quarta-feira, 31 de julho de 2013

Viver


Fonte da imagem: aninhagoulart.blogspot.com 

«Viver é sempre dizer aos outros o quanto eles são importantes.
Por que um dia eles se vão.
E ficamos com a nítida impressão que não os  amamos o suficiente.»

           (Chico Xavier)

terça-feira, 30 de julho de 2013

Curvo Semedo - O velho, o rapaz e o burro







 

«O mundo ralha de tudo,
Tenha ou não tenha razão,
Vou contar-vos uma história,
Em prova desta asserção.
Partia um velho campónio,
Do seu monte ao povoado,
Levava um neto que tinha
No seu burrinho montado.
Encontra uns homens que dizem
"Olha aquela que tal é!
Montado o rapaz que é forte,
E o velho trôpego a pé".

"Tapemos a boca ao mundo",
disse o velho: "Rapaz,
Desce do burro qu'eu monto,
E vem caminhado atrás".
Monta-se ,mas ouve dizer:
"Que patetice tão rata!
O tamanhão de burrinho
E o pobre pequeno à pata!"
"Eu me apeio!" diz prudente,
o velho de boa fé.
"Vá o burro sem carrego
E vamos ambos a pé!"
Apeiam-se e outros dizem
"Toleirões, calcando lama,
De que lhes serve o burrinho?
Dormem com ele na cama?"
"Rapaz", diz o bom do velho,
Se de irmos a pé murmuram
Ambos montemos no burro
A ver se inda nos censuram".
Montam, mas ouvem de um lado
"apeiem-se almas de breu!
Querem matar o burrinho,

Aposto que não é seu?"
"Vamos ao chão" diz o velho,
que já não sei o que fazer!
O mundo está de tal sorte,
que não se pode entender.
É mau se monto no burro,
Se monta o rapaz, mau é.
Se ambos montamos é mau,
É mau se vamos a pé:
De tudo nos têm ralhado,
Agora que mais nos resta?
Peguemos no burro às costas,
Façamos ainda mais esta!"
Pegam no burro: o bom velho
Pelas mãos o ergue do chão:
Pega-lhe o rapaz nas pernas
E assim caminhando vão.
"Olhem dois loucos varridos!"
Ouvem com grande sussurro.
"Fazendo o mundo às avessas,
tornados burros do burro!"

O velho, então, pára e exclama,
"Do que observo me confundo,
Por mais qu'a gente se mate,
Nunca tapa a boca ao mundo!
Rapaz, vamos com dantes,
Sirvam-nos estas lições!
É mais que tolo quem dá
Ao mundo satisfações"
(Curvo Semedo) 

Algumas notas sobre Curvo Semedo:

Belchior Manuel Curvo Semedo Torres de Sequeira, Nasceu em Montemor - o - Novo,  em 1766 e morreu em Lisboa em 1838.Foi um poeta português e fidalgo da Casa Real.

Foi um dos nomes mais importantes do movimento intitulado Nova Arcádia,  em que usava o nome de Belmiro Transtagano.
Publicou muitos livros, sendo os mais conhecidos os quatro volumes das Composições Poéticas e a tradução defábulas  de Jean de La Fontaine.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Para uma excelente saúde e um corpo cheio de vitalidade...

... partilho, aqui com os amigos, esta interessante sugestão, que recebi, via e-mail, da "maninha Esperança". Eu já a conhecia, e desde a Escola de Enfermagem - 1963 - sabia o valor destes alimentos. Já tomei durante bastante tempo.

Precisa apenas de uma ou duas  cenouras, uma beterraba, e uma maçã.
Lave bem lavado debaixo da torneira, e sem descascar, corte aos pedaços  e coloque no liquidificador, ou na  "Bimby". Beba logo depois de preparado, em jejum e tome o pequeno almoço cerca de uma hora depois. se desejar, pode juntar um pouco de lima ou limão.Também poderá juntar um pouco de água.




È um excelente preventivo para vários tipos de cancro, podendo também travar o crescimento de células malignas. Pode ajudar a prevenir ataques cardíacos e a tensão alta. Fortalece o sistema imunológico, É bom para a visão, evitando a vermelhidão dos olhos e a secura. E um bom anti - obstipante, regulando o funcionamento intestinal. Ajuda no tratamento do Acne, no mau hálito causado por digestões difíceis, e ainda na dõr de garganta.
Não há nenhum efeito secundário. É de alto valor nutritivo e eficaz na perda de peso.
Aqui, em casa, vamos tomar.

domingo, 28 de julho de 2013

Porque hoje é Domingo (257)





«Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal.
E nasceram-lhe sete filhos e três filhas.
E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente.
E iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles.
Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração. Assim fazia Jó continuamente.
E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles.
Então o Senhor disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por ela.
E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal.
Então respondeu Satanás ao Senhor, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde?
Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra.
Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.
E disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do Senhor.
E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam, e bebiam vinho, na casa de seu irmão primogênito,
Que veio um mensageiro a Jó, e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pastavam junto a eles;
E deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos servos feriram ao fio da espada; e só eu escapei para trazer-te a nova.
Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os servos, e os consumiu, e só eu escapei para trazer-te a nova.
Estando ainda este falando, veio outro, e disse: Ordenando os caldeus três tropas, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos servos feriram ao fio da espada; e só eu escapei para trazer-te a nova.
Estando ainda este falando, veio outro, e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,
Eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, que caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei para trazer-te a nova.
Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou.
E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor.
Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.)

Jó 1:1-22

sábado, 27 de julho de 2013

Milagre

Fonte da imagem:www.fotolog.com  

«Milagre para mim, é ver a chuva molhar os campos e reacender aquele cheiro bom de terra molhada, cheiro de banho de natureza, que faz brotar sementes e sonhos….

Milagre é olhar o céu e ver aquela multidão de estrelas, ali, tudo juntinho sem competir, sem se esbarrar e sem nenhuma empatar o brilho da outra…

Milagre é essa diversidade de flores que Deus planta pra aqui e pra acolá, só para colorir o caminho dos que passam, como quem não quer nada, mas querendo ver-nos felizes…

Milagre é tudo que o homem inventou com a inspiração que Deus deu, telefone, luz, elétrica, rádio, TV, cinema, etc. Eu não sei como isso funciona e nem quero aprender, mas que é milagre é..

Milagre é o que a genética faz: de uma coisa piquititinha de nada, cria um embrião, que se torna pessoa, e que Deus aprova, porque a alma é Ele quem a coloca….

Milagre para mim, é esse mundo imenso, sem porteiro, sem ter um canto para o vento fazer a curva, sem ter um começo delimitado e nem um fim…

Milagre é quando olho para meus filhos e vejo traços físicos meus, quando entro nas suas almas e vejo traços de anjos, então eu agradeço a Deus infinitas vezes, por este milagre…

Milagre é a inocência das crianças que falam na nossa cara o que pensam. Pequeno Buda de 6 anos, disse que Deus é bom porque faz nuvens cem forma de bichinhos fofos….

Milagre é acordar de manhã, abrir a janela e ver o amanhecer lindo que Deus coloriu, cada dia de forma diferente, faz tudo com capricho e carinho. Ah, acordar já é milagre, e dos maiores…

Milagre é quando Deus se esquece de nos dar um irmão, mas encontramos esse irmão, com o nome de Amigo…

Por isso, podemos afirmar que os Milagres existem sim! O desalento e a frustração só existem, porque o nosso relógio funciona num tempo diferente do de Deus.
Basta acreditar, basta olhar em nosso redor, para perceber que a vida e a nossa existência é um milagre, integrados num universo perfeito.»

  (Lady Foppa)

sexta-feira, 26 de julho de 2013

É preciso...


Fonte da imagem:makyarim.blogspot.com 

"É preciso preservar a beleza dos nossos corações.
     Saber olhar com pureza de alma.
Respirar como se nascessemos a cada instante.
     Agir na calma e na serenidade.

Cultivar uma flor, mergulhar em água limpa,
     Ouvir uma melodia, agradecer a vida,
e não deixar que o encanto se dissolva
     diante do mundo".

      (Desconheço o autor)

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Adopção e Dualidade Pai/Mãe - Por José Ribeiro e Castro

O Deputado  José Ribeiro e Castro
Adoptar não é cuidar de. Adoptar é estabelecer maternidade e/ou paternidade, fixar juridicamente filiação, por cima da filiação natural e à semelhança desta, que é apagada e substituída por aquela.
Muitas crianças são cuidadas e criadas por pessoas que não são os seus pais - algumas pelo maior infortúnio, outras nem por isso. Umas são-no transitoriamente, durante certo período da vida; outras de forma duradoura, que pode cobrir todo o resto da menoridade. Nem falo de instituições, a que convém, aliás, fazer mais justiça do que levianamente se ouve e lê por estes dias. Mas falo de crianças criadas por avós, ou por tios, ou por padrinhos ou por irmãos - ou até por amigos da família, a que se afeiçoaram e a que são particularmente chegadas.
 Nesses lares, podem ser só dois a cuidar, ou só um, ou quatro, ou cinco, ou mais. E podem ser lares com figuras adultas masculinas e femininas, sendo uma só, ou duas, ou em maior número: três tias; dois avós e um tio; duas irmãs mais velhas; três irmãos mais velhos; etc. Não são pais, nem mães. São cuidadores e provedores. Está bem. Está até muito bem, servindo o interesse superior da criança. Não adoptaram, nem adoptarão. Sempre assim foi, sempre assim será.

O drama representado no projecto da "co-adopção"do PS é pura tentativa de manipulação. Há algumas crianças que vivem em lares de uniões homossexuais - e isso pode ser discutido, conhecido e avaliado, como situações concretas. Mas não é disso que se trata na adopção: na adopção, trata--se de fixar filiação.

 Nenhuma criança que viva numa determinada casa (incluindo com uma união homossexual), em ambiente familiarmente enquadrado e socialmente estável, é violentamente subtraída a essa casa porque o seu pai ou a sua mãe, que ali vive, faleceu. Esta situação é ficção que não existe. E, se acontecesse, contra o melhor interesse da criança, seria denunciada, reprimida e corrigida.
Se, porém, sobrevém um conflito familiar pela curadoria ou tutela da criança é porque a situação não seria tão estável quanto se quer figurar - e o superior interesse da criança merecerá sempre que o caso seja ponderado. E, em qualquer caso, como já tem sido dito e escrito, existem na lei suficientes instrumentos jurídicos para prevenir qualquer abuso ou usurpação afectiva contrária aos desejos do pai ou da mãe da criança ou aos sentimentos do menor, assegurando a estabilidade da sua criação e protegendo sempre o seu melhor interesse. Sabe-o qualquer estudante de Direito; muito mais o sabem pessoas com as superiores qualificações dos doutores Isabel Moreira, Delgado Alves e Elza Pais.
Não deixa de ser sintomático que o projecto da "co-adopção" homossexual fosse discutido e votado na Assembleia da República no Dia Internacional contra a Homofobia. Mostrou ao que vem: não ao interesse da criança, mas a uma guerra de adultos. A discussão foi bem emblemática do dedo em riste, do início de uma perseguição contra a dita "homofobia" - isto é, contra aqueles que sabem que todos somos filhos de pai e mãe e que pensam (como eu) que está bem assim.
Nunca fui homofóbico, nem tenciono vir a ser. Não me impressionam, todavia, os extremismos da agenda gay. Afirmar a evidência da dualidade parental de pai e mãe e protegê-la no superior interesse da criança e da identidade pessoal de cada um não tem nada de homofóbico, unicamente de verdade humana.

Por mais que se grite o contrário, é assim - é mesmo assim. Azul é sempre azul, mesmo quando se grita que é verde. Todos, em inteira igualdade, temos direito a pai e mãe.Não pode ser apagado, nem proibido. "Isto não faz sentido. Salta aos olhos."

José Ribeiro e Castro

Deputado do CDS

Diário de Notícias de 24 de Julho de 2013

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Sete Anos - Um artigo de João César das Neves



Professor João Cesar das Neves - Fonte da imagem: economico.sapo.pt
           
                                                     SETE ANOS

«Quem se lembra do Verão de 2006? Portugal foi quarto no campeonato do mundo de futebol; a economia crescia 1,4%, o desemprego era 7,4%. Nasciam mais pessoas do que morriam e os casamentos eram o dobro dos divórcios. Só há sete anos. Como tudo mudou tanto!

Dois factos dominaram este período. O mais visível é económico-financeiro: o país, então já atascado em dívida, caiu de bêbado em 2011 e debate-se na terrível ressaca. A coberto desta veio a segunda evolução, mais decisiva: um devastador assalto à cultura e sociedade portuguesas em nome da liberdade sexual, com extremistas capturando e distorcendo elementos centrais da alma lusitana. A bebedeira financeira cura-se em menos de sete anos, mas a investida lasciva será pavorosa por décadas.
Foi no Verão de 2006 que começou a demolição das leis básicas da identidade nacional que trouxeram Portugal de uma posição mundial equilibrada ao extremo desmiolado na regulamentação familiar. A primeira foi a Lei 32/2006 de 26 de Julho da reprodução artificial. Seguiu-se a liberalização e subsidiação do aborto (Lei 16/2007 de 17/4 e Portaria 741-A/2007 de 21/6), banalização do divórcio (Lei 61/2008 de 31/10), educação sexual laxista (Lei 60/2009 de 6/8), casamento entre pessoas do mesmo sexo (Lei 9/2010 de 31/5), mudança do sexo (Lei n.º 7/2011 de 15/3), entre outras.
Enquanto noutros países estes assuntos criavam profundos e longos debates, por cá deu-se o triunfo súbito do fundamentalismo extremista. Embrulhados em manigâncias capitalistas, os Governos precisavam de fingir progressismo na ideologia familiar. A sociedade assustada adoptou a posição cómoda e irresponsável de tolerar a libertinagem. As forças de defesa da família, em particular a Igreja Católica, suportaram derrota atrás de derrota fragorosa.
Deste modo irresponsável, o país alinhou em poucos anos as suas leis básicas por caprichos de fanáticos, ultrapassando a toda a velocidade os países civilizados, alguns dos quais já em sentido inverso. Portugal tornou-se um paraíso mundial de comportamentos desviantes e perversos. Não admira o colapso do casamento, ausência de fertilidade, envelhecimento galopante, multiplicação de patologias sociais. Em 2011 os casamentos foram só mais 34% que os divórcios e houve menos 6000 nascimentos que óbitos. A geração anterior desequilibrou as finanças em quinze anos; esta desequilibrou-se a si mesma em sete.»

 ( Diário de Notícias de 22 de Julho de 2013)

terça-feira, 23 de julho de 2013

O Tio - Poema de João Leal

Praia Grande - Sintra  - Fonte da imagem: sintradesportivo.blogspot.com 

                    O TIO

«Lembro-me de com ele não ter medo de ir para o mar. Tinha um corpo forte, uma voz grave calmante de sorriso e ensinou-me a boiar, afastando o terror e o frio e dando-me o céu quando eu abria os olhos já sem pé.
Quis muitas vezes que fosse também meu pai. A última vez que isso me aconteceu foi ontem à noite em que senti precisar da sua voz sorriso, agora já quase de quase idoso em saudade de juntar as nossas solidões com conversa.
Um dia destes, não interessa que tenham passado mais de 30 anos, vamos os dois à praia outra vez, eu e o meu tio Serafim.»


        (João Leal - meu filho)

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Para a Miriam, pelos seus oito anos

 
OS MEUS OITO ANOS


Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus
— Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

....................................

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!

   (Casimiro de Abreu - Poeta Brasileiro)

Alguns dados sobre o poeta:


 

Casimiro José Marques de Abreu, nasceu a 4 de Janeiro de 1839, e faleceu a 18 de Outubro de 1860.

Foi filho do [leiteiro] e fazendeiro português José Joaquim Marques de Abreu e de Luísa Joaquina das Neves, uma fazendeira de Siva Jardim,  (na época, Capivary), viúva do primeiro casamento. Com José Joaquim ela teve três filhos, embora nunca tenham sido oficialmente casados. Casimiro nasceu na Fazenda da Prata, em Casimiro de Abreu, propriedade herdada por sua mãe em decorrência da morte do seu primeiro marido, de quem não teve filhos.

A localidade onde viveu parte de sua vida,  Barra de S. João, é hoje distrito do Município  que leva seu nome, e também chamada "Casimiro de Abreu", em sua homenagem. Recebeu apenas a instrução primária no Instituto Freeze, dos onze aos treze anos, em, Nova Friburgo,  então cidade de maior porte da região Serrana, do estado do Rio de Janeiro, e para onde convergiam, à época, os adolescentes induzidos pelos pais a se aplicarem aos estudos.
Aos treze anos transferiu-se para o Rio de Janeiro  para trabalhar com o pai no comércio. Com ele, embarcou para Portugal, em 1853, onde entrou em contato com o meio intelectual e escreveu a maior parte de sua obra. O seu sentimento nativista e as saudades da família escreve: "estando na minha casa à hora da refeição, pareceu-me escutar risadas infantis da minha mana pequena. As lágrimas brotavam e fiz os primeiros versos de minha vida, que teve o título de Ave Maria"

 Em Lisboa, foi representado seu drama Camões e o Jau em 1856, , que foi publicado logo depois.

Seus versos mais famosos do poema Meus oito anos: Oh! Que saudades que tenho/da aurora da minha vida,/ da minha infância querida/que os anos não trazem mais!/ Que amor, que sonhos, que flores,/naquelas tardes fagueiras,/ à sombra das bananeiras,/ debaixo dos laranjais!.
Em 1857 retornou ao Brasil para trabalhar no armazém de seu pai. Isso, no entanto, não o afastou da vida boêmia. Escreveu para alguns jornais e fez amizade com Machado de Assis. Escolhido para a recém fundada Academia Brasileira de Letras, tornou-se patrono da cadeira número seis.
Tuberculoso, retirou-se para a fazenda de seu pai, Indaicú,  hoje sede do município que recebeu o nome do poeta, onde inutilmente buscou uma recuperação do estado de saúde, vindo ali a falecer. Foi sepultado conforme seu desejo em Barra de São João, estando sua lápide no cemitério da secular Capela de São João Batista, junto ao túmulo de seu pai. Em 1859 editou as suas poesias reunidas sob o título de Primaveras.

Espontâneo e ingênuo, de linguagem simples, tornou-se um dos poetas mais populares do Romantismo, no Brasil. Seu sucesso literário, no entanto, deu-se somente depois de sua morte, com numerosas edições de seus poemas, tanto no Brasil, quanto em Portugal. Deixou uma obra cujos temas abordavam a casa paterna, a saudade da terra natal, e o amor (mas este tratado sem a complexidade e a profundidade tão caras a outros poetas românticos). A despeito da popularidade alcançada pelos livros do poeta, sua mãe, e herdeira necessária, morreu em 1859 na mais absoluta pobreza, não tendo recebido nada em termos de direitos autorais, fossem do Brasil, fossem de Portugal.
  (http://pt.wikipedia.org/wiki/Casimiro_de_Abreu)


domingo, 21 de julho de 2013

Porque Hoje é Domingo (256)


Não julgueis, para que não sejais julgados.

Porque sereis julgados pelo critério com que julgais e sereis medidos pela medida com que medis.
Por que vês o argueiro no olho de teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho?
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens uma trave no teu?
Hipócrita! Tira primeiro a trave do olho; e então enxergarás bem para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para não acontecer que eles as pisem, e os cães, voltando-se, vos despedacem.
Pedi, e vos será dado; buscai, e achareis; batei, e a porta vos será aberta.
Pois todo o que pede recebe; quem busca acha; e, ao que bate, a porta será aberta.
Quem dentre vós, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?
Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma cobra?
Se vós, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está no céu, dará boas coisas aos que lhe pedirem!   
(Ev. de S. Mateus 7:1 a 11)

sábado, 20 de julho de 2013

Coerência na Dádiva





 Do blogue do meu irmão e amigo, Pastor Orlando Arraz Maz - http://arrazmaz.blogspot.pt/ trouxe este texto, que achei interessante e muito actual, para partilhar aqui com os amigos.


    Obrigada Pastor Orlando

«Quando lemos a história da viúva pobre que deu suas duas únicas moedas como oferta, ficamos impressionados. Ela demonstra sua fidelidade para com Deus em oferecer-lhe tudo quanto possuía. Será que faríamos o mesmo?

Ofertar moeda de baixo valor como gorjeta é bastante perigoso. Muitas vezes há constrangimento quando recusada. Como esmola, não deixa de fora o mesmo risco.

Entretanto, há aqueles que ofertam moedas a Deus sem o menor problema, e que não podem ser comparados com a viúva pobre, pois possuem bens suficientes para uma boa vida.

E ainda há aqueles que ofertam verdadeiras migalhas a Deus, totalmente desproporcionais com seus ganhos. E o fazem sem o menor constrangimento, pois o que oferecem é encoberto a olhos humanos.

É lastimável como muitos tratam a Deus como um mendigo, ofertando valores irrisórios, que poderiam ser devolvidos. Tiram da carteira a menor nota, e mesmo riscada, amassada, ou rasgada, a oferecem no ofertório. E como Deus é invisível, ficam à vontade.

Nos tempos do profeta Malaquias ocorria o mesmo com as oferendas de animais para o Templo:

“Pois quando ofereceis em sacrifício um animal cego, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou o doente, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o Senhor dos exércitos”.

Muitas vezes tais ofertas são insuficientes para suprir as necessidades dos membros carentes, ou para reformar o prédio onde a igreja se reúne, quando as casas desses ofertantes miseráveis são excelentes e seus bens são de primeira. Gastam com seus prazeres, e nas suas listas Deus fica em último lugar, se sobrar algum trocado.

As pessoas que veem tais ofertantes podem ser enganadas, pois veem tão somente o gesto, e não o valor apertado entre os dedos. O que não ocorre sob o olhar de Deus.


Quando o apóstolo deu instruções para a igreja da cidade de Corinto, assim se expressou:

“No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme tiver prosperado, guardando-o, para que se não façam coletas quando eu chegar”.

Os ofertantes do século XXI prosperam a cada dia, mas não separam o que pertence a Deus, que no mínimo deveria ser 10%.

Estão bem distantes da viúva pobre que foi elogiada por Jesus.


Tais ofertantes sempre patinam nas suas vidas, e nada dá certo. Suas economias se evaporam ou escorrem pelos dedos, porque são verdadeiros roubadores de Deus. Pensam nas suas aquisições, no embelezamento de seus corpos, na compra de roupas de “grife”. São verdadeiros egoístas.

Não se cogita de que o ofertante sincero seja isento de dificuldades financeiras, como se estabelecesse um negócio com Deus. De forma alguma. A promessa de Deus é que ele “abrirá janelas do céu e derramará bênçãos sem medida”.

Que nossas ofertas sejam dignas e ofertadas a Deus na mesma proporção de nossos ganhos, e quando forem de pequeno valor Deus se alegrará, desde que nos identifiquemos com a viúva em gênero, número e grau.

Que passemos a ofertar como devedores da graça de Deus, com alegria e autenticidade, pois assim o Senhor se agrada.»

Que assim seja

Orlando Arraz Maz


 No blogue -  http://arrazmaz.blogspot.pt/

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Andai nas Veredas Antigas

Caminho em Sintra - Fonte da Imagem:www.homeaway.pt  

"Assim diz o Senhor (Deus): Colocai-vos  á margem do caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas..." (Do profeta Jeremias, 6:1 a 16)

«O que devo eu  fazer para me salvar?» 

Foi esta mesma pergunta feita ao apóstolo Paulo e a Silas, seu cooperador, pelo carcereiro de Filipos.
A resposta tem de ser sempre a mesma também: «Crê no Senhor Jesus, e serás salvo »- Actos dos Apóstolos  16; 30 e 31.
Em Romanos 19:9 lemos: « Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o resssuscitou dentre os mortos, serás salvo» E no verso 13: « Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.»
Em João 3:16: « Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna».
«Todos pecaram e carecem da glória de Deus» - Romanos 5:23.
«O sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado».- - I de João 1:7».
«Se reconhecermos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça». I de João 1:9.
Fazei a vontade de Deus e segui a Jesus no Baptismo, após a vossa salvação - Veja Mateus 3:13 a 17.
Entrai assim para uma igreja de Cristo, para O servir, adorar e prestar-lhe toda a glória, agora e para todo o sempre. Amém. Veja Efésios 3:21.

  No Opúsculo - Andai nas Veredas Antigas
Uma Publicação da Associação de Igrejas Baptistas Portuguesas  - 1969

Nota:

Assim, concluímos hoje, a publicação deste interessante Opúsculo, que encontrei  casualmente, na nossa biblioteca cá de casa.
Desejo que possa ter sido útil, e que possa ter levado alguém a aproximar-se do Senhor Jesus Cristo e a aceitá-lo como seu Senhor e Salvador, pois esta é a decisão mais importante que temos que fazer na vida.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Sei para onde vou, mas...qual é o teu rumo?

      
Fonte da imagem: neiva.passuello.com.br

         Um Hino

«Sei para onde vou
E sei que não vou sózinha
Ando ao som da música
Em manhã de Primavera.

Encontrei um tesouro
Que ninguém poderá tirar-me.
Há uma luz brilhando
Quando as nuvens me rodeiam

Qual é o teu rumo?
Quem é o teu amigo?
Quando as trevas chegam
Como encontrar o caminho?

Podes dizer-me
Onde está o teu tesouro?
E a tua música em
Manhã de Primavera?

Vivo com alegria
Pois Cristo vai ao meu lado
O amor que Dele emana
É o bastante para guiar-me.

É a minha luz
Meu tesouro inestimável.
E a linda música
Em manhã de Primavera.

Sei para onde vou,
Mas...qual é o teu rumo?«
(Desconheço o autor
)

quarta-feira, 17 de julho de 2013

A Verdadeira Paz



"A verdadeira paz não é a ausência de guerra, mas a presença de Deus".

                        (Gereformeerde Weekblad)


terça-feira, 16 de julho de 2013

Cuidado com o Fogo

Neste tempo acalorado,
Vou pedir a sua atenção,
Para ter muito cuidado
Com o lume, no verão.
Uma queimada modesta,
Quando se põe a caminhar,
Vai correr pela floresta
Dia e noite sem parar.
O queimar não lhe importa,
Nem tem pena de ninguém
E até mesmo à sua porta
Pode acontecer também.
Antes que o fogo alastre,
Tenha muito cuidadinho,
Para evitar o desastre
Não acenda o cigarrinho.
No final de uma fumaça,
Um cigarro posto fora,
Pode ser uma desgraça
A surgir a qualquer hora.
É bom reflectir primeiro,
Que o perigo está à espreita,
Porque o fogo traiçoeiro
Nem de noite, ele se deita.
Temperatura alta ou baixa,
Não faça do lume um jogo,
Deixe os fósforos na caixa
E não brinque com o fogo.
Rama Lyon
http://ramalyon.blogspot.pt/ 
Nota:
Obrigada por a boa e oportuna ideia, amigo.
 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Grilos - Um poema de João Leal



Grilo junto á toca - Fonte da imagem: www.escolovar.org
Grilos

Seguíamos o cantar pelas tardes luminosas procurando as tocas entre as ervas altas.
Uma palhinha fazia o grilo entrar numa gaiola colorida, cantando à noite no parapeito da janela.
A mãe fazia-me adormecer assim pelos seus campos perdidos de criança.
Não era ainda precisa a força complicada, tão difícil, da beleza das palavras.


    (João Leal - meu filho)

domingo, 14 de julho de 2013

Porque hoje é Domingo (255)

Cultuando a Deus na Casa de Oração da Igreja Baptista de Morelena - Sintra
   Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus.

  Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.

  Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita;

  para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.

  E, quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.

  Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.

   E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos.

  Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.

  Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome;

   venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;

   o pão nosso de cada dia nos dá hoje;

   e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores;

  e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. [Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre, Amém.]

  Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;

  se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas. (Ev. de S. Mateus cap.6:1 a15)



sábado, 13 de julho de 2013

Andai nas Veredas Antigas - (22)

Fonte da imagem: aorodardotempo.blogspot.com 

"Assim diz o Senhor (Deus): Colocai-vos  á margem do caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas..." (Do profeta Jeremias, 6:1 a 16)


Sustentamos pelas Escrituras Sagradas o seguinte corpo de doutrinas:

 22 - Associação de Igrejas Baptistas Portuguesas

É constituída por igrejas que voluntáriamente se associam na obra de evangelização e educação cristã. Tem os seus Estatutos registados no Governo Civil de Viseu, onde foi organizada.
O seu escritório está actualmente  na Rua Elias Garcia  - 281 - F - Amadora.
Além das igrejas do Continente  também há uma florescente  igreja em S. Vicente  de Cabo Verde, pastoreada pelo Missionário, Pastor Mamuel Ramos  e outra em Sá da Bambeira, Angola, Pastoreada pelo missionário, Pastor José Duarte.. Todas as igrejas têm as suas missões , e em Riom, na França, a igreja Baptista de Pombal iniciou uma próspera missão, com a qual já coopera o missionário  norte-americano Henry Horton.
Pugnamos por igrejas fiéis  ás Escrituras, conservadoras, Fundamentalistas, Independentes, Ortodoxas e Missionárias. Nas reuniões desta Associação, para se manter uma representação na base da igualdade  e democracia  das igrejas, nenhuma destas pode enviar mais do que três mensageiros, devidamente credenciados, sem se considerar a grandeza da igreja  nem a força do seu poder financial.

  No Opúsculo - Andai nas Veredas Antigas


Uma Publicação da Associação de Igrejas Baptistas Portuguesas  - 1969

Nota:
Actualmente, o escritório da Associação de Igrejas Baptistas Portuguesas, situa-se  na Rua Cândido  de Figueiredo, 80 A - 1500- 136 - Lisboa

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Coisas grandes e coisas pequenas - tudo cabe em Deus.


Florinhas simples do campo. Foto da Viviana.


"Nada existe grande demais para o poder de Deus. E nada existe pequeno demais para o seu amor".

      (Rosalinde Goforth)

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Esta Formosa Terra - Um poema de Rodrigues Lobo



 O famoso, e para mim, saudoso, Marachão - onde passei  tantas vezes. Fonte da imagem: arakara.yolasite.com -

Esta Formosa Terra  (Leiria)

Esta formosa terra
Situada numa planície fresca e deleitosa
A uma rocha íngreme encostada
Donde o Castelo a mostra mais formosa
De dois alegres rios rodeada
E de fresca verdura graciosa
Vales ao redor verdes sombrios
Que cortam mansamente os brandos rios.

(Francisco Rodrigues lobo) 

Quem foi Francisco Rodrigues Lobo:

«Oriunda de uma família judaica leiriense, onde nasceu por volta de 1580, Francisco Rodrigues Lobo formou-se em leis na Universidade de Coimbra, tendo depois regressado à sua terra natal, onde passou grande parte da sua vida. Viria a falecer, segundo se julga, em 1622, vítima de afogamento no rio Tejo.

Embora a sua poesia seja por vezes confundida com a do seu contemporâneo Soropita, Francisco Rodrigues Lobo distingue-se de todos os outros por ser o melhor dos discípulos de Camões e, ao mesmo tempo, o primeiro mestre da segunda fase clássica da literatura europeia do século XVII e a quem D. Francisco Manuel de Melo (1608-1666) chamou de "jardineiro da Língua Portuguesa, que tosou, poliu e cultivou como bom filho", graças à atenção e um gosto muito apurado quanto às questões de estilo e à estética do idioma.

As suas principais obras foram: Éclogas (1605), Primavera (1601), Pastor Peregrino (1608), Desencantado (1614) e Corte na Aldeia e Noites de Inverno (1619).

Leiria terra de poetas e de artistas. Aqui lembramos Francisco Rodrigues Lobo.

Em nossa cidade nasceu no ano de 1580, morrendo em Lisboa no ano de 1622, no rio Tejo, quando a embarcação em que seguia se afundou, morrendo afogado. Francisco Rodrigues Lobo, poeta entre os melhores do seu tempo, deixou uma obra que é ainda lembrada em nossos dias.

Assim honrou Leiria, cidade que foi seu berço, Leiria não o esqueceu. Homenageou-o, situando na praça que tem o seu nome uma estátua em bronze a lembrar o poeta e o escritor. Também no jardim público virado para o Largo 5 de Outubro de 1910 da mesma maneira a cidade não o esqueceu, inaugurando uma estátua em pedra, "O Peregrino", figura pastoril que nos seus romances bucólicos representa o próprio poeta»

 (http://leiria.tripod.com/poetalobo.htm)  

Nota: Em Leiria, vivi a minha infância e parte da minha juventude.
Com os meus irmãos, partilhámos momentos e aventuras extraordinárias.
Depois de mais de cinquanta anos fora dela, Leiria continua bem viva em nós os quatro, e śerá para sempre a nossa cidade.


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Quanto carinho da amiga Sandrinha, para mim!

Creio, que o que qualquer ser humano mais precisa e mais  anseia, é ser amado e acarinhado. Sem isso, pode ter tudo o que quiser,  mas não pode ser feliz. A base da felicidade é o AMOR - AGAPE.

Da parte da querida e doce amiga Sandrinha - do blogue - http://aotoquedoamor.blogspot.pt/, tenho recebido, ao longo de vários anos, muitas e especiais provas, de carinho e amor cristão.

Acabaram de chegar mais estas, que, de todo o coração agradeço.
Obrigada, querida e doce amiga! Muito Obrigada!
Desejo bençãos sem fim, dos céus, sobre si e a sua linda família.


Que a doçura do amor de Deus,
 fortaleça a nossa amizade



sábado, 6 de julho de 2013

Nós vemos o que somos



Fonte da imagem:destinosdocoracao02.blogspot.com -
 "Nós não vemos o que vemos, nós vemos o que somos. Só vêem as belezas do mundo aqueles que têm belezas dentro de si".

(Rubem Alves)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Andai nas Veredas Antigas (21)



"Assim diz o Senhor (Deus): Colocai-vos  á margem do caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas..." (Do profeta Jeremias, 6:1 a 16)

Sustentamos pelas Escrituras Sagradas o seguinte corpo de doutrinas:

21 - Associações

Cremos que as igrejas devem cooperar umas com as outras na obra de levar  o Evangelho a todo o mundo, seguindo o exemplo de cooperação bíblica por meio de mensageiros enviados pelas  igrejas a um lugar, de acordo com todas , estudando, discutindo e orando de modo a que em todas as deliberações  tenha sempre a primazia  o respeito pela soberania das igrejas, como aprendemos  da II Epístola de Paulo aos Coríntios, 8:16 a 24.

 No Opúsculo - Andai nas Veredas Antigas

Uma Publicação da Associação de Igrejas Baptistas Portuguesas  - 1969

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Mais um poema de Júlio Roberto




SER POETA

Conheço muitos poetas
que julgam que a poesia são versos
E que basta andar a rimar
A pôr e a tirar linhas na escrita
Riscar palavras e pôr outras para emendar

Mas o poeta não é isso
não é poetar,
nem fazer versos,
nem cantar loas ao luar

Poeta é SER
é sentir,
mesmo sem linhas e sem palavras,
a Vida dentro de nós a fervilhar

É ter a dor e a alegria,
deixar o coração falar,
experimentar tudo e experimentar nada...

É até saber escutar...

Júlio Roberto - Pedaços de mim

Nota:

Este grande português, Poeta, Filósofo, Ambientalista, e muito mais...
que tive o previlégio de ter como professor, faleceu recentemente.
Publiquei   neste espaço um poema seu, no dia 19 de Agosto de 2009 -
 -"Meu Filho" - que nestes últimos tempos tem sido muito visitado. Praticamente, todos os dias alguém de um qualquer canto do mundo, vem lê-lo.
Por esse motivo, procurarei oferecer aqui, outros poemas e trabalhos seus, que merecem bem ser divulgados

Pode ver o poema "Meu Filho" aqui.

Pode saber mais sobre Júlio Roberto - aqui.


quarta-feira, 3 de julho de 2013

A minha Pátria e o meu Povo á mercê de políticos irresponsáveis.


Fonte da imagem: caravagio.blogs.sapo.pt
A classe política do meu País, toda ela, desde o 25 Abril, procura apenas  os seus interesses pessoais e partidários. A Pátria e o Povo, que deveriam estar em primeiro lugar, são neglicenciados e desprezados. A prova está aí... basta olhar.
Como se não bastasse a situação de dependência externa, recebendo ordens e directrizes de fora; como se não bastasse a pobreza e a carência em que vivem milhares de portugueses; "os senhores políticos", completamente indiferentes ás consequências  gravíssimas que acrescentam ao País e aos portugueses, dão-se ao luxo de "amuarem", rejeitando totalmente as suas responsabilidades, como se a situação com que Portugal e o seu povo se debatem, fossem coisa de somenos importância.

Basta! Chega! É demais!

Estes políticos não servem. Nunca mudarão.
Da direita, á extrema esquerda, ninguém se aproveita.

Pobre país...pobre povo!

Só um milagre dos céus, e a bondade de Deus, poderá salvar  esta Pátria e a sua gente.

Nota:
 Confio no Primeiro Ministro Pedro Passos Coelho; na sua honestidade, no seu empenho e determinação de levar Portugal a bom rumo.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Menino de Oiro - de Zeca Afonso





Para mim, esta é a mais bela canção de Zeca Afonso.

Menino de Oiro

O meu menino é d'oiro
É d'oiro fino
Não façam caso que é pequenino
O meu menino é d'oiro
D'oiro fagueiro
Hei-de levá-lo no meu veleiro.

Venham aves do céu
Pousar de mansinho
Por sobre os ombros do meu menino
Do meu menino, do meu menino
Venha comigo venham
Que eu não vou só
Levo o menino no meu trenó

Quantos sonhos ligeiros
p'ra teu sossego
Menino avaro não tenhas medo
Onde fores no teu sonho
Quero ir contigo
Menino de oiro sou teu amigo

Venham altas montanhas
Ventos do mar
Que o meu menino
Nasceu p'r'amar
Venha comigo venham
Que eu não vou só
Levo o menino no meu trenó

O meu menino é d'oiro
É d'oiro é de oiro fino ....

Venham altas montanhas
Ventos do mar ....

Letra e música:Zeca Afonso
(Fado de Coímbra - Canção de Embalar)
In: As primeiras canções



Biografia


«José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, filho de um juiz e de uma professora primária, nasceu, em Aveiro, em 2 de Agosto de 1929, tendo passado os primeiros anos de vida entre a terra natal, Angola e Moçambique.
"Bicho-cantor" foi a alcunha que lhe deram no liceu, por cantar serenatas durante as praxes. Nesta altura conhece a vida boémia e os fados tradicionais de Coimbra.
Entre 1946 e 1948, enquanto terminou o liceu, conheceu a costureira Maria Amália de Oliveira, com quem casou às escondidas, devido à oposição dos pais.
Quando, em 1949, ingressou no curso de Ciências Histórico Filosóficas, da Faculdade de Letras, revisitou Angola e Moçambique, integrado numa comitiva do Orfeão Académico da Universidade de Coimbra.
Em 1953, nasceu o primeiro filho, José Manuel, e, enquanto dava explicações e fazia revisões no "Diário de Coimbra", viu os primeiros discos serem editados.
O Emissor Regional de Coimbra, da Emissora Nacional, foi o local escolhido para a gravação dos dois discos, de 78 rotações, com faixas de fados de Coimbra.
"Fados de Coimbra" é o título do primeiro EP, editado em 1956. Nos finais dos anos 50, princípios de 60, começou a frequentar colectividades e a cantar, com regularidade, em festas populares.
Em 1963, concluiu o curso, com uma tese sobre Jean-Paul Sartre e a nota de 11 valores.
A senha para o início da Revolução de Abril, "Grândola Vila Morena", nasceu após Zeca Afonso se ter inspirado numa actuação na Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, em Maio de 1964.
O único disco editado pela Valentim de Carvalho, "Cantares de José Afonso", é desse ano, altura em que regressou a Moçambique, onde viveu e leccionou durante três anos.
O regresso a Portugal deveu-se à oposição José Afonso ao sistema colonial . O destino, desta vez, foi Setúbal, onde foi colocado como professor, tendo sofrido uma grave crise de saúde que o forçou ao internamento hospitalar durante vinte dias. Quando recuperou, ficou a saber que tinha sido expulso do ensino oficial, passando a viver de explicações que dava.
O PCP chegou a convidá-lo, por esta altura, a entrar para o partido, mas José Afonso recusou alegando a sua condição de classe.
O álbum "Contos Velhos Rumos Novos" e o single "Menina dos Olhos Tristes", que contem a canção popular "Canta Camarada" , são editados em 1969.
Seguem-se "Traz Outro Amigo Também", em 1970, gravado em Londres, "Cantigas do Maio", em 1971, gravado em Paris, e, no ano seguinte, "Eu Vou Ser Como a Toupeira", editado em Madrid.
Em Abril de 1973, foi preso, passando vinte dias em Caxias, e no Natal desse ano gravou, em Paris, "Venham Mais Cinco", com a colaboração musical de José Mário Branco, então exilado na capital francesa.
Muitas outras canções, espectáculos e prémios surgiram nos anos posteriores à revolução e, em 1982, os primeiros sintomas da doença que lhe causou a morte, uma esclerose lateral amiotrófica, começaram a manifestar-se.
No último álbum, "Galinhas do Mato", editado em 1985, Zeca Afonso já não conseguiu cantar todos os temas, sendo substituído por muitos cantores portugueses, como Luís Represas e Janita Salomé.
Dois anos mais tarde, no dia 23 de Fevereiro, às 3:00 h, José Afonso morreu, no Hospital de S. Bernardo, em Setúbal.»

 (http://delta01.no.sapo.pt/ZecaBiografia.htm)

   .Uma nota minha:

O nosso grande e querido Zeca Afonso, está spultado em campa rasa no cemitério de Setúbal, onde já "o visitei". Poucas palavras...e muitas flores.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Vale a pena ser Humilde e Submisso a Deus


"Quanto mais o homem fôr humilde e submisso a Deus, tanto maior será a sua serenidade e sabedoria"
   
       (Thomas Kempis)