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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

A cor da nostalgia

 
 


















 
 
Não, não são as imagens macabras de Ingrid Escanilla – e acho que deviam ver quem é, ou foi até há dias, Ingrid Escanilla. Mas, como disse a Elena Piatok quando me mandou estas imagens, vindas do El País, o México, o seu amado México, não é só uma terra feminicida. É muito mais do que isso, é o país do maior mercado de comida do mundo, Central de Abasto, aqui exibido num colorido de fazer doer a vista – e, para a Elena, de fazer doer um coração imenso, mas cheio de saudades.  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

domingo, 28 de julho de 2019

Edifício Ermita, Cidade do México.

 
 












O Edifício Ermita, uma jóia da arte déco na Cidade do México. Aqui viveu Ramón Mercader, o assassino de Trotsky.
 

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Ridículo.







Cada vez mais celebrizado pela séries de narcotraficantes e pela criminalidade sem precedentes, o México arrisca-se a roubar à Coreia do Norte o título de país mais ridículo do mundo. Primeiro foi o presidente Obrador a exigir ao rei de Espanha um pedido de desculpas pelaconquista do país, um pedido, claro, formulado… em castelhano. Agora foi a responsável pela Cultura, Alejandra Frausto, a escrever uma carta à estilista CarolinaHerrera. Porquê? Porque esta se terá inspirado em desenhos de povos locais na sua nova colecção de moda. Vemos os vestidos e ficamos atónitos: agora um país tem copyright sobre «motivos» ou «cores» ou «padrões»? E recriá-los não é antes uma forma de os homenagear? A ministra Frausto chega a perguntar se as comunidades indígenas irão receber algum $$$ por os seus motivos, cores e padrões serem recriados por uma estilista… a senhora Frausto não percebe que se cobre de ridículo e que, se a moda pegasse, não se poderia desenhar nada, criar nada, fazer nada de nada? Haja paciência. Não é a primeira: já em 2017 a Chanel teve de se desculpar (!) pela criação de um boomerang…
 

terça-feira, 23 de outubro de 2018

domingo, 14 de outubro de 2018

Tintorera!

 




 
         Chegou-me às mãos um livro fabuloso sobre as réplicas – ou, como agora se diz, as «declinações» – do filme Jaws, de Spielberg. Bad Requins, l’histoire de la sharksplotation, acabadinho de sair em França. Portanto, não estranhem se nos próximos dias tivermos por aqui uma ou outra nota mais frequente sobre películas que tratam de esqualos perigosos. Desta feita, Tintorera!, uma produção mexicano-inglesa de 1977. Portanto, um filme de horror mexicano da década de setenta, que foi, como se sabem, um decénio muito mexicano e horroroso. A acção passa-se na Isla Mujeres, óbvio, e a fita foi dirigida pelo sr. René Cardona Jr., que todos bem conhecem de clássicos como Fiebre de Amor (1985), Escápate Conmigo (1987) ou Deliciosa Sinvergüenza (1990). Basicamente, e pelo que se pode vislumbrar no Youtube, os tubarões são figurantes menores e adereços assaz secundários, pois o fulcro do filme está tudinho nas moças em biquíni ou topless e nos rapazes musculosos de tanga. A vertente soft porn domina a abordagem de Cardona Jr., em detrimento do horror movie (ainda que Tintorera! seja involuntária mas literalmente um filme de terror – o que, só por isso, justifica esta menção muito honrosa da parte de Malomil).
A trama está condensada na Wikipedia, que sublinha, de forma apropriada, o facto de uma das personagens, crê-se que a danada da Gabriella, se envolver sexualmente com dois homens. O filme tem a duração de 126 minutos, no México, mas foi sensatamente reduzido para 85 minutos na esclarecida Suécia. A ver, portanto.