Donald W. Winnicott

Resumo: O que significa afirmar que uma sociedade produz experiências sociais negativas? De um ponto de vista de ontologia social, qual a imagem ou figuração da sociedade pressuposta em tal diagnóstico? O presente artigo visa a enfrentar tais questionamentos, por meio da reconstrução de alguns modelos teóricos e, em particular, de alguns modelos críticos. Metodologicamente, trata-se de partir da forma como cada modelo diagnostica experiências sociais negativas, a fim de melhor se refletir sobre como há diferentes possibilidades de se entender o social. Este texto está dividido em três partes. Na primeira, com foco na teoria social clássica, abordam-se os tratamentos dispensados por Durkheim e Marx ao fenômeno do suicídio, além de se trabalhar o conceito de alienação, no segundo. Em seguida, no âmbito da teoria crítica frankfurtiana, expõe-se como tanto o modelo de Adorno quanto o de Honneth podem ser lidos como tentativas de enfrentar o problema do sofrimento social, no seio das sociedades modernas. Por fim, num terceiro momento, analisa-se o modo como as experiências sociais negativas são articuladas à ideia de crítica radical por Luc Boltanski. Tal perspectiva será apresentada como uma alternativa ao modelo honnethiano na superação de desafios que se colocam ao campo da teoria crítica, na atualidade.

Cette recherche questionne la forme de créativité alternative qui s’élabore au sein d’un fablab, en l’abordant comme « espace potentiel». Un fablab est étudié à l’aide d’une observation ethnographique d’une durée d’un an. Il se révèle non seulement comme un espace de création et de fabrication, mais comme l’espace potentiel d’un désillusionnement vis-à-vis des logiques dominantes de la société de consommation, de par son triple dispositif socio-technique, spatio-temporel et autopoïétique- distribué. L’article discute des implications de cette forme d’espace potentiel pour les entreprises et les collectivités territoriales.

Este artículo analiza la noción de malestar resultante de los impases de tensión entre el individuo y la cultura, de acuerdo con los resultados obtenidos por las  reflexiones  psicoanalíticas  de  Freud.  A  pesar  de  ciertos  momentos  de  su  trabajo,  es  posible  visualizar  una  cierta  posibilidad  de  emancipación  del  sujeto  a  través de la reflexión o el análisis clínico en sí mismo, el psicoanalista  no  deja  de  notar  una  cierta  entropía  presente  no  solo  en  el  ser  humano,  sino  en  cada  ser  vivo. Es un movimiento dentro del propio organismo que conduce a su agotamiento, encontrando su propósito en declive.

Resumo: A partir do entrelaçamento da teoria psicanalítica com fragmentos de um caso clínico e, ao mesmo tempo, um desenho de Hans Bellmer, são tecidas considerações acerca do estatuto do corpo na psicanálise. Trata-se dos efeitos dos embates com o Outro na constituição do corpo articulada à subjetivação. Em contraponto à idéia de inscrição de marcas no corpo que constituem as zonas erógenas, resultantes da sedução por parte do outro, propõe-se a noção de uma inscrição da ausência de alteridade que geraria "zonas mortas no corpo".

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ההגדרה של יצירתיות אפילו עוד יותר מההגדרות של אמנות או ציור- עמומה, פרדוכסלית ומלאת סתירות. החוקרים חלוקים בדעתם באופן דרמטי  אפילו על בסיס ההגדרה המדויקת: גוץ (Ignacio L. Götz), בעקבות האטימולוגיה של המילה, טוען שיצירתיות היא לא בהכרח "עשייה".  היצירה היא תהליך נפשי, מוחי ופיזי, בלי קשר לתוצר הסופי.
בעוד שהגדרות רבות של יצירתיות מציגות יצירתיות, כמעט כשם נרדף למקוריות, הוא גם מדגיש את ההבדל בין יצירתיות למקוריות. גוץ טוען שאפשר להיות יצירתי מבלי להיות מקורי בהכרח. כשמישהו יוצר משהו, הוא בהחלט יצירתי בשלב הזה, אבל יכול להיות שהוא לא מקורי, במקרה שהיצירה שלו אינה משהו חדש. עם זאת, מקוריות ויצירתיות יכולות ללכת יד ביד.

Resumo: A partir de um excerto narrativo sobre uma situação de consumo, obtido no âmbito de uma pesquisa de mestrado no ano de 2006, refletimos sobre as possibilidades e limites do viver criativo na sociedade capitalista do século XXI. Tomamos como base teórica a transicionalidade postulada por Winnicott para elucidar a importância do fazer criativo na manutenção do sentimento de estar vivo no contexto da sociedade de consumo.

To speak is. . . first of all, to seek to receive the other as other and the foreign as foreign; to seek autrui, therefore, in their irreducible difference, in their infinite strangeness. . ., and such that only an essential discontinuity can retain the affirmation proper to it. What, fundamentally, is the god asking. . .? Perhaps nothing less than that he shake off the yoke of the god and finally leave the circle in which he remains enclosed by a fascination with unity (Blanchot, 2003, p. 82).

Questo testo è la mia terza tesi universitaria, relativa al Master antropologico in Partnership e Sciamanesimo da me conseguito presso l'Università di Udine il 20 marzo 2022. Mia relatrice di tesi in quest'esperienza straordinaria fu la Chiarissima Professoressa Antonella Riem, a cui devo tanto. Insieme a lei e agli Sciamani, studiai lo Sciamanesimo celtico, quello nordico, quello africano, quello peruviano e quello nepalese. La mia formazione come antropologo fu il susseguirsi di vissuti di autentica estasi, esperienziale e accademica, e indirizzò tutto il resto della mia vita. Il mio scopo è ispirarmi a Maya Deren, nota antropologa del Voodoo, e scrivere testi antropologici sull'incontro rituale di questa realtà con realtà "altre". Lo Sciamanesimo, in quanto oggetto di studio, è per me la mia porta sull'invisibile. Questa mia tesi così particolare e inusuale segna la fine di un percorso di formazione antropologica, e l'inizio di una vita dedita allo studio delle diversità culturali e delle differenti forme di spiritualità. Nello Sciamanesimo e nel Voodoo, così come nel cinema di David Lynch, si tratta di aprire "porte" metafisiche su dimensioni eteree, misteriose e sconosciute.

La valutazione del mondo rappresentazionale del bambino: uno studio esplorativo nella seconda infanzia Premesse teoriche: Molte ricerche hanno sottolineato il ruolo che l’ambiente primario ha sullo sviluppo normale e patologico del bambino, enfatizzando il ruolo del mondo esterno e trascurando quello interno incentrato su un versante intrapsichico. Nel panorama attuale la Psicopatologia dello Sviluppo è sempre più attenta a prendere in considerazione la comprensione del mondo rappresentazionale del bambino in relazione a quello dei genitori e le influenze che ciascuno ha sull’altro. La valutazione diagnostica si muove sempre più spesso in ottica multidimensionale, tenendo presente non solo l’elenco di sintomi per una data patologia, ma esplorando sempre più a fondo il vissuto del bambino e quello genitoriale nonché le loro reciproche influenze. Obiettivi: è stato valutato il mondo rappresentazionale del bambino in relazione allo stato della mente dei genitori ed è stato valutato l’e...

Del Cueto-El lugar del coordinador de grupos Hay algunos temas que conciernen a la coordinación, las características de su intervención en un grupo y la búsqueda de la posibilidad de transmitir un modelo de trabajo, que me ha planteado algunos interrogantes, Dejo acá por supuesta una formación teórica múltiple que forma parte del universo particular del profesional interesado en la coordinación de grupos con técnicas dramáticas.

Esse texto de apresentação do volume de Natureza Humana em homenagem aos 80 anos de Zeljko Loparic e seus 50 anos de Brasil visa a indicar a radicalidade de seu pensar, de seu modo de fazer filosofia. Seu pensamento é radical porque vai à raiz de conceitos e sistemas filosóficos e científicos, expõe com precisão os caminhos argumentativos e descobre "a lógica e o desenvolvimento histórico das perguntas das quais resultam obras monumentais." 3 Tudo isso implica não apenas "espanar a poeira" dos monumentos ou historicizar um sistema de pensamento e comentá-lo em suas minúcias. Implica em ir à "fonte dos problemas e refazer todo o caminho das respostas", em outros termos, implica em "pegar o touro pelos chifres e dominar o touro". 4 Essas expressões, proferidas pelo professor Loparic em entrevista por ocasião de sua Festschrift de 70 anos, refletem um modo de apropriação de pensamento aprendido em um longo e denso itinerário formativo. Nessa entrevista, Loparic reconhece a importância que o contato com grandes mestres teve em sua trajetória como estudante e na formação de seu perfil como pensador. Nesse sentido, relata sobre o valor, no começo de seus estudos juvenis, da relação com o atento e acolhedor monge cartuxo Padre Emanuel e sobre as marcas em sua identidade intelectual decorrentes dos cursos e aulas que teve com filósofos notórios como Jean

The title of my talk is “Edges of the Voice in Psychoanalysis.” I am interested in these edges, the ways in which, through writing or speaking, we experience a limit and push beyond it. On the one side of this limit is our indelible subjectivity, that our voice is ours, and sounds only like one person—me in my case and you in yours—and no one else.2 On the other side is the voice as a worrisome and odd Thing, a source, as I will describe, of discontent and suspicion. These two sides sit one against the other in tension.

El objetivo principal del trabajo es presentar algunas consideraciones en torno a la clínica psicoanalítica con bebés. ¿Los bebés sufren? ¿de qué sufren?. ¿cuáles son los supuestos teóricos implicados en la clínica psicoanalítica con bebés? Se revisa la concepción psicoanalítica de la primera experiencia de satisfacción con el fin de abordar la constitución psíquica temprana y los modos como el otro participa en ella. Finalmente se destaca sucintamente el recorrido de psicoanalistas destacados y sus aportes para esta clínica. Palabras claves: infancia, clínica con bebés, primera experiencia de satisfacción.

Resumo: Apresento uma visão panorâmica das obras de Herrmann e Bion. A intenção é iluminar a trajetória percorrida pelo pensamento crítico de ambos autores. A influência desses pensamentos será vista na forma de contar um caso clínico e na teorização utilizada. A teoria dos sonhos contida na obra de Herrmann e explicitada na de Bion (e, consequentemente, a teoria da consciência) é discutida. Dessa discussão nasce uma forma de compreender a clínica e de trabalhar com os pacientes que aproxima os autores.

Mon article « La possibilité du vide pour contrer les logiques du désespoir ? » est disponible dans le #6 de la revue Huis Clos, qui peut être commandé ici : https://www.editionshuisclos.com/

Quelques extraits :

Au fondement de tout apprentissage se trouve le vide (cela vaut aussi pour ce qui est de manger). Mais si le vide n'a pas été éprouvé comme tel au début, alors il se transforme en un état à la fois redouté et compulsivement recherché.*

« (…) Que le vide n’ait pas pu être éprouvé comme tel « au début » signifie qu’il n’a pas pu être vécu, dans les premières expériences de l’enfant, comme un état qui précède l’apparition de quelque chose, et, finalement, la satisfaction du besoin et la satiété. C’est dans ce sens que Winnicott peut écrire que « le vide primaire veut seulement dire : avant de commencer à se remplir. »

(…) lorsque l’environnement n’a pas été suffisamment régulier dans ses réactions, l’enfant n’a pas acquis la confiance qui lui permet de tolérer le vide, et celui-ci menace alors d’être permanent. Le vide n’est plus un état annonciateur d’une satisfaction ultérieure : il est pur vide (…). C’est comme si le bébé devait virtuellement rester à tout jamais captif de ce vide, exsangue et affamé, exposé à la mort.

(…)

Dans les anorexies dites « mixtes », celles qui sont associées à des crises de boulimie suivies de vomissements, dénommées ainsi par opposition aux anorexies purement « restrictives » (ascétisme et jeûne exclusifs), la crise d’hyperphagie traduit immanquablement la même logique. Se jeter à tout prix, le plus vite possible et sans discrimination d’aliments, sur des quantités gigantesques de nourriture, répond à l’anxiété basale de ne jamais pouvoir manger. Le sujet anorexique se gave par anticipation, dans l’urgence, tant que la nourriture peut être arrachée au mauvais sort.

(…) 

Une personne anorexique avec laquelle j’avais réalisé une série d’entretiens avait ainsi pu me dire qu’au cours de sa guérison, elle avait réussi à se convaincre qu’il n’y avait aucune nécessité réelle de se ruer sur des gâteaux dans une boulangerie, car ceux-ci « ne s’envoleraient pas et seraient toujours là le lendemain ». Aussi absurde que cela puisse paraître, c’est exactement ce changement de disposition d’esprit, qui consiste en apparence seulement à adopter une attitude rationnelle – contre la croyance magique ou superstitieuse que les aliments vont disparaître à tout jamais sous l’effet d’une volonté sadique extérieure au sujet (…) –, qui est au cœur de la rémission. Pour une personne anorexique, de la même manière que le vide peut ne jamais finir, la douleur de la faim peut n’avoir pas de terme, et les aliments peuvent s’envoler.

(…)

Il en va ici de sujets qui, terrifiés à l’idée du vide, préfèrent maintenir structurellement la relation qu’ils ont à un mauvais objet interne, même lorsque la cure analytique leur a permis de s’en détacher. La raison en est qu’ils n’ont pas d’autres repères relationnels et que l’état de transition entre l’ancien conditionnement et la possibilité d’une expérience inter et intrasubjective nouvelle se traduit par un vide intolérable. Ce vide transitoire est, au demeurant, caractéristique de nombreux progrès dans la cure analytique. Les patients s’attacheront alors à recréer le mauvais objet – c’est-à-dire à le retrouver dans l’expérience et à le répliquer à nouveau sous une forme internalisée – pour ne pas vivre dans l’angoisse morbide qu’au vide ne succède jamais rien. (…) 

Comment, alors, permettre à ces patients d’échapper au pire, c’est-à-dire à la réaction désespérée à la répétition de la relation au mauvais objet interne qui finit par être vécue sur le mode de la fatalité : « l’aspiration au non-être, dans l’expression d’une auto-suffisance idéale qui se réduit progressivement jusqu’à l’anéantissement »** ? Comment contrer cette logique du désespoir ? Deux pistes apparaissent à mes yeux. (...). »

*D. W. Winnicott, « La crainte de l'effondrement », La crainte de l’effondrement et autres situations cliniques, Gallimard, Paris, 2000 [1989].
**André Green, La folie privée, Psychanalyse des cas-limites, II, « L’analyste, la symbolisation et l’absence dans le cadre analytique », Gallimard, Paris, 1990.

The Eternal Contemporaneity of Trauma, or, On the Pathologies of Polish Memory Let us start with the wrong kind of remembering that considerably impedes any openness to the future. This is the subject of Friedrich Nietzsche's notable treatise "On the Uses and Disadvantages of History for Life," which can be read in two ways: either as a direct attack on the "parasite of memory," which lodges itself in the human mind and sucks the vital energy out of it, or-in a more dialectical manner-as a subtle guide that illuminates the difference between pathological and nurturing memory.2 I will follow the second reading-even if it goes against Nietzsche's intentions-as alongside the "antiquarian" memory, which overburdens the psyche with commitments to past things whose traces memory tries to preserve, there is also a kind of active remembering that is governed by a sense of responsibility for the future. When Nietzsche defines humans as beings that are capable of making promises, he does it on the grounds of their ability to properly remember those commitments-all the more so as a substantial number of those are of the negative kind: "Never again!" Therefore, only well-structured memory permits us to escape the circle of fruitless repetition and to break the bonds of harmful projects. Contrary to what Karl Marx has claimed, not every tragedy reappears as farce; it most often returns simply as another tragedy. The idea that good memory can bring deliverance from the vicious circle of compulsive repetition shows up in Sigmund Freud's essay "Beyond the Pleasure Principle."3 In both these works-of Nietzsche and Freud-a certain paradox comes to the fore, as good, appropriate remembering turns out to be, in part, forgetting. Here the Nietzschean aktive Vergessenheit is above all the ability to gain some distance to the things that were, by framing them as proper past, that is, as something that no longer exists. Proper memory would therefore draw upon the dialectical power of forgetting, which distances past things from the field of the living present, preventing the specters of past events from casting a shadow on the time experienced here and now. While Nietzsche calls the ever-present past a "destructive force," Freud talks in this context of the repetition compulsion, which he also places on the side of the death instinct. The past that cannot become the future and reappears incessantly

Este trabalho se propõe a realizar uma cartografia dos elementos
indicadores de uma teoria dos afetos nas obras de B. Espinosa, S. Freud e D. W. Winnicott no âmbito dos processos de subjetivação que descrevem. As relações entre corpo e mente, afeto e representação, assim como a participação da sensorialidade nos processos de constituição subjetiva são alguns dos temas recorrentes em cada um dos autores tratados. Partimos da filosofia prática de Espinosa, em que os afetos são a mola propulsora para o conhecimento e para a expansão de potência. Em seguida, expomos o pensamento de Freud, que tem como base o estudo do conceito de pulsão e o entendimento do afeto como um
representante psíquico desta. Por fim, passamos ao estudo da teoria de Winnicott, na qual a experiência sensível é imprescindível aos processos de desenvolvimento emocional. Percorremos as linhas gerais do pensamento desses autores sobre o tema dos afetos e da sensorialidade com o intuito de pensar uma clínica psicanalítica conectada à experiência sensível. Traçamos algumas interlocuções possíveis, assim como apontamos algumas diferenças entre os autores, considerando os diferentes contextos teóricos do qual fazem parte.

There was a small boat that had not travelled and it took a long journey in the Mediterranean. And within five-six weeks all food ran out and they drew lots to find who who who would be eaten This traditional Greek children's song, if seen through the metaphor, could bring to the surface the way some couples target, victimize, ravage each other symbolically,

Il presente lavoro trae origine dal riconoscimento dell’importanza della pratica musicale nello sviluppo globale del bambino. Dopo aver posto opportunatamente in evidenza lo statuto e le implicazioni del dialogo tra ambito della formazione pedagogica ed educazione musicale infantile, argomentando l’importanza in età pre-scolare di esperienze musicali ben strutturate e di alta qualità, si tenterà di fornire una panoramica relativa al tema del rapporto tra corporeità e pratica musicale. In ogni sezione di questo scritto verrà analizzata la natura del rapporto circolare che lega musica ed esperienza corporea; quest’ultima, a sua volta, espressione di una dimensione di consapevolezza “preverbale”, legata a concetti quali quello di schema
corporeo, propriocezione, memoria somatica, intelligenza senso-motoria, nonché innervata da forme di sapere prelinguistico che fungono da base ontogenetica delle diverse modalità di apprendimento intellettuale e dell’agentività umana in generale. Attraverso gli studi sulle condotte d’ascolto e di produzione musicale infantile del pedagogista François Delalande si vedrà in che modo, nel rapporto tra gesto e suono, emergano condotte di tipo senso-motorio foriere di vere e proprie forme di composizione musicale. Verranno successivamente approfondite le tesi dell’antropologo Marcel Jousse in merito alla natura mimetica della conoscenza e dell’espressività umana, alla storia evolutiva del concetto di mousikè nella civiltà classica, attraversata originariamente da un’espressività di tipo gestuale e corporeo, al successivo condizionamento educativo e culturale dell’universo espressivo del mousikòs anér. Si prenderanno in esame, inoltre, l’approccio fenomenologico al tema della corporeità in
Maurice Merleau-Ponty, la prospettiva transizionale di Donald Winnicott, le riflessioni di Walter Benjamin e Ludwig Wittgenstein sulla facoltà mimetica, intesa come capacità umana di percepire e produrre somiglianze mediante la dimensione corporea, gli studi di Daniel Stern sulla natura affettiva e amodale della percezione infantile. Ogni capitolo contribuirà a dimostrare la tesi che nell’uomo, creatura essenzialmente “risonatrice”, l’imitazione, intesa come mimesis, non è circoscritta alla mera possibilità di riproduzione di gesti o movimenti osservati, ma che afferisce ad una dimensione più ampia, aconcettuale, dell’agire umano, che chiama in gioco la relazione con
l’altro da sé. Vedremo infatti che tale facoltà rappresenta uno dei principi filosofico-antropologici che hanno attraversato il pensiero occidentale sin dall’antichità e che, inoltre, costituisce il fondamento di molteplici forme di apprendimento, evidenza particolarmente tangibile per quel che riguarda l’universo infantile. Si chiarirà allora in che modo la musica, nella sua natura duplice (produttiva e ricettiva) e intesa come forma comunicativa eminentemente empatica, abbia a che fare non solo con lo sviluppo e il raffinamento del potenziale creativo insito
nell’individuo, ma anche con la possibilità di “avere un mondo” o, in altre parole, di accedere cinesteticamente alla pulsazione organica del
cosmo in noi; infatti, e lo vedremo proprio attraverso l’indagine della facoltà mimetica, l’esperienza di costituzione della soggettività implica sempre, sin dai suoi primi stadi, a partire ad esempio dal rapporto con la figura materna, una dimensione intersoggettiva. A tal fine, nell’ultimo capitolo verrà preso in esame un interessante studio sui processi musicali creativi nella prima infanzia, che vede coinvolti bambini dai 3 ai 5 anni e tecnologie musicali
avanzate basate sul modello della cosiddetta “interazione riflessiva”. La scelta di includere in questo scritto la presentazione di tale progetto è stata dettata dalla volontà di attestare attraverso la discussione di un caso concreto l’importanza dell’interazione simpatetica e della sintonizzazione affettiva nella strutturazione di processi creativi e cognitivi soggettivi. Verranno inoltre indagate alcune prospettive metodologiche (ad esempio la proposta educativa di Montessori) relative a un apprendimento musicale possibilmente interattivo e orientato alla cooperazione (non trascurando il ruolo cruciale di educatori e insegnanti, che devono guidare i processi creativi dell’infante, ma senza interferirvi), nonché le indicazioni in merito all’allestimento di un ambiente e di materiali didattici necessari alla realizzazione di un contesto che risulti consono allo sviluppo ottimale delle competenze musicali infantili.

Farley and Kennedy’s incisive and challenging essay unpacking the contro- versy surrounding “rapid onset gender dysphoria” (ROGD) draws upon psy- choanalysis to examine the complicated interplay among freedom of speech, truth, power, privilege, and transgender rights and desire. My response frames theirs within the intersecting gaps that psychoanalysis reveals— between materiality and gender, between materiality and speech, between speech and desire—in order both to highlight how freedom of speech and transgender issues are inevitably vulnerable to collision and to guide inter- vention: We must insistently pry open the seemingly seamless order between biology and gender, and between gendered desire and speech. Absent such dedicated intervention, I fear, the transgender subject will be left to bear this onto-ethical burden for all of us. We need to engender—and perhaps also to transgender—robust radically inclusive “spaces between” for all gendered subjects and for the disruptive, vibrational motions of desire, its freedom of speech.

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This theoretical paper offers an interpretation of Generative Artificial Intelligence (GAI) as an opportunity for the personal growth of individuals and in particular for the professional development of teachers. It argues that GAI systems foster a metacognitive standpoint in human partners, implying that the latter necessarily draw on their own knowledge in the prompt formulation and output analysis phases. This evocative nature is joined by a transitional one: GAI systems are objects, phenomena that stand for the “external” knowledge, that of the corpus of training data, only indirectly, i.e., through standing for an “internal” knowledge, that of the human partner. Consequently, interaction with these systems represents a transitional space, a neutral playing field where internal and external realities coexist. It is a collaborative experience during which new ideas emerge, while others may evolve or take on a specific form. In order to create an active partnership with AI aimed at growth, it is emphasized that teachers are called to be metacognitive professionals who possess complex knowledge that provides for a dynamic relationship between technology, pedagogy and the content of the subject taught.

La notion de traumatisme et la prise en charge des «nevroses traumatiques » interrogent et ne cessent de faire debat. A partir de leurs pratiques cliniques, les auteurs montrent que l'exploration devrait surtout s'interesser a l'ecoute qui se deploie dans les dispositifs cliniques. Si cette derniere demeure captivee par le traumatisme, elle ne fera que le redoubler. Mais si elle s'actualise dans la dynamique du transfert via la parole, elle favorisera les processus de subjectivation: le sujet serait a meme de se deloger de sa position traumatique.

O objetivo deste trabalho foi analisar as questões de violência e dinâmica familiar a partir do filme Precisamos falar sobre o Kevin. O filme retrata a história de Kevin, um adolescente que planeja e executa onze assassinatos na escola onde estuda. Para tanto, a partir de autores que discorrem sobre as temáticas apresentadas e utilizando-se da análise de conteúdo, elencaram-se da narrativa do filme as seguintes categorias de análise: 1) A história de Kevin: a relação mãe-bebê; 2) O contexto familiar; 3) A adolescência; 4) O massacre. A análise do filme permite apontar para a relevância de se manter um espaço de problematização dos episódios como o de Kevin, dando a eles a importância que certamente eles evocam.

Os pacientes que viveram experiências precoces de não sintonia não podem construir um psiquismo suficientemente organizado para se desorganizar sob o impacto de um acontecimento intrusivo. No caso sobre o qual vou me apoiar, os afetos não podem ser reconhecidos nem experimentados, e os traumatismos só poderão ser sentidos na reconstrução na análise. A análise aparenta-se a uma gestação psíquica em que a ferramenta terapêutica central é o trabalho da contratransferência, em particular a partir da percepção dos momentos de desorganização do funcionamento psíquico do analista em sessão que fazem eco às impossibilidades de transformação psíquica de seu paciente. Unitermos Não sintonia; intrusão, desorganização; traumatismo; contratransferência.

... la trace, c'est celle du meurtre. Elle en témoigne en le défigurant de mille manières et rend son effacement impossible. ET, si la trace mnésique liée à "la part inconciliable de la réalité psychique ... appelle l'art de l'interprétation" qu'on pourrait aussi décrire comme une sorte de chasse, c'est pour saisir une chance pour la vie psychique.

Resumo: com este artigo pretende-se investigar como, para Heidegger, o problema da realidade é colocado sem recurso tradicional à intuição interna, ou seja, não é colocado em moldes metafísicos, mas retomado como problema ontológico a partir da analítica existencial do Dasein. Pleiteia-se, também, apontar o quanto a psicanálise winnicottiana nos lega uma forma não metafísica de entender a experiência humana, na medida em que não a reduz a um campo de relações pulsionais entre objetos internos e externos, em que não entende a representação como única forma de acesso à realidade. A intenção é, então, investigar como o problema da constituição da realidade se impõe como questão necessária, tanto na crítica winnicottiana à metapsicologia quanto na crítica heideggeriana à metafísica.

Pretendemos com este artigo fazer uma conexão entre a postura heideggeriana em relação à história do ser e a winnicottiana em relação à história do paciente. No âmbito ôntico, Winnicott repensa não apenas a semântica da tradição metapsicológica, como aponta para um princípio humano muito mais primitivo que o do aparelho psíquico freudiano. O primitivo para a teoria winnicottiana não é o inconsciente reprimido, resgatável via interpretação, e sim "algo" mais originário, inapreensível em termos de datações e representações. Winnicott não parte de um começo já garantido, mas nos fala de privações ambientais que freiam ou impedem a possibilidade de se ter uma história pessoal, uma biografia. Pleiteamos indicar que este psicanalista, assim como Heidegger, nos convida para além do começo (Beginn) ao formular uma espécie de origem (Anfang) marcada pela necessidade de cuidados ambientais que, apesar de não serem experienciados pelo bebê enquanto registro, marcam seu destino. Almejamos ainda, apontar que esse passo de volta rumo ao não-experienciado pelo bebê, diferencia radicalmente as bases ontológicas do pensar winnicottiano em relação ao freudiano.

This article investigates unofficial memory projects that have arisen in Australia in response to the institutional abuse of children. While the role of activists in pushing for the enactment of state responses is beginning to be understood, activist demands for recognition have taken a multitude of forms beyond this. Unofficial memory projects are indicative of this, exemplified by a diverse range of publicly situated cultural forms that represent abuse to wider audiences. Focusing on two examples that have arisen in Australia in recent years-the grassroots phenomenon known as Loud Fence that grew out of the Victorian town of Ballarat, and the Australian Orphanage Museum that was established by Care leavers in 2023-I examine these as examples of memory activism which generate counter-archives of institutional violence against children. Loud Fence does so upon institutional fences at the level of the streetscape, while the AOM does so by curating a museum space that honours the experiences of childhood 'Care'. Seeking to decentre the state from this analysis, I demonstrate how such examples enliven the fast and slow violence of child abuse and neglect, and the role of non-state actors when it comes to the recalibration of collective memory.

South Atlantic Review 143 destiny" as he compiled and readied Goethe's manuscripts for the final publication. That Eckermann was so instrumental in establishing the Goethe" that has moved beyond his oeuve-subsequently silencing Eckermann-is a central irony Ronell seeks to expose. As she reads

Este artigo é resultado de uma intervenção realizada no Projeto Enxame. Esse projeto iniciou um trabalho através da construção de mapas simbólicos de valores utilizando imagens (gravuras, fotografias e grafites) e as narrativas evocadas por eles. As imagens, aqui, são tomadas como inscrições afetivas. Dois tipos de oficinas foram realizados: lugares e pessoas que contam a história dos participantes, fotografada por eles mesmos. Então, cada participante selecionou uma série de fotos e, ao apresentar para o grupo, construiu uma linha narrativa. As imagens, como um denso mapa afetivo, trouxeram à tona diversos tipos de emoção e construíram uma rede de sentimentos grupais. Palavras-chave: Imagens-interpretação. Imagens fotográficas. Projeto Enxame e juventude. Professora do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará-UFC; Pesquisadora do CNPq e Coordenadora do Projeto Enxame. Doutora em Sociologia pela UFC.

This article aims to deepen the understanding of the life of Jacky, father of the French writer and sociologist Édouard Louis, born in 1992, whose works 1-Doutorando em Letras: Estudos de Literatura-Teoria da Literatura e Literatura comparada (UERJ). Membro do Grupo de Estudos Sartrianos (GP-CNPq