, C.A., TL75
CHRISTIANO, A. B, VL10; TL137; VL11; VL12; VL13; VL14;
VL15; P18; P20; P73; P179; P189; TL28; TL48; P180;
P20; P23; P24
CHURCH JM, BURKE C, P159
CINTRA, A. A., VL12; TL137
CIQUINI, S.A. P06; P07; P62; P127 P164; P188
CLEMENTINO FILHO, A.C., P35; P137; TL82
CLOSS MCK, TL119
CODES, LMG, P76; P77; P78; P197 TL117; VL17; P25
COMUNE, CEV, TL52
CONCEIO TAA, P144; P145
CONCEIO, P132
CONCEIO, D. S, P129; P130; P131; P133 P134
CONDE, B.N.S.S. P185
CONSTANTINO, J.R.M, TL155
COOPE, A., TL60
COPETTI, LT, P39
140
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
CORDEIRO A, P84
CORDEIRO, DL, TL33; P29; P28
CORREA NETO, I.J.F., P83
CORREA PAFP, P173; P174; VL29
CORREIA, TL129
CORREIA, E. B., P72; P47
CRTES B. VL38
CORTES MGW, VL04; VL03; P171; P172; TL42; TL149; TL187;
VL02
COSER,R, TL04
COSME, SL, TL33
COSTA E SILVA, I. T. P33; P32
COSTA FB, P209
COSTA, F.P. P86
COSTA, J.H.G. P50; P158
COSTA, RP TL98
COSTA, SV, TL35
COSTA,C.B P106; P12; P149
COSTA,I.L. P74
COSTA,L.C.P., TL27
COTTI GC, P55; P210
COTTI, G, VL05; VL06; VL07
COTTI, VL55
COY C.S.R, P122; P123; TL103; P10; P107; P195; TL11; TL59;
TL61; TL162; TL60; TL164; TL51; TL111; TL126;
TL52; TL53
CREDIDIO AV, P192; TL06; TL120
CREDIDIO, L., TL11
CRISTIANO AB, TL34
CRUZ, P153
CRUZ, G.M.G. TL79; TL155; TL156; V44
CRUZ, J.V. P39; P155; P200; P38
CRUZ, S.H.A. TL06; TL07; TL80; TL81; TL157; TL184; VL08;
V51
CUNHA, PDP, P76; P77; P78; P197; TL117; VL17; P25
CUNRATH, G.S., P189; TL116
CURVO, EA, P44; P91; P157
CUTAIT, R, VL05;VL06; VL07; TL138
D
DA LUZ MOREIRA A., P159; TL78; TL153; TL197; TL18;
TL19
DA SILVA, J., VL09
DAINEZI MA, TL32; P85; VL26; VL27; VL28
DAMIN D TL01; TL21
DANIELE SAITO, P79; P80
DANTONIO ACC, P14
DAUD, D, VL05; VL06; VL07
DAVANO T, P122; P123
DAVILA WG, TL96
DE CARVALHO VILARIO, T. TL37; TL170
DE OLIVEIRA, L., TL104; TL105; P141
DEAK, E, P194; P204; TL182
DEBIASI, G.G., P100
DELFINO, A.B.M., P05; TL109
DNES, F.T., P92
DENOYA P, VL16
DIAS AR, TL196; VL43; P46; P92; VL01
DIB, B. K., P47
DIDOMENICO, B., TL132
DIEHL, DBA, P44; P157; P91
DIETZ, D., TL18; TL16
DINIZ, F. TL55; P66
DIGENES, CVVN, TL179; TL02; TL15; P165 P166
DMBM, P153
DOMINGUES, M.C.B., TL72; TL180
DOMINGUES, M.L.B, TL73
DOMINGUES, R.B, TL180
DUARTE, A., P193
DUARTE, H, TL125; TL45
DUARTE,R.M., P149
DUMARCO RB, VL43; VL41; VL42
DURSCKI, S.C. TL75
E
EDDEN Y, TL63; TL65; TL96; TL139; TL140; TL141; TL142;
TL176; VL16; V47; V48; V49
EDUARDA, M., P178
EPSTEIN, M.G., TL44; TL43
ESCALNTE, RD, TL91
ESSER,D.M, TL124
F
FAGUNDES J.J, P123; TL103; P10; P107; TL61; TL162; TL11;
TL59; TL60; TL74; TL111; TL164; TL126; P195;
TL52; TL53
FALCO, F.H.G. P98
FALCONE, A. B. M., P72
FALCONE,C.E., TL168
FALLEIROS V, TL36; TL37; TL170; TL171; TL172; TL178;
TL35
FANG, C. B., TL184; P01; P58; P59; P146; TL06; TL07; TL120;
TL157; TL49; TL50
FANG, CB, P69
FARIA MAG, TL127
FARIA, F.F, P75; P190; P22; TL79; TL155; TL156; V44
FARIA, MSM, P91
FARIA, P64
FARIAS, R, VL05; VL06; VL07
FARIS NA, P31
FAYAD,J.B. P12; P106; P149
FAZIO, V.W., TL18; TL19
FELIPE DAR, TL12
FEREIRA, L.S.M, P187
FRES O, P109; P110; V53; TL102; P125; P114; P21; TL88
FERNANDES, F.G., TL77
FERNANDES, G.O.S. TL84; P165; P166; TL15; TL173; V45; V46
TL148; TL179
FERNANDES, LC, P204; P45; P194; TL182
FERNANDES, LP, TL123
FERNANDES, T. B., P47
FERNANDES,JP, P70
FERRO, H.M., TL158
FERREIRA JNIOR, M, P81; P82
FERREIRA, A.S., P06; P07; P62; P127; P164; P188
FERREIRA, AAS, P44
FERREIRA, F.G., TL08; TL47; TL154
FERREIRA, F.S., P94
141
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
FERREIRA, J. C. L., P32
FERREIRA, J.M., TL151; TL44; VL32; VL35; TL43; VL33; VL34
FERREIRA, L. C. L., P33
FERREIRA, L.A., VL35; TL151; VL32; TL43; TL44; VL33; VL34
FERREIRA, L.R.F., TL75
FERREIRA, L.S.M, P147
FERREIRA, LSM, P02; TL13
FERREIRA, M. C, P135
FERREIRA, M.G.L.A, P100
FERREIRA, R.M.R.S., TL156
FERRERO, C. A., TL103
FERRI,C.E., P28
FERRO, O, P204; TL182
FERRO, OC, P194
FIGUEIREDO PHM, TL119
FIGUEIREDO, G.M.P., P05; TL108; TL109; TL110
FIGUEIREDO, M.N., TL85
FILHO JR, TL58
FILHO, ACC, P176
FILHO, F.A.G, P23; TL28
FILHO, J.G., P142; P183; P201
FILHO,EFA, P176
FILLMANN, HS, P154; TL68
FILLMANN,EEP, P154
FILLMANN,LS, P154
FIORENTIN, J.Z. P09
FLAMINI JR M, TL127
FLORES, I.A., P51
FONOFF, A.M., TL157
FONSECA FILHO, LL, VL34
FONSECA LM, P143; TL129
FONSECA MFM, P40; P67; TL40; TL122
FONSECA, D.S., P130
FONSECA,F.E., TL159
FONTENELLI,T.L.M., P74
FORMAGGINE LA, P41; P140; P42; P113; P191; P198; TL69 P26
FORMIGA GJS, P40; P67; P104; P105; P121; TL40; TL70 TL71;
TL101; TL122
FORMIGA, F.B. P01; P161; P58; P59; P146; TL06; TL07; TL08;
TL80; TL120; TL157; TL81; TL49; TL50; P69; TL185;
TL188; P192
FORMIGA, G.S., P102
FRAGA, R., TL83
FRANA, M.A., P50
FRANCISCO FFT, P144; P145
FRANZINI MFZ, TL180; TL73; TL72
FREITAS, C.D., TL83; TL114; P66; P103; P196; TL14; TL55
TL57; TL165; P71
FREITAS, D.P., P13; P203; P68; TL05
FREITAS, LAM, TL123
FREITAS, M.O.S., P04; TL24; P03
FREITAS, TM, P48
FRIAA, AMV, P44; P157; P91
FRULANI DE PAULA, L.B., P127
FUJIWARA, R.T., P60; P61; P202
FURHMANN NETO, M., P83
FURLANI, L.F., P111; P112; TL26; TL167
G
GABRIEL, A.G., P184; P185; P94; P95 P96
GABRIEL-NETO, S., P184; P94; P95; P185; P96
GALLO, A.S., TL08; TL154
GALVO VA, P93
GALVO, N., P90; P193
GALVAO, R.A. P147
GALVAO, RAR P02
GAMA TCG P140
GAMA TLCG P41
GAMA, T. L. .C. P42
GARCIA SLM, TL09
GARCIA, A.C.A.B., P83
GARCIA, R. L. S., P72; P47
GARCIA, R.F., TL77
GARCIA, R.L.S., P21; V53
GEISLER D., TL153; TL197; TL17; TL18; TL19
GHELLER, A., P158
GHELLER, A.G., P50
GHORAYEB,N.M., TL160
GIBRAN L, TL146; VL23
GIL, M.V.F., P83
GIMENEZ, F. S. P33; P32
GMG P153
GODIM, A.C.N., P46
GODINHO LS, VL25
GOECKS, S. P178
GOES, L.V.Z.S. P137; P35
GOMES DA CRUZ, G.A P75
GOMES DA CRUZ, G.M, P22; P190
GOMES DA SILVA R P93; TL128; TL129; P143; TL152
GOMES EGA, P205
GOMES, P153
GOMES, C.H.R., P16; P17; TL23
GOMES, C.M.C.N., TL154; TL47
GOMES, D.M.B.M., P64
GOMES, J.W.F., TL118
GOMES, M.A.P., TL158
GONALVES FAF, TL34
GONALVES FILHO, F.A., TL48; P189; P179
GONALVES LF, TL22
GONALVES, J.C.N. P05; TL108; TL110; P113
GONALVES, S.O., TL158
GONDIM, A.C.N., P92
GONDIM, F., P89; P90; P124; P193
GONTSCHAROW,S., TL159; TL36; TL37; TL170; TL171;
TL172; TL178; TL161; TL35
GRACIOSA, K, TL26; P111; P112; TL167
GRECA,F.H, TL124
GUERRA GMLR, TL20
GUERRER, L.V., P23
GUILGER, NR, P136; TL99; TL100; TL98 TL177
GUILHERME, TL03
GUIMARES, A. G. D. P., P32
GUIMARES, A.C., TL75
GUIMARES, P.R., TL113
GUIMARES P33
GUSMO,C.C., P74
GUSMON C.C. P188; P06; P07; P62; P127; P164
H
HABR-GAMA, A. TL72; TL73; TL180
142
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
HADDAD, G.F., P83
HAMAOUI, F.H. P43
HAMAOUI, M.H. P43
HANAN B, P93; TL128
HASIMOTO, C.N., P34
HEUSER G TL01
HIANE, L., P181; P199; V52; P79 P80
HILARIO-FREITAS, A.A., TL38; V50
HOFFMANN, A.L., P56; P57
HOLANDA, E.C. TL173
HORTA SHC, P40; TL185; TL188
HOSSNE, R.S., TL39
HYPPOLITO, M VL05; VL06; VL07
I
IMPERIALE, AR, TL03; TL04; TL05; TL133 VL01; TL25
INGRUD, J.C., P60; P61; P202
ISAAC RR P14; TL12; TL92; TL20
ISHIE, E. TL14; P71
J
J M MARTINHO, TL130; TL131
JACOMINI C, P109; P110; TL102; P114 P125; P21
JAWORSKI,P.E.D., TL27
JESUS EC, P182; P139
JESS T. P.J., P211
JILL CG, V48
JOAQUIM SIMES, P79; P80
JORGE JUNIOR, S., P47
JORGE, J.M.N, TL107; P136; TL99; TL100; TL98
JUC MJ, P205
JUNGES,K.T., P12; P149; P106
JNIOR JRG, P41
JUNIOR, A.B., TL151; VL31; VL32; VL35
JNIOR, J.R.G, P113
JUNIOR, TS, P182
JURADO, E., TL186
JUSTO CRE, P162
K
KAGOHARA, O., P181; P199; V52; P79; P80
KAISER JR RL, TL127; TL127
KALADY, M.F, TL18; TL19; TL17
KALUME,FA, P53; P54; P99
KAMCHEM, A., TL77
KANNO, D.T., TL29
KAOULE AS, TL12
KASKUS, L., TL186
KAWAMOTO FM, VL24
KAYAT, H.C.G.S., P59; P146; P161
KENMOTI, TL163
KENMOTI, V.T., P165; TL84; V46; TL02 TL148; TL179
KIELING PJ, TL01; TL21
KIRAN PR, TL112
KIRAN R., TL153; TL 197; TL78
KIRSH J, TL143
KISS, D.R., P115; P116; P117; P118; P119; TL05; TL25
KISS, R.K, TL107
KLIEMANN LM, TL21
KLUG WA, P192; TL120; TL92; P01; P58; P59; P146; P161;
TL06; TL07; TL80; TL81; TL157; TL184; TL50; P69;
P208; TL166
KNEIPP, A., P101
KOSZKA, A.J.M., TL08; TL47; TL154
KOTZE, L.M.S., TL54; TL55; TL57; P102
KOTZE, P.G., P196; P66; P103; TL14; TL54; TL55; TL57;
TL83; TL114; TL165; TL56; P71; P102
KOTZE, P.R., TL113
KOTZE,L.M.S., P103
KRETZMANN,N., TL68
KUGA, R, TL04
KUMAR, A, TL198
KURACHI G, P14; P15; P148; TL86; TL92; P97
L
L H TAUIL, TL130; TL131
LACERDA FILHO A, TL134; VL03; VL04; P172; TL128; TL129;
P175; TL152; P76; P77; P78; P197; TL117; VL17; P25
LAMOUNIER PC, TL134
LAMOUNIER, P.C.C., P171; TL42; TL149
LANDIM,B.B., V45
LANNA, D., TL156
LAUAR MV TL87
LAVERY I., TL78; TL19
LAVERY, I.C., TL18; TL16
LEAL R.F, P122; P10; P107; TL11; TL59; TL61; TL162; TL60;
TL111; TL164
LEAL, T, P191
LEAL, V.M. P13; P68; P203; TL91
LEAL,RF, TL51; TL52; TL53
LEAL,T, P26
LEE, H. D., TL103; TL126
LEE, SW, TL135; TL136
LEITE APTM, TL87
LEITE PCCA, P14; P15; TL12; TL86
LEITE, P153
LEITE, S.M.O, P75; TL79; V44; P64; P08
LEMOS RS, P162
LIBLIK, S.A., P66
LIMA MA, P40; P105; TL40
LIMA, D.M.R, TL150; TL181; VL30; P43
LIMA, R.G.M., TL116
LIMA-JR, A.C.B, P75; P190; P22
LIMA-JNIOR A.C.B., TL79; TL156; TL155
LIMA-JNIOR, A.C., V44
LINO JNIOR, RS, TL123
LINS, R.L., TL186;
LINS, R.R., TL158
LIORCI MP, P105; P121; TL122;
LISSA, F. VL09
LLANOS JC, TL189
LMAOUNIER, P.C.C. TL187
LOBO EJ, P174
LOKESHA H.M., TL 198
LOPES C, TL71
LOPES F, TL09; TL134; VL03; VL02; VL21; VL22; TL144
143
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
LOPES FQ, TL187; TL42; TL149
LOPES MC, P31
LOPES, LR, TL111
LOPES, M.V.C.O., P35; P137; TL82
LORENA FA, P205
LOSSO,G.M, P11
LOUSA LR, TL58; TL86; TL87
LUIZ FERNANDO NR, VL38
LUPINACCI, R., VL32
LUPINACCI, R.A. VL31; TL151; VL35; TL43; VL33; VL34
LUPORINI RL, TL34; P18; P20; P73 P179; P180;P189 TL28;
TL48; TL116; P20; P23; P24
LUQUETTI, A.O., P94; P95; P96
LUZ MMP, P93; TL152; TL129
M
MACAGNANI TM, TL127
MACEDO AP, TL09
MACHADO RM, P41
MACHADO, A. M., O, P135; P134
MACHADO, A.B., P05
MACHADO, M.C.C., P86
MACHADO, R. B., TL103; TL126
MACHADO, R. M., P42
MACHADO, R. R., VL13
MACHADO, SP, P126
MACHADO, SPG, TL178; TL35; TL36; TL37; TL161; TL170;
TL171; TL172; TL159
MADARAS, E.J., P87; TL183
MAGALHES, J.P., TL108; TL109; TL110
MAGNO, J.C.C., P05; TL108; TL109; TL110
MAGRI, K.D., P01; P59; P146; TL80; TL81; TL49; TL50 P69
MAGRO, L.I., P100
MAIA C., TL144
MAIA JR, C.L.S. P08
MAIA, C., VL21; VL22
MAIA, F.J.S., P101
MALDAUN, D., P107
MALDONADO, G P19; TL194; VL18; VL19; VL20
MALETZKE, A. G., TL103
MALHEIROS A.P.R, TL180; TL72; TL73
MALUCELLI, T.O., P169
MANSUR ES, TL134; VL04
MANZIONE ,CR, TL35; TL36; TL37; TL170; TL171; TL172;
TL178; TL161; TL184; P126; TL160; TL185; TL159
TL188
MANZIONE, T.S., P58; TL185
MARCHIORI JR, M.A., VL10; TL137; VL11; VL12; VL13; VL14;
VL15
MARCIANO MR, TL34; P18; P20; P73; P180; P189; TL28;
TL48; TL116; P20; P23; P24
MARCIANO, R.L., P179
MARENO J, TL193
MARIANELLI,R TL170
MARINS SGR, P167
MARQUES CFS, P210; TL196; VL54; P55; P186; P27
MARQUES GS, P109; P125; P110; P21; P114; TL88; TL102
MARQUES JR OW, P173; P174; P170; VL29
MARQUES, R.M., P56
MARQUES, R.R., P57
MARRONI, N.A.P., TL68
MARTINEZ, C.A.R., TL29; TL66; TL67; TL30; TL31
MARTINEZ, N.P., TL29; TL31
MARTINI J, TL20; TL58
MARTINS, J.F., P196; TL14; TL113; TL114
MARTONE D, P31
MARZAN, L.A.R, P138
MATOS, B.M.R., P125
MATOS, D, TL182; P45; TL177
MATSUO, C.Y., P34
MATTOS BMR, P109; P110; P114; TL88; P21; TL102
MAXIMIANO, L.F., P87
MXIMO, F.R., TL66; TL67
MAZURKIEWICZ, G, P90; P124; P89; P193
MAZZON, S.R.R. TL39
MCLEMORE E, TL65
MEDEIROS, B.A., TL88
MEDEIROS, S. G. G. A. M.; P32; P33
MELANI, A.G.F., TL15
MELCHIORETTO, EF, TL26
MELO APSA, P148; TL20; TL86; TL87
MELO MR, P162
MELO, A.P.S.A., P51; P97; TL58
MELO, A.R., P158
MELO, M.M.C., P179; TL28; TL48; P20
MENDES, C.R.S, P187; P35; P163; P147; TL82; P137; P02;
P176
MENDES, G.N., TL151; VL31; VL32; VL35; TL43; TL44; VL33
VL34
MENDONA, M.Q., P184
MENDONA, R.S., P98
MENEGATTI, J.E.A., TL77
MENEZES, A.D., TL07
MESQUITA, E., P202; P60; P61
MESQUITA,JR., P163
MEURRER, R TL125; TL45
MG, LEAL, R.F., P195
MICHELIN, O.C., TL39
MICHELS, R, TL161
MIGNANELLI, E.D., TL16
MILANSKI, M. TL60
MILLO, F.Q. P168
MILSOM, JW, TL135; TL136
MIQUELIN, A.R., P73; P180
MIRANDA AC, P167
MIRANDA AM, P41; P140; P42; P191; P26
MIRANDA EM, P81; P82
MIRANDA, A., P178
MIRANDA, D.D.C., TL30; TL31; TL67
MIRANDA, E.F., TL14; TL55; TL57; TL113; TL114; P71
MNDES, CRS, TL13
MOLINARI, A, P45
MONTEIRO, V.A. P03; P04
MONTEMR NETTO, M., P108
MONTEMR NETTO, M.R., P150; P151; P168; P152
MONTERMOR NETTO, P169
MORAES FO, A. R. V., P72
MORAES, A.C. TL56
MORAES, GF, P48
MORAES, J.C. TL60
MORAES, SP, VL39; VL40; TL27; TL168
MORAIS CA, P209
144
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
MORAIS, J.G, TL69; P113
MOREIRA H, TL20; TL92
MOREIRA JPT, P15; TL20; TL58; TL92; TL87
MOREIRA JR H, P148; TL20; TL58; TL86; TL92; TL87
MOREIRA, APP, TL74
MOREIRA, TC, TL102
MORELLI, U., TL162; TL51
MORENO Y.M.F, P122; P123
MORIOKA, C.Y. TL41; P86
MORY EK P30; TL145; TL147; P84; TL146; VL23; P186
MOTA CC, TL32; P85; P37; P206; P207
MOTA NC, P14; TL20; TL12; P51; P97
MOTA, R.D., P16; P17; TL23; TL24
MOTA, R.S., P24
MOURA, P157
MOURA, DN, P44; P91
MURAD REGADAS SM, TL97; TL142; P65; TL63; TL64;
TL163; V45; P166; TL15; TL84; TL173; V46; P165;
TL148; TL02; TL121
N
NADAL SR, P126; TL185; TL184; TL188
NAGEL, J. P05
NAGME, L.O, P36
NAHAS CSR, P209; P210; TL196; VL54; P55; VL41; P27
NAHAS SC VL43; VL55; P209; P210; TL196; VL24; P55; VL41;
TL107; P46; P92; TL76; P27; P136; TL04; TL05; TL25;
TL99; TL100; TL133; VL01; TL98; VL42
NAHAS SN, VL54
NAHIME, CB VL33
NARITA K, TL115; TL140; TL143
NARVAES, E.M., P18
NASCIMENTO VBQ, P144; P145
NASCIMENTO, C.A.B., P52
NASCIMENTO, RB, VL39; VL40
NEIVA AM, P93; TL128; TL152
NETINHO JG, TL34; P18; P20; P23; P24; P73; P179; P180;
P189; TL28; TL48; TL116
NETO, IJFC, TL33; P28; TL169
NETO,I.J.F., P29
NEVES, P.M., TL156
NIELSEN FILHO,R., P74
NIGRO R, P84; TL145; TL146; TL147; VL23; P30
NISHIMOTO E.I., P188; P06; P07; P62; P127; P164
NIZ, MAK TL126
NBREGA, A.C., P49
NOGUEIRA, FR, TL121
NOGUERAS JJ, TL64; TL65; TL139; TL140; TL142; TL176
NONOSE, R., TL66
NORMANHA, A.L.N.R., TL88
NORONHA,L TL124
NOVAES, F.T., P34
NUNES, C.L.S, TL109NUNES, T.A., TL38
NUNES. C.M.L.S., TL108
O
OBA, V.S., TL118
OCAMPOS, TL03
OLANDOSKI, M., TL54
OLIVEIRA EC, P14; TL12; TL58
OLIVEIRA FILHO, JJ, VL39; VL40; TL27; TL168
OLIVEIRA JR., O, TL135; TL136
OLIVEIRA TA, VL02; VL03
OLIVEIRA TAN, TL09; TL134; VL04; P175
OLIVEIRA, A.P.F.A., P101
OLIVEIRA, CC, TL93
OLIVEIRA, E.C., P184; P51; P97; P94; P96; P185; P95
OLIVEIRA, F.A, P198; TL123
OLIVEIRA, L.M.P., TL15; TL84; TL173
OLIVEIRA, M.C., P50
OLIVEIRA, MVC, P176
OLIVEIRA, P.G., P49; P142; P183; P201
OLIVEIRA, P.S.P., P10; P195; TL61; TL162; TL59
OLIVEIRA, PG, TL123
OLIVEIRA, PSP, TL111; TL164
OLIVEIRA, R.G, P75; P190; P22; TL79; TL155; TL156; V44
OLIVEIRA, T. F., P72
OLIVEIRA, T.A., P172
OLIVEIRA, T.A.N., P171; TL42; TL149; TL187
OLIVEIRA,L.F., P74
OLIVEIRA,PSP, TL51; TL52; TL53
OLIVEIRA.A.C., TL159
OMES, M.A, P36
ORREA, P, P170
ORTIZ, J.A., TL80; TL81
ORTOLAN, G.L., P169; P108
OTHBARTH, W.W., P57
OTOCH, J.P., TL183; P88; P186
OVIEDO M, TL193
OYA V, P123; P122
P
PACCOS JL, P173; P174; P170
PACHECO NETO, A.F. P151; P19
PACHECO, A.F.N. VL19; VL20; TL194; VL18
PADILHA JA, P167
PADILHA, J., P178
PADILHA,M.A., TL168
PAES LEME FM, P139
PAES,L, P70
PAESE A., TL32; VL26; VL27; VL28 P85; P207; P206
PAESE,A, A,JF, P37
PAIM, S.M.M, TL72; TL180; TL73
PAIM,O, TL45; TL125
PAIVA RA, TL09; TL134
PAIVA, C.R., TL39; P187
PAIVA, R.A., P172; P171
PALLONE, G., TL195
PANDELO AP, P140; P191
PANDINI, LC, TL133
PANHOCA, R, VL34
PANTANALI, C, P204; TL182
PANTANALI, CAR, P45; P194
PARESOTO JCR, P81; P82
PARIZOTTO, JF, P154
PARRA RS, P109; P110; P114; P125; TL88; V53
PASSOS, MPS, TL175
PAULA, C.A.D, TL107
145
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
PAULA, H.M., TL76
PAULA, P.R., P52; P70
PEBALIN, M.L.P., P180
PEDRO,M.J., P74;
PEDROSO, M.A., TL44; TL151; VL31; VL32; VL35; TL43; VL33; VL34
PEIXOTO, T.B., P130
PELOSI, A., TL10
PENNA, W.N.B., TL38
PEREIRA FILHO, D.S. P86
PEREIRA RP, P167
PEREIRA, G.B, P39; P155; P200; P100; P38
PEREIRA, HM, P48
PEREIRA, J.A., TL29; TL30; TL31; TL66
PEREIRA, J.J.J., P50; P158
PEREIRA, J.J.R., P158; P50
PEREIRA, M.A.B, P34
PEREIRA, T.S., TL132
PEREZ, RO, TL04; TL03
PERRONE ME, TL127
PESSOA, R., TL95
PETERSON TV, TL96; TL97; V47
PETROSEMOLO RH, P140; P41; P42; P113; P191; P198
PETROSEMOLO, R.C, P26
PHILIPPI, A.L. VL09; P09
PICCOLO A, TL127
PINHEIRO, D.V., P88; P87
PINTO E.A.L.C, P122; P123
PINTO RA, TL63; TL64; TL65; TL97; TL139; TL140; TL141;
TL142; TL143; TL176; TL193; VL16; V47; V48; TL11
PINTO, A.R., P158
PINTO, S.A., P184; P185
PINTO, T.D.A., P184
PIRES, C. S., TL137; VL11; VL12; VL13 VL14; VL15
PIRES, C. VL10
PODGAEC, S., VL29
POLLARA W, P210; TL196; VL54
POLLARA WM, P209; P55
POLLARA, VL55
PONCE, F., P71
POPOUTCHI P, P173; P174; P170; VL29
PORTOVALES,M.O, P106; P12; P149
POSWAR, F.O., P04; P03
POZZI, R., P178
POZZOBON BHZ, P40; P104; P105; TL40; TL70; TL101; TL122
PRADO EN, VL25
PRETE, P. R., P72
PRIETO FG, P148; TL86; TL87; P51; P97
PRIMO, C., P50
PRIOLLI, D.G., TL29; TL30; TL31; TL66; TL67
PROFETA DA LUZ MM, TL128
PRONTY K TL112
PRUDENTE ACL, TL62; TL89; TL90; TL174
PUCHALSKI ,A.K. P150; P108; P152
PULIDO KCS, P209
PUPO NETO, J.A., P128
PYRAMO, L, VL21; VL22; VL38; TL144
PYRAMO, L.M., VL36; VL37
Q
QUADROS LG, TL127;
QUEIROZ, M.L.B., TL49; TL50
QUINTANILHA, A.G., TL76
QUINTAS,C.M.S, P12
R
RABELO FEF, TL46
RAMACCIOTTI FILHO P, TL40
RAMACCIOTTI FILHO PR, P67; TL7; TL71; TL101
RAMACCIOTTI FILHO, P105
RAMOS FM TL62; TL89; TL90; TL174
RAMOS, A.P., TL162
RAMOS, F.F., P184
RAMOS, G.C. P95; P96
RATDKE, M.C., P83
RAWET, V., TL76
REGADAS FS, TL63; TL64; TL97
REGADAS, F.S.P. P166; P165; TL15; TL84; TL173; V45; V46;
TL121; TL02; TL148; TL179; TL91; P65; TL163
REGADAS, M.P., V45
REGADAS-FILHO,F.S.P. V45
REGADS,SMM, TL91
REINA, J.H.N., P88
REIS AS, P209
REIS JNIOR, P79; P80; P181; P199; V52
REIS NETO, P79; P80; P181; P199; V52
REIS, L.D.O., TL75
REIS, L.F., P98
REMZI FH, TL112; TL19
RENTIN, J., VL09
RIBEIRO DA ROCHA, J.J., P125
RIBEIRO FJC, P65
RIBEIRO JGS, TL161
RIBEIRO MLR, P65
RIBEIRO, F., P89; P90
RIBEIRO, F.J.C. P166; TL173; TL02; TL121; TL179
RIBEIRO, M.A., TL08; TL47; TL154
RIBEIRO, M.C.A., P20
RIBEIRO, M.L., TL30; TL31; TL67
RIBEIRO, T.B., TL85
RIGHETTI AEM, P109; P110; P114; P125; TL102
RIGHETTI, A.E., TL88
RIGHETTI,A.L.M., P21
RIGO R, P31
RIGUEIRO, MB, TL169
RISSO, A.C.M.C.R., TL39
ROBLES, L, TL33; TL169; P83; P29; P28
ROCHA JJR, P109; P110
ROCHA, G.B., TL07
ROCHA, H.A., P96
ROCHA, J.G., TL113
ROCHA, J.J.R, P21; P114; TL88; TL102; V53
ROCHA, K.G., TL157
ROCHA, M.S.R., P27
ROCHA, R.P., P151; P152; P95
RODRIGUES EA, TL32
RODRIGUES LV, P65; TL163
RODRIGUES, D., P178
RODRIGUES, E.A., VL26; P85; VL27; VL28
RODRIGUES, F.G, P190; P22; TL79; TL155; TL156; V44
RODRIGUES, F.R, P75
146
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Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
RODRIGUES, L.C.O., P120; P115; P116; P119; TL76; P117;
P118; P136; TL99
RODRIGUES, L.V., P165; P166; TL15; TL84; TL173; V45; V46;
TL02; TL121; TL148; TL179
RODRIGUES, M.R., P168
RODRIGUES,EA, P37; P206; P207
ROJA, RH, P54; P53; P99
ROLIM, AS, TL33; TL169
ROLIM, E.G., TL49; TL50
ROLIM,A.S., P29; P28
ROMAGNOLO, L.G.C., TL168; P74; TL27
ROMAGNOLO, LG, VL39; VL40; P53; P99
ROMAN, A., P202; P61; P60; P210
RONCHI LS, TL34; P18
RONCON DIAS, A., VL41; VL42
ROSA DL, P192
ROSA, V.F., P49; P142; P183; P201
ROSEN L, TL115
ROSIM, E.T., P10
ROSSINI GF, P173; P174
ROTHBARTH, W.W., P56
ROTTOLI M., TL153; TL 197
RUEDIGER, R.R., TL194
RUIZ DE, TL139
S
S,M.A.G.S., P12
SAAD HOOSNE, R P34
SAAD PATIN, C., P150
SAAD, D., P150
SAAD, L.H.C., P34
SAAD, SS P204; TL182; TL177; P45 P194
SAAD-HOSSNE R, TL190; TL189
SAGAE, L.M.T., TL150
SAGAE, U.E., TL150; TL181; VL30; P43
SAITO D., P199; P181; V52
SAKAE F TL146; VL23
SAKAMOTO, T., P86; TL41
SALA, FC, TL98
SALLES, R., TL85
SALLES,VJ, P54
SALLES,VJA, P53; P99
SALUM, MR, TL177
SAMPAIO, R., P46
SANDOVAL, E.G.B, P37; TL32; P85; VL26; VL28; P206; P207
SANDS DR, TL193; TL97
SANFELICE, F, TL45
SANTANA MS, TL62
SANTANA RM, TL89; TL90; TL174
SANTIAGO RR, TL62; TL174
SANTO, GFE, P44
SANTOS , M. A., VL21; VL22; TL144
SANTOS FRO, P144; P145
SANTOS, A.A., P94; P95
SANTOS, A.S.M., P128
SANTOS, D.N, P129; P130; P131; P132; P133; P134; V50
SANTOS, H.B.H., P64
SANTOS, M.A.M., P08
SANTOS, M.F., TL08
SANTOS, M.F., TL47; TL154
SANTOS, R.M.R., TL82; P176
SANTOS, T. A, P129; P133; P132; P131; P134
SANTOS, T.F., TL77
SANTOS, V.M.L., P88
SAPUCAIA, R.A., P147; P187; P02; TL13
SARPE,AK, P54
SARTOR, M.C., TL113; P111; P112; TL26; TL167
SATO AR, TL128
SCALDINI,A.S., TL27
SCANAVINI, A., TL72
SCHIRMER D, TL01; TL21; TL22
SCHLENSTEIN, HP, P136; TL99
SCHLINDWEIN, R.F., P100
SCOLARO, B.L., P100
SCOLARO,B, P154
SEID, V, VL01
SEID, V.E., TL188; TL03; TL04; TL05; TL25; TL133; TL185
SEITENFUS, R., TL132
SENA, V50
SENA, J. L., P89; P124
SEO C, V47
SEREJO T, P139
SRGIO BANCI, P79; P80
SEV-PEREIRA, G, VL39; VL40; TL27; TL168
SHAWKI S, TL140; TL143
SHIH SS, TL96; TL176; VL16; V47; V49
SHIRATORI, A.I., TL181; VL30
SIA ON, TL46
SIEBRA JAG, TL163; TL148; P165; P166
SILVA E, P148; TL65; TL96; TL141; TL142; TL143; TL176;
V48; V49
SILVA E, TL115
SILVA, A.Z. TL76
SILVA, AAM, P76; P77; P78; TL117; VL17; P197; P25
SILVA, C.M., P94
SILVA, D.B.L., P56; P57
SILVA, E.J., TL158; TL10
SILVA, F, VL05; VL06; VL07
SILVA, F.B., P13; P203; P68
SILVA, F.F.A, P35; P137; P176
SILVA, F.R.S., TL84
SILVA, I.G., TL155
SILVA, J.A., P04; P16; P17; P03, TL23
SILVA, JH, P136;
SILVA, JR.J.F., P09;
SILVA, L.F.H., TL110;
SILVA, L.F.R., TL109
SILVA, P.T.D., P96
SILVA, R. B. F., VL08; V5
SILVA, RF, P48
SILVA, S.C., TL108; TL110
SILVA, S.M., P183
SILVA,A.F., TL159
SILVA,F.F.A., TL82
SILVA,FPA, P70
SILVEIRA, WM, TL121
SIMES, J., P199
SIMES, A.A., P100
SIMES, J., P181; V52
SINARA LEITE, TL144
SIPRIANI JR LV, TL34; P18; P179; P189; TL28; TL48; TL116
P23; P24; P73; P180; P20
147
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
SMO, P153
SOARES,G.S.D., V45
SOARES,PD, P54; P53; P99
SOBRINHO EFSS, P15
SOLAK, C.R., P169; P108; P151; P152; P168; P150
SONODA, T, TL135; TL13
SORBELLO AA, VL25
SORBELLO MP, VL24; VL25; P46
SOUSA FJA, P65; TL163
SOUSA JR, AHS, TL03; TL05; TL133
SOUSA, F.J.A., TL173; V46; TL02; TL148
SOUSA, J.B., P142; P183; P201; TL123
SOUSA,C.R., P12
SOUSA,RP, P53; P54; P99
SOUSA-NETO, A.T., P185
SOUZA, P31
SOUZA FL, P143
SOUZA JR., N. VL15; TL13
SOUZA MT, P139
SOUZA VCT, P81
SOUZA, C.M., P05; TL110; TL108; TL109
SOUZA, ELQ, P76; P77; P78; P197; TL117; VL17; P25
SOUZA, F. TL56
SOUZA, FZ P02
SOUZA, G. G. C., P201; P49; P142; P183
SOUZA, GRMR, TL161
SOUZA, J.A.S., P35; P137; P176
SOUZA, L.I.D., P95
SOUZA, M.T.G., TL186
SOUZA, MCT, P182;
SOUZA, MM, P157
SOUZA, RFL, TL33; TL169
SOUZA, VCT, P82
SOUZA,C.R, P149
SOUZA,R.F.L., P29; P28
SPADARI, A.P.P., TL66; TL67
SPARVOLI AC TL01; TL21; TL22
SPARVOLI J TL01; TL22
STAUT, JG, TL164
STECKERT FILHO, A., TL57; TL14; TL55; TL165
STECKERT J.S., TL83; TL14; P66; P103; P196; TL57; TL114;
TL165; P71; TL113
STECKERT, A.S., TL113
STEIN, SL, TL135; TL136
STOCCHI, L., TL17; TL18; TL19
SURIM WS, TL163; P65; P165; V46; TL121; TL148
SZUTAN, L.A., TL08; TL154; TL47
T
TAKEDA FR, P210; VL55; P55
TAKEDA, VL54
TANAKA, T.M., VL30; TL150; TL181; P43
TAZAWA, K., P86
TEIXEIRA CR, TL22; TL21
TEIXEIRA FV, TL189
TEIXEIRA H.M. P09; VL09
TEIXEIRA, M.G., P115; P117; P119; TL72; TL73; TL76;
TL180; P116; P118
TELLES, J.E.Q, P11
TERCIOTI JR., V.; TL137; VL10; VL11; VL12; VL13; VL14; VL15
TIBRZIO NB, P81; P82
TODESCHI, C.M., V50
TOMMASO, C., VL08; V51
TONUS,M., P52
TOREJANE, D., TL194
TORRES FAP, TL62; TL89; TL90; TL174; TL90; TL62; TL89;
TL174
TORRESINE RS; TL22
TORRES-NETO JR, TL62; TL89; TL90; TL174
TRECE, R, P198; TL69
TRENCHEVA, K, TL136; TL135
TROTTA, A.C., VL20
TSUCHIYA, R. S., P43; TL150; TL181; VL30
TSUKADA, K., TL41
U
UC GHOSHAL, TL198
UEMURA, LA, TL175
V
VALARINI, R, P19; TL194; VL18; VL19
VALER, C, P154
VALIATTI, B.B., P38
VALIATTI, F.B., P38
VALLE JR. HN, TL46
VARGAS GS, TL01; TL21; TL22
VARONI, A.C.C., P06; P07; P62; P127; P164; P188
VARONI, L.P.C., P07; P164
VASCONCELLOS, C. R., VL11
VASCONCELOS, PF, P48
VASCONCELOS, R.S., P128
VELLOSO, L.A., TL60
VEO, C.A.R., TL15
VERAS, LR, TL91
VERAS,L.B., P166
VIANA JKB, P15
VIANNA KCM, TL119
VIDAL MAN, TL89; TL90
VIDAL, R.S.R., P83
VIDILLI-PEREIRA, E.A., P06; P62; P127
VIEIRA GHA., TL32
VIEIRA JR, P145; P144
VIEIRA, A., TL49; TL50; TL56
VIEIRA, E., TL95
VILARINHO, E.B., TL118
VILARINO, TC, TL161; TL35; TL36; TL37; TL171; TL172;
TL178; TL170; TL159
VILELA M.M.S, P122; P123
VITAL, S., V50
VIVAS D, V48
VOGEL J., TL153; TL197
VOGEL, J.D., TL112
VORENBERG A, TL193
W
WAINSTEIN, A.J.A., TL38
148
Vol. 29
Supl. n 1
Rev bras Coloproct
Setembro, 2009
WATT, HH, TL33; TL169; P29; P28
WEISS EG, VL16; V49; TL63; TL64; TL115; TL139; TL140;
TL141; TL142; TL143; TL176
WELLS B, TL112
WESNER SD, TL141
WESTPHALEN, A.P., TL77
WEXNER SD TL63; TL64; TL65; TL96, TL97; TL115; TL139;
TL142; TL143; TL176; V47; V48; TL193 VL16
WICK,E., TL112
WU, F. C., TL103; TL126
WURMBAUER, I.S., P142; P201
Y
YAMAGUCHI, G.S.A., TL118
YAMAGUCHI, N., TL118
YUSUF, S.A.Y, TL107
Z
ZACHETTI, M. TL137; VL10
ZIBETTI, G, P36
ZOGBI L TL01; TL21
ZORZIM, R.Q., P185
ZUCOLOTO,F.J, TL124