quinta-feira, 31 de maio de 2007

Sobre o debate mensal

A ler: Tema de Banda Estreita no Tomar Partido e Ligar Sócrates à Terra, de FAL, no Corta-fitas.

N DIAGONAIS IX

O de 2005 já era muito bom, mas o que se segue é ainda melhor:

Nike Women 2006



A rapariga chama-se Sofia Boutella e parece que é uma campeã das pistas de dança:

Da bufaria

Desde a Inquisição que Portugal é um país de bufos e de invejosos.
De invejosos da riqueza e do sucesso dos outros, facto que determinava a delação de judeus, protestantes e membros de qualquer corrente fora do "mainstream".
A bufaria de factos que são inócuos mas que, para uns, são "gravíssimos", mais não é que a continuação do sentimento paroquial, mesquinho e desprezível que contamina a alma portuguesa, alimentado no Séc. XX pelo Estado Novo, e que agora continua cavalgando a onda do fim da privacidade.
Não nos esqueçamos que a transparência é apanágio das ditaduras. E que o direito à privacidade é uma conquista da democracia.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Professores: Rui Ramos e Vasco Pulido Valente

Os Marxistas costumavam afirmar que era impossível conhecer o presente sem compreender o passado. Tinham razão. Foram secundados, entre outros, pela famosa Escola dos Annales. Reconhecidamente os Annalistas marcaram uma época e ainda hoje ocupam um espaço importante nos debates.

Em Portugal, com exclusão da época dos Descobrimentos, pouco ou nada se sabe de história nacional. Não se sabe desde logo porque não se ensinou nem (suponho) se ensina. Aqui o século XIX é um paradigma. Quem frequentou o ensino secundário nos cada vez mais longínquos anos 80 do século passado nada aprendeu sobre o século XIX português. Os programas eram longos, o tempo curto e o interesse de docentes e discentes não era muito por uma época despida de epopeias e glórias. Mais enjoativa do que fascinante.

Como alguns sabem (e não se cansam de provar) compreender o século XIX português é fundamental para conhecer o tempo que passa. Desde há muito Vasco Pulido Valente e mais recentemente Rui Ramos não se cansam de nos ensinar coisas desse tempo das quais deveríamos (pelo menos) ter uma vaga ideia. Vejam por exemplo o texto de hoje de Rui Ramos no Público.

PSL

N MÚSICAS XIII

"Vide Cor Meum" - Patrick Cassidy


Esta ária única de 4 minutos foi composta por Patrick Cassidy, exclusivamente para o filme "Hannibal" de Ridley Scott. É baseada na obra de Dante "La Vita Nuova" (especificamente, no soneto do terceiro capítulo "A ciascun alma presa").

Ouçam esta música alto, muito alto, e, mesmo assim, vão ouvir-se a vós próprios. Experimentem.

Vejam a cena da música em Hannibal:


Okey-dokey, goody-goody.

terça-feira, 29 de maio de 2007

N MÚSICAS XII

"Speed" - Bahnhof

Dos independentes

O 28 de Maio de 1926, que deu origem a um período negro da vida portuguesa, em que o génio lusitano, pisado por centenas de anos de Inquisição, foi definitivamente despedaçado.
Um dos elementos do ambiente que propiciou o golpe foi a desconfiança popular face à política e aos políticos, permitindo - por isso - que um grupo de "independentes" assumisse o poder.
E, na altura, o paladino dos "independentes" era Salazar, que trazia consigo uma aura técnica, científica e apolítica: era o Professor e não o Político que vinha salvar a nação.
Dito isto, é fácil perceber que não gosto dos "independentes" que concorrem nas listas dos partidos. Apesar de a lei permitir que haja grupos de cidadãos que se apresentem às autárquicas, há "independentes" que concorrem sucessivamente nas listas de partidos (e às vezes em partidos diferentes).
Quando a malta jogava à bola no recreio da escola (às vezes, quando não havia bola, com os pacotinhos de leite), estar sempre perto da baliza contrária para aproveitar o trabalho dos outros tinha um nome:
estar à mama.

A Comissão de Honra de António Costa

Francisco Almeida Leite diz que a Comissão de Honra de António Costa “mais parece um albergue espanhol”. Não concordo. A mim a coisa parece-se mais com uma estranha caldeirada. Estão por lá peixes de águas profundas, peixes de rio, ricas garoupas. Mas também alguns batráquios e até invertebrados.

Depois de ver Manuel João Vieira a dar “aquele abraço” ao candidato Costa com um sonoro “(...)tu não percebes nada disto, pá, e se precisares telefona-me” fiquei preocupado. Mas depois desse insigne “artista plástico” lá veio outro artista, Mega Ferreira, e fiquei mais tranquilo. Temos candidato….

De facto, Costa merece desde já o prémio “Matrix” para o candidato com melhor golpe de rins. Colocar na mesma sala Manuel João Vieira, Mega Ferreira, Feitas do Amaral e outros penduras como Vasco Lourenço, Ana Zanatti, Fátima Lopes, entre muitos, muitos outros não deve ter sido tarefa fácil.
Até lá está o José Nabais. Não sabem quem é? É o presidente do clube Oriental de Lisboa.

Estranha-se, contudo, a presença de alguma gente séria incluindo alguns prestigiados bloggers da nossa praça. Sobre estes só tenho uma dúvida: de que (ou de quem) terão eles medo?
Adeus Lisboa, que vai à vela. O Portugal do partido único segue dentro de momentos…

PSL

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Álvaro Parente vence no Mónaco

E agora algo completamente diferente. Desculpem o incómodo, mas é só para lembrar que o deporto automóvel português (pelo menos no que toca à velocidade) conseguiu ontem a sua vitória mais importante dos últimos anos.
Álvaro Parente, um jovem piloto do Norte, venceu ontem a corrida das World Series by Renault (também denominada Formula Renault 3.5 ) no difícil traçado do Mónaco. O hino português foi ouvido no Principado, não apenas pelo Álvaro e pela sua equipa, mas por toda a elite do desporto automóvel. Vencer na mítica pista monegasca significa quase tanto como triunfar no campeonato que disputa, o que poderá precipitar a ascensão do piloto. Em Portugal poucos deram pelo prodígio (que não foi propriamente obra do acaso). E mesmo a impressa dita especializada não dá o devido destaque ao resultado. Depois espantem-se quando o rapaz conseguir um lugar na fórmula 1.

Duas almas gémeas, amantes da liberdade


Um dia da vida de João Silva por Pacheco Pereira

O texto de José Pacheco Pereira publicado no Público deste sábado (que pode ser lido aqui) é tão assustador quanto verdadeiro. É ainda um excelente retrato de parte do país real. Deve ser lido com atenção.
JPP apenas se esqueceu de acrescentar uma pequena nota. O “seu” João Silva também consulta alguns (poucos) blogues desses “sacanas” que são políticos e também comentadores, numa mistura fina que ele não entende lá muito bem. Um dos blogues por onde ele costuma passar chama-se Abrupto. O João Silva tem uma pena danada que o autor do Abrupto não disponibilize a caixa de comentários aos seus leitores, para lá gritar bem alto “umas verdades”. Anonimamente, claro.

domingo, 27 de maio de 2007

Dos plágios

Assente a poeira após a tentativa de dizer que o genérico dos "Gato Fedorento" era um plágio, deixo-vos com uma provérbio académico:
copiar um é plágio, copiar mais que um é investigação.
Ora vejam:
Gato Fedorento (2006)

Claude François (década de 60)

Three Blind Mice (1945)

Há Liberdade (LXVI)

é_munha_por_nunes_de _freitas
É minha por Nunes de Freitas

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Estamos ansiosos...

Eu quero ouvir o que tens para me dizer

Quais são os melhores dias?
Como em tudo a opinião mudará consoante os gostos. Eu gosto de dias médios entre o meio-metro e o metro e meio. Com uma ligeira brisa a soprar de terra. Aguas translúcidas, sol a brilhar q.b.. Dias em que a força tranquila da ondulação beija um fundo de areia suave e transforma a espuma em simples cortesã. Nem princesa, nem rainha. Simples doce companhia.
Não gosto de ventanias que sopram dos confins lúgubres do oceano. Que revoltam as cortesãs e destroem a harmonia do palácio. Nestes outros dias do nosso descontentamento resta-nos ficar na esplanada a tomar café de perna e braços traçados em posição “calimerica”, aguardando que Neptuno, ou lá o que é, mude de humor – seja lá quando isso for…
Ou então…, bom, ou então podemos sempre lutar contra as espumas com as parcas forças de um mortal. Buscando alguma vã justiça.

Eu quero ouvir o que tens para me dizer.
Eu quero ouvir o que tens para me dizer companheiro Mário Lino. Fala à vontade caro amigo. Que nunca a voz te doa. E que nunca se embargue um pouco mais, se não deixamos mesmo de te compreender. Fala para ai. Nunca te canses. Até porque pelo computador não levamos com os teus gafanhotos nem sentimos o teu báquico bafo.



Mário Lino merece de facto ser escutado. Com atenção, pois esta é a versão longa e remisturada em Carnaxide. É uma delícia ouvir estes quinze minutos de desvarios, mentiras e vídeo. Que sirva de exemplo. Já é um clássico!

Mário Lino estava alcoolizado (3)

AQUÍFEROS... ERA BOM, ERA !

O senhor ministro Mário Lino nunca deveria ter referido o aquífero da margem sul... o "maior aquífero da península ibérica". Lino devia ter estar calado. Muito bem calado. Porquê? Porque ao recordar o "aquífero", Lino proporciona a ocasião para nos lembrarmos de perguntar esta coisa simples:
"É verdade, em que estado estão as águas do grande aquífero...?"
E a resposta não é bem aquela que Mário Lino gostaria de ouvir! Tavez que até acabemos por descobrir que já não há aquífero nenhum porque as águas estão poluídas e contaminadas.
O que é fácil de perceber se nos lembrarmos que a margem sul foi em todo o século a região da indústria pesada e... sem quaisquer medidas de protecção ambiental, pelo que a contaminação dos solos e dos sub-solos é bastante elevada... É assim que não aquífero nenhum, haverá águas contaminadas até com metais pesados e outros poluentes graves. Lino perdeu uma excelente ocasião de estar calado.

in: Claro
É de facto outra pergunta que ainda ninguém tinha feito...

A melhor localização para um aeroporto

Segundo Mário Lino e Pedro Silva Pereira, a melhor localização para um novo aeroporto é onde houver casas, empresas, hotéis, hospitais, escolas, etc. ...
Assim, apresento a minha proposta de localização de um aeroporto para Lisboa:

ESPUMAS XXXVII

Querem um indicador actual da importância que a maioria das pessoas dá a um autêntico e justo diálogo?
Se sim, façam o seguinte exercício: Há quanto tempo, ou melhor, em toda a vossa vida, quantas vezes ouviram alguém dizer Eu quero ouvir o que tens para me dizer?

"I Want To Hear You What You Have Got To Say" - The Subways



Por outro lado, querem um indicador actual de como a espuma se tornou rainha - e se converteu em entidade superior ao próprio mar -, ou seja, de como as pessoas adoram falar e falar e falar (roll and roll and roll) sobre quase tudo e martelar e martelar e martelar (rock and rock and rock) sobre quase toda a gente e frequentemente com muito pouco valor, seja para o que for?
Se sim, tentem responder ao seguinte: Quantas vezes vêem uma pessoa com obra (no sentido lato) numa certa área expressá-la com humildade, profundidade e simplicidade?
E já agora, tenham paciência, e façam mais estas:
São poucos ou muitos, isto é, são milhares ou milhões?
São vidas antigas ou novas, isto é, desta era ou das anteriores?
E, enfim, natural, proporcional e hegemonicamente, são estrangeiros ou portugueses?

"Rock & Roll Quen" - The Subways

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Calma, blogosfera...



...quem vos lê, parece que temos um novo Irmão, perdão, Rei! Eu prefiro o outro. E sou insuspeito, pois até ateu eu sou. Há que não pôr a charrrua à frente dos bois!

Para descontrairem, oiçam esta música e decorem este nome: "Bonde do Rolê". À noite vão perceber melhor.



CS quê?!

Passatempos: descubra as diferenças

Pedro Silva Pereira, considerou hoje que a polémica sobre as declarações de Mário Lino é "artificial" e defende que quem deve pedir desculpas são os responsáveis do PSD e do CDS-PP

tomar a nuvem por Juno

Há um ditado muito antigo que é: "não se deve tomar a nuvem por Juno", ou seja, lá por Juno (a.k.a. Hera) se disfarçar de nuvem, isso não significa que qualquer nuvem será... Juno. Na mesma linha, está o "tomar a árvore pela floresta", ou seja, não é só olhando a amostra que se pode retirar conclusões gerais, até porque nem sempre "onde há fumo há fogo"...
Ora querem ver que o Eng.º Lino confundiu as dunas das praias da margem sul com as dunas do deserto?

Mário Lino estava alcoolizado (2)

Não concordo com o Pedro. Quanto a mim, o Eng.º Lino não estava alcoolizado. Quando muito estaria bêbado, que isto de "alcoolizado" é para burgueses (assim como "inebriado/ébrio" é para nobres, e "embriagado" para padres).
Enfim, quanto à descrição do "deserto", não me admiro nada: era prática dos comunistas (quando eles ainda comiam criancinhas ao pequeno almoço) descrever a realidade de uma forma muito criativa. Mas era importante fazer um pergunta ao Eng.º Lino: se ele acredita mesmo que a Margem Sul é um deserto, que responsabilidades ele imputa ao PCP, que geriu a maioria das Câmaras dessa área durante mandatos sucessivos? Que eu saiba, o Eng.º Lino era militante do PCP nessa altura...

Mário Lino estava alcoolizado

Vamos lá falar a sério sobre o assunto do dia.
Vi ontem as imagens e fiquei com dúvidas. Hoje de manhã ouvi o som na TSF e com duvidas fiquei. Mas à terceira foi de vez. Tudo ficou claro. A voz ligeiramente enrolada, aquele brilhozinho nos olhos. Nada engana.
A sério. Mário Lino estava embriagado quando proferiu, entre outros delírios, estas palavras: "Fazer um aeroporto na margem sul seria um projecto megalómano e faraónico porque, além das questões ambientais, não há gente, não há hospitais, não há escolas, não há hotéis, não há comércio, pelo que seria preciso levar para lá milhões de pessoas".
Já sabíamos que somos governados por analfabetos. Ficámos a saber que também somos governados por alcoólicos.
O que é mais estranho nisto tudo é a passividade com que a populaça aceita estes desvarios.
Onde andam os duros do PREC? Já não há paus nem pedras para arremessar? Os “homens da luta” estão todos mortos? Não há gente com sangue na margem sul do Tejo? Onde moram hoje os arruaceiros do “buzinão”?
O culpado disto tudo sei eu bem quem é. Aníbal. Cavaco. Silva. Esse social-democrata do “kashbah” de Boliqueime que fez dos pobres remediados, dos remediados ricos e dos ricos muito ricos. Agora? Agora uma pessoa procura alguém para fazer o trabalho sujo e não encontra. Já não ninguém para amassar os dentes a energúmenos.

PSL

A pergunta da semana

E se fosse Margarida Moreira a nova Ministra da Administração Interna?

Da citação


Parece que Fernando Charrua terá citado o Rei D. Carlos, que um dia disse ser Portugal «um país de bananas, governado por sacanas». Está justificado o processo disciplinar. Nas vésperas da celebração do centenário da República, não se deve admitir a divulgação dos aspectos mais relevantes da doutrina monárquica, sob pena de dissolução da unidade nacional: não foi Sócrates o ofendido, mas o povo e a República!

Correcção ao título do post anterior

Em vez de:
«Deixaram o Sócrates projectá-la, agoram amanhem-se»
Deveria estar escrito:
«Não deixaram o Sócrates projectá-la, agoram amanhem-se»
Tratou-se de um lamentável erro informático, uma vez que eu seria incapaz de dizer qualquer piada que envolvesse S. Exa. o (actual) Sr. Primeiro-Ministro, porque ele não se engana e raramente tem dúvidas. Aliás, o meu sentido de humor é tão grande que - e a mim ninguém me cala! - até posso dizer uma piada sobre o (anterior) Primeiro-Ministro:
«No tempo do Santana, nem a ponte era feita!»

Deixaram o Sócrates projectá-la, agoram amanhem-se

A nova ponte sobre o Tejo, integrada na auto-estrada A10, que a Brisa está a construir entre o Carregado e Benavente, deverá ser inaugurada na primeira semana de Julho, segundo revelou a empresa, terça-feira ao fim da tarde, durante uma visita do ministro Mário Lino às obras. O avanço da obra fez renascer, todavia, outra preocupação, porque alguns dos utilizadores habituais do rio consideram que a ponte deveria ser mais alta e que, como foi projectada, vai inviabilizar a passagem de veleiros com alguma dimensão. Ainda no domingo, o barco varino da Câmara de Vila Franca de Xira, com cerca de 50 pessoas a bordo, acabou por desistir de passar por baixo da ponte, receando que o mastro de 20 metros batesse nas abas do tabuleiro e originasse um acidente grave. Nas mesmas condições estarão outros barcos varinos de autarquias da região e veleiros de competição que subiam regularmente o rio, em provas ou em treinos. É que, na prática, o espaço disponível entre as águas e o tabuleiro é quase dois metros inferior ao da ponte Marechal Carmona de Vila Franca de Xira.

Barreiro à poucos momentos…

Um país transformado em anedota a tempo inteiro

Um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o norte do sul do país.
Almeida Santos

Montijo, ontem ao fim da tarde

quarta-feira, 23 de maio de 2007

É verão em Lisboa (VI)

Lisboa é o meu partido

Dizem ser este o slogan de campanha de Carmona, que deverá anunciar a sua recandidatura a Lisboa ainda hoje. Pode ser uma má notícia para Lisboa, mas é de certeza uma boa notícia para a democracia. Uma democracia que se pretende desjudicializada. Com a ida de Carmona a votos ficaremos a saber o que os Lisboetas pensam da personagem e do processo que conduziu ao “impeachment”.
Depois.., bom depois fica tudo muito mais divertido. Vejamos: Carmona, Roseta, Costa, Negrão, Carvalho, Sá Fernandes, Correia. E ainda Monteiro, aquele senhor Pereira do MR-Pum-Pum, aquele senhor Pereira que canta o fado e o outro senhor nacionalista com bigode que agora não me lembro o nome.
Esqueci-me de alguém?
Caso ainda não tenham reparado na publicidade que vai sendo espalhada um pouco por toda a cidade, as festas da cidade de Lisboa começam a 1 de Junho e só terminam a 15 de Julho.

Já repararam…

…na série Os tugas de Pedro Correia no Corta-fitas? Ainda não? Então leiam, por exemplo, aqui e aqui.

terça-feira, 22 de maio de 2007

No PS nem todos perderam a lucidez

Leitura obrigatória para morder o isco, um excelente post do Canhoto Pedro Adão e Silva.

As Margaridas da vida

Já passaram pelo menos quatro dias desde que Margarida Moreira desferiu um golpe na liberdade de expressão.
José Sócrates ainda não disse nada, Aníbal Cavaco Silva também não disse nada, e nem sequer Freitas do Amaral apareceu a sugerir uma futebolada ente Fernando Charrua e Margarida Moreira. Fosse Jorge Sampaio o Presidente da República, e já teria vindo a público expor com violência a sua preocupação em relação a este facto.


Agora todos se ofendem...

Os deuses gregos morreram de rir, dizia Nietzsche,
ao ouvirem que no Ocidente havia surgido um que se pretendia único.
«A marca espanhola Zara teve que pedir desculpa aos ultra-ortodoxos judeus por ter cometido aquilo que aquela comunidade considera um grave pecado, ao misturar algodão com linho num traje masculino, conhecido como "sh'tanz". Trata-se de uma mistura que está proibida pelo judaísmo, que a encara como um pecado contra a natureza, um "híbrido".Desconhece-se a genuína razão da proibição da mistura de têxteis. Segundo noticia o jornal espanhol "El Mundo", alguns rabinos explicam que, na lei judaica, o conceito de "roupa híbrida" equipara-se à "halajá", que proíbe relações sexuais entre animais de diferentes raças e a criação de novas espécies de fruta ou de plantas.Daí a polémica causada pela linha de roupa, o que levou a Zara a pedir desculpas públicas à comunidade ultra-ortodoxa.» (2007/05/22)

Carlos Abreu Amorim

Existe por ai muita alma que gosta de ver o Prós e Contras; aquela espécie de debate para entreter o povo no primeiro canal da estação de televisão oficial do partido socialista.
Quando por azar tropeço no programa, vislumbro esse pavão boçal que responde pelo nome de Carlos Abreu Amorim. Quedo-me um pouco até que a figura abra a boca, na esperança de ter uma ideia sua para comentar. A boca do Carlos abre e fecha, abre e fecha, abre e fecha, qual ventrículo, e… nada. Sai som, sai ar. Mas nada parecido com uma ideia. Tenho pena. Julgava que era desta que CAA iria criar algum valor. Não foi. Tenho mesmo pena. Coitado do homem, veio de tão longe. E sem TGV…

segunda-feira, 21 de maio de 2007

A mística do Benfica

A mística do Benfica não se vê só nas vitórias. Também se vê nas derrotas. Ontem no Estádio da Luz, apesar do 3.º lugar, apesar da exibição "assim-assim" (contra um adversário que deixou jogar à vontade) e apesar de Fernando Santos, no fim o público aplaudiu.
Hoje, para começar a fazer o luto da época, comprei (25 euros!) uma réplica dos anos 60 do equipamento do Glorioso. É verdade, as coisas que encontramos no Continente...

Tourada, Cabeça Rapada e Fascistas

Do humor (2)

Agora a sério, não sei por que espera Maria de Lurdes Rodrigues para demitir a Margarida Moreira:
  1. Se o bufo levou a notícia é porque sabia que a mesma tinha compradora;
  2. Perante a piada buafada, Margarida Moreira podia ter estado quieta, mas optou por retirar consequências disciplinares da piada bufada;
  3. O funcionário foi suspenso e viu ser cessada a sua comissão de serviço;

Eu nem gosto do homem, mas se isto fosse no tempo do Santana... ou se fosse na Madeira...

Do humor

Ludus est necessarius ad conversationem humanae vitae
“O humor é necessário para a vida humana”
(S. Tomás de Aquino).
Numa reunião, um funcionário público - Fernando Charrua - disse uma piada sobre a licenciatura de José Sócrates. Um dos participantes nessa reunião bufou a situação à Directora Regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, e esta ordenou a abertura de um processo disciplinar ao referido funcionário, que foi imediatamente suspenso e viu a sua requisição ser cessada.
Moral da história:
Pior do que Margarida Moreira achar que não se pode brincar com coisas sérias, é essa senhora entender que a licenciatura de Sócrates é séria...

O gozo ainda agora vai começar

O discurso de José Sócrates sobre a nova Lei da Nacionalidade surpreendeu os que prestavam atenção às palavras do primeiro-ministro. Isto porque, no meio das frases da praxe, Sócrates pediu o esforço de todos por um país mais... pobre.

«Quero deixar-vos também uma palavra de confiança, confiança em vós, nas vossas famílias e a certeza que cada um de vós dará o seu melhor para um país mais justo, para um país mais pobre... perdão, para um país mais solidário, mais próspero, evoluído», disse o chefe do Governo, corrigindo de imediato a «gafe».


[fonte]

Para já só uma perguntinha: e se o protagonista da cena tivesse sido Pedro Santana Lopes?

Embaixador da Ota e betoneiro em Lisboa*

Caso fosse necessário encontrar uma razão para derrotar o Sr. Costa na eleição lisboeta, ela aqui está (via expresso):
"se for eleito presidente o que vai acontecer ao aeroporto de Lisboa? - Deve ser desactivado. O futuro grande debate em Lisboa deve centrar-se no destino a dar aos terrenos devolutos."

[*titulo roubado daqui]

Diz que é uma espécie de pocilga



N ARIANES I*

Do filme "The Island" (A Ilha)



Imaginem um mundo fechado, como aquele onde vivem, construído com o suor e a inteligência das gerações anteriores, como aquele que conhecem, habitado por pessoas diferentes de vós, como aquelas que tentam evitar ou desprezam, serviçais do deus tempo segundo a escritura da rotina disciplinada, como são testemunhas do vosso mundo contemporâneo, típica das redomas psicológicas do espaço conhecido, como aquelas onde vós sois perecíveis praticantes, e de repente, continuem a imaginar, tudo se transforma e nada se cristaliza: o mundo abre-se, não se vêem casas com alma, os corpos desabitam as estruturas frias criadas por mãos humanas, e a caixa, essa obra-maravilha da humanidade, essa âncora de todos os corpos globalizados, esse tecto do mundo continuamente escalado, descobre-se que é uma caixa feita de nada... simplesmente, nada. Nada, integralmente nada. Esteve sempre ali, sempre possível e existente, sempre acessível e disponível, transparente como água desanuviada de bênçãos e preconceitos. E é surpreendentemente nada. Revelou-se a sua fantástica e nula existência. Não havia, nesse mundo imaginado, qualquer caixa limitada da liberdade. Havia liberdade, espante-se, para além dela!
Imaginem, afinal, ser possível viver num mundo assim, onde exista verdadeiramente liberdade, ou seja, aquele em que a liberdade é praticada por todos sem violar a de nenhum ser humano. É difícil de imaginar ou é mais cómodo acreditarmos que somos mais felizes assim-assim, ou seja, como se não houvesse nada mais para imaginar, de todo?



*Mais uma nova rubrica, desta vez sobre cinema. A selecção terá duas limitações naturais: o facto de a escolha ser minha e a disponibilidade nos sítios da Internet. Embora pensada há muito, julgo que só agora há condições suficientes para criar esta rubrica, pois não havia muitas oportunidades de publicar cenas preferidas num blogue, dada a sua escassez na digitalosfera. E no que toca à primeira limitação que referi, como calculam, estou bem longe de ser um crítico ou um viciado em cinema. Vejo cinema como o comum dos mortais portugueses, talvez a única nota acima da média seja a de possuir pouco mais de 800 filmes (em VHS e DVD). Todavia, repito, o que colocarei nesta rubrica é uma selação pessoal, porventura algo intimista, daí que não tenha necessariamente a ver com a qualidade do filme ou da cena, bem pelo contrário. Mais importante do que a qualificação, como em qualquer gosto de qualquer arte, é a mensagem, o substantivo, o sentido que a obra, ou o pedaço da obra, representa ou significa para mim.
Quanto à razão do título da rubrica, acho que vão ter que descobrir por vós próprios.

Está por ai alguem?

"Queremos um país cada vez mais pobre", Sócrates dixit.
Terei sido o único que ouviu esta coisa na rádio? Terei sonhado?
Foi uma gaffe ou ele estava a falar a sério?
Estou tão confuso...

sábado, 19 de maio de 2007

ESPUMAS XXXVI

Pela água que faço perscrutar nas minhas mãos acredito desplantar a pobreza de seres vivos e desiguais, com vida e sem mais, caracteres sem carácter, gente da nova mundial nação, de Cristo ao Islão. Não há como poder, o sentido é esquecer, a solução da puerilidade não cresce, que resta então? Despertar. Despertar, fora das águas que nos lavam e das mãos que nos limpam. Apenas e não só, pois não é pouco. Fora das ideias senectas, das companhias aparentemente cômpares, fora dos nossos povoados ludreiros, espaços archoteados sem luz ou clarão; há muito que assim não o deviam ser: micro-mundos de frágil política; neles nunca vi saída, sentido ou solução. Neles há muito pouco onde escrever.

Das demissões

Paulo Portas pediu a demissão da Governadora Civil de Lisboa, em resultado da anulação - pelo Tribunal Constitucional - da data das eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa.
Posso fazer uma pergunta? Uma só? "Umazinha"?
Quantos deputados, ministros e secretários de estado já se demitiram por terem aprovado leis, decreto-leis e portarias que foram declaradas inconstitucionais?

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Há Liberdade (LXV)

implacavel por andre cameron
Implacável por André Cameron

Uma grande pergunta

SÁ FERNANDES E CÂMARA DE LISBOA
ou os valores desconhecidos de um homem pouco transparente
José Sá Fernandes apela hoje a uma unidade à volta dos "valores" que ele defende, para conquistar a câmara de Lisboa…
Mas que “valores” defende ele? E desde quando defende ele esses e não outros "valores"?
Mas quem é este homem? Que andou ele a fazer na vida antes de aparecer do nada com as suas tentativas fracassadas de inviabilizar “túneis das amoreiras” e outras iniciativas em Lisboa?
Alguém sabe quem é, de facto, este homem e que valores andou ele a defender durante a sua vida…?
Eu não sei. Nem quem ele é, nem por onde ele andou e nem que valores realmente defendeu ou defende…
José Mateus Cavaco Silva, Claro

quinta-feira, 17 de maio de 2007

É a vida...

23 de Janeiro de 2005: Sócrates promete um país com mais empregos e menos pobres.
17 de Maio de 2007: Desemprego no primeiro trimestre subiu para 8,4 por cento.

Aquele abraço

Quem é esta malta que nos governa?
Aquele abraço entre a equipa de António Costa na sua despedida é revelador de muita coisa. E é porco.

Ornatos Violeta

Ouvi dizer, vocês podem confirmar-me pois o tempo ultimamente tem sido um inimigo feroz, que a banda portuguesa Ornatos Violeta acabou. Não sei se é verdade, mas aproveito para prestar uma justa homenagem a uma banda que dignifica/ou a música portuguesa e compôs uma das melhores canções de sempre, escrita e cantada em português. Talvez seja, também, por ser uma canção ligada ao mar. Chama-se Capitão Romance.

Cannes 2007



Ontem, o realizador de cinema português mais famoso do mundo (provavelmente o único) Manoel de Oliveira, de 99 anos (não é por acaso que Manoel se escreve com "o") abriu o 60.º Festival de Cannes, de 2007, o circo cinematográfico europeu da flor de palma.
A palmeira foi, assim, aberta pou uma oliveira. Mas o que é incrível, acaso existam ainda coisas assim neste veritiginoso mundo, é que este Senhor Cinema é, segundo consta nalguns jornais de referência estrangeiros, o único realizador em actividade do tempo do cinema mudo!
É fantástico o que se aprende por ser bloguista: finalmente, percebi porque os filmes do Senhor Manoel são de poucas falas.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

N MÚSICAS X

Maia Hirasawa - And I found this boy

Blade Runner

O melhor filme de ficção científica de sempre (como já disse uma vez, o maior é a trilogia "Matrix") Blade Runner parece que vai ser reeditado, no puro sentido da palavra. Ver.

E 2019 está tão perto...

São jobs, mas dos outros,...


...os que não são da BAYER!

Se a moda pega, quais rebuçados, quais quê,......benditas quotas eleitorais!

As tensas relações na mais velha aliança do Mundo

Todos dizemos mal da imprensa inglesa. Mas no fundo temos pena que a nossa não seja tão…, digamos, funny, como a deles. HAVE you seen Jose’s dog? Call our newsdesk on 020 7782 4101, text 63000 or e-mail [email protected]. Vá lá! Vamos ajudar o The Sun a procurar o cão de Mourinho.

À guisa do tema ler Notícias da Civilização por Hugo Chelo no Cachimbo de Magritte

Verdades que doem e que nem todos têm coragem de escrever

O problema de Lisboa nem são os lisboetas, mas a turba que todos os dias invade a cidade, proveniente das periferias. Paulo Pinto Mascarenhas no Blogue Atlântico.

O longo nariz de Sócrates

José Sócrates foi professor da Universidade Independente, apesar de a lei o proibir, diz a notícia publicada no sítio do Público. Faz bem o matutino em manter o Primeiro-ministro em lume brando. Sócrates merece.

Aumentar a parada

Depois de o PS avançar com um negro, o PSD avança com um negrão!
recebida por sms

É verão em Lisboa (V)

Pedro Correia escreve no Corta-fitas (link) que entre sondados e convidados foram estes os que recusaram liderar a lista do PSD à eleição lisboeta: Manuela Ferreira Leite, Paula Teixeira da Cruz, Joaquim Ferreira do Amaral, Eduardo Azevedo Soares, Fernando Seara, Marcelo Rebelo de Sousa, Alexandre Relvas, Álvaro Barreto e José Pacheco Pereira.
Faltou alguém? Sim, faltei eu. Que tal como o Negrão escolhido não sou filiado no partido. O PSD não escolhe uma figura de segunda ou terceira mas sim das "distritais".

Ao invés do que escrevi um deste dias ainda há heróis no PS - e a sorte lá está para os proteger. António Costa é um político profissional, ambicioso, com agenda bem definida. E experiência bastante para qualquer desafio. Vai fazer uma campanha excelente e dificilmente perderá a eleição.

Resta saber se Carmona avança e se Portas consegue convencer Maria José Nogueira Pinto a regressar.

Sim, claro. A eleição na capital é passível de leituras nacionais. Uma derrota (que nem necessita de ser esmagadora) do PSD é claramente o fim de Mendes.

Nota: indecente o convite a Rui "desculpem-lá-mas-eu-vou-a-todas" Pereira para o MAI. Lamentável a aceitação do mesmo por quem há menos de dois meses tinha aceite um mandato de nove anos no Tribunal Constitucional.

terça-feira, 15 de maio de 2007

As razões de Seara

Fernando Seara rejeitou a candidatura porque não quer ter outra Judite à perna...

É verão em Lisboa (IV) - jogo limpo, se faz favor.

Concordo com Paulo Gorjão e com João Gonçalves.
Como já terei escrito é provável que me abstenha ou vote em branco na eleição lisboeta. O que não significa que me mantenha alheado do processo eleitoral.
Jogo limpo, se faz favor!
Não será por mim que Roseta não irá a votos. Não me custa nada passar pelas Portas de Santo Antão e convido todos os leitores do Arcádia, a começar pelos meus camaradas de blogue, a fazerem-no.
O blogue da candidatura está aqui. A declaração de propositura está aqui.
Eu vou assina-la!

É verão em Lisboa (III)

Aqui está o candidato a Lisboa que "esta" direita merece!

Governo v. 2.0

Este Governo está na sua versão 2.0. Com a saída de António Costa, podemos dizer - com propriedade - que o Governo perdeu os três. Perdeu os três Ministros de Estado com que Sócrates tomou posse e formavam à sua volta o trio de poder necessário para a força do Governo.No fim de contas, podemos perguntar: por que razão será sempre mais fácil substituir os Ministros de Estado?

Está encontrado o bode expiatório que faltava...



…e que os histéricos media tanto procuravam.
[The Portuguese police now consider Robert Murat to be an "Arguido" which translates as a formal suspect.]

Do funcionalismo

É curioso verificar que muita gente não consegue distinguir as acções daqueles que as praticam. Assim, se acção "X" for praticada por "A" é boa, mas se for praticada por "B" é má. Confesso-vos que sou assim no futebol, mas tento não sê-lo na vida. Esta impossibilidade de separação do par acção/sujeito (que deveria somente ser útil para aumentar ou diminuir graus de culpa, mas não para valorar acção), é fundamental em certas áreas da actividade humana como por exemplo a magistratura.
Como todos sabem, os magistrados são funcionários públicos que têm vergonha (ou será asco?) de o ser. O que nem todos saberiam, é que os magistrados nutrem aversão a uma importante fatia do tecido produtivo nacional: os profissionais liberais, que só ganham quando trabalham.
Enfim...

segunda-feira, 14 de maio de 2007

O divorcio unilateral proposto pelo Bloco de Esquerda

Fui alertado para o tema pelo excelente post de Daniel Oliveira no Arrastão que desde já convido todos sem excepção a ler com atenção pois é claro, esclarecedor e descontaminado ideologicamente.
Já defendi na Universidade, pelos menos em duas ocasiões distintas, aquilo a que a ordem jurídica Brasileira denomina “divórcio direto”. A ideia é simples: se somos livres para unilateralmente nos decidirmos por casar faz todo o sentido que sejamos livres para unilateralmente nos decidirmos pelo divórcio.
Defender o divórcio unilateral não é fácil devido ao melindre do tema – por isso é que o post do Daniel é longo. O que é fácil é ser autista e demagogo como o deputado socialista Ricardo Rodrigues que apelidou de “divórcio na hora” a iniciativa do Bloco.
Voltarei ao tema - aproveitando algumas coisas que tenho escritas sobre o mesmo - até porque politicamente estou à vontade. Deve ser a primeira vez que me coloco inequivocamente ao lado de uma iniciativa do Bloco de Esquerda.

PSL

pobreza cibernético-partidária

A 60 dias (ou coisa que o valha) das eleições intercalares em Lisboa:
  • o site concelhio do PS está "em actualização" (já há mais de um mês...),
  • do PSD, só um distrital (e mesmo assim, a última notícia fala sobre... Oeiras),
  • o BE tem um bom site, actualizado e com as propostas à vista,
  • o PCP só tem um regional, mas não trata sobre a cidade,
  • o PEV tem um site lisboeta, com algumas ideias e denúncias,
  • o do CDS está em construção,
  • e, por fim, o MPT que tem algumas ideias para a cidade, no site nacional.

Zimbabwe líder da Comissão das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável

Ao longo da vida tenho me cruzado com varias pessoa que acreditam com fé inabalável no papel da ONU e do Direito Internacional. Essas pessoas praticam um discurso belo, quase profético, que invariavelmente lá vai cativando mais alguns fiéis. Mas quando estamos atentos e pensamos pela nossa cabeça rapidamente concluímos que o Direito Internacional não é Direito e que o papel da ONU ao longo da sua “curta” vida mais não é do que um papel politicamente demagógico e realisticamente hipócrita.

O Zimbabwe é uma ditadura hedionda onde não se respeitam os mais elementares Direitos Fundamentais. Não há liberdade de expressão, de opinião, de reunião. Há violência brutal, corrupção, inflação galopante, morte, dor, sofrimento. Tudo para que Robert Mugabe e os seus capangas possam sobreviver politicamente.
Ainda assim o Zimbabwe foi, no passado sábado, escolhido para chefiar a Comissão das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. Confrontado com as críticas de parte da sociedade (que não comunidade) internacional o embaixador zimbabweano nas Nações Unidas, Boniface Chidyausiku, respondeu em declarações à BBC (citadas no Público de ontem) com a seguinte pérola: "Mas o que é que o desenvolvimento sustentável tem a ver com direitos humanos?".

É este o estado actual das coisas do Mundo. Enquanto a opinião pública mundial continuar a meter a cabeça na areia, enquanto a elite das Nações Unidas mantiver a hipocrisia como norma fundamental, nunca existirá uma verdadeira comunidade internacional, nunca existirá uma verdadeira ordem jurídica mundial que ponha em pratica à escala global o profético discurso dos “Direitos Humanos” .

Tirania, Intolerância, Fanatismo

Como acredito na Liberdade, colectiva e individual, acredito que toda e qualquer tentativa, de toda e qualquer religião, no sentido de impor as suas prescrições internas a quem não pertence a essa confissão e no sentido de impor penas físicas e pecuniárias a quem violar essas prescrições, deve ser imediatamente eliminada.
A Liberdade é demasiado preciosa para ser deixada à mercê de quem não a ama.
Deixo-vos com extractos de uma notícia do El País:

La lapidación de una chica de 17 años de la secta yazidí -una antigua minoría religiosa kurda que venera al Diablo- ha recrudecido la violencia en el norte de Irak. Doaa Aswad Dekhil se enamoró de un musulmán y se convirtió al islam con la intención de casarse con él. De vuelta a casa, 2.000 personas de su pueblo, Bashika, cerca de la localidad de Mosul, observaron cómo un grupo de ocho o nueve hombres, presuntamente de su familia, la apedrearon hasta la muerte mientras un vecino anónimo grabó la escena con el teléfono móvil. Las imágenes no tardaron en colarse en Internet y lo que se ve en ellas pone los pelos de punta. Una chica morena vestida de rojo intenta evitar las piedras. Está cubierta por su propia sangre. La muchacha intenta levantarse, pero alguien la empuja y otra persona le machaca la cabeza con un trozo de hormigón. Todo indica que el asesinato tuvo lugar el 7 de abril pasado. la chica tardó 30 minutos en morir y que un líder religioso de la secta intentó acogerla en su casa. Los fieles pueden comer cerdo y beber alcohol, pero de ninguna forma pueden comer lechuga. Su religión -una mezcla de islam, judaísmo y cristianismo- tiene muchas reglas: los varones no deben arrancarse ni un solo pelo, ni lavarse, ni siquiera la cara, y las mujeres tienen que ir siempre de blanco, y no pueden aprender a leer ni a escribir. El azul es un color prohibido.

domingo, 13 de maio de 2007

Carta aberta a Nossa Senhora de Fátima

Minha querida Nossa Senhora de Fátima. Hoje, dia 13 de Maio do ano do senhor de 2007, quando se comemora o nonagésimo aniversário da sua aparição, venho por este meio incomoda-la.
Eu sei que a minha fé já viveu melhores dias e confesso que sou um blasfemo. Sei também que não se brinca com estas coisas da fé e tal. Mas também sei que a Senhora sabe que os tempos são o que são e como diz o adagio popular só nos lembramos de Santa Barbara quando troveja. Quando a razão não pode é a fé que nos salva. É, não é?
Venho então fazer um pedido que só a Senhora na sua infinita sabedoria, poder e humildade pode concretizar.
Desejava que a Senhora intercedesse no sentido de fazer com que o Porto perdesse o seu próximo jogo com o aflito Desportivo das Aves, que o Sporting empatasse (ou perdesse, tanto faz) o seu próximo jogo - e já agora o outro a seguir também - com o Belenenses e que o Benfica vencesse o seu próximo jogo com a Académica de Coimbra.
Eu sei que haverá coisas mais importantes para pedir. Sei igualmente que haverá outros mais crentes que eu a pedir coisa contraria à minha. Mas sei também que uma Senhora assim tão linda, angelical e com um tal brilho piedoso no olhar só pode ser benfiquista como todos os homens e mulheres de bom coração.
Caso a Santa Senhora oiça este pobre pecador e blasfemo comprometo-me em momento oportuno - agora é que são elas!!! - a caminhar de minha casa até ao seu lindíssimo Santuário para acender não uma mas tantas velas quantos os campeonatos nacionais de futebol ganhos até à data pelo meu mui amado, querido e glorioso Sport Lisboa e Benfica.

O seu, Pedro Soares Lourenço

A frase do dia [de ontem]

Percebo que António Costa esteja com vontade de avançar: sai na hora certa de um governo que começa a meter água por todos os lados e prepara-se para voos mais altos num local adequado. Pedro Correia no Corta-fitas.

Da perspectiva

A fronteira entre terrorismo e não-terrorismo sempre foi muito ténue. A diferença que aceito como válida, para mim próprio, assenta na vontade de fazer deliberadamente mal a inocentes: por isso o 11/9, o 11/M e o 7/7 são actos terroristas. A execução de Ceausescu não.
Não digo com isto que defendo os assassinatos políticos, sou contra a pena de morte e ponto final, mas entendo que há terrorismo e há - se quiserem - actos de guerra.

Por isso não entendo a histeria de alguns grupos realistas (e não necessariamente monárquicos...) que pretendem boicotar a presença de Aquilino Ribeiro no Panteão Nacional. Então e o opróbrio de D. João I e D. João IV responsáveis pelos assassinatos políticos do Conde Andeiro e Miguel de Vasconcelos, de D. Miguel e D. Pedro IV pela miserável (e esquecida) guerra civil que alimentaram?...

Por tudo isto é que é sempre bom haver critérios de avaliação: para que as conclusões não dependam sempre da perspectiva...

sábado, 12 de maio de 2007

Live from Praia da Luz

A pivot é muito loura. Esta ligeiramente bronzeada pela exposição ao sol algarvio. Veste uma cor que antigamente se denominava de "café com leite". Ao fundo na imagem surge o casario do nosso Sul, branco e laranja. Ainda mais ao fundo um azul profundo. Muito azul, lindo e assustadoramente calmo. É um cenário bucólico com toque de paraíso que contrasta vivamente com o cinza e verde escuro dominante quando a emissão passa para Liverpool. O cenário natural da Praia da Luz é bárbaro. E fere a vista de quem o vê lá das Ilhas Britânicas.
A emissão é da Sky News é em bom inglês "disgusting". Repugnante, nojenta, repulsiva explica o dicionário.
Todos aqueles - nos quais me incluo - que têm criticado a cobertura mediática dos nossos media ao desaparecimento da miúda inglesa engolem um sapo gordo e feio ao ver a emissão desta tarde da Sky News.
Em directo do "Allgarve" a Sky não faz televisão. Nem lixo sequer. Faz, literalmente, o inferno. A TVI ao lado da Sky é uma menina do coro que cora.

PSL

sexta-feira, 11 de maio de 2007

É verão em Lisboa (II)

Rápido ponto da situação:
É quase certo que Sá Fernandes irá às urnas como independente pelo Bloco e Ruben de Carvalho pelo PCP e pelo outro partido da flor que costuma concorrer coligado com os comunistas e do qual agora não me lembro o nome.
Quanto ao PS, como escreve o corta-fiteiro Francisco Almeida Leite, "a verdade é que Sócrates está num beco sem saída, depois do anúncio de candidatura de Helena Roseta e das recusas de Ferro Rodrigues e supostamente de António José Seguro, um nome que o primeiro-ministro nunca quis, mas que chegou a testar em sondagens. Resta quem?"
Restará, por certo, uma segunda ou mesmo terceira figura socialista. Ali há muito que não há heróis.
Citando Paulo Gorjão: "Ruben de Carvalho, José Sá Fernandes e Helena Roseta. Goste-se ou não deles, todos são candidatos credíveis. Todos conhecem bem os dossiers de Lisboa. Pela parte que lhes toca, o candidato socialista não terá a vida fácil."
À direita um mar de incertezas, com a excepção (quase) insignificante de Manuel Monteiro que provavelmente será candidataro pela Nova Democracia.
Para apimentar a contenda e baralhar um pouco mais o jogo só resta uma candidatura: Carmona. Este tem de ir votos. Sob pena de morrer politicamente e aceitar tacitamente as “acusações” de que tem sido alvo.

PSL

...

Regulamentar o sexo oral

Dedicaram-se uns sujeitos a investigar o sexo oral, e descobriram que as pessoas que o praticam têm mais probabilidades de desenvolver cancro na garganta. Não sei qual é (se a houver) orientação ideológica da universidade que conduziu o estudo, mas achei interessante a reacção irónica do CAA no Blasfémias: regulamente-se!
Pois, meu caro CAA, eu vou mais longe, e defendo para o sexo oral o mesmo tratamento que é dado ao tabaco, pelo que devem ser criados nos restaurantes e postos de trabalho, áreas específicas, onde o mesmo possa ser feito!
Gargantas fundas de todo o mundo, uni-vos!!!

"O meu país" - Luar na Lubre



O meu país/ é verde e neboento
É saudoso e antergo,/ é unha terra e un chan.
O meu país/ labrego e mariñeiro
É un recuncho sin tempo/ que durme nugallán.

Q quece na lareira,/ alo na carballeira
Bota a rir.
E unha folla no vento/ alento e desalento,
O meu país.

O meu país/ tecendo a sua historia,
Muiñeira e corredoira / agocha a sua verdá
O meu país/ sauda ao mar aberto
Escoita o barlovento/ e ponse a camiñar

Cara metas sin nome/ van ringleiras de homes
E sin fin.
Tristes eidos de algures,/ vieiros para ningures,
O meu pais.

O meu país/ nas noites de invernía
Dibuxa a súa agonía/ nun vello en un rapaz.
O meu país/ de lenda e maruxias
Agarda novos días/ marchando de vagar.

Polas corgas i herdanzas
Nasce e morre unha espranza/ no porvir.
E unha folla no vento/ alento e desalento
O meu país.

Um trabalho que nunca está acabado

Ver, ler e ouvir a blogosfera. Actualizar. Deslinkar e linkar.
Na blogosfera não estar atento ao que se passa no quintal do vizinho do lado para alem de falta de educação (digital) é sinónimo de falta de prazer. Sucede que o dever mutila o prazer mais do que gostaríamos e quando damos conta andamos a perder o que não devemos.
Tanta conversa para dizer que o trabalho aqui ao lado a que se chama links mais apropriadamente se deveria denominar work in progress.
Não tenho por hábito destacar em post os blogues que entram e saem dessa coluna; mas as excepções são isso mesmo:
Tal como a Fernanda Câncio há algum tempo que ando para dizer uma coisa: Mel com Cicuta não me era um nome estranho, mas reconheço que apenas (recentemente) me apercebi de como a Laura Abreu Cravo escreve bem nas páginas da Atlântico (querem um exemplo recente: Noticias light) e do 31 da Armada. Afinal Mel com Cicuta é o nome do blogue da Laura. Obrigatório.
Obrigatórios são também os instantâneos diários que Francisco Costa Afonso nos oferece no seu Berra-boi.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Obrigado Carmona

Já não restam muitas dúvidas que teremos dois mesitos animados em Lisboa. À falta de melhor, devemos agradecer a Carmona as trapalhadas que conduziram a esta animação inesperada.
Sobre Lisboa ler: Outra vez? por Paulo Gorjão no Bloguitica e Agora é que são elas por Francisco Almeida Leite no Corta-fitas.

Madalena

Escreve o Público hoje que todos os anos desaparecem cerca de 77 mil crianças no Reino Unido, segundo o site Missing Kids.
Se assim for porquê tanto barulho (em especial do lado de lá da Mancha) por apenas mais uma criança que desaparece.

PS: O desaparecimento de uma criança, independentemente das condições em que sucede, é uma dor incocebivel para quem não pertence à sua família.

Leitura obrigatória…

…para a crónica de hoje de Helena Matos no Público (link indisponível). É sempre bom que alguém relembre o psicótico complexo de superioridade moral da nossa esquerda. Perder, seja lá onde for, é sempre uma enorme chatice para alguns.

É verão em Lisboa

Lisboa merece a nossa atenção, mais atenção. Lisboa merece uma profunda reflexão. Atenta. Urgente.

Helena Roseta é uma mulher do "combate", da "luta". Uma "resistente". Roseta já foi militante e deputada na AR pelo PSD (lembram-se?). Roseta é do PS. Roseta já foi autarca nos arredores de Lisboa (lembram-se?). Roseta é Bastonária da Ordem dos Arquitectos. Roseta não cheira a Lisboa. Roseta é mais do mesmo. Basta!

Os estilhaços de Lisboa rapidamente chegaram ao PS. Manuel Alegre acusa de arrogância (que novidade!) a direcção do seu partido. Por não atender a Roseta. Basta!

Lisboa é o espelho do estado a que chegou a velha classe política portuguesa. Santana fala em auto-implosão. Auto-implosão? Uma palavra nova para Lisboa? Lisboa está viciada pelo poder. Tal como Portugal.

Não vislumbro alternativa para Lisboa. Não embarcarei em coligações de "salvação nacional" à esquerda. Nunca votei, não voto, não votarei ao lado do Bloco de Esquerda. Porque amo a liberdade, porque amo a democracia. Não quero estar ao lado dos hipócritas que as proclamam e que as esfaqueiam nas urnas.

À direita o deserto. A mesma pérfida nauseabunda. O mesmo cadáver político que nos trouxe até aqui.

Não vislumbro alternativa para Lisboa. Neste momento considero a abstenção e o voto em branco. E a campanha por tais gritos de revolta.

As eleições serão num fim de semana quente de verão. Os lisboetas querem lá saber do poder político. Os lisboetas não irão votar. A abstenção vai ganhar. Uma vez mais.

Tudo isto é triste. Tudo isto é fado. Da Mouraria à Madragoa. Da Bica a Alcântara. Pelo meio teremos os santos populares. Marchas. Casamentos. Sardinhas, sangria e manjericos. Arroz doce com muita canela.

Quem quer saber de Lisboa?

PSL

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Recebido por e-mail




Compreendam. Eu estive uns dias fora. É natural que as piadas ainda estejam em actualização. Que é como quem diz: é bom que isto não caía em esquecimento com Jardins absolutos, Sarko´s galvanizadores e meninas desaparecidas.

!?

É o que dá fazer post com ecografias: link.

Há segundas-feiras que não deviam de o ser

É estranho. Ainda há pouco acordei assim e já estou aqui no centro de Lisboa com acentos e tudo.

sábado, 5 de maio de 2007

...ainda da rica vida

Nao ha bem que sempre dure...: reconheco as baixas expectativas. Ainda assim penso que a Tunisia vale bastante mais do que pagamos por ela. Apesar do carpir dos velhos do restelo do costume recomenda-se. Muito.

...nem mal que nao acabe: Outra coisa... E no minimo decepcionante ligar a tv na CNN e ver que Portugal e noticia pelas piores... muito mas... razoes. Gostava de ser mosca para ver a histeria tabloide dos nossos media. Infelizmente ja falta pouco.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Sá Fernandes

Sá Fernandes, o homem que usa a Justiça para fazer política, que acusou a Bragaparques de tentar suborná-lo, que por sua vez foi acusado pela Bragaparques de exigir dinheiro para a campanha eleitoral do Bloco de Esquerda, o homem que tem sempre o dedo em riste pronto a acusar tudo e todos, o homem que ao fim da tarde está vestido "casual" e ao princípio da noite (assim que se fala da possibilidade real de eleições) já aparece a falar de fato e gravata, Sá Fernandes diz que não sai.
Só sai quando os outros sairem. Porque tem medo de ser enganado pelo PSD, ou porque tem medo de ser enganado pelos suplentes do Bloco de Esquerda?

CRONOS XIV


"Home by the sea" (1983) - Genesis


Esta música era ícone nos tempos idos da segunda metade da década de 80. Era um tempo que fervilhava de tendências e de sofreguidão por sons novos, diferentes ou de vanguarda. Anunciar um autor, grupo ou música fabulosa que se estava a ouvir (antes de «estar a dar») era quase como anunciar a chegada de um extraterrestre. Era o tempo, também, das cassetes, dos gravadores e dos primeiros walkman, o sonho de qualquer adolescente na altura. As festas faziam-se sem DJ e com discos de vinil. O nível económico de uma família, entre amigos, era medido pela qualidade da aparelhagem de som que se tinha na sala ou no quarto. Eram tempos diferentes, sem dúvida. Tão diferentes nalguns aspectos, que me parecem estranhos. Sentimento que comprovo e reforço quando vejo o documentário do António Barreto na RTP1 sobre o retrato social dos portugueses. Quanto aos Genesis, lembro-me de quase tudo dessa época, pois era uma das minhas bandas preferidas. Quanto à Home By The Sea, do usualmente designado álbum "Mamma" que nunca foi, lembro-me especialmente de a ouvir dias a fio no caminho casa-escola, e vice-versa, de sentir a intensidade da voz (e dos grasnidos) do Tio Phill ser quase canção residente da Discoteca Bananas, com direito a visualização do vídeo através de projector da música em concerto, que suscitava o delírio da rapaziada na discoteca, em especial o fabulástico solo de bateria de Phil Collins. Imperdível. A bateria de Collins era uma «pedrada» da juventude dos 60's e 70's. Ver aqui e aqui, alguns exemplos desse histórico. Atente-se igualmente a Chester Thompson (baterista buscado à banda de Frank Zappa pelos Genesis, depois de Phil Collins sair da bateria para o microfone principal em resultado da saída de Peter Gabriel) e de Luis Conti na percussão (no segundo vídeo).

A mudança, todavia, não é o mesmo que transformação. Por isso considero que, como diz Barreto, «os portugueses mudaram». Mas, há sempre um mas, os hábitos e as mentalidades não terminam abruptamente, nem com séculos de gerações. Ao fim e ao cabo, de algum modo, somos todos filhos da mamma cultura.

O teste da semana na blogosfera

Pode ser feito aqui.
Os meus resultados são:
# 1: You are an ecologist or green
# 2: You adhere to the Third Way
# 3: You are a social liberal
# 4: You are a social democrat
# 5: You are a classical socialist.
É... tudo misturado... confere.

Lisboa


quinta-feira, 3 de maio de 2007

Mais seriedade...

Por que razão misteriosa os detractores das medidas proibicionistas dizem sempre «poucos deixarão de ir com os amigos a um determinado restaurante por causa do fumo».
Será que os fumadores são umas bestas insensíveis à saúde do próximo? Será que, entre dar umas passas e estar com amigos, preferem sempre o tabaco? Será que a opção está sempre do lado do não-fumador?

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Só Lisboa?

O PSD deixou cair Lisboa. Está na hora do PCP abrir mão de Almada e do BE deixar cair Salvaterra de Magos.
A hombridade fica bem a todos!

Allez Sego

Sarko parece melhor. Sego parece mais verdadeira.
É curioso notar que os moderadores não reivindicam qualquer protagonismo para si, ao contrário do que sucede cá no burgo...

A criação do mundo



«Entre texto sagrado e banda desenhada, no cruzamento entre a fábula e a filosofia, "A Criação do Mundo" é uma viagem sofisticada e provocadora aos grandes porquês da existência. Deus, nas mãos de um grande erudito, pensa o seu futuro incerto e discorre sobre a necessidade do mal, a vontade e o dever, a felicidade, o tempo e o espaço, a luz e a eternidade. »

Um lei desequilibrada?

Percebo a angústia do Daniel Oliveira quanto à deriva proibicionista do tabaco em locais fechados. Mas eu prefiro ver a coisa por outro lado:
O primado do direito à saúde sobre o direito a fumar.
Julgo, por isso, que não colhe o argumento segundo o qual o não-fumador pode escolher entrar ou não num local onde se fuma.
Neste sentido temos outras obrigações/proibições sobre opções individuais que afectam (primariamente) apenas aqueles que as tomam, mas que podem (causalmente) afectar terceiros:
v.g. o uso de cinto de segurança nos automóveis, a vacinação, etc.
Sei que o exemplo da vacinação pode ser mal interpretado, por isso explico: a vacinação obrigatória destina-se a impedir epidemias (mal geral) que possam resultar da doença de uma pessoa (mal individual). No caso da proibição do fumo, pretende-se - mutatis mutandis - impedir um mal geral (o cancro do pulmão e outras doenças resultantes do fumo passivo) através do impedimento de um mal particular (a concretização do acto de fumar em local fechado).
Em conclusão: cada um é livre de fumar, desde que com isso não possa por em causa a saúde de terceiros.
p.s. Acho que não deixei claro: no que respeita a estabelecimentos comerciais (v.g. restaurantes, bares, etc.) acho que deve ser dada a possibilidade de optarem por serem livres de fumo ou não.

N LEITURAS VII

Darwin e Religião, a discussão continua:

- "In the beginning", Artigo especial na The Economist (19 Abril 2007)

- "The DNA of Religious Faith", David P. Barash, na Chronicle Review (20 Abril 2007)

- "Evolution myths", Jim Endersby no The Times Literary Supplement (Março 2007)

- "Darwin's doubts revealed in his letters to friends", Anthony Barnes no The Independent (Abril 2007)

- "Evolution of the theses", Jonathan Gottschall no The Age (21 Abril 2007)

Outros temas:

- "The Return of the Idiot", Alvaro Vargas Llosa, na Foreign Policy (Maio/Junho 2007)

- "The Age of Innocence" de Caitlin Flanagan (recensão do livro "College Girls: Bluestockings, Sex Kittens, and Co-Eds, Then and Now", de Lynn Peril) na The Atlantic Monthly (Março 2007)

N PUBLICIDADE X



(o pagamento de direitos de autor deste anúncio não deve ter sido barato)

N PERGUNTAS XXXII



Um dia, com mais vagar, gostava de descobrir, por mim ou por terceiros, por que há um efeito especial e profundo da música de Sigur Rós nas pessoas, nas quais me incluo. Uns dizem que a música é muito triste, e assim descartam-na para que evitem a melancolia e tristeza supostamente produzidas, outros, apelidam-na de demasiado profunda e vaga e 'parada'. Penso que a música dos Sigur Rós tem muito de tudo isto, por isso concordo genericamente com o que a maioria diz deles, ou da sua música. Mas para quem não a descarta, para quem sofregamente a ouve há anos, para quem sente necessidade de lá voltar e, por mais incrível que possa parecer, para quem esta música é uma fonte de alegria e vitalidade, não pode nunca, não é, uma música para ser apenas ouvida, sem advérbio de continuidade, sem qualquer preposição de sentidos apurados ou verbalização da informação musical processada de modo reflectido e persecutório.
Um dia ainda hei-de saber a influência e o papel da música dos Sigur Rós nos sentidos, na filosofia e no apuramento da qualidade auditiva de música fora da maioria. Mais do que transcendentalidade, trata-se de uma resposta por descobrir.

Manhã Má de Maio

terça-feira, 1 de maio de 2007

Das cedências

Post em stereo no Cidadania LX:
É importante que as decisões das autarquias sejam públicas, mais a mais, quando envolvem a alienação - ainda que temporária - de património ou espaço público.
Assim, na sequência deste post sobre o arrendamento a uma associação (religiosa? política? filosófica? filantrópica?) de um palacete de Lisboa, julgo que devemos dar todo o apoio a Sá Fernandes e exigir da Câmara Municipal de Lisboa uma lista de:
  1. Edifícios, apartamentos e terrenos arrendados a privados de índole não comercial (v.g. escuteiros, paróquias, associações, etc.), respectivos valores e fundamentos da decisão;
  2. Edifícios, apartamentos e terrenos arrendados a privados de índole comercial (v.g. quermesses, parques de estacionamento, centros comerciais, feiras de rua, etc.), respectivos valores e fundamentos da decisão;
  3. Edifícios, apartamentos e terrenos cedidos a título gratuito a privados de índole não comercial (v.g. escuteiros, paróquias, associações, etc.), e fundamentos da decisão;
  4. Edifícios, apartamentos e terrenos cedidos a título gratuito a privados de índole comercial (v.g. quermesses, parques de estacionamento, centros comerciais, feiras de rua, etc.), e fundamentos da decisão;
  5. Transportes oferecidos a privados de índole não comercial (v.g. lares de 3.ª idade, escuteiros, etc.), custos da liberalidade e fundamentos da decisão;
  6. Lugares de estacionamento reservados na via pública, oferecidos a pessoas colectivas não públicas e a pessoas individuais que não exercem qualquer cargo público (v.g. há um ex-presidente da república que continua a ter todo o espaço em frente da fachada do seu prédio reservado, como quando exercia funções...).

A razão para esta lista é simples: o nosso juízo sobre os factos não deve ser alterado em função dos sujeitos neles intervenientes. A partir do momento em que isso acontece, ultrapassamos as fronteiras do preconceito. Se achamos natural que a CML ajude escuteiros, também devemos achar natural que ajude os correspondentes da IURD. Se achamos natural que a CML ajude uma associação de gays, lésbicas e transgéneros, também devemos achar natural que ajude uma associação de promoção de actividades circences.
É disso que se trata quando falamos de igualdade e não-discriminação. Ou estarei enganado?

Da Rica Vida

O azul domina. Do ceu ao mar. Mas ainda nas velhas casas. Nas portas e janelas. O sol e quente. O mar tambem. E limpo. A areia fina e branca. O vinho e fraco. Podia ser melhor. Mas o que me irrita e nao ouvir o chamamento para a oracao.
Amanha a vida segue ainda mais para Sul. En busca de outros mares calidos. De pedra e areia.