A Origem Dos Contos de Fadas
A Origem Dos Contos de Fadas
A Origem Dos Contos de Fadas
As lendas antigas eram passadas de uma gerao para outra, contadas na beira da fogueira por pessoas simples como camponeses barqueiros msicos, muitos deles analfabetos, essas histrias parte delas tem a origem oriental, na Europa em geral. Existem evidencias que relatam a existncia dessas lendas antes mesmo do folclore, no sculo XIX, pois eram usadas no tempo medieval por pregadores para transmitir conceitos morais para as pessoas. O primeiro a escrever um livro de conto de fadas foi o francs Charles Perralt, que nasceu em Paris no sculo XVII, aos 70 anos escreveu o seu primeiro livro de contos, era conhecido como Historias da mame gansa, era uma coletnea de oito historias e s teve sua publicao em janeiro de 1697, era uma redao simples, que em forma de versos traziam conceitos morais, esses livros traziam historias de bruxas, fadas e princesas que habitam at os dias de hoje no imaginrio infantil como A Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho, Cinderela, entr e outros. E irmos Jacob e Wilhelm, mais conhecidos como os irmos Grimm, eram bibliotecrios, alm de estudarem os livros que continham historias populares, foram se aprofundando e buscaram conhecer mais por meio de amigos e conhecidos, no inicio do sculo XIX, assim editando e adaptando essas histrias para crianas, que continuam vivas e atuais, por conta de suas publicaes nos livros, filmes e desenhos animados, muitos deles suavizada pela Disney. Segundo Bettelhein (2007), os contos de fadas durante sculos desempenham um papel importantssimo na vida da criana, pois so os contos de fadas que despertam no imaginrio das crianas novas descobertas na sua vida. A origem dessas historias so exibicionistas, grotescas e violentas, pois no eram contadas para as crianas, mas para diverso dos adultos.
bem verdade que, num nvel manifesto, os conto de fadas pouco ensinam sobre as condies especificas da vida moderna da sociedade de massa, eles foram inventados muito antes de seu surgimento, no entanto, por meio deles pode- se aprender mais sobre os problemas ntimos dos seres humanos, e sobre as solues corretas para suas dificuldades em qualquer sociedade do que qualquer tipo de histria compreensvel por uma criana. (BETTELHEIM, 2007, P11-12)
A primeira publicao de um livro de contos de fada dos irmos Grimm foi na Alemanha no ano de 1812, foi lanado prximo a data de Natal e se chamava Contos de para o lar e as crianas (em alemo: Kinder- und Hausmrcher), que na sua primeira publicao continha 51 narrativas, e o segundo volume saiu no ano de 1815. Essa concepo de mudana na literatura infantil, contribuiu com diversas reas como a filologia, antropologia e a literatura comparada. As contos desde o inicio tem o objetivo de trazer ao leitor um conceito moral, ao passarem isso para as criana eles passam a entender o seu papel na sociedade, e que entendam por meio dos contos que na vida real tambm existe, o bem e o mal, e aprendendo que se agir da forma correta vai ser benevolente para seu destino, e isso mudara muito a sua vida.
Os contos de fada, diferena de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criana para a descoberta de sua identidade e comunicao, e tambm sugerem experincias que so necessrias para desenvolver ainda mais o seu carter. Os contos de fada declamam que uma vida boa est ao alcance das pessoas apesar da adversidade- mas apenas se ela no se intimidar com as lutas do destino, sem os quais nunca se adquire verdadeira identidade. Essas histrias prometem criana que, se ela ousar se engajar nesta busca atemorizante, os poderes benevolentes viro em sua ajuda, e ela conseguir. (Bettelheim, 1980. p.32)
Segundo estudiosos e folcloristas encontram cerca de 10.000 contos, contadas em diferentes modos. Uma nica historia pode representar varias verses, mas sem perder um foco principal, que seria a moral da historia, como a historia da Chapeuzinho Vermelho, que o seu ncleo formado pela menina que vai at a casa da av e encontra o lobo na floresta.
Como todos os contadores de histrias, os narradores camponeses adaptavam o cenrio de seus relatos ao seu prprio meio; mas mantinham inatos os principais elementos, usando repeties, rimas e outros dispositivos mnemnicos. Embora o elemento do desempenho, que central no estudo do folclore contemporneo, no transparea nos antigos textos, os folcloristas argumentam que os registros da Terceira Repblica fornecem evidncias suficientes para que possam reconstruir, em linhas gerais, uma tradio oral existente h dois sculos. Essa afirmao pode parecer extravagante, mas estudos comparativos revelam surpreendentes semelhanas em diferentes anotaes do mesmo conto, mesmo tendo sido feitas em aldeias remotas, muito afastadas umas das outras e da circulao de livros. Num estudo do Chapeuzinho Vermelho, por exemplo, Paul Delarue comparou trinta e cinco verses, registradas em toda uma vasta rea da langue doil. Vinte verses correspondiam exatamente ao primitivo Conte de la mere grand citado acima, com exceo de alguns poucos detalhes (algumas vezes, a menina devorada, em outras escapa atravs de um rtifcio). Duas verses acompanham o conto de Perrault (o primeiro a mencionar o capuz vermelho). E o resto contm uma mistura dos relatos orais e escritos, cujos elementos se distinguem to nitidamente quanto o alho e a mostarda num molho de salada francs. (DARNTON, 1988, p. 31)