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VOA News: África

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Ponto de Vista*


Guebuza remete-se a um "silêncio de ouro" ante o levanto popular, como se nada tivesse acontecido

- Como se estivesse a resolver o problemas do povo em detrimento das seu império empresarial

O 5/2 ficará marcado nos anais da história de Moçambique, como sendo o marco sob qual o povo se levantou e disse não as injustiças, não a corrupção desmedida, não a governação laize-fair que caracteriza o executivo dirigido pelo Presidente Armando Emilio Guebuza.

O 5/2 marca, também, o conhecimento profundo sobre, de facto, como o nosso estado é dirigido e como reage aos problemas que os populares apresentam, sem que, para tal, hajam medida viáveis para a sua solução.

Este 5/2 mostrou a atitutude demagoga e anacrónica dos individíduos que supunhamos eleitos para defender os seus constuituintes. Pelo contrário mobilizaram a força das armas e da coerção para impedi-los de exteriorizar sua zanga e indiganção pela caréstia da vida.

5/2 nos faz reviver discursos de acusações gratuítos pelos nossos dirigentes e deliberadamente escamoteando as verdadeiras causas da revolta popular. Porque o Governo não pede desculpas as populações, pela surdes e insultos por si emitidos? Pois, a ideia de “mão externa”, “as crianças estão a ser manipuladas pelos adultos”, “tumultos” e outros adjectivos pouco abonantes, só serviram para mostrar, o quão civilizados os nossos dirigentes são. Deixou, ademais, transparecer ‘baixaria’ e despreocupação pelo sofrimento de outrém.

Quem está despreocupado mesmo, com tudo isto, é o sr Armando Guebuza, o PR,. Ele remeteu -se ao mutismo e isolamento. Um mutismo barato e proprio de mau pagador, para dar a entender que está a resolver o problemas do povo. Cuidado Sr. Presidente! As populações já se aperceberam que o senhor olha, em primeiro lugar, seus negócios empresariais, que abocanham tudo e a todos. O senhor reza para que o dia tenha 48 horas afim de o repartir entre a presidência do estado que ocupa, o cargo de comandante-em-chefe, de chefe de Governo e seu imperio empresarial. Não seria momento de considerar o seu governo “demissionário”, dando lugar a outras energias?

*Dede Moquivalaka

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