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13 de mai. de 2008

Mulheres no governo



Outro dia vi uma foto recente da Marina Silva e fiquei impressionada com o envelhecimento que ela demonstrava. Cabelo branco, aparência cansada. Estava péssima a criatura. Nesta foto ela ainda me parece bem (deve ser antiga)

Não me surpreendeu portanto ao ouvir hoje na CBN sobre seu pedido de demissão, mesmo sem estar acompanhando as crises pelas quais sua gestão tem passado (conflitos com bancadas ruralistas e posturas do governo referentes a políticas de preservação do meio ambiente em contraponto à política desenvolvimentista, basicamente). A notícia me chamou a atenção por ser a Marina um dos poucos expoentes do Governo Lula que ainda me interessava, me passava completa confiança, não havia se dobrado, digamos, aos novos tempos. Adaptou-se com coerência. Uma biografia irrepreensível, resumindo. O comentarista falava sobre o perfil de credibilidade que ela dava a pasta do Meio Ambiente, e como será difícil substituí-la a altura, no cenário internacional, principalmente. Porque hoje em dia, embora o Brasil não reflita esta realidade externa, o Meio Ambiente tem toda influência nas questões econômicas e na dinâmica do mercado.

Uma pena, Seu Lula. A última moicana abandonou o barco.

Será que ela vai para a oposição?


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A outra criatura que me chamou atenção nos últimos tempos foi a Dilma Roussef. Claro, em sua bombástica aparição no Congresso, semana passada, que assisti na Tv Senado. Realmente sua firmeza impressiona. Ainda estou analisando o seu currículo, em minha tendência natural de apostar em mulheres no poder. Se ela for mesmo candidata, capaz de votar nela...


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E nessa onda de pensar em política (fazia tempo), também hoje ouvindo a CBN encontrei a Luciana Azevedo, minha vereadora. Será que ela se candidata esse ano? Prumode está na Fundarpe... E aí, voto em quem? Mulher, por favor!

27 de ago. de 2007

Todos Processados

Recebidas as denúncias do 'núcleo político' (também) do esquema do mensalão: José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. Por corrupção ativa. Amanhã, prosseguirá com a apreciação acerca de formação de quadrilha pelas quais os mesmos foram denunciados. Ulalá.

Diante do oba-oba, apenas reflito sobre a máxima da sabedoria popular: "Quem nunca comeu mel, quando come, se lambuza!". Faltou à cúpula do primeiro Governo Lula sabedoria para a manipulação política, não resta dúvida... Sobrou incompetência para a marginalidade, pode crer! Não está no sangue deste povo, como das velhas raposas de outrora!



Update - Não é meu hábito comentar comentários em post, mas, respondendo ao comment de Rubens, gostei do que escrevi e achei que mais gente poderia gostar também:

Rubens disse - "Que esperança... indiciados sim... punidos? Nunca serão. De que vale indiciar um ou quarenta e um? Só aumenta a vergonha que todos sentimos ao nos vermos novamente enganados. Será que há esperança?"


Ieu respondo - Well, não recordo de haver falado sobre esperança, embora em mim, porque é da essência dela (a esperança) seja a última que morre, ela permaneça, embora diferente. O que aconteceu é que minha esperança parece cada dia mais distante, e não sei se chegarei a ver seus reflexos, espero apenas que minha filha veja... Também não acredito em condenação. Mas apenas o fato do STF, um tribunal notoriamente político, haver se pronunciado em um primeiro vislumbre desejoso de correção, já é um alento. Ou, talvez, como você diz, só mais uma enganação. O tempo dirá.

30 de out. de 2006

Dias de Luta

Estou naqueles dias de "queroquevocêmeaqueçanesseinvernoequetudomaisváproinferno". Mas é para ir mesmo, sem passagem de volta. Muito, muito, muito bom.

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Gostei muito da vitória do Lula, sim, algum problema? E da vitória do Eduardo Campos, de quebra. Não dá mais para vestir bandeira e pintar a cara, e nem acho que será possível tão cedo, mas enfim, ser feliz importa. Muito. Quem preferir que fique pensando e falando mal, que eu vou ali sorrir para as margaridas, combinado?

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Tudo isso deve vir disto. Ah, tão delícia. Nem quero pensar no espanto que é ver como nosso país mudou, meu Deus. Com toda desgraça, éramos felizes e não sabíamos. Porque deu tudo tão errado? Tinha tudo para dar certo (não, não tinha, senão, tinha dado). Não existia programinha da MTV chamado "A Fila Anda". Não existia Orkut (essa loucura obtusa, neurótica, histérica, graças a Deus abandonei essa merda), a Cicarelli não existia. O Manoel Carlos não existia, e O Profeta não era essa criatura loura-e-inexpressiva-com-cara-de-anjo, mas o Carlos Augusto Strasser (lembram?). Todos eram sinceros, autênticos e tentavam ser felizes. Não se sobrevivia, se vivia. Sabe do que mais? Essa espécie está fadada à extinção. Tente salvar-se e amar aos seus enquanto não chegamos lá. Ainda é possível.

3 de out. de 2006

Hoje

Por que as pessoas ficam se enganando? Será solidão demais? Por que eu não consigo entender isso? Por que eu não consigo enganar ninguém? Consigo?

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É triste que criem uma comunidade no Orkut chamada "Já tomei banho de chuva" e só se fale nela sobre a Cicarelli.

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Hoje estou sentindo mais uma vez uma saudade fudida dos meus amigos. Tenho muitos poucos. Perder os poucos que existem dá uma sensação de buraco, funda como não-sei-quê.

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Recebi um texto do Carta Capital com entrevista do Chico Buarque sobre o Lula e o PT de que acho que gostei. Mente flutuante não consegue saber se gosta de nada, no máximo fica no achar.

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Não consigo perceber quando faço mal às pessoas e quando não faço. Que coisa estranha. Eu que sempre me percebi alguém bom. E sempre vivo a pedir desculpas por tudo. Mas sou muito grossa tantas vezes, eu sei. E quanto mais confusa a mente, mais cruel, de forma imperceptível. É defesa, também.

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Ó céus, essa sessão analítica que não cessa nunca. Sinceramente, eu não sei como vocês me aguentam. Quem precisa me aguentar é quem eu pago para que me aguente. E enquanto isso, a vida passa, como um rio, com suas pontes cobertas nas pequenas telas noturnas, seus dias quentes, suas buscas, seus blogs, perdas e renúncias; e eu, postada, observando a passagem da correnteza, como a garça sobre o mastro reto à saída do Capibaribe. A face muda. Ainda bem que ainda não esqueci minhas asas. Por enquanto, elas prosseguem coladas ao corpo.

28 de set. de 2006



Olhei a pouco esta face na televisão e um nó me subiu à garganta.
Porque lembrei que foram outros os olhos com que a assisti quatro anos passados, e em outros quadriênios anteriores, no tempo em que eu e tantos outros acreditavam em algo.
Não porque ele sabia, especificamente.
Porque não consigo mais extrair desses olhos uma certeza que era extrema ante o reflexo dos outros olhos que o fitavam.
Esta face me lembra outras faces.
Invadiu-me um perplexidade sem raiva, ódio, temor,
mas transbordante de uma amargura muito surda que virou lágrima.
Uma desesperança profunda quanto ao futuro, um cair os pés na terra afinal, de que a juventude acabou em mim.
Sentimento estranho, opresso, para quem reluta permanentemente a afastar-se de um furor que era meu, e parece que já não é mais.
Sentimento associado a tantas outras perdas pessoais, encantos que se foram, aguardando que a trilha de flores que se tornou deserta se torne estrada madura.
Estou ficando velha.
Finalmente a frase da canção é verdadeira e sei que é exato isto o que ocorre, aquilo que supúnhamos não seria nosso destino: “ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais”.
Não sei que futuro haverá para minha filha. Luto dia a dia para que exista um futuro permanentemente a sua frente, mas agora duvido demais. Queria que ela fosse por tantos anos crente como fui. Mas não sei se isto será possível.