Exu o Imenso Infinito

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Exu o imenso Infinito

um Orix indispensvel dentro do culto, sem ele no existe Orix, pois ele
que serve de mensageiro entre os Deuses e os seres humanos. Exu o
guardio das casas, dos templos das cidades e das pessoas. Toda vez, que for
fazer algo a algum Orix deve ser feito primeiro oferendas Exu. Ele pode ser
considerado o mais humano dos Orixs, nem mau, nem bom. Exu foi criado
da mesma matria divina da qual os seres humanos foram criados. Como
Orix, diz-se que ele veio ao mundo com um porrete chamado Og, que teria
a propriedade de transporta-lo, ele representa tambm toda a fertilidade que
consagrada a ele. Mensageiro dos homens aos Orixs. Elemento dinmico,
caminha entre o Cu ( Orum ) e a Terra ( Ai ), sempre levando mensagens
dos filhos aos orixs. Exu nico, e como nico tem o poder de transformar
tudo a sua volta. Exu est a frente da evoluo do mundo, participando de
tudo ao seu redor. Todo ser humano possui seu Exu individual, como tem seu
Orix. Exu responsvel pela comunicao, pela evoluo, pois est
associado a atividade sexual, que assegura a continuidade da espcie
humana. Como ligado a evoluo, tambm ligado ao destino das pessoas, e
com isso pode circular livremente entre todos os elementos da terra. Ele
tambm representa o feminino e o masculino. Exu, por ser o senhor dos
caminhos, pela responsabilidade que ele tem, o primeiro a ser cultuado em
qualquer ritual. Somente ele tem o poder de abrir ou fechar os caminhos,
conforme for tratado. Tanto pode trazer coisas boas, como m, pelo fato de
estar sempre no caminho. A presena de Exu necessria, pois somente ele
transporta as oferendas e somente ele pode fazer aceita-las ou no. Se no
agraciado no incio de qualquer ritual, pode haver um desequilibro, o que faria
que ele fechasse os caminhos e liberasse foras negativas para castigar quem
no o tratou direito, pois ele pode punir ou proteger. Mas bem tratado, ele
somente semeia o bem, fertilidade, sade, harmonia. Seu local consagrado
para adorao a encruzilhada (orita), aonde todos os caminhos se cruzam,
para poder observar e a partir da, controlar todos os caminhos. A rosa dos
ventos o representa pois ela representa todas as direes do mundo. Diz-se
que Exu nasceu com uma lamina sobre a cabea. Isso por sinal, dito em uma
de suas saudaes;

"Sons ob ko lori eru" ( A lmina afiada, ele no tem cabea para carregar
fardo)
Ex considerado a terceira cabaa da existncia, muito embora ele seja
considerado como o primeiro Orix a pisar na Terra, Oxal a primeira
cabaa da existncia e Odudu a segunda cabaa.
Exu um Orix de grande importncia entre os Iorubs. Por ser muito
corajoso e esperto, considerado maior do que os outros Orix, e nunca
esquecido por seus cultuadores que, a fim de aplacar sua ira, fazem-lhe as
oferendas de alimentos sempre em primeiro lugar. Pode ser maldoso a
qualquer momento, sendo por isso chamado de Buruku (qualificao
maligna).

comum oferecer a Exu, entre outros, bodes (bko),
azeite-de-dend (Ep Pp), galos (kko), caracis
(gbn), aca e Ob. Sobre sua imagem (re) colocam-se
azeite-de-dend (Ep Pp) e sangue de animal ( j),
simbolizando seu banho por essas substncias. s
inimigo de alguns rs. A fim de incit-lo maldade
contra algum, coloca-se sobre sua imagem (re) um leo
denominado ad e um bilhete contendo o nome da pessoa
contra quem se pratica o feitio. Pessoas pedem tambm
fecundidade a esse Orix. Conseguindo-a, do a seus
filhos nomes que incluem o de Exu, tais como Exu-
Tossim ( bom cultuar Exu), Exu-Bi (Nascido de Exu)
etc. Exu possui tambm outros nomes, como Elegbara,
Elegb, Legb. Os Iorub acreditam que ele sempre
carrega um objeto chamado Agongo Ogo, com o qual
realiza suas maldades. A imagem de Exu feita de um
conjunto de pedras (Iangui). Fazem-lhe sacrifcios para
mant-lo em frente de casa, mas sua imagem jamais
mantida no interior do lar, sob pena de amaldioar a
famlia.

As cidades onde se cultua Exu so: Ondo, Ilesa, Ijebu, Abeokuta e Ekiti. H
cem anos atrs costumava-se sacrificar seres humanos em homenagem a Exu,
pratica hoje abandonada.

Reza para Exu
Este ADURA para pedir proteo a Exu e abrir nossos caminhos. Este
Adur to simples e lgico que bom memoriz-la e fazer dela nossa orao
diria, bastando para isso rez-la mastigando pimenta da costa 9 (nove) se for
homem e 7 (sete) se for mulher. Faa esta orao e depois cuspa para frente a
pimenta mastigada na boca.

"Exu Oni bod Orum
Oxetur eni omo i eni o mo bab
Ti Adi toju bi omo Elegbara iu la pe loni u loni i bi omo ti nj
I re uara nitori rogb di il ai po joj ogum ni u
Ogum lehim il ai ogum oj jumo ogum
Ati i to mu olomo ki o ma mo omo re to mu ore di ot arauom
To mu eni du ipo omo lakeji to jeki a f oju mo nk eni
Au beb fum ab re Exu Lalu u gb or ati laroi
U so u bab njad lo so u ti a p pad u le u ki ogum
Ai ma le riu gbe se Exu olo na on ti Exu ba si enik ki di u si on fun
U eniti Exu ba si onar lo segum ai se uani olussegum ki ot
Ma leri na gbe se eni on re ba si peregued loni alafia bab or Exu Odara
da ab re bou loni
Ax ax ax."

Traduo

Exu guardio do Orum
Oxetur, aquele que no conhece sua me, aquele que no
conhece seu pai
Mas que recebeu todo cuidado de Adi, O dinmico.
voc que estamos chamando, venha nos atender hoje
assim que o filho atende sua me
As intrigas deste mundo esto demais
A guerra est na frente, a guerra est atrs de ns
O mundo uma guerra diria A guerra de sobrevivncia
Que fez os pais desconhecerem seus filhos Que fez os
amigos virarem inimigos Que fez pessoas tomarem o
lugar dos outros
Que fez com que colocassem olho grande em nossas
coisas Ns estamos pedindo a sua proteo Exu, o
ouvidor, Venha ouvir nossas palavras e reivindicaes
Proteja-nos ao sairmos de casa Proteja-nos ao voltarmos
para casa, que a guerra deste mundo no consiga nos
vencer Exu o dono dos caminhos
O caminho que Exu abre ningum capaz de fechar,
venha abrir nossos caminhos
Aquele a quem Exu abrir os caminhos ser o vencedor na
guerra da vida Faa de ns vencedores Que o inimigo no
consiga nos vencer
Aquele que tem seus caminhos abertos Ter sade, o pai
de todas as riquezas Exu o imprevisto venha a nos
proteger hoje com todas as foras ax.


Os 16 Ttulos mais conhecidos de Exu
Exu Iangui - O Senhor da Pedra Vermelha Laterita
Exu Agb - O Grande Senhor dos Ancestrais
Exu Igb Ket Igba - A Terceira Cabaa
Exu Okot - O Senhor do Caracol
Exu Ob Bab Exu - O Rei e Pai de todos os Exus
Exu Odara - O Senhor Dos Bons Pedidos, da Felicidade
Exu Ojis - O Mensageiro dos Orixs
Exu Eleru - O Senhor das Obrigaes e Rituais
Exu Enu Gbarijo - O Senhor da Boca Coletiva
Exu Elegbara - O Senhor do Poder Mgico
Exu Bara - O Senhor do Corpo
Exu On - O Senhor dos Caminhos
Exu Olob - O Senhor da Faca
Exu Elegb - O Senhor dos Ebos e Oferendas
Exu Alafia - O Senhor da Satisfao Pessoal
Exu Oduss - O Vigia dos Odus


Aspectos Gerais


DIA: Segunda-feira.
DATA: Todos os dias so de Exu.
METAL: No tem, sua matria a terra em seu estado de pureza.
CORES: Preto (ou seja, a fuso das cores primrias) e vermelho.
COMIDAS: Farofa de azeite-de-dend, ek (aca), carne mal passada.
SMBOLOS: Og de forma flica, falo ereto.
ELEMENTOS: Terra e fogo.
REGIO DA FRICA: Exu universal.
PEDRAS: Rubi e Granada.
FOLHAS: Folha de fogo, corao-de-negro,aroeira vermelha, figueira brava,
bredo, urtiga.
ODU QUE REGE: Okar e Ouarm.
DOMNIOS: Sexo, magia, unio, poder e transformao.
SAUDAO: Laroi!

A saudao de Exu, Laroi pode ser traduzida como Pessoa muito falante.
Ento ao dizermos Laroi Ex estamos dizendo Exu o falante.

Arqutipo - Exu - Os filhos de Exu possuem uma
personalidade imprevisvel, impulsivos, misteriosos,
provocadores, intrigantes, desconfiados, so inteligentes,
compreensivos com os problemas dos outros e bons
conselheiros. No aceitam derrotas, so melindrosos,
impacientes, por vezes agressivos, de temperamento
difcil, muito vingativos sempre do o troco. Possuem
muita tendncia espiritualidade e mo de feitio.

Oriki de Exu

"Eke a p elek
Odal a p Odal
Oun ti a ba se nisal il
Oju Olodumare ni to
Difa fun Amokum se al
To ni oba aye ko ri oun
Bi oba aye ko ri o nko

Oju Olodumare n'uo ."


Traduo


Mentira matar o mentiroso

Traio matar o traidor
Tudo o que voc faz em um lugar escondido
Todo poderoso Olodumare est observando
Estas sos as declaraes de If para
Ele quem usa a roupa da escurido para roubar
E ele diz que ningum toma conhecimento
Se os reis mundialmente no o vissem
Todo poderoso Olodumare est olhando para voc.



"Exu ot Orix
Oxetur ni oruk bab m
Alagog ij ni oruk i mp
Exu Odara, omokunrim Idolofim
O l sons si ori ess eless
Ko j, ko j ki eni nj gbe mi
A ki lou lai mu ti Exu kur
A ki lai lai mu ti Exu kur
A s tum se ossi laini itiju
Exu apat somo olomo lenu
O fi okut dip i
Loguemo Orum, a nl kalu
Pa apa uara, a tuka mass s
Exu mass mi, omo elomir ni o se."

Traduo

Exu, o que questiona os Orixs
Oxetur o nome pelo qual voc chamado por seu pai
Alagog Ij o nome pelo qual voc chamado por sua
me
Exu Odara, o homem forte de Idolofim
Exu, que senta no p dos outros.
Que no come e no permite a quem est comendo que engula o alimento
Quem tem dinheiro, reserva para Ex a sua parte
Quem tem felicidade, reserva para Ex a sua parte
Exu, que joga nos dois times sem constrangimento
Exu, que faz uma pessoa falar coisas que no deseja
Exu, que usa pedra em vez de sal
Exu, o indulgente filho de Deus, cuja grandeza se
manifesta em toda parte
Exu, apressado, inesperado, que quebra em fragmentos que no se poder
juntar novamente,
Exu, no me manipule, manipule outra pessoa.


"I gb Exu Lalu
Exu og onilu
Atobajai, eless ogum
Orili logum
Alagad ei
Orok ni oj eb l
Exu tabirigbongbom
Abonijau kumo
Exu olaf, asseni bani dar
Exu iu lo xe babala
Oj metadinlogum lo gbe od Oi
Exu ma se mi omo elemir ni o xe
Exu ma se mi lu enia ma se enia lumi
Ma jeki a rij re
I u lo se iau, ti fi ko ok re sil
Exu ma se mi, omo elomir ni o se
I u lo se enia to fi binu soku
I u lo se enia to di ko sod
Exu ma se mi, omo elomir ni o se
I bukum pupo ni emi f lod re
Eu iu ni iler
Ab, egbeg, ir or bem lou re
J ou ki ou fum mi ni nk uoni
Exu Elegbara, gbo mi kiaki
Exu ma se mi, omo elomir ni ki o se
Ax."


Traduo


Exu eu te sado.
Exu homem forte na cidade, pessoa suficiente para ficar
no lado em toda a vida.
Pessoa que tem frutas medicinais.
Voc que monta cavalo de banheiro para entrar no quarto,
voc que tem medicina forte.
Voc uma pessoa que vai embora quando o sacrifcio
ficou estragado.
Voc que acha um basto para aquele que briga.
Exu, o apitador que d danos na gente, ainda simpatiza
conosco.
Exu, voc quem provocou Babala e fez ele ficar na casa
de Oi por dezessete dias.
Exu, no me faa mal no filho do outro.
Exu, no me provoca contra qualquer pessoa e no
provoca as pessoas contra mim.
Exu, para nada acontecer para os meus filhos.
Exu, para nada acontecer para minha famlia.
No deixa ver a sua raiva, voc quem provocou o rei para
sair do trono.
Voc quem provocou a esposa a deixar seu marido.
Exu no faa mal, faa mal no filho do outro.
Eu quero prosperidade de voc, Exu, voc que o dono de
sade, proteo,
Promoo, bondade e prosperidade, por favor, me d tudo
isto.
Exu Elegbara (Senhor do poder), me ouve depressa, Exu,
no me faa mal, faz mal nos filhos dos outros.
Ax.



Ancestralidade
A ancestralidade algo muito complexo dentro da cultura
dos povos africanos. A ancestralidade masculina e
feminina so cultuadas separadamente, o culto ao ancestral
masculino, hoje, cultuado de duas formas, Aglutinada,
como uma divindade que a personifica atravs do Culto de
Or e de uma forma individualizada, por intermdio do
Culto de Egungun. A ancestralidade feminina cultuada,
hoje, de apenas uma forma, por intermdio do Culto de
Iymi, o culto individualizado da ancestralidade feminina
era realizado pelo Culto de Elek, cuja a grande matriarca
era a Orix Ob, esse culto se perdeu quase que por
completo, tal fato ocorreu porque o culto representava um
srio perigo ao poder dos homens. Aqui pretendo explicar
superficialmente um pouco sobre cada uma das
sabedorias.

A Morte
Indubitavelmente um dos maiores descobrimentos do
Sculo XX foi a estrutura de dupla hlice do DNA a
chamada base de construo da vida. A beleza e elegncia
dos dois fios do DNA tranados em espiral um em torno
do outro apresenta um maravilhoso smbolo do
desenvolvimento da vida, no somente da construo de
formas biolgicas, mas tambm a evoluo daquilo que
existe como causa primria, a conscincia. Porque se
adicionarmos o empuxo da evoluo ao ritmo dos ciclos
da natureza, o crculo da vida transformado numa
contnua espiral rotatria atravs da qual a conscincia se
expressa.
Aprofundando mais neste smbolo, se os dois fios espiralados forem
entendidos como entrelaando esprito e matria, a conscincia pode ser vista
como o efeito resultante da evoluo desta interao. Temos aqui uma
estimulante perspectiva sobre o nobre caminho do meio ensinado pelo Buda, o
desafio de trilhar o caminho de maneira eqidistante entre estes pares de
opostos as duas grandes linhas de fora tal como se expressam em
qualquer nvel, contrabalanando e relacionando-os entre si numa expresso
harmoniosa. Assim como o Buda, o Cristo e outros grandes guias espirituais,
tambm cada unidade de conscincia evolui atravs deste grande processo
espiral a soma total da manifestao planetria avanando lentamente numa
viagem de redeno espiritual.
Esta evoluo super abrangente requer o constante desprender de formas e a
aquisio de novas, medida que novas combinaes de matria e esprito
proporcionem veculos mais refinados para expressar o desenvolvimento da
conscincia. Quando a potncia de uma forma est exaurida e no mais
adequada, a forma descartada e uma mais apropriada adquirida. Este o
princpio fundamental por trs do processo de morte e renascimento em todos
nveis da natureza. Onde exatamente esta espiral leva ou termina ningum na
realidade sabe; tudo que pode ser dito que o prximo passo est sempre mais
frente, lentamente percebido na medida que somos impulsionados para
frente pelo poder da prpria vida.
Desafortunadamente a sociedade secular tem, de maneira progressiva, se
isolado do processo cclico de vida e morte que caracteriza nossa ascenso na
espiral. Sempre em busca de novas sensaes, nosso irrefrevel sqito de
materialismo tem resultado numa identificao muito forte com nosso corpo,
nos enredado nos seus sentidos e conseqentemente perdido o contato com
nossa natureza interior. O propsito dos sentidos informar, no aprisionar, e
somente nos desembaraando deles e interiorizando a nossa linha de
investigao, podemos ter esperana de recuperar alguma verdadeira
compreenso da natureza da morte. Temos que despertar os sentidos
esotricos interiores e seguir a sua orientao a fim de contatar o ncleo
imortal do nosso ser que permanece inabalvel e sereno durante os longos
ciclos de vida, morte e renascimento. Ento podemos conhecer em primeira
mo a entrada numa vida mais grandiosa o formoso segredo que encobre o
processo da morte.
Somente pela compreenso da vida aps a morte como uma extenso da vida,
que a morte pode ser entendida como simplesmente uma transio uma
relocao da conscincia de uma rea da divina espiral a outra. Neste sentido
morte simplesmente a libertao da limitao, da qual temos uma
experincia parcial todas as noites durante as horas de sono. Morte e sono so
fundamentalmente o mesmo, sem diferena, exceto em grau; ... sono uma
morte imperfeita e morte um sono perfeito. Esta a principal questo em
todo ensinamento sobre a morte... Morte no o oposto de Vida, mas
atualmente um dos modos de viver uma modificao de conscincia, uma
mudana de uma fase da vida a outra pela subservincia ao carma, ao
destino... Nossos corpos esto em constante estado de mudana, seus tomos
esto num processo contnuo de renovao... Mesmo enquanto encarnados
estamos vivendo no meio de incontveis mortes diminutas.
Morte , na realidade, deteriorao no tempo e espao e se deve tendncia
do esprito-matria a se isolar, enquanto em manifestao. Este enunciado
reflete todo o processo da jornada da Vida (involuo) entrada na forma e
num estado de conscincia cada vez mais individualista e separado, e ento
(evoluo) de volta unidade levando conosco os frutos da nossa experincia
como agregado de aprimoramento e qualidade. Quando reconhecemos este
ciclo podemos, deliberadamente, nos alinhar com a onda evolucionria e
superar esta tendncia de isolamento do esprito-matria. Focalizando na
alma, o ponto de relacionamento de conscincia intermedirio entre ambos,
nossa viso expandida revela a grande verdade dos ensinamentos da Sabedoria
Antiga que mente-corpo-alma so a Trindade sintetizada pela Vida que
permeia tudo. Ento, morte entendida como parte do processo da vida, a
grande fora de liberao que re-focaliza firmemente a conscincia em pontos
mais altos da espiral entre os plos do esprito e matria.
O medo e o horror da morte podem ento desaparecer medida que a
conscincia de orientao espiritual, a alma, tornar-se realmente conhecida em
nossa percepo. O medo o resultado da identificao com a natureza
temporria da forma nossa prpria forma que d origem ao senso de
personalidade, as formas e personalidades daqueles que amamos, e as formas
familiares do nosso entorno e meio ambiente. Entretanto, o amor que da
alma ope-se a esse apego, e a esperana do futuro e nossa libertao das
limitaes do passado est nesta substituio de nfase para a transcendncia
da alma. medida que avanamos para esse momento quando o aspecto
encarnado da alma puder viver conscientemente, construtiva e divinamente
em veculos materiais em evoluo, o sofrimento, a solido e a sensao de
perda pela morte desaparecero regularmente. Ento, consideraremos a forma
simplesmente como uma faceta temporria de oportunidade divina, a
personalidade como uma mscara temporria da alma, e conheceremos um
novo e mais alegre enfoque da grande experincia que chamamos morte. A
morte ser entendida como parte da jornada espiritual a alma levando
repetidamente de volta realidade um fragmento de si mesma para aprender,
servir e enriquecer a sua experincia e ento, atravs da morte assimilar os
resultados dos seus esforos para promover progresso na espiral do mistrio
da vida.



Iku o Senhor da Ancestralidade
O Deus que possui a funo de exercer o poder da morte
chama-se Iku, trata-se de uma dinvidade masculina, no
existe culto direto a Iku e por esta razo ele deve ser
cultuado atravs dos mortos, masculinos ou femininos, por Or
ou Iymi, por Egungum ou Elerik. Afirma a tradio que Iku comeou a
matar depois que viu sua me ser espancada e morta na praa do mercado,
sendo depois dominado por seus que conseguiram que ele comesse o que lhe
era proibido. Quem ensinou como anular a atividade de Iku, foi sua mulher
chamada Oljngbd. Nos conta assim, um fragmento do verso do Od
yk Mj: "....Quando f falou sobre Oljngbd, a mulher de k que
foi chamada logo cedo pela manh, foi perguntado o que seu marido no
poderia comer, que o tornasse incapaz de matar outros filhos das pessoas? ela
disse que k, seu marido, no poderia comer ratos,pois se comesse, suas
mos tremeriam sem parar; Ela disse que k, seu marido, no poderia comer
peixe, poi se comesse, seus ps tremeriam sem parar ; Ela disse que k, seu
marido, no poderia comer ovo de pata, pois se comesse, ele vomitaria sem
parar..." Outro mtodo de enfraquecer a atividade de k registrado no
orculo de If, atravs do modo como s subornou o filho de k, para que
este revelasse o modo como k matava, Omik ento revela que seu pai,
matava atravs de sua clava, tornando-se fraco sem este instrumento, o qual
s com a ajuda do Ijp, esconde. "... Ijp gb rk l'ow ik..." ( o
cgado retira a clava das mos de k ). Posteriormente, k faz um pacto com
rnmil, atravs da condio dele ajud-lo a recobrar a sua clava; ento, k
s levaria antecipadamente aqueles que no se colocassem sobr a proteo de
rnmil. Outro texto do Od rsns, nos conta como Or e rnmil,
impediram a atuao de k sobre a cabea de algum.




Sociedade Ogboni
No incio da criao do mundo, Iymi Oxorong ( Iemanj ), a grande me
ancestral deu luz a 16 filhos. A sociedade secreta derivada dos nomes
Ogban(sbio) Oni(que ) dois filhos de Iymi. A sociedade Ogboni de
acordo com um it If (Irosun`wonrin) foi acionada quando a Terra estava
um caos imenso, as pessoas no se respeitavam, principalmente a divindade
Obatal que perdeu o controle da situao na cidade de Il If. Iymi ao
perceber que esta luta entre seus filhos mais velhos poderia causar a completa
destruio, obrigou-os a fazer um pacto de irmandade, jurando sobre
determinado amuleto sagrado que nunca mais lutariam entre si, desta forma
ento nasceu a primeira sociedade secreta do mundo que seria nomeada,
conforme os nomes dos irmos, Sociedade Ogboni. A sociedade secreta
Ogboni temida e respeitada por todos que a conhecem, sendo a segunda
corte judicial em terras Yorub. Esta sociedade possui a finalidade de proteger
a comunidade e manter o estabelecimento da ordem. A esta sociedade
somente podero ser filiadas aquelas pessoas que mantenham um
comportamento tico, moral, e social exemplar, no importando seu nvel
intelectual, raa, procedencia ou sexo. Entre os participantes desta sociedade
esto os membros ativos que realizam os ritos e cerimnias secretas como
Babalas, Ojs, Alapinis etc. Desta sociedade tambm participam polticos,
doutores, advogados, militares e ancios da comunidade. Durante os sculos,
muitas irmandades foram criadas seguindo os mesmos princpios da
Sociedade Ogboni e obtiveram muito sucesso. Os Ogboni falam a lngua
Yorub, mas internamente possuem um vocabulrio secreto com o qual
realizam determinados rituais. Os Ogboni so chamados de Omo-Oduduw,
Oduduw a Deusa criadora da Terra. Eles so chamados assim devido ao
fato de seus rtuos terem a terra, como elemento principal de culto e fora
espiritual. A maioria dos instrumentos sagrados da sociedade Ogboni
confeccionada em bronze e cobre, que u smbolo da fora que no se
deteriora ou se corrompe. Ideais estes da prpria sociedade para seus
membros. Na sociedade Ogboni a terra venerada com o intuito de assegurar
a sobrevivncia, a paz, a felicidade, o respeito e a estabilidade social no
mundo, assim como tambm a longevidade e o bem estar.



Culto a Divindade Or

Or uma divindade masculina que representa a
ancestralidade dos Homens, um Deus similar Iymi, o
Culto a Or representa o culto indireto a Ik, um dos
cultos aos mortos, Deus da Destruio considerado como
o portal para a ressurreio. Segundo um de seus mitos,
toda alma ancestral masculina para que pudesse renascer
na Terra deveria ir ao seu encontro, a alma teria de ser
devorada pelo Deus. Or considerado como um Deus
incontrolvel, conta-se que quando Or sai pelas ruas
ningum deve ficar em seu caminho ou ser sacrificado.
Or possui uma voz extremamente grossa e cavernosa, seu
grito ecoa como um trovo na floresta da morte, ele
absorve a vida de tudo. A nica divindade que trata com
Or Xang, pois foi o nico a fazer os Ebs necessrios
para isso. Apenas homens podem prestar culto a Or.
Muitas sociedades alcanaram o ttulo de poderosas na Religio Yorub,
mas nenhuma alcanou o prestgio da Sociedade Secreta Or. Na antiguidade
esta sociedade, semeava o terror dentro do poder, j que seus emissrios
ocultos, por baixo de mscaras impediam o abuso de sacerdotes, monarcas
inclusive de ancies, que formavam o conselho central do reino. A misso
desta sociedade, prevalecia em todas as exigncias religiosas e era to
poderosa, que possua o direito de vigiar se os governantes respeitavam os
preceitos morais divinos. Eles so os defensores e reguladores da ordem
tradicionalista, do cuidado com o conhecimento, do folclore, da histria e dos
mitos. Os membros desta sociedade, desempenhavam mltiplas funes
sociais. Os membros da Sociedade Or, se preocupavam, com o adequado
"respeito ao culto dos ancestrais", mantendo-o vivo, por tanto, os membros
desta sociedade se encarregavam de conseguir que os mortos fossem
enterrados conforme determinados rituais apropriado e sua almas chegassem
com segurana ao reino dos mortos, inclusive aquelas pessoa, que por
infelicidade fossem mortas em acidentes ou tivessem mortes trgicas. Or
Aboluaje, o ttulo que se lhe d e seu significado seria: o que pode recolher
da areia da vida o chefe dos feiticeiros, um esprito deificado dos homens.
Or recebe o nome de Ita e tem um companheiro com o qual lhe chama ao
vento, seu nome Irel, com o qual caminha e se alimenta. Ele representado
por um filete, cuja confeco um segredo e vive encima dele. Or
chamado de Deus do mistrio. Segundo o Odu Ogbe-Osa, onde disse que
vagava pelo bosque e fundou o estado de Kwara, a deidade do segredo do
retiro e do encanto. Na antiguidade a Sociedade Or, estava vinculada
Sociedade Ogboni(Osugbo), eram os executores dos criminosos; quando um
criminoso era condenado pela Corte Ogboni, eram os membros do Culto de
Or, os que executavam a sentena. Quando Or, saa rua durante a noite, os
que no pertenciam a esta sociedade deveriam ficar recolhidos em suas casa
ou corriam o risco de morrer. Eles estabeleciam o toque de recolher.
Durante o ano havia de sete nove dias dedicados as festividades de Or,
especialmente em lua nova, onde as mulheres teriam que permanecer
trancadas dentro de suas casas, com exceo as poucas horas, em que era
permitido sarem para diversos fins. No stimo dia nem sequer isto seria
permitido, sob rigorosa pena de morte. Deveriam permanacer trancadas, sem
importar qual era seu status social ou ttulo de nobreza. Quem desobedecia as
regras desta sociedade era executado. Or uma das foras sobrenaturais que
atuam durante a noite. Esta divindade trs prosperidade, mas ao mesmo tempo
a destruio.


Or Aff Ik! (Or o vento da morte!)

A Sociedade Or (Orn ou Or Lew)

A Sociedade Or considerada entre os Iorubs a mais poderosa. Entre os
Oyo e os Egba (cuja capital Abeokuta) seu poder poltico supera as
exigncias religiosas. Or possui o direito de vigiar se os governantes
respeitam os preceitos morais divinos. Or est basicamente a servio dos
espritos dos mortos e por isso s aparecem de noite. Seu emblema um
pedao plano de ferro ou madeira (sobre tudo de madeira de b ou Kam, que
as bruxas (Aje) no podem ver nem farejar, presa a um cabo com corda, o que
a converte em uma madeira que zmbi (emitindo um som todo particular ao
ser manuseada). Cada Sociedade dispe normalmente de dois tipos destes
utenslios. Um pequeno e se conhece com o nome de Ise (molstia) e o tom
estridente que produz, se conhece como Aj Or / Aaja Or ( Cachorro de Or
/ Vento de Or = Or Afefe Ik! ). O outro provem dos madeiros grandes
chamados Agbe (espada) e emite um tom surdo que considerado como a
mesma voz de Or, este som anuncia que a morte est ameaando algum.
Or reproduz a voz dos mortos e por isso se diz que os mortos os chamam. A
adorao de Or deve ser realizada de preferncia sob a Lua Nova. Os adeptos
da sociedade, costumavam levar mscaras de madeira, porm estas no
chegam a cobrir todo o rosto.

Oriki Or

r m n k.
r m j k.
r Thn tr st.
r hn thn n m w kr.
s!

Traduo

Or causa confronto.
Or no me cause confronto.
Or tem a voz do poder.
Or tem uma voz que ressoa por todo o Universo.
Que assim seja."


Ofo t'Or

Werewere Or y o! Werewere Or y o!
Werewere Or y o! Werewere!
Or y o!
Werewere Or y o! Werewere!
Ses kur ru
Ob nen y!

Traduo

Oh! Or que vive com pressa, oh! Or que vive com
pressa
Oh! Or que vive com pressa, impaciente!
Oh! Or o eterno
Receba a oferenda, poder que surge da morte
Rei eterno.



Culto a Egungun

O Egun a morte que volta a Terra em forma espiritual e
visvel aos olhos dos vivos. Ele nasce atravs de ritos que
sua comunidade elabora e pelas mos dos Ojs (
sacerdotes ) munidos de um instrumento invocatrio, um
basto chamado ixan, que, quando tocado na terra por trs
vezes e acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com
que a morte se torne vida, e o Egungun ancestral
individualizado est de novo vivo. O culto de Egungun
originrio de Oy e teoricamente foi criado por Xang que
foi o primeiro Oj e se tornou o primeiro Alapini ( Sumo-
sacerdote do culto de Egungun ). Apenas os homens
podem prestar culto a Egungun. Xang o representante
mximo dos mortos, Egungun.
A apario dos Eguns cercada de total mistrio, diferente do culto aos
Orixs, em que o transe acontece durante as cerimnias pblicas, perante
olhares profanos, fiis e iniciados. O Egungun simplesmente surge no salo,
causando impacto visual e usando a surpresa como rito. Apresenta-se com
uma forma corporal humana totalmente recoberta por uma roupa de tiras
multicoloridas, que caem da parte superior da cabea formando uma grande
massa de panos, da qual no se v nenhum vestgio do que ou de quem est
sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana, rouca, ou s vezes aguda,
metlica e estridente, caracterstica de Egun, chamada de sg ou s, e que
est relacionada com a voz do macaco marrom, chamado ijimer na Nigria.


A roupa do Egun, chamada de eku, ou o Egungun propriamente dito,
altamente sacra ou sacrossanta e, por dogma, nenhum humano pode toc-la.
Todos os mariwo usam o ixan para controlar a "morte", ali representada pelos
Eguns. Eles e a assistncia no devem tocar-se, pois, como dito nas falas
populares dessas comunidades, a pessoa que for tocada por Egun se tornar
um assombrado", e o perigo a rondar. Ela ento dever passar por vrios ritos
de purificao para afastar os perigos de doena ou, talvez, a prpria morte.
Ora, o Egun a materializao da morte sob as tiras de
pano, e o contato, ainda que um simples esbarro nessas
tiras, prejudicial. E mesmo os mais qualificados
sacerdotes, como os Oj atokun, que invocam, guiam e
zelam por um ou mais Eguns, desempenham todas essas
atribuies substituindo as mos pelo ixan.
Os Egun-Agb (ancio), tambm chamados de Bab-Egun
(pai), so Eguns que j tiveram os seus ritos completos e
permitem, por isso, que suas roupas sejam mais completas
e suas vozes sejam liberadas para que eles possam
conversar com os vivos. Os Apaarak so Eguns ,ainda
mudos e suas roupas so as mais simples: no tm tiras e
parecem um quadro de pano com duas telas, uma na frente
e outra atrs. Esses Eguns ainda esto em processo de
elaborao para alcanar o status de Bab; so traquinos e
imprevisveis, assustam e causam terror ao povo.

Obakeloj de Xang




ISURE EGUNGUN


IBA EGUNGUN ILE

ILE MOPE O O,

AKISALE MO PE O O,

ETIGBURE MO PE O O,

ASA MO PE O O,

ETI WERE NI TI EKUTE ILE,

ASUNMAPARADA NI TIGI AJA

EMI OMO RE NI MO PE O,

JEKI NWA LAAYE,

MAA JEKI NKU,

MAA JEKI NRI IJA IGBONA,

MAA JEKI NRI IJA GN,

JOWO WA JEMI LONI,

KI O FIRE FUN MI

SE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE SE.



Egungun eu te sado.


Terra te chamo,

Akisale eu te chamo,

Etigbure eu te chamo,

Asa eu te chamo,

Rato de casa sempre alerta,

Asunmaparada (uma espcie de animal) nunca seu lugar,

Eu seu filho, esta chamando,

Deixa me viver,

No me deixa morrer,

Me proteja da fria de gn,

Oua meu clamor

Para voc me dar bondade.

Ax do Senhor Supremo.

Beno do Senhor Supremo.

Gbdr ti gun

Ik ay, a k bo run!

Mo jb re gun mnrw.

Hei! Hei! Hei! Bb ls awo f.

Ik lonon, Ik lhin,

Ik , Ik o!



Salve Ik, Ns o saudamos e cultuamos no run!

Meus respeitos a ti gun ao ouvirmos o som de tua voz.

Hei! Hei! Hei! Pai que ests aos ps do culto do amor.

Ik no caminho adiante, Ik no caminho atrs,

Salve Ik, Salve Ik.


Gbdr si Egngn



k nn k l hin, Hei! Hei! Hei!

Bb ls awo f

Pl-pl dra

A w sl, a dp,

Omo ni won dra

A w Olwa k bb

A wre, a wre, Bb Olktn.

A wre, a wre, Bb Alpl.

A wre, a wre, Bb Igi.

A wre, a wre, Bb Igi-Swr

A wre, a wre, Bb Alpoy.

A wre, a wre, Bb Erin rin.

A wre, a wre, Bb Omo Or mi tto.

A wre, a wre, Bb Isota isso.

A wre r rin.

A wre rn rere.

se!


A Morte no caminho adiante, a Morte no caminho atrs, Hei! Hei! Hei!

Pai, estamos aos seus ps do culto de amor.

Gentilmente Eu vos sado, sois o bem.

Olhai para Ns e para nossa casa, agradecemos.

Faai com que vosso filhos estejam bem.

Envolvei-nos, Senhor da Morte e Pai.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Senhor do Lado Direito.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, que tem o l ao seu lado.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Senhor das rvores.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Senhor das rvores a quem
fazemos culto tradicional.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Senhor que traz alegrias.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai que caminha como o elefante.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Filho de Or, perdoai-nos Senhor.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Pedra resistente que frutfica.

Desejai-nos o bem e faai-nos sorrir.

Desejai-nos o bem para que caminhemos no bem.

Assim seja!



Nk Bb Olktn

(Saudando o Senhor do Lado Direito)



Ktn bj d o

Ktn oba

K sn nkon se

gun prk

Ktn nbo are

Gb r Olsemn

Olktn Olri gun

gun e ki to ls Olrun

E Olktn bb gun

N won nl wa n

N ar iy tb araal

E Olktn!



Saudamos o Senhor do Lado Direito, que chegou e lutou.

Saudamos o Rei do Lado Direito.

Sado aquele a quem servirei e farei as coisas.

Como um gun menos importante, que segue o mais importante.

Saudamos o Senhor do Lado Direito, cultuando-o estamos bem.

Faremos oferendas ao Senhor que tem a Sabedoria.

Senhor do Lado Direito, Cabea (chefe) dos Egngn.

gun, saudamos aquele que est aos ps de Deus.

Senhor do Lado Direito, Pai gun.

Que com os demais est em nossa casa,

Com os espritos da Terra ou com os Ancestrais da Famlia.





Nk Bb gun

(Saudando Bb gun)



gun a y, a k gbrun,

Mo jb re gun mnrw

d mi k e Egngn

k gbl sl

A si w

k tu gon

se fn wa.



Salve gun, saudamos aqueles que vivem no cu.

Meus respeitos a ti gun ao ouvirmos o som de tua voz.

Chega-te a mim, aquele que te sada Egngn.

Que a Morte seja varrida para a terra.

Que vejamos a existncia.

Que a Morte seja acalmada (aplacada) e cortada.

Que assim seja, para ns!



Gbdr ti gun

(Reza de gun)



k sn a l

Nbi Bb Alpl.

k don ohun bb

k sl oj wa

N f ag to n gb

Os k a f a w to

k l, k l, k j!


Morte, fique amarrada na terra

Aqui, Pai que tem o l (o pano branco) ao seu lado

Contra feitios, a Morte e outras coisas.

Pai, ponha o l e o olhar sobre ns.

Tenha amor e que estejamos aptos proteo

Contra os feitios da Morte, eleve-nos e envolva-nos bastante.

Morte na terra, Morte na terra, Morte viaje (v embora)!



Gbdr ti Egngn

(Reza de Egngn)



Bblse se yn se k

Olw ktn

Ktn a s nun g-n-g

k a d.



Pai detentor do ax, podeis quebrar (abrandar) a Morte.

Senhor da existncia, saudamos o Lado Direito.

Saudamos o Lado Direito certamente ficaremos limpos.

Que a Morte nos seja branda.


O criador de Culto a Egungun

Xang o fundador do culto aos Eguns, somente ele tem o poder de control-
los, como diz um trecho de um It:
"Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos
ancestrais, com Xang a frente, as Iymi Aj fizeram roupas iguais as de
Egungun, vestiram-na e tentaram assustar os homens que participavam do
culto, todos correram mas Xang no o fez, ficou e as enfrentou desafiando os
supostos espritos. As Iymis ficaram furiosas com Xang e juraram vingana,
em um certo momento em que Xang estava distrado atendendo seus sditos,
sua filha brincava alegremente, subiu em um p de Obi, e foi a que as Iymis
Aj atacaram, derrubaram a Adubaiyni filha de Xang que ele mais adorava.
Xang ficou desesperado, no conseguia mais governar seu reino que at
ento era muito prspero, foi at Orunmil, que lhe disse que Iyami quem
havia matado sua filha, Xang quiz saber o que poderia fazer para ver sua
filha s mais uma vez, e Orunmil lhe disse para fazer oferendas ao Orix Iku
(Oniborun), o guardio da entrada do mundo dos mortos, assim Xang fez,
seguindo a risca os preceitos de Orunmil.
Xang conseguiu rever sua filha e pegou para s o controle absoluto dos
mistrios de Egungun (ancestrais), estando agora sob domnio dos homens
este culto e as vestimentas dos Eguns, e se tornando estritamente proibida a
participao de mulheres neste culto, caso essa regra seja desrespeitada
provocar a ira de Olorun. Xang , Iku e dos prprios Eguns, este foi o preo
que as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais."
Obakeloj de Xang

Ancestralidade
Iami Oxorong
O culto Yoruba passado de forma Oral, de gerao em gerao, pois acredita
seus sacerdotes que a palavra verbalizada possui um alto valor no poder de
transmitir o Ash, fora contida nos ensinamentos herdados de seus
antepassados.
Mitologicamente as ym so conhecidas como LY (mulher pssaro),
aquelas que usaram mal seu poder mgico e por isso tiveram de entregar para
rsl o seu Igba-Nla (cabaa mgica recipiente que guarda o poder), para
que ele fizesse um bom uso do poder da criao.

Esta lenda das ym srng resultou na coreografia LY.
Enquanto elas esto com energia positiva elas so chamadas e tratadas como
YM (Grande Me), mas quando esto na forma negativa so aplacadas e
chamadas J (Bruxas). A energia das yb so energias to complexas que
chegam ter criticas na sociedade onde h culto elas. O culto de ym
srng comum nas comunidades Yorubanas entre as mulheres idosas que
depois passam para as mulheres mais jovens a fim de ter continuidade da
Entidade.
ym freqentemente denominada ly (donas de pssaros). O pssaro
sempre foi o emblema do poder da feiticeira; recebendo-o que uma mulher
se torna uma ym-j (Me que possui o poder sobrenatural).
simultanemente que um Esprito e o Pssaro (sobrenatural) vo fazer os
trabalhos benficos ou malficos, isso depende da moral do praticante. De
forma que durante as expedies do pssaro, o corpo da Feiticeira(o)
permanece imvel em casa, ou seja, ela fica inerte (dormindo) na cama at o
momento do retorno da Ave sobrenatural (poder). Para combater uma Arj,
bastaria, ao que se diz; esfregar pasta de Pimenta... no corpo deitado e
indefeso. Assim, quando o esprito voltasse no poderia mais ocupar o corpo
maculado por seu interdito. Isso na mitologia.
Toda mulher iniciada com culto das ym possui uma cabaa que contm o
pssaro chamado, Owiwi ou Aragamago, considerados os Pssaros mais
Sagrados. A fora do Pssaro o que conduz o Esprito de uma Feiticeira
at seus destinos. Citemos um Ofo-ym-j

Aragamago pssaro bonito e elegante,
pousa suavemente nos tetos das casas, e silencioso.
Mas, se a pessoa diz que pra matar, eles matam,
se ela diz pra devorar os intestinos de algum, devoram".
O pssaro envia pesadelos, fraqueza nos corpos, doenas, dor de barriga,
levam embora os olhos (viso = Inteligncia) e os pulmes das pessoas,
Produz dores de cabea e febre, no deixa que as mulheres engravidem
e no deixa as grvidas darem luz.

Durante o perodo de uma iniciao que pessoa passa ao lado das j, ela
entende qual o verdadeiro sentido de ser uma perita neste assunto, porque
todo ensinamento dado oralmente por meio de Cnticos e cada verso de
saudade, opresso, liberdade, cada um simboliza uma histria. As ym tm
participao ativa nos trs mundos.

1 Do RUN (todos os mitos relatam a vinda do run, mundo espiritual) para
o IY.
2 Mundo dos vivos, elas participam de tudo e fazem de tudo, elas se
tranformam em qualquer coisa ou ser, se transformam se passando at por um
Egungun ou Orisa. Normalmente que tem no sabe.
3 No Ori Inu, na MENTE de cada individuo, por isso que facilitam o poder
de atrair ou afastar o mal, at a morte. Mas no IY que essa fora tem
acesso pleno ao mundo invisvel e permanente, trazendo sua ao e resultados
no presente, embora o Poder conrolador venha de fora.
Para existir um Poder que neutralize a fora negativa, preciso que algum as
manipule. Ento, possesso pela fora fsica no possvel, porque elas se
transformam em pssaros, da mesma forma que ficam em cima de rvores,
essas foras tambm pousam sobre a cabea do ser humano e podem se
transformar em qualquer coisa, desde um Egun at em Orisa, se passando por
tal durante toda uma vida, manipulando aquele que desconhece tal
possibilidade. A relao dessas foras (Aj) com os Pssaros to inerente,
por isso, Elas no entram em conflito com os Iwins (Espritos das rvores), de
tal forma que o Pssaro seu meio de comunicao em todos os sentidos.
As mulheres Sacerdotisas de ym se reconhecem pelo olhar, pelo cheiro,
como tambm se transformam para o encontro com as iguais. Elas no
mandam nos Pssaros porque Elas so os prprios Pssaros. Quando uma
Pessoa adquiri ou recebe esta forma, ela passa a ter duas almas, dois coraes:
a primeira a de ser humano com seus desejos e sentimentos normais, a
segunda a que permite sua transformao, porque sua aquisio altera a
estrutura mental da pessoa. A pessoa passar a ser um(a) ATIBY ,Aquela
que recebeu o Pssaro (poder), e com o pssaro ela ir conviver dentro dela.
Existem duas formas de se trabalhar com as ym: a primeira criar/gerar
essa fora, e para isso existem encantamentos e os prprios feitores desse
Poder sabem disso; a segunda usar essa fora no cotidiano para a cura,
prosperidade e para solues de problemas at mesmo queles mais
complicados. Para tanto preciso conhecer sua prpria natureza, os meios
para se chegar at ela, e colocar em pratica sua ao.
As ym no so comparadas nem cultuadas por intermdios de rs
femininos, por exemplo, pois os poderes de Iyami so formas impessoais
muito diferentes. Geralmente as mulheres que cultuam os rs femininos
fazem isso com muito carinho, envolvidas emocionalmente exaurindo sua
fora. Mas pode-se dizer que as ym so Orisa, e ao mesmo tempo no so
rs, somente seres, foras. Contudo de forma muito especial, Iyami
iniciada sim como Orisa na cabea de mulheres, e chega a tomar sim a cabea
de sua iniciada, apenas h uma brusca diferena no processo iniciatico
comparado com o processo inicitico para qualquer Orisa.
Por isso, tanto a iniciao como incorporao de Iyami, no uma ocorrncia
muito comum, isso aqui no Brasil.
Os encantamentos das ym, utilizados no Culto, fazem referencias s
caractersticas e foras instintivas que existem nos animais, na natureza. Todo
animal pertence ao Universo sobrenatural, e o ser humano no vive o mesmo
mundo deles: sua lgica e sua realidade, tanto espiritual quanto fsica, so bem
diferentes. Poderes sobrenaturais so formas de aproveitar tudo o que existe
na Natureza. As ym tm domnio e acesso a tudo isso, mas do que
quaisquer outros seres.
Obakeloj de Xang



IGUN


O igun (abutre) o pssaro que s vive para se alimentar do b.
Quando a oferenda feita ao P de uma rvore (Ig), as ym so chamadas
de Onile-Origi e quando elas se alimentam do b pegam o problema da
pessoa para elas.
Ao pedir para tirar a morte do caminho, no se trata apenas de morte fsica,
mas sim evitar o fim de alguma coisa.
Uma pessoa que tenha esse poder, se no tiver conhecimento dele, pode estar
sendo manipulada para o Bem ou para o Mau. As J tm seu prprio
Universo, e quando so requeridas so as nicas foras que respondem de
imediato. O que vem formar um conceito muito complexo. Quando a pessoa
possui ou passa a adquirir essa fora, ela tem de tomar muito cuidado para ser
Feliz na Vida, seja com amigos, com famlia, profisso, filhos, amor, com sua
prpria vida em sua totalidade. Principalmente atravs das palavras. If diz
que a palavra como um ovo atirado ao cho, que se quebra revela a sua
riqueza, (poder de construo). Ou ainda, palavra como um ovo que ao cair
se quebra e jamais se reconstitui, (poder de destruio).


EYIN

Invocar o poder das Aj no como chamar uma pessoa ou entidade
(Egungun ou Orisa), mas sim a fora que elas representam. Sempre haver
defesa para um Mal que tenha sido feito contra quem a cultua. As seqelas e
conseqncia iro recair sobre quem primeiro deflagrou o processo mau.
Entre tantos cnticos, relatamos um mais abaixo em forma de pedido dirigido
s ym-j para afastar o mal e atrair as coisas boas.

Aj mojuba o!
Osh mojuba o!

Sara yy Oshoronga
Sara yy Oshoronga
Iyami Oshoronga Shagala ooo
Sara yy Oshoronga

Sada-se uma vez para j e em seguida para Os. Osho o nome que
representa o poder Aj dentro do Homem, igualmente o nome que se d ao
Homem que possui tal Poder.

Odu s Mej

Existe uma relao intrnseca entre rnml-If e ym-srng. No culto
de If existe o Odu s-Mej, que conta como o Odu das Iyami. este o Odu
que revela aos humanos os problemas turbulentos com as ym e tambm
mostra os caminhos para solucionar tais problemas. O mesmo Odu que fala de
pessoa que tem grande necessidade de Assentar ou Cultuar ym srng
quando elas favorecem ou perturbam a pessoa, isso ocorre porque as vezes a
pessoa tem a energia delas sem saber e, assim no podem controlar o positivo
ou o negativo que elas irradiam, seja atravs da mente, atitudes ou palavras.
As vezes este poder tanto, que acaba fazendo mal a si mesma, normalmente
autodestrutivo.

Obakeloj de Xang
Culto a Iami

Iymi a forma aglutinada do culto da ancestralidade
feminina. Esta imensa massa energtica que representa o
poder feminino cultuada na Sociedade Geled. Assim
como Or e Egungun que somente podem ser cultuados
por homens, Iymi somente pode ser cultuada por
mulheres.
Iymi uma divindade muito misteriosa e perigosa. Desde
os primrdios da criao, Iemanj Oda ( Iymi Oxorong
) mostra seu poder. No Brasil poucos possuem um
conhecimento razovel sobre ela, na realidade poucos
sabem que Iemanj e Iymi Oxorong so faces da mesma
Divindade.

De Olorun, a divindade primordial da qual se originaram
grande parte das divindades, criou os Orixs Oxal e
Odudu, sendo esses as duas primeiras cabaas da
existncia., Ex, seria a terceira cabaa da existncia mas
a matria da qual Ex fora criado no era a mesma da qual
foram criados Oxal e Odudu, Ex fora criado da mesma
matria que os seres humanos. Iemanj Oda tambm
uma das divindades primordiais, conta-se que Olorun ao
dividir os poderes de criao entre Oxal e Odudu causou
um certo descontentamento em Iemanj que logo se
queixou. Olorun, por sua vez, compreendeu que Iemanj
realmente estava certa ao se queixar e entregou a ela a
Cabaa do Poder ( gbj ), recipiente que continha todo o
poder mgico e sobrenatural, alm de conter o pssaro
Atior que seria o pai da Orix Nan, Olorun tambm
sentenciou: "Sers chamada por todos de Minha Me, pela
eternidade" entregando a ela o Ori, Iemanj passou a ser a
Iy Ori. Mas Iemanj acabou por abusar do poder que lhe
fora confiado e por esta razo Olorun a puniu dividindo o
conhecimento e o poder que pertencia apenas a ela.




Continua...

Orin Iami

pk yy srng, pk yy srng
y m k mnmn p n, y m k mnmn sr
B b d wj wn, bn.

Traduo

Possuidora de asas magnficas minha graciosa me Oxorong,
possuidora de asas magnficas minha graciosa me Oxorong
Eu a sado, no me mate minha me, eu sado minha me, no
me cause problemas
Se voc vem prximo de ns, nos proteja.


Culto de Elek

Do culto de Elek, muito se perdeu com o tempo e com a
opresso dos homens diante do Culto Mulher. Esse o
culto da ancestralidade feminina individualizada, a grande
matriarca deste Culto a Deusa Ob, esta sociedade
considerada como justiceira, era formada por amazonas
que alm de cultuar as mortas, puniam os homens que
eram injustos com as mulheres, defendiam a soberania
feminina. O que Xang representa para Egungun, Ob
representa para Elerik em Elek.

Continua...

Orix Ob
Oriki Iymi Egb

Me, proteja-me, eu irei ao rio, no permita mr seguir-me
em casa.
Me, proteja-me, eu irei ao rio, no permita que uma criana
amaldioada siga-me em casa.
Me, proteja-me, eu irei ao rio, no permita que uma criana
estpida siga-me em casa.
lgbn morreu e deixou filhos atrs dele. rg morreu e
deixou filhos atrs dele. lky morreu e deixou filhos atrs
dele.
Eu no poderia morrer sem deixar filhos atrs de mim. Eu no
poderia morrer de mos vazias, sem descendentes.


OGUN

Ogum um dos deuses mais populares dentro do panteo africano tanto em
territrio Cubano como Brasileiro, Ogum considerado o Deus mais
importante para a evoluo evoluo humana. Ogum o Deus ferreiro, ele
o responsvel pela criao das ferramentas que proporcionaram aos homens
se libertarem da instabilidade da vida, antes de Ogum, os homens viviam
uma vida tensa e de forma nmade j que no sabiam cultivar a terra, com o
Ax de Ogum foi permitido aos homens a ddiva da evoluo. Ogum o Deus
da tecnologia, o Deus da continuidade. Na frica Ogum considerado o
Orix da caa, no Brasil ele perde este posto para sei filho Oxssi. No Brasil
Ogum considerado o Deus da Guerra, sendo que na frica este posto
dado a Xang, pode-se dizer que ambos so Deuses da Guerra com
distines sutis, Ogum o Deus da Guerra para a defesa do que se possui e
Xang o Deus da Guerra para a conquista do poder e da supremacia. Ogum
o senhor dos metais, principalmente do ferro, Ogum considerado filho de
Iemanj e Obatal, e irmo de Ex. Sua me em terra seria Tabutu e seu pa
Ororinn. Conta-nos uma lenda que o povo iorub veio do Egito, e que
chegando a Ile Ife, eles se reuniram como um povo, surgindo da o ax dos
Orixs. Na ida para Ile Ife, eles tiveram que abrir caminho pela mata. Embora
Oxal tentasse com seu cajado, no conseguiu. Ento pediram a Ogum que
fosse na frente de todos os orixs, abrindo o caminho com sua espada de
ferro. Pr isso canta-se Ogum bagada e Ogum bagada. Quando chegaram
em Ile If, Ogum recebeu o ttulo de Lakaye Oxin Imole, que significa que
ele um orix cultuado no mundo inteiro, e portanto rei de todas as naes,
o senhor dos caminhos. Sendo cultuado aqui, no Brasil de 7 (sete)
diferentes formas ou qualidades:


Vale lembrar que no existem qualidades o que existem so ttulos que cada Orix possuia.

-Ogun Onir - um ttulo de Ogum que pode ser traduzido como Senhor de
Ir, Ir uma das cidades onde prestado culto a Ogum. Nesta cidade conta
a lenda que ao regressar de viagem e ser ignorado pelas pessoas da cidade,
ele, enfurecido decapita inmeras pessoas e aps fazer isso ele descobre
que, na realidade, chegara em um dia sagrado de silncio em sua
homenagem finca sua espada ao cho abrindo-o e se joga na fenda,
suicidando-se.
- Ogun Akor - Este ttulo traduzido como Senhor da coroa.
- Ogun Alabed - um grande ferreiro e ferramenteiro. Este Ogun o
marido de Iemanj Ogunt. o mais velho, trabalhador, exigente e
rabugento. Veste-se de azul-marinho. Come com Ex e Iemanj.
- Ogun J - Este um ttulo de Ogum que enfatiza sua predileo por comer
cachorro como oferendas. Este nome vem de Ogn Je Aj, Ogum come
cachorro.
- Ogun War - perigoso e feiticeiro, come com Oxum e Iemanj.
Tempemperamento muito difcil e autoritrio. Veste azul-marinho.
- Ogun Omini - Tambm um Ogun feiticeiro, come com Oxun. mais
gentil, mas muio melindroso, veste azul-marinho
- Ogun Mej - Pode ser traduzido como Ogun sete, esse nmero meno as
sete sementes que Ogun plantou nos sete caminhos por onde passou. "Kt-
kt gbn mej, gbn mej nn gbgb". E por causa destes sete
caminhos que por m interpretao passaram a cultuar Ogum como se
tivesse sete qualidade.


Aspectos Gerais

DIA: Tera-Feira
METAL: Ferro
CORES: Azul Marinho
COMIDAS: Inhame assado, feijoadaAj (cachorro), Iiyan (piro de inhame),
kko (galo) e Ob. Sua bebida o emu (vinho de palmeira). SMBOLOS:
Bigorna, faca, p, enxada, todas as ferramentas e armas. ELEMENTOS: Terra,
metais e fogo
ORIGEM: Iorub
PEDRA: Lpis-lazli
FOLHAS: Abre-caminho-de-Ogum, madeira de lei, aroeira-branca
cajarana, folhas de manga espada, palmeira, pau-ferro
caiara, peregun (pau-dgua)
ODU QUE REGE: Ejiko, Etaogund


Arqutipo - Ogum - Os filhos do Orix Ogun, so temperamentais,
impulsivos, de carter violento, so briguentos, custam a perdoar uma
ofensa, so bons amigos, so pessoas muito francas com raras excesses, so
muito desconfiados, seu lema principal vencer na vida, no importando
qual tipo de trabalho ou esforo precisem fazer para conseguir seus ideais,
so muito trabalhadores.


Na frica, no santurio de Ogum em cada cidade, sete ces so mortos como
sacrifcio ao Orix por ocasio de sua festa, que dura sete dias. A saudao
"Ogun I" pode ser traduzida como, "Ogum Sobreviveu" ou "Ogum forte",
mas tambm pode ser traduzido como "Ol Ogum". E "Patakori Ogun"
pode ser traduzido como "Ogum o principal" ou "Ogum o lder".


Adura Ogun
Ogun pele o,
Edun irin,
Ogun okunrin ogun.
Enii ti somo emia dolola,Gbigbe ni o gbe mi bi o ti
gbe Akinoro ti o fi kole ola fun,
Ogun awoo alakaiye osin imole,
Egbe lehin eni anda loro.Ogun gbe mi o,
Ogun ma pami, omo elomiran
ni ki o pa.
Ogun, emi beru reOgun so mi di olowo, somi di oloro,Iwo ni olona ola,
Toribe ki o wa la ona ola fun mi.Ki o si maa da abo re bomi titi lai.
Ase

Adura Ogum
Ogum, te sado
Dono de matrias de ferro,
Ogum da guerra,
Voc que torna as pessoas para
que sejam ricas,
Ogum me enriquea como
voc enriqueceu Akinoro e
fez dele um homem forte do
mundo, o maior no mundo,
Voc que protetor daqueles
que so feridos.
Ogum me salva,
Ogum no me mate, mate
o filho de outro.
Ogum, eu tenho medo de voc
Ogum me torna rico, me torna
prspero,
Favor Ogum, abre o caminho
de bondade, ajuda e da prosperidade,
Voc o dono das riquezas,
Assim, me abre o caminho da
prosperidade.
Para que voc me proteja para sempre.
Ax!


OGUN

1gn laka aye
(Ogun poderoso do mundo)
Osinmole
(O prximo a Deus)
Olomi nile fi eje we
(Aquele que tem gua em casa, mas prefere banho com sangue)
Olaso ni le
(Aquele que tem roupa em casa)
Fi imo bora
(Mas prefere se cobrir de mari)
La ka aye
(Poderoso do mundo)
Moju re
(Eu o sado)
Ma je ki nri ija re
(Que eu no depare com sua ira)
Iba gn
(Eu sado Ogun)
Iba re Olomi ni le fi eje we
(Eu o sado, aquele que tem gua em casa, mas prefere banho de sangue)
Feje we. Eje ta sile. Ki ilero
(Que o sangue caia no cho para que haja paz e tranquilidade)
Ase
Ax

Ork fn gn

gn pl o !
gn alky,
Osn mol.
gn alada mj.
O fi kan sn oko.
O fi kan ye ona.
Oj gn ntk b.
Aso in l mu bora,
Ewu ej lw.
gn edun ol irin.
Awnye rs ti bura re sn wnynwnyn.
gn onire alagbara.
A mu wod,
gn si la omi Logboogba.
gn lo ni aja oun ni a pa aja fun.
Onl ik,
Oldd mrw.
gn oln ola.
gn a gbeni ju oko riro lo,
gn gbemi o.
Bi o se gbe Akinoro.



Ork para gn

gn, eu te sado !
gn, senhor do universo,
lder dos orixs.
gn, dono de dois faces,
Usou um deles para preparar a horta
e o outro para abrir caminho.No dia em que gn vinha da montanha
ao invs de roupa usou fogo para se cobrir.
E vestiu roupa de sangue.
gn, a divindade do ferro
rs poderoso, que se morde inmeras vezes.
gn Onire, o poderoso.
O levamos para dentro do rio
e ele, com seu faco, partiu as guas em duas partes iguais.
gn o dono dos ces e para ele sacrificamos.
gn, senhor da morada da morte.
o interior de sua casa enfeitado com mrw.
gn, senhor do caminho da prosperidade.
gn, mais proveitoso ao homem cultu-lo do que sair para plantar
gn, apoie-me do mesmo modo que apoiou Akinoro.




Ork fn gn

gn awo, olumaki, alase to juba
gn ni jo ti ma lana tal ode
gn onire, onile kangun dangun ode
Orn egb iehin
P san ba pon ao lana to
Imo kimobora egb lehin a nle a benge ologbe
se


Ork para gn

Elogiado o esprito do ao
Esprito de mistrio do ao, chefe da fora, dono do poder, eu o elogio
Esprito do ao, abra os caminhos
Esprito do ao, dono da fortuna boa, dono de muitas coisas no cu,ajude em
nossa viagem
Remove a obstruo de nossa estrada
Sabedoria do esprito em guerra, nos guie por nossa viagem espiritual com
fora
Ax



Oxssi
Oxssi filho da Deusa Apaoka e de Ogum. A grande importncia da
presena deste Orix se refere a vrios fatores: primeiro, como Ogum, ele
tambm um desbravador de caminhos, pois como caador, adentra mata
afora, abrindo caminhos pelas floresta em busca da caa. Com isso, vai
levando o progresso pr onde passa, deixando o local pronto at mesmo
para moradia. Segundo, pr ser o Orix da caa, assegura o alimento to
primordial para a sobrevivncia da espcie humana. Terceiro, ele tambm
protege os outros caadores, assegurando que retornem para sua famlia
ou seu povo, sempre levando o alimento. E, quarto, pelo fato de adentrar a
mata sozinho procura nela sempre seu prprio remdio e sua prpria
alimentao. Como caador, tambm protege o local aonde caa, para
evitar desperdcios ou caa desnecessria. Estes so alguns dos motivos da
importncia deste Orix, e porque motivo o Rei da Nao. Sua coragem e
o fato de assegurar a sobrevivncia faz com que a evoluo continue, pois
ele est relacionado terra.

ss muito importante ao Lukumi. Acerbamente, ao longo do tempo de
escravido, Cor castanha (Cimarrones) escapando dos mestres de
Colonialista atraram a ss para assegurar a segurana deles/delasface a
adversidade. Etimologicamente, ss foi fragmentado e foi traduzido por
alguns para significar mo esquerda literalmente " feiticeiro " s-s. Ele
notado ser um grande mgico, com medicinas potentes feitas das folhas da
floresta. O funcionamento com a esquerda ou mo esquerda alude aos
poderes das bruxas, magia com negativo ou conotaes malignas. ss
pela mesma natureza dele de ser o Caador, sabe quais venenos para usar
para cair o dele ' prey'. h vrias teorias porm nas origens do name.ss
dele um rs importante por vrias razes. Ele nosso defensor fsico e
provedor de alimento. Ele nosso mtodo de sobrevivncia. Nossas metas
so alcanadas e palavras fizeram efetivo devido pontaria de ss e
orientao e o papel comunicativo de s permitindo para nossas palavras
alcanar as orelhas sem ser entendida mal. ss e s so ento o segredo
de ofo-se, nosso ser de palavras eficaz e tendo o poder de bater a marca
deles/delas e ser efetivo.

Tambm unida com nosso bem-estar, ss mdico de
, devido ao tempo dele gastado na aprendizagem de
floresta os segredos de folhas e medicina de snyn,
rn (em de Aroni Lukumi) e Aja (em de Ayao Lukumi).
Maceiro (1954) em de fala de nos Ketu um de
Olsnyn, (o padre de snyn) treinou na preparao de
medicina herbria e talismans que so o guardio de
ss.

Adicionalmente, freqentemente um caador que acha cho novo
satisfatrio para estabelecer fazendas ou determinaes. Representa de Isto
um transio de vida nmade para subsistncia agrcola. E assim nesta
circunstncia, ss fundador do e patriarca de ordem comunidade de e
social.
Muitas canes e narrativas falam de ss e a proximidade existente entre
ele e Oxal. Em uma das lendas do Odu Ejioko, Oxal deu o movimento
rpido de mosca de rabo de cavalo, Iruker para Oxssi embora ele no seja
um Orix real, ele scio do tribunal real e ocupa um alto cargo. Ele
considerado quase que uma divindade funfun devido a sua Natureza e sua
posio de segundo Rei de Keto, sendo que o primeiro Exu.

Aspectos Gerais

DIA: Quinta-feira
DATA: Corpus Christi(BA), 23 de abril (SP), 20 de janeiro
(RJ)
COR: Azul-Turquesa
COMIDAS: Frutas, ewa (feijo fradinho torrado), axox (milho cozido com
coco)
SMBOLOS: Of (arco), damat (flecha), eruker
ELEMNTO: Terra(florestas e campos cultivveis)
REGIO DA FRICA: Ktu
PEDRAS: Turquesa, gua-marinha
FOLHAS: Aroeira,peregun (pau-dgua), erva pombinho
(quebra-pedra), pega-pinto, alecrim-do-campo
ODU QUE REGE: Obar e Odi

A saudao de Oxosse, pode ser traduzida como Aquele que pode falar mais
alto, ou, O importante grita mais alto, pois Ok traduzido como grita e Ar
uma um termo usado para designar uma pessoa importante.

Arqutipo - Oxssi - Os filhos de Oxssi, so solitrios, observadores agem
como se a vida fosse uma eterna caada, joviais, espertos e esforados
jamais se deixam abater. So pessoas com tendncia a humildade, por vezes
so enganadores, no gostam de mandar ou de liderar mas no gostam de
ser mandados, preferem fazer as coisas sozinhos mesmo tendo uma grande
capacidade de liderana pois no aceitam insubordinao e quando isso
ocorre acabam tendo acessos de clera, independentes e confiantes,
organizados e com mo para feitio, gostam do oculto e sentem forte
atrao pela magia, assim como os filhos de Osse. So sonhadores,
romnticos e fiis quando amam.


Orik de Oxssi
Pa k tor san gbo dd aj in pa igb
(Fisga, mata e arrasta ferozmente sua presa o co morto na floresta)

Od arl o
(Ele caador herdeiro)

Arl o oni sa gbo olwo
(Hoje o herdeiro exibe sua riqueza)

Ode arl o nk lode.
Ele o caador herdeiro que tem o poder de atrair a caa para a morte.


Ttulos de Oxssi

-Akueran - Um ttulo que faz referncia ao fato de se matar a caa, o que
faz todo caador.

-Arole - Caador da floresta da morte no teme Ik nem Egun, este um
ttulo exclusivo do Orix Oxssi que um Ox, feiticeiro, foi ele quem criou
o p de nome Arole que tem a capacidade de espantar Egun e a Morte. E
presenteou Oi com o Eruexim para que ela pudesse se proteger dos Eguns.

-Karele - Este um ttulo de Erinl, que quer dizer, o que pode nos amparar
em nossa casa.

-Danadana - Literalmente, o caador acendeu o fogo; quando termina a sua
caada ele acende o fogo para cozinh-la e preparar sua refeio, desta
forma esta um ttulo que pertence a todos os Orixs caadores.

-Figbole - Este um ttulo de Oxssi que quer dizer, arqueiro habitante da
floresta.

-Igbo - Referente a Erinl por ser ele filho de Oxagui este um nome
referente a sua cidade de Origem.

-Isew - um ttulo de Erinl, que faz aluso ao fato dele ter ligao com os
mistrios da folhas assim como Ossain.

-Onikule - Este um ttulo que faz referncia a Ogum e inmeras divindades
da caa que por suas funes relacionadas ao sacrifcio so entitulados de
senhores da casa da morte.

-Beruj - um ttulo utilizado por quase todos os Orixs que quer dizer, o
que amedronta em uma luta.


Ork fn ss

soos.
Awo de j ptp.
Omo y gn onr.
soos gb m o.
rs a dn m y.
Ode t nje or eran.
Elw ss.
rs t ngbl im,
gbe il ew.
A bi w ll.
soos k nwo igb,
K igbo m m tt.
Of ni mgf bon,
O ta of s in,
In k pir.
O t of s Orn,
Orn r ws.
Ogbgb t ngba omo r.
On mrw pk.
Ode bb .
O d oj ogun,
O fi of kan soso pa igba nyn.
O d n igb,
O fi of kan soso pa igba eranko.
A wo eran pa s ojbo gn lkay,
M wo m pa o.
m s fi of owo re d mi lr.
Od , Od , Od ,
soos ni nb ode in igbo j,
Wp k de igb re.
soos olor t nb oba sgun,
O b Aj j,
O sgun.
soos o !
M b mi j o.
gn ni o b mi se o.
B o b nb lti oko.
k o k il fn mi w.
K o re rr d r.
M gbgb mi o,
Ode , bb omo k ngbgb omo.


Ork para Oxosse

ss !
rs da luta,
irmo de gn Onr.
ss, me proteja !
rs que tendo bloqueado o caminho, no o desimpede.
Caador que come a cabea dos animais.
rs que come ewa osooso.
rs que vive tanto em casa de barro
como em casa de folhas.
Que possui a pele fresca.
ss no entra na mata
sem que ela se agite.
Of a arma poderosa que o pai usa em lugar de espingarda.
Ele atirou a sua flecha contra o fogo,
o fogo se apagou de imediato.
Atirou sua flecha contra o sol,
O sol se ps.
salvador, que salva seus filhos !
senhor do mrw pk !
Meu pai caador
chegou na guerra,
matou duzentas pessoas com uma nica flecha.
Chegou dentro da mata,
usou uma nica flecha para matar duzentos animais selvagens.
Arrasta um animal vivo at que ele morra e o entrega no ojubo de gn.
No me arraste at a morte.
No atire sofrimentos em minha vida, com seu Of.
Od! Od! Od!
Dentro da mata, ss que luta ao lado do caador
para que ele possa caar direito.
ss, o poderoso, que vence a guerra para o rei.
Lutou com a feiticeira
e venceu.
ss,
no brigue comigo.
Vence as guerras para mim
Quando voltar da mata,
Colhe quiabos para mim.
e, ao colh-los, tire seus talos.
No se esquea de mim.
Od, um pai no se esquece do filho.



Ork fn ss


ba ss
ba ss
ba ologarare
ba onibebe
ba osolikere
Ode ata matase
Agbani nijo to buru
Oni Ode gan fidija
Mo jb
se



Ork fn ss


Elogio para o esprito do Caador
Eu elogio ao esprito do Caador
Eu elogio ao esprito do Caador
Eu elogio o que tem domnio nele mesmo
Eu elogio o dono do banco do rio
Eu elogio o mgico da floresta
Caador que nunca falhou
Esprito sbio que oferece muitas bnos
Dono do papagaio guia ele para conquistar ao medo
Eu o cumprimento
se



Isure Orisa ss


IBA ODELADE SS

ODE AMOJI ELERE,

OTITI, AMI-ILU-WO-BI OJO,

ARI-SOKOTO-PENPE-GBON-ENI OLA IKIRE.

BO BA GBO, MA DA MIRAN SI.

ALAJA, AMU OWEMU-OBO,

BABA MI FIKIFIKI EKUN, AKO ORU,

ONILE IKU, MAA JE KI NRI O,

ASINDELE LAA SINMO ENI,

JOWO DABO BO MI,

MAA JEKI OMO WON MI

MAA JEKI OMO WON MI

WA FUN MI NI ALAFIA,

EMI BE O, WA SO IBANUJE MI DAYO,

FUN MI NI ABO RE TO NI

WA SOMI DI OLORO.

SE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE SE


ss eu te sado.

Ode Amoji Elere,

Pessoa forte que sacode a cidade,

Pessoa que veste bermuda nas estradas molhadas da cidade do Ikire,

Se forem rasgadas, ele tem outras,

Od que tem cachorros que matam owe (um animal) e os macacos,

Meu pai, o forte leopardo, que no tem medo de madrugada,

Voc que guarda morte em casa, favor no me deixe ver voc de mau humor,

Voc que proteja seus filhos,

Favor me proteja,

No deixa faltar filhos,

Me d a paz,

Eu te peo, torna minha tristeza em alegria,

Me d a sua forte proteo e que torne prspero.

Ax do Deus Supremo

Beno do Deus Supremo.



Od Ernl
Erinl o Ibualamo

O culto de Ernl est centrado ao redor do rio Ernl. Tido como filho de
Ain. Ernl considerado por muitos como filho mtico de Iemanj e
Oxagui. um Orix caador, pescador e um mdico, por conta de seu
conhecimento das folhas e flora em geral. Ele adquiriu o conhecimento das
folhas junto a Ossain.
No incomum para os sacerdotes de Ernl carregarem um cajado
semelhante ao que carregam os sacerdotes de Ossain e de If devido a
importncia deles como curandeiros medicinais.
H muitas variaes no nome pelo qual Ernl conhecido. Assim, ele
comumente conhecido como Ernl dentro de Egbado, Ernl em lob,
Ernl em Okuku. Em Cuba e Trinidad ele conhecido como Ernl Ajj.
Ajj um ttulo honorfico que significa " Ele que come cachorro ".
No Brasil, no Candombl de Ketu, ele conhecido como Inl e Oxssi
Ibualama.

Ernl considerado por alguns como uma divindade hermafrodita, mas ele
no geral adorado como uma deidade masculina, o pai de Logun Ed. Ernl
um Orix das guas e das matas, mora nas matas com Ossain, Ogum e Oxssi
e nas guas com Iemanj, Otin e Osun. Mas a residncia correta deste Orix
no encontro das guas do rios com as do mar.
Na tradio Lukumi, Ernl acompanhado por Ibojuto e Abtn( pntano)
a divindade da baixada. Abtn normalmente considerada como a
companheira de Ernl. Quando Ernl assentado ela tambm assentada.
Come com Ernl e participa de todos as suas oferendas. Ela sua
contraparte feminina, duas divindades que se unem como um, embora sejam
distintos eles funcionam juntos como um. H um equilbrio, dando uma viso
instantnea do carter de Ernl, uma mistura perfeita das energias
masculinas e femininas.

Alm disso, considera-se que a familia de Ernl se compe de: Abtn( sua
esposa), Boyuto( guardio de Ernl e Abtn ), Otin( filha de Ernl com
Abtn), Asipelu( ajudante de Ernl ), Logun Ed( filho de Ernl com Osn) e
Asao( duplo Ernl).
O awo-ota-Ernl, o nome dos recipientes usados dentro do culto de Ernl.
Sopeiras ou potes fechados que guardam pedras e gua so
predominantemente associados com divindades femininas.
Quando a possesso acontece, Ernl dana com o p rr( cajado com o
pssaro de ferro, semelhante ao de Osnyn) representando sua importncia
como curandeiro e conhecedor do poder das folhas.


Rio Erinl


Arqutipo - Erinl - Os filhos do Erinl, so observadores agem como se a
vida fosse uma eterna caada, joviais, espertos e trambiqueiros. No sabem
lidar com o poder, tendem a ser puxa-sacos quando querem algo. Seus
objetivos sempre esto em primeiro lugar, por vezes enganadores, gostam
de mandar e liderar mas deixam se levar por emoo, comunicativos e
ordeiros, amantes e sonhadores, so vaidosos como Logum Ed, so pessoas
romnticas e vaidosas, que gostam de chamar a ateno, so
inconsequentes.


Adur Ernl
w ti Ernl fi sodi o
Ns cultuamos Ernl dentro de nossa fortaleza,
o w ti Ernl fi sodi
Ns cultuamos Ernl dentro de nossa fortaleza,
o ogun j j
A guerra no pode nos atacar,
Kgun jlob
A guerra no pode nos atacar e afetar Lob.
w ti Ernl fi sodi
Ns cultuamos Ernl dentro de nossa fortaleza


Adura Ode (na lngua Yoruba)
Ode Amoji elere,
Otiti, ami-ilu-wo-bi ojo,
Ari-sokoto-penpe-gbon-eni ona
Ikire
Bo ba gbo, ma da miran si.
Alaja, amu owenu-obo,
Baba ni fikifiki ekun, ako oru,
Onile iku, maa je ki nri o,
Asindele laa sinmo eni,
Jowo dabo bo mi,
Maa jeki owo won mi
Maa jeki owo won mi
Wa fun mi ni alafia,
Emi be o, wa so ibanuje mi dayo,
Fun mi ni abo re to ni
pon ki o somi idi oloro
Ase.

Adura Ode
Ode Amoji elere,
Pessoa forte que sacode a
cidade,
Pessoa que veste bermuda
nas estradas molhadas da cidade
do Ikire,
Se forem rasgadas, ele tem outras
Ode tem cachorros que matam
owe (um animal) e os macacos,
Meu pai, o forte leopardo,
que no tem medo da madrugada,

Voc que guarda morte em casa,
favor no me deixe ver
voc de mau humor,
Voc que proteja seus filhos,
Favor me proteja,
No deixa faltar dinheiro,
No deixa faltar filhos,
Me d a paz,
Eu te peo, torna minha tristeza
em alegria,
Me d a sua forte proteo
e que me torne prspero.
Ax.

Od Otim
Otim a deusa da caa, mulher e companheira de Oxssi, vive no pouco
cultuada no mato em sua companhia, esta deusa Brasil,
seu culto mais conservado

nas naes de Batuque no Sul do pas. Otim a meio irm
de Logum Ed, filha de Erinl e de Abat.
raro encontrar filhos de Otim. As pessoas de Od Otin so aquelas cujo
metabolismo e caractersticas de personalidade se assemelham a prpria
Otim, so pessoas reservadas, um tanto tmidas e observadoras. Otim est
presente em ambientes intocados, como florestas, cerradas, parques onde
animais so preservados, do contato com os humanos. Od Otim habita as
florestas virgens, as terras verdes no cultivadas. Otim o Orix feminino
responsvel pela fundamental atividade da caa. tradicionalmente
associada Lua e, por conseguinte, noite, e os pssaros da noite, pois a
noite o melhor momento para a caa. Od Otim e Osse tm na floresta o
prprio fim, nela se escondem. A primeira para capturar os animais, o
segundo para poder estudar, realizar feitios e recolher as folhas sagradas.
Otim mora nas guas como Iemanj, Erinl e Oxum e na floresta com Osse,
Ogum e Oxssi. Otim faz parte de um seleto grupo de divindades regentes da
fartura e da abundncia assim como Orix Ok e Erinl.

Arqutipo - Otim - O filho de Otim, apresenta arquetipicamente as
caractersticas atribudas do Orix, os filhos de Otim trazem em seu
inconsciente o gosto pelo ficar calado, a necessidade do silncio e
desenvolver asobservaes to importantes para seu Orix. Geralmente Od
Otim associado s pessoas joviais, rpidas e espertas, tanto mental como
fisicamente. Tem, portanto, grande capacidade de concentrao e de
ateno.


Adur Otim


Otn y aay!
Y aay!
Otn a koro!
A koro !
Ou Otn abes!
A koro !
Ode omo site a dde ou!
Ode omo site a dde ou!
Bere beni s d, bere beni s d, k k ou kn, ou kn fmeu er, br
beni s d.
Bere beni s d, bere beni s d, k k ou kn, ou kn fmeu er, br
beni s d
r akk rok!
k akok rok k
Ode se m laiya sernmal, Ode se m laiya sernmal
ror r kn d, Oude se m laiya sernmal
Olgun b w
Olgun b w
E e j w
j w
j w o
A j w o ogun
Ode pere mon Ode mon pere
Oogun fmon r
r bere k t
A r maa y Irnmal a r ou
Ode ireyin Ode mar w yra w yra k olbe s kri r w
Ode ireyin Ode mar w yra w yra k olbe s kri r w
K n mode k n j bi
Otn
E n pp okun e l sem e l sim okuta
E n pp okun e l sem e l sim okuta
Ode tn b r r tn b r Ode moulha tn b r
Ode tn b r r tn b r Ode moulha tn b r
Ou y bere k ch ou y bere ke ch w r
Ou y gbogbo, ou y bere k ch ou y bere ke ch w r, ou y gbogbo
Iy Otn mon r
Ode eran w!
Pere mon mon pere
Ode eran w!


Traduo


Otim por favor, vida!

Por favor, vida!

Otim, ns vamos

Ns vamos

Otim, segue pelo caminho ao Exu

Ns vamos
Ode, filho feito no bosque, nos pomos de p
Ode, filho feito no bosque, nos pomos de p
Comieza, sim, a proteger de fora, colheita, me encha e
me premie, comea, sim, a proteger de fora
Comieza, sim, a proteger de fora, colheita, me encha e
me premie, comea, sim, a proteger de fora
nos eleve para as recompensas, nos eleve
Vamos, sobe para o topo, para cima
Ode faz que sempre tenha valentia, me faa um Esprito de Luz
Temerrio te impulsione enchendo e chegando, faz que sempre
tenha valentia, me faa um Esprito de Luz
Dono de remdios para que cuide
Dono de remdios para que cuide
voc desperte a ajuda comunitria
Deva despertar a ajuda comunitria
Deva despertar a ajuda comunitria e v
Deva despertar a ajuda comunitria, v luta
Ode sei generoso comigo
Medicina me premie
O prmio como recompensa, curta e luta
Ns os sons sempre fundem e lhe vemos Esprito de
Luz
Ode bno de vocs, Ode minha bno, vem rpido,
visita logo, no alto da montanha dono da faca trabalha por tudo
ao redor, aumenta a vigilncia
Ode bno de vocs, Ode minha bno, vem rpido,
visita logo, no alto da montanha dono da faca trabalha por tudo
ao redor, aumenta a vigilncia
No tem filho, no tem que esforar-se em nascer
Tem a rua e poder, voc pode, serve, pode existir na
pedra
Tem a rua e poder, voc pode, serve, pode existir na
pedra
Ode, Otin retorna, solicita impulso; Otim retorna e solicita Ode
que apanhe os inimigos
Ode, Otin retorna, solicita impulso; Otim retorna e solicita Ode
que apanhe os inimigos
Voc separa, inclina-te, curtas e expande, deves redime
Voc separa tudo, separa, inclina-te, curtas, expande, vem a
redimir, separa tudo
Me Otin minha recompensa
Ode a carne cuida
Generoso comigo
Ode a carne cuida


Osse

Originrio de Ira, atualmente na Nigria, no fazia parte dos 16
companheiros de Odudu quando na chegada de If. Patrono da vegetao
rasteira, das folhas e de seus preparos, defensor da sade, a divindade das
plantas medicinais e litrgicas. Cada Orix tem a sua folha, mas s
Osse detm seus segredos. E sem as folhas e seus segredos no h ax,
portanto sem ele nenhuma cerimnia possvel.
Ele vive na floresta em companhia de Aroni, por isto as conheitas das flores
devem ser feitas com extremo cuidado, sempre em lugar selvagem, onde as
plantas crescem livremente. Deve-se estar em estado de pureza para esta
colheita, abstendo-se de relaes sexuais pelo menos trs dias precedentes,
indo a floresta de madrugada sem dirigir a palavra a ningum. Alm disso
deve se ter o cuidado de deixar no cho uma oferenda a Osanyin logo que se
chegue ao local.
Osse usa uma cabaa chamada Igb-Osanyin. Fuma e bebe mel e pinga.
Osse tambm um feiticeiro, por isto representado por um pssaro
chamado Eley, que reside na sua cabaa. As proprietrias do pssaro do
poder so as feiticeiras. Ele carega tambm sete lanas com um pssaro em
cima da haste, o qual seu mensageiro e voa para trazer-lhe notcias. Osse
est extremamente ligado a Orumil, Senhor da Adivinhaes. Estas relaes,
hoje cordiais e de franca colaborao, atravessaram no passado prodo de
rivalidade. Algumas lendas refletem as lutas pela primzia e pelo prestgio.
Conta uma delas como Osse virou escravo de Orunmil (If). Dizem que este
ltimo precisava de um escravo e mandou que o comprassem no mercado.
Osse estava l e foi o comprado. Na hora de comear o trabalho, Osse
percebeu que a cortar a erva que curava a febre, a erva que curava as dores
de cabea e outra que supria as clicas. "Na verdade, disse ele, no posso
arrancar ervas to necessrias". Orunmil tomando conhecimento do fato,
quis ver quais eram as ervas de to grande valor. Convencido do valor de
Osse decidiu que ele ficaria sempre ao seu lado durante as consultas.
As folhas de Osse veiculam o ax oculto, pois o verde uma das qualidades
do preto. As folhas e as plantas constituem a emanao direta do poder da
terra fertilizada pela chuva. So como as escamas e as penas, que
representam o procriado.
O sague das folhas um dos axs mais poderosos, que traz em si o poder do
que nasce e do que advm. Osse existe em todas as folhas, por isso quando as
queimam as matas ele fica revoltado com o ser humano, que destri a fora da
natureza, que a cura de todas as doenas que existem e que vo existir.


Osse um AWON ORIXA LODE, um dos Orixs de rua
pois as folhas as plantas encontra-se em qualquer lugar.
Ele traz consigo o simbolismo da liberdade assim como
toda a flora. Patrono da vegetao, das folhas e de seus
preparados. As folhas, nascidas das rvores, e as plantas
constituem uma emanao direta do poder sobrenatural
da terra fertilizada pela chuva que provem , como esse
poder, a ao das folhas pode ser utilizada para diversos
fins no aspecto geral.

Cada folha possui virtudes ou poderes mgicos que lhe so prprias e,
misturadas a outras, formam,chs,enfuzes,banhos com propsitos
medicinais ou mgicos, de grande importncia nos cultos,ligados a natureza
onde nada pode ser feito sem o uso das folhas de Osse.
No culto das Yami as folhas,so como as escamas dos peixes e as penas dos
pssaros, so e representam o procriado um elemento essencial para os
humanos. Elas veiculam o ej dundun, a fora dos orixas.
O sangue das folhas, que traz em si o poder do que nasce, do que
vm, abundantemente, um dos axe mais poderosos. pois o primeiro ato
que se faz quando deita uma pessoa para o santo a sasanha,"a retirada do
sangue negro das folhas.Eo ultimo dia de preceito dos iniciados o it. Pois
sem as folhas no se faz nada.
Osse possui o poder ao mesmo tempo benfico e perigoso, a depender dos
vrios empregos das folhas pois existem folhas que possui veneno e folhas
benficas. Seu culto mais ou menos secreto e, mesmo que no constitua
uma sociedade secreta, seus ritos no so pblicos e a maioria de seus
adeptos so homens. pois Osse no tem preferncia por mulheres.
At nestes tempos atuais no se sabe se osayn do sexo Masculino ou
feminino. Sabe-se que Osse, no gosta de ser dirigido como feminino.
Um pequeno pssaro que o representa. o pssaro EYE. Nos templos
consagrados a Osse, na frica, diz-se que este pssaro habita no Igba Osse
(a cabaa consagrada a Osse) e que ele fala quando Osse
consultado. Este mesmo passaro o que acompanha as Yami Xorong. Outro
que fala por Osanyin Aroni,que aqui no Brasil chamam de saci perer pois
Osse no fala, para no contar seus segredos a ningum.
Aroni um anozinho ,sem uma perna que fuma cachimbo, ele anda dentro
de um redimuinho.

As folhas so divididas em quatro compartimentos, correspondentes aos
quatro elementos, classificao idntica a que se processa com os Odus
(Destinos) os lementos naturais :gua, ar, terra e fogo.
Assim, tambm, cumprem o papel de reforar a essencia dos elementos, ou
seja, as folhas ao veicularem seu axe, ativam afora dos elementos ao qual os
Orix corresponde a que o indivduo que est ligado.
Temos assim: ewe afeefe trepadeiras (folhas do ar-vento), ewe inon folhas
cujo sua essencia em demazia pode matar(folhas do fogo), ewe omi folhas
aquticas(folhas da gua) e ewe il ou ewe igb folhas nativas(folhas da terra
e da floresta).
Outras classificaes que temos em relaes as folhas so: masculinas e
femininas, calmantes (er) ou excitantes (gun), diurnas e noturnas.
Osse um Orix encantado, no viveu na forma humana. filho direto de
Olorun, o Deus Supremo.
Ele vive no fundo da floresta e tem como companheiro, permanente, um
anozinho de uma perna s, que fuma um cachimbo feito com a casca do
caracol, enfiado num Tariok, uma varinha de bambu, com suas folhas
prediletas. Carrega um pssaro que voa por toda parte e pousa em sua
cabea, contado-lhe tudo que viu ou se algum se aproxima.
Suas supostas qualidades so:
AGU
MOKOSSU
GAYAKU
ABENEGY
ARONY- Recebe uma saudao prpria, diferente dos outros. Apesar de ser
companheiro de ABENEGY, mais terrvel, fumando seu cachimbo faz mais
bruxarias que os outros. S come bicho de duas pernas.
Sua saudao:
- VL VL EW, quer dizer : Dono de uma perna que come o dono de duas
pernas.



Aspectos Gerais

DIA: Quinta-feira.
DATA: 5 de outubro.
METAL: Estanho.
CORES: Verde e branco.
COMIDAS: Fumo, mel, milho vermelho, espigas regadas com mel.
SMBOLOS: Haste ladeada por sete lanas com um pssaro no topo (rvore
estilizada).
ELEMENTOS: Floresta e plantam selvagens (terra).
REGIO DA FRICA: Ira.
PEDRA: Esmeralda.
FOLHAS: Todas.
ODU QUE REGE: Ik.

Arqutipo - Osse - Os filhos do Orix Osse, so
geralmente equilibrados, capazes de controlar seus
sentimentos e emoes, simpatias ou antipatias jamais
influenciam suas decises ou influenciam sua opinio
sobre pessoas ou acontecimento. So muito reservados,
so muito criativos, gostam de paz e silncio, so grandes
pensadores, possuem um conhecimento aguado sobre
folhas e ervas no geral.


Ork fn snyn

Agbnigi, rmode abdi sns
Esinsin abedo knnknni;
Kgo egbr irn
Akp nigb rn k sunwn
Totio tin, gb aso knrn ta gg.
Els kan j els mj lo.
Ew gbogbo kki ogn
gbnigi, ss kosn
Agogo nla se erpe agbra
gb wn l tn, wn dp tnitni
Arni j si kt di ogn my
Els kan ti l else mj sr



Ork para snyn

Aquele que vive nas rvores e que tem um rabo pontudo como estaca.
Aquele que tem o fgado transparente como o da mosca.
Aquele que to forte quanto uma barra de ferro.
Aquele que invocado quando as coisas no esto bem.
O esbelto que quando recebe a roupa da doena se move como se fosse cair.
O que tem uma s perna e mais poderoso que os que tm duas.
Todas as folhas tm viscosidade que se tornam remdio.
gbnigi, o deus que usa palha.
O grande sino de ferro que soa poderosamente.
A quem as pessoas agradecem sem reservas depois que ele humilha as
doenas.
rni que pula no poo com amuletos em seu peito.
O homem de uma perna que exita os de duas pernas para correr.



Ork fn snyn


ba snyn
ba oni w
k si arun
K si akoba
se


Ork para snyn

Elogio para o esprito do medicamento das folhas
Eu elogio o dono do medicamento das folhas
Me livre de se adoecer
Me livre da coisa negativa
Eu dou graas ao dono do medicamento
Ax


Isure Orisa snyn


IBA OSONYIN

ESINSIN ABEDO KINNIKINNI,

AKEPE NIGBA ORAN,

ELESE KAN JU ELESE MEJI,

EWE GBOGBO KIKI OOGUN,

EWE A JE, OOGUN A JE FUN MI

LONI EMI FE IRE RE,

OSONYIN JOWO FUN MI NIRE,

FUN MI NI OLA,

WA WO MI SAN,

KI O SI FUN MI NI AABO.

ORO ATI ALAFIA.

SE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE SE.


snyn eu te sado.

Pessoa que tem fgado e come cristal,

Pessoa que a gente chama nas dificuldades,

Pessoa de uma s perna, e que mais forte do que aqueles com duas pernas,

Para voc todas as folhas so medicinais,

As folhas vo funcionar para mim,

Hoje eu quero a sua bondade,

Me d a honra,

Venha me curar,

Para que voc me d proteo, prosperidade e paz.

Ax do Senhor Supremo

Beno do Senhor Supremo.


Algumas Folhas

Usada em toda cerimnia, a folha desempenha um papl muito importante
em todos os rituais. Essa tambm to importante quanto um animal para
que se faa algo, como exemplo cito que, existe no s uma, mas quatro
qualidades de sangues:
O sangue branco
Animal:
o semem, a saliva, o hlito, as secees, o plasma, particularmente o do igbi.
O sangue vermelho
Animal: sangue (eje) humano ou animal, esse o mais conhecido por ns, pois
toda vez que pensamos em eje, temo-no como se fosse o nico.
O sangue preto
Animal: as cinzas de animais
Vegetal: o sumo escuro de certos vegetais, neste caso o mais usado o WAJI
Mineral: carvo, ferro etc
E agora o sangue em questo, O SANGUE VERDE:
Este encontrado nas folhas.
Para ser retirada da natureza, importante que se observe toda uma
cerimnia para osse, assunto esse que, futuramente, falarei num outro link
deste site.
Existe uma cantiga muito conhecida de Osse que nos fala dessa
responsabilidade
Letra em yorub:
Ew pl p n t p ew,
pl p n t p,
Lkk a fn ni frf pl
p n t p.
Pronncia em portugus:
eu pul pu ni t pu eu
pul pu n t pu
lacaca a fum o ni frr
pul pu ni t pu.
Traduo:
Pegue a folha com gentileza, demore bastante, pegue bastant demorado
(com carinho) esforce-se tnazmente e a folha lhe ser dada com alegria.

Xapan o Obaluai
cultuado como o poderoso Orix da Varola. o senhor das doenas. de
pele Obaluai est ligado ao elemento terra, sendo detentor de seus
segredos. Tem, tambm, ligao com as rvores e com os espritos que as
habitam. Todos o temem, por enviar as doenas, muitas vezes, como castigo
ou como desgnios divinos para uma renovao da vida. Da mesma forma
que ele traz as enfermidades ele pode lev-las. Ele um im de doenas.
Na frica, ele venerado e temido por seus desgnios, sendo considerado
uma figura repressora e perigosa, que pode trazer facilmente a morte, mas,
por outro lado, o grande redentor de todas as mazelas que atingem os
seres humanos. Ele cultuado e adorado com todo o respeito, evitando-se,
inclusive, pronunciar seu nome sem um motivo real, por isso Xapan
chamado de Obaluai.
Ao contrrio de Omol, Obaluai no se cobre totalmente com o Az.
Obaluai usa apenas um fil de bzios, todos os seus fundamentos devem
ser repletos de bzios, j que Obaluai considerado como o senhor da
riqueza da terra desta forma, todos os gros seriam sua propriedade, ele
um equivalente Jeje do Orix Ok.
Os desgnios de Obaluai nos faz refletir sobre o valor da vida humana e o
quanto ela frgil. Infelizmente, o ser humano s d valor ao que tem
quando est perdendo, como a sade, por exemplo.


Aspectos Gerais

DIA: Segunda-feira
DATA: 13 ou 16 de Agosto
METAL: Chumbo
CORES: Preto, branco e vermelho.
COMIDAS: Pipoca (deburu), abado, mostarda (latip), aberm.
SMBOLOS: Xaxar ou leo, lana de madeira, lagidib.
ELEMENTOS: Terra e fogo do interior da Terra.
REGIO DA FRICA: Daom
PEDRA: Turmalina negra, mrmore.
FOLHAS: Canela-de-velha, erva-de-bicho, barba-de-velho, mamona.
ODU QUE REGE: Odi e Etaogund.

A saudao de Obaluai, assim como a de Omolu pode ser traduzida
literalmente como Silncio.

Arqutipo - Obaluai - Os filhos do Orix Obaluai, so pessoas que gostam
de exibir seus sofrimentos e as tristezas das quais tiram uma satisfao
ntima, sempre acham que o sofrimento e os problemas delas so maiores.
Pessoas que se sentem incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida
lhes corre tranqila. Pessoas que em certos casos so capazes de dar de tudo
pelo bem-estar dos outros, deixando de lado seus interesses e necessidades
vitais.

Sakpat a denominao fon do Orix Xapan Obaluai. o grande Ayi-
vodun do panteo Ewe-fon, por isso intitulado Ayinon o Rei do Mundo,
originariamente Vodum Senhor da varola e de inmeras enfermidades
contagiosas que deformam o corpo. Todo o povo fon o teme enormemente e
o cultua fervorosamente e possui uma grande quantidade de
representaes, cada uma sendo um aspecto de doenas e infeces.







Obaluai

rs jngbn
Orix forte
Abt, ar b w j
Abat que floresce exuberante como as folhas da rvore aj
rs t m m m y
Orix que pune a me juntamente com o filho
B bly b m won tn
Depois que Obalua acabar de castig-los
O tn l sr lo bb
Ainda poder castigar o pai
rs b j
Orix semelhante a uma feiticeira
bly mo l Os, mo l j
Obalua conhece tanto a casa do feiticeiro como a da bruxa
O gb Os l'j,
Desafiou o feiticeiro
Os kn fnrnfnrn
E este correu desesperado
O pa j ku kan soso
Matou todas as bruxas permitindo que apenas uma vivesse
rs Jngbn
Orix forte
bly a m ni ton ton
Obalua, que faz as pessoas perderem a voz
bly s Od re hn m
Obalua, abra seu odu para mim
K ndi olw
Para que eu seja uma pessoa prspera
K ndi olomo
Para que eu seja uma pessoa frtil.

Ork fn Obliy



RS Jngbn

Abt, Ar B Ew Aj.

RS T Nm Omo M y

B Obliy B M Won Tn

O Tn L Sr Lo M Bb

RS B j

Obliy Mo Il Os, O Mo Il j

O Gb Os Lj

Os Kn Fnrnfnrn.

O Pa j Ku kan Soso

RS Jngbn

Obliy A M Ni Ton Ton

Obliy S Od Re Hn M

K Ndi Olw

K Ndi Olomo.

se





Ork para Obliy



rs forte

Abt que floresce como as folhas de aj.

rs que pune a me junto com o filho

Depois que Obliy acabar de peg-los

Poder ir pegar o Pai.

rs igual ao feitio.

Obliy conhece tanto a casa do feiticeiro, quanto a casa da bruxa

Desafiou o feiticeiro

O feiticeiro correu desesperado.

Matou todas as bruxas e s permitiu que uma sobrevivesse

rs forte

Obliy que faz as pessoas perderem a voz

Obliy abra seu od para mim

para que eu tenha prosperidade

para que eu tenha muitos filhos.

Assim seja, assim seja, assim seja.


ISURE RS BLUIY


IBA OBA OLUWAIYE

FARORO, ONI-WOWO-ADO, ARUNMOLOOFUN DANU,

AJE-IGBA-OOGUN MAKUU,

OBA EMITOTO, OBA EMILARE,

OBA EMITOTO LAAPE IF

OBA EMILARE LAAPE ODU,

IWO OBALUWAIYE, IWO LO FI AWON ORISA MOKANLENIRUNGBA TI

BEM LODE ISALAYE JE OYE

WA FI EMI NAA JOYE LODE AIYE ISALAYE,

KI NRI JE, KI NRI UM

IDAKUDA NI KOO MA LO DA AWON OTA MI,

MAA JEKI NRI IKU, MA JEKI NRI ARUN,

MAA JEKI NRIKI OMO, IKU AYA, IKU OKO,

AGAN TI O RI BI FUN LOMO

KI ABOYUN BI TIBI TIRE,

KI OPO ILE KIRI MOLE,

OBALUWAIYE, JEKI MBIMO, KI O TO DI ODUN TO MBO,

TO BA FUN MI LOMO ATI OWO, EMI O FUN O NI EWURE.

OBALUWAIYE, FUN MI NI ALAFIA,

FUN MI NI ILOSIWAJU ATI IRE RE,

ALUJOGUN GBA MI

JOWO WO MI SAN,

MA JEKI NRI IJA RE,

KI NKAN MA SE MI.

SE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE SE.


Eu te sado Oblaiy.

Faroro, voc que tem muitas cabaas pequenas cheias de medicinas e pessoa
quem faz medicina das pessoas ineficaz

Voc que come veneno que no tem efeito sobre voc,

O deus de Emitoto, deus de Emilare,

O deus de Emitoto o nome dado ao If,

O deus de Emilare o nome dado ao Od,

Voc, Oblaiy quem coroa todos os duzentos e um rss que residem no
mundo,

Favor, me coroa tambm neste mundo,

Fornea-me todos os materiais de bem-estar,

Cria confuses com os meus inimigos,

Me proteja da morte e doenas,

Proteja meus filhos,esposa, marido da morte

D filhos para quelas que ainda no tem

Faz que aquelas grvidas Ter seus partos sem problemas,

No deixe o esprito do mau entrar na minha casa

Oblaiy, faz que eu tenha filho antes do final do prximo ano,

Se voc me der filho e dinheiro, matarei a cabra para agradar.

Oblaiy, me d a paz,

Me d progresso e bondade.

Alujogun, me salva,

Favor me curar de qualquer que pode me afligir,

No deixe me ver sua raiva, e que nada acontea comigo.

Ax do Senhor Supremo.

Beno do Senhor Supremo.


Voduns tratados como qualidades de Xapan - Obaluai

Afoman /Akavan
Azonsu / Ajansu / Ajunsu
Azoani
Ajoji
Avimaje / Ajiuziun
Ahosuji / Seg
Savalu / Sapek
Sapata / Sakpat


Orin Obaluai
Aray a je nbo , Olbje a je nbo
Aray a je nbo , Olbje a je nbo

Povo da terra, vamos comer e ador-lo, o senhor aceitou comer.
Povo da terra, vamos comer e ador-lo, o senhor aceitou comer.

ajeniniy, ajeniniy
g ajeniniy
M k lo, ajeniniy,
Ajnsn araye, l jeniniy
E wa k l
Spad araye, l jeniniy,
E wa k l
jeniniy araye

A vs punidor, te pedimos licena, no nos leve embora.
Ele pode castigar e levar-nos embora, mandar-nos embora de volta para o
outro mundo( outro, o dos mortos).
Pode castigar e levar-nos embora, castigar nos humanos.

Oper m d pr
br k se
M d h, m d pr
Oper m d pr
br k se
M d h, m d pr
Don hn h
Don hn h , Emp
Don hn h
Don hn h , Emp
Opr m d pr
D s, m d
D s, m d , D s, m d
D s, m m ngb
Ay kgbe hn hn
Ay kgbe hn hn

Oper(Pssaro) no ficar s
Ele comear a gritar.
Partilhara sua comida,no ficar s
Somente Oper no ficara s.
Ele proclamar a todos.
Ele ficar e gritar, e no ficar s.
Os de Emp usaro barreiras contra feitios,
se tornaro visveis
e dividiro a sua comida
Oper no ficar s
ficar cansado, ficar bem
ficar cansado e ser ajudado.
Contende gritara, sim , sim



g nil , nil
Nil ma dg
Spad, A j nsn,
Ma dg
g nil g.

Permisso ( licena )
para entrar na casa.
licena Sapat
Ajinsun, permisso
Para entrar na casa, licena.

gbl ko , slr
Sl r lr
gbl ko, gbl ko
Sl r lr

Ele vive em casa de palha
que o seu al, que cobre a sua cabea
vive em casa de palha
o al que cobre a sua cabea.

Olr jeniy a pd
Olor pa
Olr jeniy a pd
Olor pa

O Senhor que mata, o Senhor que castiga
vem ao nosso encontro.
O Senhor que mata, o Senhor que castiga
vem ao nosso encontro.


J al ij ,
J al ij , j
al ij ,
farad a l
Nj ngbl

Dance em nossa casa.
dance, dance , dance em nossa casa.
dando fora e energia nossa casa.
Danando ele d proteo casa.


k ki fb ww
k ki fb ww
W kal , w
Kal s awo or
W kal , w
Kal s awo or
kn gb fr farot
kn gb fr farad
On pp ony
Kn yy wa farad
n a l jeny
Ajgun t l
jeny olwi
Tl b oknrin
O tl b oknrin
Wa ki l kun
Tl b oknrin
Abnilor b
R n je olwi
O tl b oknrin

Celeiro para onde retorna a existncia,
que possa voc ter celeiro para onde
retorna a existncia, longa vida
para cultuar as tradies, e que
possa voc ter longa vida
para culturar as tradies.
Ele aquele que pode aproximar-se e dar apoio
aquele que pode dar fora e energia
com sua proximidade. Senhor das estradas
e dos campos, Senhor da boa memria,
que pode nos dar fora para resistirmos dor.
Ele pode fazer secar a cabea do homen,
lev-lo embora e
esculpir a cabea do homem.
Ele pode fazer definhar,
matar a cabea do homen.
o executor que decapita,
que pode nos castigar.
O guerreiro que pode castigar.
O senhor da terra.
O guerreiro que pode punir.

Wl n wul
A nil gbl ib k
Wl n wul
A nil gbl ib k

Ele importante e necessrio
para ns da terra, d proteo casa
no permita que nossas cabeas tambm
para ns da terra, d proteo casa

Onil w wa ls ris
Op ire onl w a ls ris Op ire
E klb e klb sn sn sn
Klb
E klb e klb sn sn sn
Klb
Omol p olre a wre e
K b
Omol p olre a wre e
K b
J a npenpe e l gb wiy
T n gbn mi
J a npenpe
Obalwaiy
T n gbn mi

O Senhor da terra est entre ns que cultuamos orix.
Agradecemos felizes pelo Senhor da terra
estar entre ns que cultuamos orix.
Agradecemos felizes.
Em sua pequena cabaa traz remdios
para livrar-nos das doenas
Omolu te pedimos Senhor da boa sorte,
que use seus remdios ( sortilgios )
para nos trazer boa sorte.
Seja bem-vindo!
Senhor que tem boa memria e pode tornar-se inteligente.
pois eu sou insignificante ( pequenino )
ele que pode dar proteo ao nosso mundo.
ele que pode dar inteligncia, eu sou pequenino
Rei, Senhor da terra, torne-me inteligente.

Kr nl awo , kr nl awo
s gbje
Kr nl awo , kr nl awo
s gbje

Ele vai embora,
embora da cerimnia,
embora do culto.
Ele aceitou comer.


Omolu
Omolu um Orix africano cultuado no candombl e na umbanda. Muitas
vezes confundido com o Orix Obalua, tanto que, no Brasil, muitas casas de
santo cultuam Obalua e Omolu como um s Orix, Omolu , no entanto, um
Orix que se aproxima de Obaluay devido a regncia sobre as doenas, mas
possui uma identidade prpria. Na realidade Omolu filho de Nan e de
Obalua. Omolu a semelhana de Obalua. Essa afirmao pode ser
facilmente notada no desmembramento do nome das duas divindade. O
desmembramento de de Obalua b-l-y = Rei Senhor da Terra. E o
de Omolu m-l = Filho do Senhor, uma clara referncia a Obalua o
Senhor da terra.
Assim como Obalua, Omolu pode trazer a doena mas tambm a leva. Os
devotos lhe atribuem curas milagrosas, realizando oferendas de pipocas, o
deburu ou doburu, em sua homenagem ou jogando-as sobre o doente como
descarrego.
Em algumas casas de santo, as pipocas so estouradas em panelas com areia
da praia aquecida, lembrando a relao desse Orix. Afinal, conta uma lenda
que Omolu, muito doente, foi curado beira-mar pela gua salina, tendo
Iemanj o tomado como filho adotivo. Por isso, tambm so realizadas
oferendas a Omolu nas areias das praias do litoral brasileiro.


Orin Omolu




Omol K br j
Klb se a je nbo
Klb se a je nbo
Klb se a je nbo
Aray.

Omolu no teme a briga.
Em sua pequena cabaa traz ax e feitio.
Vamos comer cultuando-o
Omolu no teme a briga.
Em sua pequena cabaa traz ax e feitio.
Vamos comer cultuando-o, todos juntos.
Omol t l kum eron nn
E l e l e kum
Omol t l kum eron nn
E l e l e kum
Omol t l kum eron nn
Omol t l kum eron nn

Omolu aquele que pode
esculpir na carne das pessoas.
Omolu aquele que pode
esculpir na carne das pessoas.
Ele pode, ele pode e ele esculpe



Nan Buruku
considerada por alguns como a divindade mais antiga na terra. Nan seria
filha do pssaro Atior, o que revela uma grande ligao dela com Iymi
Oxorong j que a cabaa contendo o pssaro que viria a ser o pai de Nan
fora entregue a Iemanj no incio da criao. O termo Nan quer dizer raz,
embora muitos neguem, na realidade Nan um Vodum e no um Orix.
Aqui no Brasil devido a aglomerao de escravos de inmeras regies da
frica. Sua origem em si muito confusa, no se sabe muito sobre ela, por
esta razo ela considerada uma divindade dos mistrios da criao. Seu
nome designa pessoa idosa e responsvel, para o povo Jeje significa me.
Nan assim como Oxal, considerada o princpio o meio e o fim. As guas
paradas e lamacentas dos pntanos tm uma aparncia morta e a primeira
vista ningum imagina que por trs dessas guas possa existir vida. Nan
consideradas por todos do Culto Vodum como a grande Me Universal, ou
seja, entre os Voduns ela o que Iemanj para ns que Cultuamos Orix.
Entre eles ela chamada de Missam, palavra cujo significado de Av. Ela
amplamente conhecida e cultuada no Dahomey com o nome de Nan
Buruku. Acredita-se que quando uma mulher no consegue engravidar
deva recorrer a ela. Acredita-se que Nan um Vodum de cura e se um
doente a ela recorrer, conseguir a cura de imediato. Na frica quando uma
famlia ou algum obtm um favor de Nan, fica com o compromisso de
oferecer uma pessoa da famlia para ser iniciada para ela, seja homem ou
mulher. E quando essa iniciao ocorre a pessoa receber em seu nome o
de Nan. Todos os Sacerdotes e sacerdotisas de Nan tem a palavra Nan
em seus nomes.


Assim como Obaluai, Nan tambm possui ligao com
as doenas e na realidade o culto de Nan e de Obaluai
se confundem. Na realidade ao contrrio do que muitos
pensam, Nan no me de Obaluai, na verdade ela
sua esposa e da unio deles nasceu Omolu.



O Culto de iniciao de um filho ou filha de Nan requer uma srie de
cuidados especiais, tanto na frica, como no Brasil. Existem vrios Voduns da
mesma linhagem de Nan Buruku, que so feitos nos iniciados por seguirem
a mesma tradio de Nan Buruku.



Aspectos Gerais

Dia: sbado
Data: 26 de Junho
Metal: Lato
Cores: Branco e azul (preto ou roxo)
Comidas: Aberm, mugunz, mostarda e taioba
Smbolos: Ibiri e bradj
Elementos: guas paradas e lamacentas
Regio da frica: Ex-Daom
Pedra: Ametista
Folhas: Folha-da-costa, folha de mostarda, manac, oj oro, oxibat, papoula
roxa, quarana
Odu que Rege: Odilob

A saudao de Nan pode ser traduzida como, Aquela em quem nos
refugiamos.


Arqutipo - Nan - Os filhos da Orix Nan, so pessoas
calmas e lentas. Gostam de criana, sempre aparentam
mais idade, ranzinzas rancorosas daquelas que guardam
tudo. So pessoas boas decididas simpticas. As vezes
porm, exigem ateno e respeito que julga devido mas
no obtido dos que a cercam. No conseguem entender
como as pessoas cometem supostos enganos. No
consegue compreender direito as opinies alheias, nem
aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela.
No tem muito senso de humor, transformam gotas de
gua em um oceano e so muito conservadoras.


Nan

Okiti Kata, Ekn A Pa Eran M Ni Yan
Okiti Katala leopardo que mata um animal e o como sem ass-lo.
Olu Gbongbo Ko Sun Ebi Eje
Dono de uma bengala, no dorme e tem sede de sangue.
Gosungosun On Wo Ewu Eje
MSalpicado com Osun, seu traje parece coberto de sangue
Ko P Eni Ko Je Oka Odun
Ele s poder comer massa no dia da festa, se tiver matado algem.
A Ni Esin O Ni Kange
Ele tem o cavalo, ele tem o quizo.
Odo Bara Otolu
Rio
Omi a Dake Je Pa Eni
gua adormecida que mata algum sem preveni-lo
Omo Opara Ogan Ndanu
Filho de Opara
Sese Iba O
Orix , respeito
Iba Iye Ni Mo Mo Je Ni Ko Je Ti Arun
Louvo a vida e no a cabea
Emi Wa Foribale Fun Sese
Venho prosternar-me diante do Orix.
Oluidu Pe O papa
Presto homenagem aos ancestrais.
Ele Adie Ko Tuka
Aquele que tem frango, no depena vivo
Yeye Mi Ni Bariba Li Akoko
Minha me estava primeiramente em Bariba
Emi Ako Ni Ala Mo Le Gbe Agada
Eu o primeiro a poder usar a espada.
Emi A Wa Kiy Onile Ki Ile
Venho saudar o dono da terra para que ele me proteja.
Vejamos abaixo alguns dos Voduns confundidos com qualidade de Nan
Buruku.
Nan Densu ou apenas Densu Segundo os Fons esse Vodum um deus
andrgino e seria o lado macho ou marido de Buruku. muito cultuado nos
rituais de Mami Wata onde considerado o maior de todos os deuses, os
Fons o compara a Olokun.
Nan Asuo Gyebi (assu gibi) Vodum masculino velho, que habita os rios.
Muito popular em Ghana e tido como o protetor das crianas africanas que
foram escravizadas.
Nan Esi Ketewa (ssi quetu) Vodum feminina muito velha, cultuada em
Ghana, Cotonou e Allada. Dizem os mais velhos que essa Vodum morreu de
parto e que por isso a misso dela proteger e tratar as mulheres grvidas
assim como seus filhos
Nan Adade Kofi (adad cfi) Vodum masculino, tem a funo de proteger
e defender todos os templos de Nan. um Vodum guerreiro, ligado ao ferro
e outros metais.
Nan Tegahe (tgar) Vodum feminino jovem, cultuada em Ghana. Tem o
poder de tirar feitios das pessoas e lugares. Tem grande conhecimento no
uso teraputicos e ritualsticos das ervas.
Nan Obo Kwesi (ob cussi) Vodum feminino guerreira, cultuada na
regio Fanti em Ghana. Protege e ajuda os kuhat (pobres) e os azon
(doentes). Detesta quem faz aze (bruxarias) ou qualquer mau a um ser
humano.
Nan Tongo ou Nan Wango (tong/uang) Vodum feminino, cultuada em
Togo. Grande curandeira, trata das pessoas com ervas, ebs e gri-gris.
uma grande Azeto (feiticeira) e seu culto talvez seja um dos mais complexo.

Nan Akonedi Abena Vodum feminino jovem, cultuada em diversas partes
da frica. Seu principal templo fica em Later, cidade de Ghana. Em Ghana
considerada a Deusa da Justia
Legba Aghamasa Vodum Legba masculino, reina nos pntanos onde reside
Nan Buruku.
Todos esses Voduns usam muitos bzios e palha, dificilmente cobrem seus
rostos.
Falar ou escrever sobre Nan uma tarefa das mais difceis, pois so tantas
as histria a ser contadas, que somente um livro poderia caber.
Todos os adeptos do Culto Vodum, devem prestar muita reverncia a Nan.
Em seus cnticos e danas devemos nos alegrar e nos sentirmos honrados
em poder, aqui no Brasil, participar dessa parte que na frica reservada
somente aos seus sacerdotes e sacerdotisas.


Orin Nan


d Nn ni ew
Lw lw e
d Nn ni ew
Lw lw e

A outra face( outro lado ) de Nan bonita
A outra face de Nan bonita
A outra face( outro lado ) de Nan bonita
A outra face de Nan bonita

Nn ay
wa l bmon ay alko
Nn ay
wa l bmon ay alko
iy wa r
n aijal
iy wa r
n aijalde

Nan Oloc
faa-nos felizes; ns poderemos tomar outra direo para termos a
alegria do nascimento de filhos.
Nan Oloc, faa-nos felizes.
Ela nossa me e amiga;
Ela a Senhora da alta sociedade.


Iroko
O majestoso Iroko, poderosa rvore, em cujos galhos se abrigam divindades
e ancestrais. Poderosa rvore aos ps da qual so depositadas as oferendas
para as feiticeiras. Poderosa rvore cujas razes alcanam o
Orun ancestral e o tronco majestoso serve de apoio a
Olorun. Iroko o representante supremo do Culto dos
Iguis, o culto aos espritos das rvores que se assimila ao
de Egungum. Grupo do qual fazem parte Apaka, Odan e
Akok. No Brasil considerado o protetor de todas as
rvores, sendo associado particularmente gameleira
branca.
Seu culto est intimamente associado ao de Ossain, a Divindade das Folhas
litrgicas e medicinais. o Orix da floresta, das rvores, do espao aberto;
por extenso governa o tempo em seus mltiplos aspectos, possue forte
ligao com Xang. Seja num caso ou noutro, o culto a Iroko cercado de
cuidados, mistrios e muitas histrias. A rvore simboliza, o tronco ereto e
viril, membro fecundante da terra e do cu, elo, cordo umbilical entre o
Orun e o Ai, na concepo restrita Iorub. No comeo dos tempos, a
primeira rvore plantada foi Iroko. Iroko foi a primeira de todas as rvores,
mais antiga que o mogno, o p de Obi e o algodoeiro. Na mais velha das
rvores de Iroko, morava seu esprito. E o esprito de Iroko era capaz de
muitas mgicas e magias. Iroko assombrava todo mundo, assim se divertia
quando no tinha o que fazer, brincava com as pedras que guardava nos ocos
de seu tronco. Fazia mgicas, para o bem e para o mal. Todos temiam Iroko e
seus poderes, quem o olhasse de frente enlouquecia at a morte. No Brasil,
Iroko habita principalmente a gameleira branca, cujo nome cientfico ficus
religiosa. Na frica, sua morada a rvore Iroko, nome cientfico chlorophora
excelsa, que, por alguma razo, no existia no Brasil e, ao que parece,
tambm no foi para c transplantada. Para o povo yorub, Iroko uma de
suas quatro rvores sagradas normalmente cultuadas em todas as regies
que ainda praticam a religio dos orixs. No entanto, originalmente, Iroko
no considerado um orix que possa ser "feito" na cabea de ningum.
Para os yorubs, a rvore Iroko a morada de espritos infantis conhecidos
ritualmente como "abiku" e tais espritos so liderados por Oluwere. Quando
as crianas se vem perseguidas por sonhos ou qualquer tipo de
assombrao, normal que se faa oferendas a Oluwere aos ps de Iroko,
para afastar o perigo de que os espritos abiku levem embora as crianas da
aldeia. Durante sete dias e sete noites o ritual repetido, at que o perigo de
mortes infantis seja afastado. O culto a Iroko um dos mais populares na
terra yorub e as relaes com esta divindade quase sempre se baseiam na
troca: um pedido feito, quando atendido, sempre deve ser pago pois no se
deve correr o risco de desagradar Iroko, pois ele costuma perseguir aqueles
que lhe devem. Iroko est ligado longevidade. referido como "Orix do
grande pano branco que envolve o mundo", numa aluso clara s nuvens do
Cu. As rvores nas quais Iroko cultuado normalmente so de grande
porte; so enfeitadas com grandes laos de pano alvo (oja fnfn) e ao p
dessas rvores so colocadas suas oferendas, notadamente nas casas de
origem Ketu, onde recebe lugar de destaque.


Orix Iroko

Jamais uma dessas rvores pode ser derrubada sem trazer srias
consequncias para a comunidade. Iroko o protetor das crianas indefesas,
ele guarda para s os espiritos dos Abiku, aqueles que quando chegam Terra
no se sentem bem e retornam a seu lugar de origem.Iroko invocado em
questes difceis, tais como desaparecimento de pessoas ou problemas de
sade, inclusive a mental. Seus filhos so altivos e generosos, robustos na
constituio, extremamente atentos a tudo o que ocorre a sua volta. Sua cor
o cinza, as cores das contas utilizadas nos ilekes de seus filhos o verde e o
marrom. O branco muito utilizado em seus ojas, panos confeccionados de
forma simples e com tecidos de baixa qualidade, preferencialmente o morim,
que deve ser utilizado em seu tronco at o seu mais completo fim.


Orin T' Iroko

Iroko ns?
Er, Iroko ns,
Er.

O que brota no Iroko?
Calma o que brota em Iroko,
Calma.

Ajub Iroko or igui-orun, e jin w ip omo pup
Iroko ns!

Respeitamos Iroko, esprito da rvore do cu, lhes deem fora e filhos
Iroko ns!

Iroko iku ko
Bere iku ko
Iroko l o man o j
Iroko l o man o j
E hu le hu le ko le Iroko, Iroko jo keke alagbe inan ko nen ib iy, ib, iyami
syin syin, oju ko s alam l'ade
A inan bu kaakaa
Kanan w
A inan bu kaakaa


Iroko que desaparea a morte
Inclinamo-nos ante a falta da morte
Iroko aparece, voc que sempre come de tudo
Iroko aparece, voc que sempre come de tudo
Pode brotar, Iroko pode recolher, Iroko dana em circulos, ancio do fogo
que ensina a respeitar a me, a respeitar minha me de existncia, ama que
no foge, proprietrio da argila e da coroa
Veem fogo profundo por toda parte
Consome com as chamas e derruba
Veem fogo profundo por toda parte.

Oxumar
Oxumar um Orix, equiparado ao Vodun Djeje Dan. Oxumar o Orix que representa a
continuidade e permanncia, costuma ser representado por uma serpente que morde a
prpria cauda. Oxumar costuma ser, erroneamente, tratado como um Orix andrgino, o que
totalmente errado, pois ele totalmente masculino, existe sim uma Orix equivalente a
Oxumar e que feminina, trata-se de Ew, que sua fmea.
representado por uma cobra e por um arco-ris, e podendo ser considerado sendo esses
mesmos dois smbolos. Suas funes no so muito fceis de definir, pois so mltiplas. o
senhor do opostos, dos antnimos, do bem e do mal, do dia e da noite, do positivo e negativo,
do macho e fmea. Oxumar o smbolo da continuidade, e representado com a serpente
que morde a prpria calda, formando um circuito fechado, um crculo. Ou seja, representa o
que no tem fim, o que se regenera, o que se transforma. A troca da pele da cobra um de
seus simbolos permanentes.
continuo, o Orix da tese e da anttese. Simboliza tambm a fora vital do movimento, a
ao da eterna transformao. encarregado de produzir e dirigir foras que produzem o
movimento. o senhor de tudo que alongado, dentre inmeros que podemos pensar neste
instante, o cordo umbilical um dos principais exemplos.
considerado ambivalente sexual, mas do gnero masculino, em suas oferendas animais
deve conter machos e fmeas, fazendo conotao aos opostos que se unem e formam um
todo.
Sustenta a Terra e a impede de desintegrar-se. a riqueza e a fortuna. As pedras NANA ou
AIGRY, denominam-se Dan Mi, e so consideradas os excrementos deixados por Oxumar por
onde ele passa. So pedras muito usadas por nobres e possuem uma cor azulada podendo
ser consideradas Turquesas. Na antiguidade, esta cor somente poderia ser usada por reis ou
por pessoas de muito poder aquisitivo, por ser um smbolo de nobreza.
Em seu transe, este Orix ornado com vrios bradjas, que so grandes colares
confeccionados completamente com bzios, o qual se parece com escamas de cobra. Quando
Oxumar dana faz soar um ruido semelhante ao guizo de uma cascavel, ou ao som que uma
cobra faz ao se mover pelo cho.





Acredita-se que a funo de Oxumar no cabe apenas aos mortais mas aos Deuses tambm.
Existe um itn que cita Dan sendo responsvel pelo fornecimento de gua nos espaos
sagrados do Orun, ele recolhe a gua na Terra e leva ao cu, depois de purificada, manda
novamente em forma de chuva. Sendo o ato da chuva um fenmeno masculino, logo aps v-
se o arco-ris, seu aspecto feminino. Oxumar o movimento circular de rotao da Terra e o
movimento de translao desta ao redor do Sol.



snmr a gb rn l ap ir
(Oxumar permanece no cu que ele atravessa com o brao)


Voduns confundidos com qualidades do Orix Oxumar

Dan - Vodum corresponde ao Orix Iorub Oxumar, constitui uma qualidade deste ltimo: a
cobra que participou da criao. uma qualidade benfica, ligada a chuva, fertilidade de
abundncia; gosta de ovos e de azeite de dend. Como tipo humano, generoso e at
perdulrio.

Dangb - Vodun mais velho que seria o pai de Dan; governa os movimentos dos astros. Menos
agitado que Dan, possui uma grande intuio e pode ser um adivinho esperto.

Becm - dono do terreiro do Bogun, Vodun veste-se de branco e leva uma espada. Becm
um nobre e generoso guerreiro, um tipo ambicioso, combativo, menos afetado e menos
superficial que Dan. Aido Wedo, tambm um Vodun tido como Oxumar.

Azaunodor - um Vodun tido como o prncipe de branco que reside no baob, relacionado
com os antepassados; come frutas e "leva tudo de dois".



Aspectos Gerais

DIA: Tera-feira
DATA: 24 de Agosto
METAL: Ouro e prata mesclados
CORES: Amarelo e verde (ou preto) e todas as cores do arco-ris
COMIDAS: Ovos cozidos com azeite-de-dend, farinha de milho e camaro seco.
SMBOLOS: Ebiri, serpente, crculo, bradj.
ELEMENTOS: Cu e terra
REGIO DA FRICA: Mahi (no ex-Daom)
PEDRA: Zirconita
FOLHAS: Folha de caf, alfavaca-de-cobra, jibia, oriri.
ODU QUE REGE: Obeogund e Ik


A saudao de Oxumar pode ser traduzida como O importante que transporta, pois Ar
traduzido como pessoa importante, B traduzido como suporta ou leva, B traduzido como
carrego e Y pode ser traduzido como retorna.

Arqutipo - Oxumar - Os filhos de Oxumar, so pessoas que desejam muito ser ricas,
pessoas pacientes e perseverantes nos seu empreendimentos, no medem sacrifcios para
atingir seus objetivos. Com o sucesso tornam-se facilmente orgulhosas e pomposas e gostam
de mostrar sua grandeza recente. No deixam de possuir certa generosidade e no se negam a
estender a mo em socorro queles que dela necessitam.

Oriki de Oxumar

snmr A Gbe Orun Li Apa Ira
(Osumare permanece no Cu que ele atravessa com o brao)
Ile Libi Jin Ojo
(Ele faz a chuva cair na terra.)
O Pon Iyun Pon Nana
(Ele busca os corais, ele busca as contas nana )
O Fi Oro Kan Idawo Luku Wo
(Com uma palavra ele examina Luku)
O Se Li Oju Oba Ne
(Ele faz isso perante seu rei)
Oluwo Li Awa Rese Mesi Eko Ajaya
(Chefe a quem adoramos)
Baba Nwa Li Ode Ki Awa Gba Ki
(O pai vem ao ptio para que cresamos e tenhamos vida)
A Pupo Bi Orun
(Ele vasto como o cu)
Olobi Awa Je Kan Yo
(Senhor do Obi, basta a gente comer um deles para ficar satisfeito)
O De Igbo Kn Bi Ojo
(Ele chega floresta e faz barulho como se fosse a chuva)
Ok Ijoku Igbo Elu Ko Li gn
(Esposo de Ijo, a mata de anil no tem espinhos)
Ok Ijoku Dudu Oju E A Fi Wo Ran
(Esposo de Ijoku, que observa as coisas com seus olhos negro.)

Orin Oxumar

smr
Wl l mo r, smr
L l mo r , rbt
L l mo r
smr

Ele est sobre a casa.
Eu vi , ele imenso.
Ele est sobre a casa, Oxumar
Oxumar est sobre a casa
Eu vi Oxumar.

Alkr l mi
Alkr l wo
Alkr l mi
Alkr l wo
smr ta kr
Ta kr ta kr
smr ta kr
Ta kr ta kr

O Senhor do kor esta sobre mim.
O Senhor do kor sobre voc.
O Deus do arco-ris movimenta-se
rapidamente.
Para diante, adiante , adiante.

Eu
Eu uma deusa da lagoa, a irm mais nova de Oxum e quase to bela quanto a irm, Eu
rege o que intocado e por conseqncia dos segredos. Segundo uma de suas lendas Eu
transformou-se num rio cristalino, de gua potvel para que seus filhos se livrassem da morte
pela seda. Assim como Oxumar, Ieu tambm rege as transformaes, pois considerada sua
fmea e por esta razo o acompanha sempre em sua jornada no ciclo das guas. Eu a cor
branca oculta do Arco-ris.


Ela esta ligada s mutaes dos vegetais e animais; ela esta ligada s mudanas e
transformaes, sejam bruscas ou lentas. Ew o desabrochar de um boto de rosa, ela uma
lagarta que se transforma em borboleta, ela a gua que vira gelo e o gelo que vira gua. Eu
a beleza contida naquilo que tem vida o som que encanta, a alegria, a transformao do
mal para o bem, enfim Eu a vida.


Quando olhamos para o cu e vemos as nuvens formando, s vezes, figuras de animais, de
pessoas ou objetos, no nos importamos muito. Porm, ali est Eu, evoluindo solta pelos
cus, encantando e desenhando por cima do azul celeste do cu.

Uma Crislida.

O nome Eu em iorub quer dizer beleza, tudo de Eu deve ser belo, limpo e cuidado, pois
assim ela gosta. At seus filhos so em sua totalidade belos e atraentes, possuem dentro de si
algo que atrai os olhos alheios, mesmo sem terem uma beleza exterior exagerada,
surpreendem a quem for, so pessoas que chamam as atenes. Eu encantadora, leve,
suave, delicada, mas tambm pode ser a pior das divindades, austera, severa, onipotente e
cruel.



Aspectos Gerais

Dia: Sbado
Data: 13 de dezembro
Metal: Ouro, prata e cobre.
Cor: Vermelho maravilha, coral e rosa
Comida: Banana inteira feita em azeite de dend com farofa do mesmo azeite, feijo fradinho.
Smbolo: Ej ( cobra ) e espada, Of (lana ou arpo), cabaa com cabo alongado enfeitado
com palha da costa, palmeira de leque, espingarda.
Elementos: florestas, cu rosado, astros e estrelas, gua de rios e lagoas.
Regio da frica: Mahi ou Egbado
Pedras: rub e quartzo rosa
Folhas: Teteregun (cana do brejo), folha de Santa Luzia, Oj Or, Osibat
Od que rege: Obeogund

Arqutipo - Eu - Os filhos de Eu, so extremamente alegres, adoram cantar, danar e
aproveitam o mximo tudo que a vida pode lhes oferecer de bom. So pessoas generosas e
bondosas, adoram novidades so muito criativas, porm um pouco volveis, mudam de
opinio e pensamentos num piscar de olhos, principalmente com um assunto novo na vida,
odeiam rotina.

Oriki de Eu
j j yw
(cobra , cobra Eu)

Idn Idn yw
(cobra, cobra Eu)

yw
(salve Eu)

smar olowo gbanigb
( salve Ossumar dono das riquezas imensas)

smar o njo nile
(Oxumar est danando em nossa casa)

yw y mi rs njo nile smar
( minha me Orix Ew est danando com Oxumar em nossa casa)

yw
(salve Eu)
yw Ib re
(Ew ns te saudamos)
yw mojub
(Ew meus respeitos)
yw ja mi, ko ker, ko ker
( nossa me Eu no pequena)

Orubat!
( a imensa)

Xang
Oxssi considerado o Rei da nao de ketu, enquanto Xang considerado o rei de
todo o povo. Deus do raio e do trovo, dono do fogo, foi um grande rei que unificou
todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele o nico Orix que
exerce poder sobre os mortos. Xang a roupa da morte, por este motivo no deve
faltar nos Egbs de Ik e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos
Candombls, no deve faltar em sua vestimenta uma espcie de saieta, com cores
variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns. Xang era forte, valente,
destemido e justo. Era temido, e ao mesmo tempo adorado. Comportou se em
algumas vezes como tirano, devido a sua nsia de poder, chegando at mesmo a
destronar seu prprio irmo, para satisfazer seu desejo. Filho de Yamasse (Torosi ) e de
Orani, foi o regente mais poderoso do povo. Ele tambm tem uma ligao muito forte
com as rvores e a natureza, vindo da os objetos que ele mais aprecia, o pilo e a
gamela, sendo que o pilo de Xang deve ter duas bocas, que representa a livre
passagem entre os mundos, sendo Xang um ancestral( Egungun ). Da natureza, ele
conseguiu profundos conhecimentos e poderes de feitiaria, que somente eram
usados quando necessrios. Tem tambm uma forte ligao com Oxumar,
considerando ele como seu fiel escudeiro.

Xang cultuado no Brasil, sob 12( doze ) qualidades. Vale salientar , que muitos
seguem cegamente as ditas qualidades de Xang da Bahia , e no bem assim por
exemplo Air um outro Orix que no se d com Xang, e no deve ser cultuado da
mesma forma. As qualidades de Xang so essas:
- Afonj - Afonj, o Bal (governante)da cidade de Ilorin. Afonj era tambm Are-
Ona-Kaka-n-fo, quer dizer lder do exrcito do imprio. Segundo a histria de Oi, no
incio do sculo dezenove, Oi era governada pelo rei Aol, ele possua aliados que
eram espcies de Generais, que lhe davam todo o tipo de apoio mantendo assim o
podes absoluto sobre o Reino Iorub e os reinos anexados. Mas um dia um desses
generais resolveu se rebelar contra Oi e se unir com os inimigos, esse general se
chamava Afonj que era conhecido como Kakanfo de Ilorin. Declarou-se independente
de Oi. Com isso o Rei de Oi Aol se envenenou para no ver o desmembramento do
Imprio. Afonj trau o Imprio Iorub, mas quando os rebeldes assumiram o poder
Afonj foi decaptado pelo seu novo aliado. Este alegou que se um homem trau seu
antigo rei ele voltaria a trair tantos outros.

- Ob Kosso - Ttulo que Xang recebe ao fundar a cidade de Koss nos arredores de
Oi, tornando-se seu Rei. Ttulo dado tambm a Aganju, irmo gmeo de Xang
quando de sua chegada em Oi foi aclamado como o Rei No se Enforcou, Ob K S.
- Ob Lub - Ttulo de Xang que faz referncia a todo o seu poder e riqueza, pode ser
traduzido como Senhor Abastado.
- Ob Ir ou Bar - Ttulo dado a Xang logo aps chegar ao apogeu do imprio,
quando cria o culto de Egungun, aclamado como a forma humana do Deus
primordial Jakut sobre a terra,senhor dos raios, tempestades, do Sol e do fogo em
todas as suas formas. Ele acaba por destroir a capital do Reino numa crise de clera e
depois arrependido, se suicida , adentrando na terra.
- Ob Ajak - Tambm entitulado Bayaniym," O pai me escolheu ", que faz referncia a
ele por ser o filho mais velho de Orani, e ter por direito que assumir o trono, irmo
mais velho de Xang.
- Ob Aganj - Ele representa tudo que explosivo, que no tem controle, ele a
personificao dos Vulces.
- Ob Ogod - Muito falado tambm, apenas o que se diz sobre Xang, pois, Ogod
o verbo bocejar. Ento, quando est trovejando, o que se diz que Xang est
bocejando. Dai Xang Ogod, apenas um ttulo de Xang.
- Jakut ou Djakut - Esse Orix, a representao da justia e da ira de Olorun,
mticamente Xang foi iniciado para este Orix sendo considerado como a forma
divina primordial do mesmo. Ele foi enviado em sua forma divina por Olorun para
estabelecer a ordem e submeter Odudu e Oxal aos planos da criao durante um
momento de conflito entre as divindades. o prprio Xang.

Aspectos Gerais

DIA: Quarta-Feira
DATA: 29 de junho
METAIS: Cobre, ouro e chumbo.
CORES: Vermelho (ou marrom) e branco
COMIDA: Amal
SMBOLOS: Oxs (machados duplos), Edn-r, xer
ELEMENTOS: Fogo, raios, formaes rochosas.
REGIO DA FRICA: y e Koss(reino vizinho ou subdistrito de y)
PEDRA: Rubi
FOLHAS: Cabuat, hortel grosso, manjerona, musgo de pedreira, mentrasto.
ODU QUE REGE: Ejilasebor e Obar

A saudao de Xang, pode ser traduzida como, Venham ver sua real majestade sobre
a terra. J quando na saudao no acrescentamos o L no fim traduzida apenas
como, Venham ver vossa real majestade.

Arqutipo - Xang - Os filhos de Xang, so extremamente autoritrios, explosivos,
agressivos, audaciosos, ativos, senhores da verdade, sempre acham que nunca esto
errados, muito impulsivos, cometem erros mas nunca se arrependem. Gostam de dar
sempre a ltima palavra, e no aceitam a menor contradio deixando-se tomar por
crises de clera. Altivos, sensuais gostam de aproveitar de tudo que a vida pode
oferecer, no temem nada. justo, de acordo com seus conceitos ou seja segue o que
considera justo. So corteses, pessoas que jamais perdem a pose de reis. Geralmente
so insensveis e convencidos.


Os seis Obas da direita so :
- Oba Abi Odun
- Oba Yir
- Oba Arolu
- Oba Tel
- Oba Otopi
- Oba Kankunfo
Os seis Obas da esquerda so :
- Oba Onoxokun
- Oba Aressa
- Oba Elerin
- Oba Onikoin
- Oba Olubon
- Oba Xorun

Oferendas a Xang
Os Orixs possuem vrios pratos que costumam ser oferendados a eles, com Xang no
diferente. Embora existam receitas especficas os Orixs aceitam tudo o que lhes for
dado de bom corao.

Amal
Ingredientes:
- 500gr. de quiabo
- 01 rabada cortada em doze pedaos
- 01 cebola
- 01 vidro de azeite de dend
- 250g. de fub branco
Modo de preparo: Cozinhe a rabada com cebola e dend. Em uma panela separada
faa um refogado de cebola dend, separe 12 quiabos e corte o restante em rodelas
bem tirinhas,
junte a rabada cozida .Com o fub, faa uma polenta e com ela forre uma gamela,
coloque o refogado e enfeite com os 12 quiabos enfiando-os no amal de cabea para
baixo.

ORK SNG
Sng olukoso
Baal ori Oya.
M ba mi j.
No s nnu wn.
A bitamra b ahere,
bonibode se pnpin npin
M fi os re na mi.
N s nnu won, ba mi Segun awon ota mi.
Sng o bniyan jiyan igngn pomo r sloro,
An sr Ogun liinj
A kgboona - kl.
M ba mi j .
No s nm won. Om oworan ti won ku lose,
A bi gbogbo ara wa sgsg.
Sng a f wn ya bi agbdo ooj.
O gbn ju na l.

TRADUO

Xang o deus que no se enforcou.
Homem, marido de Oy.
No brigue comigo!
No fao parte deles!
Aquele cujo guarda-roupas grande
Como uma casa de fazenda.
Ele que divide os impostos com quem os recolhe.
No fao parte deles!
Ajude-me a vencer os meus inimigos.
Xang que come o inhame espinhoso com quem o preparou
E deixou seu filho sem proteo.
Que tem olhar de guerreiro.
Ele causa problemas na cidade.
No brigue comigo!
Eu no fao parte deles.
Homem forte que espanta a morte com o seu machado.
Xang com o corpo todo trmulo.
Xang que rasga como quem abre a palha do milho fresco.
Ele quente. Muito mais quente que o fogo.

Orin Xang

Oba kaw o
Oba kaw o
O, o, Kabysl
Oba ni kl
Oba sr
Oba njje
Sere ald
Bongbose O ( wo ) bitiko
Os Kaw
O, o, Kbysil

Rei, meus cumprimentos.
Rei, meus cumprimentos.
Sua majestade, o Rei mandou construir uma casa.
O Rei do xere, o Rei prometeu e traz boa sorte,
o dono do pilo.
Bambox abidik, meus cumprimentos ( ao )
Ox, sua majestade.
Meus cumprimentos.

Ork fn Sng


Kw Kbsl
Etl m jb gdgb m jb
ly
Etl m jb gdgb m jb
b k s
Etl m jb gdgb m jb
s



Ork para Sng


Eu cumprimento o rei
13 vezes eu o cumprimento a voc
Chefe do buraco (vulco)
13 vezes eu o cumprimento a voc
O chefe que no morreu
13 vezes eu o cumprimento a voc
Ax

ISURE RS SNG


IBA OLUKOSO LALU

ALAAFIN, KINUN BU, A AS,

ELEYNJU OGUNNA,

OLUKOSO LALU

A RI IGBA OTA, SEGUN,

EYITI O FI ALAPA SEGUN OTA RE,

KABIYESU,

ASANGUN DEYINJUM

ONIGBEE A NSURE FUN,

ALEDUN-LABAJA,

ASA-NLANLA-ORI-PAMO,

ABA-WON-J-M-JEBI

A LAPA-DUPE

OBAKOSO, MA JEKI NRI IBANUJE,

JOWO MA LU MI PELU OSE RE,

MA JEKI NRI AISAN,

OKO ABEGBE (OSUN),

BA MI SEGUN OTA MI,

AWON OTA MI KO NI ROJU SOJU,

SNG, MA PAMI, MA PA ENIA SI MI LORUN,

AKOGBONNA KALU, MAA BA MI J,

MA JEKI NRI IJA RE,

MA JEKI NDARAN IJOBA,

MA JEKI NRI EJO,

MA JEKI ODO O GBE MI LO,

MA JEKI NKU IKU INA,

MA JEKI R PA MI,

MA JEKI OWO KA O TE MI.

BAMA SEGUN OTA MI,

BAMI SEGUN OTA MI,

MA JEKI NRIN FE SE SI,

MA JEKI NSORO FENU KO.

OBAKOSO PESE OWO PUPO FUN EMI OMO RE,

ONIBON ORUN, JOWO PUPO FUN EMI OMO RE,

ONIBON ORUN, JOWO MAA WA PELU MI TITI TI.

SE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE SE.


Sng eu te sado.


Alaafin que ruge como leo e as pessoas fogem,

Pessoa cujos olhos brilham como tigrem

Olukoso, da cidade.

Voc que usa centelhas de cartuchos para vencer seus inimigos na guerra,

Voc usou pedaos de parede para destruir seus inimigos,

Kabiyesi (eu honro voc)

Pessoa que forte at nos olhos,

Dono de matagal de quem as pessoas tem que fugir,

Pessoa que suas marcas faciais so ntidas como trovo,

Voc que tem controle sobre as cabeas das pessoas importantes,

Pessoa que briga com as pessoas e ainda fica inocente,

Pessoa que mata e a famlia da vitima ainda agradece,

Obakoso no deixe me Ter tristeza,

Favor no me bata com seu Ox,

No me deixe ficar doente,

Marido de Agbegbe (sun), me ajude a derrotar meus inimigos,

Meus inimigos nunca vo Ter paz,

Sng no me mate e no me provoca a matar outras pessoas,

Pessoa que causa confuses na cidade, no fique com raiva comigo,

No me deixe ver a sua briga,

No me deixe fazer qualquer coisa contra a lei,

Me poupa de casos de justia,

Me proteja de afogamento,

Me proteja da morte de fogo,

No me deixe morrer de raio,

Me proteja das pessoas mas.

Me ajuda a derrotar os meus inimigos,

Me ajuda a proteger meus filhos,

Seja o guia dos meus passos,

No me deixa cometer as ofensas atravs das palavras da minha boca.

Obakoso, d muito dinheiro para mim, seu filho,

Dono da trovoada no cu, favor fique no meu lado sempre.

Ax do Senhor Supremo.

Beno do Senhor Supremo.

Roda de Xang

nka, Nka Ele cruel, ele cruel(o trovo ).
w j att Eu jejuo para o punidor.
Bad, bad y Tmi Bad, bad, meu esprito sofre
nka, nka r n lde o Ele cruel, o trovo cruel sim. O dono da coroa cruel.
nka we j attu Ele cruel, ele cruel(o trovo )Eu jejuo para o punidor.
Aira ma s re awo, ariwo, ale od Air(o trovo), verdadeiramente voa e cai
ruidosamente.
Ma s Forte como um pilo, como um tambor ( barulho ).
Aira ma s re awo, ariwo, ale od Air(o trovo), verdadeiramente voa e cai
ruidosamente.
Ma s Forte como um pilo, como um tambor ( barulho ).
Yy, kr-kr lo ni joko ayagba O pssaro vagarosamente senta e chora para as
grandes mes.
Ale od ma s Forte como um pilo, como um tambor ( barulho ).

Oba r lk O Rei lanou uma pedra.
Oba r lk O Rei lanou uma pedra.
ymasse k w Iymasse cavou ao p de uma grande
r oje rvore e encontrou.
Aganju ko m nje lekan Aganju vai brilhar, ento , mais uma vez como trovo.
r lok ly Lanou uma pedra com fora (coragem)
Tbi rs, O Grande Orix do orum (terra dos ancestrais) vigia.
Oba s run O Rei dos troves, est no p
r oba oje de uma grande rvore ( pedra de raio )


B ni je a! p bo Sim, comer(amal)dentro(de uma gamela) com satisfao, de uma s
vez, adorando.
Je b o o ni a! p bo Comer, nascer dele, dentro(de uma gamela)com satisfao, de
uma s vez, adorando.

E ni p lrn d b li Cortado muitas vezes(o quiabo),sempre com cutelo, dentro da
gamela

m w mn mw Procurar conhecimento,
K je n mm s certamente torna inteligente.
K je n mm s A comida (amal) faz adquirir
K je n mm s e aumenta o conhecimento do Ax.

wa dp oba dod Ns agradecemos a presena do Rei que chegou.
A dp oba dod Ns agradecemos a presena do Rei que chegou.

A dup ni mn oba e k al
A dup ni mn oba e k al Ns agradecemos por conhecer o Rei, boa noite a vossa
majestade.
w , w nil Ele veio, est na terra.
A dup ni mn oba e k al

F l f l Ele quer poderele quer poder ( vir )
Yemonja w okun Iemanj banha (lava) com gua do mar
Yemonja w okun D-nos licena para vermos atravs dos
g fir mn seus olhos e conhecer-mos
g fir mn D-nos licena
Ajak igba ru , igba ru Ajak traz na cabea, traz na cabea ( gua do mar )
w e Ento estas de volta.

Sngb sngb Ele executou feitos maravilhosos, feitos maravilhosos.
Did n gbdo Pairou sobre Igbodo,
Ode ni m os caadores
Sy n, n sabem disto.

n Dda , g l r Senhor Dad, permita-nos v-lo !!
n Dda , g l r Senhor Dad, permita-nos v-lo !!

Dda m sokun m
Dda m sokun m Dad no chore mais.
feere n feere franco tolerante,
bg lorun ele vive no orun,
Bb kn lonn da r o pai que olha por ns nos caminhos.

Bynni gdigdi , Bynni ol
Bynni gidigidi , Bynni ol Baiani ( Ajak ) forte como um animal e muito , muito
rico.
Bynni ad , Bynni w A coroa de Baiani honrosa e muito rica.
Bynni ad , Bynni w

Fura ti n, Fura ti n e , Fura ti n, Desconfie do fogo, desconfie do fogo.
r l si s j O raio a certeza de que ele queimar.
Fura ti n, Fura ti n e , Fura ti n, Desconfie do fogo, desconfie do fogo.
r l si s j O raio a certeza de que ele queimar.

O cntico chama a ateno para que os descuidados, no tenham a devida cautela e
respeito com o fogo.
Este elemento, fundamental na vida do homem, pode lhe proporcionar conforto, mas
quando sem controle, pode significar a morte. O raio a certeza de que ele queimar,
pois seu direcionamento incerto.

b rs
b Onl Abeno dos orixs,
Onl mo jb o Abeno do Senhor da terra,
b rs , b Onl Ao Senhor da terra (Onil)
Onl mo jb o minhas saudaes.

O cntico sada Onil o Senhor da terra, nas cerimnias dedicadas a Xang,
oferendas so destinadas terra, para que este orix permita sobre seu templo, A
Terra ser acesa a fogueira de Xang.

rn in a lde o Sim, a circunstncia o colocou de fora.
Bara en j, nia r ko O mausolu real quebrou ( no foi usado )
Oba n Koso n r l o O homem no se pendurou.
Bara en j, nia r ko O rei sumiu, no se enforcou, sumiu no cho e reapareceu.
nka wn b lrun krj O mausolu real quebrou ( no foi usado )
nka wn b lrun O homem no se pendurou.
Krj gtn Ele cruel, olhou, retornou para o rum,
ten pd w lna deu um grito enganando ( seus inimigos ).
nka si rel O carneiro mansamente procura e encontra o caminho
Ibo si rn in a lde o Ele cruel contra os que humilham.
Bara en j, nia r ko A consulta ao orculo foi negativa.
On ma, ni w j O verdadeiro senhor contra juras ( falsas ) .
Bara en j, nia r ko Sim, a circunstncia o colocou de fora. O homem no se
pendurou.

Oba sre la fhinti Incline-se o rei do xere salvou-se
Oba sre la fhinti Incline-se o rei do xere salvou-se
Oba ni w y b lrun Suplique ao rei que existe e vive no orum.
Oba sre la fhinti Incline-se o rei do xere salvou-se

Eye kkr O pequeno pssaro na cabea, da esquerda,
Ad si arl parente da me do rio , mase.
y lod mase
Eye ko kr ln Apanhou com gentileza, o pequeno e sofrido pssaro
Soko ygba lod mase a grande me do rio , mase.

A nw wre Ns temos a existncia e a boa sorte.
A wre nw Ns temos a boa sorte e a existncia
A nw wre Ns temos a existncia e a boa sorte.
A wre nw Ns temos a boa sorte e a existncia
Oba lgb obalad O rei afugentou ( os maus feitores ) o rei do pilo.
Obalad r s O rei do pilo olha e arremessa ( os raios )
Obalad O rei do pilo.

Olw Abastado Senhor, aquele que definitivamente
K m b , m b d proteo, d proteo.
K m b Aquele que definitivamente d proteo.
Olw Abastado Senhor, aquele que definitivamente
K m b , m b d proteo, d proteo.
Alfn rs Senhor do palcio e orix.

Omo sk Br Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )
k inn, k inn fogo de k ( lagos ), o culto do fogo de k.
Omo sk Br Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )
k inn, Lde roko fogo de k, ao redor das plantaes.
Omo sk Br Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )
k inn, k inn fogo de k ( lagos ), o culto do fogo de k.
Omo sk Br Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )
k inn, fogo de k,
r njj com medo extremo.

g lna e Licena no caminho.
Dde ma dago Levantem-se, eles esto chegando na hora
go go lna prevista ( de costume )
E dde ma yo Levantem-se com alegria habitual
Kr w nise o Que o ritual teve trabalho.

Oba n s r lk od Ele o rei que pode despeda-lo sobre o pilo;
b r omon Aquele que cumprimenta como um guerreiro os filhos,
Oba n s r lk od Ele o Rei que pode despeda-lo sobre o pilo.
Oba kso ay O Rei de kos com alegria.

M inn inn
M inn wa inn inn No mande fogo, no mande fogo sobre ns,
Oba Kso vos pedimos em vosso templo, no mande fogo;
Olko so araye o lavrador pede pela humanidade,
M inn inn no mande fogo,
Oba Kso araye rei de Kos que governa a humanidade
M inn inn no mande fogo,
Oba Kso araye rei de Kos que governa a humanidade

Alkso e mo jb O Senhor de Kos, a vs meus respeitos,
l si oba nyin ns iremos a vs,
Oba tan j l sb rei a quem iremos
L si oba nyin contar tudo.

A sn e doba ra Ns vos cultuamos, rei dos raios, que
ra y l sb nyin estes raios vo para (l)longe de ns.
A sn e doba ra Ns vos cultuamos, rei dos raios, que
ra y l sb nyin estes raios vo para (l)longe de ns.

Gb y lse onl lk, baynn Ele possui um ax enorme
Gb y lse senhor da riqueza.
Gb y lse onl lk, baynn Que governa acima das coroas.
Gb y lse

Sng e pa bi r ay ay Xang mata com o raio sobre a terra.
Sng e pa bi r ay ay Xang mata arremessando raios sobre a terra.

Fr nn fr nn Ele lana rapidamente o fogo, lana rapidamente o fogo
Fr nn biynj rapidamente o fogo o fogo s vezes fraco(poucas luz)
M nn, m nn No nos mande fogo, no nos mande fogo
Fr nn biynj Ele lana o fogo s vezes fraco.

Bar de sobo ada Bar faz emboscada em Sob de faco.
se k r, se k r Faz gritar e vitorioso.
de sobo ada

jk ma b k wo Ajak no implora nem mesmo ao poderoso Xang.
jk ma b k wo Ajak no implora nem mesmo ao poderoso Xang.
A e bb jk ma b k wo Nosso pai Ajak
jk ma b k wo no implora nem mesmo ao poderoso Xang.
jk ma b k wo

jk k rs O orix do monte jk.
jk k rs O orix do monte jk.

be ri , n Dda skun, Ele existe, eu vi, e Dada quem chora
wa ri n Dada skun. Ele existe, eu vi, e Dada quem chora

A a gb l mns oj omon A a ele reconhece pelo olhar seus filhos.
A a gb l mns oj omon A a ele reconhece pelo olhar seus filhos.
Oba olr lg ni y oba olr Chefe dos Reis, fino e agradvel
Il fonj d , a a b, ri Chefe da terra, ele fonj que chega a a
a a b, ri a a b, ri Ele existe, eu o vi, a a ele existe, eu o vi,
b, ri ( ik kjd- kt r) eu o vi, (ele levou a morte para fora ele vende os
medrosos)

Agonj rs awo gbni Aganj orix do culto gbni
Agonj rs awo gbni Aganj orix do culto gbni
wre, Sng wre Nos d boa sorte, Xang, nos d Boa sorte.
gbni, gbni, gbni gbni, gbni, gbni
wre, Sng wre Nos d boa sorte, Xang, nos d Boa sorte.

Kwo, Kwo Sng Dhm Vossa Alteza Real,
Kwo Ka biy si e Sua Real Majestade !!
Sng Dhm Poderoso Xang! Proteja-nos das guerras do Dhmi.

Oba sre wa f y sn para o rei que tocamos o xere, e a este rei que queremos
cultuar
Oba sre wa f y sn para o rei que tocamos o xere, e a este rei que queremos
cultuar
Oba wa j oro n oba Nosso rei da tempestade, ele o rei
Oba sre oba f y sn para o rei que tocamos o xere, e a este rei que queremos
cultuar

Kn ba, kn ba, r won p Poderoso Senhor que racha o pilo e oculta-se
Kn ba, o sre alado wre. Que impe os raios e os chama de volta, abenoe-nos.
Obalad um dos ttulos de Xang significando o rei que racha o pilo

wre l, wre l kl Abenoe-nos e traga boa sorte nossa casa, que ela no seja
roubada.
wre l, wre l kl Abenoe-nos e traga boa sorte nossa casa, que ela no seja
roubada.
wa bo nyin ma ri wa jal Ns que o cultuamos, jamais veremos nossa casa
roubada.
wre l, wre l kl Abenoe-nos e traga boa sorte nossa casa, e que no
venham ladres.

f lb, lb. f lb Ele usa bolsa de couro
f lb, lb. f lb Ele usa bolsa de couro.

jgn wa l np jgn nl Ele imenso, o maior de nossa casa, ele gigantesco
Jgn wa l np jgn nl Em nossa casa o chamamos de o maior entre os gigantes.

E k Yemonj ago, Tapa Tapa Cumprimentemos Iemanj pedindo licena a nao Tapa.
E k Yemonj ago, Tapa Tapa Cumprimentemos Iemanj pedindo licena a nao Tapa.

Oba s rew ele mi j j Rei que ama o belo, senhor que me conduz serenamente
K t k t awo d r s antes do culto chega com o seu ox
Oba s rew O rei que ama o belo

Sng t r ol imensa, imensa a riqueza que eu vi
T e t r ol t Xang, imensa a riqueza que eu vi
Sng t r ol
T e t r ol to

Of de Xang

Arir
Bambi
Olu Oi
Atobajay o

Traduo

O rpido relmpado
O renascido
Senhor de Oi
Aquele que suficiente para sustentar o universo.


Aganju Sol
Aganju Sol irmo gmeo de Xang, Jakut, e representa, assim como Xang, as
foras da natureza os vulces, os terremotos e o magma incandescente. Aganju rege
tudo o que explosivo, a ele atribudo o poder de movimento do universo. Aganju
representa tudo o que se move, assim como Xang, Aganju o Orix dos desertos, seu
nome pode ser traduzido como deserto, ou mais precisamente, Aganju Sol, aquele que
cobre o deserto com sua voz.
Aganju assim como Xang um Orix do fogo, de carter colrico e guerreiro. Ele
considerado como um dos Orixs da Terra e cultuado na sociedade de Ogboni.

Ob
muito temperamental e violenta , no recusa uma batalha. Divindade das pedras das
encostas. Divide seus fundamentos com Oy, xss, Xang e Iemanj. Segundo suas
lendas, Ob lutou contra inmeros Orixs, derrotando vrios deles. Ob teria
derrotado Ex, Oxumar, Omol e Orunmil, e tornou-se temida por todos os deuses,
tendo sido derrotada apenas por Ogun e tornano assim sua esposa e ao lado de Ogun
quando este foi enfrentar Xang em batalha ela se encantou por ele abandonou a luta
ao lado de Ogun e se entregou a Xang como mulher vivendo uma grande paixo
arrebatadora.
Existem algumas verses do grande encontro de Xang e de Ob, em uma dessas
verses ela a lder de todas as mulheres e a rainha de Elek, mas em todas, as
evidncias dizem que o amor entre os dois era desmedido e que nada ofuscava a
relao dos dois, da unio dos dois nasceu Opar, Orix confundida com Oxum.
Embora, em suas lendas, Ob tenha se transformado em um rio ela tambm
relacionada ao fogo e considerada por muitos como o Xang fmea. Ob saudada
como o Orix do cime, mas no se pode esquecer que o cime o coronrio
inevitvel do amor, portanto, Ob a deusa do Amor e da Paixo incontrolvel, com
todos os dissabores e sofrimentos que o sentimento pode acarretar. Ob tem cime
porque ama. Ob a deusa da guerra e do poder, seu culto est relacionado ao rio
Ob, as guas em seu culto faz referncia ao poder, a fora incontrolvel das guas.
Seu culto no Brasil confundido ao de Oy, alguns chegam a insinuar que elas sejam
irms, o que uma inverdade, outros dizem que Ob seria uma Oy mais velha, o que
mais absurdo ainda. Por existir esta confuso, alguns acreditam que Oy alm de ser
uma divindade da gua e relacionada ao vento, teria ligao com o fogo, mas Oy no
possui ligao com o fogo Ob sim.
Ob quando em fria transborda, agita-se; Oba a senhora da sociedade Elek. Tudo
relacionado a Ob envolto em um clima de mistrios.Ob nasceu do ventre rasgado
de Iemanj aps o incesto de Orugan. Ob era cultuada como a grande Deusa
protetora do poder feminino, por isso tambm saudada como ya Agb e mantm
estreitas relaes com as Iy-Mi.

Ob a Iymi Egb, ela a Iy Abiku, desta forma ela a encarregada de enviar ao
mundo as crianas que nascem como castigo para seus pais. O que Xang representa
para os mortos masculinos, Ob representa para as mulheres mortas. Ela assim como
Xang a representante suprema da ancestralidade feminina.





QUALIDADES

O termo qualidade incorretamente aplicado no s a Deusa Ob, mas tambm a
qualquer outro Orix. Alguns dos ttulos atribuidos Ob so os seguintes.
- Ob Syi
- Ob Lod
- Ob Lok
- Ob Ter
- Ob Lomyn
- Ob Gide
- Ob Rew.



Aspectos Gerais

Dia: Quarta-feira
Data: 30 e 31 de maio.
Metal: Cobre
Pedra: Marfim, coral, esmeralda, olho de leopardo.
Cor: Marron rajado, vermelho e amarelo
Comida: Abar ( massa de feijo fradinho enrolado em folhas de bananeira, acaraj e
amal ( quiabo picado ).
Smbolo: Ofange ( espada ) e escudo de cobre, of (arco e flecha)
Elementos: guas revoltas e fogo
Regio da frica: Oi
Pedra: granada
Folhas: candeia, negamina, folha de amendoeira
Od que rege: Obeogund e Os

A saudao de Ob pode ser traduzida como Rainha para quem brincamos, ou, Rainha
quem cultuamos.

Ob - Os filhos de Ob, so pessoas valorosas, envolventes, sedutoras, de
temperamento forte, por vezes violentas, agressivas, ciumentas, autoritrias, objetivas
e incompreendidas. Suas atitudes militantes e agressivas so conseqncias
de experincias infelizes ou amargas vividas por ela. Os seus insucessos devem-se,
geralmente a um cime mrbido. Entretanto, encontram geralmente compensao
para as frustraes sofridas em sucessos materiais, onde a sua avidez de ganho e o
cuidado de nada perder, tornam-se garantias de sucesso.

Ork fn Oba

Ob, Ob, Ob.
Ojw rs,
Eket aya Sng.
O tor ow,
O kol s gbogbo ara.
Olkk oko.
A rn lgnj pl won aj.
Ob ansru, aj jewure.
Ob k b'ko d kso,
O dr, b sun roj obe.
Ob fiy fn ap oko r.
On wun un ju gbogbo ar yk lo.
Ob t mo ohn t dra.



Ork fn Ob

Ob, Ob, Ob.
Orix ciumento,
terceira esposa de Xang.
Ela, que por cimes,
fez incises em todo corpo.
Que fala muito de seu marido,
que anda nas madrugadas com as aj.
Ob paciente, que come cabrito logo pela manh.
Ob no foi com o marido a Koso,
ficou para discutir com Oxum sobre comida.
Ob valoriza os braos do marido,
diz que a parte de seu corpo que ela prefere.
Ob sabe o que bom

Orin ti Ob

Ob ma x o ariw, akar oyin, j k
Ob ma x o ariw, akar oyin, j k
O ri Ob ay Xang eedi y, p ra oogun d Ob syio
O ri Ob ay Xang eedi y, p ra oogun d o

Traduo

Ob, no nos direcione a sua ira, ns lhe ofertamos seu "remdio" (o que vos pedistes)
Ob, no nos direcione a sua ira, ns lhe ofertamos seu "remdio" (o que vos pedistes)
Olhem Ob, ela desvia o feitio, repentinamente chega Ob e cura
Olhem Ob, ela desvia o feitio, repentinamente chega Ob.

Elu ot w o
O ri Ob oni fra ob se i o
Elu ot w o
O ri Ob oni fra ob se i o

Traduo

Golpeia nossos inimigos
Olhem o que Ob faz com a faca
Golpeia nossos inimigos
Olhem o Ob que faz com sua faca.


Ians
Ians um Orix feminino muito famoso no Brasil. Ians costuma ser saudada aps os
raios e troves (propriedades de Xang assim como as tempestades), mas
principalmente porque Ians uma das mais apaixonadas amantes de Xang, e o
senhor da justia no atingiria com os raios quem se lembrasse do nome da amada. Ao
mesmo tempo, ela a senhora do vento precedendo, Xang que a tempestade.
Ela sabe amar, e gosta de mostrar seu amor e sua alegria contagiantes da mesma
forma desmedida. Oi a ventania que precede a tempestade, Oi quem apazigua
Xang, Oi quem apazigua a tempestade.
Iansan e Xang vieram juntos ao mundo, um pertence ao outro.
Eles morrero no mesmo dia, Iansan era linda, ela encantava todos os homens.

No entanto, o culto Oi Ians no Brasil foi muito distorcido, bem como suas
regncias. De alguma forma, alguns adeptos e sacerdotes, resumiram as regncias de
Oi ao vento, considerando-na como a regente absoluta e isso errado. O regente
supremo dos ventos o Orix Afef, que o prprio vento personificado, Afef o
tornado, o furaco e os ciclones. Oi o vento que varre a terra, que a purifica. Oi o
vento que nos guia e nos proporciona um rumo, Oi quem nos "orienta".
O culto de Oi Ians no se limita aos mortos, Oi antes de mais nada um Orix das
guas, como Oxum, Iemanj, Nan etc, ela um Orix da vida. Oi tem seu culto
relacionado ao rio Nger, mas ela pode e deve ser cultuada nas guas de um rio,
independente de qualquer coisa. O que muda a representao das guas dos rios. Os
rios dentro do culto de Oi representam caminhos seguros, caminhos que nos levam
ao fim devido, so as guas que nos guiam. Por esta razo que Oi chamada de a
Me que guia, ela quem guia os mortos para um dos nove cus. Foi essa a
incumbncia que ela recebeu de Xang, guiar os mortos de acordo com suas aes
para um dos nove cus, para assumir tal cargo Oi recebeu do feiticeiro Oxssi uma
espcie de eruker especial chamado de Eruexim com o qual estaria protegida no trato
com os Eguns. Esses nove cus so:


Rio Nger

Orun Alfi. Espao de muita paz e tranquilidade, reservado para pessoas de gnio
brando, ou ndole pacfica, bondosa, pacata.
Orun Funfun. Reservado para os inocentes, sinceros, que tenha pureza de sentimento,
pureza de intenes.
Orun Bb Eni. Reservado para os grandes sacerdotes e sacerdotisas, Babalorixs,
yalorixs, Ogans, Ekedes, etc.
Orun Aff. Local de oportunidades e correo para os espritos, possibilidades de
reencarnao, volta ao Aiye.

Orun sl ou sl. Local de julgamento por olodumare para decidir qual dos
respectivos oruns o esprito ser dirigido.

Orun pd. Reservado para os espritos impossveis de ser reparados.
Orun Rere. Espao reservado para aqueles que foram bons durante a vida.
Orun Burk. Espao ruim, ibonan "quente como pimenta", reservado para as pessoas
ms.
Orun Mare. Espao para aqueles que permanecem, tem autoridade absoluta sobre
tudo o que h no cu e na terra e so incomparveis e absolutamente perfeitos, os
supremos em qualidades e feitos, reservado Olodumare, olorun e todos os orixs e
divinizados.


Ttulo de Oi Ians


Oy Ians - A me do entardecer

O nome Ians um ttulo que Oy recebeu de Xang. Esse ttulo faz referncia ao
entardecer, Ians pode ser traduzido como a me do cu rosado ou a me do
entardecer. Ao contrrio do que muitos pensam Ians no quer dizer a me dos nove.
Xang a chamava de Ians pois dizia que Oy era radiante como o entardecer ou como
o cu rosado e por isso que o rosa sua cor por excelncia.

Foi a nica mulher de Xang que o acompanhou em sua fuga para a terra de Tapa, mas
se desencorajou em Ira, sua cidade natal, onde, de acordo com o ditado "Oy wole ni
ile Ira, Sango wole ni Koso" (Oy entrou na terra na casa de Ira, Xang entrou em
Koso), ela suicidou-se ao receber a noticia da morte de Sango. Oya tornou-se a
divindade do Rio Nger.
Oy Binik
Oy Seno
Oy Abomi
Oy Gunn
Oy Bagn
Oy Onr
Oy Kodun
Oy Maganbelle
Oy Pada
Oy Onisoni
Oy Bagbure
Oy Tope - o que se diz quando agradecemos a Oy. (Oy, t + a quem, op -
agradecemos).
Oy Filiaba
Oy Semi
Oy Sinsir
Oy Sire
Oy Egunit

Aspectos Gerais

Dia: Quarta-feira
Data: 4 de Dezembro
Metal: Cobre
Cores: Marrom, vermelho e rosa
Comidas: Acaraj e abar
Smbolos: Espada e eruesin
Elementos: gua e Ar
Regio da frica: Ir
Pedras: Rubi, terracota
Folhas: Louro, flor-de-coral, brinco-de-princesa
Odu que rege: Os, Owarn
Domnios: guas correntes, redemoinhos e ventanias
Saudao: Epa Hei!

A saudao de Oi pode ser traduzida como Ol! como saudamos um conhecido
surpresos e felizes.

Oi Bal - Na realidade no existe, seria essa Ians ,ligada ao culto dos mortos, quando
dana parece guiar as almas errantes com seus braos, mas essa funo realizada por
toda Ians e a palavra Igbal quer dizer varrer a Terra, fato esse que se relaciona ao
fato de Ians ser uma das divindades dos ventos, em suma, que varre a Terra, fato esse
realizado por todas as divindades dos ventos.

Arqutipo - Oi Ians - Os filhos de Oi Ians, so pessoas, sensveis,
autoritrias, ingnuas, independentes, sentimentais, comunicativas, sonhadoras,
alegres, bem-humoradas e de temperamento forte. Pessoas que podem ser fiis de
lealdade absoluta mas se contrariadas em seus projetos deixam se levar pela raiva e
vingana. Pessoas com um temperamento, sensual, volvel, ciumentas com relao as
amizades, de bom corao se apegam facilmente, tidas muitas vezes como
exibicionistas, odeiam rotina.



Adura Oya
Iyawo Obakoso,
Odo kun ko kun, ko si
eniti Oya ko le gbe lo,
Maa jeki gbe mi lo,
Maa jeki nku iku odo,
Maa jeki nku iku ina,
Iya mi borokinni,
Jowo emi nfe oro lati
Odo re,
Emi nfe alafia,
Emi nfe ailera,
Emi nfe ilosiwau,

Iyawo onibon-orun, jowo
somi di oloro.
Ase.

Adura Oi
Esposa de Obakoso (Xang)
O rio enche ou no, no hningum que Oia no leve,
No deixe o rio me levar.
No me deixe morrer afogado,
No me deixe morrer no fogo,
Minha me bonita,
Eu quero prosperidade de voc,
Eu quero paz,
Eu quero sade,
Eu quero progresso,
Esposa de dono da trovoada
no cu (Xang), favor faa-me rico.
Ax.



Oriki Oi

Oy A To Iwo Efn Gb.

Ela grande o bastante para carregar o chifre do bfalo.

Oy Olk ra.

Oy, que possui com marido poderoso raio. ( Xang )

Obnrin ogun,

Mulher guerreira.

Obnrin ode.

Mulher caadora.

Oya rr Arj B Oko K.

Oy, a charmosa, que dispe de coragem para morrer com seu marido.

Iru niyn Wo Ni Oy Y N Se, Se?

Que tipo de pessoa Oy?

Ibi Oya W, L Gbin.

O local onde Oy est pega fogo.

Obnrin W Bi Eni F Igb.

Mulher que se quebra ao meio como se fosse uma cabaa

Oy t awon t r,

Oy foi vista por seus inimigos

T Won Tor R Da Igb N S Igb.

E eles, assustados, fugiram atirando as bagagens no mato.

Hp H, Oya !

Eeepa He! Oh, Oy!

Er Re Nikan Ni Mo Nb O.

s a nica pessoa que temo.

Aff Ik.

Vendaval da Morte

Obnrin Ogun, Ti N Ibon R N Ki Kn

A mulher guerreira que carrega sua arma de fogo

Oy , Oy Tt Hun!

Oh, Oy, Oy respeito e submisso!

Oy, A PAgb, Pwo M Ni Kk,

Ela arruma suas coisas sem demora

Kk, Wr Wr L Oy Nse Ti

Rapidamente Oy faz suas coisas

A Rn Dengbere Bi Fln.

Ela vagueia com elegncia, como se fosse uma nmade fulani.

O Titi T Nfi Gbogbo Ar Rn B Esin

Quando anda, sua vitalidade como a do cavalo que trota.

Hp, Oya Olmo Mesan, Ib Re !

Eeepa Oya, que tem nove filhos, eu te sado!

Ork fn Oya


Ajalaiy, ajalorin, fn mi ire
ba Oya
Aja laaiyL ajalorun, fn mi gbgb ir
Ib Iyansan
Ajalaiye, ajalorun wi wini
Bem ma yansan
se



Ork para Oya

Os ventos da terra e o cu me do fortuna boa
Eu elogio o filho da me dos nove
Os ventos da terra e o cu me do fortuna boa
Eu elogio o esprito do vento
Os ventos da terra e o cu so maravilhosos
Sempre haver a me dos nove
Ax


Orin Ians
Oya bal e Lr
Oya bal
Oya bal e Lr
Oya bal
d m d fr
g ngbl
Oya bal e Lr

Oi tocou a terra, ela importante.
Oi tocou a terra
Oi tocou a terra
Ela de alto valor, Oi tocou a terra.
Que sua espada no chegue at ns,
e que afaste os raios ( Com os ventos ) para longe da casa
onde vivemos.

n lb-lb - lb
n lb-lb - lb
Olaff sor
Omon

Ela ( Oi ) uma borboleta
ela uma borboleta.
Dona dos ventos que sopram sobre seus
filhos.

ISURE RS OYA


IBA OYA

AYABA OBAKOSO,

ODO KUN KO KUN, KO SI

ENITI OYA KO LE GBE LO,

MAA JEKI ODO GBE MI LO,

MAA JEKI NKU IKU INA,

IYA MI BOROKINNI,

JOWO EMI NFE ORO LATI

ODO RE,

EMI NFE ALAFIA,

EMI NFE ILERA,

EMI NFE ILOSIWAU,

IYAWO ONIBON-ORUN, JOWO SOMI DI OLORO.

SE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE SE.


Oya eu te sado.


Esposa do Obakoso (Sng).

O rio enche ou no, no h ningum que Oya no leve,

No deixe o rio me levar.

No me deixe morrer afogado,

No me deixe morrer no fogo,

Minha me bonita,

Eu quero prosperidade de voc,

Eu quero paz,

Eu quero sade,

Eu quero progresso,

Esposa de dono da voz do cu (Sng),

Favor, faa-me rico.

Ax do Senhor Supremo.

Beno do Senhor Supremo.


Oxum
Oxum a poderosa Rainha Me, a mais perigosa das Deusas Africanas e uma das mais
temidas. Poderosa Bruxa que encanta e enfeitia a todos, a senhora do mel e da
magia, da vaidade e da riqueza, da persuaso e da seduo responsvel por todo o
processo de gestao. a senhora das guas doces, senhora das guas que
proporcionam a vida. Possui estreita ligao com a Iami Oxorong. Criadora do
Candombl, Oxum se destaca como a Rainha do Candombl. uma das Principais
Esposas de Xang, no Brasil Oxum considerada a Deusa do ouro, mas na frica antiga
o metal que lhe pertencia era o cobre, pois na poca era o metal mais valioso e por
esta razo o ouro por ser extremamente valioso lhe atribuido nos dias de hoje.
Oxum, a primognita de Iemanj, mostrou aos boras que a menstruao, em vez de
constituir motivo de vergonha e de inferioridade s mulheres, na realidade motivo
de orgulho. A fecundidade e fertilidade feminina lhe pertence.
Oxum uma das Deusas do Amor, dividindo essa regncia com a Deusa Ob. Oxum
rege o amor bonito e sincero, o sentimento mgico que perdura para sempre, mas
tambm rege o superficial e interesseiro, enquanto Ob rege o amor descontrolado, a
paixo devastadora de onde sempre sai um ferido e outro aniquilado, rege o amor
cego e incondicional.



O orix da beleza usa toda sua astcia e charme extraordinrio para conquistar os
prazeres da vida e realizar proezas diversas. Amante da fortuna, do esplendor e do
poder, Oxum no mede esforos para alcanar seus objetivos, ainda que para isso
utilise artifcios e cometa atos extremos contra quem est em seu caminho. Poderosa
guerreira no entra em uma batalha para perder. a senhora da viso e
conhecedora dos segredos da advinhao e os segredos do Jogo de Bzios.

Orix amante ataca as concorrentes, para que no roubem sua cena, pois ela deve ser
a nica capaz de centralizar as atenes. Na arte da seduo no pode haver e no
existe ningum superior a Oxum. No entanto ela se entrega por completo quando
perdidamente apaixonada afinal o romantismo outra marca sua. Da frica tribal
sociedade urbana brasileira, a musa que dana nos terreiros de espelho em punho
para refletir sua beleza estonteante to amada quanto divina me que concede a
valiosa fertilidade e se doa por seus filhos. Por todos seus atributos a belssima Oxum
no poderia ser menos admirada e amada, no por acaso a cor dela o reluzente
amarelo ouro. Sua responsabilidade em ser me se restringe s crianas e bebs.
Comea antes, at, na prpria fecundao, na gnese do novo ser, mas no no seu
desenvolvimento como adulto.


Qualidades de Oxum

Oxum Ominibu - Longe de ser uma qualidade, um ttulo que ela carrega por reger
tambm as guas frias e profundas.

Oxum Kar - um ttulo que quer dizer aquela que pode nos fazer felizes ou a que
pode cuidar de ns.

Oxum Ipond - Ttulo que diz, me que o vale de onde convergem as guas da
criao

Oxum Abot - Ttulo que diz, aquela que nos d cobertura, que nos cobre em todas as
nossas necessidades.

Oxum Ijimum - Ijumum apenas o nome de uma das cidades onde o cultu a Oxum
predominante.

Oxum Oxogb - Tambm o nome de uma das cidades onde o culto de Oxum
predominante.




ODI ONA KU ITA RUN
(ela fecha o caminho da morte)


Aspectos Gerais

Dia: Sbado
Data: 8 de Dezembro
Metais: Cobre, lato e ouro
Cor: Amarelo- ouro
Smbolo: Leque com espelho (abeb)
Elemento: gua doce (rios, cachoeiras, nascentes, lagoas etc.)
Regio da frica: Ijes, Ijebu e Osogbo
Pedra: Topzio
Folhas: Macaca, baronesa, vitria-rgia, oripep, oj-oro, oxibat, oriri, vassourinha-
de-igreja
Odu que rege: Os



A saudao de Oxum, "Ora Iei" pode ser traduzida como Graciosa me.


Oxum - Os filhos de Orix Oxun, so pessoas graciosas, elegantes com paixo por joias
e coisas caras. So carinhosos, interesseiros, dengosos, sensveis, chantagistas e
temperamentais, geralmente gostam de crianas. So pessoas de rara beleza.
Considerados como smbolo de charme, beleza e sensualidade, sempre arrumam
algum para fazer as coisas por elas. Sob a aparncia graciosa e sedutora escondem
um forte desejo de ascenso social. Vaidosos ao extremo, pessoas com mo de feitio,
pessoas perigosas, vingativas, podem vir a ser cruis, dissimulados e superficiais.
Pessoas de gnio difcil.

Adur de Oxum

Osun mo p o!
N' p o s'Ik en kankan
Bn n' s'rn en kankan
Mo p o nn ow
Mo p o nn om
Mo p o s nn alfa
Mo p o s oro
K aw m rij am o
Oddn n a m orgb
Oddn n m ob lor at o
Oddn n k wn m r w o
Bi a s, y j bay l, n mdn
sn s w, k o m s wbal lrn aw om r
K il m j w
K na m n w o
Ps as fn w o
En as amd ar
Fn n alfa o
Ok ob, ad ob, k m s w ls o
K aw m r gn idl!

Traduo
Oxun eu te chamo
No te chamo por causa da morte,
No te chamo por causa da doena de algum.
Eu te chamo para que tenhamos dinheiro.
Eu te chamo para que tenhamos filhos.
Eu te chamo para que tenhamos sade.
Eu te chamo para que tenhamos uma vida serena.
Para que no sejamos vitimados pela ira das guas.
Dizem que anualmente h orobs na feira.
Dizem que anualmente h obs novos na feira.
Que as pessoas nos vejam todo o ano.
Do mesmo modo que fizemos tua festa, que possamos fazer outra melhor, no prximo
ano.
Oxun, nos proteja, para que no haja problemas entre ns, teus filhos.
Para que haja paz em nosso lar.
Que nossos objetivos no se voltem contra ns.
D-nos ax!
quem estiver doente,
D sade!
Que as leis dos homens no sejam infringidas por ns.
Que no haja problemas em nossa famlia!

Ork fn sun

ba sun sekese
ba sun olodi
Latojoki awede wemo
ba sun ibu kole
Yeye kari
Latokoko awede wemo
Yeye opo
O san rere o
se




Ork para sun


Eu elogio a deusa do mistrio, esprito que limpa de dentro para fora,
Eu elogio a deusa do rio
Esprito que limpa de dentro para fora
Eu elogio a deusa da seduo
Me do espelho
Esprito que limpa de dentro para fora
Me da abundncia
Ns cantamos seus elogios
Ax



Ork fn sun


Obnrin b oknrin n sun
A j sr b g.
Yy olomi tt.
Opr j bri kalee.
Agb obnrin t gbogbo ay n'pe sn.
b Snpnn j ptk.
O b algbra ranyanga dde.



Ork para sun

sun uma mulher com fora masculina.
Sua voz afinada como o canto do ega.
Graciosa me, senhora das guas frescas.
Opr, que ao danar rodopia como o vento, sem que possamos v-la.
Senhora plena de sabedoria, que todos veneramos juntos.
Que como ptk com Xapan.
Que enfrenta pessoas poderosas e com sabedoria as acalma.

ISURE RS SUN


IBA SUN

ORE YEYE O

SUN IWO WE OMO YE,

OMI, ARIN-MA-SUN,

YEYE WEMO YE GBOMO FUN MI JO,

AYILA, GBA MI O, ENI

A NI NII GBA NI,

MO PE O SOWO, MO PE O SOMO,

MO PE O SI AIKU, EMI, FE IYE, ATI ORO,

ENITI NWA OMO KO FUN LOMO,

OMO DARADARA NI KI O FUN WON,

SUN, TO MI SI ONA ORO ATI ALAFIA,

SE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE SE


sun eu te sado


sun, voc cheio de idias,

Pessoa que nada consegue destruir,

Pessoa que faz as coisas sem que seja questionada,

Voc que no cansa de usar bronze ornamentais,

Mulher forte que nunca seja atacada,

Pessoa que sentou em cima da cesta na profundeza do rio,

Ore yeye (me graciosa)

Ore yeye imole (mo graciosa rs),

Voc que acalma as crianas com o seu bronze ornamental,

Voc que tem trono calmo,

Me graciosa, a rainha do rio,

Me graciosa,

sun me proteja e meu filho com o banho,

Voc que d vidas s crianas, me d filhos para mim cuidar,

Ayila (sun) me proteja, eu espero salvao de voc,

Eu te chamo para Ter dinheiro e filho,

Eu te chamo para no morrer, mas para Ter a vida e prosperidade.

D filhos para quem precisa Ter,

D eles filhos saudveis,

sun, me caminhe para o caminho da prosperidade e a paz.

Ax do Senhor Supremo.

Beno do Senhor Supremo

Of de Oxum

Oxum o iei ni im
Amo aw ma r
Iei onik Obalad

Traduo

Oxum a graciosa, repleta de sabedoria
Aquela que no revela seus segredos
Graciosa me
A graciosa senhora do culto, rainha do rio.

Opar
Opar, tambm chamada de Apar, assim como todas as Iyagbs, tambm uma
divindade das guas, confundida como uma qualidade de Oxum devido a
similaridade dos cultos, mas na realidade se trata de uma divindade a parte. Opar
nasce da unio de Xang com Ob, uma divindade muito perigosa.
A maternidade que umas das marcas de Oxum no existe em Opar. Era Oxum quem
se encarregava de cuidar da prole do Deus das Tempestades, enquanto ele guerreava.
o caso de Opar ocorreu o mesmo, ela foi criada por Oxum, j que Ob, assim como
Oy Ians, acompanhava Xang em suas contendas. Opar herda o temperamento e a
agressividade natural de Ob e a malcia e a vaidade de Oxum. Tornando-se assim a
mais quente e agressiva de todas as Iyagbs superando at mesmo a prpria me,
Opar a divindade feminina equivalente a Ex. uma Deusa da Guerra, indomvel,
uma poderosa amazona que une fora e vaidade, rege os ventos da noite, a umidade
do ar e as guas puras que se intercalam entre abundncia e escassez absoluta, seu
fundamento maior quando o Raio(Xang) toca as guas(Ob). Opar impiedosa,
arrogante e de carcter punitivo, mas apesar das desavenas entre Oxum e Ob,
muito prxima de Ob bem como de Oxum, de quem recebeu o Espelho de Ik( uma
espcie de espelho encantado que traz a morte para que o olhar). Asim como os pais
Opar possui forte ligao com a morte e, assim como Oxum, possui ligao com as
Eleys.

Ob e Opar - Me e Filha
Opar - Xang e Ob



A unio de Xang e Ob
Transcorre um culto nos arredores da cidade, eleko. Uma sociedade restrita, onde
apenas mulheres realizam o culto. Que possue como matriarca a temida Ob, a
fundadora desta sociedade que cultua a ancestralidade feminina individual.
Nem um homem poderia sequer assistir o ritual do segredo, sendo punido por Ob
com sua prpria vida.
Certo dia, em uma das noites de culto, Xang caminhava alegremente e danava ao
som do bat. Quando percebe, ao longe um aglomerado de mulheres, realizando uma
cerimnia sob as ordens da enrgica Ob.
Xang era muito curioso e no se conteve aproximando-se da cena, ficando a espreita.
Xang encantou-se com a rara beleza de Ob, que apesar de no ser to jovem era a
mais bela mulher que ele j vira. No momento de distrao, Xang foi percebido e
cercado pelas mulheres, foi levado a presena da grande deusa, que lhe falou o preo
que haveria de pagar por sua audcia em violar o culto sagrado de Elek. Mas a
prpria Ob que encantou-se com a inigualvel beleza de Xang apaixonando-se de
imediato, relutou em aplicar a sentena de morte e usou de sua supremacia no culto
para ditar nova regras, dando nova chance a Xang:
"Todo homem, que violar o culto, se for do agrado, da senhora do culto, dever unir-se
a ela como marido ou aceitar a pena de morte"
Xang no pensou duas vezes, seria poupado da sentena e ainda sim possuiria a
grande deusa por quem havia se apaixonado. A cerimnia de unio de Xang e Ob foi
realizada dentro dos limites de Elek. Foi o inicio de uma grande paixo, nunca se viu
tanto amor.
A deusa guerreira e justiceira que pune os homens que maltratam as mulheres,
descobriu um sentimento novo por um homem alm do dio. Descobriu todo o amor
que um homem pode dar. A grande rainha de Elek, a rainha de Xang aprendeu a
amar e ser amada.
Nasce, dessa grande paixo, uma criana, uma menina, nasce Opar, nasce a mais
bela, justiceira e feroz guerreira. Herdou o melhor do pai e da me e prosseguiu com o
culto.



Logun Ed
Ao contrrio do muitos pensam, Logun ed no possui caractersticas masculina e
feminina nem homossexual ou bissexual. Na verdade possui uma grande relao com
Oxum, sua me, e com Erinl, seu pai, trazendo com sigo as caractersticas desses dois
Orixs e algumas caractersticas marcantes, mas nada que o transforme em um
hermafrodita que durante seis meses Abor e seis meses Iyagb como algumas
pessoas dizem e usam esse artifcio para o homossexualismo.
Existem templos para Logun Ed em Ilex, seu lugar de origem, onde em alguns itans
citado como um corajoso e poderoso caador, que tamanha coragem relacionada ao
leopardo. De culto diferenciado e totalmente ligado ao culto de Oxum, um Orix de
extremo bom gosto. Seus objetos devem permanecer junto aos de Oxum e sempre
que for agradado ela tambm deve ser agradada. Tem predileo pelo dourado, um
Orix vaidoso e considerado o mais elegante de todos os Orixs.
Cultuado em territrio Ilex, mais especificamente na regio de Ijex, Iw, Oxogb e
em Ed na Nigria, Ed a cidade da qual ele herda o nome. Logun considerado o
Prncipe de todos os Orixs, o mais feroz de todos os guerreiros, o mais audaz de todos
os caadores e o mais belo dos belos.
Conhecido em Cuba como Laro ou Larooy, seu culto em Cuba se perdeu mas no Brasil
seu culto amplamente difundido.
Qualquer oferenda realizada a Logun deve conter instrumentos que faam referncia a
beleza e a sorte. Logun filho de Oxun e de Erinl, de Erinl herdou o carter
selvagem, a arte da caa, o poder sobre a medicina, a pacincia do pescador e a
astcia do caador, assim como de sua Me Oxun, Logun, herdou a beleza, o poder de
seduo, o encanto, a doura, o poder da feitiaria e a riqueza.
Logun Ed tem estas caractersticas, um Orix guerreiro, mas a sua caracterstica
guerreira prpria, mas no o de guerra no sentido fsico da palavra e sim a da luta
pela conservao da criao.

Conta um antigo itan que todos os rs estavam reunidos em uma aldeia, e de
repente passa a chover muito e a terra comea a afundar causando grande pnico.
Todos tentam faz-la subir novamente mas , ningum consegue, por ltimo aquele
jovem caador chamado e usando um poder que herdou da me sun, logun-od
entoa o Oriki:
"AWO NBE O, AWO NBE O....ARA NBE O, ARA NBE O"
Eis o iniciado, o forte, eis o misterioso, aqui se fez o milagre




Tocando o cho com sua flecha, e a terra comea a subir novamente at voltar a sua
posio normal, a partir de ento, ele passou a ser reconhecido como um grande
guerreiro osiwaju Lder entre os Orixs.
Em Cuba, sempre era citado mas sem mencionar seu verdadeiro nome: O filho perdido
de Oxun, muitos afirmam que ele a contrapartida masculina de Oxun, dizem que
Logun e Oxun so personificaes da mesma divindade, a masculina e a feminina. Essa
comparao muito comum em Cuba, no s com Oxun e Logum mas com todos os
demais Orixs como Olokun e Yemanj, Obatal e Odudu, Obaluai e Nan, Oxssi e
Otin, Oxumar e Eu, Xang e Ob, Ogun e Ians, Ex e Opar, Osse e Ajaa, Erinl e
Abat, Iroko e Apaoka, Oko e Onil etc.
Este Orix chamado em alguns orikis como Omo Alad ( Prncipe coroado) e Oba
l'ogu ( o que se veste bem) dentre seus ttulos chamado de Loci loci, Ibain, Aro aro,
estes ttulos so mencionados em suas cantigas como complementos de seu nome.
Logun-Ed, chamado geralmente apenas de Logun, o ponto de encontro entre os rios
e as florestas, as barrancas, beiras de rios, e tambm o vapor fino sobre as lagoas, que
se espalha nos dias quentes pelas florestas. Logun representa o encontro de natureza
distintas sem que ambas percam suas caractersticas. filho de Oxossi com Oxum, dos
quais herdou as caractersticas. Assim, tornou-se o amado, doce e respeitado prncipe
das matas e dos rios, e tudo que alimenta os homens, como as plantas, peixes e outros
animais, sendo considerado ento o dono da riqueza e da beleza masculina. Tem a
astcia dos caadores e a pacincia dos pescadores como principais virtudes.
Seu emblema ou ossun so cinco flechas em um mesmo arco que apontam para cima e
oito folhas de variadas, suas cores so o azul turquesa de Erinl e o amarelo ouro de
Oxun.
Logun Ed considerado um Orix infantil e por sua vez controla o elo central em
qualquer unio ou frmula neutra ou resultante o equilbrio da natureza, a energia
do pndulo, o equilbrio do peso e da fora, ao e reao, a oscilao de energia
entre as duas polaridades atravs do controle, a dimenso entre a vida e a morte,
entre Orun e Ai o fator hbrido, o dono da harmonia, equilbrio dinmico, o Orix
de tudo o que perfeito e bonito. Logun somente come aps Oxun.
Diz o mito que Logun tinha tudo, menos o amor das mulheres, pois mesmo Ians,
quando roubada de Ogum por Xang, abandona Logun com seu tio, criando assim um
profundo antagonismo entre Xang e Logun, j que por duas vezes Xang lhe tira a
me.
Em outro episdio Logun vai brincar nas guas revoltas (a deusa Ob, tambm esposa
de Xang) e esta tenta mata-lo como vingana contra Oxum que lhe fizera uma
enorme falsidade. Oxum, vendo em seu jogo de bzios o que estava sucedendo com
seu filho abandonado, pede a Orunmil que o salve e este, que sempre atendia s
preces da filha de Oxal, faz uma oferenda a Ob que permite ento que os
pescadores salvem Logun-Ed, encarregando-o de proteger, a partir daquele dia,os
pescadores, as navegaes pelos rios e todos os que vivessem beira das guas doces.


Qualidades ou ttulos de Logun Ed
Apan - Pode ser traduzido como Aquele que mata no caminho.
Lok - Pode ser traduzido como Senhor da colheita.
Ibain - de um outro caador homenageado e cultuado como Logun, esse caador
inclusive o verdadeiro proprietrio dos chifres to importantes no culto.

Aspectos Gerais

DIA: Quinta-feira
DATA: 19 de abril
METAIS: Ouro e bronze
CORES: Azul-turquesa e Amarelo-ouro
COMIDAS: Axox e Omolocum
SMBOLOS: Balana, of, abeb e cavalo-marinho
ELEMENTOS: Terra (floresta) e gua (de rios e cachoeiras)
REGIO DA FRICA: Iles
PEDRAS: Topzio e Turquesa
FOLHAS: Oripep e todas as folhas de Oxssi e Oxum
ODU QUE REGE: Obar

Arqutipo - Logun Ed - Os filhos de Logun Ed, so vaidosos e graciosos como Oxum
gostam de coisas caras, so preguiosos, considerados o bero da preguia, joviais e
alegres. Por vezes falantes e comunicativos como Oxum e em outros momentos
reservados como Erinl, gostam de mandar, geralmente trazem a rara beleza de Oxum,
espertos, apegados a famlia gostam do conforto do lar e por mais idade que tenham
sempre conservam o jeito moleque de ser, geralmente so mimados e dengosos,
gostam de tudo na mo.




Orin de Logun Ed

O igb Logun a od k igb n b ig
Igb ew of r n igb Logun od, Logun od, Logun od
Of r n igb Logun od.

Traduo

Oh! floresta, oh! Logun o nosso caador que est na floresta ele derruba folhas
na floresta com seu arco e flecha, ele est na floresta, o guerreiro caador seu arco e
flecha
esto na floresta, guerreiro caador.

Ork fn Lgn Ede

Ganagana bi ninu elomi ninu
A se okn soro sinsin
Tima li ehin yeye re
Okansoso gudugu
Oda di ohn
O ko ele p li aiya
Ala aiya rere fi ow kan
Ajoji de run idi agban
Ajongolo Okunrin
Apari o kilo k tmotmo
O ri gb t sn li egan
O t bi won ti ji re re
A ri gbamu ojiji
Okansoso Orunmila a wa kan m dahun
O je oruko bi Soponna
Soro pe on Soponna e ni hun
Odulugbese gun ogi run
Odolugbese arin here here
Olori buruku o fi ori j igi odiolodi
O fi igbegbe l igi Ijebu
O fi igbegbe l gbegbe meje
Orogun olu gbegbe o fun oya li o
Odelesirin ni ki o w on sila kerepa
Agbopa sn kakaka
Oda bi odundun
Jojo bi agbo
Elewa ejela
O gbewo li ogun o da ara nu bi ole
O gbewo li ogun o kan omo aje niku
A li bilibi ilebe
O ti igi soro soro o fibu oju adiju
Koro bi eni l o gba ehin oko m se ole
O j ile onile b ti re lehin
A li oju tiri tiri
O r saka aje o d lebe
O je ow baludi
O k koriko lehin
O k araman lehin
O se hupa hupa li ode olode lo
jo p gbodogi r woro woro
O p oruru si ile odikeji
O k ara si ile ibi ati nyimusi
Ole yo li ero
O dara de eyin oju
Okunrin sembeluju
Ogbe gururu si ob olori
A m ona oko ko n l
A mo ona runsun rdenreden
O duro ti olobi k r je
Rere gbe adie ti on ti iye
O b enia j o rerin sn
O se adibo o rin ngoro yo
Ogola okun k ka olugege li rn
Olugege jeun si okur ofun
O j gebe si orn eni li oni
O dahun agan li ohun kankan
O kun nukuwa ninu rere
Ale rese owuro rese / Ere meji be rese
Koro bi eni lo
Arieri ewo ala
Ala opa fari
Oko Ahotomi
Oko Fegbejoloro
Oko Onikunoro
Oko Adapatila
Soso li owuro o ji gini mu rn
Rederede fe o ja knle ki agbo
Oko Ameri ru jeje oko Ameri
Ekn o bi awo fini
Ogbon iyanu li ara eni iya ti n je
O wi be se be
Sakoto abi ara fini



Ork para Lgn Ede

Um orgulhoso fica infeliz que um outro esteja contente
difcil fazer um corda com as folhas espinhosas da urtiga
Montado de cavalinho sobre as costas de sua me
Ele sozinho, ele muito bonito
At a voz dele agradvel
No se coloca as mos sobre o seu peito
Ele tem um peito que atrai as mos das pessoas
O estrangeiro vai dormir sobre o coqueiro
Homem esbelto
O careca presta ateno pedra atirada certeiramente
Ele acha duzentas esteiras para dormir na floresta
Acord-lo bem o suficiente
Ns somente o vemos e o abraamos como se ele fosse uma sombra
Somente em Orunmila ns tocamos, mas ele no responde
Ele tem um nome como Soponna /
difcil algum mau chamar-se Soponna
Devedor que faz pouco caso
Devedor que anda rebolando displiscentemente
Ele um louco que quebra a cerca com a cabea
Ele bate com seu papo numa rvore Ijebu
Ele quebrou sete papos com o seu papo
A segunda mulher diz ao papo para usar um pente (para desinchar o papo)
Um louco que diz que o procurem l fora na encruzilhada
Aquele que tem orquite ( inflamao dos testculos) e dorme profundamente
Ele fresco como a folha de odundun
Altivo como o carneiro
Pessoa amvel anteontem
Ele carrega um talism que ele espalha sobre o seu corpo como um preguioso
Ele carrega um talism e briga com o filho do feiticeiro dando socos
Ele veste boas roupas
Com um pedao de madeira muito pontudo ele fere o olho de um outro
Rpido como aquele que passa atrs de um campo sem agir como um ladro
Ele destroi a casa de um outro e com o material cobre a sua
Ele tem olhos muito aguados
Ele acha uma pena de coruja e a prende em sua roupa
Ele ciumento e anda "rebolando" displicentemente
Ele recolhe as ervas atrs
Ele recolhe as ervas atrs
Ele anda "rebolando" desengonado para ir ao ptio interior de um outro
A chuva bate na folha de cobrir telhados e faz rudo
Ele mata o malfeitor na casa de um outro
Ele recolhe o corpo na casa e empina o nariz
O preguioso est satisfeito entre os passantes
Ele belo at nos olhos
Homem muito belo
Ele coloca um grande pedao de carne no molho do chefe
Ele conhece o caminho do campo e no vai l
Ele conhece o caminho runsun redenreden
Ele est ao lado do dono dos obi e no os compra para comer
O gavio pega o frango com as penas
Ele briga com qualquer um e ri estranhamente
Ele tem o hbito de andar como a um bbado que bebeu
Sessenta contas no podem rodear o pescoo de um papudo
O papudo come no inchao de sua garganta
Ele quebra o papo do pescoo daquele que o possui
Ele d rapidamente crianas s mulheres estreis
Ele guarda seus talisms numa pequena cabaa
A noite coisa sagrada, de manh coisa sagrada /
Duas vezes assim coisa sagrada
Rpido como algum que parte
A proibio do pssaro branco o pano branco
Ele mexe os braos fantasiosamente
Marido de Ahotomi
Marido de Fegbejoloro
Marido de Onikunoro
Marido de Adapatila
Bem desperto, ele acorda de manh j com o arco e flecha no pescoo
Como um louco ele se debate para colocar os joelhos no cho, como o carneiro
Marido de Ameri que d mdo
Leopardo de pele bonita
Ele expulsa a infelicidade do corpo de algum que tem infelicidade
Assim ele diz e assim ele faz
Orgulhoso que possui um corpo muito belo


Ibeji

So os Orixs protetores dos gmeos, na mitologia Yorub. O nome deles Taiwo e
Kheinde, so filhos de Xang com Oy e foram criados por Oxum. Os Yorubs
acreditam que era Kheinde quem mandava Taiwo supervisionar o mundo, onde a
hiptese de ser aquele o irmo mais velho cada gmeo representado por uma
imagem, os Yorubs colocam oferendas diante de suas imagens para invocar a
benevolncia dos Ibeji. Os pais de gmeos costumam fazer sacrifcios a cada oito dias
em honra a Ibeji.O animal tradicionalmente associado a Ibeji o macaco kolobo
polykomos ou kolobo real, que acompanhado por uma grande lenda mstica entre os
africanos. Eles possuem colorao preta, com detalhes brancos, pelas manhs eles
ficam acordados em silncio na copa das rvores, como se estivessem em orao ou
contemplao, dai eles serem considerados por vrios povos como o mensageiro dos
Deuses ou tendo a habilidade de escutar os Deuses.
Ibeji, o nico Orix permanentemente duplo, aproxima-se de Exu pelo seu
comportamento arquetpico independente. formado por duas entidades distintas e
sua funo bsica indicar a contradio, os opostos que coexistem. Num plano mais
terreno, por ser criana. A ele associado a tudo o que se inicia: a nascente de um rio,
o germinar das plantas, o nascimento de um ser humano.
Mostram um temperamento infantil, brincalho, sorridentes, irrequietas, de muita
energia nervosa. So muito cativantes e carinhosos, com uma sensibilidade sempre
flor da pele; por isso mesmo, magoam-se com facilidade, exageram as contrariedades
e agresses que recebem e se deixam levar por mal-entendidos.

"Ajub Ibeji or, Xang d'Ibeji, Oxum d'Ibeji, Oi n'Ibeji, gbogb ou fum u ox Ibeji,
Ibeji or!"

"Nossos respeitos a Ibeji, Deuses to importantes quanto Xang e Oxum, Ibeji filhos de
Oi, Deuses que trazem a riqueza para todos, Deuses Gmeos!"

Como a maior parte das crianas, gosta de estar em meio a muita gente. As pessoas
freqentemente temem Ibeji: poderoso como todo o Orix, a criana-divindade,
entretanto, entende os pedidos de maneira simplista, o que pode levar a
conseqncias no previstas pelas entidades em geral. Por outro lado, tm a
reputao de ser extremamente fiis s pessoas que conquistam sua confiana.


Ibeji

O preto e o branco
A areia e o mar
O sol e a lua
O inverno e o vero
O outono e a primavera
Terra e fogo
gua e ar
O liquido e o slido
O visvel e o invisvel
O concreto e o abstrato
A tristeza e a felicidade
A sade e a doena
O alto e o baixo
A vida e a morte
O dia e a noite
Razo e emoo
O liso e o estampado
O quente e o frio
O velho e o novo
O cu e o inferno
1 minuto e a eternidade
O prazer e dor
O real e a iluso
O norte e o sul
O leste e o oeste
O progresso e a o retrocesso
O homem e a mulher
O amor e o dio

To opostos, to perfeitos
Esto sempre lado a lado
Em perfeita sintonia
Juntos, esto em todas as coisas
E em todos os lugares
Embora no sejam sempre concretos
Podem ser vistos na pratica a cada momento
Representados pelo Ying-Yang...
Opostos, juntos, um no outro
Em perfeita harmonia.

Qualquer participao de Ibeji em cerimnias, d um toque alegre e inconseqente
ela, sendo freqente que as comidas ritualsticas a eles oferecidas recebam enfeites
como fitas de cetim em cores vivas. A Ibeji se oferece todas as cores vivas e as roupas
de seus filhos, em cerimnia, so multicoloridas. So homenageados aos domingos,
recebendo como comidas rituais, doces, bolinhos, balas, e refrigerantes.


dur Ibej

Igb rs
(Orix eu te sado)
rs Ibj
(Orix Ibeji)
Dakn dab, ma jk a r Ik Omod,
(No permita que haja a morte de crianas)
Ma jk a r Ik agb,
(No permita que haja a morte de adultos)
Enit b, m jk sokn,
(Quem tem para no chorar)
M jk a k Ik airotl,
(No deixe acontecer a morte imprevista)
Fun mi low lat s nkan gbgb,
(Me d dinheiro para minhas necessidades)
Iw ti s alakis di alas, jow s akis mi di as,
(Voc que torna o pobre rico, me torne rico)
Iw to ti ess mej ji b sil alakis, jow b sil mi,
(Voc que entrou na casa do pobre, peo entre na minha)
rs Ibej, pel ,
(Orix Ibeji eu te sado)
Ejir ra isokn,
(Ejir de Issokun)
Jow s mi di olor.
(Peo, me torne prspero).

Ork fn Ibeji

B'eji B'eji're
B'eji B'eji'la
B'eji B'ejiwo
Igb omo ire
Ax

Ork para Ibeji


Dar a luz aos gmeos traz fortuna boa
Dar a luz aos gmeos traz abundncia
Dar a luz aos gmeos traz dinheiro
Saudar as crianas das coisas boas
Ax


Air o Redemoinho
Air era um Orix no fundamento de Xang, Air era considerado um de seus servos
de confiana e segundo uma de suas lendas, Air, tentou instaurar um atrito entre
Oxal e Xang, graas a isso Air deve ser tratado de forma diferente de Xang e seu
assentamento deve ficar com os de Oxal. Por esse atrito com Xang, no se deve
coloca-los juntos, nem podendo Air ser posto em cima do pilo de duas bocas j que
o pilo de duas bocas pertence a Xang o que acarretaria a sua ira. Sua cor branco
mas tambm o azul-marinho e seus ornamentos so prateados.

Air um Deus relacionado a famlia do raio mas tambm relacionado ao vento, seu
nome pode ser traduzido como Redemoinho, vale lembrar que o redemoinho o
fenmeno que mais se assemelha a um furaco em territrio Africano. Air ento deve
ser louvado como a divindade que rege o encontro dos ventos.
Em territrio africano, no existem registros ou relatos de pessoas iniciadas para Ele.
Seu culto proveniente da regio de Sav que faz parte do territrio Jej, nesta regio
os cultos predominantes so os de Nan, Obaluai, Omolu e Oxumar. Pouco se sabe
sobre o nascimento ou surgimento de Air e por esta razo muitos atribuem sua
filiao Iemanj e a Orani, assim como Xang e Aganj. Por este motivo alguns
sacerdotes sem conhecimento chegam a afirmar que Air seria irmo de Xang,
quando no h nada que fundamente esta afirmao.

No Brasil, Air visto, erroneamente, como uma qualidade de Xang. Air visto
como uma face mais amena e pacfica de Xang. Hoje, com a falta de conhecimento,
muitos zeladores preferem iniciar uma pessoas de Air do que para Xang, na
realidade est cada vez mais difcil encontrarmos filhos de Xang. Ao contrrio de
Xang, Air no o Orix rei nem possui o carcter punitivo e colrico. Esta
caracterstica mais amena de Air, pode ser evidenciada em uma de suas cantigas que
diz:

"A chuva de Air apenas limpa e faz barulho, como um tambor".


Air possui uma ligao muito grande com Oxal, na verdade tudo o que for oferecido a
Ele no deve conter sal e dend. Suas comidas votivas no so temperadas com dend e
sim azeite de oliva ou banha de ori.
Air zela pela paz e pela justia de forma incondicional, ao contrrio de Oxal que
representa a paz, Air a estabelece e possui uma ao muito mais direta em sua
imposio, Air pode ser qualificado como uma sentinela de Oxal, ou melhor, de
Oxaluf e seria Ele, Air, quem estabelece sua vontade.



No existem qualidades de Air, o que muitos chamam de qualidades so apenas
ttulos como estes abaixo:

Intil - um ttulo de Air, Intil quer dizer Senhor da Terra.
Igbon - um ttulo que significa floresta de fogo, ou simplesmente quente.
Loj - Ttulo que faz referncia chuva.

Segundo um mito, criado no Brasil, Oxal permaneceu injustamente preso durante
sete anos no reino de seu filho, Xang, sem que este soubesse do fato. Grandes
calamidades ocorreram em todo o reino devido a essa injustia e quando Xang
finalmente descobriu o que havia acontecido com o prprio pai, resgatou-o da priso e
ordenou que fossem organizadas grandes festas em todo o reino, em sua
homenagem. No entanto, Oxal estava muito entristecido. Apesar de toda a ateno
que recebeu, a nica coisa que desejava era retornar ao seu prprio reino, em If,
onde sua esposa Iemanj o aguardava. Xang no podia acompanh-lo e pediu que
Air o fizesse em seu lugar, foi assim que Air tornou-se companheiro de
Oxal. Durante o dia, eles caminhavam. noite, Oxal sentia frio e precisava
descansar, assim, Air passava longas horas contando-lhe histrias do povo de Oi ao
redor de uma fogueira.
Observao: No Brasil, devido aos festejos de So Joo, criou-se uma tradio de se
acender uma fogueira em homenajem a Xang e a Air. Na realidade esse ato no
existe na frica isso foi absorvido dos festejos de Juninos. A cerimnia que ocorre na
frica o Ajer de Xang, cerimnia em que o iniciado de Xang em Oi carrega um
jarro com inneros orifcios, dentro deste jarro posto fogo e assim iniciado carrega o
fardo ardente sobre sua cabea. O ox de Xang uma representao do ajer, as
lminas duplas representam as chamas que se espalham.


Arqutipo - Air - Os filhos de Air, so autoritrios, voluntariosos, enrgicos, calmos,
teimosos, orgulhosos e guerreiros. Pessoas elegantes e corteses, risonhos, possuem
um misto de severidade e benevolncia, possuem um senso elevado de justia,
possuem conscincia de sua importncia, so dotados de bom corao, no sabem
guardar segredos, faladores, fofoqueiros, apegados a famlia, sinceros, altivos e
sensveis. No so vaidosos.


Orin de Air

"Air oj mo pere se
A mo pere se

Air oj mo pere se
A mo pere se"
"
Traduo


"A chuva de Air apenas limpa e faz barulho como um tambor

Ela apenas limpa e faz barulho como um tambor

A chuva de Air apenas limpa e faz barulho como um tambor

Ela apenas limpa e faz barulho como um tambor"

"Aira l l, a ire l l
A ire l l, a ire l l"

"Air est feliz, ele est sobre a casa
Estamos felizes, ele est sobre a casa"

"Aira , ore gd p
Ore gd
Aira , ore gd p
Ore gd
Aira , Ajaosi p
Aira , Ebora p"

"Air nos presenteie afastando os que podem nos matar
nos presenteie afastando os que podem nos matar
Air nos presenteie afastando os que podem nos matar
nos presenteie afastando os que podem nos matar
Air que luta na esquerda pode matar
Air, Orix pode matar"


Iemanj
Embora sendo um Orix feminino, Iemanj possui o vigor de um homem e, nas
Amricas a divindade das guas salgadas.
Este Orix natural de Abeokut, na Nigria, local onde seu culto prolifera com muita
intensidade, mas seus principais seguidores so os naturais de Egbado localidade cuja
rainha Okoto, tambm conhecida como Os. Seu principal templo est localizado em
Ibar, bairro de Abeokut e, embora seja cultuada no rio gn, seus seguidores vo,
anualmente, recolher gua para lavar os seus axs, numa fonte de um afluente
denominado rio Lakaxa.
Iemanj seria to velha quanto Obatal e to poderosa quanto ele. filha de Olokum o
Deus dos Oceanos, cujo reino so os oceanos. Teria sido casada com Orunmil e depois
com Olfin, de quem gerou dez filhos, cujos nomes enigmticos fazem crer que sejam
os outros Orixs.
Conta uma lenda que Iemanj, cansada de viver em If, seguiu em direo ao Oeste
indo instalar-se no "por do sol". Inconformado com o abandono Olfin mandou seu
exrcito sua procura. Cercada pela tropa, Iemanj, ao invs de se deixar prender,
quebrou um frasco contendo um lquido mgico que lhe havia dado seu pai Olokun, o
que fez com que surgisse ali mesmo. Um caudaloso rio, cujas guas a levaram at o
oceano, local de residncia de seu pai.
Por seu carter intempestivo, Iemanj perdeu a hegemonia do mundo terrestre
assumindo, desde ento, domnio sobre a orla martima em cujo movimento hora
calmo, hora agitado e revolto, tem representada a sua personalidade inconstante.
Seu nome em yoruba, Yy Omo Ej (Iyemonj), significa : "Me de Filhos Inmeros
Como os Peixes", ou simplesmente "Me de Filhos Peixes", ressalta, sobremaneira, seu
instinto maternal, uma vez que assume como filhos todos os seres humanos,
independente de quais sejam os seus Olori.

Isto est exemplificado num Itan If que descreve a forma como Iemanj assume a
maternidade de Omol, filho legtimo de Nan, desprezado pela prpria me por ser
portador de lepra.
Iemanj representa, portanto, o instinto maternal, assumindo, de muito boa vontade
todos os seres humanos como filhos bastando, para tanto, que se recorra aos seus
prstimos e que se solicite sua proteo.
Nas Amricas, no entanto, onde seu culto grandemente difundido, recebe oferendas
nas guas do mar. Sua saudao mais comum "Odo Iy!" que significa "Me do Rio".
Outras formas de saud-la, utilizadas no Brasil so: "Er Iy!" e "Odo f Iyagb!" sendo
que esta ltima saudao, muito utilizada nos ritos de Umbanda, significa: "Amada
Senhora do Rio".

Aspectos Gerais

Dia: Sbado
Data: 02 de fevereiro
Metal: Prata e Prateados.
Pedra: gua marinha.
Cor: Branco, criatal, azul e rosa
Comida: Eb de milho branco e camaro seco, manjar branco com leite de coco e
acar, aca, peixe de gua salgada, bolo de arroz e mamo.
Smbolo: Abeb prateado.
Elementos: guas doces que correm para o mar, guas do mar
Regio da frica: Egb e Abeokunta
Pedras: cristal e gua marinha
Folhas: pata-de-vaca, umbaba, mentrasto
Odu que rege: Irossun e Oss.

A saudao Od I de Iemanj pode ser traduzida como Me do rio, j Eru I pode ser
traduzida como Me das Ondas.

Suas variaes so:

Iemanj Assessu. Esta Iemanj a mensageira de Olokum. sua filha predileta e seu
poder total obtido segundo um Itan no Odu Alafia, Assessu rompeu todos os vnculos
que a uniam terra e, por este motivo ficou desmemoriada.
Iemanj Ogun T. Esta a mais guerreira de todas, vive com Ogun em campanhas de
guerra.
Iemanj I Masemal ou Iamass. Esta a me mtica de Xang. Esta Iemanj
portadora de um grande mistrio que est relacionado sua ligao com a
ancestralidade feminina Iami Osorong. Ela a Grande me do rio Mass.
Iemanj Assab . Esta Iemanj no pode ser olhada nos olhos. Foi mulher de Orunmil
que a expulsou por haver teimado em usar seus instrumentos de adivinhao. altiva
e perigosa. Usa sempre uma corrente de prata no tornozelo.
Iemanj Iemouo. Que teria sido mulher de Oxal. Esta Iemanj a dona de todo os
tesouros que se encontram dentro do mar.
Iemanj Maieleuo. Esta Iemanj vive no meio do mar controlando as correntes
marinhas. Seu nome significa; "A que se interessa pelo dinheiro e pelo comrcio". Teria
sido ela quem tingiu de azul as guas dos oceanos, contando, para isto, com a ajuda de
Assessu.

Arqutipo - Iemanj - Os filhos de Iemanj, so autoritrios e persistentes, so
preocupados, sensveis, responsveis, fortes, rigorosos e algumas vezes impetuosas e
arrogantes. So amigos e protetores chegam a e se comportarem como super mes.
So agressivos e at traioeiros, quando a segurana dos filhos e da famlia est em
jogo. So faladores, no gostam da solido. So vaidosos sem chegarem ao extremo da
vaidade de Oxun, gostam do luxo, roupas e jias caras, gostam de viver bem mesmo
que as condies no permitam. Custam a perdoar uma ofensa e quando perdoam
jamais esquecem e sempre jogam na cara.


Orim de Iemanj ( Cantigas de Iemanj )

"Iemonj au ab ai
Iemonj au ab ai."

Iemanj protege-nos e nos enche de satisfao.
Iemanj , estamos protegidos, e nossa satisfao completa.

"Iagb od ir x
Aki Iemanj
Akoko pe il gb a oi
Od ofi a x uer ."

A velha me chegou fazendo-nos felizes, nos cumprimentamos Iemanj.
A primeira que chamamos para abenoar nossa casa e dar satisfao.
Usar seu rio que escolhemos para nos banharmos,
O rio que escolhemos o rio que usas para seu banho.

"A x uel , od ofi
A x uel , a x uel ."

Ns escolhemos nos banharmos, em nossa casa.
Ela costuma escolher, banhar-se no seu rio.

"I korob, korob ni sab
I korob , korob ni sab."

Me que enfeita os cabelos dividindo-os, no meio da cabea, ela tem o hbito de
enfeitar os cabelos dividindo-os.
Me que enfeita os cabelos dividindo-os no meio da cabea, ela tem o hbito de
enfeitar os cabelos dividindo-os.

Oriki para Iemanj ( Reza para Iemanj )

"Igberi de Ogun Assab
Ogun iakum el ess
Olimo
Ogun i ker Onir
Assessu
Ogun om iom de Aif
Opeki de Ofiki
Ibu gba n'ianri
Alar de Ibu
Olossun
Ogag iei."

Traduo

Ogum Assab
Rio de Ogum em nove partes
Dono da folha de palma
Rio de Ogun, me pequena de Onir
Assessu
Ogun Aif Rio que tem peitos
Fluxo que leva areia
Fluxo ndigo
Barcos fluem
Graciosa me Ogag.
"Iemanj atara magb
Igb ti gb ibu omi
Iemanj igb di oju on
Iemanj nj oti pagog oju akagb
Um gbo ni x ob ma kass
Iemanj um u lu de iji de lobi
Um pekor i ilu ka
Auoi, Iemanj j le j lod
I ol oiom orub
Ob de abi ni Orum bi egb issu
Onilai de Okum um bi de enia de s
Olokum de arugb
Fere obinrim aji fom ni lara ob
Obinrim pep li gba eni gb ilekil
Ko je dahum ni il
Oju omi ni je ni kor
Eru i. "

Traduo

Rainha que vive nas profundidades da gua
Iemanj a toca os arbustos a caminho da superfcie da Terra
Iemanj se inclina na beira do Mar, enquanto toma um pouco de oti
Ela espera sentada, at mesmo na presena de um rei.
Iemanj a suprema, quando em Terra tornado que atravessa o pas;
Ela muda a cidade
Auoi, Iemanj come na casa e come no rio
Me de peitos chores
Ela cultivou uma moita no mercado
E est apertado como um inhame secado
Rainha ventre do mundo, ela cura como um remdio
Filha do poderoso Olokum, o soberano
Flauta-menina que toca para o despertar de reis
Mulher que suavemente aguenta o nadador para descansar em algum lugar
Ela no deseja responder em terra
Ela responde depressa na superfcie da gua
Me das ondas.

"Igb Iemanj
Iemanj
U gbo egbe mi
Iu ti nfum eniti n'u omo ni omo
Jou mop , fum mi ni omo
So midi olor
Iemanj, iei auom ej
Fi agb re bomi
Ki Iku ati arum ma uol
To miu
Iami, jou so ekum mi dai
Ax Iemanj."

Traduo

Iemanj eu te sado
Iemanj oua meu clamor
Voc quem dar filhos para quem quer
Por favor me d filhos
Me torne prspero
Iemanj, me dos peixes me proteja
Para que a morte e doenas no entre na minha casa
Minha me, favor torne os meus choros e sofrimentos em alegrias.
Ax Iemanj.

Of de Iemanj

"Olugb rer
Agbomo obinrin welewele
Omi aribu sol."

Traduo

Senhora que traz a bondade
Aquele que protege as mulheres durante o parto
Senhora das guas est em lugar de honra.

Oxal
Oxal um nome genrico de vrios rx funfun (branco), como so chamados
diversos Orixs africanos no Brasil relacionados cor branca e criao do mundo.
Oxalufon, ou Ors Olfn, segundo relato de Pierre Verger, na frica velho e sbio,
cujo templo em Ifon, na nigria, Estado de Lagos, pouco distante de Oxogb. Seu
culto permanece ainda relativamente bem preservado nessa cidade tranquila, que se
caracteriza pela presena de numerosos templos, igrejas catlicas e protestantes e
mesquitas que atraem, todas elas, aos domingos e sextas-feiras, grande nmero de
fiis de mltiplas formas de monotesmos importados de outros pases. Em contraste
com essa afluncia, o dia da semana iorub consagrado a Orsnl s interessa
atualmente a pouca gente. Exatamente um pequeno ncleo de seis sacerdotes, os
wf mf (Aj, Awa, Olpuwin, Gbgb, Alta e Ajbd) ligados ao culto de Ors
Olfn.



A cerimnia de saudaes ao rei de dezesseis em dezesseis dias pelos wf e pelos
Oly chama a ateno pela calma, simplicidade e dignidade. O rei Olfn espera
sentado porta do palcio reservada s para ele e que d para o ptio. Ele est vestido
com um pano e gorro brancos. Os Oly avanam, vestidos de tecido branco amarrado
no ombro esquerdo, e seguram um grande cajado. Aproximam-se do rei, param diante
dele, colocam o cajado no cho, tiram o gorro, ficam descalos, desatam o tecido
amarram-no cintura. Com o torso nu em sinal de respeito, ajoelham-se e prostram-se
vrias vezes, ritmando, com uma voz respeitosa, um pouco grave e abafada, uma srie
de votos de longa vida, de calma, felicidade, fecundidade para suas mulheres, de
prosperidade e proteo contra os elementos adversos e contra as pessoas ruins. Tudo
isso expresso em uma linguagem enfeitada de provrbios e de frmulas tradicionais.
Em seguida os Oly e os wf vo sentar-se de cada lado do rei, trocando saudaes,
cumprimentos e comentrios sobre acontecimentos recentes que interessam
comunidade. A seguir, o rei manda servir-lhes alimentos, dos quais uma parte foi
colocada diante do altar de slfn, para uma refeio comunitria com o deus.

Oxal encabea a famlia dos orixs funfun, os orixs brancos, que usam o fun (giz
branco) para enfeitar o corpo, dos quais h 154, segundo Pierre Verger, que cita os
seguintes:

r Olufn ajgn koari, aquele que grita quando acorda;
r giyn Ewljgb, Senhor de Ejigb;
r banjta;
r kir ou kir, um valente guerreiro muito rico que transforma em surdo-mudo
aquele que o negligencia;
r tko ba Dugbe, outro guerreiro muito ligado a rnl;
r Al ou Olorogbo, que salvou o mundo fazendo chover num perodo de seca
r Oljo;
r rw;
r Onk;
r Onrinj;
r Ajagm, para o qual, durante sua festa anual em d, dana-se e representa-se
com mmicas um combate entre ele e Olunwi, no qual este ltimo sai vencedor e
aprisiona seu adversrio. Mas tarde r Ajagm libertado e volta triunfante para
seu templo. Ulli Beier sugere que nesta representao poderia haver uma espcie de
reconstituio da conquista do reino Igb por Oddu, da derrota de Orixal no plano
temporal e de sua vitria final no plano espiritual.
r Jay em Jay;
r Rwu em Owu;
r lb em Ob;
r Olfin em Iwfin;
rko em Oko;
r Eguin em Ow.

A todos esses orixs funfun so feitas oferendas de alimentos brancos, como pasta de
inhame, milho, caracis e limo da costa. O vinho, o azeite de dend e o sal so as
principais interdies. As pessoas que lhes so consagradas devem sempre vestir-se de
branco, usar colares da mesma cor e pulseiras de estanho, chumbo ou marfim. A rigor,
deveriam ser os nicos a serem chamados orixs, sendo os outros designados pelos
prprios nomes ou ento, sob a denominao mais geral de ebora para os deuses
masculinos. O termo iml abrangeria o conjunto dos deuses iorubs. O ritual de
adorao de todos os orixs funfun to semelhante que, em alguns casos, difcil
saber se se trata de divindades distintas ou de nomes e manifestaes diferentes de
Oxal.
Segundo a tradio, sl desfruta de situao de rs mximo. Chama-se tambm
Obtl, que significa "Rei Maior". Deus o teria criado antes de todos os outros e lhe
teria dado o poder de auxiliar na criao dos seres humanos.

Enquanto Deus faria os corpos brutos, sl faria os olhos, os narizes, as orelhas e
outras partes dos corpos. tambm chamado de "Ate-re-re-kaiye, Oldnmar".
Os Yorbs rezam para que sl favorea as mulheres grvidas e, para agrad-lo,
entoam canes especialmente em sua honra:
"Eni s'oju s'emu (A pessoa que fez olho e nariz)
rs ni maa sin (rs que vou cultuar)
Adani b'o ti ri (Criou a pessoa como ela )
rs ni maa sin (rs que vou cultuar)
Eni ran mi w'aiye (A pessoa que me mandou para o mundo)
rs ni maa sin (rs que vou cultuar)

sl no gosta de azeite-de-dend, osn, e de qualquer coisa vermelha. Seus
sacerdotes e cultuadores usam roupa branca no dia de sua festa. As cultuadoras
tambm usam turbantes e contas brancas. O rs, alis, exige, tradicionalmente, no
apenas alvuira na vestimenta mas tambm retido nas pessoas.
A comida tpica do rs o piro de inhame (isu) e molho feito de uma substncia
chamada Banha de Or e caracol (gbn) branco.
Coloca-se diariamente gua de nascente em seu santurio, pintado com efun. A
portadora da gua deve necessriamente ser uma moa virgem ou uma senhora que j
no mantm mais relaes sexuais. Ao trazer a gua, a portadora vem tocando agog,
a fim de alertar a populao da sua chegada. Durante o percurso ela no pode falar e
ningum deve lhe dirigir a palavra.

Aspectos Gerais

Dia: Sexta-feira
Data: 15 de janeiro
Metal: Todos os metais brancos.
Pedras: Cristal, quartzo, diamante, segi
Cor: Branco leitoso e prata
Comida: Inhame pilado
Smbolos: espada, mo-de-pilo, varas de ator, of
Elementos: ar, atmosfra
Regio da frica: Ejigb
Folhas: Levante e arruda
Od que rege: Ejionil
Domnior: lutas dirias (pelo sustento, trabalho), paz, alimentao
Saudao: Epa Bb!

A saudao Epa da saudao de Oxal, assim como na de Oy, uma expresso de
espanto ou respeito. E ento pode ser traduzido como Pai eu te respeito.

Orins:

Oxal

O E j y w w o! Bb sr : desperta pai da expresso
D E j wiy Bbrnmal e j w : desperta e venha ao mundo, desperta e venha
O El w p k o Bb : senhor da existencia, voc sabe e ensina, voc o pai
D El w p k Ernmal : senhor da existencia, chama e ensina, espirito de luz
O El w p k omo j : senhor da existencia, chama e escuta, teus filhos lhe
chamam
D El w p k Ernmal: senhor da existencia, chama e ensina, espirito de luz

- Oxaluf

Ele muito velho, idade avanada, aleijado, lento. Move-se com muita dificuldade,
associa-se a idia de repouso, de imobilidade, dana curvado e apoiado no Opxoro,
treme de frio e de velhice. Detesta violncia, disputas e brigas, evita tudo que
excitante, come sem sal e sem dend, odeia cres fortes e particularmente o
vermelho. A ele pertencem os metais e substncias brancas como a prata; no reino
vegetal o algodo; no animal o caracol, d'angola, martim pescador e o pre. Tem dio
do cavalo, pois, por causa deste animal que ficou preso por sete anos e muito sofreu.
Arqutipo - Oxaluf - Os filhos do Orix Oxaluf, so pessoas extremamente calmas e
dignas de confiana, geralmente so muito inteligentes e dotados de grande
sabedoria,. Possuem tendncia a serem preguiosos, no gostam muito de trabalho,
principalmente quando envolve esforo fsico. Porm buscam lugares onde possam
colocar em prtica as suas idias e projetos, extremamente responsveis e pacientes.
Seus principais defeitos so a teimosia, preguia e lentido.

- Oxagui

Filho de Oxalufon, jovem,guerreiro e no perde uma oportunidade de lutar contra
Omol e xang. o nico que tem autorizao de enfeitar seus colares brancos com as
pedras azuis, chamadas de seguy, e suas roupas brancas podem,s vezes, levar uma
franja vermelha. Est ligado ao culto de Yroko e dos espritos, assim como a fertilidade
e ao culto dos inhames. pai de Oxossi Inl, come com Ogun j, Oxossi Inl, Ayr, Ex,
Oy e Onira. Tem fundamento com Oy. Vem pelos caminhos de Onira. Tem ligao
com Ex. Seus filhos devem evitar brigas, confuses e mentiras, principalmente no
devem enganar a Ogn ou a seus filhos, pois ser castigado sem d. No devem comer
ovo frito para no esquentar o Orix, cachaa, sal e dend. um Orix muito perigoso.

Arqutipo - Oxagui - Os filhos do Orix Oxagui, so ativos, alegres, trabalhadores,
orgulhosos e calmos. So incansveis em seus projetos, tambm possuem tendncia
ao estresse por se darem demais as suas funes. Geralmente so responsveis,
teimosos, individualistas, dotados de grande fora de vontade. Em nenhuma
circunstncia modificam seus planos, mas sabem aceitar sem reclamar os resultados
amargos decorrentes de sua teimosia.


Ofo Obatal

Ake-bi-al
Alabalese
Oluorogb
Oluw-igb
Obanl

Traduo

Aquele que traz a luz
Senhor que conhece o destino
Senhor da verdade
Aquele que conhece os segredos
Grande Rei.


Ork Osl

Obanla o rin n'eru ojikutu s'eru. Ob n'ille Ifon alabalase oba patapata n'ille iranje. O
yo kelekele o ta mi l'ore. O gba a giri l'owo osika. O fi l'emi asoto l'owo. Oba igbo
oluwaiye re e o ke bi owu la. O yi ala. Osun l'ala o fi koko ala rumo. Ob igbo.

Traduo

Rei das roupas brancas que nunca teme a aproximao da morte. Pai do Paraso eterno
dirigente das geraes. Gentilmente alivia o fardo de meus amigos. D-me o poder de
manifestar a abundncia. Revela o mistrio da abundncia. Pai do bosque sagrado,
dono de todas as benes que aumentam minha sabedoria. Eu me fao como as
Roupas Brancas. Protetor das roupas brancas eu o sado. Pai do Bosque Sagrado.


Ork Osl

K rs-nl Ol tles, a gbnon ddn l. N Ibod Y, K S sn, Bni K S ru.
K S tt, Bni K S Ooru. Ohun sri Kan K S N Ibod Y. Ohun Gbogbo Dr
Kedere Nnu ml Olrun. ynm K Gb Ogn. knlyn un N dyb.
dyb Ni dy Se.

Traduo

Que o Grande rs, Senhor da sola dos ps, guie-nos aos benefcios da riqueza! Aqui
a porta do Cu, nela pode-se entrar de dia e de noite. Nela no h frio, e tambm no
h calor. Aqui, na porta do Cu, nada segredo. E nela todas as coisas permanecero
claras diante da luz de Deus. Que o destino no nos faa usar remdios. Que as pessoas
adorem de joelhos as coisas do Cu, para encontrar coisas boas na Terra. Que as coisas
boas sejam sempre encontradas na Terra.

Ork fn sl

Obanla o rin n'eru ojikutu s'eru. Ob n'ille Ifon alabalase oba patapata n'ille iranje. O
yo kelekele o ta mi l'ore. O gba a giri l'owo osika. O fi l'emi asoto l'owo. Oba igbo
oluwaiye re e o ke bi owu la. O yi ala. Osun l'ala o fi koko ala rumo. Ob igbo.

K rs-nl Ol tles, a gbnon ddn l. N Ibod Y, K S sn, Bni K S ru.
K S tt, Bni K S Ooru. Ohun sri Kan K S N Ibod Y. Ohun Gbogbo Dr
Kedere Nnu ml Olrun. ynm K Gb Ogn. knlyn un N dyb.
dyb Ni dy Se.




Ork para sl

Rei das roupas brancas que nunca teme a aproximao da morte. Pai do Paraso eterno
dirigente das geraes. Gentilmente alivia o fardo de meus amigos. D-me o poder de
manifestar a abundncia. Revela o mistrio da abundncia. Pai do bosque sagrado,
dono de todas as benes que aumentam minha sabedoria. Eu me fao como as
Roupas Brancas. Protetor das roupas brancas eu o sado. Pai do Bosque Sagrado.

Que o Grande rs, Senhor da sola dos ps, guie-nos aos benefcios da riqueza! Aqui
a porta do Cu, nela pode-se entrar de dia e de noite. Nela no h frio, e tambm no
h calor. Aqui, na porta do Cu, nada segredo. E nela todas as coisas permanecero
claras diante da luz de Deus. Que o destino no nos faa usar remdios. Que as pessoas
adorem de joelhos as coisas do Cu, para encontrar coisas boas na Terra. Que as coisas
boas sejam sempre encontradas na Terra.

Orin Oxal

yin r wa
gbgb wa okn
yin r wa , gbgb wa okn
tt s ipad sir
K r l, k r l,
Bb If
E sn s ipde sir
K r l, k r l,
Bb If

Vs vedes a ns e a crena em nossos coraes.
Vs vedes a ns e a crena em nossos coraes.
Faais com que haja concrdia em nossa reunio
de xir ( danar e brincar para orixs )
Que no causeis confuso na casa,
Pai If.
Vos cultuaremos em nossas reunio de xir,
no causeis confuso em nossa casa,
Pai If.

jl mo r mo r mo yo
l for kn
E g fi r mi

Ajal fez o meu ori ( minha cabea ),
me germinou e fez crescer,al que segura
e mantm a minha cabea.

Be or k k jl
Bb k k a m r
K jl be or k

Assim no h ori ( cabea ) que no sade Ajal.
O Pai que est no topo, ns o conhecemos e saudamos.
Ajal , no h ori que no o faa.

Oj m tyn od aly oj
Oj b wal oj
Oj m tyn od aly oj
A bo wa Bb

Chefe do dia que entende o dia
e tem pilo.
O que nasce em nossa casa,
vamos cultuar o nosso pai.

ISURE RSNLA


IBA RS-NL OSEREMAGBO

RS-NLA, RS-NIA, OBA PATAPATA

TU BA WON GBE NI ODE IRANJE,

RS-NLA, OGIRIGBANIGBO, ALAYE TI WON

OBOMO-BORO-KALE,

AYINMO-NIKIE, ADA-WON-LARO,

RS-NLA, RS-NLA,

RS ALASE,

IGAN BABA OYIN,

ORERE YELU AGAN WO,

ATU-WON-J-NIBITI-WON-LARO

JAGUNJAGUN, OFIWA-IJA-WODO,

O JAGUNJAGUN FIGBON WODO,

ABOJU-BONIGBESE-LERU,

ABISOKOTO-GBOSU-MEFA-NILE ALARO,

ARO-GBAJAGBAJA-KO-LONA,

ABUDI OLUKANBE,

RS-NLA JOKO GBA MI,

RS-NLA ENI A NI NI GBA NI, EMI KO MO NKAN,

RSN-LA, JOWO SO MI DI ENI IYI,

RS-NLA, MA FI OWO PON MI,

RS-NLA, NA FI OMO PON MI LOJU,

JOWO MA FI AISAN SE MI.

MAA FI OWO PON MI LOJU,

RS-NLA, MA FI IRE GBOGBO PON MI LOJU,

GBO IGBE MI.

SE TI ELEDUNMARE.

ELEDUNMARE SE.


Oxal eu te sado



Oxal, Oxal, um rei feroz aos; rss, Oxal que mora com os outros na cidade de Ode
Iranje,

Oxal, o maior e que tem o mundo e todos universos sob Ele,

Senhor que tira pele das pessoas,

Senhor que criou as pessoas corcundas e os paralticos,

Oxal, Oxal, rs com autoridade,

Voc precioso como mel puro,

rs que d filhos aos que no tem,

Senhor dispersa as pessoas onde eles esto tramando as maldades,

O senhor dcil,

Pessoa que quebra os braos das pessoas e cria os paralticos,

rs Ogiyan, um guerreiro de respeito.

Voc que brigou na guerra e entrou no rio para lanar os bastes nos inimigos,

Voc que Deus com a fora inesgotvel,

Voc que arrasta seus inimigos com a corda para dentro do rio,

Voc que seu rosto aterroriza um devedor,

Pessoa que o macio como um elefante,

Oxal, pr favor me salva,

Oxal, pois no sei como eu posso me salvar,

Oxal, por favor me faz um ser honrado,

Oxal, no me faa sofrer com dinheiro,

Oxal, no me faa sofrer com filhos,

Favor, no me faa sofrer com doenas,

No me faa sofrer com a prosperidade,

Oxal, no me faa sofrer com todas as coisas boas,

Oua meu clamor.

Ax do Senhor Supremo.
Orumil
Orunmila o orisa senhor da sabedoria ( ogbon) e do conhecimento (imo) , que tendo
adquirido o direito de viver entre o orun e o aiye, tudo sabe e tudo v em todos os
mundos. Porisso recebeu o ttulo de gbaiye gborun - aquele que vive tanto no cu
como na terra, transcendendo espao e tempo.

Orunmila quem apresenta o destino ao reencarnante por ocasio da sua concepo
(kadara) e, mediante a aceitao do ori individual,o libera para o nascimento.

Por isso, conhece todos os destinos e como propiciar o sucesso em todos os mbitos,
alem de revelar o orisa pessoal de cada um, ou seja, a substncia da qual cada um foi
extrado na atual existncia e como integrar o indivduo neste princpio divino. Como
elerii ipin (testemunha da criao), detm conhecimento do passado, presente e
futuro de todos os habitantes do aiye e do orun e de como obter o sucesso em todos
os mbitos.
Orunmila o interventor e defensor dos seres humanos, sempre tentando minorar os
sofrimentos e dificuldades que enfrentam na saga das suas sucessivas existncias na
Terra.

Conta o itan que, aps permanecer na Terra por algum tempo, Orunmila retornou ao
orun, esticando uma longa corda pela qual ascendeu. Os seres humanos ficaram
totalmente desorientados,o caos, a fome e a peste imperaram na Terra, j que ele era
o porta-voz da vontade de Olodumare. O ciclo de fertilidade das plantas e animais foi
interrompido, trazendo ameaa de extino.

O clamor pela sua volta no foi atendido, mas deixou com seus filhos os 16 ikin
(coquinhos de dendezeiro) , que se transformaram num importante instrumento de
adivinhao denominado ikin. Da se originou a outra denominao de Orunmila :
Agbonniregun ( agbon ti o ni regun - o cco nunca ser esquecido). Entregou os ikin
instruindo que sempre que desejassem as coisas boas e realizaes positivas na vida,
deveriam consultar os coquinhos. Da nasceu o sistema oracular denominado Ifa, que
auxilia o ser humano na resoluo dos seus problemas cotidianos, nos conflitos e nas
dvidas existenciais, como mediador entre o humano e o divino.
Uma modalidade oracular mais simples o ibo e a mais popular das trs o opele ifa.
Apenas sacerdotes iniciados no culto de Orunmila - os oluwo e babalawo so
credenciados para utilizar esses orculos.

Os orculos so baseados no sistema binrio e comportam 256 combinaes
matemticas que definem os caminhos de odu, com seus milhares de itan (mitos) e
owe (parbolas). Sua misso foi organizar as relaes humanas, ajudar na doena,
orientar nas contendas de todo tipo de assunto, valendo-se para isto dos itan relatados
pelos odu. Nada no culto de Ifa se move sem os itan(histrias), da a enorme variedade
e contradio mtica existentes, inclusive quando e onde a sua chegada na terra,
embora o consenso geral seja de que ele desceu, como as demais quatrocentas e uma
divindades, em Ife.



Atravs de Ifa que se faz a prtica divinatria, por meio de dois rosrios, um
chamado Opele e outro Ikin, os quais so manipulados pelo sacerdote de Ifa chamado
babalawo(pai do segredo), que, munido do Opon Ifa(espcie de bandeja de madeira),
Iroke(usado para marcar a adivinhao), a imagem de Esu, o Iyerosun(p vermelho da
rvore irosun) dentre outros utenslios, procede a prtica divinatria, cujas respostas
vm atravs dos Od. Os Od so divididos em duas categorias.

A primeira chamada Oj Od(olho do Od), constituda dos 16 maiores Od e a
segunda chamada Om Od(filho do Od), formada pela combinao dos 16 maiores
entre si, perfazendo um total de 240 Od menores, que, juntando-se aos 16 maiores,
formam um total de 256 Od.
Os Od so considerados divindades como os orisa.

Do mesmo modo que Ifa e todos os demais orisa, os Od desceram do cu para a
terra, onde foi feito um grande trono, colocado num lugar aberto, para, nele, Eji Ogbe
se sentar. Eji Ogbe o mais velho, mais importante e o rei dos Od, por isso os outros
15 Od se sentaram em sua volta, formando um crculo. Os Om Od ou Od menores
so tambm considerados divindades.

Todo o corpo filosfico da religio yoruba se resume nesses signos de Ifa os odu , que
por sua vez se subdividem em caminhos com os respectivos itan, que so mitos de
instruo, orientao e aconselhamento. O nome de Orunmila e o do sistema oracular
opele ifa muitas vezes se confundem e o culto a Orunmila passou a ser conhecido
como Ifa.

Apesar de sua infinita sabedoria, Orunmila condiciona-se, muitas vezes, ao poder do
orisa Elegbara / Esu o transmissor do ase, representante da autoridade divina no
mbito csmico e das leis da fsica. Sendo o eterno movimento com suas constantes
transformaes, Elegbara propicia toda a existncia do Universo manifestado. Est na
vibrao dos eltrons e na rbita dos astros. Orunmila utiliza-se, ento do ase e
funes de Elegbara para atuar e se expressar. J o orculo merindilogun o popular
jogo de bzios foi introduzido pelo orisa Osun. No jogo de bzios utilizam-se 16 kawri
(bzios) no qual respondem os 16 odu principais, num total de 70 caminhos e os orisa
que falam atravs deles.

Independente da modalidade utilizada, para cada caminho h um itan a ser
interpretado e o respectivo ebo (sacrifcio) a ser, ou no, realizado.

Na tradio religiosa Ogboni-Ifa, nada se empreende sem prvia consulta ao orculo,
que um instrumento de transmisso do aconselhamento divino para que situaes
sejam revertidas ou confirmadas.

Com a anuncia de Elegbara / Esu,os diversos orisa se posicionam no jogo,
respondendo , influenciando nas respostas e revelando-se como eleda (orisa dono da
cabea) da pessoa que a ele recorre.

Da mesma forma que s se toma remdio quando se adoece , s se efetuam ebs ,
iniciaes ou obrigaes quando o orculo prescreve sempre lembrando que o
futuro depende, em grande parte, dos nossos atos presentes.

Conforme informado anteriormente,o orculo a nica opo autorizada e confivel
quanto definio do orisa pessoal, responsvel pela cabea do ser humano.


O DR que ser usado aqui foi tirado do sexto OD de IF que se chama OD
OWONRIN MEJI. Este DR (prece) para qualquer pessoa, empresa, cidade ou pas
que esteja sentindo falta de algo importante em seu processo de vida. O algo que falta
pode ser lucro financeiro, emprego, amor de homem ou de mulher, liderana. Este
DR muito importante porque foi feito quando o prprio RNML estava
sentido falta de muitas coisas importantes na vida dele e este vazio o deixava
deprimido, at que sua sade ficou abalada e a morte estava por perto. A ento que
RNML fez este DR para resolver o seu problema:
RNML BARA AGBONMIREGUN OKURIN KEKERE OKE IGETI ENTI O GBE AIYE TI O RI
IPONJU TI O SI LO SI OKE AGBARANSALA LATI WE GBOGBO IPONJU RE NU RNML
NI AJE NI O PON NI LOJU RNML PA LASE PE KI A SI ILEKUN KI OLOJO RERE WO
ILEWA RNML NI AYA NI O PON NI LOJU RNML PA LASE PE KI A SI ILEKUN KI
OLOJO RERE WOLE WA PELU AYA RERE RNML NI OMO NI PON NI LOJU
RNML PA LASE PE KI A SI ILEKUN KI OLOJO RERE WOLE WA PELU OMO ALAFIA
RNML NI AI ROJU AI RAYE LO PON ILU LOJU RNML PA LASE PE KI ASI ILEKUN
KI OLOJO RERE WOLE WA PELU ITURA ATI IFE SI ARIN ILU RNML NI AI NI
ORUNGBOGBO NO PON NI LOJU RUNML PA LASE PE KI A SI ILEKUN KI OLOJO RERE
WO LE WA PELU EKUN OHUN GBOGBO RNML NI AISA ATI ARUN NI BANI JA
RNML PA LASE PE KI A SI LEKUN KI OLOJU RERE WO LE WA PELU ALAFIA BABA
ORO RNML NI IJU NI KAN LEKUN ENI RNML NI EWE DIDIMONISAAYUN NI YO
DI IKU NA EWE DIDIMONISAAYUN NI YIO DI ARUN NA NI YIO DI OFO, EGBA ESE NA
EWE DIDIMONISAAYUN NI YIO DI GBOGBO AJOGUN NA RNML BARA,
AGBONGIREGUN NI YIO GBE OHUN RERE KO NI S S
RNML o dono de todas as sabedorias O pequeno homem da cidade de OKE IGETI
Aquele que viveu na terra e passou por muitas dificuldades A foi para a montanha de
AGBARANSALA Para se limpar de todas as sua necessidades RNML diz que se
falta de lucros que nos perturba RNML deu ordem para ns abrirmos nossas
portas Para que a dona da chuva da bondade possa entrar RNML diz que se
falta de uma esposa que nos perturba RNML deu ordem para ns abrirmos
nossas portas Para que a dona da chuva da bondade possa entrar com uma boa esposa
RNML diz que se falta de um filho que nos perturba RNML deu ordem
para ns abrirmos nossas portas Para que a dona da chuva da bondade possa entrar
com um filho saudvel RNML diz que se tumulto ou desordem que perturba a
cidade RNML deu ordem para ns abrirmos nossas portas Para que a dona da
chuva da bondade possa entrar com paz e amor na cidade RNML diz que se
estamos sentindo a falta de tudo RNML deu ordem para ns abrirmos nossas
portas Para que a dona da chuva da bondade possa entrar com todas as bondades da
vida RNML diz que se doena e epidemias que nos perturba RNML deu
ordem para ns abrirmos nossas portas Para que a dona da chuva de bondade possa
entrar com sade o pai de todas as riquezas RNML diz que se a morte que bate
na nossa porta RNML diz que a folha de DIDIMONISAAYUN Que vai ajudar a
evitar a morte A folha de DIDIMONISAAYUN Que vai ajudar a evitar todos os males
Que vai evitar todos os prejuzos, epidemias e acidentes na vida A folha de
DIDIMONISAAYUN Que vai evitar as aes negativas em nossas vidas RNML o
dono de todas das sabedorias Que vai levar at ns todas as bondades da vida

Todas as vezes que desejarmos algo a mais em nossas vidas podemos sempre usar
essa prece.


ISURE RUNMILA


IBA ORUNMILA

RUNMILA IBA O O,

ORUNMILA, ELERI IPIN, AJEJU OOGUN,

ADUNDUN LAWO,

IF MO PE, ELA MO PE,

IF, SOWO DEERE GBOBI RE,

IYEROSUN NI ORUNMILA NJE,

EKU MEKI, EJA MEJI NINU OBE RE,

IF FUN WA LOMO SI,

JEKI A LW LW, KI A BIMO O,

KI ILE WA YI, KI ATUN KI DAADAA,

ORUN LO MO ENITI YIO LA,

A SE AIYE, SE ORUN,

ELEERIN IIPIN, AJE-JU-OOGUN,

IWO LALAWOYE O,

BAMI WO OMO TEMI YE,

AJE, WOLE MI, OLA JOKO TIMI,

ORUNMILA O WA TO GEE,

KI O MOWO IWARA MI KO MI,

ORUNMILA IF OLOKUN, ASORAN DAYO,

OLOORE AIKU JE JOOGUN,

IREE MI GBOGBO NI WARA,

NI WARA.

SE ELEDUNMARE

ELEDUNMARE SE.



rnml eu te sado.


rnml, testemunho do destino, que tem mais eficcia do que medicina,

Pessoa de pele limpa,

If eu te chamo, Ela eu te chamo,

If abre as suas mos para aceitar meu ob de oferenda.

rnml, voc como Iyerosun, Dois ratos, dois peixes na sua sopa,

If deixa prosperarmos mais filhos,

Deixa reconstruirmos nossas casas da melhor maneira.

S o cu quem sabe quem ser salvo,

Pessoa que vive no universo e no Cu,

Pessoa que testemunha do destino e Pessoa que mais eficcia do que a medicina,

S voc quem pode dar a vida para as pessoas;

D vida aos meus filhos,

Prosperidade entra na minha casa, honra senta comigo,

rnml, hora de voc me dar riqueza,

rnml If, o dono do mar, que desvia fortuna para a alegria,

Traga todas as minhas fortunas depressa.

Ax do Senhor Supremo

Beno do Senhor Supremo.

O s-nl d rmi l y bb yi sro rmi l y: Oxal, chega espirito da agua,
nos salva do sofrimento, assim como dificil, espirito de agua nos salve do sofrimento
O Eiye iye o! y rmi l y: Oh aves numerozas entendemos que s espiritmo de
agua que nos salva do sofrimento
O B lr b ler b lrn rs-nl mal od: corta os medos, cortas as cargas,
corta a secura, grande orix espirito de rio


encarregado do poder criador e considerado um co-trabalhador de Olorun. Supe-
se que o homem tenha sido feito por Olorun (Deus) e modelado por Oxal. Seus
adeptos se distinguem pelo uso de colares de contas brancas e pelas roupas brancas.
Iba Olodumare
(Eu sado Olodumare, Deus maior)
Iba Orunmila
(Eu sado Orunmil)
Iba Ogun Orisa Ile
(Eu sado Ogum, o dono da casa)
Iba Irunmole
(Sado os Irunmole, os Orixs)
Iba Ile Ogeere afoko yeri
(Sado a terra)
Iba atiyo Ojo
(Sado o dia que amanhece)
Iba atiwo Oorun
(Sado a noite que vem)
Iba F'olojo oni
(Sado o dono do dia)
Iba Eegun Ile
(E sado o Egun da casa, nosso ancestral)
Iba Agba
(Sado os velhos sbios)
Iba Babalorisa
(Sado o pai-de-santo)
Iba Omo Orisa
(Sado os filhos-de-santo)
Iba Omode
(Sado as crianas)
Awa Egbe Odo Orunmila juba O, Ki iba wa se
(Ns, que cremos em Orunmil, saudamos e esperamos que)
T'omode ba juba baba re, agbe'le aye pe
(Orunmil oua nossa saudao)
Ada se nii hun omo
(O filho que reverencia seu pai tenha longa vida e por nada sofrer)
Iba kii hun omo eniyan
(Que a nossa saudao a ns poupe sofrimentos)
Akoogba kii hum oloko
(Que as plantas boas no falhem ao agricultor)
Atipa kii hun oku
(Que aos mortos no falte sepultura)
Aso funfun kii hun olorisa
(Que a Orixal no falte o pano branco)
Kaye o-ye wa o
(Para que o mundo nos seja bom)
Ka riba ti se
(Que nossos caminhos se abram)
Ka, ma r'ija Omo araye O
(Que no vejamos a discrdia dos povos sobre a terra)
Ka'ma r'ija eleye O
(Nem a obra das feiticeiras, Ia Mi Ashorong)
Ajuba O! A juba O!! A juba O!!!
(Ns saudamos, saudamos, saudamos)
Ase
(Ax)

Isef e Itef

Acreditamos que Or algo nico e individual, assim como nossas impresses digitais,
ento no vejo como possa haver uma pr-determinao nos caminhos do Culto a If
no que tange a iniciaes e sacralizaes, para esta ou aquela pessoa. Haja vista que
cada ser humano possui um desenvolvimento pessoal diferenciado seria impossvel ser
homogneo neste aspecto.

Quanto s cerimnias iniciticas e de passagem podemos especificar as seguintes:

O ISEFA:

Ato inicitico onde o postulante passa a condio de iniciando, quando ento, passa a
ser reconhecido como um "Omo Awo"(Filho do Segredo) de nossa famlia. Neste ato
inicitico acaba por tomar conhecimento de seu Odu temporal (ou placentrio, ou
seja, aquele que ele recebeu ao nascer nesta existncia), bem como os possveis ewos
provenientes dele. quando o iniciado se compromete consigo mesmo por um
determinado perodo, aprendendo as normas de condutas que devem ou no ser
tomadas, etc. O Isefa tem a incumbncia de proporcionar e propiciar o paulatino
crescimento Espiritual, por isso mesmo, uma cerimnia permitida e aconselhada a
toda e qualquer pessoa.

O ITEFA:

Itefa(Itelodu) o ato litrgico iniciatico aonde se revela o caminho sacerdotal do novo
Bblawo, quando ento lhe sacado um novo odu, s que desta feita, no ser mais
um Odu transitrio, ms sim um Odu atemporal, ou seja, aquele que temos em todas
as encarnaes que tivemos, a que temos, bem como aquelas que ainda teremos, ou
seja, as passadas, a presente, bem como a futura. Conforme o que If revelar, este
Sacerdote passar a ser reconhecido como um novo membro da Egb Bblawo, no
importando o quanto novo seja, pois exatamente ai que se d realmente o inicio a
longa sua longa jornada de aprendizado dentro do Culto ao Senhor do Verbo. Podemos
dizer ainda que a partir deste ponto que o iniciado, agora na categoria de Bblawo
passa a ter o compromisso diretamente com o If ao invs de somente consigo prprio
como ocorreu em seu Isefa. O aprendizado do Bblawo se consiste tambm na rdua
tarefa de aprender e reconhecer os instrumentos divinatrios, a exemplo de Ikin( o
Grande Jogo) e Okpele. Devendo ainda aprender sobre os Odus e seus respectivos
Itans, alm de suas Ew, Ofo, Oogun, etc. Enfim inteirar-se mais profundamente no
"Corpus Literario de If" e bem como na "Medicina Tradicional africana yorb". Com
o devido tempo e bastante esforo o novo Bblawo adquiri mais conhecimento e em
conseqncia disso, mais autoconfiana, o que culminar em capacit-lo cada vez mais
a executar e transmitir aquilo que lhe foi legado pelos seus Ojugbona. Por causa desta
forma de aprendizado e que nada se faz sozinho, todos devem ter o importante e
fundamental respaldo de seus mais velhos, independentemente do tempo que tenham
como iniciados, pois o verdadeiro Bblawo aquele que sabe que nada se deve fazer
sozinho durante sua jornada. O profundo senso de Awo Mimo(Famlia) indispensvel
para que ele no venha a cometer enganos desastrosos para si o mesmo para os
outros, devendo ainda ser consciente de que seu Ego deve estar sempre sob domnio,
pois o saber plural e nunca singular. A concepo de que dividindo se soma,
intrnseca a qualquer pessoa que se julgue Bblawo, pois seu renascimento deve se
dar diariamente, pois a cada reinicio dirio ter tambm as benesses de um maior
conhecimento, pois a palavra de Orunmil deve ser proferida por toda a Egb, e no
somente por uma s pessoa. Finalmente o Bblawo recebera seu IgbaOdu no tempo
determinado por If, quando ento em posse de seu tero passar a ser reconhecido
como um Oluwo, e poder ento dar prosseguimento ao seu destino de parir bons
filhos do If. importante frisar que infelizmente aqueles que no seguem a firme
doutrina de Iwa Pele que rege todos Bblawos, e se utilizam a vilania, acabam por
tornar-se um "tero estril" tornando-se o oposto do que era inicialmente seu destino,
ou seja, uma aberrao sacerdotal. Ento tenhamos todos muito cuidado, pois uma
atitude errada, bem como ego exagerado somente conseguiro clonar novas
aberraes, que infelizmente daro continuidade a esta triste sina. If a verdade, a
verdade a luz do conhecimento verdadeiro, e quem vive na luz no deve se apressar.
O tempo tem tempo, de tempo ser...


1 ILE IFAA RAIZ AFRICANA
2 Ilu Aiye Odara
3 Awon Babalawo
4 Awon Orisa
5 Imole Esu
1 ILE IFA
A CASA DE ORUNMILA-IFA
If um Sistema de Orculo Sagrado originrio da milenar cultura africana Iorub e
parte integrante da religio naturalista que nos foi legada pelos descendentes dos
povos africanos sudaneses escravizados no Brasil.
Enretanto, com o passar de mais de um sculo de sua chegada, miscigenou-se com
anteriores conhecimentos espirituais Bantos e Angolenses aqui j aclimatados a mais
de dois sculos, esta simbiose vindo a constituir-se em um dos Trs Pilares Msticos
sobre os quais ergueu-se a Umbanda do Brasil, ela legando, dentre outros, dois
elementos principais: o conceito dos Orixs e o Jogo dos Bzios.
Mas, foi s tardiamente, quando passadas as fases da escravizao e colonizaco,
que os estudiosos do esoterismo das religies africanas reformuladas no Brasil deram-
se conta de que, subjacente s graciosas e/ou confusas lendas dos escravos africanos,
existiam uma Teogonia, uma Mstica e uma Liturgia de grande alcance espiritual,
cultural e social que haviam sustentado a f dos descendentes daqueles povos, mesmo
na tragdia da escravido
E foi assim que os estudiosos confirmaram que os Awon Babalawo ou os muitos
Senhores do Segredo (ttulo pelo qual os sacerdotes africanos eram conhecidos)
sempre tiveram e ainda tm uma bela, firme e complexa viso prpria da Existncia
Humana, na qual o Orun ou Mundo Sobrenatural est em estreita relao com o
Aiye ou Mundo Natural, considerados complementares entre si e que se fundem
completa, harmnica e belamente na Ilu Aiye ou Terra da Vida, ou seja, a prpria
Natureza Terrestre.
Desta forma, a Religio dos Orixs, alm de viva e atuante, tambm fruto da
convivncia mais que milenar de nossos ancestrais africanos com a Natureza ou,
talvez, que o seu modo ver a Natureza fosse fruto de sua atvica convivncia com as
suas Entidades Sobrenaturais.
Ento, como tambm deposito minha f nos Orixs e tendo recebido em minha
Iniciao o ttulo de Babatunde ou um Pai que retornou, espelhando-me nos
conhecimentos ensinados nos ese itan ifa ou Versos dos Contos de If, os quais se
constituem na Tradico Oral Ancestral dos Awon Babalawo e que fazem parte de sua
memria atvica por mais de 2.000 (dois mil) anos, vou discorrer aqui sobre a
concepo da Ilu Aiye ou Terra da Vida ou Casa de If, com toda f nos Awon
Orisa, mas tambm adaptando a Tradio Ancestral Africana ao entendimento das
pessoas, tempo e lugar atuais.
Pois isto que me confere a qualidade de Babala que sou nesta Nova Terra da
Vida, o Brasil, sem que entretanto me esquea da necessria e proverbial prudncia
que sempre foram apangio dos Baba Li Awo para que no Ohun mi, ou seja, no
recaia sobre mim a responsabilidade de haver porventura trado algum Ero ou
segredo dos quais sou um dos guardies.

Assim sendo, os nossos Awon Odu ou Fundamentos da Tradico Oral, passados da
bca do mestre ao ouvido do discpuo,afirmam que a Existncia transcorre em dois
grandes planos:
1 Orun ou Mundo Sobrenatural ou Alm
2 Aiye ou Mundo Natural ou Terra-da-Vida

Mas esses dois grandes planos de Existncia no so assim to distintos, pois os Versos
dos Contos de If contam que as Entidades Sobrenaturais j viveram sobre a Terra
no Ode Aiye ou Local Terrestre para as Divindades, quando elas aqui vieram reger a
Criao do Mundo Natural.
Alm disso, esta tradio religiosa afirma que tudo o que existiu, existe ou existir
no Mundo Natural foi plasmado no Mundo Sobrenatural e l tem o seu exato Duplo.
Desta sorte, todos os Seres existentes so denominados por um s termo: Ara ou
Corpo ou Ser Existente.

Estes Ara ou Seres Existentes podem ser, conforme as suas qualidades:
1.1 Ara Orun ou Seres Existentes no Alm
1.2 Ara Aiye ou Seres Existentes na Terra
Os Ara Orun dividem-se em duas categorias principais:
1.1.1 Os Ara Orun Imole ou Seres Existentes no Alm de Categoria Divina, os quais
esto associados estrutura do Cosmo e da Natureza Terrestre;
1.1.2 Os Ara Orun Onile ou Seres Existentes no Alm Ancestrais de
Terrestres, que esto ligados estrutura da Sociedade
Vejamos agora quem so eles :
1.1.1 Os Ara Orun Imole ou Seres Existentes no Alm de Categoria Divina.
Os Versos dos Contos de If falam com freqncia em 600 (seiscentos) Ara Orun
Imole, entre os quais situam-se os Orisa ou Imole Funfun ou do Branco mas, isto
significa muito mais que este nmero mstico tinha a funo de emprestar grandeza ao
conceito de Divindade, o que importa em dizer-se que eles, os Imole, so uma grande
quantidade desconhecida.
Estes Versos deixam entrever que existem graduaes de ordem, digamos,
funcional, nesse grandioso conceito de Divindade, as quais se situam nos Meseesan
Orun ou Nove Alm, ou, melhor dizendo, os Nove Planos de Existncia desta
Tradico Africana Sudanesa.
Todos estes Planos de Existncia no Alm, os quais seria fastidioso tentar aqui
definir, tm a Ile ou Terra, como eixo central e comum de suas esferas de ao e,
portanto, como ponto de passagem e de retorno para que todos os Ara por ela, a
Terra, intercambiem os seus planos de existncias diferenciadas.
Para isso, necessitam de um meio, quer ele seja os seus sacerdotes ou os seus Filhos
de Santo ou, preferencialmente, seus lugares sagrados e devocionais, tal como era o
caso dos Origi ou Montculo Sagrado do Orisa Orunmila na Cidade Santa de Ile Ife em
frica, a Ilu Aiye Odara ou Terra da Vida Feliz. Este tambm o caso, no Brasil, dos
atuais Peji ou Assentamentos dos Candombls de Nao Africana e dos Congs dos
Umbandistas.
Da a Terra ser invocada e chamada a testemunhar em todos os tipos de pactos,
particularmente em relao guarda de segredos. Ki Ile Jeeri ou que a Terra
testemunhe a mais ritual das frmulas empregadas em juramentos solenes e da
que todo o Assentamento de um rix deva ser baseado na Ota ou Pedra que lhe seja
prpria, assentada, consagrada e alimentada por seus fiis e estes dizerem: -A
fora dos Orixs est na pedra.-
O que eqivale a dizer-se: na Terra ou na Natureza! Portanto, como disse
anteriormente, Terra e Alm esto indissoluvelmente interligados em minha mente e
da tambm saber que todos os Alm podem se intercambiar nesta Terra da Vida e
que todos os Seres que nela existem, mesmo os inanimados, possuem Ase, a Centelha
de Energia da Vontade Divina (Aba) que os criou e os faz existir (Iwa). Da muitos
desavisados tratarem os fiis aos Orixs por animistas, misturando o conceito de Ase
com o conceito de alma ou esprito de suas prprias filosofias religiosas
1.1.2 Os Ara Orun Onile ou Seres Existentes no Alm Ancestrais de Terrestres.
E no Mito da Criao do Mundo, como conseqncia da existncia de Vida na Terra,
apareceu a outra classe de criaturas Ara Orun da Religio dos Orixs : os Onile, de Oni
(Senhor) + Ile (Terra), ou seja, os Senhores da Terra.
Os Onile ou Senhores da Terra ou, ainda melhor, os Ancestrais, aqueles entes
falecidos que por suas aes passadas foram semi-divinizados por seus descendentes,
sendo que, embora estejam no Alm no so Divindades e esto ligados estrutura da
Sociedade.
Estes Senhores da aterra que tiveram as suas Ori Orun ou Cabea-no-Alm
tambm criadas por OLORUN (Deus), puderam tornar-se em Ara Aiye ou Seres da
Terra e sobre a Terra da Vida existir para consumar o seu Iwa ou sua Existncia ou
Destino com a prpria Ori Inu ou Cabea-Interna ou Individualidade Terrestre,
para no seu Olojo ou Dia Marcado retornar ao Alm para acrescentar a seu Ara
Orun ou Duplo no Alm ou matriz espiritual primordial, todos os mritos ou
demritos de suas aes praticadas na Terra da Vida, adquirindo, dentro de condies
especiais, aps a primeira desencarnao, a qualidade de Onile ou Ancestral.
E aqui que Orun e Aiye intercambiam-se ainda mais:
1.2 Ara Aiye ou Seres da Terra
Assim sendo, ainda que seja perante OLORUN que cada Ara Orun e/ou Onile deva
ajoelhar-se para pedir o seu novo Destino antes de reencarnar-se, sendo LE o seu
verdadeiro Eleda ou Criador, ao renascer na Terra da Vida o novo Ser Vivente tem o
seu Destino controlado pelo Orisa Orunmila-Ifa, que atravs do Orculo de If dos
Babalawos, com seus conselhos, exemplos, parbolas e falas conhecidas por Odu ou
Essncia dos Fundamentos de Tradio Oral, ajudam cada Ser Humano a bem
consumar o Destino por ele prprio solicitado a OLORUN.
Assim, toda a Natureza criada por OLORUN tambm a Casa de If e todos os
Seres Humanos so suas Omo ou Crianas e por isso tambm que os fieis tratam os
Babalawos por Baba ou Pai, ainda que Baba tambm possa se traduzir por Senhor.
Tambm verdade que, neste processo de reincarnao, o Ser que dever vir
Terra da Vida solicita ou aceita estar ligado a algum Imole Irunmole ou Imole Igbamole
(ser masculino e ser feminino: qualidades humanas emprestadas aos Imoles), que
tambm lhe comunicaro algumas qualidades de sua matria primordial (Ase Funfun
ou do Branco, Ase Dudu ou do Preto e Ase Pupo ou do Vermelho). Desta forma,
na Terra-da-Vida, este novo Ser Vivente deve devotar-se a algum Irunmole (Entidade
Espiritual Masculina) e/ou Igbamole (Entidade Espiritual Feminina) ou por ele/ela ser
possudo no transe medinico.
Esta Entidade Espiritual comunicante com o novo Ser Vivente, depois de detectada e
confirmada a sua influncia pelos processos do Orculo de If, deve ser considerada
como o possuidor da Ori Inu ou Cabea Interna, ou seja, da nova Personalidade
Individual Terrestre daquele novo Ser Humano e/ou Ancestral novamente encarnado,
ou seja, o seu Oluware, portanto, e no mximo, o seu Oba Mi ou Meu Senhor ou Iya
Mi ou Minha Senhora, pois que o seu verdadeiro Criador sempre foi, e ser Deus.
Assim, sempre por intermdio do Orisa Orunmila em sua Divinao Sagrada de If,
aqueles demais Awon Orisa podem ajudar ou cobrar do Ser Humano os compromissos
com eles assumidos, de forma que ele possa bem consumar seu Destino ou corrigir os
desvios que podero lev-lo ao fracasso, mas sem jamais interferir no livre arbtrio de
cada ser.
Foi sobretudo este relacionamento pr-estabelecido no Alm com os Awon Imole
ou Seres Sobrenaturais de Categoria Divina a parte da Teologia Iorub que foi a mais
lembradada pelos descendentes de seus fis escravizados e que levou criao dos
Candombls de Nao Africana no Brasil para cultu-los, assim como, foi o Culto aos
Awon Onile ou Ancestrais a parte mais absorvida e praticada pela Umbanda do
Brasil.
Entretanto, somente o Ara Orun Imole Irunmole Oju Kotun Orisa Funfun
Orunmula-Ifa que o verdadeiro Arauto dos Desgnios Absolutos de Deus sobre o
Destino de todos os Seres Terrestres, destino este que pode ser confirmado ou
corrigido pela Divinao Sagrada de If, para que cada Criana nascida na Casa de
If tenha condies espirituais de muito bem cumprir aquilo que ele prprio solicitou
a Olorun no Alm e, assim, poder apresentar-se novamente perante le em seu Olojo
ou Dia Marcado para retornar ao Alm, acrescentando a seu Duplo no Alm a Soma
de seus sucessos ou fracassos em relao a seu Destino nesta Terra da Vida, j no to
Ilu Aiye Odara.
E esta a verdadeira funo da Divinao Sagrada de If : fazer com que as
Crianas de Orisa Orunmila-Ifa cresam em mritos espirituais por conhecerem si
prprias e bem cumprir o seu prprio Destino livremente escolhido no Alm perante
Deus!


1 ILE IFA
A CASA DE ORUNMILA-IFA
If um Sistema de Orculo Sagrado originrio da milenar cultura africana Iorub e
parte integrante da religio naturalista que nos foi legada pelos descendentes dos
povos africanos sudaneses escravizados no Brasil.
Enretanto, com o passar de mais de um sculo de sua chegada, miscigenou-se com
anteriores conhecimentos espirituais Bantos e Angolenses aqui j aclimatados a mais
de dois sculos, esta simbiose vindo a constituir-se em um dos Trs Pilares Msticos
sobre os quais ergueu-se a Umbanda do Brasil, ela legando, dentre outros, dois
elementos principais: o conceito dos Orixs e o Jogo dos Bzios.
Mas, foi s tardiamente, quando passadas as fases da escravizao e colonizaco,
que os estudiosos do esoterismo das religies africanas reformuladas no Brasil deram-
se conta de que, subjacente s graciosas e/ou confusas lendas dos escravos africanos,
existiam uma Teogonia, uma Mstica e uma Liturgia de grande alcance espiritual,
cultural e social que haviam sustentado a f dos descendentes daqueles povos, mesmo
na tragdia da escravido.
E foi assim que os estudiosos confirmaram que os Awon Babalawo ou os muitos
Senhores do Segredo (ttulo pelo qual os sacerdotes africanos eram conhecidos)
sempre tiveram e ainda tm uma bela, firme e complexa viso prpria da Existncia
Humana, na qual o Orun ou Mundo Sobrenatural est em estreita relao com o
Aiye ou Mundo Natural, considerados complementares entre si e que se fundem
completa, harmnica e belamente na Ilu Aiye ou Terra da Vida, ou seja, a prpria
Natureza Terrestre.
Desta forma, a Religio dos Orixs, alm de viva e atuante, tambm fruto da
convivncia mais que milenar de nossos ancestrais africanos com a Natureza ou,
talvez, que o seu modo ver a Natureza fosse fruto de sua atvica convivncia com as
suas Entidades Sobrenaturais.
Ento, como tambm deposito minha f nos Orixs e tendo recebido em minha
Iniciao o ttulo de Babatunde ou um Pai que retornou, espelhando-me nos
conhecimentos ensinados nos ese itan ifa ou Versos dos Contos de If, os quais se
constituem na Tradico Oral Ancestral dos Awon Babalawo e que fazem parte de sua
memria atvica por mais de 2.000 (dois mil) anos, vou discorrer aqui sobre a
concepo da Ilu Aiye ou Terra da Vida ou Casa de If, com toda f nos Awon
Orisa, mas tambm adaptando a Tradio Ancestral Africana ao entendimento das
pessoas, tempo e lugar atuais.
Pois isto que me confere a qualidade de Babala que sou nesta Nova Terra da
Vida, o Brasil, sem que entretanto me esquea da necessria e proverbial prudncia
que sempre foram apangio dos Baba Li Awo para que no Ohun mi, ou seja, no
recaia sobre mim a responsabilidade de haver porventura trado algum Ero ou
segredo dos quais sou um dos guardies.

Assim sendo, os nossos Awon Odu ou Fundamentos da Tradico Oral, passados da
bca do mestre ao ouvido do discpuo,afirmam que a Existncia transcorre em dois
grandes planos:
1 Orun ou Mundo Sobrenatural ou Alm
2 Aiye ou Mundo Natural ou Terra-da-Vida

Mas esses dois grandes planos de Existncia no so assim to distintos, pois os Versos
dos Contos de If contam que as Entidades Sobrenaturais j viveram sobre a Terra
no Ode Aiye ou Local Terrestre para as Divindades, quando elas aqui vieram reger a
Criao do Mundo Natural.
Alm disso, esta tradio religiosa afirma que tudo o que existiu, existe ou existir
no Mundo Natural foi plasmado no Mundo Sobrenatural e l tem o seu exato Duplo.
Desta sorte, todos os Seres existentes so denominados por um s termo: Ara ou
Corpo ou Ser Existente.

Estes Ara ou Seres Existentes podem ser, conforme as suas qualidades:
1.1 Ara Orun ou Seres Existentes no Alm
1.2 Ara Aiye ou Seres Existentes na Terra

Os Ara Orun dividem-se em duas categorias principais:
1.1.1 Os Ara Orun Imole ou Seres Existentes no Alm de Categoria Divina, os quais
esto associados estrutura do Cosmo e da Natureza Terrestre;
1.1.2 Os Ara Orun Onile ou Seres Existentes no Alm Ancestrais de
Terrestres, que esto ligados estrutura da Sociedade

Vejamos agora quem so eles :

1.1.1 Os Ara Orun Imole ou Seres Existentes no Alm de Categoria Divina.


Os Versos dos Contos de If falam com freqncia em 600 (seiscentos) Ara Orun Imole,
entre os quais situam-se os Orisa ou Imole Funfun ou do Branco mas, isto significa
muito mais que este nmero mstico tinha a funo de emprestar grandeza ao
conceito de Divindade, o que importa em dizer-se que eles, os Imole, so uma grande
quantidade desconhecida.
Estes Versos deixam entrever que existem graduaes de ordem, digamos,
funcional, nesse grandioso conceito de Divindade, as quais se situam nos Meseesan
Orun ou Nove Alm, ou, melhor dizendo, os Nove Planos de Existncia desta
Tradico Africana Sudanesa.
Todos estes Planos de Existncia no Alm, os quais seria fastidioso tentar aqui
definir, tm a Ile ou Terra, como eixo central e comum de suas esferas de ao e,
portanto, como ponto de passagem e de retorno para que todos os Ara por ela, a
Terra, intercambiem os seus planos de existncias diferenciadas.
Para isso, necessitam de um meio, quer ele seja os seus sacerdotes ou os seus Filhos
de Santo ou, preferencialmente, seus lugares sagrados e devocionais, tal como era o
caso dos Origi ou Montculo Sagrado do Orisa Orunmila na Cidade Santa de Ile Ife em
frica, a Ilu Aiye Odara ou Terra da Vida Feliz. Este tambm o caso, no Brasil, dos
atuais Peji ou Assentamentos dos Candombls de Nao Africana e dos Congs dos
Umbandistas.
Da a Terra ser invocada e chamada a testemunhar em todos os tipos de pactos,
particularmente em relao guarda de segredos. Ki Ile Jeeri ou que a Terra
testemunhe a mais ritual das frmulas empregadas em juramentos solenes e da
que todo o Assentamento de um rix deva ser baseado na Ota ou Pedra que lhe seja
prpria, assentada, consagrada e alimentada por seus fiis e estes dizerem: -A
fora dos Orixs est na pedra.-
O que eqivale a dizer-se: na Terra ou na Natureza! Portanto, como disse
anteriormente, Terra e Alm esto indissoluvelmente interligados em minha mente e
da tambm saber que todos os Alm podem se intercambiar nesta Terra da Vida e
que todos os Seres que nela existem, mesmo os inanimados, possuem Ase, a Centelha
de Energia da Vontade Divina (Aba) que os criou e os faz existir (Iwa). Da muitos
desavisados tratarem os fiis aos Orixs por animistas, misturando o conceito de Ase
com o conceito de alma ou esprito de suas prprias filosofias religiosas.

Em primeiro lugar, os Babalawo no se vestiam, necessariamente, s de branco;
podiam usar tambm o azul mdio por questes puramente prticas: vestes desta cor
sujam menos. E os Awoni, sendo aristocratas, desde muitos sculos atrs, talvez antes
dos europeus, obtinham dos comerciantes rabes a seda multicolor, por ser esta muito
leve e, se usada em vestes amplas, muito frescas no vero.
E no inverno, por motivos climticos inversos, introduziu-se o tecido adamascado
rabe e, depois, o veludo europeu. E, no incio, estas vestes, mormente no vero
africano, restringiam-se a um grande pano retangular, enrolado e preso cintura, indo
da mesma ao final das canelas.
Foi o relacionamento inicial com os povos negros j islamizados como os Fulbas,
Peules e Hausss que introduziu o costume de usar vestes do tipo cftan rabe, s
quais se sobrepunham, para dignificao, mantos leves e esvoaantes. Tambm a
aculturao Islmica promoveu a substituio dos tradicionais chapus de palha
finamente tranada em formato cnico, por gorros de seo cilndrica ou turbantes,
mas o uso de turbantes era privativo dos Awoni Babalawo.
Calados, do tipo sandlias pesadas, s eram usadas em longas caminhadas por
quase todos, mas a Islamizao introduziu as babuchas, tipo de chinelo de couro
tratado, sem salto, no estilo oriental, para os Omo Bbi.
Vemos assim que, s pelas vestes, no era possvel identificar-se um Babalawo, a no
ser entre os mais aristocrtas e os demais mortais!
Ento, olhava-se para as suas cabeas. Os Elegan tinham-nas obrigatoriamente
raspadas; os Osu e lOdu deixavam crescer nas cabeas raspadas um tufo circular de
cabelos, na parte lateral direita do crnio, tufo este aparado curto no caso dos Osu,
mas que poderia ser longo e tranado no caso dos lOdu. Mas, somente os Awoni
usavam neste s, o Ekdid, ou seja, uma pena vermelha da cauda do papagaio
cinzento africano.
Em seguida, podia-se visualizar os braos e o trax dos Babalawo: todos eles, de
qualquer categoria, usavam o Id If ou Bracelete de contas castanhas e verdes claras,
atado no pulso esquerdo. Mas somente de um lOdu para cima, ou, se muito famoso,
um Oluwo, ousava acrescentar a este bracelete uma Opala cor de rosa ou, se no
tivesse recursos para isso, uma conta de cermica dessa mesma cor.
E, no pescoo, os Babalawo usavam cordes de pequenssimas contas castanhas,
torcidos juntos e com dez grandes contas verdes e brancas colocadas em espaos
regulares. Os Awoni, se abastados, podiam ainda usar no pescoo um dispendioso
colar de contas de coral vermelho. E, finalmente, cruzando o peito apoiado no ombro
direito o Edigb, um colar de longos cordes de contas especiais, feitas com seo
transversal de caroos de Dend ou ponta de chifre de gado.
Nas mos, quando saiam para praticar a Divinao Sagrada, todos os Babalawo
podiam usar o rkr, mas feito com longos pelos do rabo de vaca e com cabo de
pouca espessura. Podiam, tambm, portar a Irof ou Vareta Divinatria, com a qual se
podia chamar a ateno do Orisa Orunmila para as aflies de seus consulentes,
batendo-a de encontro ao Opon. E quando dois Awoni se encontravam nas ruas,
cruzavam os seus rkr, com os respectivos cabos para baixo, saudando-se com a
senha ritual de If: -Ogbd! Ogbomurin!-
Alm disso, os Babalawo, em ocasies solenes, caminhavam em procisso apoiando-
se nos seus p Orr, ou seja, em seus Cajados de Ferro, com pequenas sinetas
cnicas, que retiniam cada vez que o cajado apoiava-se no solo.
Este cajado, quando no transportado, era cravado em p, com muito cuidado, no
solo do ptio da casa de seu dono e era a insgnia mais respeitada e temida dos
Babalawo, no s por seus fiis mas tambm por eles prprios. Recebia sacrifcios
rituais junto aos Origi e acreditava-se ser ele a sentinela do sono dos Babalawo e,
quando fincado ao solo, no podia cair sem srios motivos que o derrubassem, pois
neste caso, acreditava-se que seu dono j havia cumprido o seu Iwa e aproximar-se-ia
o seu loj ou Dia Marcado, seu tempo aprazado para voltar ao run. Assim, quando
da morte de um Babalawo, o seu p Orr era intencionalmente derrubado.
E quando se verificava que um Babalawo estava acompanhado de um Akopo,
tornava-se evidente que se estava diante de um Babalawo jbona, um Mestre de
Ensino. E esta funo de Ogjubona era para um verdadeiro Babalawo, uma das suas
funes mais importantes, j que outra das mais severas sanes que pesava sobre ele
era o fato de que se ele no formasse, pelo menos, um Elegan ou aprendiz, a sua
Ebikeji run ou Segunda Pessoa no Alm, ou melhor, a sua Matriz Astral, no poderia
achar descanso entre os seus Baba gb ou Antepassados.
V-se, assim, que o status de Babalawo no era uma sinecura e, muito menos,
isento de trabalhos e riscos. A sua tarefa era difcil e patrulhada por severa regras de
conduta que deveriam servir de base tcnica e moral para a ao, pelo menos pblica,
dos atuais Babalas:
O Babalawo Awoni no podia:
- envolver-se com a mulher de outro, inclusive sua Apetebi ou Companheira Ritual;
- praticar j ou Feitio contra outro Awoni;
- conspirar contra os seus pares;
- abandonar outro Awoni que estivesse em dificuldades, sem tomar providncias
para que tudo ficasse em ordem com o necessitado;
- falar mal de outro, fora do mbito de sua Confraria, mesmo o outro sendo culpado;
- divulgar o teor das discusses travadas em seus encontros formais na
Confraria Oxgboni ou Sociedade Secreta, mesmo que se tratasse de punies
contra culpados ou desagravo de inocentes.
Estas regras aplicavam-se e aplicam-se a todos os Babalawo. E, como sou Babalawo em
cuja Ori Inu ou cabea interna ou personalidade, o Orisa Orunmila j gritou,
acrescento essas regras acima, outras duas vindas tambm da milenar sabedoria
Yoruba e que eram aplicveis qualquer categoria de Babalawo:

Ob ti o mu ki gb kuku ar r
-Por mais afiada que seja a faca,
ela no pode riscar seu prprio cabo .-
- No se pode barganhar com as coisas de If,
como se faz com as coisas na praa do mercado .-

O que equivale a dizer-se que nenhum Babalawo podia realizar a Divinao Sagrada
em proveito prprio e/ou barganhar com o Destino dos fiis dos Awon Orisa.
Foi por respeitarem e, principalmente, fazerem respeitar estas poucas regras bsicas
que essa linhagem de homens religiosos, os Babalawo, conseguiu estabelecer por mais
de 1400 anos, em sua prpria terra e entre seus prprios fiis, uma reputao de
dedicao e honestidade. E um eminente etngrafo e pesquisador ocidental, W.
Bascon (1969) quem remarca este fato:

- significativo que nenhum dos divinadores de If
conquistou a reputao de cobrar em excesso.-

Assim, foi em respeito essa antiga, merecida e honrosa reputao, que eu escrevi,
quase sempre, usando o tempo do verbo no passado, pois notcias recentes de
viajantes e etnlogos radicados no territrio desses antigos Imprios (Nigria, Benin,
Daomey e Togo), demonstram que quase trezentos anos de guerra, suor e lgrimas
desmantelou a estrutura scio-religiosa-cultural daquele povo e muitos se
esqueceram, no conheceram ou desobedeceram ao antigo provrbio Ulkumy-Ng:
-Oye ti o ba wu eni ni ta Ifa eni pa-
-Qualquer que seja a soma que agrade algum,
aquela pela qual recebemos para jogar If


OFO OLOJ N

Oloj n If, mo jb r
Ol dy, mo jb r
Mo jb omod
Mo jb gb
B kl b jb il
Il lnun
K b mi s
Mo jb won gbgb mrndlgn
Mo jb bb mi Ogun
Mo tum jb won y mi eleye
Mo jb rnml, gbay, gbrun
hunt mo b w loj n
K r b fn mi
E jw, mj k nn mi d
Ntor y nn k d mn oj
non k d mn ogn
hunt a b ti w f gb, lgb ngb
Ti lkse ni s lwjo igbi
Ti Ekese ni s lwjo w
Oloj n k gb r mi yw
s!
Traduo

Senhor e dono do dia If, apresento-vos meus respeitos.
Senhor da terra, apresento-vos meus respeitos.
Meus respeitos aos mais jovens (novos).
Meus respeitos aos mais velhos.
Se a minhoca vai terra respeitosamente,
A terra abre a boca aceitando-a
Que a bno me seja dada.
Meus respeitos ao dezesseis mais velhos (Od gb).
Meus respeitos, meu pai Ogun
Eu tomo a beno s minhas mes Senhora dos pssaros.
Meus respeitos, Orunmil, aquele que vive na terra e vive no cu.
Qualquer coisa que eu diga no dia de hoje,
Que eu possa v-la acontecer para mim.
Por favor, no permita que meus caminhos se fechem,
Porque os caminhos no se fecham para quem entende o dia,
Os caminhos no se fecham para quem entende a magia.
Qualquer coisa que eu diga para gb, que gb aceite.
lkse tornou-se o mais importante na assemblia dos caracis,
Ekese tornou-se o mais importante na assemblia do algodo.
Senhor e dono do dia, que voc aceite minhas palavras e verifique.
Que assim seja !


OF FN BI B OR

ORNML N ODI DN,
MO N ODI DN.
RNML N ODI DN OKN,
MO N ODI DN OKN.
ON T EGB ENI NB LW,
TA B LW,
N OR ENI L KP.
ON T EGB ENI B NSE,
OHUN RERE TB R OHUN RERE SE,
N OR ENI L KP.
OR M, W SE L GB LHN MI.
IGBA, IGBA, N ORGB NSO LKO;
IGBA, N OB NSO LKO .
IGBA, IGBA N ATAARE NSO LKO.
IGBA , AJ K WOL T MI W.
OGN, SN, EJ, WHL,
IK, RJE, RMU K PR .
T EFUN B WO IN OSN, PR .
K GBOGBO WHL MI PR .
WSE N TI IF, FSE N TI RNML.
B T ALGEMO BD NI RS K NGB.
KON KON N EW INN NJ,
WR, WR, NI OMOD NBO OKO SS.
IL GB NN GB N TI RGB.
GBOGBO OHUN T MO SO Y ,
K AR K R M
SE, SE, SE!

Traduo

Encantamento para propiciar a cabea

RNML que fortifica os tristes,
Fortifique-me, eu estou triste.
rnml que fortifica o corao triste,
Fortifique o meu corao triste.
Senhor da comunidade, Aquele que honrado e respeitado, a cabea de algum
cansado que invoca tua ajuda.
Senhor da comunidade, esteja conosco (me acompanhe),
Que as coisas boas nos encontrem, e que obtenhamos coisas boas, a cabea de algum
cansado que invoca tua a ajuda.
Minha cabea, venha cobrir a casa e minha retaguarda.
Duzentos, duzentos, que orgb cresa na floresta;
Duzentos, que ob cresa na floresta.
Duzentos, duzentos, que atare cresa na fazenda.
Duzentos, que o poder do dinheiro adentre minha casa.
Que as feitiarias, as doenas, os problemas, as aflies,
A morte, a fome, a sede, desapaream da minha vida.
Quando efun entra no osn, ele desaparece.
Que todas as minhas aflies desapaream.
Que a palavra de If se realize, e a de rnml tambm.(como um canto)
E ao encontrarem Algemo realizem-se atravs dos rs, que aceitam do alto.
A folha no fogo queima rapidamente, (que meus pedidos realizem-se assim).
Leite, leite, escorra para as crianas em quantidade, como na Fazenda ss.
Que minha casa, meus caminhos, meus conhecidos se engrandeam.
Que todos os meus votos faam desabrochar, e transformar-se para mim,
Afim de que ao nascer do dia eu encontre facilidades.
Assim seja!



Odudu
Odudu uma das divindades primordiais. Ela considerada, ao lado de Obatal como
o casal primordial e propulsor da criao. Cada um foi incumbido de determinadas
funes no papel da criao do Aiy, o universo incluindo o mundo em que vivemos. O
universo visto dentro do culto aos Orixs como uma grande cabaa e esta cabaa
representada por Odudu e Obatal. Odudu considerada como a parte de baixo da
cabaa e Obatal considerado como a parte de cima da cabaa.
O nome Odudu pode ser traduzido como a cabaa de onde jorrou a vida. Muitos
costumam se enganar e a afirmar que Odudu seria um Orix masculino ao invs de
masculino, mas o que ocorre uma confuso entre a divindade feminina Odudu com
o ancestral iorubano divinizado Odudu, que na verdade conseiderado em territrio
africano como sendo uma forma humana da deusa Odudu, ou seja, o guerreiro
legendrio e a deusa Odudu seriam as mesmas pessoas. Esta uma viso muito
ampla no que concerne essncia divina mas isso algo que vai muito alm da
capacidade de aceitao de algumas pessoas e sacerdotes.
O surgimento de Odudu, bem como o de Obatal, muito interessante. Diz-se que
involuntariamente nos primrdios da criao, quando a nica coisa existente nos
mundos era o Olorun, a grande energia primordial, Odudu, a deusa, surgiu do corpo
de Olorun, a grande energia primordial, assim como Obatal e outra tantas divindades.
Foi Odudu quem criou a terra e todo o universo como o conhecemos e, ao lado de
Obatal, possibilitou o surgimento da vida.
Em terceiro lugar, com a Eerupe ou Lama, mistura de gua e Terra, mas tambm
vivificada por Seu Hlito e Centelha Divina (Fogo e Ar), Olorun criou o Imole Ex, o
Terceira Cabaa, ou Terceiro Ser Criado ou ainda, o Esu Ancestral, o Imole da
Dinamizao, da Transformao e da Restituio, quer no Alm ou quer na Terra-da-
Vida e, portanto, portador de todas as Qualidades do Vermelho, do Preto e do Branco.
O Imole Esu Agba , portanto, o primeiro Ara Orun ou Corpo do Alm, ou seja, a
Primeira Individualidade Espiritual a ser criada com o concurso da Matria
combinada: Fogo (Centelha Divina), Ar (Hlito Divino), gua e Terra (Eerupe, a Lama).
Sua qualidade de Terceiro Ser Criado o constituiu em Osije ou Mensageiro Divino
com permisso expressa de se apresentar perante Olorun que somente receber
Oferendas se elas forem conduzidas por Imole Esu Osije.
Odudu uma Orix Funfun absolutamente diferente dos demais, embora semelhante
em essncia, feminina, sendo cultuada em diversas regies como esposa de Obatal,
embora seja, em princpio, sua irm. "Iya Male (Me das Divindades ou Me Divina)



Orin Odudu

Iya dakun gba wa o; Oh Me! ns suplicamos que nos libertes;
ki o to ni to mo; olhai por ns, olhai por nossos filhos;
ogbebi lAd ! Tu s aquela que te estabelecestes em Ad!

Ori. O Deus mais Poderoso
ORI o ORISA pessoal, em toda a sua fora e grandeza. ORI o primeiro ORISA a ser
louvado, representao particular da existncia individualizada (a essncia real do ser).
aquele que guia, acompanha e ajuda a pessoa desde antes do nascimento, durante
toda vida e aps a morte, referenciando sua caminhada e a assistindo no cumprimento
de seu destino.
ORI em yorub tem muitos significados o sentido literal cabea fsica, smbolo da
cabea interior (ORI INU). Espiritualmente, a cabea como o ponto mais alto (ou
superior) do corpo humano representa o ORI.
Enquanto ORISA pessoal de cada ser humano, com certeza ele est mais interessado
na realizao e na felicidade de cada homem do que qualquer outro ORISA. Da mesma
forma, mais do que qualquer um, ele conhece as necessidades de cada homem em sua
caminhada pela vida e, nos acertos e desacertos de cada um, tem os recursos
adequados e todos os indicadores que permitem a reorganizao dos sistemas
pessoais referentes a cada ser humano. Reforando esta questo temos um oriki que
nos diz
ORI LO NDA ENI
ESI ONDAYE ORISA LO NPA ENI DA
O NPA ORISA DA
ORISA LO PA NIDA
BI ISU WON SUN
AY MA PA TEMI DA
KI ORI MI MA SE ORI
KI ORI MI MA GBA ABODI
TRADUO
ORI o criador de todas as coisas
ORI que faz tudo acontecer, antes da vida comear
ORISA que pode mudar o homem
Ningum consegue mudar ORISA
ORISA que muda a vida do homem como inhame assado
AY*, no mude o meu destino
Para que o meu ORI no deixe que as pessoas me desrespeitem
Que o meu ORI no me deixe ser desrespeitado por ningum
Meu ORI, no aceite o mal.
(* AY conjunto das foras do bem e do mal)
Como foi dito, no existe um ORISA que apie mais o homem do que o seu prprio
ORI: um trecho do adura (reza) feito durante o assentamento de um IGBA-ORI diz:
KORIKORI
Que com o se do prprio ORI, O ORI vai sobreviver
KOROKORO
Da mesma forma que o ORI de Afuwape sobreviveu, O seu sobreviver. Ele ser
favorvel a voc. Tudo de que voc precisa, Tudo o que voc quer para a sua vida, ao
seu ORI que voc dever pedir. o ORI do homem que ouve o seu sofrimento
O que ento ORI, de que a natureza constitudo e qual o seu papel na vida do
homem? Em primeiro lugar, acredita-se que o corpo humano constitudo de duas
partes: a cabea e o suporte ORI e APERE. Acredita-se que este corpo adquire
existncia na medida em que recebe de OLODUMARE o sopro vivificador o EMI.
Este sopro foi o agente do processo da criao em seu primeiro momento e tem sido o
responsvel pela gerao e continuidade de toda a vida no universo.
Este modelo descrito e de entendimento abrangente para todas as formas de vida
repetido no ser humano. A cabea e o seu suporte, ORI-APERE so formados a partir
dos elementos matrizes, enquanto o ORI-INU, interior, representa, na sua constituio,
uma combinao de elementos, pores de matria-massa que particularizada
durante o processo de modelagem de cada ORI. Ele nico e, por conta disso,
particulariza e d individualizao existncia.
Essa combinao qumica definir parte das relaes do homem com o mundo
sobrenatural e a religio, na medida em que determina o seu ELEDA, ORISA smbolo
do elemento csmico de formao, a que chamamos, adiante, de IPORI, daquele ORI-
INU em particular.
No Brasil vimos, com certa frequncia, o ELEDA ser chamado de ORISA-ORI,
simplificao da relao aqui exposta. ELEDA segundo Juana Elbein dos Santos em Os
Nag e a Morte, se refere entidade sobrenatural, matria-massa que desprendeu
uma poro da mesma para criar um ORI, consequentemente Criador de cabeas
individuais
Para os yorubs, o ser humano descrito como constitudo dos seguintes elementos:
r, jj, kn, m e r. Ara o corpo fsico. Ojiji o fantasma humano, a essncia
espiritual visvel. Okan o corao fsico, sede da inteligncia, do pensamento e da
ao. Emi est associado a respirao, o sopro divino, quando uma pessoa morre diz-
se que seu Emi partiu. Por fim o Ori, Ori o Orix pessoal, em toda a sua fora e
grandeza. Ori o Primeiro Orix a ser louvado, representao particular da existncia
individualizada, a essncia real do ser. aquele que guia, acompanha e ajuda a pessoa
desde antes do nascimento, durante toda a vida e aps a morte, referenciado sua
caminhada e a assistindo no cumprimento do seu destino. Ori em yorub tem muitos
significados, mas o sentido literal cabea fsica, smbolo da cabea interior ( r n ).
Espiritualmente a cabea como o ponto mais alto do corpo humano representa o Ori.
Como Orix pessoal do ser humano, Ori est mais interessado na realizao e na
felicidade de cada homem do que qualquer outro Orix, da mesma forma ele conhece
mais do que qualquer um as necessidades de cada pessoa durante a vida.



O conceito de Ori est intimamente ligado ao conceito de destino pessoal e
instrumentalizao do ser humano para a realizao deste destino. Um It do Odu
Ogund Meji nos d a exata dimenso da matria quando nos relata sobre a
correspondncia entre o Ori e o ser humano.
"Ori eu te sado!
Aquele que sbio, foi feito sbio pelo prprio Ori.
Aquele que tolo, foi feito mais tolo que um pedao de inhame, pelo prprio Ori."
Ori desempenha um papel importante para os seguidores de If. Nele acredita-se que
escolhemos nossos prprios destinos. E ns o fazemos mediante os auspcios do Orix
Ajal. Um verso de If explica esta questo:
"Voc disse que foi apanhar seu Ori.
Voc sabia onde Afuwape apanhou seu Ori?
Voc poderia ter ido l para apanhar o seu.
Ns pegamos nossos Oris nos domnios de Ajal,
Assim somente nossos destinos diferem."
Ajal responsvel pela modelao da cabea humana, e acredita-se que o Ori e o
Odu determinam nossas vidas. Todo Ori, embora criado bom, est sujeito a mudanas.
Vimos que feiticeiros, bruxos, homens maus e a prpria conduta podem transformar
negativamente um Ori, sendo sinal dessa transformao uma cadeia interminvel de
infelicidades na vida de uma pessoa a despeito de seus esforos para melhorar.
Quando o Ori est bem, todo o ser est bem. O destino tambm pode ser afetado pelo
carter da prpria pessoa. Um bom destino deve ser sustentado por um bom carter.
Ori assim como todo Orix se bem cultuado concede a proteo.
"w r l'y y n yo d ljo" ( Seu carter, na Terra, preferir sentenas contra
voc )
Quando encontramos uma pessoa que, apesar de enfrentar na vida uma srie de
dificuldades relacionadas a aes negativas ou maldade de outras pessoas, continua
encontrando recursos internos, fora interior, que lhe permitam a sobrevivncia e,
inclusive, muitas vezes, mantm resultados adequados de realizao na vida.
"nyn k f r f s, r n n s n" ( As pessoas no querem que voc sobreviva,
mas seu Ori trabalha para voc )


Ori
O Ori forte e capaz de cuidar do homem e garantir-lhe a sobrevivncia social e as
relaes com a vida, apesar das dificuldades que possa enfrentar, se mantm so. Esta
a razo pela qual o Bori, forma de louvao e de fortalecimento do Ori utilizada em
nossa religio frequentemente utilizado. Deste modo a pessoa tem maior facilidade
para encontrar a fora interior necessria para vencer.

IRETE - OFUN
"ATEFUN - apelido de If sbio,
Adivinhava o orculo s 401 divindades,
Estavam indo ao estado de perfeio,
O sbio de OR "adivinhou" orculo para OR;
OR estava indo ao estado de perfeio (DE-PR),
Mandou-lhe fazer sacrifcio,
Somente OR, o nico quem fez,
O seu sacrifcio foi abenoado,
Portanto OR maior que todas as divindades,
OR mais forte que as divindades,
Somente OR chegou no estado de perfeio.
O iniciado sacrificou!
ORI forte, mais que os rs."
No ODU OGBEYONU (Ogbe Ogunda) vamos encontrar ainda, Quando acordo pela
manh coloco minha mo no ORI. ORI fonte de sorte. ORI ORI!.
um oriki dedicado ORI, mostrando o papel que ORI tem na vida de cada pessoa
quanto as suas relaes interpessoais, suas relaes com as outras pessoas, e as suas
condies de realizao e progresso em todos os empreendimentos da vida, nos diz:
ORI MI
MO KE PE O O
ORI MI
A PE JE
ORI MI
WA JE MI O
KI NDI OLOWO O
KI NDI OLOLA
KI NDI ENI A PE SIN
LAYE
O, ORI MI
LORI A JIKI
ORI MI LORI A JI YO MO LAYE
TRADUO
Meu ORI
Eu grito chamando por voc
Meu ORI,
Me responda
Meu ORI,
Venha me atender
Para que eu seja uma pessoa rica e prspera
Para que eu seja uma pessoa a quem todos respeitem
Oh, meu ORI!
A ser louvado pela manh,
Que todos encontrem alegria comigo
Toda existncia no universo da Criao se processa em dois planos: O mundo visvel, o
AIYE, universo concreto que habitamos, e o mundo invisvel, ORUN, onde habitam os
seres sobrenaturais e os duplos de tudo o que se encontra manifestado no AIYE. No
so, como possvel pensar, mundos independentes ou rigidamente separados. Na
realidade podemos afirmar que o AIYE , antes de mais nada, uma projeo da
realidade essencial que tem existncia e se processa no ORUN.
Como diz a Profa. Dra. Iyakemi Ribeiro, em seu livro Alma Africana no Brasil: os
iorubs, Para o negro-africano o visvel constitui manifestao do invisvel. Para alm
das aparncias encontra-se a realidade, o sentido, o ser que atravs das aparncias se
manifesta. Sob toda manifestao viva reside uma fora vital: de Deus a um gro de
areia, o universo africano sem costura. (Erny, 1968:19) Universo de
correspondncias, analogias e interaes, no qual o homem e todos os demais seres
constituem uma nica rede de foras.
necessrio entender, assim, que AIYE e ORUN constituem uma unidade e, enquanto
expresses de dois nveis de existncia, so inseparveis e complementares. Essa
unidade simbolizada pelo IGBA-ODU, cabaa formada de duas metades unidas onde
a parte inferior representa o AIYE e a parte superior representa o ORUN. No interior,
os elementos


indispensveis existncia individualizada. Poderia ser representada por uma figura e
sua imagem refletida no espelho h plena identidade entre elas, uma apenas a
imagem invertida da outra.
Podemos dizer nessa figurao que o AIYE a imagem refletida do ORUN. Essa
analogia provavelmente explica a situao conhecida de que os ODU, quando vieram
do ORUN para o AIYE, tiveram sua ordem de precedncia invertida. Ou seja, muito
embora no AIYE considere-se EJIOGBE MEJI como o mais antigo dos ODU, todo
Babalawo sada OFUN MEJI, ou ORANGUN MEJI como tambm conhecido, em sua
realeza, dizendo: eepa ODU!, Louvando assim sua antiguidade e sua precedncia
efetiva.
Temos assim que toda existncia no AIYE reflete uma realidade anterior existente no
ORUN. A existncia no AIYE implica em processar-se uma modelagem anterior no
ORUN, a partir da qual pores de matrias-massas que constituem a base da
existncia genrica so tomadas em fragmentos particulares e vo constituir a
manifestao dessa existncia em forma individualizada no AIYE.
Esses elementos matrizes possuem, por consequncia, dupla existncia: uma parcela
presente no ORUN e a outra parcela dando vitalidade ou formao s diferentes partes
que formam a realidade individualizada de vida. A esses fragmentos particulares
retirados da massa genitora chamamos IPORI e ele, IPORI, que determinar o ORISA
que cada indivduo cultuar no AIYE, condicionando tambm sua instrumentalizao
particular na relao com a vida e o repertrio possvel de escolhas que possa realizar.
Para qualquer Yorub, a palavra ORI tem uso amplo. ORI em um primeiro momento
quer dizer cabea; e simboliza tambm - o pice de todas as coisas; o mais alto
desempenho, portanto contm o superlativo ou seja o Znite. Por exemplo, a cabea
a parte mais alta e mais importante do corpo humano, a moradia do crebro que
controla o corpo inteiro. O lder ou chefe de qualquer organizao referido como
"lr", ORI cabea ou mente, cabea alta, alto supremo e o ser supremo
OLODMR (SENHOR DO DESTINO).
No corpo humano ORI se subdivide em duas colocaes:

1) A cabea fsica - o crnio humano, onde est o crebro que usamos para o
pensamento e controle das outras partes do corpo; consciente ou inconsciente; os
olhos para tudo ver; o nariz para respirar e cheirar; orelhas para ouvir; a boca para
alimentar e falar; a lngua para saborear; nossa essncia masculina ou feminina est na
cabea, o rosto que dela faz parte nos distinguem uns dos outros, imprimindo uma
identidade individual; sem a cabea o homem e mulher seriam como qualquer "X".

2) A cabea espiritual est subdividida em mais duas partes a saber: Cabea Espiritual

APAR-IN (Cabea espiritual interna) - OR-PR (destino ou parte divina de cada
um: escolhido no domnio de JL - divindade de OR.

OR-PR acumulao de destino individual; Isto : KNLYN, KNLGB e
YNM.

AKUNLEYAN a parte do destino que cada um escolhe por vontade (livre arbtrio)
prpria AKUNLEGBA a parte do destino o qual est adicionada como complemento
de AKUNLEYAN AYANMO aquela parte do destino que nunca pode ser mudado. Por
exemplo - pais, sexo, karma, etc. Mas Akunleyan e Akunlegb podem ser melhorado
enquanto Ayanm no pode ser modificado . O destino OR-APR est escolhido no
domnio de AJAL (divindade proporcionou o Or).
APARI IN de carter individual, uma pessoa poderia chegar a terra com bom
destino, mas, sem boa conduta; A maldade da cabea espiritual interna danificar
definitivamente o bom destino, o inverso tambm acontece. Porm o "destino" pode
ser modificado, numa certa medida, quando certos segredos so conhecidos, dentro
de um contexto e conhecimento da Teologia Yorubana.

Contudo Ori o mais importante entre as divindades. Na ordem de importncia - o
primeiro Or; o segundo a me, e se ela tenha morrido, seu esprito; em terceiro
lugar o pai, e se tenha morrido, o seu esprito; em quarto lugar, IF e a seguir, seu
orix e as outras divindades.
Alimento para a Cabea
Bori alimentar o ori, um ritual que tem por finalidade a restaurao do equilbrio
entre ori ode e ori inu.Tendo ori status de orisa, responde no orculo. Todas as
oferendas que alimentam o ori so ditadas pelo orculo - mas sempre com
aquiescncia do prprio ori - na qualidade e quantidade adequadas ao momento e
situao. A energia de um orisa s fixada se o ori permitir. Como todas as
possibilidades de sucesso ou fracasso dependem do ori, o Bori o rito especial que
propicia a sua positividade. A sua finalidade , atravs de manipulao do ase,
proporcionar ao ori , como entidade regente do destino da pessoa, o ponto de
equilbrio ideal para a sua auto-realizao.
r m ! S rr fun m! ( Meu Ori! Se alegre comigo! )





Ori a divindade mais poderosa de toda a existncia, para se ter uma ideia da
importncia do Ori, um it do Odu Otur Meji, nos conta que Ori se perdeu na vinda
do Orun para o Aiye, Ogun chamou Ori e perguntou-lhe. "Voc no sabe que voc o
mais velho entre os Orixs? Que voc o lder dos Orixs?" Sem receio podemos dizer,
"r m a b b k a t b rs" Ou seja, " Meu Ori que tem que ser cultuado antes que
o Orix" e temos um Oriki dedicado a Ori que nos fala que "K si rs t d nigb lyn
r n" ( No existe Orix que apoie mais o homem do que o seu prprio Ori ).
"r brrk k w tuul
k d s swre m lj-nn.
k m'r ly lwuj.
d fn Mobw
T s bnrn gn.
r t jba ll,
nkn m
K tk-tay m p'ra wn n wr m.
r t jba ll.
nkn m."

Traduo

"Uma pessoa de mau Ori no nasce com a cabea diferente das outras.
Ningum consegue distinguir os passos do louco na rua.
Uma pessoa que lder no diferente
E tambm difcil de ser reconhecida.
o que foi dito Mobowu, esposa de Ogun, que foi consultar If.
Tanto esposo como esposa no deviam se maltratar tanto,
Nem fisicamente, nem espiritualmente.
O motivo que o Ori vai ser coroado
E ningum sabe como ser o futuro da pessoa."
A RESPEITO DO DESTINO HUMANO
Podemos perceber que a compreenso sobre o papel que ORI desempenha na vida de
cada homem est intimamente relacionado crena na predestinao na aceitao
de que o sucesso ou o insucesso de um homem depende em larga escala do destino
pessoal que ele traz na vinda do ORUN para o AIYE. A esse destino pessoal chamamos
KADARA ou IPIN e entendido que o homem o recebe no mesmo momento em que
escolhe livremente o ORI com que vai vir para a terra.
ORI desempenha um papel importante para os seguidores de IF. Nele acredita-se que
escolhemos nossos prprios destinos. E ns o fazemos mediante os auspcios do ORISA
IJALA MOPIN. A esfera de ao de IJALA junto a OLODUMARE e ele que sanciona as
escolhas de destino que fazemos. Essas escolhas so documentadas pelas divindades
que chamamos de ALUDUNDUN. Um verso de IF explica esta questo:
Voc disse que foi apanhar o seu ORI.
Voc sabia onde Afuwape apanhou o seu ORI?
Voc poderia ter ido l para apanhar o seu.
Ns pegamos nossos ORI nos domnios de IJALA,
Assim somente nossos destinos diferem
IJALA responsvel pela modelao da cabea humana, e acredita-se que o ORI e o
ODU signo regente de seu destino que escolhemos, determina nossa fortuna ou
atribulaes na vida, como foi dito. IJALA, embora notvel em sua habilidade, no
muito responsvel e, por isso, muitas vezes modela cabeas defeituosas: pode
esquecer de colocar alguns acabamentos ou detalhes desnecessrios, como pode, ao
lev-las ao forno para queimar, deix-las por um tempo demasiado ou insuficiente.
Tais cabeas tornam-se assim, potencialmente fracas, incapazes de empreender a
longa jornada para a terra, sem prejuzos. Se, desafortunadamente, um homem
escolhe uma dessas cabeas mal modeladas, estar destinando a fracassar na vida.
Durante sua jornada para a terra, a cabea que permaneceu por tempo insuficiente ou
demasiado no forno, poder no resistir ao de uma chuva forte e chegar mais
danificada ainda. Todo o esforo empreendido para obter sucesso na vida terrena ter
grande parte de seus efeitos desviada para reparar tais estragos.
Pelo contrrio, se um homem tem a sorte de escolher uma das cabeas realmente
boas, tornar-se prspero e bem sucedido na terra, uma vez que sua cabea chega
intacta e seus esforos redundam em construo real de tudo aquilo que se proponha
a realizar.
O trabalho rduo trar, ao homem afortunado em sua escolha, excelentes resultados,
j que nada necessrio dispender para reparar a prpria cabea. Assim, para usufruir
o sucesso potencial que a escolha de um bom ORI acarreta, o homem deve trabalhar
arduamente. Aqueles, entretanto que escolheram um mau ORI tm poucas esperanas
de progresso, ainda que passem o tempo todo se esforando.
Sendo estes os pressupostos, retomamos as perguntas: Como saber se a escolha do
prprio ORI foi boa ou m? Pode um homem conhecer as potencialidades da prpria
cabea ou da cabea de outrem?
O Jogo divinatrio de IF possibilita que a pessoa tome conhecimento dos desgnios do
prprio ORI, saiba a respeito do ORISA ou IRUNMALE que deve ser cultuado e conhea
seus EWO proibies quanto ao consumo de alimentos, uso de cores e condutas
morais
Muitas referncias so feitas s relaes entre ORI e o destino pessoal. O destino
descrito como IPIN ORI a sina do ORI pode ser dividido em trs partes: AKUNLEYAN,
AKUNLEGBA E AYANMO.
AKUNLEYAN o pedido que voc fez no domnio de IJALA o que voc gostaria
especificamente durante seu perodo de vida na terra: o nmero de anos que voc
desejaria passar na terra, os tipos de sucesso que voc espera obter, os tipos de
parentes que voc deseja.
AKUNLEGBA so aquelas coisas dadas a um indivduo para ajud-lo a realizar esses
desejos. Por exemplo: uma criana que deseja morrer na infncia pode nascer durante
uma epidemia para garantir a morte dele ou dela.
AYANMO aquela parte do nosso destino que no pode ser mudada: nosso gnero
(sexo) ou a famlia em que nascemos, por exemplo.
Ambos, AKUNLEYAN e AKUNLEGBA podem ser alterados ou modificados quer para
bom ou para mau, dependendo das circunstncias.
Assim o destino descrito como IPIN ORI a sina do ORI pode sofrer alteraes em
decorrncia da ao de pessoas ms chamadas como ARAYE filhos do mundo,
tambm chamadas AIYE o mundo ou ainda, ELENINI implacveis (amargos, sdicos,
inexorveis) inimigos das pessoas.
Entre estes encontram-se as J bruxas, os OSO feiticeiros, os envenenadores e
todos aqueles que se dedicam a prticas malignas com intuito de estragar qualquer
oportunidade de sucesso humano.
Sacrifcio e ritual podem ajudar a melhorar as condies desfavorveis que podem ter
resultados destas maquinaes malficas imprevisveis.
Todo ORI, embora criado bom, acha-se sujeito a mudanas. Vimos que feiticeiros,
bruxas, homens maus e a prpria conduta podem transformar negativamente um ORI,
sendo sinal dessa transformao uma cadeia interminvel de infelicidades na vida de
um homem a despeito de seus esforos para melhorar.
O ORI, entidade parcialmente independente, considerado uma divindade em si
prprio, cultuado entre outras divindades, recebendo oferendas e oraes. Quando
ORI INU est bem, todo o ser do homem est em boas condies.
Como foi dito, nossos ORI espirituais so por eles mesmos subdivididos em dois
elementos: APARI-INU e ORI APERE APARI-INU representa o carter (natureza), ORI
APERE representa o destino.



Um indivduo pode vir para a terra com um destino maravilhoso, mas se ele ou ela vem
com mau carter (natureza), a probabilidade de desempenho (cumprimento,
execuo) desse destino severamente comprometida.
O destino tambm pode ser afetado, ento, pelo carter da prpria pessoa. Um bom
destino deve ser sustentado por um bom carter.
Este como uma divindade: se bem cultuado concede sua proteo. Assim, o destino
humano pode ser arruinado pela ao do homem.
IWA RE LAYE YII NI YOO DA O LEJO, ou seja, Seu carter, na terra, proferir sentena
contra voc.
No ODU de OGBEOGUNDA, IF diz:
Um pilo realiza trs funes
Ele tritura inhame
Ele tritura ndigo
Ele usado como uma tranca atrs da porta
Foi feito um jogo adivinhatrio para Oriseku, Ori-Elemere e Afuwape
Quando eles foram escolher seus destinos nos domnios de IJALA MOPIN
Foi solicitado para eles que realizassem rituais
Somente Afuwape realizou os rituais que foram solicitados.
Ele, em consequncia, tornou-se muito afortunado.
Os outros lamentaram, disseram que se soubessem onde Afuwape escolheria seu ORI,
eles teriam ido at l para escolher os seus tambm.
Afuwape respondeu que, embora seus ORI fossem escolhidos no mesmo lugar, seus
destinos que diferiam.
A questo que a se apresenta que somente Afuwape mostrou bom carter.
Respeitando sua crena e realizando seus sacrifcios, ele trouxe as bnos potenciais
de seu destino para a efetiva realizao. Seus amigos Oriseku e Ori-Elemere falharam
em mostrar bom carter pela recusa em realizar seus rituais e, por isso suas vidas
sofreram as consequncias.
O nome IPIN est igualmente associado ORUNMIL, conhecido como ELERI-IPIN o
Senhor do Destino e que aquele que esteve presente no momento da criao,
conhecendo todos os ORI, assistindo o compromisso do homem com seu destino, os
objetivos de cada um no momento de sua vinda para o AIYE, o programa particular de
desenvolvimento de cada ser humano e sua instrumentalizao para o cumprimento
desse programa.
ORUNMIL conhece todos os destinos humanos e procura ajudar os homens a trilhar
seus verdadeiros caminhos. Temos, assim, que um dos papeis mais importantes de IF
em relao ao homem, alm de ser o intrprete da relao entre os ORISA e o homem,
o de ser o intermedirio entre cada um e o seu ORI, entre cada homem e os desejos
de seu ORI. Apenas como registro, preciso entender que esse mesmo papel
ORUNMIL tem na relao com os demais ORISA, sendo o intermedirio entre cada
um e o seu ORI. E ORUNMIL, Ele mesmo, consulta IF!
Nos momentos de crise, a consulta ao orculo de IF permite acesso a instrues a
respeito dos procedimentos desejveis, sendo considerados bons procedimentos os
que no entram em desacordo com os propsitos do ORI.
O ser que cumpre integralmente seu IPIN-ORI (destino do ORI), amadurece para a
morte e, recebendo os ritos fnebres adequados, alcana a condio de ancestral ao
passar do AIYE para o ORUN.
H a crena na existncia de duas reas ocupadas por espritos dos mortos: ORUN
RERE o bom cu, habitado pelas divindades e ancestrais, e ORUN APAADI o cu
de muitas infelicidades, habitado pelos infelizes que sofreram m sorte e pelos maus,
julgados pelo Ser Supremo, segundo o ser carter. Estes ltimos ficam condenados
solido e ao esquecimento, sem direito a lembrana ou a aparecerem em sonhos e
vises morrem totalmente.
ORUN RERE, por outro lado, prazeiroso e sereno, vivendo os espritos numa
comunidade composta de parentes e amigos. Podem tambm permanecer junto aos
familiares e intervir em suas atividades dirias, sendo-lhes permitido reencarnar em
alguma criana nascida no mbito familiar.
A respeito do ORI, resta ainda lembrar que trata-se de uma divindade pessoal, a mais
interessada de todas no bem estar de seu devoto. Se o ORI de um homem no
simpatiza com sua causa, aquilo que ele deseja no pode ser concedido nem por
OLODUMARE, nem pelos ORISA.
Da mesma forma se o carter de um indivduo mau, sua escolha de destino pode no
se realizar. Se nossa situao realmente de um mau destino, e no uma
consequncia de nosso carter ou comportamento, ento nosso ORI-APERE precisa ser
apaziguado.
Oferendas prescritas ou rituais devem ser realizados para nos trazer de volta a um
alinhamento saudvel.
Considera-se vital para todo homem recorrer a IF, sistema divinatrio de consulta a
ORUNMIL, a intervalos regulares para tomar conhecimento do que agrada ou
desagrada o prprio ORI. Enquanto intermedirio entre a pessoa e as divindades (entre
as quais o prprio ORI)
IF no apenas informa sobre os desejos divinos, mas tambm conduz os sacrifcios
ofertados s divindades para que estas possam cumprir seu papel: ajudar os ORI a
conduzirem as pessoas realizao do prprio destino.
Se as coisas esto indo mal em sua vida, antes de apontar um dedo acusador para as
bruxas, para feitios ou para seus inimigos, examine sua natureza.
Se Voc tem por hbito maltratar as pessoas ou no considerar seus sentimentos, no
procure qualquer felicidade ou sorte em sua vida, no importando o quanto Voc
possa ser bem sucedido materialmente.

JL OR, OR LEW, LEW, LEW.
JL OR, OR LEW, LEW, LEW.
OP NYIN EDMAR, W OR, E K .
OP NYIN EDMAR, W OR, E K .
E K RUN, E K SP, E K J, J B IL.
E K RUN, E K SP, E K J, J B IL.
IR OR J, J IRE OR,
IR OR J, J IRE OR.
jl que molda cabeas, deixe este Or lindo, lindo, lindo.
Agradeo-te Deus, venha para esta Cabea, eu te sado.
Eu sado o Sol, eu sado a Lua, eu sado a Chuva, Chuva que cai sobre a Terra.
Vc ser uma Cabea feliz, acorde feliz Or.
ORI O ORI O
ORI MI O!
SE RERE FUN MI!
MEU ORI!
SE ALEGRE COMIGO!
Para termos idia quanto a importncia e precedncia do ORI em relao aos demais
ORISA, um Itan do ODU OTURA MEJI, ao contar a histria de um ORI que se perdeu no
caminho que o conduzia do ORUN para o AIYE, relata: OGUN chamou ORI e
perguntou-lhe, Voc no sabe que voc o mais velho entre os ORISA? Que voc o
lder dos ORISA?. Sem receio podemos dizer, ORI mi a ba bo ki a to bo ORISA, ou
seja, Meu ORI, que tem que ser cultuado antes que o ORISA e temos um oriki
dedicado ORI que nos fala que KO SI ORISA TI DA NIGBE LEYIN ORI ENI,
significando, No existe um ORISA que apie mais o homem do que o seu prprio
ORI.


Os Imals

Orani - Oroin - Arain

Personificao do fogo, o magma do centro da Terra, considerado como sendo o pai
de Xang e de Aganju em sua forma humana.

Casado com Mormi, uma bela mortal , nativa de f ,que se tornou mais tarde uma
herona em Il-If, da qual tem um filho, que recebe o nome de Ajak. Aps algum
tempo, rnmyn investe em novas conquistas e volta a guerrear contra a Nao dos
Tapas, onde havia sido derrotado, mas desta vez consegue uma grande vitria sobre
Elmpe, na poca rei dos Tapas. Por sua derrota, Elmpe entrega-lhe sua filha Toros,
para que se case com ele. Retornando a Oy, rnmyn casa-se com Toros e com ela
tem um filho, chamado de Sng, um mortal, nascido de uma me mortal e um pai
semideus, portanto com ascendentes divinos por parte de pai.

Aps este perodo com inmeras vitrias, a cidade de Oy torna-se um poderoso
imprio, rnmyn, prestigiado e redimido de sua vergonha, volta para Il-If,
deixando em seu lugar, em Oy, o prncipe coroado, seu filho Ajak, que torna-se o
segundo Alfin de Oy. Em uma de suas conquistas, a da cidade de Benin, anterior a
fundao de Oy, rnmyn termina com a dinastia de Ogso, o ento rei,
expulsando-o e assumindo o trono, tornando-se o primeiro Obabnn, e inicia sua
dinastia tendo um filho, chamado wk, com uma mulher do local. Antes de deixar a
cidade, ele torna wk como seu sucessor no trono do Benin. (Atual cidade na
Nigria, antigo Reino do Benin, no confundir com a Repblica do Benin, antigo pas
chamado Daom.)

Durante sua longa ausncia em Il-If, Oblfan gbgbdirin ,seu irmo mais velho,
se tornou o segundo ni de If, aps o reinado de Odduw. Quando Oblfan
morreu, e ningum sabia do paradeiro de rnmyn, o povo de If aclamou Oblfan
Alymore como sucessor direto de seu pai. Quando rnmyn chega em If,
Oblfan Alymore j reinava como o terceiro ni de If, mas com um fraco
reinado. Enfurecido com o povo de If que haviam aclamado Alymore, e que o
tinham chamado para combater possveis inimigos, o poderoso guerreiro colrico
,comete varias atrocidades e s para quando uma anci grita desesperada que ele est
destruindo seus "prprios filhos", o seu povo. Atnito, ele finca no cho seu as
(escudo) que imediatamente se transforma em uma enorme laje de pedra ,num lugar
hoje chamado de "ta Als" ,e decide ir embora e nunca mais voltar If.

Quando rumava para fora dos arredores de If ,em Mp, foi interceptado pelo povo
que o saudavam como ni de If e suplicavam por sua volta. Ele ento satisfeito e
envaidecido ,atende ao povo e finca no cho seu p (seu basto de guerreiro)
transformando-o em um monlito de granito (p rnmyn) selando assim o acordo
com o povo e volta em uma procisso triunfante ao palcio de If.

Sabendo disso, Oblfan Alymore abandona o palcio e se exila na cidade de lr.
rnmyn ascende ao trono e se torna o 4 ni de If at sua morte. Oblfan
Alymore, retorna do exlio e reassume como o 5 ni de If e reina deste vez, com
sucesso at a sua morte.


Olokum

Olokum um orix que a base do culto de If e est relacionado com os profundos
segredos da vida e da morte.
Olokum proporciona prosperidade, sade e desenvolvimento material.
o Orix Senhordo mar, o mar est no seumais aterrorizante, andrgino, metade
homem e metade-peixe, de cartercompulsivo, misterioso e violento. Tem a
capacidadede transformar. assustador quando irritado.
Na natureza simbolizado pelo mar profundo e o verdadeiro dono das profundezas do
presente, onde ningum jamais esteve.
Representa ossegredos do fundo do mar, como ningum sabe o que est no fundo
domar, apenas Olokum.
Tambm representa a riqueza do fundo do mar e da sade. Olokum um dos
Orixs mais perigoso e poderoso da culto aos Orixs.
Diz-se que ele foi acorrentado ao fundo do oceano, quando ele tentoumatar a
humanidade com o dilvio.
Sempre retratado com escudo. Seuculto a cidade de Lagos, Benin e Ile If.
Seu nome vem do iorub Olokum (Olo: proprietrio - Okun: Mar).
Representa a riqueza dos fundos marinhos e a sade. Todos os Babalaws devem
cultu-lo e sempre deve ser assentado com suas 18 ninfas, as 9 Olosss e as 9 Olonas.
Elas so ninfas da gua, representaos rios, crregos, lagoas, cachoeiras,
nascentes, lagoas, extensesmarinhos e de guas pluviais.

Ajb s-nl lokun, bokun, dkun, jobokun, oromilaiy, orumilay,rs talab,
Obtl, bb eniyn, onf, bb igb, elerun, bb ogyn, alfa bb wa!

Traduo: Respeitamos o Orix senhor do mar, como o mar e do mar, que dana sobre
as ondas, espirito valente das guas, por esta noite no ters dor, orix do principio
feminino, rei da pureza, pai de todos ns, possuidor do orculo, pai do bosque sagrado,
dono das ondas, pai comedor de inhame, paz nosso pai

Iba Olokun fe mi lo're. Iba Olokun omo re wa se fun oyio.
Olokun nu ni o si o ki e lu re ye toray. Bomi taafi. Bemi taafi.
Olokun ni'ka le. Mojuba. Ase.

Sado ao deus do vasto Oceano. Sado a Olokun, aquele que est alm de qualquer
entendimento
Olokun eu te cultuarei enquanto houver gua no mar.
Permita que haja paz no Oceano, permita que haja paz em minha alma
Olokun, senhor do mar que transcende os tempos, vos apresento meus respeitos. Ax!

Of de Olokum

Aji igba aj
Ob omi Olokum ar.

Traduo: Aquele que porta a riqueza
Rei das guas, Olokum o poderoso.


As Olosss

As Olosss so Imals, Ninfas. O nome Oloss pode ser traduzido como Senhora da
Lagoa, ento, as Olosss so as Deusas das Lagoas, grandes Lagos de guas salgadas,
tambm so chamadas de Iemanjs e embora sejam Deusas, no existe iniciao para
nenhuma delas. Elas sempre so assentadas ao lado do marido Olokum.
Ibu Okoto. Seu nome significa: "A que vive entre as conchas". Representa um "mar de
sangue" , preside as batalhas navais provocando a, derramamento de sangue e morte
por afogamento.
Ibu Alejo. Gosta das profundezas do mar e da noite.
Ibu Iyelowo. Esta Iemanj a dona de todo os tesouros que se encontram dentro do mar.
Ibu Ain. Esta a senhora das disputas. me de Inle. Avarenta e arrogante.
Ibu Agana. Esta Iemanj foi mulher de Orixa Oko e seu nome significa "A furiosa" ou
ainda "A Louca".
Ibu Yabani. Seu assentamento leva uma cabea de madeira onde se introduzem diversos
axs.
Ibu Nodo. Esta Iemanj vive nos rios. muito bela e bondosa.

Ibu Alaro. a dona do uji e do anil

Ibu Akikoni. aquela que, quando est zangada, faz todo o mundo tremer.



Aj Xaluga


Conchas grandes, caramujos do mar, joias naturais, corais, so os simbolos desta
divindade que em If conhecida como j Salga e no Daom como Oxumar. No
existem cerimnias abertas para ela, nem festas. Gosta de arroz cru com mel e farinha
perfumada, o local onde Aje encontra-se assentada, no pode ser visitado por muitas
pessoas, mostra-se muito tmida e cismada. Seus rituais devem acompanhar os de
Iemanj. Possui ligao com Exu, Olokun, Orunmila, Osaniyn e Ori.

Adura Aj Xaluga



Aj de o
Anan ye
E wo il ire
E so l'ojo o
Aj jj de
More anan ye
E wo il ire
E so l'ojo o
Aj olw
Aj oll


Traduo



Aj chegou
Devemos manipul-la com cuidado
Que a casa seja de sorte
vamos louv-la no dia
Aj infinitamente chegou
devemos manipular Aj com sabedoria
para que a casa seja de sorte
Vamos louv-la hoje
Aj dona do dinheiro
As.


Lista de material para Aj Saluga
01 Bacia antiga de loua grande (Que seja antiguidade)
01 Cachep grande de Loua (Antiguidade)
03 Ajs grandes
600 Bzios pequenos comuns
600 Moedas correntes
Areia de praia
06 Ajs mdios
06 Moedas antigas prata
06 Moedas correntes prateada
06 Ajs pequenos
06 Ids de Ouro 18k
06 Owo eyo (Bzios da terra frutos de escavaes arqueolgicas)
06 Pedras preciosas (Cristal austraco,Brilhante,Diamante,Topzio imperial,Topzio
azul,Citrino amarelo)
06 Prolas legtimas
01 Et pintada
01 Ajap
01 Eyiel amarelos (Pombo)
06 Igbn funfun (Caramujo)
01 vidro de azougue
01 Pena de leke-leke
01 Pena de Agb
07 Penas de Ekodid
01 Pedao de cera de abelha ou de Carnaba
06 Conchas Shell
06 Conchas comuns
06 Caracis (variados)
01 Coral crebro
01 Coral de galhos
01 Fio de corais
01 Fio de Segs
07 Obis funfun de 4 gomos
01 Estrela do mar mdia
06 Cavalos Marinho
06 Conchas de madreprola
01 Pedao de banha de or vegetal
01 vidro de mel de abelhas legitimo
01 Pedra de Efum
01 Pedra de Ossum
01 Cx waj
01 Punhado de Iyerosun (P sagrado de If)
01 Pincel
Folhas de Akoko/Ela/Iroko/Fortuna e Saio
02 Colobos (potinhos de barro)
Gin
Atare
01 Pacote de Incenso (adquirido em algum apostolado Litrgico)
01 Caramujo amarelo Curbicula (vivo)
gua que a pessoa lavou o rosto durante 6 dia.
Iniciando os fundamentos de j Salga
O Culto a j Salga encontra-se centrado nos fundamentos do Od br.
Para se ter j faz-se necessrio apurar em Jogo se j despertar a riqueza para a
pessoa, pois j s d a riqueza para a pessoa se LA permitir, LA, por fim, sempre
invocado durante os cultos para que venha e abenoe os oferecimentos, tornando-os
aceitveis. LA tambm denominado como o princpio que inspira a aceitao de
alguns sacrifcios; que inspira o culto correto e por ele que a vida tem sido oferecida.

Ok
O Deus das montanhas e montes, em algumas lendas considerado como um dos filhos
de Oranian. Representa a perfeio do estado primordial do homem que nasce de
Olorun e retorna a ele. Seu nome provm do Iorub e quer dizer, altura, elevao,
grandeza, superior. um Deus relacionado a Ogu e Ok. Os trs so responsveis
pelos movimentos da Terra. Possui forte ligao com Iroco, Xang e com os ancestrais.

Ok

Orix Ok uma divindade da agricultura , ligado a colheita dos inhames novos e a
fertilidade da terra . rs NAGO , pouco conhecido no Brasil . Na poca em que os
escravos aqui chegaram , no deram muita importncia a este rs , considerando
como rs da agricultura , em seu lugar , GN , e dos gros a OBALWIY.
Quando manifesta-se leva um cajado de madeira que revela sua relao com as
rvores , traz uma flauta de osso que lembra sua relao com a sexualidade e a
fertilidade , confundido com SL , pois veste-se de branco. Seu PSR, no
Brasil, confeccionado em madeira . Sendo um rs raro , tem poucas qualidades
conhecidas . um rs rico .


Orung
Orung o filho de Aganju com Iemanj, combinao de Orun, Cu, e de Gan, Elevado.
Por fim o nome Orungan pode ser traduzido como, Elevado ao Cu.
Orungan est relacionado ao Khekhem, ou a regio livre de ar, na realidade Orungan
o regente do espao entre a Terra e o Cu, Orungan com o filho da Terra, Aganju, e da
gua, Iemanj, passa a ser o prprio Ar personificado. Orungan um Deus de grande
fundamento dentro do culto de If, na realidade Orungan nasceu no Odu Ofun e por
esta razo o Ofun chamado de Orungan. Orungan o pai do orculo de If, o Deus
mais belo de toda a criao. Orungan habita a pele das pessoas e dos seres, ele o
dono da pele e da juventude. Rege tudo o que coberto pela pele, seres humanos e
animais. Orungan representa o amor proibido e tudo o que ocorre em segredo, dizem
que sua beleza era irresistvel a tudo e a todos.
Quando olhamos um Orix, o primeiro que se reflete Orungan, Orungan possui muitos
itans e fundamentos importantes dentro do panteo dos Deuses Africanos, assim como
Xang ou Exu, Orungan o verdadeiro Deus dos Espelhos, o Deus do Ar que
respiramos, da pele que nos protege e da Atmosfera que protege o a Terra e a Vida,
quando nos olhamos no espelho, o primeiro que se reflete Orungan.

Afef

Afef o Deus dos Ventos, ele o prprio vento personificado, possui estreita ligao
com Xang.

Ofo Imal Afef

Bab Afef jej
Bab efufu legelege
Bab Afef jej
Legelege Aferife
Afef iku.

Traduo

Pai Afef rodopia
Pai que pode sopras suave
Pai Afef rodopia
Vento misterioso
Vento da morte.

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