Dois jovens, a cuja porta bateu
desemprego, um foi para a gricultura
de courelas d'outrem, de terra dura,
ela p'ra lavar roupa já acedeu.
Mãos à obra: nenhum esnoreceu.
Não vimos de barões de envergadura,
do peito lusitano, da bravura?
Mas há quem outro destino escolheu...
Vê-se estendal p'ra roupa bem secar?
Há improviso. Carece o dinheiro.
limpas as grades, elas estão mesmo a calhar.
Nos ferros o colorido dá ao terreiro
brilho para a Natureza alegrar.
Eis como o Amor foi um bom conselheiro.
Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra