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30 de dezembro de 2010

O dia seguinte ao dia seguinte

Pois que no dia seguinte a um jantar daqueles nem houve coragem de escrever fosse o que fosse. Não era bem uma questão de ressaca, pelo menos não de álcool porque o nível consumido não foi assim tanto, foi mais uma ressaca da reunião de grandes amigos que se reencontraram ao fim de 15 anos. Não sabia que a ansiedade, a felicidade, a adrenalina (ou o que for) também davam direito a ressaca, mas pelos vistos...

Recordações que ficaram para a posteridade: muitas gargalhadas, muitos disparates, um restaurante inteiro a olhar-nos de lado, um gerente amargamente arrependido de ter reservado aquela mesa específica, alguém a cantar La Cucaracha... Os pormenores são demasiado... enfim... pois, é melhor não contar.

E para terminar a noite em beleza, nada como uma viagem de táxi com um taxista que tinha consumido muito mais álcool do que qualquer um de nós.

28 de dezembro de 2010

Ainda o Natal

Que não é mais do que um pretexto para reunir gente que não se via há 15 anos, ou mais. E que quando se junta, se esquece que já não tem 20 anos... Portanto, se esta noite virem um grupo de gente com idade para ter juízo (seja lá isso o que for) a fazer figuras menos próprias pelas ruas de Lisboa, já sabem: eu vou lá no meio. A verdade é que este jantar está a ser "organizado" (entre aspas, sim, porque de organização tem muito pouco) há meses, a animação e a ansiedade pelo reencontro estão ao rubro e até vai haver surpresas muito divertidas. Espero Tenho a certeza que a expectativa não vai sair gorada. É sem dúvida a melhor forma de terminar um ano que ficou marcado pelos reencontros.

21 de setembro de 2010

Como é possível...

...dizeres que fizeste 40 anos há uns dias se ainda ontem nem 30 tinhas?

Constato mais uma vez que há amizades que nunca se perdem, por mais que nos afastemos, que percamos o contacto, que não saibamos um do outro durante décadas. É tão fácil voltar a falar sobre tudo e sobre nada, voltar a dizer as parvoíces que sempre dissemos, voltar a insultar-nos, dizendo as verdades a brincar, voltar a falar de acontecimentos, de situações, de pessoas, esquecendo-nos até de contar o que se passou na vida de cada um durante o tempo em que estivemos afastados… Porque parece que ainda ontem falámos pela última vez. Mas ontem já foi há mais de dez anos.

E por muitos aspectos negativos que o Facebook tenha, pelo menos também tem estas surpresas muito, muito boas.

29 de junho de 2010

Preferia sofrer de amnésia

Reencontro com amigos de longa data que não via desde o século passado. Grande festa, claro, há tanto tempo, que bom! Mesmo, mesmo muito bom, voltar a falar com pessoas com quem partilhei tanto, como se tivessem passado apenas dois dias desde que nos despedimos a última vez. São estes os verdadeiros amigos, diria, aqueles com quem falamos como se nunca nos tivéssemos separado.
Só que de repente, uma palavra, um gesto, uma expressão facial, qualquer coisa insignificante, faz-me lembrar o motivo pelo qual nunca mais nos tínhamos visto e o ambiente torna-se constrangedor. Ninguém fala disso, mudamos de assunto, mas o certo é que nos zangámos e tivemos atitudes de que nos arrependemos. Era tão importante, naquela altura. E agora, ainda será? Talvez não, mas é impossível não recordar o que senti, o que dissemos, a forma como nos afastámos para nunca mais nos vermos. Fingimos que não se passou nada e tentamos voltar a ser amigos como antes, mas a verdade é que no fundo, bem lá no fundo, eu sei que também vocês se lembram de tudo, bem podem negar! E receio que a qualquer momento…

4 de junho de 2010

Friends forever

Encontrei o meu melhor amigo dos tempos da universidade. É daquelas pessoas com quem falava de tudo, que tinha sempre um ombro disponível, ou às vezes até os dois, e com quem nunca tive uma discussão, que me lembre. Era um pinga-amor, coitado. Sofria amargamente por uma namorada que o deixara, mas depois não o queria deixar, mas afinal já queria outra vez… enfim, coisas de putos aos 20 anos. O certo é que acabava por se apoiar em mim e na nossa amizade. De tal forma que, a certa altura, a namorada começou a ter ciúmes. Foi cómico, até, tendo em conta que nunca houve, nem poderia haver, nada mais entre nós a não ser uma grande amizade. Nem tal coisa nos passava pela cabeça, aliás!
Não nos vemos há mais de 15 anos, cada um seguiu a sua vida e nunca mais soubemos um do outro. Mas ontem, quando nos encontrámos, foi como se nunca nos tivéssemos afastado. É de facto uma pessoa muito especial e ainda bem que voltou a entrar na minha vida. Sinto-me mais feliz por saber que está ali, para o que for preciso, mesmo estando fisicamente longe.

30 de março de 2010

(Re)encontros

Graças a estas modernices da Internet, em especial às redes sociais tão em voga, recentemente encontrei uma série de pessoas de quem não tinha notícias vai para 15 anos. Então, como estás? O que fazes? Casaste? Tens filhos? Ena, as voltas que a vida dá… Há quanto tempo, que bom encontrar-te! Que saudades…
Mas, passada a euforia inicial do reencontro – éramos tão amigos nos tempos de estudantes! – constato que afinal a vida nem sequer deu muitas voltas, limitámo-nos a seguir o percurso normal de qualquer adulto. Terminam-se os estudos, encontra-se um emprego (nem sequer tem de ser estável, nos dias que correm), encontra-se um sítio para morar… e segue-se a vidinha corriqueira, como toda a gente.
Constato também que as pessoas não mudaram como pensava. A ideia que tinha delas é que nem sempre correspondia à realidade. Ao fim de um tempo, esquecemos as pequenas coisas que nos irritavam quando convivíamos diariamente e só nos lembramos dos momentos divertidos que passámos. Já não temos 20 anos, mas se calhar por isso mesmo podíamos (ou devíamos?) ter mudado um pouco, corrigido algumas pequeninas, ínfimas falhas das nossas personalidades. Tu, por exemplo, podias deixar de ser tão complicada - a vida não tem de ser um drama! E tu podias largar esse mau feitio. Já agora, tu bem podias deixar de gozar com tudo e com todos… Será que conseguimos retomar estas amizades, agora que já não temos paciência para certas atitudes?
Parece impossível como está tudo exactamente na mesma. Temos é umas ruguinhas a mais…