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21 de março de 2011

Hoje

Começa a Primavera (aleluia!) mas também é o Dia Mundial da Poesia (e da árvore e se calhar também das flores e dos passarinhos e das nuvens e vai-se a ver até das formigas, que afinal um dia tem vinte e quatro horas e, bem divididinha a coisa, ainda se arranja espaço para mais umas comemorações concentradas todas no mesmo dia. Adiante.) Ora como de flores vai andar esta blogoesfera cheia, e como por aqui a Primavera só chegou em nome porque o frio continua invernal apesar do sol, a dona deste estaminé preferiu comemorar o dia da poesia. E como? Com um poema (óbvio...) de uma autora das novas que começa a ser reconhecida no meio literário (menos óbvio...) e que ainda por cima calha ser filha de uma amiga desta que vos escreve (completamente inesperado...). Apreciem e vão comprar os livros porque a rapariga precisa de vender, vá.


Entardecer

Hoje entardeci mais despida do que antigamente.
Não sei se pelos bosques tão devastados
se pelas bagas que colheste do meu dorso.
À tua sombra todos os amores são silvestres,
só as amoras são frutos impossíveis.

Catarina Nunes de Almeida, Prefloração

30 de dezembro de 2010

O dia seguinte ao dia seguinte

Pois que no dia seguinte a um jantar daqueles nem houve coragem de escrever fosse o que fosse. Não era bem uma questão de ressaca, pelo menos não de álcool porque o nível consumido não foi assim tanto, foi mais uma ressaca da reunião de grandes amigos que se reencontraram ao fim de 15 anos. Não sabia que a ansiedade, a felicidade, a adrenalina (ou o que for) também davam direito a ressaca, mas pelos vistos...

Recordações que ficaram para a posteridade: muitas gargalhadas, muitos disparates, um restaurante inteiro a olhar-nos de lado, um gerente amargamente arrependido de ter reservado aquela mesa específica, alguém a cantar La Cucaracha... Os pormenores são demasiado... enfim... pois, é melhor não contar.

E para terminar a noite em beleza, nada como uma viagem de táxi com um taxista que tinha consumido muito mais álcool do que qualquer um de nós.

28 de dezembro de 2010

Ainda o Natal

Que não é mais do que um pretexto para reunir gente que não se via há 15 anos, ou mais. E que quando se junta, se esquece que já não tem 20 anos... Portanto, se esta noite virem um grupo de gente com idade para ter juízo (seja lá isso o que for) a fazer figuras menos próprias pelas ruas de Lisboa, já sabem: eu vou lá no meio. A verdade é que este jantar está a ser "organizado" (entre aspas, sim, porque de organização tem muito pouco) há meses, a animação e a ansiedade pelo reencontro estão ao rubro e até vai haver surpresas muito divertidas. Espero Tenho a certeza que a expectativa não vai sair gorada. É sem dúvida a melhor forma de terminar um ano que ficou marcado pelos reencontros.

26 de novembro de 2010

A todos vocês

A todos os que por aqui passaram e deixaram palavras de coragem e de carinho. Por estranho que possa parecer, ajudam. Muito.


Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!

Alexandre O'Neill

9 de outubro de 2010

6 de outubro de 2010

Coisas que podendo fazer mal ao corpo fazem muito bem à alma

Estar horas a conversar com amigos de longa data no Facebook, por ser impossível fazê-lo pessoalmente. Espremendo bem, o sumo não é nenhum. Não se falam de problemas, não se discutem políticas nem filosofias nem economia nem nada de jeito. Dizem-se disparates, muitos. Tantos que a certa altura a barriga dói de tanto rirmos. Perdemos a noção das horas e quando damos por isso passa da 1 da manhã e não temos sono e queremos continuar ali. Insultamo-nos como sempre fizemos, mas sabemos bem que o fazemos porque nos adoramos. Implicamos e ridicularizamos uns e outros, e visto de fora até pode parecer ofensivo, mas entre nós sempre foi assim e vai continuar a ser. Como dizia uma das intervenientes: há coisas que nunca mudam.
Ainda bem.

21 de setembro de 2010

Como é possível...

...dizeres que fizeste 40 anos há uns dias se ainda ontem nem 30 tinhas?

Constato mais uma vez que há amizades que nunca se perdem, por mais que nos afastemos, que percamos o contacto, que não saibamos um do outro durante décadas. É tão fácil voltar a falar sobre tudo e sobre nada, voltar a dizer as parvoíces que sempre dissemos, voltar a insultar-nos, dizendo as verdades a brincar, voltar a falar de acontecimentos, de situações, de pessoas, esquecendo-nos até de contar o que se passou na vida de cada um durante o tempo em que estivemos afastados… Porque parece que ainda ontem falámos pela última vez. Mas ontem já foi há mais de dez anos.

E por muitos aspectos negativos que o Facebook tenha, pelo menos também tem estas surpresas muito, muito boas.

8 de setembro de 2010

O que me preocupa...

...relativamente à conversa que mencionei no post anterior, é que quando estamos juntos, ao vivo e a cores, as conversas costumam ser ainda piores. E isto já dura há quase 20 anos. Estava capaz de apostar que isto deve ter um nome clínico qualquer...

7 de setembro de 2010

À noite, no Facebook, todos os intervenientes são... doidos!

De que outra forma se explica que uma música dos Queen, no caso Friends will be friends, dê origem a uma conversa que começa por falar de amigos (óbvio...), segue com a meteorologia, avança para a possibilidade de um reencontro que acaba por ficar combinado para a época do Natal, continua com a atribuição dos papéis das personagens do Presépio aos intervenientes, aliás um Presépio muito original onde também entram a Branca de Neve, o Nemo e até o Buzz Lightyear, pelo meio ainda dá direito a uma anedota de gosto duvidoso, e acaba com a criação do evento e envio dos respectivos convites, muito embora ainda não se saiba onde nem quando vai decorrer?

Eu tenho amigos muito estranhos, eu sei. E antes que certas pessoas perguntem, estes são mesmo amigos, daqueles que conheço há séculos e já os vi e sei onde moram e tudo!

20 de julho de 2010

Dia do Amigo

A todos os meus amigos.

Procura-se um amigo

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.

Vinicius de Moraes

8 de julho de 2010

A propósito do post anterior

Lembrei-me que emprestei o DVD do Donnie Darko a uma colega já há uns bons 5 anos e nunca mais o vi. Por estas e por outras é que prefiro não emprestar nada a ninguém. Depois chamem-me egoísta!

7 de julho de 2010

When I was young I had an imaginary friend. Thanks to Facebook, I now have millions!

Segundo esta notícia do DN, as redes sociais duplicam o número de amizades de cada um, porque tornam mais fácil conhecer outras pessoas e manter os contactos. Ou seja, o Facebook e companhia substituíram os bares, cafés e outros sítios onde antigamente as pessoas se conheciam. E o telefone, para manter o contacto. Pois, isso é verdade, mas daí até considerá-los amigos vai uma grande distância. Serão conhecidos, e às vezes nem isso. Alguns são, de facto, amigos, mas porque já o eram antes de aderirem à rede. Até agora, ainda não fiz nenhum amigo novo por ter conta no Facebook, embora tenha reencontrado muitos dos antigos. Como já disse antes, tenho na minha conta pessoal "amigos" dos Estados Unidos à Índia, passando pela Itália e pela Turquia, que nunca vi antes, não sei quem são, que vida têm, se têm problemas ou se são as pessoas mais felizes do mundo e arredores. Não sei, nem quero saber. Porque não são amigos, são desconhecidos com quem jogo Farmville.
Essa é a grande diferença.

29 de junho de 2010

Preferia sofrer de amnésia

Reencontro com amigos de longa data que não via desde o século passado. Grande festa, claro, há tanto tempo, que bom! Mesmo, mesmo muito bom, voltar a falar com pessoas com quem partilhei tanto, como se tivessem passado apenas dois dias desde que nos despedimos a última vez. São estes os verdadeiros amigos, diria, aqueles com quem falamos como se nunca nos tivéssemos separado.
Só que de repente, uma palavra, um gesto, uma expressão facial, qualquer coisa insignificante, faz-me lembrar o motivo pelo qual nunca mais nos tínhamos visto e o ambiente torna-se constrangedor. Ninguém fala disso, mudamos de assunto, mas o certo é que nos zangámos e tivemos atitudes de que nos arrependemos. Era tão importante, naquela altura. E agora, ainda será? Talvez não, mas é impossível não recordar o que senti, o que dissemos, a forma como nos afastámos para nunca mais nos vermos. Fingimos que não se passou nada e tentamos voltar a ser amigos como antes, mas a verdade é que no fundo, bem lá no fundo, eu sei que também vocês se lembram de tudo, bem podem negar! E receio que a qualquer momento…

12 de junho de 2010

Eu não queria ir

Mas ainda bem que fui. De facto, não há como umas horas passadas em boa companhia, com bons amigos, para nos fazerem esquecer as tristezas. Pelo menos durante um tempo.
Isso, e quilos de chocolate, claro...

8 de junho de 2010

Uma ajudinha, please!

Qual é a forma mais diplomática, se é que existe, de dizer a uns amigos que acabámos de reencontrar ao fim de uma data de anos e com quem estamos a combinar um jantar que não tragam os outros de quem só eles é que se lembram mas que não nos dizem nada porque nem do raio do nome nos lembramos (às vezes nem com foto lá vai) portanto não temos interesse nenhum em (re)vê-los?
Esta coisa do politicamente correcto só complica!

4 de junho de 2010

Friends forever

Encontrei o meu melhor amigo dos tempos da universidade. É daquelas pessoas com quem falava de tudo, que tinha sempre um ombro disponível, ou às vezes até os dois, e com quem nunca tive uma discussão, que me lembre. Era um pinga-amor, coitado. Sofria amargamente por uma namorada que o deixara, mas depois não o queria deixar, mas afinal já queria outra vez… enfim, coisas de putos aos 20 anos. O certo é que acabava por se apoiar em mim e na nossa amizade. De tal forma que, a certa altura, a namorada começou a ter ciúmes. Foi cómico, até, tendo em conta que nunca houve, nem poderia haver, nada mais entre nós a não ser uma grande amizade. Nem tal coisa nos passava pela cabeça, aliás!
Não nos vemos há mais de 15 anos, cada um seguiu a sua vida e nunca mais soubemos um do outro. Mas ontem, quando nos encontrámos, foi como se nunca nos tivéssemos afastado. É de facto uma pessoa muito especial e ainda bem que voltou a entrar na minha vida. Sinto-me mais feliz por saber que está ali, para o que for preciso, mesmo estando fisicamente longe.

29 de abril de 2010

Conversa entre amigas

- Lembras-te do namorado dela, o P.?
- Qual era esse? Como é que ele era?
- O madeirense, era mais novo que ela, tinha cara de miúdo.
- Ah, aquele dos caracóis, muita maluco?
- Não, esse foi antes. Este tinha um irmão chamado D. que estudava medicina. Era da Madeira.
- Ah, aquele que era de Setúbal?
- …

A sangria do jantar estava já a fazer efeito.

30 de março de 2010

(Re)encontros

Graças a estas modernices da Internet, em especial às redes sociais tão em voga, recentemente encontrei uma série de pessoas de quem não tinha notícias vai para 15 anos. Então, como estás? O que fazes? Casaste? Tens filhos? Ena, as voltas que a vida dá… Há quanto tempo, que bom encontrar-te! Que saudades…
Mas, passada a euforia inicial do reencontro – éramos tão amigos nos tempos de estudantes! – constato que afinal a vida nem sequer deu muitas voltas, limitámo-nos a seguir o percurso normal de qualquer adulto. Terminam-se os estudos, encontra-se um emprego (nem sequer tem de ser estável, nos dias que correm), encontra-se um sítio para morar… e segue-se a vidinha corriqueira, como toda a gente.
Constato também que as pessoas não mudaram como pensava. A ideia que tinha delas é que nem sempre correspondia à realidade. Ao fim de um tempo, esquecemos as pequenas coisas que nos irritavam quando convivíamos diariamente e só nos lembramos dos momentos divertidos que passámos. Já não temos 20 anos, mas se calhar por isso mesmo podíamos (ou devíamos?) ter mudado um pouco, corrigido algumas pequeninas, ínfimas falhas das nossas personalidades. Tu, por exemplo, podias deixar de ser tão complicada - a vida não tem de ser um drama! E tu podias largar esse mau feitio. Já agora, tu bem podias deixar de gozar com tudo e com todos… Será que conseguimos retomar estas amizades, agora que já não temos paciência para certas atitudes?
Parece impossível como está tudo exactamente na mesma. Temos é umas ruguinhas a mais…