Coreia Do Sul

Este livro fornece ao leitor uma análise histórica das trajetórias de desenvolvimento de Japão, Taiwan, Coreia do Sul e China durante seus ciclos de alto crescimento e emparelhamento tecnológico com relação às grandes potências do Ocidente, mapeando os atores políticos, os desenhos institucionais dos regimes produtivos e os fatores geopolíticos mais relevantes ao longo de tais processos. Ao mesmo tempo, também esmiuça as semelhanças e as diferenças entre essas quatro experiências a partir de uma metodologia qualitativa, descritiva e comparativa. Este estudo se dá mediante um arcabouço teórico-analítico composto por quatro literaturas principais: a dos mercantilistas ou “desenvolvimentistas pré-disciplina”; a da Economia do Desenvolvimento do Pós-Guerra; a do Estruturalismo Cepalino; e a do Estado Desenvolvimentista do Leste Asiático (EDLA), emergente nos anos 1980. Já os recortes temporais dos distintos casos, por fim, compreenderão seus ciclos de catching-up, saindo de paradigmas de predominância agrária para outro, de modernas potências industriais.

Este estudo tem como objetivo fazer uma análise da Hallyu Wave, como um fenômeno de internacionalização da marca-país (Nation Brand) da Coreia do Sul e como estratégia de inserção internacional. Fazendo um paralelo com a forma que o Brasil faz sua inserção internacional através de suas indústrias culturais, a força motriz da Hallyu Wave, este trabalho de caráter introdutório visa preencher as lacunas de estudos brasileiros a respeito, comparar e buscar exemplos para a inserção internacional brasileira através de uma melhoria da imagem externa do país. Para isso, foi realizado um estudo de caso da ascensão da indústria cultural sul-coreana buscando compreender os fatores históricos político-econômico-sociais envolvidos. Desenvolveu-se uma pesquisa documental através de análise bibliográfica, baseando-se e estabelecendo um diálogo entre os conceitos de indústria cultural dos estudos da Escola de Frankfurt de relações internacionais, o de soft power de Joseph Nye e o de hegemonia cultural de Antonio Gramsci. Logo, trata-se de um estudo predominantemente qualitativo que buscou dados quantitavos apenas para esclarecer e validar alguns pontos da pesquisa. Os estudos a respeito da imagem do Brasil e sua Marca País são recentes e por isso fazer uma análise bibliográfica a respeito apresentou-se como uma dificuldade, restrita aos documentos nacionais. Concluiu-se através do cruzamento entre os casos que a forma como Coreia do Sul e Brasil exercem seu nation branding são bem diferentes, tanto em objetivos, quanto em meios para chegar a estes fins. Uma se volta para o turismo do país e a outra para a imagem do país como um todo. A Coreia do Sul utiliza-se fortemente de sua indústria cultural como aliada da sua diplomacia cultural, enquanto no Brasil a diplomacia cultural é exercida pelo MinC em conjunto com o MRE e a imagem do país está a cargo mais especificamente da Embratur. Contudo notou-se que apresentar-se internacionalmente através de imagens e narrativas positivas têm sido o objetivo de ambos os Estados como forma de inserir-se internacionalmente seja por meio do turismo ou da diplomacia cultural.
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This study aims to analyze the Hallyu wave, as a phenomenon of internationalization of the nation brand from South Korea and as an international insertion strategy. Making a parallel with the Brazil makes its international insertion through its cultural industries, a driving force of Hallyu Wave, this work has an introductory character – since it fills as gap in Brazilian studies about the theme – about an improvement of the external image of the country. For this, a case study of the rise of the South Korean cultural industry was carried out, looking for the historical political-economic-social elements involved. A bibliographic research was developed through documental analysis, based on a dialogue between the concepts of the Frankfurt School studies’s cultural industry, Joseph Nye’s soft power and Antonio Gramsci’s cultural hegemony. Therefore, it is a predominantly qualitative study that sought quantitative data only to clarify and validate some points of the research. The studies refer to the image of Brazil and to its Country Brand are recent and for that reason to make a bibliographical analysis about it presents itself like very difficult, restricted to the analysis of national documents. It was concluded by crossing the cases that South Korea and Brazil resort to their nation brands quite differently, both in objectives, and in means to achieve these ends. The first appeal to its tourism and the second to the whole image of the country. South Korea draws heavily from its cultural industry as a tool of its diplomatic culture, while in Brazil a cultural diplomacy is exercised by the MinC in conjunction with the MRE while the image of the country is a more specifically Embratur cargo. However, it has been noted that show themselves internationally through positive images and narratives is the aim of both states as a way of inserting themselves internationally through tourism or cultural diplomacy.

Este trabalho aborda como a cultura influencia o indivíduo e, portanto, molda a história do cinema sul-coreano, que ganhou características críticas, de embate entre o moderno e o tradicional, além de uma tendência ao melodrama. Essas características partem exatamente da construção histórica de seu país e de seu passado colonial e ditatorial juntamente com um período de rápida industrialização na década de 1960, que colocou as tradições coreanas como incompatíveis à modernidade. Sendo assim, criou-se um medo de que a Coreia pudesse perder sua identidade, primeiro devido à ocupação Japonesa (1910 – 1945) e depois por causa da grande entrada de produtos estrangeiros no país. O trabalho usa o filme “Invasão Zumbi” (2016), dirigido por Sang Ho Yeon para demonstrar a questão da mundialização, usando a representação dos zumbis como fio condutor, e discute se este processo estaria de alguma forma “americanizando” ou “ocidentalizando” o cinema sul-coreano. É abordada também a circulação do filme no Brasil, apresentando número de público, renda e de salas nas quais o filme esteve em cartaz em sua semana de estreia, argumentando também motivos para a escolha do título em português. Por último, é feita uma análise do filme destacando os elementos que caracterizam a mundialização e elementos que seriam natos do cinema sul-coreano.

Esta monografia tem como principal objetivo analisar a indústria do pop sul-coreano, o k-pop, assim como seu impacto e papel na Onda Coreana. Para isso, estrutura-se em duas partes:  a primeira é um estudo do contexto, em que alguns aspectos da Coreia do Sul como a história, a economia e a própria cultura são apresentados. O entendimento desses tópicos proporcionou, fundamentou e norteou o desenvolvimento da segunda parte que consiste numa análise detalhada com diversos pontos de vista da indústria do k-pop em seu estado mais cru possível com o intuito de delinear sua essência, razões da criação além do seu funcionamento e possíveis consequências de sua existência na sociedade sul-coreana. Vale ressaltar que, apesar do forte caráter explicativo e analítico, esta monografia apresenta um significativo viés crítico que foi embasado por teorias como da “Indústria Cultural” de Adorno e Horkheimer.

Partindo da premissa de que conhecer o "Sul desde o Sul" requer tomar consciência da sua imensa diversidade, o artigo discute os intercâmbios musicais estabelecidos entre Brasil e Coreia do Sul, a partir do caso da cantora sul-coreana de bossa nova HeeKyung Na (Heena), tendo em vista os novos desafios e oportunidades que se apresentam no âmbito dos estudos sobre comunicação e música em uma nova paisagem global que parece se afigurar como mais multipolar e descentralizada. Busca-se, dessa forma, conceder visibilidade às trocas musicais "subterrâneas" realizadas por músicos contemporâneos, com gêneros musicais e sonoridades de matrizes culturais não-ocidentais, que demonstram diferentes formas de empréstimo cultural e de apropriação musical entre os países do Sul Global não-imperial. Palavras-chave > Epistemologias do Sul; Diálogo cultural; Coreia-Brasil; Bossa nova; Estilo coreano.

Através da posse de Park Geun-hye [2013-2017], em 2013, ao cargo de presidenta da República da Coreia, o escopo diplomático sul-coreano adotou uma nova estratégia de atuação internacional voltada, especialmente, às dinâmicas geopolíticas encontradas na Ásia Oriental. Nessa perspectiva, Park estruturou sua política externa baseando-se no denominado “Paradoxo Asiático” que seria resolvido mediante: 1] a resolução das divergências coloniais entre Coreia do Sul e Japão; 2] o aprimoramento da relação intercoreana; 3] e a busca de maior capacidade de ação sul-coreana frente aos grandes poderes regionais presentes na região, contradizendo o paradigma de que a nação sul-coreana seria como “um camarão em meio a baleias” [SNYDER, 2016].
A partir dessas prerrogativas, a Coreia do Sul adotou diferentes posicionamentos bilaterais, assim como trilaterais, considerando os novos pilares de sua política externa. Deste modo, o objetivo central dessa pesquisa foi compreender como a política externa de Park Geun-hye se desenvolveu em relação ao Japão, à República Popular Democrática da Coreia e à República Popular da China presentes na Ásia Oriental, depreendendo, a título de exemplos, aspectos históricos, geopolíticos, econômicos e de segurança. Para tanto, a metodologia aplicada foi baseada em uma pesquisa bibliográfica e documental, composta por artigos, livros e documentos oficiais, em consonância com a utilização do método hipotético dedutivo.

complexidade, como carros, maquinários, eletroeletrônicos e computação, que já correspondiam por cerca de 40% das exportações, que, inclusive, tinham passado de 805 milhões de dólares para 64,2 bilhões de dólares, um aumento de 80 vezes, como termo de comparação, as exportações brasileiras no período passaram de 2,79 para 31,9 bilhões de dólares, ou seja, de três vezes e meia maior para menos da metade das da Coreia do Sul. Os últimos trinta anos foram marcados pelo forte desenvolvimento do setor de computação que tornou a Coreia um dos líderes mundiais dessa área, com empresas conhecidas mundialmente como a Samsung e LG, mas outros setores intensivos em capital continuaram suas trajetórias ascendentes e, em 2018, as exportações foram amplamente dominadas por bens de elevada complexidade, ou seja, de alto valor agregado produzidos por empresas de alta produtividade, de fato os setores químicos, maquinário, veículos e eletrônicos foram responsáveis por cerca de 80% do total exportado em 2018, ou cerca de 480 bilhões de dólares, demonstrado a profunda modificação pela qual passou a infraestrutura do país nos últimos setenta anos, de nação agrária, a nação industrial e tecnológica. Conclusão A Coreia do Sul, ao não respeitar os ditames do liberalismo como o livre comércio e o respeito às "vantagens competitivas" das nações, conseguiu deixar para trás a herança de subdesenvolvimento que marcava o país a menos de 70 anos. Nos dias atuais tornouse um dos líderes mundiais da indústria de alta tecnologia, notadamente semicondutores, permitindo, com isso, melhorar substancialmente a qualidade de vida da população. Ao implementar uma política de desenvolvimento pautada no contínuo aumento da complexidade das cadeias produtivas, esse pequeno país asiático conseguiu chegar ao século XXI como referência em políticas públicas que tenham como objetivos a industrialização e o progresso social e matéria da população.

Resumo: O artigo investiga o método das estruturas históricas de Robert Cox da teoria crítica em Relações Internacionais, também utilizando o conceito de Sistema Imperial de James Petras. Portanto, pretendemos destacar a relevância e o papel de instituições como o Fundo Monetário Internacional no edifício teórico coxiano, mediado
pela categoria analítica do “complexo Wall Street - Tesouro dos EUA - Fundo Monetário Internacional”, para verificar a relevância dos conceitos elaborados pelo autor. Como resultado, pode-se verificar por meio do estudo de caso da crise financeira na Coréia do Sul em 1997, que os principais fatores elencados por Cox reforçam a importância do seu método das estruturas históricas e de sua teoria crítica para o debate contemporâneo na teoria das Relações Internacionais.Palavras-chaves: teoria crítica de Robert Cox nas relações internacionais; método das estruturas históricas; complexo Wall Street - Tesouro dos EUA - Fundo Monetário Internacional.

Abstract: The article investigates Robert Cox’s method of historical structures of critical theory in International Relations, also using James Petras’ concept of Imperial System. Therefore, we aim to highlight the
relevance and role of institutions such as the International Monetary Fund in the Coxian theoretical edifice, mediated by the analytical category “Wall Street – US Treasury – International Monetary Fund complex”, to verify the relevance of the concepts elaborated by the author. As a result, it can be seen through the case study of the financial crisis in South Korea in 1997, that the main factors listed by Cox reinforce the importance of his method of historical structures and his critical theory for the contemporary debate in the theory of International Relations. Keywords: Robert Cox’s critical theory in international relations; method of historical structures; Wall Street – US Treasury – International Monetary Fund complex.

Disse Mêncio: "Ao estudar extensamente, e ao discutir minuciosamente o que estuda, o objetivo do Educado é capacitar-se para resumir e explicar com brevidade o essencial". A questão Todo estudante preguiçoso, quando começa a escrever seus primeiros trabalhos, costuma afirmar que seus sucintos e rudimentares ensaios são curtos porque são 'muito sintéticos'. A ideia da síntese é usada como desculpa para um trabalho fraco e malfeito. Quando há pouco para dizer, também há pouco para escrever. Os estudantes com mais vontade, que se desenvolvem e aprofundam seus estudos, trocam a síntese pela loquacidade e pelo prolixismo. Gostam de redigir grandes volumes, parágrafos intermináveis, períodos longos. No desejo de esmiuçar, desdobram-se em aspectos diversos, que muitas vezes escapam do tema central. Com o intuito de afirmar uma ideia, repetem-na constantemente no texto, e reproduzem um nome ou uma assertiva que a complete tantas vezes quanto for necessário. É a vontade de estar certo e de provar um ponto de vista que justifica, assim, a produção de um extenso escrito, cujo peso supostamente manifesta, de forma física e palpável, uma pretensa quantidade de estudo. sentido. A narrativa curta e as poucas palavras tornam-na de fácil apreensão. Não serão elas bons modelos, se soubermos utilizá-las? Liu Xiang 刘向 [77-6aec] escreveu pequenas narrativas sobre sua época e sobre o período dos Estados Combatentes. Faltou-lhe precisar o contexto, mas essa não era sua preocupação central, pois as informações cronológicas eram dadas pelas crônicas. Contudo, ele captou tão bem o sentido dos acontecimentos, que foi equiparado a Sima Qian. Para alguns, é irritante pensar o quanto se pode contestar os vastos escritos do Shiji a partir do Shuoyuan 說苑 [Jardim das Histórias] ou do Zhanguoce 戰國策 [Anedotas dos Estados Combatentes]. Mas um bom historiador deveria se perguntar: porque as pessoas preferem as narrativas mais simples, ao invés das mais complexas? Este é um bom exemplo sobre como a economia na narrativa, se bem feita, é capaz de prender a atenção do leitor. Não se trata apenas de chamá-lo; é de como, ao sintetizar as ideias e palavras, prendemo-lhes a atenção ao sentido. O sentido da proposta Por esta razão, a proposta desse ensaio é, justamente, sobre a arte de escrever ensaios históricos e filosóficos. A prolixidade parece ser a régua da prova: mas palavras amontoadas só 'provam' pelo cansaço. Um bom ensaio pode ser sucinto e direto. Liu Zhiji afirmou que 'o mundo muda com o tempo, e perdeu-se a simplicidade original [Qu, 1982:26]; resgatar essa austeridade nas narrativas, e expressar as ideias com precisão, esse é o ponto. Pode-se perguntar se isso não desmereceria as grandes coletâneas de informações, ou as enciclopédias do saber. Contudo, as coisas devem ser colocadas em seus devidos lugares; fontes de informação são o mesmo que fontes de reflexão? Voltamos ao início desse ensaio; palavras demais não levam à reflexão. As coletâneas de informação são fundamentais; mas sem a síntese, elas são como grandes dicionários de palavras não consultados. A síntese dá-lhes sentido, e encaminha à reflexão. Todo o autor é, portanto, um tradutor de um tema. De sua habilidade e profundidade, decorre a paixão daqueles que o leem e o seguem. Por uma conclusão Um ensaio sobre síntese que não fosse sintético seria uma contradição. Por isso, devemos pensar no quanto escrevemos para propor algo de fato. Se compreendemos que alcançamos um sentido-e é isso que desejamos expressar-não nos resta muito senão informar, dizer, e deixar refletir. Um ensaio sobre síntese deve ser sintético o suficiente para dizer o necessário e se fazer compreender. Quem entendê-lo, captou o sentido. Quem não, precisa estudar mais. Como disse Confúcio: um sábio não maltrata nem as pessoas, nem as palavras [Lunyu, 15:8] Referências André Bueno é prof. Adj. em História Oriental da UERJ.

This paper analyzes the political dynamics of capital account policy in South Korea. The first part is devoted to the historical evolution of capital account policy from the 1960s to the present day. It highlights the path of substantial financial opening that began in the early 1990s with two distinct waves of capital account liberalization before and after the Asian financial crisis of 1997-1998. The second part of the paper aims to detect the political origins of why capital account liberalization has not been complete and sustained. It locates them at the level of domestic informal institutions: first, the ideational legacy of the previous developmental state model-economic nationalism-that was predicated upon substantial barriers to international capital movements. Second, the political power of the export-oriented sector, namely of large conglomerates, that prefer exchangerate stability and thus restrictions on capital inflows. This paper offers a heuristic argument based on a single case study which needs to be subjected to further empirical testing.

As relações sino-coreanas ganharam um novo impulso com as chegadas de Xi Jinping (China)e Park Geun-hye(Coreia do Sul) ao poder. Poucas vezes se viu uma recepção de um líder de outro país tão acalorada como aconteceu na chegada de Park em Beijing, em junho de 2013. Os jornais locais destacaram sua habilidade em se expressar em chinês e suas relações pessoais com o Xi Jinping. Ambos são oriundos da elite política de seus países e tiveram a oportunidade de se encontrar duas vezes em reuniões familiares muito antes de alçarem voos tão altos nas respectivas carreiras políticas.

Introdução A década de 1940 e 1950 trouxeram mudanças importantes para a Coreia com o fim da segunda guerra mundiale a consequente libertação do Japão, que ocupava o país desde 1910-, o norte da Coreia foi ocupado pela União Soviética e o sul pelos EUA, sendo estabelecido o paralelo 38 como fronteira entre as duas novas nações. Em 25 de julho de 1950, no entanto, o Norte, com apoio soviético e chinês, invadiu o Sul,

Após a Segunda Guerra Mundial a península coreana foi dividida em duas, o norte sob controle soviético e o sul sob controle norte-americano. Ao norte foi instituído um regime socialista e a reforma agrária foi realizada. Como forma de evitar, no sul, levantes de matiz socialista, ou mesmo uma revolução, os EUA também iniciaram a reforma agrária na sua área de controle. Inicialmente, as terras que pertenciam aos japoneses foram redistribuídas em lotes de, no máximo, 3 ha. Quando os sul-coreanos recuperaram algum grau de autonomia política, em 1948, com o advento do governo de Syngman Rhee, a redistribuição de terras foi retomada afetando, agora, os grandes e médios proprietários rurais de origem coreana e mantendo-se o limite de 3 ha por família. Ao fim do processo a classe de latifundiários e arrendatários tinham quase sido extintas, criando uma das mais igualitárias estruturas agrárias do mundo, ocasionando um forte processo de distribuição de renda e ativos que teriam impactos duradouros na sociedade e economia coreanas. Apesar do viés antirrevolucionário, a reforma agrária ocorrida na Coreia do Sul também foi uma estratégia capitalista que estabeleceu mecanismos que proporcionaram inversão de renda da agricultura para a indústria, durante os anos de 1950 e 60, e que eliminou, ou, pelo menos, reduziu, o êxodo rural que tipicamente ocorreu na América Latina, ou seja, um grande contingente de pessoas economicamente vulneráveis que terminaram por serem absorvidos em atividades de baixa produtividade nas zonas urbanas. No caso da Coreia do Sul esse êxodo foi bem mais controlado e, em grande parte, era absorvido pela indústria nascente e setores correlatos com maior intensividade de capital, impedindo o surgimento de grandes favelas ou áreas extremamente pobres

O conflito data desde 1905 quando a Coreia se torna uma província anexada pelo Japão, e posteriormente sua colônia em 1910. A Coreia ao alcançar a independência após o declínio do Império Japonês, outros problemas surgiram na Península Coreana nomeadamente a divisão da mesma, e o início do conflito bélico que permanece até hoje cujas razões subsequentes são ideológicas e políticas.