Apostila TGI2 - Intestinos Delgado e Grosso
Apostila TGI2 - Intestinos Delgado e Grosso
Apostila TGI2 - Intestinos Delgado e Grosso
Gases Intestinais e Flatulência (Krause) Tratamento Nutricional dos Gases (Krause, 2010)
Os gases intestinais incluem N2, O2, CO2, H2 e, em O movimento de gases em direção ao intestino
alguns indivíduos, CH4 (metano). delgado proximal e além pode ser reduzido por refeições
altamente calóricas e ricas em lipídios. A excreção mais
Cerca de 200ml de gás estão presentes no TGI e os lenta, ou gases retidos, contribuem para a percepção da
humanos excretam em média 700ml de gás ao dia, mas distensão. Desta forma, é indicado o consumo de
estes volumes podem variar bastante. Os gases refeições com poucas calorias e pobre em lipídios para
conduzidos para dentro do TGI (engolidos) ou produzidos ajudar o movimento de gases do trato GI superior e o
nele podem ser absorvidos na circulação e perdidos na movimento e o exercício podem ajudar a expelir os gases
respiração, expelidos através da eructação ou passados através de eructações e eliminação retal.
retalmente.
Constipação
A queixa de flatulência pode decorrer de:
Quantidade aumentada de passagem de gás; Conceito (Krause, Cuppari, Chemin 2011):
(eliminação de flatos retais e eructações)
Distensão abdominal ou cólica devido ao acúmulo de É uma condição na qual: o indivíduo:
gases no TGI superior ou inferior. - defeca fezes duras,
- faz esforço para defecar e
O intestino delgado apresenta menor tolerância aos - os movimentos intestinais não são freqüentes.
gases do que o cólon, e a distensão pode causar dor.
Segundo Chemin (2011), de acordo com o Comitê de
As causa da flatulência são: Roma, para poder ser considerado constipado, um
paciente deve preencher dois ou mais dos seguintes
TGI superior: critérios:
- engolir ar e, - dificuldade em 25% das defecações
- em menor extensão, reações químicas que ocorrem - sensação de evacuação incompleta após 25% ou mais
durante a digestão dos alimentos. das defecações
- fezes duras ou caprinas em 25% ou mais da evacuações
Poucos gases engolidos chegam ao cólon e altas - menos de 3 evacuações semanais
concentrações de N2 e O2 nos gases retais são resultantes
de aerofagia. O peso normal das fezes é de 100 a 200 gramas ao
dia e a freqüência pode varias de uma vez a cada 03 dias
Para evitar-se aerofagia deve-se comer lentamente, a 03 vezes por dia. O tempo de trânsito normal através do
mastigar com a boca fechada, restringir o uso de goma de TGI varia de 18 a 48 horas. (Krause)
mascar e privar-se de beber em canudos.
Krause 2013: Embora várias definições para
O movimento do gás através do TGI pode ser constipação sejam baseadas na frequência, dificuldade ou
melhorado pela postura ereta, exercícios leves ou consistência das fezes, a sensação de “sentir-se
massagens abdominais. constipado” pode ser suficiente para justificar uma
intervenção. Muitas vezes os pacientes se sentem
TGI inferior: incomodados pelo desconforto físico do esforço para
- quantidades aumentadas de CO2, H2 e, algumas vezes, evacuar, fezes duras ou evacuação incompleta do que
CH4 (1/3 dos indivíduos) nos gases retais, indicam pela raridade das evacuações.
1
Causas da constipação: O resíduo se refere à quantidade de massa fecal
remanescente após os processos de ingestão e secreção
As causas mais comuns de constipação em indivíduos GI, absorção de fermentação GI.
completamente saudáveis incluem:
-ausência repetida de resposta ao estímulo de Os componentes principais do resíduo fecal são:
defecar, bactérias e água, os quais constituem 60-80% do peso das
- insuficiência de fibra na dieta, fezes. O conteúdo restante inclui fibra dietética, células
- ingestão insuficiente de líquido, mucosas descamadas, muco e quantidades variáveis de
- inatividade e amidos não absorvidos.
- uso crônico de laxantes.
- tensão nervosa Aumentando-se a fibra dietética aumenta-se o
resíduo, por aumentar todos os componentes que fazem
Tratamento parte da massa fecal. O resíduo fecal também pode
aumentar sem aumentar-se a ingestão de fibra, a ingestão
Inclusão na rotina diária pessoal, de: de sorbitol ou lactose em indivíduos com intolerância, por
- fibra dietética adequada, exemplo, pode levar ao aumento do resíduo fecal
- líquidos adequados aumentado pela má absorção de açúcares, teor osmolar
- exercício e do lúmen colônico aumentado e massa fecal bacteriana
- atenção ao estímulo de defecar. aumentada. (Krause)
Os efeitos primários das fibras da dieta sobre a função Dieta de Alto Teor de Fibras (Krause)
intestinal se relacionam a capacidade de reter água e
aumento da massa microbionana, a qual presumivelmente Esta dieta fornece 25g ou mais de fibras (Krause),
leva à fezes maiores, mais macias e seu efeito de porém quantidades maiores de 50g/dia parecem não
distensão do cólon distal e reto, o qual aumenta o estímulo melhorar ainda mais a função intestinal e podem criar
de defecar e a velocidade do trânsito colônico (Figura 1). problemas com distensão abdominal e flatulência
excessiva.
O uso de frutooligossacarídeos (FOS) – substância
prebióticas que não são digeridas e são fermentadas nos A composição de fibras desta dieta pode ser
cólons levando ao crescimento de bactérias benéficas – alimentar ou usarem-se suplementos a base de pós (que
tem demonstrado efeitos promissores na constipação, devem ser dados dividindo-se em 02 ou mais vezes ao
porém ainda não se estabeleceu as quantidades indicadas. dia). (Krause). As dietas ricas em fibras devem ser
(Cuppari) lentamente implementadas, em um período de 1 a 2
semanas para minimizar sintomas de desconforto ou
O uso de caldo de ameixa preta, devido à presença do gases. (Krause, 2010)
ácido deiidroxifenilisatin, pode ter uma ação benéfica na
constipação. (Dan e Cuppari) Em pessoas com obstrução ou síndrome de
motilidade, os incrementos de fibra devem ser graduais,
demorando muitas vezes um mês para se atingir 25-
38g/dia. (Krause)
2
(Dan, Krause) Atenção! Casos especiais de No caso de cirurgia, após hemorroidectomia deve ser
constipação: utilizada uma dieta com resíduo mínimo, diminuir a
freqüências das fezes e favorecer a cicatrização. Uma
Pacientes com obstipação decorrente de dieta normal é reassumida após a cicatrização estar
megacólon chagásico, em fases avançadas da doença, completa e o paciente deve ser instruído a consumir uma
não respondem positivamente ao acréscimo de fibras à dieta de alto teor de fibras para prevenir a constipação.
alimentação, podendo favorecer a formação de fecalomas. (Krause)
Recomendação: Dieta de resíduo mínimo + alimentos
laxativos (caldo de ameixa preta). Diarréia
Hemorróidas
Conceito (Krause e Cuppari)
O esforço evacuatórios decorrente da expulsão de
fezes duras predispõe ao prolapso muco-hemorroidário e É caracterizada pela evacuação freqüente de fezes
ao sangramento. Encontramos hemorróidas internas e líquidas (normalmente acima de 03 vezes/dia, excedendo
externas. Podem ser sintomáticas e assintomáticas, 300ml), acompanhadas de perda excessiva de líquidos e
hemorrágicas e não hemorrágicas. eletrólitos, especialmente Na e K.
Outros fatores desencadeantes que devem ser O uso de antibióticos pode contribuir para a diarréia,
valorizados além da constipação intestinal são: o abuso de pois destrói as bactérias intestinais e compromete a
laxativos, em especial os catárticos, a diarréia crônica, a produção de AGCC que estimulam a absorção de água e
gravidez, pelo aumento da pressão intra-abdominal, ou a eletrólitos no cólon. Os antibióticos também podem ter
associação à posição ortostática do ser humano. efeito direto sobre a função GI. A eritromicina, por
exemplo, aumenta a função GI. A eritromicina, a
O tratamento consiste em banho de assento, calor claritromicina e a clindamicina pode aumentar as
úmido, compressas, medicação emoliente de fezes SOS, secreções GI. Além disso, alguns antibióticos permitem a
supositórios, cirurgia SOS. proliferação oportunista de organismos competitivos no
trato GI. Estes microorganismos e suas toxinas diminuem
Orientação dietética: a absorção e aumentam a excreção de líquidos e
- dieta rica em fibras (20 a 30g) e líquidos; além eletrólitos. O Clostidium difficile é o mais comumente
de supressão de bebidas alcoólicas, pimentas e relacionado a esta situação, mas Crostridium perfringens,
condimentos, pela ação irritante nas mucosas. Nos Samonella, Shigella, Campylobacter, Yersínia
pacientes com constipação devem ser acrescentados Enterocolítica e Escherichia coli, também são associados à
auxiliares da evacuação como mucilagem, metilcelulose, diarréia causada por antibióticos.
sene e semente de plantago. (Chemin, 2011)
Os tipos de diarréia e as suas características podem
ser observados na tabela 02.
Cuidado Nutricional nas Diarréias: Os líquidos podem ser repostos por ingestão oral,
particularmente daqueles ricos em Na e K como soluções
Como a diarréia é sintoma, o objetivo do tratamento é de eletrólitos, água de coco e bebidas isotônicas.
remover a causa. Em seguida executar a reposição de
líquidos e eletrólitos e enfim, dar atenção às considerações As recomendações nutricionais nas diarréias
sobre nutrição. encontram-se na tabela 3.
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Tab. 03 Recomendações nutricionais na diarréia
Grupo alimentar Recomendado Evitado
Leite e derivados Ricota e iogurte, se tolerados Leite
Carnes e caldos de carnes Preferencialmente, as brancas (aves e peixes) bem Carnes vermelhas e caldos de carne
cozidas, caldos de carnes (Krause) (Dan)
Cereais e derivados Fontes de fibras solúveis Fontes de fibras insolíveis
Frutas e sucos Fruitas cozidas e sucos diluídos a 25 ou 50%, suco Sucos puros e frutas cruas
de limão, água de coco
Hortaliças Cozidas, devendo ser evitadas as folhosas, em Cruas e folhosas
caldo.
Obs.: segundo a Krause, recomenda-se o uso de caldos de carne, segundo o Dan, não este não deve ser utilizado devido
ao alto teor de purinas que estimula o peristaltismo intestinal.
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Tratamento da Diarréia em Bebês e Crianças (Krause) Os ácidos graxos de cadeia curta e média são capazes de
A desidratação é comum e a reposição deve ser entrar diretamente no sangue venoso portal até o fígado
agressiva. A solução de reidratação oral padrão sem serem ressintetizados em triglicerídeos. Um grama de
recomendada pela OMS e pela Associação Americana de TCM fornece 8,3 kcal
Pediatria pode ser observada na tabela 05.
Estrituras e Obstruções Gastrointestinais
Tab. 05 Composição da Solução de Reidratação Oral
Elemento Composição (Krause)
Glicose (g/100ml) 20
A doença inflamatória intestinal, a úlcera péptica,
Na (mEq/L) 90
cirurgia gastrointestinais e tumores podem obstruir parcial
K (mEq/L) 20
ou completamente o trato gastrointestinal. (Fig. 2) A
Cl (mEq/L) 80 enterite de radiação crônica pode ser outra causa de
HCO3 30 obstrução ou estreitamento.
Osmolaridades (mOsm/L) 330
A B
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Tab. 06 Manifestações extra-intestinais da doença celíaca e suas possíveis causas
Órgão Manifestação Causa provável
Hematopoiético Anemia Deficiência de folato, ferro, vitamina B12
Hemorragia, púrpura Hipoprotrombinemia, geralmente devido a má absorção de vitamina K
Esquelético Osteomalácia Absorção prejudicada de vitamina D
Osteoporose, dor óssea Formação de sabões de cálcio insolúveis por ácidos graxos no lúmen
Osteopenia, fraturas intestinal levando ao transporte e absorção de cálcio defeituosas
Hipolasia de esmalte dentário
Muscular Parestesias, Câimbras Depleção de cálcio ou magnésio devido à absorção precária
musculares, tetania, fraqueza Hipocalemia devido a perdas a potássio
Neurológico Neuropatia periférica Deficiências de vitaminas tais como tiamina e vitamina B12
Inicialmente, a dieta deve ser suplementada por 1) Defeitos raros congênitos tais como deficiências de
vitaminas e minerais e proteínas EXTRAS para suprir as sacarase, de isomaltase ou lactase, vistas no recém
deficiências e repor os depósitos de nutrientes. (Krause, nascido;
2010) Deve-se orientar os pacientes a ler os rótulos dos 2) Formas generalizadas secundárias a doenças que
alimentos atenciosamente, administrar cálcio e vitamina D danifiquem o epitélio (doença de Crohn ou doença
além de fazer suplementação de ômega 3. (Krause, 2010) celíaca);
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3) Uma forma que usualmente aparece após a A maioria dos adultos pode tolerar pequenas
infância, mas pode aparecer até os 02 anos de quantidades como 06 a 12 gramas sem sintomas,
idade. especialmente quando consumida com refeições ou na
forma de iogurte. Com freqüência os derivados de leite
Deficiência de lactase sólidos ou semi-sólidos tais como queijos envelhecidos,
são bem tolerados porque o esvaziamento gástrico destes
É causada por uma deficiência de lactase, a enzima gêneros alimentares é mais lento que o de bebidas lácteas
que digere o açúcar do leite, a lactose. líquidas e o teor de lactose é baixo. A tolerância ao iogurte
deve ser devido à presença de -galactosidase microbiana
A lactase é uma beta-galactosidade, que tem na cultura bacteriana que facilita a digestão de lactose no
predomínio no jejuno e está localizada no ápice das intestino.
vilosidades, o que a torna mais sensível à lesão da
mucosa intestinal. Muitos adultos com intolerância a quantidades
moderadas de leite podem se adaptar e tolerar 12 gramas
A quantidade de lactase é cerca de metade das outras ou mais de lactose no leite (240 ml de leite) quando
dissacaridases, como a sacarase, dextrinase ou introduzidas gradualmente durante várias semanas
glicoamilase. (Krause).
A lactose não é hidrolisada a galactose e glicose e As pessoas que evitam produtos lácteos devem tomar
permanece no intestino e atua osmoticamente para atrair suplementos de cálcio e ler os rótulos dos alimentos
água para o intestino. As bactérias colônicas fermentam a cuidadosamente (Krause).
lactose não digerida, gerando ácidos graxos de cadeia
curta, dióxido de carbono e gás hidrogênio. O consumo de A enzima lactase, como o Lactaid (Figura 04) e os
mais de 12 gramas (01 copo de leite) pode resultar em produtos do leite tratados com a enzima lactase estão
inchaço, flatulência, cólicas e diarréia. disponíveis para auxiliar a digestão dos intolerantes.
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Doenças Inflamatórias Intestinais (DII)
Embora possa acometer qualquer faixa etária a DC
predomina em pessoas jovens, com pico de incidência
As duas principais DIIs são a doença de Crohn (DC) e
entre 10 e 40 anos de idade, porém, 15% das pessoas têm
a retocolite ulcerativa inespecífica (RCUI). São de
mais de 60 anos ao diagnóstico, caracterizando um
evolução crônica, de etiologia desconhecida,
segundo pico de incidência, menos evidente, entre 60-80
caracterizadas por períodos de atividade e/ou
anos, configurando uma apresentação bimodal.
complicações, intercalados com fases de aparente
acalmia, possuem respostas terapêuticas semelhantes,
As características particularmente importantes da DC
mesmo que, fisiopatologicamente devam ser consideradas
incluem:
doenças diferentes.
Pode envolver qualquer parte do TGI, da boca ao
ânus. O intestino delgado, particularmente o íleo terminal
Apesar de serem de etiologia desconhecida, a
estão envolvidos;
predisposição genética e o fenômeno auto-imune estão
Inflamação segmentar – áreas sadias intercaladas
presentes, sendo também influenciadas por fatores
com áreas inflamadas;
ambientais (possivelmente a dieta e interações virais e
Envolvimento transmural da parede levando à
bacterianas com células intestinais). Nas DIIs os
complicações como fístulas, ulceração, abscessos,
mecanismos reguladores da resposta imune são
espessamento submucoso, estenoses (Figura 5) e
defeituosos ou os fatores que estimulam a resposta
obstruções parciais do trânsito.
imunológica e a fase aguda são intensificados, levando a
fibrose e destruição tecidual.
- As DIIs são mais comuns em parentes de 1º grau: A RCUI acomete igualmente ambos os sexos, e ao
exposição aos mesmos fatores ambientais ou pela contrário da DC, a RCU apresenta dois picos de
presença de fatores genéticos comuns. incidência: um primeiro no adulto jovem, entre 15 e 35
- As DIIs são mais incidentes em países com alto anos, e um segundo entre os 60 e 70 anos, sendo que a
poder sócio-econômico relação com dieta, hábito de doença no idoso caracteriza-se por um quadro mais leve.
fumar e outras questões ainda não definidas. O aumento
da higiene pessoal e a conseqüente redução da exposição Ao que parece a nicotina e o hábito de fumar exerce
do sistema imune do intestino a micróbios durante a efeito protetor na RCUI e precipitante na DC, mas não
infância podem ser identificados como um denominador explicações definitivas para este mecanismo até o
comum para estes fatores que, posteriormente, resultam momento.
em resposta imune alterada, ou seja, em uma DII.
As características particularmente importantes da
Etipatogenia: (Chemin, 2011) RCUI são:
A doença envolve apenas o cólon e sempre se
- Há alterações quantitativa e qualitativas na estende a partir do reto;
microbiota intestinal de pacientes com DIIs. Também A inflamação é limitada a camada mucosa;
ocorre aumento de bactérias anaeróbias com redução de A doença contínua é característica ao contrário da DC;
bifidobactérias e lactobacillus. O sangramento retal ou diarréia com sangue são
comuns (e maiores que a DC)
9
Tab.07 Diferenças entre DC e RCUI (Krause)
11
Os probióticos alteram a flora e a resposta imune a servir para evitar o crescimento bacteriano excessivo de
nível intestinal. Segundo Chemin (2011) eles atuariam bactérias no intestino delgado e para tratar a diarreia.
como coadjuvantes na terapia de manutenção,
aumentando seu período tanto na DC quanto na RCU. Segundo Cuppari, 2014, o uso de probióticos é contra
indicado na fase ativa da doença, pela falta de evidência
Os probióticos produzem efeito benéfico na científica.
imunidade intestinal, produzem AGCC, amenizam a
intolerância à lactose, controlam a diarréia aguda, Os suplementos com AGPw3: (Krause, 2013)
melhoram a atividade clínica da doença e previnem as - doença de Crohn reduzem significativamente a
recidivas das DIIs. (Chemin, 2011). Segundo a Krause atividade da doença.
(2010), os prebióticos Krause (2010) favorecem a - colite ulcerativa parece resultar em um efeito
formação de lactobacilos e bifidobactérias. A flora alterada poupador de fármaco importante, com redução na
e AGCCs produzidos também podem servir para atenuar o atividade da doença e um aumento do tempo de remissão
processo inflamatório, especialmente na RCU. relatado.
Entretando, segundo Krause (2013), embora os A modificação das dietas orais e enterais com ácidos
probióticos pareçam ser úteis na colite ulcerativa, até o graxos ômega 3 (que tem efeito anti-inflamatório),
momento eles não mostraram melhora significativa na aminoácidos específicos (glutamina) e anti-oxidantes e o
atividade da doença de Crohn em doentes adultos e uso de fibras fermentáveis são estratégias terapêuticas
pediátricos; os suplementos probióticos parecem não junto com os outros tratamentos. A tabela 10 mostra os
prolongar a remissão da DC. O uso de probióticos pode efeitos propostos para alguns destes nutrientes.
Atualmente, existe a teoria de que o uso de dieta Hoje, sabe-se que “descanso intestinal” com NPT não
enteral pode auxiliar a indução da remissão da doença. é necessário para atingir a remissão e a NE é o meio
Porém, no uso de dieta enteral há demora de 4 a 8 preferido de suporte nutricional e pode resultar em sucesso
semanas para que os efeitos clínicos sejam observados. de maior indução de remissão que a NPT. Porém, a NPT
(Krause, 2010). Segundo Chemin (2011), as hipóteses em pode ser necessária para restaurar a nutrição em
relação ao mecanismo de ação incluem: alteração na flora pacientes com obstruções, fístulas, doença grave
microbiana intestinal, eliminação de ingestão de antígenos clinicamente de difícil controle e frente a ressecções GI.
dietéticos, diminuição da síntese intestinal dos mediadores Segundo Chemin (2011), na prática, contudo, alguns
inflamatórios pela redução da gordura dietética, reposição pacientes não conseguem tolerar a nutrição enteral, sendo
nutricional global e administração de micronutrientes recomendado, nestes casos, o tratamento com a nutrição
importantes ao intestino doente. parenteral.
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pode manter o pool adequado para emulsificação de alimentos sólidos podem ser gradualmente introduzidos,
lipídeos. individualmente.
A lipase gástrica e a pancreática podem digerir alguns
triglicerídeos, mas sem a formação de micelas estes não Síndrome da Alça Cega (Krause)
podem ser adequadamente absorvidos.
A má absorção de gordura leva a má absorção de Distúrbio caracterizado pelo crescimento bacteriano
vitaminas lipossolúveis A, D e E. excessivo que resulta da estase do TGI como resultado de
Os ácidos graxos mal absorvidos formam “sabões” de doença obstrutiva, enterite de radiação, fístula ou reparo
cálcio, zinco e magnésio o que resulta também na má cirúrgico.
absorção destes nutrientes.
Conseqüentemente à formação destes “sabões”, há As bactérias desconjugam os sais biliares que além de
um da absorção colônica de oxalato que normalmente serem citotóxicos, são menos eficazes na formação de
está ligado aos cátios Ca, ZN e Mg levando a hiperoxalúria micelas. Pode ocorrer má absorção de carboidratos devido
e cálculos de oxalato renal. a lesão secundária da borda em escova pela ação dos
Ocorre a formação de ácidos graxos hidroxi por produtos bacterianos tóxicos. As bactérias também usam a
bactérias colônicas a partir de gordura mal absorvida e vitamina B12 para seu crescimento.
resultar em absorção diminuída de fluídos e eletrólitos;
A desidratação relativa e a urina concentrada podem O tratamento medico envolve o uso de antibióticos,
o risco de formação de cálculos. probióticos e prebióticos para controlar o crescimento
Os cálculos biliares de colesterol podem acontecer bacteriano excessivo e modificação cirúrgica.
com maior freqüência, pois a proporção de ácido biliar,
fosfolipídeo e colesterol nas secreções biliares está Tratamento dietético:
alterada, resultado das ressecções ileais. - Dieta que limite os carboidratos refinados, como amidos
Pode-se verificar a intolerância a lactose e sacarose, refinados e açúcares (lactose, frutose e açúcar-álcool) e
devido a deficiências de dissacaridases na mucosa substitua os grãos integrais, vegetais e oligossacarídeos, o
intestinal, porém, caso o paciente tolere podem ser usadas que pode limitar a proliferação dos microorganismos e o
em pequenas doses. aumento da motilidade. (Krause, 2010)
Chemin Cirurgias onde o íleo remanescente é - Pode-se usar TCM e deve-se administrar vitamina B12
menor que 100 cm, implicarão em reposição intramuscular parenteral.
de vitamina B12 e dieta hipolipídica. Recomenda-se o uso
de TCM (gordura de coco – 80% TCM e industrializado). Doenças do Intestino Grosso
Como TCM não fornece AGE, verificar absorção, para
avaliar reposição endovenosa.
Síndrome do Intestino Irritável (SII) (ou
Tratamento nos Pacientes submetidos a Síndrome do Cólon Irritável)
Ressecção Intestinal
Não se constitui uma doença e sim uma síndrome que
envolve dor abdominal, inchaço e movimentos intestinais
As medicações são prescritas para retardar o
anormais (Figura 7).
esvaziamento gástrico, as secreções intestinais, tornar
mais lenta a motilidade GI e tratar o crescimento
As alterações fisiológicas parecem ser: sensibilidade
bacteriano excessivo.
visceral e motilidade alteradas em resposta ao estímulo GI
e ambiental, ou seja, as pessoas com SII são mais
A maioria dos pacientes com ressecção intestinal
sensíveis à distensão abdominal, imprudências dietéticas e
importante necessita de NPT inicialmente e a duração
fatores psicossociais. (Krause)
desta até sua evolução para NE, depende da extensão da
ressecção ileal, do estado de saúde do paciente e na
condição do TGI remanescente. Alguns pacientes podem
necessitar usar NPT para suplementação por toda a vida.
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outras variações incluem – diarréia sem dor e colinérgicos, anti-diarréicos, pró-cinéticos ou anti-
constipação crônica. depressivos.
O diagnóstico é baseado na presença de sintomas Segundo a Krause, a SII não resulta em má digestão
clínicos de intestino irritável por três meses ou mais e ou má absorção de nutrientes, porém a dieta é importante
devem incluir pelo menos duas das três características: no controle dos sintomas. São importantes as seguintes
(Krause) diretrizes dietéticas:
- desconforto aliviado pela defecação, Alto teor de fibras (25 g/dia-Krause2005) - auxiliando a
- início associado a uma alteração na freqüência de motilidade GI normal;
fezes e Grande quantidade de líquidos (água);
- início associado a uma mudança na forma das fezes. Evitar excessos de gordura, cafeína, açúcar
(principalmente frutose, álcool e lactose em indivíduos com
O diagnóstico ainda classifica a síndrome em um dos deficiência) e refeições grandes.
3 subtipos: predominância de diarreia, predominância de Doses elevadas de farelo de trigo não são mais
constipação ou mista. recomendadas e podem exacerbar os sintomas.
(Krause, 2010)
Além de estresse e hábitos alimentares, os fatores
que podem piorar os sintomas e confundir o diagnóstico Alguns suplementos probióticos pode oferecer
são: benefício a SII, como o Bifidobacterium infantis cujo uso foi
1) excesso de uso de laxantes e outros associado a melhora da dor ou desconforto abdominal,
medicamentos sem prescrição; inchaço e distensão, sensação de evacuação incompleta,
2) antibióticos; flatulência, esofrços para defecação e satisfação do hábito
3) cafeína; intestinal. (Krause, 2013)
4) enfermidade GI prévia;
5) ausência de regularidade em sono, descanso e Segundo a Krause (2013) uma dieta pobre em
ingestão de líquido. oligossacarídeoa, dissacarídeos e monossacarídeos
fermentáveis e polióis. Esta dieta restringe os alimentos
Em pacientes com alergias alimentares, a que contém frutose, lactose, fruto e galacto-
hipersensibilidade a alimentos pode ser a causa da SII. oligossacarídeos (frutanos e galactanoas) e alcoóis de
Uma experiência de eliminação alimentar pode ser açúcar (sorbitol, manitol, xilitol e maltitol). Estes nutrientes
importante em certas situações. (Krause) são pouco absorvidos no intestino delgado, são altamente
osmóticos e rapidamente fermentados por bactérias e, tem
Segundo a Krause (2010), o crescimento excessivo de diso demonstrado que a restrição destes alimentos por
bactérias no intestino delgado foi descrito em um número refeição reduz os sintomas GI em pacientes com SII,
significativo de pacientes com SII. A erradicação de porém a quantidades adequadas para ingestão desses
micróbios por antibióticos pode erradicar a população alimentos deve ser definida individualmente para cada
microbiana e reduzir os sintomas da SII. paciente (Krause 2013) Ver tabela abaixo.
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- Não são problemáticos: sementes de tomate, abobrinhas,
O uso do óleo de menta também tem sido associado a pepinos, morangos, framboesas e papoulas.
melhora dos sintomas abdominais.
A Krause (2013) relata que existe uma associação
Segundo Chemin, o tratamento dietéticor deve ser inversa entre o consumo de frutos de casca rígida e pipoca
feito com o objetivo de corrigir a constipação espástica, a e o risco de diverticulite.
diarréia e lembrar de todas as alterações dos fármacos em
uso. Câncer de cólon
Doença Diverticular (Krause)
Este tipo de câncer é típico de civilizações
A diverticulose se refere à herniações semelhantes a industrializadas;
sacos na parede colônica (Figura 7), provavelmente
decorrentes de pressões colônicas aumentadas a longo Fatores de risco e protetores:
prazo, possivelmente decorrente da constipação intestinal
(fezes secas e duras). Fatores de risco alimentares dieta pobre em fibras e rica
em gordura, alto consumo de carne vermelha e álcool.
A ocorrência de diverticulose está diretamente (Chemin e Krause). E ainda, segundo Krause, obesidade e
relacionada a dieta com baixo teor de fibras e falta de ingestões inadequadas de vários micronutrientes.
exercícios e inversamente relacionada a dieta com alto Fatores protetores alimentares vitaminas A, C, D, E e os
teor de fibras. minerais selênio e cálcio (alto consumo de frutas, vegetais
frescos, cereais) e prática de atividade física. (Chemin e
Krause). E ainda, segundo Krause, ingestão de
fitoquímicos, grãos de alto teor de fibra, ácidos graxos
ômega 3 e carotenóides; a manutenção de um peso
aceitável, ingestão de folato e zinco.
Outros fatores de risco portadores de RCUI e Doença
de Crohn, especialmente após 10 anos de doença;
portadores de polipose adenomatosa familiar.
- diverticulose: dieta de alto teor dietético de fibras e, é Tratamento: cirurgia, rádio e quimioterapia ou uma
claro, de líquidos e esta prática alivia os sintomas de associação destas modalidades.
muitos pacientes. Pode-se proceder ao aumento gradual
do teor de fibras da dieta procurando-se evitar efeitos Cirurgias para Tratamento do Câncer de Cólon:
colaterais como inchaço ou gases. Os suplementos de o Hemicolectomia direita para tumores do cólon
metilcelulose e psyllium são utilizados com bons direito. Se houver ressecção da válvula íleo-cecal e
resultados. (Krause, 2010) de uma porção do íleo terminal pode ocorrer diarréia
aquosa ocasionada pela entrada de sais biliares no
- diverticulite: dieta com pouco resíduo, uma dieta cólon, bem como pela perda funcional da válvila.
elementar ou, em casos complicados, NPT, seguida de um o Retirada do cólon transverso para tumores neste
retorno gradual para dieta com alto teor de fibra conforme local
melhora a inflamação. o Hemicolectomia esquerda para tumores do cólon
esquerdo;
Existe uma questão controversa a respeito se deve ou o Retossigmoidectomia Abdominal para tumores
não ser evitado alimentos como sementes, nozes e cascas de sigmóide;
para impedir complicações como diverticulite, mas ainda Observação se o tumor invade órgãos vizinhos
não existe nada conclusivo. Porem em casos de obstrução este também pode ser retirado junto com o tumor,
e perfuração, estes alimentos devem sim ser evitados. como um “bloco”;
(Krause, 2005) o Colectomia Total com Íleoretoanastomose (retirada
completa do intestino grosso e união do íleo com o
A Krause de 2010, segundo as sementes coloca: reto) indicada para casos de câncer colorretal
- Devem ser limitados: castanhas, cascas de pipoca, hereditário sem polipose ou com polipose
sementes de: girassol, abóbora, alcaravia (cominho) e adenomatosa familiar. Esta cirurgia pode ocasionar
gergelim. eliminação das fezes e diarréia. Como tempo, as
16
evacuações passam a ser mais sólidas, numa eletrólitos. As injeções de vitamina B12 são necessárias,
freqüência de cerca de 2 a 3 vezes por dia. porque, como na síndrome da alça cega, os micróbios
o Proctocolectomia Total (retirada completa do cólon podem competir e utilizar a vitamina B12 intraluminal.
e reto) faz-se a união do intestino delgado com o
ânus. Faz-se um reservatório com o próprio Uma das complicações deste procedimento é a bolsite
intestino delgado (bolsa ileal) para fazer o papel do ou inflamação da bolsa. Sua etiologia parece estar
reto e conter as fezes antes da evacuação. relacionada ao crescimento bacteriano excessivo, má
o Quando um segmento significativo do intestino absorção de sais biliares ou produção insuficiente de
grosso é retirado da continuidade por um desvio ácidos graxos de cadeia curta. A terapia primária é com
onde não passa fluxo de fezes, pode ocorrer a antibióticos, mas estão sendo investigados o uso de fibras,
chamada colite de desvio caracterizada por pré e próbióticos.
cólicas e diarréia e a solução ocorre com a
reanastomose. A infusão no reto de AGCC parece Ileostomias e Colostomias (Estomias)
ter um efeito curativo. Exemplo desta situação
ocorre na exclusão de parte do cólon nas
Consiste na abertura de um canal para permitir a
colostomias.
defecação da porção intacta do intestino, pode localizar-se
no íleo (ileostomia) ou no cólon (colostomia).
Ressecção de cólon: (Chemin)
Podem ser temporárias ou definitivas. A consistência
No pós-op é comum a diarréia pelo menos até da evacuação pelo estoma depende de sua localização
adaptação e porções do intestino anteriores a (Figura 10). A consistência das fezes de uma ileostomia é
ressecção efetuem a compensação e de eletrólitos e líquida enquanto de uma colostomia varia de mole a bem
água. formada.
Recomenda-se o uso de próbióticos após cirurgia
intestinal para recolonização da flora;
Próbióticos devem conter microorganismos viáveis de
linhagem pertencente à flora microbiana, que resiste à
acidez gástrica, seguro par o ser humano, com
durabilidade durante o armazenamento e capacidade
de aderência na mucosa intestinal, produzindo efeitos
benéficos.
Uso de probióticos com bactérias láticas nas
concentrações de 109 a 1011, têm sido relacionadas à:
o incidência, gravidade e duração de doenças
gástricas e intestinais;
o preservação da integridade intestinal;
o atenuação dos efeitos de outras doenças intestinais,
como diarréia associada ao uso de antibióticos, DIIs
e colite
o Melhora da intolerância à lactose
Bolsa Ileal pós-colectomia (Krause) Fig 10 Consistência das fezes dependendo do local da
colostomia. (Krause)
É uma alternativa a realização de uma ileostomia, a
criação de uma bolsa usando porção do íleo distal Ileostomia:
anastomosado no reto. (Figura 09)
As fezes da ileostomia possuem um odor fracamente
ácido que não é desagradável.
Como o cólon, a bolsa desenvolve uma microflora Segundo Chemin, quando débito da ileostomia é alto
capaz de fermentar, pelo menos, parcialmente as fibras e > 3 litros devem-se associar medicações antidiarréicas.
carboidratos. Como o reservatório é menor que o cólon, o
indivíduo evacua maior n.° de vezes, pelo menos 4 a 8 ao Bebidas esportivas apresentam baixo teor de sódio (
dia. 20 mmol/litro) e não são a melhor opção para a reidratação
dos pacientes soluções de reidratação são mais
A freqüência e volume das fezes não retornam ao indicadas, pois indica-se 90mmol sódio/litro para promover
normal. As mesmas diretrizes dietéticas para eliminação absorção proximal deste eletrólito. (Chemin)
de fezes aumentadas e restrição de resíduos devem ser
seguidas. Deve-se monitorar ingestão de líquidos e
17
A ileostomia normal bem funcionante não esgota o
paciente nem lhe confere um gasto energético aumentado. Os alimentos que tendem a causar odor nas fezes da
Os pacientes com ileostomia possuem, normalmente, colostomia são: milhos, feijões, secos, cebolas, repolho,
baixas ingestões de vitamina C e folato, devido a baixas alimentos muito condimentados, peixe além de antibióticos
ingestões de vegetais e frutas e podem necessitar de sua e alguns suplementos de vitaminas e minerais. Então,
suplementação. deve ser dada atenção a estes alimentos fermentecíveis,
pois além de cólicas causadas pelos gases, a retenção
Segundo a Krause (2013), uma vez que, nestes destes na bolsa coletora da ostomia causa desconforto.
pacientes, o esvaziamento gástrico pode ser rápido e os (Chemin)
gêneros alimentícios não são fermentados com a mesma
intensidade, a absorção de nutrientes pode ser um pouco
melhor a partir de frutas e hortaliças cozidas, trituradas ou Cirurgia do reto
amassadas. Já que é possível que um bolo alimentar fique
retido no ponto onde o íleo se estreita, conforme o bolo Segundo Chemin as cirurgias para tratamento de
entra na parede abdominal, é importante alertar o paciente câncer de reto incluem:
para evitar vegetais muito fibrosos e mastigar bem os o Ressecção anterior de reto retirada do sigmóide
alimentos. e do reto com anastomose do cólon com o ânus.
Em algumas situações pode ser necessária uma
Colostomia: colostomia temporária para proteção da
anastomose;
As fezes com odor desagradável, geralmente são o Amputação Abdominoperineal para tumores de
causadas pela esteatorréia ou bactérias que atuam sobre reto baixo, é realizada uma colostomia permanente.
os alimentos produzindo gases mal cheirosos. (Krause)
Recomendações Nutricionais para Via Oral para Cirurgias Intestinais de uma forma geral (Chemin)
Síndrome do Intestino Curto (SIC) íleo cecal favorece a compensação frente à extensa
ressecção intestinal.
Nos indivíduos normais, o comprimento do intestino
A falência intestinal se estabelece quando não se
delgado é muito variável, indo de 300 a 850 cm, ficando
pode manter o estado nutricional através de alimentação
numa média em 620 cm.
oral ou enteral, sendo necessário o uso contínuo da
nutrição parenteral.
Manifestações graves podem ser observadas em
paciente após ressecção intestinal e menos de 200 cm de
A abordagem atual para determinar a capacidade
intestino delgado remanescente (jejuno e íleo).
funcional do enterócito e/ou intestinal está centrada na
Consideram-se casos ainda mais graves quando restam
avaliação dos marcadores específicos dessa atividade,
menos de 100 cm de intestino delgado. Segundo Chemin,
como a concentração sérica da citrulina. Desse modo, a
ressecções maciças que envolvem mais de 75% do
avaliação pós-absortiva da concentração sérica da citrulina
intestino, caracterizam a SIC (Estas ressecções segundo
se correlacionou intensamente com outras medidas da
Dan(2009), deixam 70-100cm de intestino delgado
função intestinal, como a capacidade digestiva básica para
remanescente).
proteínas e gorduras. (Projeto Diretrizes)
A etiologia da SIC é variada, no adulto, predominam a
Pacientes submetidos a ressecções distais do
doença vascular mesentérica, câncer e doença de Crohn.
intestino delgados, geralmente apresentam:
Em crianças, destaca-se a enterocolite necrotizante, volvo
Falta de sais biliares e problemas para absorção de
e atresia intestinal.
gorduras;
Não conseguem absorver B12 (sítio absortivo íleo
O intestino delgado possui grande capacidade de
terminal);
reserva funcional para absorção de nutrientes, permitindo
a remoção de até 45% sem prejuízo da absorção. A
preservação do íleo terminal e particularmente do esfíncter
18
Ocorre possivelmente, deficiência de vitaminas TCL, TCM e Fibras: (Dan, 2009)
lipossolúveis; TCL (óleo de peixe e outros óleos w-3) – papel
Ocorre possivelmente, deficiência de cálcio, magnésio importante durante a fase aguda da SIC
e zinco (formação de sabões insolúveis com ácidos TCM – Possibilidade de aumentar o valor calórico
graxos); e não piorar a esteatorréia naqueles com o
Maior risco de formação de cálculos de oxalato pela cólon funcionante.
maior absorção deste no cólon. FIBRAS (pectina) – favorece o controle da diarréia
Irritação do cólon por sais biliares e ácidos graxos não e o processo absortivo após ressecção
absorvidos; intestinal.
Na ausência da válvula íleo-cecal, ocorre refluxo de Obs.: segundo Chemin a adaptação atinge um máximo em
conteúdo bacteriano colônico, desconjugação dos sais cerca de dois anos após a cirurgia.
biliares e utilização bacteriana de vitamina B12.
Na SIC, existem alguns fatores prognósticos, que são:
Pacientes submetidos a ressecções proximais do Idade avançada;
intestino delgados, geralmente apresentam: Tamanho pequeno de intestino residual;
Hipersecreção gástrica resposta aumentada à Ressecção distal ou invés de proximal;
pentagastrina, que estimula a secreção gástrica de ácido Ausência de válvula íleo-cecal e/ou cólon (o cólon
clorídrico, pepsina e fator intrínseco. pode atuar no esvaziamento gástrico, pelo mecanismo
Inativação da lípase pancreática por acidez gástrica; inibitório de retroalimentação hormonal, o chamado “freio
Insuficiência pancreática por redução da secretina e colônico”);
colecistoquinina; Relação entre tamanho do intestino residual e peso do
Carga osmótica dos acúcares não absorvidos (falta de paciente;
dissacaridases). Doenças nos segmentos intestinais remanescentes;
Enterite de radiação;
Adaptação Intestinal: Desnutrição coexistente.
Incapacidade adaptativa do intestino remanescente
Caracteriza-se pelo aumento progressivo da (Dan, 2009)
capacidade absortiva do intestino remanescente, ocorre
hipeplasia da mucosa. (Krause, 2010) 1) Fase inicial da SIC (Dan, 2009) esta fase dura, em
média, 01-03 meses quando há redução da diarréia.
O processo adaptativo tem início após 12 a 24h da
ressecção, com aumento gradativo ao longo do tempo. Características: (Dan, 2009)
(Krause, 2010) - Fase logo após a ressecção intestinal
- Desequilíbrio hidroeletrolítico
Para adaptação intestinal, é de extrema importância o - Incapacidade de usar o TGI
uso do tubo digestivo para alimentação. A ausência de - Início da NPT – 3 a 4 dias no pós-operatório
nutrientes intraluminais diminui a adaptação intestinal pós- - Controle de quadros infecciosos relacionados ao cateter
ressecção, pela liberação ou intensificação da apoptose venoso profundo
enterocítica na mucosa. - Controle da diarréia e hiperglicemia e da hipersecreção
gástrica
A adaptação intestinal na SIC pode ser influenciada
por: Segundo Chemin, um dos objetivos nutricionais é
Presença de nutrientes na luz intestinal, promover o desmame da NP o mais breve possível.
metabolizados ou não;
Secreções pancreático-biliares estimuladas pela Segundo Projeto Diretrizes, a maioria dos pacientes
ingestão de nutrientes com ressecção intestinal ampla, e consequente SIC,
Gastrina – Ação trófica intestinal. Efeito somente necessitará da TNP, por no mínimo 7-10 dias, mas, em
na parte mais proximal do intestino delgado. geral, este período pode durar até um ou mais meses.
Efeito nulo ou mínimo na porçãos mais distal.
Enteroglucagon – sintetizado no íleo e na porção 2) Fase intermediária (Dan, 2009) transição entre na
distal do cólon. NPT e a TNE
GLP -2 – hormônio produzido pelas células
endócrinas intestinais. Estimula a hiperplasia dos Características: (Dan, 2009)
vilos intestinais em uma fase mais tardia. - Caracterizada pelo processo adaptativo
Hormônios como GH (hormônio do crescimento), IGF- - Desmame progressivo na NPT e concomitante introdução
1 (hormônio insulina símile 1), insulina, EGF – fator de da TNE
crescimento epidérmico - TNE participa no processo de adaptação intestinal (efeito
Redução da motilidade (o quimo passa através do ID trófico)
em menos que 1/3 do tempo) - A composição da dieta exige cuidado (carboidratos,
Presença do cólon, pois este assume importância na lipídeos, proteínas e osmolaridade)
digestão de carboidratos que, podem ser fermentados
pelas bactérias colônicas formando AGCC que quando Segundo Projeto Diretrizes, a TN deve ser
absorvidos fornecem calorias adicionais (4,4 kcal/g) e iniciada o mais precocemente possível, podendo ter como
estimulam a absorção de sódio e água. O cólon também parâmetro de início, perdas fecais menores que 2,5 litros
tem a capacidade de absorver TCM. ao dia.
Arginina : O intestino é um importante local para seu
metabolismo. È precursora das poliaminas, que são Sugere-se a progressão da via enteral/oral em 05 fases,
essenciais para o crescimento e a diferenciação de células porém nem todos os pacientes toleram todas as fases
eucarióticas. (Dan, 2009) conforme a tabela 10.
Glutamina: Participa na síntese de ac. Nucléicos e
na proliferação celular. (Dan, 2009)
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Tab. 10 Fases da Re-introdução alimentar na SIC A TNP deve ser utilizada, 25 a 30 Kcal/Kg/dia, quando a
(Dan) via oral ou enteral for insuficiente para adequar as
FASE DIETA DURAÇÃO necessidades.
I Água de coco = amido de tapioca, 1° mês
dieta enteral elementar/ Recomendações Nutricionais (Chemin)
polimérica*
II Dieta com alimentos pouco 1° - 3° mês
formadores de resíduos Energia: Enteral – acréscimo de 50% ou em torno de
intestinais, pouco fermentativa, 60kcal/kg/dia
hipolipídica, baixa ou isenta de Com adaptação, na fase de manutenção – 24 kcal/kg/dia
dissacarídios
III Dieta II + TCM + caldo de 3 – 5° mês Proteínas: 1,5 a 2 g/kg/dia
leguminosas
IV Dieta III + incliuir TCL (30 a 50g 5 – 7° mês
de gordura/dia, sendo 50% TCM) Recomendações Nutricionais (Projeto Diretrizes)
+ folhas tenras + frutas cruas
selecionadas Energia: até adaptação
V Dieta adaptada, restringindo Após o 7° 0,85-1,5 x o GEB / 60 kcal/kg/dia
apenas os alimentos inclusos mês Fase tardia – 35 kcal/kg/dia
anteriormente e não tolerados
* Atualmente, as equipes multiprofissionais têm preferido Proteínas: 1 a 1,5 g/kg/dia – 15 a 20% ou 1,5 a 3g/kg/dia
utilizar dietas POLIMÉRICAS, isosmóticas, pobres em Fase tardia – 1,5 g/kg/dia
gordura e lactose, que estimulam a secreção
biliopancreática e consequentemente o processo Fibras – recomenda-se solúveis - Os AGCC são
adaptativo intestinal. rapidamente absorvidos pela mucosa colônica e utilizados
como energia, que pode constituir quantidade considerável
Existe também a progressão dietética usada pelo em pacientes com SIC, em torno de 500 kcal.
GANEP, conforme quadro abaixo:
O consumo do ácido oleico antes das refeições ativa os
Fases da Re-introdução alimentar na SIC segundo mecanismos de retroalimentação inibidores fisiológicos,
GANEP que são estimulados pelos nutrientes, diminuindo o trânsito
gastrointestinal (GI) e a eliminação fecal.
20
chegam a este estágio. Até chegar a esta fase pode variar Reabilitação em falência intestinal (Dan,
de 03 a 12 meses, podendo chegar a 02 anos. Após a 2009)
ingestão oral os pacientes vão necessitar de
suplementações vitamínicas, dependendo da área
A insuficiência intestinal(II) é uma condição
ressecada de vitaminas A, D, K, B12 e ácido Fólico.
decorrente da obstrução, dismotilidade, ressecção
Ajustes devem ser feitos na oferta de Na, K, Cl, Ca, Mg,
cirúrgica, defeitos congênitos ou perda da absorção em
Fe, Zn e Cu de acordo com os exames
associação à doença e se caracteriza pela incapacidade
de manter o balanço protéico-calórico, hídrico,
Esta fase marca o término do processo adaptativo
eletrolítico ou de micronutrientes.
intestinal.
A SIC é uma das formas mais comuns de II.
A reabilitação intestinal é o processo de restaurar
A alimentação oral deve ser fracionada em 6 a 8
a função intestinal pela dieta, medicação e terapias
refeições/dia, pobre em resíduos, mas rica em fibras
cirúrgicas não envolvendo o transplante.
solúveis. (Dan, 2009)
O Objetivo principal é: Otimizar a função intestinal
remanescente, reduzindo ou eliminando a necessidade
HIPERPROTEICA, HIPERCALÒRICA, POBRE EM
de TNP
GORDURA E COM RESTRIÇÃO DE LACTOSE E
Este tipo de adaptação tem seu inicio
SACAROSE. (Dan, 2009)
imediatamente após a ressecção e ainda continua por 2
a 3 anos.
Suplementar vit. Lipossolúveis parenterais. (Dan,
2009)
Traduzindo a prescrição nutricional à dieta:
Complementos industrializados por via oral, 2 a 3
vezes/dia, no intervalo das refeições. (Dan, 2009) Na presença de cólon Consumir de 5 a 6
refeições/dia.
50 a 60% de CHO
Transplante de Intestino Delgado (TID) 20% proteínas
(Dan) 20 a 30% de lipídios
Evitar Oxalato.
Recentemente o TID despontou como a única opção
terapêutica para pacientes em falência intestinal OBS: Pacientes com continuidade ao colo intestinal
irreversível (FI), onde a NPT deixou de ser uma estão em risco aumentado de nefropatia por oxalato.
possibilidade terapêutica. Nesses casos o TID, aumenta a Há 2 abordagens para este tratamento:
sobrevida e restabelece o prazer da degustação dos 1º) Fornecer cálcio extra na dieta + limitar lipídios.
alimentos. O TID pode ser isolado, somente do intestino 2º) Restringir o conteúdo de oxalato da dieta
delgado ou combinado com outros órgãos abdominais Na ausência do cólon Consumir de 4 a 6
como com o fígado, por exemplo. refeições/dia.
40 a 50% de CHO
A função intestinal envolve vários fatores relativos a 20% de proteínas
transporte, digestão, absorção de nutrientes, produção 30 a 40% de lipídios
enzimática e hormonal, proteção mecânica e imunológica. Não há necessidade de restringir oxalato.
A total desconexão da inervação e da drenagem linfática
promove graus variados de distúrbios na fisiologia do O sal deve ser adicionado liberalmente para aumentar a
enxerto. A função hormonal do enxerto, em geral é pouco absorção.
afetada no TID.
Novos fatores de crescimento em SIC (Dan,
A NPT é iniciada dentro de 01 a 02 dias após TID, 2009)
quando o paciente se torna hemodinamicamente estável. A
conversão de NPT em enteral ou oral é de tempo variável. A terapia hormonal com GH e o péptide
Logo que ocorre o retorno da peristalse, por volta do 7° ao glucagoniforme 2 (GLP-2), passou a ser utilizada
10° dia de pós-operatório, e com a integridade da mucosa recentemente para intensificar o processo de adaptação
avaliada por endoscopia, a alimentação enteral por natural.
jejunostomia pode ser iniciada com baixo volume e de A FDA dos EUA já aprovou o hormônio do
forma contínua, dando-se preferência a fórmulas crescimento e a glutamina para serem usadas. As outras
elementares ou semi-elementares com glutamina. Após 02 terapias hormonais, atualmente, só devem ser
a 03 semanas administra-se gordura como uma mistura de consideradas em contextos de pesquisas.
TCL e TCM que pode ser absorvida diretamente na
circulação portal, contudo, ácidos graxos essenciais devem Pacientes nos quais fracassem os esforços de
ser administrados por via parenteral para evitar carência. reabilitação dietéticos, médicos e cirúrgicos podem ser
Com a melhora do enxerto, a alimentação vai progredindo mantidos com NP. Entretanto, considerando os riscos,
até o paciente conseguir ingerir por via oral. custos e qualidade de vida da NP prolongada, o
transplante de intestino delgado e multivisceral deve ser
A função do enxerto intestinal pode acompanhada considerado como uma opção terapêutica.
pelo estudo da dependência de NPT, peso, altura (em
pediatria), volume de urina e da drenagem pelo estoma
(normalmente deixa-se uma ostomia e a reconstrução do Transplante Intestinal e multivisceral (Dan)
trânsito é feita em 02 a 03 meses) e freqüência e natureza
das fezes. Permite adquirir a autonomia gastrointestinal e
recuperar o EN. As principais indicações para sua
prática incluem a disfunção hepática e falta de acesso
vascular para TNP.
21
Existem 3 tipos de transplante intestinal: Exercem efeitos funcionais comprovadamente importantes
pacientes com falência apenas do intestino, que devem e diminuem o risco de para o aparecimento de
receber transplante intestinal isolado; pacientes com determinadas doenças.
falência intestinal associada à doença hepática
avançada que recebe enxerto combinado intestino – Na categoria de “prebióticos”:
fígado e pacientes com falência de vários órgãos Aumentam o número de bífido bactérias
abdominais que necessitam de transplante multivisceral Favorecem a biodisponibilidade de alguns
( pelo menos 3 orgãos abdominais são transplantados minerais
em bloco). Atuam favoravelmente no metabolismo lipídico e
A rejeição celular aguda é frequentemente glicídico
observada no transplante intestinal e causa alta Reduzem o risco para infecções intestinais,
morbimortalidade. doenças cardiovascular, DM, obesidade,
osteoporose e câncer
Uso de Pré e Probióticos nas Doenças Aumentam a qualidade de vida com o avançar da
idade.
Intestinais (Cuppari e Dan, 2009)
Oligossacarídeos não digeríveis, hidrolizados e
Resultados positivos no controle de diarréias e fermentados no intestino grosso, apresentam
melhora da obstipação, assim como nas doenças características favoráveis, caracterizando-se como
inflamatórias intestinais, alergias intestinais e prevenção do prebióticos.
câncer.
Melhor classificação para PREBIÓTICOS: carboidratos
Os possíveis mecanismos envolvidos são: com alto grau de polimerização e não suscetíveis à
inibição da adesão de bactérias; digestão pelas enzimas pancreáticas e as da borda em
atividades diretamente contra os patógenos como: escova.
síntese de compostos que inibem o seu Para ser efetivo, o probiótico deve alcançar o ceco na sua
crescimento/desenvolvimento, estimulação das resposta forma inicial.
imunes e consumo de nutrientes requeridos por patógenos
Critérios para determinação de prebióticos (fibras e outros
Os objetivos principais para o acréscimo de probióticos no carboidratos não digeríveis):
tratamento são: Resistentes à digestão hidrólise e fermentação;
Influenciar perfil da microflora colônica Seletivamente estimular o crescimento de um ou
Garantir sobrevivência dos lactobacillus mais microorganismos nas fezes;
administrados Influenciar aumentando a biodisponibilidade de magnésio,
Habilidade em influenciar a produção de citocinas ferro, zinco e cálcio
e minimizar processos inflamatórios.
22
Questões: 8) Na má absorção de nutrientes, em conseqüência da
diarréia presente na doença de Crohn, é fundamental o
1) Uma das preocupações de pacientes ileostomizados é o seguinte cuidado: (Residência – HUPE/2002)
odor. Alguns alimentos parecem ser particularmente
produtores de odor. São eles: (Residência – HUPE/1992) (A) Restrição de lipídeos e de calorias
(B) Suplementação de zinco e de oxalato
(A) Maçã, couve-flor e pepino (C) Adição de triglicerídeo de cadeia média e de cálcio
(B) Laranja, cebola e pimentão (D) Redução de proteínas e suplementação de magnésio
(C) Melancia, abacate e rabanete
(D) Repolho, feijão e batata-doce 9) A doença celíaca caracteriza-se pela intolerância
(E) Alimentos condimentados, peixe e milho genética ao glúten da dieta. Na prescrição dietética
devemos excluir, além do trigo, os seguintes alimentos:
2) Quando há necessidade de remoção cirúrgica do cólon, (Residência – HUPE/2002)
reto e ânus, é confeccionada uma ileostomia terminal. No
acompanhamento nutricional, atenção especial deve ser (A) Cevada, malte, aveia
dada para evitar a deficiência das seguintes vitaminas: (B) Aveia, centeio, milho
(Residência HUPE / 2005) (C) Milho, malte, centeio
(D) Cevada, centeio, arroz
(A) B12 e C
(B) B12 e K 10) Na colite ulcerativa, a diarréia esta associada a lesões
(C) B1 e C da mucosa que levam à eliminação de muco, sangue e
(D) B1 e K proteínas plasmáticas. Esta diarréia é classificada como:
(Residência – HUPE/2004)
3) Um paciente masculino de 35 anos é encaminhado pela
dermatologia ao ambulatório de nutrição por ser portador (A) Osmótica
de dermatite herpetiforme. A conduta nutricional deverá (B) Infecciosa
contemplar dieta isenta de: (Residência HUPE / 2005) (C) Exsudativa
(D) Secretória
(A) lactose
(B) glúten 11) Na síndrome do intestino curto, diferentes alterações
(C) álcool metabólicas podem ocorrer, dependendo da região
(D) fibras afetada. Entre os itens abaixo, o que não faz parte destas
alterações é: (Residência – HUPE/1997)
4) Na doença inflamatória intestinal, a esteatorréia
promove a perda dos seguintes minerais: (Residência – (A) Esteatorréia
HUPE/2000) (B) Hipocalcemia
(C) Diarréia osmótica
(A) Cobre, zinco e enxofre (D) Hipermagnesemia
(B) Selênio, cobre e enxofre (E) Anemia megaloblástica
(C) Cálcio, magnésio e zinco
(D) Cálcio, fósforo e magnésio 12) Nas síndromes disabsortivas presentes em doenças
(E) Magnésio, selênio e fósforo intestinais inflamatórias, podemos afirmar que: (Residência
– HUPE/1996)
5) A conduta nutricional clássica para diverticulose prevê a
seguinte prescrição: (Residência – HUPE/2003) (A) a esteatorréia decorre da hipersecreção de sais
biliares
(A) Alto teor de fibras e diminuição de gorduras (B) a reação inflamatória colônica reduz a absorção de
(B) Aumento de carboidratos simples e proteínas nutrientes
(C) Aumento da ingestão hídrica e baixo teor de resíduo (C) a ressecção de jejuno terminal favorece a deficiência
(D) Restrição de fibras solúveis e uso de triglicerídeos de de vitamina B12
cadeia média (D) as dietas hipercalóricas e hiperlipídicas melhoram o
quadro de desnutrição
6) Na doença celíaca, alem da restrição de glúten da dieta, (E) o crescimento bacteriano exagerado pode provocar
pode ser necessária a restrição inicial de: (Residência – deficiência de vitamina B12
HUPE)
13) Secundárias as ressecções do intestino delgado,
(A) Triglicerídios de cadeia longa ocorrem complicações como: (Residência – HUPE/1996)
(B) Gliadina
(C) Frutose (A) hiperplasia celular, diarréia e hiperglicemia
(D) Lactose (B) esteatorréia, perda hidroeletrolítica, hipoplasia celular
(E) Malte (C) hipoglicemia, hipoalbuminemia, hipersecreção de
gastrina
7) Após a ressecção do intestino delgado, a condição (D) má absorção de proteína e carboidrato, saponificação
secundária que contribui para a má absorção é: de Na e K, hiposecreção de ácido clorídrico
(Residência – HUPE/2002) (E) Hipersecreção gástrica, aumento do peristaltismo e
motilidade gastrointestinal e crescimento bacteriano
(A) Hipoproliferação bacteriana
(B) Inativação de lípase pancreática 14) Um dos ácidos graxos de cadeia curta, relacionados
(C) Diminuição da secreção de ácido gástrico abaixo, apresenta menor concentração no sangue portal
(D) Aumento do nível do hormônio colecistocinina pela sua intensa utilização na mucosa colônica: (HUPE /
2002)
23
(A) Láurico 21) A síndrome do intestino curto consiste em conjunto de
(B) Acético sinais e sintomas usados para descrever as
(C) Butírico conseqüências nutricionais e metabólicas de grandes
(D) Propiônico ressecções do intestino delgado. As causas mais comuns
da síndrome do intestino curto são: (Prefeitura Municipal
15) No plano alimentar de um paciente portador de espru de Niterói – 2003)
não-tropical em fase aguda, devem ser incluídos na dieta:
(A) doença de Crohn, doença vascular mesentérica e
(A) Leite de vaca, macarrão, biscoitos malignidade;
(B) Arroz, milho, amido de araruta (B) retocolite ulcerativa, esofagite e malignidade;
(C) Salsicha, azeite, ovomaltine (C) úlcera péptica, doença vascular mesentérica e
(D) Refrigerantes, biscoitos e vegetais cremosos esofagite;
(D) doença de Crohn, insuficiência hepática e retocolite
16) Dentre as causas da esteatorréia, assinale aquela que ulcerativa;
não se relaciona com a síndrome do intestino curto: (E) insuficiência hepática, esofagite e malignidade.
(A) A reintrodução de clara de ovo e frango, além de caldo 23) Indivíduos com ressecções intestinais extensas,
de feijão poupando menos de 60 cm de intestino delgado,
(B) Administração de TCL, além de caldo leguminosas e necessitarão inicialmente do seguinte tipo de alimentação
uso de alimentos pouco formadores de resíduos para atingir as suas necessidades: (Hospital Geral Dr.
(C) Isenção de lactose e sacarose Waldemar Alcântara – 2002)
(D) Baixa oferta de lipídeos, utilizando-se TCM
(A) Líquida, isenta de lactose através da via oral
18) A doença diverticular refere-se à herniações (B) Fórmula polimérica através de cateter
semelhantes a sacos na parede colônica e tem sua (C) Fórmula oligomérica através de cateter
incidência aumentada com o avanço da idade. O (D) Nutrição parenteral central
tratamento nutricional de paciente com diverticulose
baseia-se na ingestão: (Casa da Moeda – 2005) 24) A doença celíaca ocorre em pacientes que apresentam
reação a um componente do glúten, a gliadina. O
(A) elevada de fibras alimentares tratamento nutricional baseia-se na remoção completa da
(B) elevada de proteína de alto valor biológico gliadina da dieta. Qual a preparação abaixo que pode ser
(C) reduzida de carboidratos refinados consumida normalmente por esses pacientes?
(D) reduzida de gordura saturada (Nutricionista Jr 2005)
(E) reduzida de leites e derivados
(A) Croquete de carne.
19) Atualmente, na síndrome do intestino curto, vem sendo (B) Biscoito de aveia.
realizado, na prática clínica, o procedimento que preconiza (C) Creme de espinafre.
o fluxo direto de nutrientes. O conteúdo da dieta é (D) Polenta frita.
importante para a atrofia intestinal, sendo considerados (E) Quibe de Forno.
fatores tróficos os seguintes: (Cia Nacional de
Abastecimento – 2005) 25) Crianças portadoras de doença celíaca podem ingerir
os seguintes alimentos: (Comando da Marinha 2004)
(A) hormônios intestinais, secreções gástricas e colesterol;
(B) fibras dietéticas, ácidos graxos de cadeia curta e (A) mingau de aveia, suco de frutas cítricas e leite
glutamina; enriquecido com frutas.
(C) sais biliares, glucagon e hormônio do crescimento; (B) bolo simples, leite com cevada e suco de frutas.
(D) poliaminas, prostaglandinas e pepsinogênio; (C) sorvete, leite enriquecido com 3 cereais (arroz, milho e
(E) camitina, putrescina e HCl. centeio) e mingau de fubá.
(D) mingau de fubá, picolé de frutas e leite enriquecido
20) A intolerância ao glúten, ou doença celíaca, em geral com frutas .
manifesta-se durante a 1ª infância, por diarréia, má (E) biscoitos tipo cream cracker, mingau de fubá e leite
absorção, desnutrição atraso do crescimento. Nesses enriquecido com frutas.
casos a dieta recomendada deveria ser: (EMAFER – 2005)
26) Em relação a mucosa intestinal durante a terapia
(A) Pobre em caloria e proteína, rica em lactose e isenta nutricional, e incorreto afirmar que: (Comando da Marinha
de glúten 2004)
(B) Rica em caloria e proteína, pobre em lactose e isenta
de glúten (A) o butirato é o alimento preferido das células do
(C) Rica em caloria e proteína, rica em lactose e glúten intestino grosso, e é produzido pela ação de fermentação
(D) Rica em caloria e proteína, pobre em lactose e rica em das bactérias do intestino sobre a fibra de dieta.
glúten (B) os prebióticos podem ser utilizados para restabelecer
(E) Todas alternativas estão incorretas as populações de microflora saudável, quando estas
populações foram devastadas pelo uso de antibióticos.
24
(C) os antibióticos de amplo espectro causam impacto (E) dieta restrita em fibras
negativo sobre a integridade intestinal.
(D) o trato gastrintestinal desempenha um papel 33) Um indivíduo com constipação intestinal precisa ingerir
fundamental ao impedir a entrada de toxinas exógenas no diariamente, pelo menos, a seguinte quantidade em g de
sistema circulatório, pela função de barreira da mucosa fibra dietética: (PMRJ 2000)
intestinal.
(E) o sistema imunológico intestinal é composto pela IGE (A) 5
secretória, que dentre outras funções, inativa toxinas e (B) 10
bactérias como a E. Coli. (C) 15
(D) 25
27) “Pacientes portadores de doença celíaca ou espru não (E) 40
tropical apresentam dano às vilosidades da mucosa
intestinal, resultando em mal absorção de todos os 34) Em relação a características, recomendações e
nutrientes”. O cuidado nutricional deverá ser ingestão de fibras, assinale a alternativa incorreta: (Corpo
fundamentado na: (Bombeiros – nutricionista – 2001) Saúde Marinha 2001)
(A) retirada de milho, batata e arroz; (A) a ingesta excessiva de fibras pode interferir com a
(B) retirada de tapioca, araruta e soja; absorção de cálcio e zinco, especialmente em crianças e
(C) retirada de trigo, aveia e centeio; idosos
(D) retirada de cevada, milho e trigo; (B) a ingesta de fibra deve constituir uma mistura de fibras
(E) retirada de trigo, milho e centeio. solúveis e insolúveis, numa proporção de 3:1
(C) o consumo de dietas ricas em fibras parece estar
28) A perda do íleo terminal é mais problemática que a inversamente relacionada a incidência de doença
perda do jejuno devido às funções ileais que envolvem a cardiovascular, câncer do cólon, diabetes e desordens
absorção de: (Bombeiros – nutricionista – 2001) gastrointestinais
(D) recomenda-se uma ingestão de fibras de 25 a 35
(A) ferro; gramas por dia ou 10 a 13 gramas por 1.000 kcal
(B) cálcio; (E) as fibras solúveis são substratos para fermentação
(C) vitamina B12; pelas bactérias colônicas
(D) vitamina C;
(E) vitamina B1. 35) Na orientação dietética para doença inflamatória
intestinal na fase aguda deve ser recomendada dieta:
29) A intolerância a carboidratos mais comum e que afeta (Corpo de Saúde da Marinha 2001)
as pessoas de todos os grupos etários é: (Bombeiros –
nutricionista – 2001) (A) hipercalórica, rica em fibras
(B) hipercalórica, sem lactose
(A) intolerância a sacarose; (C) hiperglicídica, sem lactose
(B) intolerância a lactose; (D) hiperlipídica, sem fibras
(C) intolerância a glicose; (E) normoproteica, hiperglicídica
(D) intolerância ao amido;
(E) intolerância a maltose. 36) Nos últimos anos, estudos com ácidos graxos tem se
mostrado promissores em interferir na atividade da doença
30) A diarréia é caracterizada pela freqüente evacuação de de pacientes portadores de retocolite ulceratriva baseados
fezes liquidas acompanhada de perda excessiva de liquido nas seguintes premissas.
e eletrólitos. É considerada diarréia osmótica: (Bombeiros
– nutricionista – 2001) I – os ácidos graxos de cadeia curta são troficos para a
mucosa colônica
(A) diarréia que acompanha a doença de Crohn II – os ácidos graxos de cadeia curta são fontes
(B) diarréia que acompanha a colite ulcerativa crônica energéticas preferenciais para o epitélio colônico
(C) diarréia que acompanha a síndrome de Dumping III – a eficácia dos ácidos graxos polinsaturados da serie
(D) diarréia que acompanha intoxicação alimentar w6 no controle clinico da doença deve-se a formação de
(E) diarréia que acompanha o cólon irrritável metabólitos com atividade pró-inflamtoria pouco potente
IV – os ácidos graxo polinsaturados são precursores de
31) A colite ulcerativa é uma doença inflamatória intestinal agentes pró-inflamatórios que estão envolvidos na
caracterizada por ulceração da mucosa. A anemia pode patogênese da retocolite ulcerativa.
estar presente como resultado: (Bombeiros – nutricionista
– 2001) Assinale a alternativa correta? (Corpo Saúde Marinha
2001)
(A) menor ingestão de alimentos ricos em gordura
(B) perda sanguínea (A) I e III.
(C) hipovitaminose (B) I, II e IV
(D) malabsorvição (C) III e IV
(E) desidratação (D) II
(E) IV
32) Para o portador de doença diverticular do cólon
(diverticulose) é indicado: (Bombeiros – nutricionista – 37) A doença celíaca ou espru não tropical, e
2001) caracterizada pela sensibilidade ao glúten. No entanto
essa doença é especificamente causada por uma reação
(A) dieta com alto teor de fibras ao componente solúvel em álcool do glúten. Qual é este
(B) dieta com baixo teor de resíduos componente? (P.M.SAQUAREMA)
(C) dieta hiperprotéica
(D) dieta normolipídica (A) Histidina
25
(B) Gliadina classificado etiologicamente como diarréia tipo: (Prefeitura
(C) Glicina do RJ – 2008):
(D) Glutamina
(A) osmótica
38) O nutriente que contribui para a diminuição da (B) secretória
resposta inflamatória é: (HUAP 2003) (C) exsudativa
(D) contato mucoso limitado
(A) ômega – 3
(B) acido butírico 45) Na diverticulose recomenda-se dieta: (Prefeitura de
(C) ferro Niterói – 2008)
(D) vitamina K
(E) palmitado (A) hiperlipídica
(B) hipohídrica
39) A diarréia que ocorre após a ingestão de lactose em (C) rica em alimentos refinados
pacientes com deficiência de lactase é: (HUAP 2003) (D) pobre em fibras
(E) rica em fibras
(A) exsudativa
(B) por contato mucoso limitado 46) Na doença celíaca limita-se o uso de: (Prefeitura de
(C) secretoria Niterói – 2008)
(D) osmótica
(E) fermentativa (A) arroz, tapioca, soja e araruta
(B) trigo, aveia, centeio e cavada
40) No tratamento dietoterápico da constipação intestinal, (C) soja, batata, milho e cevada
um dos aspectos a serem considerados para que as fibras (D) tapioca, arroz, aveia e araruta
possam agir alterando o peso e a consistência das fezes é: (E) mandioca, feijão, soja e milho
(HUAP 2003)
47) A maioria dos pacientes submetidos à ressecções
(A) a oferta de glutamina intestinais importantes necessitam de um tratamento
(B) a proporção de carboidratos nutricional inicial com: (Prefeitura de Angra dos Reis –
(C) o conteúdo protéico 2008)
(D) a cota lipídica
(E) a oferta hídrica (A) maior quantidade de vitaminas hidrossolúveis na
terapia nutricional enteral
41) Em relação a doença de Crohn, é correto dizer que : (B) maior oferta de zinco, magnésio e cálcio durante o
(PMRJ-2001) desmame da terapia nutricional parenteral
(C) menor oferta de vitaminas lipossolúveis na terapia
(A) passada a crise aguda, deve se instituir uma dieta com nutricional parenteral
pouco teor de fibras; (D) substituir TCM por TCL e aumentar a oferta de ácidos
(B) é muito comum a ocorrência de nefrolitiase; graxos essenciais
(C) não ocorre esteatorreia; (E) nutrição enteral precocemente rica em açúcares
(D) o conteúdo proteico da dieta deve ser reduzido simples
(E) a suplementação com ácidos graxos ômega 3 pode ser
útil no tratamento 48) Na terapia nutricional das doenças inflamatórias
intestinais, objetivando a remissão das mesmas, deve-se
42) Dentre as complicações secundarias as ressecções do empregar: (Prefeitura de Angra dos Reis – 2008)
intestino delgado, podem-se citar : (UFRJ/UNIRIO 2005)
(A) dieta hipoprotéica
(A) adaptação intestinal, desidratação e hipovitaminose ; (B) nutrição parenteral
(B) hipertrofia celular, hipoglicemia e hipoalbuminemia; (C) nutrição enteral
(C) deficiência de vitamina B12 , menor secreção de ácido (D) dieta rica em fibras
clorídrico e inativação da lípase pancreática (E) menor fracionamento das refeições
(D) desconjugação de sais bilares, saponificação de
magnesio e sódio e esteatorréia 49) Os sintomas da hipolactasia são aliviados pelo uso de:
(E) nefrolitíase, colelitiase, hipersecreção gástrica e (Secretaria de Saúde do Estado do RJ/2009)
acidose metabólica
(A) 50% de sacarose em substituição a frutose
43) “A glutamina, formada pelo acido glutâmico e a (B) aminoácidos ramificados em substituição a aromáticos
aspargina, a partir do acido aspartico, tem importantes (C) 6 a 12 g de lactose
papeis como reservatórios de grupos amino por todo o (D) 20-30g de fibras solúveis
corpo”. Assinale a alternativa que indica uma função de (E) 10% do VET de ácidos graxos saturados
glutamina: (Bombeiros – nutricionista – 2001)
50) Do total de ingestão de fibras recomendado para
(A) é precursora do oxido nítrico, que e modulador da adultos, a parcela de fibras solúveis deve ser de:
síntese hepática de proteínas; (Secretaria de Saúde do Estado do RJ/2009)
(B) estimula a secreção de insulina e prolactina ;
(C) é substrato energético para os enterocitos; (A) 6 a 10 gramas
(D) estimula a síntese de colina e carnitina; (B) 10 a 20 gramas
(E) precursor do pigmento da pele e do cabelo. (C) 15 a 20 gramas
(D) 10 a 15 gramas
44) O aumento da freqüência de eliminação de fezes com (E) 1 a 6 gramas
presença de muco, sangue e proteínas pode ser
26
51) A esteatorréia na doença inflamatória intestinal pode
promover a perda dos seguintes minerais e vitaminas: (A) leite, hambúrguer e marmelada
(Especialização INCA/2009) (B) mate, macarrão e molho de tomate
(C) sorvete, biscoito de polvilho e goiabada
(A) Cobre, Zinco, Ferro e Vitamina A (D) suco de fruta, maisena e pão de mandioquinha
(B) Cálcio, Fósforo, Magnésio e Vitamina C
(C) Cálcio, Magnésio, Zinco e Vitamina D 57) É um alimento proibido ao paciente celíaco:
(D) Selênio, Cálcio, Ferro e Vitamina E (Aeronáutica/2009)
53) Após investigação clínica da etiologia da diarréia que (A) restrição de gorduras, fibras e lactose na fase de
um paciente apresentava na enfermaria, diagnosticou-se remissão da doença
diarréia do tipo osmótica, provavelmente devido a: (B) restrição de gorduras e açúcar simples na fase de
(Especialização INCA/2009) remissão da doença
(C) restrição de gorduras, fibras e lactose na fase aguda
(A) Colite ulcerativa da doença
(B) Síndrome do intestino curto (D) indicação exclusiva de nutrição elementar por sonda
(C) Deficiência de lactose nasoentérica na fase aguda da doença
(D) Exotoxinas bacterianas (E) indicação exclusiva de NPT na fase de agudização da
doença
54) Após ressecção íleo terminal, faz-se necessária à
suplementação de: (Especialização INCA/2009) 60) Que nutrientes ficam com a absorção seriamente
comprometida após ressecção intestinal com retirada de
(A) Vitamina E importante parcela do íleo e presença da síndrome do
(B) Magnésio intestino curto? (Marinha – 2009)
(C) Ferro
(D) Vitamina B12 (A) gorduras e vitamina B12
(B) selênio e sódio
55) Janete tem 65 anos, é negra e tem diagnóstico de (C) cálcio e vitamina B1
nefropatia hipertensiva. Encontra-se em tratamento (D) vitaminas A e C
dialítico há cinco anos. Durante a hemodiálise Janete (E) triglicerídeos de cadeia média e sódio
relatou ao nutricionista perda de apetite e constipação
intestinal. 61) A colite ulcerativa é uma doença intestinal de causa
A avaliação neste dia revela: (Residência HUPE/2009) desconhecida, caracterizada por inflamação na mucosa e
Avaliação nutricional: Avaliação laboratorial: submucosa. No tratamento nutricional é indicada a
Peso pré-hemodiálise: Glicose: 80 mg/dl suplementação de: (Petrobrás 2010)
62Kg Uréia: 82 mg/dl
Peso seco: 58Kg Creatinina: 3,4 mg/dl (A) tiamina
Estatura: 1,60m Sódio: 133 mEq/l (B) biotina
Diurese residual: 500ml Potássio: 5,8 mEq/l (C) riboflavina
(D) vitamina C
Para o tratamento da constipação de Janete o nutricionista (E) vitamina A
orientou o aumento da ingestão de:
62) O tratamento dietoterápico para pacientes com doença
(A) água celíaca, deverá excluir os seguintes cereais: (Emgepron,
(B) azeite 2010):
(C) mamão
(D) farelo de trigo (A) aveia, polvilho e tapioca
(B) araruta, farinha de milho e de trigo
56) Douglas tem 16 anos e apresenta diagnóstico de (c) centeio, araruta e polvilho
doença celíaca há sete meses. Foi internado com (D) centeio, trigo e cevada
emagrecimento associado à diarréia crônica e distensão
abdominal. O manejo inicial do tratamento nutricional de 63) A suspensão do glúten dietético é fundamental para o
Douglas consiste em permitir o consumo de: (Residência controle da doença celíaca. Dos alimentos que constituem
HUPE/2009) as principais fontes, o que contém menos glúten é: (INCP,
2010)
27
(D) hiperproteica, isenta de fibras solúveis, com adição
(A) cevada demarginina e glutamina
(B) trigo
(C) centeio 68) As fibras insolúveis, que aceleram o trânsito intestinal
(D) aveia e reduzem a constipação intestinal, estão presentes nos
seguintes alimentos: (Fiocruz/2010)
64) A doença celíaca foi considerada por muito tempo
como uma síndrome de má absorção, é definida como (A) aveia, tomate e linhaça;
uma resposta de hipersensibilidade à glidina. No (B) morango, banana e cebola;
tratamento dietoterápico, o alimento que pode ser (C) alho, maçã e leguminosas;
consumido sem restrição é a (o): (Petrobrás, 2010) (D) grãos integrais, repolho e ervilha;
(E) casca de frutas cítricas, leguminosas secas e farelo.
(A) tapioca
(B) bolo simples 69) No tratamento nutricional dos casos de diarréia em
(C) pão de centeio adultos é recomendada uma dieta pobre em resíduos,
(D) repolho empregando os seguintes itens: (Friocruz/2010)
(E) mingau de aveia
(A) inulina, pectina e flocos de chicória.
65) A constipação intestinal pode ser classificada em dois (B) farelo de trigo, granola e cereais integrais.
tipos (atônica e espástica). Correlacione a 1ª coluna (tipo (C) frutose, triglicerídeos de cadeia média e amendoim.
de constipação intestinal) com a 2ª coluna (descreve a (D) feijões, repolho e soja.
característica da dieta). (Polícia Militar, 2010) (E) ervilha, farinha de trigo integral e maçã.
1ª coluna – tipo de 2ª coluna – característica da dieta 70) Para pacientes com doenças inflamatórias intestinais,
constipação a dieta deve ter as seguintes características:
1. Atônica ( ) volume diminuído concentrado (Fiocruz/2010)
2. Espástica ( ) hiperfibrínica optando por
celulose crua (A) rica em fibras insolúveis e com 1,0 a 1,5g de
( ) temperatura fria ou gelada em proteínas/kg de peso/dia.
jejum (B) pobre em fibras insolúveis e com lipídeos de 25-30%
( ) evitar concentração de do VET.
dissacarídeos (C) rica em fibras insolúveis e TCM.
( ) Isento de caldo concentrado em (D) rica em fibras solúveis e isenta de lactose.
purina (E) pobre em fibras solúveis e lipídeos.
Assinale a alternativa que apresenta a ordem correta: 71) No tratamento nutricional de pacientes portadores de
doença inflamatória intestinal, deve-se evitar alimentos
(A) 2, 1, 1, 2, 2 ricos em: (IABAS, 2010):
(B) 1, 2, 2, 1, 1
(C) 1, 2, 1, 2, 1 (A) ácidos graxos da série ômega 3
(D) 2, 1, 2, 1, 2 (B) fibras solúveis
(C) gordura polinsaturada
66) Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela na qual (D) fibras insolúveis
todos os alimentos citados são permitidos na dieta de um (E) potássio
indivíduo com doença celíaca: (Pm São Gonçalo, 2010)
72) A doença de Crohn é uma doença inflamatórioa
(A) maçã, vitamina de bana com aveia, milho cozido, intestinal segmentar, que pode afetar qualquer parte do
bolacha água e sal trato alimentar, desde a boca até o ânus, porém envolve
(B) maça, bana amassada com farinha Láctea, pão predominantemente o íleo terminal e o cólon. Leia as
francês, bolo de fubá afirmativas abaixo e marque a opção CORRETA.
(C) pão de batata, biscoito de araruta, cream cracker e (Residência INCA/2011)
macarrão
(D) mingau de aveia, cuscuz de tapioca, bolacha cream I A glutamina é fonte energética para células intestinais,
cracker garantindo a manutenção da estrutura e funções
(E) bolo de milho, suco de laranja, canjiquinha com feijão, intestinais, durante o comprometimento da barreira
pão de batata mucosa.
II Na fase aguda da doença de Crohn a dieta deve ser
67) Paciente, 39 anos, com diagnóstico de doença de isenta de lactose, devido à baixa atividade da enzima.
Crohn em segmento jejunal, apresentando-se na fase III As fibras solúveis devem ser restritas por serem
aguda doença. Assinale a alternativa com as substratos de ácidos graxos de cadeia curta para as
recomendações dietéticas para este paciente. (Residencia bactérias intestinais, que agridem a mucosa intestinal.
UFRJ/2011)
(A) As afirmativas I e II são verdadeiras.
(A) hipolipídica, isenta de lactose, com restrição de (B) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
monossacarídeos e rica em fibras solúveis (C) As afirmativas II e III são verdadeiras.
(B) normolipídica, restrita em fibras dietéticas, isenta de (D) As afirmativas I, II e III são verdadeiras.
sacarose e lactose
(C) hiperglicídica, rica em fibras insolúveis, 73) A obstipação intestinal é uma alteração do trânsito
antifermentativa e com adição de ácidos graxos da série intestinal, mais especificamente do intestino grosso,
n-3 caracterizada por diminuição do número de evacuações,
fezes endurecidas e esforço à defecação. Leia as
28
afirmativas abaixo e marque a opção correta. (Residência
INCA/2011) 76) O termo “Má- Absorção Intestinal” é usado para
descrever processos que primariamente envolvem
I A ameixa preta e seu suco auxiliam no tratamento prejuízos na digestão, disfunção em nível de mucosa ou
dietético da obstipação intestinal, porque contém o ácido manejo pós-absortivo de nutrientes. História de prejuízo no
diidroxifinil isotina, que estimula a motilidade intestinal; crescimento infantil ou diarreia em adultos pode sugerir a
II Recomenda-se a ingestão de 8 copos/dia de líquidos presença de processos latentes ou crônicos de má-
para auxiliar na maciez das fezes. absorção de nutrientes. Relacione cada nutriente com sua
III As fibras alimentares aumentam o volume e a maciez manifestação clínica de má absorção intestinal. (São
das fezes, além de acelerar o trânsito intestinal. Gonçalo, 2011)
29