O objectivo supremo da propaganda é conseguir que milhões de pessoas forjem entusiasticamente as grilhetas da sua própria servidão [Emil Maier-Dorn].
segunda-feira, abril 26, 2021
20.000 professores e funcionários escolares recusaram ser vacinados contra a Covid
segunda-feira, abril 19, 2021
Covid-19 - O dr. Antunes: autópsia de um “especialista”
Carlos Antunes (na imagem acima), matemático e professor da Faculdade de Ciências de Lisboa, a 20 de Janeiro de 2021, foi entrevistado nos estúdios da TVI e espalhou previsões e pessimismo com abundância onde condenou o facto de os restantes cidadãos saírem de casa sem necessidade, … não há memória de um adivinho se espalhar com o estrondo do dr. Antunes.
[Depois disto], o que terá sucedido ao pobre dr. Antunes? Com formidável descaramento e nulo escrutínio, continuou a ser convidado pelos “media” e pelas “autoridades” a “prever” a evolução do vírus, leia-se a mandar palpites sem ligação à realidade e que, independentemente desta, produzem sempre as mesmas conclusões. O único talento do dr. Antunes consiste em sugerir, a pretexto do que calha, a clausura de toda a gente.
O dr. Antunes não é uma
figura singular. Pelo contrário: em Portugal há quase
tantos casos activos de videntes falhados quanto casos activos de Covid. Se o desempenho desta trupe não
tivesse consequências, teria graça. Passou um mês sobre o início do
“desconfinamento” e ainda aguardamos o aumento de infecções que os videntes
garantiam para as duas ou três semanas seguintes. Aliás, a
importância absolutamente decisiva das “próximas duas ou três semanas” é um
estribilho repetido há 14 meses pelo dr. Antunes e companhia ilimitada. Dado que, a cada duas ou três semanas,
as deambulações do vírus jamais coincidem com os prognósticos dos
“especialistas”, estes não se dão por vencidos e, duas ou três semanas depois,
voltam a avisar: “As próximas duas ou três semanas…”.
Não houvesse
consequências, isto seria comédia da boa. Infelizmente, é tragédia da má. A
parlapatice dos “especialistas” é transmitida sem decoro nem contraditório nos
telejornais. A maioria do público acata a parlapatice sem reserva nem suspeita.
E o pior: ou porque acreditam na parlapatice, ou porque a parlapatice é feita à
medida dos seus interesses, o prof. Marcelo e o dr. Costa usam-na para
arruinar económica, sanitária, social e mentalmente o país, com os partidos a
assobiar ou a aplaudir.
segunda-feira, abril 12, 2021
O advogado de defesa Ivo Rosa desempenhou a função de ilibar Sócrates, Salgado e restante quadrilha
Alberto Gonçalves – 10/4/2021
Só ontem é que vocês sentiram vergonha disto?
Dentro e fora dos tribunais, o que se passa é literalmente intolerável. Antes, ser português era um acaso. Hoje, é uma desgraça. Se não nos mexermos, amanhã será uma memória.
Ontem, o advogado de defesa, perdão, um juiz chamado Rosa desempenhou com gabarito a função para que fora escolhido por sorteio isento e repetido: ilibar o “eng.” Sócrates, o sr. Salgado e restante quadrilha dos crimes de que estavam acusados. O pobre magistrado é apenas a figura imprescindível no lugar inevitável: o trabalho é sujo, a roçar o imundo, mas alguém tinha de o fazer. Pelos vistos, os únicos potenciais criminosos desta história são Carlos Alexandre e Rosário Teixeira, dois biltres que pagarão pela ousadia de engavetar em Évora o menino que sonhava com ventoinhas.
Aquilo teve a sua piada. Onde havia matéria para acusação, havia irregularidades processuais. Onde não havia irregularidades, não havia provas. Onde havia provas, não havia obtenção válida das ditas. Onde havia provas utilizáveis, não havia as suficientes para culpar ninguém. Onde havia provas suficientes, havia motivo para prescrição. Onde não havia prescrição, não havia IRS. Etc. Na verdade, o interminável sermão do juiz aos patos que ansiavam por um vislumbre de decência podia resumir-se em segundos. Um “Ide em paz, meus filhos” bastava.
A pouca-vergonha não me espantou. Espantou-me ver muita gente espantada, não exactamente com o desfecho mas com a franqueza do mesmo. Aparentemente, mesmo os pessimistas esperavam maior subtileza no processo de beatificação do “eng.” Sócrates: de alguma forma, o juiz tentaria disfarçar. Sucede que o juiz só precisaria de subtilezas ou disfarces se, conforme tantos decretaram, a sua longuíssima leitura representasse um golpe definitivo na Justiça, na democracia e no regime. Peço desculpa por notar que não representou nada disso.
[…] Recordem a recente e pedagógica frase do inquilino de Belém, alegado constitucionalista: é o direito que serve a política, e não a política que serve o direito. O que aconteceu não promove a pocilga em que sobrevivemos: a pocilga é condição prévia, e indispensável, ao que aconteceu.
Desde finais de 2015, ou do dia em que o prof. Cavaco se achou forçado a aceitar a frente de esquerda do dr. Costa, que é evidente que quase todos os caminhos do país vão dar a Caracas. O projecto socialista rumo a um poder tão absoluto quanto a Europa permitisse talvez tenha começado com Guterres, e de certeza reforçou-se na vigência do mestrando da Sorbonne. Porém, é com o dr. Costa que o projecto acelera de modo dramático – porque esse era o desejo dele e porque a conquista de sucessivos postos decisivos facilita, por falta de obstáculos, a conquista dos poucos que sobram. O regabofe autocrático a pretexto da Covid, e a coberto de uma UE em farrapos, limitou-se a limar arestas e a testar o grau de submissão. E se a submissão não é completa, anda lá perto.
Por paradoxal que pareça, nenhuma nação democrática concederia à decisão do juiz o que o juiz concedeu ao “eng.” Sócrates: impunidade. Nos EUA ou na Inglaterra, em Itália ou na Alemanha, uma impostura deste calibre seria acolhida com pandemónio nas ruas. Aqui, sem que uma só alminha tenha dúvidas sobre os procedimentos éticos do autor de “A Confiança no Mundo”, há resmungos e anedotas nas salas de estar e nas “redes sociais”. E só, que amanhã é outro dia e há que assegurar que a banditagem realmente perigosa não frequenta esplanadas sem máscara. A decisão judicial não caiu do céu: o “contexto” permite-a e torna-a segura. A este respeito, os habituais defensores de baderna pública vão falar em prova de maturidade. E eu, que aprecio o sossego, lamento a resignação que explica a miséria em que estamos.
Não gosto, Deus me livre, de arruaças e destruição. Mas começo a gostar ainda menos desta submissão mansa e vexante a desqualificados que podem tudo, inclusive escarnecer de nós. É óbvio que os desqualificados não se esgotam nos nomes reabilitados por um juiz com ar de quem levou porrada em moço, nem o vexame se esgota na justiça. Se querem erguer o “caso” Sócrates à proverbial gota de água, estejam à vontade. Convém é não esquecer que as demais gotas também ajudaram a encher o copo. Dentro e fora dos tribunais, o que se passa é literalmente intolerável. Antes, ser português era um acaso. Hoje, é uma desgraça. Se não nos mexermos, amanhã será uma memória.
quinta-feira, abril 08, 2021
A experiência social "Covid" é muito mais sinistra e perigosa do que se pensa
Jornal Observador (Alberto Gonçalves) -
Isto não tem nada a ver com uma pandemia de uma doença respiratória. Isto já
parece uma espécie de experiência social para ver até que posto as pessoas
aceitam esta progressiva humilhação, este aumentar cruel do enxovalho, e até
que ponto as pessoas engolem. Isto não tem nada a ver com Covid. Isto tem a ver
com outras coisas, coisas muito mais sinistras e muito mais perigosas que a
Covid.
Se há
dois anos alguém nos contasse algumas das coisas por que estamos a passar
agora, e estou a falar dessas medidas relativas à Covid, eu acho que ninguém
acreditaria. Se alguém dissesse num noticiário que uma pessoa iria ser multada por estar a
comer gomas na rua ou por estar a comer uma sandes dentro do carro ou que uma
senhora era multada por estar a beber um café servido através de um postigo, eu acho que as
pessoas não acreditariam. E mais: as pessoas não podem estar sentadas no banco
de um jardim, a polícia expulsa pessoas que andam a passear na praia, as
pessoas usam máscara quando andam sozinhas na rua ou no carro, ou acompanhados
por um familiar com quem estão em casa sem máscara (e alguns talvez até com
máscara).
E depois, como aconteceu hoje, o dr.
Costa, revela-nos os próximos passos do desconfinamento. Se, dantes, nos
contassem que um primeiro-ministro nos ia dizer os dias em que podíamos sair de
casa e até a que horas, e quando é que podíamos ir ao café ou ao restaurante,
isto pareceria de loucos. Estamos a
viver uma espécie de distopia, um estado policial, em que as pessoas estão
absolutamente limitadas nos seus direitos.
E o dr. Costa anunciou-nos o que estava
previsto nesta 2ª fase do desconfinamento como se nos estivesse a fazer um favor, a dar-nos uma
pequena prenda por nos termos portado bem. Acho que não compete ao dr. Costa ou ao prof.
Marcelo, ou a algum membro do governo ou a alguma autoridade da saúde
estabelecer os critérios pelos quais nós nos portámos bem ou mal. Não é essa a
função deles. A função de um governo eleito é gerir mais ou menos a economia de
um país.
Quando temos um governante a falar aos que deveriam ser cidadãos e não
passam de bonecos, a fixar-lhes as regras a que devem obedecer, isto é desvalorizar em absoluto um país
e uma sociedade. Estão a tratar as pessoas como crianças, e o pior de tudo é
que os portugueses parecem concordar e vão-se sentir muito agradecidos
por o dr. Costa permitir mais umas migalhas de liberdade durante 15 dias.
terça-feira, abril 06, 2021
Jornal observador (Alberto Gonçalves) - O governo e o presidente da República atiraram para um desastre garantido a quase totalidade da população.
Jornal
observador (Alberto Gonçalves) - A pretexto de um vírus com mortalidade
irrisória para a grande maioria da população, o governo e o presidente da
República atiraram para um desastre garantido a quase totalidade da população.
Novidades
da pandemia? Aqui vão elas. Dois terços das famílias portuguesas sofrem
dificuldades financeiras. Em apenas um ano, a quantidade de desempregados
inscritos – os não inscritos são um caso à parte – nos ditos centros subiu 37%.
A Rede de Emergência Alimentar auxilia 80 mil pessoas, algumas com profissões
que teoricamente as colocariam na classe média e que agora passam fome. Os
indivíduos sem-abrigo multiplicaram-se. O comércio a retalho perdeu 200 milhões
de euros em 2020. Na hotelaria as perdas rondam os 90%. Metade dos restaurantes
fecharam, muitos para sempre. As
falências em geral vão crescer 19% em 2021 (estimativa otimista). E boa parte
das moratórias ao crédito, que envernizavam a catástrofe, acabaram esta semana. Etc.
Etc. Etc.
Na
verdade, nada disto decorre da pandemia: tudo
decorre das medidas tomadas para alegadamente combater a pandemia. Até
ver, a Covid matou 16 mil pessoas (tradução: morreram 16 mil pessoas com teste
positivo à Covid). Em breve, saberemos quantas pessoas foram arruinadas pelas
medidas “contra” a Covid. Se é que não sabemos já: a pretexto de um vírus com
mortalidade irrisória para a grande maioria da população, o governo e o
presidente da República atiraram para um desastre garantido a quase totalidade
da população. Não falo aqui dos milhões de consultas canceladas, das 54 mil
cirurgias urgentes “adiadas” e dos não sei quantos homicídios por negligência.
Nem falo das liberdades que se aboliram, do estado policial que se criou e da
humilhação progressiva dos que eram cidadãos e hoje são lacaios.
[…] É
pena os desgraçados esquecerem-se de que a culpa da penúria não foi dos
fenómenos míticos que a propaganda lhes meteu na cabeça: foi do dr. Costa, do prof. Marcelo,
das “autoridades” em geral, dos “especialistas” em particular, dos
“telejornais” e, na vasta maioria, deles próprios.
sábado, abril 03, 2021
Covid - O discurso de ódio de Clara Ferreira Alves (e de muitos outros nos Media)
29 de Março de 2021
Elisabete Tavares | Jornalista e membro da Plataforma Cívica – Cidadania XXI
Eixo do Mal. O nome do programa de TV não podia ser mais apropriado, neste caso. Foi na última emissão deste programa que uma das comentadoras residentes fez o impensável em pleno século XXI: Clara Ferreira Alves proferiu palavras de incitamento à repressão de um grupo específico de pessoas. Dirigia-se a todos os que defendem uma abordagem científica diferente da que é seguida em Portugal. As pessoas que os media – culpa dos media – se habituaram a apelidar, erradamente, de ‘negacionistas’. Não. Não são pessoas que negam o vírus, nem a epidemia; são simplesmente pessoas que os media em geral decidiram discriminar, perseguir e ridicularizar.
Clara Ferreira Alves sugeriu, em plena TV, que estas pessoas devem ser sujeitas a repressão. Defendeu que o “longo braço da lei deve impedir esta gente de crescer e multiplicar, que é o grande perigo”. Defendeu que o tal “braço da lei” deve “encostar e deve até, provavelmente, fazer uma pequena nódoa negra” nestes ‘negacionistas’. E disse-o com um gesto encenado de quem bate, de quem empurra para baixo, com pressão. De quem reprime. Mesmo que aquelas palavras possam ter sido proferidas em sentido figurado, a imagem que arriscam passar é de incitamento à repressão, perseguição e até à violência.
Disse Clara Ferreira Alves que aquela ‘gente’ é negacionista porque, segundo ela, recusa seguir as leis. Porque não cumpre o distanciamento. Porque não usa máscara – cuja utilização não é obrigatória em Portugal se houver distanciamento. Porque põe “a comunidade em perigo”.
Eu não sei se Clara Ferreira Alves sabe, mas quando o povo vai para a rua em plena pandemia deve ser por um motivo muito forte. Não deve saber, presumo. Não se deve recordar também que Portugal é um Estado de Direito, que ainda é um país democrático. O povo pode manifestar-se nas ruas. Se o faz é porque não tem outra alternativa. Clara Ferreira Alves não se deve lembrar disso, certamente. E presumo que também não sabe o que se passa em outras partes do Mundo em matéria de gestão da epidemia nem sobre a enorme contestação que existe em diversos países, nomeadamente europeus.
Clara Ferreira Alves deseja também que façam uma nódoa negra a Anders Tegnell, pai da estratégia sueca de gestão da presente epidemia? Também ele é um negacionista por recusar o uso de máscara? Por ter conseguido, contra todo o mundo, implementar uma estratégia científica equilibrada, ajustada ao vírus? Por manter praticamente tudo aberto na Suécia?
Que a SIC não tenha ainda, até esta data (noite de domingo do dia 28 de março), emitido um comunicado em que se demarca de forma firme das palavras da comentadora, é uma desilusão. E é um sinal preocupante.
Não sabe Clara Ferreira Alves como funcionam as ondas de violência e perseguição de grupos minoritários? Que tenha proferido as palavras que proferiu – acompanhadas dos gestos agressivos que encenou – em vésperas de celebrarmos a Páscoa…
Clara não é a única nesta onda crescente de discurso de ódio que tenho observado nos media contra as pessoas que defendem uma estratégia proporcional e equilibrada na gestão da epidemia em Portugal. Esta onda assenta também na estratégia de aterrorizar e culpabilizar a população, cujo exemplo são outdoors pagos pelos contribuintes, que servem como instrumento para culpar e estigmatizar quem não usa máscara, por exemplo. Na ideia dos governantes, a população precisa ter medo para obedecer. O medo é visto como uma ferramenta essencial para levar ‘o povo ignorante’ a cumprir regras. Se juntarmos o clima criado por ameaças proferidas pelo diretor da PSP e as múltiplas frases de governantes a culpar a população ‘desobediente’, está o terreno criado para o nascimento de sentimentos de ódio contra os que defendem uma estratégia diferente da seguida em Portugal. A ideia semeada pelas autoridades e governantes é simples: se todos ‘obedecerem’ ao que for mandado fazer pelas autoridades, ‘tudo vai ficar bem’. Só por mais 15 dias. Só por mais 15 estados de emergência.
Esta onda assenta também ela em notícias falsas ou com conteúdos semi-falsos e tendenciosos difundidos pelas TVs e pelos jornais. O intuito é sempre o mesmo – descredibilizar e inferiorizar quem defende uma estratégia científica diferente da aplicada em Portugal. Ainda na sexta-feira, dia 26 de março, o jornal Expresso publicou uma notícia sobre a manifestação do dia 20 de março, em Lisboa. Participaram três mil pessoas na manifestação que fez parte de um protesto global anti-confinamento. “O que negam os negacionistas?” é o título da notícia. Eu estive na manifestação. Rejeito ser classificada como negacionista porque não sou. A notícia é complementada com uma entrevista em formato pergunta-resposta à organização da manifestação. É referido que a organização não é negacionista. Ainda assim, sem qualquer prova, a notícia afirma: são negacionistas. Mais. Escreve o jornalista que a ciência não lhes dá razão. A quem? Aos que são contra o confinamento? A Anders Tegnell? A quem exatamente? Qual ciência? A ‘ciência’ que desconhecemos, e que tem sido usada para justificar os 14 estados de emergência declarados em Portugal para suspender os nossos direitos? Ou a ciência que diz taxativamente que os confinamentos são errados?
O jornalista assenta a sua notícia sobretudo em dois testemunhos: de um constitucionalista que defende a posição do Governo; e de um médico que defende a posição do Governo.
Ignora todos os atropelos feitos à Constituição desde março de 2020. Como a instalação de postos policiais de controlo ilegais, baseados numa decisão do Conselho de Ministros. Como a prisão domiciliária sem crime cometido, declarada ilegal por juízas do Tribunal da Relação de Lisboa – uma sentença que correu mundo. E são apenas dois exemplos entre os muitos que temos. Como se fosse preciso dar exemplos quando vamos no 14º estado de emergência com medidas que não lembram nem ao diabo, e multas a pessoas por comerem gomas na rua e sandes no carro. Isto perante um vírus que exige uma estratégia de foco, proteção dos mais velhos, e promoção da imunidade entre a população saudável e ativa. As estatísticas divulgadas pela Direção-Geral de Saúde são claras. As estatísticas mundiais são claras.
Também a notícia do Expresso termina com declarações do tal médico: não se pode deixar crescer estes ‘negacionistas’ que só passam ‘desinformação’. Quem? Anders Tegnell?
Estes hipócritas, que apelam à repressão contra os que apelidam erradamente de ‘negacionistas’ ou ‘relativistas’, são capazes de ser os mesmos que, mais tarde, irão aparecer em campanhas, pagas pelos contribuintes, a combater o racismo ou a discriminação com base no género, ou a defender a democracia e a liberdade de expressão.
Quem é o perigo aqui não é quem se manifesta pelo fim da política desastrosa e totalitária que está a ser seguida em Portugal. Quem é um perigo é quem aponta o dedo e quer que sejam perseguidos os que contestam a política trágica, que está a ser imposta ao nosso povo, ao nosso país.
Aqueles que defendem uma estratégia equilibrada e fundamentada cientificamente na gestão da epidemia em Portugal não têm culpa se os que apelam à sua repressão e perseguição nada sabem sobre os ciclos dos testes RT-PCR. Ou sobre estatísticas. Ou sobre ciência, a evolução dos coronavírus. As suas variantes. A convencional estratégia de combate a uma epidemia do foro respiratório. As recomendações da Organização Mundial de Saúde sobre os testes e a sua classificação de ‘óbitos-covid’. Sobre o sofrimento das crianças vulneráveis sujeitas a violência no confinamento. Sobre a fome. Sobre o suicídio e o desespero de quem não trabalha há um ano. De quem perdeu o que construiu numa vida. De quem perdeu o marido para o cancro por atrasos nos tratamentos.
Não temos culpa disso, nós, os portugueses que fomos para a rua lutar pela saúde de todos, a democracia e o fim das medidas kafkianas. Pela saúde mental dos nossos filhos e jovens. Pela proteção dos mais idosos nos lares ou na solidão das suas casas. Pela proteção de todos. Sem exceção. Mas não seremos alvo de discriminação, segregação ou ataques pérfidos. Já houve apelos do género vezes suficientes ao longo da História. Estamos em 2021. A tolerância ao insulto, à discriminação e aos discursos de ódio acabou.
https://farolxxi.pt/2021/03/29/clara-ferreira-alves-e-o-discurso-de-odio-elisabete-tavares/?fbclid=IwAR2v9JfNHLYD9mI_s1nr8BJkm-GQty0SbwEOXBJtDtK3hjL9ARDgdkIh0F8