Dois dias atrás enquanto eu fazia as compras semanais no supermercado, presenciei uma cena que me incomodou. E muito. Uma senhora, aparentando entre 50 e 60 anos fazia também suas compras, acompanhada de sua mãe, que a julgar pela aparência, deveria estar na casa dos 80 anos.
A mãe idosa, com gestos tímidos, retirou um produto da prateleira, e o colocou no carrinho, com o que a filha, não concordou e rispidamente, muito rispidamente, recriminou a idosa senhora por tal gesto. Passei a observá-las. A mãe, o tempo todo se comportava com timidez, a filha, o tempo todo a tratava com rispidez.
Duas semanas antes, no mesmo supermercado, eu presenciara uma cena parecida, dessa vez com homens. O filho, um homem lá pelos seus 40 anos, bonito e bem vestido, tratava o velho pai com tanta estupidez que me despertou imediata antipatia, confirmando o que penso de que beleza não é mesmo fundamental.
Juntando os dois casos: É lamentável constatar como nem sempre o idoso é tratado com o carinho e com a paciência que a idade deles requer. Falta-lhes carinho, atenção e principalmente respeito. Aos parentes, falta-lhes, sensibilidade para perceber que além da obrigação de olhar por seus idosos, têm também o dever moral de cuidar de alguém que um dia lhes cuidou tão bem. E se esquecem que um dia, se não morrermos antes, todos seremos velhos, e vamos depender de alguém, provavelmente nossos filhos, para no mínimo nos dar atenção, conversar conosco e ouvir nossas histórias...
Claro que não posso generalizar. Sei que muitas pessoas tratam sim bem os seus idosos porque têm amor por eles e por saber das limitações que a idade impõe ao ser humano. São pessoas que sabem valorizar a sabedoria que a idade traz, que sabem que por traz dos cabelos brancos e da pele enrugada, pode estar uma pessoa encantadora à espera apenas que se reconheça esse encanto.
A mãe idosa, com gestos tímidos, retirou um produto da prateleira, e o colocou no carrinho, com o que a filha, não concordou e rispidamente, muito rispidamente, recriminou a idosa senhora por tal gesto. Passei a observá-las. A mãe, o tempo todo se comportava com timidez, a filha, o tempo todo a tratava com rispidez.
Duas semanas antes, no mesmo supermercado, eu presenciara uma cena parecida, dessa vez com homens. O filho, um homem lá pelos seus 40 anos, bonito e bem vestido, tratava o velho pai com tanta estupidez que me despertou imediata antipatia, confirmando o que penso de que beleza não é mesmo fundamental.
Juntando os dois casos: É lamentável constatar como nem sempre o idoso é tratado com o carinho e com a paciência que a idade deles requer. Falta-lhes carinho, atenção e principalmente respeito. Aos parentes, falta-lhes, sensibilidade para perceber que além da obrigação de olhar por seus idosos, têm também o dever moral de cuidar de alguém que um dia lhes cuidou tão bem. E se esquecem que um dia, se não morrermos antes, todos seremos velhos, e vamos depender de alguém, provavelmente nossos filhos, para no mínimo nos dar atenção, conversar conosco e ouvir nossas histórias...
Claro que não posso generalizar. Sei que muitas pessoas tratam sim bem os seus idosos porque têm amor por eles e por saber das limitações que a idade impõe ao ser humano. São pessoas que sabem valorizar a sabedoria que a idade traz, que sabem que por traz dos cabelos brancos e da pele enrugada, pode estar uma pessoa encantadora à espera apenas que se reconheça esse encanto.