NOTAS SOBRE A VERSÃO DIGITAL DESTA OBRA
Em 1986, quando o livro Projeciologia foi lançado, eu tinha 16 anos, e soube do lançamento
pelo anúncio feito na revista Parapsicologia Hoje, No. 5, da qual era assinante e que foi, até hoje, pelo que
sei, a única revista técnica de parapsicologia produzida no Brasil, tendo sobrevivido apenas a 6 edições,
para logo em seguida se fundir com a revista de Ufologia e sobrevier mais algum tempo sob o título PSIUFO.
Após todos esses anos conheci pessoalmente apenas duas pessoas que possuíam um exemplar
do Projeciologia, e nenhuma delas o leu, fosse pelo tamanho, fosse pela linguagem, já que Waldo Vieira
preferiu um linguajar mais técnico, o que infelizmente mantém distantes mesmo leitores assíduos .
O livro teve sucessivas edições e atualizações de conteúdo, e hoje, em sua mais recente
edição, já tem mais de 1200 páginas, o que, unido ao preço, que se aproxima dos 200 reais, o afasta ainda
mais dos possíveis leitores, por mais interessados que sejam no tema da projeção astral.
Diante disso, por notar que entre grupos de interessados em projeção astral o livro se torna
refém desses obstáculos a sua divulgação, decidi escanear a primeira edição da obra, ainda que eu tenha
também a décima edição. Optei por escanear a primeira edição ao invés da décima como forma de
preservar, em parte, o trabalho de Waldo Vieira, já que todos sabemos que escanear uma obra e
disponibiliza-la na internet constitui crime de pirataria, porque retira do autor a possibilidade de receber
sua parte na venda da obra. Eu queria disponibilizar esse livro as pessoas que desejam conhecê-lo, mesmo
sabendo que pouquíssimo serão aqueles que a lerão, como já acontece com a obra me papel, mas não
desejava lesar o autor. Assim, cheguei a um meio termo com minha consciência escaneando a primeira
edição, que foi editada e distribuída gratuitamente pelo próprio autor. Assim, creio que respeito em parte a
própria intenção original de Waldo Vieira sem com isso gerar um dano ao seu trabalho, pois quem se
interessar pelo conteúdo desta edição poderá comprar a última edição, para conhecer a atualização do seu
conteúdo.
Além disso, o livro Projeciologia tem a má fama de ser excessivamente “teórico”, o que acho
um rótulo injusto. Muitas pessoas acham que não esse livro, por ser “apenas teórico”, não vale seu preço.
Disponibilizar uma edição gratuita em pdf permite que a pessoa possa conhecer o livro e julgar melhor se
vale ou não compra-lo na sua edição atualizada.
Portanto, é por respeitar o trabalho de Waldo Vieira que resolvi tomar essa atitude, que, a meu
ver, só contribui para a divulgação de sua obra, visto que dificilmente alguém lera um pdf deste tamanho.
O leitor que, passando os olhos pelos diferentes temas abordados, perceber a qualidade do livro,
certamente se direcionara a comprar a obra em papel, muito mais agradável ao olhos de ler.
ALTERAÇÕES E DIFICULDADES EM RELAÇÃO A EDIÇÃO FISICA:
- O leitor poderá notar que aparece uma numeração de pagina no canto inferior das paginas, mas esses
números pertenciam a numeração do livro físico, e elimina-los só poderia ser feito pagina por pagina, o
que aumentaria muito a quantidade de trabalho envolvivo, logo, optei por não mexer neles. Para localizar
as seções use o índice de conteúdos, que mostra a numeração das paginas do pdf (a numeração que voce
pode ver lá em cima na barra do Adobe.
- Algumas seções foram omitidas nesta edição digital:
a) A lista de conteúdos teve que ser repaginada, tendo em conta a paginação do pdf.
b) O livro XVII, que era a Bibliografia, foi eliminado. O tipo de leitor que se interessa por
bibliografia vai certamente procurar a edição mais recente desta obra.
c)Também os índices de ilustrações, de nomes, de lugares e de assuntos foram todos
eliminados, pela total impossibilidade de corrigir todas as referencias de paginas, agora alteradas em
função da digitalização.
Janeiro de 2013
PROJECIOLOGIA
WALDO VIEIRA, Médico
PROJECIOLOGIA
Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano
Primeira Edição
Distribuição Gratuita
Edição do Autor
Rio de Janeiro
1986
a
Esta 1 . edição de 5.000 exemplares, 928 páginas, ilustrada e encadernada, destina-se à
distribuição gratuita aos colaboradores do Centro da Consciência Contínua e aos estudiosos em geral
da Projeciologia.
CRÉDITOS
Ilustrações: Laerte Agnelli
Diagramação, Composição e Arte-final: Diniz Produção Gráfica e Editora Ltda.
Revisão: Sonia Regina P. Cardoso & Pia Aurea Steiner Fotolitagem e Impressão: Editora Brasil-América
S.A. — EBAL Encadernação: Henrique Perkovitz Encadernadores Ltda.
Distribuição: Centro da Consciência Contínua
FICHA CATALOGRÁFICA
133
V658pr Vieira, Waldo, 1932 —
Projeciologia: panorama das experiências
da consciência fora do corpo humano.
— Rio de Janeiro: Edição do Autor, 1986.
928 p.; 27 cm.
1. Parapsicologia. 2. Projeciologia.
I. Título.
Reconhecimento
Nenhum li vro é es crito tão-somente por uma
consciência. Há sempre várias,encarnadas e não
encarnadas, que cooperam na sua construção.
Registro aqui os nomes das cinco primeiras
individualidades entre as muitas existentes, fora ou
dentro do ambiente humano, que compõem a galeria
daqueles a quem sinceramente admiro e que não
podem faltar às afirmações veementes de minha
gratidão por tudo o que me aj udaram na vi vência
desta encarnação, até chegar às pesqui sas que
resultaram no sur gi mento deste livro:
Armante Vieira; Aristina Rocha; Francisco C. Xavier; Ema B.
W. Rappa; e Elisabeth W. Vieira.
Além dessas personalidades, agradeço a todos os
inúmeros estudiosos da Proj eciologia que me
ofereceram auxílio, subsídios, ou opiniões sobre
questões deste livro, s em deixar de mencionar estes
vinte cooperadores, componentes da equipe de
pesquisa do Centro da Consciência Contínua, aqui
representando todos os demais:
Laerte Agnelli; Wagner Alegreti; Jones A. de
Almeida; Gilberto M. Azevedo; Sílvià V. Barros;
Wagner D. Borges; Rodolpho Budsky; Sebastião
M. Carvalho; Vera Gaetani; Gilberto C. Guarino;
George B. Kropotoff ; Salvador Oggiano; Victor T.
Pacheco, Graciema de S. Porphirio;Elyr dos S.
SiIva; Irineu SiIva; José C. de Souza; Samuel de
Souza; Enedina F. Tristão e José C. Zanarotti.
Waldo Vieira
Críticas bem-vindas
Colabore com as pesquisas aqui solicitadas. 0 tratamento
dado ao tema é compreensivo? São corretos os pressupostos
implícitos?
Quais
explicações
as
mais
implicações
apropriadas
do
trabalho?
para
as
Haveria
evidências
apresentadas?
Aceite este convite de boa vontade, desafio direto à sua
inteligência de estudioso: leia com espírito crítico, releia,
analise, risque trechos, anote à margem, quebre cantos de
folhas, dê parecer aonde for conveniente, corrija a forma,
experimente, comprove e questione o conteúdo. Envie o
exemplar
assim
trabalhado
por
você,
à
Caixa
Postal
70.000, CEP 22422,
Rio de Janeiro, RJ, que, em troca, receberá outro
exemplar
novo,
-
se
agradecimentos tácitos.
ainda
o
desejar,
-
ou
,QWURGXomR
$YLVR (VWH WUDEDOKR HVWULWDPHQWH WpFQLFR YLVD D SHVTXLVD GH DVVXQWR VpULR
HVSHFLDOL]DGRSURSRVWRHGHILQLGRSHORWtWXORHRVXEWtWXORFRPDILQDOLGDGHGHFRPSDUWLOKDU
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ILFDUGHFHSFLRQDGRQmRSHUGHUWHPSRQHPGHVSHQGHU
HQHUJLDLQXWLOPHQWH
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FHP SURMHo}HV O~FLGDV DXWRDQDOLVDGDV 7DO DQiOLVH IRL IHLWD QD FRQGLomR GH SHVTXLVDGRU
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LQWHUQDFLRQDLV 3RU LVVR WDPEpP QmR SUHFLVD DJRUD SUHVWDU FRQWDV GHVWH WUDEDOKR D SHVVRDV
ItVLFDVQHPDSHVVRDVMXUtGLFDVRTXHSRURXWURODGRQmRWHPVLJQLILFDGRLVRODPHQWRRXIDOWD
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6RPDWyULRV GH LGpLDV H H[SHULrQFLDV HP DQiOLVHV GDV PHVDVUHGRQGDV GH GHEDWHV
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SURMHWRUHVFRQVFLHQWHVGR&HQWURGD&RQVFLrQFLD&RQWtQXDQDFLGDGHGR5LRGH-DQHLURHR
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GH SURMHWRUHV FRQVFLHQFLDLV O~FLGRV GH WRGRV RV QtYHLV H SURFHGrQFLDV TXH FRQVHUYR HP
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YLVLWDQWHVFRPGRPLFtOLRVSUy[LPRVHUHPRWRV
&RQWDWRV H[WUDItVLFRV GLUHWRV FRP SHUVRQDOLGDGHV FRQVFLrQFLDV GH H[SURMHWRUHV
FRQVFLHQFLDLV O~FLGRV KXPDQRV DXWRUHV H OHLWRUHV GR DVVXQWR KRMH QD FRQGLomR GH VHUHV
GHVHQFDUQDGRVDWUDYpVGHHYRFDo}HVGLUHWDVHPDLVLQWHQVDPHQWHGHHYRFDo}HVHVSRQWkQHDV
LQGLUHWDV IHLWDV SHOR UDSSRUW QD FRQYLYrQFLD DOFDQoDGD SHOD SHVTXLVD GH VXDV REUDV OLYURV
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(QFRQWURV SHVVRDLV UHSHWLGRV H SHVTXLVDV SDUD SVLFROyJLFDV ItVLFDV QR %UDVLO H QR
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FRQVWLWXtGRHOLVWDGRQDELEOLRJUDILDPXQGLDOVREUHD3URMHFLRORJLD
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IXQFLRQDUFRPRJXLDLQWURGXWyULRSDUDROHLWRUQmRIDPLOLDUL]DGRFRPRDVVXQWRFRODERUDUQD
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HVWDGR GD FRQVFLrQFLD SURMHWDGD FRP OXFLGH] H GHVHMDP HYROXLU QHVVH FDPSR HP
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HGLWRUHV OLYUHLURV LPSUHVVRUHV HQFLFORSHGLVWDV FLEHUQHWLFLVWDV H DWp PHUFDGRUHV GH OLYURV
LQWHUQDFLRQDLVHVSLULWXDOLVWDVHSDUDSVLFyORJRV
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DWUDYpVGHWRGDDYLVmRSDQRUkPLFDGD3URMHFLRORJLDSURFXURGHPRQVWUDUVHUDPHVPDDPDLV
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REVHUYDo}HVHH[SHULPHQWRVSHVVRDLVPDVWDPEpPQRVWUDEDOKRVGRVSURMHWRUHVFRQVFLHQWHV
SHVTXLVDGRUHVSHVTXLVDGRUHVSURMHWRUHVHDXWRUHVLQWHUQDFLRQDLVUDGLFDGRVWDQWRQR2FLGHQWH
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/HLWRU 5HVSHLWDQGR R OHLWRU TXH H[LJH TXDOLGDGH H HTXDQLPLGDGH TXH QmR GHYH VHU
VXEHVWLPDGRHTXHHVWiVHPSUHDWHQWRDTXDOTXHUGHUUDSDJHPSVLFROyJLFDTXHLQGLTXHIDOWDGH
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DSDUWLGiULD QmR IDFFLRVD GLVWDQWH GR DOLQKDPHQWR DXWRPiWLFR (YLWHL WRPDU OLEHUGDGHV
LQGHYLGDV FRP XPD UHOLJLmR XP JUXSR XP LQGLYtGXR XPD OLQJXDJHP RX XPD OLQKD GH
SUHFRQFHLWRV SURFXUDQGR DEUDQJHU WRGR R XQLYHUVR SHVTXLVDGR VHP HVFRQGHU IDWRV H VHP
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H GH FRPR GHVFUHYrOD FODUDPHQWH VHSDUDQGR D FRQGLomR GH SHVTXLVDGRU GD FRQGLomR GH
SDUWLFLSDQWH GH GHWHUPLQDGR HYHQWR RX H[SHULPHQWR (YLWHL ID]HU R FKDPDGR MRUQDOLVPR
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KLSyWHVHV GH SHVTXLVDV VXJHULGDV HP WRGR R WH[WR H[LVWH FDStWXOR TXH VR]LQKR SRGH VHU
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SHVTXLVDVXOWHULRUHV
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TXH SXGH SDUD H[SXUJDU D LQIOXrQFLD GD HODERUDomR VXEFRQVFLHQWH GH SRVVtYHLV LGpLDV
SUHFRQFHELGDVPLQKDVRXDILUPDUVREUHTXDOTXHUFRLVDGRJPDWLFDPHQWH)LFDHYLGHQWHTXHVH
LVVRSRUGHILFLrQFLDGHH[SUHVVmRDFRQWHFHXHPDOJXPWUHFKRDLQWHQomRTXHSUHVLGLXWRGDD
FRQVWUXomRGHVWDSHUVSHFWLYDXQLILFDGDQmRIRLHVVD
3URSRVLomR&ODURHVWiTXHD3URMHFLRORJLDFRQVWLWXLWHPDDEHUWRjGLVFXVVmRFRQVWUXWLYD
$SURSRVLomRGHVWHOLYURIRLHODERUDGDDRORQJRGHGH]HQRYHDQRVGHHVWXGRVHVSHFLDOL]DGRV
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SRVVtYHO RV IHQ{PHQRV GD 3URMHFLRORJLD UHXQLQGR DR Pi[LPR DV GHILQLo}HV H[SUHVV}HV
HTXLYDOHQWHV KLSyWHVHV WHRULDV SDUDGLJPDV H FODVVLILFDo}HV H[LVWHQWHV DWUDYpV GH
H[SHULrQFLDV SHVVRDLV H DOKHLDV UHODWRV HP JHUDO H REUDV SDVVtYHLV GH FRQVXOWD 6XJLUR D
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SOHQDPHQWHRGLUHLWRGHTXDOTXHUXPGHQmRDFHLWiOR
%DODQoR 2 TXH EXVFR DTXL FRP HVSHFLDO DILQFR p R EDODQoR MXVWR H HTXLOLEUDGR GR
SHQVDPHQWR XQLYHUVDO HP UHODomR DRV WHPDV SRU PHLR GR HVWXGR H GR FRWHMR GH LGpLDV $
DFXPXODomRGHFRQKHFLPHQWRVFRQVWLWXLSURFHVVRFRQWtQXR1RYDVLQIRUPDo}HV JHUDPQRYDV
TXHVW}HV+RMHQRYDVGHVFREHUWDVVXFHGHPRXWUDVGHVFREHUWDVUHFHQWHVFRPYHORFLGDGHVHP
SUHFHGHQWHQXPYROXPHQXPDLQWHQVLGDGHHQXPDF~PXORWRUUHQFLDODOpPGRQRVVRFRQWUROH
HSRVVLELOLGDGHGHDFRPSDQKDPHQWR3RULVVRTXDQWRPDLVDOJXpPVDEHPDLRUVHDSUHVHQWDR
VHX QtYHO GH LJQRUkQFLD SRLV DV TXHVW}HV DXPHQWDP PDLV GHSUHVVD GR TXH R PRQWDQWH GDV
LQIRUPDo}HV DFXPXODGDV 1R PHX SUHVHQWH QtYHO GH LJQRUkQFLD REYLDPHQWH QmR SUHWHQGR
RIHUHFHUSDODYUDVILQDLVQHPDILUPDo}HVGHILQLWLYDVRXDYHUGDGHILQDO&RQWXGRVXERUGLQR
PH WmRVRPHQWH DR REMHWLYR GD &LrQFLD TXH QmR p R DWR GH HQFRQWUDU D YHUGDGH PDV
VLPSOHVPHQWH FRPR REULJDomR R DWR GH SURFXUDU D YHUGDGH DLQGD TXH VHMD SDUFLDO H
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FLHQWtILFD DWUDYpV GD HVWULWD REVHUYkQFLD DR H[DPH FXLGDGRVR H j SHVTXLVD SHUPDQHQWH
FRQVRDQWH D OLQJXDJHP FRUUHQWH QHVWH VpFXOR 6XUSUHHQGH D YDULHGDGH GRV FDPSRV TXH D
SURMHomR FRQVFLHQWH DEUDQJH 3URFXUR HQIDWL]DU RV IDWRV DV REVHUYDo}HV H DV SHVTXLVDV
FRUUHWDV LVRODQGR RX SRQGR VHPSUH HP SODQR VHFXQGiULR SURSRVLWDGDPHQWH DV WHRULDV
ILORVyILFDVWHROyJLFDVRXUHOLJLRVDV
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VHQWLGR GHVVHV GDGRV GHVHPEDUDOKDU UHDUUXPDU H RUJDQL]DU WRGR R PDWHULDO HP YiULDV
FDWHJRULDV SURFXUDQGR QHOH LQWHUUHODo}HV FRQILJXUDo}HV SDGU}HV H FRQYHUJrQFLDV GH
DERUGDJHQV GLIHUHQWHV GH PRGR TXH VH WRUQDUDP FODUDV DOJXPDV LPSOLFDo}HV TXH GH RXWUD
IRUPDSHUPDQHFHULDPREVFXUDV
(VWUXWXUDomR 2 HVWXGR DSURIXQGDGR GDV SURMHo}HV FRQVFLHQFLDLV QHVWH OLYUR IRL
HODERUDGR FRP R VHQWLGR GH VHU R PDLV DEUDQJHQWH SRVVtYHO D ILP GH HVFODUHFHU H DMXGDU D
HVWUXWXUDU GDGRV GH RXWUD PDQHLUD DSDUHQWHPHQWH VHP UHODomR HQWUH VL $ UHXQLmR GH WRGR R
PDWHULDOQXPYROXPHLQFOXVLYHFRPD%LEOLRJUDILD0XQGLDOREMHWLYRXDSUHVHQWDURFRQWH[WR
GD3URMHFLRORJLDQXPWH[WRLQWHLULoRPDFLoRPRQREORFRHDXWRVXILFLHQWH3ULPHLUDPHQWHIRL
FODVVLILFDGD D RUGHP GH SULRULGDGHV GRV DVVXQWRV QRFDVR RV FDStWXORV D ILP GH TXH D
SLFRWDJHPGRVGHWDOKHVYLHVVHDGLPLQXLUDFRPSOH[LGDGHGRPRGHORHVWUXWXUDO
$ERUGDJHP $ DERUGDJHP FLHQWtILFD DTXL IXQGDPHQWDVH QR DVVHQWDPHQWR IRUPDO GH
FDWRU]HDVSHFWRVUHODWLYRVDFDGDIHQ{PHQRSDUDSVtTXLFRGRFDPSRSURMHFLROyJLFRDQDOLVDGR
GH SHU VL HP FDStWXORHQVDLR VHSDUDGR GHILQLomR VLQRQtPLD GHVFULomR FDXVDV HIHLWRV
PHFDQLVPRV FDUDFWHUtVWLFDV WLSRV FODVVLILFDomR UDFLRQDO HQXPHUDo}HV FRUUHODo}HV
SDUDOHORVHVFDODVWpFQLFDVHELEOLRJUDILDHVSHFtILFD
&ULWpULR2FULWpULRH[SRVLWLYRHPOLQJXDJHPVLQWpWLFDVHPFDLUQDKLSHUVLPSOLILFDomRRX
QD VXSHUJHQHUDOL]DomR WHQFLRQD HVFODUHFHU GH PRGR SUHFLVR RV kQJXORV PHQRUHV H PDLRUHV
GRVIHQ{PHQRVFDOFDGRHPQRUPDVGHILQLGDVQRVP~OWLSORVSURFHVVRVWpFQLFRVHPFRQIURQWRV
SRVVtYHLV GH FDUDFWHUHV VHPHOKDQWHV $OpP GLVVR IRUDP UHVVDOWDGDV DV GLVSDULGDGHV H
GLVFRUGkQFLDV QRV WHPDV FRQIOLWDQWHV ,QHYLWDYHOPHQWH DOJXQV DVVXQWRV VH VREUHS}HP
5HIHUrQFLDVDRXWURVFDStWXORVVmRGDGDVHQWUHSDUrQWHVHVTXDQGRQHFHVViULDV
6Ho}HV 2 WH[WR H[WHQVR H LQTXLVLWLYR H[LJrQFLD GR HQWURVDPHQWR GDV DERUGDJHQV IRL
FRQVHUYDGRXQLIRUPHSDUDVHUPDLVIiFLOjOHLWXUDHDRPHVPRWHPSRLPSHGLUTXHXPDVVXQWR
GH PHQRV YDOLD WLYHVVH PDLRU GHVHQYROYLPHQWR TXH RXWUR PDLV LPSRUWDQWH 2 WH[WR HVWi
FRQVWLWXtGR SRU GH]HVVHWH VHo}HV RX PLQLOLYURV LQWLWXODGDV H QXPHUDGDV HP DOJDULVPRV
URPDQRVHQIHL[DQGRWHPDVDILQV
&DStWXORV$VVHo}HVGLYLGHPRV TXDWURFHQWRVHVHWHQWDHFLQFR FDStWXORVHQVDLRV
RX DSRVWLODV GHILQLGRUDV GRV DVVXQWRV LQWLWXODGRV H QXPHUDGRV HP DOJDULVPRV DUiELFRV
FRPSRVWRVSRU VHLVPLOTXLQKHQWRVHFLQTHQWD WySLFRVOLPLWDGRVHQFDEHoDGRVFDGD
TXDOSRUXPWtWXORVtQWHVHLJXDLVDRVGHVWDSiJLQDSUySULRVSDUDHQULTXHFHUREDQFRGHGDGRV
FRQVWLWXtGR VHJXQGR R SURJUDPD GR FRPSXWDGRU $V VHo}HV RV FDStWXORV H RV WySLFRV VH
GHVHQYROYHPHPFRHUrQFLDFRPDVIDVHVVHTHQFLDLVFURQROyJLFDVGHXPDVXSRVWDSURMHomR
FRQVFLHQWHKXPDQDFRPSOHWD(LVWUrVWRWDLVREWLGRVDWUDYpVGDVSHVTXLVDVWHyULFDVHSUiWLFDV
SHVVRDLV GH ODERUDWyULR JUXSDLV H ELEOLRJUiILFDV FLQTHQWD H FLQFR FDStWXORVHQVDLRV
UHODFLRQDPD3URMHFLRORJLDHDVSURMHo}HVFRQVFLHQWHVGLUHWDPHQWHFRPDVVXQWRVIXQGDPHQWDLV
SDUD D FRQVFLrQFLD KXPDQD TXDUHQWD H TXDWUR FDStWXORV DERUGDP DV PDQLIHVWDo}HV
HQHUJpWLFDVFRQVFLHQFLDLV VHVVHQWDHVHLV FDStWXORVYHUVDPH[FOXVLYDPHQWHVREUHWpFQLFDV
SURMHWLYDV
'HILQLo}HV$V WUH]HQWDVHWULQWDHRLWR GHILQLo}HVIRUPXODGDVSULPHLURWySLFRGH
WRGRV RV FDStWXORV SDVVtYHLV GH FRPSRUWDU GHILQLo}HV UHDILUPDP R LQWXLWR GH H[SUHVVDU R
PDLV DSUR[LPDGDPHQWH SRVVtYHO D H[DWD VLJQLILFDomR GD LGpLD DQDOLVDGD QR FRQWH[WR JHUDO
7RGDV DV GHILQLo}HV TXH VH PRVWUDUDPSRXFR HTXLYDOHQWHV HQWUH VL IRUDP DFUHVFHQWDGDVSDUD
ILPGHFRQVXOWD
6LQRQtPLDV $V WUH]HQWDV H WULQWD H RLWR VLQRQtPLDV OLVWDGDV VHJXQGR WySLFR GRV
FDStWXORV TXH DSUHVHQWDP GHILQLo}HV SURS}HP XQLIRUPL]DU DR Pi[LPR RV FRQFHLWRV
HTXLYDOHQWHV HQFRQWUDGRV QD H[WHQVD ELEOLRJUDILD SURMHFLROyJLFD FRP GLIHUHQoDV DSHQDV GH
UyWXOR H QmR GH HVVrQFLD H[LVWHQWHV QDV GLYHUVDV OLQKDV GR SHQVDPHQWR KXPDQR TXDQWR jV
PDWpULDV IRFDOL]DGDV 7DLV H[SUHVV}HV HQJOREDQGR WHUPLQRORJLDV WpFQLFDV H GHQRPLQDo}HV
YXOJDUHVPXLWDVFRQVLGHUDGDVGHVQHFHVViULDVHLQGHVHMiYHLVSRGHPWHUJUDGXDo}HVGLIHUHQWHV
GH DFHSo}HV H VLJQLILFDGRV SDUD SHVVRDV GH GLIHUHQWHV IRUPDo}HV RSWDQGRVH SHOR XVR GDV
GHQRPLQDo}HV PHQRV LPSUySULDV RX XQLYHUVDOPHQWH PDLV DFHLWDV D ILP GH HYLWDU HQWURSLDV
FRQIXV}HV RX PDOHQWHQGLGRV $V VLQRQtPLDV YLVDP WDPEpP D HVFODUHFHU PHOKRU R WHPD
DERUGDGR H D DPSOLDU R XQLYHUVR GH VXD GHILQLomR DWUDYpV GH GHULYDo}HV VLJQLILFDo}HV H
HQIRTXHVQRYRV DOpPGHRIHUHFHURUHVXPRGRDVVXQWRDWpRSUHVHQWH$ VLQRQtPLDH[WHQVD
SRU VL Vy HYLGHQFLD RV SDGU}HV LQLFLDLV GD RFRUUrQFLD IHQRPrQLFD 6RPHQWH XPD GDV
VLQRQtPLDVUHODFLRQD FHQWRHRLWHQWDHTXDWUR H[SUHVV}HV &DS
%LEOLRJUDILDV $V TXDWURFHQWDV H FLQTHQWD H RLWR OLVWDJHQV GH UHIHUrQFLDV
ELEOLRJUiILFDVVREUHWHPDVHVSHFtILFRVTXHHQFHUUDPRXWURVWDQWRVFDStWXORVHQWURVDGDVFRPD
OLVWDJHUDOLQVHULGDQRILPGRYROXPHLQGLFDPDSHQDVRSULPHLURDXWRUHDSULPHLUDSiJLQDGR
DVVXQWR HP IRFR (VVDV ELEOLRJUDILDV HVSHFtILFDV RIHUHFHP FLWDo}HV SUHFLVDV H DOFDQoDP XP
WRWDOGH FLQFRPLOWUH]HQWDVHRLWHQWDHRLWR UHIHUrQFLDV&DGDELEOLRJUDILDHVSHFtILFD
VXERUGLQDGD DR WHPD HP IRFR p VHOHWLYD RX VHMD DGVWULWD H[FOXVLYDPHQWH jV REUDV TXH
FRPS}HPD%LEOLRJUDILD0XQGLDOGD3URMHFLRORJLD &DS
(YLGrQFLDV$VELEOLRJUDILDVHVSHFtILFDVORQJDVUHVVDOWDPDSRSXODULGDGHGHFHUWRVWHPDV
SRUpP SRU VL VyV IXQFLRQDP FRPR IDWRUHV SRQGHUiYHLV GH FRQYHUJrQFLD GH HYLGrQFLDV
H[SHULPHQWDLV H REVHUYDFLRQDLV SDUD GH]HQDV GH IHQ{PHQRV SDUDSVtTXLFRV H D REWHQomR GR
PDLVDPSORFRQVHQVRSRVVtYHOVREUHRWHPDDWUDYpVGDVLPLOLWXGHGRVWHVWHPXQKRVIRUQHFLGRV
SHODV REUDV LQGLFDGDV $SHQDV XPD GDV OLVWDJHQV ELEOLRJUiILFDV HVSHFtILFDV UHODFLRQD
FHQWRHGH]RLWR REUDVRXGRtQGLFHWRWDOGRVWUDEDOKRVSURMHFLROyJLFRVFLWDGRV &DS
&RQILUPDo}HV $OJXPDV ELEOLRJUDILDV HVSHFtILFDV WUD]HP XP Q~PHUR GD RUGHP
ELEOLRJUiILFD PXQGLDO JULIDGR LQGLFDQGR D PHOKRU REUD VREUH DTXHOH DVVXQWR FRQIRUPH R
FRQVHQVR GDV RSLQL}HV FRUUHQWHV H DV FLWDo}HV PDLV IUHTHQWHV HQFRQWUDGDV (VFODUHoR TXH D
PDLRULDGRVFDStWXORVTXHDSUHVHQWDPELEOLRJUDILDHVSHFtILFDUHGX]LGDFRQVWLWXLRUHVXOWDGRGH
H[SHULrQFLDVGLUHWDVHREVHUYDo}HVSHVVRDLVGRDXWRUHVWDQGRDLQGDjHVSHUDGHFRQILUPDo}HV
GDVH[SHULPHQWDo}HVGHRXWURVSURMHWRUHVFRQVFLHQFLDLVDILPGHDOFDQoDUDFRQYHUJrQFLDGH
LQGtFLRVDWUDYpVGDXQLYHUVDOLGDGHGRVWHVWHPXQKRV
%XVFD3RGHUVHLDWHUH[FOXtGRGROLYURWRGRVHVVHVFDStWXORVFRPELEOLRJUDILDUHGX]LGD
TXHSRGHPVHUFRQVLGHUDGRVFRPRH[FHVVLYDVHVSHFXODo}HVRXPDWpULDVREQy[LDVSRUSDUWHGH
DOJXQVOHLWRUHV6HYRFrpXPGHVVHVGHYHVLPSOHVPHQWHSDVVDUSRUFLPDGHVVHVFDStWXORV1R
HQWDQWR DSyLRPH QR SULQFtSLR GH TXH D HVSHFXODomR UHVSRQViYHO p DOJR GH TXH VHPSUH
QHFHVVLWDPRVHPTXDOTXHUFDPSRGHLQYHVWLJDomRLQFOXVLYHQRkPELWRGD&LrQFLDSXUDVHQGR
PHOKRU WHU R FRQKHFLPHQWR GR TXH LJQRUiOR e PXLWR PDLV LQWHOLJHQWH SURFXUDUPRV
LQFDQVDYHOPHQWH D YHUGDGH GR TXH SHUPDQHFHUPRV LQGLIHUHQWHV GH EUDoRV FUX]DGRV RX
VRQHJDQGRLQIRUPDo}HVjVPHQWHVDEHUWDV(HVVHVWDLVFDStWXORVDtSHUPDQHFHPMXVWDPHQWHj
HVSHUDGHTXHVWLRQDPHQWRVDQiOLVHVHSHVTXLVDVLPSDUFLDLVQDEXVFDGHVXSRUWHUDFLRQDOSDUD
DVPDWpULDVH[SRVWDV
3iJLQDV $ ELEOLRJUDILD JHUDO IRL FRPSRVWD VRPHQWH FRP REUDV TXH DERUGDP VHPSUH R
DVVXQWRH[SHULrQFLDFRQVFLHQFLDOIRUDGRFRUSRKXPDQRDLQGDTXHQXPDVyGHVXDVSiJLQDV
3RURXWURODGRFDGDOLYURGDELEOLRJUDILDHVSHFtILFDGHFDGDFDStWXORWDPEpPID]HQGRVHPSUH
SDUWHLQWHJUDQWHGDELEOLRJUDILDJHUDOWUD]FRPRFRQVHTrQFLDRIDWRGHTXHDVSiJLQDVGDREUD
TXDQGR UHIHULGDV QR FDStWXOR HYLGHQWHPHQWH QHP VHPSUH VmR DV PHVPDV LQGLFDGDV QD
%LEOLRJUDILD0XQGLDOSRLVRVWHPDVSRGHPYDULDU$VGDWDVGHQDVFLPHQWRHIDOHFLPHQWRGDV
SHUVRQDOLGDGHVUHIHULGDVVmRGDGDVTXDVHVHPSUHDSHQDVQDSULPHLUDFLWDomRDILPGHHYLWDU
UHSHWLo}HV
(QXPHUDo}HV2VSULPHLURVHVERoRVGHVWHOLYURMiYLQKDPVHQGRHPSUHJDGRVKiDOJXQV
DQRVjJXLVDGHSURJUDPDHVFRODUOHWLYRQDVUHXQL}HVSHULyGLFDVVREUH3URMHFLRORJLDQR5LR
GH -DQHLUR H HP 6 3DXOR SRU LVVR SDUD PDQWHU R HVStULWR GLGiWLFR RQGH IRL SRVVtYHO IL]
HQXPHUDo}HVGHDVSHFWRVDQDOtWLFRVHPRUGHPOyJLFDFURQROyJLFDRXDOIDEpWLFDDILPGHGDU
XPD YLVmR JOREDO GH FDGD WHPD 8P WRWDO GH GX]HQWDV H GH]RLWR HQXPHUDo}HV PDLRUHV
FRQWrP WySLFRV QXPHUDGRV 6y XPD GDV HQXPHUDo}HV UHODFLRQD WUH]HQWRV HQXQFLDGRV
&DS
$JUDGHFLPHQWR 5HLWHUR R PHX UHFRQKHFLPHQWR SRU DTXHOHV FRUUHVSRQGHQWHV TXH YrP
UHVSRQGHQGRSRUHVFULWRDRVTXHVWLRQiULRVVREUHDSURMHomRFRQVFLHQWHGLVWULEXtGRVSRUPLP
QR~OWLPROXVWUR2VGDGRVIRUQHFLGRVIRUPDPKRMHLQHVWLPiYHOFDGDVWURHYrPFRQWULEXLQGR
GHFLVLYDPHQWH SDUD R DVVHQWDPHQWR GRV SRQWRV FRQYHUJHQWHV GH REVHUYDomR R
DSHUIHLoRDPHQWRGDPHWRGRORJLDHPSUHJDGDQDSURGXomRGDVSURMHo}HVFRQVFLHQFLDLVO~FLGDV
D SRSXODUL]DomR GDV SUiWLFDV SURMHFLROyJLFDV H R FRQVHTHQWH GHVHQYROYLPHQWR GD
3URMHFLRORJLD $ HOHV HQWUHJR HVWDV SiJLQDV FRP RV YRWRV GH ERP SURYHLWR DFHLWDQGR DR
PHVPR WHPSR GHERP JUDGR TXDOTXHU RXWUR WLSR GH DMXGD RXSHQVDPHQWR TXHSRVVD VHUYLU
SDUDQRYDVSHVTXLVDVRXIXWXUDVLQYHVWLJDo}HVQRFDPSRGD3URMHFLRORJLD
$ILUPDo}HV2OHLWRUHVFODUHFLGRKiGHREVHUYDUFRPIDFLOLGDGHTXHRFRQWH[WRGHVWHOLYUR
FRQWpP DILUPDo}HV SHVVRDLV REVHUYDo}HV QDVFLGDV GH H[SHULPHQWDo}HV H[DXVWLYDV LODo}HV
WUDQVLWyULDV GH SHVTXLVDV HP ODERUDWyULR H WDPEpP DV HVSHFXODo}HV HVSDUVDV YLJHQWHV
FROLJLGDV DTXL H DOL H DWp KRMH DLQGD QmR UHXQLGDV TXH EXVFDP KLSyWHVHV GH WUDEDOKR
FRQVLVWHQWHV PDV QHVWH PRPHQWR VHP QHQKXPD SURYD FRQFOXVLYD RX DVVHUWLYD TXH YHQKD D
FRPSRUSDUDGLJPDVFRQILiYHLVHWHRULDVSHUGXUiYHLV(PUHVXPRHVWHYROXPHDLQGDH[S}HR
FDPSRPLQDGRHPRYHGLoRGRIURQWGDSHVTXLVDLQLFLDOFUXDVXMHLWRDVXUSUHVDVHDOWHUDo}HV
VHPDYLVRSUpYLR
5HFRPHQGDomR $R SHVTXLVDGRU WHyULFR GH TXDOTXHU GLVFLSOLQD FLHQWtILFD VH HVWXGLRVR
LPSDFLHQWH H LQGyFLO UHFRPHQGR SURGX]LU SRU VL PHVPR D SURMHomR FRQVFLHQFLDO O~FLGD
HYLWDQGR VHPSUH TXH SRVVtYHO R XVR GH GURJDV DGXOWHUDGRUDV GDV SHUFHSo}HV ItVLFDV H
H[WUDItVLFDVGDFRQVFLrQFLDHLUYHULILFDUSHVVRDOPHQWHGHPRGRGLUHWRLQORFRGHYLVXQD
TXDOLGDGH GH WHVWHPXQKD RFXODU RX WHVWHPXQKD SUHVHQFLDO H FRP H[SHULrQFLDV GH SULPHLUD
PmR RV HYHQWRV H[WUDItVLFRV SDUD HQWmR FRQFOXLU H DILUPDU GHFLGLGDPHQWH SRU VL VHP
DSULRULVPRV DMXGDQGR D WRGRV QyV $SHVTXLVDSDUWLFLSDQWHSDUHFH VHU DLQGD LQGLVSHQViYHO j
3URMHFLRORJLD1mRH[LVWHSHORPHQRVSRUHQTXDQWRXPSURFHVVRLGHDOSDUDVHSHVTXLVDUD
SURMHomR FRQVFLHQWH VHP SDUWLFLSDomR 7DPEpP QmR VH SRGH HVTXHFHU TXH D H[SHULrQFLD
FRQILUPDGD SRU HYLGrQFLD LQGHSHQGHQWH p GH PXLWR PDLV YDORU GR TXH TXDOTXHU YROXPH GH
LOXVWUDomRUHWLUDGDGDVSiJLQDVGD+LVWyULDSRU PHOKRUDXWHQWLFDGDTXH HVWHMD8P JUDPDGH
H[SHULrQFLDYDOHPDLVGRTXHXPTXLORGHWHRULD
3HUIHLomR 2 OHLWRU Ki GH FRQYLU TXH D ULJRU DVVLP FRPR QmR H[LVWH R VHU KXPDQR
SHUIHLWRQmRH[LVWHPRDXWRURHVFULWRURXROHLWRUSHUIHLWRVQHPPXLWRPHQRVDREUDRXR
OLYUR SHUIHLWRV VHP ODSVRV 7DO REVHUYDomR VH HQFDL[D FRP H[DWLGmR SUHFLVDPHQWH QXP
YROXPH GRSRUWH DYDQWDMDGR GHVWH TXH DOpP GH WXGRSDUDGR[DOPHQWH FRQVWLWXL XPD VtQWHVH
FRQVWUXtGD DWUDYpV GD VHOHomR H GD FRQGHQVDomR GRV HOHPHQWRV GR EDQFR GH GDGRV JHUDLV GD
3URMHFLRORJLDUHXQLGRVDWpKRMH'DtSRUTXHQmRREVWDQWHDH[WUHPDYRQWDGHGHDFHUWDUQmRVH
SRGHFRQVWUXLUREUDDOJXPDUHDOPHQWHFRPSOHWDVHJXUDH[DWDRXSHUIHLWDSRUPDLVTXHVH
HVIRUFH R DXWRU SRLV VXUJHP VHPSUH GHILFLrQFLDV RPLVV}HV H HTXtYRFRV 3RU LVVR WRUQDVH
LPSHULRVRLQVLVWLUQDUHYLVmRQDFROHWDGHQRYRVGDGRVHQRDSHUIHLoRDPHQWRSHUPDQHQWHGH
TXDOTXHUWUDEDOKRLQWHOHFWXDOTXHVHSUHWHQGDVpULR
&UtWLFDV'RSRQWRGHYLVWDGLGiWLFRRLGHDOVHULDTXHHVWHOLYURLQYHQWiULRHPSURFHVVR
GHFUHVFLPHQWRFRQVWDQWHIRVVHVHQGRDWXDOL]DGRVHPSUHQmRVyHPUHODomRjFRUUHomRGHVHX
WH[WR SRUpP QRWDGDPHQWH SHOR DFUpVFLPR GH QRYRV WHPDV QRYDV WpFQLFDV QRYDV
H[SHULPHQWDo}HV H REUDV OLVWDGDV 3RU LVVR HQTXDQWR SXGHU WHQKR D LQWHQomR GH SURFHGHU j
UHYLVmR FRUUHomR DWXDOL]DomR HVWDEHOHFLPHQWR GD FRQH[LGDGH GRV WHPDV H PHOKRUDPHQWR
FRQWtQXR GR WH[WR SDUWLFXODUPHQWH GRV HVWXGRV WHyULFRV GDV LQGLFDo}HV WpFQLFDV
H[SHULPHQWDLVHGDVELEOLRJUDILDV,VVRYLVDUiHVFRLPiODVGHODFXQDVHUURVGHIDWRHTXtYRFRV
GH LQWHUSUHWDomR LPSUHFLV}HV H LPSHUIHLo}HV QD WHQWDWLYD GH FRORFiOR R PDLV SRVVtYHO
REMHWLYRFRQFLVRHGLGiWLFR
2PEXGVPDQ2[DOiVXUMDDTXLHDOLDTXHOHOHLWRULQFRPXPGHVWHOLYURPDLVLQWHUHVVDGR
XPD HVSpFLH GH RPEXGVPDQ QmR UHPXQHUDGR ILVFDO GR SHQVDPHQWR GR DXWRU DGYRJDGR GR
S~EOLFRUHSUHVHQWDQWHGRVLQWHUHVVHVGRFLGDGmRFRPXPSRQWHHQWUHROHLWRUHRDXWRUFUtWLFR
DWHQWRDRTXHHVWiSXEOLFDGRQHVWDVSiJLQDVDQRWDQGRFDGDHUURLPSUHFLVmRRXGHVOL]HpWLFR
RX GH RXWUD QDWXUH]D UHSUHVHQWDQGR DV TXHL[DV RX DV REVHUYDo}HV GRV GHPDLV OHLWRUHV (P
IDFH GR H[SRVWR DJUDGHoR GH DQWHPmR DR OHLWRU DR HVWXGDQWH H DR SHVTXLVDGRU GH ERD
YRQWDGH TXH VH GLJQDU GH FRQWULEXLU SDUD VHU DOFDQoDGR WDO GHVLGHUDWR PHGLDQWH DQiOLVHV
FUtWLFDV VXJHVW}HV RX VXEVtGLRV TXH QmR VH SHUGHUmR VHQGR DR FRQWUiULR DFROKLGRV
FDORURVDPHQWHHHVWXGDGRVFRPLQWHUHVVHDILPGHVHUHPDSURYHLWDGRVHPIXWXUDHGLomR(VWH
pXPWLSRGHOLYURTXHMDPDLVILFDSURQWR
:DOGR9LHLUD
&DL[D3RVWDO
5LRGH-DQHLUR5-%UDVLO
7HO
GHPDUoRGH
*ORVViULR
'HQRPLQDo}HVH[SUHVV}HVHVHXVHTXLYDOHQWHVXWLOL]DGRVFRPIUHTrQFLDQHVWHOLYUR
$XWRSURMHomR 'HVSUHQGLPHQWR GD FRQVFLrQFLD HQFDUQDGD SHOR FRUSR PHQWDO RX SHOR
SVLFRVVRPDLQWHQFLRQDORXSURYRFDGRSHODYRQWDGHGRSURMHWRU
([WUDItVLFR 5HODWLYR jTXLOR TXH HVWHMD IRUD RX DOpP GR HVWDGR ItVLFR GHQVR RX VHMD
PHQRVItVLFRGRTXHRFRUSRKXPDQRHDVIRUPDVItVLFDVFRPXQVQRKLSHUHVSDoRFRPTXDWUR
GLPHQV}HVPDWHULDOPHQWHSVL
0QHP{QLFR3HUWHQFHQWHRXUHODWLYRjPHPyULDPQrPLFRUHPHPRUDWLYR
2QtULFR5HODWLYRDRXSUySULRGHVRQKRV
3DUD 3UHIL[R TXH VLJQLILFD DOpP GD DR ODGR GH FRPR QR FDVR GH SDUDSVLFRORJLD ¬V
YH]HVVLJQLILFDWDPEpPH[WUDItVLFR([HPSORVSDUDDVVHSVLDDVVHSVLDSDUDQRUPDOH[WUDItVLFD
DQtPLFD HRX PHGL~QLFD SDUDFpUHEUR R FpUHEUR H[WUDItVLFR GD FDEHoD H[WUDItVLFD GR
SVLFRVVRPD FpUHEUR ELRSOiVPLFR SDUDPHVD R GXSOR H[WUDItVLFR GD PHVD ItVLFD PDWHULDO
FRPXPHWF
3DUDDQDWRPLD $QDWRPLD WUDQVFHQGHQWH GRV YHtFXORV GH PDQLIHVWDomR GD FRQVFLrQFLD
H[FOXtGRRFRUSRKXPDQR6LQDQDWRPLDH[WUDItVLFDDQDWRPLDWUDQVFHQGHQWHPHWDDQDWRPLD
SDUDSVLFRDQDWRPLD
3DUDILVLRORJLD)LVLRORJLDGRVYHtFXORVGHPDQLIHVWDomRGDFRQVFLrQFLDH[FOXtGRRFRUSR
KXPDQR 6LQ ILVLRORJLD H[WUDItVLFD ILVLRORJLD WUDQVFHQGHQWH PHWDILVLRORJLD
SDUDSVLFRILVLRORJLD
3DUDSDWRORJLD3DWRORJLDGRVYHtFXORVGHPDQLIHVWDomRGDFRQVFLrQFLDH[FOXtGRRFRUSR
KXPDQR 6LQ SDWRORJLD H[WUDItVLFD SDUDSDWRORJLD WUDQVFHQGHQWH PHWDSDWRORJLD
SDUDSVLFRSDWRORJLD
3DUDSVLFROyJLFR 5HODWLYR j 3DUDSVLFRORJLD VLJQLILFD DLQGD UHODWLYR j SVLFRORJLD
H[WUDIWVLFDGDFRQVFLrQFLDHQFDUQDGDTXDQGRSURMHWDGDRXÂVHMDDOpPGD3VLFRORJLD QRUPDO
GDFRQVFLrQFLDDERUGDGDQRHVWDGRGDYLJtOLDItVLFDRUGLQiULDRXQDFRQGLomRGHFRLQFLGrQFLD
GRVYHtFXORVGHPDQLIHVWDomRFRQVFLHQFLDO
3DUDSVLFyORJR $TXHOH TXH SHVTXLVD D 3DUDSVLFRORJLD 6LQ SDUDSVLFRORJLVWD
SDUDQRUPDOLVWD
3URMHFLyORJR3HVVRDHPSHQKDGDQRHVWXGRVpULRHQDH[SHULPHQWDomRREMHWLYDQRFDPSR
GHSHVTXLVDGD3URMHFLRORJLD6LQSURMHFLRORJLVWD
3URMHFLRQDWR 5HODWLYR j VXSRVWD PLVVmR SURYLGHQFLDO RX WDUHID DVVLVWHQFLDO GRV
SURMHWRUHVFRQVFLHQFLDLVO~FLGRVHQFDUQDGRVVHPHOKDQWHDPLVVLRQDWRHPHGLXQDWR
3URMHWDQGR $ FRQVFLrQFLD HQFDUQDGD HQTXDQWR QR HVWDGR FRQVFLHQFLDO SURMHWLYR D
FRQVFLrQFLDHQFDUQDGDSURMHWDGDRSURMHWRUFRQVFLHQFLDOSURMHWDGR
3URMHWRU $TXHOH TXH SURGX] D SURMHomR FRQVFLHQFLDO O~FLGD $ H[SUHVVmR GHYH VHU
HQWHQGLGDTXDVHVHPSUHFRPRUHODWLYDDRKRPHPHjPXOKHUDRPHVPRWHPSR 9FDS
3VLFRVIHUD &DPSR KLSHUGLPHQVLRQDO RX DWPRVIHUD PHQWDO tQWLPD QmR UDUR
H[WUHPDPHQWH YLVtYHO j FRQVFLrQFLD FODULYLGHQWH RX VHMD SDUDQRUPDOPHQWH GHWHFWiYHO GD
FRQVFLrQFLD GR VHU KXPDQR H PHVPR GRV VHUHV GHVHQFDUQDGRV HP FHUWDV FRQGLo}HV RQGH
SRGHPVHUDQDOLVDGDVDV LUUDGLDo}HVGDVOX]HVFRUHVIRUPDVSHQVDPHQWRVLGpLDVHHPRo}HV
H[WHULRUL]DGDV SHOR FRUSR KXPDQR GXSOR HWpULFR DXUD SVLFRVVRPD H FRUSR PHQWDO QD
FRQGLomRGHFRLQFLGrQFLDRXGHVHPLFRLQFLGrQFLD
BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBB
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CONTEÚDO
Páginas do pdf
I - BASES DA PROJECIOLOGIA
30
1.
2.
3.
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47
48
49
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51
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56
56
57
59
Definição de Projeciologia
Histórico da Projeciologia
Períodos da Projeciologia
Relações da Projeciologia
Projeciologia e Parapsicologia
Projeciologia e Psicologia
Projeciologia e Biologia
Projeciologia e Medicina
Projeciologia e Antropologia
Projeciologia e Sociologia
Projeciologia e Física
Projeciologia e Astronomia
Divisão da Projeciologia
Projeção consciente e a consciência humana
Projeção consciente humana
Paraprojeção consciente
Projeção animal
Projeção vegetal
Leis da Projeciologia
Paradoxos da Projeciologia
Limitações projetivas
II - FENÔMENOS DA PROJECIOLOGIA
62
22.
23.
24.
25.
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28.
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68
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72
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80
81
Classificação dos fenômenos projetivos
Fenômenos projetivos subjetivos
Autobilocação consciencial
Autoscopia projetiva
Autoscopia interna ‘
Autoscopia externa .
Catalepsia projetiva
Clarividência extrafísica .
Consciência cósmica
Dejaísmo projetivo
Experiência da quase-morte
Projeção antefinal
Projeção ressuscitadora
Intuição extrafísica
Precognição extrafísica
37.
38.
39.
40.
41.
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43.
44.
45.
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58.
59.
60.
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62.
63.
64.
65.
66.
Psicometria extrafísica
Retrocognição extrafísica
Visão panorâmica projetiva
Fenômenos projetivos ambivalentes
Autopsicofonia
Bilocação física
Clarividência viajora
Projeção consciente e clarividência viajora
Paralelos entre clarividência viajora e projeção consciente
Ectoplasmia projetiva
Meia-materialização
Estado de animação suspensa
Exteriorização da motricidade
Exteriorização da sensibilidade
Falsa chegada
Heteroscopia projetiva
Multilocação física
Parapirogenia projetiva
Pneumatofonia projetiva
Poltergeist projetivo
Projeção do adeus
Psicofonia projetiva
Psicofonia projetiva humana
Psicofonia projetiva extrafísica
Psicografia projetiva
Raps projetivos
Telecinesia extrafísica . .
Telepatia extrafísica
Parateleportação humana
Fenômenos concomitantes à projeção consciente
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82
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110
110
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III- ESTADOS ALTERADOS DA CONSCIÊNCIA
117
67.
68.
69.
70.
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Xenofrenia
Classificação dos estados xenofrênicos
Mecanismos da projeção consciente
Projeção consciente e o devaneio
Paralelos entre devaneio e projeção consciente
Projeção consciente e o sono
Projeção consciente e o sonambulismo
Projeção consciente e o sonho
Imagens oníricas
Paralelos entre sonho e projeção consciente
Sonho comum sobre projeção consciente
Projeção semiconsciente
.
Projeção consciente e o pesadelo
Paralelos entre pesadelo e a obsessão extrafísica
81.
82.
Projeção consciente e a alucinação
Paralelos entre alucinação e projeção consciente
136
137
IV- VEÍCULOS DE MANIFESTAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
139
83.
84.
85.
86.
87.
88.
89.
90.
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123.
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148
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175
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180
181
182
185
185
Ego
Tipos de veículos de manifestação da consciência
Projeção consciente e o corpo humano
Pineal
Exame extrafísico
Coincidência dos veículos de manifestação
Descoincidência dos veículos de manifestação
Duplo etérico
Para-anatomia do duplo etérico
Parafisiologia do duplo etérico
Soltura do duplo etérico
Parapatologia do duplo etérico
Aura humana
Cordão de prata
Para-anatomia do cordão de prata
Parafisiologia do cordão de prata
Esferas de ação do cordão de prata
Redução do cordão de prata
Parapatologia do cordão de prata
Ectoplasma e cordão de prata
Paralelos entre ectoplasma e cordão de prata
Psicossoma
Para-anatomia do psicossoma
Parapsicofisiologia do psicossoma
Parapsicopatologia do psicossoma
Paralelos entre soma e psicossoma
Chacras
Para-anatomia dos chacras
Parafisiologia dos chacras
Projeção consciente e o cordão de ouro
Páta-anatomia do cordão de ouro
Parafisiologia do cordão de ouro
Paralelos entre cordão de prata e cordão de ouro
Projeção consciente e o corpo mental
Parapsicofisiologia do corpo mental
Espaço-tempo relativístico
Parapsicopatologia do corpo mental
Morte
Primeira morte
Segunda morte
Terceira morte
124.
125.
126.
127.
128.
As três mortes
186
Paralelos entre projeção eventual e final
187
Paralelos entre o psicossoma do encarnado e o do desencarnado 187
Paralelos entre psicossoma e corpo mental
189
Paralelos entre o corpo mental do encarnado e o do desencarnado191
V
- ABORDAGENS FILOSÓFICAS
193
129.
130.
131.
132.
133.
134.
135.
136.
137.
138.
Projeciologia e filosofia
Projetabilidade
Moral cósmica
Código de Ética Extrafísica
Projeção consciente e o materialismo
Universalismo
Maturidade extrafísica
Era consciencial
Tarefas assistenciais humanas
Autocrítica do projetor ou projetora
194
195
196
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199
201
203
205
205
208
VI
- VIGÍLIA FÍSICA ANTERIOR
210
139.
140.
141.
142.
143.
144.
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148.
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150.
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152.
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156.
157.
158.
159.
160.
Análise cronológica da projeção consciente
Fases da projeção consciente
Portas para a projeção consciente
Data do experimento projetivo
.
Condições meteorológicas antes da projeção consciente
Base física do projetor ou projetora
Projetarium
Luz ambiental
Temperatura ambiental
Ruído ambiental
Auxiliar em terra
Estado fisiológico antes da projeção consciente
Estado psicológico antes da projeção consciente
Vigília física ordinária
Posição física antes da projeção consciente
Decúbito dorsal
Condições do corpo humano antes da projeção consciente
Objetos do projetor ou projetora
Roupas do projetor ou projetora
Causas da projeção consciente
Projeção consciente e a distância
Horário inicial do experimento projetivo
211
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212
212
213
213
216
217
217
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220
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221
222
223
223
224
224
225
225
VII
- TÉCNICAS DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
227
161.
162.
163.
164.
165.
166.
167.
168.
169.
170.
171.
172.
173.
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176.
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178.
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180.
181.
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186.
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189.
190.
191.
192.
193.
194.
195.
196.
197.
198.
199.
200.
201.
202.
Preparação para a projeção consciente
Generalidades sobre as técnicas projetivas
Muletas psicofisiológicas projetivas
Técnica da auto-relaxação psicofisiológica
Técnica da concentração mental
Técnica da respiração ritmica
Técnica das fugas imaginativas
Técnica da visualização projetiva
Técnicas das posturas projetivas
Classificação das técnicas da projeção consciente
Técnica da abertura dá porta
Técnica do ato sexual projetivo
Técnica da auto-imagem projetiva
Técnica da autovisualização com as pálpebras descerradas
Técnica da contagem dos passos
Técnica do dióxido de carbono
Técnica do fator projecional
Técnica da hetero-hipnose projetiva
Técnica da auto-hipnose projetiva
Técnica das imagens projeciogênicas
Técnica da projeção consciente pelo jejum
Técnica dos mantras projetivos
Técnica das massagens e visualizações projetivas
Técnica das músicas e visualizações projetivas
Técnica dos objetos-fatores desencadeantes
Técnica do despertamento físico musical
Técnica da projeção assistida .'
Técnica da projeção consciente através do sonho
Técnica da projeção fragmentada .
Técnica da projeção pelo corpo mental
Técnica da projeção pineal
Técnica da quebra da rotina
Técnica da repetição projetiva
Técnica da rotação do psicossoma
Técnica da rotação do corpo humano
Técnica da saturação mental projetiva
Técnica da projeção pela sede
Técnica da transferência da consciência
Técnica da transmissibilidade projetiva
Técnicas do diagnóstico projetivo
Projecioterapia
Técnicas dos condicionamentos psicológicos
228
229
230
231
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240
241
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243
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246
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259
261
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264
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267
268
268
269
271
272
273
273
274
275
276
VIII
- FASE DA EXTERIORIZAÇAO DA CONSCIÊNCIA
277
203.
204.
205.
206.
207.
208.
209.
210.
211.
212.
213.
214.
215.
216.
217.
218.
219.
220.
221.
222.
223.
224.
225.
Sinais precursores da projeção consciente
Aura projetiva
Entorpecimento físico
Ballonnement
Pré-decolagem
Estado vibracional
Hipnagogia
Estado transicional
Consciência dupla
Visão dupla extrafísica
Bradicinesia extrafísica
Parapsicolepsia
Sons intracranianos na decolagem
Decolagem
Decolagem por afundamento
Instabilidade do psicossoma
Rastro de luz
Respiração na decolagem
Hibernação consciencial
Abertura extrafísica
Elongaçâo extrafísica
Despertamento extrafísico
Técnica do autodespertamento extrafísico
278
278
279
280
281
281
283
285
286
287
287
288
289
290
292
293
294
295
296
297
298
299
299
IX
- PERÍODO EXTRAFÍSICO DA CONSCIÊNCIA
301
226.
227.
228.
229.
230.
231.
232.
233.
234.
235.
236.
237.
238.
239.
240.
241.
242.
243.
Autoconsciência extrafísica
Escala da lucidez da consciência projetada
Iluminação do meio ambiente extrafísico
Técnica da identificação do veículo de manifestação
Técnica da expansão da consciência projetada
Orientação da consciência projetada
Ambientes extrafísicos
Plano extrafísico crostal
Plano extrafísico propriamente dito
Plano mental
Esfera extrafísica de energia
Cérebro humano
Percepções extrafísicas gerais
Visão extrafísica
Atenção extrafísica
Escala de observação da consciência projetada
Desempenhos da consciência projetada
Inabilidades da consciência projetada
302
303
304
305
306
306
307
309
310
311
312
314
316
318
319
320
322
323
244.
245.
246.
247.
248.
249.
250.
251.
252.
253.
254.
255.
256.
257.
258.
259.
260.
261.
262.
263.
264.
265.
266.
267.
268.
269.
270.
271.
272.
273.
274.
275.
276.
277.
278.
279.
280.
281.
282.
283.
284.
Impossibilidades extrafísicas
Energia imanente
Energia conscien ci al
Mobilização da energia consciencial
Técnica da circulação fechada de energias
Técnica da recepção de energias
Técnica da absorção de energia cósmica
Exteriorização de energias
Técnica da exteriorização de energias
Técnica dos passes para o escuro
Formas-pensamentos
Paralelos entre projeção consciente e formas-pensamentos
Técnica da criação das formas-pensamentos
Fatores sexuais positivos à projeção consciente
Fatores sexuais negativos à projeção consciente
Romances extrafísicos
Congressus subtilis
Autoluminosidade extrafísica
Autopermeabilidade extrafísica
Elasticidade extrafísica
Imponderabilidade extrafísica
Inaudibilidade extrafísica
Invisibilidade extrafísica
Invulnerabilidade extrafísica
Multiplicidade extrafísica
Translocação extrafísica
Mecanismos da translocação extrafísica
Velocidade do projetor projetado
Técnica da volitação consciente
Correntes extrafísicas
Chuvas extrafísicas
Fogos extrafísicos
Emoções extrafísicas gerais
Euforia extrafísica
Formas extrafísicas do projetor projetado
Trajes extrafísicos
Uniforme do projetor projetado
Autotransfiguração extrafísica
Zootropia
Mutação extrafísica
:
Técnica da mimetização extrafísica
323
324
326
328
329
329
330
331
332
333
337
339
340
341
341
342
342
344
345
347
347
348
349
350
351
351
353
353
345
355
356
356
357
358
359
359
360
361
362
363
364
X
- RELAÇÕES DA CONSCIÊNCIA PROJETADA
365
285.
286.
Comunicabilidade consciencial
Conscienciês
366
367
287.
288.
289.
290.
291.
292.
293.
294.
295.
296.
297.
298.
299.
300.
301.
302.
303.
304.
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308.
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310.
311.
312.
313.
314.
315.
316.
317.
318.
319.
320.
321.
322.
323.
324.
325.
326.
327.
Técnica da comunicação extrafísica :
Captação extrafísica de idéias originais
Idéips originais históricas
Idéias originais atuais
Idéias extrafísicas evitáveis
Alvos mentais projetivos
Técnicas para se atingir o alvo mental
Locais interditados
Técnica da produção da telecinesia extrafísica
Escala dos contatos extrafísicos
A consciência projetada e seu corpo humano
Técnica da autobilocação consciencial
A consciência projetada e as criaturas encarnadas
A consciência projetada e as criaturas desencarnadas
A consciência projetada e outras criaturas projetadas
Desaparecimentos extrafísicos
Técnica das abordagens extrafísicas
Técnica do heterodespertamento extrafísico
Criaturas inabordáveis
Técnica do autotoque extrafísico-físico
Acoplamentos áuricos
Amparadores
Projeção consciente e a evocação
Técnica da evocação consciente
Evocações inconscientes
Manifestações extrafísicas do projetor-médium
Manifestações físicas do projetor-comunicante . .
Técnica do passe a três
Técnica da comunicação intervivos
Aparição intervivos
Reações dos encarnados à aparição do projetor
Ataques extrafísicos ao projetor ou projetora
Técnicas autodefensivas do projetor ou projetora
Obsessores extrafísicos
Projeção possessiva
Projeção desobsessiva
Técnicas da projeção desobsessiva
Projeção assistencial
O projetor e os desencarnantes
Técnica da projeção prolongada . . . .
Agenda extrafísica
368
368
368
369
372
372
373
374
375
376
377
377
378
379
380
380
381
382
383
384
385
387
389
391
391
392
392
393
395
395
396
396
397
399
402
403
405
406
408
410
411
XI
- FASE DA INTERIORIZAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
413
328.
329.
Retomo à base física
Interiorização da consciência projetada
414
414
330.
331.
332.
333.
334.
335.
336.
337.
338.
339.
340.
Pós-interiorização
Repercussões psicofísicas
Repercussões extrafísicas durante a projeção
Repercussões físicas durante a projeção
Autotelecinesia
Sons intracranianos na interiorização
Hipnopompia
Despertamento físico
Técnica do despertamento físico
Banho energético pós-projetivo
Descoincidência vígil
416
417
418
418
420
420
421
422
422
423
423
XII
- VIGÍLIA FÍSICA POSTERIOR
425
341.
342.
343.
344.
345.
346.
347.
348.
349.
350.
351.
352.
353.
354.
355.
356.
357.
358.
359.
360.
361.
362.
363.
364.
Mente física
Rememoração da projeção
Rememoração fragmentária
Rememoração em bloco
Fatores positivos à rememoração da projeção
Fatores negativos à rememoração da projeção
Técnicas da rememoração dos eventos extrafísicos .
Técnica da rememoração fragmentária
Memória quádrupla
Horário final do experimento projetivo
Condições meteorológicas depois da projeção consciente
Duração da projeção consciente
Estado psicológico depois da projeção consciente
Estado fisiológico depois da projeção consciente
Período da perda da vigília física
Posição física depois da projeção consciente
Condições do corpo humano depois da projeção consciente
Projeciografia
Registro final da projeção consciente
Diário do projetor ou projetora
Fichas técnicas do diário do projetor
Confirmações posteriores às projeções conscientes
Fatores negativos às confirmações posteriores
Análise das percepções do projetor
426
428
430
430
431
431
442
433
434
435
435
436
437
437
437
438
438
438
439
440
441
442
443
444
XIII
- O PROJETOR E AS PROJEÇÕES
446
365.
366.
367.
368.
Tipos de projetor e projetora
Projetores deslumbrados
Técnicas do desenvolvimento do projetor ou projetora
Recesso projetivo
447
448
449
450
369.
370.
371.
372.
373.
374.
375.
376.
377.
378.
379.
380.
381.
382.
383.
384.
385.
386.
387.
388.
389.
390.
391.
392.
393.
394.
395.
396.
397.
398.
399.
400.
401.
402.
403.
404.
405.
Questionário projetivo
O projetor ideal
Animismo
Mediunismo
Paralelos entre médium e projetor
Paralelos entre projeção consciente e transe mediúnico
Mediunidade e projeção consciente
Classificação geral das projeções
Tipos básicos de projeção consciente
Binômio lucidez-rememoração
Primeira projeção consciente
Projeção dupla
Projeção educativa
Projeção natural
Projeção forçada
Paralelos entre projeção natural e forçada
Projeção-fuga
Projeção instantânea
Projeção do duplo composto
Projeção semiconsciente regressiva pós-natal
Projeção sonora
Projeção visual extrafísica
Projeções conscientes conjuntas
Paralelos entre projeção mental e pelo psicossoma
Projeções seriadas
Consciência projetada e o tempo cronológico
Eventos extrafísicos
Eventos extrafísicos marcantes
Traumas extrafísicos
Fatores positivos à projeção consciente
Utilidades pessoais da projeção consciente
Reciclagem encamatória projetiva
Utilidades públicas da projeção consciente
Fatores negativos à projeção consciente
Projeção consciente e medo
Agentes inibidores relativos das projeções
Malefícios da projeção consciente
452
458
459
460
462
463
463
464
466
467
468
469
470
471
471
472
472
473
473
475
476
477
477
480
480
482
484
485
485
486
488
490
491
492
493
495
496
XIV
- RELAÇÕES DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
498
406.
407.
408.
409.
410.
411.
Projeção consciente e os acidentes
Projeção consciente e as crianças
Projeção consciente e os animais
Projeção consciente e o parto
Projeção consciente e a ereção
Projeção consciente e a cegueira
499
500
500
501
503
503
412.
413.
414.
415.
416.
417.
418.
419.
420.
421.
422.
423.
424.
425.
426.
427.
428.
429.
430.
431.
432.
433.
434.
435.
436.
437.
438.
439.
440.
441.
442.
443.
444.
Projeção consciente e as dores físicas
Projeção consciente, coração e a freqüência cardíaca
Projeção consciente e as doenças
Projeção consciente e a Psicopatologia
Projeção consciente, cirurgia e os anestésicos
Projeção consciente e a paracirurgia
Projeção consciente e a pessoa mutilada
Projeção consciente e os hemiplégicos
Projeção consciente e as drogas
Paralelos entre as drogas e a hipnose
Projeção consciente e o contágio psicológico
Projeção consciente e o humor
Projeção consciente e a ioga
Projeção consciente nas instituições totais
Projeção consciente e o movimento pessoal
Projeção consciente e os esportes
Projeção consciente e a guerra
Projeção consciente, espionagem e os negócios
Projeção consciente e a arte em geral
Projeção consciente e a música extrafísica
Projeção consciente e o teatro
Projeção consciente e a arte cinematográfica
Projeção consciente e a nafologia
Projeção consciente e o fenômeno theta
Projeção consciente e a reencamação
Projeção de consciência contínua
Estado da consciência contínua
Escala do estado da consciência contínua
Autodesencamação
Autoparada cardíaca voluntária
Autocombustão voluntária
Fixador psicofisiológico
Localizações conscienciais
504
505
506
507
509
510
512
515
515
519
520
521
521
522
524
525
525
526
528
530
530
531
532
533
534
538
539
540
543
544
545
546
547
XV
- ABORDAGENS CIENTIFICAS
550
445.
446.
447.
448.
449.
450.
451.
452.
453.
454.
Experimentos das projeções conscientes em laboratório
Padrões de ondas cerebrais
Identificação extrafísica de pessoas vigeis
Visão fora do corpo humano
Experimento do vôo pela vontade
Animais-detectores da consciência projetada
Efeitos cinéticos da consciência projetada
Fisiologia do estado projetivo
Experimentos individuais com as projeções conscientes
Pesquisas projetivas de opinião pública
551
553
554
555
556
557
558
559
560
562
455.
456.
457.
458.
459.
460.
461.
462.
463.
464.
465.
466.
467.
Casos de projeções conscientes
Instrumentos laboratoriais na Projeciologia
Projetos experimentais
Hipóteses gerais em Projeciologia
Hipótese do corpo imaginário
Hipótese do corpo objetivo
Projeção consciente e o inconsciente
Teoria psicológica
Teoria da informação
Teoria do ensaio da morte biológica
Hipóteses de trabalho
Modelo da série harmônica
Endereços úteis
.
564
567
568
568
570
571
572
573
573
573
574
575
582
XVI
- CARTAS ABERTAS
584
468.
469.
470.
471.
472.
Aos leitores em geral
Aos céticos quanto às projeções da consciência
Aos aprioristas
Aos parapsicólogos
.
Aos projetores e projetoras
585
585
587
588
589
I - BASES DA PROJECIOLOGIA
I - Bases da Projeciologia
01. DEFINIÇÃO DE PROJECIOLOGIA
Definição. Projeciologia (Latim:projectio, projeção; grego: logos, tratado): ramo, subcampo, ou
subdisciplina da ciência humana, Parapsicologia, que trata das projeções energéticas da consciência (duplo
etérico) e das projeções da própria consciência, — através do psicossoma e do corpo mental, — para fora
do corpo humano, ou seja, das ações da consciência operando fora do estado de restringimento físico do
cérebro e de todo o corpo biológico.
Sinonímia: auto-revelação; descoincidenciologia; desdobramentologia;ecsomaciologia; estudo das
projeções da consciência; estudo dos fenômenos extracorpóreos; obelogia; parapsicologia projetiva;
projeciônica; projecionismo; projecionística; projecionomia.
Unidade. Segundo os princípios didáticos vigentes, a infância de toda ciência se caracteriza pela
sua concentração sobre a busca de variáveis relevantes, dados singulares, classificações e hipóteses soltas
que estabeleçam relações entre essas variáveis e expliquem aqueles dados. Aqui se procura justamente
superar esse estágio inicial, semi-empírico, da ciência a qual denomino “Projeciologia”, dando-lhe uma
unidade lógica.
Lacunas. Apesar de o fenômeno da projeção consciente ser conhecido há milênios, a Projeciologia
é uma área de estudo relativamente nova. Em razão disso, mantém considerável número de lacunas
como'subcampo científico que, certamente, serão completadas com o passar do tempo, o acúmulo das
investigações e criteriosa análise científica. Os dados hoje disponíveis sobre a Projeciologia, conquanto
numerosos, são provisórios na medida em que representam quase sempre abordagens iniciais aos
fenômenos projetivos e suas conseqüências.
Ciência. Um bom número de publicações da literatura científica contém defeitos de estruturação,
erros de análise estatística e interpretações enganosas. Os métodos de experiência e análise, no entanto,
estão sendo constantemente aprimorados. As estimativas quantitativas vão se tomando cada vez mais
exatas. Isto não significa que o trabalho desenvolvido anteriormente não fosse científico ou importante na
sua época. A Ciência muda e evolui, permanentemente. Só na imaginação popular é que ela atinge o status
de verdade absoluta.
Pesquisas. Por outro lado, o que ficou exposto não significa que os estudos individuais e as
pesquisas de laboratório já existentes sobre a Projeciologia sejam desprovidos de valor ou de significado.
Muito pelo contrário, a permanente análise desses dados — válidos — constitui justamente o caminho
adequado e ideal, neste momento, para se alcançar um progresso contínuo. Com a crítica aos dados
existentes, não definitivos, sem dúvida surgirão novas condições e conjunturas para as quais serão
2
necessárias novas pesquisas e novos dados, num permanente processo de inquirição e soluções
temporárias, como aconteceu e acontece na evolução de qualquer Ciência.
Hipóteses. Embora muitas hipóteses levantadas pela Projeciologja ainda estejam em fase de
pesquisa e experimentação, em termos de qualidade elas possuem as características que o método
científico exige.
Estabelecimento. Inobstante os arrazoados precedentes, neste livro procuro expor e estabelecer,
clara e racionalmente: os conceitos; os postulados; os parâmetros; os objetos de estudo; os objetivos
colimados; as aplicações pragmáticas, empíricas e científicas; os conceitos operacionais; as
experimentações; e o corpo teórico e científico que delimita o corpo e o universo de atuação da
Projeciologia e a diferencia das outras Ciências.
Critérios. Julgo desnecessário explicar aqui os critérios de cientificidade e a validade
epistemológica de um determinado ramo do conhecimento humano. Qualquer leitor mediano pode facilmente avaliá-los.
Naturalista. O aspecto característico de fenômeno subjetivo, individual, da experiência da
projeção consciente humana, condiciona a existência da Projeciologia Subjetiva. Contudo, determinadas
ocorrências - como, por exemplo, a bilocação física - falam a favor da existência também de uma
Projeciologia Naturalista, ou de manifestações objetivas, ostensivas, visíveis fisicamente, provenientes da
consciência projetada.
Universalismo. A verdade e a validade do conhecimento não têm fronteiras. Tanto a Ciência em
geral, quanto a Parapsicologia em particular, e a própria Projeciologia, são áreas ou ramos do
conhecimento humano inteiramente universalistas, abrangentes. Não podem aceitar rotulações nem
limitações e devem desenvolver-se sem comprometimentos temporais humanos, completamente
despojadas de vínculos a partidarismos, sectarismos científicos ou filosóficos, ou ideologias quaisquer que
sejam. 0 objeto de estudo desapaixonado e a metodologia racional da Projeciologia não têm nenhum
compromisso implícito ou explícito com qualquer área psíquica, social, política, econômica, filosófica, ou
religiosa em particular. Em resumo: a Projeciologia não deve ser monopolizada por cultos nem cooptada
por governos competidores ou rivais, seja do ponto de vista ideológico ou militar.
Terminologia. Até o presente ainda não se chegou a um consenso, em nível internacional, sobre o
problema da organização e composição da terminologia internacional parapsicológica. A impropriedade e
a multiplicidade das denominações existentes para os fenômenos da Projeciologia evidenciaram a própria
imprestabilidade e a necessidade do uso, criação ou adoção de termos próprios.
Descobertas. Ninguém contesta que são necessárias palavras novas, ou acepções de palavras
antigas distendidas, para nomear fatos novos e idéias novas. Como as demais ciências, a Projeciologia
necessita de palavras próprias. Como poderá formular a novidade de suas descobertas e de suas
concepções sem recorrer a termos novos? E a ausência de preconceitos, até neste campo, é uma condição
para a verdadeira descoberta.
Linguagem. Qualquer descoberta científica se forma, não moldando-se ao senso comum, mas indo
para além dele ou contra ele. A linguagem ordinária não tem palavras para designar estruturas e
movimentos conscienciais que não existem aos olhos do senso comum e nem estão restritos apenas ao
âmbito dos cinco sentidos básicos do corpo humano.
Polissemia. Ocorre com a terminologia projeciológica o mesmo que se passa com muitas outras
linguagens: a incidência inevitável da polissemia e das sobreposições semânticas. Os barbaris mos e
expressões binominais existentes no âmbito da Parapsicologia, — tais como, por exemplo, psicometria e
autoscopia, — às vezes vêm exigindo avisos quanto ao seu emprego, a fim de se evitar confundir as
acepções, especialmente quando psicopatológicas.
Neologismos. Em face das razões expostas, por uma questão de conveniência, a fim de evitar
confusões, e visando a formação de vocabulário prático e funcional, num esforço de suprir as ocorrências
que exigem racionalização e organização, com nomenclatura geral, sistemática, ou própria, foi preciso
inventar, por minha conta, palavras novas. Proponho daí um elenco de neologismos coerentes, inevitáveis,
e seus cognatos, e uma compilação de expressões compostas, ou palavras- guarda-chuvas, para fenômenos
que não têm nome algum ou estejam sem denominação dentro da Projeciologia tais como estes 50:
adenoprojeção; arqueprojeção; audioprojeção; auto-hipnoproje- ção; bariprojeção; biprojeção;
carbonoprojeçâo; cefaloprojeçâo; cefalossoma; chacroprojeção; colorprojeção; cosmoprojeção;
3
deuterossoma; ecocéfalo; eletroprojeção; epiprqjeção; estrobopro- jeção; giroprojeção; hidroprqjeção;
hipnoprojeção; holossoma; libidoprojeção; musicoprojeção; narcoprojeção; nefoprojeção; oligoprojeção;
oniroprojeção; pedoprojeção; pneumoprojeção; podoprojeçâo; primoprojeção; projeciatria; projeciocrítica;
projeciofobia; projeciografia; projecio- latria; projeciologista; projeciólogo; projecionalia; projecionatò;
projecionismo; projecionomia; projeciorréia; projecioterapia; projeciotóxico; projetabilidade; projetando;
projetarium; traumato-projeção; tritanatose; e outros. Como se verá no decorrer do texto, tais neologismos
não foram concebidos arbitrariamente, sendo sempre dada preferência à expressão uninominal e à mais
curta possível.
Glossário. Será sempre importante caracterizar-se bem as expressões e acepções das palavras a fim
de evitar mal-entendidos. Os termos com o passar do tempo enfastiam os homens. Precisamos entendernos uns aos outros para compreender as ocorrências em tomo de nós. As palavras e expressões têm
importância relativa. Desde que se estabeleçam as devidas convenções, permitindo a fácil e perfeita
identificação do objeto nomeado ou do fenômeno exato sob análise, não há, de fato, qualquer
inconveniente no uso desta ou daquela nomenclatura ou terminologia. Eis porque ainda foi incluído o
Glossário no texto e a maioria dos capítulos apresenta a sinonímia própria do seu tema.
Fundo. Todos nós denominamos os fenômenos e ocorrências em torno de nós mesmos como
achamos mais adequado aos nossos conceitos, preconceitos e condicionamentos. Escolha o leitor as
expressões que lhe sejam favoritas, porém não deixe de entender o texto e os experimentos devido às
palavras. As palavras não têm significado algum em si mesmas. Somente os conceitos e as experiências
apresentam significados. O fundo, aqui, não merece ser sacrificado em favor da forma. Não se espante o
leitor com as expressões. Nos glossários de termos técnicos você encontra com facilidade expressões
como “advecção ageostrófica”, “coluro dos solstícios”, ou “propergóis hiper- gólicos” que, não obstante o
exotismo para o leigo, são racionais, coerentes, exatas, e empregadas fluentemente em seus campos de
trabalho até mesmo no coloquialismo. Espera-se que amanhã suija alguém e redenomine todos os fatos
parapsíquicos de maneira mais adequada, implantando uma terminologia coerente e ainda mais
concordante.
Termo. Este autor propôs o termo Projeciologia para nomear o subcampo da Parapsicologia na
página 40 do livro “Projeções da Consciência: Diário de Experiências Fora do Corpo Físico”, lançado em
S. Paulo, em 1981. Eis o termo Projeciologia (português) vertido para outros idiomas: inglês,
Projectiology; francês, Projectiologie; alemão, Projektiologie; espanhol, Proyecciología; italiano,
Proiettologia.
Conscienciologia. A Projeciologia, antes mesmo de estar adstrita às manifestações da Parapsicologia, permanece estruturalmente vinculada, em definitivo, ao campo vasto da Conscienciologia
(Egologia, Espiritologia, ou Espiritismo), ou seja, ao centro das Ciências e ao centro das Filosofias. O
estudo da Conscienciologia pode ser dividido em três estados: o estado da consciência desencarnada; o
estado da consciência encarnada; e o estado da consciência projetada (estado projetivo).
Descoincidência. A Projeciologia apresenta um campo de pesquisas de manifestações bastante
abrangente se incluirmos as exteriorizações das energias, os apêndices e as atuações exteriores oriundas da
consciência, e, no entanto, tudo isso sem a consciência ir junto, ou seja, sem que ela saia temporariamente
de sua sede nos hemisférios cerebrais. Por exemplo: a projeção do próprio duplo etérico isolado (uma
projeção energética que alguns confundem com a projeção do corpo mental); as projeções da aura humana;
a projeção do cordão de prata isolado; o fenômeno comum da incorporação ou psicofonia; etc. Em
resumo: sob o aspecto da descoincidenciologia, o campo da Projeciologia é muito mais amplo do que
parece à primeira análise.
Autonomia. Aqueles que desejarem se empenhar em tomar a Projeciologia uma ciência autônoma,
com objeto próprio, método próprio, e inteiramente independente da Parapsicologia, terão de se aplicar,
daqui para a frente, na abordagem da fenomenologia. Isso será feito no sentido da atualização, destaque,
delimitação, diferenciação, descrição, e ordenação panorâmica sistemática —, ainda maiores do que está
apontado neste contexto, — dos fenômenos projeciológicos subjetivos, isto é, não objetivados, bem como
dos fenômenos objetivos propriamente ditos.
Dispensa. Com clareza meridiana, sob o enfoque permanente da observação científica, a
Projeciologia põe em plano secundário para logo, presentemente, e dispensará para sempre, a partir de um
futuro próximo, a submissão das consciências afeitas à religião, ao religiosismo, ou à religiosidade de
4
qualquer natureza, como é praticada hoje, e à mediunidade em qualquer de suas práticas, comp recurso
vital, indispensável, de intercâmbio consciencial; afora muitos outros aspectos da natureza e da vida
humana.
Integração. Não se surpreenda o leitor por encontrar neste livro a apresentação circunstanciada de
uma nova subdisciplina científica. O número das Ciências, que era bem reduzido no início da Idade
Moderna, alcança hoje cerca de 2.000 (duas mil), e cresce razoavelmente a cada ano. A multiplicação das
Ciências implica a necessidade de integrá-las, conciliando suas pesquisas dentro de abordagens
multidisciplinares. Este é um dos objetivos deste trabalho: o intercâmbio de informações.
Cultura. A condição ímpar da cultura inspirada pela Projeciologia dá valor igual ao saber
(maturidade consciencial), ao poder econômico (fixação psicofísica), e à imortalidade da pessoa (evidência
pessoal da sobrevivência), atribuindo, portanto, valor indescartável aos intelectuais e pesquisadores. Tal
sistema de valores motivará fortemente os jovens mais talentosos e ambiciosos para o estudo desta
Ciência.
Papel. Tudo isso sugere que a Projeciologia ocupará lugar importante no conjunto das Ciências
Humanas e desempenhará, oportunamente, papel de expressivo relevo no campo de outras Ciências, como
se verá nos argumentos explicitados em diversos capítulos à frente.
_____________________
Bibliografia: Andrade (27, p. 146), Barros (86, p. 126), Bret (203, p. 21), Carvalho (253, p. 14),
Franklin (548, p. 97), Green (632, p. 17), Paula (1208, p. 55), Vieira (1762, p. 40).
02.HISTÓRICO DA PROJECIOLOGIA
Fisiologia. A experiência da consciência fora do corpo humano constitui fenômeno antigo e
universal, de todas as épocas, raças, e povos, mesmo daqueles considerados “não-intelectualiza- dos”,
atrasados ou selvagens. Encontrada nas primeiras narrativas da antigüidade clássica, na antigüidade
bíblica, egípcia, e babilónica, nas crônicas sacras do Oriente, tanto aparecendo no homem ignorante, como
nos sábios e intelectuais, na qualidade de faculdade natural, biológica, ou seja, de origem fisiológica —
segundo os registros históricos das experiências da humanidade — a prôjeção consciente é semelhante, em
muitos aspectos, a diversos outros estados alterados da consciência tais como: o devaneio, o pesadelo, o
sonambulismo, o sonho, o sono, etc.
Universalidade. A História Humana evidencia, desde tempos imemoriais, que a projeção
consciente humana tem sido comum em todos os países e foi registrada de maneira ampla e universal em
todas as culturas e sociedades humanas, ainda que nas mais antigas, tribais, e até nas eras pré-históricas,
no alvorecer de todas as civilizações. As narrativas quanto às projeções conscientes seguem padrões
similares, acontecendo o mesmo com o processo pelo qual a consciência do homem ou da mulher deixa o
corpo físico, as condições da mente e do corpQ humano conforme as experiências e, freqüentemente, com
as mesmas razões e motivações para sobrevirem as ocorrências.
Consenso. Apesar das diferenças de cultura, de século, religião, nacionalidade e idioma, vem
ocorrendo uma uniformidade substancial que persiste, invariável, no tempo, em todos os lugares, entre
todas as civilizações, no curso da História, chegando-se a conclusões semelhantes a respeito da realidade
da saída da consciência para fora do corpo humano através de outro veículo de manifestação consciencial,
seguindo sempre as mesmas constantes básicas.
Arquetípica. A distribuição universal através de culturas diferentes e ao longo da História, já
referida, faz da projeção consciente uma experiência arquetípica, ou seja, potencialmente encontrada em
muitos membros da raça humana tão-somente pela virtude de serem seres humanos. Daí também se
confirma a origem tipicamente fisiológica, ou parafisiológica, da experiência da projeção consciente
humana como estado consciencial.
Personalidades. A referida uniformidade deriva de afirmações práticas de personalidades com
formações culturais e procedências díspares como estas 65, facilmente encontradiças nos relatos das obras
5
com citações de casos projetivos: aborígines americanos, adivinhos, alquimistas, ambientalistas, animistas
do Oriente, antroposofistas, apóstolos do Novo Testamento, ascetas, autores, brujos, cientistas, clérigos,
curandeiros, curadores africanos, devotos anglicanos, devotos católicos, enfermeiros, engenheiros,
escritores inspirados, esoteristas, espíritas, espiritualistas diversos, executivos, faquires, feministas,
filósofos gregos, físicos, fisiologistas, gurus, homens civilizados, homens de negócio, índios australianos,
índios mexicanos, iniciados indianos, iogues, jornalistas, lamas tibetanos, magos, rmhatmas, medicine
men, médicos, médicos-feiticeiros, médiuns do Ocidente, mestres-escolas, metapsiquistas, místicos
cristãos, ocultistas, pajés, parapsicólogos, pesquisadores militares, pesquisadores-sensitivos, poetas,
políticos, professores, profetas do Antigo Testamento, programadores de computador, psicólogos,
rosacrucianos, sábios dissidentes, sadus, sensitivos, tecnologistas, teosofistas, videntes, e xamãs
siberianos.
Pré-história. Desde o princípio da História Humana registrada, um fator de persuasão resiste a
todos os ceticismos: a extraordinária soma de fenômenos projetivos da consciência do homem e da mulher
e a sua repetição constante de século para século, de país para país. Há lendas, a partir dos tempos préhistóricos, falando de homens sábios cujas almas deixavam os seus corpos humanos e se comunicavam
com os deuses. Em cada um dos grandes clássicos da cultura antiga, a projeção consciente foi conhecida,
inclusive pelos antigos povos de Israel, Pérsia e índia.
Egito. A começar pelas culturas mais primitivas, os homens vêm praticando rituais a fim de sair
para fora do corpo denso. No Antigo Egito (5004-3064 a. C.) se prestava o culto aos mortos através do
Kha, o duplo, o psicossoma. Ainda hoje se observa a procura ansiosa desse mesmo objetivo nas danças
dos dervixes, na gira da Umbanda, além de inúmeras outras práticas religiosas, esoteristas, ou anímicomediúnicas.
Rituais. Durante séculos, os antigos gregos buscaram a senda da iluminação íntima através das
cerimônias do templo de Elêusis, onde se sentiam renascer espiritualmente depois de participarem de
rituais - tidos como sagrados - por dias e dias seguidos. Boa parte desses rituais consistia na experiência da
projeção da consciência lúcida induzida a sair para fora de todo o corpo humano. Contudo, as genuínas
técnicas secretas empregadas nesses ritos projetivos se perderam, restando apenas as tradições orais sobre
o assunto que foram parar na índia e no Tibete.
Hermótimo. Hermótimo de Clazomene, filósofo da Escola Jónica, do sexto século antes de Cristo,
foi aparentemente capaz de induzir a experiência da projeção consciencial lúcida à vontade, usando esta
habilidade para investigar a natureza dos estados conscienciais depois da morte do corpo humano.
Er. Escritores, filósofos, religiosos e estadistas de muitos países do mundo antigo também se
referiram à experiência da projeção consciencial lúcida, entre eles: Gautama Buda (563-483 a. C.) e
Heródoto (485-425 a. C.). Platão (428-347 a. C.) relata a história de Er, o Armênio, pan- fílio de
nascimento, soldado que fora tido por morto em combate. Ao fim de dez dias, quando recolhiam os mortos
já putrefatos no campo de batalha, o retiraram em aparente bom estado. Levaram o corpo para casa a fim
de lhe dar sepultura, quando, no décimo segundo dia, sobre a pira, Er voltou à vida e narrou o que vira no
Além. Depois que saíra do corpo humano, sua consciência se encontrara com muitas outras em boas e más
condições conforme a narrativa detalhada. Ao fim, não sabia por que caminho nem de que maneira
alcançara o corpo humano, mas, erguendo as pálpebras de súbito, viu, de manhã cedo, que jazia na pira.
Bíblia. Através de uma projeção consciente assistida, a consciência de Ezequiel foi levantada
(extraída do corpo humano) e transportada por um espírito (amparador) a um outro lugar (Ezequiel, III:
14). O fenômeno da projeção consciencial lúcida foi mencionado no Apocalipse de João (1:10 e ll;4:2),e
também por Paulo de Tarso (?-67) em suas Epístolas (II Coríntios, 12:2). Escreveram ainda sobre as
projeções conscienciais: Caio Suetônio Tranqüilo (V. cap. 42), e Plínio, o Moço (61-113).
Arisdeu. Plutarco de Queronéia (50-120) registrou o relato de Arisdeu de Soles, da Silícia, Ásia
Menor, um homem sem predicados morais, segundo a opinião vigente na ocasião, que no Ano 79 desta
Era Cristã, depois de violenta queda, foi dado por morto. Justamente quando estavam para enterrar o corpo
humano de Arisdeu, três dias depois do acidente, ele reentrou no seu corpo, recobrou plenamente a
consciência e relatou, em detalhes, a Protógenes, e a outros amigos seus, sua experiência lúcida fora do
corpo humano durante aqueles três dias (projeção consciente prolongada). Desta ocasião em diante,
Arisdeu se transformou num homem altamente virtuoso, e até mudou de nome, conforme o depoimento de
seus contemporâneos (reciclagem encamatória projetiva). Eis alguns trechos do relato de Plutarco (Páginas
6
164-172, Société D’Édition “Les Belles Lettres”, 1974):
(TEXTO ORIGINAL EM GREGO OMITIDO NA DIGITALIZAÇÃO)
Eis, portanto, a narração que fiz: Thespesios de Soles, amigo íntimo de
Protógenes, que conosco aqui conviveu, passou a primeira parte de sua vida em plena
dissipação e, em conseqüência, perdeu rapidamente seus bens. Posteriormente, a
necessidade o levou ao vício; na busca, entretanto, daquela riqueza que ele lamentou
perder, passou a se comportar como esses devassos que, ao invés de cuidar das
mulheres que têm, as abandonam e depois tentam corrompê-las a fim de as
repreender, fraudulentamente, quando já tiverem elas contraído novas uniões. Em
breve, ele não recua diante de nenhum ato desonroso, desde que tal ato lhe
proporcione prazer e ganho, de forma que consegue uma fortuna, aliás, medíocre, e
uma grande e rápida reputação de desonesto. Mas o que lhe causou maior dano foi o
oráculo dado por Amphiloco: ele havia mandado perguntar ao deus se o resto de sua
vida seria melhor; o oráculo respondeu que ele estaria melhor quando estivesse
morto. Na realidade, em certo sentido, foi desta forma que as coisas ocorreram.
Levando um tombo, de uma certa altura, ele cai sobre a nuca e apesar de não se ferir,
em estado de choque, passa por morto. Assim é que três dias mais tarde, no exato
momento em que ia ser sepultado volta ele à vida. Rapidamente, reanimado e
restabelecido, realiza uma mudança inacreditável no seu modo de vida; de fato, os
Silicianos não conheceram entre seus contemporâneos homem mais escrupuloso nos
seus compromissos, mais piedoso com relação à divindade, mais importuno para seus
inimigos, mais seguro para seus amigos. Mudou de tal forma, que aqueles que o
conheciam, queriam saber a razão desta conversão, pois, se dizia, uma transformação
tão radical de caráter não poderia ser obra do acaso. E, realmente, era verdade,
como ele mesmo contou a Protógenes e a outros amigos igualmente dignos de fé.
Desde que sua alma pensante saiu de seu corpo, sua primeira impressão foi
semelhante àquela de um mergulhador projetado para fora de seu barco no abismo;
vejamos, então, o efeito desta mudança. Emergindo um pouco, parecia-lhe que todo o
seu ser respirava livremente, e que ele enxergava em todas as direções de uma só vez,
estando sua alma aberta como um olho único.” “Na maior parte, estas almas lhe
eram desconhecidas; entretanto, ele vê duas ou três de seu conhecimento, e se esforça
para aproximar-se e lhes falar; porém elas não o compreendem, pois estavam fora de
si, não se pertenciam, enlouquecidas, tomadas de pânico, e fugiam de toda a vista e de
todo o contato.” “Neste meio, ele reconhece a alma de um primo; ou melhor, ele não
estava bem seguro, porque este primo havia morrido quando ele ainda era criança;
mas a alma aproximando-se disse: ‘Bom dia, Thespesios’. Ele espantou-se, disse que
não se chamava Thespesios, mas Arisdeu. ‘Sim, antes, respondeu o outro, porém de
agora em diante tu és Thespesios. Na verdade, tu não estás morto, vieste até aqui por
um decreto dos deuses, com a parte pensante de tua alma; tu deixaste o resto no teu
corpo, como uma âncora. Saiba, através destes signos como te conduzires agora e
mais tarde: as almas dos mortos não projetam sombra e seus olhos não piscam”. “Em
tudo, Thespesios havia sido um simples espectador, porém, como poderia retomar, um
grande medo apoderou-se dele; uma mulher enorme e de uma beleza maravilhosa o
segurou e disse: “Venho aqui, para melhor gravar em ti cada uma de tuas
lembranças”. Ela aproximou-se com uma pequena vara avermelhada ao fogo, como
aquelas que usam os pintores. Mas uma outra mulher sobrevindo a impediu. E ele, de
súbito como aspirado por um sopro violento e irresistível de um sifao, retorna a seu
corpo e abre os olhos quase abraçando o seu túmulo.
Curma. Um senador da Numídia, Norte da África (Argélia hoje), de nome Curma, no quinto
século depois de Cristo, segundo relatou Agostinho de Tagaste (354-430), permaneceu em estado de coma
7
por vários dias e, quando despertou, revelou ter vivido conscientemente fora do seu corpo humano.
Projecionista. Nos tempos antigos, os projetores conscientes humanos, ou aqueles em quem foi
aberta a vista da consciência desprendida do corpo humano, foram chamados videntes e, mais tarde,
profetas (Samuel, IX:9). Em tempos mais recentes, os mitos, as mitologias, as cosmologias tradicionais, as
práticas místicas, as crendices, as sagas e as lendas folclóricas de muitos povos vêm apresentando
vocábulos próprios para caracterizar de um modo ou de outro, bem ou mal, a condição e a personalidade
do agora moderno projetor consciente, ou projecionista (V. cap. 365), como, por exemplo, estas dezesseis
expressões: atai (melanésios); delog (tibetanos); doppelgünger (alemães); doshi (povo Ba-huana da tribo
Bantu); dovidja (indus); homo duplex (Honoré de Balzac); iruntarinia (povo Ngtatara da Austrália); kelah
(Karens da Birmânia); mora (eslavos); mzimu (tribos do Lago Niasa, África); navujieip (Wild River
Shoshone de Wyoming); ort (Sirianianos, povo finlandês da Rússia Oriental); sundsun (buryats
mongólicos da Sibéria); tamhasg (escoceses); vardôger (noruegueses); wairua (maoris da Nova Zelândia).
_____________________________
Bibliografia: Almeida (15, p. 291), Balzac (71, p. 71 ), Black (137, p. 26), Bozzano (191, p. 132),
Crookall (338, p. 145; 340, p. XI), Currie (354, p. 78), Delanne (381, p. 22), Durville (436,p. 41), Eliade
(475, p. 117), Frost (560, p. 31), Greenhouse (636, p. 13), Guilmot (661, p. 57), King (846, p. 107), Knight
(851, p. 273), Martin (1002, p. 34), Mitchell (1059, p. 37), Muldoon (1105, p. 45), Platão (1261, p. 487),
Plutarco (1264, p. 39), Prieur (1289, p. 93), Sculthorp (1531, p. 133), Vieira (1762, p. 217), Walker (1781,
p. 1).
03. PERÍODOS DA PROJECIOLOGIA
História. A história da Projeciologia pode ser dividida em quatro períodos distintos: o período
antigo, o período esotérico, o período exotérico e o período laboratorial.
2.1. Antigo. O primeiro período, antigo ou empírico, inicia-se com a própria humanidade e
termina no fim do Século XIV. Abrange as projeções conscienciais lúcidas espontâneas e provocadas,
registradas na mitologia das sociedades primitivas, permanecendo ainda no folclore de muitas nações, até
as múltiplas iniciações, em templos diversos, desde as religiões tribais de todas as civilizações terrestres.
Iniciação. Nesta fase as projeções conscienciais lúcidas se escondiam sob a denominação genérica
de iniciação, permanecendo energicamente restritas ao recesso dos templos, em todas as religiões — tanto
as simples, primitivas, quanto as desenvolvidas, ainda atuais — envolvidas, em seus processos, a
profundas conotações místicas, em parte como recurso até de sobrevivência de seus próceres.
Perseguições. Neste período, naturalmente, quem produzia a experiência da projeção consciencial lúcida, em muitos casos, sofria a pressão do fanatismo vigente, sendo rotulado de demente ou
acusado de feitiçaria. Os atos parapsíquicos em geral, classificados como práticas espúrias, eram rotineira
e severamente condenados, conforme se constata nestas cinco passagens do próprio texto da Bíblia: as
feiticeiras e os magos deviam ser executados (Êxodo, XXII :18); os exercícios das faculdades paranormais
eram taxativamente proibidos (Levítico, XIX :26); os animistas e os médiuns militantes foram execrados e
desterrados (Deuteronômio, XVIII:10); os profetas e os pressagiadores eram sumariamente expulsos dos
lugares onde apareciam (II Reis, XXI:6); e os livros sobre a magia, o animismo, e o mediunismo, foram
exemplarmente queimados, às vistas do público, em autos-de-fé (Atos, XIX :19).
2.2. Esotérico. O segundo período, esotérico ou pré-científico, vai desde o Século XV até o
Século XIX. Esotérico, como se sabe, é tudo o que exige, para ser compreendido, uma iniciação limitada a
um reduzido círculo de pessoas. Nesta fase a projeção consciencial lúcida foi caracterizada pelo aspecto
prejudicial de forte sonegação de informações adequadas, a seu respeito, perante o público em geral. Presa
à ignorância sobre as condutas eficazes para a produção do fenômeno projetivo voluntariamente, foi
encoberta sempre sob espessa cortina de fumaça, sendo mantida como instrumento de dominação política,
8
através do fascínio místico das massas pelo espírito medieval obscurantista, reflexo de séculos — ou
talvez seria mais correto escrever milênios — anteriores.
Bruxas. O tema das projeções conscientes era mantido escondido, criminosamente vedado ao
grande público, — o povão, — circulando apenas por estreitíssimos corredores de informação. Sob a ação
de poderosíssimas legiões reacionárias, surgiram nesta fase, como nunca, perseguições implacáveis aos
sensitivos e projetores, a caça generalizada às bruxas, notadamente em toda a Europa, e o predomínio de
crendices, dogmas, preconceitos, superstições, tabus, e tradições errôneas.
Encobrimento. Os métodos empregados para se projetar conscientemente através dos séculos e
das gerações sucessivas neste período esotérico, foram mantidos interditados ao escrutínio do grande
público, seguindo uma política ortodoxa, monopolizadora, segregacionista e de casta. Tal política, calcada
na censura, na sonegação de informações, e no encobrimento intencional dos fatos, permitia que se
abafasse a verdade, proibindo os adeptos e iniciados de falar em público sobre suas experiências
projetivas, e estes jamais diziam nem registravam tudo o que experimentavam e sabiam a respeito dos
fenômenos parapsíquicos.
Remanescentes. Observa-se, ainda hoje, remanescentes do encobrimento dos fatos nas técnicas de
indução da projeção consciente emanadas dos iogues tibetanos onde sobressai a clara intenção de
desencorajar o interesse dos estranhos pelo assunto. Isso torna-se patente pela inescondí- vel adulteração
de preceitos e a criação de cortinas de fumaça lançadas através de terminologia confusa, rituais abstrusos,
métodos rebuscados, e práticas ridículas.
Ocultismo. Até àquela época, os ensinamentos sobre as projeções conscientes ficavam na sombra,
de posse apenas dos fervorosos adeptos do esoterismo, ou ocultismo, nas sociedades herméticas, fechadas
em tomo de seus membros, que sempre tiveram repugnância em fazer proselitismo e divulgar os seus
conhecimentos. Partiam eles do princípio aparentemente lógico de que toda sua doutrina deveria manter-se
deliberadamente escondida, secreta, pois ao ser revelada, obviamente, deixaria de ser oculta. Na verdade, a
revelação eliminaria a repressão na sociedade e o espírito segregacionista que mantinham coesos os
iniciados em tomo dos mesmos princípios.
Tempo. Contudo, o tempo seguiu à frente, até que chegou a ocasião em que tais razões segregacionistas não mais subsistiram, terminando o boicote ao aspecto nitidamente esotérico das práticas
projetivas, prevalecendo a racionalidade, o espírito de fraternidade, e a liberdade de manifestação. As
experiências da projeção consciente vieram então trazer esclarecimento, conforto, e a certeza das
realidades paranormais ou extrafísicas para muita gente.
Hagiografia. Depois que os projetores conscientes foram ridicularizados, perseguidos, aprisionados,
castigados, cremados e canonizados, - nesta ordem, - a projeção consciente pouco a pouco foi saindo de
suas caracterizações como se fosse mera manifestação grosseira de bruxaria. Por certo tempo, o fenômeno
foi incluído entre as visões místicas dos devotos e teólogos, e dentro dos quadros, biografias e narrativas
da hagiografia.
Marcas. Excluídos os casos de bilocação consciencial arrolados entre os fenômenos da hagiografia
através dos tempos, merecem registro, no Século XVIII, dois projetores que marcaram a história da
Projeciologia: primeiro, o ministro americano, quaker, Thomas Say (1709-1796), que deixou relatado, em
detalhes, uma projeção consciente produzida quando estava em estado de coma, em 1126.
Precursor. A segunda marca na história da Projeciologia no Século XVIII, devemos ao mósoco,
teólogo, e vidente sueco, Emanuel Swedenborg (1688-1772) - o Precursor da Projeciologia - o maior
projetor consciente que surgiu até aquela época, pioneiro das mensagens dos espíritos, seres
desencarnados, ou amparadores. Este autor deixou numerosos volumes com relatos de suas experiências,
notadamente os "Diarii Spiritualis", nos quais narra muitas de suas projeções conscientes, iniciadas em
1745 e que se estenderam em séries contínuas até 1765, com elevadas expressões da vida dupla da
consciência encarnada entre os planos conscienciais.
Profeta. O genial escritor francês, Honoré de Balzac (1799-1850) - o Profeta da Projeciologia anunciou claramente, de modo incontrovertível, o surgimento da nova ciência, antes mesmo do advento do
Espiritismo, da Metapsíquica, da Parapsicologia e da Psícotrônícario ano de 1832. Em 1982, comemorei,
privativamente, o sesquicentenário dessa profecia. Balzac colocou na boca do personagem Louis Lambert,
da novela psicológica, autobiográfica, com o mesmo título, estas perguntas e afirmações:
(texto em francês omitido na digitalização)
"Se eu estava aqui enquanto dormia na minha alcova, este fato não constitui uma separação completa
entre o meu corpo e meu ser interior?" "Ora, se meu espírito e meu corpo puderam separar-se durante o
9
sono, por que não poderei eu divorciá-los igualmente durante a vigília?" "Estes fatos se verificaram pelo
poder de uma faculdade que põe em movimento um segundo ser ao qual meu corpo serve de invólucro."
"Se, durante a noite ... na mais absoluta imobilidade atravessei os espaços, então os homens terão
faculdades internas, independentes das leis físicas exteriores." "Por que terão os homens refletido tão
pouco até agora sobre os acidentes do sono que acusam neles uma dupla vida? Não haverá uma nova
ciência neste fenômeno?" (Páginas 71 e 72, Éditions Gallimard, 1980. Grifei algumas expressões).
Como se lê no texto desse volume, à separação completa dá-se o nome de descoincidência dos
veículos de manifestação da consciência; a tal faculdade está sendo chamada pela expressão
projetabilidade; o segundo ser, no caso, é o psicossoma; e a nova ciência foi denominada Projeciologia.
Como se observa, tudo aconteceu segundo os fatos naturais, de modo exato e racional, conforme a
previsão.
Espiritismo. Por fim, a experiência da projeção consciente se firmou como o prodígio da "bilocação
física" ou da "bicorporeidade", nos estudos da "emancipação da alma", expressões estas empregadas
freqüentemente por autores do Século XIX, inclusive pelo codificador do Espiritismo, na França, Allan
Kardec (1804-1869).
03.03. Exotérico. O terceiro período, exotérico, ou inicial-científico, estende-se desde 1905 com as
projeções conscientes, constatadas publicamente, de Vincent Newton Turvey (1873- 1912), na Inglaterra;
passando pelas clarinadas, originais, de alerta, de Prescott F. Hall,em 1916, nos Estados Unidos da
América; a publicação da experiência de Hugh Callaway (1886-1949), sob o pseudônimo de Oliver Fox,
novamente na Inglaterra, em 1920; Johannes E. Hohlemberg, dinamarquês, que comunicou seus
experimentos projetivos pessoais ao Primeiro Congresso Internacional de Pesquisas Psíquicas, em
Copenhague, Dinamarca, em 1921, e até hoje, em geral, esquecido; Sylvan Joseph Muldoon (1903-1971),
a começar de 1929, nos Estados Unidos da América; e um livro de Marcel Louis Fohan (''Yram"), na
França, até os trabalhos minuciosos de Robert Crookall, em 1960, na Inglaterra. Caracterizou-se pela
abertura, ou exoterismo, do relativo conhecimento do fenômeno da projeção consciente ao grande público,
desmitificando e desmístifícando o assunto já bem caracterizado, a esse tempo, pela expressão projeção
astral.
Metapsíquica. Esta fase foi o início das projeções induzidas pelo magnetismo animal produzidas
pelos pesquisadores da escola francesa de Paris, Hector Durville (1848-1923) e Charles Lancelin (1852-?),
e a popularização ou democratização da projeção consciente através das experiências individuais, melhor
recebidas pelas mentalidades abertas, é relatadas em dezenas de obras de profunda significação e
autenticidade. Aqui terminou a Metapsíquica e teve início a Parapsicologia, a partir do Congresso de
Utrecht, Holanda,em 1953.
03.04. Laboratorial. Finalmente, o quarto e último período seria o contemporâneo, iniciado por
Charles Theodore Tart (1937-), em 1966, nos Estados Unidos da América, quando este pesquisador
realizou a primeira tentativa de retirar a projeção consciente do âmbito restrito dos experimentos
individuais para o recesso do laboratório, efetuando experiências com a jovem projetora, até hoje
desconhecida do público, Miss Z (V. cap. 446). Este período se estende até à época atual.
OBE. Nesta fase, a projeção astral foi recunhada eufemisticarnente como OBE (Out-of-the-body
experience), experiência fora do corpo humano, ou projeção da consciência para fora do corpo físico,
denominação menos romântica, utilizada hoje por muitos parapsicólogos e introduzida nos laboratórios
sofisticados do mundo científico pela Parapsicologia. Ocorre, em conseqüência, a intensificação das
pesquisas estatísticas de opinião pública sobre o assunto e fenômenos correlatos, o uso de instrumentação
laboratorial mais sofisticada, desde mapas, gráficos e tabelas, passando pelos medidores de reações
epidérmicas (BSR e GSRs), o eletroencefalógrafo (EEG), eletrocardiógrafo (ECG), eletro-opticógrafo
(EOG), o fotopletismógrafo digital, e polígrafos diversos, até chegar aos intercomunicadores, cassetes e
vídeo-cassetes atuais.
Perspectivas. A exatidão deste esquema é discutível. Conforme as áreas geográficas, costumes, usos
e níveis culturais, os períodos antigo, esotérico, e exotérico continuam a existir e têm representantes entre
nós. Contudo, o período laboratorial acena com perspectivas realmente otimistas e animadoras para
oferecer à humanidade terrestre esforços novos em direção a uma síntese e maior compreensão dos fatos
estabelecidos pela Projeciologia.
_________________
Bibliografia: Balzac (71, p. 71), Castro (265, p. 7), Crookall (388, p. 3), Fox (544, p. 32),
Greenhouse (636, p. 13), Hammond (674, p. 210), Kardec (824, p. 213), Muldoon (1105, p. 55),
Swedenborg (1639, p. 1), Turvey (1707, p. 14), Vett (1738, p. 379).
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04 - RELAÇÕES DA PROJECIOLOGIA
Campo. Os limites das pesquisas parapsíquicas da Projeciologia não são pronunciados e o seu campo
apresenta forçosamente amplo envolvimento de outras disciplinas. Na verdade, todas as ciências se
cruzam com a Projeciologia em um ou mais pontos particularmente sensíveis. Por outro lado, cientistas de
qualquer campo podem se beneficiar através do descortínio oferecido pelas projeções conscientes porque
algumas das áreas mais enriquecedoras da pesquisa moderna são as que ignoram os limites entre as várias
disciplinas e se revestem de aspectos multidisciplinares ou universalistas.
Ciências. Na análise da fenornenologia das projeções, há de se recorrer, inevitavelmente, a outras
ciências como a Biologia e a Parabiologia, a Medicina, inclusive à Psicobiologia e outras especialidades
médicas tais como a Psiquiatria, e a própria Paramedicina. Quando pesquisa as projeções da consciência
humana e da consciência desencarnada, a Projeciologia atinge o âmago da Pa- rapsicobiofísica. Quando
estuda a projeção animal e a existência dos animais extrafísicos — a parafauna — adentra plenamente o
âmbito da Zoologia. Quando analisa as projeções das plantas em geral, e a existência das plantas
extrafísicas — a paraflora — e as projeções conscientes humanas através do uso das plantas, penetra
decididamente nas áreas da Botânica.
Implicações. Além das ciências citadas, a Projeciologia relaciona-se de modo direto com; a
Antropologia, a Astronomia, a Física, a Psicologia e a Sociologia, referidas nesta seção em capítulos
específicos. As implicações da Projeciologia com a tecnologia e a cultura humana em geral são vastas e
ainda inavaliáveis. Suas possibilidades de estudo e aplicação prática são também imensuráveis (V. cap.
399).
Áreas. Os fenômenos da Projeciologia ainda apresentam estreito relacionamento com outras linhas
do conhecimento humano, áreas tão diversas quanto: a História; a Geografia, incluindo a Cartografia; a
Oceanografia; a Meteorologia; a Geologia; a Espeleologia; a Ecologia; a Ficção Científica; a Arte; a
Música; etc.
Química. A Projeciologia se relaciona com a linguagem universal da Matemática ao expor as
fórmulas de seus enunciados, modelos e teorias, e também com a Química quando analisa as projeções
conscienciais e as drogas (V. cap. 420), etc.
Arqueologia. O campo de pesquisa da Arqueologia já vem sendo explorado com os recursos da
Arqueologia Projetiva, unida à psicometria extrafísica e à retrocognição extrafísica, desde o Século XIX,
existindo hoje impressionantes evidências de sua eficiência neste domínio do conhecimento humano e
obras especializadas sobre o assunto (V. Jeffrey Goodman, Stephan A. Schwartz e Colin Wilson).
Religião. A Projeciologia está pronta e é capaz de oferecer equivalentes científicos para muitos
conceitos religiosos tradicionais, especialmente no que tange aos modos de comunicação cons- ciencial: a
prece e a evocação, que dependem da telepatia, podem ter os seus resultados confirmados pela consciência
projetada do corpo humano, na hora, diretamente no plano extrafísico; a vidência, ou a revelação da
clarividência, pode ser sentida ou vivenciada no local extrafísico, inclusive colônias extrafísicas, pela
consciência projetada; os chamados milagres físicos e as curas prodigiosas, gèrados pela psicocinesia ou
telecinesia, podem ser constatados pelo projetor consciente através da ação direta dos veículos de
manifestação e a atuação da energia consciencial; afora muitos outros conceitos. Por isso, a projeção
consciente vem substituir vantajosamente a crença em geral, a fé cega, e até a fé raciocinada, pelo
conhecimento pessoal, direto, incontro- vertível para a própria consciência, definitivo enfim.
Hagiografia. A Projeciologia tem relação estreita com a Hagiografia, pois existe toda uma
Hagiografia Projetiva quando se pesquisa ás vidas dos chamados homens e mulheres santos, com
evidências de intercorrências de todos os principais fenômenos projeciológicos.
Casuística. O levantamento das ocorrências da projeção consciente, até o presente, constitui o
histórico da Projeciologia. Sua casuística oficial alcança impressionante acervo e envolve a vincu- lação de
dezenas de ramos diversificados das cogitações humanas como se observa na Bibliografia Mundial (V.
cap. 475).
Métodos. Apesar do que ficou escrito, as ciências atuais, modeladas dentro da estrutura do contínuo
espaço-tempo, no qual vivemos no estado da vigília física ordinária, não dispõem de recursos adequados
para estudar, particularmente, as experiências da consciência fora do corpo humano, quando projetada
através do corpo mental isolado, no plano mental. Se o modelo do espaço-tempo é inadequado para
11
explicar tais projeções conscientes, precisamos desenvolver novas concepções da realidade a fim de
explicá-las e para isso será inevitável a criação de novos métodos de investigação científica.
Idiossincráticas. Nesse ponto voltamos à uma imposição nascida dos fatos, se queremos mapear o
universo das experiências projeciológicas: o ideal é que ambos, o pesquisador e o sujeito, produzam pela
impulsão da própria vontade suas experiências projetivas lúcidas — de preferência sem o uso de drogas —
cada qual por si, mailtendo a consciência totalmente aberta às manifestações novas, com o mínimo de
influências emocionais e psicológicas pessoais, de modo a superar o maior número possível de
discrepâncias nas percepções extrafísicas de suas consciências temporariamente livres, quando projetados,
e nas análises de suas vivências fora do corpo humano (V. cap. 241). Essa pesquisa participativa,
pesquisador-pesquisado, afastará, ao máximo, as interpretações idiossincráticas, individualíssimas,
advindas da atuação dos sistemas de valores individuais de cada personalidade e os fenômenos serão
estudados de maneira mais objetiva, nua e cruamente.
______________________
Bibliografia: Amadou (21, p. 23), Ancilli (24, p. 264), Black (137, p. 121), D’arbô (365, p. 32),
Goodman (618, p. 200), Green (632, p. 93), Greene (635, p. 101), Mitchell (1058, p. 41), Pratt (1285, p.
155), Rouhier (1479, p. 5), Schwartz (1527, p. 67), Targ (1651, p. 13), White (1828, p. 218), Wilson
(1856, p. 125), Wolman (1863, p. 929).
05. PROJECIOLOGIA E PARAPSICOLOGIA
Definição. Parapsicologia (Grego: para, fora, ao lado de;psykhé,- alma;/ogos, tratado): ramo da
Psicologia que trata do comportamento que não pode ser explicado ou descrito ainda em termos dos
princípios físicos conhecidos, e que tem papel assegurado e irreversível na evolução do Homem, ou seja, o
transcendente, ale'm da Psicologia.
Sinonímia: biopsicoenergética; biopsíquica; biopsiquismo; ciência transcendente; cosmoso- fia;
espiritismo científico; hiperpsíquica; metapsicologia; metapsíquica; metapsiquismo; paraneuropsicologia; paranormalismo; parapsicobiofísica; parapsicologismo; parapsíquica; parapsiquis- mo;
pesquisa psíquica; psicobioenergética; psicobiofísica; psico-energe'tica; psicotrônica; psiônica.
Subdisciplina. A Projeciologia, ou Parapsicologia Projetiva, deriva da Parapsicologia e existe
como subdisciplina ou subcampo dentro do âmbito desta Ciência, situada especificamenté nos quadros
fenomenológicos da Parapsicologia Humana, no estudo dos fenômenos subjetivos (Psi-Gama).
Descoinddencioiogia. Pode-se dividir a Parapsicologia conforme os fenômenos ditos paranormais puros se produzam a partir, por um lado, da consciência encarnada dentro da condição de coincidência dos seus veículos de manifestação (ou seja, do corpo unificado), e, por outro lado, a partir da
consciência encarnada fora da condição de coincidência (descoincidência) dos seus veículos de
manifestação consciencial. Por aí vê-se que uma parte de todas as ocorrências ditas paranormais puras se
classifica na Coincidenciologia, e a outra parte se insere na Descoincidenciologia, ou seja, na
Projeciologia. Contudo, na prática, os fenômenos se mesclam em suas manifestações, irrompendo tanto de
uma quanto de outra condição, revezando-se e misturando-se incessante e intrincadamente.
Credenciamento. A Parapsicologia foi reconhecida como Ciência, por 165 votos a 30, a 30 de
dezembro de 1969, pela American Association for the Advancement of Science ( A. A. A. S.). Esta
sociedade internacional, fundada em 1957, sediada em New York, agrupa em seu seio cerca de 200
pesquisadores de todos os ramos, radicados em 25 países, e aceitou, oficialmente, como nova divisão sua,
a filiação ou credenciamento da Parapsychological Association (P. A.), prestigiosa associação em que
figuram os mais eminentes parapsicólogos internacionais. Isso equivalia a aceitar a Parapsicologia como
sendo uma subdivisão da Ciência, com os mesmos direitos das outras subdivisões.
Descredenciamento. Contudo, uma década depois do referido credenciamento, em 1979, a mesma
sociedade American Association for the Advancement of Science, reconsiderando a decisão, descredenciou
a Parapsychological Association. Isso veio demonstrar, mais uma vez, os tropeços terra-a-terra que
12
enfrentam todos aqueles que se dedicam às pesquisas parapsíquicas, sempre às voltas com a perseguição
aberta ou velada de outros cientistas bem intencionados, de pessoas físicas mal intencionadas, e de
teimosas entidades extrafísicas enfermas. Não se pode esquecer também que não existe hoje cientista
generalista, ou sábio em todos os campos científicos, como era ainda possível há três séculos, e que a
struggle forlife atinge também oshomens- animais-intelectuais.
Recredenciamento. Apesar dos pesares, as evidências estão aí. A realidade do mundo extra- físico
não muda em razão das nossas questiúnculas materiais. Nada existe que não possa ser pesquisado até a
exaustão. As pesquisas prosseguem. Existem funcionando, atualmente, 129 cursos científicos ou
laboratórios de Parapsicologia espalhados por todo-o Planeta em instituições diversas. Eis algumas:
Faculdades Integradas Augusto Mota, no Rio de Janeiro, curso de'pós-graduação em Parapsicologia;
Universidade de Duke, Durham, Carolina do Norte, U. S. A.; Universidade de Edinburg, Grã-Bretanha;
Universidade de Freiburg, em Breisgau, Alemanha Ocidental; Universidade de Long Island, Greenvale, U.
S. A.; Universidade da Califórnia, Santa Barbara, U. S. A.; Universidade de Utrecht, Holanda; Faculdade
de Ciências Biopsíquicas do Paraná, Curitiba, PR. Aguardemos, pois, o próximo capítulo dessa novela que
será, a meu ver, o recredenciamento inevitável da Parapsicologia, seja neste ou no próximo século e, desta
vez, de modo definitivo.
Resistência. Na intimidade da natureza da consciência encarnada existe uma resistência que se
opõe em modificar a nossa concepção do mundo. Isso ocorre com este autor, com o leitor, com o cientista,
etc. Em geral, as teorias inovadoras somente são aceitas pelas novas gerações; e isso não parece ser devido
tão-somente à arteriosclerose, ou à senilidade, mas a fatores humanos influentes, ponderáveis e, até certo
ponto, compreensíveis, tais como: preconceitos científicos; status social; interesses profissionais;
subserviência ao poder econômico; acomodação pessoal; etc.
Pesquisa. Uma das revistas científicas mais prestigiadas, a New Scieniist, realizou tempos atrás,
por iniciativa exclusiva de um dos seus editores, uma pesquisa para provar que a comunidade científica
rechaçava a existência dos fenômenos parapsicológicos. O resultado foi justamente o contrário. Cerca de
75% dos pesquisados opinaram que estes fenômenos estavam comprovados, ou em vias de comprovação.
E o que é mais surpreendente: 40%dos cientistas pesquisados declararam que aceitavam a realidade dos
fenômenos parapsicológicos por tê-los experimentado pessoalmente.
Interesses. E irônico e lastimável que os mesmos interesses humanos, que cerceam o desenvolvimento das pesquisas parapsíquicas, serão os responsáveis pelo seu desenvolvimento inarredável e
inescapável. Isso tendo em vista objetivos bélicos, razões de espionagem, e franca dominação política das
consciências por parte das superpotências em permanentes confrontações em todas as áreas, as mais
diversificadas, incluindo a chamada guerra psíquica, guerra consciencial, ou guerra psicotrônica, no
campo da tecnologia da consciência (V. cap. 429).
Ciências. Urge frisar novamente que a Projeciologia se relaciona com outras ciências, e em razão
de muitos fatores e aspectos, requer abordagens multidisciplinares ou universalistas.
Crescimento. Com a Projeciologia nota-se que, pela primeira vez, uma linha de pesquisas dentro
da Parapsicologia demonstra necessidade e conveniência de se compor independentemente, a fim de que o
todo da própria Ciência cresça em conjunto.
Análise. Na descrição e análise das ocorrências da Projeciologia, só a Parapsicologia (Psicoenergética, na Rússia Soviética, e Psicotrônica, na Checoslováquia), tem autoridade e competência
técnicas suficientes para aplicações ponderáveis, sendo irrecusável e insubstituível sua participação neste
campo.
___________________
Bibliografia: Amadou (21, p. 404), Ashby (59, p. 144), Beloff (107, p. 149), Berendt (120, p.
120), Black (137,p. 39), Blackmore (139,p. 242), Blasco (151,p. 103), Bret (202,p. ll),Chauvin (275,p.
106), Cohen(290,p. 158), Douglas (409, p. 323), Dragaud (412, p. 53), Faria (495, p. 76), Ferreira (509, p.
49), Gómez (613, p. 135), Herlin (714,p. 177), Heydecker (716, p. 49), Holroyd (737, p. 22), Imbassahy
(778, p. 206), Inardi (786, p. 130), Klein (850, p. 81), Larcher (887, p. 187), Mac Dougall (966, p. 523),
Mc Connell (1019, p. 75), Meek (1028, p. 89), Morei (1086, p. 41), Paixão (1183, p. 106), Paula (1208, p.
60), Pires (1247, p. 21), Randall (1368, p. 184), Russell (1482, p. 57),Saisset (1495, p. 26), Salomon
(1497, p. 140), Still (1622, p. 236), Sudre (1630, p. 348), Targ (1651, p. 156), Tishner (1687, p. 122),
Valério (1725, p. 74), Wolman (1863, p. 790).
13
06 - PROJECIOLOGIA E PSICOLOGIA
Definição. Psicologia (Grego: psykhé, alma; logos, tratado, estudo): ciência dos fenômenos
psíquicos e do comportamento humano.
Sinonímia: ciência da consciência encarnada; ciência da mente; ciência da psique.
Explicação. As relações da Parapsicologia e da Projeciologia com a Psicologia são muito
profundas. Basta lembrar que existem pesquisadores que ainda insistem que o fenômeno da projeção
consciente seja uma experiência puramente psicológica e não um fenômeno parapsicológico, ou, para dizer
a mesma coisa de outra maneira: não requer influências paranormais para a sua explicação, sem no entanto
afastar, no caso, a possibilidade da ocorrência de fenômenos paranormais durante os processos projetivos.
Transpessoal. Hoje existe um ramo da Psicologia, mais especificamente da Psicoterapia, que se
chama Psicologia Transpessoal, especializado no estudo dos estados alterados da consciência, que incluem
as vivências transcendentais, paranormais, e as próprias projeções da consciência(V.cap.33).
Veículos. O reconhecimento da existência de veículos da consciência, ou seja, a habilidade de a
consciência pensar, atuar, e se mover sem o uso de nervos e músculos, para além do corpo humano,
implica forçosamente na colocação dos fenômenos projetivos fora do campo restrito da Psicologia sem
alma. Isso é constatado pelo projetor veterano ou por qualquer um, homem ou mulher, que faça projeções
conscientes em série, sem a interferência negativa, subversiva, de muletas farmacológicas (drogas).
Psicossoma A Psicologia Transpessoal tem relações com a Projeciologia no que diz respeito às
projeções da consciência pelo psicossoma com o duplo etéríco, embora não alcance as projeções
transcendentes da consciência pelo corpo mental que extrapolam o âmbito de suas cogitações e métodos,
pelo caráter altamente subjetivo e pessoal dos experimentos da consciência cósmica.
Autobilocação. Quem aceita a realidade dos fenômenos da bilocação e da autobilocação, por
exemplo, tem de admitir a existência de um segundo corpo, extrafísico, menos denso. Neste caso, as
evidências transcendem o âmbito de manifestações da Psicologia Clássica.
Insólida. Sem dúvida a Projeciologia não pode se constituir numa ciência sólida, devendo ser
considerada, igual à Psicologia, como uma ciência insólida, por que nem todos os conceitos com que lida
já foram satisfatoriamente quantificados.
Consciência. Por um lado compreende-se que o mais brilhante psicólogo, e qualquer outro
pesquisador, de qualquer campo do conhecimento humano, que não experimentou, por si mesmo, a
expansão da consciência pelo veículo de manifestação aqui denominado "corpo mental", não detém
condições para avaliar o fenômeno e apresentar hipóteses viáveis acerca dessa ocorrência totalmente
desconhecida para ele. O mais competente para julgar a fundo a questão será aquele que fez a experiência.
Polissonografia. Por outro lado, a influência psicológica não pode ser desprezada nas técnicas da
projeção consciente (V. cap. 216). Os estudos psicológicos nos atuais laboratórios do sono e do sonho,
através da polissonografia, vêm trazendo importantes subsídios para o esclarecimento dos estados
alterados da consciência, incluindo aqui as projeções da consciência lúcida cuja idéia pode até ser
transmitida por contágio psicológico (V. cap. 422).
Pesquisas. À vista do exposto, a recomendação racional para as pesquisas da Projeciologia, que
transpõem os limites da Psicologia Clássica, atualmente, está em conduzirem juntas, ambas as linhas, a
psicológica e a parapsicológica. É necessário conservar a mente aberta ante os achados, com permanente
interesse nos resultados, venham de onde vierem, e o máximo intercâmbio de idéias e conclusões com
espírito multidisciplinar universalista.
Concepção. O pesquisador que ainda não realizou a grande aventura de se encontrar vivo fora do
corpo humano, com a sua própria personalidade consciente, perceptiva, separada deste corpo humano e
perto dele, não se acha em condições de formar uma concepção clara sobre o valor prático e positivo de
uma evidência constatada e uma opinião fundamentada por sua própria experiência.
Drogas. No entanto, quem faz experiências conscienciais forçadas por drogas apresenta a
tendência evidente de inserir a OBE dentro do âmbito da Psicologia Clássica, humana, comum. Isso vem
gerando muitas idéias errôneas entre os experimentadores, às vezes pessoas de muito boa vontade, boa
intenção, capacidade intelectual e material. Aos experimentadores em geral recomendo procurarem
14
produzir experiências projetivas, contudo não forçadas por drogas, mas espontâneas, geradas pela própria
vontade, dentro de treinamentos especiais, a fim de que possam chegar a conclusões, padrões e paradigmas
corretos quanto aos fenômenos projeciológicos.
Medo. Um ponto de contato estreito entre a Psicologia e a Projeciologia e' a pesquisa do medo,
área que interessa profundamente a ambos os campos, além da Medicina (V. cap. 403).
_____________________
Bibliografia: Blackmore (139, p. 242), Boirac (164, p. 264), Bosc (172,p. 309), Burt (224,p. 50),
Dane (363, p. 249), Donahu« (407, p. 16), Garfield (568, p. 125),Irwin (791,p. 244), Schapiro (1513,p.
259), Tart (1653, p. 153), Wang (1'794, p. 145).
07.PROJECIOLOGIA E BIOLOGIA
Definições. Biologia: Ciência da vida em geral; estudo dos seres vivos em suas relações entre si e
com o meio ambiente.
Sinonímia: ciência da vida.
Parabiologia. A projeção consciente permite ao homem começar a estudar os contornos e
manifestações externas, provenientes do corpo humano, ou seja, os outros veículos de manifestação da
consciência que a Parabiologia, Metabiologia, ou Biologia Transcendental, estudará a fundo num futuro
próximo.
Animais. Em razão de suas relações com os seres vivos, a Projeciologia faculta a possibilidade de
observações e análises inéditas a respeito das percepções extrafísicas e dos veículos extrafísicos de
manifestação dos animais (Zoologia) e dos vegetais em geral (Botânica), além do homem (V. cap. 17) e
formas de vida totalmente desconhecidas aqui na Terra (para-exobiologia), de modo direto, em
determinados ambientes extrafísicos.
Corpos. Os experimentos projetivos demonstram ao projetor consciente que os animais, ditos
inferiores, possuem corpos extrafísicos que emitem luz, apresentam aura e, em certas condições, se
projetam também, em seus substratos imateriais, para fora de seus corpos físicos à semelhança da
consciência humana (V. cap. 408).
_______________________
Bibliografia: Andrade (19, p. 67), Geley (581, p. 270), Greene (635, p. 100), Russell (1482, p.
112), Steiger (1601, p. 209), Watson (1801, p. 305).
08.PROJECIOLOGIA E MEDICINA
Definição. Medicina: arte ou Ciência de curar ou atenuar as doenças.
Sinonímia: ciência de curar; ciência médica; cirurgia médica (área); clínica médica (área).
Fisiologia. A Projeciologia, através dos experimentos da projeção da consciência encarnada
projetada pelo psicossoma, mais cedo ou mais tarde, alterará de maneira radical: os pilares em que se
assentam a Medicina, em especial a anamnese clínica; a Fisiologia, quando poderá completar os
conhecimentos existentes sobre a fisiologia do encéfalo, por exemplo; a Terapêutica em geral; e a
Psiquiatria, em particular, além de outros setores clássicos.
Coincidência. O conhecimento da Projeciologia pode ampliar os campos da Medicina, especialmente da Psiquiatria, ou mais apropriadamente, da Metapsiquiatria. Ao invés de tratar o paciente
simplesmente como organismo físico, ele poderá ser abordado como entidade completa, no estado da
coincidência dos veículos de manifestação da consciência (corpo unificado) através da para-anatomia, da
15
parafisiologia, e da parapsicopatologia desses veículos.
Energias. O aprofundamento quanto às realidades da bioenergia, da aura humana, dos cha- cras,
dos pontos energéticos da Acupuntura, da absorção e da exteriorização de energias conscien- dais, será de
imensa valia no entendimento maior dos distúrbios físicos e mentais que afetam a personalidade humana.
Projetiva. Do mesmo modo que existem a Medicina Interna, Nuclear, Alopática, Homeopática,
Legal, Aeroespacial, e outras, deixo aqui registrado, desde já, o lançamento àaMedicina Projetiva que
estuda a causa das doenças através das projeções conscientes, e que, hoje ou no futuro, inevitavelmente,
será utilizada pelos colegas médicos.
Publicações. Como resultado das pesquisas bibliográficas, na bibliografia, específica deste capítulo o leitor encontra incluídos vinte artigos técnicos sobre temas da Projeciologia, editados através de
nove conhecidas publicações periódicas, médicas, especializadas, diferentes, entre 1934e 1982, a saber:
American Journal ofPsychiatry; American Medicai Association Archives ofNeurology and Psychiatry;
Archives General of Psychiatry; British Journal of Medicai Psychology; The Edinburg Medicai Journal;
The Journal ofNervous and Mental Disease; The Journal of the American Medicai Association; New
England Journal of Medicine; e Psychiatry Journal for the Study of Interperso- nal Process. Este fato, só
por si, comprova as estreitas relações existentes entre as pesquisas da moderna Medicina e as pesquisas da
Projeciologia.
Técnicas. Já fazem parte da Medicina Projetiva as três técnicas mais adiante descritas neste livro: a
anamnese extrafísica (V. cap. 229); o diagnóstico projetivo (V. cap. 200);e a terapêutica projetiva ou
Psicoterapia (V.cap 201)
Para. Como se verá pelo contexto deste livro, a Projeciologia já deu os primeiros passos nos
campos inexplorados da Para-anatomia, da Parafisiologia, e da Parapsicopatologia do ser humano (V. cap.
91 e seguintes). Muito ainda falta a fazer quanto à Para-embriologia do psicossoma; à Para-histologia do
ectoplasma; à relação da Genética e o psicossoma; etc.
Ocorrências. Afora outras — inclusive algumas já referidas — eis onze relações diretas, indescartáveis, da Projeciologia com especialidades diversas da Medicina, praticamente impostas pelas
ocorrências parafisiológicas das experiências de projeções conscientes humanas de natureza variada:
8.1
8.2
8.3
8.4
8.5
8.6
8.7
8.8
8.9
8.10
8.11
Doenças em geral (V. cap. 414): Clínica Médica.
Dores físicas (V. cap. 412): Clínica Médica.
Anestesia e cirurgia (V. cap. 416): Clínica Cirúrgica.
Estado de animação suspensa (V. cap. 48): Clínica Cirúrgica.
Experiências da quase-morte (V. cap. 32): Clínica Cirúrgica.
Paracirurgias (V. cap. 417): Clínica Cirúrgica.
Coração e freqüência cardíaca (V. cap. 413): Cardiologia.
Drogas (V. cap. 420): Farmacologia.
Parto (V. cap. 409): Obstetrícia.
Hemiplégicos (V. cap. 419): Traumatologia.
Pessoas Mutiladas (V. cap. 418): Traumatologia.
Campo. É fácil observar que a projeção consciente abre um campo de exploração científica
inteiramente novo, tão vasto e complexo quanto o mundo das ciências biomédicas ou aquele que pesquisa
a vida objetiva da consciência humana no estado da vigília física ordinária.
Projeciatria. A Medicina da projeção consciencial, — quando esta se expressa como estado
xenofrênico conseqüência de seu atributo, ainda humano, a projetabilidade, — recebe o nome de
projeciatria.
___________________
Bibliografia: Blacher (136, p. 229), Cervino (271, p. 59), Coleman (291, p. 254), Ehrenwald (471,
p. 15 1), Fodoi (526, p. 66), Gabbard (564, p. 374), Geddes (578, p. 365), Greene (635, p. 100), Grey son
(643, p. 188), Heine (706, p. 263), Irwin (791, p. 244), Laubscher (890, p. 27), Lief (925, p. 171), Lippman
(934, p. 345), Ludwig (956, p. 225), Lukianowicz (957, p. 199), Me Harg (1021, p. 48), Mello (1032, p.
34), Mendes (1033, p. 31),Neppe (1123, p. 1), Noyes Jr. (1141, p. 19; 1142, p. 174), Paim (1182, p. 226),
16
Ring (1404, p. 273; 1406, p. 27), Sabom (1486, p. 15; 1487, p. 1071; 1488,p. 29),Schnaper (1519, p. 268),
Schul (1522, p. 216), Souza (1584, p. 11), Steiger (1601, p. 209), Stevenson (1619, p. 152;1621, p. 265),
Todd (1689, p. 47), Twemlow (1710, p. 450), Vieira (1762, p. 110), West (1824, p. 274).
09. PROJECIOLOGIA E ANTROPOLOGIA
Definição. Antropologia: ciência natural que tem por objeto o estudo e a classificação dos
caracteres físicos e culturais dos grupos humanos
Sinonímia: antropologismo; antropometria.
Veículos. A projeção consciente quando estuda, identifica e busca aplicar os diversos veículos de
manifestação da consciência, através da paranormalidade, cria profundas implicações para a Antropologia.
Termos. Constata-se também facilmente a relação íntima da Projeciologia com a Antropologia até
através dos termos usados. Os indivíduos que apresentam vários tipos de habilidades para- normais são
chamados na literatura científica parapsicológica de: sensitivos, paranormais, sujeitos, médiuns,
clarividentes, e projecionistas. Na literatura antropológica esses mesmos indivíduos são designados por:
magos, feiticeiros, fazedores de chuva, adivinhadores proféticos, videntes, e xamãs.
Ocorrências. Afora outras, seguem-se seis relações diretas da Projeciologia com diversos campos
de pesquisa da Antropologia, praticamente impostas pelas ocorrências projeciológicas de natureza variada:
09.1.
09.2.
09.3.
09.4.
09.5.
09.6.
Autobiografias de projetores (V. cap. 365).
Congressus subtilis (V. cap. 260).
Drogas expansoras da consciência (V. cap. 420).
Possessões e influências exteriores por entidades inteligentes (V. cap. 282).
Transes diversos (V. cap. 48).
Tribos primitivas que produzem projeções conscientes.
Pesquisas. Dean Shiels, em 1978, comparou as crenças de sessenta culturas diferentes através das
referências dos Arquivos da Área de Relações Humanas, mantidos pelas pesquisas antropológicas e
contendo informações organizadas em tópicos, codificadas e conservadas em microfilmes. De cada cultura
ele extraiu alguma informação relativa à habilidade do duplo, ou alma, de viajar sem o corpo humano. Das
cinqüenta e quatro culturas das quais foram relatadas alguma informação dessa natureza, vinte e cinco (ou
46%) afirmavam que a maioria ou todo o povo poderia viajar desse modo sob certas condições. Outras
vinte e três (ou 43%) afirmavam que alguns de seus membros eram capazes de fazê-lo, e somente três
culturas não afirmavam ter crença em qualquer coisa dessa natureza. Por aí se conclui que a crença sobre
as projeções da consciência para fora do corpo humano é muito comum.
Projetiva. Assim como existe a Antropologia Física e a Antropologia Cultural, ou Social, ramo da
Sociologia, deixo aqui registrado o lançamento da Antropologia Projetiva, subcampo que estuda os
caracteres físicos dos grupos humanos através das projeções conscientes e que, hoje ou no futuro,
inevitavelmente, será área de pesquisa dos antropólogos.
Antropomaximologia. Surgiu recentemente uma nova subdisciplina da Antropologia, a
Antropomaximologia, definida como sendo “a Antropologia voltada para a avaliação dos máximos
potenciais humanos e das conseqüencias dos máximos resultados possíveis com relação ao homem e à
mulher”. Esta subdisciplina tem permitido muito mais progresso nos recordes do atletismo.
Relação. Partindo do princípio de que o projetor consciente é um atleta transcendente, a
Projeciologia tem relação direta com a Antropomaximologia, pois o desenvolvimento do projetor depende
da melhoria do seu desempenho físico-extrafísico, através do aperfeiçoamento geral das condições físicas
e psíquicas, da evolução das técnicas e práticas parapsíquicas, e da valorização dos veículos de
manifestação da sua consciência, a fim de serem alcançados novos recordes extra- físicos. Pode-se mesmo
falar na “para-antropomaximologia”.
________________________
Bibliografia: Alverga (18, p. 138), Angoff (40, p. 241), Blackmore (139, p. 72), Bourguignon
(181, p. 12), Bozzano (191, p. 125), Castaneda (255, p. 121), De Mille (386, p. 85), Dubant (419, p. 76),
17
Eliade (475, p. 117), Fontaine (533, p. 71), Hoffman (733, p. 5), Lamont (874, p. 109), Lewis (923, p. 53),
Long (946, p. 33), Me In tosh (1022, p. 460), Neihardt (1121, p. 204), Oesterreich (1145, p. 5), Sangirardi
Jr. (1503, p. 181), Shiels (1547, p. 697), Tart (1653, p. 161) Wheeler (1826, p. 118), Wolman (1863, p.
667).
10. PROJECIOLOGIA E SOCIOLOGIA
Definição. Sociologia: estudo objetivo das relações que se estabelecem, consciente ou inconscientemente, entre pessoas que vivem numa comunidade ou num grupo social, ou entre grupos sociais
diferentes que vivem no seio de uma sociedade mais ampla.
Sinonímia: ciência do comportamento coletivo; ciência dos fenômenos sociais; estudo das interrelações humanas; estudos sociais; teoria da vida humana em grupo.
Áreas. As relações diretas dos fenômenos das projeções conscientes com a Sociologia, seja
culturalista ou estruturalista, ocorrem em várias áreas, por exemplo: na pesquisa histórica daProjeciologia (V. cap. 02); no âmbito das instituições totais restritivas (V. cap. 425); nos campos de estudos
avançados dos sociólogos; no estudo dos contágios imitativos (V. cap. 422); etc.
Renovação. As Ciências se inter-relacionam profundamente. Num confronto fundamental, a
Sociologia do Imaginário - através de personalidades abertas, de formação muito libertária - está aplicando
o mesmo caminho da pesquisa inicial da Projeciologia, ou seja, justamente estudando aspectos da vida que
se situam fora da racionalidade ou que comportam outra lógica. Tanto na Sociologia quanto na
Projeciologia, isso somente é alcançado descobrindo fenômenos e trabalhando em suas explicações de
modo livre, sem ficar preso às regras científicas preestabelecidas, tradicionais, ultrapassando, enfim, as
barreiras do que pode ser contabilizado e enquadrado nos conceitos ortodoxos. Embora muitos sociólogos
não acreditem em macromudanças — nem muito menos os projetores conscientes veteranos, ante o sábio
controle extrafísico de tudo o que está aí — este posicionamento é exatamente igual à diretriz renovadora
do contexto expresso na panorâmica projeciológica deste livro.
Projetiva. Assim como existem a Sociologia Econômica e a Sociologia Vegetal, ale'm de várias
especialidades tais como Sociologia da Família, Política, Urbana, Rural, Industrial, Demográfica, e da
Educação, deixo aqui registrado o lançamento da Sociologia Projetiva que estuda as relações entre pessoas
num grupo social, e entre grupos sociais com a sociedade extrafísica mais ampla, através das projeções
conscientes e que, hoje ou no futuro, inevitavelmente, será objeto de estudo dos sociólogos.
______________________
Bibliografia: Castaneda (255, p. 170), Lewis (923, p. 17).
11.PROJECIOLOGIA E FÍSICA
Definição. Física: ramo da ciência que estuda as leis e os processos naturais, os estados e as
propriedades da matéria e da energia.
Sinonímia: ciência da matéria; ciência da Natureza.
Universo. A projeção da consciência tem relações inseparáveis com a Física, principalmente com
os atuais campos de pesquisa, estritamente energéticos, imateriais e interativos, como a teoria de campos,
tentativa de unificação do eletromagnetismo, gravitação e interação entre partículas elementares. A Física
Moderna desenvolveu-se baseando-se em muitos conceitos que até hoje não foram confirmados por algo
mais estável e objetivo do que conjeturas. Na prática, torna-se quase impossível diferenciar os axiomas da
Física Moderna daqueles próprios das filosofias mais antigas.
Interação. Tendo em vista que: as implicações da consciência com a energia já foram estabelecidas; que o espaço-tempo tem existência física complementar, e em diferentes referenciais o tempo flui
de maneira diferente; que o ato de observar ou tentar medir interfere intrinsecamente nas medidas do
18
mundo atômico, estabelecendo com isto a pedra fundamental da mecânica quântica; que a consciência se
interconecta, de modo íntimo, com todos os distritos vitais existentes, afetando o universo, inclusive de
modo relativo ao passado, presente e futuro, seja como ponto invisível ou mundo de vitalidade fecundante,
surge a necessidade da vinculação da Física com a Para- física, interconectada à projeção consciente, uma
como instrumento da outra, num sentido complementar de interação.
Parafísica. Ocorre, assim, a emergência hoje de uma nova ciência natural, aParafísica, através do
casamento de sofisticada metodologia de pesquisa, instrumentos, novas conceituações mais amplas e uma
visão expansiva da natureza do homem, dedicada ao estudo da física dos processos paranormais,
incluindo, aqui, a Prqjeciologia.
Moléculas. Na verdade, através da projeção consciente, o físico pode sair fora do corpo humano,
reduzir a sua consciência a uma molécula, entrar dentro de um objeto e examinar, de fato, diretamente, as
moléculas e os átomos que o compõem, conforme se observa nas projeções pelo corpo mental (V. cap.
190).
Mental. A projeção consciente da consciência encarnada, atrave's do corpo mental, será o
instrumento de trabalho mais acurado da Física futuramente.
Projetiva. Do mesmo modo que existem a Física dos Sólidos, de Fluidos, de Plasmas, Molecular,
Quântica, Estatística, Matemática, Relativista, Atômica, Nuclear, das Partículas Elementares, de Campos,
a Tribologia, ou Física da Fricção, e ainda a Física que se dedica à Cosmologia e Gravitação, a Astrofísica,
todas separadas dentro da pesquisa teórica, experimental, e aplicada, deixo aqui registrado o lançamento
da Física Projetiva, ou Parafísica Projetiva, que estuda os estados e as propriedades da matéria e da energia
através das projeções conscientes e que, hoje ou no futuro, inevitavelmente, será campo de pesquisa dos
parafísicos.
_______________________
Bibliografia: Bentov (119, p. 3), Greene (635, p. 101), Greenhouse (639, p. 335), Grosso (650, p.
187), Meek (1030, p. 109), Mishlove (1055, p. 279), Mitchell (1058, p. 426), Schul (1524, p. 41), Talbot
(1642, p. 162), Toben (1688, p. 63), White (1829, p. 297), Wolman (1863, p. 749).
12. PROJECIOLOGIA E ASTRONOMIA
Definição. Astronomia: ciência que estuda a posição, os movimentos e a constituição dos corpos
celestes.
Sinonímia: ciência dos astros; uranognosia.
Diretas. Pela Projeciologia, o astrônomo, ao invés de se fiar tão-somente num instrumento óptico,
o telescópio, e na radioastronomia, pode de fato enviar a sua própria consciência para fora do corpo
humano, através do espaço, a fim de observar e pesquisar as coisas em primeira mão, diretamente, sem
intermediários humanos e físicos.
Galáxias. O astrônomo, pela projeção consciente através do corpo mental, no plano mental, pode
ainda viajar para outras galáxias (exoprojeções) situadas muito além do alcance da Astronomia e decifrar
até mesmo os enigmas da vida extraterrestre e diversos outros hoje ainda insolúveis.
Astronáutica. A Astronáutica, ciência e técnica do vôo espacial, derivada da Astronomia, também
pode se beneficiar profundamente com os estudos projeciológicos, tendo em vista as relações entre
astronautas, astronaves, bases espaciais, cientistas, instrumentos, e bases rastreadoras na Terra.
Projetiva. Do mesmo modo que existem a Astronomia Cometária, de Campo, de Posição,
Descritiva, Estelar, Instrumental, Meteórica, Métrica, e Prática, deixo aqui registrado, desde já, o
lançamento da Astronomia Projetiva, ou a Parapsiconáutica, que estuda os corpos celestes através das
projeções conscientes, ou exoprojeções, e que, hoje ou no futuro, inevitavelmente, será utilizada pelos
astrônomos, sem necessidade de qualquer previsão futurológica para se afirmar isso.
Clarividência. A este propósito já foram feitas experiências de visão remota, ou clarividência
viajora (V. cap. 43), com sensitivos explorando consciendahnente dois planetas. Diga-se de passagem: a
projeção consciente é o método mais prático, seguro, e eficiente para as viagens espaciais.
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Similitudes. Ainda quanto à Astronáutica, — onde devem ser incluídas várias ciências aeroespaciais envolvidas tais como: Aerodinâmica, Aerologação, Aerologia, Aeronáutica, Aeronavega- ção,
Aeronomia, Aerostação, Aerostática, Astriônica, Astrofísica, Astronavegação, etc., — merecem registro as
curiosas similitudes existentes entre as ocorrências das projeções da consciência através do psicossoma e
os vôos das aeronaves e astronaves. Basta observar, afora muitas outras, estas dezessete expressões de
algum modo tomadas à terminologia astronáutica pela Projeciologia, para designar, com bastante
adequação, certos aspectos dos fenômenos projeciológicos, e empregadas, algumas com freqüência,
inclusive no decorrer deste livro:
12.1 Acoplamento áurico - acoplamento espacial.
12.2 Alvo mental = plano de vôo.
12.3 Astrossoma (corpo astral) = astro, corpo celeste.
12.4 Autonomia do projetor (duração da projeção consciente) = autonomia de vôo.
12.5 Auxiliar em terra = auxiliar de vôo; pessoal de serviço de pista.
12.6 Base física = base aérea; aeródromo, aeroporto.
12.7 Corpo acompanhante (parte do duplo etérico) = corpo acompanhante (parte de foguete).
12.8 Decolagem do psicossoma = decolagem de aeronave.
12.9 Diário do projetor consciente = diário de avião; diário de vôo.
12.10
Fases da projeção consciente = fases de vôo.
12.11
Grupo volitativo = esquadrilha (de aeronaves).
12.12
Interiorizações consecutivas rápidas = aterragens de emergência.
12.13
Projetor projetado no quarto de dormir = balão cativo.
12.14
Translocação extrafísica imediata = vôo direto ou sem pontos intermediários (ithroughlight).
12.15
Vôo anímico (projeção consciente crosta-a-crosta) = vôo espacial cislunar.
12.16
Vôo extrafísico (volitação) = vôo espacial controlado.
12.17
Vôo sideral (exoprojeção consciente) = vôo espacial translunar.
Energia. Ainda existem muitas outras similitudes. Eis mais quatro: O passe energético transmitido
pelo amparador no projetor projetado é um símile perfeito do abastecimento em vôo efetuado de um aviãocistema para o avião que irá utilizar o combustível. O blecaute consciencial é a mesma perda completa dos
sentidos experimentada por pilotos em curvas apertadas. A entidade desencarnada ou encarnada projetada
que exterioriza energia consciencial restauradora faz lembrar um avião fumigador em ação. A gestante que
se projeta conscientemente, junto com a consciência reencar- nante do feto, lembra o conhecido avião
composto em que ela, a projetora (aerobote), tem a consciência do feto (hidroavião) em seu dorso, este se
desprende depois, do plano extrafísico, prosseguindo sua experiência consciencial.
_________________
Bibliografia: Greene (635, p. 101), Mitchell (1057, p. 28), Mittl (1061, p. 5).
13. DIVISAO DA PROJECIOLOGIA
Segmentos. Conforme os seres que se projetam, a Projeciologia comporta a divisão didática em
quatro segmentos bem definidos, nesta ordem: Projeciologia Hominal, Projeciologia Não-huma- na,
Projeciologia Animal, e Projeciologia Vegetal.
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Campos-. A Projeciologia Hominal, ou humana, abrange o campo das projeções da consciência
encarnada; a Não-humana, ou extra-humana, as projeções da consciência desencarnada; a Animal, as
projeções subinteligentes dos animais; e a Vegetal, as projeções das plantas em geral. Cada um desses
segmentos será analisado, em capítulo específico, nesta seção.
Aspectos. O fato de as projeções abrangerem mais de um reino da Natureza, o hominal, o animal e
o vegetal, e ainda alcançar os seres desencarnados, no plano extrafísico, fala a favor: da diversidade das
suas manifestações; da existência de denominadores comuns naturais nas ocorrências; do aspecto
fisiológico da natureza desses fenômenos; e da necessidade da abordagem ampla, abrangente,
interdisciplinar, universalista, e unificadora na sua análise científica.
Veículos. Os segmentos da Projeciologia serão sobremaneira úteis quando, oportunamente, forem
pesquisados, mais em detalhes, os componentes naturais dos veículos de manifestação do princípio
espiritual, ou consciência, e os elementos fenoménicos que constituem os denominadores comuns, ou
paradigmas principais, conforme as categorias das ocorrências projetivas.
14. PROJEÇÃO CONSCIENTE E A CONSCIÊNCIA HUMANA
Definição. Consciência: atributo do conhecimento interior da própria existência e de suas
modificações, altamente desenvolvido na espécie humana.
Sinonímia: conhecimento de si (autopsique); consciência encarnada; consciência condicionada;
identidade consciente da pessoa; programadora do cérebro.
Propriedades. Vale a definição apresentada, apèsar de, em Psicologia, costumar-se designar pelo
termo consciência tão-somente o aspecto subjetivo e incomunicável da atividade psíquica, que não se pode
conhecer, fora do próprio indivíduo, a não ser as manifestações do comportamento. Aventam-se como
inerentes à consciência pelo menos três propriedades: a continuidade, ou seja, a natureza ininterrupta da
consciência individual, que forma uma cadeia contínua com as vivências atuais unindo-se às do passado; a
mudança constante, ou perpétuo movimento das nossas idéias, representações, sentimentos e tendências
que se desenvolvem, se transformam, se dissolvem, e se reconstituem de modo incessante; e a lei dialética
da contradição, inerente a todos os fenômenos naturais, òu a excitação e a inibição ocorridas
permanentemente dentro do sistema nervoso do corpo físico da consciência humana.
Indestrutibilidade. Um fato, no campo da Parapsicologia, pacifica a criatura desperta e faz pensar:
nenhum objeto ou criação deste mundo humano parece que pode destruir a consciência, nem o uso do
napalm, nem o emprego de outros agentes desfolhantes, nem a explosão da bomba de hidrogênio, nem a
utilização da bomba de nêutrons, etc. O espírito, em si, parece ser indestrutível.
Sofisticação. Na condição de teoria, objetivando a pesquisa, considera-se que quanto mais evolui,
mais sofisticada e complexa vai se tomando a consciência que anexa, gradativamente, as rememorações
das experiências adquiridas em seu ciclo de reencarnações sucessivas, até conscien- tizar-se da posse
completa dessas experiências e dispor da memória integral, contínua.
Estados. Partindo, do ponto de vista prático, da condição da consciência como sendo o ego, ou
espírito, os estados conscienciais básicos podem ser classificados em três tipos bem diferentes: o estado
consciencial desencarnado; o estado consciencial encarnado; e o estado consciencial projetivo. Este se
subdivide em duas condições distintas: o estado consciencial projetivo da consciência encarnada, e o
estado consciencial paraprojetivo da consciência desencarnada.
Outros. Muitos estados conscienciais diferentes podem, de modo geral, ser relacionados:
arrebatamento ou êxtase; coma ou perda de consciência; consciência cósmica; consciência desperta
normal; consciência histérica; devaneio; estupor; estado hiperalerta; hipnagogia; hipnopompia; inspiração;
letargia ou consciência adormecida; meditação; projeção semiconsciente ou sonho lúcido; estado
psicodélico; regressão no tempo; sonho; sonho hipnótico; sono natural; transe.
Dimensões. Nos estudos gerais das dimensões da consciência podem ser classificados diversos
estados conscienciais a serem experimentados por qualquer um, divididos em duas categorias básicas: a
consciência irrefletida e a consciência refletida, ou autoconsciência.
Irrefletida. Nos fenômenos da consciência irrefletida estão incluídos: a consciência orgânica; o
banco de memória; o estado de coma; o estado de estupor; o sono sem movimentos binoculares rápidos; e
21
o sono com movimentos binoculares sincrônicos rápidos.
Introversão. Pela qualidade da autoperceptibilidade, na introversão da consciência, ou pelas
sensações que se voltam para si mesmas, o espírito — o ser pensante — alcança a cognição da sua própria
consciência, ou autoconsciência — a consciência da consciência — quando se apercebe de suas próprias
funções e racionaliza a existência pessoal, tomando-se cônscio da existência da própria consciência.
Autoconsciência. No conjunto dos estados da consciência autoconsciente — em que ela é
consciente de estar consciente — estão incluídos: o estado da vigília física ordinária ou consciéncia pragmática; a consciência letárgica; a consciência histérica; a consciência relaxada; o devaneio; o
estado de transe induzido por qualquer agente; a consciência projetada extrafísicamente; a consciência
expandida, mente holofótica, ou consciência cósmica; além de outros.
Fundamentos. Todos os fenômenos da Projeciologia podem ser classificados em dois tipos
básicos quanto à condição da consciência física: com alguma consciência física e sem consciência física.
11.1. Primeira. Na primeira condição, com alguma consciência física ou de cérebro humano
semivazio, ocorrem os fenômenos: clarividência viajora; autoscopia; projeções conscienciais com o corpo
humano em movimento; etc.
11.2. Segunda. Na segunda condição, sem consciência física ou de cérebro humano vazio,
ocorrem os fenômenos das grandes projeções: projeção da consciência através do psicossoma, com e sem
o duplo etérico, ou com o psicossoma mais ou menos denso; projeção da consciência através do
psicossoma parcial ou completamente configurado em sua forma humanóide; projeção da consciência
através do corpo mental apenas; fenômeno da bilocação física; etc.
Campos. Sem dúvida, três campos que evidenciam intensa atividade de pesquisas estão vindo ao
encontro dos estudos da projeção consciente trazendo, de modo inesperado, inestimáveis contribuições ao
desenvolvimento de suas pesquisas: as experiências da quase-morte; os sonhos lúcidos (projeções
semiconscientes); e as visões remotas (clarividência viajora).
___________________
Bibliografia: Bentov (119, p. 71), Besant (134, p. 173), Jacobson (796, p. 217), Kettelkamp (841,
p. 89), Michael (1041, p. 157), Morris (1093, p. 105), Steiger (1601, p. 216), Vieira (1762, p. 198), Walker
(1781, p. 97), White (1827, p. 28), Wilber (1845, p. 120).
15. PROJEÇÃO CONSCIENTE HUMANA
Definição. Projeção consciente humana: experiência peculiar de percepção do meio ambiente, seja
espontânea ou induzida, na qual o centro de consciência de alguém parece se situar numa locação espacial
separada do próprio corpo humano vivo.
Sinonímia: AKE (experiência fora do corpo); apopsiquia; autodesincorporação; autodiplo- sia;
aventura extracorpórea; centro móvel da consciência; deambulação astral; deambulação espiritual;
desancoramento da consciência; desassociação; descoincidência; desconexão; descorporifi- cação;
desdobramento; desdobramento da consciência; desdobramento da pessoa; desdobramento vivo;
desdobramento natural da personalidade; desdobramento parapsíquico; desdobramento pe- rispiritual;
desdobramento provisório; desdobramento voluntário; desencarnação provisória; de- sincorporação
temporária; desligamento do corpo; deslocamento da consciência; “despersonali- zação auto-induzida”;
desprendimento de pessoa viva; desprendimento espiritual; desprendimento voluntário; disjunção;
dissociação; duplicação astral; duplos caminhantes; duplos passeadores; EEC (experiência extracorporal);
EFDC (experiência fora do corpo); ecsomação (Grego: ek, fora; soma, corpo); “elevação ao céu”;
emancipação da alma; ensaio da morte; episódio fora do corpo; ESC (experiência de saída do corpo
humano); escapada para o astral; escapada perispirítica; estado ecsomático; estado de emancipaçãoconsciencial; excamação temporária;excursão anímica; excursão parapsíquica; experiência assomática;
experiência astral; experiência de outro mundo; experiência de saída do corpo; experiência ecsomática;
experiência exterior ao corpo humano; experiência fora do corpo humano; experiência não-intermediada;
experiência parassomática; experiência projetiva; exteriorização; exteriorização da psique; exteriorização
22
do astrossoma; externalização; extrusão do duplo psíquico; extrusão do psicossoma; homoprojeção;
jornada astral; jornada da alma; jornada extrafísica; libertação da consciência; libertação existencial; meiamorte; migração anímica; migração astral; miniférias extrafísicas; minimorte; morte prévia; morte
provisória; morte temporária; OBE ou OOBE (out-of-the-body experience); OBPou OOBP (out-of-thebody projection); passeio no Além; pequena morte; peregrinação astral; prapti; pré-ex- periência da
morte; pré-desencarnação; projeção astral; projeção consciente do eu; projeção da alma; projeção do eu;
projeção do segundo corpo; projeção espiritual; projeção extracorpórea; projeção fora do corpo; projeção
heteróloga; projeção hominal; projeção humana; projeção inter- dimensional; projeção psíquica; relocação
da sede consciencial; saída astral; saída da consciência fora da coincidência; saída sideral; separação
astral; sonho astral; sonho flutuante; sono desperto; telemetria astral; teste extracorpóreo; trailer da morte;
transe onírico; transporte pelo espírito; transvazamento de consciência; via de acesso extrafísico; viagem
anímica; viagem astral; viagem clarividente; viagem espiritual; viagem extracorpórea; viagem extrafísica;
viagem extra-sensorial; viagem mística; viagem no corpo de sonho; viagem pela eternidade; viagem
perispirítica; videha (índia); vôo anímico; vôo astral; vôo sideral; vôo xamânico.
Resumo. As sete perguntas clássicas que se fazem comumente, quando da abordagem inicial de
qualquer assunto novo, podem ser assim respondidas, de maneira resumida, quanto à projeção consciente
em geral:
11.3. Quem produz a projeção consciente? Os princípios espirituais, mais particularmente as
consciências encarnadas e desencarnadas (V. cap. 13).
11.4. O que constitui ou gera a projeção consciente? A descoincidência, em percentual maior ou
menor, dos veículos de manifestação da consciência (V. cap. 83 e seguintes).
11.5. Onde se produz e se desenvolve a projeção consciente? Em qualquer distrito ou ambiente
do universo físico, e parte do universo extrafísico, aonde se manifeste a consciência (V. cap. 232 e
seguintes).
11.6. Quando se produz a projeção consciente? A qualquer hora e em quaisquer condições
meteorológicas porque o fator tempo e a meteorologia não influem necessária e diretamente sobre a
produção da projeção consciente (V. cap. 394).
11.7. Por que se produz e se desenvolve a projeção consciente? Pela própria natureza íntima da
fisiologia e da parafisiologia normais dos veículos de manifestação da consciência, quando esta,
temporariamente, muda de estado consciencial (V. cap. 106).
11.8. Como se produz a projeção consciente? Através da alteração das freqüências vibratórias ou
energéticas dos veículos de manifestação da consciência (V. cap. 270).
11.9. Para que se produz a projeção consciente? Visando inúmeros objetivos, ou variadas
utilidades, conforme a projeção consciente seja produzida voluntária ou involuntariamente (V. cap. 399).
Acesso. O estudo da projeção consciente não é religião, credo, dogma, ou religiosidade. Representa
uma senda de iluminação íntima franqueada a cada um de nós, cabeça de praia para a exploração e
tomada do mundo extrafísico pela consciência encarnada, a partir da esfera extrafísica de energia
individual, antes de sobrevir a morte biológica. É um estado de consciência e método de acesso humano,
pessoal, direto, incontrovertível para a própria consciência, ao plano extrafísico através da separação da
psique do seu substrato físico denso.
Relacionamentos. A projeção da consciência encarnada para fora do corpo humano tem sido
relacionada com sonho, simbolismo psicológico, alucinação, desequilíbrio mental, clarividência via- jora,
distúrbios biológicos, imitação do processo da morte biológica, e muitos estados alterados da consciência,
aspectos estes que serão estudados no contexto deste livro conforme a análise seqüencial dos assuntos.
Exotérica. A popularização da projeção consciente — induzida voluntariamente — fez com que o
fenômeno deixasse de ser misterioso, esotérico, hermético, oculto e inacessível aos não-ini- ciados, para se
tomar natural, esotérico, público, acessível a toda a humanidade.
Bloqueios. Há quem atribua as causas que impedem a consciência encarnada — ou a maioria dos
componentes da humanidade - de deixar temporariamente o coipo humano através da projeção com
lucidez, e a só viver espontaneamente a projeção inconsciente durante o sono natural, à capacidade ociosa
do organismo humano ou à não-utilização de cerca de 90% das potencialidades dos hemisférios cerebrais e
de 30% das potencialidades dos dois pulmões, afora outros órgãos, e de fazer uso apenas de 25% do
potencial psíquico, energia da mente, elaboração do pensamento, etc. Tais afirmações ainda aguardam
23
comprovações científicas definitivas.
Independência. Vencido o medo e nascendo a motivação na pessoa, a projeção da consciência lúcida
para fora do corpo humano acontece independentemente de sexo, idade, raça, ordem de nascimento,
tendencia politica, crença, religião, religiosidade, educação, filosofia, rendimento econômico, e mesmo das
noções preconcebidas do indivíduo. Isso evidencia que a projeção consciente constitui atributo fisiológico
normal do corpo humano, sob muitos aspectos um fenômeno biológico primário, tão natural quanto o
sono, o sonho, a digestão, o ato sexual para ° homem ou a mulher, e a menstruação, a gestação, e o parto,
especificamente para a mulher(V.Fig.15).
Universalidade. Quanto à sua universalidade, nota-se que a projeção consciente, sendo uma
função intrinsecamente natural, ocorre com: pessoas de todas as idades físicas, desde a criança até os
idosos; com indivíduos sadios e doentes de ambos os sexos; com quem já ouviu falar, leu ou estudou o
assunto, e com quem o ignora completamente; com criaturas vivendo a vida rotineira e com outras
sofrendo uma intervenção cirúrgica ou sendo vítimas de desastre ou acidente; sob a força atuante da
vontade da personalidade e à revelia daquele que a experimenta.
Poderes. Muitos sistemas religiosos vêm prometendo uma vida amena no Além-Túmulo, ensinando que você sofra os infortúnios de hoje com um sorriso. A projeção consciente não só reafirma estas
considerações, mas vai além, indicando que o posicionamento oposto é ainda melhor. Use o
desenvolvimento dos seus poderes pessoais para melhorar imediatamente a sua vida humana atual. Não
espere a decomposição do corpo humano para a sua consciência alcançar condições mais agradáveis ou de
equilíbrio. Isso pode ser obtido aqui, hoje, agora, já.
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Bases. Sucintamente as projeções conscientes em geral exibem doze ocorrências básicas, comuns,
que as pessoas experimentam, de modo espontâneo, e demonstram, em muitos casos, certa relutância em
divulgar.
15. § 01. Sentir a consciência sair do corpo humano: projeção consciente propriamente dita.
15. § 02. Passar por essa experiência de sair do corpo humano, com lucidez, apenas uma única vez:
primeira projeção consciente.
15. § 03. Sentir a separação da consciência em relação ao próprio corpo humano para uma curta
distância: projeção na base física.
15. § 04. Sentir estar acima do próprio corpo humano: autolocalização extrafísica.
15. § 05. Ver o próprio corpo humano abaixo de si: autobilocação consciencial.
15. § 06. Sentir estar se deslocando para um ponto distante sem usar o corpo humano: translocação
extrafísica.
15 § 07. Convencer-se de ser capaz de observar, in loco, o que se passa à distância do próprio
corpo humano: visão extrafísica.
15 § 08. Produzir efeitos físicos fora do corpo humano, sem utilizá-lo, o que só acontece
ocasionalmente: telecinesia extrafísica.
15 § 09. Fazer com que outras pessoas vejam o experimentador projetado, o que ocorre muito
raramente: bilocação física.
15 § 10. Fazer com que a consciência projetada apareça, quando sentida ou percebida à distância
por outras pessoas, através de meios que não a presença física, densa, o que só acontece também muito
raramente: aparição intervivos; telepatia extrafísica; etc.
15 § 11. Ter certeza de que realmente viajou fora do corpo humano de algum modo: autopersuasão projetiva.
15 § 12. Comprovar a autenticidade da própria projeção extracorpórea, lúcida, para si mesmo,
depois do cotejo minucioso dos locais, fatos, seres, e horários do que viveu à distância, sem o corpo
humano: confirmações posteriores à projeção consciente.
Prova. A projeção consciente não é artigo de fé, nem apenas tema para debate religioso, pretexto
para observações filosóficas, ou processo de enriquecimento das meditações dos poetas. A projeção
consciente é a prova individual para a consciência encarnada: da existência do mundo extraf ísico; dos
seus próprios veículos de manifestação consciencial; da teoria da reencarnação; da ha- bitabilidade de
outros mundos ou planetas; etc.
Pluralidades. Para logo, existem cinco pluralidades que a projeção consciente evidencia ao
praticante atento, como se verá neste contexto: a pluralidade dos veículos (corpos) de manifestação
consciencial; a pluralidade dos estados (condições) conscienciais; a pluralidade dos planos (mundos)
existenciais; a pluralidade das encarnações (vidas) conscienciais; a pluralidade dos astros (planetas)
habitados.
Livro. Obviamente este livro trata, em especial, das projeções conscientes humanas.
_________________________
Bibliografia: Andrade (27, p. 131), Bardon (80, p. 322), Bayless (98, p. 99), Carrington (246, p.
147), Corvalán (306, p. 72), Coxhead (312, p. 116), Ebon (454, p. 104), Eliade (477, p. 98), Ferguson
(512, p. 167), Fugairon (562, p. 131) Gonçalves (614, p. 5), Green (632, p. 46), Kardec (825, p. 362),
Marinuzzi(998,p. 171). Mittl (1061, p. 7), Pratt (1285, p. 42), Rogo (1439, p. 47), Schatz (1514, p. 46),
Smith (1572, p. 19), Steiger (1601, p. 5), Swedenborg (1639, p. 211), Walker (1781, p. 63), Wolman
(1863, p. 929).
16. PARAPROJEÇÃO CONSCIENTE
Definição. Paraprojeção consciente: experiência da consciência desencarnada, seja “terrestre” ou
“extraterrestre”, que, ao dormir, deixa o psicossoma incapacitado no plano extrafísico, e sai projetada
através do corpo mental, no plano mental.
Sinonímia: projeção consciente do desencarnado; projeção consciente extra-humana; projeção
consciente para-humana.
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Analogias. Do mesmo modo que existem fenômenos que as consciências desencarnadas produzem, análogos aos fenômenos humanos, — por exemplo, os fenômenos de efeitos físicos transcendentes, — ocorrem as projeções conscienciais através do corpo mental das consciências encarnadas
análogas às que as consciências desencarnadas experimentam.
Ambiente. As projeções conscientes, mentais, puras, da consciência encarnada e da consciência
desencarnada se assemelham por ocorrerem num só meio ambiente, o plano mental — ponto comum de
encontro de todas as consciências — com o mesmo veículo de manifestação da consciência, o corpo
mental.
Diferenças. Até o presente, ignora-se a existência de diferenças básicas na ligação do corpo mental
com o paracérebro do psicossoma, através do cordão de ouro (V. cap. 116), quando se refere a uma
consciência encarnada — ligada ao duplo etérico e ao corpo humano — de outra consciência,
desencarnada, que já tenha passado pela segunda morte (V. cap. 122), ou seja, sem o corpo humano e sem
o duplo etérico.
Distinção. Inobstante o que ficou exposto, na prática, a consciência encarnada, projetada através
do corpo mental isolado, em geral distingue perfeitamente a consciência encarnada da consciência
desencarnada, devido às faculdades conscienciais do próprio corpo mental (V. cap. 117).
____________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 73), Xavier (1882, p. 182).
17. PROJEÇÃO ANIMAL
Definição. Projeção animal: projeção da consciência esboçante do animal encarnado para fora do
seu corpo biológico.
Sinonímia: projeção subinteligente; zooprojeção.
Considerações. Partindo da premissa de que o homem, ou hominídio, é um animal; de que os
animais, de modo geral, precisam dormir à semelhança do homem, sendo ponto pacífico de análise o fato
de que várias espécies até sonham; e de que a consciência do homem sempre, durante o sono, se projeta
fisiológica, espontânea e inconscientemente para fora do corpo humano; conclui- se, como decorrência
lógica, que os animais maiores, de estrutura física bem constituída, possuem um veículo extrafísico de
manifestação e se projetam por este veículo, ao que tudo indica de modo inconsciente, de maneira análoga
à criatura humana quando se entrega ao sono natural.
Características. Os fatos arrolados até o presente permitem assinalar como características da
projeção dos animais: inconsciência; raridade da ocorrência; relação com a vida humana; projeção curta
espacialmente, ou nas proximidades do seu próprio corpo físico; proximidade do ambiente crosta-a-crosta
do encarnado com quem tem afinidade, no caso dos animais domésticos; desempenho do papel de agente
inconsciente do fenômeno projetivo. A projeção animal não deve ser confundida com a zootropia (V. cap.
282).
Projetores-animais. Os projetores-animais mais comuns são os animais domésticos, especialmente o cão e o gato, talvez devido à convivência diuturna e mais íntima com o homem, pois muitos deles
chegam mesmo a dormir sobre, ou sob, o leito do dono.
Roger. Projetado, na noite de 29 de julho de 1982, no apartamento da Rua Visconde de Pi- rajá, no
Rio de Janeiro, observei detidamente, fora do corpo humano, o cão de alerta, Roger, também projetado,
que posteriormente veio a ser campeão da classe júnior da raça Yorkshire, um quilo e meio de peso,
adulto, um ano e três meses de idade, afetuoso, inofensivo e inteligente, onde constatei a sua aura, o seu
corpo extrafísico semelhante ao seu corpo físico e a sua ligação energética, levemente luminosa,
semelhante ao cordão de prata.
Lucidez. O cãozinho projetado, desta vez, possivelmente em razão do desempenho excepcionalmente feliz de minha projeção consciencial, mostrou-me sua lucidez habitual e saindo do living, onde o
26
seu corpo físico repousava, quis seguir-me até o quarto de dormir, desejando beijar-me, abanando o seu
curto rabo extrafísico, exuberantemente alegre. Roger foi adquirido já tendo o seu rabo cortado, eu o vi
extrafisicamente com o rabo cortado, ou seja, do mesmo tamanho com que se apresenta.
Desconsciência. Suponho, tão-somente como hipótese de pesquisa, que o animal que, segundo se
admite, não demonstra autoconsciência pormenorizada de si mesmo no estado da vigília física ordinária,
permanece também sem essa autoconsciência de si mesmo, ou mais apropriadamente, desconsciente,
quando desencarna e durante os seus períodos de projeção para fora do seu corpo físico.
Mental. Tudo indica que o animal não se projeta pelo corpo mental esboçante, mas apenas através
do seu psicossoma, no plano extrafísico crosta-a-crosta. Tal evidência faz supor que o corpo mental só se
define e desenvolve quando o princípio espiritual alcança o nível hominal e adquire a consciência como a
entendemos, com a plena autoconscientização, podendo, então, encetar suas primeiras incursões no plano
mental. Isso atesta o fato de que no plano mental puro, sem interferências de outros planos extrafísicos,
não se manifesta nenhum espírito de animal evolutivamente aquém do homem.
Bibliografia: Bayless (94, p. 130), Comillier (305, p. 43), Crookall (343, p. 40), Delanne (385, p.
100) Easton (451, p. 145), Ebon (453, p. 100), Fugairon (562, p. 153), Green (633, p. 195), Kardec (825,
p. 289), Steiger (1606, p. 180), Talamonti (1641, p. 227).
18. PROJEÇÃO VEGETAL
Definição. Projeção vegetal: projeção do duplo do vegetal vivo para fora da sua estrutura física.
Sinonímia: fitoprojeção.
Kirliangrafias. Ninguém contesta as manifestações de vitalidade dos vegetais, por isso as
kirliangrafias, tão controvertidas, vieram apenas confirmar as antigas suposições de que também os duplos
vegetais se exteriorizam a seu modo.
Cordão. Nas projeções vegetais surge o controvertido apêndice fantasma, detectado pelas fotos
especiais da kirliangrafia, que se assemelha a um cordão conectado com a planta.
Verificação. As experiências das projeções conscientes permitem à consciência humana projetada
verificar, por si mesma, o duplo do vegetal e a sua exteriorização quando injuriado ou lesado pelo projetor
usando as próprias paramãos do psicossoma.
______________________
Bibliografia: Moss (1096, p. 174).
19. LEIS DA PROJECIOLOGIA
Definição. Lei: relação constante entre fenômenos de uma dada ordem e que lhes expressa a
natureza ou essência.
Sinonímia: generalização; norma; postulado; prescrição; princípio.
Ponderação. Saindo do seu nascedouro, a Projeciologia, bastante jovem entre os estudos
acadêmicos já consagrados, não chegou ainda a estabelecer leis ou generalizações amplas e complexas
sobre o comportamento humano, análogas às leis e princípios apresentados, por exemplo pela Química,
Astronomia, ou Física. No entanto, algo ponderável já pode ser oferecido neste sentido.
Ciência. O conhecimento da história geral da Ciência alcançou um ponto onde tem-se perfeita
consciência de que os princípios fundamentais aceitos hoje serão, com freqüência, considerados amanhã
como conceitos estranhos de uma erudição imatura. Por isso, os postulados relacionados adiante devem ser
vistos criticamente, com a disposição de abandonar qualquer deles, ou todos, quando sua utilidade tiver
desaparecido. No momento, tais afirmações parecem encontrar apoio em muitos dos indícios existentes, e
parecem constituir-se em guias úteis para a pesquisa e o estudo da Projeciologia e assuntos correlatos.
Enunciado. Segundo a Parapsicofisiologia, qualquer consciência que se encarna pode deixar o
corpo humano temporariamente, retomando a este, em seguida, sem conseqüências negativas para
ninguém. A Projeciologia chancela, na prática do laboratório e nos experimentos individuais, de modo
27
insofismável, este enunciado.
Prova. O acúmulo de experimentos torna inconfundíveis os sonhos, e outros estados alterados da
consciência, com o fenômeno da projeção consciente. Tal fato elimina qualquer dúvida quanto à
autenticidade da projeção consciente para o projetor, numa prova individual, inquestionável, definitiva.
Veículos. Existem diferenças inconciliáveis entre a natureza do psicossoma e a natureza do corpo
mental. As projeções da consciência, isoladas, por estes veículos de manifestação, são totalmente diversas.
Preponderáncias. O corpo físico domina o plano físico ou humano; o psicossoma domina o plaao
extrafísico crosta-a-crosta ou o plano astral; o corpo mental domina o plano mental. Tudo isso,
obviamente, sob o comando indispensável da consciência ou ego.
Soma. Nos piques máximos de percepção no estado da vigília física ordinária, sendo o corpo
humano absolutamente real para a consciência encarnada, esta não se conscientiza nem percebe a
existência do psicossoma.
Psicossoma. Fenômeno semelhante ao anterior acontece quando a consciência no psicossoma,
também absolutamente real para a consciência encarnada quando projetada no plano extrafísico puro, ou
plano astral, não percebe a existência do corpo humano, a não ser no caso da visão do corpo humano à
frente e o cordão de prata, em determinadas ocasiões.
Mental. Ainda outro fenômeno semelhante ocorre com referência ao corpo mental, absolutamente
real para a consciência encarnada, quando projetada no plano mental, porém numa condição em que não se
conscientiza nem percebe a existência de nenhum corpo ou veículo de manifestação como os entendemos
ordinariamente.
Motivação. As criaturas humanas, em sua maioria, ainda n3o experimentaram uma projeção
consciente marcante porque não foram suficientemente motivadas para esse fim. A falta crônica da criação
de motivação, o processo de iniciação da ação consciente e voluntária, eficaz, para as consciências em
geral saírem, temporária mas conscientemente, para fora do corpo humano evidencia, de modo
inquestionável, que a quase-totalidade da humanidade tem vivido dormindo ou, numa expressão mais
apropriada, literalmente sonambulizada através dos milênios.
Pensamento. Fora do corpo humano, a consciência vai aonde pensa. O que a consciência pensa, a
consciência é.
Coadjuvantes. A projeção consciente, ocorrência derivada de faculdades naturais da consciência
encarnada, é perfeitamente exeqüível sem os amparadores e sem a mediunidade do praticante. Contudo,
toma-se muito mais fácil, e com resultados melhores, de alta qualidade, com o auxílio desses dois
coadjuvantes.
Ação-reação. A tentativa da produção da projeção consciencial com intenção negativa, seja esta
qual for, faz reverter os resultados doentios daí advindos sobre a consciência do próprio projetor. Daí vem
o caráter indispensável da análise filosófica, ou da influência e atuação franca da moral cósmica e das
bases filosóficas do universalismo, no âmbito das manifestações e pesquisas da Projeciologia.
Natureza. Dentro de mais algumas de'cadas, o fenômeno da projeção consciente humana deixará
de ser encarado como ocorrência mística, religiosa, ou estranha, e passará a ser abordado, aceito e
estudado, de modo natural, cada vez mais cientificamente, como lei da Natureza que é, sem
obscurantismos, surrealismos ou manifestações folclóricas.
______________________
Bibliografia: Andrade (27, p. 144), Muldoon (1105, p. 65).
20. PARADOXOS DA PROJECIOLOGIA
Definição. Paradoxo: conceito que é ou parece contrário ao comum.
Sinonímia: contradição; contradição aparente; contra-senso.
Tipos. Existem múltiplos paradoxos nas ocorrências da Projeciologia, dezesseis dos quais podem
ser destacados conforme a área dos fenômenos em que aparecem ou quanto à sua natureza específica:
28
20.1. Assistencial. Os encarnados, de modo geral, infelizmente, ajudam mais quando permanecem inconscientes enquanto projetados, no plano extrafísico, — mesmo colaborando na assistência
extrafísica e funcionando quais me'diuns extrafísicos inconscientes, — do que quandc inteiramente lúcidos
quanto à sua verdadeira situação de liberdade, em razão do medo e outras emoções negativas, próprias dos
principiantes da projeção consciencial.
20.2. Biológico. Os jovens impulsivos apresentam grande facilidade para se projetar e rememorar
os fatos extrafísicos. Contudo, os idosos dispõem de serenidade e experiência mais dilatada para sopesar
as experiências projetivas.
20.3. Consciencial. A consciência, na verdade, é um estado permanente contínuo, porque
estamos de algum modo conscientes mesmo quando nos julgamos inconscientes ou adormecidos.
20.4. Dualistico. A consciência encarnada produz as projeções utilizando, ao mesmo tempo, o
animismo e o mediunismo; de maneira ativa e passiva; com duas vidas, a humana e a extrafísica; com duas
memórias, a humana e a integral; submisso à moral humana e à moral cósmica; combatendo a eutanásia,
no estado da vigília física ordinária, seguindo os códigos humanos e, como auxiliar da morte, quando
projetada no plano extrafísico, ajudando os corpos dos encarnados a morrerem, ou seja, as consciências a
passarem pela transição da primeira morte, biológica.
20.5. Fenomênico. No fenômeno da autobilocação consciencial, a consciência encarnada sai
realmente de si mesma pela projeção consciente, e aí, então, contempla o próprio corpo humano
incapacitado. Filosoficamente este ato constitui o primeiro passo da consciência para dentro de si mesma.
20.6. Filosófico. A projeção consciente demonstra a existência de consciências excessivamente
materializadas em condições mais confortáveis, agora, quando estão encarnadas, presas à matéria densa
do corpo humano, que adoram tanto, do que estarão depois, quando estiverem desencarnadas, livres no
plano extrafísico, porém sem o corpo humano. Isso faz nascer nessas consciências encarnadas um apego
intuitivo à matéria, coexistente e derivado, por mais incrível que pareça, da aceitação pacífica da
sobrevivência do ego após a morte biológica do corpo humano. Tais fatos transformam e elastecem
bastante os conceitos filosóficos de materialismo e de espiritualismo em vigor até hoje, pois revelam
lastimável ambivalência ou um materialismo-espiritualis- ta, cuja existência, no subconsciente de muitos
indivíduos, homens e mulheres, sempre passou despercebido.
20.7. Fisiológico. Quando a consciência projetada busca estar com o psicossoma constituído e
bem formado, mais possibilidades tem ela de condensar o percentual de matéria neste veículo de
manifestação ou agregar a ele cada vez mais o duplo etérico, fazendo com que fique presa ou adstrita às
proximidades da Crosta Terrestre, sem avançar para distritos ou ambientes melhores do plano extrafísico.
20.8. Mnemónico. Quando a consciência encarnada projetada alcança alguma possibilidade de
utilizar, por breve momento, da amplitude de raciocínio da memória integral, ela tem dificuldades para
repassar tais lembranças para a memória parcial do estado da vigília ordinária, depois do despertamento
físico. Esta mesma consciência quando desfrutando da memória integral no plano extrafísico, tem
dificuldades para revalidar, ali, os conceitos e pareceres que defende a respeito das coisas e dos fatos da
existência física, em razão da visão estreita advinda dos preconceitos humanos. Uma condição de
raciocínio é muito difícil de se entrosar com a outra. A memória integral extrapola todos os parâmetros
convencionais de observação da consciência encarnada.
20.9. Parapsicológico. Toda consciência encarnada se projeta cada noite, ao dormir, mas se
mantém inconsciente ou semiconsciente fora do corpo humano e, esporadicamente, quando alcança a
autoconsciência extrafísica, quase sempre sofre com isso um trauma, ou choque conscien- cial, que faz
com que volte imediatamente ao corpo denso, perdendo a oportunidade da experiência.
20.10. Psicológico. A projeção consciente libera as repressões da consciência que, paradoxalmente, se municia de poderes maiores contra o emocionalismo negativo.
20.11. Psicoterápico. O melhor processo para desenvolver novo sentido para aS experiências da
vida humana será sair desta através da projeção consciente. O melhor processo de o encarnado aumentar a
capacidade de contato consigo mesmo, com os outros e com os acontecimentos, será sair de si mesmo
através da projeção consciente.
20.12. Químico. Depois dos 40 anos de idade, a pessoa se vê forçada a usar medicamentos que
previnam o córtex cerebral contra a arteriosclerose. Tais drogas, positivas por um lado, evitam a pressão
intracraniana, estimulam o funcionamento do cérebro, e melhoram a memória. Por outro lado, colocam o
29
indivíduo mais desperto, e obstaculizam a projeção consciente, porque intensificam e dilatam a condição
da vigilância ordinária.
20.13. Tanatológico. A projeção consciente, ou a minimorte física antecipada, experimento
individualissimo, conduz à liquidação definitiva, na mente do projetor encarnado, de todos os
personalismos, através das idéias e dos sentimentos amplificados pelo universalismo puro.
20.14. Técnico. Para aperfeiçoar o método de se projetar, o projetor primeiro deve saturar a mente,
ou formar a mente cheia com a idéia da projeção consciente. Contudo, assim que se veja projetado, deve
esquecer todo condicionamento humano e idéias preconcebidas, ficando com a mente vazia, ou aberta e
receptiva a toda idéia, intercorrência, ou fenómeno novo que venham a ocorrer extrafisicamente.
20.15. Parafisiológico. A consciência encarnada menos fixada fisicamente pode alcançar mais
depressa a maturidade física e, mais ainda, em conseqüência disso, avançar para a maturidade extrafísica.
20.16. Autoconsciencial. A projeção consciente em si, embora sendo ocorrência natural e comum
a toda a humanidade, apresenta a condição de autoconsciência física avançada como ocorrência
infelizmente ainda fora do padrão da consciência encarnada, ou seja, subordinada à prisão do
restringimento físico terrestre.
Complexidade. Estes paradoxos encontrados nas ocorrências da Projeciologia reafirmam a
complexidade e a ampla abrangência de suas manifestações nas áreas de atuação da consciência do
homem, e sugerem inúmeras hipóteses de pesquisa.
21. LIMITACOES PROJETIVAS
Definição. Limitações projetivas: fatores que apresentam caráter desvantajoso cerceando a
expansão dos objetivos e das aplicações práticas da projeção consciencial lúcida.
Sinonímia: delimitações projetivas; desvantagens projetivas; impropriedades projetivas; inconveniências projetivas.
Tipos. Apesar de a projeção lúcida da consciência ser, de longe, para um bom número de
pesquisadores, o fenômeno mais transcendente, mais interessante, e mais importante conhecido pela
humanidade, de resultados pessoais mais definitivos e, obviamente, apresentar muito mais vantagens do
que desvantagens dentro das áreas da Parapsicologia, quatro fatores podem ser destacados por limitações
inconvenientes, ponderáveis, da Projeciologia: o individualismo; a metodologia; a condição dos recessos
projetivos; e as características do atual crescimento do cérebro humano.
21.01 Individualismo. Existe o fato, incontornável pelo menos até o momento, de que a projeção
consciente, ocorrência exclusiva e, antes de tudo, inevitavelmente individual, não atingindo de modo
direto as multidões, ou o povão, não permitiu, através dos séculos da História Humana, e nem vem
permitindo, nesta Era Tecnológica, que suas pesquisas avancem mais rapidamente por apresentarem
mínimo apelo psicológico às massas humanas, envolvidas, absortas, ou excessivamente embriagadas, ao
contrário, pelos interesses materiais, imediatistas, terra-a-terra, ou hedo- nísticos. Tal fato é uma
característica da vida humana, animal.
Prova. Não se pode descartar a realidade de que a prova ideal, básica, da existência da projeção da
consciência se manterá individual e de modo intransferível, através de esforço, treinamento, e melhoria do
desempenho pessoal do interessado ou interessada. Nas ocorrências das projeções conscientes manifestase um apelo individual, porém não existe nenhum apelo coletivo de monta. A projeção consciencial lúcida
não é o tipo de coisa capaz, por exemplo: de vender discos, atrair radiouvintes e telespectadores, ou
incrementar o turismo.
Dotações. Como se sabe, toda pesquisa com alicerces humanos exige recursos econômicofinanceiros, além é óbvio, do fator “indivíduo”. Não havendo envolvimento direto das projeções
conscientes com as massas humanas, as dotações orçamentárias oficiais para pesquisas científicas
específicas rareiam, exceto, infelizmente, no que diz respeito às finalidades bélicas ultra-secretas (V. cap.
429).
21.02 Metodologia. Há sempre o aspecto limitativo da impraticabilidade de tornar viável, fácil e
acessível, indistintamente a todas as personalidades humanas, ainda sonambulizadas em sua
maioria, pelo menos até o presente, um método prático, eficiente, padronizado, e comum para
se projetar consciencialmente com lucidez, em razão do mesmo caráter individualíssimo da
30
experiência da projeção consciente e da diversidade das tendências e caracteres das
consciências humanas (V. cap. 170).
21.03 Recesso. O recesso projetivo (V. cap. 368) é fato comum que atinge a personalidade
encarnada e cria o seu desinteresse prático pelo assunto das projeções conscienciais, quase
sempre no seu período terrestre de maior produtividade humana. Por isso, o recesso projetivo
absoluto e relativo, gerado por diversas causas, e suas conseqüências, constitui, sem dúvida
alguma, também poderoso fator limitativo ao desenvolvimento prático das projeções
conscienciais lúcidas da humanidade.
21.04 Cérebro. Outro fator que constitui ponderável limitação projetiva está na condição de
exceção, minoritária, contra a corrente ou contra o padrão, da expansão do cérebro humano
necessária ao desenvolvimento da consciência do projetor consciencial, que parece mais
eficiente ao se centrar no hemisfério cerebral direito, — expandindo suas qualidades de
animista-médium, — quando, ao contrário, o que se observa hoje é a média atual da evolução
cerebral da população terrestre carecer de se centralizar na predominância do crescimento do
hemisfério cerebral esquerdo (V. cap. 237), ou seja, presa ainda à melhoria do comando da
linguagem e às operações racionais.
Futuros. Apesar das limitações expostas, este autor mantém-se otimista e confiante quanto aos
futuros possíveis, plausíveis, ou prováveis da Projeciologia. Um suposto processo para destruir e eliminar
de vez a ciência Projeciologia, será sempre impraticável em razão de suas raízes fenome- nológjcas e
fisiológicas básicas fincadas inarredavelmente dentro da estrutura do corpo humano. Será inescapável a
melhoria das projeções conscientes humanas quanto aos métodos em geral a serem aplicados daqui para a
frente. As experimentações projetivas cautelosas, com a adequação ética desejável, desenvolvidas por
investigadores sérios, vigilantes, seguros, e de profundo senso crítico, ocorrerão, de modo inevitável,
movidas pela própria marcha natural do desenvolvimento dos interesses humanos e das coisas terrestres.
Daí surgirá um consenso que estabelecerá rotinas produtivas aos fenômenos, em favor de todos.
Repetibilidade. Por outro lado, não considero como obstáculo intransponível ao desenvolvimento
da Projeciologia as dificuldades, — nascidas de fatores individuais irrecusáveis, — de se repetirem, de
modo absolutamente idêntico, todas as experiências projetivas conscientes. O imperativo da repetibilidade
dos fenômenos idênticos, ad arbitrium dos pesquisadores, apresentada por exigência básica, inârredável e
insubstituível do método científico, e tão lembrada sempre, não resiste à crítica lógica, haja vista, por
exemplo, os fenômenos astronômicos que, embora não sendo repetíveis, não são proscritos pela Ciência;
etc.
Inteligência. Como conseqüências desta sua fase de evolução consciencial, ou da liberdade do ego,
o homem já não mais dispõe do freio natural do instinto que inibe os animais de matarem os seres de sua
própria espécie. Isso evidencia que a inteligência humana em geral, neste planeta, já sobrepujou, pelo
menos, o primarismo consciencial da inteligência esboçante dos animais ditos inferiores. Contudo, nesta
atual condição de trânsito para a sublimação do ego, não podemos nos jactar da inteligência humana,
terrestre, haja vista por exemplo: a crueldade humana calculada; os abusos antiecológicos; os crimes de
genocídio; as guerras, as agitações, e as revoluções permanentes; os suicídios coletivos; os arsenais
nucleares; o crime organizado; as agressões, os raptus, os se- qüestros, os assassinatos, e o terrorismo; as
grandes matanças e os crimes inomináveis cometidos pelo mesmo indivíduo — o chamado homicida
(animal) inteligente — consciente, calculista, frio, socialmente integrado, metódico, discreto e silencioso;
etc.
Soluções. A natureza desses conflitos conscienciais evidencia que os mesmos somente serão
atenuados, solucionados, até se chegar à eliminação de toda violência, mediante: a compreensão profunda
das paixões humanas inconscientes (corpo emocional); a habilidade para satisfazer corretamente as
necessidades econômicas (altruísmo); o estabelecimento de melhor comunicação entre adversários
potenciais (fraternidade); a melhoria da organização das instituições governamentais, nacionais e
internacionais (universalismo); e as mudanças nas ideologias e nos valores atribuídos às coisas e à vida
pelo homem (maturidade extrafísica).
________________
31
Bibliografia: Bayless (98, p. 99), Crookall (388, p. 139), Monroe (1065, p. 204).
32
II- Fenômenos da Projeciologia
1
II- Fenômenos da Projeciologia
22. CLASSIFICAÇÃO DOS FENÔMENOS PROJETIVOS
Definição. Fenômeno projetivo: ocorrência paranormal específica do âmbito da Projeciologia.
Sinonímia: fenômeno projeciológico; ocorrência projetiva.
Domínio. O universo de pesquisa da Projeciologia abrange um domínio de manifestações que
começa com fatos ou fenômenos correntes, daqueles que quase toda a gente pode, uma vez ou outra, ter
experimentado e se recorda, como a projeção semiconsciente em que a personalidade se sente voando com
alguma lucidez. Na outra ponta, inserem-se casos extremos, — tão raros quanto espetaculares, — como o
fenômeno da bilocação física observado por múltiplas testemunhas humanas.
Complexo. No complexo fenomenológico da Projeciologia estão incluídos aqui cinqüenta e quatro
fenômenos parapsicológicos, conexos, ou irmãos, que representam manifestações, conseqüências ou
correlações íntimas com o ato de a consciência encarnada se projetar para fora do corpo humano. Tais
fenômenos se situam além das projeções conscienciais, essenciais, propriamente ditas, abordadas
minuciosamente em outros capítulos especializados deste livro, conforme a análise seqüencial dos
assuntos.
Denominador. Nos capítulos componentes desta seção foram arrolados somente fenômenos
correlatos, independentes de suas causas, efeitos e aspectos operacionais, compondo um complexo
fenomênico, ou um bloco de fenômenos com padrões, paradigmas, ou manifestações afins, que
apresentam por denominador comum a projeção lúcida da consciência encarnada para fora da condição de
coincidência em seu corpo humano. Estes fenômenos reclamam o estudo analítico de per si e, ao mesmo
tempo, a análise como um todo, a fim de se chegar a interpretações conjuntas e a visões globais,
esclarecedoras e corretas dos fatos.
Causas. Vários desses fenômenos correlatos podem ser provocados por outras causas, além das
ocorrências desencadeadas pela experiência da projeção consciente da consciência encarnada. Por
exemplo, o poltergeist mais freqüente não tem nenhuma relação com a Projeciologia; o mesmo acontece
com a combustão humana espontânea; etc. Aqui estão reunidos fenômenos quando os mesmos se
relacionam diretamente com a Projeciologia.
Identificação. Às vezes torna-se muito difícil identificar claramente, ou classificar com rigor, qual
o exato fenômeno parapsicológico que experimentamos. Por exemplo: a expansão da consciência pela
projeção do corpo mental, a clarividência viajora e a visão extrafísica, — três ocorrências bem distintas
em suas manifestações, — podem se dar de tal modo simultâneas, que se misturam num.conjunto de fatos
entrelaçados que o discernimento do experimentador não encontra meios de separá-los ou de saber em que
ponto acabou um e começou o outro.
Fragmentação. O estudo dos fenômenos projetivos demonstra que a decomposição analítica da
consciência humana, ou a fragmentação da atividade psíquica e parapsíquica, em diferentes partes ou em
funções intelectuais, afetivas e volitivas, isoladas, de modo independente, será sempre artificial, elaborada
2
apenas em função da necessidade da exposição e da facilitação das pesquisas práticas e teóricas.
Prática. Em razão da dificuldade de identificação minuciosa e correta dos fenômenos, a classificação da fenomenologia projeciológica constitui teoria necessária à análise acurada da pesquisa.
Contudo, — vale a advertência, - na prática a consciência se apresenta como uma totalidade, e todos os
fatos espontâneos, classificados, coexistem de forma interpenetrante, influenciando-se mutuamente,
vinculados uns aos outros, estabelecendo-se entre eles uma relação de causa e efeito, além de se
revezarem no seu desenvolvimento, subvertendo com natural espontaneidade, as seleções, listagens, e
esquemas humanos por mais adequados e justos que sejam.
Classificação. Os fenômenos conexos na Projeciologia foram classificados, aqui, quanto à
condição específica da consciência encarnada — situada como o foco de análise num contexto, ou a
conexão causal existente entre todos os processos parapsíquicos — em fenômenos projetivos subjetivos e
fenômenos projetivos ambivalentes. Além desses, ocorrem os fenômenos concomitantes à projeção
consciente analisados em separado (V. cap. 66).
Ordens. Aprofundando esta classificação superficial, de abordagem didática inicial pode-se ainda
dividir tais fenômenos projetivos em classes e por ordens conforme certas características: a natureza
parapsicológica; a natureza física; as manifestações exteriores; o conteúdo ou a significação intelectual; as
condições das personalidades na qual se produziram; a utilidade da ocorrência para o principal
protagonista do fenômeno; a dependência do fato à vontade da consciência em foco; etc.
Suposições. Pelos fenômenos provocados pela consciência encarnada projetada, e até agora
constatados, há de se supor que vários outros, ainda não registrados, são suscetíveis de ocorrer. Por
exemplo: a metafonia ou o fenômeno da voz eletrônica, comunicação executada pela consciência
encarnada projetada através de aparelhos, gravadores, telefones, e outros; a escrita direta pela consciência
encarnada projetada; a pintura direta idem; o desenho direto idem; etc.
Utilidade. A classificação dos fenômenos parapsicológicos e, em particular, dos fenômenos
projeciológicos, apresenta a utilidade de manter separadas umas das outras as várias formas de percepção
extra-sensorial, ou os fenômenos anímico-mediúnicos em geral, na medida em que isso seja possível.
_______________
Bibliografia: Blackmore (139, p. 9), Vieira (1762, p. 90).
23. FENÔMENOS PROJETIVOS SUBJETIVOS
Definição. Fenômeno projetivo subjetivo: ocorrência paranormal, adstrita ao âmbito da Projeciologia, que transcorre mais dentro da consciência e com os veículos de manifestação do projetor
parcial ou completamente projetados, tornando secundária a participação do meio circundante.
Sinonímia: fenômeno projetivo interno.
Psicosfera. Ocorrem, além de outros, vinte e dois fenômenos conexos principais, relacionados
essencialmente à psicosfera do projetor humano:
23.1. Autobilocação consciencial (V. cap. 24).
23.2. Autoscopia interna (V. cap. 26).
23.3. Autoscopia externa (V. cap. 27).
23.4. Autotelecinesia (V. cap. 334).
23.5. Catalepsia projetiva extrafísica benigna (V. cap. 28).
23 06. Catalepsia projetiva física benigna (V. cap. 28).
23.7. Clarividência extrafísica (V. cap. 26).
23 .08. Consciência cósmica (V. cap. 30).
3
23.9. Consciência dupla pré-projetiva, projetiva e pós-projetiva (V. cap. 211).
23.10. Dejaísmo projetivo (V. cap. 31).
23.11. Descoincidência vígil (V. cap. 340).
23 12. Experiência da quase-morte: projeção antefinal (V. cap. 33).
23.13. Experiência da quase-morte: projeção ressuscitadora (V. cap. 34).
23.14. Intuição extrafísica (V. cap. 35).
23 15. Precognição extrafísica (V. cap. 36).
23.16. Projeção dupla (V. cap. 380).
23.17. Psicometria extrafísica (V. cap. 37).
23.18. Repercussões extrafísicas (V. cap. 332).
23.19. Repercussões físicas (V. cap. 333).
23.20. Retrocognição extrafísica (V. cap. 38).
23.21. Visão dupla extrafísica (V. cap. 212).
23.22. Visão panorâmica projetiva (V. cap. 39).
Psicometria. Em vários desses fenômenos aqui classificados como projetivos subjetivos ocorrem
relações muitas vezes diretas com o meio ambiente, haja vista, por exemplo, as ocorrências da psicometria
extrafísica. Contudo, as raízes e o universo de manifestação de tais fenômenos se circunscrevem,
principalmente, ao íntimo da consciência, ficando o meio ambiente, de fato, em plano secundário. Tal
observação fala igualmente a favor da relatividade e da limitação de toda classificação fenomenológica.
Análise. Todo fenômeno projetivo subjetivo importante será abordado detalhadamente em
capítulo próprio deste livro, nesta ou noutras seções, conforme a análise seqüencial dos assuntos.
_____________________
Bibliografia: Vieiia (1762, p. 90)
24. AUTOBlLOCAÇÃO CONSCIENCIAL
Definição. Autobilocação (Grego: autos, próprio; latim, bis, dois; e locus, lugar) conscien- cial:
ato de o projetor encarnado encontrar e contemplar o próprio corpo humano “cara-a-cara”, estando a sua
consciência fora dele, sediada noutro veículo de manifestação consciencial.
Sinonímia: abmaterialização autônoma; autobicorporeidade; autoconfrontação projetiva;
autocontemplação extrafísica; autovisão direta; autovisualização espontânea; epiprojeção; quebra da
barreira da percepção; visão de dois corpos; visão do próprio corpo humano.
Autobilocador. A autobilocação consciencial é o mesmo fenômeno da bilocação (V. cap. 42), no
caso, porém, produzido e percebido diretamente pela consciência do próprio bilocador, ou mais
apropriadamente, do auto bilocador. Interessante frisar que muitas consciências encarnadas projetadas não
se apercebem, logo de início, de que estão contemplando o próprio corpo humano, durante a ocorrência da
autobilocação consciencial. Outras se surpreendem por se verem flutuando, suspensas no ar, sem
despencar no chão ou sobre o piso.
Visão. Embora inseridas nas primeiras ocorrências espontâneas que a consciência encarnada
projetada experimenta, nem todos os projetores conscientes conseguem vivenciar estas seis experiências:
ter a visão do próprio corpo humano de cérebro vazio, ou temporariamente sem a sua consciência, no
caso, sediada fora dos hemisférios cerebrais; realizar o auto-abraço, ou envolver o próprio corpo físico
com os braços extrafísicos do psicossoma (parabraços); identificar o cordão de prata, ou a existência da
ligação para-energética entre os dois veículos conscienciais; abordar extrafísica e conscientemente um
amparador; produzir a projeção de consciência contínua, ou sem qualquer lapso de lucidez durante todo o
processo; visitar o plano extrafísico nativo, propriamente dito, fora de toda influência da vida humana
sobre a Terra; etc.
Comprovações. A autobilocação consciencial, comum durante os fenômenos da quase- morte (V.
4
cap. 32), embora apresentando manifestações objetivas, constitui fascinante fenômeno subjetivo porque
prova para o próprio projetor a realidade do psicossoma e, num estágio mais avançado, evidencia a
existência do corpo mental. Pode a autobilocação consciencial evidenciar, assim, a sobrevivência da
consciência após a morte biológica do corpo humano, ou o fenômeno tecnicamente denominado theta (V.
cap. 435).
Reações. Seis reações emocionais, parapsicológicas, extrafísicas, básicas, desencontradas, podem
assoberbar a consciência projetada através do psicossoma, ou corpo emocional, ao deparar, pela primeira
vez, com o próprio corpo humano (estando fora dele):
24.1
Desencarnação. Receio de ter desencarnado sem perceber e estar ali observando o seu
próprio cadáver, ao contemplar o próprio corpo humano com os membros rígidos e as faces pálidas iguais
aos de uma pessoa morta.
24.2. Compaixão. Sentimento de profunda compaixão pela forma orgânica vista na ocasião,
indiscutivelmente inerme e incapacitada.
24.3. Gratidão. Sentimento inesperado de gratidão ao corpo humano ao se conscientizar de que
o mesmo representa valioso instrumento ou veículo de manifestação da sua própria consciência.
24.4. Narcisismo. Cultivo de narcisismo inesperado, às vezes não detectado pela consciência até
aquela oportunidade.
24.5. Inidentidade. Reação oposta de ausência do senso de identidade (inidentidade) com o
próprio corpo humano que, não raro, parece matéria morta, impessoal, ou simples manequim estranho e
distante.
24.6. Compreensão. Aumento da compreensão da existência humana, da vida extrafísica, e das
suas relações entre si.
Tipos. A autobilocação consciencial apresenta dois tipos básicos quanto ao seu aspecto físico: a
autobilocação imóvel e a autobilocação móvel.
24. § 01. Imóvel. A autobilocação imóvel ocorre quando o corpo humano está inanimado, ou
incapacitado, quase sempre repousando, estendido num leito, durante o período do sono natural. A
autobilocação imóvel constitui ocorrência comum e de maior duração.
24. § 02. Móvel. Na autobilocação consciencial móvel, o corpo humano prossegue em movimento,
sendo mais freqüente durante uma caminhada, e a consciência projetada o observa por cima (epiprojeção)
e por trás (retroprojeção). A autobilocação consciencial móvel espontânea constitui ocorrência mais rara e
de duração fugaz.
Outros. Além dos dois tipos básicos referidos, a autobilocação consciencial pode ser acompanhada, quando a consciência projetada vê o próprio corpo humano e o do cônjuge, ao mesmo tempo; e
sucessiva, quando a consciência projetada vê o próprio corpo humano primeiro, por ocasião da decolagem
do psicossoma, e novamente, mais tarde, antes de se interiorizar, confirmando a constatação, e às vezes
tendo permanecido o corpo físico na mesma posição, imóvel o tempo todo.
Quase-morte. Nas experiências da quase-morte, o paciente pode observar o seu corpo humano se
movimentando, inclusive dominado por intensas convulsões, ou sendo manejado violentamente nas
manobras da ressuscitação clínica, com ausência total de dor ou desconforto, mesmo quando os médicos
especializados desenvolvem dolorosos procedimentos sem anestesia. Nesta oportunidade, a sua
consciência situa-se numa condição de espectador, como se estivesse instalado junto à sacada do teatro, na
poltrona do cinema observando o filme, ou na intimidade de sua casa assistindo a um programa na
televisão.
Monólogo. Duas outras modalidades de autobilocação consciencial ainda merecem destaque:
quando o projetor projetado vê o próprio corpo humano ocupado pèlo amparador e falando através do
mecanismo vocal dele, no caso do monólogo psicofônico; e quando presencia a comunicação psicofônica
do desencarnado, por exemplo, um enfermo extrafísico, através do próprio corpo humano, na sessão
mediúnica de desobsessão.
Metáforas. Idéias, metáforas, ou imagens que a autobilocação consciencial pode sugerir a quem a
experimenta: demarcação das diferenças fundamentais da observação direta do corpo denso, em relevo,
como um ser real, com a visão dele refletido em um espelho ou na superfície da água, reproduzido numa
foto, sobre uma tela, como escultura ou projetado num filme cinematográfico comum; reconhecimento
definitivo desse veículo como sendo a camisa-de-força da cons- ciência, a prisão de sangue e ossos, uma
5
planta viva sem espírito, um quase-cadáver, uma casca de tronco vazia, um aparelho desligado, o sósia de
si mesmo, a duplicata ou fac-símile inerte.
Relações. Ocorrências estreitamente relacionadas com o fenômeno da autobilocação: auto- toque
extrafísico-físico, auto-abraço, auto-exame extrafísico (V. cap. 229) ou o exame acurado do próprio
psicossoma. Todas estas ações extrafísicas podem provocar a interiorização abrupta da consciência que
estava projetada através do psicossoma e que retoma involuntariamente ao corpo humano.
Mendel. O estágio mais evoluído do fenômeno da autobilocação, próprio do projetor consciente
veterano, constitui o fato de a consciência se projetar através do corpo mental isolado, deixando o
psicossoma dentro do próprio corpo humano, ou seja, subtraindo-se simultaneamente ao restringimento
dos dois corpos, o físico e o psicossoma. Este fenômeno ocorre nos casos de .projeção consciencial dupla
(V. cap. 380).
Dupla. Se, por um lado, a projeção consciencial dupla referida impossibilita manobras tais como o
autotoque, o auto-abraço, e o auto-exame extrafísicos, por outro lado permite a contemplação, sem
emocionalismos, do corpo humano como um todo, seja com aspecto sombrio ou irradiando luminosidade,
no caso as energias do duplo etérico ou a luz própria do psicossoma.
______________
Bibliografia: Alverga (18, p. 127), Atienza (61, p. 259), Bedford (103,p. 15), Blackmore (139, p. 3), Bord
(170, p. 13), Bozzano (184, p. 159), Butler (228, p. 116), Campbell (237, p. 26), Castaneda (258, p. 47), Cornillier
(304, p. 87), Crookall (343, p. 18), Currie (354, p. 144), Eysenck (493, p. 155), Gibier (587, p. 125), Giovetti (593, p.
61), Green (632, p. 37), Greene (635, p. 58), Greenhouse (636, p. 155), Guéret (659, p. 163), Hampton (676, p. 39),
Holzer (745, p. 171), Jung (813, p. 507), Lippman (934, p. 348), Lischka (937, p. 121), Machado (968, p. 15),
MacLaine (980, p. 285), Manning (994, p. 89), Monroe (1065, p. 172), Muldoon (1105, p. 52), Ostby (1171, p. 225),
Parrish-Harra(l 202, p. 77), Rampa (1351, p. 126), Reis (1384, p. 91), Ring (1406, p. 45), Rogo (1444, p. 64), Sabom
(1486, p. 32), Sherman (1551, p. 184), Steiger (1601, p. 45), Swedenborg (1635, p. 253), Tourinho (1692, p. 17), Vett
(1738, p. 387), Vieira (1749, p. 16), Watkins (1799, p. 18).
25. AUTOSCOPIA PROJETIVA
Definição. Autoscopia (Grego: autos, si mesmo: skopeni, observar): faculdade e ato de o indivíduo ver ou sentir a si mesmo, diretamente, diante de si, conservando inteira consciência vígil, sem o
auxílio de quaisquer recursos físicos.
Sinonímia: alucinação heutoscópica; auto-aparição; autognosia; autotelediplosia; autovisão;
cinestesia cenestovisual; deuteroscopia; experiência autoscópica; exteriorização da sensação cines- tésica;
heutoscopia projetiva; metagnomia autoscópica; visão autoscópica; visão de si; visualização da imagem
do corpo.
Tipos. A autoscopia em geral pode ser: interna; externa; semelhante; diferente; especular;
cenestésica; recorrente; onírica; parcial (duplos anatomicamente incompletos); total; e projetiva.
Sensações. As sensações autoscópicas podem ser positivas ou negativas, em graus diversos e
variedades diferentes do fenômeno que é dos mais obscuros e controvertidos entre todos aqueles
agrupados dentro do complexo fenomênico da Projeciologia.
Cenestésica. Na autoscopia cenestésica o duplo é somente sentido, sem ser visto pela consciência.
Narcisismo. Vários psicanalistas atribuem as experiências autoscópicas ao narcisismo. Esta
hipótese simplista é completamente anulada pela existência do fenômeno da heteroscopia projetiva (V.
cap. 52).
Natureza. Na verdade, em parte considerável dos casos que surgem de maneira muito transitória e
acidental, não se pode qualificar absolutamente de patológicas as muitas ocorrências da autoscopia, seja
interna ou externa, quando alguém visualiza a própria imagem, exatamente semelhante a si mesmo, com
vestes idênticas, mãos iguais e a mesma figura, ou o fantasma autoscópico diante de si próprio.
Predisposições. O estado crepuscular da consciência, seja profunda autoconcentração, devaneio,
sono, ou anestesia geral, favorece o surgimento do fenômeno da autoscopia.
Atributos. A condição, o momento, a distância e o aspecto da aparição autoscópica variam muito.
A forma pode ser menor em estatura e estar trajando roupas diferentes no momento. Na maioria das
6
ocorrências a aparição surge inteiramente muda, mas pode acontecer que se estabeleça um diálogo e até a
flagrante diferença de opinião entre a forma e o eu sediado no corpo humano, talvez por auto-sugestão.
Hipótese. Muitas vezes parece ocorrer a projeção do duplo etérico do indivíduo, veículo-simulacro que se exterioriza sem a consciência, criando o fantasma autoscópico, segunda pessoa, ou duplo
autoscópico. Tal aparição não constitui ou contém centro de consciência.
Bibliografia: Battersby (92, p. 97), Black (137, p. 15), Blackmore (139, p. 155), Bonin (168, p. 57),
Bozzano (192, p. 154), Breecher (198, p. 28), Champlin (272, p. 182),' D’arbo (365, p. 163), Dubugras (426, p.
369), Dumas (432, p. 9), Fodor (528, p. 25), Green (633, p. 212), Hemmert (713, p. 52), Kolosimo (858, p. 156),
Larcher (887, p. 337), Lukianowicz (957, p. 199), Morel (1086, p. 37), Paim (1182, p. 52), Paula (1208, p. 57),
Rank (1374, p. 73), Rogo (1444, p. 2), Sabom (1486, p. 235), Seabra (1534, p. 86), Shepard (1548, p. 83), Shirley
(1553, p. 62), Sollier (1581, p. 3), Steiger (1601, p. 91), Stokes (1624, p. 23), Sudre (1630, p. 205), Tchou (1669,
p. 279), Todd (1689, p. 47), Vieira (1762, p. 90).
26. AUTOSCOPIA INTERNA
Definição. Autoscopia interna: faculdade e ato de o indivíduo, homem ou mulher, ter a visão
orgânica, interna, do próprio corpo humano, órgãos interiores e fenômenos da vida vegetativa, quer com a
consciência aparentemente dentro do cérebro, ou deslocada para fora do corpo físico.
Sinonímia: aloscopia; auto-representação; desdobramento autoscópico; endoscopia direta;
entoscopia direta;introvisão;metagnomia autoscópica; visão de raios X de si mesmo.
Dentro. A autoscopia interna, quando o centro da consciência permanece dentro do corpo
humano, é obviamente parcial, ou seja, ocorre a visão apenas de uma área orgânica, podendo ou não
acontecer em uma projeção parcial da consciência.
Fora. A autoscopia interna, na condição em que o centro da consciência permanece fora do corpo
humano, tipicamente projetiva, pode ser parcial ou total, constituindo fase avançada do fenômeno da
autobilocação consciencial (V. cap. 24). Nesta condição, a consciência vê os corpos físico e extrafísico, ou
o psicossoma, simultaneamente.
Observações. Durante a visão autoscópica do interior do próprio corpo humano, os projetores
conscientes projetados observam: o corpo perfeitamente reconhecível por suas particularidades pessoais; o
rosto;os feixes de veias e nervos, que vibram como um formigamento luminoso;o coração batendo; o
sangue circulando, num vermelho vivo de fògo, correndo nas artérias;as redes vasculares, e os músculos,
formando todo o conjunto uma espécie de armação transparente de cristal.
Diagnóstico. A autoscopia interna, na maioria dos casos, não só deixa de ser patológica como
também torna-se extraordinário recurso de autodiagnóstico projetivo (V. cap. 200), especialmente nos
fenômenos da clarividência viajora (V. cap. 43) provocada em favor da assistência à própria pessoa.
______________________
Bibliografia: Alverga (18, p. 225), Bonin (168, p. 57), Bozzano (184, p. 113), Coxhead (312, p. 128),
D’arbó (365, p. 163), Depascale (392, p. 15), Fodor (528, p. 25), Gibier (587, p. 126), Gómez (613, p. 20),
Greenhouse (636, p. 43), Kolosimo (858, p. 156), Larcher (887, p. 338), Martin (1002, p. 29),
Morei (1086, p. 37), Paula (1208, p. 57), Richet (1398, p. 136), Seabra (1534, p. 98), Shepard (1548, p.
83), Sollier (1581, p. 45), Tondriau (1690, p. 198), Zaniah (1899, p. 60).
27. AUTOSCOPIA EXTERNA
Definição. Autoscopia externa: faculdade e ato de o homem ou mulher se ver diante de si, estando
no estado da vigília física ordinária.
Sinonímia: aparição para si mesmo; autofania; autoscopia do próprio duplo; autoscopia especular;
desdobramento autoscópico; desdobramento homólogo; fenômeno do sósia; projeção homóloga; projeçãosimulacro.
Psiquiatria. O fenômeno autoscópico externo, ou a reflexão fantasmática de si mesmo, está
caracterizado, há décadas, como alucinação mencionada por várias áreas de pesquisa da Medicina,
especialmente no âmbito da Psiquiatria, com bases neurológicas, onde são usadas as denominações
corriqueiras de “alucinação autoscopia”, “autoscopia”, “duplo autoscópico”, “duplo quimérico”, “visão
7
especular”, etc.
Etiologia. Na etiologia, ou no estudo das causas das alucinações autoscópicas patológicas, pode
ser detectada alguma destas condições orgânicas mórbidas: alcoolismo crônico; ansiedade; demência
paralítica; encefalite letárgica; enxaqueca;epilepsia;esquizofrenia;estado gripal;estados tóxicos-febris;
fadiga; intoxicação por drogas;lesões cerebrais infecciosas, traumáticas, vasculares ou neoplásicas,
particularmente nas zonas têmporo-parieto-occipitais; vertigem labiríntica aguda; etc. A afinidade maior
aparece entre a autoscopia patológica, a epilepsia, e a enxaqueca.
Percepções. Nos casos da autoscopia externa patológica, a pessoa não apenas vê a imagem exata
de si mesma como réplica viva (percepção visual), seja sólida, transparente, semitransparen- te ou vaga,
igual a uma névoa, ou assemelhada a uma gelatina, nas cores cinza ou nevoenta; como também pode ouvir
o seu duplo com a sua mente (percepção pseudoauditiva), perceber os seus movimentos (percepção
cinestésica), e permanecer emocional e intelectualmente desperta quanto à existência do seu duplo como
parte integrante de si mesma (percepção psicoemocional).
Histórico. Reportam-se ã visões autoscópicas externas vários escritores, romancistas, filósofos e
poetas, através dos tempos, sendo que algumas experiências narradas são autobiográficas, especialmente
estas catorze: Hans Christian Andersen (1805-1875), “Tales”; Aristóteles (384- 322 a.C); Grabrielle
D’Annunzio (1863-1938), “Nottumo”, poema; Louis Charles Adélaide Cha- misso de Boucourt (17811838), “Peter Schlemihl”; Alphonse Daudet (1840-1897), obras; Fiodor Mikhailovitch Dostoievski (18211881), “O Sósia”; Johann Wolfang von Goethe (1749-1832), obras; Ernst Theodor Amadeus Hoffman
(1776-1822), “Tales”; Franz Kafka (1883-1924), “The Trial” (Trad. Willa Muir and Edwin Muir; epil.
Max Brod; 256 p.; 18 cm.; pocket; br.; Penguin Books; Aylesbury; Great Britain; 1981); Henry René
Albert Guy de Maupassant (1850-1893), “Le Horla”; Louis Charles Alfred de Musset (1810-1857), “La
Nuit de Décembre”; Ferdinand Raimond, “Le Dissipateur”; Johann Paul Friedrich Richter (1763-1825),
“Hesperus”; John Steinbeck (1902-1968), “Great Valley”. Se considerássemos, de modo radical, todos os
fenômenos au- toscópicos externos como patológicos, estes autores teriam sido, sem dúvida, psicopatas, o
que soa francamente irracional, ou pelo menos ilógico e inadmissível.
Ocorrências. Do ponto de vista psiquiátrico, surgem estranhas ocorrências autoscópicas alucinatórias, inclusive o caso do paciente que praticava masturbação mútua, ou seja, ao mesmo tempo com a
própria figura do seu duplo projetado.
Permeabilidade. Existem certas similitudes entre as ocorrências dos membros-fantasmas e os
duplos autoscópicos, segundo as observações de psiquiatras e neurologistas. Por exemplo, a qualidade de
permeabilidade que permite ao membro-fantasma e ao duplo autoscópico passarem através de objetos
sólidos como paredes, camas, o próprio corpo humano do paciente, etc.
Sombra. A diferença fundamental entre o duplo autoscópico e uma aparição clássica é que
somente esta lança sombra visível, observada com freqüência pelos que percebem o fenômeno.
Especular. Na autoscopia especular, tambe'm denominada negativa, o indivíduo se vê diante de si,
absolutamente idêntico, e pode observar sua reprodução (simulacro), respirar e viver em uníssono,
minuciosamente, consigo mesmo (ao que parece, no caso, o duplo etérico).
Dentro. Apesar das ocorrências da autoscopia alucinatória ou patológica, existe a autoscopia real.
Considera-se aqui a autoscopia externa projetiva quando a consciência permanece sediada no cérebro, ou
seja, dentro do corpo humano. Quando a consciência enxerga o corpo físico estando/ora dele, ou dentro do
corpo extrafísico — o psicossoma — ocorre a autobilocação conscien- cial (V. cap. 24).
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Bibliografia: Blackmore (139, p. 159), Bozzano (184, p. 158), Bret (202, p. 42), Coleman (291, p. 254),
Dostoievski (4.08, p. 62), Duchatel (430, p. 112), Fodor (528, p. 25), Fugairon (562, p. 131), Larcher (887,p.
337), Lukianowicz (957, p. 216), Martin (1002,p. 29), Osty (1173, p.19), Owen (1178, p. 227), Paula (1208, p. 57),
Richet (1398, p. 703), Shepard (1548, p. 83), Sollier (1581, p. 7), Todd (1689, p. 50), Walker (1781, p. 148).
28. CATALEPSIA PROJETIVA
Definição. Catalepsia (Grego: katalepsis, surpreender) projetiva: estado psicofísico caracterizado
pelo enrijecimento dos membros, insensibilidade, respiração lenta e impossibilidade passageira de a
consciência encarnada lúcida mover o corpo humano estando sediada conscientemente dentro dele, em
8
razão de uma dissociação entre a sensibilidade e as faculdades motoras.
Sinonímia: catalepsia astral; catalepsia extrafísica; catalepsia fisiológica; catalepsia pré-obe;
catalepsia pós-projetiva; consciência cataléptica; despertamento paralítico projetivo; imobilidade tônica
projetiva; paralisia cataléptica projetiva; paralisia desperta; paralisia física projetiva; paralisia generalizada
projetiva; pseudo-despertar; quarto estado; suspensão de sensações e movimentos.
Peso. Na experiência de catalepsia projetiva, logo no início da sua manifestação, a consciência
encarnada sente que de certo modo está dentro da massa da matéria do corpo humano. Contudo, não
consegue movimentá-la, como se fosse assoberbada por reação física de peso que lhe dá a estranha
impressão de que o corpo humano — ou o conjunto dos veículos de manifestações da própria consciência
— pesa centenas de quilos, tendo a sensação de estar o corpo humano pressionado de encontro ao leito, o
que impede a consciência de executar qualquer movimento muscular, por mínimo que seja.
Tipos. Há dois tipos básicos de catalepsia projetiva: a catalepsia da ida, ou pré-projetiva; e a
catalepsia da volta, ou pós-projetiva. A catalepsia projetiva da ida ocorre quando a consciência sai do
estado da vigília física ordinária e procura adentrar o plano extrafísico. A catalepsia projetiva da volta
surge quando a consciência projetada se interioriza no corpo humano e procura despertar fisicamente.
Pós-projetiva. Na ocorrência da catalepsia da volta, no retorno do psicossoma, ou pós-pro- jetiva
— muito mais freqüente e interessante — a consciência vem quente com as sensações extrafí- sicas
colhidas, às vezes à distância, estando o psicossoma-condensador reabastecido de energia cósmica,
quebrando a estrutura imperturbável e granítica do processo da reencarnação, sentindo-se como se
tivessem sido destruídas as barreiras entre os planos da vida, alargando-se os horizontes mentais ao
infinito.
Benigna. O estado da catalepsia projetiva, extrafísica ou fisiológica, invariavelmente de natureza
inofensiva ou benigna, isto é, breve e sem conseqüências danosas, não deve ser confundido com a
dramática catalepsia física ou patológica, invariavelmente de natureza maligna, caracterizada por
verdadeiro estado mórbido, que surge em fases pré-agônicas, e que pode ocasionar o enterramento do
corpo humano do indivíduo suposto clinicamente morto.
Psicopatologia. Do ponto de vista psicopatológico, no raro estado mórbido de consciência da
catalepsia, chamado “síndrome simuladora da morte”, a pessoa se sente incapacitada para se mover e até
pode escutar o que fazem à volta do seu corpo humano paralisado. Este estado reproduz quase todos os
caracteres da morte biológica, especialmente estes três: a queda do metabolismo basal ou o fato de o corpo
humano esfriar; os batimentos cardíacos em fibrilação, ou seja, quase imperceptíveis; a midríase ou a
abertura total das pupilas (ocorrência que surge invariavelmente dois a três minutos após a morte física),
embora o sangue continue a fluir de forma constante.
Duração. Segundo ainda a Psicopatologia, não existe estado cataléptico que ultrapasse seis horas
pois aí o paciente entraria em sofrimento cerebral e ocorreria então o óbito. Geralmente há o retorno
espontâneo do doente à vida normal, quando são aplicados cardiotônicos e oxigênio.
Necrópsia. As possibilidades de uma pessoa ser necropsiada ou sepultada indevidamente são hoje
muito remotas, embora sempre seja explorada pela literatura, componha tema de filmes de mistério,
participe do folclore da morte e apareça como tema do misticismo, etc. A necrópsia, segundo a lei, só é
feita seis horas depois do óbito. O corpo que chega aos Institutos Médico-Le- gais só é levúio para a
geladeira depois de cumprir as seis horas de espera, antes do exame criterioso para evitar o risco de se
congelar alguém que ainda viva fisicamente. Por isso, o risco de iniciar a necrópsia de algue'm que ainda
vive e esteja afetado pelo estado de catalepsia é, assim, inexistente. Para maiores informações sobre o
assunto, veja o cap. 48.
Bloqueios. A catalepsia projetiva acontece mais freqüentemente nas primeiras experiências do
projetor encarnado, causada pela barreira do medo ou falta de preparo para se projetar conscientemente.
Não raro, a catalepsia projetiva impressiona a consciência sugestionável-, insegura, e amedrontada, que
desconhece qualquer tipo de técnica projetiva e se apavora com a ocorrência, podendo sobrevir daí
bloqueios passageiros (recesso projetivo) para novas saídas suas pelo psi- cossoma, com lucidez, durante
certo período.
Ponte. Na catalepsia projetiva, a criatura encarnada pode ainda sentir, dentro do corpo humano, os
movimentos mínimos do psicossoma, com a consciência praticamente igual às condições do estado da
vigília física ordinária, constituindo esse estado cataléptico verdadeira ponte entre os dois planos, — o
9
físico denso e o extrafijsico, — sem quaisquer interferências de outras inteligências encarnadas,
desencarnadas ou mesmo conotações mediúnicas.
Sensações. As sensações gerais advindas ou subseqüentes ao estado de catalepsia projetiva são:
afundamento do psicossoma no leito; escorregamento do psicossoma para um lado; drapeja- mento para
um lado de segmentos do psicossoma como as parapemas, os parabraços, etc.; elevação, saída do corpo
humano e reentrada do psicossoma em seguida; percepção da consciência do seu corpo humano como se
este fosse uma caixa lacrada; relação anormal da consciência encarnada com o fenômeno da respiração;
satisfação íntima da consciência encarnada por experimentar a condição de possuir dois organismos, em
diferentes planos de existência, com o poder indiscutível de neutralizar ou eliminar a pseudotirania
onipresente da matéria densa enquanto ainda se encontra na Terra.
Post-mortem. A propósito, segundo observam os projetores conscientes no plano extrafí- sico, os
médiuns clarividentes nos leitos mortuários, e de acordo com as comunicações mediúnicas de entidades
desencarnadas, a condição da catalepsia post-mortem acomete certas pessoas, por algum tempo, assim que
se instala o processo da morte do seu corpo humano, ainda estando no seu leito funerário, antes de ocorrer
o seu despertamento consciencial no plano extrafísico. Nestas circunstâncias, a consciência sente o seu
corpo humano frio e não consegue mover qualquer partícula material. Os projetores humanos são
chamados, — em razão do tipo ou da natureza de energia consciencial que possuem, — a retirarem as
consciências recém-desencarnadas desses estados catalépticos post-mortem.
Causa. Supõe-se que a causa real da catalepsia projetiva seja a impossibilidade temporária de
comunicação consciencial entre a mente do psicossoma, no caso, o corpo mental sediado no para- cérebro
do psicossoma, e as áreas corticais motoras do cérebro físico, denso, do corpo humano. Talvez influa no
processo alguma alteração ainda obscura das inserções psicofísicas, parabiológicas ou energéticas do
cordão de prata em ambos os veículos de manifestação da consciência encarnada: o psicossoma e o corpo
humano.
MOR. O breve estado de paralisia física ou incapacidade de movimentos próprio da catalepsia
projetiva comumente ocorre, por alguns segundos, quando o sonhador acorda durante a fase dos
movimentos oculares sincrônicos rápidos ou MOR (V. cap. 72), antes que o tônus muscular do seu corpo
humano tenha tido tempo de ser restaurado.
Técnicas. Seguindo as técnicas fisiológicas, — sem cometer nenhum excesso físico ou mental, —
não existem dificuldades para quebrar o estado da catalepsia projetiva, seja ela moderada ou intensa. Para
isso existem dois processos simples: provocar o despertamento físico ou produzir a reprojeção da
consciência através do psicossoma.
28.01 Despertamento. Neste processo, mais adequado à catalepsia pré-projetiva, a sua consciência
deve procurar — querendo ardentemente — mover parte mínima de um órgão do corpo humano,- seja
uma pálpebra, um lábio, a língua, um dedo, ou mesmo respirar mais profundo, e despertar normalmente
no estado da vigília física ordinária.
28.02 Reprojeção. Neste processo, mais adequado à catalepsia pós-projetiva, sua consciência deve
querer deixar o corpo humano e se projetar, ou mais apropriadamente, se reprojetar através do
psicossoma, o que é menos difícil. Na maioria dos casos não acontece o estado cataléptico depois da
segunda projeção consciente.
Prova. Na qualidade de fenômeno anímico, xenofrênico, parapsíquico, realístico, e impressionante, a catalepsia projetiva constitui excelente prova da existência do corpo espiritual, ou seja, do
psicossoma, para o próprio projetor. Como impressão fenomênica inesquecível, somente é superada pela
experiência da decolagem consciente da consciência através do psicossoma.
Enterramento. Não se deve considerar a catalepsia projetiva um malefício, ou chegar a confundila com a catalepsia patológica, e nem temer qualquer ocorrência de enterro prematuro, ou involuntário,
como conseqüência dessa condição psicofísica. Basta ponderar que o enterramento voluntário —
fenômeno que foi comum no Oriente durante certo tempo — baseava-se, justamente, na catalepsia
projetiva provocada (V. cap. 48).
Estado. A consciência cataléptica é também chamada por pesquisadores orientais de quarto estado
em relação à existência de outros três estados conscienciais: a vigília física ordinária;o sonho comum
simbólico; e o sono natural sem sonhos.
10
_____________________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 51), Andreas (36, p. 55), Bayless (98, p. 112), Crookall (343, p. 25),
Digest (401, p. 350), El-Aowar (474, p. 100), Eliade (476, p. 65), Fodor (528, p. 42), Gaynor (577, p. 33),
Gómez (613, p. 28), Greenhouse (636, p. 149), Kardec (824, p. 222), Krishna (867, p. 103), Monroe (1065, p.
247), Morei (1086, p. 47), Muldoon (1105, p. 1.1), Paula (1208, p. 69), Reis (1384, p. 86), Rogo (1444, p. 42),
Salley (1496, p. 157), Shepard (1548, p. 151), Spence (1588, p. 95), Swedenborg (1635, p. 250), Tondriau (1690,
p. 207), Vieira (1762, p. 160), Walker (1781, p. 69), Zaniah (1899, p. 106).
29. CLARIVIDÊNCIA EXTRAFISICA
Definição. Clarividência (Latim: clarus, claro; videre, ver) extrafísica: faculdade perceptiva
da consciência projetada para fora do corpo humano que permite adquirir informação acerca de
objetos, eventos psíquicos, cenas e formas que estão perto, longe ou que se desenrolam no espaço,
ou mesmo fora do plano físico, através da percepção de imagens ou quadros.
Sinonímia: clarividência astral; dupla vista extrafísica; hilognose extrafísica; paropsia extrafísica;
segunda vista extrafísica; telecognose extrafísica; telopsia extrafísica; ultravidência; vidência extrafísica.
Atributo. A faculdade da clarividência fora do corpo humano independe de o projetor encarnado
ser clarividente atuante, ou não, na vigília física ordinária, e surge como atributo normal da consciência
livre.
Psicosferas. Uma das conseqüências práticas da clarividência extrafísica é o ato de o projetor
projetado ver as auras ou as psicosferas das criaturas em geral.
______________________________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 56), Blavatsky (153, p. 120), Cavendish (266, p. 64), Chaplin (273, p. 37), Day
(376, p. 29), Digest (401, p. 350), Fodor (528, p. 45), Gaynor (577, p. 37), Greene (635, p. 89), Leadbeater (898, p. 1),
Martin (1003, p. 35), Morei (1086, p. 51), Paula (1208, p. 71), Pensamento (1224, p. 29), Shepard (1548, p. 167),
Spence (1588, p. 105), Tondriau (1690, p. 209), Vieira (1762, p. 44), Wedeck (1807, p. 85), Zaniah (1899, p. 112).
30. CONSCIÊNCIA CÓSMICA
Definições. Consciência cósmica: condição ou percepção interior da consciência do cosmo, da
vida, e da ordem do Universo; exultação intelectual e ética impossível de se descrever, quando a
consciência sente a presença viva do Universo e se torna una com ele, numa unidade indivisível.
Sinonímia: auto-absorção; autotranscendência ascendente; batismo do espírito; big-bang
consciencial; consciência expandida; consciência intercósmica; consciência no plano mental;consciência
objetiva; consciência samádica; consciência supercósmica; consciência superlúcida; consciência
supramental; consciência transpessoal; euforia extrafísica máxima; experiência clímax; experiência
culminante; experiência de intemporalidade; experiência plateau; fana ou aniquilação (Sufísmo);
hiperacuidade consciencial global; identificação cósmica; inconsciente transcendental; ínterfusão total;
intimação da imortalidade; kensho; maturidade extrafísica; mente cósmica; mente holofótica; mente
universal; momento absoluto; nirvana ou extinção (Budismo); projeção mental (Projeciologia); psique
cósmica; reviravolta psíquica; samádi ou conjunção (Ioga); satori ou iluminação (Zen-Budismo);
sentimento de transformação; sentimento oceânico; sono sem sono;supermente; supervigilância projetiva;
Tao absoluto (Taoísmo); toque do infinito ; transconsciência;união espiritual;unio mystica (misticismo
ocidental); wu (chineses).
Energia. A elevação do estado da consciência exige energia consciencial intensa. Os níveis
elevados de intensidade e freqüência de energia mantêm elevados os níveis da consciência. Nestes
princípios se assentam o fenômeno da consciência cósmica.
Fatores. Todas as causas e condições do estado da consciência cósmica estão na própria
consciência à espera de maturação. A pacificação mental e a liberação da superconsciência agem como
fatores predisponentes desencadeando a projeção mental e, conseqüentemente, a consciência cósmica, o
estado xenofrênico de maior magnitude de parapercepções, o supremo pique da experiência consciencial,
11
a contração e a expansão simultâneas da consciência.
Mental. A existência do plano mental, do corpo mental, e das projeções conscientes por este
veículo (V. cap. 116); a projeção de consciência contínua (V. cap. 437); o estado da consciência contínua
(V. cap. 438); e a escala do estado da consciência contínua (V. cap. 439) constituem as bases para se
compreender e se poder aproximar da explicação do estado da consciência cósmica. Esta é a melhor
indicação ou sugestão para que o próprio interessado se esforce a fim de alcançar a condição da
consciência cósmica.
Base. A base física para a eclosão do fenômeno da consciência cósmica — componente secundário — pode ser qualquer local, porque o mesmo manifesta-se no plano mental, de algum modo
atemporalmente, sem formas (não-formas), sem espaços e universo físico (não-espaços), e só pode ser
entendido através da intuição extrafísica (V. cap. 35).
Poderes. Os poderes conscienciais advindos do corpo mental e que desencadeiam o estado da
consciência cósmica, se manifestam além da cabeça física, ou seja, dos hemisférios cerebrais, além
mesmo do chacra coronário, e se estendem, empolgam, penetram, atravessam, saturam, inspiram,
infundem, e difundem vida e lucidez, fecundando todos os centros energéticos do próprio homem,
conhecidos e desconhecidos por ele, diretamente do plano mental.
Níveis. Há um estado temporário, gradativo, por níveis, no fenômeno da consciência cósmica. Este
fenômeno se instala de forma crescente ou de forma abrupta. Esta segunda condição em geral é superior à
primeira.
Duração. A duração do estado da consciência cósmica, de segundos ou minutos, será sempre
aparente porque a ocorrência é atemporal, conforme nossas convenções, ou seja, se desenvolve além do
tempo cronológico.
Tipos. Os tipos do estado da consciência cósmica podem ser classificados em aproximativos,
médios, e intensos. A condição da consciência cósmica pode ser obtida de modo espontâneo ou
provocado.
Intensidade. A intensidade da experiência da consciência cósmica varia na vida de um só
indivíduo e entre as experiências de um indivíduo para outro. Uma pessoa pode ter apenas uma experiência culminante em toda a sua existência. Contudo, muitos indivíduos podem experimentar um
episódio intenso e outras experiências menores, ainda assim indizíveis, personalíssimas, intransferíveis,
indiscutíveis, incomensuráveis, cataclísmicas, inalienáveis.
Partida. A consciência cósmica obtida a partir da condição da consciência projetada tende a ser
superior à consciência cósmica obtida a partir do estado da vigília física ordinária. Em óutras palavras: o
plano mental puro alcançado, indiretamente, a partir do plano físico, impressiona menos à consciência do
que o plano mental alcançado diretamente a partir do plano extrafísico propriamente dito.
Explicação. E muito difícil caracterizar a experiência da consciência cósfnica. Mais fácil será
dizer que a mesma não é: nenhum êxtase, nem alucinação, nem discriminação, nem parcialidade, nem
atividade, nem passividade, nem confinamento, nem simples exaltação intelectual, nem mera exaltação
emocional, nem orgasmo universal, nem misticismos, nem psicologismos, nem filosofismos, nem
teologismos, nem limites conceptuais.
Foco. Na consciência cósmica, o foco da consciência, ou onde a concentração da atenção é
máxima, assenta-se no reservatório ilimitado de todo o Universo, que se torna o seu campo de manifestação, desaparecendo a margem ou periferia da consciência, o tempo, o veículo de consciência e o
espaço como o conhecemos. Isso permite ao indivíduo alcançar às vezes, em segundos, uma existência
inteira de entendimento, revelação, iluminação e autotranscendência.
Certeza. A experiência da consciência cósmica intensa comunica certeza inabalável, sendo
indubitável para o próprio indivíduo. No entanto, a pessoa pode ter apenas uma aproximação, ou arremedo
do estado da consciência cósmica. Neste caso, ela ainda duvida da legitimidade da sua experiência. É
como se tivesse tido apenas meia projeção (hemiprojeção) pelo corpo mental.
Máximo. Alcançar a experiência da consciência cósmica intensa, seja de modo gradual ou
instantâneo, representa obter o pique máximo possível na produção das projeções conscienciais lúcidas.
Depois disso, existe apenas a sua repetição cada vez mais intensa quanto à elevação qualitativa. Vale
registrar que as projeções conscienciais intensas, através do psicossoma, podem provocar a alienação da
consciência encarnada quanto ao próprio mundo físico. Já as experiências da consciência cósmica não
12
geram tal alienação, não obstante conduzem o indivíduo à reciclagem encarnatória (V. cap. 400).
Objetivos. O estado da consciência cósmica permite alcançar com naturalidade três objetivos
conscienciais transcendentes: o entendimento amadurecido da moral cósmica; o uso consciente dos
poderes anímico-mediúnicos; e o atingimento da genialidade hígida, ou seja, sem quaisquer conotações
doentias da vida animal em suas manifestações.
Conceitos. O estado da consciência cósmica descortina ao ego as espécies mais transcendentais de
conceitos como: a memória integral; a omnióptica; as abordagens multifacetadas; a experiência
multímoda; a sabedoria ínsita; o senso coletivo no indivíduo;os ressarcimentos absolutos; a ética
abrangente; etc.
Incubação. Depois da experiência intensa de consciência cósmica, o indivíduo auto-examinando-se verá que passou, — consciente ou inconscientemente, — por uma espécie de processo de
preparação, fase de incubação ou período vestibular de amadurecimento do fenômeno antes de sobrevir a
sua implosão-explosão. Ajudam nessa preparação a imperturbabilidade, a desrepres- são consciente, a
despreconceituação, o taquipsiquismo, a impessoalidade, a auto-hipnose, o background do currículo
extrafísico e, mais que tudo, a assistência interconsciencial com os e dos amparadores.
Desenvolvimento. No desenvolvimento da experiência da consciência cósmica, depois que a
mesma foi obtida, existem duâs fases bem distintas: a fase da indução e a fase do comando.
30.1. Indução. No início ocorre crescente capacidade para induzir o estado da consciência
cósmica de modo personalíssimo, tanto que só a consciência sabe que funciona, pelo menos para si.
30.2. Comando. Mais tarde, surge a força consciencial necessária para comandar o estado da
consciência cósmica, inclusive a sua freqüência, intensidade e duração das experiências.
Contínua. Torna-se mister não confundir o estado da consciência cósmica com o estado da
consciência contínua (V. cap. 438).
Aviso. Torna-se imperioso não confundir também a autêntica, sadia, e pura experiência da
consciência cósmica com as fantasmagorias farmacológicas, ou as imprevisíveis conseqüências da atuação
de dezenas de substâncias neuroquímicas existentes ou produzidas no cérebro humano, — iguais à
serotonina, — às vezes doentiamente mal interpretadas. Tais fatos vêm gerando, através dos séculos,
versões místicas da realidade, visões beatíficas, e arrebatamentos religiosos, nas ocorrências da chamada
química do misticismo (V. cap. 420), com enfermos anônimos ou famosos de diversos matizes, que
viveram conscientes ou até mesmo inconscientes de suas enfermidades, tomadas por epilepsia do lobo
temporal, esquizofrenia, etc.
______________
Bibliografia: Brunton (217, p. 284), Bucke (218, p. 60), Buckland (219, p. 199), Carrington (245,
p. 114), Cavendish (266, p. 66), Chaplin (273, p. 39), Crookall (326, p. 3),Digest (401, p. 351), Driesch
(414, p. 143), Dychtwald (444, p. 249), Eliade (476, p. 66), Fodor (528, p. 65), Frazer (549, p. 268),
Gaynor (577, p. 40), Greene (635, p. 69), Humphreys (766, p. 125),Jacobson (796, p. 252), James (803, p.
389), Krishna (867, p. 124), Michael (1041, p. 104), Paula (1208, p. 77), RUand (1401, p. 252), Roy
(1480, p. 148), Saher (1493, p. 7), Salley (1496, p. 159), Schatz (1514, p. 285), Shepard (1548, p. 194),
Sherman (1551, p. 230), Smith (1572, p. 131), Suzuki (1631, p. 118),Twitchell (1712, p. 15), Uchôa
(1720, p. 103), Vieira (1762, p. 217), Walker (1781, p. 27), Wang (1794, p. 1), Wedeck (1807, p. 90),
White (1830, p. 240), Yogananda (1894, p. 144), Zaniah (1899, p. 117).
31. DEJAISMO PROJETIVO
Definição. Dejaísmo projetivo: conhecimento inconsciente, prévio, ou impressão de já ter visto
ou encontrado uma pessoa, visitado determinado lugar, ou já ter vivido uma situação, os quais de fato o
percipiente jamais vira, estivera antes, ou vivera no estado da vigília física ordinária, por ser impressão
colhida pela consciência projetada durante uma projeção consciencial lúcida ou semilúcida.
Sinonímia: bipercepção projetiva; déjà-vu projetivo; fenômeno do já-visto projetivo; memória ao
revés projetiva; metagnomia duplicativa; para-amnésia projetiva; promnésia projetiva;retro- vislumbre
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projetivo; sentimento projetivo do já-visto.
Formas. Os fenômenos do dejaísmo em geral se referem às coisas vistas ou ao já-visto, mas na
verdade não se restringem à percepção visual. Estas seis expressões francesas indicam formas de
reencontro, real ou imaginado, com o passado:
31.1. Déjàaimé = já amado.
31.2. Déjà entendu = já ouvido.
31.3. Déjàéprouvé = já experimentado.
31.4. Déjà-lü = já lido.
31.5. Déjà senti = já sentido.
31.6. Déjà-vu = já visto.
Falso. Alterações da memória como a paramnésia, o cansaço intelectual e certas intoxicações
orgânicas podem criar o falso déjà-vu, falsa memória, falso reconhecimento, ou pseudo-re- miniscência,
no caso, ocorrência patológica que não deve ser confundida com as impressões autênticas abordadas aqui,
provenientes das projeções conscienciais. A memória se apresenta alterada em todas as psicopatias, ou
doenças mentais, gerando, de fato, em muitos casos, a ilusão do já-visto.
Tipos. Existem dois tipos básicõs de impressões do já-visto quando relativas às projeções
conscienciais: o dejaísmo projetivo físico, no plano humano; e o dejaísmo projetivo extrafísico, no plano
extrafísico.
Físico. O dejaísmo projetivo físico, comum, ocorre no estado da vigília física ordinária quando a
consciência reconhece, de modo pacífico e indiscutível, o local, o objeto físico, a pessoa, ou o ponto
central da rememoração que, na verdade, foi visitado ou visto por ela durante uma passagem lúcida, fora
do corpo humano, através de projeção consciencial.
Extrafísico. O dejaísmo extrafísico, mais complexo, surge para a consciência projetada em
qualquer ambiente identificado por suas percepções, seja crosta-a-crosta, ou mesmo extrafísico
propriamente dito, quando reconhece as circunstâncias e as criaturas que, de fato, foram vivencia- das ou
conhecidas em tempos passados, nesta ou noutra encarnação anterior, ou mesmo num intervalo
reencarnatório ou período de intermissão.
Evidência. O dejaísmo projetivo quando ocorre com a pessoa que ainda não experimentou uma
projeção consciente rememorada marcante, evidencia, e prova para ela mesma, a experiência da projeção
consciente espontânea, não rememorada anteriormente.
Cognições. Há certas ocorrências de dejaísmo projetivo que se relacionam estreitamente cóm a
retrocognjção e a precognição extrafísicas (V. cap. 38). O fenômeno oposto ao dejaísmo é o jamais visto,
caracteristicamente patológico.
Reencarnatório. Além do dejaísmo projetivo, o outro tipo mais encontradiço de fenômeno dessa
natureza na consciência encarnada, no estado da vigília física ordinária, é o dejaísmo reencarnatório, ou
seja, as lembranças autênticas, retrocognitivas, de outra encarnação, prévia, já vivida pela consciênoia.
Psicologia. A escola freudiana de Psicologia, ou Psicanálise, considera o dejaísmo em geral um
mecanismo de defesa inventado pelo subconsciente a fim de evitar o medo gerado por determinadas
situações críticas.
______________________
Bibliografia: Bonin (168, p. 123), Brittain (206, p. 52), Chaplin (273, p. 43), Delanne (385, p. 199),
Flammarion (524, p. 232), Fodor (528, p. 120), Frost (560, p. 18), Gaynor (577, p. 46), Martin (1003, p. 40), Miranda
(1051, p. 156), Morel (1086, p. 60), Muller (1107, p. 108), Neppe (1122, p. 23), Paira (1182, p. 167), Prado (1284, p.
11), Prieur (1289, p. 198), Ritchie (1407, p. 91), Shepard (1548, p. 224), Walker (1786, p. 82), Wedeck, (1807, p. 100).
32. EXPERIÊNCIA DA QUASE-MORTE
Definição. Experiência da quase-morte: ocorrência projetiva, involuntária, ou forçada por
circunstâncias humanas críticas, da consciência encarnada, comum a doentes terminais, pacientes
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morituros, e sobreviventes da morte clínica.
Sinonímia: crise da quase-morte; experiência da fronteira da morte; experiência da morte iminente
(EMI); experiência da segunda vida; evento quase-fatal; fenômeno de morte iminente; NDE (Near-death
experience)-, projeção acidental forçada.
Clima. O momento da morte biológica, morte cerebral, morte clínica, ou a desativação do corpo
humano, sempre ofereceu clima favorável à ocorrência dos fenômenos ditos paranormais, sendo, pois,
compreensível a ocorrência de projeções conscientes nesse período crítico.
Acidentes. Vários tipos de ocorrências, ou momentos de perigo extremo, podem desencadear a
experiência da quase-morte para pessoas diversas: pescadores quase-afogados; indivíduos quaseeletrocutados; operários que sobreviveram a acidentes em construções, acidentes em montanhas e em
estradas de ferro; motoristas e passageiros de desastres automobilísticos; soldados feridos em campo de
batalha; pedreiros que caíram de construções elevadas; e outras vítimas de acidentes similares. Além
destes, as doenças sérias, as pessoas torturadas, as tentativas de suicídio (os quase-enforcados, etc.), as
crises cardíacas, as reações alérgicas e outras afecções, também predispõem circunstâncias médicas que
provocam o fenômeno da pessoa presenciar, — como se estivesse na sacada do recinto de observação
cirúrgica, — a sua própria ressuscitação clínica.
Características. Certas pessoas — ou os egressos da quase-morte — que foram resgatadas, no
último instante, de acidentes quase fatais, notadamente no campo médico da tecnologia da ressurreição,
revelam uma série de elementos particularmente característicos da experiência da qua- se-morte em geral:
agudização de certas percepções; atenção alterada; aumento da velocidade dos pensamentos
(parataquipsiquismo); estado mental alterado; inefabilidade; percepção alterada do tempo e do espaço;
perda de controle; predominância do emocionalismo;revivescência de memórias; sensação da separação
do corpo humano ou senso de desprendimento; sensação de flutuação; sensação de morte; sensação de
realidade;slow motion; transcendência da identidade pessoal, etc.
Tempos. Nos fenômenos subjetivos, destaca-se a percepção alterada do tempo, durante a
experiência da quase-morte, quando é comum surgir para o acidentado a sensação da diminuição aparente
da velocidade do desenrolar do tempo externo, ou ambiental, inclusive com slow motion, em oposição ao
extraordinário aumento da velocidade do desenvolvimento do tempo interno.
Medicina. A projeção consciente é uma experiência comum entre as pessoas que passaram por
eventos críticos da quase-morte. Segundo as pesquisas recentes no campo da Medicina, a idade, o sexo, a
raça, a área de residência, o tamanho da comunidade familiar, a extensão da educação escolar, o estado
civil, a ocupação, a classe social, a formação religiosa, e a religiosidade não influem no fato de a pessoa
experimentar ou não a projeção consciente durante uma crise de qua- se-morte de natureza médica.
Classificação. Do ponto de vista médico, as crises da quase-morte foram classificadas pelo
pesquisador Michael B. Sabom, em três padrões básicos: a experiência autoscópica ou o fenômeno da
autobilocação; a experiência transcendental em que a consciência sai lúcida do cenário da sala de
ressuscitação médica ou do cenário do acidente; e a experiência combinada com ambas as ocorrências.
Unidades. Atualmente, depois de passarem pela Sala de Emergência, situada em geral no andar
térreo do hospital, e ficarem rotuladas nos Estados Unidos da América, por exemplo, sob o Código Azul
ou Código 99, os pacientes terminais ficam numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ou mesmo na
Unidade de Terapia Coronária, nos grandes hospitais. Tais unidades, mais aperfeiçoadas do que a antiga
sala de recuperação pós-operatória, conforme as recentes conquistas da tecnologia médica, têm aparelhos
para respiração artificial, monitores cardíacos e outros, e ali podem ser empregados até o balão intraaórtico, a gamacâmara, etc. Entre as condições dos doentes terminais em geral destacam-se o AVCH,
portador de Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico, e o IMOS, portador de Insuficiência de Múltiplos
Órgãos e Sistemas, por exemplo, um câncer disseminado.
Tipos. A experiência da quase-morte, sem dúvida um gênero especial de projeção consciente,
demonstra padrões claramente reconhecíveis e pode ser classificada em dois tipos básicos: a dos pacientes
terminais e a dos pacientes redivivos.
32.1. Terminais. Os pacientes terminais, que desencarnam, realmente, logo depois de experimentar uma projeção antefinal (V. cap. 33).
32.2. Redivivos. Os pacientes redivivos ou sobreviventes da crise da quase-morte que passaram
pela projeção ressuscitadora (V. cap. 34), ou seja, que tiveram a sensação de morrer, mas viveram para
15
contar a própria história, incluindo até suicidas falhados. Os redivivos podem ter até mais de uma
experiência da quase-morte.
Cordão. Interessante assinalar que o cordão de prata, em certos casos de fenômenos da qua- semorte, é visto como esgotado, um pouco gasto, ou com menor potencial de energia.
Sensações. Quanto às sensações que a consciência desfruta, a experiência da quase-morte pode ser
agradável, de hem-estar, ou desagradável como um pesadelo.
Padrões. À semelhança da projeção consciente espontânea, a experiência da quase-morte, embora
sendo de natureza altamente subjetiva, apresenta notável consistência em seus padrões, variando muito
pouco as suas diferenças quanto à cultura e à religião do indivíduo, ou quanto à causa do fenômeno.
Explicações. Os pesquisadores em geral buscam explicar a natureza e a significação da experiência da quase-morte em termQS de: alucinação autoscópica; alucinação ou ilusão induzida por droga;
crise do lobo temporal; despersonalização; expectativa preexistente; estado alterado de consciência; estado
semiconsciente; fabricação mental consciente; fabricação subconsciente; influências místicas; liberação de
endorfina; modelo holográfico parapsicológico; sonho; etc.
Hormônios. Uma das hipóteses aventadas para explicar o surgimento dos fenômenos da quasemorte assenta-se no medo de morrer, ou na tanatofobia, que ativaria a produção e a secreção de hormônios
das glândulas supra-renais que por sua vez gerariam efeitos parapsíquicos semelhantes aos de certas
drogas como a mescalina, o LSD, e outras (V. cap. 420). Esta hipótese, porém, é contestada pelos próprios
fatos, já registrados, de mais de uma experiência da quase-morte de um só indivíduo, em épocas
diferentes, quando a criatura deixa realmente de ter medo de morrer na primeira experiência e, mesmo
assim, prossegue experimentando a segunda (ou terceira, etc.) ocorrência.
Crianças. As maiores evidências do fenômeno das experiências da quase-morte surgem com as
crianças agonizantes, — ou que passaram por experiências do quase-afogamento, por exemplo, — que
vêem ou se encontram com entidades que constituem pessoas já falecidas, ou seja, invariavelmente
alguém que as precedeu na morte biológica, e cujos relatos seguem os mesmos padrões gerais das pessoas
adultas. Logicamente se os relatos dessas experiências próximas à morte fossem meras alucinações, pelo
menos em alguns dos casos registrados pelos pediatras, as crianças teriam alucinações com um parente
que estivesse ainda vivo, mas respirando entre os homens. E tal não acontece.
Fenômenos. Quanto mais próxima consegue chegar a consciência ao clímax da morte do corpo
humano,-mais elementos fenomênicos aparecem em suas experiências da quase-morte que,
estatisticamente, alcançam mais de mil pessoas por ano, somente nos Estados Unidos da América.
Adeus. A experiência da quase-morte não deve ser confundida com a projeção do adeus ou
aparição crítica (V. cap. 57), nem com a teoria da reencarnação (V. cap. 436).
______________________
Bibliografia: Andrade (29, p. 83), Badham (67, p. 71), Banerjee (74, p. 40), Baumann (93, p. 65), Bender
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33. PROJEÇÃO ANTEFINAL
Definição. Projeção antefinal: experiência da consciência fora do corpo humano, involuntária ou
forçada, comum aos doentes terminais.
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Sinonímia: desprendimento antecipado; experiência da quase-morte terminal; experiência préagônica; penúltima projeção do encarnado; projeção pré-final; visita da saúde projetiva;visões no leito de
morte.
Terminais. A experiência da quase-morte terminal, tipo característico de projeção consciente,
ocorre com os moribundos, pacientes desenganados, ou doentes terminais, pouco antes da transição da
morte biológica.
Padrão. Os casos clássicos de projeções conscientes de pacientes terminais têm mais ou menos
esta seqüência-padrão de ocorrências comuns na fase final da vida humana:
33.1. O doente desenganado pressente que vai morrer.
33.2. Dá adeus a familiares e amigos.
33.3. Estira as pernas sobre o seu leito de enfermo.
33.4. Cruza as mãos sobre o peito na posição tradicional.
33.5. Entra em profunda inconsciência.
33.6. O médico responsável se faz presente.
33.7. O paciente passa horas sem pulso e sem batimentos cardíacos perceptíveis.
33.8. A essa altura, os sinos da igreja anunciam a sua morte.
33.9. Contudo, surgem ocasionalmente débeis e quase imperceptíveis inspirações do corpo
inerte.
33.10. O médico espeta-lhe os músculos com agulha sem obter resposta.
33.11. Pouco depois, no entanto, o paciente desperta inteiramente lúcido pela última vez.
33.12. Surpreso e deslumbrado, o paciente relata as experiências fora do corpo humano.
33.13. Em seguida, desencarna realmente feliz.
Fenômenos. As projeções antefinais, não raro, exibem intrigantes aspectos fenomênicos que
põem por terra todas as interpretações simplesmente psicológicas para o conjunto das ocorrências da
Projeciologia.
Falecidos. Estão nos casos referidos as criaturas humanas, adultos e também crianças, que
relatam a visão, o encontro, e o entendimento mental com as consciências de dois ou mais parentes,
sejam irmãos ou amigos, todos já falecidos. Exemplificando: se a consciência da pessoa agonizante
(adulto ou criança) encontra os espíritos de amigos falecidos, e um deles a apenas dois dias, sendo que
ela, a pessoa agonizante, desconhecia o fato da morte do corpo físico deste amigo, tal ocorrência anula
completamente a hipótese psicológica das informações acumuladas na mente deste agonizante.
_______________________
Bibliografia: Bayless (98, p. 95), Bozzano (189, p. 83), Champlin (272, p. 212), Currie (354, p. 113),
Ebon (453, p. 37), Fiore (518, p. 202), Greenhouse (636, p. 147), Grosso (654, p. 38), Ingber (788, p. 20), Malz
(992, p. 81), Rogo (1445, p. 65), Tyrrell (1717, p. 165).
34. PROJEÇÃO RESSUSCITADORA
Definição. Projeção ressuscitadora: experiência da consciência fora do corpo humano, involuntária, comum aos sobreviventes da morte clínica, pacientes não-terminais, ou aqueles que foram
considerados tecnicamente mortos, também chamados redivivos, ressuscitados, recuperados, ou
reanimados, quase sempre vítimas de acidentes diversos.
Sinonímia: experiência da quase-morte ressuscitadora; morte aparente; morte com retorno; morte
provisória; pseudomorte; ressurreição cardiopulmonar; ressuscitamento clínico; retorno da morte clínica.
Acidentes. Pessoas que experimentaram colapso cardíaco, afogamento, congelamento, hemorragia, ou foram vítimas de arma de fogo, acidente automobilístico e outros, cujos corações pararam de
bater, os pulmões deixaram de respirar, a pressão arterial ficou indetectável, as pupilas dilataram e a
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temperatura corporal caiu ao extremo, têm sido muitas vezes trazidas da morte através das sofisticadas
técnicas de ressuscitação da moderna Medicina.
Descrições. Depois dos episódios trágicos referidos, muitos ex-mortos descrevem inusitadas
experiências durante a jornada temporária pelo reino da morte, onde encontram parentes e amigos mortos,
assistentes espirituais, ou seres de luz, através da projeção consciente.
Espontânea. A projeção ressuscitadora em ocorrências espontâneas vem sendo registrada desde
dezenas de séculos, haja vista o episódio já referido de Er, filho de Armênio, originário da Panfília,
relatado por Platão (400 a. C.; “A República”, Livro X).
Evidência. A projeção ressuscitadora evidencia a inverdade do dito popular de que “ninguém
volta para dizer o que há depois da morte”.
Tipos. Os pacientes ressuscitados podem ter passado por um período consciencial em branco ou
ter experiências extremamente vívidas. Alguns dos que já foram considerados tecnicamente mortos e
depois ressuscitados, mais de uma vez, relataram ambos os tipos de experiência. Ninguém sabe ainda
porque tais variações ocorrem.
Padrão. Sensações características que formam a seqüência-padrão das experiências da quasemorte ou dos redivivos à morte aparente:
34.1 Inefabilidade. Dificuldade de traduzir todos os aspectos da experiência em palavras.
34.2 Flutuação. Sensação de flutuar em pleno ar no ambiente, ou na sala do hospital, junto ao
teto.
34.3 Conhecimento. Conhecimento dos diálogos e das ações dos circunstantes em torno do seu
corpo humano, numa situação em que está profundamente inconsciente, quando ouve a notícia de que está morto.
34.4 Incomunicabilidade. Ato de presenciar os parentes chorando e tentar lhes falar sem ninguém
ouvir as suas palavras.
34.5 Permeabilidade. Tentar tocar nas pessoas que encontra sem conseguir.
34.6 Translocação. Sensação de viajar à alta velocidade.
34.7 Túnel. Sensação da passagem rápida e na escuridão por dentro de longo túnel, abismo,
buraco, caverna, cilindro, funil, poço, ou vale profundo (V. cap. 222).
34.8 Zumbidos. Sensações auditivas tais como ruídos, zumbidos, assobios e tinidos estranhos, não
raro desagradáveis. No entanto, pode sobrevir a sensação de ouvir agradável melodia.
34.9 Calma. Forte sensação de tranqüilidade, paz e quietude.
34.10 Solidão. Sensação de solidão profunda.
34.11 Psicossoma. Sensação surpreendente de possuir outro corpo, além do corpo humano, não
raro uma espécie de nuvem.
34.12 Encontros. Encontros com entidades desencarnadas.
34.13 Parapsicóticos. Visão de entidades perturbadas pela parapsicose post-mortem, presas a
algum objeto, pessoa, hábito, em conflito, ou atormentadas.
34.14 Mensageiro. Aparição de um ser composto de luz ofuscante, irradiando intensa alegria e
amor, geralmente tido a conta de guia ou mensageiro.
34.15 Revisão. Diálogo sem palavras, telepático, sem acusações, com o mensageiro, relativo às
suas ações passadas da existência humana e suas conseqüências, revisadas a partir da
infância, como um filme ou um espelho, iguais a um autojulgamento (V. cap. 39).
34.16 Mental. Há quem relate breve vislumbre do plano mental da existência como se fosse um
centro de consciência suspenso no vazio, onde todo conhecimento parece coexistir com um
estado aparentemente de não-tempo e não-espaço, extremamente inefável.
34.17 Colônias. Alguns descrevem colônias extrafísicas luminosas, semelhantes ao chamado céu,
conforme noções bíblicas ou religiosas que conhecem.
34.18 Fronteira. Ato de deparar com algo simbólico, — descrito como barreira, cerca, entrada,
fronteira, limite, linha de demarcação, névoa cinzenta, porta, portão, ou rio, — que, se for
cruzado, esse ponto de não-retorno, significará o seu não-regresso ao corpo humano e a
aceitação da morte biológica.
34.19 Moratória. Um ou outro acredita que o mensageiro agencia algum perdão ou o salva da
morte biológica, tão-somente com o objetivo do resgaste de ente querido ainda vivo na Terra
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ou a favor de uma moratória encarnatória para si mesmo.
34.20 Interiorização. A interiorização da consciência é muitas vezes sentida como profundo
desapontamento, especialmente para quem passou pela ressuscitação após a morte clínica.
34.21 Efeitos. Os efeitos posteriores à experiência da quase-morte são invariavelmente positivos,
ocorrendo: a eliminação do medo da morte (tanatofobia); a aquisição de maior senso humanitário; o desenvolvimento de faculdades paranormais; a profunda determinação de
propósitos elevados do indivíduo; e a redução da ansiedade perante os percalços da vida
humana.
34.22Revelação. Geralmente a personalidade, encontrando incompreensão por parte de outros a
respeito de suas experiências conscienciais, aprende logo a não expor abertamente o assunto
das vivências extrafísicas a fim de conviver melhor com os demais no período restante de sua
existência terrestre.
__________________
Bibliografia: Andrade (29, p. 87), Baker (69, p. 14), Bedford (103, p. 190), Blackmore (139, p. 142),
Champlin (272, p. 231), Crookall (343, p. 19), Currie (354, p. 137), Eysenck (493, p. 160), Flammarion (522,
p.107), Grosso (654, p. 38), Hampton (676, p. 6), Malz (992, p. 81),Moody Jr. (1078, p. 33), Platão (1261, p.
487), Ritchie (1407, p. 104), Sabom (1486, p. 91), Steiger (1601, p. 31), Wallis (1791, p. 20), Wilkerson
(1848, p. 55).
35. INTUIÇÃO EXTRAFfSICA
Definição. Intuição (Latim: in, dentro; tueri, olhar) extrafísica: fenômeno de percepção
instantânea ou claro conhecimento íntimo através da apreensão ou entrada súbita de pensamento ou idéia,
verdade ou fato na consciência quando projetada fora do corpo humano, sem a intervenção de qualquer
processo racional.
Sinonímia: advertência íntima extrafísicà; apreensão súbita extrafísica; aviso extrafísico;
conhecimento extrafísico sem raciocínio; entendimento extrafísico direto; insight extrafísico; inspiração
extrafísica; instinto intelectual extrafísico; primeiro guia da consciência projetada; sexto sentido
extrafísico.
Profundidade. A intuição extrafísica é a mesma intuição própria do estado da vigília física
ordinária da consciência encarnada, apenas com a diferença de maior profundidade da informação
supranormal, recolhida através do subconsciente que, no caso, alcança todas as encarnações anteriores e
os períodos inter-reencarnatórios, ou intermissões, trazendo-a para dentro da mesma consciência quando
esta se acha projetada fora do corpo humano.
Acalmia. 0 mecanismo da experiência subjetiva da intuição extrafísica exige certo estado de
acalmia consciencial para funcionar melhor. Se a consciência projetada apresenta-se muito agitada, seja
por atenção saltuária, distraibilidade, alegria, medo, tristeza, ansiedade, ou trauma, torna-se mais difícil
captar intuições. Isso sugere que a melhor condição de acesso à intuição é o estado íntimo não emocional
nem afetivo.
Conscientização. A intuição extrafísica simplifica de modo positivo as experiências para a
consciência projetada, dando-lhe a conscientização incontestável de determinados fatos quando a mesma
necessita urgentemente de conhecê-los, às vezes surgindo providencialmente numa circunstância ou
vivência extrafísica dramática, especialíssima e única.
Evolução. A princípio, o projetor consciente novato não se dá conta da existência da intuição
extrafísica. Ele simplesmente a utiliza sem perceber a existência dessa faculdade consciencial. Com a
repetição espontânea das experiências projetivas e intuitivas, e o desenvolvimento evolutivo do projetor
lúcido, nasce a confiança da sua consciência quando projetada no processo intuitivo e ele começa a aplicálo, normalmente, com fluência, como se fosse nova ferramenta de trabalho adquirida nas atividades
extrafísicas.
Porta. A condição de certeza íntima oferecida pela intuição extrafísica, — por exemplo, a respeito
do pormenor de um fato, a identificação mental de uma entidade, o esclarecimento sobre certa
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circunstância existencial, etc., — surge de imediato, e nem sempre representa inspiração direta ou indireta
de um amparador, pois constitui percepção natural da consciência, ainda incompreensível quando se vive
no estado da vigília física ordinária.
Além. A intuição em geral constitui, inquestionavelmente; salto sobre os escalões da lógica;
antecipação quanto aos processos da razão; atalho na elaboração natural ou fisiológica do pensamento; e
revelação anterior quanto às tão procuradas e discutidas provas científicas. Deixo aqui uma hipótese de
pesquisa: — Se a intrigante intuição, como experiência subjetiva, é mais evoluída do que a razão e se a
razão constitui atributo da consciência no corpo mental, a intuição deve emanar de “algo” da consciência
além ou mais evoluído do que o corpo mental?
Aquisição. A intuição extrafísica desempenha papel importante e muitas vezes decisivo no
processo de aquisição de idéias originais (V. cap. 288) através da projeção consciencial lúcida.
_______________________________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 156), Blavatsky (153, p. 284), Bonin (168, p. 252), Chaplin (273, p. 89),
Day (376, p. 65), Fodor (528, p. 185), Gaynor (577, p. 87), Greene (635, p. 89), Morel (1086, p. 98), Pensamento
(1224, p. 57), Shepard (1548, p. 469), Vieira (1762, p. 66), Wang (1794, p. 17),
Zaniah(1899,p. 245).
36. PRECOGNICAO EXTRAFíSICA
Definição. Precognição (Latim: pre, antes; cognoscere, conhecer) extrafísica: faculdade
perceptiva pela qual a consciência, plenamente projetada para fora do corpo humano, fica conhecendo
fatos indeterminados vindouros, inclusive objetos, cenas e formas distantes, no tempo futuro.
Sinonímia: acesso intuicional ao futuro; clarividência extrafísica no futuro; memória antecipada
projetiva; memória futura extrafísica; metagnomia profética extrafísica; paragnose extrafísica; PC
projetiva; precognição projetiva; pregnose extrafísica; premonição extrafísica; prenúncio extrafísico;
presciência extrafísica; previsão projetiva; prognosia extrafísica; projeção astral profética; promnésia
extrafísica; proscopia projetiva; radar extrafísico.
Projeção. Além da precognição usual, espontânea, em suas três formas: realista, não-realista e
intuitiva, e a provocada em laboratório, existe a precognição extrafísica espontânea que compõe a
projeção consciente precognitiva, bem mais comum do que se imagina.
Autoprecognição. A precognição extrafísica quando acontece relacionada com o próprio projetor
é a autoprecognição extrafísica de morte por doença ou acidente, etc.
Retrocognição. Há ocorrências de retrocognição extrafísica (V. cap. 38) onde a consciência
encarnada projetada se inteira de fatos passados, anteriores à presente encarnação, situa personagens
antigos e reencarnados atualmente, que permitem fazer previsões projetivas de acontecimentos para o
futuro próximo. Tal ocorrência deve ser arrolada como tipo especial de precognição extrafísica, ou
fenômeno complexo, efeito ou conseqüência, misto, retrocognitivo-precognitivo.
Percipiente. É comum o procedimento da análise do fenômeno da precognição extrafísica que se
passa com o próprio agente do fenômeno, o projetor projetado. Contudo, ocorrem muitos casos de
precognição projetiva que transcorrem diretamente com o percipiente do fenômeno da projeção consciente
de outrem, no caso uma aparição consciencial intervivos. Nestas ocorrências, o projetor, - seja na
condição de consciência projetada ou mesmo no estado da vigília física ordinária, após a projeção
consciencial, — não tem consciência dos fatos precognitivos que lhe dizem respeito e cujas informações
veiculou, e dos quais só se inteira o percipiente, e os fatos se confirmam com o transcorrer do tempo (V.
Ernesto Bozzano).
________________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 238), Blasco (151, p. 133), Bonin (168, p. 408), Boswell (174, p. 78), Bozzano
20
(188, p. 87), Cavendish (166, p. 205), Chaplin (273, p. 125), Cheetham (276, p. 149),Cornillier (304, p. 85), Denis
(390, p. 85), Digest (401, p. 374), Fodoi (528, p. 295), Gaynor (577, p. 144), Grattan-Guinness (626, p. 144),
Greenhouse (639, p. 58), Harrison (685, p. 103), Holzer (751, p. 108), Marin (996, p. 118), Martin (1003, p. 97),
Monroe (1065, p. 152), Morei (1086, p. 144), Norvell (1137, p. 217), Paula (1208, p. 75), Schiff (1515, p. 117),
Shepard (1548, p. 727), Still (1622, p. 255), Tondriau (1690, p. 273), Vieira (1762, p. 90), Wang (1794, p. 219),
Wedeck (1807, p. 288), Zaniah (1899, p. 364).
37. PSICOMETRIA EXTRAFÍSICA
Definição. Psicometria (Grego: psykhé, alma; metron, medida) extrafísica: conhecimento haurido
pela consciência humana projetada do presente, do passado, e de minúcias de aspectos de personalidades,
por intermédio do contato extrafísico direto com o duplo de objetos físicos (catalisadores) pertencentes à
época ou às épocas que deseja conhecer.
Sinonímia: iconosgnosia extrafísica; lucidez extrafísica indireta; paratelegnomia; psicogni- ção
extrafísica; psicometria astral; psicometria projetiva; psicoscopia extrafísica; telefrontisia astral;
telegnomia extrafísica.
Potencialização. A projeção consciente potencializa a capacidade psicométrica do médium
encarnado, parecendo haver estranha relação entre a natureza essencial do fenômeno e o corpo mental,
fora do tempo e do espaço.
Técnica. A técnica da psicometria extrafísica segue as mesmas diretrizes das práticas conhecidas
da psicometria comum, no estado da vigília ordinária, porém utilizando a ampliação espontânea das
percepções da consciência humana projetada para sentir, perceber e ver a alma das coisas, alcançar o
conhecimento universal, diretamente na memória cósmica, livro da vida, gravações akashicas, ou
registros akashicos no éter reflexivo do Universo.
Utilidades. A psicometria extrafísica, conquanto de prática difícil, é empregada no rastrea- mento
de pessoas desaparecidas e criminosos procurados pela justiça humana.
_____________________________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 246), Boswell (174, p. 166), Carton (252, p. 225), Cavendish (266, p. 168),
Chaplin (273, p. 127), Day (376, p. 105), Digest (401, p. 331), Fodor (528, p. 317), Gaynor (577, p. 148), Johnson (807,
p. 175), Lee (908, p. 165), Martin (1003, p. 102), Morei (1086, p. 149), Paula (1208, p. 89), Pensamento (1224, p. 81),
Perldns (1236, p. 44), Sculthorp (1531, p. 108), Shepard (1548, p. 754), Spence (1588, p. 333), Toben (1688, p. 79),
Tondriau (1690, p. 270), Vieira (1762, p. 159), Wedeck (1807, p. 293).
38. RETROCOGNIÇÃO EXTRAFÍSICA
Definição. Retrocognição (Latim: retro, atrás; cognoscere, conhecer) extrafísica: faculdade
perceptiva pela qual a consciência encarnada, plenamente projetada para fora do corpo humano, fica
conhecendo fatos, cenas, formas, objetos, sucessos, e vivências pertencentes ao tempo passado distante.
Sinonímia: clarividência extrafísica no passado; internação consciencial extrafísica no passado;
memória reencarnatória projetiva; memória remota extrafísica; pós-cognição extrafísica; projeção
regressiva pré-natal; projeção retrocognitiva; regressão da memória extracerebral; retrocesso mnemónico;
retrocognição projetiva; retrocognição reencarnatória; retromonição extrafísica; retroscopia extrafísica;
sonho superlúcido.
Eventos. A retrocognição vivenciada pela consciência projetada pode se referir a eventos da sua
encarnação atual ou de outras, pretéritas, já conhecidas ou inteiramente desconhecidas, sempre através de
recursos de percepção que extrapolam as possibilidades da memória física ordinária, e a inferência
racional a partir de fatos conhecidos.
Projeção. A retrocognição extrafísica, atuando no tempo cronológico em sentido inverso à
precognição extrafísica, permite a ocorrência da projeção consciente retrocognitiva.
Hipóteses. Eis algumas hipóteses de trabalho pertinentes ao assunto: — Como realmente funciona
o processo desta projeção consciente retrocognitiva? Qual a razão de ser do fenômeno? Atua o tempo,
neste caso, no sentido inverso? Seria a retrocognição extrafísica uma viagem consciencial através da
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consciência integral? O processo retrocognitivo se manifesta e se desenvolve somente dentro do corpo
mental, no plano mental?
Pseudo-obsessão. O fenômeno da retrocognição extrafísica, em certos casos, pode gerar a pseudoobsessão, no caso auto-obsessão, como se a rememoração de encarnação prévia fosse uma entidade
obsessiva, separada, associada à perturbação mental subjacente ao indivíduo, o que não deixa de ser uma
parapsicose típica.
_________________________Bibliografia: Bonin (168, p. 429), Cannon (240, p. 40), Castaneda (256, p. 17), Cavendish (266, p. 211),
Chaplin (273, p. 131), D’arbó (365, p. 152), Digest (401, p. 375), Edwards (465, p. 99), Fodor (528, p. 328), Gaynor
(577, p. 155), Morei (1086, p. 156), Müller(1107, p. 253), Paula (1208, p. 109), Shepard (1548, p. 776), Steiger (1601,
p. 147), Tondriau (1690, p. 273), Tourinho (1692, p. 47), Vieira (1762, p. 159), Wang (1794, p. 217), Zaniah (1899, p.
387).
39. VISÃO PANORÂMICA PROJETIVA
Definição. Visão panorâmica projetiva: visão retrospectiva espontânea, em bloco, ao mesmo
tempo, de fatos humanos e condições psicológicas vividos pela consciência encarnada projetada, através
da superatividade da memória evocativa.
Sinonímia: auto-exame consciencial; autojulgamento consciencial; balanço encarnatório;
ecmnésia; epílogo da morte biológica; espelho mnemónico; evocações em bloco; filme cinematográfico
mnemónico; lembrança panorâmica; memória panorâmica; memória sintética;recapitulação da vida;
recapitulação de lembranças; reconstituição panorâmica da vida; recordação cinematográfica;
rememorações pictográficas; reminiscência sintética da encarnação; revisão da vida; revisão existencial;
revisão panorâmica projetiva; revisão retrospectiva total; revisão visual introspectiva; revivescência de
memórias; síntese de recordações; visão caleidoscópica da existência.
Características. O fenômeno da visão panorâmica apresenta dez características básicas nas
ocorrências:
39.1. Instantaneidade. As cenas da visão panorâmica se desenrolam sucessivamente, de modo
súbito, surpreendendo o indivíduo, parecendo um turbilhão ordenado de fatos em torno do
personagem.
39.2. Simultaneidade. Pode ocorrer a experiência simultânea dos muitos fatos exibidos na visão
panorâmica, através de imagens vivas, ao mesmo tempo, no mesmo plano.
39.3. Ordenação. As cenas da visão panorâmica também podem seguir ordenadamente, de modo
regular, seja em sentido inverso aos fatos vividos, ou em sentido direto, na sucessão cronológica exata em
que os fatos se produziram.
39.4. intensidade. O número de lembranças da visão panorâmica varia de indivíduo para
indivíduo. As recordações integrais trazem o panorama inteiro da existência decorrida até aquele
momento, desde os fatos triviais até os mais importantes. As recordações parciais se restringem a trecho
específico da encarnação.
39.5. Imagens. As imagens da visão panorâmica são pictográficas, quadros figurativos da vida
comum com vivacidade incomum, espetáculo de som, cor, movimento e emoção que se desenrola diante
da consciência.
39.6. Clareza. As cenas exibem extrema clareza, apontando todos os mínimos detalhes intrínsecos
e colaterais das ocorrências da visão panorâmica, até mesmo os quadros esquecidos e inesperados. Podem
as cenas surgir com incrível vivacidade ou serem projetadas apenas em duas dimensões.
39.7. Sensações. As sensações experimentadas durante a ocorrência da visão panorâmica são
profundas, seja de satisfação e alívio, ou de remorso. Os sentimentos ficam bem definidos entre o bem e o
mal. O fenômeno permite à consciência analisar minuciosamente as próprias sensações no desfile da sua
história, reunida em uni todo através de painéis, os momentos críticos e os fatos cômuns, o que houve de
positivo e de negativo, as ações com as quais a consciência se sentiu gratificada na ocasião, e as atitudes
pelas quais se envergonha ao recordar, tudo de uma vez, imparcialmente. Mais raramente o desfile de
lembranças pode suceder sem emoções, de modo impessoal.
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39.8. Duração. Os milhares de cenas da perfeita recapitulação integral de lembranças dos
episódios da existência humana, na visão panorâmica, perduram por alguns segundos ou se estendem no
máximo até perto de uma hora. Não há quaisquer sensações da passagem dos minutos, não raro seis
décadas perpassam em décimos de segundo, num autojulgamento consciencial completo.
39.9. Significação. A experiência da visão panorâmica pode ser interpretada como esforço
educacional para ajudar a consciência a entender o significado da vida humana.
39.10. Resumo. As recordações da visão panorâmica podem ser de todo um período da vida
consciencial ou podem surgir apenas tal qual um “resumo”, aparecendo tão-somente as lembranças mais
importantes ou decisivas.
Condições. As hipermnésias ou exaltações mnemónicas em geral ocorrem mais freqüentemente
durante: doença física; febre alta; exaltação religiosa; êxtase; condição emocional elevada; delírio prémortem ou crise que precede à agonia; histeria; senilidade; epilepsia; e outros estados xenofrênicos ou
alterados da consciência, atingindo pessoas que experimentaram perigo de vida ou iminência da morte do
corpo humano; asfixia por submersão; explosão em campo de batalha; operações cirúrgicas; quedas de
cima de árvores; quedas de alpinistas; etc. Envolvem, ainda tais fenômenos os indivíduos quaseenforcados; os soldados feridos; etc.
Forçada. Todos os fatos relacionados predispõem a projeção da consciência forçada e abrupta, daí
porque esta se interliga às ocorrências da visão panorâmica.
Expressões. Muitos estudiosos buscam identificar a visão panorâmica em geral com expressões
tais como: “alma das coisas”, “alma do mundo”, “anais do passado”, “cérebro da natureza”, “clichês
astrais”, “éter-refletor”, “imagens astrais”, “imagens indeléveis”, “luz astral”, “memória da natureza”,
“memória de Deus”, “memória do mundo”, “registro akashico”, etc. Tais expressões procuram dizer
muito quanto às causas, fontes e recursos do fenômeno, contudo, na verdade nada esclarecem de fato. Os
mecanismos da memória ainda permanecem extremamente obscuros.
Crianças. Interessante assinalar que nos fenômenos da quase-morte, as crianças não experimentam a revisão panorâmica das suas vidas, obviamente de duração ainda curta. Tal fato constitui uma
exceção em relação aos adultos, que têm vivências maiores para rememorar e experimentam o fenômeno
da quase-morte.
Acidentes. A visão panorâmica acontece especialmente em circunstâncias marcantes além da
hipermnésia, super-rememoração, ou da simples exaltação da memória, quando a consciência experimenta
o fenômeno da quase-morte (V. cap. 32), ou espontaneamente, durante projeções conscientes abruptas, em
casos de acidentes físicos.
Memória. Na visão panorâmica sucede a projeção introspectiva, ou seja, dentro da consciência,
fora do tempo e do espaço, no centro mnemónico, ou banco de memória integral da personalidade, sem
interferências externas dos acontecimentos referentes à existência da pessoa, qual se fosse imenso
computador que visse, num átimo, como num filme, a própria biografia com todos os dados que traz
programados. As cenas parecem desfilar diante dos olhos da mente.
Contínua. A visão panorâmica demonstra claramente que a memória integral da consciência,
quando necessário, evidencia ser memória contínua ou sem hiato, perfeita, indelével, susceptível de
emergir em toda a sua plenitude em oportunidades críticas da vida do ser encarnado.
Causas. Explica-se a visão panorâmica como sendo um efeito conseqüente à superexcitação das
faculdades mnemónicas, produzida pela crise agônica, no ato da desunião entre os hemisférios cerebrais e
a memória integral da consciência, que ocorre no começo da descoincidência dos seus veículos de
manifestação, no caso, o corpo humano e o psicossoma. Contudo, às vezes parece que a visão panorâmica
é desencadeada também, intencionalmente, por interferência direta de ampara- dor (V. cap. 308) sobre a
consciência projetada ou semiprojetada.
Objetivos. Muitos caracterizam a visão panorâmica como sendo prova moral ou exame de
consciência. Curioso observar, neste sentido, que em certos casos de visão panorâmica o indivíduo repara
que o desfile de cenas faz-se de modo seletivo, ou em relevo, enfatizando a razão de ser da visão, ou seja,
o objetivo analítico sobre a personalidade e suas verdadeiras emoções sentidas no momento exato em que
os fatos aconteceram. É como se a própria consciência estivesse a examinar vasta coleção de fotos de
pessoas conhecidas, com as figuras-parecendo planas, bidimensionais, com exceção de uma, justamente
23
sua personalidade em foco, surgindo mais clara, grifada, ressaltada, em relevo. Tal fato fala a favor da
intenção, subjacente, de um auto exame consciencial atuando de algum modo nas causas do fenómeno
mnemónico panorâmico.
Desencarnados. Através das comunicações mediúnicas, os seres desencarnados de modo geral
afirmam que experimentaram a visão panorâmica imediatamente após a primeira morte e antes do sono
reparador, próprio do ser desencarnado.
Tipos. Por analogia com aspectos científicos já existentes da Física — cómo a Acústica, a Óptica e
a Olfática — foi criada a Háptica, a ciência do tato. A visão panorâmica pode ser classificada em dois
tipos, conforme a divisão das percepções das personalidades humanas em geral, em visuais (Óptica) e
auditivo-mentais (Acústica e Háptica). A mais comum é a visão panorâmica propriamente dita, quando a
consciência enfoca suas percepções apenas através do ângulo visual. A menos freqüente é a recapitulação
de lembranças quando as percepções da consciência se caracterizam predominantemente pelo ângulo
auditivo-mental.
________________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 70), Bayless (98, p. 128), Black (137, p. 144), Blackmore (139, p. 150),
Bozzano (.186, p. 114), Browning (213, p. 43), Crookall (343, p. 113), Currie (354, p. 154),Delanne (385, p. 143),
Depascale (392, p. 143), Ebon (453, p. 125), Frazer (549, p. 154), Grattan-Guinness (626, p. 109), Hampton (676,
p. 57), Larcher (887, p. 98), Lukianowicz (957, p. 206), Miranda (1050, p. 33), Montandon (1070, p. 295), Müller
(1107, p. 167), Noyes Jr. (1140, p. 21; 1142, p. 174), Ring (1406, p. 157), RitcHie (1407, p. 46), Sabom (1486, p.
74), Vieira (1762, p. 217), Walker (1786, p. 123), Wheeler (1826, p. 26).
40. FENÔMENOS PROJETIVOS AMBIVALENTES
Definição. Fenômeno projetivo ambivalente: ocorrência paranormal, adstrita ao âmbito da
Projeciologia, que transcorre dentro da consciência do projetor projetado, ou não, porém com reflexos
importantes fora desta mesma consciência.
Sinonímia: fenômeno projetivo externo; fenômeno trans-sensório.
Encarnados. Ocorrem, além de outros, trinta e dois fenômenos parapsicológicos, conexos,
principais, ambivalentes, com a consciência humana projetada, ou não, e a participação da consciência
encarnada, seja no estado da vigília física ordinária ou projetada num ambiente extrafísico:
40.01 Aparição do projetor projetado a criaturas encarnadas (V. cap.316)
40.02 Autodesencarnação cardíaca e umbilical (V. cap. 441).
40.03 Autopsicofonia (V. cap. 41).
40.04 Autotransfiguração extrafísica (V. cap. 281).
40.05 Bilocação física da pessoa do projetor vista por outros (V. cap. 42)
40.06 Clarividência viajora (V. cap. 43).
40.07 Criação de formas-pensamentos (V. cap. 254)
40.08 Ectoplasmia projetiva (V. cap. 46).
40.09 Elongação extrafísica (V. cap. 223).
40.10 Estado de animação suspensa (V. cap. 48).
40.11 Exteriorização da motricidade (V. cap. 49).
40.12 Exteriorização da sensibilidade (V. cap. 50).
40.13 Falsa chegada (V. cap. 51).
40.14 Heteroscopia projetiva (V. cap. 52).
40.15 Meia-materialização (V. cap. 47).
40.16 Multilocação física (V. cap. 53).
40.17 Parapirogenia projetiva (V. cap. 54).
40.18 Passes energéticos extrafísicos transmitidos pelo projetor projetado, inclusive o passe a
três(V. cap. 314).
40.19 Pneumatofonia projetiva (V. cap. 55).
40.20 Poltergeist projetivo (V. cap. 56).
40.21 Projeção do adeus (V. cap. 57).
24
40.22 Projeção do duplo de animal detectada por encarnado (V. cap. 17).
40.23 Projeção possessiva (V. cap. 321).
40.24 Projeção sonora (V. cap. 389).
40.25 Psicofonia projetiva extrafísica (V. cap. 60).
40.26 Psicofonia projetiva humana (V. cap. 59).
40.27 Psicografia projetiva (V. cap. 61).
40.28 Raps projetivos (V. cap. 62).
40.29 Telecinesia extrafísica (V. cap. 63).
40.30 Telepatia extrafísica (V. cap. 64).
40.31 Parateleportação humana (V. cap. 65).
40.32 Zootropia (V. cap. 282).
Análise. Todo fenômeno projetivo ambivalente importante será abordado detalhadamente em
capítulo próprio neste livro, nesta ou noutras seções, conforme a análise seqüencial dos assuntos.
Complexidade. Nos casos de fenômenos parapsíquicos com um agente extrafísico que pode ser
uma consciência encarnada, desencarnada, ou recém-desencarnada, ou da qual pode-se dizer encarnadadesencamada, a detecção humana pode ser feita por um percipiente encarnado ou por vários, ao mesmo
tempo. Nesta última hipótese de percepção coletiva, o fenômeno recebe mais ampla confirmação, a
revalidação dos fatos, tornando-se mais complexas as ocorrências e mais difíceis as análises e
interpretações.
_____________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 90).
41. AUTOPSICOFONIA
Definição. Autopsicofonia (Grego: autos, próprio; psykhé, alma; phonos, som): faculdade de a
consciência falar através dos mecanismos da fala do seu próprio corpo humano enquanto permanece
parcialmente projetada fora deste.
Sinonímia: auto-incorporação; personificação; psicofonia anímica; psicofonia intervivos.
Natureza. A autopsicofonia, ou psicofonia anímica, constitui estado alterado da consciência,
fenômeno anímico, em contraposição à clássica psicofonia mediúnica, ou incorporação de entidade
extrafísica, funcionando ao modo de um semidesprendimento consciencial, ou pela descoincidên- cia
parcial dos veículos de manifestação da consciência.
Tipos. O fenômeno da autopsicofonia pode desenvolver-se de maneira completamente inconsciente e ser dividido em dois tipos básicos: a autopsicofonia simultânea e a autopsicofonia
retrocognitiva.
41.01 Simultânea. Na autopsicofonia simultânea, também chamada autoscopia clarividente,
personificação, ou o conhecido e controvertido fenômeno de animismo, a consciência entra num
estado alterado e discorre sobre fatos contemporâneos.
41.02 Retrocognitiva. Na autopsicofonia retrocognitiva, a consciência se refere a fatos de
encarnações passadas, sem autoconsciência deste fato, como acontece nas sessões mediúnicas
quando a consciência do médium, — neste caso, um animista, — se exterioriza mnemonicamente
para uma de suas vidas prévias dissertando sobre o que sabia ou o que experimentou naquela
ocasião.
Clarividência. A autopsicofonia simultânea é comum ainda no transcurso do fenômeno da
clarividência viajora, onde o sensitivo sente a própria consciência parcialmente projetada para fora do
corpo humano, vendo cenários, ou presenciando acontecimentos, e transmitindo as descrições e relatos
através do seu mecanismo psicofisiológico da fala.
Monólogo. A autopsicofonia representa um fenômeno próximo, porém bem diferente do
monólogo psicofônico, quando a consciência do médium sai da condição da coincidência dos veículos
25
conscienciais de manifestação, ficando, no entanto, nas proximidades, dialogando intermun- dos com uma
entidade extrafísica que fala através do aparelho vocal do seu próprio corpo humano.
______________________
Bibliografia: Butler (228, p. 119), Mitchell (1068, p. 44), Rogo (1446,p. 1 ‘>51
42. BILOCAÇÃO FÍSICA
Definições. Bilocação (Latim: bis, dois; lo cus, lugar) física: presença simultânea da personalidade
de um indivíduo, homem ou mulher, em dois sítios; ato de alguém estar e agir em dois locais distintos por
meios paranormais; faculdade de a consciência aparecer em mais de um corpo, aparentemente, ao mesmo
tempo.
Sinonímia: abmaterialização autônoma; agênere humano; alucinação recíproca; aparição bilocal;
aparição do projecionista; aparição materializada; aparição sólida intervivos; auto-ectoplas- mia;
automaterialização; autotelediplosia; bicorporalidade; bicorporeidade; bilocação dos vivos; bilocação
incipiente; bilocação objetiva; bilocação simultânea; bipresença; corpo sólido duplo; desdobramento
materializado; desdobramento objetivo; excursão bilocativa; fenômeno da duplicação; dupla presença;
estado de fantasma; fenômeno dos homens duplos; materialização de encarnado projetado; materialização
de pessoa viva sem médium; materialização natural; projeção consciencial espetacular; projeçãomaterialização; psicossoma sólido; viagem bilocativa.
Mecanismos. A bilocação física, na maioria dos casos, constitui projeção anímica involuntária,
onde o corpo físico incapacitado ou no estado extático de imobilidade absoluta, — semelhante ao da
morte do corpo humano, — e de cérebro vazio pela ausência da consciência, permanece num local, ou
base física improvisada, e a consciência, movida por quaisquer razões psicológicas extremas, se apresenta
pelo psicossoma visível, ou mesmo tangível, em outro sítio próximo ou longínquo.
Distinção. Há quem, teoricamente, estabeleça distinção entre a bilocação, que se refere a dois
lugares, da bicorporeidade, relativa a dois corpos. Entretanto, na prática, os fenômenos são idênticos em
suas gêneses, evoluções e finalidades, podendo ocorrer com a pessoa em transe me- diúnico, na
sonolência, durante o sono natural, ou no estado alterado da consciência projetada com inteira lucidez, a
curta ou a longa distância do corpo humano. Na verdade não ocorre uma bilocação do mesmo corpo
humano, e sim uma projeção da consciência encarnada para fora dele.
Objetividade. Pode-se falar também em bilocação objetiva quando a presença do bilocador se faz
ostensiva, praticamente física, para mais de um percipiente ou testemunha; e bilocação subjetiva, quando a
forma de um indivíduo aparece com todos os atributos de vida para algum sensitivo, ou médium
clarividente, distante de onde está situado o seu corpo humano, numa condição de rçlativa incapacidade.
Tipos. O fenômeno da bilocação física pode ser produzido de modo inconsciente, consciente, e
experimental. Este último tipo foi produzido por pesquisadores franceses.
Fatores. Dois fatores desencadeantes estão nas causas dos fenômenos da bilocação física: a fuga a
uma realidade humana difícil, atuando então como movimento de sobrevivência física da criatura
encarnada; a ajuda a uma pessoa a quem o bilocador quase sempre se acha ligado afetivamente e deseja de
fato prestar serviço.
Alucinação. Quem não possui experiência mais profunda do fenômeno da projeção consciente
tende a interpretar a bilocação física como sendo implausível, mera alucinação recíproca entre o agente e
os percipientes. Julgo tal hipótese simplista e inconsistente face aos fatos e ao volume dos registros
históricos existentes.
Mista. O fenômeno deve ser chamado de bilocação física por ser distinto da bilocação mista, em
dois planos, ou seja, da presença simultânea da forma humana do indivíduo, o corpo humano com o
cérebro vazio no plano físico, e da sua forma humanóide, com o corpo mental e a consciência no plano
extrafísico propriamente dito, durante as ocorrências da projeção consciente.
Tangibilização. A bilocação física’é o mesmo fenômeno da aparição aos encarnados de um
26
projetor encarnado, porém, mais tangível, vista, ou percebida fisicamente por maior número de pessoas,
em razão da sua qualidade de visibilidade.
Aparição. Na verdade, a aparição do projetor projetado (V. cap. 316) é sempre uma bilocação,
contudo, nesta, a aparição e o corpo humano do projetor são observados ao mesmo tempo. Na bilocação
dita subjetiva, o projetor projetado, ou agente, aparece à distância do corpo humano a um percipiente; na
objetiva, o projetor projetado manifesta a sua presença material (cópia) num sítio diverso daquele que o
seu corpo humano (original) ocupa.
Medo. O medo às vezes pode dominar tanto o projetor novato projetado quanto a testemunha
encarnada que o vê projetado. A causa disso parece estar no aspecto insólito da ocorrência para ambos,
embora cada qual atue em situação própria diferente.
Morte. A figura antropomórfica, no fenômeno da bilocação física, pode ser vaporosa ou densa. A
bilocação menos rara ocorre nos momentos pré-agônicos, ou às vésperas da morte biológica, antes de
sobrevir a desativação do corpo humano da consciência.
Clarividência. Certos casos de clarividência pura, por parte do percipiente encarnado que registra
a aparição de alguém, podem ser confundidos com o fenômeno da bilocação física, embora sendo fato
bem diferente. Nesta eventualidade não ocorre uma condensação ou semi-materializa- ção do psicossoma
do projetor, mas apenas a percepção mediúnica aguda, de profunda acuidade paranormal, do espectadorpercipiente-médium-clarividente.
Nitidez. As imagens visuais ou formas humanas, humanóides e extrafísicas das aparições e dos
bÜocadores, por parte do percipiente ou clarividente, manifestam-se com diversos graus de nitidez e de
duração que variam de décimos de segundo a várias horas.
Simulacro. A projeção isolada do duplo etérico representa uma bilocação fantasmagórica, ou mero
simulacro, isto é, ocorre a projeção deste veículo sem a deslocação da sede da consciência, que permanece
retida no psicossoma e no corpo humano, à semelhança da imagem energética projetada da e pela pessoa,
que pode ser vista, contudo não tem personalidade própria, nem constitui centro de consciência.
Exemplos. Tudo indica que são da natureza de simulacros certos casos de autoscopia, falsa
chegada, e dois exemplos clássicos de bilocação física, o de Antonio de Pádua (1195-1231), e o de Emília
Sagée (1845), em que não aconteceram recolhimento de informação, conscientização do indivíduo, e
particularmente nestes dois últimos exemplos, nem serviu o fato para qualquer propósito elaborado
lucidamente pelo ego do responsável.
Lembretes. Na maioria dos fenômenos de bilocação física ocorre a aparição do psicossoma do
bilocador observado por uma pessoa ou coletiva e sucessivamente por várias pessoas, e até por animais,
especialmente cães e gatos, sem provocar efeitos físicos tangíveis. Contudo, há incidentes raros e
surpreendentes em que foram deixados, como lembretes, algum tipo de evidência, vestígio, sinal humano,
marcas mensuráveis semipermanentes sobre matéria animada ou inanimada, e traços físicos resultantes de
patentes contatos físicos, ou telecinéticos, provando, assim, a presença do bilocador naquele lugar. Certas
ocorrências demonstram que o projetor projetado pode transportar consigo na viagem extrafísica objetos
físicos e deixá-los no local visitado, e em que é visto fisicamente bilocado, ou trazer consigo objetos, —
souvenirs paranormais, — que pegou no local distante da visita.
Agênere. 0 projetor encarnado projetado pelo psicossoma sólido, no fenômeno da biloca- ção
tangível ou física, constitui, de fato, um verdadeiro agênere, ser que não foi gerado biologicamente, ou um
parandróide. Nestes casos, numa criação paranormal, o ser humanóide é gerado por meios outros que não
a concepção natural, gestação, e nascimento físico, humano, biológico ou animal.
Comunicações. Nas comunicações mediúnicas intervivos, o projetor-comunicante, ou pseu- domorto, seja pela psicofonia ou pela psicografia, em local diferente da sua base física, está produzindo o
fenômeno da bílocação física, sem, não obstante, ocorrer, a condensação tangível da forma do seu
psicossoma.
Diferenças. Uma linha de luz — ou melhor, o cordão de prata — geralmente constitui a única
diferença perceptível entre a aparição característica do encarnado em confronto com a aparição própria do
desencarnado. Há percipientes e clarividentes, no entanto, que acrescentam ainda, como caráter
diferencial entre uma aparição e outra, a aparência sem vida, morta, semelhante a uma estátua ou
manequim de certas aparições de encarnados.
27
Motivações. As preocupações profundas ou fortes motivações mais freqüentes para a consciência
encarnada produzir, espontaneamente, a bilocação física, ostensiva, ou percebida por outros seres
encarnados têm sido: a assistência extrafísica, intensa afetividade, devoção religiosa, serviço profissional,
premência de negócios humanos, e razões estritamente políticas.
Desvitalização. Os fenômenos de bilocação em geral, e todos aqueles que se fundamentam na
transferência temporária da sede da consciência para fora do corpo humano, ocorrem em múltiplas
gradações nos estados de diminuição da vitalidade das pessoas: sono natural; sono produzido por
anestésicos; fase sonambúlica hipnótica; desmaio; coma; crise de convalescença; esgotamento nervoso;
depressão de ordem moral; etc.
Explicação. A explicação mais plausível hoje para os fenômenos de bilocação humana é
interpretá-los como sendo uma ocorrência em parte objetiva, em parte imaterial, ao mesmo tempo, dos
veículos de manifestação do projetor-bilocador. Isso significa que a bilocação física constitui um estágio
avançado do mesmo fenômeno da projeção consciente humana ordinária.
História. Narradores da literatura hagiográfica, inclusive Agostinho de Tagaste, África, que
escreveu “A Cidade de Deus”, referem-se em seus escritos a bilocadores e suas büocações. Também
informam sobre aspectos dos fenômenos da Projeciologia os historiadores latinos, Cornélio Tácito (55120), autor de “Anais”; e Caio Suetônio Tranqüilo (70-122), responsável pela obra “A Vida dos Doze
Césares” (Trad. Sady-Garibaldi; apres. Carlos Heitor Cony; 424 p.; 16 cm.; br.; Edições de Ouro; Rio de
Janeiro; 1966; p. 67,134-136, 234,308, 338).
Projetores-bilocadores. Têm sido registradas nas crônicas mundiais as ocorrências com vários
projetores-bilocadores (alguns também trilocadores), especialmente estes vinte: Clemente I (Século I);
Apolônio de Tiana (98 d. C.); Severo de Ravena; Antonio de Pádua (1195-1231); Liduvina de Flandres
(1400); José de Anchieta (1534-1597); Francisco Xavier (1571); Catherina dei Ricci (1522-1590); Martin
de Porres (1579-1639); Giuseppe Desa, de Copertino (1603-1663); Maria de Agreda (1602-1665); Angelo
de Acri (1739); Alphonse-Marie de Liguori (1696-1787); Teresa Higginson (1844); Emília Sagée (1845);
Eurípedes Barsanulfo (1880-1918); Francesco Forgione, ou Pio de Petralcina (1887-1968); Sathya Sai
Baba (1926-); Dadaji; Natuzza Evolo (1924-); além de outros.
Personalidade. Até o momento, o fenômeno da bilocação física não pode ser artificialmente
induzido com relativa facilidade como vem sendo feito com a projeção consciente humana comum. No
entanto, a pessoa que apresenta amplo poder de imaginação, certa facilidade para manter a divisão da
atenção, — ou seja, fazer uma coisa enquanto pensa em outra, — e disponha de avançada capacidade para
exteriorizar voluntariamente a energia consciencial, constitui uma personalidade candidata natural à
produção do fenômeno, em particular na oportunidade em que esteja desfrutando de um pique máximo,
positivo, na escala do seu biorritmo parapsicofísiológico.
Assistida. Não se pode esquecer que, assim como acontece com a projeção consciente assistida,
existe a bilocação física assistida, ou seja, patrocinada por amparadores, e que talvez predomine entre
todas as categorias desses fenômenos.
Rememoração. Na maioria dos incidentes, o fenômeno da bilocação física somente se tornou
conhecido por parte do bilocador depois do transcurso da ocorrência, após ter sido a presença do mesmo
confirmada por percipientes em outro local distante da sua base física. Este fato evidencia a ausência de
rememoração dos eventos extrafísicos pelos bilocadores de modo geral, como acontece com a quasetotalidade da humanidade, toda noite, ao dormir. Ocorrem muitos casos de bilocação física, como já foi
referido, no momento pré-agônico, a partir do leito de morte.
Triangulação. Só muito raramente a bilocação física permite a execução da triangulação dos
testemunhos convergentes, ou seja, as comprovações confirmadoras pelo menos entre três indivíduos: um
observador-testemunha que vê, na base física, o corpo humano incapacitado do bilocador; um percipiente
eventual que, no mesmo instante, em outro local, presencia a tangibili- zação do psicossoma do bilocador;
e o próprio bilocador que relata o fato, em detalhes, no estado da vigília física ordinária, imediatamente
após a ocorrência.
Evolução. Os fatos evidenciam que a parateleportação humana (V. cap. 65) repetida, constitui o
estágio mais evoluído do fenômeno da bilocação física, ocorrendo, portanto, nítida gradação no
desenvolvimento crescente de três fenômenos inter-relacionados, em três graus distintos, a saber:
primeiro, a projeção consciente humana; segundo, a bilocação física; terceiro, a parateleportação humana.
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Isso fala a favor da existência do complexo fenomenológico da Projeciologia.
Evidências. Dentre as evidências experimentais já apresentadas em diferentes épocas, para
demonstrar diretamente a realidade do fenômeno da bilocação física podem ser destacadas as quatro
principais:
42.01. Fotografias do psicossoma materializado de encarnado projetado junto ao seu corpo
humano, chamadas fo tos dos duplos.
Fotografias de emanações nebulosas, densas, e coloridas, no leito de morte.
42.02. Projeção da consciência, induzida hipnoticamente, com papel recoberto por substância
fluorescente envolvendo o corpo humano do projetor, provocando fluorescência na saída do psicossoma,
ou o fenômeno da exteriorização da sensibilidade (V. cap. 50).
42.03. Efeitos físicos provocados pela consciência projetada através do psicossoma e testemunhados por.seres encarnados vigeis, ou a telecinesia de origem projetiva (V. cap. 63).
Extrafísica. Não se deve confundir a bilocação física com a bilocação extazfísica, ou projeção
dupla (V. cap. 380).
Evolo. Dentre os mais notórios projetores-bilocadores vivos, atualmente, destaca-se a senhora
italiana, calabresa, analfabeta, mística, católica, Natuzza Evolo, nascida em 1924, na cidade de Paravati,
onde ainda reside com o seu marido e cinco filhos. Dentre os seus notáveis talentos aní- mico-mediúnicos
também se incluem as habilidades de ver entidades desencarnadas e diagnosticar doenças. Ela é estigmata
cujas feridas, em forma de cruz, suigem em seus pulsos e pés, de quando em quando, desde a idade de 10
anos, incluindo também bizarros fenômenos de hemografia.
Testemunhos. Desde 1974, os poderes projetivos de Natuzza Evolo têm sido pesquisados pelo
Prof. Valerio Marinelli, engenheiro da Universidade da Calábria, que já coletou e documentou cinqüenta e
dois casos diferentes de projeção consciente e bilocação física, produzidos por Natuzza, com testemunhos
de pessoas ainda vivas. Parte destas investigações foram publicadas em 1979, em edição de circulação
restrita, no folheto “Um Estudo do Fenômeno Bilocativo de Natuzza Evolo”.
Estatística. Em dezoito casos de bilocação física, Natuzza Evolo foi vista claramente pela
testemunha humana. Em oito casos, ocorreram aparições de entidades desencarnadas acompanhando a
presença da bilocadora, de modo perceptível visualmente ou invisível. Em outras seis oportunidades, a
voz da bilocadora foi ouvida, mas a sua aparição não foi vista. Durante o fenômeno da bilocação física,
esta bilocadora, em treze casos, apresentou atividades físicas incontestáveis tais como: falar, evidenciando
a sua própria voz, para a testemunha ou percipiente; fazer funcionar um relógio de mesa; bater uma porta
com estrondo; movimentar um vaso contendo flores; puxar os cabelos da cabeça da testemunha; etc. Em
nove casos, as suas aparições bilocativas deixaram manchas de sangue com suas impressões digitais das
mãos, semelhantes aos das suashemogra- fias, e algumas com desenhos religiosos, diretamente nos
cenários das bilocações físicas.
Indícios. Estes indícios incontrovertíveis da presença física de Natuzza Evolo no cenário
bilocativo eliminam a surrada hipótese da alucinação individual ou coletiva para explicar os fenômenos
bilocativos. Realmente, marcas de impressões digitais executadas com o próprio sangue constituem, sem
dúvida, a prova definitiva da presença de um projetor bilocado. No caso, a ocorrência ainda se torna mais
expressiva, porque a Sra. Evolo vai acompanhada, em certas ocorrências, pelo espírito de uma pessoa já
desencarnada, conhecida da testemunha, que a identifica pela descrição como sendo às vezes o próprio
pai, outro familiar, etc.
Informações. Esta bilocadora tem o hábito de dar informações sobre a sua visita bilocativa antes
de ser informada quanto à experiência pela testemunha. Conforme as declarações registradas de Natuzza
Evolo, suas bilocações jamais acontecem por sua própria vontade. Segundo o seu depoimento, um ou
mais espíritos desencarnados apresentam-se a ela e a acompanham no lugar aonde a sua presença se faça
necessária. Ali, ela tem plena consciência do local visitado e da existência, naquele momento, do seu
corpo humano incapacitado deixado na sua casa, em Paravati, e lá permanece tão-somente alguns
segundos ou poucos minutos, voltando à base física e mantendo sempre lucidez consciencial quanto às
ocorrências principais dos fenômenos.
Detalhes. Natuzza Evolo explica que as suas bilocações podem ocorrer tanto à noite, quando está
dormindo, ou mesmo quando está acordada. Nesta situação, ela sente-se repentinamente em um novo
ambiente, como se tivesse sido teleportada até ali e de imediato toma consciência de que foi bilocada. A
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translocação é instantânea, independentemente da distância. Os fenômenos das bilocações, segundo a Sra.
Evolo, podem ocorrer diversas vezes ao dia, e ela pode visitar, sucessivamente, vários locais e pessoas
diferentes. Não se pode deixar de ressaltar que estas bilocações físicas assistidas por amparadores, e que
são assistenciais, em favor dos outros, e ainda evidenciando conotações místicas, vêm justamente
demonstrar que o misticismo, o ascetismo, a vida de eremita, e a vida celibatária, são totalmente
dispensáveis para o cultivo do animismo e da mediunidade, pois a bilocadora é casada, dona de casa, mãe
de cinco filhos.
Trilocação. Não raro, o seu acompanhante extrafísico, ou o amparador, diz a Natuzza onde ela
está bilocada. Outras vezes, ela tem a impressão de estar em três locais ao mesmo tempo, ou seja, ocorre o
fenômeno da trilocação física que tem sido relatado por outros projetores, e que parece ser produzido pela
atuação dos veículos de manifestação da consciência encarnada em relação à instantaneidade das
ocorrências. Nestes casos, a sede da consciência é uma só, porém os fatos se passam com extrema rapidez
suscitando a impressão de se estar em três ou mais locais ao mesmo tempo. A sede da consciência se
desloca, mas de modo relampagueante. O corpo mental, por exemplo, atua em geral independentemente
do tempo cronológico como o entendemos de modo convencional.
Paralelos. Apesar de a projeção consciente e a bilocação física serem ambas fenômenos de
exteriorização da consciência humana que deixa temporariamente a sua sede no cérebro, sugerindo ainda
os fatos que o segundo fenômeno seja uma continuação, ou estágio mais evoluído do primeiro, vale
ressaltar estes sete aspectos estabelecidos superficialmente num paralelo diferencial entre ambos:
42. § 01. Decolagem. Na projeção consciente, a consciência em geral percebe claramente as
sensações da decolagem do psicossoma. Na bilocação física, a consciência em geral não experimenta o
ato de deixar o corpo humano.
42. § 02. Psicossoma. Na projeção consciente, a consciência pode sair do corpo humano em certas
oportunidades e não se sentir dentro de nenhum veículo de consciência, quando mani- festando-se através
do corpo mental. Na bilocação física, a consciência tem sempre a sensação de ter um corpo, no caso, o
psicossoma, nitidamente semelhante ao corpo humano.
42. § 03. Translocação. Na projeção consciente, a consciência em geral tem a nítida sensação de
sair do corpo humano e só então deixar a base física. Na bilocação física, a consciência em geral só se
percebe já translocada, de algum modo instantâneo, para o seu local de destino.
42. § 04. Telecinesia. Na projeção consciente, a consciência em geral não se comunica bem nem
com o novo ambiente nem com as criaturas humanas encontradas. Na bilocação física, a consciência
interage com o novo ambiente, executa atos físicos, ou seja, produz fenômenos de telecinesia, comünicase com as eventuais testemunhas humanas e, mais raramente, pode até trazer alguma evidência de ter
estado no outro ambiente humano.
42. § 05. Duração. A projeção consciente em geral tende a ser de breve duração. A bilocação
física parece ter a tendência de perdurar por tempo mais longo.
42. § 06. Testemunhas. Nas ocorrências da projeção consciente, o percipiente da aparição
intervivos do projetor, em geral parece ver à sua frente uma figura parcialmente imaterial. Nas ocorrências
de bilocação física, o percipiente da aparição intervivos do bilocador em geral tem a impressão de que
está interagindo e se comunicando de fato com uma pessoa real, viva, igual às demais.
42. § 07. Complexidade. O projetor em geral pode produzir o fenômeno da projeção consciente
por sua própria vontade. O bilocador nem sempre consegue produzir a bilocação física, ou aparição
intervivos, visível e tangível, por sua própria vontade, o que demonstra que este fenômeno é, sem dúvida,
mais complexo em relação ao fenômeno da projeção consciente.
Dupla. Talvez um dos fenômenos mais raros da Projeciologia seja a bi-bilocação, dupla bilocação,
quando dois bilocadores se encontram projetados com lucidez, ao mesmo tempo, em condições
inequívocas de tangibilidade. Até hoje foram registrados apenas alguns poucos incidentes desse gênero.
Vampirismo. Muitos casos de bilocadores enfermos, ou mesmo projetores inexperientes, podem
ser classificados como autênticas ocorrências de vampirismo. Existem fatos bem conhecidos através dos
relatos folclóricos de muitas nações.
30
Zoantrópicas. Há casos também de autotransfigurações do psicossoma resultantes de bilo- cações
físicas zoantrópicas, ou certos fenômenos de zootropia (V. cap. 282), em que o bilocador se apresenta
com o psicossoma mudado na forma do animal sob a qual vive sugestionado. Tal fato constitui, sem
dúvida, manifestação adstrita à parapsicopatologia do psicossoma (V. cap. 107).
______________________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 47), Aksakof (09, p. 543), Aliança (13, p. 149), Ambelain (23, p. 29),
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43. CLARIVIDÊNCIA VIAJORA
Definição. Clarividência viajora: projeção parcial das parapercepções visuais da consciência, à
distância do corpo humano, simultaneamente com a descrição e o relato oral, “ao vivo”, pelo projetor, dos
eventos extrafísicos entrevistos ou presenciados, inclusive da psicosfera de encarnados, etc. (consciência
viajora).
Sinonímia: clarividência ambulante; clarividência independente; clarividência interurbana;
clarividência intervivos; clarividência itinerante; clarividência no espaço; clarividência viajante;
consciência viajora; espírito itinerante; metagnomia visual; metagnosia viajora; mind travei ou MT;
observação remota; percepção remota; projeção fifty-fifty; projeção mental hipnótica; remote viewing ou R
V; sensibilidade remota; travelling clairvoyance ou TC; viagem clarividente; viagem telepática; vidência
remota; visão a longa distância; visão distante; visão remota.
Tipos. A clarividência viajora, ou o rastreamento executado pela consciência semidesperta além
das barreiras do espaço e dimensões, pode ser interpretada sob três ângulos básicos: a clarividência
espontânea, normal, comum, sem transe; a clarividência viajora propriamente dita, auto-in- duzida; e a
clarividência viajora induzida hipnoticamente por outrem, ou projeção mental hipnótica. Além disso, a
clarividência pode ser assistida por amparador, com projeção ideoplástica e sem projeção ideoplástica (V.
cap. 254).
Remota. A vidência remota {remote viewing) constitui modalidade da clarividência viajora
através da descrição do clarividente de um local remoto indicado tão-somente pelas coordenadas
geográficas, latitude e longitude. 0 desempenho da vidência remota exige atenção integral e profunda
concentração do clarividente.
Ruído. Nos casos específicos do fenômeno da vidência remota ocorre uma espécie de “ruído
mental”, decorrente da memória e da imaginação, interferente na aquisição de informações do clarividente
31
que, em parte em função disso, apresenta dificuldades para detectar nomes, números, cartas e outros
materiais analíticos.
Manifestações. Assim como o sonho lúcido constitui a manifestação inicial, psicológica, da
projeção consciente, sendo esta um fenômeno parapsicológico; a vidência remota é a manifestação inicial,
psicológica, da clarividência viajora, também esta um fenômeno parapsicológico.
Magnetismo. Há sensitivos que afirmam que a clarividência comum aumenta quando se sentam
de costas para o Pólo Norte da Terra, caso estejam no Hemisfério Norte; e para o Pólo Sul, ao se
encontrarem no Hemisfério Sul. Contudo, o papel que o magnetismo desempenha na maioria das funções
do corpo humano e nas faculdades parapsíquicas, ainda não está bem esclarecido.
Fisiologia. A atuação do mecanismo da fala na clarividência viajora reveste-se de extrema
importância, ilustrando uma provável função do cordão de prata, visto durante projeções conscientes, e
que também deve exercer funções em gêneros diversos de mediunidade.
Confirmação. Em certos casos, a clarividência viajora pode ser confirmada simultaneamente com
o desenrolar do fenômeno, através de telefonemas urbanos ou interurbanos, feitos pelo pesquisador, que
coloca o receptor do aparelho à boca do projetor em transe e este relata diretamente o que vê, no cenário
visitado por sua consciência projetada, à pessoa que se acha ao lado do seu corpo humano e à outra que
escuta o aparelho à distância.
Participação. Na clarividência viajora induzida hipnoticamente por outrem, o hipnólogo pode
influenciar, inconsciente ou telepaticamente, as descrições e os assuntos do projetor em serviço. Neste
caso, o hipnólogo-pesquisador torna-se também participante, além de ser o registrador dos fatos e guia
para o projetor. Isso deve ser evitado tomando-se as precauções adequadas e salvaguardas especiais contra
tal participação através da conduta e das palavras usadas pelo hipnólogo.
Entrecortes. Quando em transe, o clarividente viajor responde às perguntas diretas muitas vezes
entrecortadamente, fazendo recordar a dificuldade que se tem em obter informações de pessoas enfermas,
em certas circunstâncias, ocorrendo longas pausas em suas descrições, o que torna o uso do telefone um
pouco inadequado.
Exovidências. Ficaram célebres as experiências realizadas em 1973, nos Estados Unidos da
América, com os sensitivos Ingo Swann (1933-) e Harold Sherman, explorando pela clarividência viajora
os planetas Júpiter e Mercúrio, através da exovidência, antes que as sondas espaciais passassem por ali.
As observaçoes dos clarividentes concordaram de modo geral com os achados leitos através dos
instrumentos da Astronáutica.
_____________________
Bibliografia: Ashby (59, p. 156), Baker (69, p. 29), Balanovski (70, p. 19), Balzac (72, p. 66), Blackmore (139,
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p. 121), Targ (1651, p. 14; 1652, p. 18), Tart (1665, p. 15), Tourinho (1692, p. 13), Turvey (1707, p. 157), Warcollier
(1796, p. 187).
44. PROJEÇÃO CONSCIENTE E CLARIVIDÊNCIA VIAJORA
Complexo. A projeção da consciência para fora do corpo humano constitui, a rigor, um complexo
fenomenológico que — além da projeção pelo psicossoma integral, pelo psicossoma parcial, pelo
psicossoma com e sem o duplo etérico, e pelo corpo mental — engloba vários fenômenos menores, como:
a aparição do projetor projetado a encarnado; a bilocação física da pessoa do projetor; a produção da
telecinesia projetiva; a manifestação da consciência do projetor através dos fenômenos da tiptologia; a
participação da consciência do projetor nas ocorrências de poltergeister; etc.
Miniprojeções. Além dos fenômenos citados, merece destaque a clarividência viajora que pode
ser tida à conta de uma projeção menor, ou um conjunto de miniprojeções, onde se manifestam
principalmente as percepções visuais extrafísicas da consciência que não deixa o corpo humano por muito
tempo e pode continuar a se comunicar pelo mecanismo da fala numa espécie de auto- psicofonia.
32
Alternâncias. Todas as experimentações da projeção consciente podem surgir mescladas por
diferentes estados de consciência, sucessivos ou alternados. Assim, por exemplo, o projetor pode
experimentar o fenômeno da clarividência viajora e, logo em seguida, produzir uma projeção integral da
consciência através do psicossoma, e vice-versa.
Nuanças. A clarividência viajora (travelling clairvoyancé), a vidência remota (remate viewing), e
a viagem mental (mind travelling), são aspectos ou nuanças do mesmo fenômeno da projeção consciente,
de pouca duração, seja espontânea ou provocada pela própria vontade, ou mesmo através da indução
hipnótica.
Resultados. A clarividência viajora chama a atenção maior dos observadores ao produzir
resultados práticos imediatos, geralmente porque, nestes casos, a consciência desenvolve ações extrafísicas no plano crosta-a-crosta (V. cap. 233) que se relacionam com a vida física, humana, diuturna,
dos indivíduos participantes.
Devaneio. A vidência remota pode ser interpretada como um devaneio ao qual foram acrescentados certos clarões de consciência ou clarividência à distância, e pode servir como técnica de
visualização útil para induzir a grande projeção consciente através do psicossoma.
Repetição. O autodiscernimento entre um estado e outro só pode ser alcançado com a repetição
paciente e exaustiva das experiências por parte do projetor. Certas ocorrências da clarividência viajora
parecem sugerir que a maioria desses fatos são projeções, muitas vezes parciais, apenas do corpo mental
do projetor.
Reincorporação. Em certas ocorrências de clarividência viajora, a consciência do projetor pode
transformar sua manifestação extrafísica, pela força da vontade, em projeção completa procedendo à
reincorporação extrafísica instantânea do psicossoma que se projeta, sem ser preciso retornar até o corpo
humano para esta manobra.
Humanóide. Acho que a reincorporação extrafísica do psicossoma deve ser atribuída aos recursos, ainda muito obscuros para o nosso conhecimento, do cordão de ouro (V. cap. 112). O fenômeno é
impressionante, como se a consciência projetada, sentindo-se sem corpo nenhum, ganhasse, de súbito, um
corpo humanóide, completo, para se manifestar em perfeita consonância como ambiente extrafísico.
__________________________________
Bibliografia: Fodor (529, p. 173), Rogo (1444, p. 122), Steiger (1601, p. 131), Turvey (1707, p. 159).
45. PARALELOS ENTRE A CLARIVIDENCIA VIAJORA E PROJECAO CONSCIENTE
Diferenciais. Eis nove fatores diferenciais que permitem distinguir a clarividência viajora da
projeção completa da consciência para fora do corpo humano, através do psicossoma:
45.01. Decolagem. Na clarividência viajora, a consciência não experimenta a decolagem do
psicossoma completo. Na projeção de consciência contínua, o processo da decolagem consciente é
impressionante e único.
45.02 Fala. Na clarividência viajora, a consciência do indivíduo, em transe, pode ver à distância e
relatar, ao mesmo tempo, o que vê, falando através do mecanismo vocal do corpo humano. Na projeção
lúcida, completa, a consciência fica ausente do corpo humano incapacitado, apenas com vida vegetativa, e
33
não pode atuar sobre este que permanece na condição de cérebro vazio, às vezes quase num estado
semelhante ao coma.
45.03 Permanência. Na clarividência viajora, o indivíduo, embora vendo à distância, tem plena
consciência de que permanece no corpo humano. Na projeção completa, a consciência tem plena lucidez
quanto ao fato de que se manifesta através do psicossoma e não através do corpo humano.
45.04 Parapercepções. Na clarividência viajora, a consciência visualiza, contudo não tateia as
coisas que vê. Na projeção completa, a consciência vê diretamente e consegue a parapercepção tátil.
45.05 Participação. Na clarividência viajora a consciência é simples espectadora de eventos à
distância. Na projeção completa a consciência reconhece-se protagonista ou participante das ocorrências
extrafísicas.
45.06 Translocação. Na clarividência viajora as percepções da consciência são sempre cros- ta-acrosta e superficiais. Na projeção completa a consciência experimenta sensações mais vívidas, inclusive o
deslocamento inquestionável pelo espaço até olocal-alvo, às vezes distritos extrafísicos propriamente
ditos, com a ida-volta-nova-ida-volta determinadas por si mesma.
45.07 Cordão. Na clarividência viajora a consciência não vê as formações energéticas que
envolvem o corpo humano. Na projeção completa a consciência pode analisar minuciosamente o próprio
cordão de prata.
45.08 Bilocação. Na clarividência viajora a consciência visualiza cenários à distância. Na projeção
completa a consciência pode se manifestar ostensivamente pelo psicossoma produzindo os fenômenos da
aparição a encarnados e da bilocação física da própria personalidade.
45.09 Prévia. A clarividência viajora funciona, freqüentemente, ao modo de projeção prévia da
consciência completa, bem caracterizada, demonstrando claramente que pela clarividência a consciência
chega a ver aonde irá e, pela projeção, ela vai até lá, deixando o corpo humano para trás.
Etérico. Certos videntes, ao analisar Um clarividente viajor em transe, afirmam que a maior parte
da aura humana do clarividente segue com o veículo de manifestação da sua consciência que se projeta.
Isso demonstra que boa parte do duplo etérico vai junto com a consciência. Se o duplo etérico vai é porque
o psicossoma também vai junto, pois o duplo etérico não porta sozinho a consciência sediada no corpo
mental.
Rapidíssimas. Conclui-se, até aqui, que muitos casos de clarividência viajora nada mais são do
que uma série intensiva de projeções conscientes completas, porém rapidíssimas. No caso, a consciência
se projeta, integralmente, junto com o duplo etérico, o psicossoma e o corpo mental, e retorna para relatar
o que vê pelo mecanismo da fala do corpo humano, muitas vezes seguidas, de modo intensivo.
______________________
Bibliografia: Crookall (343, p. 41), Fodor (529, p. 173).
46. ECTOPLASMIA PROJETIVA
Definição. Ectoplasmia: aparecimento temporário de substâncias mais ou menos organizadas, em
graus diversos de solidificação, possuindo características de objetos físicos e/ou formas humanas, —
lábios, faces, olhos, cabeças, configurações completas, vestimentas, objetos de uso pessoal, — compostos
por um agente desconhecido, aproveitando a exteriorização de ectoplasma.
Sinonímia: aparição laboratorial; concreção ectoplásmica; ectometaplasia; ectoplasia; ectoplasmia intervivos; ectoplastia; entoplasmia; eterealização; fantasmogênese; forma-pensamento objetiva;
hiloplasmia; hiloplastia; materialização experimental; materialização intervivos; metamorfo- genia;
metideogenia; metideoplasia; projeção mecânica; psicoplasmia; semoplasmia; teleplasmia; te- leplastia.
Complexo. A rigor, a ectoplasmia constitui um complexo fenomênico que se compõe de três
outros fenômenos bem característicos, surgidos nesta ordem: primeiro, a desmaterialização do médium (e
assistentes encarnados); segundo, a materialização de formas temporárias; e terceiro, a rematerialização
do médium ectoplasta e assistentes, que quase sempre, mesmo assim, ainda acabam perdendo algum peso
34
corporal. Parece que qualquer materialização resulta de uma desmaterialização parcial ou total. O
ectoplasma é sempre o agente psicofísico da ectoplasmia.
Física. A materialização, a desmaterialização, e a rematerialização de elementos atômicos já são
conhecidas pelos profissionais da física nuclear no ambiente familiar de seus laboratórios, porém isso
ainda não vem acontecendo na realidade cotidiana da existência humana ordinária.
Similitudes. A ectoplasmia — em tese, o maior fenômeno mediúnico — apresenta algumas semelhanças com a projeção consciente — em tese, o maior fenômeno anímico — porque constitui, de
modo geral, uma projeção de energia vital, mecânica e luminosa. Contudo, a ectoplasmia e a projeção
consciente coexistem sempre.
Laboratorial. Em certos casos, a ectoplasmia nada mais representa do que a projeção tangível,
exata, dos veículos de manifestação da consciência do médium ectoplasta, o que constitui a aparição
laboratorial, experimental, a encarnados, através de parte (ou do todo) do seu corpo humano, do seu duplo
etérico (inclusive o cordão de prata) e até o seu psicossoma. Nestes casos, o próprio duplo do médium
serve de molde para a criação de outras formas materializadas (fantasmogênese).
Desmaterialização. 0 ectoplasma (V. cap. 102) é uma essência plástica, física e extrafísica, de
fácil decomposição e que se apresenta com formas instáveis, ora como tênues vapores, bastões, espirais,
fios, cordas, teias, raios rígidos ou semi-rígidos, movendo-se sinuosamente como répteis, ora como se
fosse um ser vivo, inteligente, vibrando, espichando ou encolhendo. Tal essência pode constituir a
condensação de toda a forma de um corpo humano, ou apenas de uma parte dele, num fenômeno de
materialização parcial, às vezes até com a descentralização anatômica e mesmo a desmaterialização
parcial ou total do corpo humano do médium ectoplasta.
Assistida. Dos fenômenos de desmaterializações, materializações, e rematerializações registrados
na casuística paranormal, desde o Século XIX, infere-se que a desmaterialização constitui uma das mais
avançadas e completas projeções assistidas por amparadores (V. cap. 187) da consciência encarnada, —
neste caso, do médium ectoplasta, — que se podem produzir na Terra. Isso porque, em certas ocorrências,
o desaparecimento completo, sem deixar vestígios, ou a desagregação da matéria orgânica do corpo
humano do (ou da) médium preso numa cabina e fortemente manietado, e até mesmo da matéria
inorgânica de roupas, adereços e objetos que o envolvem, chega a ser total durante o tempo em que ocorre
o fenômeno da materialização ou ectoplasmia, até sobrevir a recomposição, reagregação ou
rematerialização imediata, desaparecendo então a forma ou formas que estavam temporariamente
materializadas.
Múltiplos. As ocorrências de multilocações físicas (V. cap. 53), ou as bilocações de mais de um
duplo do projetor, — várias projeções de formas-pensamentos de configuração humanóide ao mesmo
tempo, — indicam que, em certas eventualidades, diferentes entidades podem se tangibili- zar
simultaneamente, nas sessões de ectoplasmias (nêste caso: triplasia, pentaplasia etc.), usando cada qual
um duplo ou fac-símile projetado do médium ectoplasta.
Fenômenos. Vale esclarecer, a fim de evitar equívocos, que dentro dos quadros daProjecio- logia
ocorrem duas categorias de fenômenos bem definidos quanto à sua natureza, relativos às materializações
humanas: a materialização anímica e a materialização mediúnica.
46.01 Anímica. Materialização psicofísica de pessoa viva sem médium, ou o fenômeno da
bilocação física (V. cap. 42). Neste caso acontece a materialização do psicossomado próprio
bilo cador. Fato raro.
46.02 Mediúnica. Materialização psicofísica de pessoa viva com médium, ou seja, a manifestação
física do projetor-comunicante (V. cap. 313), projetado e tangibilizado às custas do ectoplasma proveniente de outras fontes: o médium ectoplasta, os assistentes que funcionam
como médiuns secundários, além de outros recursos ectoplásmicos diversos. Fato ainda
mais raro.
Hipóteses. Deixo aqui estas hipóteses de trabalho: — A consciência encarnada do bilocador, sem
a cooperação direta de entidades extrafísicas, pode empregar de modo inconsciente o seu próprio
ectoplasma? Será que no fenômeno da bilocação física, tangível, acontece também a inclusão
imperceptível, ou melhor questionando, inconsciente, de elementos ectoplásmicos de outros seres
encarnados além do próprio corpo humano do bilocador?
35
__________________________________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 190), Ambelain (23, p. 58), Andrade (27, p. 160), Bardon (80, p. 325),
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47. MEIA- MATERIALIZAÇÃO
Definição. Meia-materialização: materialização minúscula e breve produzida com a participação
do projetor encarnado consciente e espectador.
Sinonfmia: intramaterialização; materialização-clarividente; materialização colateral; materialização econômica; visão-materialização.
Conexão. A projeção consciente permite a confluência de fenômenos diversos como, por
exemplo, a conexão da clarividência de um encarnado, funcionando como meio-médium ectoplas- taclarividente, com um desencarnado meio-materializado, através do processo que engloba os seguintes
pontos:
47.01 Parcial. Pelo lado físico, a projeção parcial da consciência faculta ao projetor a possibilidade de ter uma clarividência minúscula, minimaterialização, e fornecer, ao mesmo tempo,
energia exteriorizada, no caso, composta, até formar ou condensar o ectoplasma.
47.02 Minúscula. Pelo lado extrafísico, os amparadores manipulam o ectoplasma produzindo
perfeita materialização minúscula, viva e breve, que exige apenas um mínimo indispensável de
energia, ou seja, pouquíssimo volume de ectoplasma exteriorizado.
47.03 Encontro. A clarividência do projetor projetado com inteira consciência, e que permanece
contíguo ao corpo humano, converge e se encontra com a meia-materialização, no caso, uma
entidade sua conhecida, com a qual mantém profunda empatia, ou rapport, para facilitar a
execução do processo.
47.04 Esfera. Os fenômenos se desenvolvem sempre dentro da esfera extrafísica de energia,
circundante ao corpo humano do encarnado, com interdependência profunda entre os dois
responsáveis principais, o projetor e o desencarnado.
47.05 Interação. Ocorre a interação efetiva das duas dimensões diferentes, a física e a ex- trafísica
crosta-a-crosta, no meio do caminho, ou na dimensão 3,5 (uma eclusa de energia), cada qual
fornecendo um mínimo de suas possibilidades e esforço, para um objetivo máximo comum.
47.06 Conjugação. Os resultados desses dois esforços conjugados, simultâneos e no mesmo
contínuo espaço-tempo, são a materialização individual de um desencarnado e a visão, também
individual e consciente do projetor encarnado, extraordinariamente vívida, nítida, detalhista,
transmissora de idéias, ou melhor, facultando colóquio consciencial definitivamente
inquestionável para si próprio.
47.07 Exercício. O fato permite o exercício de aperfeiçoamento da manipulação energética, ou
ectoplásmica, por parte das entidades envolvidas no processo.
47.08 Econômica. Essa visão-materializada, ou materializaçâo-clarividente, representa genuína
manifestação anímico-mediúnica, ou mediúnico-anímica, extremamente econômica pois usa
apenas um encarnado, não despende energia, tempo ou esforço excessivos nem num plano nem
no outro, não interferindo nas atividades interplanos em desenvolvimento como, por exemplo,
tarefas assistenciais extrafísicas.
Pessoais. Estas observações constituem o resultado de repetidas experiências pessoais deste autor,
registradas através do tempo.
_____________________
36
Bibliografia: Vieira (1762, p. 44).
48. ESTADO DE ANIMAÇÃO SUSPENSA
Definição. Animação suspensa: estado no qual a consciência encarnada tem suspensas, temporariamente, as funções vitais essenciais do seu corpo celular, retornando, depois, às suas condições
fisiológicas normais, em certos casos sem ocorrer quaisquer danos à sua saúde, sobrevivendo as células
em metabolismo de hibernação humana.
Sinonímia: ambiose; biopausia; biostase; catalepsia voluntária; enterramento de pessoa viva;
enterramento intencional; enterramento prolongado; estado cataléptico voluntário; estado de vida
suspensa; estado semimortal; estenobiose; hibernação humana induzida; inumação intencional; inumação
voluntária; morte aparente; morte suspensa; sepuitamento consentido; sono não-fatal; suspensão animada;
tanatoidia; vaju-stambha.
Hibernação. A condição de hibernação animal é um semi-estado entre o sono natural e a morte
biológica, ou seja, a mais extrema forma de sono, não-fatal, que acomete variados animais, chamados
hibernadores tais como: andorinhão; esquilo; hamster ou criceto; lêmure; marmota; morcego ; ouriçocaixeiro; urso; etc.
Animais. O estado de animação suspensa, ou a condição de hibernação prolongada até com
rigidez aparentemente cadavérica, é ocorrência fisiológica comum aos animais referidos, — chamados
inferiores, - que têm seu habitat em regiões que se tornam geladas durante alguns meses do inverno. Daí
porque tornar-se mais do que natural que o homem, — o chamado animal superior, — possa realizar
também, excepcionalmente, aquilo que tais animais inferiores fazem normalmente.
Disparador. Daí nasceram as buscas científicas, neste século, do disparador da indução de
hibernação, ou o elixir da animação suspensa, a fim de ser aplicado racionalmente nos seres humanos, no
sentido de levá-los a estágios de extrema depressão metabólica, o que virá favorecer enormemente: a
anestesia cirúrgica; a cirurgia em geral; o combate ao processo de envelhecimento; o controle do peso
corporal; o tratamento da insônia, de infecções viróticas, de neoptasias e até da doença da radiação
atômica; o uso de anoréxicos; os vôos, interplanetários dos astronautas; etc. (Omni; New York; Revista;
Mensário; ilus.; Vol. 6; N9 6; março, 1984; p. 70).
Ancurina. O peixe-pulmão australiano pode ser a forma de vida mais antiga sobre a face da Terra.
Quando as águas recuam, ele se enterra na lama deixando apenas pequeno orifício para o ar. Lá
permanece, hibernando, sem qualquer ingestão de comida ou de água, por até cinco anos, até que voltem
as águas. Então ele emerge, ileso, e retoma a vida. Estudando a incrível habilidade desse peixe de viver no
limiar da vida, sem aparentemente envelhecer ou necessitar de nutrição, os pesquisadores vêem que é
possível o mesmo estado em seres humanos. A substância-chave para isso é a proteína do cérebro,
peptídeo portador de informações químicas, que foi chamada de ancurina.
Treinamento. Já no Oriente, e mesmo hoje, no Ocidente, iogues e faquires são freqüentemente
treinados para controlar o sistema nervoso autônomo, parte do sistema nervoso humano que não está
normalmente sob o controle da vontade, e que regula as atividades do coração, a temperatura corporal, a
pressão sangüínea, a dilatação pupilar, a respiração, etc.
Silêncio. Já foram feitos eletrocardiogramas e eletroencefalogramas de iogues postos em
condições análogas às da inumação. Tais experiências evidenciaram a intensa ação fisiológica provocada
pela técnica iogue, provando que a criatura humana pode alcançar, por sua vontade, um estado de
profunda redução circulatória, bem como o silêncio elétrico com a suspensão provisória das funções
orgânicas, obtendo-se considerável redução ou, praticamente, o eletroencefalograma nulo, plano, ou isoelétrico, com ausência de qualquer atividade elétrica, condição esta própria do cadáver.
Projeção. O estado de animação suspensa pode, excepcionalmente, facultar a projeção consciente
com relativa rememoração dos eventos extrafísicos, porque em certos casos a consciência do indivíduo
permanece desperta, e demonstra sempre as potencialidades e a enorme resistência de que são capazes o
corpo humano, a mente do homem, ou a determinação da vontade disciplinada.
Tipos O estado de animação suspensa do ser humano pode ser classificado em sete tipos básicos
distintos: o enterramento voluntário; o enterramento prematuro e o salvamento oportuno da vítima; a
37
ressurreição mística; a reanimação dos afogados; a cirurgia com hipotermia e o reaqueci- mento médico; a
zumbificação com a conseqüente reanimação do vodu; e o transe mediúnico profundo.
48.01
Enterramento. O enterramento voluntário é o ato pelo qual o faquir, o iogue, ojejuador, o meditador, o monge, ou sadu, dominando o sistema nervoso autônomo, deixa-se enterrar na terra
mesmo, ou num túmulo, encerrado num saco, pequeno recipiente ou caixa fechada a chave, com uma
cubagem de ar totalmente insuficiente para assegurar a sua sobrevivência, isolado de todas as fontes
fornecedoras de vitalidade, por certo tempo, sob o controle direto de observadores.
Técnica. Eis a técnica iogue básica da inumação voluntária ou animação suspensa, no caso, o
enterramento voluntário, usada na índia, Irã e outros lugares: num cubículo quase subterrâneo, o iogue
senta-se sobre um leito fofo de peles lanosas e algodão cardado; volta o rosto para o Oriente; cruza as
pernas na posição iogue de lótus; fixa o olhar na base do nariz; inverte a sua língua, de bridas seccionadas,
para o fundo da garganta, na faringe, fechando a abertura da glote ; cerra as pálpebras; entorpece os
membros; entra em transe profundo.
Discípulos. Em seguida, os discípulos do iogue esfregam-lhe os lábios, .fecham-lhe os ouvidos e
as narinas com mechas de linho, envolvidas em cera, para protegê-lo contra os insetos, da ação do ar
atmosférico sobre os tecidos orgânicos, bem como resguardá-lo contra o depósito de germes da
decomposição. Por fim, envolvendo-o com um sudário de linho, amarram as quatro pontas deste por cima
da sua cabeça.
Inumação. Os observadores e autoridades locais presentes imprimem um selo sobre os nós da
mortalha, sendo o corpo do iogue encerrado, vivo, num pequeno caixão de madeira, — um hi- bernáculo
humano, — tapado hermeticamente, marcado com sinete e assinaturas, e enterrado num jazigo murado,
cubículo de um metro de profundidade, com a porta fechada, selada e vedada completamente com argila.
Recobrem o túmulo, em certos casos, com grande quantidade de terra cuidadosamente calcada. Na terra
semeiam cevada e no lugar permanece uma guarda composta de quatro sentinelas do regimento, que se
revesam a cada duas horas e vigiam dia e noite o local, impedindo a entrada de estranhos.
Segurança. Segundo os iogues, a pequena reserva de ar, que fica dentro da caixa em que o
praticante é enterrado voluntariamente, funciona como recurso de segurança, destinada a lhe permitir
fazer apenas algumas inspirações para voltar ao estado anterior, em caso de um acidente que o faça sair do
seu estado de transe iogue, ou samádi, pondo-o em perigo.
Auto-regulação. A dinâmica do fenômeno do enterramento voluntário está justamente na autoregulação do organismo executada pelo meditador, através'da meditação profunda, criando um estado de
hibernação, autoletargia, e catalepsia voluntária, com a abolição de todo movimento intencional e não
intencional, e a supressão parcial da vida humana, inclusive do ato respiratório. Mantém-se, assim, o
corpo humano, com seus processos e funções vitais, num nível mínimo absoluto, funcional, emergindo o
praticante desse estado repousado e alegre, sem quaisquer traços de efeitos físicos ou psicológicos
negativos perduráveis.
Exumação. Na “exumação”, ou quebra dos selos, com a presença inclusive de autoridade médica,
às vezes feita após seis semanas, no ritual da revivescência, ocorre a ressurreição do praticante inumado,
que viveu este período sujeito à supressão do oxigênio, e que parece uma estátua de cera ou semicadáver,
corpo frio e aparentemente sem vida, mas misteriosamente preservado da decomposição. A única área
com temperatura menos fria, segundo os registros dessas ocorrências, é o crânio.
Teorias. As teorias mais engenhosas e ingênuas foram aventadas para explicar o fenômeno do
enterramento voluntário, inclusive a da porosidade do solo que cobria o praticante enterrado, e a do uso de
drogas miraculosas por parte do mesmo. Contudo, como se sabe, todas as teorias devem ser
exaustivamente questionadas até que se consiga demonstrá-las. E a demonstração, neste caso, jamais
ocorreu.
Duelos. Décadas atrás foram realizados “duelos de faquires” de diferentes nacionalidades, na
Europa, para ver quem conseguia produzir a proeza do enterramento voluntário por tempo mais dilatado.
Proibição. Informo que, em 1955, as autoridades da índia proibiram as práticas do enterramento
voluntário, em razão do grande número de vítimas fatais desse gênero de faquirismo, pessoas
maltreinadas para realizar tão transcendente façanha, através do estado do samádi.
48.02 Prematuro. Não se deve confundir o enterramento intencional, demonstração pública de
determinação e coragem, com os fenômenos obscuros e lastimáveis dos enterramentos prematuros, não
38
intencionais, ou a morte aparente de pessoas vivas, mas doentes em estado cataléptico rígido, frio, sem
batimentos cardíacos, condição patológica, e que foram desenterradas, ou retiradas do caixão e salvas a
tempo da asfixia.
Incidência. Somente em certas condições excepcionais torna-se possível, hoje, a incidência da
chamada morte aparente e do sepultamento indevido de alguém. Por ocasião do translado para os Estados
Unidos da América dos corpos enterrados nos cemitérios de soldados americanos no Vietname, os ataúdes
foram abertos sistematicamente como praxe (V. cap. 28). Ficaram constatados deslocamentos e alterações
tais còmo punhos roídos, corpos revirados no caixão, rótulas fraturadas, dedos alterados, unhas quebradas,
etc., em quatro por cento dos cadáveres. Contudo, a maioria dos casos de cadáveres encontrados com a
posição mudada no caixão se deve a acidente durante a remoção, ou ao translado normal do corpo de um
local para outro.
Bioeletronímetro. A morte aparente constitui também fato real de animação suspensa, ocorrência
muito explorada pela literatura em geral desde o Século XIX. Em narrativas literárias, a pessoa que está
sendo carregada, levanta-se do caixão, assusta a todos os presentes e volta para sua casa a pé, quase
sempre sozinha. Emprega-se hoje o bioeletronímetro, instrumento sensível e específico para detectar a
morte do corpo humano e evitar o enterramento de pessoas vivas. Anuncia- se em S. Paulo um novo
aparelho, Detectovida, destinado também a esta finalidade.
48.03 Ressurreição. O enterramento intencional e o enterramento prematuro explicam a
mecânica dos fenômenos da ressurreição, ou o ressuscitamento das personalidades aparentemente mortas
como os casos de Lázaro (João, 11:44), e da filha de Jairo (Lucas, 8:55), segundo os relatos do Novo
Testamento.
48.04 Afogamento. Há ocorrências registradas de parada respiratória e animação suspensa em
afogamento de pessoas em águas a menos de vinte graus Celsius (ou centígrados), e que sobreviveram a
prolongada imersão, — não raro, uma hora inteira sob as águas, — depois de reanimadas sem lesões
cerebrais irreversíveis nem outras seqüelas.
Reflexo. A animação suspensa dos afogados em águas frias é explicada pelo reflexo de mergulho,
ou seja, o reflexo apresentado por certos mamíferos que respiram com os pulmões, além do homem —
baleias, golfinhos, etc. — o qual permite diminuir imediatamente a freqüência dos batimentos cardíacos,
provocando uma vasoconstrição arterial periférica, ou a diminuição do calibre das artérias. Acontecendo
isso, nos vasos dos membros e em todos os órgãos que não são essenciais à sobrevivência, sobrevêm o
desvio do sangue das extremidades e também das vísceras sem interesse vital imediato, como o fígado, o
baço, e os intestinos, em proveito do coração e do cérebro.
Transfusão. O reflexo de mergulho no homem — criança ou adulto — é desencadeado quando a
água fria ou gelada se espalha subitamente sobre a testa e o nariz, e desvia, através dos sinais dos nervos,
o sangue oxigenado dos membros para o coração e para o cérebro. Isso permite ao coração assegurar uma
transfusão sangüínea cerebral fraca, porém constante, enquanto o frio da água reduz as necessidades vitais
dos tecidos quanto ao oxigênio. Este mecanismo é especialmente poderoso em crianças.
Coma. Em certas ocorrências desse tipo, o afogado é retirado congelado, com os seus sinais vitais
negativos, o coração sem batimentos, ausência de respiração, a pele cinza, as pupilas fixas e dilatadas, e a
temperatura do corpo humano a menos de 25 graus Celsius (ou centígrados). Nestas condições, o paciente
é reaquecido, colocado sob equipamento para respiração artificial (respira- dor mecânico) e induzido ao
estado de coma barbitúrico, sendo-lhe aplicadas altas doses de Feno- barbital, durante alguns dias (Jornal
do Brasil; Rio de Janeiro; Diário; Ano XCIII; N9 292; 27, janeiro, 1984; p. 9; Newsweek; New York;
Revista; Semanário; ilus.; Vol. CIII; N9 6; 6, february, 1984; p. 47).
48.05 Hipotermia. O estado de animação suspensa, ou o fenômeno do enterramento voluntário,
não deve causar surpresa aos estudiosos da Medicina tendo em vista a existência também da cirurgia
hipotérmica, criocirurgia cerebral, ou hibernação artificial, que foram criadas sob inspiração dos
salvamentos de afogados em águas frias ou geladas (hipotermia acidental). De fato, a técnica incomum do
estado de animação suspensa já foi utilizada com êxito em crianças e adultos com problemas cirúrgicos
incômodos e difíceis, de solução impraticável por meios convencionais em razão de: órgãos diminutos;
baixo peso corporal; intervenção próxima ao coração, em cirurgia de coração aberto; volume sangüíneo
elevado; etc.
39
Submersão. O fenômeno conhecido como hipotermia de submersão constituía defesa orgânica
mais importante contra o dano cerebral, funcionando assim: o frio extremo da água em volta, e da que é
aspirada para dentro dos pulmões, esfria o corpo humano, abaixando as taxas metabólicas, e reduzindo,
desse modo, a necessidade de oxigênio no cérebro. Os cuidados médicos referidos — imediata massagem
cardíaca, aumento gradual da temperatura do corpo e um estado de coma induzido, praticado também
para proteger o cérebro — são complementos indispensáveis no atendimento a certas vítimas de
afogamento.
Reaquecimento. Nos casos de cirurgia com hipotermia provocada, o paciente, resfriado entre 15 a
19 graus Celsius (ou centígrados), por exemplo, tem interrompida por completo a sua circulação
sangüínea, durante os 30 ou 40 minutos da operação, sendo o seu sangue reaquecido logo após a mesma,
reiniciando-se os batimentos cardíacos (O Globo; Rio de Janeiro; Jornal; Diário; Ano LIX; N9 18.240;
13, outubro, 1983; p. 12). Por aí se conclui, racionalmente, que o estado de animação suspensa, antes de
tudo, está integrado à fisiologia do homem, ou aos mecanismos de defesa natural do corpo humano.
48.06
Zumbificação. Certos cientistas, antropólogos, psiquiatras e etnobotânicos, também
não se espantam com o estado da animação suspensa, ou o fenômeno do enterramento voluntário, em
razão da ocorrência do legendário fenômeno vodu do zumbismo, no Haiti e em outras áreas do Caribe.
Nestes casos, o temível bocor — o sacerdote vodu — com a cumplicidade de parentes do indivíduo,
envenena a vítima com uma poção, o “pó zumbi”, contendo toxinas indutoras do estado de coma, no caso,
semelhante à morte do corpo físico, composta de ingredientes extraídos de fontes diversas: plantas
irritantes da pele; sapo ou Bufo marinus (bufotenina); e peixes infláveis que contêm o veneno do sistema
neurológico, a tetrodotoxina, anestésico cento e sessenta mil vezes mais poderoso do que a cocaína.
Reanimação. Menos de oito horas depois do enterramento da pessoa declarada oficialmente morta,
ou seja, no estado de animação suspensa por intoxicação induzida, o bocor e seus seguidores promovem
um ritual vodu no cemitério, o Culto aos Mortos. Ali, cavam a terra, exumam e reanimam o pseudo-morto
com uma pasta - o “pepino zumbi” — aplicada na sua pele, contendo batata doce e a planta alucinógena
Datura stramonium. O ressuscitado, zumbi, ou o “morto que anda”, então, havendo perdido a memória e
não tendo conhecimento exato da sua situação, é mantido num estado de permanente intoxicação, e
levado a trabalhar como escravo nas zonas rurais do Haiti. Reconhece-se o zumbi por sua maneira
profundamente abstraída, e seus olhos apagados, mortos, quase vítreos (Bernardo, Stephanie; “Zombis”;
Science Digest; New York; Revista; Mensário; ilus.; Vol. 92.; N9 2; february, 1984; p. 87, 88).
Farsa. Muitas dessas infelizes criaturas ressuscitadas da zumbificação têm os seus sentidos
perturbados e se tornam vítimas de alcoolismo, epilepsia, insanidade, ou retardamento mental. Há fatos
registrados, porém, de alguns zumbificados que conseguiram sobreviver e relatar a farsa trágica do
processo do zumbismo, sendo reconhecidos por dezenas de pessoas na ocasião do reaparecimento, com
relativa lucidez, dez ou vinte anos após o ocorrido, ao modo do célebre caso de Clairvius Narcisse {Time;
New York; Revista; Semanário; ilus.; VoL 122; N917; 17, october, 1983; p. 48).
48.07 Mediúnico. O médium de transe profundo pode tornar-se extremamente frio durante o
transe, e parecer morto. Neste caso ocorre a projeção da sua consciência através do psicossoma lflstreado
e se instala o estado mediúnico da animação suspensa, não raro, durante duas horas, por exemplo. Não se
pode interpretar esta condição como patológica, e sim como parafisiológica.
Astronáutica. Espera-se que o estado de animação suspensa decorrente da hibernação induzia
voluntariamente pelo faquir, por exemplo, no fenômeno do enterramento intencional, favoreça também a
exeqiiibilidade dos futuros vôos espaciais, longos, extensos no espaço e no tempo, dos astronautas.
_________________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 55), Bayless (96, p. 196; 98, p. 113), Bennett (116, p. 249), Blavatsky (154, p.
476), Brünton (216, p. 265), Cavendish (266, p. 195), Digest (400, p. 113), Eliade (477, p. 66), Gibier (587, p. 145),
Gonzales (615, p. 23), Greenhouse (636, p. 109), Krishna (867, p. 124), Lancelin (881, p. 484), Larcher (887, p. 96),
Leaf (904, p. 91), Lefebure (910, p. 377), Lind (930, p. 206), Motoyama (1098, p. 235), Muldoon (1105, p. 133),
Osborn (1154, p. 118), Planeta (1251, p. 19), Rhine (1387, p. 97), Richards (1394, p. 7), Shadowitz (1543, p. 18),
Vieira (1762, p. 62), Walker (1781, p. 68).
40
49. EXTERIORIZAÇÃO DA MOTRICIDADE
Definição. Exteriorização da motricidade: ação da força motora do indivíduo, projetada de modo
paranormal para fora da periferia do seu corpo humano, seja sob a impulsão, lúcida, da sua vontade; de
modo inconsciente; ou provocada por outra inteligência.
Sinonímia: energia periférica; repercussão da motricidade.
Esboço. A exteriorização da motricidade constitui, de certa forma, o esboço daquilo que se produz
completamente durante o fenôméno da projeção da consciência humana através do psicossoma.
Projeção. A exteriorização da motricidade é uma espécie de projeção da força motora dos
veículos de manifestação comandada pela consciência, e tem relação estreita com: a exteriorização de
energias (V. cap. 251); o estado vibracional (V. cap. 208) ;e os raps projetivos (V. cap. 62).
Telecinesia. A exteriorização da motricidade produzida através do ectoplasma é uma das
explicações existentes para o fenômeno da telecinesia (V. cap. 63).
Instrumentos. Diversos instrumentos ou aparelhos foram inventados, projetados e construídos
para medir a intensidade da força motriz exteriorizável neste último século de experiências parapsíquicas:
dinamoscópio, de Collongues; espiritoscópio, de Robert Hare (1781-1858); este- nômetro, de Joire;
galvanômetro, de Puyfontani; magnetômetro, de Fortin; magnetoscópio, de Ruter; motor de fluido, de
Tomelin; psicômetro, de Goes; e o mais recente, spiricom, de George W. Meek.
Consenso. No entanto, nenhum destes, e mesmo outros aparelhos de interação energética e
comunicação consciencial interplanos, logrou obter, até o momento, um consenso universal sobre sua
eficiência para que viesse a ser empregado de modo corriqueiro e recomendado aqui como instrumento
confiável. Julgo, porém que no futuro surgirá algum instrumento dessa natureza para uso corrente.
________________________________
Bibliografia: Andrade (19, p. 124), Blackmore (139, p. 215), Blunsdon (157,p. 143), Boirac (164, p. 278),
Carrington (245, p. 246), Chaplin (273, p. 64), Delanne (381, p. 15), Dubor (421, p. 235), Dupouy (434, p. 127),
Durville (436, p. 281), Fodor (528, p. 133), Frichet (557, p. 242), Lévrier (922, p. 21), Maxwell (1017, p. 301), Paula
(1208,p. 138), Riland (1403, p. 96), Rochas (1428, p. 347), Schutel (1525, p. 21), Shepard (1548, p. 316), Wauthy
(1803, p. 82).
50. EXTERIORIZAÇÃO DA SENSIBILIDADE
Definição. Exteriorização da sensibilidade: transporte paranormal das funções sensoriais do
indivíduo para fora da periferia do seu corpo humano.
Sinonímia: ectestesia; irradiação perispirítica; repercussão da sensibilidade; sensibilidade
parapsíquica.
Projeção. A exteriorização da sensibilidade é uma espécie de projeção, quase sempre através de
recursos hipnóticos, das sensações que alcançam a consciência encarnada, ocorrendo um deslocamento do
duplo etérico e/ou do psicossoma.
Camadas. Segundo Eugene August Albert De Rochas D’Aiglun (1837-1914), a sensibilidade
parapsíquica começa a exteriorizar-se nos limites de uma camada energética, paralela ao corpo humano, e
situada a cerca de trinta e cinco milímetros da pele. A segunda camada sensível exterioriza-se a seis ou
sete centímetros além da primeira.
Reunificação. A projeção do duplo etérico e/ou do psicossoma, neste fenômeno, ocorre com o
aparecimento da sensibilidade parapsíquica nas camadas próximas à pele, até que a forma, quase sempre
humanóide, se componha pela união de duas colunas nebulosas, — uma azul, à direita, e outra vermelha,
á esquerda, — parecendo apenas uma separação temporária, seguida da reunificação (ou reaglomeração)
41
da polarização do duplo etérico e/ou do psicossoma (V. cap. 216).
Cargas. O fenômeno da exteriorização da sensibilidade evidencia que o psicossoma, ou mais
especificamente, o duplo etérico, o ehamado corpo de energia, ou corpo de vitalidade, apresenta cargas
negativas e positivas que interagem. Qual a exata relação disso com os nadis, pontos energéticos, e
meridianos da Acupuntura e do Do-in (digitopressura)?
Sentidos. Os fatos evidenciam que, através das funções do duplo etérico e do psicossoma, existe
efetiva relação entre o fenômeno da exteriorização da sensibilidade e os fenômenos da transposição dos
sentidos, da visão dermo-óptica, etc.
________________________
Bibliografia: Blackmore (139, p. 183), Blunsdon (157, p. 144), Boirac (164, p. 271), Bozzano (184, p. 156),
Carrington (245, p. 246), Chaplin (273, p. 64), Crookall (333, p. 61), Delanne (382, p. 160), Depascale (392, p. 39),
Dubor (421, p. 215), Dupouy (434, p. 79), Durville (436, p. 272), Erny (483, p. 78), Flammarion (524, p. 63), Fodor
(528,p. 133), Frichet (557, p. 142), Geley (583, p. 76), Urcher (887, p. 338), Lévrier (922, p. 54), Maxwell (1017, p.
301.), Morei (1086, p. 75), Paula (1208, p. 138), Riland (1403, p. 96), Rochas (1429, p. 47), Roure (1479, p. 111),
Schutel (1525, p. 21), Shepard (1548, p. 317), Targ (1651, p. 78), Tondriau (1690, p. 227), Wauthy (1803, p. 93).
51. FALSA CHEGADA
Definição. Falsa chegada: anúncio prévio da chegada física do projetor a uma residência, feito
pela presença antecipada da sua consciência, projetada através do psicossoma, em manifestações físicas
percebidas por seres encarnados.
Sinonímia: anúncio paranormal; aviso de aproximação; fenômeno da chegada; vardager (Espanha); vardógr (termo sueco para significar a percepção da aproximação de uma pessoa antes que seja
ela vista ou ouvida).
Mecanismos. No fenômeno da falsa chegada, o projetor projetado faz as vezes de emissário de
sua própria chegada, próxima, freqüentemente aguardada, atuando de modo inconsciente, ignorando
posteriormente ter estado naquele lugar. O seu comportamento durante a ocorrência parece mecânico, ao
modo de um fantasma sonambulizado, ou uma projeção de formas-pensamentos.
Fatores. Eis seis fatores predjsponentes que parecem influir no desencadeamento do vardager e
nas variedades mínimas dos fenômenos dessa natureza: a população humana local esparsa; o isolamento
físico dos seres encarnados; a condição de solidão existencial dos indivíduos; a altitude elevada do lugar;
a ausência do Sol por muitos meses do ano no ambiente humano; e alguma qualidade hereditária das
pessoas envolvidas no fenômeno.
Regiões. O vardager — o fenômeno do arauto — ocorre especificamente nas seguintes regiões:
Aldeias Nórdicas em geral; Norte da Europa; Noruega; Suécia; Dinamarca; Escócia; Província Basca;
Galícia, no Norte da Espanha. Contudo, o vardager já foi observado entre povos primitivos e entre os
animais.
Universalidade. O fenômeno da falsa chegada é mais universal do que se imagina, pois surge,
embora mais raramente em outras áreas além das já citadas. Bom exemplo é o caso ocorrido em
Birmingham, Inglaterra, em 1833, relatado em 1890, por Alexander Nikolayevich Aksakof: 1832-1903
(Aksakof, 09, p. 560).
Efeitos. Entre os efeitos físicos produzidos pela consciência projetada no vardager, detectados
pelos circunstantes, destacam-se principalmente os sons: audição de passos pelo chão, escada ou corredor;
ruído de abertura de portas; ato de despir o casaco; colocação da bagagem no lugar costumeiro; ato de
pendurar o guarda-chuva no porta-guarda-chuvas; etc.
Cotidiano. Nas áreas específicas, habituais ao fenômeno, a falsa chegadá constitui acontecimento
quase cotidiano e, em alguns casos, funciona com precisão cronométrica, ao ponto de a dona de casa
esperar por esse anúncio para colocar a comida no fogo.
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Avisos. Não se pode deixar de estabelecer correlação entre o fenômeno da falsa chegada e os
avisos de aproximação, ou seja, as idéias inexplicáveis de um encontro iminente com alguém, que podem
se dar também por percepção auditiva, onírica e durante o estado da vigília física ordinária.
______________________
Bibliografia: Aksakof (09,p. 560), Andieas (36, p. 48), Battersby (92, p. 95), Black (137, p. 20),
Blackmore (139, p. 11), Bonin (168, p. 513), Digest (400, p. 175), Fodor (528, p. 246), Garrett (571, p. 51), Gauld
(575, p. 163), Greenhouse (636, p. 175), Haynes (696, p. 263), Heine (706, p. 183), Holroyd (736, p. 108), Jaffé
(798, p. 155), Knight (851, p. 94), Leaf (905, p. 91), Muntanola (1108, p. 83), RPA(1481, p. 21), Smith (1572, p.
90), Steiger (1601, p. 94), Vieira (1762, p. 15), Wereide (1822, p. 3).
52. HETEROSCOPIA PROJETIVA
Definição. Heteroscopia: faculdade e ato de a consciência projetada ver o interior do corpo
humano, órgãos e fenômenos da vida vegetativa de outras pessoas ou animais.
Sinonímia: heterognosia; metagnomia heteroscópica; metassomoscopia; vidência intervivos; visão
de raios X de outrem; visão heteroscópica; xenoscopia.
Tipos; A heteroscopia pode ser parcial ou total; humana ou animal. O fenômeno mais comum está
em a consciência ver o órgão, órgãos, ou área limitada do corpo humano de outra pessoa, afetados por
algum distúrbio.
Diagnóstico. A heteroscopia, na maioria dos casos, deixa de ser patológica para se tornar extraordinário recurso do diagnóstico projetivo (V. cap. 200), especialmente nos fenômenos da clarividência
viajora provocada em favor da assistência a outras pessoas.
Evidência. A heteroscopia anula a hipótese dos psicanalistas que atribuem a causa da autos- copia
ao narcisismo. Se há pessoas que vêem também a estrutura do corpo humano de outras, ou até o corpo
físico de animais em geral, os três fenômenos demonstram afinidade, não têm uma só causa, nem derivam
tão-somente de emociona lis mos da consciência. Em resumo: não pode ocorrer narcisismo na
heteroscopia.
___________________________
Bibliografia: Bonin (168,p. 227), D’arbo (365, p. 164), Kolosimo (858, p. 157), Tondriau (1690, p. 198).
53. MULTI LOCAÇÃO FíSICA
Definição. Multilocação física: presença aparentemente simultânea de uma pessoa em três ou mais
lugares diferentes por meios paranormais.
Sinonímia: fenômeno da ubiquação; fenômeno da ubiqüidade; locações físicas múltiplas;
trilocação física.
Multiplicação. Na verdade, pode-se admitir, como hipótese de trabalho, que o fenômeno da
multiplicação das formas de manifestação da consciência não diz respeito ou se circunscreve •apenas a
três locações, às vezes atua em várias locações ao mesmo tempo.
Transferências. A consciência não se parte, triparte, ou multiparte, conforme se conclui pelas
observações dos fenômenos da consciência dupla (V. cap. 211), razão pela qual uma só consciência não
consegue se manifestar, simultaneamente, estando ativa e consciente, em dois ou mais locais diferentes. A
sede consciencial permanece sempre num só lugar, embora se transfira de um veículo, ou local, para outro
com a instantaneidade do pensamento.
Formas. Parece que o fenômeno da multilocação física deve-se ao atributo da multiplicidade pelo
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qual a consciência projeta, quase sempre inconscientemente, suas formas-pensamentos, ajudada pelos
recursos energéticos do duplo etérico, seguindo na aparência os contornos ou o modelo do seu corpo
humano.
Aviso. Não se deve confundir o fenômeno da multilocação física, que também podemos chamar de
trilocação física, com o fenômeno da trilocação física-extrafísica, ou projeção dupla (V. cap. 380), ou com
o atributo da multiplicidade (V. cap. 268) do psicossoma que permite a própria multilocação física, dois
fenômenos e uma qualidade completamente diferentes uns dos outros.
_______________________
Bibliografia: Oouzet (344, p. 539), Delanne (382, p. 175), Muntafíola (1108, p. 92), Owen (1177, p.
255), Sculthorp (1531, p. 135), Yogananda (1894, p. 289).
54. PARAPIROGENIA PROJETIVA
Definição. Parapirogenia projetiva: combustão no plano físico causada pelas energias conscienciais do projetor humano projetado.
Sinonímia: combustão paranormal projetiva; parapirogenia intervivos; piroparaforese projetiva.
Poltergeister. No fenômeno da parapirogenia — freqüente nos casos de poltergeister — ocorre a
combustão súbita em ambientes e até objetos, por exemplo, roupas guardadas numa arca hermeticamente
fechada, etc.
Tipos. A parapirogenia projetiva, à semelhança da tiptologia projetiva (V. cap. 62), constitui
fenômeno raro e, quase sempre, a consciência do projetor não guarda recordação exata do ato praticado no
plano extrafísico para o plano físico, sendo, portanto, inconsciente.
Incendiário. O projetor projetado, responsável pela parapirogenia projetiva, constitui-se, inconscientemente, num incendiário, sem ser, no entanto, um piromaníaco.
________________________________
Bibliografia: D’arbó (365,p. 229).
55. PNEUMATOFONIA PROJETIVA
Definição. Pneumatofonia projetiva: gênero do fenômeno físico da voz direta patrocinado
diretamente por uma consciência encarnada projetada.
Sinonímia: autofonia projetiva; comunicação por voz independente projetiva; mistefonia
projetiva; pneumatofonia intervivos; voz direta projetiva.
Teoria. Segundo a teoria mais aceita, o fenômeno da voz direta, através de médiuns de efeitos
físicos, deriva de uma laringe artificial, construída por inteligência comunicante. Essa caixa de voz
funciona adaptada a um megafone material. Ocorre nesse caso o fenômeno da meia-ma- terialização.
Sonora. O fenômeno da voz direta projetiva constitui modalidade da projeção sonora (V. cap.
389).
Bibliografia: ADGMT (03, p. 289), Cavendish (266, p. 73), Chaplin (273, p. 48), Fodor (528, p. 92),
Gaynor (577, p. 49), Greenhouse (636, p-139), Martin (1003, p. 43), Morel (1086, p. 180), Paula (1208, p. 171),
Shepard (1548, p. 242), Zaniah (1899, p. 483).
44
56. POLTERGEIST PROJETIVO
Definição. Poltergeist (Alemão: poltern, ruído; Geist, fantasma, diabrete): fenômenos inteligentes,
ruídos, alterações ou perturbações físicas diversas, normalmente inexplicáveis, como transportes
espetaculares de objetos; vôos de pedras (litotelergia); ações às vezes violentas; movimentos anormais de
móveis pesados (apport); quedas de pratos e talheres; quebras de copos e objetos frágeis; estalidos;
correntes de ar; batidas de portas; marcas, riscos, desenhos e escritos em paredes e assoalhos; combustões
paranormais espontâneas (parapirogenia); odores diversos; aparições de fantasmas; e outras ocorrências de
assombramentos, ou de lugares assombrados.
Sinonímia: assombração de vivo; fenômeno de assombramento; infestação; metapatologe- nia;
metapsicorragia metacinética; poltergeísmo projetivo; poltergeist intervivos; psicocinesia re: corrente
espontânea ; quebra-quebra parapsíquico; rabbut; RSPK (Recurring spontaneous psychokinesis) ;
televasia; toribismo; tóribo.
Epicentro. As ocorrências de poltergeister são em geral atribuídas a entidades desencarnadas, nas
proximidades de uma pessoa focal dos fenômenos, fonte de energia responsável pelo trabalho mecânico
desenvolvido na movimentação dos objetos (psicocinesia), quase sempre criança, rapaz, ou moça, na
puberdade ou adolescência, chamado, no caso, de epicentro.
Tipos. Há três tipos de ocorrências distintas nos fenômenos chamados comumente de
poltergeister: os poltergeister propriamente ditos; os fenômenos de assombramento; e os poltergeister
projetivos.
56.01 Poltergeister. Há três maneiras pelas quais os poltergeister se apresentam: forma
benévola; forma travessa; e forma malévola, esta de conotações destrutivas.
56.02 Assombramentos. Certos pesquisadores separam o poltergeist — manifestações que
mudam de lugar, acompanhando o epicentro — da assombração — manifestações ligadas a, determinado
local, seja casa, castelo, cemitério, edifício, fazenda, hospital, igreja, palácio, prisão, quartel, sítio, etc. —
e que independem da existência de um epicentro. Neste caso, ocorre a queda da temperatura ambiental e
surgem, às vezes, fantasmas fotografáveis.
56.03 Projetivos. Além dos fatos costumeiros de poltergeister com as causas referidas, há de se
acrescentar os casos esporádicos de assombramentos, especialmente manifestações que demonstram uma
presença inteligente, produzidas por encarnado projetado, com ou sem consciência quanto às próprias
ações extrafísicas, e com ou sem a interferência de entidades desencarnadas, seja telecinesia extrafísica,
bilocação física, raps, etc.
Práticas. O epicentro não pode ser considerado regra absoluta do fenômeno do poltergeist que,
conforme suas modalidades, pode ser produzido pela consciência encarnada projetada, por entidades
desencarnadas, bem como se suspeita de que seja induzido, de longe, por meio de práticas mágicas
empíricas, tais como ocorre no Brasil com a quimbanda.
Recorrência. Quando acontece a repetição do assombramento produzido pelo projetor encarnado,
isto se deve a projeções recorrentes, — conscientes ou inconscientes, — neste caso atuando a vontade
subconsciente do indivíduo (homem ou mulher).
Planetários. Assinale-se aqui que a energia consciencial e as ocorrências em bases universais dos
poltergeister sugeriram a teoria dos poltergeister planetários ou cósmicos para explicar grande parte dos
acontecimentos e aparições típicos da Ufologia.
____________________
Bibliografia: Aksakof (09, p. 540), Amadou (21, p. 67), Andrade (27, p. 190), Bayless (95, p. 102),
Bonin (168, p. 402), Boswell (174, p. 133), Bozzano (194, p. 118), Carrington (251, p. 231), Carton (252, p.
224), Cavendish (266, p. 196), Chaplin (273, p. 122), Chauvin (275, p. 154), Currie (354, p. 106), D’arbó (365, p. 175),
Day (376, p. 102), Delanne (385, p. 216), Digest (401, p. 374), Eysenck (493, p. 101), Fodor (528, p. 291), Foin (532,
p. 88), Frazer (549, p. 264), Gaynor (577, p. 141), Grant-Veillard (623, p. 110), Grattan-Guinness (626, p. 123),
Greenhouse (636, p. 58), Holms (735, p. 238), Holzer (743, p. 196), Kardec (825, p. 166), Lee (908, p. 162), Martin
(1003, p. 94), Morei (1086, p. 143), Paula (1208, p. 69), Pratt (1285, p. 118), Randall (1369, p. 51), Rogo (1453, p.
241), RPA (1481, p. 104), Salomon (1497, p. 119), Shepard (1548, p. 718), Spence (1588, p. 325), Steiger (1601, p.
45
97), Still (1622, p. 165), Sudre (1630, p. 359), Tinoco (1685, p. 34), Tondriau (1690, p. 267), Walker (1781, p. 17),
Watson (1800, p. 138), Wedeck (1807, p. 285), Wilson (1855, p. 196), Wolman (1863, p. 382), Zaniah (1899, p. 362).
57. PROJEÇÃO DO ADEUS
Definição. Projeção consciencial do adeus: visita extrafísica de despedida da consciência do
moribundo, ou criatura encarnada agonizante, a alguém, seja parente, amigo ou conhecido, no momento
crítico da transição da morte biológica, na desatração do seu corpo físico, ou no seu primeiro minuto
póstumo.
Sinonímia: anticrepúsculo consciencial; aparição crítica; aparição do adeus; aparição inter- vivos
do adeus; projeção crítica; projeção da primeira morte.
Sensações. Na projeção do adeus, ocorrência comum e universal, o agente, ou a criatura projetorvisitante, pode ser vista, ouvida, ou apenas ter a sua presença extrafísica sentida por outrem, a criatura
percipiente-visitada, sendo que esta pode ser adulto, criança ou animal inferior, especialmente o cão.
Motivação. A motivação principal que promove a projeção consciente do adeus reside na
afetividade, seja laço de parentesco, união romântica, ou amizade profunda. Há casos registrados de
projeções do adeus produzidas por suicidas, o que evidencia a existência, por incrível que pareça, de
projetores-suicidas, ou seja, que produzem a projeção final por suicídio.
Sobrevivência. A projeção do adeus constitui, na maioria das vezes, para o percipiente do
fenômeno, irrefutável prova individual da sobrevivência da consciência após a morte do corpo humano.
Não raro, além de ser uma despedida final, esta prova de sobrevivência parece representar a finalidade
maior do fenômeno, produzido com ou sem a ajuda de amparadores.
Final. Abordada por outro enfoque, em muitas ocorrências a projeção do adeus é uma projeção
final enriquecida com o charme da despedida de alguém a quem se ama, ou um caso de morte biológica
romântica. A projeção final, projeção sem interiorização, projeção sem retorno, pode ocorrer de modo
consciente e inconsciente.
Morte. A projeção consciente do adeus somente acontece porque a consciência está acabando de
experimentar a primeira morte, a desativação do corpo humano, mas ainda não passou pela segunda
morte, a desativação do duplo etérico. Nesta segunda condição torna-se muito difícil à consciência
manifestar-se aos humanos porque a sua densidade mais rarefeita, ou o grau diferente de suas energias, a
distanciam das realidades humanas e das possibilidades de intervenção direta no plano físico, humano,
denso.
Padrão. A ocorrência habitual da projeção do adeus em geral obedece a esta seqüên- cia-padrão:
57.01. Surpresa. O percipiente, homem ou mulher, prepara-se para se recolher ou para sair
quando, súbita e inesperadamente, depara à sua frente com a imagem ou figura do visitante, homem ou
mulher, que ele ama.
57.02. Despedida. A aparição, claramente identificada pelo percipiente-visitado, não só apresenta
a figura perfeita, mas também o vestuário e até os objetos de uso pessoal (gorro, óculos, cachimbo,
relógio, aliança, etc.), às vezes sorri, chega a dar sinais manuais de despedida ou evidentes demonstrações
de afeto.
57.3. Desvanecimento. Dentro de tempo curtíssimo, a aparição se desvanece, silenciosamente, à
vista do perceptivo.
57.4. Confirmação. O percipiente, logo em seguida à aparição crítica, recebe a notícia de que a
individualidade do visitante acabara justamente de partir da vida humana, em local distante, naquela data
e no exato momento do transcurso do fenômeno, ocorrendo, pois, a concordância da hora.
Evidências. A simultaneidade da aparição e da morte biológica, e o desconhecimento do trespasse
da pessoa amiga por parte do visitado afastam, racionalmente, a hipótese da alucinação visual e fornecem
significativas evidências da autenticidade das projeções conscienciais dessa natureza.
Cordão. Sem dúvida o cordão de prata é o fator-chave no fenômeno da projeção do adeus. Grande
número de ocorrências desenvolve-se quando o cordão de prata está se rompendo, ou imediatamente após
a sua ruptura e a conseqüente libertação do psicossoma. De modo que a projeção do adeus constitui, em
certos casos, a projeção extrema do psicossoma, praticamente sem o cordão de prata, o ato final de
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despedida da consciência encarnada, ou recém-desencarnada.
Indiretas. Ocorrem ainda as projeções do adeus por tabela, ricochetes ou indiretas, nas quais o
percipiente encarnado, a criatura-alvo do projetor, não consegue perceber a presença e as manifestações
extrafísicas do agente que desencarna, o que é feito providencialmente por outra pessoa, fisicamente
próxima e mais sensível mediunicamente, que às vezes nem chegou a conhecer, em vida, o agente que
está em processo de desencarnação. Assim, por exemplo, o irmão ao desencarnar visita a irmã que não
detecta a sua presença, mas tal registro é feito minuciosamente pela sensível babá, que estava ao seu lado
na ocasião, cuidando do seu filhinho, sobrinho daquele que desencarnava.
Aspectos. Os fatos evidenciam dois aspectos importantes quanto às projeções do adeus:
57. § 01. Freqüência. As projeções do adeus com percipientes indiretos sugerem que ocorrem
muito maior número desses fenômenos do que aqueles que são realmente registrados, porque os
percipientes não conseguem acusar a presença dos agentes desencarnantes.
57. § 02. Diminuição. A evolução e a intensificação dos meios humanos modernos de comunicação entre as pessoas tem contribuído para diminuir sensivelmente a motivação que levava as
consciências desencarnantes a procurarem suas relações afetivas e se despedirem, pois os telefonemas
internacionais, ou interurbanos, as viagens rápidas, inclusive aéreas, as transmissões pelo rádio, e a
própria imprensa tornaram menores as distâncias entre os encarnados, uma vez que podem estar sempre
juntos quando necessário ou desejarem.
Animais. Ocorre também a projeção do adeus com animais desencarnados, especialmente cães de
estimação. Nestes casos o cão anuncia a própria desencarnação com persistentes e agudos latidos
extrafisicos, que acabam sendo percebidos e despertando o dono, dormindo sono profundo, que se levanta
e vai encontrar o corpo físico do animal já esfriando ou mesmo frio, em outro local da casa, distante do
seu quarto de dormir.
Conjugação. Diversos tipos de projeção consciente podem se apresentar conjugados em uma só. Por
exemplo: uma projeção consciencial do adeus, além de ser a projeção consciencial final, pode se
desenvolver como projeção consciencial sonora (V. cap. 389).
____________
Bibliografia: Anonymous (46,p. 163), Buttlar (229, p. 35), Carrington (250, p. 191), Crookall (343,
p. 54), Ebon (453, p. 97), Fardwell (494, p. 40), Flammarion (524, p. 118), Gauld (575, p. 163),
Greenhouse (636, p'. 326), Gurney (666, p. 61), Machado (969, p. 66), Osty (1173, p. 49), Owen
(1177, p. 269), Padilha (1180, p. 277), Rutledge (1483, p. 30), Steiger (1601, p. 63), Still (1622, p.
237), Tyrrell (1717, p. 34).
58. PSICOFONIA PROJETIVA
Definição. Psicofonia (Grego: psykhé, alma;phonos, som) projetiva: ato de uma consciência
encarnada projetada — o comunicante — falar incorporado através do corpo humano e do mecanismo
vocal de uma consciência encarnada — o médium — coincidente em seus veículos de manifestação.
Sinonímia: incorporação projetiva; possessão normal projetiva.
Tipos. Apesar da definição, há dois tipos de psicofonia projetiva: a psicofonia projetiva humana e
a psicofonia projetiva extrafísica.
58.01 Humana. Na psicofonia projetiva humana ocorre o fenômeno através de duas consciências
encarnadas, a projetada incorporada e outra encarnada normal, conforme a definição acima.
58.02 Extrafísica. Na psicofonia projetiva extrafísica ocorre o fenômeno através de um projetor-
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encarnado-projetado, médium, e um desencarnado, comunicante.
Personalidade. Na incorporação humana comum, as sensações para o médium são muito bem
definidas, como se alguém vestisse o seu próprio corpo humano do mesmo modo que veste uma roupa
usualmente. Surge o senso claro e incontrovertível de estar outra pessoa, ou personalidade, dentro de si
mesmo.
Sensações. O médium humano, ao ser incorporado, sente as sensações, de fato, do próprio corpo,
como se fosse de outra pessoa diferente, por exemplo, um homem idoso alquebrado; uma jovem plena de
vida e saúde; uma senhora de fala fina e articulações reumáticas; o sentimento de melancolia e
desesperança do suicida; a perna quebrada do acidentado que desencarnou; se a pessoa é gorda ou magra,
alta ou baixa, homem ou mulher, adulto ou criança; inclusive a maneira de andar; o processo da fala; e até
a memória são de outra inteligência que o possui temporariamente.
Psicossoma. Na incorporação projetiva extrafísica acontece a mesma situação, com as mesmas
sensações mais apuradas, apenas o que muda é o veículo de manifestação, agora não mais o corpo
humano, mas o psicossoma e todos os seus apêndices energéticos em funcionamento: o duplo etérico, os
chacras, o cordão de prata, etc.
_____________________
Bibliografia: Currie (354, p. 107), Gooch (617, p. 6), Morei (1086, p. 148), Paula (1208, p. 82), Turvey (1707, p. 177),
Vieira (1762, p. 80), Zaniah (1899, p. 369).
59. PSICOFONIA PROJETIVA HUMANA
Definição. Psicofonia projetiva humana: aquela na qual o encarnado-projetor-projetado manifestase como comunicante falando através do mecanismo vocálico do corpo humano de um médium
encarnado.
Sinonímia: incorporação projetiva humana; psicofonia intervivos.
Círculos. No Século XIX foram organizados círculos de estudos anímico-mediúnicos em duas
cidades distantes onde as pessoas reuniam-se simultaneamente e se comunicavam entre si, através dos
médiuns dos círculos, pelo fenômeno da psicofonia projetiva humana. Os fatos transcorriam de tal
maneira que excluíam definitivamente a possibilidade de ocorrer interferências da telepatia ou a
interferência direta de outros fenômenos anímicos. Os círculos mais conhecidos foram, na ocasião, os de
Boston e de New York, nos Estados Unidos da América.
Movimento. A consciência encarnada projetada pode manifestar-se pela psicofonia estando o seu
corpo humano sendo carregado por veículo, em viagem, ou seja numa base física móvel, no mesmo
instante da comunicação. Em 1890, Alexander Nikolayevich Aksakof (1832-1903), relatou,
minuciosamente, um caso desses, ocorrido em 1882.
Personismo. O personismo constitui a manifestação da mesma consciência encarnada do animista,
através do mecanismo vocal do seu próprio corpo humano, situando-se e caracterizando o todo da sua
personalidade, durante a ocorrência, numa outra encarnação suá, em geral a imediatamente anterior à
atual, à qual ela regrediu mnemónica e temporariamente (personalidade intrusa). Muitas ocorrências do
personismo estão adstritas à parapsicopatologia do corpo mental (V. cap. 119), e podem até mesmo
compor quadros paraclínicos indiscutíveis de auto-obsessões multi-reencarnatórias. É evidente que a
referência feita aqui à psicofonia projetiva humana parte da premissa indispensável da exclusão antecipada
do fenômeno em estudo, de toda possibilidade de interferência e confusão com ocorrências do personismo
voluntário ou involuntário, ou seja, gerado consciente ou inconscientemente.
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_________________
Bibliografia: Aksakof (09, p. 534), Currie (354, p. 108), Turvey (1707, p. 178).
60. PSICOFONIA PROJETIVA EXTRAFÍSICA
Definição. Psicofonia projetiva extrafísica: aquela na qual o encarnado-projetor-projetado
apassiva-se como médium para outra entidade - em geral mais evoluída — manifestar-se através do
psicossoma dele, no plano extrafísico crosta-a-crosta.
Sinonímia: incorporação projetiva extrafísica.
Utilidades. A psicofonia projetiva extrafísica permite a intermediação entre consciências situadas
em planos extrafísicos muito diferentes. Através dela, a entidade comunicante não precisa densificar o seu
psicossoma no plano menos evoluído denso, ou faz essa densificação de modo-gradativo utilizando o
médium encarnado projetado para esse fim.
Energia. O projetor-médium humano quando projetado, por ser portador de maior intensidade de
energia consciencial humana, presta-se melhor à psicofonia extrafísica nos ambientes próximos à crosta
terrestre do que mesmo os seres desencarnados ali domiciliados.
Soltura. Os fatos demonstram que as manifestações mediúnicas humanas ocorrem através da
soltura do duplo etérico, ou seja, baseadas no princípio da condição de descoincidência dos veículos de
manifestação do médium encarnado (V. cap. 89).
Descoincidência. Supõe-se que o mesmo princípio da condição de descoincidência vigora também
para as diversas manifestações mediúnicas extrafísicas. Assim como ocorre com o médium encarnado,
deve ocorrer também em manifestações análogas no plano extrafísico, tais descoinci- dências, seja com o
médium encarnado projetado ou o desencarnado-médium no momento da manifestação mediúnica pelo
comunicante-desencarnado de ambiente extrafísico mais evoluído.
Mental. Neste último caso referido, a manifestação mediúnica, sem espírito encarnado, parece
ocorrer baseada no mesmo princípio da descoincidência, mas agora com a soltura do corpo mental do
espírito-médium-desencamado em relação à cabeça extrafísica (paracabeça) do seu psicossoma, pois o
mesmo não dispõe naquela situação do duplo etérico, nem do corpo humano (V. cap. 85).
____________________________
PSICOFONIA PROJETIVA EXTRAFÍSICA
Bibliografia: Vieira (1762, p. 81).
61. PSICOGRAFIA PROJETIVA
Definição. Psicografia projetiva: gênero de escrita paranormal na qual a consciência do comunicante encarnado projetado escreve, — à distância do seu corpo humano, — através do médium
psicógrafo.
Sinonímia: automatografia projetiva; escrita automática projetiva; mediunidade escrevente
projetiva; psicografia entre pessoas vivas; psicografia intervivos.
Mentais. A psicografia projetiva patrocinada pela consciência do projetor encarnado através de
médium humano ocorre geralmente pela projeção da consciência através do psicossoma, muito embora a
conexão da onda mediúnica, ou onda mental, se efetive através dos corpos mentais de ambos.
Tipos. A psicografia projetiva pode ser classificada em dois tipos: direta e indireta.
61.1. Direta. Na psicografia projetiva direta, manual, involuntária, a consciência humana
projetada se apropria diretamente do mecanismo de escrita, motriz, ou seja, dos veículos de manifestação
do médium mecânico encarnado, especialmente o corpo humano, o sistema nervoso, um braço, a sua mão
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e, além disso, o lápis seguro pelos dedos do médium, processo menos difícil e mais prático de transmissão
intermundos do pensamento pela escrita.
61.2. Indireta. Na psicografia projetiva indireta, a consciência humana projetada pode empregar
os recursos mais difíceis, incômodos, e sempre mais raros, dos meios mecânicos primitivos de transmissão
intermundos do pensamento pela escrita, ou seja, através de um dispositivo como a cesta de bico, a cestapião, o funil, ou prancheta, empregado pelo médium quase sempre com a ajuda de um assistente nãomêdium desenvolvido.
Raridade. A psicografia intervivos sempre foi e prossegue sendo rara em qualquer de seus tipos,
manifestações, gêneros de médiuns psicógrafos, etc. Contudo, logicamente, o fenômeno ocorre. Estão
interconectados ou ligados intimamente à psicografia, em todas as suas manifestações, estes fenômenos: a
intuição, a hipnose, a telepatia e, menos freqüentemente, a clarividência.
_______________________
Bibliografia: ADGMT(03,p. 245), Bardon(80, p. 384), Chaplin (273, p. 127), Fodor (528, p. 317), Gaynor
(577, p. 147), Kardec (825, p. 191), Martin (1003, p. 102), Morei (1086, p. 149), Paula (1208, p. 83), Shepard (1548,
p. 753), Zaniah (1899, p. 369).
62. RAPS PROJETIVOS
Definição. Raps (golpes) projetivos: batidas secas ou sons percussivos de intensidade variável,
sem causa visível, conhecida, ou normal no caso, produzidos por uma consciência encarnada projetada.
Sinonímia: batidas secas; crepitações anímicas; golpes sonoros; pancadas projetivas;rappings do
projetor; raps intervivos; raptologia projetiva; raspadelas; repes; ruídos tiptológicos; sons percussivos
projetivos; sons tiptológicos;tiptologia projetiva.
Classificação. Os fenômenos das batidas e sons percussivos de origem extrafísica podem ser
classificados em quatro tipos: mediúnicos, anímicos, interiores, e tiptológicos.
62.01 Mediúnicos. Ocorrências de estalos, estalidos, batimentos físicos, ou raps, provocados por
entidades desencarnadas, habitualmente conhecidas.
62.02 Anímicos. Casos esporádicos dos sons de pancadas secas, surdas, fracas, leves, ou claras,
distintas, ou mesmo retumbantes, ouvidos por seres encarnados e produzidos, consciente ou
inconscientemente, pela consciência encarnada projetada, com ou sem a interferência de inteligências
extrafísicas. São ocorrências típicas da exteriorização da motricidade (V. cap. 49).
62.03 Interiores. São as pancadas de origem extrafísica produzidas no interior da própria madeira
de um móvel, ou material do cômodo de uma casa ou imóvel, sem nenhuma espécie de movimento.
62.04 Tiptológicos. É a aplicação do método de comunicação, ou linguagem, mediante pancadas
e batimentos que, através de convenção, pode-se associar separadamente a diferentes letras do alfabeto,
denominada tiptòlogia (Grego: typtô, golpear; logos, estudo), ou gramatologia.
Telecinesia. Os raps projetivos em geral, a rigor, constituem manifestações sonoras de telecinesia extrafísica (V. cap. 63). A produção dos raps de qualquer natureza exige intensa aplicação de
energia consciencial, ou mais apropriadamente, de ectoplasma.
___________________
Bibliogtafia: ADGMT (03, p. 252), Ambelain (23, p. 73), Bardon (80, p. 325), Chaplin (273,p. 129), Crouzet
(344, p. 340), D’arbo (365,p. 270), Digest (399, p. 275), Durville (436, p. 302), Fodor (528, p. 321), Morel (1086, p.
154), Muldoon (1105, p. 275), Myers (1114, p. 454), Paula (1208, p. 103), Pearsall (1215, p. 195), RPA (1481, p. 173),
Schatz(1514, p. 199), Shepard (1548, p. 766), Spence (1588, p. 335), Wedeck (1807, p. 300), Zaniah (1899, p. 379).
50
63. TELECINESIA EXTRAFÍSICA
Definição. Telecinesia (Grego: tele, à distância; kinesis, ação, movimento) extrafísica: ação física
à distância — como a translação de objetos físicos — provocada diretamente pela consciência projetada
fora do corpo humano, empregando para isso especialmente as energias do duplo etérico e os
componentes do psicossoma.
Sinonímia: parapsicocinesia projetiva; PK extrafísica; PK projetiva; psicocinese extrafísica;
psicocinesia extrafísica; psicocinesia projetiva; telecinesismo extrafísico; telecinese extrafísica; telecinesia
intervivos; telecinesia projetiva.
Psicocinesia. O termo psicocinesia define o tipo de movimento, ou ação, provocado pela
consciência. Já o termo telecinesia define o movimento, ou ação, à distância da consciência — no caso,
encarnada - sem o emprego de qualquer recurso de manifestação física convencional. Estes termos são
empregados aqui, indiscriminadamente, como se fossem sinônimos.
Efeitos. Dentre os efeitos gerados pelas energias da consciência encarnada projetada para fora do
corpo humano (PK projetiva), podem ser relacionados, entre outros, estes dez:
63.01. Efeitos de aniquilamento (desaparição de objetos; metafanismo).
63.02. Efeitos biológicos (Exemplo: passes energéticos terapêuticos; V. cap. 314).
63.03. Efeitos de combustão (redução de objetos a cinzas).
63.04. Efeitos eletromagnéticos (ação sobre circuitos elétricos).
63.05. Efeitos eletroquímicos (ação sobre pilhas e baterias).
63.06. Efeitos estruturais (ação sobre as propriedades físico-químicas de objetos).
63.07. Efeitos fotógenos (geração de luzes).
63.08. Efeitos mecânicos (alteração do estado cinético de objetos).
63.09. Efeitos nucleares (ação sobre a natureza dos elementos químicos de objetos).
63.10. Efeitos sonoros (geração de sons; raps projetivos: V. cap. 62; projeção sonora: V.
cap. 389).
Aspectos. Com o acúmulo das experiências, mais as tentativas infrutíferas e raríssimos êxitos, o
projetor consciente detecta cinco aspectos importantes no fenômeno da telecinesia provocado pela
consciência encarnada projetada:
63. § 01. Energia. A execução extrafísica do movimento com qualquer objeto físico, por mais
insignificante que seja este em peso e volume, requer enorme dispêndio de energia consciencial (V. cap.
246).
63. § 02. Imantação. Há objetos, especialmente os de uso pessoal, que permanecem imantados de
energia e se apresentam luminosos às percepções da consciência projetada. Essa energia imantada pode
influir negativa ou positivamente na movimentação telecinética.
63. § 03. Consciência. A telecinesia extrafísica, geralmente nascida da vontade, por mais incrível
que pareça, pode ser desencadeada de modo inconsciente pela consciência encarnada projetada em certas
circunstâncias, inclusive com assistência de amparador também despercebida pelo projetor.
63. § 04. Carregamento. Em muitos casos, o objeto físico só se move quando acionado não apenas
pela vontade, mas também carregado pelas mãos extrafísicas (paramãos) da consciência projetada atrave's
do psicossoma, em condições de densidade maior, conduzindo-o de um lugar para outro, podendo utilizar
para isso até mesmo a volitação consciente.
63. § 05. Danos. Um trauma extrafísico da consciência projetada (V. cap. 397) pode influir no
momento exato da operação do translado do objeto de um sítio para outro, causando, conforme a natureza
da sua estrutura e em certas condições, a sua queda e conseqüentes danos. Vi um porta-retratos de vidro se
espatifar no piso durante uma tentativa de telecinesia extrafísi- ca e, posteriormente, a sua dona atribuir a
ocorrência doméstica a uma corrente de ar, por sinal inexistente no local. Há casos registrados de relógios
que param, quedas de retratos e quadros dependurados em paredes, coincidentes com a chamada projeção
do adeus (V. cap. 57).
Telecineta. O ser encarnado que consegue produzir a telecinesia extrafísica, seja espontânea ou
voluntária, recebe o nome de projetor telecineta.
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_____________________
Bibliografia: Aksakof (09, p. 558), Ambelain (23, p. 73), Bozzano (189, p. 147), Cavendish (266, p. 248),
Chaplin (273, p. 157), Crookall (343, p. 93), Day (376, p. 131), Delanne (382, p. 414), Digest (401, p. 380), Durville
(436, p. 281), Fodor (528,p. 376), Fortune (540, p. 49), Gaynor (577, p. 183), Grattan-Guinness (626, p. 160), Hemmert
(712, p. 40), Machado (968, p. 39), Martin (1003, p. 122), Morei (1086, p. 171), Northage (1135, p. 49), Paula (1208,
p. 127), Randall (1369, p. 17), Shepard (1548, p. 912), Spence (1588, p. 404), Vieira (1762, p. 131), Walker (1781, p.
73), Wedeck (1807, p. 345), Zaniah (1899, p. 447).
64. TELEPATIA EXTRAFÍSICA
Definição. Telepatia extrafísica: transmissão e recepção do pensamento pelo processo de
informação direta da consciência encarnada projetada no plano extrafísico, para: uma criatura encarnada
no estado da vigília física ordinária, outra consciência encarnada projetada, ou uma consciência
desencarnada.
Sinonímia: criptestesia extrafísica; diálogo transmental; diapsiquia extrafísica; informação
extrafísica direta; leitura extrafísica da mente; paratelepatia; rádio parabiológico; telefonia espiritual;
telegnose; telegrafia espiritual; telegrafia mental; tele-hipnose extrafísica; telementação extrafísica;
telepatia intervivos; transferência super-sensória de pensamentos; transmissão extrafísica do pensamento.
Interpretações. Sendo uma forma de parapercepção, a telepatia é também interpretada como:
telestesia, sentimento à distância; criptestesia, sentimento oculto; ciar is sen ciência, leitura mental; e
transferência de pensamento que não se modifica pela distância ou o tempo.
Sincronicidade. Os testes de confrontos pelo eletroencefalógrafo, nos Estados Unidos da América
e na Rússia Soviética, sugerem perfeita sincronicidade dos ritmos alfa, ou ondas cerebrais, dos
encefalogramas do emissor e do receptor, durante a transmissão telepática no estado da vigília física
ordinária.
Atuação. A consciência encarnada projetada atua, quase sempre de modo espontâneo, duplamente, como agente-transmissor e como percipiente-receptor de pensamentos, seja próximo ou distante
de uma criatura encarnada, ou de uma entidade desencarnada e, neste caso, a comunicação de
pensamentos se faz, aparentemente, através do olhar da entidade sobre a face da outra.
Projeções. As grandes ocorrências de telepatia avançada somente são desenvolvidas através da
projeção da consciência para fora do corpo humano, ainda que seja apenas parcialmente, através de uma
projeção parcial ou mesmo semiconsciente, extrapolando os limites do restringimento físico imposto
pelos hemisférios cerebrais.
Telepata. O ser encarnado projetado que consegue acionar o processo comunicatório mental da
telepatia extrafísica recebe o nome de projetor telepata.
Animais. Além de homens, mulheres, e crianças, a consciência encarnada, projetada para fora do
corpo humano, pode induzir pensamentos em outros seres, pensamentos que se revertem em ações,
especialmente sobre animais diversos, por exemplo, gatos que lhe sejam afins.
Oligofrênicos. As consciências desencarnadas de modo geral, quando bastante conscientes de sua
condição extrafísica, utilizam livremente os processos telepáticos extrafísicos. Os seres oligofrênicos
extrafísicos não conseguem exercer a faculdade telepática em razão de suas deficiências conscienciais (V.
cap. 320).
___________________
Bibüografia: ADGMT (03, p. 226), Baker (69, p. 30), Blasco (151, p. 165), Blavatsky (153, p. 781), Boswell
(174, p. 190), Bozzano (186, p. 166), Cavendish (266, p. 248), Chaplin (273, p. 157), Crookall (343, p. 22), Day (376,
p. 132), Digest (401, p. 380), Fodor (528, p. 376), Garrett (574, p. 115), Gaynor (577, p. 183), Greene (635, p. 91),
Greyson (643, p. 184), Holzer (751, p. 108), Martin (1003, p. 122), Morel (1086, p. 170), Paula (1208, p. 131),
Podmore (1266, p. 204), Russell (1482, p. 60), Shepard (1548, p. 912), Spence (1588, p. 404), Still (1622, p. 232),
Swedenborg (1635, p. 256), Toben (1688, p. 78), Tondriau (1690, p. 282), Vieira (1762, p. 125), Walker (1782, p.
52
406), Warcollier (1796, p. 96), Wedeck (1807, p. 345), Zaniah (1899, p. 446).
65. PARATELEPORTAÇAO HUMANA
Definições. Parateleportação (Grego: para, fora; tele, longe; latim: portare, levar) humana:
fenômeno composto de desmaterialização, levitação, aporto, e rematerialização no qual o encarnado,
homem ou mulher, desaparece de repente e reaparece noutro local; ato ou processo de transportar objetos,
criaturas humanas ou animais através do espaço sem qualquer meio mecânico.
Sinonímia: autoparateleportação; deslocação teledinâmica; mediunidade volante; metástase
mágica; telecinesia da pessoa humana; teleportação extra-humana; teleportação paranormal; translação
física-extrafísica; translação paranormal; transportação paranormal; transporte físico-extra- físico.
Processo. Na parateleportação, um dos mais universais de todos os fenômenos paranormais,
ocorre a dissolução ou desmaterialização primeiro e, logo depois, a reconstituição ou rematerialização do
objeto que recebe o nome de aporto. Quando acontece com os seres vivos, a pessoa dissolve-se em nada,
ou desvanece-se completamente no ar, para mais tarde ressurgir fora do ambiente, noutro sítio diverso.
Características. Devem ser reunidas entre as características da parateleportação humana estes
vinte fatores mais comuns:
65.01 Inevitabilidade. O fenômeno da parateleportação é inesperado, não desejado pelo
parateleportado, e inevitável.
65.02 Surpresa. A criatura parateleportada desaparece da vista sem aviso ou sinal de adeus
aos presentes.
65.03 Criatura. O parateleportado pode ser homem, mulher, criança, seja qualquer cidadão
médio, médium, homem, dito “civilizado”, índio, de qualquer grupo social, credo,
etc.; ou animal: boi, vaca, cavalo, etc.
65.04 Nuvem. O desaparecimento ou reaparecimento da pessoa parateleportada podem se
dar em meio a uma nuvem luminosa.
65.05 Som. O fenômeno da parateleportação pode transcorrer em silêncio ou com algum
ruído.
65. 06 Número. Em geral, o fenômeno da parateleportação envolve apenas uma pessoa, mas
pode envolver várias, cada qual por sua vez, ocorrência esta muito rara.
65. 07 Amnésia. A consciência desaparece com e no momento da desaparição do parateleportado. O estado de amnésia permanece até que a consciência retorne num local distante. A lucidez no transcurso do fenômeno da parateleportação constitui exceção.
65.08 Sensações. O parateleportado pode sentir, em primeiro lugar, como se as suas pernas
desaparecessem, surgindo, então, extrema leveza de todo o corpo humano, sobrevindo a inconsciência temporária.
65.09 Pontos. Existem os dois pontos de praxe de uma viagem no fenômeno da parateleportação humana: a partida e a chegada.
65.10 Reaparição. A reaparição da pessoa parateleportada em qualquer outro lugar é instantânea.
65.11 Destino. O destino do parateleportado surge aleatoriamente, sem a sua escolha ou
decisão.
65.12 Direção. Quase sempre ocorre somente a ida, mas já aconteceu a ida e & volta, logo
em seguida, da criatura parateleportada, em direção diversa.
65.13 Choque. O fenômeno da parateleportação não causa nenhum mal ao corpo humano
do parateleportado, mas produz efeitos temporários de choque (psíquico).
65. 14 Espaço. A viagem da parateleportação humana limita-se ao espaço sem apresentar
relação com o tempo cronológico. Parece que nenhum parateleportado retorna ao passado,
ultrapassa as próprias recordações ou desaparece no futuro.
65. 15 Duração. A duração entre o desaparecimento e o encontro do parateleportado vai
desde breves momentos, exígua fração de tempo, até horas de diferença.
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65. 16 Distância. A distância no fenômeno da parateleportação varia de uma sala para outra, contígua, até de um país para outro.
65.17 Localização. Não raro há dificuldade para se localizar a pessoa parateleportada.
65.18 Temperatura. Ó processo de desaparecimento-dissolução e reemergência
reconstituição do corpo humano do parateleportado exige temperaturas elevadas.
65.19 Objetivos. O fenômeno da parateleportação humana presta-se a objetivos ignorados e
imprescrutáveis.
65.20 Hipóteses. Entre as hipóteses aventadas para explicar a parateleportação humana há
quem pense que seja um meio empregado pela Natureza para distribuir as coisas sobre a face do
planeta. Outros acham que pode ser um recurso natural de eliminação protetora instantânea. O fenômeno pode ser também provocado pela atuação direta de entidades desencarnadas; existe a parateleportação assistida.
Reações. A parateleportação humana já fez muitos freqüentadores de sessões mediúnicas ficarem
de boca aberta, abaixarem a cabeça completamente aturdidos e confusos, ou saírem sorrateiramente, às
vezes amedrontados e atônitos.
Obsessiva. Há ocorrências complicadas de pessoas parateleportadas: para áreas militares rigorosamente interditadas aos estranhos, o que faz o parateleportado ser julgado como sabotador; ou
interiores de habitação e lojas comerciais em horários impróprios, quando permanecem fechadas ao
público, o que faz o parateleportado ser tido por ladrão; e outras que revelam o aspecto da parateleportação obsessiva, em certos casos, ligada a poltergeister.
Descrições. Nas descrições clássicas da parateleportação humana há menções a “pé-de-vento”
para o ato de “ser carregado pelos ares”, “jornada aérea”, “irmãos voadores”, “desaparecimento e
reaparecimento inesperados”. O parateleportado às vezes desaparece de dentro de cômodo escuro com as
portas e janelas fechadas e reaparece noutro cômodo, em local distante, nas mesmas condições.
Bíblia. A parateleportação humana encontra campo fértil de pesquisa na Bíblia: Elias elevado num
carro de fogo (II Reis; 2:1); Ezequiel levado pelos ares (Ezequiel, XI: 1); o episódio dos homens na
fornalha de Nabucodonosor (604-566 a. C.), (Daniel, III: 20-27); Filipe transportado de Gaza a Azoto,
situada a mais de 50 quilômetros de distância (Atos, VIII: 39, 40); a libertação de Pedro da prisão
hermeticamente fechada e rigorosamente vigiada (Atos, XII: 7-11).
Recentes. No Século XX são conhecidos os casos de parateleportação humana dos xamãs; de
pessoas em sessões de ectoplasmias; a célebre sessão mediúnica do Marquês Cario Centurione Scotto,
realizada a 29 de julho de 1928, no Castelo Millesimo, na Itália; o fenômeno de Carlos Mirabelli (18891951), um dos maiores sensitivos de efeitos físicos de todos os tempos, parateleportado, quase no mesmo
instante, da Estação da Luz, em S. Paulo, Capital, até à cidade de S. Vicente, situada a cerca de 90
quilômetros de distância.
Autoparateleportação. Dia chegará em que os sensitivos terrestres produzirão a autoparateleportaçâo, ou seja, o fenômeno será induzido pela própria vontade, assim como vários já conseguem o
desempenho da autoleVitação produzida intencionalmente no estado da vigília física ordinária. Quantas
pessoas parateleportadas não se incluem nas relações comuns de desaparecidos?
Complemento. Em certos casos, supõe-se que a parateleportação na verdade complementa o
fenômeno da bjlocação física (V. cap. 42). Ao invés do psicossoma retornar em bloco ao corpo humano
através da retração do cordão de prata, acontece o contrário, ou seja, o psicossoma atrai em bloco as
células do corpo humano para si, através do mesmo cordão de prata. O fenômeno evidencia a magnitude
extraordinária da atuação do psicossoma como modelo organizador biológico dq corpo humano.
Transporte. Em casos avançados de junção dos fenômenos de poltergeist (V. cap. 56), obsessão
(V. cap. 320), projeção da consciência (V. cap. 15), e bilocação física, tem acontecido que a bilocação da
pessoa, geralmente mística, se transforma numa completa parateleportação, ou transporte projetivo (OBE
transportation). Nesses casos o corpo humano do bilocador se decompõe atomicamente na base física
recompondo-se em outro local.
Exemplo. Como exemplo de parateleportação conseqüente a fenômenos de poltergeist, ou talvez
até obsessão, pode ser citado o caso da jovem tirolesa, Angélica Darocca, de rigoroso ascetismo, que
suava sangue, apresentava estigmas em várias áreas do corpo humano, desaparecia freqüentemente de sua
54
cela para reaparecer nela mais tarde e, durante tais desaparições, era vista em cidades vizinhas ou
distantes.
Testemunhas. O fenômeno da parateleportação humana não tem apresentado testemunhas do
movimento do transporte em si.
Desaparecimentos. A parateleportação humana corresponde exatamente, em analogia, ao
fenômeno do desaparecimento extrafísico repentino (V. cap. 302) de entidades que se manifestam pelo
psicossoma, inclusive encarnados projetados, comumente observados pela consciência encarnada
projetada.
Autopermeabilidade. A parateleportação humana comunica temporariamente ao encarnado
coincidente a qualidade da autopermeabilidade extrafísica (V. cap. 262), ou o ato de passar através dos
objetos densos, físicos, tais como paredes, portas e janelas fechadas, etc., e até mesmo, em certos casos, a
possibilidade da volitação.
___________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 114), Benavides (110, p. 81), Berg (121, p. 143), Bonin (168, p. 485),
Boswell (174, p. 99), Chaplin (273, p. 157), Day (376, p. 133), Fodor (530, p. 7), Frazer (549, p. 259),
Goes (605, p. 92), Hitching (727, p. 223), Morei (1086, p. 171), Morris (1093, p. 144), Paula (1208, p. 158),
Randall (1369, p. 40), Rogo (1447, p. 107), Shepard (1548, p. 917), Steiger (1601, p. 97), Toben (1699, p. 80).
66. FENÔMENOS CONCOMITANTES A PROJEÇÃO CONSCIENTE
Definição. Fenômeno concomitante: o que ocorre no contínuo espaço-tempo ou não, mas
simultaneamente ao desenvolvimento da experiência da projeção consciente, de modo espontâneo e
inesperado.
Sinonímia: efeito periférico; epifenômeno; fenômeno colateral; fenômeno confluente; fenômeno
intercorrente; fenômeno reflexo; fenômeno periférico; fenômeno residual; fenômeno-surpre- sa;
subproduto da projeção consciente.
Complexo. As experiências das projeções conscientes acarretam invariavelmente, de modo
inesperado, além do fato de situar a consciência fora do corpo humano, determinados fenômenos
parapsicológicos concomitantes, fenômenos-surpresas, conseqüentes, como resultados colaterais das
experiências. Isso vem afirmar o caráter e a natureza do complexo fenomênico daProjeciolo- gia. Nos
campos da Medicina e da Psicoterapia ocorrem também fenômenos periféricos.
Causas. Influem como fatores geradores dos fenômenos periféricos parapsicológicos em geral: as
resistências psicológicas do indivíduo sob testes; as ansiedades e as reações de defesa íntima deste mesmo
indivíduo; os componentes meteorológicos que envolvam o experimento; etc.
Laboratório. Interessante assinalar que a incidência dos fenômenos concomitantes atinge não
apenas as projeções conscientes individuais, espontâneas e provocadas, mas também as experimentações
projetivas em laboratório, já existindo registros de vários casos dessa natureza.
Tipos. Os fenômenos concomitantes mais comuns ‘as projeções podem ser calssificados em
primários e secundários.
66.01 Primários. Os grandes fenômenos concomitantes primários às projeções conscientes icia
dupla; precognição; retrocognição; psicometria extrafísica; catalepsia benigna;
66.02 Secundários. Os pequenos fenômenos concomitantes secundários às projeções cons- stado
vibracional; estado transicional; evocação extrafísica; corrente de força extrafí- íergética extrafísica;
trauma extrafísico; repercussão psicofísica; condição da descoincidência vigil ; etc.
______________________
Bibliografia: Ebon (453, p. 76), Fiore (517, p. 167), Greenhouse (636, p. 299), Morris (1092, p. 53),
6), Steiger (1601, p. 226).
55
III
—
ESTADOS
CONSCIÊNCIA
ALTERADOS
DA
III - Estados Alterados da Consciência
67.
XENOFRENIA
Definição. Xenofrenia (Grego: xenos, estranho;phrem, mente): estado da consciência humana,
fora do padrão normal da vigília física ordinária, induzido por agentes físicos, fisiológicos, psicológicos,
farmacológjcos ou parapsicológicos.
Sinonímia: deslocamento das percepções conscienciais; estado alterado da consciência; estado
modificado da consciência; estado xenofrênico; mudanças de estados conscienciais; percepções
alternativas.
Medicina. Do ponto de vista me'dico, um estado alterado de consciência leva os pacientes a
relatarem estas experiências: alterações na concentração, atenção, memória ou julgamento crítico;
distúrbios no senso quanto ao tempo cronológico; distorções da percepção; extremos emocionais oscilando
do êxtase jubiloso aos medos profundos; hiper-sugestibilidade; inefabilidade; receios de perder contato
com a realidade; sensação da separação entre a mente e o corpo humano; senso da verdade profunda e
discernimento; sentimento de renovada esperança.
Predominância. Em geral os diferentes estados conscienciais surgem em razão da predominância de um atributo específico da consciência sobre os demais atributos.
Rapidez. O ato pelo qual a consciência passa de um estado para outro, com a predominância de
um dos seus atributos, ocorre com facilidade, e de modo extremamente rápido, ou instantâneo, conforme
as nossas impressões quanto ao tempo cronológico. Em razão disso podemos itemizar, afora outras, estas
oito observações:
67.1. Vontade. Nos estados físico e extrafísico da consciência vígil, lúcida, a vontade predomina
sobre os demais atributos conscienciais.
67.2.
Raciocínio. No ato do julgamento crítico, o raciocínio subjuga a imaginação.
67.3.
Imaginação. No estado hipnagógico (estado alterado da consciência), imaginação e
vontade substituem o raciocínio.
67.4.
Memória. No fenômeno da retrocognição, a profundidade da memória mais remota, ou
memória integral, substitui a vontade.
67.5.
Inconsciente. No estado de sonho natural, comum (estado alterado da consciência), o
inconsciente, — o tão desconhecido arquivo morto da consciência, — substitui a vontade.
67.6.
Paranormalidade. No fenômeno da precognição, a paranormalidade (animismo ou
percepção extra-sensorial) substitui a memória vígil ou do estado da vigília física ordinária.
67.7.
Animismo. Nos fenômenos do animismo em geral, a vontade própria da consciência
predomina sobre a influência da vontade das inteligências ou consciências externas.
67.8.
Mediunidade. Nas manifestações da mediunidade, a consciência do médium se
apassiva à vontade de outrem — desencarnado ou encarnado projetado — que toma o lugar da sua própria
vontade.
Unidades. Muitos estados alterados da consciência podem ser considerados como unidades
isoladas de eventos mentais associados.
Tipos. Diversos estados alterados da consciência podem ser confundidos com a projeção
consciente: alucinação; auto-hipnose; auto-obsessão; catalepsia; consciência dupla; consciência tripla;
continuidade e descontinuidade da consciência; devaneio; experiência psicodélica;hipnago- gia, ou estado
semidesperto; hipnopompia; meditação; pesadelo; sonambulismo extrafísico; sonho comum; sonho lúcido,
ou projeção semiconsciente; transe hipnótico; transe mediúnico; etc.
107
Compreensão. Compreender os estados xenofrênicos é compreender a projeção lúcida da
consciência.
Critério. O projetor encarnado há de procurar um critério próprio para distinguir os estímulos
heteropsíquicos, ou provenientes dos mundos exteriores — o físico e o extrafísico em geral
—
dos estímulos autopsíquicos, ou de origem interna, e evitar a confusão possível entre
aquilo que a sua consciência percepciona, de fato, e o que não passa de representações suas, sejam:
alucinações; devaneios; formas-pensamentos (V. cap. 254); pesadelos; sonhos; etc.
Conscientização. Objetivando a conscientização quanto ao critério referido, esta seção aborda
os estados xenofrênicos fazendo extensos cotejos, paralelos, e listagens dos caracteres diferenciais entre
eles, a fim de fornecer elementos de distinção ao experimentador que deseja obter sua prova de realidade
quanto às qualidades da experiência consciencial projetiva lúcida.
Estados. O estudo em separado desses estados conscienciais é sobremodo positivo. Quanto mais
aprofundarmos a abordagem analítica, individual, de cada estado consciencial, menos difícil tomar-se-á a
compreensão de suas complexidades, inclusive quanto à projeção consciencial forçada, à projeção
consciencial lúcida espontânea, ao estado do sono natural, à condição do sono extracorpóreo, ao sonho
comum, ao sonho lúcido propriamente dito, ao sonho extracorpóreo, etc.
Diferenças. Sem dúvida, embora a consciência possa ser a mesma, a condição do sono, no
estado da consciência dos veículos de manifestação, não é a mesma condição do sono extracorpóreo, pois
as circunstâncias conscienciais são diferentes. O mesmo se passa com a condição do sonho comum e a
condição do sonho extracorpóreo, e mesmo com a projeção consciencial lúcida forçada e a projeção
consciencial lúcida espontânea, etc.
______________________________
Bibliografia: Brown (221, p. 200), Davies (370, p. 28), Garfield (569, p. 114), Grattan-Guinness
(626, p. 326), Greenhouse (636, p. 45), Ludwig (956, p. 225), Roll (1466, p. 231), Sabom (1486, p. 239),
Steiger (1601, p. 56), Tait (1653, p. 1), Walker (1781, p. 79), White (1829, p. 23).
68.
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTADOS XENOFRÊNICOS
Projeção. A projeção consciente, com todo o seu complexo fenomenológico, constitui um dos
estados alterados da consciência humana. Os fenômenos da projeção, em si, podem ser classificados em
três tipos conforme as fases fenomênicas, ou etapas cronológicas dos experimentos: fenômenos vígeis
físicos, fenômenos transicionais e fenômenos vígeis extrafísicos.
68.1. Físicos. Os fenômenos vígeis físicos conforme os estados conscienciais são: vigília física
ordinária, devaneio e estado transiforme.
68.2. Transicionais. Os fenômenos transicionais são: pré-decolagem, estado hipnagógico, sono
e decolagem do psicossoma.
68.3. Extrafísicos. Os fenômenos vígeis extrafísicos são: estado onírico, estado pesadelar e
despertamento extrafísico.
Divisões. A pesquisadora Susan J. Blackmore afirma que existem divisões naturais entre os
diversos estados de consciência, no que concordo plenamente. Alguns estados de consciência são
próximos de outros e alguns são mais distantes. Alguns dos limites entre esses estados são fáceis de cruzar
e outros bem difíceis.
Exemplos. O sonho lúcido está muito próximo da projeção consciente, já o sonho comum está
distante. O estado pesadelar situa-se entre os dois tipos de sonhos. A condição da consciência no estado da
vigília física ordinária assemelha-se bastante à condição da consciência plenamente projetada para fora do
corpo humano. A projeção consciente pode ser alcançada partindo do estado da vigília física ordinária com
dificuldade, mas pode ser alcançada de modo fácil partindo do estado hipnagógico e mais facilmente ainda
partindo do sonho lúcido.
Relacionamento. Pode-se classificar os estados xenofrênicos que se relacionam de modo direto
com a projeção consciente em dez estados conscienciais básicos, nesta ordem de ocorrência: devaneio,
hipnagogia, estado transiforme, sono, sonambulismo, sonho, sonho lúcido ou projeção semiconsciente (V.
cap. 78), pesadelo, obsessão, e alucinação. Os próximos capítulos abordam as relações destes estados
xenofrênicos com o fenômeno da projeção consciencial lúcida.
______________________________
108
Bibliografia: Blackmore (147, p. 2).
69.
MECANISMOS DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Vibração. Resumidamente pode-se afirmar que a projeção da consciência para fora do corpo
humano é produzida pelo aumento de vibração dos veículos de manifestação da consciência, incluindo
aqui o próprio corpo humano e o corpo mental. Para evidenciar essa ocorrência, pode- se recorrer a
comparações grosseiras, ou analogias confessadamente toscas.
Ônibus. Uma comparação: quando a freqüência de vibração do motor de um ônibus atinge um
determinado valor, pode ocorrer que uma das janelas desse ônibus comece a vibrar junto com o motor. O
que acontece é que o motor do ônibus atingiu a freqüência natural de vibração daquela janela como um
todo, e a janela entrou em ressonância com o motor.
Janela. Todo corpo como um todo, tem uma freqüência natural de vibração. Toda vez que um
outro corpo atinge essa freqüência, faz com que o primeiro entre em ressonância com o segundo, ou seja,
passe a absorver energia do segundo com grande intensidade. No caso, o ar, ou o som, é o transmissor
intermediário para levar essa energia, assim como também, em parte, a vibração forçada do próprio
ônibus. Se o fenômeno da ressonância permanecer com boa intensidade, e se a freqüência de ressonância
for idêntica, e não apenas próxima, a janela se quebra, ou se não estiver muito bem presa, ela se destaca do
ônibus.
Taça. Outra comparação: o cantor de ópera quebra uma taça quando atinge certa nota, ou
freqüência sonora, idêntica à freqüência natural da taça como um todo. Neste caso, a taça entra em
ressonância com a nota, chegando até a balançar quando a freqüência se aproxima, e se a intensidade (ou
potência) da nota for grande e a persistência do cantor (ou fôlego) se mantiver, a taça se estilhaça. O
transmissor de energia, intermediário neste caso, é o ar, através do fenômeno do som, que leva a energia
acústica vibratória.
Psicossoma. Cada veículo de manifestação da consciência apresenta uma freqüência natural de
vibração, e o psicossoma, que está dentro do corpo humano, tendo aumentado sua freqüência de vibração
(vibrações extrafísicas), e provavelmente atingido a sua freqüência natural de vibração, se liberta das
vibrações do organismo denso, ocorrendo a projeção da consciência através do psicossoma.
Mental. Também o corpo mental, por sua vez, tendo aumentado sua freqüência de vibração
(vibrações mentais), se liberta do psicossoma, ocorrendo a projeção da consciência através do corpo
mental isolado. Considera-se, aqui, o psicossoma atuando conjuntamente com as energias do duplo
etérico, desde a maior até a menor densidade extrafísica da composição daquele.
Freqüência. O psicossoma possui freqüência natural vibratória maior do que a do corpo humano
e menor do que a do corpo mental, ou seja, a energia de ressonância do psicossoma é maior do que a do
corpo humano e menor do que a do corpo mental.
Fenômenos. O fato esclarece inúmeros fenômenos inclusive o mecanismo do estado vibracional, o mecanismo da translocação extrafísica, a influência da baixa freqüência cardíaca na projeção
consciencial, etc. A estrutura mais sutil do psicossoma escapa da estrutura densa do corpo humano. O
mesmo acontece com o corpo mental em relação ao psicossoma.
Comparações. Pode-se especificar ainda mais as comparações feitas, caracterizando-se o ônibus
como se fosse o corpo humano e a janela referida como se fosse um braço extrafísico, por exemplo, que
se projeta sozinho, ou seja, a ocorrência da projeção parcial de um parabraço. 0 motor do ônibus, no caso,
seria o corpo mental, ou melhor, a consciência.
Resumo. Em resumo: o ato da saída de um veículo de manifestação deixando o outro, seja o
psicossoma ou o corpo mental, depende tão-somente de se atingir a freqüência natural de vibração de cada
um deles, através (por algum mecanismo) da transmissão de energia de ressonância a esses corpos. O
mecanismo de descoincidência dos veículos de manifestação da consciência, portanto, é feito através do
fenômeno da ressonância.
Universalidade. Uma das evidências definitivas do aspecto natural, parafísico, e energético dos
fenômenos das projeções conscientes, em favor do aumento da freqüência natural de vibração dos veículos
de manifestação da consciência, está no fato de sua incidência ocorrer entre culturas, épocas, raças,
localidades, e condições ambientais díspares, através de processos diversos, mas fundamentalmente afins.
Constatação. A universalidade referida pode ser constatada pelas pesquisas, testemunhos, e
ensaios autobiográficos, analíticos e críticos diferentes como, por exemplo, entre as consciências
encarnadas: alemães (Engel; Fischer; Lischka); americanos (Greene; Monroe; Muldoon; Swann; Tanous);
brasileiros (Pereira; Prado; Vieira); dinamarqueses (Vett); espanhóis (Anglada); franceses (Durville;
Lefebure; Lancelin; “Yram”); indígenas do Havaí (Long); índios mexicanos (Castaneda); ingleses
(Brennan; Brittain; Crookall; Fox; Gerhardi; Green; Sculthorp; Turvey); irlandeses (Gar- rett); e também
entre as consciências desencarnadas (Maes; Xavier; etc.).
__________________________
Bibliografia: Anglada (39, p. 25), Brennan (200, p. 7 1), Brittain (206, p. 45), Castaneda (258,
p. 20), Crookall (330, p. 1), Durville (436, p. 1), Engel (480, p. 1), Fischer (519, p. 19), Fox (544, p. 32),
Garrett (574, p. 67), Gerhardi (584, p. 1), Green (632, p. 1), Greene (635, p. 1), Lancelin (879, p. 309),
Lefebure (909, p. 65), Lischka (937, p. 91), Long (946, p. 33), Maes (984, p. 85), Monroe (1065, p. 1),
Muldoon (1105, p. 1), Pereira (1230, p. 16), Prado (1284, p. 1), Sculthorp (1531, p. 17), Swann (1632, p.
65), Tanous (1647, p. 113), Turvey (1707, p. 111), Vett (1738, p. 379), Vieira (1762, p. 7), Xavier (1881,
p. 97), Yram (189, p. 1).
70.
PROJEÇÃO CONSCIENTE E O DEVANEIO
Definição. Devaneio: enredo fantasioso criado pela imaginação durante o estado da vigília física
ordinária da consciência humana.
Sinonímia: capricho da imaginação; divagação mental; fantasia sigilosa; onirismo; realização de
sonho; sonho acordado dirigido; sonho-com-os-olhos-abertos; sonho diurno; sonho dourado.
Distinções. Com o acúmulo das experiências, em especial com as projeções conscienciais em
série, o projetor racionaliza e define claramente, para si mesmo, os caracteres diferenciais entre: a projeção
consciente e o sonho comum de vôo e de queda; o sonho de origem orgânica; o sonho histórico ou de
enfoque de uma passagem de sua própria história pessoal, ou autobiografia; o pesadelo ou sonho com a
predominância de um fator angustiante; e o devaneio ou fantasia onírica engendrada ainda no estado da
vigília física ordinária, onde não surgem sintomas fisiológicos especiais.
Análise. O projetor experiente distingue perfeitamente, para si mesmo, em certas circunstâncias
conscienciais, não apenas o devaneio das projeções conscientes, mas até que está experiencian- do um
sonho ou pesadelo calcado em temas das suas projeções.
Minimização. O critério de análise da consciência se toma tão marcante que esses estados alterados, — sonho comum, sonho fisiológico, sonho de história pessoal ou autobiográfico, sonho projetivo,
pesadelo, devaneio, e até projeção onírica, projeção consciente, e projeção semiconsciente, de tão
definidos, acabam sendo minimizados e colocados cada qual no seu devido lugar, muitas vezes no instante
mesmo em que se desenvolvem, diminuindo a sua importância ou eliminando-os em parte.
Preparação. 0 devaneio vem sendo mesmo usado como técnica eficaz para o indivíduo sentir
paz interior, quietude íntima, bem-estar profundo, e conciliar o sono natural, quando enfrenta crises
cruciais e extremas pressões do cotidiano terra-a-terra, na sua vivência humana, estando a sua mente
agitada de tal modo por supostos problemas dos quais não consegue se libertar. Além disso, o que é mais
importante, essa técnica ajuda a consciência a se preparar para se projetar conscientemente em certos
casos.
Técnica. A técnica do devaneio ascensional, devaneio dirigido, ou sonho dourado, consiste
numa concentração de pensamentos positivos, nos quais a consciência encarnada imagina, em minúcias,
tudo aquilo que naquele momento a tornará a pessoa mais feliz do mundo.
Detalhes. Nessa criação ou reconstituição mental do “aparente impossível”, a vontade, a
imaginação e suas criações fantasiosas, reúnem e introduzem, até os mínimos detalhes, tudo aquilo que
venha a compor um mundo ideal para a personalidade: o local mais maravilhoso possível; as mais
excepcionais condições do tempo meteorológico; as companhias mais desejadas; as vestes mais brilhantes;
os pratos culinários preferidos; as impressões pessoais prazerosas mais sonhadas; enfim, a materialização
de um cenário e de uma atmosfera com todas as utopias mais almejadas na vida humana, em condições
capazes de tornar a si mesma completa e definitivamente feliz.
Predomínio. Ao atingir aquele nível em que a consciência predomina sobre a matéria, a
mentalização, ou concentração mental, alcança um grau tão profundo e intenso que acaba se tornando real
e fazendo esta mesma consciência realmente feliz, afastada dos problemas íntimos e pressões diuturnas,
trazendo com isso a auto-relaxação psíquica e muscular, a autoconfiança absoluta, e, de modo natural, o
sono procurado, sem o uso de qualquer estupefaciente e sem excessivas perdas de tempo, energia e
dinheiro.
__________________________
Bibliografia: Lefebure (913, p. 175), MacLaine (980, p. 245), Rogo (1444, p. 123), Steiger
(1601, p. 217), Vieira (1762,p. 123).
110
71.
PARALELOS ENTRE DEVANEIO E PROJEÇÃO CONSCIENTE
Diferenciais. Os caracteres diferenciais entre o devaneio e a projeção consciente são bem
definidos e inconfundíveis no que se refere a quatro ângulos de abordagem:
71.1.
Coincidência. Na condição do devaneio, a consciência sabe que está dentro ou coincidente com o corpo humano, no estado da vigília física ordinária. Na condição da projeção consciencial
lúcida, a consciência sabe e sente que está fora do corpo humano ou descoincidente, podendo até ver o
corpo denso à sua frente (fenômeno da autobilocação).
71.2.
Formas. No devaneio, surgem substratos menos densos de origem física, tangíveis ou
palpáveis, como cenários da sucessão de imagens mentais. Na projeção consciente que se desenrola ainda
em distritos físicos, e mesmo em certos ambientes extrafísicos crosta-a-crosta, há tan- gibilização
incontrovertível de formas físicas e extrafísicas, ou formas-pensamentos muito mais densas.
71.3.
Natureza. O devaneio é uma condição consciencial bem mais onírica do que projetiva.
A própria consciência distingue a grande projeção consciencial lúcida, em todos os sentidos, seja dos
estados conscienciais do sonho, do pesadelo, e do devaneio.
71.4.
Clarividência. As manifestações do devaneio se aproximam em parte das manifestações da clarividência viajora, porém esta apresenta enredos mais nítidos nas vivências e extrapolam a
simples elaboração mental inconseqüente da consciência humana.
Ascensional. Curioso registrar que a condição do devaneio (assim como o sonho) é tão diferente
da condição da projeção consciencial que chega a constituir também um processo para a consciência se
projetar para fora do corpo humano, denominado devaneio ascensional ou devaneio dirigido. Tal técnica
se baseia no ato de a consciência, no estado da vigília física ordinária, se imaginar saindo do corpo
humano e se elevando através do espaço, com a ajuda da respiração rítmica, após a preparação através do
devaneio (V. cap. 70).
_____________________________
Bibliografia: Lefebure (909, p. 176), Vieira (1762, p. 123).
72.
PROJEÇÃO CONSCIENTE E O SONO
Definição. Sono natural: estado de repouso no homem e nos animais superiores que se caracteriza especialmente pela supressão normal e periódica da atividade perceptiva, da motricidade
voluntária, e da vida de relação, pelo relaxamento dos sentidos e dos músculos, pela diminuição das
freqüências circulatória e respiratória, e ainda pela atividade onírica, durante o qual o organismo recuperase da fadiga.
Sinonímia: estado de quem dorme; meia-vida; projeção cotidiana; sono espontâneo; sono
normal; sono ordinário.
Características. O sono é o mais poderoso organizador da fisiologia do corpo físico e da vida
humana do indivíduo. Ninguém escapa a esse imperativo. É mais fácil passarmos sem alimento, sem água,
e sem companhia do que sem dormir. Existem dormidores normais e maldormidores. O sono passa por
diversas fases que se dividem em ciclos ordenados de atividade complexa noite a dentro.
Interleukin. A última descoberta sobre o sono informa que o Fator S, parte de um grupo de
elementos químicos, pode provocar o sono, regular a temperatura e estimular o sistema imunológico do
organismo. Na parte final do processo de funcionamento da cadeia do sono ocorre a liberação da
Interleukin-1, substância que provoca o sono e estimula o sistema imunológico. O sono permite que o
sistema imunológico se recupere dos desafios ambientais enfrentados durante o estado da vigília física
ordinária do indivíduo em atividade.
Variações. Ao dormir, o adulto faz cerca de 40 a 70 movimentos maiores, entre viradas e
sacudidelas, utilizando 160 litros de oxigênio, e expelindo 130 litros de anidrido carbônico durante cada
noite. Essas variações impedem a acumulação de sangue em seu corpo inerte, mantêm constante a troca de
oxigênio e de dióxido de carbono, e conservam o tônus muscular.
Vegetativo. As funções orgânicas chamadas de relação, que se realizam sem o concurso da
vontade, funcionando de modo involuntário ou automático, como os atos reflexos, — respiração, ritmo
cardíaco, mobilidade gastrintestinal, transpiração, etc., — ou vida vegetativa, são reguladas pelo sistema
nervoso vegetativo, ou autônomo, composto principalmente por dois nervos de funções antagônicas qué se
equilibram entre si: o simpático e o parassimpático, ou vago. O predomínio do simpático mantém a
consciência no estado da vigília física ordinária. O predomínio do vago permite o estado do sono natural.
Latência. A latência do sono, ou o tempo entre o apagar da luz e o ato de adormecer, é de
menos de quinze minutos, em condições normais, ficando a média, ou a ocorrência mais comum, entre seis
e oito minutos.
Cotidiana. Desde os tempos dos gregos antigos, sempre se acreditou que Hipnos, o sono, fosse
o irmão menor de Thanatos, a morte, mas tal suposição é relativa. O sono só se assemelha à morte
biológica porque separa os veículos de manifestação da consciência e carrega esta para o plano extrafísico,
realizando, assim, uma projeção cotidiana, natural, fisiológica, inofensiva, em geral inconsciente.
Atividade. O sono não é um fenômeno passivo, nem constitui também o irmão menor do estado
de coma. Durante o sono ocorre uma infinidade de manifestações.
Poli-hipnógrafo. Nos laboratórios de sono, os cientistas estudam este estado alterado de
consciência, o sono, com voluntários untados com ungüentos de contato, e diminutos eletrodos ligados ao
rosto e ao couro cabeludo. Os eletrodos enviam mensagens a um poli-hipnógrafo, dispositivo de registro
que transcreve as ondas cerebrais, os batimentos cardíacos, os movimentos dos olhos, e a atividade
muscular da pessoa adormecida para ritmos ondulados riscados em folhas contínuas de papel.
Tipos. Existem dois tipos básicos de sono que se alternam: o sono lento e o sono rápido.
72.1.
Lento. O sono lento, inativo, ou sossegado, período de repouso corporal, compõe- se
de quatro estágios cada vez mais profundos: ligeiro, confirmado, profundo e muito profundo, e é
classificado de sono não-MOR ou MONR (Movimento Ocular Não-Rápido).
Repouso. O eletroencefalógrafo registra as fases de repouso com ondas cerebrais características.
Durante o sono lento cai o ritmo do coração, a respiração se torna mais vagarosa, e a temperatura do corpo
humano atinge o seu ponto mais baixo.
72.2.
Rápido. O sono rápido ou ativo se caracteriza pelo traçado elétrico do cérebro distinto
do lento, apresentando total atonia muscular, movimentos sincrônicos rápidos dos globos oculares, sob as
pálpebras cerradas, e uma intensa atividade do cérebro constatada pelas fortes variações da atividade
metabólica, supressão de atividade muscular, e com sonhos vividos. Este tipo recebe o nome de sono
MOR (Movimento Ocular Rápido, ou seja, REM, Rapid Eyes Move- ment).
MOR. Na fase de sono em que se instalam os movimentos rápidos, sincrônicos, involuntários,
dos globos oculares sob as pálpebras cerradas (MOR), ocorrem o aumento da atividade cerebral, da
freqüência cardíaca, da freqüência respiratória, da secreção hormonal e o surgimento de diferentes padrões
de ondas cerebrais e dos sonhos.
Registros. Os canais do poli-hipnógrafo registram as ondas cerebrais do adormecido, suas taxas
de pulso e respiração, os grandes movimentos do seu corpo e os movimentos binoculares, sincrônicos,
rápidos, involuntários. Estes são medidos por meio de eletrodos presos à pele acima e abaixo, ou de cada
lado de um olho, detectando a diferença de potencial através do globo ocular, entre a córnea e a retina.
Cada movimento ocular individual leva uma fração de segundo, mas um período de movimentos
freqüentemente dura, com interrupções, cerca de cinqüenta minutos. A quantidade e a direção dos
movimentos oculares correspondem, em certos casos, ao que o sonhador está olhando ou seguindo com
seus olhos.
Neurofisiologia. Como se observa, desenvolve-se toda uma atividade neurofisiológica do organismo humano durante o sono, imóvel apenas na aparência, pois se vêem pequenos espasmos ou
crispações nos músculos das pernas, repelões nos artelhos e nos dedos, e caretas causadas pelos músculos
faciais. O sonho freqüentemente começa logo depois de ter cessado uma série de movimentos corporais.
Ocasionalmente, durante o sono, ocorre, nos homens, a ereção peniana, e nas mulheres sobrevêm o
despertar cíclico do clitóris ou a lubrificação periódica da vagina, independentes da idade física ou da
satisfação sexual do dormidor ou dormidora. Tais ocorrências não estão relacionadas com o conteúdo dos
sonhos, pois são resultantes do fluxo de sangue do organismo em direção à área genital.
Paradoxal. Na fase de sono MOR há igualmente a paralisia muscular, o que faz com que esta
fase do sono seja chamada paradoxal. Conquanto o cérebro esteja muito ativo, os músculos do torso e dos
membros ficam essencialmente paralisados, como que para proteger o dormidor, ou o sonhador, da
possibilidade de reagir fisicamente ao que está sonhando.
Habitat. O sono é o habitat natural do sonho, porém não é o mesmo habitat para a projeção
consciencial lúcida. A evidência desse fato torna-se marcante na experiência da projeção de consciência
contínua, onde não ocorre a intercalação de outro estado alterado da consciência, seja o devaneio, o sono,
o pesadelo, a hipnagogia, a hipnopompia, etc.
Manipulação. Pelo menos alguns tipos de projeção envolvem um estado consciente caracterizado pela manipulação consciente do sono MOR, que ocorre periodicamente quatro a cinco vezes a cada
noite.
Recuperações. O sono delta, que é a fase mais profunda do sono, parece estar ligado à recuperação física do indivíduo, enquanto que o sono MOR diz respeito à recuperação psicológica.
Espasmos. Quando se produz a projeção integral da consciência pelo psicossoma ou pelo corpo
mental, deixando o corpo humano de cérebro vazio, se instala a imobilidade completa e nem estes
112
pequenos espasmos acontecem com tanta freqüência, porque os reflexos orgânicos quase se anulam
completamente no organismo que permanece inanimado e apenas com vida ve- getativa.
Cronopsicofisiologia. Os modernos laboratórios de cronobiologia ou de cronopsicofisio- logia
dd sono, através da polissonografia, - o registro contínuo e simultâneo (polissonograma) de diversas
variáveis fisiológicas, principalmente atividade cerebral, movimentos oculares e atividade muscular
durante o sono —, pesquisam o modo automático com que o ritmo cronométrico, cro- nobiológico ou
circadiano do corpo humano governa o ciclo sono-vigilia, objetivando principalmente a aplicação da
higiene do sono e da cronoterapia no tratamento da insônia.
Funções. O sono desfaz a intoxicação celular do corpo humano, desencadeando mudanças
físicas, químicas, hormonais e musculares; mantém a criatura longe de danos; renova a vitalidade da
energia do duplo etérico e do psicossoma; libera as percepções da consciência através da des- coincidência
dos seus veículos de manifestação. A qualidade do sono é mais importante do que a sua quantidade.
Projetor. O ser desencarnado, o ser encarnado na condição da coincidência dos seus veículos de
manifestação, e o projetor encarnado, descoincidente, podem dormir. Em certas oportunidades, acontece
que o corpo físico dorme sem a consciência e a consciência projetada dorme perto ou longe do corpo
físico, ao mesmo tempo. O sono do projetor durante o desprendimento consciencial, à distância, quando o
cordão de prata está distendido além das proximidades do corpo humano, mantendo-se na circunferência
mínima de distensão, na maioria dos casos é assistido por seres desencarnados, inclusive os amparadores.
Autotelecinesia. Os movimentos físicos involuntários, inconscientes e quase imperceptíveis do
dormidor, durante a condição de adormecimento ou sono, de modo geral constituem reflexos dos
movimentos idênticos de ondulações e oscilações do psicossoma semi-exteriorizado ou totalmente
exteriorizado, porém na condição de instabilidade, próximo ao corpo humano, e podem ser considerados
ocorrências de mini-autotelecinesias amenas (V. cap. 334).
Consecutivas. Grandes mudanças da posição do corpo humano do dormidor, por exemplo, de
um lado para outro, durante o sono, correspondem, em certos casos, não em todos, a reflexos de pequenas
exteriorizações-interiorizações consecutivas da consciência, às vezes até semiconscientes, através do
psicossoma.
Causas. O ser humano encarnado pode dormir, ou seja, substituir o ritmo alfa do EEG, por um
ritmo mais lento, tipo delta, em razão de várias causas, notadamente estas nove: sono natural, de modo
espontâneo; sono provocado por auto-sugestão; sono provocado por acidente; sono provocado por
anestésico; sono provocado por droga leve ou pesada; sono hibernai condicionado por abaixamento
térmico; sono hipnótico provocado por hipnólogo; sono hipnótico provocado por ser desencarnado sadio
(preâmbulo da projeção assistida); sono hipnótico provocado por ser desencarnado enfermo (obsessão). A
partir de qualquer um destes tipos de sono, a consciência do dormidor pode entrar no estado projetivo, ou
seja, pode iniciar uma projeção consciencial inconsciente, semiconsciente ou consciente.
_________________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 28), Bunker (222, p. 201), Crookall (320, p. 149; 323,p. 1), Denis
(389, p. 141), Kardec (824,p. 213-), Martin (1002, p. 27), Muldoon (1105, p. 69), Powell (1278,p. 82),
Prieur (1289, p. 73), Salley (1496, p. 157), Shay (1546, p. 22), Steiger (1601, p. 4 7), Steiner (1610, p. 47),
Vieira (1762, p. 125), Walker (1781, p. 93).
73.
PROJEÇÃO CONSCIENTE E O SONAMBULISMO
Definição. Sonambulismo (Latim: somrns, sono; ambulare, caminhar): estado xenofrênico de
sono, ou de transe semidesperto, que ocorre de modo espontâneo, ou induzido artificialmente, em que as
faculdades subconscientes tomam o lugar da consciência normal e dirigem o corpo humano no
desempenho de ações físicas, sejam comuns, erráticas (caminhar dormindo), ou altamente intelectuais
(solucionar problemas).
Sinonímia: atividade ambulatória; caminhar adormecido; noctambulismo; sleepwalking; transe
semidesperto.
Incidência. O sonambulismo espontâneo é freqüente em crianças já crescidas — notadamen- te
em meninos — durante o estado do sono natural, profundo, no primeiro terço da noite.
Duração. A duração do estado sonambúlico espontâneo varia entre trinta segundos a trinta
minutos quando o sonâmbulo, à semelhança de um autômato, mantém as pálpebras descerradas e o rosto
inexpressivo. Contudo, o sonâmbulo pode caminhar com as pálpebras cerradas e se orientar perfeitamente.
Amnésia. A consciência do sonâmbulo, como regra geral, ao despertar, não conserva nenhuma
recordação do transe natural da crise sonambúlica acontecendo, portanto, uma amnésia, ou hipomnésia.
Tipos. Geralmente são classificados quatro tipos de sonambulismo — quando o fenômeno é
abordado pelo prisma do plano físico — na Hipnologia: natural, sintomático, artificial e extático. 0 eletrohipnograma é o eletroencefalograma característico do sono. A sonose é o sonambulismo provocado
durante o sono hipnótico.
Vigilambulismo. O vigilambulismo propriamente dito, ou seja, o automatismo inconsciente, que
sobrevêm durante o estado da vigília física ordinária e se manifesta por atos mais ou menos coordenados,
tais como erguer-se, andar, executar tarefas simples, etc., representa um “segundo estado” que não deixa
recordação alguma, e é observado sobretudo em crianças, adolescentes, histéricos, e em certos epilépticos.
Graus. Existem vários graus ou intensidades do estado sonambúlico.
Sono. O estado sonambúlico difere do estado do sono natural pela tensão muscular que permanece igual à condição física do corpo humano no estado da vigília física ordinária.
Catalepsia. A catalepsia é um estágio profundo do sonambulismo, que não apresenta memória
em certas ocorrências de hipnose.
Extrafisicamente. Assim como existe a catalepsia extrafísica, ocorre também o sonambulismo
astral, ou extrafísico, sonambulismo do duplo, que constitui uma projeção consciencial inconsciente.
Projetivo. Além dos tipos referidos existe o sonambulismo projetivo. Com o passar das experiências projetivas, o projetor consciencial veterano pode começar a se descobrir em períodos de
sonambulismo, de origem caracteristicamente projetiva, diga-se de passagem, inofensivos, mas geradores
de fatos extremamente reais e, às vezes, perturbadores, evidenciados de maneira clara pelas circunstâncias.
Intercorrências. Em função do sonambulismo projetivo, podem sobrevir quatro intercorrências ou efeitos naturais do fenômeno:
73.1.
Identificação. O projetor consciencial só identifica o fato de que agiu sonambulicamente depois de algum tempo, quase sempre horas, após o ocorrido. Isso pode evidentemente intrigá-lo e
até perturbá-lo nas primeiras ocorrências.
73.2.
Prolongada. O sonambulismo, neste caso, evidencia uma projeção consciencial prolongada (V. cap. 326), quase sempre de três horas ou mais de duração, porém sem rememoração física
completa, ou seja, com memória apenas extrafísica.
73.3.Banhos. Os banhos energéticos pós-projetivos (V. cap. 339) denunciam claramente a
ocorrência da projeção consciencial no período anterior, sem, no entanto, haver o afloramento da
rememoração integral das vivências extrafísicas, quase sempre de modo geral impraticável nas projeções
conscienciais de mais de uma hora de duração.
73.4.Fatos. Fatos físicos, absolutamente não rememorados, que denunciam à consciência
encarnada que foram executados em estado sonambúlico projetivo: mudança sem lembrança da posição
física do corpo humano inanimado sobre o leito; colocação ou retirada de uma coberta sobre o corpo
humano inanimado sem lembrança do ocorrido (fato comum a todas as pessoas até sem a ocorrência de
projeção consciencial); desligamento do aparelho de ar condicionado depois que sobreveio o resfriamento
adequado do ambiente, sem também ocorrer a rememoração do fato; fechamento ou abertura de janela ou
porta do quarto de dormir do projetor, conforme a conveniência de temperatura, corrente de ar, e outros
fatores, sem aflorar a recordação do fato; etc.
Predisposições. Obviamente alguns fatores devem predispor as ocorrências de sonambulismo
do projetor consciente veterano, além da projeção consciencial prolongada, especialmente: exaustão física
anterior ao experimento; circunstâncias existenciais; uso de medicamento que favorece o sono; tipo de
projeção consciencial prolongada (assistida, assistencial, e outras); etc.
______________________
Bibliografia: ADGMT (03,p. 269), Andreas (36, p. 54), Blasco (151, p. 91), Carton (252, p.
231), Crouzet (344, p. 254), Day (376, p. 120), Fodor (528, p. 352), Gaynor (577, p. 171), Kardec (824, p.
223), Larcher (887, p. 142), Morei (1086, p. 165), Paula (1208, p. 118), Shepard (1548, p. 851), Spence
(1588, p. 373), Tondriau (1690, p. 279), Vieira (1762, p. 121),Walker (1784, p. 268),Zaniah (1899, p.
430).
74.
PROJEÇÃO CONSCIENTE E O SONHO
Definição. Sonho natural: estado consciencial intermediário entre o estado da vigília física
ordinária e o sono natural, caracterizado por um conjunto de idéias e imagens que se apresentam à
consciência.
114
Sinonímia: devaneio noturno; estado criador de símbolos; estado onírico; psicose normal; sonho
comum; sonho do observador; sonho fisiológico; sonho ordinário.
Pesquisas. Os pesquisadores demonstraram, com segurança, que toda pessoa adulta, em oito
horas de sono, sonha, repetida e normalmente, durante quatro ou cinco períodos de trinta minutos. Se você
pensa que raramente ou nunca sonha, é porque você não se recorda dos seus sonhos, e não porque você
não esteja passando pelas vivências oníricas, praticamente inevitáveis, a cada noite.
Fases. As atuais pesquisas sobre o sono demonstraram que, em condições normais, toda pessoa
sonha, toda noite, geralmente de noventa em noventa minutos após adormecer. O primeiro sonho da noite
dura cerca de dez minutos e as fases seguintes vão se ampliando até trinta a quarenta e cinco minutos no
úlámo sonho, freqüentemente rememorado.
Percentual. Os fatos naturais da vida fazem com que o ser humano sonhe às vezes durante vinte
e cinco por cento do tempo em que está dormindo, ou quatro a cinco vezes durante a média de oito horas
por noite, num total de tempo de sonho de cerca de uma hora e meia. Por isso cada pessoa tem mais de
hum mil sonhos por ano, ou passa sonhando mais de quatro anos inteiros de sua existência humana.
Centro. Procura-se, atualmente, abrir novo campo para a pesquisa do sonho pela identificação
da localização exata do chamado “centro do sono” no interior do cérebro humano, através do estudo das
vítimas de explosões, feridas em campos de batalha. Tais pessoas deixam de sonhar quando pequeno
estilhaço de bomba se aloja em sua massa cerebral, justamente no ponto em que se suspeita ser o “centro
do sono”, aparentemente destruindo-o.
Efeitos. Existem inúmeros efeitos decorrentes do estado do sono e dos sonhos: alucinações
extrafísicas; associações estranhas às realidades extrafísicas; criações da imaginação; dados suplementares
malpostos; excrescências de interpretações incorretas de eventos extrafísicos; libertação das tensões
diurnas; mascaramentos mentais; molduras psicológicas; pesadelos inconseqüentes; reflexos fisiológicos e
orgânicos; sonhos intercorrentes. Dois terços dos sonhos das pessoas saudáveis são sonhos ruins ou
desagradáveis.
Cegueira. As pessoas cegas de nascença têm sonhos auditivos. As pessoas que se tornam cegas
depois de algum tempo de vida humana perdem gradativamente os seus sonhos visuais. Os sons do meio
ambiente, como um telefone tocando ou um despertador em funcionamento, podem às vezes se tornar
parte de um sonho.
Tipos. Existem sonhos de muitos tipos: alto, bizarro, criativo, de advertência, de sobrevivência,
dramático, excitante, gratificante, incompreensível, inventado, mau, monótono, mútuo, noturno,
recorrente, vivido, etc.
Mímica. O sonhador costuma ficar imóvel durante toda a duração do sonho, podendo, no
entanto, acontecer o caso de fazer gestos miniaturizados, ou certa mímica especial com as mãos, os pés, o
rosto, etc.
Teorias. Surgem muitas teorias, nenhuma, no entanto, consensual até o momento, para explicar
a verdadeira causa do estado alterado da consciência a que chamamos sonho. A mais recente supõe que os
sonhos desmancham as redes neuroniais indesejáveis, evitando, assim, sobrecargas que reduzem a
eficiência do cérebro, na qualidade de máquina de processar dados, no período em que este órgão tem as
suas principais funções desativadas.
Símbolos. Os símbolos nos sonhos são gerados pela tentativa de suprir a insuficiência do banco
da memória física que não encontra paralelos nem símiles, em sua programação, daquilo que a consciência
percebe no plano extrafísico.
Descoincidéncia. Cada criatura encarnada, ao dormir, consciente, semiconsciente, ou inconsciente, sai fora do estado da coincidência dos veículos de manifestação da consciência.
Racionalização. Observa-se que a tendência do acúmulo das experiências com as projeções
conscienciais lúcidas é tomar os sonhos mais racionais e menos aparentemente incoerentes, permitindo
que o julgamento crítico da consciência acabe deixando esta se descobrir sonhando, minimizando os
percalços oníricos do sonho ou mesmo anulando.em parte o sonho pouco a pouco, saindo a consciência do
corpo humano através de uma projeção consciencial lúcida comum.
Comparação. Muitos projetores conscientes comparam a projeção consciencial lúcida a uma
fotografia colorida, e o sonho comum a uma foto preto e branco, o que, de fato, pouco caracteriza as
realidades dos dois estados alterados de consciência.
Produto. Se, por um lado, existem técnicas projetivas baseadas nos sonhos (V. cap. 188), por
outro lado, os fatos evidenciam que, pelo menos um sonho comum, em cada noite, constitui o produto ou o
efeito de uma projeção consciente, ao invés de ser o gerador ou a causa direta de uma projeção
consciencial.
Queda. Segundo a opinião de muitos projetores conscientes, os sonhos de queda se relacionam,
num bom número de casos, com o fenômeno da repercussão física (V. cap. 333).
______________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 29), Blackmore (139, p. 14), Broad (208, p. 53), Campbell (237, p.
4), Donahue (407, p. 6), Fodor (528, p. 174), Frost (560,p. 32), Garfield (568, p. 118), Grattan-Guinness
(626, p. 81), Gudjonsson (658, p. 110), Holzer (745, p. 163), Krippner (862, p. 94), Motoyama (1098, p.
204), Osbom (1155, p. 162), Powell (1278, p. 93), Roll (1466, p. 228), Sabom (1486, p. 226), Vieira
(1766, p. 5), Wang (1794, p. 157).
75.
IMAGENS ONÍRICAS
Definição. Imagem onírica: imagem nascida no sonho, dentro da consciência, seja fantasia
imaginativa, alucinatória, pesadelar, forma-pensamento própria, forma-pensamento de outra inteligência,
ou percepção deturpada da realidade extrafísica.
Sinonímia: imagem alucinatória; imagem do sonho; imagem fantasma.
Sonhos. Segundo a interpretação biológica, prática, utilitarista da Psicopatologia, não existe
nenhum outro setor da experiência humana que seja mais irracional e desprovido de lógica do que o dos
sonhos. Já a Psicanálise, diametralmente contra a interpretação psicopatológica, considera o sonho sempre
dotado de sentido, com conteúdos passíveis de interpretação, dentro das dimensões psicológicas.
Lógica. O termo “lógica” pode ser tomado como significando sentido, o que na linguagem
cotidiana é entendido na perspectiva de um sujeito e não dos objetos. Assim um fato pode não ter “lógica”
para mim, se eu não o compreendo, mas ter “lógica” para outra pessoa, se ela conseguiu decodificá-lo. O
objeto, em si mesmo, não seria lógico nem ilógico. Isto é o que o senso comum faz e só tem validade do
ponto de vista do sujeito. O termo “lógica” pode ser tomado ainda num sentido rigoroso, e nesta acepção
ele implicará, ao ser usado, que três princípios não sejam isolados, a saber: o princípio da identidade; o
princípio da não-contradição; e (com exceção dos matemáticos intuicionistas) o princípio do “terceiro
excluído”. Neste sentido, então, nada no mundo seria ilógico, apenas as sentenças (lingüísticas, o plano é
semântico) poderiam violar tais princípios. Partindo daí, os sonhos, como fenômenos, não seriam ilógicos,
pois não contrariam nenhum destes três princípios.
Objetos. As imagens oníricas, produtos psíquicos individuais que constituem o conteúdo dos
sonhos, dos delírios oniróides e dos estados crepusculares, representam imagens visuais ou fantásticas que,
devido ao estado de ofuscação da vigilância ordinária, são considerados como correspondentes a objetos
reais.
Características. Segundo, ainda, a Psicopatologia, dentre as características fenomênicas das
imagens oníricas destacam-se sete: vivacidade, mobilidade, intemporalidade, inespacialidade, intimidade,
irracionalidade, e vivencialidade.
75.1. Vivacidade. Apesar da falta de nitidez sensorial, a imagem onírica e' vivaz e dotada de
extrema plasticidade.
75.2. Mobilidade. Toda imagem onírica é essencialmente instável e movediça, e portanto, não
fixa, sem pausa.
75.3. Intemporalidade. A imagem onírica manifesta-se independentemente do fator tempo.
75.4. Inespacialidade. A imagem onírica manifesta-se independentemente do fator espaço.
75.5. Intimidade. A imagem onírica é projetada no espaço interno, no íntimo da consciência,
considerado, momentaneamente, como espaço objetivo.
75.6.Irracionalidade. A imagem onírica ê fundamentalmente ilógica ou irracional em suas
aparências (V. atrás o tópico “Sonhos”).
75.7. Vivencialidade. Toda imagem onírica deriva de alguma vivência específica da consciência.
Estímulos. Podem servir de estímulo desencadeante para compor as seqüências das situações
oníricas, seja dos sonhos comuns ou dos pesadelos, fatores como: ansiedade; brilho intenso sobre as
pálpebras cerradas do dormidor ou dormidora; cólera; cólica menstruai; febre; frio; indigestão; medo;
repleção vesical; ruídos; tensão menstruai; etc.
Caüsas. As causas das imagens oníricas são variadas: alucinação franca devido a alimentos ou
medicamentos; criação inconsciente de formas-pensamentos; descontinuidade do grau de consciência
extrafísica; excitação cortical da imaginação onírica; pavor; pesadelo eventual; racionalizações incorretas
de fatos realmente ocorridos durante projeções autênticas; recepção inconsciente de for- mas-pensamentos
alheias; reflexos vegetativos ou neuromusculares dos órgãos; trauma físico ou extrafísico estando o corpo
humano incapacitado; etc.
116
Efeitos. Inúmeros efeitos advêm das imagens oníricas, no entanto, os essenciais, aqui, são
aqueles referentes às projeções conscientes, em especial: interferência nas percepções corretas dos eventos
extrafísicos; confusão na avaliação das experiências extrafísicas; deturpação das reminis- cências do
período extrafísico criando excrescências na rememoração fragmentária.
Alerta. Em face do exposto, o projetor deve estar sempre alerta no sentido de manter a lucidez
extrafísica, a limpidez da qualidade de suas percepções parapsíquicas e a possibilidade de interferências
conscienciais estranhas aos seus experimentos, afastando sempre toda dúvida de interpretação,
incoerências, e extravagâncias que devem ser atribuídas às imagens oníricas.
Agentes. A intensificação voluntária das projeções conscientes em série permite à consciência
encarnada distinguir perfeitamente os sonhos comuns de maneira específica, a fim de subordiná-los à
condição de agentes da projeção consciencial lúcida, sejam eles essencialmente de origem orgânica,
hipertensivos, arterioscleróticos, térmicos, etc.
Arterioscleróticos. Os sonhos arterioscleróticos recorrentes são aqueles que indicam a cristalização da memória num determinado período existencial, geralmente, no mínimo, de duas a três décadas
anteriores. Eles fazem a imaginação e a memória retornarem ao mesmo núcleo de preocupações ou
traumas que afligiram o indivíduo em sua adolescência, ou infância, por exemplo, e podem ser
transformados em projeção consciencial lúcida efetiva através da autoconscientização extrafísica abrupta.
_________________________
Bibliografia: Alverga (18, p. 202), Carrington (247, p. 60), Castaneda (258, p. 132), Holzer
(745, p. 56), Paim (1182, p. 41), Steiner (1610, p. 56), Vieira (1762, p. 49). Walker (1782, p. 110).
76.
PARALELOS ENTRE SONHO E PROJEÇÃO CONSCIENTE
Diferenciais. Os caracteres diferenciais básicos entre o sonho natural, comum, e a projeção
lúcida da consciência para fora do corpo humano são bem marcantes e podem ser classificados de modo
geral em: subjetivos ou individuais, e objetivos ou públicos.
76.1.
Início. No sonho, a consciência encarnada não começa a sonhar desde o estado da
vigília física ordinária. Na projeção consciente há episódios com a manutenção da condição da consciência
contínua desde o estado de vigilância, ou seja, antes, durante e depois da experimentação projetiva, sem
lapso ou solução de continuidade da lucidez consciencial.
76.2. Vibracional. No sonho não surge nenhuma condição que se possa interpretar como sendo o
estado vibracional intenso, fenômeno peculiar, único, que ocorre, com freqüência, antes e depois da
projeção consciente, de maneira inquestionável para o projetor.
76.3.
Sons. No sonho não sobrevêm os estranhos sons intracranianos (V. cap. 215), típicos,
característicos da fase da interiorização consciencial, e menos freqüentemente, da fase da decolagem
quando a consciência se projeta através do psicossoma.
76.4.
Decolagem. No sonho não há impressões conscienciais do ato da saída para fora do
organismo humano. Na projeção, a decolagem lúcida, na experiência projetiva de consciência contínua, é
fascinante e única.
76.5.Consciência. No sonho, em razão da sua inoperâricia, a consciência encarnada nem sempre
pode determinar as imagens oníricas à vontade, mas atua ao modo de espectadora ou semi-espectadora de
um espetáculo que se desenrola à sua revelia, sem nenhum controle consciencial, pois, na verdade, não
sonhamos, somos sonhados, sofremos o sonho, somos os objetos do sonho. A consciência projetada em
geral dirige os atos extrafísicos e dispõe de capacidade decisó- ria igual ao que sucede no estado da vigília
física ordinária, porque somos os agentes dos acontecimentos extrafísicos, aos quais estamos integrados,
falando, atuando, movendo-nos realmente.
76.6.
Atividade. No sonho, a atividade mental é habitual. Na projeção consciente, a atividade íntima da consciência transcende em riqueza o próprio estado da vigília física ordinária.
76.7.Raciocínio. No sonho, o raciocínio integral não atua com facilidade. Na projeção
consciente, as faculdades do raciocínio se mantêm as mesmas nos dois estados, vigília física e vigília
extrafísica, e, não raro, podem-se expandir além das possibilidades do estado da vigília física ordinária.
76.8.
Julgamento. No sonho não há tempo, nem consistência clara, imediata, das vivências;
o juízo crítico fica ausente, e se aceitam os acontecimentos e situações mais absurdas com naturalidade,
pois a consciência não está suficientemente alerta para despertar o sentido da atenção. Na projeção
consciente, o juízo crítico se faz sentir sempre e se tem certeza indiscutível de que o corpo humano se
encontra à distância da consciência, ou seja, esta se acha fora daquele.
76.9.
Auto-sugestão. No sonho, a auto-sugestão não atua na coordenação das imagens. Na
projeção consciente, a vontade ou o pensamento determinam os atos e acontecimentos extrafísicos.
76.10. Vigília. No sonho, o sonhador não se recorda nem se conscientiza do estado da vigília
física ordinária. Na projeção consciente, o projetor conserva à sua disposição todas as lembranças do
estado da vigília física.
76.11 Estado. O sonho, como estado alterado da consciência, não apresenta a magnitude de
experiência lúcida que a projeção consciente faculta de modo sui generis: o grau de consciência; a
sensação de liberdade; o bem-estar; a lucidez mental; a expansão da noção de poder; a permeabilidade às
estruturas e aos corpos físicos; a volitação; a euforia extrafísica; etc.
76.12. Qualidade. No sonho, as imagens surgem, mais freqüentemente, deformadas, irreais, e
fantasistas, derivadas das criações da própria criatura. Na projeção consciente, a consciência visualiza
imagens e vivência experiências que não se deformam, reais, num meio ambiente definido, independentes
da sua criatividade, e que dispensam interpretações.
76.13. Intensidade. No sonho, as imagens das vivências são de intensidade inferior às do
estado da vigília física ordinária. Na projeção consciente, as imagens objetivas alcançam talvez o maior
grau de intensidade de todos os estados conscienciais.
76.14. Retenção. 0 sonho, embora com imagens mais fracas, permite lembranças mais fortes
e fáceis, porque decorrem quase sempre no estado consciencial perto ou dentro da condição da
coincidência dos veículos de manifestação consciencial ou, pelo menos, nas proximidades do corpo
humano. A projeção consciente, conquanto apresentando imagens mais fortes, permite quase sempre
rememorações mais fracas, evanecentes e fugazes, por se darem sem a influência direta do cérebro, o
órgão físico do corpo humano, e sim a partir do paracérebro, o órgão extrafísico do psicossoma.
76.15. Predeterminação. No sonho será inútil a tentativa de execução desta ou daquela ação,
no estado onírico, num lugar escolhido antes de dormir. A projeção consciente torna possível, e com
resultados assegurados, a resolução, tomada antes de se adormecer, de se dirigir para este ou aquele local,
durante a experiência e realizar, ali, a ação extrafísica adredemente planejada.
76.16. Translocação. O sonho permite o trânsito extrafísico, deliberado, mas relativo, ilusório, interno, apenas pensado, da consciência. A projeção consciente faculta a execução, pela vontade, da
translocação extrafísica num percurso ida-volta-nova-ida, no mesmo itinerário, demonstrando ao projetor a
vivência incontestável, direta, de situações extrafísicas comandadas pelo próprio arbítrio.
76.17. Corpo. No sonho, o sonhador, por sonhar de dentro de si mesmo (cérebro), não tem a
visão objetiva, direta, do próprio corpo humano, estando fora dele, como acontece na autobilo- cação
consciencial, fato característico e singular que a projeção consciente proporciona, de modo
impressionante, inclusive com a sensação tátil, o auto-abraço, e a prova, — definitiva para o projetor
consciente, — da existência do paracérebro ou do psicossoma.
76.18. Reflexos. No sonho, as excitações sensoriais agem na produção de fantasias. Na projeção consciente, durante a ausência da consciência, pequenos toques externos no corpo humano
incapacitado provocam o retorno do psicossoma com a sensação inconfundível da tração do cordão de
prata, o desconforto admonitório, os sonhos intracranianos, e outros fenômenos peculiares às repercussões
extrafísicas.
76.19. Interiorização. As ocorrências próprias do mecanismo da projeção consciente, como a
interiorização lúcida da consciência pelo psicossoma, não são experiências que podem ser associadas ou
confundidas com os sonhos.
76.20. Duração. Torna-se muito difícil prolongar o sonho. Na projeção consciente, a consciência determina a cessação ou a continuação do período extrafísico e, através de treinamento
perseverante, o projetor veterano pode fazer a experiência perdurar por uma hora ou mais, voluntariamente.
76.21. Recordação. No sonho, o sonhador não conserva a lembrança de imagens numa seqüência correta e lógica. O projetor lúcido pode rememorar as ocorrências integrais e coerentes da
projeção em todos os pormenores e, às vezes, nem precisa rememorar os fatos porque não perde a
consciência, em nenhuma oportunidade, durante toda a experiência.
76.22. Realidades. Os projetores conscientes são capazes de ver e participar de eventos reais,
bem como descrever lugares também reais, visitados durante o período extrafísico, pela consciência,
realizações estas que ultrapassam as possibilidades normais dos sonhos quanto à freqüência, validade, e
intensidade das experiências conscienciais.
76.23. Prosseguimento. No sonho-prosseguimento, que surge depois de um intervalo vígil ou
de sono natural da consciência, as imagens continuam aparentemente incoerentes e ilógicas como vinham
sendo antes (V. cap. 75). Na projeção-prosseguimento as imagens seqüenciais dos episódios são coerentes
118
e bem encadeadas umas com as outras, seja quanto ao tema único, aos cená- rios-locais, e às criaturaspersonagens da projeção consciente, tanto no primeiro quanto no segundo tempo das ocorrências. A
segunda experiência projetiva confirma, de modo incontrovertível para o projetor consciente, a primeira.
76.24. Recorrência. No sonho recorrente surgem reprises dos mesmos personagens, cenários
e enredos oníricos que envolvem um tema constante. Na projeção consciente recorrente não acontece a
repetição exata de padrões idênticos de acontecimentos extrafísicos, mas eventos afins que podem ser
agrupados, inseridos, ou classificados em categorias semelhantes.
76.25. Energias. No sonho não aparecem: a exteriorização de energias, o banho fluídico, os
fenômenos físicos e psíquicos, ostensivos e peculiares ao complexo de manifestações da projeção
consciente, seja antes, durante, ou mesmo após os episódios.
76.26. Psicossoma. As características individualíssimas do veículo de manifestação, o psicossoma, sentidas e observadas pela consciência do projetor projetado não encontram similares nos
estados alterados da consciência próprios dos sonhos naturais.
76.27. Autoconhecimento. O projetor veterano distingue perfeitamente as projeções conscientes dos sonhos, de maneira convincente, incontestável e definitiva para si mesmo.
76.28. Ostensivas. As manifestações públicas ostensivas da projeção consciente tais como a
influência sobre pessoas, a aparição do projetor projetado a seres encarnados, e outras, transcendem os
parâmetros das manifestações dos sonhos.
76.29. Encontros. Os encontros lúcidos da consciência do projetor projetado com seres encarnados ou entidades desencarnadas extrapolam definitivamente os limites restritos das manifestações
dos sonhos.
76.30. Vígeis. No sonho não existem testemunhas das ocorrências oníricas. Em muitos casos
de projeção consciente, seres encarnados vígeis presentes dão depoimentos coincidentes sobre os
acontecimentos, desencadeados ou presenciados pelo projetor projetado, por verem a sua aparição
intervivos (V. cap. 316), ou testemunharem o fenômeno da sua bilocação física (V. cap. 42).
76.31. Freqüência. Os sonhos são muito mais freqüentes e melhor rememorados do que as
projeções conscientes.
76.32. Extrafísicas. Há projetores-encarnados-projetados-testemunhas que presenciam ou
participam diretamente dos mesmos eventos extrafísicos com outros companheiros, o que não acontece
nos sonhos compartilhados.
76.33. Laboratoriais. As experimentações de laboratório demonstram, na prática, com aparelhos e monitoramentos especiais, a realidade da projeção consciente como estado alterado da consciência
bem diverso do estado do sonho. Por exemplo, as leituras do eletro-oculograma indicam a diminuição, ou
cessação completa, dos movimentos binoculares rápidos durante o período da consciência projetada, e
assinalam marcante aumento dos mesmos movimentos rápidos dos globos oculares durante o sonho
comum ou no estado onírico.
Abordagens. A abordagem, o enfoque e o tratamento consciencial de um assunto são bem
diferentes quando o sonhador ordinário ou o projetor consciente está em função. Vejamos dois exemplos.
A mente condicionada da jovem teléspectadora sonha colorido, envolvida num enredo fantasioso e
mirabolante, às voltas com o impressivo personagem da sua novela televisiva favorita. A consciência da
mesma jovem telespectadora se projeta extrafísica e conscientemente invadindo, de modo direto e realista,
a privacidade do ator-alvo que encarna o referido personagem noveles- co.
Primitivos. Vale registrar que as culturas das sociedades primitivas costumam diferenciar, de
maneira simbólica, os sonhos naturais das projeções conscientes referindo-se a viagens diferentes da alma
a reinos também diferentes.
Projeciogénico. É curioso observar que o sonho, — assim como o devaneio, — é tão diferente
da projeção consciente que chega a constituir também um processo para a consciência se projetar para fora
do corpo humano, o denominado sonho projeciogénico (V. cap. 188).
______________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 55), Baumann (93, p. 37), Brown (211, p. 214), Champlin (272, p.
205), Crookall (343, p. 42), Currie (354, p. 78), Farrar (496, p. 198), Fischer (519, p. 171), Frost (560, p.
37), Greenhouse (636, p. 42), Holzer (747, p. 124), Lefebure (909, p. 46), Monroe (1065, p. 179),
Monteith (1072, p. 47), Rampa (1352, p. 71), Reis (1384, p. 55), Salley (1496, p. 162), Stevens (1615, p.
232), Stokes (1625, p. 22), Vieira (1766, p. 5), Yram (1897, p. 112).
77.
SONHO COMUM SOBRE PROJEÇÃO CONSCIENTE
Saturação. Depois de repetidas experiências projetivas, sobrevindo a saturação da mente do
projetor veterano com o assunto da projeção consciente, surgem-lhe espontânea e inevitavelmente, como
efeitos colaterais, secundários, inofensivos, dessa saturação, os sonhos comuns, típicos, com temas
específicos sobre a projeção consciente.
Identificação. Os sonhos comuns sobre projeção consciente são de fácil identificação e distinção por suas características personalíssimas, quando em confrontos feitos com as projeções semiconscientes, sonhos precognitivos e sonhos premonitórios.
Incidência. Em certos casos, os sonhos comuns centrados sobre temas das projeções conscientes
podem ocorrer até mesmo com a consciência encarnada que jamais experimentou uma grande projeção
inteiramente lúcida. Contudo, o fato mais comum acontece com o projetor veterano, portador de amplas
experiências fora do corpo humano, que tem a consciência predisposta, psicologicamente, às tessituras de
enredos oníricos sobre projeções conscientes.
Caracteres. Dentre os caracteres marcantes dos sonhos com temas sobre a projeção consciente
podem ser destacados estes seis:
77.1. Conscientização. Ausências da conscientização e do julgamento crítico peculiares ao
sonhador e não ao projetor projetado que desfruta de lucidez extrafísica. Exemplo: a consciência do
projetor, sonhando, não se dá conta de que já se projetou em muitas oportunidades anteriores e deseja se
projetar como se fosse a primeira vez.
77.2. Tempo. Discrepâncias quanto ao tempo cronológico e à atmosfera ambiente, próprias dos
cenários dos sonhos. Exemplo: o projetor, sonhador neste caso, se sente voando sobre a rua da sua base
física, iluminada por sol de verão, num período em que, na realidade, ali é noite e está até chovendo.
77.3. Vestes. Há discrepância evidente quanto às vestes em uso. Exemplo: o projetor, sonhador
neste caso, se sente vestido com gravata e paletó e se preocupa com a limpeza do seus sapatos, procurando
graxa para passar neles, antes de se encontrar com alguns amigos projetados. Obviamente, o projetor
projetado jamais precisará de engraxar os sapatos.
77.4. Veiculo. Discrepância quanto ao veículo de manifestação. Exemplo: o projetor, sonhador
neste caso, pensa em se projetar 'diretamente com o próprio corpo humano denso, sem mais nem menos, o
que é impraticável e incoerente na oportunidade.
77.5. Atitudes. Discrepância quanto às atitudes. Exemplo: o projetor, sonhador neste caso, busca,
febricitantemente, e não encontra, um livro técnico sobre projeção consciente que deseja estudar, numa
típica atmosfera de angústia pesadelar.
77.6. Energias. Ausência do banho de energias pós-projetivo. Exemplo: o projetor, sonhador
neste caso, desperta-se fisicamente e não desfruta de qualquer sensação de bem-estar própria do período
pós-projetivo da grande projeção autêntica.
Ereção. Um dos sonhos mais comuns no qual a consciência do projetor veterano identifica a sua
condição de estar sonhando, ocorre depois de uma projeção assistencial, prolongada, à distância da base
física, quando a sua consciência se interioriza e depara com o pênis físico em ereção. Tal ereção
fisiológica, iniciada na ausência temporária da sua consciência do corpo humano, não repercutira antes,
extrafisicamente, no seu psicossoma, ou seja, no seu parapênis, e nem mesmo no seu corpo mental, não
chegou a lhe provocar a ereção do pênis extrafísico. Nesse caso quase sempre o sonho erótico tem início,
quando acontece, imediatamente ao ato da interiorização da sua consciência projetada e esta pode não se
deixar envolver pelo sonho e até despertar, fisicamente, logo em seguida.
Oportunidade. Numa só noite, a pessoa pode experimentar uma expressiva projeção consciente
e, logo a seguir, sonhar com esta mesma projeção. Esta constitui a melhor oportunidade para se estudar
minuciosamente as diferenças entre tais manifestações e os parâmetros fenomênicos entre uma experiência
e outra. O projetor tanto pode produzir intencionalmente a projeção consciente, quanto pode induzir o
próprio sonho sobre a mesma, logo em seguida’.
________________________
Bibliografia: Shay (1546, p. 91).
120
78.
PROJEÇÃO SEMICONSCIENTE
Definição. Projeção semiconsciente: sonho no qual a consciência encarnada ingressa, por algum
tempo, num estado em que sabe estar sonhando, contudo não consegue obter um grau maior de lucidez
ininterrupta, durante todo o período, e nem se conscientiza de que experimentará o despertamento físico
daí a pouco.
Sinonímia: estado da consciência flutuante; estado de semi-sonho; projeção consciencial
crepuscular; projeção descontínua; projeção semilúcida; projeção semi-onírica; sonho alto; sonho de
conhecimento; sonho lúcido; sonho misturado; sonho participativo; sonho pré-lúcido; sonho pré-projetivo;
sonho semiprojetivo; sonho verdadeiro; sonho verídico; subprojeção consciencial.
Complexidade. A projeção semiconsciente é o tipo intermediário entre os três tipos básicos de
projeções conscienciais quanto ao percentual de lucidez: projeção inconsciente, projeção semiconsciente e
projeção consciente. Admite-se, hoje, que o sono é fenômeno bem mais complexo do que se julgava
antigamente, sendo até possível estar, ao mesmo tempo, acordado e adormecido, porque a condição da
vigília física ordinária e a condição alterada do sonho não constituem estados conscienciais que se
excluam mutuamente.
Descontinuidade. Nenhuma consciência encarnada dorme somente, sonha apenas, ou se projeta
o tempo todo (neste nível evolutivo em que vivemos), quando sai do estado da vigília física ordinária.
Todas as pessoas, inclusive os mais avançados projetores conscienciais, ordinariamente têm o período de
sono descontínuo, isto é, ao se recolherem à noite, dormem, sonham, entram em pesadelo, se projetam,
tornam a sonhar, acordam, dormem, sonham, se projetam, e por aí vão até acordar pela manhã e deixar o
leito. Tal fato predispõe o aparecimento de projeções conscienciais com algum teor de lucidez mescladas
com imagens oníricas.
Interação. Como regra geral da humanidade terrestre, as consciências se projetam à noite, ao
dormir, e nem elas nem seus veículos de manifestação, no caso especialmente o psicossoma, chegam a
fazer interação com o ambiente extrafísico aonde vão parar temporariamente, a maioria das vezes ainda
dentro da esfera extrafísica de energia. A projeção consciencial semiconsciente através do psicossoma gera
a projeção consciencial pesadelar através da emoção extrafísica descontrolada.
Cordão. A influência da condução energética de mão dupla do cordão de prata, no circuito
corpo humano-psicossoma, é decisiva na produção da projeção consciencial semiconsciente. Quanto maior
o percentual de componentes semimateriais energéticos — constitutivos do corpo vital, ou duplo etérico
— que entrarém na estrutura do psicossoma projetado, através do cordão de prata, aumentando a sua
densidade, maior será o anuviamento ou a obnubilação da lucidez da consciência durante o fenômeno da
projeção. O psicossoma mais rarefeito, menos denso, ou mais leve, facilita mais a manutenção da lucidez
da consciência projetada.
Fatores. Toda projeção consciencial em que ocorrerem interferências de fatores oníricos,
distorções profundas de imagens, cenas absurdas, incoerentes e incongruentes, seja no início, no meio, ou
no final do período extrafísico vivenciado pela consciência, constitui projeção semiconsciente.
Predisposição. A projeção semiconsciente atua como fator predisponente, base de lançamento,
ou meio caminho percorrido para a consciência do sonhador lúcido alcançar a plena projeção consciente,
propriamente dita.
Regra. A projeção semiconsciente está mais próxima de certos estados alterados da consciência
tais como: sonambulismo, sonhos, e pesadelos de todos os tipos e manifestações. A projeção
semiconsciente ocorre com todas as pessoas, sem exceção, que não se apercebem da extensão e natureza
desse fenômeno consciencial típico.
Motivos. Eis alguns motivos de vivências oníricas que podem ser, em muitos casos, não em
todos, projeções semiconscientes: sonho agradável de vôo desimpedido com visão clara de paisagens;
sonho de queda abrupta com despertamento físico imediato, quando sobrevêm, inclusive, repercussões
físicas; sonho de se estar deslizando com os pés descalços; sonho de se apresentar vestido em pijamas, de
maneira inadequada para o ambiente ou o cenário da vivência onírica; etc.
Verídico. Constituem também projeções semiconscientes certas ocorrências do chamado sonho
verídico, ou seja, o sonho presumivelmente supranormal que corresponde, em alguns dos seus detalhes, a
fatos ou eventos além do conhecimento normal do sonhador ou do seu alcance sensorial. Podem sobrevir
projeções semiconscientes conjuntas, fenômenos mais evoluídos do que os sonhos mútuos e menos
evoluídos do que as projeções conscientes conjuntas plenas.
Lúcido. Pode-se interpretar o sonho lúcido — uma versão inferior, primária, da projeção
consciente — que perdura apenas por alguns minutos, típico das cinco horas da manhã, no qual o sonhador
desenvolve uma certa lucidez enquanto está sonhando, reconhece o sonho, quase sempre mais colorido
que o comum, percebe que está sonhando sem precisar acordar, bem como grande número dos sonhos de
flutuação, vôo e queda, como constituindo projeções semiconscientes e, mais do que isso, em alguns
casos, projeções iniciais ou esboçantes (arqueprojeções).
Distinção. No entanto, a distinção entre o sonho lúcido e a projeção consciente plena toma- se
difícil, pois depende da prática do projetor autocrítico e criterioso, só alcançada por quem já experimentou
uma série de projeções conscientes e dispõe de elementos pessoais para confrontos. Todos os sonhos
lúcidos ocorrem no período chamado de sonho MOR (ou REM). Por aí se conclui que, a rigor, somente o
entendimento das projeções conscientes permite ao praticante entender a projeção semiconsciente ou o
sonho lúcido.
Pesquisas. Existe, atualmente, uma tendência entre os pesquisadores de separar o sonho lúcido
do sonho natural e também da projeção consciente. Circula até mesmo, na Inglaterra, uma publicação
especializada, dedicada exclusivamente à pesquisa do sonho lúcido. Quanto mais picotar- mos os estados
conscienciais para estabelecer análises mais circunstanciadas, sem perdermos a visão conjunta dos
fenômenos, melhor será para as pesquisas sobre a consciência.
Entrada. Admitem os pesquisadores do sono que, com a espécie adequada e correta de treinamento mental, é possível não apenas ter uma visão objetiva e clara dos nossos próprios sonhos, mas
também entrar neles e alterá-los, ao modo de um diretor de espetáculo ou autor teatral que réfaz
instantaneamente a trama de uma peça.
Técnica. A técnica da auto-sugestão usada para induzir o sonho lúcido é a indução mnemô- nica
de sonhos lúcidos (MILD - mnenmonic induction oflucid dreams), baseada na afirmação para você mesmo,
na hora de dormir: — “Da próxima vez que estiver sonhando, quero lembrar que estou sonhando”. Aí você
visualiza a si mesmo simultaneamente dormindo na cama e sonhando, e sabendo muito bem aonde está. A
vista dos fatos, o sonho lúcido pode ser utilizado como indutor da projeção consciènte, ao modo do sonho
projeciogênico comum (V. cap. 188).
Rememoração. Em razão da própria descontinuidade da lucidez extrafísica, a rememoração das
vivências durante a projeção semiconsciente toma-se freqüentemente reprimida, conturbada, ou mais
difícil.
Onírica. Na projeção onírica, tipo característico da projeção semiconsciente, o projetor desfruta
apenas da consciência descontínua durante as experiências, acontecendo lances de exteriorização
autêntica, misturados com episódios oníricos, podendo os mesmos serem intercalados por fases breves de
sono normal, e não deve ser confundida com o sonho projetivo.
Conseqüências. A projeção inconsciente, ou sem a autoconsciência no plano extrafísico, pode
ser com ou sem a visualização de eventos. Neste caso o projetor pode visualizar eventos extra- físicos, e
até atuar sobre objetos físicos, contudo, na oportunidade não se dá conta de estar projetado, conseguindo
mesmo recordar cenas dos fatos após o despertamento físico. Esta é a condição do sonambulismo
extrafísico, de certas aparições do prdjetor encarnado e até de casos de bi- locação física, ou mesmo
poltergeist projetivo, ou assombramento projetivo. Tais evidências conduzem a quatro conclusões:
78.1. Consciência. A consciência, como estado de lucidez apenas, é independente do processo
da projeção em geral.
78.2.Memória. A memória presente nos neurônios (do cérebro) é independente do processo das
projeções consciente e inconsciente da consciência encarnada.
78.3. Sonho. O complexo fenomenológjco da projeção, ou mais especificamente, o estado
alterado da consciência projetada semiconscientemente, tem similitudes superficiais, mas na essência é
bem diferente do estado onírico.
78.4. Sonambulismo. O complexo fenomenológico da projeção semiconsciente tem similitudes
superficiais, mas na essência é bem diferente do estado sonambúlico.
Locais. Em tese, o pesquisador poderia tentar caracterizar e distinguir a condição do sonho
lúcido da condição da projeção consciencial semiconsciente atrave's do local ou sede consciencial aonde
se desenrola a experiência da consciência encarnada. O sonho lúcido, neste caso, se desenvolveria, por
exemplo, no paracérebro do psicossoma, mas dentro do corpo humano, na intimidade do encéfalo, ou dos
dois hemisférios cerebrais, e a projeção semiconsciente se manifestaria sempre no paracérebro do
psicossoma, mas estando este fora do cérebro ou do corpo humano.
Extracorpóreos. Tal distinção, embora simplista, toma-se problemática a partir da circunstância
em que às vezes a consciência encarnada projetada, sediada no paracérebro do psicossoma, passa por um
sono extracorpóreo e experimenta um sonho extracorpóreo que, no caso, deve ser logicamente
classificado como sonho lúcido, pois essa mesma consciência nada detecta sensorialmen- te quanto ao
plano extrafísico nessa oportunidade. Daí incluir-se aqui o sonho lúcido e classificá-lo entre as projeções
semiconscientes, antes de quaisquer outras considerações em razão da dificuldade real de se separar, com
rigor, as reais manifestações destes estados alterados da consciência que se desenvolvem, se entrelaçam, e
se alternam com surpreendente rapidez.
Tipos. Merecem registro, aqui, os três tipos em que o sonho lúcido pode se desenvolver quanto a
122
condições conscienciais essencialmente diversas:
78. § 01. Cérebro. O sonho lúcido se desenvolve dentro do cérebro humano, na condição de
coincidência dos veículos de manifestação da consciência, portanto, sem qualquer projeção consciencial.
Esta experiência, simplesmente onírica, é a ISBE (inside body experience, ou experiência dentro do corpo)
ou o sonho desenvolvido dentro do corpo humano. Não confundir com a experiência intracorpórea ou a
vigília física ordinária (V. cap. 152).
78. § 02. Inconsciente. O sonho lúcido se desenvolve somente dentro do paracérebro do
psicossoma projetado numa projeção consciencial inconsciente. Esta experiência é a OOBE (out-of- the
body experience, ou experiência fora do corpo), contudo, não vivenciada com lucidez.
78. § 03. Semiconsciente. O sonho lúcido se desenvolve dentro do paracérebro do psicossoma
projetado numa projeção consciencial semiconsciente, ou seja, quando a consciência detecta, em parte,
com suas percepções, o plano extrafísico aonde se manifesta na oportunidade. Esta experiência é a OOBE
(out-ofthe body experience, ou experiência fora do corpo) vivenciada com determinado percentual de
lucidez.
Pesquisas. As pesquisas estatísticas de opinião pública, realizadas entre estudantes, constataram
a ocorrência bem mais ampla, com percentuais expressivamente maiores, do fenômeno do sonho lúcido,
ou projeção consciencial semiconsciente, em relação à projeção consciencial lúcida propriamente dita.
Perceptuais. Ainda no âmbito das projeções semiconscientes parece que devem ser incluídas as
projeções conscienciais específicas de uma percepção isoladamente (projeção perceptual) da consciência,
sem resultar numa plena descoincidência dos seus veículos de manifestação. Por exemplo, a percepção
visual, própria da clarividência, em certos casos, constitui uma projeção do sentido visual para fora do
corpo humano, sem ocorrer o deslocamento da consciência por inteiro, com os seus componentes
essenciais ou demais atributos básicos, para fora de sua sede física, o cérebro. O mesmo deve acontecer
com a percepção auditiva, tátil, etc. Tal fenômeno tem relação estreita com determinadas ocorrências de
telecinesia, clarividência viajora, exteriorização da motri- cidade, exteriorização da sensibilidade, etc. As
projeções perceptuais são comuns às pessoas drogadas, enfermas, clarividentes principiantes, ledores de
auras, etc.
______________________________
Bibliografia: Anderson (26, p. 133), Armond (53, p. 49), Blackmore (139, p. 107), Bunker (222,
p. 106), Campbell (237, p. 14), Castaneda (258, p. 56), Coxhead (311, p. 92), Donahue (407, p. 5), Druiy
(414, p. 22), Frost (560, p. 32), Garfield (568,p. 118), Gooch (617, p. 71), Grattan-Guinness (626,p. 80),
Green (631, p. 18), Grosso (650, p. 187), Gudjonsson (658, p. 110), Heindel (705, p. 149), Holzer (751, p.
105), Mc Creery (1020, p. 13) Mitchell (1059, p. 12), Monroe (1065, p. 179), Muldoon (1105, p. 57),
Ouspensky (1174, p. 293), Peralva (1225, p. 97), Rogo (1444, p. 133), Sculthorp (1531, p. 156), Sparrow
(1587, p. 60), Steiner (1610, p. 56), Stokes (1625, p. 22), Vieira (1762, p. 124),Walker (1781, p.
98),Wolman (1863, p. 925).
79.
PROJEÇÃO CONSCIENTE E O PESADELO
Definição. Pesadelo: sonho aflitivo que tem como efeitos a agitação, a angústia e a opressão
durante o seu desenvolvimento.
Sinonímia: alucinação pesadelar; cauchemar; mau sonho; nightmare; sonho pesadelar; terror
noturno.
Insegurança. Os pesadelos geralmente estão ligados a temores básicos da infância, e remontam
a uma época de nossa vida física atual em que éramos inteiramente indefesos. Ocorrem na vida adulta
quando uma pessoa se sente insegura e se lembra desses primeiros temores, inseguranças e expectativas
desagradáveis.
Espontâneos. Os.pesadelos espontâneos das crianças aparecem sempre depois do sono profundo, especialmente no início da noite. Despertada por intensa angústia, ou medo com pânico, a criança
profere gritos agudos, sendo às vezes difícil acalmá-la. Os temores noturnos não são expressões de sonhos,
mas constituem um despertamento patológico freqüente entre os quatro e os sete, ou os dez e os treze anos
de idade física.
Evitaçao. Há pessoas que sofrem períodos de pesadelos prolongados e freqüentes (recorrência),
de acordo com certos acontecimentos em suas vidas. Três atitudes ajudam a evitar os pesadelos
traumáticos de todos os tipos: descobrir a causa que faz a pessoa sentir medo; manter pensamentos
agradáveis antes de ir dormir; e conservar um estado de espírito relaxado.
Incidência. Muitos pesadelos, sejam de origem químico-fisiológica (medicamentos, etc.), pa-
tológica (doença específica, etc.), ambiental (calor excessivo, etc.), e de outras origens, podem surgir
exagerando ou intensificando o enredo de uma situação angustiosa já vivida anteriormente, até mesmo
várias décadas atrás, seja no período infantil ou na fase da mocidade. Os pesadelos tendem a se repetir,
com pequenas variações do mesmo enredo básico conhecido, conforme a repetição da causa que os gerou.
Tipos. As alucinações pesadelares, ou “os demônios da noite”, variam de acordo com o estado
psíquico e o estado orgânico do sonhador, e podem ser divididos em três grupos conforme os personagens,
animais e situações que os compõem.
Formas. Os pesadelos também se apresentam sob duas formas: a passiva, em que o sonhadorpossuído se submete sem reação à angústia pesadelar; e a ativa, onde o sonhador reage às condições
alucinatórias do pesadelo.
Sonho. O pesadelo do adulto em seus vários tipos, sejam digestivos, hipertensivos,etc., constitui
manifestação do estado alterado da consciência a que chamamos sonho e seus caracteres diferenciais com
a projeção consciente são óbvios.
Rememoração. As pessoas em geral recordam os pesadelos porque estes as assustam. As
projeções conscientes em muitos casos não são rememoradas porque constituem experiências suaves, não
assustadoras, e até mesmo, não raro, vagas e sem significação emocional suficiente que suscitem
rememoração.
Partida. A consciência encarnada pode-se projetar para fora do corpo humano a partir de um
pesadelo, ou de um ataque de ansiedade no sonho, bem como pode experimentar uma projeção
semiconsciente caracteristicamente pesadelar.
Lucidez. Quando a consciência alcança alguma lucidez durante o desenrolar de um pesadelo —
o pesadelo lúcido —, sonho negativo ou sonho aterrorizante, como regra geral, o pesadelo tende a
desaparecer de vez. Esta condição pode se resolver num destes três estados conscienciais: o pesadelo
desaparece e segue a consciência vivenciando, sem solução de continuidade, um sonho natural inofensivo,
ou até agradável do ponto de vista emocional; o pesadelo desaparece e segue a consciência experienciando
uma projeção consciente; o pesadelo desaparece e a consciência desperta fisicamente com rememoração
das diferentes ocorrências conscienciais.
Volitação. Um dos processos mais comuns para a eliminação do pesadelo advém do traque- jo
da consciência em voiitar extrafisicamente. Ao se sentir angustiada numa circunstância extremamente
aterrorizante, a consciência deixa o cenário pesadelar volitando. Tal fato sugere que as condições
avançadas dos atributos conscienciais do psicossoma não permitem que a consciência tenha pesadelos
projetivos intensos, pois tais atributos, desenvolvidos além das restrições do corpo humano, quebram o
condicionamento das limitações orgânicas e desfazem, naturalmente, a angústia pesadelar.
Sensações. Pode-se concluir do que foi até aqui exposto que o sonho natural, comum, constitui
uma experiência consciencial mais forte do que o pesadelo, sob o aspecto das sensações, conquanto à
primeira vista não pareça, porque o mesmo se impõe sobre a consciência. De igual modo, a projeção
consciente é uma experiência mais forte do que o sonho natural e o pesadelo sob o aspecto das vivências
da consciência nesses estados alterados.
Obsessões. Situações obsessivas da consciência encarnada (V. cap. 320), bem como o incubismo e o sucubismo (V. cap. 260), podem desencadear pesadelos terrificantes.
_______________________
Bibliografia: Fodor (529, p. 185), Frost (560, p. 49), Rampa (1352, p. 71), Vieira (1762, p. 49),
Walker (1781, p. 100).
80.
PARALELOS ENTRE PESADELO E A OBSESSÃO EXTRAFÍSICA
Diferenciais. Os caracteres diferenciais básicos entre o pesadelo e a obsessão extrafísica (V.
cap. 320) são muito importantes para a compreensão dos estados conscienciais por parte do projetor
encarnado, e se apresentam bem definidos, conforme se observa nestes dez tópicos:
80.1.
Evidências. O pesadelo constitui manifestação especificamente interna, psíquica, ou
autopsíquica, relacionada à própria consciência encarnada. As influências por pensamentos e emoções de
entidades desencarnadas obsessoras podem se dar inclusive pela manifestação pesadelar, através da
interferência externa nas imagens oníricas do indivíduo, seja este criança, jovem, adulto, homem ou
mulher. No entanto, tais interferências algumas vezes ficam evidentes para a consciência encarnada, sendo
sentidas, vistas e tateadas, extrafisicamente, como provenientes de fora, hetero- psíquicas, ou seja, de outra
124
ou outras inteligências.
80.2.
Estados. O pesadelo constitui manifestação bem característica, que transcorre no estado onírico ou durante os sonhos comüns da consciência encarnada, com aspectos de natureza quase
sempre benigna. A influência obsessiva constitui manifestação extravasora, surgida em muitos casos como
pesadelo vivo, ou no estado da vigília física ordinária, qual um devaneio negativo, imposto à consciência
encarnada, com aspectos evidentes de natureza maligna.
80.3.Continuidade. O pesadelo, que é manifestação efêmera, em geral se extingue definitivamente no instante do despertamento físico da consciência. A influência obsessiva, manifestação menos
transitória, nem sempre se encerra com o despertamento físico, demonstrando prosseguimento lógico e
continuidade em outras condições ou estados alterados dá consciência.
80.4.
Imagens. O pesadelo caracteriza-se pela ausência de lógica nas imagens pesadelares.
A influência obsessiva demonstra conotações plausíveis razoáveis nas imagens negativas, que induz ou
foqa na mente da consciência encarnada.
80.5.
Posições. No pesadelo não há a caracterização de posições definidas no que se refere à
atuação das pessoas. Na obsessão extrafísica caracterizam-se perfeitamente os papéis exercidos pela
consciência desencarnada, o algoz, e pela consciência encarnada, a vítima.
80.6.
Emotividade. A emotividade efêmera no pesadelo decorre dos próprios sentimentos e
sensações da criatura humana. A influência obsessiva acarreta emotividade superimposta, insinu- ante,
estranha, e até exótica para o próprio indivíduo obsediado.
80.7.
Memória. O pesadelo não provoca alterações consideráveis no fluxo normal dos engramas mnemônicos do sonhador quando pessoa acordáda. A influência obsessiva acarreta a invasão na
memória da vítima de recordações-fantasmas, traumatizantes, correspondentes a fatos que não viveu na
presente existência e, por isso, não têm lugar próprio de colocação em seus registros reencarnatórios
atuais. Tais rememorações compõem a paramnésia que, às vezes, pode até se referir a vivências de
encarnações anteriores junto ao algoz ou à companhia obsessora.
80.8.
Idade. O pesadelo acomete mais as crianças. A influência obsessiva acomete mais os
adultos.
80.9.
Incidência. Do ponto dé vista da incidência das várias condições aqui analisadas, não
se pode dizer que existe um pesadelo obsessivo. O máximo que pode acontecer é o pesadelo recorrente, ou
que se repete conforme certas condições predisponentes fisiológicas, psíquicas, etc. Por outro lado, ocorre
a obsessão pesadelar, insidiosa, com características inconfundíveis.
80.10. Parapsicopatologia. Como se observa, os pesadelos comuns, que podemos chamar de
naturais, fisiológicos, são bem diversos, globalmente, em suas manifestações, dos pesadelos artificiais,
parapsicopatológicos, criados a partir da existência e atuação de uma inteligência intrusa à vida psíquica e
parapsíquica da consciência encarnada.
_______________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 49).
81.
PROJEÇÃO CONSCIENTE E A ALUCINAÇAO
Definições. Alucinação (Latim: hallucinari, errar): percepção aparente de objeto externo não
presente no momento; erro mental na percepção dos sentidos sem fundamento numa realidade objetiva;
experiência com as características da percepção através dos sentidos, mas sem estimulação sensorial
evidente.
Sinonímia: desvario; fantasia; ilusão; miragem; percepção errada; percepção sem objeto.
Afinidades. Sem dúvida existem afinidades entre a alucinação e certos estados naturais de
consciência, em especial o sono natural, o sonho comum, e o pesadelo fisiológico. Todos estes estados
constituem mecanismos próprios e peculiares de defesa do corpo humano contra o que é insuportável à
consciência. Houve até quem haja considerado as alucinações como sonhos da consciência no estado da
vigília física ordinária, e os sonhos como alucinações vivenciadas pela pessoa adormecida.
Psicopatologia. Os estados alucinatórios, dentro da Psicopatologia, surgem, com facilidade
maior, naquelas condições conscienciais intermediárias entre o estado da vigília física ordinária e o estado
do sono natural. Tais condições apresentam-se em quase todos os distúrbios mentais, especialmente:
delírios febris; epilepsia; esquizofrenia; psicoses exotóxicas; psicose maníaco-depres- siva; etc.
Vidência. Por outro lado, as alucinações visuais se assemelham profundamente em suas manifestações ao fenômeno anímico-mediúnico da vidência facial, em especial: por se revelarem pelas
pálpebras descerradas; a manutenção do olhar fixo em determinada direção; a atitude especial,
característica, de expectativa, ou fixação; e a indiferença a estímulos visuais normais.
Causas. De um modo geral, além das desordens mentais, a fome, a sede, o medo, o sentimento
de culpa, a solidão, e as privações sensoriais, físicas ou emocionais extremas podem causar alucinações,
que são fenômenos elementares ou complexos, e variam em seus tipos: alucinações abstratas, auditivas,
antagônicas, aperceptivas, associadas, cenestésicas, cinestésicas, endoscópicas, extracampo, gigantescas
ou guliverianas, gustativas, liliputianas, negativas, neurológicas, normo- psíquicas, olfativas,
psicomotoras, táteis, visiiais, etc.
Símilitudes. As maiores afinidades ou similitudes entre as alucinações e as projeções conscientes estão nestes fatores: ambas são estados alterados da consciência; ambas atuam como mecanismos
de defesa consciencial; e ambas podem ser desencadeadas por privações sensoriais.
Explicação. A alucinação é aventada como a ocorrência psicológica que explica as projeções
conscientes. Obviamente esta explicação é dada por aqueles que nunca experimentaram por si mesmos as
projeções conscienciais e ignoram a extensão das manifestações que surgem no campo da Projeciologia.
Multi-sensorial. A projeção consciente, usando como hipótese explicativa a alucinação, seria
uma percepção ilusória, imaginária, e que utiliza como mecanismo todos os sentidos ou, no mínimo, a
visão, a audição e o tato.
Coletiva. Para explicar certas projeções da consciência, a tese da alucinação teria de ser coletiva
ou grupai, porque ocorreria simultaneamente com o projetor, o assistente ou assistentes, e observadorestestemunhas, no caso das aparições conjuntas ou compartilhadas; e as percepções de cada um deles
reagiriam simultaneamente e com vários dos seus sentidos em estados alucinatórios. Isto é difícil de se
entender à luz da lógica e da racionalidade.
Fatos. Para o próprio projetor dois fatos essenciais liquidam com a hipótese da alucinação para
explicar as projeções conscientes:
81.1.
Indução. A própria pessoa pode induzir, experimentalmente, a projeção consciente.
81.2.
Autobilocação. A consciência vê-se fora do corpo humano, contemplando-o, em relevo, como um ser real, com plena lucidez, durante o fenômeno da autobilocação consciencial (V. cap.
24).
Casos. Nos casos sobre as projeções conscientes (V. cap. 455) pode-se observar que os relatos
são numerosos e unânimes demais para se tratar de meras alucinações, pois provêm de todos os países, de
pessoas em condições não-patológicas, que recebem todos os tipos de influência cultural, descrevendo as
ocorrências sob os mesmos padrões fenomênicos. É altamente improvável que tantas pessoas,
aparentemente sadias do ponto de vista psicológico, estejam sofrendo alucinações.
Fisiologia. A melhor hipótese, no caso, mais racional, lógica, e condizente com os fatos gerais é
considerar a projeção consciencial como fenômeno natural, fisiológico, universal, igual aos outros
fenômenos ditos paranormais.
Verídica. Merece registro que há defensores da existência da chamada alucinação verídica,
correspondente a um evento ou circunstância desconhecida pelo percipiente, o que, neste caso, deforma o
significado do termo alucinação.
_____________________
Bibliografia: Blackmore (139, p. 81), Champlin (272, p. 205), Currie (354, p. 159), Fortune
(540, p. 76), Gooch (617, p. 72), Gurney (666, p. 457), Kardec (825, p. 140), Lippman (934, p. 345),
Marinuzzi (998, p. 112), Paim (1182, p. 45), Rogo (1436, p. 178), Souza (1584, p. 8), Todd (1689, p. 53),
Walker (1781, p. 85), Wolman (1863, p. 926).
82.
PARALELOS ENTRE ALUCINAÇÃO E PROJEÇÃO CONSCIENTE
Diferenciais. Os caracteres diferenciais básicos entre a alucinação e a projeção da consciência
para fora do corpo humano, ao modo dos existentes com referência aos sonhos comuns, são bem
marcantes e podem ser classificados, de modo geral, em subjetivos ou individuais, e objetivos ou públicos.
Eis catorze desses caracteres diferenciais:
82.1.
Predeterminação. Será inútil tentar executar esta ou aquela ação, num local predeterminado, durante uma alucinação. A projeção torna possível, e com resultados assegurados, a partir de
resolução tomada antes de se adormecer, de se dirigir para este ou aquele local, durante a projeção e
realizar, ali, a ação extrafísica planejada.
82.2.
Decolagem. A experiência da decolagem consciente, ou seja, as impressões da saída
para fora do corpo humano, não podem ser associadas às alucinações.
82.3.
Psicossoma. As características individualíssimas do psicossoma e suas manifestações,
126
sentidas e observadas pelo projetor projetado convencem-no das realidades extrafísicas, bem distantes de
qualquer percepção errada ou alucinação.
82.4.
Realidades. As alucinações não apresentam recursos para proporcionar informações
exatas quanto aos eventos reais experimentados e aos lugares reais descritos pelo projetor.
82.5. Translocação. Pela alucinação não se consegue o trânsito extrafísico deliberado pela
consciência. A projeção faculta a execução pela vontade da translocação extrafísica num percurso- idavolta-nova-ida, no mesmo itinerário, demonstrando ao projetor a vivência incontestável de situações
extrafísicas comandadas pelo próprio arbítrio.
82.6.
Interiorização. A experiência da interiorização consciente pelo psicossoma também
apresenta-se muito diversa das alucinações.
82.7.
Energias. Pela alucinação não ocorrem a exteriorização de energias e o banho fluídico ostensivos, fenômenos físicos e psíquicos peculiares ao complexo de manifestações da projeção
consciente, seja antes, durante ou mesmo após os episódios.
82.8.Autoconhecimento. O projetor distingue perfeitamente, através da autopersuasão, as
projeções conscienciais lúcidas de quaisquer percepções erradas ou alucinações.
Caracteres diferenciais objetivos:
82.9.Influências. As influências exercidas pelo projetor projetado sobre outras pessoas, inclusive
as aparições a encarnados, não permitem qualquer hipótese de aproximação com as percepções errôneas
ou alucinações.
82.10. Encontros. As alucinações não possibilitam racionalmente o encontro com entidades
extrafísicas ou com encarnados como ocorre através das projeções conscientes.
82.11. Vígeis. As alucinações não permitem ocorrências semelhantes às dos encarnados
vígeis, presentes, que apresentam testemunhos coincidentes sobre os acontecimentos vistos pelo projetor,
por verem a sua aparição pelo psicossoma ou o fenômeno da bilocação física.
82.12. Extrafísicas. Há projetores-encarnados-projetados-testemunhas que presenciam ou
participam diretamente dos mesmos eventos extrafísicos com outros companheiros, o que não acontece
nas alucinações.
82.13. Laboratoriais. As experimentações de laboratório demonstram, na prática, com aparelhos e monitoramentos especiais, a realidade da projeção como estado alterado da consciência bem
diverso das alucinações (V. cap. 81).
82.14. Filosóficos. Os poderosos efeitos da projeção consciente sobre as perspectivas filosóficas do experimentador como, por exemplo, a perda do medo da morte, a reciclagem encarnató- ria, e
outros, constituem evidências contra a afirmação de que as projeções sejam meras alucinações ou fantasias
das quais jamais se esperam efeitos tão profundos e duradouros. Algumas formas presumíveis de
experiência alucinatória, no entanto, como aquelas induzidas por drogas, têm sido conhecidas como
causadoras de efeitos, não tão profundos, sobre a existência posterior dos indivíduos, mas,
paradoxalmente, muitos desses efeitos podem constituir de fato projeções induzidas por drogas.
Improbabilidades. As projeções conscientes têm sido experimentadas, espontaneamente, por
pessoas que não acreditavam na existência do fenômeno até que o viram acontecer. Por isso, deve- se
indagar: — Por que pessoas que estão cientes das projeções, contudo que não acreditam nos fenômenos
projeciológicos, têm alucinações de projeções? De igual modo, por que pessoas que nunca ouviram falar
em projeções conscientes têm alucinações de projeções? A rigor, logicamente, tais alucinações seriam ou
muito improváveis ou mesmo impossíveis.
Conclusão. Os arrazoados aqui discriminados conduzem à conclusão evidente e lógica de que as
alucinações, sejam quais forem, não explicam satisfatoriamente as projeções conscientes.
_________________
Bibliografia: Champlin (272, p. 205), Stokes (1625, p. 24).
IV — VEÍCULOS DE MANIFESTAÇÃO DA
CONSCIÊNCIA
IV – Veículos de Manifestação da Consciência
83.
EGO
Definições. Ego: substrato do princípio espiritual individualizado; estado de consciência primordial e irredutível, fundamento de todos os estados de consciência.
Sinonímia: alma; anandamayakosha; atman; cáusa da vida psíquica; condutor do soma;
controlador; corpo causai; consciência integral eterna; espírito; eu; eu central; eu maior; eu pensante; eu
real; identidade eterna; individualidade; jiva; pneuma; princípio espiritual; princípio de identidade;
princípio inteligente; psique; purusha; sema; ser andrógino; super consciente ;super- ser; verdadeiro eu.
Espírito. Antes de entrar em considerações a respeito dos veículos da consciência, ou metaorganismos, torna-se mister cogitar o que vem a ser a consciência ou ego. O espírito é mais do que
energia. Ainda que fosse só energia, esta não existe sem um substrato, daí a existência do ego e dos
veículos para a sua manifestação. O homem é um ser multidimensional.
Instrumentos. Evidentemente, o corpo humano, o duplo etérico, o psicossoma, ou mesmo o
corpo mental, não são, cada qual isoladamente, — e nem mesmo quando em conjunto na condição da
coincidência de todos os corpos, ou o corpo unificado, — a consciência, ou o ego propriamente dito. Tais
veículos constituem apenas meros instrumentos, pois não pensam por si. Tudo parece indicar que a
consciência apresenta atributos finais de ampla magnitude, até além da faculdade de pensar, como se
observa no estado da consciência cósmica (V. cap. 30).
Classificação. A consciência encarnada, o ser humano em si, em sua essência pensante, pode
ser classificada segundo três aspectos conscienciais específicos:
83.1.
Subego. Constitui o subego a parte mais obscura, subterrânea, primitiva, instintiva e
animal da personalidade. O id, que é autônomo, hipoconsciente, subpessoal, neurológico, mantém relação
direta com as energias do duplo etérico.
83.2.
Ego. Constitui o ego, propriamente dito, a parte emocional, social, as sensações da
personalidade — seja desperta, ou no estado da vigília física ordinária — que mantém relação com a
consciência, sediada no corpo mental, mas ainda presa ao paracérebro do psicossoma (paracabeça).
83.3.
Superego. Constitui o superego a parte oposta ao animal, contrária aos impulsos naturais, o desconfio metro, a voz da consciência, o mantenedor dos códigos éticos, que existe em relação
direta com a consciência pura, no corpo mental.
Derradeiro. A rigor, o derradeiro substrato do ser é independente, não-material, não-cerebral;
não pode ser comparado com vida, mente, emoções, ou os instintos do ser humano;não é a personalidade
humana, efêmera e mutável; não tem limites; não nasce como entendemos; não morre, sendo, pois,
indestrutível, o princípio espiritual auto-animado depois de criado.
Vida. O ego, ou consciência eterna, criação ou emanação cuja origem primeira permanece
desconhecida, está além de todos os elementos transitórios, razão pela qual a consciência do projetor
encarnado acaba preferindo, através das experimentações pessoais, outra forma de vida além da
existência física, não havendo nisso nenhuma grandeza ou predicado fora-de-série, apenas uma questão
de traquejo, conhecimento e racionalidade.
Autoconsciência. A autoconsciência é a faculdade ou capacidade de o ser humano estar
consciente de sua existência, ou ser consciente de estar consciente, de sua mente, de seus pensamentos e
sentimentos, envolvendo outras faculdades mentais tais como a razão, etc. A autoconsciência é a
qualidade essencial, única, que diferencia o homem e a mulher dos outros animais, porque não é
encontrada em nenhum outro organismo vivo na Terra, nem mesmo nos chimpanzés que às vezes
parecem capazes, por momentos breves, de estarem conscientes de sua existência.
Estado. O chamado estado do espírito puro, em que o ego se manifesta permanentemente de
corpo mental, parece que constitui a idéia máxima que possuímos — neste estágio do conhecimento
terrestre — sobre a condição natural ou nua e ema da natureza incorpórea desse mesmo ego. A
significação da expressão “corpo mental”, neste caso, transcende a acepção de simples sede da lógica, da
razão, etc., do espírito encarnado. Na verdade, deve ser criado um neologismo próprio para caracterizar o
corpo mental nessa condição.
Única. Apesar de termos vários veículos de manifestação consciencial, podermos mobilizá-los
ao mesmo tempo, e ocorrer a condição chamada de dupla consciência (V. cap. 211), cada um de nós tem
somente uma consciência desperta.
____________________________
Bibliografia: Bozzano (184, p. 123), Martin (1002, p. 20), MjchaSl (1041, p. 59), Mittl (1061,
p. 9), Monroe (1065, p. 273), Prieur (1289, p. 52), Rampa (1361, p. 52), Vieira (1762, p. 86),Walker
(1781, p. 82).
84.
TIPOS DE VEÍCULOS DE MANIFESTAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
Definição. Veículos da consciência: instrumentos ou corpos pelos quais o ego (espírito ou
consciência) se manifesta nos universos físico e extrafísico.
Sinonímia: alojamentos do espírito; conformações exteriores do ego; corpos adicionais;corpos
cósmicos; corpos empacotados; corpos encaixados; corpos metafísicos; corpos não-físicos; envoltórios do
espírito; envoltórios espirituais; holossoma; homem composto; homem total; instrumentos conscienciais;
jogo de corpos; koshas; metaorganismos; recipientes da consciência; rupas; todo íntegro; veículos
conscienciais.
Veículos. A grande variedade das evidências no campo da pesquisa da Projeciologia torna
extremamente difícil explicar todos os casos e fenômenos a não ser pela admissão do fato da exteriorização da consciência encarnada através de outros veículos de manifestação além do corpo humano.
Dissociação. Partindo desta premissa, a individualidade humana não se limita ao corpo humano
visível no estado da vigília física ordinária. Ela é constituída pelo conjunto de elementos que se encaixam
uns nos outros, coexistindo em harmonia, e que, sob certas condições, podem ser dissociados. As
projeções da consciência são justamente conseqüências da dissociação desses corpos ou veículos
associados, interatuantes, coincidentes, encaixados, justaponíveis, alinhados, in- terpenetrados, ou
coexistentes.
Coabitação. Os veículos de manifestação da consciência encarnada, no estado da coincidência,
coexistem, coabitam o mesmo local ou espaço na Terra, contudo, cada um vibra em freqüência própria,
ou plano de existência individualíssimo e diverso.
Tipos. Os veículos conscienciais vão do organismo físico denso, ou corpo humano, no extremo
físico, passam pelos corpos cósmicos, — duplo etérico e psicossoma, — até o corpo mental, sutil, no
extremo extrafísico, conjunto este que podemos discernir em nosso presente nível evolutivo. Devem
existir manifestações ainda mais sutis. Quem sabe? Estes veículos são reais, cada qual a seu modo, e não
constituem fumaça que se perde no espaço.
Classificação. Para a aplicação prática dos conceitos, os veículos de manifestação da consciência podem ser classificados e denominados do seguinte modo:
a)
Veículo 1 = Corpo 1 = C 1 = Corpo humano.
b)
Veículo 1,5 = Corpo 1,5 = C 1,5 = Duplo etérico.
c)
Apêndice 1,5 = A 1,5 = Cordão de prata.
d)
Veículo 2 = Corpo 2 = C 2 = Psicossoma.
e)
Apêndice 2,5 = A 2,5 = Cordão de ouro.
f)
Veículo 3 = Corpo 3 = C 3 = Corpo mental.
Imagens. Na técnica da conscientização da realidade dos quatro veículos coincidentes de
manifestação da sua consciência, — o corpo humano, o duplo etérico ou corpo energético (que não porta
a consciência), o psicossoma ou corpo emocional, e o corpo mental, — você pode utilizar vários recursos
de imagens múltiplas ou comparações rústicas, especialmente estas quatro: espelhos, móveis, bonecos, e
um conjunto de esponja, areia, e água.
84.1.
Espelhos. Observe a imagem do seu corpo humano refletida, como se estivesse no
atelier do alfaiate ou figurinista, quando você permanece de pé, entre espelhos dispostos de tal modo que
veja a si mesmo (na progressão infinita de espelhos de múltipla visão, por cima do ombro) repetido três
vezes, mais para trás das suas costas.
84.2.
Móveis. Estude a interpenetração do jogo de quatro móveis, mesas chinesas, por
exemplo, ou mesmo quatro caixas encaixadas perfeitamente, e que se escondem umas dentro das outras,
3
formando o pacote ou conjunto harmônico que ocupa menos volume e espaço.
84.3.
Bonecos. Examine o recorte de um modelo simples de bonecos, ou do corpo humano
inteiro, bem proporcionado, de mãos dadas, feito numa folha de papel branco, dobrada três vezes, para a
frente e para trás.
84.4.Esponja. Pegue uma esponja comum, procure enchê-la com areia fina, depois a mergulhe
em um balde de água límpida. Aí observará a existência conjunta, simultânea, de três substâncias
distintas, bem evidentes, cada uma interpenetrando a outra: a esponja (o corpo humano), a areia dentro (o
psicossoma), e a água (corpo mental) fluindo através da esponja.
Simultaneidade. Cada veículo da consciência é, ao mesmo tempo, computador e programador.
Cada veículo é computador em função daquele veículo mais evoluído, e programador em função daquele
veículo mais atrasado.
Escala. Numa escala de ascendência funcional, a consciência tem ascendência sobre todos os
veículos conscienciais e os controla direta ou indiretamente a partir de sua sede básica, ou seja, o corpo
mental. O corpo mental, sediado no paracérebro do psicossoma, tem ascendência direta sobre o
psicossoma e o controla através do paracérebro e do cordão de ouro. O psicossoma, ou corpo emocional,
sediado em todos os elementos nervosos do indivíduo, tem ascendência direta sobre o duplo etérico, ou
corpo energético, cordão de prata, chacras, aura humana, e sobre o corpo humano, ou corpo instintivo, e o
controla através do sistema nervoso central, ou seja, do cérebro.
Características. Vários aspectos caracterizam os veículos de manifestação da consciência e
precisam ser pesquisados para a descoberta dos seus mecanismos, dinâmica e composição: o corpo
humano no estado da vigília física ordinária; o corpo humano durante a projeção consciencial lúcida; o
psicossoma integral; o psicossoma parcial; o psicossoma com o duplo etérico;o psicossoma sem o duplo
etérico; o corpo mental; a auto-invisibilidade; a incorporeidade; a influência do duplo etérico; o cordão de
prata, os centros de força, e a aura; densidades; características indeterminadas; etc.
Observações. O corpo humano e os outros veículos de manifestação consciencial são elementos separados de nós mesmos. Não somos somente os nossos corpos. Acima de todas as formas,
somos a consciência eterna. Cada veículo de manifestação da consciência varia quanto à sua natureza
conforme o meio ambiente aonde esta consciência deve atuar, de acordo com as características deste meio
ambiente. Os seres encarnados, adaptados ao seu meio, são mais fortes no mundo material. As
consciências desencarnadas, adaptadas ao seu ambiente, são mais fortes nos planos extrafísicos evoluídos.
Manipulação. A projeção consciencial lúcida se assenta na capacidade de a consciência
manipular ao mesmo tempo, porém, em separado, o corpo humano e outro veículo de manifestação, seja o
psicossoma ou o corpo mental.
Básicos. Não obstante a existência de todos os veículos e instrumentos de manifestação da
consciência aqui analisados, há de se enfatizar, visando à vida prática, os três elementos básicos da
consciência encarnada: o ego, o psicossoma e o corpo humano.
Denominações. Os veículos conscienciais foram denominados de diversas formas através dos
tempos. Além das sinonímias mencionadas nesta seção, podem ser lembrados os conceitos, quando não
equivalentes pelo menos afins ou analógicos, e as denominações correlatas, igualmente usadas para
identificar um ou outro veículo, ou algum de seus aspectos primordiais, por diversas personalidades,
filósofos e investigadores em geral registrados pela História Humana, aqui em ordem alfabética: animus
de Lucrécio (último século a. C.); átomos solares de Pitágoras (572-497 a. C.); corpo substancial de
Emanuel Swedenborg (1688-1772);enteléquias de Aristóteles (384-322 a. C.); espíritos-animais de René
Descartes (1596-1650); homem transparente de Cyrano de Bergerac (1619-1655); idéia diretriz de Claude
Bernard (1813-1878); idéias-arquétipos de Platão (428-347 a. C.); intermediário luminoso de Puysegur
(1751-1825); mônadas de Leibnitz (1646-1716); princípio vital de Barthez; sentido interno de Mesmer
(1734-1815).
Neologismos. Empregando raízes do idioma grego pode-se denominar mais corretamente os
corpos ou veículos principais da consciência: “soma” (corpo físico): corpo humano, termo já de uso
corrente; “deuterossoma” (deutero, segundo, dois; soma, corpo): corpo espiritual, segundo corpo, o
mesmo que “psicossoma”; “cefalossoma“ (cefalo, cabeça; soma, corpo): corpo mental; e “holossoma”
(holo, todo, conjunto total; soma, corpo); conjunto de todos os corpos quando coincidentes, o homem ou a
mulher, normais, no estado da vigília física ordinária.
Conjuntos. Há pessoas que se perturbam com a diversidade das denominações atribuídas aos
veículos de consciência. A elas ofereço três conjuntos uniformes de expressões afins para significar os
mesmos quatro veículos conscienciais aqui utilizados como o corpo físico, o duplo etérico, o psicossoma
e o corpo mental, na mesma ordem: 1. Corpos: humano, energético, emocional, e mental; 2. Somas:
soma, aerossoma I, aerossoma II e cefalossoma; 3. Koshas: kosha, prammayakosha, manomayakosha e
vijnamayakosha.
Escondimentos. Quanto aos veículos de manifestação da consciência, existem cinco ocorrências, bem diferentes, que constituem os seus escondimentos, ou seja, aquilo que ainda é ignorado
relativamente ao modus operandi:
84. § 01. Aonde se esconde o cordão de prata durante a coincidência dos corpos conscienciais
no estado da vigília física ordinária?
84. § 02. Aonde se oculta o psicossoma no estado de coincidência natural de todos os veículos
de manifestação da consciência?
84. § 03. Aonde permanece o cordão de ouro durante a projeção lúcida da consciência através
do psicossoma?
84. § 04. Aonde se restringe o corpo mental no paracérebro, ou seja, no interior da cabeça
extrafísica (paracabeça) do psicossoma- quando este está coincidente ou mesmo quando está projetado?
84. § 05. Para onde vai e permanece a consciência durante o estado de inconsciência relativa,
temporária, do indivíduo?
Cordão. Parece que o cordão de prata não se esconde em nenhum lugar específico. Cada
partícula do psicossoma parece estar ligada à sua análoga física. Quando o psicossoma afasta-se do soma,
tais ligações aproximam-se formando o cordão de prata.
Freqüências. Só se pode começar a entender os escondimentos dos veículos de manifestação
da consciência, ou o paradeiro temporário desses elementos do ego, em certas circunstâncias ou
injunções, admitindo-se a existência de freqüências vibratórias diversas entre tais veículos, uns servindo
de esconderijo para os outros, todos interpenetrando-se numa relativa interdependência, igual ao que
sucede com os planos físico e extrafísicos da vida universal. Tais planos e tais veículos não se superpõem,
e sim coexistem no mesmo espaço e tempo.
Sedes. Do ponto de vista das sedes dos veículos de manifestação da consciência, ou dos corpos
conscienciais interpenetrantes, infere-se dos assuntos expostos que, em seu todo, o corpo humano sedia o
cordão de prata. Embora recebendo orientação básica do psicossoma, o corpo humano sedia também este
veículo. Sob o aspecto setorial, ou das partes do corpo humano, por exemplo, a mão sedia a paramão, a
perna sedia a paraperna, etc. Por isso, o cérebro humano sedia o paracérebro do psicossoma. Já o
paracérebro do psicossoma sedia o corpo mental. Por fim, o corpo mental sedia a consciência.
_____________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 91), Bentov (119, p. 134), Besant (129, p. 12), Blavatsky
(153, p. 128), Gookall (343, p. 14), Durville (436, p. 27), Greenhouse (636, p. 133), Guéret (659, p.
161), Meek (1030, p. 37), Norvell (1138, p. 168), Osborn (1154, p. 61), Powell (1278, p. 1), Prieur
(1289, p. 11), Rampa (1361, p. 76), Sculthorp (1531, p. 156), Shay (1546, p. 10), Steiner (1610, p.
55), Vieira (1762, p. 73), Yogananda (1894, p. 381).
85.
PROJEÇÃO CONSCIENTE E O CORPO HUMANO
Definições. Corpo humano: o corpo do indivíduo do reino Animal, ramo Cordata, classe
Mamíferos, ordem Primatas, família Hominídia, gênero Homo, espécie Homo sapiens (V. cap. 438), o
mais elevado nível de desenvolvimento animal sobre a Terra; a substância física ou estrutura material de
cada homem, mulher e criança; o corpo que se alimenta de comida, sente os efeitos da fadiga, e sofre
desgaste, degeneração e desintegração.
Sinonímia: armação mortal; carapaça do psicossoma; cárter humano; casa-corpo; compressor
do eu; concha terrestre; Container dos corpos internos da consciência; corpo alfa; corpo animal; corpo
biológico; corpo carnal; corpo-cérebro; corpo denso; corpo descartável; corpo externo; corpo evidente;
corpo físico; corpo físico emitente; corpo exterior; corpo grosseiro; corpo ho- minal; corpo-lagarta;
corpo-mente; corpo mortal; corpo mundano; corpo natural; corpo normal; corpo primário (para o
homem); corpo somático; corpo terreno; corpo terrestre; corpo três-em-um; corpo tridimensional;
crisálida carnal; escafandro físico; esquife de carne; eu físico;forma orgânica; gaiola de carne;habitat
físico;invólucro carnal; invólucro físico;litossoma;magneto humanp; máquina respiratória; máquina
vivente; mecanismo bioelétrico; mecanismo eletrobioquímico; objeto vital; organismo denso; organismo
humano; organismo psicofísico; prisão celular; residência corpórea; sarcófago de carbono; soma; stula;
taça de barro; templo da alma; veículo celular; veste celular.
Comparações. A pessoa considerada coma sistema físico vivo recebe o nome de organismo. O
corpo físico dos seres humanos, — expressão mais limitada e imperfeita do espírito, — freqüentemente,
além da sinonímia apresentada, é ainda rotulado ou comparado a: caixa, carro, cela, cidade, fardo,
instrumento eletrônico, manto, máquina a vapor, masmorra, microcosmo, mini-uni- verso, relógio,
santuário, sepultura, sobretudo, trincheira, tumba, túnica de pele, veste pesada, etc.
Registros. O mecanismo maravilhoso do corpo humano, formado por cerca de sessenta trilhões
de células — cada qual possuindo individualmente capacitância e indutância —, equipado com relógios e
medidores de todo tipo, e de extrema precisão, registra e responde, além dos cinco sentidos básicos, cada
mudança rítmica física que ocorre à sua volta, conforme inúmeros fatores ambientais: campo elétrico,
5
campo magnético, gravidade, influência cósmica, ionização, luz, pressão, raios cósmicos, temperatura,
tempo, e umidade.
Reposição. Não há plástica nem estrutura humana estáticas. Em toda a sua vida útil, durante a
fase de crescimento biológico e além dela, o corpo humano passa por constante revezamento no processo
contínuo de destruiçâo-reconstrução, ou re-síntese elaborada, dos seus componentes materiais, sendo as
células substituídas ou repostas por matéria fresca, derivada de suas fontes de alimentação: o ar da
respiração, a comida, e a bebida comum
Reencarnações. Admite-se, hoje, que a cada cento e cinqüenta e oito dias o processo de
renovação celular geral do corpo humano se completa em cada um dos seus sistemas fundamentais:
estrutural, muscular, circulatório, nervoso e linfático. Isso significa que cada consciência encarnada se
reencama, no mínimo, duas vezes por ano e que uma encarnação de cinqüenta anos de idade, constitui, na
verdade, literalmente, mais de cem breves encarnações encadeadas ininterruptamente.
Estímulos. Como encarnados, somos constantemente bombardeados por todo tipo de estímulos sensoriais que os órgãos de percepção do corpo humano, e as sensações proprioceptivas, nascidas
desse mesmo corpo, registram sem parar.
Sensações. Por ser denso e tangível, o mais grosseiro de todos os veículos de manifestação da
consciência, estrutura especial para o restringimento maior do eu, o corpo humano permite sensações
animais, rústicas e intensas, inclusive a dor e o orgasmo, que conduzem a consciência encarnada,
desavisada, a pensar, erroneamente, que só existe esse corpo e nenhum outro veículo nat sua complexa
organização vital, ou seja, no seu corpo unificado.
Inibição. Por estar, assim, tão escravizada à percepção da realidade física, conforme
assimilada pelos cinco sentidos orgânicos básicos, a consciência encarnada torna-se incapaz de acreditar
na sua verdadeira natureza ou reconhecer a sua constituição multiveicular. Para a maioria das pessoas
adultas — inclusive pensadores, filósofos, intelectuais em geral — torna-se incompreensível, difícil, e
quase impossível aceitar o fato de a consciência existir fora do corpo humano, como algo à parte, ou
destacado dele, ou até mesmo pensar profundamente sobre isto. Este é um dos fatores inibitórios básicos
da projeção consciente e a razão porque tal fenômeno ainda não alcançou unanimidade entre os
componentes da espécie humana.
Cenestesia. Intimamente, as complexas sensações cenestésicas proporcionam à consciência
encarnada a percepção interna e, ao mesmo tempo, o sentimento de existência do seu corpo humano. A
existência das imagens cenestésicas é comprovada pela Psicopatologia.
Zelo. Vivemos na matéria densa cuidando zelosamente do corpo humano, que nos dá muito
trabalho e exige de nós muitas despesas, buscando atender à respiração, ao apetite, à sede, ao sexo, à
higiene, etc., agasalhando-o, abastecendo-o e servindo-o de manhã à noite, o ano inteiro, a encarnação
toda. Tudo isso, desde que nascemos na face da Terra, até que esse mesmo corpo seja desativado pela
projeção final, ou morte biológica.
Culto. Hoje floresce o culto apaixonado ao corpo humano, a primeira morada física. Isso se
expressa através dos esportes em todas as suas modalidades, e da ginástica em todos os seus tipos,
inclusive a ginástica coreografada, a ginástica das vovós, a ginástica narcísica, etc., visando a obtenção
da plástica estética, da autoconfiança perdida, do bem-estar mental permanente e da integração social.
Compulsividade. O cuidado básico com o corpo humano é, praticamente, compulsório,
inevitável. Se o deixarmos entregue a si mesmo, sobrevêm o desastre: se não respiramos um ar mais ou
menos oxigenado, morremos por asfixia; se não comemos, morremos de inanição; se não bebemos,
morremos de sede; se não cortamos os cabelos, criamos uma juba; se não aparamos as unhas, não
podemos utilizar satisfatoriamente as mãos e os pés; se não tomamos banho, transformamo-nos em um
monte de lixo; etc.
Imagem. Daí que, contemplando-nos no espelho, fixamos permanentemente a nossa imagem
— foco sempre presente de nossas preocupações na vida consciente vígil —, atentos quanto à
conservação da saúde física e mental e aos meios de satisfazer a condição de se estar bem.
Concentração. Como resultado dessa magna idéia fixa de todo encarnado, — a concentração
intensa e permanente sobre o corpo humano, — é sempre muito mais fácil crer que ele, o corpo humano,
controlado pelo cérebro, a sede física da consciência, constitua a soma total e única do nosso ser, e que
nós somos tão-somente meras máquinas bioquímicas.
Veículos. Contudo, a projeção consciente vem demonstrar, para quem quiser, que o intelecto, a
razão, a imaginação, o juízo crítico, a memória, as percepções avançadas, os sentimentos (emoções
profundamente racionalizadas), e todas as demais funções da consciência, podem existir numa forma
pura, independentemente do corpo humano, manifestando-se o eu através de outros veículos ainda mais
evoluídos do que o soma.
Confusões. Nós existimos. Isso não precisa de prova. Entretanto, o corpo humano, que contém
mais de sessenta por cento de água em seu peso, é apenas um aspecto do nosso ser total. A consciência
encarnada, habituada a identificar-se com os seus trajes externos, confunde: o corpo humano com o seu
vestuário; os seus veículos de manifestação com o ego;os invólucros transitórios com a personalidade
eterna.
Redução. A matéria parece muito real, inflexível, dura e sólida para nós, humanos, no estado
da vigília física ordinária. No entanto, os cientistas da Física Moderna afirmam que a matéria não é tão
sólida como parece nem do modo que a gente sente. Por exemplo, se todos os espaços entre as partículas
atômicas que compõem a matéria fossem eliminados por compressão, o corpo humano de um adulto seria
menor que a ponta de um alfinete, porque 99,99% do corpo humano são constitui'dos de espaço vazio.
Em outras palavras: o corpo humano incluindo o cérebro, é em grande parte formado de água e, na
realidade, ambos são em grande parte “vazios” de qualquer “matéria sólida”.
Objetividade. A propósito, vale acrescentar que existem pesquisadores e espiritualistas que
põem em dúvida a “existência objetiva” das coisas, achando que tudo isso não passa de uma grande
“construção mental”.
Ponderações. A evidência referida deve ser ponderada pelo leitor que alimenta dúvidas: quanto
à condição crítica do espírito reencarnante no corpo humano que se esboça, imediatamente após a
concepção biológica; quanto à ligação da consciência na condição do restringimento físico imposto pelo
corpo humano durante toda a encarnação; e quanto à relação do corpo humano com o psicossoma quando
este, supõe-se, pesa apenas um milésimo do peso daquele, estando projetado na esfera extrafísica, mas
ainda sobre a Gosta Terrestre.
Energia. Todo o material do nosso corpo humano, — uma estrutura energética, — pode ser
controlado pela nossa consciência encarnada. Haja vista os efeitos das técnicas de ioga, os processos de
retro-bio-alimentação e, principalmente, os efeitos extraordinários da mobilização da energia
consciencial.
Divisões. O corpo humano também pode ser estudado através de cinco divisões: direita/esquerda; frente/atrás; em cima/embaixo; cabeça/corpo; tronco/membros. É interessante ressaltar que a
metade esquerda do corpo humano apresenta os pontos de inserção de dois chacras essenciais isolados, na
localização correspondente no duplo etérico e no psicossoma: o cardíaco e o esplênico. A divisão em
cima apresenta as inserções de quatro chacras, e a embaixo, as inserções de três chacras. Somente a
divisão da cabeça apresenta as inserções de três chacras. As inserções de todos os chacras essenciais estão
no tronco, não existindo inserções de sedes chacrais nos membros.
Somatopsique. Segundo a Psicologia, a condição de autoconsciência do próprio corpo humano
recebe o nome de somatopsique.
Espaços. Segundo hipóteses aventadas, o psicossoma parece ocupar um espaço mais geral,
quadridimensional, desde o momento do encontro das duas porções de matéria energizada, o espermatozóide e o óvulo feminino. Basta tão-somente ocorrer qualquer aumento do restringimento físico,
ou seja, uma privação sensorial maior, — dor (V. cap. 412), fome (V. cap. 181), sede, anestesia (V. cap.
416), e outras, — para a consciência encarnada se projetar para o exterior do corpo humano, como se
estivesse sendo expulsa, espremida para fora, desalojada do lugar que ocupa através do psicossoma,
provavelmente, por hipótese, devido a efeitos de campo.
Partículas. O psicossoma deve ser constituído de partículas de natureza diferente das físicas
densas, pois se as suas partículas fossem da mesma natureza das partículas físicas densas (molécula,
átomo, elétron, etc.), haveria uma interação excessivamente forte entre elas impossibilitando assim a
própria projeção, consciente, ou seja, a descoincidência dos dois veículos de manifestação da consciência.
Inanimado. Durante o período da projeção completa em que a consciência permaneçe fora, o
corpo inanimado, ou temporariamente desocupado, fica inerte, passivo, inconsciente, ou em estado de
sono aparente (V. cap. 452). Através da ligação essencial do cordão de prata, a vida vegeta- tiva e
orgânica mantém um mínimo de processos vitais, respiração, pulso apenas perceptível, circulação, e a
fisiologia natural do organismo, através do sistema nervoso autônomo, numa espécie de vida latente. O
corpo humano sem a consciência lembra o cadáver.
Suspensão. Nesse estado em que as funções de relação ficam temporariamente suspensas, o
auxiliar em terra do projetor, desde que seja suficientemente observador, pode ouvir com clareza, em
certas oportunidades, junto ao corpo inerte e de cérebro vazio, até o sons dos borborigmos, ou os ruídos
dos gases internos produzidos pelos intestinos.
Similitudes. A situação do corpo humano inanimado durante a projeção prolongada faz
lembrar, não raro, a do cadáver, embora a vida latente permita distinguir, de maneira inequívoca, uma
condição da outra. Lembra igualmente a condição do feto sem vida, natimorto, aninhado no útero, e a do
iogue enterrado vivo, voluntariamente, por algum tempo. Tal situação assemelha-se ao avião cujo
comandante ligou o piloto automático e saiu temporariamente da cabina de comando para ir ao banheiro
da aeronave.
Mímica. Durante a fase da exteriorização da consciência pelo psicossoma e, às vezes não estando esta muito lúcida, projetada junto ao corpo humano, os movimentos extrafísicos são pobremente
reproduzidos, à semelhança da mímica, por reflexos corporais perceptíveis. Isso ocorre
7
independentemente e além dos movimentos fisiológicos habituais ao sono natural.
Reflexos. Quando, no entanto, a consciência se sente projetada com inteira lucidez e possibilidade de se translocar extrafisicamente fora da esfera de energia que circunda o corpo humano, ela
torna-se incapaz de passar os seus movimentos, seja mover mão, pé, ou revirar-se no leito, diretamente
para o corpo físico, porque este apresenta, então, profunda e generalizada ausência de reflexos na
condição de inatividade dos sentidos humanos. Esta providência só pode ser tomada através da
interiorização total ou, pelo menos, parcial, da consciência através do psicossoma.
Indiferença. Quando projetada no plano extrafísico, a consciência encarnada, em certas condições, pode apresentar marcada indiferença por seu próprio corpo humano expressa de muitos modos: a
forma humana sem qualquer significação para si; contemplar o corpo físico como se fosse o de um
estranho; sensação de completa indiferença à forma humana; observar o corpo humano de modo
desapaixonado; não se interessar em absoluto pelo próprio corpo humano; olhar para o corpo físico sem
emoção; despreocupar-se totalmente quanto ao corpo humano; ver o corpo físico de maneira impessoal.
Relutância. Muitas consciências encarnadas quando projetadas no plano extrafísico exibem
indisfarçável relutância de retornar ao corpo humano, expressa de várias maneiras: exteriorizam
contrariedade profunda em voltar; sentem a volta como provação dolorosa;não demonstram qualquer
desejo de retornar; obedecem, contra a própria vontade, à irresistível ordem de voltar; têm o desejo
insistente de ficar por lá para sempre; exibem aguda decepção com o retorno à vida humana; demonstram
ostensiva rebeldia contra a volta à matéria densa; chegam até a pensar: — “Por que não deixar o corpo
morrer?”.
Trajes. Todo objeto físico apresenta sua duplicata extrafísica, sendo que devido a isso, existe
uma espécie de liame energético, ainda não caracterizado e definido plenamente, entre-o organismo
humano e os objetos que o revestem, ou entram em contato direto com o mesmo, seja: vestimentas de
todo tipo, anéis, brincos, óculos, lentes de contato, dentaduras, próteses em geral, peças plásticas, todos
os embustes da vaidade, etc.
Epistemologia. Aviso ao leitor que, daqui para a frente, nesta seção dedicada à análise dos
veículos de manifestação da consciência, os limites da constituição e da fisiologia humanas deixam de
ser aqueles fixados pelos anatomistas e fisiologistas ortodoxos. As observações aqui reunidas não
permitem ser adaptadas aos conceitos que, no momento, regem a Biologia e a Medicina ortodoxas. Eis
porque o conteúdo deste livro transcende, — forçado pelos fatos, — as fronteiras da Ciência
habitualmente aceita, a teoria do conhecimento mais defendida, indicando que o atual tempo já se impõe
propício, exigindo uma revolução epistemológica ou uma gnoseologia calcada em novos fundamentos.
_______________________
Bibliografia: Alverga (18,p. 217), Battersby (92, p. 14), Besant (129, p. 19), Cirton (252,
p. 98), Gookall (326, p. 121), Dychtwald (444, p. 39), Frazer (549, p. 156), Greene (635, p. 57),
Greenhouse (636, p. 135), Heindel (705, p. 44), Kardec (824, p. 197), Martin (1002, p. 8), Meek
(1030, p. 16), Paim (1182, p. 37), Perkins (1236, p. 132), Prieur (1289, p. 48), Rogo (1444, p. 34),
Russell (1482, p. 26), Schatz (1514, p. 185), Vieira (1757, p. 3), Walker (1782, p. 26), Wang (1794,
p. 181).
86.
PINEAL
Definição. Pineal (Latim: pinus, pinha cônica): glândula endócrina situada de forma extremamente, bem protegida junto ao centro do cérebro humano - do qual, no entanto, não faz parte —
encerrada entre os dois hemisférios cerebrais, no alto da coluna vertebral.
Sinonímia: antena sensitiva; conarium; corpo pineal; epífise; glândula pineal; olho de Shiva;
olho pineal; sede da alma (René Descartes); terceiro olho.
Histórico. Ao que tudo indica, a pineal humana foi melhor descrita pela primeira vez, no ano
300 a. C., pelo médico grego Herófilus e o anatomista, também grego, Erasistratus, ambos de Alexandria,
que atribuíram ao órgão a função de válvula da memória. O órgão sempre intrigou os anatomistas porque,
conquanto todo o cérebro seja duplo, a pineal não tem duplicata.
Nomenclatura. A pineal recebeu este nome por ter o formato de um cone de pinheiro. É
também chamada de terceiro olho porque na sua formação ela começa como um olho. As células pineais
recebem o nome de pinealócitos.
Anatomia. Segundo a Anatomia, a pineal é um corpúsculo oval, piniforme, isto é, com formato
semelhante ao da semente do pinheiro, ou cônico. Órgão diminuto, do tamanho de uma ervilha, de
coloração rósea-acinzentada, pesa não mais do que 100 mg e apresenta cerca de 8 mm de comprimento e
5 mm de largura no homem Situa-se no mesencéfalo, na espessura da tela coróide, sobre os tubérculos
quadrigêmeos anteriores e atrás do terceiro ventrículo. A pineal é inervada exclusivamente pelo sistema
nervoso autônomo.
Melatonina. A glândula pineal segrega um hormônio próprio, a melatonina {5-methoxi N-acetil
triptamina), que inibe a química da maturação sexual e pàrece reagir à escuridão. Em outras palavras: a
luz inibe a produção de melatonina pela glândula pineal. Acredita-se que o corpo pineal seja a única fonte
de melatonina no corpo humano. Além disso, há uma série de substâncias químicas cerebrais dentro da
glândula.
Fisiologia. Até algumas décadas atrás, o órgão pineal era visto tão-somente como relíquia
evolutiva, ou remanescente anacrônico do desenvolvimento evolucionário, espécie de apêndice engastado
no centro das nossas cabeças, não possuindo nem desempenhando qualquer função biológica. Os
cientistas provaram o erro dessa crença descobrindo que a glândula pineal pára de segregar o seu
hormônio, a melatonina, quando o indivíduo é exposto a uma luz brilhante, de 2.500 lux, ou
aproximadamente a intensidade da luz solar indireta em um dia claro de primavera. O lux é a quantidade
de luz recebida a um metro de distância de uma vela-padrão. A melatonina, normalmente, é segregada
apenas durante a escuridão noturna. Com as novas evidências científicas, acreditam os pesquisadores que
a pineal humana ainda funciona como “olho” sensível à luz. Suspei- ta-se que a pineal emita e capte
ondas biomagnéticas.
Efeitos. Eis catorze efeitos da melatonina sobre importantes fatores sexuais: adia o início da
puberdade; diminui o peso das gônadas; diminui a progesterona ovariana; diminui o hormônio
estimulante dos folículos do sor-o; diminui o hormônio luteinizante do soro; diminui a síntese da
testosterona; diminui o hormônio luteinizante da pituitária; diminui os fatores liberadores da gonadotropina hipotalâmica; aumenta a prolactina do soro; aumenta o metabolismo da testosterona no
fígado; aumenta a síntese da progesterona; aumenta a serotonina da pituitária; inibe as contrações
uterinas; suprime a ovulação espontânea ou induzida.
Sono. A melatonina não só atua sobre o nosso sono, produzindo o aumento dos ciclos MOR (V.
cap. 72), como enriquece nossos sonhos com vivacidade maior, atos que também liberam da pineal a
substância chamada vasotocina, o mais potente fator indutivo de sono.
Parapsicopatologia. Suspeita-se que há distúrbios parapsicopatológicos decorrentes de anormalidades ou alterações da pineal, relacionados com o estado da cegueira humana.
Biorritmo. Outros pesquisadores da Medicina afirmam que a glândula pineal influi na regulação do biorritmo fisiológico do indivíduo, ritmos sazonais ou mudanças circadianas, relativas ao ritmo
cosmoclimático e ao ciclo dia-noite, sendo, de alguma forma, responsável por reacertar nossos relógios
internos quando atravessamos fusos horários. Àqueles que sofrem desses problemas, após longos vôos
transmeridianos, em que há ponderável alteração nas horas motivada pelos fusos horários (vôos este-oeste
e vôos oeste-este), recomenda-se apanhar uma quantidade suficiente de luz solar.
Cordão. Estudiosos da Parapsicologia admitem que a pineal constitui o fulcro da conexão
energética final do cordão de prata no corpo humano, razão pela qual o projetor sente, às vezes, certa
pressão intracraniana no momento final da decolagem consciente através do psicossoma. Por enquanto,
este assunto constitui mera especulação do ponto de vista científico, em razão da complexidade das
funções corticais ainda não esclarecidas. O próprio cordão de prata está exigindo que encontremos
respostas novas e mais convincentes.
Ponto. A consciência é atraída para o ponto médio entre as sobrancelhas, o terceiro olho ou
epífise, em três oportunidades: quando quer atingir o estado hipnagógico, a condição das ondas alfa, ou o
estado alfa (V. cap. 191), porque o praticante coloca os olhos voltados para cima; quando entra em estado
sonambúlico comum, pois os olhos do sonâmbulo se voltam para cima; ou quando o praticante promove
certo tipo de autodesencarnação, ou projeção final induzida (V. cap. 440), também olhando para cima.
Além disso, ainda se voltam para cima os olhos do cadáver.
Curiosidades. Nas pesquisas da glândula pineal merecem ser lembradas ainda cinco observações relevantes ou, pelo menos, curiosas:
86.1.Paranormais. Estudos comparativos meticulosos de necrópsias evidenciaram volume
maior da epífise nos cadáveres de paranormais.
86.2. Indus. Outros estudos comparativos de necrópsias demonstraram o dobro do tamanho da
epífise nos cérebros dos indus em confronto com a média dos cérebros dos europeus.
86.3. Ãcido. O ácido isolisérgico (LSD) (V. cap. 420), estruturalmente similar à substância
serotonina, que se relaciona diretamente com a glândula pineal, é usado como estímulo, po- tencializador
psicofisiológico, ou catalisador alucinógeno, abrindo, em certos casos, as portas das percepções
conscienciais extrafísicas.
86.4. Chacras. Discute-se muito a respeito, mas ainda se acha sem comprovação, a relação da
glândula pineal com os dois chacras essenciais da área encefálica: o coronário e o frontal (V. cap. 109).
86.5. Aparelho. A pineal apresenta grande semelhança de forma e estrutura com certa peça do
aparelho receptor de telegrafia sem fio, que ainda contém pequenas partículas que se parecem com o
tecido arenoso da glândula.
___________________________
9
Bibliografia: ADGMT (03, p. 144), Battersby (92, p. 83), Blavatsky (154, p. 480), Brennan
(200, p. 80), Brunton (217, p. 229), Càrrington (245, p. 200), Day (376, p. 101), Drury (414, p. 209),
Fox (544, p. 142), Gooch (617, p. 202), Greenhouse (636, p. 26), Haynes (698, p. 152), Heindel (704,
p. 72), Leadbeater (897, p. 41), Lee (908, p. 151), Motoyama (1098, p. 202), Muldoon (1105, p. 142),
Pastorino (1206, p. 92), Planeta (1249, p. 161), Powell (1278, p. 33), Puryear (1341, p. 190), Reis
(1384, p. 46), Rizzini (1410, p. 145), Roberts (1420, p. 121), Santos (1505, p. 61), Shay (1546, p. 93),
Shirley (1554, p. 106), Twitchell (1714, p. 93), Vieira (1762, p. 84), Walker (1781, p. 44), Watson
(1800, p. 113), Wilson (1858, p. 144), Xavier (1879, p. 19).
87. EXAME EXTRAFÍSICO
Definição. Exame extrafísico: conjunto de informações obtidas através da análise executada
pela consciência encarnada projetada, seja do seu corpo humano, do seu psicossoma projetado, ou dos
veículos de manifestação da consciência encarnada: corpo humano, duplo etérico, psicossoma, e corpo
mental, na condição de coincidência; ou do psicossoma de ser desencarnado.
Sinonímia: anamnese extrafísica; anamnésia extrafísica; auto-análise parafísica; paraanamnese.
Tipos. Há dois tipos de exame extrafísico: o auto-exame extrafísico e o hetero-exame extrafísico, ou de outrem. Será sempre melhor à consciência encarnada projetada somente procurar fazer,
sozinha, o exame extrafísico de outra individualidade depois que já procedeu ao exame extrafísico do seu
próprio psicossoma.
Características. A consciência encarnada projetada pode focalizar sua atenção sobre inúmeras
características dos veículos de manifestação da consciência durante o exame extrafísico: duplo etérico;
aura humana; cordão de prata; psicossoma; corpo mental; forma pessoal: completa ou incompleta,
humanóide, sólida, transparente, oval, pequeno círculo, nuvem colorida, ponto de consciência, foco
mental; centro de energia; consciência aparentemente sem corpo, informe; inserções do cordão de prata;
umbigo, nevo, cicatriz e suas relações extrafísicas; etc. Quanto à pro- jetora consciencial em particular:
exame do feto; etc.
Maturidade. A experiência do auto-exame extrafísico da consciência projetada contribui
substancialmente para a aquisição de sua maturidade consciencial (V. cap. 135).
_______________________
Bibliografia: Monroe (1065, p. 168), Steiger (1601, p. 140), Vieira (1762, p. 84).
88. COINCIDÊNCIA DOS VEÍCULOS DE MANIFESTAÇAO
Definição. Coincidência dos veículos de manifestação da consciência encarnada: condição de
coexistência harmoniosa, interpenetração, justaposição, alinhãmento, interdependência e inter-rela- ção
entre o ego, ou consciência, o corpo mental, o psicossoma, o dupjo etérico, e o corpo humano, incluindo
ainda neste complexo de estruturas, o cordão de ouro, ou a ligação entre o corpo mental e o psicossoma, e
a ligação deste com o corpo"humano, ou o cordão de prata:
Sinonímia: alinhamento dos veículos da consciência (expressão obviamente incorreta); coalescência dos veículos conscienciais; condição do corpo unificado; condição dos corpos concêntricos;
estado do multiorganismo; estado uno; junção dos corpos.
Mental. O corpo mental, veículo sempre mais coincidente do que os demais, está sediado no
paracérebro, ou seja, na cabeça extrafísica do psicossoma até mesmo quando ocorre a projeção da
consciência através deste veículo.
Corpos. Os corpos podem estar coincidentes, quando estão concêntricos, ocupando o mesmo
espaço. Também podem se apresentar fora da coincidência, — ou na condição da descoincidên- cia, — e
sair ou entrar no estado da coincidência. O corpo humano e a consciência no estado da vigília física
ordinária formam o corpo mais coincidente de todos, ou o corpo unificado.
Vigília. A vigília física ordinária, estado da consciência em que os veículos de manifestação se
apresentam integralmente coincidentes, vem demonstrar que dois ou mais corpos podem ocupar o mesmo
lugar ou espaço, ao mesmo tempo, e interagirem entre si, desde que cada qual esteja num plano
pluridimensional próprio e específico de existência ou manifestação.
Variações. Sem dúvida, o percentual da coincidência dos corpos, ou veículos de manifestação
da consciência, não é o mesmo de pessoa para pessoa. Algumas consciências, na verdade, vivem mais
trancadas no corpo humano do que outras e ignoramos os fatores reais que interferem, de maneira tão
poderosa, para manter a coincidência mais ou menos permanente e intensa.
Extrafísicas. O corpo humano, com a consciência no estado da vigília física ordinária, é o
estado da coincidência de todos os veículos de manifestação da consciência. Contudo, podem ocorrer
coincidências ou acoplamentos puramente extrafísicos, seja do duplo etérico com o psicossoma e o corpo
mental, ou apenas do psicossoma com o corpo mental. As coincidências extrafísicas são aquelas
peculiares às consciências desencarnadas e às consciências encarnadas projetadas temporariamente fora
do corpo humano.
_________________
Bibliografia: Monroe (1065, p. 221), Muldoon (1105, p. 62), Prieur (1289, p. 56), Vieira
(1762, p. 14), Walker (1786, p. 107).
89. DESCOINCIDÊNCIA DOS VEÍCULOS DE MANIFESTAÇÃO
Definição. Descoincidência dos veículos de manifestação da consciência: ato de saída de
qualquer veículo de manifestação da condição de coincidência ou da junção dos corpos conscienciais.
Sinonímia: desacoplamento dos veículos de manifestação; desalinhamento dos corpos; desconecção dos veículos consciências; desencaixe dos corpos; disjunção dos corpos; saída da coincidência.
Tipos. A descoincidência dos veículos de manifestação da eonsciência encarnada apresenta três
tipos básicos: a minidescoincidência, a maxidescoincidência, e a descoincidência final.
89.1. Minidescoincidência. A descoincidência mínima, ou minidescoincidência, mais comum
quanto aos membros extrafísicos (parapernas, parapés, parabraços, paramãos) ou ao para- tronco do
psicossoma, ocorre mais freqüentemente: na clarividência viajora; nos semidesprendi- mentos; no sono
natural; nos sustos ou estados psicológicos corriqueiros; e em quase todos os outros estados alterados da
consciência e fenômenos parapsíquicos. O estado da minidescoincidência pode evoluir para uma
descoincidência completa dos veículos de manifestação consciencial ou para uma interiorização parcial.
89.2.Maxidescoincidência. A maxidescoincidência inclui a saída simultânea da paracabe- ça —
incluindo obviamente o paracérebro — do paratronco e dos paramembros do psicossoma, da coexistência
justa com o corpo humano. Esta constitui a ocorrência própria da projeção completa da consciência
através do psicossoma, à distância do corpo humano, ficando este vitalizado unicamente pelo fio fino,
semelhante a linha de coser ou cabelo, do cordão de prata distendido ao máximo.
89.3. Final. A descoincidência integral dos veículos de manifestação consciencial, sempre
definitiva, compõe a projeção final, desencarnação, ou a primeira morte, biológica, que sobrevêm com a
ruptura definitiva do cordão de prata.
Consciência. Estes três tipos de descoincidência podem ocorrer de modo consciente ou inconsciente para a individualidade.
Sinais. Eis alguns sinais ou sensações psicofísicas da descoincidência dos veículos de manifestação da consciência encarnada: acordar subitamente no corpo físico depois de um pesadelo; sensação
de caminhar nas nuvens ou no vazio; sentir o estôm’ago na boca; sonhar e perceber que está sonhando,
isto é, devido a um sonho extracorpóreo ou sonho descoincidente; ver estrelas; etc.
Etérico. Uma descoincidência freqüente é a exteriorização parcial do duplo etérico, ocorrida
depois da maxidescoincidência de uma grande projeção da consciência através do psicossoma.
Sono. Supõe-se que o sono, descoincidência natural, ou minidescoincidência, tem o objetivo de
recuperar a energia cósmica do psicossoma e sanar temporariamente o estado de intoxicação celular do
organismo humano.
Xenofrenia. Largo percentual dos estados alterados de consciência, ou a xenofrenia, indica a
descoincidência como o fator desencadeante essencial, ocorrendo logo após a influência de fatores
diversos: depressão; doença física; drogas; emoção intensa, estado hipnótico; estresse mental agudo;
ingestão de álcool; sono comum; etc.
Gênios. Em geral aceita-se o fato de que os gênios estão em ligeira descoincidência dos seus
veículos de manifestação da consciência durante os seus momentos criativos.
Psicopatias. Certas psicopatias apresentam descoincidências crônicas, longas ou duráveis,
como por exemplo, certos tipos de esquizofrenia, o que demonstra que as descoincidências podem ser
naturais ou patológicas. Neste aspecto deve-se analisar o fenômeno da descoincidência vígil (V. cap.
340).
Mediunidade. A simples minidescoincidência, seja espontânea e inconsciente, ou provocada e
consciente, da paracabeça do psicossoma, saindo da coexistência justa com a cabeça humana, ou ainda do
corpo mental se exteriorizando a partir do paracérebro, situado na paracabeça do psicossoma, já
predispõem a manifestação da maioria dos gêneros de mediunidade. Tal fato fala alto a favor da
importância da atuação preponderante dos chacras coronário e frontal sobre os demais chacras.
Ectoplasma. Parece que, em regra, a exteriorização do ectoplasma tem início com a condição
de descoincidência, ainda que parcial, dos veículos de manifestação da consciência encarnada do médium
ectoplasta: o corpo humano, o duplo etérico, e o psicossoma.
_______________________
Bibliografia: Ebon (453, p. 123),Muldoon (1102, p. 122), Stanké (1595, p. 112), Vieira
(1762, p. 14), Walker (1786, p. 108).
11
90. DUPLO ETÉRICO
Definições. Duplo etérico: invólucro vibratório, energético, luminoso, vaporoso e provisório
que coexiste estruturalmente e circunvolve o corpo humano, estreitamente ligado à exteriorização de
energias, ao cordão de prata, e aos centros de força ou chacras; agente energético intermediário entre o
psicossoma e o corpo humano.
Sinonímia: aerossoma I; armadura energética; casca luminosa; contracorpo; cópia vital humana; corpo aitérico; corpo Bardo (tibetanos); corpo biocósmico; corpo bioplásmico; corpo de vitalidade;
corpo diáfano; corpo efêmero; corpo energético; corpo etérico; corpo lepto-hüico; corpo leptomérico;
corpo ódico; corpo prânico; corpo unificador; corpo vital (rosacrucianos); djan; duplo vital; grande
fantasma; lastro do psicossoma; ponte corpo-humano-psicossoma; pranamaya- kosha; primeiro corpo de
energia; reboque energético; reflexo do corpo físico; umbra; veículo de vitalidade; veículo do prana;
veículo energético; veículo semifísico; véu do corpo humano; véu etéreo.
Antiguidade. O duplo etérico, na condição de veículo energético, permanece sempre invisível à
vista do homem comum. Foi conhecido como componente da individualidade (humana-espiritual) pelos
antigos iniciados assírios, cal deus, chineses, egípcios, essênios e indus.
Atualidade. Em nossos dias, o duplo etérico constitui ponto de estudo de ocultistas, rosacrucianos, teosofistas, iogues, etc. É ainda totalmente desconhecido pela Medicina convencional, sendo,
no entanto, utilizado atualmente na prática para explicar os mecanismos de funcionamento da
Homeopatia, da Acupuntura, do Do-in ou digitopressura, etc.
________________________
Bibliografia: Aliança (13, p. 151), Andréa (33, p. 24), Andreas (36,p. 86), Babajiananda
(65,p. 58), Battersby (92, p. 22), Besant (129, p. 37), Carton (252, p. 98), Castaneda (258, p. 201),
Cavendish (266, p. 83), Champlin (272, p. 165), Crookall (343, p. 118), Guéret (659, p. 60), Hodson
(729, p. 39), Holroyd (736, p. 97), Kilner (843, p. 38), Leadbeater (897, p. 71), Maes (983,p. 141),
Perkins (1236,p. 51), Powell (1280, p. 100), Prieur (1289, p. 106), Steiger (1601, p. 113), Vieira (1762,
p. 73), Walker (1781, p. 53), Wang (1794, p. 187), Xavier (1881, p. 99).
91. PARA-ANATOMIA DO DUPLO ETÉRICO
Contextura. O duplo etérico ultrapassa as linhas plásticas externas do corpo humano mais ou
menos em um centímetro (V. Fig. 91), apresentando contextura densa nos seres humanos primitivos, e
contextura sutil e delicada nos seres humanos espiritualmente mais evoluídos.
Características. Dentre as características do duplo etérico destacam-se: forma humanóide
geralmente maior do que a do corpo humano; corpo de vitalidade; doppelganger (Alemanha); figura
energética do corpo humano; luminosidade; coloração às vezes preta e branca; natureza híbrida ou
estrutura física-extrafísica; diferenças no encarnado e no recém-desencamado; parece mais ligado ao
centro de força umbilical ou área do plexo solar; etc.
Nadis. Na para-anatomia do duplo etérico devem ser considerados os chacras (V. cap. 109), a
aura humana (V. cap. 95), e os milhares de nadis, ou pequenos canais de circulação energética, que
formam uma trama no interior e na superfície do duplo etérico, e que transmitem a energia às células do
corpo humano.
Facilidade. 0 duplo etérico não possui órgãos sensoriais e é o veículo que sai com facilidade da
coincidência dos corpos da consciência, possuindo relação direta com os meridianos da Acupuntura e do
Do-in (digitopressura).
Simulacros. O duplo etérico não atua- como veículo separado, individual, para a manifestação
da consciência, nem se presta ao recolhimento de informação, porque ele não porta o cérebró físico ou o
seu correspondente extrafísico, o paracérebro, sendo que as suas projeções, quando sozinho, incapaz de
atuar por si ou de modo inteligente, são simples simulacros da forma, quase sempre humanóide, do
projetor.
Formações. O duplo etérico pode ser visto acompanhado por formações de vapor, neblina
violácea, ne'voa ou nuvens de fumaça. A parte exteriorizada, visível, do duplo etérico constitui a aura
humana.
_____________________
Bibliografia: Crookall (338, p. 141), Ellison (478, p. 355), Guéret (659, p. 63), Maes
(983, p. 145), Rampa (1367, p. 25).
92. PARAFISIOLOGIA DO DUPLO ETÉRICO
Características. O duplo etérico é o veículo de vitalidade, prana ou energia cósmica. Não é
instrumento de lucidez da consciência. Absorve energia e a distribui pelo corpo humano, na qualidade de
intermediário energético entre o corpo humano e o psicossoma. Não atua como veículo separado para a
manifestação da consciência por que não ê um instrumento direto da consciência ou verdadeiro veículo da
inteligência.
Relações. O duplo etérico apresenta relações com: o corpo humano; o cordão de prata; o
psicossoma; os centros de força; a kundalini ou fogo serpentino; a concha protetora da pessoa encarnada;
a aura humana; a visão panorâmica dos recém-desencamados e nos fenômenos da quase- morte; a
primeira morte; a segunda morte; o estado vibracional; a exteriorização de energias; as manifestações
mediúnicas nas quais age como catalisador das energias; os fenômenos paranormais com efeitos físicos; a
autoscopia externa; as projeções múltiplas; etc. Constituindo o principal responsável pela elaboração do
ectoplasma, o duplo etérico exerce papel preponderante na projeção final de gestante e em certas
fotografias transcendentais.
Renovação. O duplo etérico reage a todos os pensamentos e emoções do indivíduo, influencia
as funções e controla o metabolismo do corpo humano, atua na nutrição e reparação das células gastas ou
enfermas, substituindo-as por outras, sadias, recuperando as perdas materiais do corpo humano que se
renova inteiramente a cada cento e cinqüenta e oito dias (V. cap. 85). A hipnose em geral trabalha muito
sobre o duplo etérico da consciência.
Soma. Há total interdependência e estreita solidariedade entre o duplo etérico e o corpo humano. As alterações de um acarretam alterações no outro veículo. O princípio vital organizador, que se
origina da consciência no psicossoma, manifesta-se através das energias do corpo prânico ou duplo
etérico.
Percentual. Os fatos demonstram que o duplo etérico, na sua qualidade de intermediário
energético que permite a continuação da vida humana, não pode se projetar totalmente para fora do corpo
humano, pois se isso ocorresse acarretaria a morte biológica. Por isso, deve-se entender que toda
manifestação ou projeção do duplo etérico representa tão-somente a exteriorização de certo percentual de
suas energias e possibilidades, porque um volume mínimo dessas forças permanece sempre, em todas as
circunstâncias existenciais do ser encarnado, vitalizando a forma densa.
Orbitante. Quando parte do duplo etérico se projeta sozinha, sem ter consigo o psicossoma e o
corpo mental, a sede da consciência (ou seja, uma projeção energética, sem consciência), ela nada mais
representa do que um corpo orbitante, ou corpo acompanhante, do psicossoma.
Consciência. Não se pode projetar o psicossoma sozinho sem o corpo mental e sem a consciência. Só se pode projetar tais veículos quando a consciência vai junto. A consciência pode, no entanto,
projetar parte do duplo etérico sem seguir junto e pode ainda se projetar através do psicossoma, deixandoo também projetado, òu fora da coincidência, e sair apenas através do corpo mental.
Semiconsciência. Os sonhos lúcidos, ou as projeções semiconscientes, ocorrem quase sempre
quando a consciência se projeta através do psicossoma impregnado de uma porção elevada das
substâncias semifísicas do duplo etérico. Não se sabe ainda por que isso acontece.
Porções. Aqui, vale perguntar: — As porções exteriorizadas do psicossoma, chamadas por alguns de braços, pseudópodes, varetas psíquicas, alavancas e prolongamentos ectoplásmicos, que causam
o misterioso movimento de objetos físicos nas sessões de ectoplasmias, derivam apenas de elementos
compostos do duplo etérico, às vezes, e por elementos íntimos, biológicos, celulares, do corpo humano?
Lastro. O duplo etérico atua como lastro do psicossoma, adensando e “materializando” a estrutura deste veículo de manifestação quando o mesmo se projeta, em certos casos, compondo o que se
chama de “psicossoma lastreado”, carregando a consciência.
Imitação. Na autoscopia externa, o duplo etérico exteriorizado imita exatamente os gestos e
posturas que a consciência faz no estado da vigília física ordinária. Essa imitação é executada de modo
inconsciente. Parece que o duplo etérico apresenta algum instinto mecânico, repetitivo e condicionado.
Divisão. No mesmo fenômeno da autoscopia externa, o duplo etérico exteriorizado pode
executar as ações que a consciência no estado da vigília física ordinária pensa enquanto executa outras
ações diferentes. Isso demonstra que as pessoas que apresentam facilidade em dividir a sua atenção são
predispostas naturalmente à autoscopia extema.
Cordão. O indivíduo observador pode raciocinar e se questionar: Se o corpo humano tem o
cordão umbilical, o psicossoma tem o cordão de prata, e o corpo mental tem o cordão de ouro, será que o
duplo etérico teria alguma ligação semelhante? Tudo indica que o duplo etérico já é, por si mesmo, uma
ligação entre o corpo humano e o psicossoma, sendo que o cordão de prata constitui apenas um dos
componentes do duplo etérico, que se manifesta em determinadas circunstâncias.
____________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 53), Butler (227, p. 67), Crookall (343, p. 118), Fortune
13
(540, p. 52), Guéret (659, p. 61), Maes (983, p. 152), Vieira (1762, p. 73).
93. SOLTURA DO DUPLO ETÉRICO
Definição. Soltura do duplo etérico: condição de liberdade relativa de atuação do corpo
energético, ou duplo etérico, em relação ao corpo emocional, ou psicossoma, e ao corpo humano.
Sinonímia: projeção do duplo etérico; projeção prânica.
Benigna. No período pós-projetivo, no decurso das projeções conscientes em série, torna-se
freqüente a ocorrência da soltura benigna ou a condição de liberação maior do duplo etérico, fenômeno
ligado à parafisiologia normal dos veículos de manifestação da consciência e, nesta condição, o duplo
etérico sai fácil do estado de coincidência dos corpos conscienciais.
Roupa. O duplo etérico, na condição de soltura, parece roupa larguíssima e leve que o projetor,
ou projetora, está vestindo sobre o corpo humano e as próprias roupas comuns, cujos excessos de folga
ondulam ou flutuam em tomo de si, como se fosse à moda godê, mesmo durante o estado da vigília física
ordinária. Esta característica de roupa folgada do duplo etérico parece influir no mecanismo das auto
transfigurações do psicossoma (V. cap. 281).
Sensação. Qualquer médium desenvolvido, de qualquer gênero, um pouco mais auto-observador, pode perceber e detectar essa condição e hipótese da soltura do duplo etérico. A sensação é bem
característica mesmo de soltura, ou como se alguma coisa se soltasse de dentro de nós e continuasse nos
acompanhando, embora sempre presa a nós, flutuando ao nosso redor.
Causas. Fatores que predispõem o surgimento da condição de soltura do duplo etérico e que
podem ser considerados como as suas causas essenciais: o estado vibracional; a projeção assis- tencial; as
projeções conscientes em série; a projeção mental; a experiência da consciência cósmica; o despertamento
da kundalini ou das energias do chacra radical; a condição da mediunidade desenvolvida de qualquer
gênero; a chuveirada hidromagnética; a refrigerada aeromagnética; a anestesia cirúrgica geral; a
manutenção da aura de saúde em boas condições; a existência da concha protetora; etc.
Desintoxicação. A intoxicação vibratória do organismo, ou a descompensação energética, é a
condição na qual o ser encarnado não consegue fazer circular a energia consciencial dentro de si mesmo.
A plena condição de soltura do duplo etérico só é alcançada quando já ocorreu a desintoxicação vibratória
completa dos veículos de manifestação da consciência do projetor. Por esta razão ocorre mais comumente
depois de uma projeção assistencial, por exemplo, em que o projetor projetado, além de ter absorvido
energia ou prana no plano extrafísico, doou tambe'm energia para enfermos desencarnados ou encarnados.
Coronário. Um dos processos de manutenção prolongada da soltura parafisiológica do duplo
etérico é provocar de quando em quando, por exemplo, de duas em duas horas, em certos dias, um banho
fluídico desencadeado pela vontade através do centro coronário, mantendo sempre contínuo equilíbrio
psicológico, sem irritações ou idéias negativas.
Efeitos. A condição de soltura do duplo etérico provoca, além de outros, treze efeitos bem
definidos:
93.1. A instalação do estado vibracional espontâneo com ou sem projeção consciencial.
93.2. A captação pelo projetor, ou pelos médiuns em geral, através das sensações de vibrações
por todo o corpo humano, da presença de seres desencarnados sem enxergá-los diretamente.
93.3. O desencadeamento do banho fluídico comum com freqüência maior de atuação.
93.4. A instalação plena das condições da aura projetiva.
93.5. A autoconfirmação indiscutível da projeção consciente recém-fmda.
93.6. A predisposição do projetor consciente para outra projeção, projeção-prosseguimen- to,
bem como para o surgimento das projeções conscientes em série.
93.7. A sensação frustrante da perda inútil de energia consciencial através da exteriorização
energética por todo o conjunto soma-duplo-etérico-psicossoma.
93.8. A facilitação do aviso prévio de projeção consciencial iminente entre duas projeções
conscientes consecutivas.
93.9. A facilitação da percepção da autoluminosidade do projetor consciente ou de luzes em
tomo de si, visualizáveis às vezes pelos circunstantes à volta do mesmo projetor, como o auxiliar em
terra, parentes, e médiuns videntes, no período pós-projetivo imediato.
93.10. A falsa impressão para o próprio projetor, e para os médiuns em derredor, de que o
corpo humano do mesmo projetor está de estatura mais elevada. Evidentemente, o corpo humano não fica
mais alto, mas os corpos coincidentes estão mesmo mais altos, porque os efeitos dessa condição veicular,
neste caso particular, são extrafísicos e não físicos.
93.11. A predisposição para o surgimento de arrepios agradáveis e manifestações neurovegetativas positivas por todo o corpo humano.
93.12. O mais comum é esta condição de soltura do duplo etérico perdurar por minutos apenas, porém pode permanecer por horas, durante um dia todo e, em circunstâncias excepcionais, por dias e
semanas seguidos, dependendo da utilização e da possível convivência inteligente entre o projetor
consciente e esse estado psicofísico.
93.13. A soltura do duplo etérico permite à consciência encarnada alcançar a condição do
doador universal permanente de energia consciencial.
Descoincidéncia. A condição de soltura do duplo etérico caracteriza o tipo mais comum do
fenômeno da descoincidéncia vígil para a consciência encarnada.
Reatamento. Os fatos evidenciam que a condição de plena soltura do duplo etérico, desatado
do corpo humano, pode acabar de uma hora para outra, através de processos ainda desconhecidos,
reatando energeticamente a condição anterior de coincidência ordinária, severa, do corpo humano, do
duplo etérico e do psicossoma. Evidentemente, esse reatamento repentino dos liames do duplo etérico
deve gerar muitas ocorrências de recesso projetivo (V. cap. 368), sendo uma das causas evidentes do
mesmo.
Mental. Ocorre também, no plano extrafísico, a soltura do corpo mental do espírito-mé- diumdesencamado em relação à cabeça extrafísica do seu psicossoma (paracabeça) e ao paracé- rebro, pois o
desencarnado, obviamente, não dispõe, naquela situação, do duplo etérico nem do corpo humano (V. cap.
60)
______________________.
Bibliografia: Crookall (338, p. 141), Ebon (453, p. 114), Maes (983, p. 141).
94. PARAPATOLOGIA DO DUPLO ETÉRICO
Características. Várias ocorrências devem ser arroladas no âmbito da parapatologia do duplo
etérico: soltura patológica; desprendimento mórbido; parapsicoses post-mortem; despertamento
prematuro da kundalini; repercussões psicofisiológicas; conseqüências da amputação de membros;
ausência da capacidade de retenção da energia consciencial; parapatologia dos chacras; etc.
Soltura. A soltura patológica do duplo etérico facilita o surgimento da alienação do projetor
com relação aos compromissos para com a vida humana e está relacionada intimamente com inúmeras
síndromes e psicopatias encontradiças nos casos dos enfermos tratados nos hospitais psiquiátricos.
Desassociação. A desassociação do duplo etérico, que normalmente permite a projeção deste
veículo, pode estar dependente de um estado mental no qual a consciência encarnada não consegue
controlar os seus processos mentais. Julgo que certos casos de autoscopia externa devem ser incluídos
nessas considerações, inclusive o caso clássico de Emília Sagée.
Doenças. Diversas doenças humanas têm sua origem nas alterações energéticas entre o psicossoma e o corpo humano, ou seja, no duplo etérico, para tanto basta observar a atuação das práticas da
Acupuntura, do Do-in ou da digitopressura.
________________
Bibliografia: Fortune (540, p. 17), Guéret (659, p. 61), Powell (1278, p. 35), Rampa (1361, p.
40).
95. AURA HUMANA
Definição. Aura (Latim: aura, sopro de ar): campo de natureza desconhecida, com algumas
características magnéticas, de aparência luminosa para sensitivos, entidades extrafísicas e entidades
projetadas, em certas oportunidades, cujas cores provavelmente estão ligadas á energia do campo e às
atividades e pensamentos do que esteja sendo envolvido, como seres vivos, homens, mulheres, crianças,
fetos, animais, plantas, minerais e objetos físicos, e até os seres desencarnados (auto- luminosidade).
Sinonímia: arco-íris humano; atmosfera humana; aura física; auréola vital; aura magnética;
bioaura; cartão de visita extrafísico; círculo de radiância; defensa mental; eletroaura; esfera de sensação;
ficha médica extrafísica; fotosfera psíquica; glória humana; halo psíquico; luz humana; nebulosa humana;
nimbo pessoal; oval místico; ovo áurico; psicosfera luminosa; radar psíquico; sistema de alerta
extrafísico; vestimenta exterior do psicossoma.
Aspectos. Quanto às suas características, devem ser destacados três aspectos da aura: transparece em todas as coisas e não apenas em algumas; modifica-se radicalmente a cada movimento do
objeto que a contém; em geral assemelha-se a um ornamento ou invólucro ornamental onde a coisa,
objeto, ou ser aparece engastado como num estojo.
Função. A forma comum da aura humana é um grande ovóide vibrante, atravessado por muitas
correntes de luz, em constante movimento de raios e turbilhões (V. Fig. 95). A aura no ser humano
funciona como sistema de alerta extrafísico, ou radar psíquico, geralmente não percebido pela criatura
comum no estado da vigília física ordinária.
Imagem. A aura humana, comumente invisível — assim como o perfume da flor que a iden,tifica — não se submete à hipocrisia humana porque reflete sempre a imagem exata, nua e crua, do
15
indivíduo, representando o seu real cartão de visita, ou ficha médica extrafísica, visto ou lido por
videntes, médiuns, sensitivos, iniciados, desencarnados, projetores conscientes, e até mesmo, em certos
casos, por animais.
Volume. A natureza da aura assemelha-se à da luz, ao mesmo tempo corpuscular e vibratória.
O volume, tamanho, contorno e densidade da aura apresentam-se extremamente variáveis. A pessoa
comum emite uma aura de cerca de dez centímetros. A pessoa espiritualizada, parapsiqui- camente
desenvolvida, positiva, tem aura que alcança três vezes esta medida ou mais.
Película. Supõe-se que o duplo etérico seja, somente em parte, o responsável pela aura humana,
bem como pela chamada película áurica que a circunvolve, porque o desencarnado, após passar pela
segunda morte (V. cap. 122), ou desvencilhar-se do duplo etérico, ainda apresenta certa aura.
Secundárias. Existem auras secundárias ou efluentes, mais comuns em torno da cabeça e das
mãos das pessoas.
Natureza. A natureza da aura humana se caracteriza por: coloração, densidade, formato, invisibilidade, luminosidade, substância, sutilidade, vitalidade e volume. O seu campo eletromagnético,
composto por miríades de linhas de força, emite ondas.
Gassificação. Para se identificar e classificar a atmosfera áurica humana há de se observar que
ela pode ser: apagada ou brilhante; estreita ou larga; perturbada ou calma; enferma ou sadia; maculada ou
pura; multicor ou unicolor; antipática ou charmosa; retraída ou envolvente; encar- quilhada ou pujante.
Saúde. Conforme as circunstâncias e as emoções, a aura se contrai ou se dilata, intensifica ou
esmaece o brilho. O estado de saúde e a idade da criatura influem nas condições da aura que se renova
muitas vezes no decurso da encarnação humana. A aura de saúde é a aura sadia, hígida, positiva, pujante,
agradável de ser vista. A aura confusa é própria dos enfermos, especialmente os psicopatas.
Densidade. A aura em torno da cabeça, também chamada nimbo, glória, halo, auréola ou oval
místico, quando densamente escura, geralmente aponta ao vidente a aproximação da desen- carnação
próxima da pessoa.
Interação. As auras humanas interagem umas com as outras, tanto do ponto de vista positivo
quanto negativo, criando atração, inclusive os acoplamentos áuricos (V. cap. 307), ou repul- sões entre as
pessoas. As criaturas humanas, através da aura, atuam incessantemente, em toda a parte, como receptoras
ou esponjas psíquicas, e emissoras ou doadoras de energia.
Teoremas. A intensidade do pensamento, ou do sentimento, determina o volume da aura
humana. A qualidade do pensamento, ou do sentimento, determina a coloração da aura humana.
Manutenção. Existem, além de outros, os seguintes recursos psicofísiológicos espontâneos, ou
técnicas antipoluidoras extrafísicas de desintoxicação e defesa vibratória, para a manutenção da limpidez
da aura de saúde do projetor ou do médium de qualquer gênero e categoria: absorção de energias
ambientais; arrepios fluídicos; ausência de vícios antifisiológicos;autopasses de descarga, absorção ou
neutralização; banhos de mar; banhos vibratórios; bocejos mediúnicos; chuveirada hidromagnética;
contrações musculares involuntárias localizadas; corizas efêmeras;espreguiçamen- tos; estado
vibracional; higiene física e mental; lacrimejamentos bilaterais inesperados; meditação dirigida;
mentalização positiva da auto-imagem áurica: passeios em matas e jardins; pigarros fugazes; prática de
esportes sadios; prece gratulatória; refrigerada aeromagnética; tipo especial de alimentação; variados
sinais individuais de mediunidade; etc. Sem dúvida o recurso mais eficaz de todos estes aqui relacionados
é a instalação voluntária do estado vibracional.
Kirliangrafias. Muitos estudiosos tentam sufocar a realidade da aura humana, que parece
surgir nas kirliangrafias, através de várias suposições tais como: aura eletrônica; defeitos fotográficos;
domínio de informação; efeito corona; efeitos caloríficos; efeitos químicos; envoltório odorífero;
moléculas de odor; etc. No entanto, independente disso, a aura humana permanece ostensiva e evidente,
do mesmo jeito, para quem tenha olhos de ver, ou seja, aos médiuns videntes.
Objetos. Apresentam aura própria maior do que as dos outros objetos, facilmente identificável
pela consciência do projetor projetado: certos objetos pessoais ou de culto; estátuas e monumentos
notáveis em geral; imagens de templos; livros místicos; lápides de cemitérios; objetos de arte fora de
série; objetos de estimação; objetos de uso pessoal usâdos; etc.
Psicossoma. Quando começa a sair do estado da coincidência dos veículos de manifestação da
consciência, o psicossoma às vezes é confundido pelos clarividentes como sendo a aura humana.
Avisos. A aura energética humana constitui campo magnético vibratório mais intimamente
ligado ao corpo humano e, por isso, não deve ser confundida com seis outras auras a saber: a aura
especificamente projetiva (V. cap. 204); a aura extrafísico ou a condição de autoluminosidade extrafísica (V. cap. 261); a aura epiléptica, - sinal que precede a crise epiléptica, - bem como os halos
neuropáticos, ambos constituindo condições estritamente patológicas; as auras psicofisio- lógicas tais
como: a aura sensível; a aura motora; e a aura psíquica, esta denotando angústia, medo, pavor e
alucinação.
_________________
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96. CORDÃO DE PRATA
Definição. Cordão de prata: laço semimaterial que mantém o psicossoma ligado ao corpo humano.
Sinonímia: amarração do psicossoma; âncora do psicossoma; apêndice estranhe; apêndice
prateado; barbante de luz; barbante enfumaçado; barbante impalpável; cabo astral; cabo do esca- fandro
físico; canal de animação; canal multiplexo extrafísico; carcereiro; cauda fosforescente; comunicação
energética; conexão prateada; corda aka (Huna); corda da vida; corda fina de luz; corda magnética; ccrda
psíquica; cordão astral; cordão cintilante; cordão da vida; cordão de chama; cordão de conexão; cordão
delgado e sedoso; cordão de luz; cordão de segurança; cordão de matéria etérea; cordão diáfano; cordão
elástico; cordão esbranquiçado; cordão etérico; cordão fino e luminoso; cordão fluídico; cordão
impalpável; cordão magnético; cordão nebuloso; cordão perispi- rítico; cordão prateado; cordão psíquico;
cordão umbilical etéreo; cordão umbilical fluídico; cordão vaporoso; cordão vinculatório; cordão vital
magnético; cordão vivo; cordel de prata; cordinha luminosa; corrente de energia irradiante; corrente vital;
delgada junção de teia de aranha; elo espiritual; extensão temporária; faixa de luz; filamento de teia de
aranha; filamento luminoso; filete de prata; fio anímico; fio astral; fio da consciência; fio de aranha; fio
de luz tremeluzente; fio de teia de aranha; fio etéreo; fio frágil luminoso; fio sedoso; fita brilhante; fita
delgada; fita de luz; fina corda de luz; força elástica; fraca luz prateada; grilheta oculta; haste de luar;
intermediário vital; laço conectivo intermediário; laço fluídico; laço semimaterial; laço vital; liame
elétrico; liame semifísico; ligação intercorporal corpo humano-psicossoma; linha da vida; linha de força
vital; linha de luz; linha etérea; linha fluídica; Unha sombria; luz prateada; magneto extrafísico;
mangueira luminosa; membro-extra do corpo humano; pescoço comprido; raio de luz; raio lunar; raio
sombrio; rolo de luz; sutratma; teia de aranha luminosa; tira de luz fosforescente; tira de pijama; traço de
luz prateada; tubo de energia; vareta flexível; variação do cordão umbilical.
Parabiofísico. À semelhança da pineal e do ectoplasma, o cordão de prata é um elemento
parabiofísico, ou seja, embora de algum modo enraizado na intimidade das células físicas, transcende em
suas manifestações energéticas os limites da matéria densa, ou as áreas próprias da Biologia Física,
atingindo a Parabiologia.
Eclesiastes. O Livro do Eclesiastes, o Pregador, da Bíblia (Velho Testamento), é lembrado em
seu Cap. 12, versículo 6, por estudiosos do cordão de prata: “Antes que se quebre a cadeia de prata, e se
despedace o copo de ouro. . .”, para confirmar a existência desse apêndice energético. Alguns
pesquisadores, no entanto, admitem que a corda, ou cadeia, no caso, refere-se à corda espinhal, ou medula
espinhal, e não ao liame entre o corpo físico e o corpo extrafísico.
____________________
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62), Riland (1403, p. 59), Ring (1406, p. 231), Rogo (1444, p. 60), RPA (1481, p. 33), Sabom (1486, p.
75), Sculthorp (1531, p. 27), Shay (1546, p. 17), Sherman (1551, p. 194), Shirley (1553, p. 46), Smith
(1573, p. 66), Smith (1577, p. 151), Vieira (1762, p. 84), Vishnudevananda (1776, p. 301), Walker (1781,
p. 56), Watson (1800, p. 137), Wolman (1863, p. 608),Yram (1897, p. 75), Zingaropoli (1901, p. 33).
17
97. PARA-ANATOMIA DO CORDÃO DE PRATA
Pivô. O cordão de prata constitui o pivô do fenômeno da projeção da consciência encarnada
através do psicossoma, além de ser o pivô da morte biológica ou do corpo humano.
Características. Dentre as características da para-anatomia do côrdão de prata destacam-se: as
ramificações ou os vários minicordões ou fios finos e elásticos cintilantes junto ao corpo humano (V. Fig.
97); a raiz principal quando o cordão de prata se distancia do corpo humano; o calor e a nudez de tecido
humano cru; a espessura, os diâmetros variáveis, os duetos; o peso, o volume, a densidade, o formato, e a
extensibilidade; a sensibilidade tátil e a sensibilidade térmica; o brilho, a luminosidade, a coloração
prateada e a fosforescência; a pulsação; a textura; o raio de alcance mais vigoroso; etc.
Sensações. Poucos projetores conscienciais chegam a ver com nitidez, e examinar, de modo
convincente, o cordão de prata. Grande número deles porém, praticamente a maioria dos experimentadores veteranos, sente a sua presença, atuação e força. Alguns, por inexperiência, atribuem,
erroneamente, tais sensações a outras causas e fatores ignorados, inclusive a obsessores inexistentes,
forças desconhecidas, etc. Outros chegam a afirmar a inexistência do cordão de prata porque nunca o
viram.
Observações. A identificação das características do cordão de prata pode ser feita através de
três observações distintas: na primeira, difícil, o projetor consegue examinar o próprio cordão de prata; na
segunda, rara, o projetor detecta o cordão de prata de outro encarnado; na terceira, raríssima, o felizardo
projetor obtém a observação simultânea dos cordões de prata de mais de um encarnado.
Desenvolvimento. O ato de ver o cordão de prata não constitui questão vital ou de importância
maior. O projetor principiante não deve se preocupar se jamais consegue ver o cordão prateado, pois isso
não representa nenhum obstáculo ao pleno desenvolvimento das suas projeções conscientes. A
consciência projetada pode sentir a presença atuante do cordão de prata sem vê-lo.
Quase-morte. Convém frisar que em muitas experiências da quase-morte (V. caps. 32 e 34), a
consciência, projetada de modo forçado, presencia, por exemplo, espontaneamente, o cirurgião, os
assistentes cirúrgicos, o anestesista e as enfermeiras, se movimentando de um lado para outro, atarefados
dentro da sala de cirurgia, na função de salvar o seu corpo humano, enfermo ou acidentado. Nesta
ocasião, a consciência inexperiente quanto ao assunto, se amedronta com receio de que qualquer uma
destas pessoas venha a romper o seu cordão de prata visível, ou extremamente ostensivo somente para ela
mesma,
conectado
entre
ela
e
o
seu
corpo
inerme
sobre
a
mesa
cirúrgica.
Único. O ser encarnado dispõe apenas do cordão de prata como órgão único, conquanto seja
este constituído de inúmeros liames que se juntam formando um liame principal, às vezes visto como
sendo dois, três ou mais cordões e, ainda mais, tudo isso existindo além do psicossoma, do corpo mental,
sua intrigante ligação com o psicossoma, e a atuação global do duplo etérico.
Reunião. Além disso, o que se chama cordão de prata na verdade pode ser interpretado como a
reunião de cordões de prata regionais, ou minicordões de áreas específicas, seja da cabeça (paracabeça);
um braço (parabraço); uma perna (paraperna); um pé (parapé); um dedo (paradedo); etc.
Cobre. Há quem denomine de cordão de cobre o mesmo cordão de prata quando este se
apresenta mais denso, vigoroso, dentro da esfera extrafísica de energia, e nas projeções parciais relativas à
área vegetativa do corpo humano.
Espessura. A tensão da ligação intercorporal e o seu diâmetro são maiores a uma distância
mais reduzida do corpo humano. Numa distância de cinco a quinze centímetros, o cordão de prata tem o
diâmetro de cinco centímetros; a uma distância maior, mais de dez metros, por exemplo, tem a espessura
de um fio de linha (para coser).
Escala. Numa projeção consciente não se sabe quando o cordão de prata desaparece completamente, ficando apenas o cordão de ouro (V. cap. 112), ou seja, quando pode terminar uma projeção
consciencial através do psicossoma e começar uma projeção consciencial através do corpo mental
isolado. Uma ilação, no entanto, parece evidente: tais ligações podem ser inseridas numa escala crescente
de desmaterialização (ou imaterialidade) assim: primeiro, o cordão de cobre; segundo, o cordão de prata;
e terceiro, o cordão de ouro.
Cor. A coloração do cordão de prata varia de pessoa para pessoa, embora predomine a cor
branca brilhante, fosforescente, daí o seu nome popular.
Diferenças. O cordão de prata, analogamente ao corpo humano, tem diferenças peculiares de
pessoa para pessoa, sendo mais forte ou mais débil conforme a idade física e o desenvolvimento
extrafísico da consciência encarnada.
Sede. Partindo da suposição, evidenciada pelos fatos, de que o psicossoma é um corpo semimaterial e de que o cordão de prata, substância desconhecida para nós, é ainda mais material do que o
psicossoma e que, às vezes, exteriorizado junto ao corpo humano, pesa mais do que aquele, conclui-se
logicamente que a sede do cordão de prata no corpo humano é intracelular. Embora tendo a sede principal
encefálica (pineal e medula oblongada), o cordão de prata ramifica-se e provém de todas as estruturas
intracelulares do organismo, desde a cabeça até os pés.
Ramificações. Se o cordão de prata é de origem intracelular, suas ramificações, — analogamente ao sistema de vasos do corpo humano, — são de origem puramente física, talvez provenientes de
campos de força, organizadores, a fim de que o mesmo não ande a esmo, e cujo centro irradiador se
encontra na região encefálica.
Materialidade. O fator espaço parece atuar intensamente sobre as ramificações do cordão de
prata, que apresenta muita força quando fisicamente próximo ao corpo humano e a perde pouco a pouco
quanto mais distante esteja fisicamente dele. Esta ocorrência fala a favor, sem dúvida, do padrão da
materialidade da estrutura, natureza ou, de fato, da anatomia do cordão de prata.
Classificação. Pode-se classificar o cordão de prata de acordo com suas conexões no corpo
humano: cordão de prata encefálico, umbilical, digital, manual, podai, dorsal, etc. O cordão de prata de
amarração é aquele que retém o psicossoma na base física, dentro do quarto de dormir.
Conexões. Supõe-se, por hipótese, que a conexão do cordão de prata no corpo humano se dê
pela medula oblongada e o encéfalo, talvez mantendo relação com a epífise (pineal) e uma série de
ramificações intracelulares pelo organismo todo, não parecendo terminar na pele do indivíduo, mas dando
a impressão de entrar pelo corpo humano a dentro, estabelecendo aí ligações profundas com os centros
vitais de todos os órgãos. Nessas conexões devem ser consideradas: a extremidade maior, podendo ser
chamada raiz cônica, que é o lado mais potente, com local de inserção variado, sendo ordinariamente na
região da cabeça, podendo sair da região frontal ou região nucal, e com sede física no interior da cabeça
podendo ser a medula oblongada ou a epífise; e a extremidade menor, raiz fina, mais rarefeita, com local
de inserção e sede no psicossoma.
Peso. O cordão de prata, em certas injunções extrafísicas, parece ser mais denso e maispe- sado
do que o psicossoma, ou seja, acima de cem gramas de peso, se considerarmos o psicossoma integral
pesando setenta gramas.
Natureza. O cordão de prata participa da natureza material do corpo humano e da natureza
extrafísica do psicossoma, sendo pois um composto de componentes das estruturas do corpo humano e
do psicossoma, elemento híbrido ou médium energético, constituindo-se sua estrutura de um
conglomerado de corpúsculos luminosos de energia de natureza mais próxima do psicossoma do que da
matéria densa, uma substância assemelhada ou mais sutil do que o ectoplasma, nesta analogia, mais
denso ou biológico.
Analogias. Os projetores conscientes modernos têm feito comparações ou analogias do cordão
de prata com: barbante, fio, fita, luz, neon, tira, tubo elástico, escada, corrente, cobra, raio de luz, etc., e
até com o cordão umbilical.
_____________________
Bibliografia: Bardon (80, p. 318), Baumann (93, p. 47), Bord (170, p. 10), Crookall
(325, p. 87; 343, p. 83), Greene (635, p. 60), Greenhouse (636, p. 33), Rampa (1367, p. 24),
Vieira (1762, p. 53).
98. PARAFISIOLOGIA DO CORDÃO DE PRATA
Características. Entre as características da paraflsiologia do cordão de prata merecem ser
ressaltadas: ligação corpo-humano-psicossoma; agente do livre arbítrio extrafísico; retenção e liberação
do psicossoma; vitalidade, sensibilidade, flexibilidade; retratilidade e extensibilidade indefinidas, ao
longo de todo o cordão; densidade, tenuidade, invisibilidade,visibilidade; atuação na projeção consciente;
automatismos inconscientes; impulsos vitais bidirecionais; ponto crítico na potência de retenção do
psicossoma; exteriorização; acesso à volitação desimpedida; relação com os centros de força; atuação na
transição da morte biológica; relação com o duplo etérico; atuação nos mecanismos de exteriorização de
energias; constitui a rédea do encarnado; relaciona-se com a clarividência viajora.
Funções. Outras funções do cordão de prata: responsável pelas diferenças de formas entre o
desencarnado e o projetor encarnado projetado; executor das repercussões físicas e extrafísicas; regulador
da densidade do psicossoma através da graduação do lastro de substância energética semi- material
através do duplo etérico, às vezes com a dispensa da interiorização, seja na base física ou a certa
distância; responsável pela variação do percentual energético e suas conseqüências; patrocinador dos
desaparecimentos repentinos nas ocorrências de defesas extrafísicas; etc.
Duração. O cordão de prata integral só existe desde o momento da concepção física, biológica,
até à projeção final, primeira morte ou desencarnação, quando o corpo humano é desativado. Resquícios
do cordão de prata seguem presos ao psicossoma, no duplo etérico, e desaparecem com a segunda morte,
ou seja, na desativação do duplo etérico.
Saída. Muitos projetores, em especial os novatos ou ainda sem desembaraço extrafísico, supõem que o psicossoma somente deixa o corpo humano através do plexo solar, ou seja, da área do centro
de força umbilical. Os fatos parecem demonstrar, no entanto, que a observação é verdadeira apenas em
parte. O cordão de prata sai do corpo humano pelo plexo solar, mas também é, principalmente, pela
conexão essencial, o crânio, sede do cérebro e, ao mesmo tempo, da cabeça extrafísica (paracabeça) do
psicossoma, sede do corpo mental, ou mais apropriadamente, sede da consciência ou do ego.
Anatomia. A visualização da saída do cordão de prata da área do plexo solar é facilitada pela
própria anatomia, e até pela para-anatomia dos veículos de manifestação. Os olhos físicos vêem sem
problema o umbigo, por este estar mais distante, o que obviamente não pode acontecer com relação à
área do córtex cerebral. À vista disso, para a consciência, torna-se muito difícil tentar ver o cordão de
prata sair do corpo humano, e sentir as ocorrências do transe, ao mesmo tempo, ou num só desempenho.
A começar pelo fato de que, pela visão física, aquela a que o projetor encarnado está psicologicamente
condicionado, torna-se impossível a visão do centro do crânio ou do sincipúcio, alto da cabeça. Este ato é
realizável, embora com dificuldade até mesmo para a visão extrafísica do projetor, durante o processo da
decolagem consciente do próprio psicossoma, na ocasião portando a consciência.
Abdominal. A saída parcial do psicossoma deixando a área abdominal, ou o homem-animal, é
visualizada extrafisicamente com facilidade pela consciência ainda presa na cabeça física, por isso muitos
projetores novatos presenciam a ocorrência. Contudo, o mesmo não se dá quanto à saída da cabeça do
psicossoma pelo crânio, ou cabeça do corpo humano, a única saída existente para a consciência deixar o
organismo celular e que raros projetores veteranos chegam a perceber de modo inquestionável.
Recolhimento. O cordão de prata passa a maior parte do tempo da sua vida útil recolhido ou
escondido na intimidade das células, sem se mostrar. É a grilheta oculta da consciência encarnada
prisioneira.
Exame. A técnica para o exame do cordão de prata está no ato de retornar ao corpo humano
lentamente, ocasião em que se pode observar o aumento da espessura dessa ligação energética, seus
liames, fios finos e demais detalhes.
Concepção. A concepção biológica do corpo humano desencadeia a criação do cordão de prata,
em tese inexistente no psicossoma da entidade que reencarna, exceto nas reencarnações do tipo menos
evoluído (V. cap. 436). Neste caso, a conexão básica do cordão de prata no psicossoma desempenha papel
primordial na parafisiologia deste apêndice.
Absorção. A absorção do cordão de prata pelo corpo humano, às vezes relampagueante, provoca a condição do desconforto admonitório (V. cap. 99).
Recaptura. A recaptura do cordão de prata pelo corpo humano tem a ação exercida pelo corpo
humano inteiro, mas principalmente pela cabeça física do projetor. A recaptura significa a interiorização
do cordão de prata e do psicossoma.
Etérico. O duplo etérico básico pode permanecer no corpo humano sem a intervenção do
cordão de prata projetado.
Sensações. As sensações físicas do corpo humano, denso, sufocam as sensações causadas pelo
cordão de prata. Quanto mais próximo do corpo humano, mais vigorosa é a atuação do cordão de prata;
quanto mais distante, mais fraca se torna essa atuação.
Funções. Entre as funções do cordão de prata precisam ser destacadas a condução bidire- cional
de energias, ou em ambas as direções ou sentidos entre o psicossoma e o corpo humano, permitindo a
saída parcial ou total e a interiorização parcial ou total do psicossoma. O cordão de prata sai também
sozinho, sem o psicossoma e sem a consciência, residindo aí a explicação para o fenômeno da
exteriorização do duplo etérico.
Propriedades. O cordão de prata apresenta infinita capacidade de extensão, mantendo um raio
de alcance médio, de maior poder de atuação, em tomo de quatro metros junto ao corpo humano, a partir
do centro do crânio, ou mais corretamente, do centro do cérebro físico.
Pivô. O cordão de prata & muito confundido com túnel e passagem nas ocasiões em que sai e
volta a entrar no corpo humano, sendo o pivô da morte, pois somente com a sua ruptura é que ocorre a
primeira morte ou a desativação do organismo denso.
Ligação. O cordão de praia, como apêndice do corpo humano, controla os processos vegetativos vitais do corpo físico inanimado, durante a projeção consciente, sejam respiratórios, circulatórios, e
outros. No entanto, funcionando como ligação intercorporal energética com o psicossoma, permanece
com este mesmo depois da primeira morte ou a desativação do corpo humano, até que sobrevenha a
segunda morte que é a desativação do duplo etérico.
Potência. A potência projetiva é a capacidade de distensão do cordão de prata do projetor. Há
projetores que só se projetam junto ao corpo humano, no quarto de dormir, semjamais se projetarem a
milhares de quilômetros de distância. Isso se deve somente à sua inibição extrafísica ou a uma insuficiente
potência projetiva?
Sobrevida. Eis o melhor e mais lógico teste de sobrevida existente até hoje: se o projetor
consciente deseja saber racionalmente se ainda vai viver muito tempo no corpo humano, ou seja, inteirarse da extensão aproximada da sua sobrevida, ou o tempo que ainda lhe falta para desencarnar no momento
justo, basta projetar-se e examinar o seu cordão de prata, dentro da esfera extrafísica de energia, junto ao
corpo humano. Se observar que o mesmo está vigoroso, forte, denso, rígido, pleno de energia junto à
paranuca do psicossoma, pode concluir com segurança que tem todas as chances para viver ainda bastante
tempo no plano físico. Isso porque a tendência é o cordão de prata apresentar-se fraco, debilitado, e menos
potente em suas atuações, conforme o esgotamento vital do ser encarnado, quanto mais se aproxima o
período da desencarnação ou da morte biológica.
Entorpecimènto. O sinal inicial da libertação dos liames do cordão de prata é o entorpecimento físico, fato comum antes da decolagem do psicossoma. Sem o entorpecimento físico, não há a
exteriorização inteira do cordão, só a parcial, evidentemente mantendo-se a conexão física em ambos os
casos.
Respiração. 0 cordão é que veicula a sensação da perda da respiração na decolagem consciente e a retomada da respiração na interiorização do psicossoma e age, em certas circunstâncias, no ato
de adquirir a claridade da iluminação extrafísica, ou a visão do projetor projetado.
Crescimento. Como ligação semimaterial, o cordão de prata cresce acompanhando o crescimento do corpo humano, tendo a criança um cordão de prata menor que o adulto; e envelhece também
acompanhando a senescência natural do organismo, perdendo algum percentual de energia ou força de
atuação com o enfraquecimento gradativo ou a perda de certo percentual de células físicas.
Psicossoma: O processo de exteriorização do cordão de prata, em certas condições, parece
estar intimamente ligado ao estado de desequilíbrio físico, vibrações, turbulências e oscilações,
geralmente laterais, que acomete o psicossoma, logo após a decolagem, quando permanece flutuando
sobre o corpo humano deitado sobre o leito. Isso ocorre porque o cordão de prata fica apenas
semiprojetado, havendo maior circulação de energia instável e ziguezagueante, revezando-se de maneira
rápida entre o corpo humano e o psicossoma.
Condutibilidade. A condutibilidade, própria do cordão de prata, veiculando a energia do
corpo humano para o psicossoma, durante a projeção consciente é mais intensa nas proximidades do
corpo denso do que à distância geográfica de centenas de quilômetros do mesmo. Daí se conclui que há
pelo menos dois tipos bem demarcados de condutibilidade do cordão de prata: o primeiro tipo, menos
extrafísico, nas proximidades do corpo humano, com o cordão de prata mais espesso. O segundo tipo,
menos físico, à distância do corpo humano, já na extensão de manutenção do psicossoma pelo cordão de
prata, além do raio de quatro metros, longe do corpo material, com o cordão de prata rarefeito e
praticamente invisível.
Pulsações. Em certas ocasiões pode-se observar as pulsações vitais evidentes da corrente
energética do cordão de prata. Por exemplo, no sentido físico-extrafísico, a cada pulsação o psicossoma
torna-se mais vivo e denso, enquanto que o corpo humano torna-se mais e mais sem vida aparente. As
pulsações de vitalidade tornam-se mais fáceis de serem detectadas pelo projetor projetado durante as
projeções conscientes com o duplo composto, quando são mais evidentes.
Passagens. O cordão de prata atua decisivamente em toda passagem da consciência projetada,
através do psicossoma, de um plano extrafísico para outro plano extrafísico mais ou menos evoluído.
Exemplo. Certa vez experimentei a passagem de cinco planos consecutivos, num período de
duas horas, através de cinco projeções de consciência contínua consecutivas. Nas duas primeiras
passagens voltei até o corpo humano. Nas demais não precisei retornar, embora sentisse o aviso
admonitório do cordão de prata. Na primeira passagem fiquei meio consciente dentro do corpo humano
apenas para acertar a minha boca aberta, colocando um travesseiro sustentando o meu queixo. Na
segunda, aproximei-me da forma física sem proceder a interiorização.
Lucidez. A cada passagem de um plano para outro, o psicossoma foi ficando, perceptivelmente para mim, mais rarefeito e sutil acompanhado pela ampliação de minha lucidez de consciência,
aumentando cada vez mais, sem blecaute, inclusive com a intensificação do taquipsiquismo ou
elaboração rápida de pensamentos, deduções, comparações extrafísicas-físicas, juízo crítico, etc. Em
todo o período percebi perfeitamente estar utilizando de modo direto um veículo de manifestação, o
psicossoma.
Mediunidade. Em certos casos de transmissão mediúnica parece que a entidade comuni- cante
se apodera direta e temporariamente do cordão de prata do médium encarnado projetado, transmitindo a
sua mensagem através e pelo cordão de prata. Este é um ponto ainda obscuro do mediunismo (V. cap.
372) que deixo aqui como hipótese de trabalho importante.
Automatismo. Certos processos de tração e distensão do cordão de prata parecem automáticos
e, quando desencadeados de repente, desenvolvem-se inapelavelmente até o fim. Daí pode-se pensar que
deve haver, em certos casos, a manifestação de um automatismo de origem subconsciente em suas
funções. O mesmo ocorre com o duplo etérico. Aliás, o duplo etérico e o cordão de prata, em certas
manifestações parecem ser uma só e mesma coisa.
Raiz. O cordão de prata às vezes parece ser ou funcionar ao modo de semente ou raiz do
psicossoma, fato melhor entrevisto nos desprendimentos parciais, quando o cordão sai primeiro para fora
do corpo humano, como se fosse a ponta de lança do processo.
Contigüidade. Junto a vários corpos humanos vivos, dentro do raio de quatro metros, em torno
das cabeças físicas, quando mais densos e potentes, os cordões de prata interagem entre uma e outra
individualidade que esteja projetada, consciente ou inconscientemente, ao mesmo tempo, em certas
circunstâncias. Isso causa efeitos ou impressões desagradáveis da contigüidade pela exteriorização da
sensibilidade, repercussões inesperadas e indesejáveis, através dos contatos e movimentos conjuntos. Este
efeito da contigüidade (EC) é a razão porque o melhor seria produzir as projeções conscienciais
concomitantes com várias pessoas, ou de vários psicossomas, na mesma base física, com intervalos
maiores de oito metros entre os corpos humanos, o que não é prático. Daí nascem as “repercussões dos
casais” (V. cap. 332).
Torções. Na ocasião das saídas executadas pelo rolamento do psicossoma ocorrem naturalmente torções rápidas e violentas do cordão de prata em torno do psicossoma, às vezes três ou mais voltas
sucessivas, sem surgir qualquer conseqüência para aquele apêndice. O mesmo acontece nas grandes
decolagens em espiral do psicossoma.
Curiosidades. O projetor projetado pode: disfarçar a presença ostensiva do cordão de prata em
certos distritos extrafísicos; sofrer a influência da gravidade terrestre; além disso o cordão de prata não
deixa aparência umbilical no umbigo do psicossoma.
Hipóteses. Eis algumas hipóteses a serem pesquisadas: — Qual a relação existente entre o cordão de prata e a autoscopia? Será possível a construção de um cordão de prata mental, artificial,
eletroeletrônico, ou ideoducto, aparelho híbrido intermundos para a transmissão da onda mental de um
plano para outro? Será possível a construção do coronatron, outro aparelho híbrido intimamente ligado ao
centro coronário do ser encarnado, com a finalidade de intensificar suas captações e exteriorizações de
energia?
___________________
Bibliografia: Baumann (93, p. 43), CrookaU (325, p. 90), Rampa (1361, p. 140), Vieira (1762,
p. 147).
99. ESFERAS DE AÇÃO DO CORDÃO DE PRATA
Ação. O cordão de prata exerce as suas atividades em três campos de ação bem definidos:
99.1Dentro. O cordão de prata apresenta poder de atuação mínimo na esfera biológica quando
multifracionado e passivo na intimidade do corpo humano.
99.2 Fora. O cordão de prata exerce o maior domínio, quase pleno, sobre a vontade subconsciente e o psicossoma quando sai do corpo humano, dentro de um raio de quatro
metros, ou na esfera extrafísica de energia.
99.3 Distante. O cordão de prata, como se fosse delgada linha luminosa, mantém o psicossoma
projetado, no plano extrafísico ou astral, quando atua à distância do corpo humano, além
dos referidos quatro metros.
Obsessor. O cordão de prata tem sido o terrível obsessor de muita gente medrosa e alheia à
realidade extrafísica. Devido à ignorância da existência e do funcionamento do cordão de prata, muitos
homens e mulheres, sofrendo imenso pavor, o têm tomado por obsessor todo-poderoso que os agarram
pelas costas quando se projetam do corpo humano. Isso acontece porque desconhecem a força de retenção
do cordão de prata que os mantêm junto ao corpo humano. É preciso combater o medo infantil e analisar
de perto o cordão de prata. Na maioria desses casos, obviamente, não existe obsessor algum.
Admonitório. O desconforto passageiro e característico, provocado pelo chamamento insistente do cordão de prata para que a consciência projetada pelo psicossoma retorne ao corpo humano, é
qualificado de admonitório. No caso, esse desconforto admonitório configura o obsessor de muitas
consciências encarnadas que se vêem impedidas extrafisicamente de deixar o próprio quarto de dormir.
Vácuo. O poder de retração do cordão de prata sobre a consciência encarnada projetada para
fora do corpo humano, através do psicossoma, é tão potente, em certos casos, que o projetor tem a
sensação de ser aspirado vigorosamente como se existisse permanente área de vácuo, formada em torno
do leito, onde repousa o seu corpo denso inanimado.
_________________
Bibliografia: Rogo (1444, p. 85), Vieira (1762, p. 176).
100. REDUÇÃO DO CORDÃO DE PRATA
Matéria. Não se pode descartar o percentual físico da natureza semimaterial do cordão de
prata, pois uma das suas conexões básicas se implanta justamente no corpo humano, celular, físico. Daí
porque toma-se importante analisar, na sua parafísiologia, e em seu atributo de retratilidade, o fenômeno
da redução do cordão de prata.
Ocorrências. No ato da redução do volume do cordão de prata ocorrem a diminuição da
largura, diâmetro, atividade, materialidade, potência, e o aumento do comprimento, extensibili- dade,
passividade, e desmaterialidade, percebendo a consciência o fenômeno da dicotomia energética quando
se define que uma parte permanece no corpo humano e outra segue com o psicossoma projetado.
Duração. O fenômeno da redução do volume do cordão de prata pode ocorrer: instantaneamente, devagar ou por etapas; imediatamente à decolagem, o que é mais freqüente, ou mais tarde,
durante o período da consciência projetada.
Efeitos. Durante o ato de redução do volume do cordão de prata ficam definidas seis características básicas da projeção:
100.1
O percentual da densidade do psicossoma que se projeta.
100.2
A possibilidade de o psicossoma se projetar com ou sem o duplo etérico,
dependendo de no momento antes da redução, ele ter fluído no sentido ou não do psicossoma.
100.3
A possibilidade de a consciência produzir uma projeção distante do corpo
humano, libertando-se da área de intensa atividade dentro da esfera extrafísica de energia (V. cap.
236).
100.4
A possibilidade de ocorrer uma projeção da consciência prolongada, de
muitos minutos ou horas de duração, e não apenas de breves segundos.
100.5
O percentual da magnitude da lucidez extrafísica da consciência.
100.6
A possibilidade dos recursos mnemônicos da consciência projetada.
________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 137).
101. PARAPATOLOGIA DO CORDÃO DE PRATA
Características. Dentre as características que compõem a parapatologia do cordão de prata
destacam-se: conseqüências da decolagem imperfeita; conseqüências da interiorização imperfeita;
conseqüências das repercussões físicas e extrafísicas; etc.
Psicopatias. Não existe ainda nenhum indício comprobatório, mas suspeita-se com lógica e
racionalidade, que existem influências ponderáveis das alterações do cordão de prata sobre os distúrbios
ou as síndromes que afetam a personalidade encarnada, particularmente no que respeita às psicopatias
avançadas.
Acidente. É possível a ruptura acidental do cordão de prata em certas circunstâncias mortais
como, por exemplo, na deslocação da pressão do ar devido à explosão próxima de bomba de grande poder
de impacto, causando receio, choque e vibração, e expulsando a consciência projetada pelo psicossoma
com violência, numa descoincidéncia traumática súbita.
Marionetes. Em certos casos de parapatologia, o cordão de prata do encarnado enfermo
funciona como se fossem cordões de marionetes para os desencarnados obsessores.
Ruptura. A ruptura intencional do cordão de prata pelo próprio encarnado, ou suicídio extrafísico, e a ruptura intencional executada por outrem, o homicídio extrafísico, são teoricamente
possíveis, mas impraticáveis, em razão do poder de retratilidade desse apêndice e do seu “recolhi- mentofracionamento-distribuição” por todo o corpo humano realizado em décimos de segundo.
Decomposição. O processo da primeira morte, a desativação do corpo humano, parece que não
tem início neste veículo, e sim no cordão de prata. Em geral a ruptura do cordão de prata desencadeia a
decomposição do corpo humano. Contudo, os fatos evidenciam que pode ocorrer a ruptura do cordão de
prata sem que tenha início a decomposição. Os mecanismos dessas ocorrências permanecem inteiramente
desconhecidos.
Cobertura. Não existe, na verdade, o projetor desprotegido. Todos os seres encarnados dispõem de assessoramento intangível e constante cobertura assistencial extrafísica para se projetarem
consciente ou inconscientemente. Tal recurso, em si, constitui processo de segurança bem superior à
própria parafisiologia do cordão de prata.
Registro. Não existe nenhum registro na História Humana, ou na literatura projeciológica, de
que já tenha ocorrido a ruptura do cordão de prata durante uma projeção consciente. O cordão de prata
parece ser indestrutível até a hora da desencarnação. No entanto, racionalmente existe, sem dúvida, a
possibilidade disso ocorrer sem que nenhum ser encarnado tome conhecimento do fato. A parapatologia
do cordão de prata poderá, no futuro, esclarecer este assunto.
________________
Bibliografia: Baumann (93, p. 45), Crookall (333, p. 64), Rampa (1361, p. 115).
102.
ECTOPLASMA E CORDÃO DE PRATA
Definição. Ectoplasma (Grego: ektós, por fora\ plasma, molde, substância): substância protoplásmica misteriosa, onímoda, que flui para fora do corpo humano do médium ectoplasta, através de
cuja manipulação, seja pelo seu subconsciente ou por inteligências desencarnadas, ocorrem fenômenos de
ordem superfísica, incluindo a materialização ou ectoplasmia que pode ser manifestação parcial ou
completa.
Sinonímia: atmosplasma; éter vitalizado; hylê; ideoplasma; paquiplasma; primeira matéria;
psicoplasma; tèleplasma.
Aproximações. Diversos autores de obras projeciológicas comparam o ectoplasma ao cordão
de prata. Contudo, a rigor, um elemento é diferente do outro, conforme será evidenciado no próximo
capítulo. No caso, ao final da análise verificar-se-á que as diferenças são indiscutivelmente mais
pronunciadas do que as semelhanças. Talvez o mais correto seja considerar o ectoplasma como derivação
condensada do cordão de prata. Eis, no entanto, para começar a análise técnica, dez características do
ectoplasma que se aproximam bastante das manifestações do cordão de prata:
102.1. Canal. O cordão de prata apresenta-se ligado ao corpo humano de todo ser encarnado —
inclusive do projetor consciente e do médium ectoplasta — ao modo de um canal de alimentação, ou
através de impulsos vitais bidirecionais, com a aparência do cordão umbilical. O ectoplasma atua também
tal e qual.
102.2. Interação. Ao se manifestarem, ambos evidenciam a existência de uma interação
constante entre os dois corpos ou veículos da consciência, o corpo humano, físico, denso, e o psicossoma,
extrafísico, menos denso.
102.3. Forma. Ao se manifestarem, ambos tendem a assumir a forma humana (antropomórfica) do corpo físico, seja do médium ectoplasta ou do projetor consciente, inclusive com a
duplicação minuciosa do rosto, seguindo a ação dos campos vitais das células do organismo humano ou
do modelo organizador biológico preexistente.
102.4. Instabilidade. Qcorrem em ambos os fenômenos, a ectoplasmia e a projeção da
consciência através do psicossoma, uma condição de equilíbrio instável da forma física humana com a
outra forma humanóide, ou seja, a forma do psicossoma.
102.5. Vontade. Tanto o ectoplasma quanto o cordão de prata condicionam suas manifestações
a fatores psicológicos derivados da vontade e da emotividade — neste caso, a influência do psicossoma,
ou corpo emocional, se faz patente.
102.6. Cordões. Ambos, o ectoplasma e o cordão de prata, se apresentam freqüentemente em
forma de fio ou fios, cordão ou cordões.
102.7. Perímetro. Ambos mantêm suas atividades mais intensas dentro de um perímetro
definido, a partir e em tomo do corpo humano do projetor ou do corpo humano do médium ectoplasta.
102.8. Retomo. Por serem ambos elementos altamente suscetíveis, demonstram clara inclinação
para retornarem e serem reabsorvidos pelo corpo humano do ser encarnado de onde emanam, inclusive
evidenciando a interiorização abrupta ou o recolhimento repentino.
102.9. Repercussão. O ectoplasma e o cordão de prata exibem evidente predisposição para o
aparecimento dos fenômenos de repercussão física, de origem extrafísica, no corpo humano.
102.10. Consciência. Ambos facilitam o surgimento de uma espécie de estado de consciência
dupla efêmera no ser responsável, encarnado, pelos fenômenos.
Biodegradável. A título de especulação, vale indagar quanto à relação que possa existir entre o
enigmático ectoplasma e outro enigmático material, biodegradável, altamente aperfeiçoado, e de
existência controvertida, chamado cabelo de anjo — geléia do diabo, ou teia de aranha — interpretado
como sendo um excesso de energia materializada, segundo os registros da Ufologia.
Bibliografia: ADGMT (03, p. 87), Andrade (27, p. 111), Ashby (59, p. 148), Cavendish
(266, p. 83), Chapiin (273, p. 59), Crookall (343, p. 22), D’arbó (365, p. 170), Day (376, p. 41),
Depascale (392, p. 31), Digest (401, p. 353), Doyle (411, p. 337), Fodor (528, p. 113), Fortune
(540, p. 49), Frazer (549, p. 228), Freixedo (554, p. 119), Gaynor (577, p. 53), Gómez (613, p. 59),
Granja (621, p. 215), Greenhouse (636, p. 64), Martin (1003, p. 48), Meek (1028, p. 290),
Montandon (1068, p. 261), Morei (1086, p. 67), Paula (1208, p. 95), Randall (1369, p. 129),Riland
(1403, p. 84), RPA (1481, p. 172), Scott (1529, p. 63), Shepard (1548, p. 275), Stelter (1613, p.
215), Swedenborg (1639, p. 114), Vieira (1762, p. 84), Walker (1782, p. 124; 1785, p. 81), Ward
(1797, p. 47), Zaniah (1899, p. 165).
103.
PARALELOS ENTRE ECTOPLASMA E CORDÃO DE PRATA
Diferenciais. Apesar das dez aproximações referidas no capítulo anterior, eis vinte caracteres
diferenciais marcantes entre o ectoplasma e o cordão de prata evidenciando, de modo definitivo, que
ambos os elementos, segundo suas propriedades gerais, diferem um do outro e não devem ser
confundidos.
103.1. Essência. O ectoplasma, em sua essência, constitui substância exteriorizada,-raazs
material do que imaterial. O cordão de prata, seja fio ou fios energéticos extrafísicos, é mais ima- terial
do que material.
103.2. Veículo. A atuação, menos vital, do ectoplasma depende da estrutura do corpo humano.
A atuação, mais vital, do cordão de prata atinge sempre a estrutura do psicossoma.
103.3. Atuação. A exteriorização do ectoplasma não ocorre em todos os fenômenos de projeção
da consciência atrave's do psicossoma. O cordão de prata atua, de algum modo, em todos os fenômenos
que envolvem o psicossoma, inclusive em certas manifestações das ectoplasmias.
103.4. Saídas. O ectoplasma flui dos orifícios naturais do corpo humano, principalmente do
interior da boca, do nariz, e dos ouvidos. O cordão de prata sai especialmente do interior da cabeça física
sem qualquer relação com os orifícios naturais no todo do organismo humano ou mesmo com os orifícios
naturais da cabeça humana em particular.
103.5. Coloração. O ectoplasma pode apresentar várias colorações, incluindo, por exemplo, a
cor preta. O cordão prateado, obviamente, recebeu este nome por se apresentar exatamente como o
oposto da cor preta.
103.6. Elasticidade. A elasticidade do ectoplasma alcança, no máximo, algumas dezenas de
metros de extensão. A extensibilidade do cordão de prata parece ser praticamente infinita.
103.7. Temperatura. O ectoplasma ao ser exteriorizado, como padrão de manifestação, abaixa a
temperatura do ambiente humano imediato. A exteriorização do cordão de prata não apresenta qualquer
relação com a temperatura ambiental humana.
103.8. Olhar. O ectoplasma mostra-se sensível ao olhar direto dos seres encarnados que
estejam no estado da vigília física ordinária. O cordão de prata, mesmo quando exteriorizado com grande
potência, em geral nem chega a ser visto pela maioria dos seres encarnados vígeis.
103.9. Dependência. O ectoplasma parece ser dependente do duplo etérico e do corpo humano.
O cordão de prata mantém relação de dependência evidente com o psicossoma, além do duplo etérico e
do corpo humano. O ectoplasma parece depender mais do cordão de prata do que este daquele.
103.10. Docilidade. O ectoplasma é mais dócil à vontade ou ao comando psicodinâmico do
médium ectoplasta e até se submete à vontade de pessoas estranhas. O cordão de prata freqüentemente, se
não quase sempre, contraria a vontade da consciência projetada e parece que não atende mesmo à vontade
ou ao comando psicodinâmico de consciências estranhas.
103.11. Partículas. Embora haja similitude quanto ao retomo ou recolhimento rápido ao corpo
humano entre o ectoplasma e o cordão de prata — já referida no capítulo anterior —, o ectoplasma tem a
propriedade de retornar ao seu doador com partículas estranhas aderidas à sua estrutura. A interiorização
da consciência projetada através do psicossoma pode acarretar repercussão física no corpo humano, no
entanto, isso não constitui ocorrência idêntica.
103.12. Iluminação. O ectoplasma mostra-se uma substância ultra-sensível à luz branca,
comum. O cordão de prata não. Isso evidencia que, numa escala crescente de imaterialidade, primeiro
vem o ectoplasma, depois, o cordão de prata.
103.13. Solidez. O extremamente versátil ectoplasma pode se apresentar em estado líquido,
sólido, seco, e duro, materializando pessoas, animais e objetos. O cordão de prata parece muito mais
firme e conservador em seus atributos, sem essa versatilidade multímoda. Por exemplo, jamais parece
líquido.
103.14. Repulsividade. O ectoplasma por ser: frio, gelatinoso, grudento, úmido, untuoso e
viscoso; passa por diversos estados: floculoso, difuso, gasoso, leitoso, líquido, plasmático, etc.;
apresenta-se, às vezes, repulsivo ao toque físico. O cordão de prata decididamente não apresenta tais
características.
103.15. Odor. O ectoplasma exala odor característico que faz lembrar o ozônio. O cordão de
prata não apresenta nenhum odor.
103.16. Composição. Nas análises laboratoriais, microscópicas, da composição estrutural do
ectoplasma — uma substância líquida, semi-sólida e sólida, transitória — foram encontrados leucócitos,
células epiteliais, glóbulos de gordura, muco, e características de matéria albuminói- de. O cordão de
prata é uma estrutura aparentemente muito mais simples e, no entanto, mais poderosa em suas
manifestações.
103.17. Cistos. O ectoplasma pode ser comparado à membrana intema do ovo e às estranhas
formações chamadas cistos dermóides, de parede análoga em estrutura à pele humana, contendo matérias
organizadas, gordura, pêlos, dentes, glândulas, etc., às vezes até com restos tera- tóides. O cordão de
prata não pode ser comparado a esses elementos.
103.18. Combinações. O ectoplasma apresenta combinações paraquímicas com minerais extemos ao corpo humano, plantas, e até tecidos dos trajes do me'dium ectoplasta. O cordão de prata não
apresenta tais combinações paraquímicas.
103.19. Ruptura. O ectoplasma já foi seccionado em seus segmentos exteriorizados, destacando-se porções para análise laboratorial, sem ocorrer maiores traumas ao médium ectoplasta. É sábido
que o cordão de prata, quando rompido, acarreta a morte do corpo humano do projetor encarnado. Em
outras palavras: o ectoplasma é o agente parapsicofísico da efêmera ectoplasmia, no máximo algumas
horas; o cordão de prata é o agente interveicular da consciência que reencarna, em média sete décadas.
103.20. Independência. Com todas essas evidências parece que o ectoplasma se manifesta sem
a atuação direta do cordão de prata, em muitos casos. O cordão de prata, na maioria das ocorrências
projetivas, não parece depender de ectoplasma para se manifestar.
Dessemelhanças. Os fenômenos evidenciam que a energia consciencial, o cordão de prata e o
ectoplasma, embora apresentando certas semelhança^ superficiais, constituem manifestações, advindas da
consciência encarnada, indubitavelmente diferentes: a energia consciencial é uma mobilização de força
pura; o cordão de prata é uma ligação interveicular, ou apêndice próprio para acoplamentos e
desacoplamentos; e o ectoplasma é a energia consciencial composta com elementos diferenciados,
inclusive orgânicos.
Corporificação. O ectoplasma parece que corporifica veículos (ou suas aparências) e desenvolve manifestações do seu dono (médium ectoplasta) e de outrem, ou outros. Parece que o cordão de
prata somente consegue corporificar o veículo e desenvolver manifestações do seu próprio dono.
Desmaterialização. Enfim, as estruturas desses elementos diferentes podem ser alinhadas,
racionalmente, numa escala crescente de desmaterialização: 1 — Corpo humano (sólido-líqui- do); 2 —
Ectoplasma (gasoso); 3 — Cordão de prata (duplo etérico, energético); 4 — Psicossoma (campo).
Contudo, isso ainda não explica muito.
___________
Bibliografia: Andrade (27, p. 111), Crookall (325, p. 172), Crouzet (344, p. 381), Holzer
(743,p. 192), Sachs (1489, p. 15), Scott (1529, p. 63), Vieira (1762, p. 55).
104.
PSICOSSOMA
Definição. Psicossoma (Grego: psyckhé, alma; soma, corpo): veículo da consciência que atua
no plano extrafísico crosta-a-crosta e no plano extrafísico distante da crosta planetária.
Sinonímia: aerossoma II; andadura (Baicari, América do Sul); aristogênese (Osborn); astroeide;astroeidê (neoplatônicos da Escola de Alexandria); astrossoma; aura nêurica (Dodee); baodhas (Zend
Avesta); carne sutil da alma (Pitágoras); carro sutil da alma (Platão); coisa misteriosa (Cué- not);
configuração astral; corpo abmaterial; corpo aéreo; corpo aka; corpo anímico; corpo aparicio- nal;
corpo aromai (Fourrier); corpo astral; corpo astro-mental; corpo beta; corpo-bolha; corpo borboleta;
corpo brilhante; corpo celestial; corpo da alma; corpo da ressurreição; corpo das emoções; corpo
desencarnado; corpo dois-em-um; corpo dos desejos (Tibetanos); corpo duplo; corpo emo cional; corpo
emotivo; corpo-energia; corpo-espelho; corpo espiritual (Paulo de Tarso); corpo extra; corpo falena;
corpo fantasma; corpo fantasmático; corpo fantástico interior (Johann C. Frie- derick Zöllner: 18341882); corpo fluídico (Leibnitz); corpo flutuante; corpo gêmeo; corpo glorioso (cristãos primitivos);
corpo humanóide; corpo ígneo; corpo imponderável; corpo incorruptível (Gross); corpo intangível; corpo
interior; corpo interno; corpo invisível; corpo kino-aka (Huna); corpo luciforme; corpo luminoso; corpomais-fmo (Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling: 1775- 1854); corpo não-físico; corpo oculto
coincidente; corpo-paracérebro; corpo parafísico; corpo paralelo; corpo perispirítico; corpo pneumático;
corpo pré-físico; corpo projetado; corpo psíquico; corpo quadridimensional; corpo radiante; corpo
rarefeito; corpo-réplica; corpo de reserva; corpo secundário (para o homem); corpo semimaterial; corpo
sidéreo; corpo sobressalente; corpo sonhador; corpo superfísico; corpo suplementar; corpo sutil
(Aristóteles); corpo tanático; corpo tênue; corpo ultrafísico; corpo vital (rosacrucianos); deuterossoma;
doppelgánger (Alemanha); duplicata aparicional; duplicata biomagnética (Hernani Guimarães Andrade);
duplo; duplo aparicional; duplo astral; duplo do médium; duplo espiritual; duplo fantasma; duplo fluídico;
duplo humano; duplo invisível; duplo magnético; duplo sutil; duplo viajante; duplo vivo; ectossoma;
eidolon (tradicionalismo grego); eu astral; enormon (Hipócrates: 460-356 a. C.); envoltório da alma; envoltório fluido-perispirítico; equivalente extrafísico; evestrum (Paracelso: 1490-1541); fetch (antigos
bretões); forma desdobrada; gêmeo astral; gêmeo-extrafísico; hóspede-oculto (Maurice Maeterlinck,
Nobel de literatura em 1911: 1861-1949); ímago (tradicionalismo latino); intermediário plástico;
invólucro fluídico (Alfred Erny); isithunzi (Zulus da África do Sul); kama-rupa (budismo esotérico); kha
(Egito); larva (romanos); lastro do corpo mental; linga sharira; mano- mayakosha (Vedanta); mbisimo
(Azande, África); mediador plástico (Ralph Cudworth: 1617- 1688); metaorganismo (Lazarus de
Paczolay Helenbach: 1827-1887); metassoma (Bret); modelo morfogenético; nefossoma; nephesch
(cabalistas); neurara; ngancha (Aranda, Austrália); nomogêne- se (Bergh); oquema; oqueumata;
organismo fluídico; organismo sutil (Leibnitz); ot-jumulo (An- damanese, Ásia Oriental); paracorpo;
pequeno fantasma; perispírito (Allan Kardec); psicoforma (Teilhard de Chardin: 1881-1955); purba
(Cuna, América do Sul); rouach (cabala hebraica); segundo corpo (Parapsicologia); segundo corpo de
energia; segundo eu; segundo ser; sexta consciência (budismo); somode (Somod); somurgo; sósia etéreo;
sósia extrafísico; suckshuma upadhi (Raja Ioga); Swarth; taça de cristal; thankhi (China); thunos; utai
(Japão); veículo acomodador; veículo continente; veículo da emoção; veículo leve; veículo quase
material; veículo perispirítico; vestidura fluídica; wraith.
Importância. A extensa relação de denominações para designar o psicossoma demonstra a
importância de suas funções entre os veículos de manifestação da consciência encarnada, nesta etapa
evolutiva no planeta Terra, e ao mesmo tempo o desconhecimento de sua natureza e suas funções.
Autoconsciência. A maioria dos homens e mulheres tem autoconsciência quanto ao corpo
humano, porém não tem esta mesma autoconsciência quanto ao psicossoma. Embora todo homem e toda
mulher possua e use um psicossoma, poucos apresentam a autoconsciência quanto à existência desse
veículo por que não conseguem controlá-lo corretamente e nem funcionam nele, com plena lucidez e
desenvoltura, fora do corpo humano. Por isso, quanto mais se puder conscientizar as pessoas quanto à
existência do psicossoma, estudá-lo e pesquisá-lo, a fundo, melhor será para a compreensão, o bem-estar,
e o desenvolvimento consciencial de todos.
____________________
Bibliografia: Aliança (O, p. 151), Andréa (33, p. 19), Andreas (36, p. 38), Ashish (60, p. 343),
Barreto (83, p. 68), Besant (129, p. 47), Bret (202, p. 44), Butler (228, p. 52), Carrington (245, p. 266),
Carton (252, p. 101), Castaneda (258, p. 20), Crookall (320, p. 101), Crowe (345, p. 185), Delanne (381,
p. 28), Depascale (392, p. 104), Emy (483, p. 75), Frost (560, p. 55), Granja (621, p. 153), Greenhouse
(636, p. 24), Hodson 729, p. 55), Holms (735, p. 448), Jorge (811, p. 114), Kardec (825, p. 19), Martin
(1002, p. 18), Matson (1013, p. 38), Michael (1041, p. 50), Miranda (1050, p. 63), Monroe (1065, p. 166),
Montandon (1068, p. 15.) Moss (1096, p. 196), Muldoon (1105, p. 279), Pensamento (1224, p. 31),
Perkins (1236, p. 52), Powell (1278, p. 1), Prieur (1289, p. 144), I Corintios, 15:44, Rampa (1361, p. 76),
Schutel (1525, p. 28), Seabra (1534, p. 121), Shay (1546, p. 13), Smith (1574, p. 55), Steiger (1601, p.
219), Steiner (1610,52), Todd (1689, p. 52), Vieira (1765, p. 5), Walker (1781, p. 32), Wang (1794,
p..147), Yogananda (1894, p. 35)
105. PARA-ANATOMIA DO PSICOSSOMA
Características. Dentre as características da para-anatomia do psicossoma destacam-se: formato; inserção do cordão de prata; centros de forças; natureza, composição, estrutura, luminosidade; aura;
coloração; peso me'dio de setenta gramas; volume, massa, densidade; componente percentual de matéria
rarefeita; diferenças do psicossoma na consciência encarnada e na consciência desencarnada; etc.
Sede. No estado da coincidência dos veículos da consciência, a sede do psicossoma se estende
por todo o corpo humano.
Apresentações. O psicossoma, veículo tão objetivo para a consciência projetada, em certas
circunstâncias tanto quanto o corpo humano o é no plano físico, pode se apresentar de duas maneiras:
simples ou composto, neste caso quando em combinação com parte das energias do duplo etérico. Nos
planos extrafísicos evoluídos, o psicossoma não apresenta forma fixa; não é rígido, nem está condensado
num tipo particular (V. Fig. 105).
Comparação. Morfologicamente, o psicossoma da consciência humana projetada, e mesmo o
do desencarnado, surge aos olhos dos observadores encarnados sensitivos mais substancial do que
transparente, contudo ao mesmo tempo parece diáfano, como não raro se dá com as nuvens. Tal
comparação indica bem a realidade da densidade do psicossoma.
Composição. Cogita-se bastante de que na composição da estrutura semifísica do psicossoma
devam entrar pelo menos três componentes de algum modo familiares ao homem: partículas elementares,
campos eletromagnéticos e gravitacionais, e fótons (luz). A rigor, no entanto, o psicossoma,
essencialmente, constitui uma forma-pensamento.
Evidências. Nos dois últimos séculos, pesquisadores diversos têm apontado indícios experimentais em persistentes tentativas de evidenciar a realidade do psicossoma, especialmente através destes
recursos:
105.1 Duplos. Fotos supostamente autênticas do psicossoma materializado de ser encarnado
projetado junto ao seu corpo humano (fotos dos duplos).
105.2 Emanações. Fotos de emanações nebulosas, densas, e coloridas, no leito de morte.
105.3 Moldagens. Moldagens em parafina de pés e mãos de personalidades através de médiuns
ectoplastas.
105.4 Marcas. Marcas de impressões de partes do psicossoma sobre superfícies enegrecidas com
fumaça.
105.5 Efeitos. Efeitos físicos provocados diretamente pela consciência projetada.
Repetição. Tais evidências experimentais, contudo, vêm carecendo de aceitação universal, o
que significa que devem ser repetidas ou insistentemente procuradas ainda por algum tempo (V. cap. 42).
________________
Bibliografia: Blackmore (139,p. 129), Boswell (174,p. 128), Carrington (245,p. 279),
Delanne (381, p. 145), Frost (560, p. 33), Greenhouse (636, p. 97), Martin (1002, p. 23), Rogo
(1444, p. 22), Vieira (1762, p. 138).
106. PARAPSICOFISIOLOG.IA DO PSICOSSOMA
Características. Dentre as características da parapsicoflsiologia do psicossoma da consciência
encarnada destacam-se: torna as sensações humanas possíveis; serve de ponte entre a mente livre e o
cérebro denso humano; atua como veículo de consciência e ação; constitui o unifqrme sutil básico do
projetor astral; apresenta maleabilidade, ou autotransfigurações parapsicofisiológicas, permitindo a
consecução das formas-pensamentos e dos trajes extrafísicos; o crescimento, a elasticidade e a irradiação
da luz do psicossoma; a irradiação de força do psicossoma; as funções básicas em geral do psicossoma; a
atuação do psicossoma na projeção consciente e inconsciente; a sensibilidade do psicossoma ao
pensamento; a tangibilização do psicossoma; a aparição do projetor encarnado aos seres encarnados; a
plasticidade predisponente à mediunidade extrafísica; a ação do cordão de prata; a relação do psicossoma
com a genética e o crescimento do corpo humano; o psicossoma na função de corpo dos desejos ou o
corpo emocional; as relações do psicossoma com o duplo etérico através do cordão de prata e o
ballonnement; o psicossoma como instrumento sensível à influência magnética, inclusive do corpo
humano; o fenômeno do mimetismo extrafísico; as razões pelas quais os sentidos do olfato e do paladar
aparecem menos nas percepções da consciência projetada através do psicossoma no plano extrafísico; a
relação do psicossoma com os sons intracranianos.
Fatores. O psicossoma recebe<a influência de fatores materiais tais como a gravitação terres-
tre, a densidade da matéria, e a tensão superficial na passagem através de estruturas materiais espessas
(autopermeabilidade extrafísica) em certas ocasiões. Também apresenta influência sobre placas
fotográficas (telecinesia), e influência sobre instrumentos físicos sensíveis.
Densidade. O psicossoma constitui o condensador de energia cósmica da consciência, seja
encarnada ou desencarnada. O cordão de prata exerce a função reguladora da densidade do psicossoma da
consciência encarnada que varia de projeção para projeção, consciente, humana. Se o cordão de prata é o
regulador da densidade do psicossoma, esta mesma densidade, por sua vez, regula a condensação,
sutileza, fluidez ou rarefação do psicossoma, estabelece a sua órbita vibratória, e permite a absorção da
matéria sutil do e no meio ambiente extrafísico. Tudo isso na dependência direta da vontade da
consciência encarnada projetada. O pensamento, seja de modo consciente ou inconsciente, atua
poderosamente sobre a densidade do psicossoma da consciência encarnada ou desencarnada.
Seleção. Na intermediação complexa do psicossoma da consciência encarnada entre a máquina
— no caso, o corpo humano — e a consciência sediada no corpo mental, a sua densidade maior permite
que o projetor humano projetado seja visualizado por maior número de desencarnados. Os campos
energéticos, que compõem os distritos extrafísicos propriamente astrais, fazem a seleção espontânea e
perfeita das consciências desencarnadas e encarnadas projetadas, através do grau da densidade vibratória
do psicossoma de cada uma.
Fórmula. Ocorre a diminuição permanente da densidade semifísica do psicossoma, gradualmente, de modo constante, na proporção direta do aumento da evolução da consciência. Por isso, o
psicossoma delimita, por si mesmo, o raio de ação extrafísica do livre-arbítrio consciencial.
Maleabilidade. A maleabilidade do psicossoma permite as translocações múltiplas sucessivas
da consciência por distritos e ambientes extrafísicos de densidades diferentes.
Rarefação. Na rarefação do psicossoma da consciência encarnada acontece a devolução de
energias ao corpo humano visando à diminuição do lastro. Isso deixa a consciência encarnada projetada
sem o duplo etérico e sem necessidade de se interiorizar. A rarefação pode ocorrer com a in- teriorização
do psicossoma no corpo humano, ou então apenas através do cordão de prata, seja estando a consciência
em local fisicamente próximo à base física ou à distância dela.
Condensação. Por sua vez, a condensação ou rarefação do psicossoma pode se dar igualmente
com a interiorização ou sem a interiorização da consciência encarnada projetada, através do cordão de
prata.
Escala. O psicossoma estabelece a escala de opacidade, translucidez, transparência, e luminosidade astrais e estas permitem a distinção entre: os seres encarnados, os seres desencarnados, e os
seres encarnados projetados. Essa variação temporária da densidade do psicossoma age como
extraordinário recurso de defesa consciencial extafísica porque a consciência pode mudar-se de um meio
ambiente extrafísico para o outro.
Relações. 0 psicossoma da consciência encarnada mantém relações funcionais com o corpo
humano, o duplo etérico, o cordão de prata e o corpo mental. Pelo psicossoma, a rigor, não é possível a
dor real, a lesão, ferimento ou acidente, como acontece com o corpo humano. Quando sobrevêm os
simulacros de tais ocorrências isso se deve à influência dos condicionamentos parapsico- lógicos da
consciência encarnada inexperiente, ou enferma, seja projetada ou mesmo desencarnada.
Impar. A condição do psicossoma é ímpar como veículo de manifestação da consciência encarnada porque porta consigo as conexões simultâneas de duas ligações intercorporais: as conexões do
cordão de prata e as conexões do cordão de ouro.
Efeitos. Somente o psicossoma permite que a consciência encarnada ou desencarnada sinta os
efeitos da atuação das correntes de força e das tormentas hidromagnéticas extrafísicas. O campo
magnético do psicossoma da consciência desperta, em certos casos, gera uma repulsão automática por
parte de outras consciências encarnadas projetadas enfermas ou desencarnadas assedia- doras, dos
obsessores em geral, e dos parapsicopatas enequéticos extrafísicos.
Intermediário. O psicossoma da consciência encarnada é o corpo intermediário entre a máquina, o corpo humano, e a mesma consciência sediada no corpo mental. O ser encarnado é a consciência
ainda com o psicossoma integral. O ser desencarnado é a consciência com o psicossoma livre, despojado
do cordão de prata, de parte do duplo etérico (ou de todo o duplo etérico), e do corpo humano.
Sobrevivência. O psicossoma sobrevive e prossegue integralmente funcional após a primeira e
a segunda mortes, ou os atos de descarte do corpo humano e do duplo etérico. O psicossoma só
desaparece, definitivamente, na terceira morte (V. cap. 123).
Emoções. Assim como o corpo mental é o responsável direto pelo afluxo dos sentimentos
(espiritualidade) da consciência, o psicossoma, por estar próximo ao duplo etérico e o corpo humano, é o
responsável pelas manifestações das emoções (animalidade) da consciência (V. cap. 276).
Estabilidade. A consciência encarnada, através do psicossoma, com o apoio do duplo etérico,
realiza a coesão das miríades de células que compõem o corpo animal, ou humano, mantendo a
estabilidade aparente da forma viva, paradoxalmente através do movimento constante, e sempre renovado
e renovador, dos átomos. Tal estabilidade da forma humana viva, no tempo se chama memória, no espaço
se chama substância.
Sinais. As provas, vestígios, ou corpos de delito humanos não vigoram para o psicossoma que
não deixa vincos, sinais, marcas, ou resíduos por onde passa na crosta planetária. Por isso, o psicossoma,
a rigor, não projeta sombra sob o Sol, não imprime qualquer pegada sobre o chão terrestre, não deixa
impressões digitais sobre os objetos, nem exala odor individual no ambiente humano. No entanto, vários
fatos desses podem ocorrer em razão da densidade do psicossoma conforme a ação da vontade e a criação
das formas-pensamentos.
Duração. O psicossoma,.em si, não precisa crescer. O corpo humano, obviamente, cresce. O
psicossoma alcança a forma humanóide do encarnado adulto, transfigura-se segundo a vontade da
consciência enquanto existe, e desaparece, — ou seja, é descartado, — quando a consciência alcança a
condição de espírito puro. O cordão de ouro é o apêndice próprio do psicossoma, assim como o cordão de
prata é o apêndice próprio do corpo humano.
Aprendizado. A consciência encarnada tem de aprender a dirigir o psicossoma projetado, igual
à criança que aprende a se equilibrar fisicamente e a dar os primeiros passos humanos em no- Va
encarnação.
Pesos. O peso básico médio do psicossoma da consciência encarnada projetada parece ser um
milésimo do peso do seu corpo humano. A densidade, o cordão de prata e o próprio duplo etérico como
um todo, atuando ao modo de equipamento ou carga, influem muito no peso do psicossoma da
consciência encarnada projetada e, por isso, este veículo pode apresentar diferentes pesos numa só
experiência projetiva consciente. O psicossoma, não sendo uma entidade de formas fixas, pode variar em
sua composição de momento a momento, daí ser considerado o corpo dos desejos, ou o corpo emocional.
Não se sabe ainda se o acúmulo excessivo de matéria gasta do bolo intestinal, — com a instalação da
constipação intestinal e a conseqüente intoxicação orgânica, — influi no peso do psicossoma projetado.
Força. Há fatos repetidos que evidenciam que a consciência encarnada, quando projetada para
fora do corpo humano, apresenta mais força ou, no mínimo, pode gerar consideravelmente muito mais
energia, no plano extrafísico, do que coincidente ou constrangida dentro do corpo humano, no estado da
vigília física ordinária.
Exteriorização. Parte do psicossoma pode sair e se libertar por qualquer área do corpo humano,
porém a consciência encarnada somente sai com o psicossoma pela cabeça, seja pelo cocuruto ou
sincipúcio; pela testa; pela região nucal; ou pelos lados parietais e temporais do crânio.
Estados. Existem várias condições ou estados conscienciais em que o psicossoma sai da condição de coincidência com os outros veículos de manifestação e permanece preso apenas pelo cordão de
prata: sono; hipnose; anestesia; projeção consciente; etc.
Leis. Os fatos fazem crer que o psicossoma da consciência encarnada contém todas as leis
organogênicas segundo as quais o corpo humano se forma.
Lastro. O psicossoma atua como lastro do corpo mental, adensando e “materializando” a
estrutura deste veículo de manifestação quando o mesmo se projeta, em certos casos, carregando a
consciência, compondo o que se chama de “corpo mental lastreado”.
Físico. A consciência encarnada projetada pelo psicossoma pode funcionar, de modo definido,
no plano físico, daí gerando, entre outros, os seguintes fenômenos: bilocação física; exteriorização- da
motricidade; falsa chegada; parapirogenia projetiva; poltergeist projetivo; raps projetivos; telecinesia
projetiva; etc.
Fenômenos. A existência do psicossoma de encarnados e desencarnados vem explicar os fenômenos psi mais variados: raps; poltergeist; escrita intuitiva; desenho automático;radiestesia; ideoplastia; aparições; xenoglossia; clarividência; vozes interiores quando não-patológicas; telepatia;
predições; etc.
Paraprojeção. A parapsicofisiologia do psicossoma amplia as manifestações quando diz respeito à consciência desencarnada, notadamente nos fenômenos, também parapsicofisiológicos, da
paraprojeção consciente (V. cap. 16).
___________________________
Bibliografia: Delanne (381, p. 16), Greenhouse (636, p. 59), Leadbeater (899, p. 57),
Moss (1097, p. 196), Powell (1278, p. 23), Vieira (1762, p. 85).
107. PARAPSICOPATOLOGIA DO PSICOSSOMA
Distúrbios. As ocorrências da parapsicopatologia do psicossoma podem ser classificadas em
dois tipos: os minidistúrbios e os maxidistúrbios.
Minidistúrbios. Entre os minidistúrbios da parapsicopatologia do psicossoma da consciência
encarnada destacam-se: conseqüências extrafísicas de membro amputado; cegueira; miopia; dalto- nismo;
zumbido; ataques extrafísicos (psicossoma de desencarnados).
Descoincidências. Ainda dentro dos minidistúrbios, ocorrem as descoincidências parciais do
psicossoma devido a causas físicas espontâneas.
107.1 Contusão craniana.
107.2 Efeito físico de “ver estrelas”.
107.3 Sensação de se estar com o “estômago na boca” durante a subida ou a descida de elevador
potente e veloz.
107.4 Sensação de queda no vazio ao se pisar em degrau errado no ato de descer uma escada.
107.5 Sensação devido à freada abrupta de veículo.
107.6 A provocação da descoincidência, com objetivo mediúnico, na gira da Umbanda.
107.7 A descoincidência devido a um grande susto.
107.8 A descoincidência devido a um espirro.
Maxidistúrbios. Entre òs maxidistúrbios da parapsicopatologia do psicossoma destacam-se:
mania sexual extrafísica; descoincidência patológica; auto-obsessão extrafísica; onirofobia; certos casos
de pequeno mal epiléptico; oligofrenia extrafísica ou a deficiência do desenvolvimento dos atributos
conscienciais da consciência desencarnada; coma extrafísico; conseqüências da deslocação da pressão do
ar devido à explosão de bomba próxima, com choque e vibrações, expulsando com violência o
psicossoma do corpo humano; as transfigurações patológicas; o estado do psicossoma como se fosse
atrofiado, murcho ou com rachaduras parecendo casca de árvore; a lican- tropia (zootropia) extrafísica;
etc.
Realidades. Felizmente, as provas individuais irrecusáveis da projeção consciente levam a
consciência encarnada a um grau supremo de veracidade quanto às realidades psicofísicas que distingue,
localiza e identifica entre as duas esferas básicas da vida consciencial. E isso desde o ápice da
sublimidade com os aspectos mais nobilitantes da personalidade humana, até o extremo inferior dos
meandros sombrios das taras e psicoses mais abjetas, multi-reencarnatórias, vigentes nos campos da
Psicopatologia e da Criminologia humanas convencionais.
Conseqüências. Por isso, com o acúmulo das experiências fora do corpo humano, não se tem
mais dúvidas quanto às possibilidades de realização positiva e negativa da consciência encarnada que se
liberta temporariamente do veículo denso. Tal fato traz como conseqüências tanto a plasmagem sublimada
da assistência social, fraterna, aos enfermos e desvalidos, quanto a caracterização do roubo, da pilhagem,
e do assalto sexual, e mesmo a materialização de grandes homicídios, chacinas e genocídios carregados de
tragédias.
Fora. Freqüentemente, quando o próprio criminoso afirma que “estava fora de si” no instante do
ato delituoso, na verdade, literalmente, — quer dizer que muitas vezes antes, — a sua consciência
encarnada esteve mesmo fora de si, ou seja, fora do corpo humano, com a autoconsciência disso ou não,
onde perpetrou, adredemente, o ato delituoso que agora confirma os seus propósitos anteriores e chancela
os ensaios extrafísicos já executados. Conclusão: o plano extrafísico, principalmente o crosta-a-crosta,
vem servindo, através dos milênios da História Humana, como laboratório consciencial permanente tanto
para as criações sadias, libertadoras, dos gênios do bem, quanto para as criações doentias, estagnadoras,
dos gênios do mal.
Pensamento. Para a vontade — a usina de força — o pensamento atua como agente de manifestação na plasmagem de atos criadores e destrutivos, criando desde o abnegado assistente social até o
obsessor encarnado, o incubo e o súcubo que não conhecem moral, fronteiras, escrúpulos, ou educação
social. E sobre tudo isso atuam as companhias, sadias ou enfermas, que a consciência encarnada escolhe
no estado da vigília física ordinária ou fora do corpo humano, porque os semelhantes se atraem, interagem
e acabam, não raro, numa espécie de interdependência simbiótica, energética, entre os planos da vida,
criando síndromes obscuras diversas.
Psicossomática. Quando a chamada Medicina Psicossomática, que aborda o corpo humano e o
espírito, ao mesmo tempo, relacionados e tomados em conjunto, e trata das perturbações ou lesões
orgânicas produzidas por influências psíquicas, ou seja, emoções, desejos, medo, idéias fixas, etc.,
combatendo certos tipos de úlceras gastrintestinais, colopatias funcionais, anfotonias e outros distúrbios,
está na verdade começando a adentrar, embora superficialmente, nos meandros ainda obscuros da
parapsicopatologia própria do psicossoma ou o “corpo da alma humana”, comandado antes de tudo pela
consciência encarnada sempre sediada no corpo mental.
______________________
Bibliografia: Fortune (540, p. 48), Vieira (1762, p. 161).
108. PARALELOS ENTRE SOMA E PSJCOSSOMA
Modelador. O psicossoma é o agente modelador do soma, ou corpo humano, atuando submisso
às leis da genética e respeitando o campo biogravitacional em que este respira e se desenvolve. Daí a
razão de um veículo ser a réplica do outro. O corpo humano, opaco, expressa o psicossoma no plano
físico, denso. O psicossoma, luminoso, expressa o corpo humano no plano extrafísico, rarefeito. Quanto
ao plano físico, o corpo humano constitui um objeto terrestre, e que marcha. Já o psicossoma constitui um
objeto aéreo, que volita.
Energizante. O duplo etérico, incluindo o cordão de prata, é o agente energizante intermediário
da inter-relação entre o psicossoma e o soma, permitindo a ambos operarem juntos, em coesão perfeita na
condição de coincidência e na condição de descoincidência, procurando manter e prolongar sempre a
vitalidade das estruturas existentes ou a saúde física e extrafísica, mental e espiritual, após a concepção do
organismo até a sua desativação através da primeira morte, biológica. A higiene física é o serviço de
manutenção da máquina humana. A higiene mental (ou espiritual) é o serviço de manutenção da máquina
extrafísica (psicossoma).
Criações. O psicossoma como duplicata do soma, ou vice-versa, tem inspirado curiosos costumes e criações através dos tempos, inclusive estas: os gregos antigos evitavam mirar a própria imagem
refletida na superfície da água, a sombra do corpo humano lhes parecia o lado escuro do próprio eu;
Robert Louis Balfour Stevenson (1850-1894) concebeu o célebre Dr. Jekyll andMr. Hyde; Oscar Fingall
Wills Wilde (1854-1900) escreveu o curioso The Portrait ofDorian Gray.
Inibição. Durante os milhares e milhares de invernos e verões da História Humana, na Terra, as
sucessivas gerações de seres encarnados têm mantido o psicossoma atuando somente como veículo de
manifestação inibido (ou constrangido) entre os impulsos da própria consciência e as impressões
recebidas através do corpo humano, no plano físico, e no estado da coincidência dos corpos ou veículos
de manifestação consciencial.
Ignorância. Os encarnados, mesmo as gerações vivas da atualidade, de modo geral, ignoram,
ou não têm sé conscientizado de que o psicossoma pode atuar em seu próprio plano extrafísico, por seus
próprios recursos, bem mais evoluídos do que os do corpo físico, e que a consciência, ou seja, a vontade,
pode agir diretamente sobre ele.
Conseqüências. Derivam da conjuntura referida acima duas seríssimas conseqüências. Primeira: mais de quatro bilhões de criaturas de carne e ossos, a maioria dos componentes da humanidade atual,
ao dormir, a'cada noite, deixam o corpo físico ou, pelo menos, ficam descoincidentes em seus veículos de
manifestação, experimentando verdadeiras minimortes efêmeras, retendo a consciência dentro do
psicossoma, seja a quatro centímetros ou a quatro metros de distância do próprio corpo físico, aí
permanecendo à espera, inutilmente, dos impulsos físicos deste mesmo corpo inanimado, ou mais
apropriadamente, do seu cérebro recheado de neurônios, interações e outros elementos, mas vazio, por
certo período, porque a consciência se afastou dele temporariamente.
Hibernação. As consciências projetadas, de modo natural, sob a influência da própria parafisiologia do psicossoma, são mantidas, por si mesmas, nessa condição de hibernação desnecessária,
própria da infância extrafísica, desperdiçando, infelizmente, oportunidades evolutivas de inestimável
valor, afundadas em deplorável inércia, cuja extensão, não raro, atinge até um terço do período de vida
terrestre.
Dormitório. Do ponto de vista evolutivo, extrafísico, a Terra pode ser considerada imensa
creche, ou planeta-dormitório. A humanidade terrçstre ainda dorme o sono patético da inconsciência
espessa. Os bilhões de consciências encarnadas que saem do corpo físico, noite após noite, ano após ano,
e ficam temporariamente livres no corpo extrafísico, ou psicossoma, não se despertam para a outra
realidade maior, porque ruminam, em circuito fechado, os seus próprios pensamentos bloqueados e
paralisantes.
Sonâmbulos, Estes sonâmbulos extrafísicos entram, sem perceber, no plano extrafísico e nada
vêem porque o -ego, no caso, sai parafisiologicamente do corpo físico mas, nem por isso, consegue sair
de si mesmo, atolado que está em suas próprias formas-pensamentos egoísticas, gravitando em si mesmo,
em ponto morto.
Condições. O mais melancólico de tudo isso é que entre tais sonâmbulos há pessoas de todos os
níveis e condições existenciais e culturais, radicadas em todos os países, espalhadas por todos os
continentes, vivendo indiferentes a tais desperdícios, a maioria sem nem sequer cogitar da questão.
Desencarnados. A segunda conseqüência se refere aos recém-desencarnados na Terra que
permanecem inconscientes, sonambulizados ou semiconscientes, às vezes por longos períodos, no plano
extrafísico crosta-a-crosta, porque ficam esperando sentir as vibrações físicas do corpo de matéria densa
desativado, que perderam definitivamente, porém com o qual ficaram profundamente habituados, sem
entrar em atividade extrafísica em seu novo intervalo reencarnatório, no meio ambiente também novo.
Solução. A conclusão óbvia dessa lamentável situação é que a humanidade terrestre está
dormindo em excesso, no decorrer da encarnação e até mesmo depois da desencarnação. A solução para o
problema será acabar com a capacidade ociosa do psicossoma, tanto na coincidência dos veículos de
manifestação da consciência, no estado da vigília física ordinária, quanto na fase pós-de- sencarnatória.
Não se concebe outra solução imediata além desta. Tem o leitor alguma outra saída para oferecer?
Despertamento. É fundamental que haja o despertamento da utilização dos extraordinários
recursos que o psicossoma pode fornecer, pondo-o a atuar livremente para, em seguida, as consciências
agirem diretamente também pelo corpo mental, de maneira desimpedida, dispensando os veículos
intermediários de manifestação.
Recurso. Para o despertamento extrafísico inicial da humanidade só existe um recurso eficaz: a
projeção consciente pelo psicossoma. As escolas de estudos teóricos transcendentes, as práticas
parapsíquicas mais avançadas e todos os esforços para o autoconhecimento da criatura ajudam bastante,
contudo não têm resolvido esse antigo problema até o momento.
Desenvolvimento. A época do medo desarrazoado, das superstições, das crendices, dos rituais
abstrusos e dos misticismos baratos ficou para trás. Todo encarnado, quem quiser, pode saber com
certeza, agora, que dispõe de luz própria, aura humana e potenciais internos a serem desenvolvidos.
Disciplina. Aquele que deseja fazer progressos com os seus poderes parapsíquicos latentes,
nesta era de emancipação extrafísica, não tem tempo a perder. Pela projeção consciente, que apresenta
dezenas de utilidades e que pode ser produzida por qualquer um, exige-se apenas disciplina mental para
se obter ilimitadas aplicações positivas na vida diária. E isso não é pedir demais, evidentemente, porque,
sem disciplina, ninguém consegue a melhoria do desempenho pessoal de qualquer natureza, em qualquer
parte, sob quaisquer condições.
Advertência. Por fim, será sempre bom lembrar a todos a advertência que constitui uma das leis
básicas da Projeciologia: jamais tente projetar a consciência com alguma intenção negativa. Os
resultados doentios disso atingirão, em primeiro lugar, o próprio projetor mal-intencionado. Princípios
elevados de ética são indispensáveis aos experimentos conscienciais, extrafísicos, sadios, de qualidade
superior.
_________________________
Bibliografia: Frost (560, p. 187), Martin (1002, p. 40), Moss (1096, p. 197), Muldoon (1105, p.
277), Vieira (1765, p. 5), Walker (1786, p. 19), Xavier (1879, p. 21).
109. CHAKRAS
Definição. Chacras: núcleos ou campos limitadores de energia que constituem basicamente o
duplo etérico, veículo de energia, dentro do corpo humano, fazendo a junção deste com o psicossoma,
atuando como pontos de conexão pelos quais a força flui de um veículo consciencial para outro.
Sinonímia: aceleradores extrafísicos de freqüência; canais energéticos; centros bioenergéti- cos;
centros bioquímicos; centros de energia; centros de força; centros sensoriais; centros vitais; círculos de
energia; cones de energia; discos energéticos; fulcros de força; khorlos; lótus; macro- vórtices
energéticos; nós energéticos; núcleos energéticos; órgãos chácricos; padmas; portas vitais; rodas;
transdutores vitais; vórtices de energia.
_______________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 55), Ajaya (08, p. 238), Babajiananda (65, p. 44), Blavatsky
(153, p. 133), Cavendish (266, p. 64), Coquet (301, p. 33),Coxhead (312, p. 204), David-Nell (368, p.
263), Day (376, p. 27), Digest (401, p. 350), Drury (414, p. 80), Gaynor (577, p. 34), Gomes (612, p.
188), Gooch (617, p. 213), Gueret (659, p. 65, Hope (756, p. 53), Karagulla ( 814, p. 123), Leadbeater
(897, p. 71), Maes (983, p. 169), Martin (1003, p. 32), Meek (1028, p. 248), Meurois-Givaudin (1039, p.
119), Mitchell (1058, p. 688), Motoyama (1098, p. 130), Pastorino (1206, p. 151), Pensamento (1224, p.
28), PoweU (1280, p. 35), Prieur (1289, p. 217), Raja-Aari (1345, p. 70), Rogo (1444, p. 70), Saher (1493,
p. 157), Scott (1529, p. 196), Tondriau (1690,p. 208), Vieira (1762, p. 146), Walker (1781, p. 39), Wang
(1794, p. 148), Wedeck (1807, p. 78), White (1831, p. 30), Yogananda (1894, p. 158), Zaniah (1899, p.
138).
110. PARA-ANATOMIA DOS CHACRAS
Características. Dentre as características da para-anatomia dos chacras maiores destacam-se: os
centros radical, esplénico e umbilical do homem-animal; os centros cardíaco, laríngeo, frontal e coronário
do homem-espiritual; formatos; colorações; reverberâncias; intensidades de energia; etc.
Formatos. Os centros de força se assemelham, para uns, às semi-esferas côncavas de radar, ou
rosas; para outros, aos vórtices que a água forma quando sai pelo ralo da pia e, conquanto localizados em
áreas específicas ou órgãos do corpo humano, não são idênticos a essas áreas. Quando bem desenvolvidos
lembram a figura das hélices do avião, em grande rotação, com o diâmetro de cerca de vinte centímetros.
Diâmetro. No homem comum cada chacra maior aparece com o diâmetro de dois ou três
centímetros e de fraca luminosidade. As formas e características luminosas vão se ampliando com o
aperfeiçoamento extraffsico da consciência encarnada. Quanto mais evoluída a consciência, mais percebe
e emprega com inteligência as funções dos chacras.
Nós. Os centros sutis de força, além de serem quadros mentais dos nós chacrais ou fulcros
energéticos que se manifestam no plano-corpo-extrafísico para o plano-corpo-humano, têm sido vistos
por diferentes ângulos conforme diversas tradições metafísicas: energias do Tantra; hierarquias dos NeoConfucianos; intervalos keni-kou dos taoístas; kosas da Vedanta; sefirot da Cabala; séries de
transmutação dos Alquimistas; vijnanas da Iogacara; e outros mais. Todas estas manifestações, de um
modo ou de outro, obedecem a certa gradação vibratória dos vórtices energéticos da criatura humana
derivada da sua consciência.
Sete. Calcula-se que existam cerca de oitenta e oito mil chacras em cada individualidade
composta, mas apenas trinta são considerados suficientemente importantes para receber um nome. A
análise clássica aqui aborda os sete chacras maiores: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical,
esplénico, e radical (V. Fig. 110). O Budismo Tibetano reconhece apenas cinco chacras principais,
combinando o primeiro com o segundo, e o sexto com o sétimo.
110.1 Radical. O primeiro chacra — raiz, radical, centro fundamental, muladhara — está
sediado para fora, na área do períneo, entre o sacro e os órgãos genitais, voltado para baixo, associado aos quatro ossos do cóccix. De formato estelar ou triangular, de cor avermelhada, comparado
com uma flor de quatro pétalas, constitui a sede da kundalini, fogo serpentino, poder ígneo, ou a
energia consciencial (V. cap. 246) bruta, no homem e, evidentemente, na mulher. Este chacra inicia
a sua atuação recebendo as energias telúricas das pemas. Por intermédio do chacra básico todos os
demais são ativados, porque ele atua como chave bipolar alimentadora dos outros chacras.
110.2 Umbilical. O segundo chacra — umbilical, manipura — está situado ligeiramente acima
do umbigo, associado à quinta vértebra lombar. Apresenta-se em geral com a cor esverdeada. Tem
relação com o plèxo solar, por ser a contrapartida extrafísica do simpático. É também chamado
archeu-diretor, cérebro abdominal, coração-moral-das-entranhas, ou foco-da-alma.
110.3 Esplénico. O terceiro chacra — esplénico, swadhistana — situa-se sobre a área do baço,
seleciona e distribui as energias vitalizadoras pelos órgãos do corpo humano. A sua vivificação
natural capacita a consciência encarnada a se projetar conscientemente para fora do corpo humano
através do psicossoma.
110.4 Cardíaco. O quarto chacra — cardíaco, torácico,anahata — de cor amarelada, vitaliza o
coração e os pulmões, sendo agente influente na emotividade da criatura humana.
110.5 Laríngeo. O quinto chacra — laríngeo, cervical, vishuda — situa-se perto da área de
encontro entre a coluna espinhal e a medula oblongada. Sendo o intermediário entre as manifestações orgânicas da área vegetativa e as manifestações mentais, atua especialmente na comunicação
da consciência.
110.6 Frontal. O sexto chacra — frontal, glabelar, pineal, ajna, terceiro olho, terceira visão,
olho mental, “olho de Cristo”, farol da testa — situa-se entre as sobrancelhas projetando-se do
centro da testa para fora (V. Fig. 110.06). Evidencia relação estreita com a clarividência em todas as
suas formas e manifestações. Quem sente amiúde, no estado da vigília física ordinária, o chacra
frontal vibrar, pulsar, ou latejar, é porque já despertou plenamente,há muito tempo, a kundalini, e os
demais chacras, com exceção do coronário esplendente, ocorrência comum aos médiuns desenvolvidos de todos os gêneros de mediunidade. Por isso, o chacra frontal é um centro de poder diretivo, por onde surge a revelação, o derradeiro bastião do raciocínio e da análise no microcosmo da
personalidade humana.
110.7 Coronário. O sétimo chacra — coronário, sahasrara — mais importante, expande-se
acima do-topo do crânio, sincipúcio, na área da fontanela anterior ou bregma. Voltado para cima, ao
modo de uma coroa, permite a expansão da consciência, libera o corpo mental do paracérebro do
psicossoma, compõe a auréola luminosa ou a parte superior da aura humana, e a touca cheia de
nódulos das gravuras orientais, sendo também chamado o lótus das mil pétalas.
Despertamento. Na verdade, o coronário não é propriamente um chacra como os demais,
porque se encontra além da mente, ou seja, transcende a condição da consciência humana embutida na
caixa craniana, no estado da vigília física ordinária. O despertamento do chacra coronário se dá em
decorrência do trabalho de despertamento energético gradual feito nos outros chacras menos importantes,
especialmente no chacra frontal.
Evidência. Até o presente momento, a evidência da existência dos chacras, à semelhança do que
acontece com o fenômeno da projeção consciencial lúcida, permanece quase que exclusivamente
subjetiva, individual, prática. Este autor, por mais estudos de Anatomia e de Fisiologia acadêmicas que
tenha chegado a fazer em faculdades oficiais, não conseguiu explicar através de pesquisas nos territórios
da Ciência Biológica, ou da Medicina, as pulsações e movimentos bem físicos, em seu corpo humano, por
exemplo, na testa, ou área glabelar, correspondente ao chacra frontal, às vezes involuntários, inesperados,
e em condições surpreendentes de intensidade, inclusive no estado de plena vigília física ordinária.
Veículo. Este fato individual, palpável, sentido depois de repetido dia após dia, mês após mês,
ano após ano, só pode ser atribuído a outro veículo de manifestação da consciência. Nesta área orgânica
— a testa — não existem órgãos nem condições anatomofisiológicas para justificar tais sensações ou
manifestações ostensivas referidas, plenamente conscientes, no estado da vigília física ordinária, com as
pálpebras descerradas, à luz clara do Sol. Não adiantam sofismas, argumentos, explicações abstrusas
científicas ou cientifícistas, nem perdas de tempo. Este fato está aí para ser sentido ou experimentado por
quem o desejar, basta apenas exercitar a mobilização das energias conscienciais ou bioenergias (V. cap.
252), ou começar a estudar mais acuradamente a Acupuntura, os seus meridianos, os seus pontos, etc.
_______________
Bibliografia: Bardon (80, p. 43), Dychtwald (444, p. 94), Guéret (659, p. 65),
Leadbeater (897, p. 71), Powell (1280, p. 32), Walker (1782, p. 315), White (1831, p. 121).
111. PARAFISIOLOGIA DOS CHACRAS
Transformadores. Os chacras captam, separam e distribuem as energias imanentes existentes
no Universo Físico-Extrafísico, transformando-as em energias conscienciais.
Aceleradores. Os chacras atuam, de modo geral, como aceleradores da freqüência vibratória do
corpo humano, em conjunto com o duplo etérico que une o corpo humano ao psicossoma através do
cordão de prata.
Características. Dentre as características da parafisiologia dos chacras destacam-se: a função
suposta de cada centro de força; as variadas cores de cada chacra conforme o seu desempenho; as
repercussões físicas regionais e os centros de força; conseqüências do despertamento do centro coronário;
o centro radical e a kundalini; o centro coronário e o samádi; o centro coronário e o cérebro vazio; as
sensações físicas e extrafísicas do centro frontal; etc.
Inter-relações. Assunto dos mais importantes neste particular é o das obscuras inter-relações
entre os centros de força, especialmente a relação do centro coronário com a epífise, o centro coronário
com a medula oblongada, o centro coronário com os nódulos dos pavilhões auriculares direito e esquerdo
(tragos), o centro frontal com os tragos, e as relações dos chacras com o corpo humano, o duplo etérico, e
o psicossoma.
Coronário. A reativação do chacra coronário proporciona à consciência encarnada a autoconsciência extrafísica, ou seja, a projeção consciente durante o período do sono natural. O cha- cra
frontal predispõe a reativação do chacra coronário e das manifestações energéticas no centro do encéfalo,
pineal, etc.
Relações. O chacra radical tem relação direta com a libido, os dois orgasmos do homem peniano e anal - e os três orgasmos da mulher - vaginal, clitoriano e anal. A intensificação, circulação, e
canalização das energias do chacra radical, passando pelos outros centros de força, promovendo o estado
vibracional e a expansão da consciência, facultam o orgasmo antropomórfico, ou pelo corpo humano
todo, através do psicossoma; e o orgasmo cósmico, próprio do samádi maior, além do sexo, ou de toda
sensação terra-a-terra e emoção crosta-a-crosta, através do corpo mental; desde os esforços iniciais do
homem-animal até à sublimação do homem-espiritual.
Plexos. Os chacras têm relação estreita com a condição de saúde e de doença da criatura humana. Neste sentido costuma-se relacionar cada chacra com certas glândulas anatomicamente próximas de
suas sedes, bem como com os plexos nervosos, inclusive: o plexo carotídeo (chacra frontal); o plexo
faríngeo (chacra laríngeo); os plexos pulmonar e cardíaco (chacra cardíaco); o plexo esplénico (chacra
esplénico); o plexo solar (chacra umbilical); os plexos pélvico e coccígeo (chacra radical).
Frontal. É interessante observar os diversos empregos da área do chacra frontal ;omo por
exemplo estes quatro: através de massagens, por alguns projetores conscientes, com o objetivo de se
projetarem com lucidez para fora do corpo humano (V. cap. 183); através da pressão digital, empregada
por outros projetores conscientes a fim de rememorarem a projeção consciencial re- cém-finda (V. cap.
347); ainda através da pressão de um dedo, utilizada por hipnólogos, ou mag- netizadores (como eram
chamados) desde o Século XIX, no sentido de fazerem a pessoa hipnotizada reproduzir as informações
dadas, em experiências hipnóticas anteriores, sendo até chamado por eles, neste caso, de “ponto da
memória sonambúlica”; e em rituais e práticas místicas como, por exemplo, o corriqueiro “sinal da cruz”
que tenta estimular, ao mesmo tempo, a abertura de três chacras: o cardíaco, o frontal e o laríngeo, nesta
ordem.
Cerebelo. Supõe-se que a kundalini, ou a energia do chacra radical, seja ativada pelas funções
do cerebelo humano. Sobre esta hipótese nada existe ainda especificamente comprovado do ponto de vista
científico.
__________________
Bibliografia: Gomes (611, p. 60), Gooch (617, p. 213), Miranda (1050, p. 137), Powell
(1279, p. 240), Vieira (1762, p. 146).
112. PROJEÇÃO CONSCIENTE E O CORDÃO DE OURO
Definição. Cordão de ouro: suposto elemento energético que mantém o corpo mental ligado à
paracabeça, ou mais apropriadamente, ao paracérebro do psicossoma.
Sinonímia: controle remoto extrafísico; cordão dourado; cordão quintessenciado; ligação intercorporal psicossoma-corpo mental;- salvo-conduto extrafísico mental.
Interplanos. O cordão de ouro é o elemento de ligação direta, interplanos, da consciência, tanto
encarnada quanto desencarnada, situado entre o plano extrafísico propriamente dito e o plano mental puro.
A evidência do cordão de ouro sugere que a consciência não pode dispensar a energia nem mesmo para
entrar no (ou sair do) plano mental.
Características. Dentre as características do cordão de ouro destacam-se: suposição homológica; chave para o plano mental; rédea do desencarnado nâo-evoluído; para-anatomia; para fisiologia;
condução energética ambivalente, envio e recepção; ação sem forma-tempo-espaço; etc.
Inserção. Baseando-se no fato de que a consciência desencarnada se projeta através do corpo
mental diretamente do psicossoma, infere-se daí que o cordão de ouro, ou ligação de controle remoto
existente entre o psicossoma e o corpo mental, insere-se no psicossoma. Assim, por analogia, a
consciência encarnada que se projeta através do corpo mental isolado sai diretamente do paracérebro do
psicossoma e não do corpo humano.
Consolo. O leitor atento não deve repudiar, aprioristicamente, os temas e suposições transcendentes deste e dos próximos capítulos desta seção. Se hoje a ciência da nossa civilização terrestre não
conseguiu chegar até estes assuntos, considerados excessivamente surrealistas, tenha-os, prudentemente, a
conta apenas de meras hipóteses especulativas, consolando-se com o fato de que um dia ela chegará lá,
assim como a ciência de outras muitas civilizações já chegaram, em miríades de planetas habitados,
espalhados pelo universo físico.
Exobiologia. A Exobiologia virá a sustentar muitas das afirmações da Projeciologia, corroborando as constatações obtidas através das atuais exoprojeções conscientes em muitos lugares, por
diferentes projetores humanos.
Suposição. Todo campo precisa de um agente mantenedor. Nenhum campo permanece no
espaço simplesmente por permanecer. Supõe-se que o corpo mental deve ter a funçffo inconsciente de
manter a existência de campo próprio, através de estruturas de pensamentos fixos. Isso constituiria o
cordão de ouro?
Paracabeça. A paracabeça constitui a parte mais importante do psicossoma. A ligação do
cordão de ouro à paracabeça, ou mais apropriadamente, ao paracérebro, alicerce do psicossoma, mantém
este mesmo psicossoma inteiro, ou íntegro, pois do contrário haveria um desmantelamento da sua
estrutura extrafísica (ou semifísica).
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Bibliografia: Vieira (1762, p. 218).
113. PARA-ANATOMIA DO CORDÃO DE OURO
Observações. O termo para-anatomia, embora não pareça correto quando aplicado ao laço que
mantém o corpo mental, veiculo informe da consciência, preso ao paracérebro do psicossoma, é aqui
empregado objetivando a compreensão melhor da matéria nova, original, porque não existe outra
expressão mais adequada.
Natureza. A natureza do cordão de ouro — seja da consciência encarnada ou da consciência
desencarnada — é energética ou, no caso, quintessenciada, e ainda extremamente obscura dentro do
quadro atual de nossos conhecimentos e pesquisas.
Conexões. Racionalmente, supõe-se que existam duas conexões energéticas para o cordão de
ouro: uma na cabeça extrafísica (paracérebro) do psicossoma e outra diretamente no corpo mental.
Energia. O cordão de ouro não parece funcionar qual um cordão, e sim qual conexão energética, semelhante a um controle remoto saindo do paracérebro do psicossoma e prendendo, magneticamente, o corpo mental.
Sede. Supõe-se, como hipótese, que o comando remoto, no entanto, tem a sua sede no corpo
mental e nffo no psicossoma como, à primeira vista, seria o fato homológico natural. Isso evidencia que o
cordão de ouro funciona ao contrário do que acontece com o cordão de prata, cujo comando maior, na
ambivalência de forças, ou canal energético bidirecional, parece sediar-se no cérebro humano.
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Bibliografia: Vieira (1762, p. 218).
114. PARAFISIOLOGIA DO CORDÃO DE OURO
Observações. Do mesmo modo que a palavra para-anatomia, o termo parafisiologia não parece
correto quando aplicado ao laço que mantém o corpo mental, um veículo informe da consciência, preso ao
paracérebro do psicossoma. Contudo, aqui está sendo empregado para melhor entendimento, por se tratar
de assunto novo, original, e porque não existe outro mais adequado.
Coesão. Durante todo o longo estágio evolutivo da consciência encarnada ou desencarnada
dentro do paracérebro do psicossoma, o cordão de ouro seria o elemento de ligação responsável no
sentido de que a coesão psicossoma-corpo mental permaneça hígida, estável, em qualquer oportunidade
física ou extrafísica.
Salvo-conduto. O cordão de ouro é o elemento de ligação (salvo-conduto) pelo qual a consciência, encarnada ou desencarnada, sai do plano extrafísico propriamente dito e entra no plano mental e
vice-versa.
Resistência. Supõe-se, como hipótese de trabalho, que o cordão de ouro, através dos milênios e
milênios das experiências evolutivas da consciência, resiste aos choques biológicos, sucessivos e
alternados das encarnações e desencarnações, no ciclo das reencarnações, e só desaparece com a
desativação do psicossoma, por ocasião da terceira morte (V. cap. 123), quando a consciência alcança a
condição de espírito puro e sobreexiste permanentemente em corpo mental numa situação ainda
incompreensível às atuais racionalizações da humanidade.
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Bibliografia: Vieira ((1762, p. 218).
115. PARALELOS ENTRE O CORDÃO DE PRATA E O CORDÃO DE OUR
Diferenciais. Objetivando apenas clarear o estudo aprofundado da consciência, torna-se válido
estabelecer onze paralelos inéditos ou deduções homológicas entre as ligações intercorporais dos seus
veículos de manifestação. Se na prática este confronto é inexeqüível, porque cada ligação dessas atua num
plano de vida diverso, teoricamente a análise especulativa traz esclarecimentos valiosos e originais para a
compreensão dos veículos de manifestação da consciência.
115.1 Raízes. O cordão de prata abrange em suas raízes toda a forma humana do homem, dos
pés à cabeça. Supõe-se que o cordão de ouro faça a ligação apenas da consciência, desde a cabeça
extrafísica do psicossoma (paracabeça, ou melhor, paracérebro) até o corpo mental, de um plano
para outro.
115.2 Inserções. O cordão de prata é mais material, tendo uma das inserções diretamente no
corpo humano. Supõe-se que o cordão de ouro tenha uma das inserções diretaménte no corpo
mental, numa condição duplamente extrafísica, difícil de ser avaliada, porque deixando o plano físico, passa pelo plano extrafísico propriamente dito, e atinge o plano mental puro.
115.3 Natureza. O cordão de prata apresenta forma, volume, peso e processos de atuação até
motrizes e táteis, bem definidos. Supõe-se que o cordão de ouro seja apenas um elemento energético
sob o comando remoto do corpo mental.
115.4 Dependência. O cordão de prata é uma ligação própria, mais dependente do psicossoma
do que do corpo humano, porque desaparece com aquele em duas,etapas, na primeira e na segunda
mortes. Supõe-se que o cordão de ouro seja um elemenftypróprio, mais dependente do corpo mental
do que do psicossoma, porque desaparece com aquele quando a consciência alcança a condição de
espírito puro.
115.5 Apêndices. O cordão de prata constitui, sem dúvida, apêndice do corpo humano. Supõe-se
que o cordão de ouro constitua, de fato, apêndice do psicossoma.
115.6 Sensações. O cordão de prata veicula sensações, em primeiro lugar, para a consciência no
psicossoma, ou corpo das emoções. Supõe-se que o cordão de ouro veicule os pensamentos da
consciência no corpo mental.
115.7 Inferioridade. O cordão de prata é o elemento de ligação inferior, ou não-evo- luído
ainda, do psicossoma. Supõe-se que o cordão de ouro seja o elemento de ligação inferior do corpo
mental.
115.8 Pluralidade. O cordão de prata é renovável, ou seja, substituído a cada nova encarnação,
surgindo e desaparecendo miríades de cordões de prata para cada consciência, iguais aos duplos
etéricos. Supõe-se que o cordão de ouro permaneça único durante toda a evolução do ego, até a
consciência alcançar a condição de espírito puro quando, então, desaparece ou é descartado junto
com o psicossoma.
115.9 Esfera. O cordão de prata recebe influência considerável da esfera extrafísica de energia,
incluindo aí a gravitação e o tempo. Isso não parece ocorrer com o cordão de ouro.
115.10 Crescimento. O cordão de prata aumenta e diminui ou se contrai e se estende, crescendo
com o psicossoma apenas numa vida humana, e depois de atingida a forma adulta, também não
cresce mais. Supõe-se que o cordão de ouro siga com o corpo mental, crescendo de algum modo
com este, que se amplia com a evolução, embora não tendo forma definida como interpretamos no
plano físico.
115.11 Guardiães. Para a consciência encarnada, o cordão de prata é o guardião do plano
extrafísico, quando a mesma está no estado da vigília física ordinária. Já o cordão de ouro é o
guardião do plano mental quando a consciência está seja no estado da vigília física ordinária ou no
plano extrafísico propriamente dito.
116. PROJEÇÃO CONSCIENTE E O CORPO MENTAL
Definição. Corpo mental: veículo de manifestação da consciência encarnada quando esta
consciência atua isoladamente, sem o corpo humano, o duplo etérico, e a forma humanóide do psicossoma, sediado no corpo unificado, no paracérebro do psicossoma.
Sinonímia: bainha mental; bola de energia; bola de luz; bola mental; cefalossoma; centro móvel
de energia; consciência puntiforme; corpo da sabedoria; corpo de sonho; corpo do intelecto; corpo dos
sentimentos; corpo informe; corpo intelectual; corpo mnemónico; corpo parapsíquico; corpo psíquico;
corpo racional; foco de luz viva; globo luminoso; massa de energia viva; noemas- soma; sétima
consciência (budismo); terceira atenção; terceiro elemento; veículo conteúdo; vijna- mayakosha.
Características. Dentre as características do corpo mental destacam-se: o corpo mental como
criação informe; as formas de neblina ovalada, ou bola de energia nas cores branca, dourada ou azul; a
existência do corpo mental acima dos órgãos dos sentidos humanos; a manifestação de um corpo sem
mios nem pés; o mais flexível veículo independente da consciência, manifesta-se além do cone de luz, no
plano mental; o intercâmbio de vitalidade com o psicossoma através do cordão de ouro; representa o
veículo da etapa essencial do espírito puro; o corpo mental é imperceptível aos olhos humanos porque
transcende a forma e o espaço como os vemos e sentimos na vigília física ordinária; os graus de
consciência e o corpo mental; a autoconsciência cósmica, contínua ou esporádica; a memória integral
contínua; a consciência numa condição livre do impulso sexual; as diferenças do corpo mental para o
encarnado e para o desencarnado; as percepções gerais de onis- ciência relativa, omnividência,
omniaudiência; etc.
Sede. Na coincidência dos corpos da consciência encarnada, a sede do corpo mental está na
cabeça extrafísica do psicossoma (paracérebro) e não na cabeça do corpo humano (cérebro). O
psicossoma, portanto, constitui a carapaça do corpo mental.
Cinqüenta. A consciência, na sua encarnação de até setenta e cinco anos de idade, quase
sempre vive dois terços desse tempo sob o predomínio do psicossoma e apenas depois dos cinqüenta anos
de idade, no terço final da existência humana, é que tem chance de começar a viver sob o predomínio dos
atributos do corpo mental sobre si, depois que já superou os impulsos animais e todo o emocionalismo
nas decisões.
Distância. As consciências, na sua maioria, nem chegam a viver no corpo humano.com alguma
predominância do corpo mental, não só porque permanecem distantes, por atingirem a segurada infância,
ou continuarem os eternos jovens, ou porque ainda não se despertaram para as realidades da vida plena dà
consciência lúcida.
Despertador. Por aí se observa que o corpo humano e o duplo etérico, sustentados pelo psicossoma, são organizações que, ao mesmo tempo que permitem as manifestações da consciência, a
ofuscam sob a neblina de espessa ilusão. Por isso, o corpo mental constitui, de fato, o único despertador
eficiente da consciência para a evolução da consciência.
Maturidades. A maturidade da consciência na vida terrestre ainda permanecerá, por muitos
milênios, condicionada à maturidade biológica do corpo humano da criatura terrestre. Em outras palavras:
a idade física, biológica, influi e condiciona a idade mental, psicológica que, por sua vez, consegue
refletir, mais ou menos, a idade extrafísica, real, da consciência humana encarnada.
Idade. A dilatação do período de vida útil da humanidade virá, cada vez mais, permitir maior
atuação do corpo mental sobre as consciências porque o homem e a mulher, em plena maturidade, terão
maior tempo e melhor oportunidade de pensar e agir, de modo útil, após os períodos da menopausa,
andropausa, aposentadorias, encargos familiares, encargos profissionais, e das fermentações das atrações
terrestres, dedicando-se às tarefas libertadoras sem visar objetivos apenas humanos ou interesses de
sobrevivência física.
Controle. Depois dos quarenta anos de idade física, a consciência toma-se mais predisposta à
produção da projeção consciente através do corpo mental porque demonstra maior propensão de ter se
livrado dos arroubos exacerbados das emoções, detendo melhor controle íntimo de suas manifestações.
Os emocionalismos excessivos, animais, são contrários à vida mental, racional, e atuam como obstáculos
à produção da projeção consciencial através do corpo mental. No entanto, alguns lustros mais tarde, na
faixa etária dos sessenta em diante, torna-se mais difícil a produção da projeção consciente em razão da
estratificação do corpo humano, dos hábitos excessivamente consolidados, da rotina existencial arraigada,
da arteriosclerose atuante, e o irrompimento, com todo o vigor, da rabujice, do apriorismo, do
misoneísmo, da neofobia, etc.
Cósmica. A projeção com expansão até à consciência cósmica, plena, parece só acontecer depois dos trinta oü quarenta anos de idade física (V. Richard Maurice Bucke).
Soltura. No plano extrafísico ocorre a soltura do corpo mental do espírito-médium desencarnado em relação ao paracérebro do psicossoma, quando o mesmo não dispõe na oportunidade do
duplo etérico, do cordão de prata, nem do corpo humano (V. cap. 60).
Rastreamento. Segundo os amparadores, as galáxias e os planetas estão colocados imensamente distantes uns dos outros, entre outras razões, para estimular as consciências a superarem os laços
da matéria pelo rastreamento cósmico, através da projeção consciente, fora dos seus veículos de
manifestação mais densos. Isso objetiva a alcançar as paragens mais longínquas, ou situadas nos confins
dos universos físico e extrafísico crosta-a-crosta, usando o corpo mental livre no meio — comum a todos,
encarnados e desencarnados — o qual chamamos plano mental.
Hipóteses. Eis duas questões para pesquisa relativas ao tema: — Será que a encarnação na
Terra, e em outros planetas evolutivamente semelhantes, ocorre somente para o desenvolvimento
especializado, animal-emocional, da consciência individualizada manifestando-se através do psicossoma?
Haveria outros processos e encarnações apropriadas para o desenvolvimento intelectual-sen- timental
(emoção racionalizada) da consciência manifestando-se através do corpo mental, depois que a mesma se
liberta definitivamente do psicossoma?
Desenvolvimento. O hábito da meditação elevada, da concentração mental, e do estudo sereno,
constante e sucessivo, dirigido para assuntos avançados, não-mundanos, desenvolve o corpo mental da
consciência.
Cenestesiopatia. Em certas projeções conscienciais através do corpo mental isolado, sobrevêm
a noção exata da inexistência, na oportunidade, de qualquer tipo de corpo ou veículo de manifestação
consciencial. Esta ocorrência não deve ser confundida com a cenestesiopatia ou seja, a perda de
consciência do próprio corpo humano no estado da vigília física ordinária, condição psicopatológica bem
diversa, inserida entre as perturbações cenestésicas.
_________________
Bibliografia: Andréa (33, p. 16), Ashish (60, p. 344), Besant (129, p. 81), Bozzano (192, p.
159), Bucke (218, p. 60), Castaneda (258, p. 177), Denning (391, p. 12), Donahue (407, p. 19),
Greenhouse (636, p. 70), Guéret (659, p. 165), Hodson (729, p. 80), Leadbeater (902, p. 95), Leaf (905, p.
149), Lefebure (909, p. 110), Miranda (1048, p. 285), Muldoon (1105, p. 225), Perkins (1236,p. 53),
Powell (1279, p. 143), Prieur (1289, p. 263), Puryear (1341, p. 3), Rampa (1361, p. 76), Rogo (1444,p.
119), Saraydarian (1507, p. 32), Sculthorp (1531, p. 142), Swedenborg (1639, p. 294), Toben (1688, p.
73), Vieira (1762, p. 218), Wang (1794, p. 147), Xavier (1882, p. 197).
117. PARAPSICOFISIOLOGIA DO CORPO MENTAL
Termo. O termo parapsicofisiologia não parece correto quando aplicado ao corpo mental, um
veículo informe. Contudo é aqui usado para melhor compreensão da matéria, porque não existe outra
expressão mais adequada.
Mente. O corpo mental é o veículo de manifestação da consciência próprio do plano mental,
também chamado mente universal.
Características. Dentre as características da parapsicofisiologia do corpo mental destacam-se:
onipresente mente cósmica; transmissor de imagens, pensamentos e sentimentos; irradiador de ondas
energéticas mentais; projetor de formas-pensamentos; psicometrizador do universo; magnifica- dor de
tudo; noção de onisciência e onipresença; patrocinador da projeção mental e da consciência
aparentemente sem corpo, quando o projetor projetado olha para si mesmo e nada vê; permite a projeção
com o corpo humano deixado em movimento; permite a consciência puntiforme de presença no espaço;
decolagem direta invariável do psicossoma coincidente ou projetado; permite à consciência funcionar
como médium no plano mental em certas circunstâncias; mantém a estrutura, talvez de campo, do
psicossoma; ação do cordão de ouro; desprendimento simples, duplo desprendimento, com e sem a
projeção simultânea do psicossoma; etc.
Invulnerabilidade. O corpo mental não permite, quando isolado: a atuação direta sobre a
matéria, os efeitos motores, o ataque extrafísico comum à consciência encarnada projetada, e a projeção
desobsessiva. Mostra-se ainda invulnerável à atuação das correntes de força e tormentas hidromagnéticas extrafísicas.
Recontato. Em certas circunstâncias, o corpo mental faculta à consciência encarnada perceber
esta seqüência de ocorrências na operação de recontato com as criações materiais no ato da interiorização na cabeça extrafísica (paracérebro) do psicossoma coincidente e, portanto, no corpo humano:
espaço; formas; tempo cronológico; gravitação; peso; respiração; batimentos cardíacos; volume do corpo
humano; compressão mental acentuada; despertamento físico.
Relaxe. O corpo mental afrouxa as tensões dos circuitos intelectivos, fazendo fluir livremente o
curso das idéias. Como regra geral, a projeção consciente mental, pura, equivale a um período de relaxe
intelectual ou à tomada de uma série de eficazes elementos nutritivos para os hemisférios cerebrais da
consciência encarnada.
Cérebros. Partindo do fato de que o corpo mental da consciência desencarnada deixa o psicossoma incapacitado temporariamente durante a paraprojeção consciente, extrafísica, mental, do próprio
desencarnado, deduz-se que a sede do corpo mental está na cabeça extrafísica, ou melhor, no paracérebro
do psicossoma. Daí inferimos também que o paracérebro do psicossoma, embora sendo a matriz do
cérebro humano, é bem diferente deste porque: não dispõe de matéria tão densa em sua estrutura; tem a
propriedade de alteração das formas; e permite a saída e expansão livre do corpo mental. Tudo isso faz
pensar que o corpo mental, bem como o paracérebro do psicossoma são construídos de dois hemisférios
— assim como o é o cérebro humano —, porém com possibilidades de variações estruturais ignoradas
ainda por nós, consciências encarnadas, ao atuarmos no plano mental.
Crescimento. Embora sem forma definida, o corpo mental cresce constantemente, de algum
modo, com a evolução da consciência (V. Fig. 117). O corpo mental não tem nenhum apêndice próprio,
porque a ligação intercorporal do cordão de ouro está mais radicada ao psicossoma com quem desaparece
quando a consciência alcança a condição evolutiva de espírito puro.
Potencialização. A projeção consciente através do corpo mental, ou seja, a liberação da mente
integral da personalidade potencializa o desempenho das faculdades psíquicas do projetor consciente
encarnado no dia imediato, e ele, então, se reconhece, pelo menos temporariamente, quase eufórico e em
melhores condições de coordenar os pensamentos, utilizar a memória, trabalhar intelectualmente com a
imaginação e o julgamento crítico.
Indissociabilidade. Neste nível em que evoluímos atualmente neste planeta, a consciência se
apresenta de modo indissociável com o corpo mental, aonde fica sediada o tempo todo, seja qual for sua
manifestação, ou aonde quer que vá em suas projeções conscienciais. Um dia, essa indissociabilidade se
extinguirá. Quando, como, e qual a natureza pela qual a consciência se manifestará então, ninguém sabe
ainda, segundo as atuais pesquisas.
Sentimentos. Assim como o psicossoma é o responsável direto pelas manifestações das
emoções da consciência, o corpo mental é o responsável pelo afluxo dos sentimentos elevados da
consciência (V. cap. 276).
Hipóteses. Eis duas hipóteses de pesquisas projeciológícas: — Que relação terá o chacra frontal
com o cordão de ouro? Que relação terá o chacra coronário, ou sua energia, com o corpo mental?
_____________________
Bibliografia: Powell (1279, p. 14), Steiger (1601, p. 133), Walker (1781, p. 71).
118. ESPAÇO-TÉMPO RELATIVISTlCO
Definição. Espaço-tempo: unificação pela relatividade dos conceitos de espaço e de tempo no
contínuo espaço-tempo, onde o espaço perdeu seu caráter isolado e o tempo deixou de ser independente
do referencial, sendo que os fenômenos físicos não mais passam apenas no espaço, ou se desenvolvem no
tempo, mas ocorrem numa entidade mais complexa, quadridimensional que é o espaço-tempo, e cuja
noção mais ampliada será exposta a seguir.
Sinonímia: cone de luz; contínuo espaço-tempo;continuum espaço-tempo.
In tangibilidade. Ao leitor preocupado, ou talvez seja mais adequado escrever nauseado, com a
intangibilidade e o “surrealismo” da natureza de alguns capítulos desta seção, quero lembrar que, nos dias
atuais, não há nada de impraticável ou de anticientífico com respeito às coisas intangíveis. Haja vista que
a própria ciência está cada vez mais e mais preocupada com coisas intangíveis e invisíveis na vida prática
do dia-a-dia, tais como campos e ondas, o que aproximam tais cogitações ou as colocam, sob muitos
aspectos e abordagens, em harmonia com as leis da Física.
Intervalo. Para se ampliar a noção de espaço-tempo é necessário definir uma grandeza chamada
intervalo em que o produto, velocidade máxima de propagação das interações da nossa matéria conhecida,
que coincide com a velocidade da luz no vácuo (c), e o intervalo de tempo entre dois eventos (t2 —tx), em
algum referencial, seria uma quarta coordenada complementar, além das três já existentes x, y, z. O
intervalo entre dois pventos seria então dado por:
Si2= [c2 (t2—ti)2 -(x2-xi)2 -(y2-yi)2 — (z2—Zi)2]1/2
onde os índices 1 e 2 se referem a cada um dos eventos; em contraposição ao intervalo ordinário
no espaço tridimensional
r= [(x2-X!)2 +( y2-yi)2 +(z2-z!)2 ] 1/2 ,
e com o tempo t como coordenada independente do espaço, na Física Clássica.
Invariância. O intervalo “s” entre os eventos é o mesmo em todos os referenciais inerciais (que
não se encontram sob a ação de forças externas), ou seja, é uma invariante em relação à transformação de
um referencial para qualquer outro. Esta invariância é a expressão da constância da velocidade da luz em
qualquer referencial.
Luz. Quando a velocidade de dois eventos se dá com velocidade menor do que a da luz no
vácuo, diz-se que os intervalos são do gênero tempo (timelike), do contrário são do gênero espaço
(spacelike). Representando na Fig. 118.01 uma só coordenada “x” e o tempo “t”,para facilitar a
visualização (na realidade, teriam de ser desenhados os quatro eixos, x, y, z, e t perpendiculares um ao
outro, o que em nosso espaço tridimensional seria impossível), tem-se graficamente as divisões espaçotempo plano.'
Figura 118.01
Tempo. Tomando-se um evento qualquer, designado por evento O, no início das coordenadas
espaciais e temporais, para examinar como se acham os demais eventos em relação ao evento O, tem-se
que o movimento retilíneo e uniforme de uma partícula que passa pela origem O, é uma reta que passa por
O e cuja tangente do ângulo de inclinação com o eixo t fornece a velocidade da partícula. Todas as linhas
que representam movimentos de partículas podem encontrar- se somente dentro do domínio A OB e COD.
Os intervalos entre qualquer evento deste domínio e o evento O, são do gênero tempo ou temporais. Neste
domínio, para t > O, região COD, todos os eventos ocorrem depois de O, ou são futuros em relação a O,
em todos os referenciais. Este domínio é também chamado de futuro absoluto em relação ao evento O. Os
eventos do domínio AOB são chamados passado absoluto em relação ao evento O. Toda a matéria e
fenômenos físicos conhecidos e comprovados, incluindo todas as interações conhecidas, estão dentro
destas regiões, também chamadas “cone de luz”. A velocidade de um objeto material, segundo o já
observável, tem que ser menor do que a velocidade da luz e no máximo igual, no caso do objeto se
transformar em energia fotônica.
Espaço. Nas regiões AOC e BOD, o intervalo entre qualquer evento e o evento O é o gênero
espaço ou espaciais, de onde se conclui que em qualquer referencial esses eventos ocorrem em pontos
diferentes do espaço. Os conceitos de simultaneidade, de antes e de depois são relativos, e para qualquer
evento desse domínio existem referenciais, onde ele ocorre depois do evento O, referenciais onde ele
ocorre antes de O, e um referencial onde ele ocorre simultaneamente com O. Pouco ou nada se conhece a
respeito dos intervalos do gênero espaço na Física.
Próprio. O desenho representativo é uma visão do referencial próprio em que se está.
Observados de dois referenciais diferentes comparáveis, tanto o espaço quanto o tempo fluem de maneira
particular e diferentemente. Para outros esclarecimentos, há de se consultar obras especializadas.
Hipóteses. Verifica-se que no domínio de intervalos do gênero espaço, pode-se estar em vários
pontos (ou todos) do espaço, em um mesmo instante de tempo, ou viajar, se desprovido de corpo material
denso, a uma velocidade maior do que a da luz, ou ir-se para o futuro, passado, ou permanecer no
presente. Experiências de projeção com o corpo mental por exemplo (V. cap. 116), levam-nos a sugerir ou
colocar de maneira hipotética que os fenômenos observados neste estado podem estar no âmbito de
intervalos do tipo espaciais. Assim como também, do pensamento de Bernhard Riemann (1826-1866), que
aventa a existência do espaço ser independente da métrica (medidas de distância e ângulos), sendo a
métrica espacial resultante da existência da matéria e das forças entre a matéria, ficando o corpo mental
independente dela, coexistindo neste espaço sem métrica.
Tipos. A propósito, há cinco operações de saída e retorno da consciência encarnada, da sede
consciencial em projeções conscienciais, quando portando o corpo mental isolado:
118.1 O corpo mental deixa (projeção) o paracérebro do psicossoma quando este ainda está
coincidente com o corpo humano.
118.2 O corpo mental deixa (projeção) o paracérebro do psicossoma quando este permanece
descoincidente com o corpo humano.
118.3 O corpo mental retorna (interiorização) ao paracérebro do psicossoma coincidente com o
corpo humano.
118.4 O corpo mental retorna (interiorização) ao paracérebro do psicossoma descoincidente
com o corpo humano.
118.5 O psicossoma (paracérebro) se projeta e segue, até o corpo mental livre, fora do corpo
humano, e o absorve numa operação de interiorização inversa.
______________________
Bibliografia: Bentov (119, p. 3), Talbot (1642, p. 162), Toben (1688, p. 63), Vieira
(1762, p. 198), Wolman (1863, p. 749).
119. PARAPSICOPATOLOGIA DO CORPO MENTAL
Parapsicopatologia. A parapatologia do corpo mental, ainda muito obscura, parece ser extensa
e abrange verdadeira parapsicopatologia específica e complexa, muitas vezes manifestando-se através das
entidades desencarnadas nas esferas extrafísicas próprias para a atuação livre do psicossoma e não no
plano mental puro.
Desconsciência. A perda temporária da autoconsciência, ou desconsciência post-mortem,
constitui um dos distúrbios que acometem o corpo mental das consciências recém-desencarnadas mais
fáceis de serem detectados pelo projetor encarnado projetado com lucidez.
Parapsicose. A desconsciência é uma das parapsicoses post-mortem típicas mais freqüentes, e
quê, neste caso, não raro representa mera continuação da psicose senil. A parapsicose mais simples
manifesta-se quando a consciência recém-desencarnada não percebe que passou pelo transe da morte
biológica e perdeu o corpo humano que usava até há pouco, condição esta muito conhecida pelos cultores
das sessões mediúnicas de desobsessão, também chamada monoideísmo póstumo.
Desencarnação. A parapsicose post-mortem acomete em geral a todos aqueles que desencarnam despreparados para assumir a vida extrafísica, os quais constituem, ainda hoje, a maioria esmagadora
da humanidade terrestre. O parapsicótico em geral de forma alguma quer saber que está morto, pois
considera o fato de ainda viver conscientemente como prova absoluta de que não desencarnou, apesar da
crença mais arraigada que possa alimentar na imortalidade da alma, e por mais fanático que seja em suas
crenças religiosas.
Enequéticas. As entidades extrafísicas parapsicóticas, em razão da fome de energia consciencial em que vivem, podem se apresentar também enequéticas, ou seja, com lentidão, viscosidade, e
detalhismo em suas manifestações. Daí porque tendem, em certas circunstâncias, ou ambientes
extrafísicos, a se juntarem implacavelmente ao visitante, mesmo quando se trata de um encarnado
projetado, acompanhando-o, inconscientemente, o quanto podem e aonde podem. Torna- se sobremaneira
importante ao projetor encarnado se inteirar desse fato em relação às projeções assistenciais (V. cap. 324).
Sintomatologia. Nessa condição de desconsciência, a consciência desencarnada não se dá
conta: de onde realmente está; a nova esfera de vida que desfruta; as condições mais livres que pode
usufruir; a época e o ambiente em que vive; os seus novos relacionamentos possíveis; as conseqüências
daí advindas; etc.
Animal. A desconsciência leva a consciência humana recém-desencarnada a reviver, temporariamente, uma fase animal, ou seja, irracional, de si mesma, há muito ultrapassada por suas experiências
reencarnatórias. Ela experimenta a vivência extrafísica semelhante à restrita consciência animal que,
encarnada ou desencarnada, não apresenta real autoconsciência, isto é, não sabe quem é, como
personalidade individual, não se situa corretamente no espaço extrafísico e no tempo cronológico, não
atina com as transformações de seu meio ambiente, não demonstra os indícios básicos da correta
orientação psicológica, etc.
Psicossoma. O distúrbio consciencial da desconsciência, neste caso, é do corpo mental, mas se
reflete completamente e se manifesta em especial pelo psicossoma, o corpo emocional, do desencarnado.
Tal distúrbio persiste mesmo depois da experiência da sua segunda morte (V. cap. 122), ou do descarte
definitivo do duplo etérico.
Terapêutica. Um dos processos de recuperação e cura da desconsciência e a instalação do
despertamento consciencial maior no plano extrafísico está na montagem viva de representações teatrais
com vários grupos de doentes (parapsicodrama), intercalando entidades-assistentes-extra- físicos,
autoconscientes, que convivem com esses doentes, também representando com eles, por temporadas,
peças e dramas didático-terapêuticos, preparando-os para a vida extrafísica ou outra reencarnação
próxima ou imediata.
Duração. Se contarmos pelo tempo cronológico humano, tais dramas, vivências, ou laboratórios prolongados se estendem por semanas e meses, quais encarnações prévias, curtas e simuladas; e
para se desenvolverem não exigem que seja observada a escala cronológica humana. São verdadeiras
mini-encarnações mentais.
Personagem. Encontrei antiga amparadora, mais gorda, transfigurada, envergando vestes exóticas, e segundo ela, engajada completamente nessas condições há meses, pelo cálculo cronológico
terrestre, representando num ambiente do plano extrafísico crosta-a-crosta um personagem dentro de
extenso elenco de longa dramatização formada por enfermos desconscientes, com a finalidade precípua
de recuperá-los. Em tais circunstâncias, a amparadora não podia atender a nenhuma outra tarefa na Crosta
Terrestre, razão porque não se avistava comigo desde o ano anterior, segundo informou, ao apresentar-me
extrafisicamente aos participantes caracterizados da sua peça viva.
Oligofrenias. As oligofrenias, frenastenias ou olipsiquias extrafísicas são distúrbios ou síndromes característicos da patologia do corpo mental, ou seja, deficiências mentais da consciência
desencarnada, que se refletem no psicossoma, parecendo que são gerados por emoções incontidas entre
choques biológicos do renascimento e da desencarnação, resultando daí, como efeitos, a deficiência do
desenvolvimento mental, a ausência de concentração mental, a falta de coordenação do juízo crítico, etc.
Alterações. Quanto aos encarnados, as alterações parapsicopatoiógicas, temporárias, da
consciência projetada são geradas pelas perturbações da atividade parapsicofisiológica que se desenvolve
entre os hemisférios cerebrais, ou a cabeça do corpô humano, os hemisférios paracere- brais, ou a
paracabeça do psicossoma, e o corpo mental situado nesta paracabeça (ou, mais especificamente, no
paracérebro) do psicossoma.
Causas. Dentre as causas das alterações parapsicopatoiógicas da consciência encarnada projetada destacam-se: condicionamentos psicológicos impostos pelas repressões doestado do restringimento físico do corpo humano, gerándo condicionamentos parapsicológicos ou extrafísicos; esgotamento temporário da energia consciencial; intoxicações de origem energética; doenças físicas com
repercussões extrafísicas; alterações da interdependência entre as áreas corticais e o cordão de prata, ou o
cordão de ouro; etc.
Tipos. Dentre os tipos de estados da consciência encarnada projetada com alterações, na
maioria dos casos, parapsicopatoiógicas, destâcam-se dois: a obnubilação e a euforia.
119.1 Obnubilação. A obnubilação extrafísica da consciência projetada, ou desvio mórbido do
curso normal dos processos parapsíquicos, caracteriza-se, essencialmente, pela diminuição do grau
de lucidez extrafísica, com lentidão de compreensão, dificuldade de percepção e da elaboração das
impressões extrafísicas; alteração do curso do pensamento; perturbação da fixação e da evocação;
certo grau de desorientação extrafísica; sonolência extrafísica mais ou menos acentuada.
119.2
Euforia. A éuforia extrafísica, paradoxalmente, é negativa na maioria das ocorrências
projetivas. Tal estado pode conduzir a consciência a ridículos estados de contemplação inconseqüente e profundos sentimentos de beatitude que, ao fim, nada acrescentam de positivo à consciência projetada. Ao contrário, a euforia extrafísica, depois, chega a comunicar: uma sensação de
perda irreparável de oportunidade de aprendizagem fora do corpo humano; a noção de desperdício
do tempo extrafísico;e a frustração do esbanjamento da energia consciencial.
Efeitos. Dentre os efeitos das alterações parapsicopatológicas da consciência encarnada projetada destacam-se: auto-obsessões diversas; projeção inconsciente; indiferença ou apatia ante as
experiências extrafísicas; desvio extemporâneo da atenção extrafísica; incoerência nas observações dos
eventos extrafísicos; surgimento de alvos mentais inesperados ou inconvenientes; estado do projetor
errante; perda da liberdade extrafísica; instalação de projeções semiconscientes ou de outro estado
alterado da consciência impondo-se lamentavelmente sobre a projeção consciente; trauma extrafísico;
interiorização imposta abrupta; cessação da projeção consciente; perda da oportunidade didática das
experiências projetivas; rememoração pós-projetiva fragmentária, ou completamente anulada; fenômeno
do personismo voluntário ou involuntário (V. cap. 59); etc.
Retardamentos. A consciência encarnada pode deparar, além de outros, com dois problemas
similares de retardamentos decorrentes da sua condição de restringimento físico. Primeiro, como
exemplo, o conhecido estado patológico em que o crânio não se desenvolve juntamente com o cérebro
humano, podendo até mesmo apresentar ossos fundidos que nâo deixam espaço para o cérebro crescer.
Isso acarreta terríveis dores de cabeça e o retardamento mental. Segundo, a condição da consciência que
se projeta pelo corpo mental expandido e não consegue passar para o paracére- bro (do psicossoma) e o
cérebro humano os registros das experiências vivenciadas. Isso gera o retardamento consciencial.
Sentimentos. As alterações profundas nas manifestações dos sentimentos da consciência estão
inseridas no âmbito de influência do corpo mental, e neste caso, ainda não se sabe quando são simples
efeitos das emoções (psicossoma) ou quando são mesmo sentimentos, ou seja, pensamentos racionalmente
vinculados às emoções (V. cap. 276).
________________
Bibliografia; Swedenborg (1639, p. 80), Vieira (1762, p. 153).
120. MORTE
Definição. Morte: desativação e descarte indolor de um dos veículos de manifestação da
consciência eterna.
Sinonímia: decesso; desativação de veículo consciencial; descarte de envoltório consciencial;
tanatose.
Mudança. A morte representa a mudança de nível da consciência, ou princípio espiritual,
através da desativação e o despojamento de um dos seus veículos de manifestação, à semelhança de várias
ocorrências naturais conhecidas: o réptil (cobra) trocando a pele; a ave mudando as penas; o inseto
(cigarra) substituindo a exúvia; a árvore renovando as folhas; e o fruto desfazendo-se de sua casca.
Tipos. Ocorrem três tipos de morte: a primeira, a segunda e a terceira. Cada morte constitui a
paralisação e conseqüente desintegração, definitiva, de determinado instrumento, máquina, veículo, ou
corpo através do qual a consciência atuava.
Choque. Cada morte representa ainda: um choque parabiológico; quase sempre uma crise
positiva de crescimento; um período definido de transição evolutiva; uma radical mudança, geralmente
indolor e para melhor. As mortes, no entanto, permanecem ainda, dentro dos costumes humanos,
intensamente envolvidas por excessivos tabus, condicionamentos, idéias preconcebidas, crendices,
superstições e emocionalismos. Apesar de tudo isso, as mortes, em seus três gêneros de manifestação, são
experiências mais agradáveis do que desagradáveis.
Nascimento. Cada morte, ou descarte de veículo consciencial, constitui realmente uma espécie
de nascimento da consciência em outra forma mais evoluída de existência.
_________________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 212), Chu (284, p. 61), Ciookall (339, p. 181), Hampton (676, p.
17), Hein del (705, p. 109), Perkins (1236, p. 77), Powell (1278, p. 107), Vieiia (1762, p. 62), Wang
(1794, p. 155).
121. PRIMEIRA MORTE
Definição. Primeira morte: desativação e descarte do corpo humano com a ruptura do cordão de
prata, ficando a consciência recém-desencarnada com o duplo etérico, o psicossoma e o corpo mental
como seus veículos de manifestação.
Sinonímia: autólise (suicídio); decolagem final do psicossoma; desativação do corpo físico;
desativação do corpo humano; descarte do corpo humano; desdobramento definitivo; desencarnação;
desmobilização do corpo humano; desocupação do corpo humano; desprendimento final do perispírito;
desprendimento último; fim da vida humana animal; libertação do corpo humano; lise; monotanatose;
morte biológica; morte cerebral; morte corporal completa; morte física; morte do corpo humano; morte
natural; morte somática; passamento; projeção final; soltura do espírito prisioneiro; trespasse; última
projeção humana; última projeção semifísica; troca de matéria.
Ego. Realmente seria mais correto afirmar que a encarnação ou renascimento humano, é de fato
o sepultamento do ego, conduzido pelo corpo mental, no paracérebro do psicossoma, para a intimidade
do corpo humano, do início da concepção biológica, durante o crescimento físico, até à maturidade; e a
desencarnação, ou morte biológica, constitui a exumação do ego para fora do corpo humano, sendo que
este último, desativado, realmente morre e se decompõe.
Conquista. A transição da primeira morte — ou a desativação do corpo humano — não oferece
qualquer meio de fuga à consciência e liquida definitivamente, na consciência liberta, com os mitos, os
tabus, os misticismos, e as mistificações de toda natureza, que confundem a mente humana quando
empenhada na apreensão das realidades extrafísicas. A projeção consciente, ou mini- morte física,
permite essa conquista vital ainda no decorrer da vida humana.
Tipos. Há dois tipos básicos da primeira morte: a morte súbita, que inclui a síncope e a asfixia;
e a morte agônica ou lenta.
Cemitério. A rigor, o cemitério é a última base física da consciência humana, na sua projeção
final, última projeção semifísica ou morte biológica.
Impuro. Do ponto de vista do veículo de manifestação, o desencarnado impuro é aquele que
passou apenas pela desencarnação do corpo humano.
Liberação. Segundo se pode observar nos fenômenos da Projeciologia — nas projeções do
adeus, por exemplo —, a morte física não constitui uma cessação de energia, porém representa mais uma
liberação de energia.
Transferência. A primeira morte, relativa ao corpo humano, ocorre porque, com a ruptura do
cordão de prata, não é mais possível a transferência da energia consciencial, ou fluido vital, da
consciência, do corpo mental, passando pelo psicossoma e o duplo etérico, para a unidade do corpo
humano e que, desse momento em diante, começa a desagregar-se pouco a pouco, implantando- se o caos
orgânico e a aniquilação das células.
Lei. A morte do corpo humano e o seu aproveitamento na condição de cadáver, ou matéria
usada, obedece à lei da conservação da energia: a energia não é criada nem destruída, mas transformada.
Revezamento. Um dos assuntos mais complexos e controvertidos da Tanatologia é a ousada
hipótese da troca da consciência encarnada num corpo humano, na idade adulta, por outra que estava
desencarnada, e que se reveza na utilização do veículo de manifestação da consciência.
Emenda. Na hipótese do revezamento, reencarnação sem infância, transplante de corpo humano inteiro, transmigração na maturidade, reencarnação de adulto, ou a teoria dos seres entrantes,
ocorre a inexplicável ruptura do cordão de prata que se emenda com o outro do desencarnado, que ainda
o mantém, ou seja, parte do duplo etérico, sem acontecer no caso a desativação do corpo humano em
processo de substituição de comando, que prossegue com outro comando consciencial, duplo etérico,
psicossoma e, obviamente, corpo mental.
Locatários. Na hipótese da reencarnação de adulto, ou substituição de consciência, há a experiência da primeira morte para uma consciência, primeiro locatário, doador do corpo humano, e o
renascimento, já na idade adulta, de outra, consciência, segundo locatário, ou ser entrante (walk-in), no
plano físico, simultaneamente com a ressurreição pelo empréstimo do cadáver, ou mesmo a continuação
do corpo vivo de outrem.
Canibalização. Sob certo aspecto o revezamento encarnatório seria uma espécie de canibalização, ou seja, a remoção de peças utilizáveis de um equipamento, a fim de usá-las em outro.
Vantagens. Alegam os defensores da hipótese da reencarnação de adulto que existem quatro
vantagens essenciais para a sua ocorrência: aproveitamento do corpo de uma pessoa adulta; conservação
de lembranças mais vívidas daquilo que está arquivado (aspecto extremamente difícil de se entender);
eliminação do tempo perdido com a infância; e a evitação das tentações e percalços próprios da
inexperiência durante a fase da juventude.
Posse. Crenças orientais aceitam que a reencarnação de adulto pode-se dar pela tomada de
posse por um espírito que acabou de deixar o seu corpo humano, de um outro corpo humano que foi
abandonado, no mesmo instante, pelo seu precedente ocupante, havendo um fim produtivo que justifique
a ocorrência. Existe a hipótese, inclusive, de que Jesus de Nazaré reencarnou na idade adulta, exatamente
na ocasião do seu batismo, daí a existência dos períodos obscuros de sua vida pregressa, anterior à vida
pública de apenas três anos.
Casos. Há relatos de permuta de direção consciencial no Oriente. Os casos mais conhecidos e
controvertidos, em décadas recentes, no Ocidente, foram os de Cyril Henry Hoskin — Cari Kuan Suo, ou
Tuesday Lobsang Rampa, em 1949 (Rampa, 1353, p. 94), e David Paladin (1926-1944) Wassily
Kandinsky (1866-1944), o pai da pintura abstrata (Banerjee, 74, p. 45). Ainda hoje, o Sr. David Paladin
vive nos Estados Unidos da América.
Possessão. Tais casos relativos à hipótese da reencarnação de adulto, ou dos seres entrantes,
segundo os pesquisadores não devem ser confundidos com o fenómeno da possessão (V. cap. 321), ou a
“dupla personalidade”, caracterizada por psiquiatras, psicanalistas e psicólogos por “dissociação da
personalidade” ou “personalidade secundária”. No entanto, até o momento, a possessão, sem dúvida, é a
hipótese mais racional para explicar tais fenômenos na maioria dos casos referidos, e a ocorrência da
reciclagem encarnatória (V. cap. 400), para esclarecer casos particulares.
Desligamento. Ainda existem inúmeros prismas obscuros sobre o fenômeno da morte do corpo
humano. É importante assinalar que a consciência do recém-desencarnado nem sempre se desliga, de
imediato, do seu cadáver no ato da ruptura do cordão de prata. Existem muitas evidências apresentadas
por médiuns clarividentes que vêem o psicossoma do indivíduo junto ao cadáver, e comunicações de
entidades extrafísicas atormentadas pelas sensações de estarem ainda sentindo o corpo humano em
decomposição. Além disso, neste fenômeno particular, pesam ainda muito mais os indícios
circunstanciais propiciados por aparições post-mortem.
Arranhão. Um caso típico de aparição é o do rosto arranhado da jovem recém-falecida, feito
acidentalmente por sua mãe enquanto vestia o corpo para o sepultamento, e que cobriu o arranhão
vermelho com maquilagem, mantendo o fato, por vergonha, em segredo. O pequeno acidente somente
veio a público, nove anos depois, através do irmao da falecida, percipiente que viu o rosto da sua irmã,
numa aparição, desfigurado pelo arranhão. Isto evidenciou que até àhora de vestir o cadáver, a
consciência da jovem, talvez já tendo passado pela ruptura do cordão de prata, ainda sentia as impressões
do corpo humano e de algum modo ainda se encontrava sediada dentro dele, tendo por isso sofrido a
repercussão extrafísica do arranhão no psicossoma com o qual apareceu ao irmão (Ebon, 453, p. 14).
Hipóteses. Isso levanta diversas hipóteses que podem contribuir para nossas pesquisas: —Mesmo com a ruptura do cordão de prata, ou seja, a passagem pela primeira morte, a consciência ainda sente
as impressões do corpo humano através dos resquícios energéticos do duplo etérico? (Parece que sim em
certas injunções ou circunstâncias extrafísicas.) Outras questões: — Que circunstâncias extrafísicas são
essas? Será que a consciência da jovem sentiu a dor provocada pelo arranhão? Pode ser que sim. Sob
estes aspectos, o ato da cremação dos cadáveres merece ser minuciosamente analisado. Por outro lado,
não se pode descartar estas outras perguntas: — Será que a consciência da jovem viu o arranhão no seu
corpo a caminho da decomposição e o plasmou ou o insculpiu por autotransfiguração no para-rosto do seu
psicossoma, ao modo das estigmatizações humanas? Esta hipótese parece menos provável? Será que o
cordão de prata já estava mesmo rompido no instante da arranhadura? Ou a jovem foi na verdade
enterrada viva?
Emocionalismo. Logo depois da primeira morte, a tendência da consciência recém-desencarnada é voltar sua atenção para o íntimo, ou a vida interna, e viver antes de tudo nos sentimentos e no
paracérebro (do psicossoma, ou corpo emocional), e não no mundo externo. Se a consciência recémdesencarnada está ainda evolutivamente mais dominada pelas emoções animais, ou sentimentos nãopositivos da vida humana, fica sem bases e palco para as manifestações de seus emocionalis- mos, daí
sobrevindo, como conseqüências, a angústia e aparapsicose post-mortem. Tais condições antagônicas,
entre a vida interna e o mundo externo, vêm gerando os umbrais extrafísicos reais, e os conceitos de
infernos e geenas criados pelas cosmologias de religiões diversas.
Clarividência. Uma das evidências subjetivas, menores mas nem por isso desprezíveis, da
transição da primeira morte é a clarividência daqueles médiuns que vêem os seres encarnados desencarnarem, inclusive com a decolagem final do psicossoma do moribundo.
Desperdícios. A primeira morte deve ser muito mais estudada a fim de, um dia, se evitar a
tristeza e a lástima dos imensos desperdícios de lágrimas, preocupações, tempo, energia, e economias
gastos com cadáveres, em todos os países, em todos os continentes, através dos séculos, e até mesmo
nesta orgulhosa Idade da Ciência e da Tecnologia.
Maturidade. O perpassar das primaveras e verões da vida humana, quando a mesma vem sendo
espiritualmente produtiva, traz como conseqüências naturais as evidências da maturidade extra- física da
consciência (V. cap. 135), expressas além de outras, por estas oito características inconfundíveis.
121.1. Desilusões. O crescimento das desilusões próprias da imaturidade humana, agora
descobertas e identificadas.
121.2. Nostalgias. O irrompimento no íntimo da consciência encarnada de nostalgias transcendentes, profundas, por um mundo melhor do que o plano terrestre.
121.3. Autoconscientização. A autoconscientização maior da prisão ou do restringimento físico
próprio do corpo humano.
121.4. Concepção. A concepção exata da condição de espírito vivo-morto, prisioneiro, que
transformar-se-á no morto-vivo ou ressuscitado.
121.5. Retomo. A idéia do retorno bem-vindo à sua verdadeira origem ou procedência espiritual.
121.6. Liberdade. A saudade (ou para-saudade) intensa e gratificante pelos espaços livres do
mundo e dos ambientes extrafísicos.
121.7. Alegria. A alegria de observar o próprio corpo humano decaindo espontânea e naturalmente, por si, apesar de seus cuidados, para o inevitável descarte, definitivo, à vista, o que lhe faz
mudar as prioridades na existência.
121.8. Ansiedade. As ânsias permanentes, mas responsáveis, pelo retorno aparentemente tardio
quando ocorre a espera prolongada própria da pessoa em idade humana avançada.
______________________
Bibliograila: Banerjee (74, p. 39), Baumann (93, p. 71), Blavatsky (153, p. 444), Bozzano
(192, p. 125), Brittain (206, p. 65), Chinmoy (280, p. 5), Crookall (339, p. 18), Currie (354, p. 156), Emy
(483, p. 82), Flammarion (524, p. 80), Fodor (528, p. 80), Gauld (576, p. 221), Greene (635, p. 60),
Greenhouse (636, p. 26), Hodson (729, p. 77), Holms (735, p. 22), Huxley (771, p. 267),Kardec (824,p.
110), Levine (921, p. 1), Morel (1086, p. 127), Noyes Jr. (1142, p. 174), Oldfield (1148, p. 167), Osis
(1159, p. 15), Paula (1208, p. 123), Pole (1270, p. 82), Powell (1278, p. 107), Stanke (1595, p. 101),
Taylor (1666, p. 152), Underwood (1721, p. 202), Vieira (1762, p.- 157), Wang (1794, p. 155), Xavier
(1883, p. 268),Zaniah (1899, p. 316).
123. SEGUNDA MORTE
Definição. Segunda morte: desativação e descarte do duplo etérico, incluindo a reti
rada dos resquícios do cordão de prata e da aura relativa ao duplo etérico, ficando a consciência
desencarnada no corpo mental e no psicossoma que apresenta a sua própria aura.
Sinonímia: bitanatose; criação do cascão astral; desativação do duplo etérico; descarte do duplo
etérico; morte do terceiro dia; morte extrafísica; separação do duplo composto.
Lastro. Na desativação do duplo etérico, os resquícios do cordão de prata variam conforme o
recém-desencamado tenha completado ou não o período reencarnatório, preestabelecido por orientação
cármica, havendo ocorrido o desgaste parcial ou total do lastro de sua energia vital.
Depuração. A segunda morte constitui a depuração de todas as emanações ectoplásmicas do ser
(consciência) que deixou a matéria densa e que se desintegram, segundo a média dos recémdesencamados, dois ou três dias após a desativação do corpo humano.
Puro. Do ponto de vista do veículo de manifestação, o desencarnado puro, ou enxuto, é aquele
que já se desvencilhou dos resquícios do cordão de prata pela desativação do duplo etérico.
________________
Bibliografia: Aliança (13, p. 152), Beard (99, p. 122), Blavatsky (153. p. 715), Bozzano (193,
p. 109), Crookall (339, p. 131), Gaynor (577, p. 164), Greenhouse (636, p. 26), Heindel (705, p. 38),
Holzer (748, p. 158), Lee (908, p. 91), Oséias,6:1-2, Shirley (1553, p. 50), Walker (1782, p. 262), Wedeck
(1807, p. 319), Zaniah (1899, p. 408).
123. TERCEIRA MORTE
Definição. Terceira morte: morte extrafísica ou desativação e descarte do psicossoma com a
ruptura do cordão de ouro e a entrada da consciência na condição de espírito puro, na qual se manifesta
permanentemente só pelo corpo mental.
Sinonímia: desativação do psicossoma; descarte do psicossoma; dispensa do psicossoma; fim
da erraticidade; fim das reencarnações; libertação consciencial; moksha; morte extrafísica; nascimento do
espírito puro; tritanatose.
Fim. A terceira morte assinala o fim da migração do ego, a extinção do ciclo do vem e vai dos
nascimentos e mortes, ou das reencarnações pessoais, objetivo inevitável de todos os seres sen- cientes.
Escala. A terceira morte é o coroamento da evolução da consciência no fim do sétimo estágio
da escala do estado da consciência contínua (V. cap. 439), iniciando assim nova etapa da evolução eterna
e, hoje, inteiramente desconhecida, em seu todo, para nós.
Mental. É menos difícil entender a condição de erraticidade da consciência desencarnada, e
muito mais difícil compreender o término dessa mesma erratividade, ou a condição de domicílio da
consciência no corpo mental no plano mental. O que acontece aí? Parece que ninguém ainda sabe
responder satisfatoriamente a esta pergunta. As pessoas sempre se preocupam, naturalmente, com a idéia
desafiadora da existência da causa primária. Talvez mais perturbadora ainda seja esta idéia do plano
mental onde a consciência manifesta-se sem apêndices, pelo menos na forma como os conhecemos.
____________________
Bibliografia: Rampa (1361, p. 96), Vieira (1762, p. 214), Walker (1786, p. 22).
124. AS TRÊS MORTES
Rupturas. Como se pode deduzir das asserções dos capítulos precedentes, as três mortes
constituem apenas rompimentos, rupturas ou separações de veículos de manifestação,
desativáveis,descartáveis e decomponíveis, ante a consciência imortal. Cada uma das três mortes, em
separado ou no conjunto, de modo algum implica a ideia de completa extinção ou aniquilamento do eu, da
consciência ou do espírito.
Biológica. A morte biológica, em razão de causas naturais, representa sempre ocorrência que
deve ser enquadrada como autêntico processo evolutivo da consciência eterna e do desenvolvimento dos
próprios veículos de manifestação humana das consciências.
Reativação. Os corpos ou veículos de manifestação da consciência quando desativados, o são,
ao que parece, definitivamente. A sua reativação é impraticável. O contrário parece que seria uma
ocorrência involutiva ou antinatural, muito embora exista a controvertida hipótese do revezamento
consciencial, ou reencarnação direta na fase adulta que, sob certo aspecto patrocinaria na prática, de
algum modo, essa reativação com o ingresso na vida humana de outra consciência (V. cap. 121).
Auxiliar. A primeira e a segunda mortes dos outros são ocorrências para as quais os projetores
conscientes encarnados são chamados a colaborar, extrafisicamente, durante as projeções assistenciais.
Isso toma a consciência encarnada projetada autêntica auxiliar da morte biológica.
Defasagem. Das três mortes, ou dos três descartes veiculares da consciência, o descarte do
corpo humano — desencarnação ou morte biológica — é o mais desconcertante, radical, ou que apresenta
a maior defasagem ambiental para o ego. E por mais estranho que pareça, é o descarte que mais se
aproxima, em suas manifestações e efeitos, do fenómeno da projeção consciente humana. Daí porque vem
sendo tão difícil, através dos milênios, à consciência encarnada implantar, em si mesma, o hábito natural
de se projetar com lucidez para fora do corpo humano. A defasagem, ou o descompasso entre os
ambientes conscienciais ou condições veiculares, é de um por mil quando a consciência encarnada se
projeta através do psicossoma (tendo em vista o peso deste veículo), e de um pelo “infinito“ quando a
consciência se projeta somente através do corpo mental isolado. Ao projetor consciente vale meditar
profundamente sobre este assunto.
Renascimentos. Eis uma hipótese: assim como existem três mortes, cada reencarnação se
constitui de três renascimentos distintos: a concepção, o parto, e a maturidade humana.
124.1. Concepção. Primeiro renascimento: a concepção biológica, ou seja, união inicial do
psicossoma com o corpo humano ou o ato da criação do cordão de prata que dá início à atuação do corpo
energético ou duplo etérico (V. cap. 90). Este é o período da cooperação, ou co-opção, da consciência
reencarnante com outra consciência (gestante) ou outras (espíritos de outro feto ou outros fetos, gêmeos).
124.2. Parto. Segundo renascimento: a délivrance, ou o ato do nascimento propriamente dito,
permite que a entidade comece a atuar de modo livre, por si mesma, individualmente, no plano físico.
124.3. Maturidade. Terceiro renascimento: só na maturidade física, depois dos períodos da
infância e da juventude, é que a consciência consegue se manifestar na plenitude de si própria, revelando
em seus atos todos os potenciais que traz consigo.
Relações. Esta fase da maturidade física é precedida pela consolidação efetiva da consciência
em nova encarnação que em geral ocorre por volta do sétimo ano de idade física. Contudo, a maturidade
física não tem relação direta-com a condição da maioridade dos códigos humanos (vinte e um anos de
idade). Também essa maturidade física não depende da condição de fixação psico- fisiológica maior da
consciência reencarnada (V. cap. 443), pois em geral acontece o oposto: o ser encarnado menos fixado
fisicamente pode alcançar mais depressa a maturidade e, mais ainda, como conseqüência, a maturidade
extrafísica.
Dupla. Apesar dos tropeços evolutivos, segundo consta em ambientes extrafísicos, já existem
consciências encarnadas neste planeta Terra capazes de promover a primeira e a segunda mortes ao
mesmo tempo (dupla morte). Neste caso, a consciência promove, por atacado, de uma vez, uma doação
positiva, sadia, de energia consciencial, — ainda de natureza humana, — a consciências enfermas.
Imolação. Em matéria de assistência crosta-a-crosta tal imolação energética deve constituir a
realização máxima, final, possível à consciência encarnada a partir de uma autodesencarnação chacral (V.
cap. 440). Este ato de para-higiene consciencial exclui: o choque biológico da desencarnação; a parapsicose post-mortem; os desperdícios nas aplicações energéticas; as
vampirizações conscienciais; etc.
____________________
Bibliografia: Bennett (117, p. 29), Vieira (1762, p. 157).
125.
PARALELOS ENTRE PROJEÇÃO EVENTUAL E FINAL
Morte. A morte biológica constitui a última causa para uma projeção involuntária, com a
ruptura do cordão de prata, quando a consciência só pode se encarnar em outro corpo humano, em
novo renascimento físico.
Natureza. Tendo por base a natureza da vida humana, assim como existem a morte natural e
a morte forçada ocorrem a projeção natural e a projeção forçada.
Diferenciais. Eis agora seis caracteres diferenciais básicos entre a projeção final, ou
desativação do corpo humano, e a projeção comum:
125.1. Cordão. Na projeção final tem lugar a ruptura definitiva do cordão de prata, fato que
define a desativação do corpo humano. Na projeção consciente comum ocorre apenas o desalojamento do cordão de prata deixando temporariamente a sua sede orgânica, física, para onde retoma
daí a pouco.
125.2. Descoincidência. Na projeção final acontece a descoincidência definitiva dos veículos de manifestação, em especial o psicossoma deixando o corpo humano para sempre. Na projeção
comum ocorre a descoincidência apenas temporária destes veículos.
125.3. Sono. A projeção final faz-se acompanhar, na maioria dos casos, pelo sono reparador.
Na projeção de consciência contínua, por exemplo, há a vigília ininterrupta, durante todo o processo,
sem o surgimento de sono, sonho ou pesadelo de qualquer natureza.
125.4. Visão. A projeção final apresenta, de modo constante, a visão panorâmica retrospectiva, não raro até integral, da atual existência humana da consciência. Na projeção torna-se incomum o surgimento da visão panorâmica que às vezes acontece durante certos fenômenos da qua- semorte (V. cap. 32).
125.5. Assistência. A projeção final recebe invariável assistência extrafísica de entidades, os
desencarnados especialistas no atendimento dos processos desencarnatórios. A projeção cons- ciencial
comum transcorre, na maioria das vezes, sem a assistência tangível ou visível de ampara- dores.
125.6. Mortes. A projeção final constitui a morte física, definitiva, do corpo humano. A
projeção eventual comum representa apenas a morte psíquica, temporária, do corpo humano.
Espólio. O próprio corpo humano, as roupas que o vestem, e os possíveis objetos pessoais
que restaram junto ao corpo, constituem o espólio imediato do projetor humano deixado por ocasião da
sua projeção final.
Processos. A encarnação é um processo extrafísico-fisico de condensação. A desencarnação
é um processo físico-extrafísico de decomposição (evaporação ou gaseificação).
_________________________
Bibliografia: Bozzano (184, p. 149), Drury (414, p. 39), Shay (1546, p. 28), Steiger
(1601, p. 107), Xavier (1883, p. 209), Yogananda (1894, p. 245).
126.
PARALELOS ENTRE O PSICOSSOMA DO ENCARNADO E O DO DESENCARNADO
Diferenciais. A consciência encarnada projetada pelo psicossoma e o desencarnado, espírito
decesso, ou indivíduo supravivo manifestando-se normalmente pelo mesmo veículo, já tendo este
passado pela segunda morte, ou seja, desativado o duplo etérico, apresentam uma série de caracteres diferenciais se confrontados, o que ajuda sobremaneira na identificação das entidades
encontradas pelo projetor consciente.
126.1. Cordão. A diferença fundamental quanto ao psicossoma do encarnado (criatura tridimensional) comparado ao do desencarnado (criatura quadridimensional) está na ligação com o corpo
humano — o cordão de prata — que se atrela a ele inevitavelmente e que, por mais livre que consiga estar
no plano extrafísico, através da projeção pelo psicossoma, estará sempre muito mais preso do que o
desencarnado sadio que já passou pela segunda morte (V. cap. 122).
126.2. Etérico. O psicossoma do encarnado projetado pode apresentar as energias do duplo
ete'rico, inclusive as irradiações densas da aura humana, o que não ocorre com o desencarnado sadio, no
estado da coincidência deste, quando já passou pela segunda morte.
126.3. Encarnação. A encarnação ou vida humana mostra-se sempre uma caricatura ou
imitação bem piorada, um arremedo, da vida extrafísica do desencarnado quando livre e sadio, ou sem os
distúrbios próprios da parapsicopatologia post-mortem, a começar pelas possibilidades de manifestação
do psicossoma do encarnado que são amortecidas ou restringidas enormemente no que diz respeito às
sensações.
126.4. Restringimento. A análise do período extrafísico da projeção consciente dá a entender ao
projetor experiente que, na vida encarnada, a consciência sofre um restringimento ou constrição
consciencial de mil para um, ou uma redução de um milésimo. Isto é similar ao que ocorre com o peso
entre o corpo humano e o psicossoma, quando a consciência encarnada passa da sensação de setenta
quilos para a leveza de setenta gramas. Isso significa, ainda, racionalmente, que a plenitude da vida
consciencial é anulada, com o restringimento físico imposto pela encarnação, na base de 99,999%.
126.5. Período. O confronto entre o breve período extrafísico da projeção do encarnado e o
demorado intervalo reencarnatório do desencarnado (intermissão), evidencia à consciência livre do
projetor que é necessário aproveitar a chance da liberdade extrafísica o mais possível. Este fato perturba a
escolha do projetor encarnado quanto aos seus alvos mentais, ocorrendo indecisões no seu comportamento
extrafísico: escolhas simultâneas de destinos; interregnos por interferências de outro alvo mental
escolhido; projeção-penetra; etc.
126.6. Percepções. Pelos dados expostos conclui-se que qualquer confronto entre as possibilidades das faculdades e percepções do projetor encarnado, projetado pelo psicossoma, e o
desencarnado, manifestando-se pelo mesmo veículo, resultará sempre na constatação de uma diferença
negativa nas manifestações, contra o projetor encarnado, geralmente na ordem de um para mil.
126.7. Peso. O psicossoma do projetor projetado, mesmo sem o duplo etérico e até na posição
de baixa condensação, será sempre mais denso e pesado do que o psicossoma do desencarnado livre
manifestando-se por este veículo, porque o projetor projetado não perde a inserção do cordão de prata no
psicossoma, afora resquícios das energias semifísicas, quase sempre bem visíveis ou perceptíveis.
126.8. Volume. O psicossoma do projetor apresenta-se sempre mais gordo, inchado, ou com
volume aparente maior do que o psicossoma mais magro do desencarnado, devido não só à densidade,
através do cordão de prata em atividade, mas também pela existência do duplo etérico carregado, sobre ou
interpenetrante com o psicossoma, ocorrência freqüente durante as projeções conscientes.
126.9. Autoluminosidade. O psicossoma do desencarnado sói ser mais luminoso, brilhante e
transparente do que o psicossoma do encarnado projetado, isso devido à densidade maior deste, que lhe dá
maior translucidez ou mesmo opacidade completa, e também em razão da dificuldade que defronta em
manter a consciência serena e com manifestações naturais, inclusive quanto à autoluminosidade.
126.10. Energia. A energia física, ou do corpo humano, que o psicossoma do encarnado
carrega consigo ao se projetar, chega a ser tão diferente da qualidade ou natureza da energia do psicossoma do desencarnado evoluído, o amparador, por exemplo, que é utilizada com a orientação e ajuda
deste, no atendimento a enfermos encarnados e, até mesmo desencarnados portadores de parapsicoses
post-mortem, durante as projeções assistenciais do projetor experiente.
126.11. Tempo. 0 projetor encarnado que sofre mais os condicionamentos do tempo cronológico, e só raramente tem o período livre da projeção com plena consciência, busca aproveitar mais
intensamente a sua oportunidade. Isso faz com que para ele pareça que os eventos se sucedam com
velocidade maior, mas nem sempre isso é verdade.
126-12. Transfigurações. O desencarnado desfruta de maior facilidade para transfigurar o
próprio psicossoma sozinho, enxuto, ou livre do duplo etérico e dos percentuais de matéria física densa,
do que o projetor projetado. Tal fato dá vantagem ao desencarnado enfermo nas confrontações com o
projetor projetado fora do corpo humano.
126.13. Alterações. Os desencarnados apresentam com freqüência maior as alterações patológicas do psicossoma, o que não ocorre com facilidade com o psicossoma do encarnado projetado.
Este fato favorece o projetor veterano.
126.14. Desempenhos. A superexcitabilidade do projetor projetado ao desejar aproveitar ao
máximo as suas miniférias extrafísicas, sempre o prejudica no uso pleno de suas possibilidades de
manifestação, e na escolha de destino e desempenhos em geral fora do corpo humano, o que não ocorre
com o desencarnado lúcido quanto à sua existência extrafísica mais permanente.
126.15. Confrontações. Os fatos referidos falam a favor de que nas confrontações, durante os
ataques extrafísicos dos desencarnados enfermos, e nas tarefas desobsessivas em períodos da projeção, o
projetor recebe sempre a cooperação do amparador, sem o que seria impraticável para ele qualquer
embate extrafísico, devido à desproporção de forças a favor do desencarnado, mesmo enfermo, desde que
disponha de relativa lucidez consciencial.
126.16. Crosta. Junto à crosta terreste não se encontram tantas entidades sadi^, como se
poderia supor. Vêem-se apenas, em determinadas áreas localizadas, bom número de desencarnados
enfermos carentes de energias físicas que satisfaçam às suas sensações ainda materiai humanas. Ao
desencarnado saudável, numa comparação rústica, n£o vale a pena deixar o seu confortável bairro
residencial no plano extrafísico melhor, para se perder nos meandros escuros do b< ;- fonds do plano
crosta-a-crosta.
126.17. Gravitação. A força gravitacional do planeta Terra somente exerce relativa influência
sobre as consciências perturbadas por seus reflexos psicológicos ou quando se manifestam com o
psicossoma excessivamente condensado. Tal fato não atinge, portanto, o desencarnado sadio, mas pode
afetar o projetor projetado, em certas circunstâncias.
127.
PARALELOS ENTRE PSICOSSOMA E CORPO MENTAL
Formato. Quanto ao formato, as manifestações conscienciais do corpo humano (ou corpo
unificado) se dão pelo componente de direção longitudinal do psicossoma, daí porque o homem (e a
mulher) é uma criatura de forma comprida, vertical, ereta (inclusive çom os membros superiores e
inferiores estendidos, compridos, ou longitudinais), e que tem a sua sede, gravitária, na extremidade
encefálica ou superior. Já as manifestações conscienciais do corpo mental isolado se dão pelo
componente universal da informidade ou da omnidireção.O corpo mental, agravitário, não se subordina
ao comprimento ou à direção longitudinal (V. Fig. 127).
Diferenciais. Fatores diferenciais permitem à consciência distinguir o veículo de manifestação
por onde se projeta na oportunidade e as disparidades entre as projeções conscientes através do
psicossoma (sempre portando o corpo mental no paracérebro) e através do corpo mental isolado. São eles:
127.1. Decolagem. A decolagem pelo psicossoma pode ser percebida pela consciência por todo
o corpo humano. A decolagem pelo corpo mental somente ocorre dentro da área cortical ou apenas no
âmbito da caixa craniana.
127.2.Autoconsciência. O psicossoma faculta graus de consciência acima do estado da vigília
física ordinária. O corpo mental permite a condição da consciência cósmica ou a expansão máxima da
consciência.
127.3.Desprendimentos. O psicossoma se projeta apenas do corpo humano num desprendimento simples ou único. O corpo mental se projeta do psicossoma (paracérebro) estando este
coincidente com o corpo humano ou mesmo descoincidente, à distância do corpo humano, ocorrendo
neste caso um duplo desprendimento.
127.4. Plano. O psicossoma somente transita nos distritos extrafísicos crosta-a-crosta, nativos,
puros ou astrais, e permite a manifestação direta com o plano humano, físico, a telecinesia, etc., atuando
num nível extrafísico motriz ou mesmo tátil. O corpo mental faculta o entendimento de um ponto de vista
mental ou visual transcendente máximo, porém não permite a manifesta- çío motriz ou tátil, atuando em
um nível direto e puro de consciência para consciência.
127.5. Coincidências. O psicossoma renova sempre a sua coincidência com novos corpos
humanos durante as reencarnações sucessivas. O corpo mental permanece sempre na mesma coincidência
com o psicossoma.
127.6. Forma. O psicossoma tem alguma forma humanóide ou outra qualquer, devido às
transfigurações e autotransfigurações, vista e sentida pela consciência, inclusive os trajes extrafísicos. O
corpo mental apresenta-se informe ou incorpóreo. Na verdade, o termo corpo não é nem apropriado para
denominá-lo como veículo e, nele, a consciência se sente invisível até para si mesma.
127.7. Crescimento. O psicossoma vai inserindo a sua forma humanóide, quadridimen- sional,
da sua evolução, até atingir a forma humana adulta, quando não cresce mais. O corpo mental cresce, de
algum modo, sempre, durante a evolução do ego.
127.8. Ligação. O psicossoma apresenta, de modo ostensivo, a atuação do cordão de prata, e
particularmente a função de retratilidade deste, além de vários outros aspectos definidos. O sutil cordão de
ouro, que liga o psicossoma ao corpo mental, não constitui elemento intercorpo- ral visualizável à
semelhança do cordão de prata.
127.9. Apêndices. O psicossoma além de apresentar uma ligação própria do corpo humano, o
cordão de prata, tem o cordão de ouro que é uma ligação própria, sua, com o corpo mental. Este veículo, o
corpo mental, não tem ligação intercorporal própria no âmbito de nosso conhecimento.
127.10. Peso. O psicossoma dá à consciência certa sensação de peso, embora sendo levíssimo,
um milésimo em relação ao peso do corpo humano. O corpo mental não permite à consciência perceber
qualquer sensação de peso em si.
127.11. Emocionalismo. O psicossoma — veículo da emoção, corpo emocional ou dos desejos
- exacerba o emocionalismo próprio do projetor, comum em sua vigília física ordinária. O corpo mental
não faculta o emocionalismo grosseiro.
127.12. Influências. O psicossoma permite o ataque extrafísico de outras entidades ao projetor
projetado e a realização da projeção desobsessiva! O corpo mental não permite o ataque extrafísico e nem
a projeção desobsessiva nos moldes em que é feita, porque a abordagem extrafísica ocorre no plano
mental.
127.13. Mediunidade. O psicossoma faculta a possibilidade de o projetor projetado funcionar
como médium, no plano extrafísico, nos moldes semelhantes aos utilizados no plano humano. As
percepções parapsicológicas, incluindo o desempenho da mediunidade, são mais avançadas quando a
consciência atua pelo corpo mental.
127.14. Participação. A consciência, quando atua pelo psicossoma, é mais participante do que
observadora dos acontecimentos extrafísicos. A consciência, quando se manifesta pelo corpo mental, é
observadora, na plenitude de suas possibilidades de observação, e só participa dos fatos, mentalmente, ou
num plano mental.
127.15. Comunicação. O psicossoma permite à consciência a articulação extrafísica da fala ou
o diálogo transmental mecanicóide. O corpo mental só faculta a telepatia extrafísica pura e nenhum outro
processo de comunicação.
127.16. Gravitação. A consciência projetada pelo psicossoma pode sentir sobre si a atuação das
forças gravitárias e telúricas, em certos ambientes extrafísicos crosta-a-crosta que, por sua vez, jamais
agem sobre o corpo mental.
127.17. Correntes. A consciência projetada pelo psicossoma pode ser arrebatada pelas correntes de forças extrafísicas que, por sua vez, não atuam no plano mental onde se manifesta o corpo
mental.
127.18.Tormentas. A consciência projetada pelo psicossoma pode sentir sobre si certos efeitos
de tormentas hidromagnéticas extrafísicas que, por sua vez, não atuam no plano mental onde se manifesta
o corpo mental.
127.19. Visualização. O psicossoma é visualizado por maior número de consciências em três
planos: físico denso ou humano (aparição do projetor a encarnado e bilocação física), extrafísico crosta-acrosta e extrafísico nativo propriamente dito. O corpo mental não é visualizado pelas entidades destes três
planos e sua presença é percebida de modo diverso, em nível puramente parapsí- quico, no plane mental.
127.20. Repercussões. O psicossoma predispõe as ocorrências de repercussões físicas e extrafísicas (V. cap. 331) bem definidas. O corpo mental pode detectar a ocorrência de algum distúrbio com
o corpo humano, porém não permite que a consciência padeça traumas extrafísicos à distância deste
mesmo corpo humano.
Psicossoma. A consciência que usa predominantemente o psicossoma sobre o corpo mental,
além de apelar para o emocionalismo tem a tendência de se expressar mais por símbolos ao invés de
conceitos. Tal pessoa se apóia em maior número de muletas psicofisiológicas, sendo mais carente do que
segura. O seu horizonte espiritual é mais limitado, ocorrendo também o empobrecimento do seu
pensamento, por isso está mais próxima dos ilogismos, deficiências mentais, estados de- menciais e
psicoses, e mais distante da maturidade real do corpo mental. O seu pensamento ainda se manifesta em
franca discordância com a realidade objetiva do plano de vida consciencial aonde quer que esteja.
Mental. A consciência que usa predominantemente o corpo mental sobre o psicossoma
evidência a tendência de dispensar as muletas psicofisiológicas; é mais segura do que carente; se expressa
por conceitos e não por símbolos; baseia-se na racionalidade e não no emocionalismo; tem o horizonte
espiritual mais amplo, uma vida mental mais rica e pensamentos mais produtivos; já descobriu o valor e a
necessidade da maturidade consciencial. O seu pensamento se manifesta mais em concordância com a
realidade objetiva do plano de vida consciencial aonde esteja na oportunidade.
Emoções. Há uma passagem, nascida do equilíbrio e do discernimento, do homem animal para
o homem espiritual. Qualquer sentimento muito forte carrega o corpo humano por inteiro, energjza a
mente e altera a coloração da aura e do psicossoma. A consciência que ainda vive mais com o psicossoma
é susceptível de ser dominada facilmente pelas emoções sejam: avareza, ciúme, cobiça, cólera,
desarmonia, desespero, discórdia, egoísmo, frustração, hostilidade, indiferença, mágoa, medo, ódio,
orgulho, paixão, tristeza, vergonha, violência, etc. A consciência que se esforça por viver mais com o
corpo mental troca as sensações citadas por sentimentos positivos elevados, ou emoções racionalizadas:
alegria, amizade desinteressada, amor puro, compaixão, concórdia, entendimento, fraternidade, harmonia,
senso de humanidade, serenidade, temura, etc.
________________________
Bibliografia: Greene (635, p. 49), Vieira (1762, p. 73), Walker (1782, p. 296).
128.
PARALELOS ENTRE O CORPO MENTAL DO ENCARNADO E O DO DESENCARNADO
Diferenciais. Segundo suposições lógicas, derivadas dos fatos extrafísicos, o encarnado projetado pelo corpo mental apresenta pelo menos seis características diferenciais básicas com o corpo
mental do desencarnado:
128.01. Primeira. O corpo mental, na projeção mental da consciência encarnada, que sai do
estado da coincidência da vigília física ordinária e ainda não passou por nenhuma das três mortes, é
diferente do corpo mental do desencarnado quanto à projeção consciente. Este já passou pela desativação
do corpo humano, primeiramente, e, dependendo do seu interregno entre a primeira e a segunda mortes,
tem pouca condição de deixar o psicossoma imerso em perturbação post-mortem ou no sono reparador,
estando, pois, temporariamente mais preso.
128.2. Segunda. O corpo mental, na projeção mental do encarnado que ainda não passou por
nenhuma das três mortes, e' diferente em relação ao do desencarnado que já passou pela segunda morte,
principalmente quanto à menor facilidade de exteriorização. A consciência desencarnada que teve
desativados o corpo humano e o duplo etérico, está menos presa e mais propensa à projeção pelo corpo
mental.
128.3. Terceira. O corpo mental, na projeção mental do encarnado que ainda não passou por
nenhuma das três mortes, é obviamente bem diverso do corpo mental livre do desencarnado que já
experimentou as três mortes e alcançou a situação de espírito puro, estando por isso livre da prisão aos
53
veículos evolutivamente inferiores.
128.4. Decolagens. A consciência desencarnada decola do seu psicossoma livre, com o corpo
mental desfrutando de facilidade bem maior do que a consciência encarnada que tem sempre o seu
psicossoma preso ao corpo humano.
128.5. Alivio. No ato da encarnação (renascimento) incorporam-se ao corpo humano, ao mesmo
tempo: o ego, o corpo mental, o psicossoma, e as bases do duplo etérico. No ato da desencarnação
(segunda morte), a consciência no corpo mental se alivia do corpo humano e do duplo etérico, ficando
apenas com o psicossoma.
128.6. Restringimento. O corpo mental do encarnado padece de duplo restringimento: dentro do
psicossoma e dentro do corpo humano. O corpo mentaTdo desencarnado, comum, experimenta apenas o
restringimento único: dentro do psicossoma.
Metáfora. A propósito, o restringimento físico imposto à consciência, através da lei da reencamação, desde a concepção biológica até o período da idade adulta, pode ser melhor compreendido,
como impulsão evolutiva consciencial, através de uma metáfora. O jardineiro vai ao jardim, poda e corta
a roseira em todas as suas partes, parecendo até que está matando-a, deixando de resto tão-somente o coto
do tronco da roseira mutilada. No entanto,passa-se o tempo e,no próximo verão, a roseira reaparece,
florescendo de modo exuberante, com maior vigor e viço.
Inadaptação. Quanto mais adaptada, inconscientemente, ao ambiente humano, menos a
consciência encarnada sente a condição do restringimento físico da encarnação. Ela se acha plenamente
ajustada — de modo autóctone — ao seu ambiente ou habitat. Por outro lado, quanto mais evoluída a
consciência encarnada, mais se dá conta, conscientemente, da condição do restringimento físico e mais
esforços faz para desvencilhar-se dela. Vive assim numa inadaptação instigante, desafiadora, consciente,
o que constitui uma função da reencarnação. Com isso ela amplia os seus poderes conscienciais e a órbita
de sua influência intermundos.
Adaptação. Quanto mais adaptada à condição do restringimento físico, menos mal pode a
consciência encarnada infligir aos demais, porque não tem como, e nem sabe como expandir suas forças
de atuação consciencial. O mal elaborado por ela se restringe unicamente aos limites da superfície física
do mundo ilusório da matéria. Portanto, a condição do restringimento físico em si, e por si, delimita,
naturalmente, as possibilidades de atuação da consciência encarnada. Isso significa também que todo mal
humano, embora sendo lamentável fruto da ignorância, desnecessário, é sempre circunscrito e relativo.
Animal. O animal selvagem, instintivo, violento, permanece todo dia, a qualquer hora, pronto, e
quase sempre ansioso, para eliminar fisicamente outro animal, se possível com as próprias garras e os
próprios dentes, na luta constante pela sobrevivência, ou seja, na manutenção da própria vida física.
Contudo, a sua força é débil porque o seu pensamento é impotente. A consciência humana que deseja
infligir o mal aos seus semelhantes, lutando, sempre, de algum modo, na defesa do seu corpo humano,
instintivo, ainda não está muito distante dessa condição não-evoluída do animal selvagem, embora
disponha de hemisférios cerebrais de maiores possibilidades conscienciais - fato que desconhece — os
quais, obviamente, não sabe como empregar na extensão de todos os seus recursos. Ambos — dominados
pelos Listintos, próprios do corpo animal, e pelas emoções, próprias do psicossoma — não dispõem de
recursos mentais e nem podem alcançar extensos resui- tados em suas ações porque se acham tolhidos e
circunscritos,naturalmente, pela própria condição do restringimento físico da consciência. Cada
consciência encarnada utiliza um percentual maior ou menor, mas próprio, individualíssimo, dos recursos
funcionais dos hemisférios cerebrais.
Violência. O ato violento é um dos sinais mais característicos, típicos, da adaptação consciencial à condição do restringimento físico. É fácil concluir que qualquer ato de violência, em qualquer
parte do Universo físico, por mais drástico em seus reflexos coletivos aparentes, tem sempre repercussões
delimitadas e já previsíveis por outras cofisciências, livres do restringimento consciencial, instaladas em
infinitos anos-luz de distância evolutiva, à frente, no controle maior de tudo o que está ocorrendo por aí.
Estas consciências já se libertaram da condição do restringimento físico, da violência, das emoções
animais, e da própria influência dominadora do corpo emocional, para atuarem com plena maturidade
consciencial, diretamente pelo corpo mental, através de sentimentos cósmicos, elevadíssimos, ou com as
emoções racionalizadas.
54
V- ABORDAGENS FILOSÓFICAS
1
V - Abordagens Filosóficas
129.
PROJECIOLOGIA E FILOSOFIA
Definição. Filosofia: sistema organizado de conhecimento que procura explicar o universo, as
forças naturais que operam dentro dele, a finalidade da existência, a maneira correta de organizar e viver a
própria vida, a relação do homem com o mundo, e a relação do homem com o homem.
Sinonímia: conjunto de conhecimentos específicos; conjunto de doutrinas; sabedoria.
Conceituações. Constitui ponto pacífico entre os maiores pesquisadores o fato de que não existe
Ciência sem Filosofia. Daí a razão de ser desta seção neste livro. As projeções conscien- ciais lúcidas
quando registram, organizam e transmitem às criaturas humanas novas concepções da realidade cósmica,
conduzem o indivíduo a conceituações filosóficas bem definidas, por exemplo, além de muitas outras:
129.1. Metempiria. Os experimentos extrafísicos seriam metempíricos por se situarem além
da empiria, ou numa condição cujo conhecimento não pode ser alcançado mediante a experiência sensível
normal.
129.2.Reconceituação. A projeção consciencial lúcida provoca o repensamento por parte do
projetor, ou projetora, em relação a toda sua existência, ou seja, o efeito de abordar de novo, com renovado
espírito crítico e renascida presença de espírito, todas as questões da problemática tradicional do homem,
levando-o à redefinições gerais, ou à reciclagem essencial da existência humana.
129.3. Quintessência. O corpo mental, referido neste livro com freqüência, seria o veículo de
manifestações da quintessência do ego, segundo os conceitos de Aristóteles.
129.4.Hiperurânio. Por sua vez, o plano mental seria o hiperurânio, segundo a concepção de
Platão, mundo ideal ou do puro espírito.
129.5. Universalismo. A verdadeira doutrina filosófica bem definida e caracterizada, derivada
dos experimentos com as projeções conscienciais lúcidas, sem dúvida, é o universalismo, que será
abordado à frente, e não cdnstitui uma filosofia comprometida ou fechada, mas aberta, sem partido,
universal.
Projecionismo. O projecionismo não é uma religião, nem crença, nem fé raciocinada, nem racionalismo cristão, nem panacéia universal, nem religiosidade. O projecionismo é uma subdisciplina
científica adstrita à Parapsicologia, com reflexos multidisciplinares, campo de conhecimento e pesquisa
anúnico-mediúnica derivado de um estado alterado da consciência. A Filosofia e a Ideologia podem
apenas atuar como eminêncas pardas da Ciência Projeciologia.
Auto-revelação. A Projeciologia, como auto-revelação — no caso, científica — permitirá à
consciência eliminar: a necessidade de novas revelações e crenças religiosas; a fé de qualquer tipo ou
natureza; a religiosidade fanática; os intermediários humanos e extrafísicos (médiuns e am- paradores
mitológicos); o emocionalismo animal; o misticismo em geral que só existe em função da inexperiência ou
da imaturidade extrafísica; e até o uso do próprio psicossoma. Neste ponto, a consciência começa então a
obter o conhecimento essencial ou informes precisos^a respeito da vida e do universo, diretamente no
plano mental, através do corpo mental, por si mesma.
Princípios. A Projeciologia infunde a tendência progressista de a consciência encarnada viver
mais dominada por princípios pessoais emancipadores do que pelo interesse humano, desejo pessoal ou
regras tradicionais ultrapassadas.
Doutrinas. Neste livro há análises diretas das projeções conscientes perante doutrinas e linhas
filosóficas diversas: ioga (V. cap. 424); materialismo (V. cap. 133); nafologia (V. cap. 434);
reencarnacionismo (V. cap. 436); e universalismo (V. cap. 134). Além destas, na seção dedicada à
bibliografia geral (V. cap. 474), encontram-se indicações bibliográficas sobre obras que abordam os temas
2
da Projeciologia, mas versando especificamente sobre assuntos complementares tais como: Antroposofia,
Cabalismo, Castanedismo, Catolicismo, Cristianismo, Direito, Esoterismo, Espiritismo, Hagiografia,
Hunç, Junguismo, Magismo, Rosacrucianismo, Swedenborguismo, Teosofia, Um- bandismo, Xamanismo,
e Zen-Budismo.
_________________
Bibliografia: Alexandrian (11, p. 288), Fisichella (520, p. 14), Platão (1271, p. 487), Plutarco
(1264, p. 162), Rogo (1444, p. 183),Wang (1794, p. 13),Wheatiey (1825, p. 5), Wolman (1863, p. 757).
130.
PROJETABILIDADE
Definição. Projetabilidade: faculdade anímica ou condição consciencial pela qual a consciência
se projeta para fora do corpo humano, através do psicossoma, ou se projeta para fora do corpo humano e
do psicossoma ao mesmo tempo, através do corpo mental, em ambos os casos quanto ao ser encarnado; ou
se projeta tão-somente para fora do psicossoma, através do corpo mental, neste caso quanto áo ser
desencarnado.
Sinonímia: apetite projetivo; capacidade projetiva; competência projetiva; desempenho projetivo; dom de projeção astral; faculdade projetiva; gabarito projetivo; poder astral; poder metapsí- quico;
potência projetiva; potencial projetivo; qualidade projetiva; talento projetivo.
Natureza. A projetabilidade, a capacidade fundamental do projetor se projetar, não constitui
dom hereditário nem privilégio exclusivo de ninguém em particular, porque é inerente à criança, ao
homem, à mulher e às consciências desencarnadas. Todos os seres encarnados e desencarnados possuem
alguns rudimentos da projetabilidade, por isso, em si, essa condição não apresenta nenhuma conotação
patológica, sendo essencialmente fisiológica, ou mais apropriadamente, parafisiológica.
Classificação. A projetabilidade, assim como a mediunidade, pode ser classificada em dois
tipos: humana, conforme se manifesta no encarnado, ou extrafísica, própria do desencarnado.
Animismo. A projetabilidade humana constitui gênero característico essencial de animismo,
assim como um gênero de mediunidade é característico do mediunismo.
Explicação. A projetabilidade humana, que pode ser uma aptidão até involuntária, explica
porque certas pessoas se apresentam mais inclinadas do que outras a experimentar a projeção da
consciência com lucidez para fora do corpo denso, não só espontaneamente como também pela projeção
intencional, induzida pela vontade.
Emprego. A projetabilidade, como atributo humano propriamente dito, se radica no complexo
corpo físico-duplo etérico-psicossoma-corpo mental-ego, e independe do desenvolvimento moral do
projetor e da sua própria autoconsciência plena quanto à essa condição anímica. Tal fato significa que a
projetabilidade média não é segurança contra a moralidade baixa. Somente pelo ato de se projetar
conscientemente, a criatura não se toma respeitável, como pessoa. O emprego da projetabilidade pode ser
bom, ou mau, conforme as qualidades e os desempenhos da consciência encarnada.
Ética. Apesar de tudo, a genuína qualidade com que a consciência encarnada se projeta para fora
do corpo humano, toma-se por si mesma, irresistivelmente, ética, e as pessoas que a desenvolvem, em alto
nível (o que só acontece na dependência da moral cósmica) vêm a ser naturalmente responsáveis e não a
empregam para infligir mal aos outros.
Mental. Por exemplo, toma-se impraticável à consciência, manifestando-se pelo corpo mental,
atingir o plano mental puro sem demonstrar realmente intangibilidade ética conforme a moral cósmica. De
outro modo, uma atitude excluirá, naturalmente, a possibilidade da outra.
Desenvolvimento. O desenvolvimento da projetabilidade humana se faz através da melhoria do
desempenho da criatura dedicada a exercícios e treinamentos adequados visando à produção das projeções
conscientes em série.
Dedicação. A projetabilidade para ser desenvolvida exige dedicação por parte da consciência, à
semelhança de qualquer melhoria de desempenho físico, intelectual, artístico, mediúnico, etc. Aguardando
passivamente, apenas, que aconteçam as ocorrências projetivas espontâneas, o projetor acaba entrando em
períodos naturais de recesso projetivo. Por isso, a conduta mais inteligente no caso, se alguém deseja
evoluir em suas faculdades psicofísicas, será predispor-se a provocar voluntariamente as projeções
conscientes, produzi-las com racionalidade e cultivá-las sem esmorecimentos.
Bloqueadores. Os bloqueadores mais comuns ao desenvolvimento da projetabilidade são: o
medo; a vida humana atribulada; a falta de estudo sobre as projeções conscientes; a ausência de motivação
para se projetar conscientemente; a indisciplina mental; a má intenção do indivíduo; a auto-sugestão
negativa do tipo “eu nunca vou conseguir projetar-me”; etc.
Manifestações. A projetabilidade pode ocorrer, ou se manifestar mais intensamente, em três
diferentes circunstâncias existenciais humanas:
130.1. No irrompimento das projeções conscientes involuntárias ou fora do controle direto da
consciência encarnada.
130.2. Na produção das projeções conscientes voluntárias ou derivadas da deliberação direta
da consciência do projetor encarnado autoconsciente quanto aos fenômenos projetivos.
130.3. No despertamento súbito e exuberante da potência projetiva, que permanecia latente,
desencadeado por fatores diversos tais como: emersão da consciência encarnada à autocons- cientização
do fenômeno projetivo em razão de treinamentos desenvolvidos em encarnações anteriores; determinadas
condições parapsíquicas, predisponentes, especiais, de causas ainda desconhecidas, da existência humana;
casos dependentes do equilíbrio psicofísico, saúde-doença, que afetam o ser humano; etc.
Bibliografia: Armond (53, p. 14), Butler (227, p. 69), Guéret (659, p. 162), Norvell (1139, p.
150), Rigonatti (1402, p. 163), Rogo (1444- p. 1), Vieira (1762, p. 177).
131. MORAL CÓSMICA
Definição. Moral cósmica: conjunto de normas universais, extrafísicas, além dos princípios da
moral social, dos eufemismos, convenções, leis e rótulos humanos.
Sinonímia: impecabilidade extrafísica; intangibilidade ética; lei dos avatares; moral extrafísica; moral projetiva; padrão de comportamento extrafísico; para-ética.
Fatos. Os fenômenos da Projeciologia, a rigor, nada têm a ver com crença, religião, religiosidade, filosofia, ateísmo, materialismo ou espiritualismo. São fatos derivados da parafisiologia do
homem. Todavia, o engajamento maior com a projeção consciente acaba tendo conteúdo social e político.
A vista disso, esta seção apresenta as inevitáveis abordagens filosóficas existentes sem contudo entrar nas
competições político-ideológicas desta época de desenvolvimento da humanidade, pois tal atitude seria
contrária ao legítimo comportamento científico, objetivo, imparcial, universal) sta.
Evolução. O indivíduo dotado de faculdades anímicas ou sensibilidades mediúnicas desenvolvidas não é, necessariamente, uma pessoa com elevado padrão espiritual ou com caráter moral. Os
poderes parapsíquicos podem ser aperfeiçoados por qualquer um que se dedique a esse mister. Nem as
sensibilidades anúnico-mediúnicas, em si mesmas, constituem expressões de avançado desenvolvimento
em qualquer outra direção, por exemplo, a do intelecto. Muitas vezes acontece justamente o contrário. Por
isso, como já foi afirmado anteriormente, a projeção consciente comum pode ocorrer com homens e
mulheres independentemente de seus níveis éticos. No entanto, a evolução e o desenvolvimento produtivo
das experiências fora do corpo humano soméiite acontecem, inevitavelmente, numa coexistência perfeita
com a moral cósmica. Por outro lado, a própria evolução espiritual faz com que a consciência altamente
desenvolvida seja, também inevitavelmente, animista e médium atuantes.
Cósmica. A capacidade intelectual, por sua vez, nada tem a ver com a maturidade emocional,
nem com a maturidade consciencial global. No entanto, quem já conseguiu alcançar o estado da
consciência cósmica não precisa mais das regras de moralidade como esta é entendida no cotidiano
terrestre. A serenidade, a certeza da vida extrafísica e o senso de consciência do ritmo da vida interplanos
proporcionam suas próprias leis, éticas, ínsitas. A genialidade está, pois, em se poder agir moial e
criativamente, sob leis originadas pelo próprio gênio, o que constitui ainda raridade entre os homens e as
mulheres.
Agente. A universalidade dos princípios da moral cósmica estabelece as normas do código de
conduta do projetor consciente que, na verdade, não é anjo nem demônio, mas detém potência para o bem
e para o mal, por se constituir de uma consciência com liberdade ilimitada, sem barreiras nem fronteiras,
qual agente invisível multinacional. O projetor consciente pode atuar em todos os setores da vida terrestre,
detrás dos bastidores, de maneira sigilosa e anônima, às vezes diretamente nas consciências incautas,
despreparadas, desprevenidas, ou mesmo completamente ignorantes da própria existência da pessoa dele,
enquanto projetor consciente.
Desenvolvimento. Os fatos vêm demonstrando que, felizmente, fora dos preceitos da moral
cósmica, ou seja, do concurso de valores éticos indispensáveis — ou com atitudes e ações aéticas — não
há desenvolvimento nas projeções conscientes em geral, nem melhoria da qualidade das percepções
conscienciais durante os experimentos extrafísicos.
Efeitos. Dentre os efeitos advindos da moral cósmica destacam-se: a expansão do senso de
humanidade; a substituição das ideologias bairristas, paroquiais, ou telúricas por concepções universalistas ou cósmicas; a dilatação do conceito de privacidade; a conscientização das conseqüências
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imediatas dos erros, conscientes, por pensamentos; a identificação de pecadilhos mentais in- suspeitados;
o entendimento, sem preconceitos, da afetividade extrafísica; a compreensão das conseqüências
extrafísicas da sexualidade humana; o entendimento da permissividade sexual extrafísica absoluta que
existe nos planos crosta-a-crosta; a perda de interesse pela ortodoxia segregacio- nista; o aumento do
interesse pela assistência fraterna universalista anônima; a motivação pelas causas políticas com espírito
universal; a eliminação natural da necessidade da religião e da religiosidade como existem entendidas e
praticadas na atualidade terrestre; etc.
Consciências. As consciências encarnadas e desencarnadas na Terra estão em evolução, ou mais
apropriadamente, ainda se encontram não evoluídas, em um nível no qual não conseguem dominar o plano
mental ou consciencial. Por isso, as consciências podem ser divididas em duas categorias gerais: as mais
doentes e as menos doentes.
131.1. Mais. As consciências mais doentes são as dos indivíduos chamados maus, os malmtencionados, mais egoístas, conforme a divisão moral, maniqueísta, do bem e do mal, ou da ética
humana, social. Dentre estes estão os grandes obsediados e os obsessores francos, imersos em
desequilíbrios e que ainda teimam em ressaltar os aspectos piores da vida terrestre, podendo tal vida
terrestre ser vista, neste caso, por esta óptica, como uma deficienciolândia.
131.2. Menos. As consciências menos doentes são as dos indivíduos chamados bons, ou que
procuram acertar, que buscam ter sempre boa intenção, apresentando a média menos egoísta de ações ou
atitudes, e desfrutando de relativo equilíbrio, enfatizam os ângulos melhores da existência humana vista
como estágio temporário. Dentre estas consciências estão aquelas que costumam produzir as projeções
com lucidez, desfrutando de algum discernimento extrafísico e, a rigor, são as únicas que realmente
conseguem se desenvolver em suas projeções conscienciais em razão do acatamento à moral cósmica.
Reflexos. Toma-se impraticável ocorrer um desentrosamento entre a vida humana do projetor e
as suas experiências extrafísicas intercorrentes e concomitantes. Existe uma interdependência absoluta
entre uma condição e outra. A incorruptibilidade ética da vida humana reflete a moral cósmica no plano
extrafísico, uma interdependendo e interagindo com a outra.
Esforços. Nenhuma conquista evolutiva da consciência nasce de improviso. O projetor
consciente de experiência amena, esporádica, toma-se comum, porém o projetor consciente avançado,
ainda que completamente anônimo, constitui o resultado da sedimentação dos seus esforços individuais
multi-reencamatórios, através dos séculos, e repetições incansáveis de experiências. Sair temporariamente
para fora do corpo humano é desempenho acessível a qualquer um, inclusive às pessoas que não possuem
nenhum conhecimento sobre o que seja a vida espiritual. Contudo, variam enormemente para cada
indivíduo, elemento ou ser, os ambientes extrafísicos alcançados nas projeções, as companhias extrafísicas
obtidas, a qualidade das percepções individuais da consciência quando livre, e a natureza e o nível dos
eventos experimentados fora da matéria densa.
Cosmificação. A Projeciologia promove, natural e espontaneamente, uma evolução íntima que
vai do restringimento físico do corpo humano simplesmente, ou do bairrismo ou chauvinismo planetário,
para a plenitude da cosmificação da consciência, ou universalismo dos objetivos do ego. Nessa trajetória,
a consciência encarnada se engrandece, amplia os horizontes conceptuais, transcende as limitações da base
física, do quarto de dormir, e dos seus diminutos problemas, prosaicos, animais, do dia-a-dia, e se integra,
conscientemente, com o universo, o infinito, a eternidade da vida.
Inameaçável. A intangibilidade ética do projetor consciente, que busca viver de acordo com a
moral cósmica, dá-lhe imunidade em suas defesas e torna-o inameaçável por quaisquer forças negativas.
Venham de onde vierem do plano físico ou dos planos extrafísicos, essas forças negativas não conseguem
bloquear-lhe as decisões e nem tolher-lhe os passos humanos ou os seus passos além da matéria densa,
sempre positivos.
União. O projetor consciente avançado não dá mais ênfase nem à teoria nem à prática particularmente, nem substitui uma abordagem pela outra, mas procura unir um esforço ao outro, ou mais
apropriadamente: junta o desenvolvimento das faculdades anúnico-mediúnicas pessoais ao próprio
crescimento espiritual, aperfeiçoando-se através da assistência aos demais.
Para-hipocrisia. Só a moral cósmica permite à consciência encarnada viver em paz intermundos porque apresenta sutilezas somente percebidas através da óptica extrafísica. Eis um exemplo. Certa
senhora tinha o hábito de exaltar até às alturas e evocar solenemente, em suas orações públicas, uma
personalidade feminina que vivera tempos atrás e que — ela o sabia perfeitamente — tinha sido ela
mesma numa de suas encarnações anteriores. Perante os homens, cultores da personalidade evocada, e
ignorantes quanto à identificação reencarnatória, o fato era plenamente natural, justificável, e até louvável.
Perante as entidades extrafísicas, no entanto, o ato repetido configurava vaidade franca, completa
hipocrisia, ou mais corretamente, para-hipocrisia. Essa autopromoção multi-reencamatória continuou por
algum tempo até que entidades obsessoras a interpelaram a respeito, cara-a-cara, numa de suas saídas
conscientes no plano extrafísico.
_______________
Bibliografia: Castaneda (258, p. 21), Humphreys (766, p. 140), Muldoon (1105,p. 315), Vieira
(1762, p. 184), Yram (1897, p. 90).
132. CÓDIGO DE ÉTICA EXTRAFÍSICA
Definição. Código de Ética Extrafísica: estudo metódico e sistemático de regras e preceitos úteis
relativos às experiências da consciência humana projetada com lucidez para fora do corpo humano.
Sinonímia: coleção de leis extrafísicas; conjunto de regras projetivas; contracódigo extrafí- sico;
sistema de princípios projetivos.
Itens. No Código de Ética Extrafísica, ou contracódigo do projetor projetado — aqui analisado
como teoria visando a pesquisa — em seu benefício e no desenvolvimento de suas projeções
conscienciais, há de constar, no mínimo, itens práticos, baseados nos fatos, semelhantes a estes dezesseis
aqui relacionados em ordem alfabética:
132.1. Amizades. Cultivar os conhecimentos pessoais e as amizades sem distinção nos planos
físico e extrafísico. Fatos: as consciências não se extinguem e os destinos se cruzam fora do corpo
humano.
132.2. Autocrítica. Conviver com a autocrítica para agir dignamente. Fato: na confrontação
extrafísica a consciência é chamada a provar a sua têmpera, o seu desempenho e possibilidades.
132.3. Bem. Colocar o bem comum acima dos interesses sectários de agremiações, grupos e
nações. Fatos: a cooperação extrafísica em questões para fins bélicos e táticas de espionagem, com a
finalidade de suplantar futuros e supostos inimigos, acarreta resultados negativos, em primeiro lugar, para
o projetor consciencial.
132.4. Coerência. Manter coerência entre os atos da vigília física ordinária e as ações
extrafísicas no período projetivo. Fato: entre as testemunhas invisíveis há entidades enfermas perturbadoras que jamais se calam sobre o que vêem e geralmente elas vêem praticamente tudo.
132.5. Direitos. Respeitar os direitos dos outros, por mínimos que sejam. Fato: as consciências
encarnadas, na maioria, vivem alheias às realidades extrafísicas e têm medo confesso ou disfarçado de se
projetarem para fora do corpo humano.
132.6. Inabordáveis. Saber reconhecer as criaturas, que em circunstâncias críticas, devem
permanecer inabordáveis (V. càp. 305) ao seu contato direto quando projetado no plano extrafísico. Fatos:
as situações difíceis do encarnado que esteja dirigindo veículo em alta velocidade; daquele que tenha o
indicador no gatilho de uma arma de fogo; do recém-desencarnado que esteja passando pelo sono
reparador; etc.
132.7.Intenção. Só se permitir errar por ignorância, jamais por má intenção. Fato: postula a lei
de causa e efeito que nenhuma intenção da consciência permanece escondida sem conseqüências, sem
respostas, choques de retorno tipo ação e reação, ou efeitos bumerangue.
132.8. Intercessões. Interceder de maneira racional, positiva, sempre que puder, em favor de
seres encarnados e desencarnados. Fatos: o projetor ajuda à criatura encarnada, a qual, naturalmente, é
assistida pelo seu benfeitor extrafísico pessoal, e este, grato e solidário, toma-se eventualmente amparador
do projetor.
132.9.Mente. Predispor a mente aberta à recepção dos eventos extrafísicos. Fato: a consciência
que só deseja ver, extrafisicamente, aquilo que concebe, acaba vendo tão-somente as suas formaspensamentos e não sairá de si mesma, na vigília física ordinária, a fim de alcançar a autoconsciência
extrafísica.
132.10. Moral. Acatar a moral cósmica como indispensável à evolução extrafísica. Fatos: as
práticas assistenciais extrafísicas corretas, em favor de seres encarnados doentes terminais, por exemplo,
se consideradas apenas do ponto de vista humano, agridem frontalmente o código de ética humana relativo
à eutanásia, hoje.
132.11. Pensamentos. Conscientizar-se da importância vital dos atos mentais no mundo extrafísico. Fato: as evocações inconscientes (V. cap. 311), inesperadas e indesejáveis, acontecem com muito
maior freqüência do que se imagina.
132.12. Preconceitos. Ao se projetar, evitar, ao máximo, os reflexos condicionados negativos e
as idéias preconcebidas. Fato: o encarnado religioso, ortodoxo e segregacionista, quando projetado
dificulta com os seus condicionamentos parapsicológicos, a assistência extrafísica a ser feita na área física
do templo e às pessoas profitentes de outra religião (o condicionamento psicológico se transforma em
condicionamento parapsicológico).
132.13. Privacidade. Procurar ser útil quando projetado extrafisicamente e até invadir, se
necessário, a privacidade de seres encarnados e desencarnados. Fato: pela projeção consciente pode-se
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transmitir passes energéticos benéficos, anonimamente, a um encarnado que jamais permitiria tal
assistência fraterna no estado da vigília física ordinária.no espaço acima do seu leito, na intimidade do seu
quarto de dormir. Um simples fato real vale mais do que todos os jogos de palavras concebíveis.
132.14. Serenidade. Manter serenidade, equilíbrio e autodomínio permanentes contra o
emocionalismo em todas as conjunturas extrafísicas, com o controle de si próprio, sem ser excessivamente
perturbado enquanto estiver agindo sob pressão ou nas emergências fora do corpo humano, racionalizando
as emoções até transformá-las em sentimentos elevados. Fato: a consciência encarnada projetada, quando
dominada por fortes emoções, diminui as percepções extrafísicas, perde o controle da projeção consciente,
toma-se sujeita a traumas extrafísicos, pode retornar intempestivamente ao corpo denso e encerrar, de
modo prematuro e frustrante, a sua experiência fora do corpo humano.
132.15. Sexualidade. Entender as funções do sexo na vida terrestre e suas conseqüências extrafísicas positivas e negativas. Fatos: as efusões emocionais sadias, no plano extrafísico, ultrapassam as
formas, o grau de permissividade, e os clichês dos costumes humanos, sendo, no entanto, impraticáveis ali
ocorrências da natureza da ejaculação, da fecundação, da gestação, e outras.
132.16. Universalismo. Ter no universalismo a ideologia própria dos planos extrafísicos evoluídos. Fatos: todos os homens e mulheres têm sangue vermelho. O psicossoma não descende de nenhuma
raça, não se distingue pela cor da pele, nem se obriga a seguir qualquer credo. Nenhuma entidade
extrafísica tem cidadania. A escola da Terra, na verdade, se constitui num dos menores fragmentos de
detrito cósmico do universo.
Evitações. Em resumo, sendo prático, pelo menos três procedimentos negativos devem ser
evitados pelo projetor consciente que deseja evoluir segundo os princípios da moral cósmica: não fazer
espionagem bélica ou industrial; não procurar constatar a infidelidade de cônjuge ou outra qualquer
pessoa; não tentar descobrir segredos que outros desejam manter ocultos.
_______________
Bibliografia: Steiger (1602, p. 157), Vieira (1762, p. 184).
133. PROJEÇÃO CONSCIENTE E O MATERIALISMO
Definição. Materialismo: tendência, atitude, ou sistema que entende que tudo é matéria e que
não há substância imaterial.
Sinonímia: ateísmo; credo materialista; filosofia fisicalista; filosofia materialista; filosofia
tecnológica pura; fisicalismo.
Tendências. Há tendências filosóficas e princípios existenciais que atrasam a vida, o autoconhecimento, e a evolução íntima da consciência. O egoísmo e o materialismo são bons exemplos disso,
nesta sociedade humana atual, industrial-comercial.
Tolices. As idéias materialistas são pueris e contraditórias sob muitos ângulos. O agnóstico, ou o
materialista, evita edificar as suas esperanças daultravida sobre algo que pode demonstrar ser apenas um
sonho, temendo assim passar por tolo se, ao morrer o seu corpo humano, não houvesse mais nada. Isso
constitui um raciocínio completamente obtuso, pois se isso acontecesse ou se nada houvesse, mesmo, ele
nem ficaria sabendo.
Justificação. A filosofia demonstra que não existe maior justificação para uma filosofia materialista do que para uma espiritualista, nem uma filosofia materialista é mais científica do que uma
espiritual. Falando filosoficamente, a realidade de um fato subjetivo é de natureza igual à de um fato
material. Um fato subjetivo pode ser tão real quanto um fato material, objetivo, gritante.
Impraticabilidade. Surgem esforços sofistas e isolados de personalidades — que, diga-se de
passagem, não produziram pessoalmente a projeção consciente — que visam a objetivos secundários de
dominação política, no sentido de incluir esta mesma projeção consciente, de modo aprio- rístico, no
âmbito dos fenômenos ligados ao materialismo. Os fatos demonstram, no entanto, até o momento apenas
individualmente, a completa impraticabilidade dessa tentativa infeliz.
Evidências. Torna-se ilógica, para não dizer irracional ou pueril, qualquer tentativa de evitar ou
mascarar a realidade dos fatos extrafísicos relativamente ao psicossoma e ao cordão de prata, àquele que,
para não falar de outros corpos ou objetos imateriais, faz simples projeção consciente
Denúncia. Por isso, este livro denuncia e contesta francamente o modo de pensar e agir das
pessoas mais modernas e cultas do mundo contemporâneo, os que se dizem e vivem materialisticamente,
obstinados em não considerar seriamente as crescentes manifestações do chamado “paranormal”.
Projeção. A projeção consciente evidencia ao interessado que a morte do corpo humano não
coloca um ponto final na personalidade. Não existem grandes projetores materialistas, por que a primeira
condição exclui a segunda.
Matéria. Seria preferível chamar as partículas atômicas de “algo’.’, pois apresentam diâmetros
tão extraordinariamente microscópicos — se é que se pode chamar de diâmetros — capazes de atravessar
muitos anos-luz de distância sem nem mesmo colidirem umas com as outras dentro do espaço intratômico.
Isso é análogo à idéia de um míssil deflagrado para o espaço e que viajasse por bilhões de quilômetros sem
nem mesmo passar perto de qualquer outro objeto ou corpo celeste.
Solidez. Todas as coisas materiais, incluindo nós mesmos, somos compostos de matéria que
parece muito sólida às nossas percepções sensoriais. Mas se isto é assim sólido, o que chamamos por
“sólido”? Não é a solidez um ponto de vista pessoal-, completamente egocêntrico, sobre a matéria?
Conversões. Também sabemos que a fissão atômica mostrou que a matéria pode ser convertida
ém ondas de energia de acordo com a famosa equação de Albert Einstein, E = MC2, ou seja, “a massa de
um corpo é uma medida do seu conteúdo de energia”, e que às vezes a energia pode ser convertida em
matéria. A física nuclear demonstrou que os átomos — unidades de construção de todas as coisas
materiais — compõem-se de um espaço cheio de campos e partículas em movimento, partículas essas que
às vezes se comportam mais como ondas do que como partículas. Na substância considerada mais dura,
dois átomos jamais tocam um no outro, sendo o espaço entre dois átomos adjacentes imensamente maior,
de fato, do que os próprios átomos. A matéria e a energia não podem ser criadas e nem destruídas, mas
apenas alteradas em suas formas.
Realidade. Além de tudo isso, muitos cientistas e filósofos, materialistas ou não, chegam a
questionar a “objetividade”, ou a “realidade”, ou ainda a “existência” da matéria, da energia, do espaço e
do tempo.
Ultramaterialismo. Infelizmente, ainda hoje, no âmbito da Parapsicologia, o pesquisador e suas
pesquisas serão tanto mais aceitos pelo público em geral quanto maiores concessões fizerem em favor do
ultramaterialismo que campeia na maioria das áreas de atividade humana. Restrin- gindo-se às meias
verdades das manifestações apenas no campo da Parapsicologia, mais fácil será o reconhecimento do seu
trabalho e maiores as dotações orçamentárias disponíveis que surgirão para suas pesquisas científicas.
Quanto mais avançar na frente extrafísica rumo às verdades mais amplas, mais isolado se sentirá o
pesquisador sob todos os pontos de vista. Até quando este círculo vicioso vai continuar, ninguém sabe.
Aviso. Com bases no exposto até aqui, aqueles que negam a existência da consciência atuando
fora do corpo humano perderão seu tempo se prosseguirem na leitura deste livro.
Campos. A descoberta, na área da Biologia, dos campos organizadores eletromagnéticos, ou
eletrodinâmicos, das células, evidencia que o homem, mesmo fisicamente, não se constitui de simples
química, nem é a conseqüência de um agrupamento de proteínas, nem resulta de uma causalidade cega,
nem deriva de genes erráticos, nem os sentimentos humanos elevados expressam tão-somente química e
nada mais.
Energia. A Ciência Moderna aceita, hoje, que a matéria é energia concentrada. Tal energia não é
tangível, constitui princípio abstrato. Daí se conclui que tanto o mundo material quanto os ambientes
extrafísicos são originários da mesma fonte, ou seja, de alguma forma de energia que se desdobra numas
partes que compõem o Universo físico, e noutras que servem de bases para as experiências parapsíquicas,
os pensamentos, os atributos conscienciais, etc.
Descontínuos. A Projeciologia faculta à consciência encarnada descortinar e ampliar os'horizontes das suas concepções filosóficas, numa escala bem definida por três estágios conscienciais,
evolutivos, crescentes, lógicos, racionais, bem demarcados: as concepções crostais, as concepções
bairristas e as concepções universalistas.
133.1. Crostais. Com as projeções conscientes crosta-a-crosta, ate' mesmo dentro do espa ço
acima do seu próprio leito humano, a consciência encarnada aniquila as paupérrimas concepções
materialistas, o ateísmo, a filosofia fisicalista, telúrica, apenas tecnológica, e torna-se naturalmente
espiritualista, aposentando a operação theta e descartando em definitivo a ansiedade quanto à aceitação do
fato da sobrevivência da consciência após a morte biológica do corpo humano. Aqui, o homem-animal sai
da toca, deixa o quarto de dormir, e abre a sua porta para o planeta com nova óptica.
133.2. Bairristas. Com as projeções conscientes no plano extrafísico propriamente dito, a
consciência espiritualista em geral promove a sua abertura, ou a condição da mente neutra, open mind,
descobre a lei da reencarnação e caminha até os limites das concepções geocêntricas, ou caseiras,
bairristas, planetárias, do Cristianismo, em que se tem ainda por modelo e exemplo máximo uma criatura
que foi também humana, Jesus de Nazaré (4 a.C.-29 d.C.), o mito máximo, a personalidade tabu,
encarnada ou que ainda se utiliza diretamente do psicossoma, julgada por muitos a mais evoluída dos
registros da História Humana. Aqui, o homem espiritual sai da segregacionista universidade terrestre e
estende o seu campus para o Universo.
133.3. Universalistas. Com as projeções conscientes através do corpo mental, no plano mental, a
consciência ultrapassa as acanhadas concepções humanas, planetárias, e mesmo o âmbito de nossa galáxia,
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a Via Láctea, avançando para o infinito com idéias universalistas da vida terrestre, e até além do contínuo
espaço-forma-tempo, que mantém o corpo humano restrito, próprio da encarnação terrestre. Com a
consciência cósmica, o ser começa a cogitar do como e do porquê de entender a realidade do espírito puro,
que não mais enverga o psicossoma, nem se reencarna dentro das atuais concepções vigentes de
reencarnação, e vive permanentemente no estado da consciência contínua (V. cap. 438). Aqui, a
consciência enfrenta o seu maior desafio: a auto-evolução consciente em conjunto com a evolução geral de
todas as inumeráveis consciências do Universo.
Astronomia. A propósito, por outro lado, à luz dos dados evidenciados pelas pesquisas astronômicas atuais, vale informar que: o Universo físico - que demonstra profunda inteligibilidade ou
presciência — provavelmente tem cem bilhões de galáxias; outras galáxias (além da Via Láctea) como
Andrômeda, por exemplo, incluem cada qual, de duzentos a quatrocentos bilhões de astros; há vida
extraterrestre e muitos tipos de seres inteligentes; supõe-se que milhares de civilizações existem e se
comunicam entre si; existe um sistema de intercomunicação em nossa galáxia — a Via Láctea — do qual
ainda não fazemos parte; uma viagem espacial à estrela mais próxima da Terra duraria cerca de quarenta
mil anos; usa-se, atualmente, um aparelho para análise de sinais de rádio, que consta basicamente de um
analisador espectral, com amplíssima faixa de freqüência, além de um milhão de canais, empregado para
perscrutar os céus em busca dos sinais de vida em planetas distantes. Aguardemos, pois, a primeira
comunicação inteligente interplanetária, física, oficial, que pode surgir a qualquer momento.
_________________
Bibliografia: Flammarion (524, p. 32), Frazer (549, p. 127), Kardec (824, p. 56), Meek (1028,
p. 306), Müller (1107, p. 33), Pushkin (1342, p. 300), Russell (1482, p. 42), Targ (1651, p. 156), Vieira
(1762, p. 219).
134.
UNIVERSALISMO
Definição. Universalismo: conjunto de idéias derivadas da universalidade das leis básicas da
natureza e do Universo e que tornar-se-á, através do tempo, ou seja, da evolução natural da consciência,
inevitavelmente a filosofia dominante da espécie humana.
Sinonímia: conciliação universal; cosmismo; cosmopolitismo; ecletismo; ecumenismo; estelarismo; estatutos do universo; manual cosmológico; starâmo; teologia desenraizada.
Luta. O envolvimento em uma crença religiosa, qualquer que seja ela, separa o homem dos
outros homens, seus semelhantes. Uma vez separado dos seus semelhantes, e buscando manter sua
segurança pessoal, esse homem luta com os outros homens, seus próximos, ou aqueles com quem convive
até mesmo dentro do âmbito da sua crença. Já~ aquele que entende e pratica o universalismo procura viver
o sentimento do amor cósmico ou da fraternidade universal, e não mais entra em luta com os seus
semelhantes. Os satélites e as antenas parabólicas são as pontas de lança do universalismo inevitável da
cultura, das ciências e das artes.
Terra. O planeta Terra, antes de ser a deficienciolândia, uma lixeira planetária, uma instituição
correcional, representa, sobretudo, uma escola consciencial.
Verdade. Na vida humana, muitos clarividentes e reveladores já demonstraram aspectos da
verdade plena que pode ser alcançada, em percentual maior, diretamente através da experiência da
projeção consciente, sobretudo no plano mental. Por outro lado, não existem na Terra consciências
perfeitas, espíritos completamente puros, obras perfeitas, nem revelações perfeitas.
Iniciados. Sem entrar no mérito de cada um, pode-se afirmar que seres encarnados, por
exemplo, Moisés (Século XIII a. C.), Zoroastro (Século VIII a. C.), Gautama Buda (563-483 a. C.), LaoTsé (604-531 a. C.), Jesus de Nazaré (4 a. C.-29 d.C.), Maomé (570-632), Francisco de Assis (Giovanni
Francesco Bernardone: 1181-1226), Dante Alighieri (1265-1321), Leonardo Da Vinci (1452-1519),
Emanuel Swedenborg (1688-1772), Andrew Jackson Davis (1826-1910), Mohandas Karanchand Gandhi
(1869-1948), Edgar Cayce (1877-1945), e Eurípedes Barsanulfo (1880-1918), além de muitos outros,
foram tipos de personalidades iniciadas ou adeptos extrafísicos procedentes de planos extrafísicos mais
evoluídos.
Inocentes úteis. À margem dessas personagens históricas, correndo por fora ou aparentemente
de encontro às suas tarefas específicas, inúmeros outros desencarnados e encarnados, em cada época, têm
atuado ao modo de inocentes úteis dos planos extrafísicos evoluídos desempenhando, no seu tempo e a seu
modo, o papel secundário mas importante no conjunto, de extra- coadjuvantes na posição de críticos,
adversários, e contracolaboradores.
Complexidade. O universo é mais complexo do que podemos imaginar. Há astros semimateriais. Há seres conscientes nas altas temperaturas dos sóis. Existem macrosseres e microsseres em
condições além da nossa compreensão atual. Grande percentual da realidade está radicalmente inacessível
ao nosso presente conhecimento. O conceito de solidez também é relativo. A tabela periódica dos
elementos está apenas começando para o homem terrestre. Ocorrem muitas transmutações nas células
além dos processos da Física, da Química, e da Biologia conhecidos hoje. A projeção consciente faculta
uma compreensão maior do universo como Unidade Viva.
Contrários. Com fundamento nas idéias expostas, são frontalmente contrários à política universalista estes aspectos práticos: as fronteiras humanas nevrálgicas; o “Muro de Berlim”; o “Paralelo 38”
que divide as duas Coréias; o nacionalismo exacerbado; a “Cortina de Ferro”; qualquer tipo de ditadura;
etc.
Plataforma. Além dos antolhos provincianos existem metas prioritárias do homem, causas,
idéias e bandeiras universalistas, ou intergaláticas, de conotações filosóficas, políticas, sociais, econômicas
e práticas, de profunda significação e valor para a melhoria do padrão da existência e da qualidade da vida
humana, decorrentes da moral cósmica. O projetor veterano acaba por compartilhar dessas metas
prioritárias, aceitando-as como efeitos cumulativos, naturais ou fisiológicos, daquilo que experimenta,
presencia ou participa em sua dupla vida, no desenrolar dos eventos extrafísicos.
Exeqüibilidade. Embora pareça à primeira vista utópico defender estas idéias em relação à vida
humana atual com numerosos e poderosos interesses e forças em oposição, passo a enumerar uma
plataforma de comportamento que reflete as diretrizes que vigoram nos empreendimentos assistenciais
advindos dos ambientes extrafísicos evoluídos, e que é plenamente exeqüível para as mentes que almejam
se libertar das limitações geocêntricas, ortodoxas, segregacionistas, telúricas, bairristas, caseiras do
planeta, pois a mesma será, indiscutivelmente, a meta das gerações futuras.
134.1. A defesa sincera dos direitos humanos em geral.
134.2. A extinção das ditaduras ostensivas ou disfarçadas na direção de povos e minorias. Uma
nação totalitária, ou um governo paternalista, não ajudam a consciência a desenvolver'a sua
individualidade.
134.3. A exaltação dos princípios da não-violência e do pacifismo sobre a Terra e no espaço
cósmico, com a procura do desarmamento gradual, unilateral, das nações.
134.4. O caminho para a criação do Estado Mundial, Governo Mundial Centralizado, ou um
sistema mundial composto de unidades densamente correlatas.
134.5. A instalação dos governos multinacionais em áreas determinadas e âmbitos condicionados.
134.6. A preservação e recuperação da natureza e da ecologia em geral.
134.7. O resguardo das minorias de seres em extinção, indígenas e espécies animais.
134.8. O combate à fome e à escassez de alimentos no mundo, dentro de consenso universal,
racionalista:
134.9. O planejamento das formas familiares conforme as regiões terrestres e os costumes
humanos.
134.10. A proteção ao consumidor em todas as frentes do consumismo, evitando-se o consumismo desmedido.
134.11. A minimização dos ruídos de todas as máquinas, salvaguardando-nos de tragédias,
acidentes, e calamidades por falhas de sensores automáticos e computadores.
134.12. A assistência social cosmopolita criteriosa, sem discriminar grupo social, racial, ou
etário, garantindo saúde, bem-estar, educação, lazer, longevidade aos bilhões de habitantes deste planeta.
134.13. A formação de organismos paranacionais antitóxicos.
134.14. O emprego de todos os recursos corretos na tarefa de libertar a sociedade humana do
vício de fumar.
134.15. A consagração internacional, para uso imediato, dos idiomas vivos mais fluentes, visando ao congraçamento prático dos indivíduos, tendo em vista o conscienciês, o idioma universa- lista.
134.16. A implantação do ecumenismo possível das religiões, bem como das abordagens
científicas multidisciplinares, a fim de se alcançar a abordagem unificada de todos os tipos de crenças e
todos os ramos das ciências.
134.17. A popularização da projeção consciente substituindo, a pouco e pouco, a crença, pelo
conhecimento.
134.18. A libertação da consciência encarnada de sua prisão às formas humanas com vistas à
maturidade extrafísica.
134.19. O descortínio individual da convivenciologia universalista através da extinção de tudo
que possa separar as consciências, defendendo a disseminação da vida inteligente por todo o universo
alcançável.
134.20. A busca infatigável do Estado da Consciência Contínua (V. cap. 438).
Transcendência. A visão geral universalista conduz a consciência desperta ao descarte do eu
tridimensional, ou do ponto de vista particular, isolado, do egoísmo instintivo, substituindo-o pelo enfoque
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transcendente, quadridimensional, cósmico, abrangente, de acordo com os princípios da fraternidade pura.
Maturidade. Em resumo: o conceito de universalismo permite à consciência desperta abordar e
considerar todos os aspectos da existência humana simultaneamente, eliminando as divergências egoísticas
básicas entre os seres humanos e as criaturas em geral. Por isso, a noção abrangente da harmonia da vida
se ampliará, gradualmente, na prática, e as personalidades irão tratar, por exemplo: as religiões em
conjunto (ecumenismo); as filosofias em conjunto (ecletismo); as ciências em conjunto
(multidisciplinaridade); as políticas em conjunto (coalizão); e, por fim, as próprias religiões, filosofias,
ciências, e políticas também em conjunto, simultaneamente (cosmismo), embora respeitando seus limites e
seus respectivos domínios distintos, no rumo da maturidade extrafísica coletiva ou universal.
________________
Bibliografia: Alverga (18, p. 193), Gildea (591, p. 43), Gooch (617, p. 17), Kardec (824, p.
184), Powell (1279, p. 165), Rampa (1351, p. 138), Saraydarian (1507, p. 238), Vieira (1762, p. 29),
Yogananda (1894, p. 220).
135.
MATURIDADE EXTRAFÍSICA
Definição. Maturidade extrafísica: estado evolutivo em que o princípio espiritual adquire
madureza a caminho do pleno desenvolvimento.
Sinonímia: formação espiritual; inocência da sabedoria; madureza extrafísica;madureza espiritual; maturação extrafísica; maturidade espiritual; profilaxia projetiva; serenismo.
Orgasmolatria. O atual momento evolutivo humano, terrestre, tange a consciência encarnada à
vida sob princípios hedonísticos, à busca desenfreada de prazeres, à orgasmolatria e, conseqüentemente,
ao culto exacerbado do corpo humano e da juventude movendo interesses, comércio, indústrias,
comunidades e propagandas em sua função. O que é, até certo ponto, compreensível. Nós, considerados na
condição de seres humanos, somos animais. Feliz ou infelizmente, as manifestações do nosso
comportamento humano, em sua maior parte, ainda são baseadas nos instintos. As crenças arcaicas,
alicerçadas na emoção (psicossoma), saturadas de tabus, ainda campeiam, neste Século XX, por toda a
parte. Contudo, daí nasce também, como efeito colateral, a ânsia de se permanecer sempre jovem, na
eterna juventude, o que significa permanecer imaturo extrafisicamente, a todo custo e esforço.
Gerontofobia. A regra vigente assenta-se no medo de envelhecer, na fuga à calvície, no repúdio
aos cabelos brancos, no tabu das rugas,- no culto permanente à plástica do corpo humano, ou seja, na
gerontofobia generalizada. Logicamente se as consciências teimam em manter o status quo da própria
infância espiritual, receando até a alcançar a maturidade humana, física, psíquica, ordinária, como irão
atingir a maturidade extra-humana, extrafísica, parapsíquica?
Exploração. O culto à juventude, ou mais apropriadamente, a exploração da juventude, e a
desesperada necessidade comum de o indivíduo parecer, pensar, e agir como jovem, qualquer que seja a
sua idade cronológica, conduz a consciência encarnada ao sonambulismo extrafísico. Tal fato qualquer
projetor consciente constata facilmente através das projeções amenas, prosaicas, crosta-a- crosta.
Fetos. Os resultados da orgasmolatria e da gerontofobia já se fazem sentir ha' séculos e são
facilmente encontrados nos dois planos da vida: a consciência dos componentes da humanidade terrestre,
em maioria (90%), vive sonambulizada quando no corpo humano e, depois que este entra em
decomposição, aporta no plano extrafísico crosta-a-crosta perturbada por parapsicoses postmortem
diversas, expressando-se em condições de personalidades definidas tais como: fetos extra-físicos,
embriões espirituais, ou seres imaturos perante a realidade permanente.
Despertamento. Eis porque recomenda-se a projeção consciente como prática e funcional para
se alcançar o despertamento dos sonâmbulos, adeptos da juventude animal do corpo humano e dos
emocionalismos primários do psicossoma, o corpo emocional, a fim de se atingir, além da mocidade
terrestre, não a maturidade humana apenas, mas prosseguir até a descoberta da maturidade extrafísica, ou
os sentimentos elevados (emoções racionalizadas) através do corpo mental.
Processo. A projeção consciente constitui eficiente processo maturativo da consciência, ampliando as suas perspectivas para visões mais abrangentes e panorâmicas dos seres e das coisas, no rumo
da lucidez da imortalidade compreendida e aceita.
Todo. A maturidade extrafísica permite à consciência encarnada compreender os seus me- taorganismos. Nós não somos apenas o organismo celular: fígado, coração, cérebro, pele bonita, plástica
perfeita, etc. Mais que isto, somos a coordenação intrínseca de vários veículos de manifestação, sendo o
mais ostensivo e grosseiro o corpo humano e havendo até um mais sutil, o corpo mental, que abriga a
consciência, ou o ego.
Ambientes. A maturidade extrafísica leva a consciência encarnada ainda a considerar a sua
relação ambiental. Os veículos de manifestação da consciência dependem dos seus ambientes. Nós não nos
relacionamos apenas com o plano humano, mas também nos relacionamos, controlando e sendo
controlados sempre, de modo constante: com e pelo plano extrafísico crosta-a-crostas duplicata do
humano; com e pelo plano extrafísico propriamente dito, extremamente diverso do plano humano; e com e
pelo plano mental puro, com a ausência do psicossoma, e que, decididamente não apresenta semelhanças
com o plano humano (V. cap. 235).
Auto-apoio. A maturidade faz a consciência transferir o apoio ambiental, instintivo, emocional
da vida humana para o auto-apoio racional, parapsíquico, extrafísico.
Condições. Existem duas condições bem diferentes, definidas: a imaturidade extrafísica e a
maturidade extrafísica. Enquanto a consciência humana permanece na infância humana — no infantilismo
— deslumbrada com o mundo físico; ou na maturidade unicamente humana, mental, deslumbrada com o
cultivo de sua biografia terrestre; ou na infância espiritual, deslumbrada com a superfície das realidades
além da matéria densa; ainda não deixou a condição de imaturidade extrafísica e nem chegou mesmo a
descobrir a existência e a utilidade da condição de maturidade extrafísica.
Premissas. A maturidade espiritual chega a você: depois que o seu ego ultrapassa, naturalmente,
sem sentir falta, sem reclamar, as condições psicofísicas propícias ao choro de alegria, ou a necessidade de
alimentar carências multifaces; depois que você renuncia em silêncio, com espontaneidade, sem mágoa
nem rupturas, aos mais legítimos e justos direitos pessoais, perante a arena material deste planeta; depois
que você desiste do combate às injustiças gritantes quando este combate não vem a favorecer outras
criaturas além de você. Tenho assim procurado interpretar a condição da maturidade espiritual, atitude
fácil de entender. Difícil é viver ou chegar a conviver, sem esforço, de conformidade com todos os
detalhes intrínsecos subjacentes a estas premissas e prioridades que compõem uma condição de
oblatividade não-patológica.
Lei. A pessoa que amadurece psicológica e espiritualmente mais cedo tem maior possibilidade
de utilizar melhor o estágio da reencarnação. Sem a maturidade extrafísica vivida, torna-se quase
inevitável a lastimável repetição dos erros infantis de abordagens, — sejam filosóficos, religiosos,
místicos, poéticos, idealísticos, bem intencionados, etc., — de outras encarnações passadas. Eis porque as
consciências encarnadas demonstram tanta dificuldade para agir com racionalidade, discernimento, e bom
senso, sem misticismos e sem dependências a rituais, perante as realidades extrafísicas. O contingente dos
repetidores de equívocos reencarnatórios compõe a maioria da humanidade sonambulizada.
Sinais. A condição da maturidade extrafísica individual evidencia dez sinais inconfundíveis.
135.1. Autoconvivência. A consciência sente-se feliz de conviver consigo mesma, como
personalidade, dispensando a necessidade de autocríticas maiores e rígidas.
135.2. Autodeterminação. O ser encarnado corta a dependência aos outros, às coisas, e a todas as
muletas psicofisiológicas, embora tendo, mais que nunca, a noção exata da interdependência existente
entre todos os seres.
135.3. Autoconfiança. A consciência adquire autoconfiança, aniquilando a paranóia do
acanhamento no rumo da segurança e da franqueza.
135.4. Auto desenvolvimento. A pessoa não fica esperando um auxílio sonhado de outros seres,
do destino, ou das circunstâncias, mas busca realizar o melhor, sozinha, desenvolvendo os próprios
potenciais com discernimento quanto às prioridades e atuando com crescente capacidade decisória.
135.5. Autolibertação. O indivíduo dispensa o culto às personalidades em geral e se liberta da
totipotência da opinião pública.
135.6. Auto-realização. A consciência assume uma posição centrada em fundamentos sólidos
que procura a auto-realização, o que enriquece sua existência humana com produtividade crescente.
135.7. Autodisciplina. A pessoa mantém-se equilibrada, toma-se disciplinada, participativa,
cooptante e autêntica em todas as manifestações, através da autovigilância.
135.8. Auto-suficiência. A criatura não pede mais para si em suas intercessões e rogativas, mas
tão-somente para os outros.
135.9. Auto-exame. O ego não alimenta mágoas em seu mundo íntimo, nem espera gratidão,
reconhecimento, ou entendimento perfeito dos outros quanto ao que faz, por isso não mais se decepciona
na condição de membro consciente da minoria da minoria, sem complexos nem recalques, na busca da
pura fraternidade.
135.10. Autoconscientização. A consciência encarnada ou desencarnada atinge a plena autoconscientização do corpo mental e do plano mental e procura viver, onde estiver, de acordo
predominantemente com a serenidade, o equilíbrio e o discernimento da consciência quando isolada no
corpo mental, executando a racionalização das emoções ou colocando em plano secundário as
manifestações efêmeras do emocionalismo animal, natural, do psicossoma, pouco a pouco desgastando e
atrofiando este veículo até o ponto de fazê-lo desaparecer, quando não terá mais razão de ser, Qcasião em
que alcança o estado do espírito puro.
12
_______________
Bibliografia: Miranda (1050, p. 148), Vieira (1762, p. 220).
136. ERA CONSCIENCIAL
Definição. Era consciencial: aquela na qual a média das consciências humanas encontrar-se-á
suficientemente alterada para melhor, através dos impactos, redefinições, revoluções, e evoluções criadas
pela projeção consciente generalizada.
Sinonímia: contracivilização física-extrafísica; cosmocracia; era projecional; era projetiva; vida
sem amparadores.
Ordem. As experiências das projeções conscientes humanas continuadas vão estabelecendo
pouco a pouco uma ordem distinta, oculta, para se viver, que se toma perceptível através das comparações
intermundos, análises multifaces e julgamentos autocríticos da consciência encarnada em trânsito
freqüente entre vários planos existenciais, e que acabam refletindo no sistema de vida da criatura humana.
Extrafísico. Além dos períodos, ou ondas de mudanças; além das pesquisas que sociólogos,
antropólogos, psicólogos, pensadores, e futurologistas empreendem a fim de tecer considerações, extrapolar raciocínios e grafar projeções, estabelecendo as fases evolutivas das sociedades e dos conglomerados humanos; desde a primeira onda, ou revolução agrícola, à segunda onda, ou revolução
industrial, até a chamada terceira onda da história atual, idade da informação, eletrônica, aldeia global,
tecnetrônica; e mesmo além das futuras ondas que virão, cada vez mais rápidas e efêmeras, nas décadas
imediatamente à frente; há de se enfatizar o encaminhamento racional da consciência humana para um
estágio mais avançado, acima dessas conquistas físicas, passageiras, para um nível extrafísico, duradouro,
em relação à consciência multi-reencarnatória.
Individual. A lógica nos impõe um padrão vivo e claramente discemível do qual se conclui que
a conquista generalizada dessa era consciencial — aqui analisada como teoria para pesquisa — ainda
demorará muito para ser implantada na atmosfera terrestre. Contudo, a vivência individual dessa era
consciencial já pode ser buscada, perseguida, e usufruída hoje, desde já, individualmente, ou em pequenos
agrupamentos, por quem o desejar e se motivar suficientemente para isso.
Prioridade. A projeção consciente, em descerrando o mundo extrafísico que coexiste com este
mundo humano, minimiza os percalços da vida cotidiana do indivíduo, barateia extremamente os valores
das conquistas sociológicas por mais avançados que sejam, entronizando no íntimo da criatura uma certeza
maior e de melhores conseqüências, que toma-se naturalmente prioritária para a consciência desperta.
Multiveiculares. Com as projeções conscientes repetidas e avançadas, a consciência começa a
estabelecer representações e planejamentos multi-seculares, multi-reencarnatórios, multiveiculares, ou
seja, com muitos veículos de manifestação ou corpos humanos, expandindo suas aspirações além dos
limites terrestres, num nível cósmico, universal, atemporal, ou mais apropriadamente, além dos
calendários, efemérides, conquistas, descobertas, e inventos humanos, em um nível inal- cançável ainda
por qualquer brilhante projeto possível da Sociologia ou da futurologia conhecidas.
Amparadores. Por enquanto ainda vivemos na Terra sob a proteção dos amparadores para a
consecução de qualquer empreendimento extrafísico de vulto. A era consciencial será o período de vida
que dispensará naturalmente os recursos e as intervenções dos amparadores. A consciência, então, atuará
por si mesma, com auto-suficiência dentro e fora do corpo humano, diretamente, dispensando todas as
muletas parapsicofísicas.
Reencamação. Tudo indica que quando a era consciencial se instala em um planeta demarca o
início do fim da inquisitiva determinação de rigidez, própria da reencarnação, para as consciências que o
habitam.
____________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 219).
137.
TAREFAS ASSISTENCIAIS HUMANAS
Tarefas. Seguindo as diretrizes do universalismo, existem duas tarefas assistenciais humanas de
emancipação espiritual, libertárias, diferentes uma da outra e bem definidas: a tarefa da consolação e a
tarefa do esclarecimento. Ambas são dignas, úteis e indispensáveis na escala evolutiva da consciência.
Apresentam princípios rígidos mas se completam porque buscam expressar o amor fraterno, praticar
bondade, ser útil à humanidade, ou cumprir a própria razão de ser da existência humana.
Encruzilhada. Quando a consciência encarnada decide evoluir racionalmente, a marcha natural
da existência, mais cedo ou mais tarde, a conduz a uma encruzilhada, ou crise de crescimento, na
encarnação. Nessa hora as duas tarefas não mais admitem meio termo. Perante ambas, cada ser encarnado
autoconsciente vê-se obrigado a fazer a escolha das diretrizes essenciais para a plataforma do próprio
trabalho assistencial, listadas, aqui, em dezesseis paralelos lógicos para serem analisados e criticados de
preferência pela pessoa acima dos vinte e um ariós de idade física, que já consegue pensar na qualidade de
espírito eterno, embora vivendo ainda na condição de ser humano.
137.1. Políticas. A tarefa simples da consolação participa da situação da maioria, contemporiza,
diz mais sim do que não, faz me'dia com os outros, e abençoa sempre levando o lenitivo a quem ainda
precisa pedir para si. A tarefa complexa do esclarecimento participa da minoria da oposição, analisa
realisticamente, diz mais não do que sim, esclarece os fatos, aponta os enganos, ensinando a cada um a só
pedir para os outros, não mais para si, no rumo da completa auto-suficiência consciencial.
137.2. Linguagens. Quem consola põe panos quentes e, com postura piegas, escuda-se na
misericórdia, entreabre a mente dos outros usando parábolas infantis, imagens, circunlóquios, eufemismos e adjetivos, ainda bem perto da hipocrisia. Quem esclarece exalta a autocrítica e, com atitudes
definidas, escuda-se na justiça, escancara a mente dos outros usando a franqueza construtiva numa
linguagem concisa, direta e realista, já bem distante da hipocrisia.
137.3. Desempenhos. O serviço da consolação, de entendimento fácil, de execução agradável e
de desempenho simpático, apresenta resultados humanos compensadores, imediatos e visíveis. O serviço
do esclarecimento, de entendimento difícil, de execução menos agradável, e de desempenho nem sempre
simpático; somente apresenta resultados extrafísicos a longo prazo, além da vida humana.
137.4. Técnicas. A consolação apóia-se na submissão e na passividade dos indivíduos, funciona
com a mediunidade mais intensa do que o animismo, fala somente ao nível dos dirigidos, atinge a maioria
do povão, ainda se submete à opinião pública, dando especial atenção à quantidade (volume) dos seus
serviços. O esclarecimento apóia-se no desempenho ativo e na reação das pessoas, funciona com o
animismo mais intenso do que a mediunidade, fala ao nível dos dirigidos e dos dirigentes, aborda a
minoria dos amadurecidos e age com inteira independência perante a opinião pública, dando mais atenção
à qualidade dos seus serviços.
137.5. Planos. A tarefa da consolação, ainda imatura, cresce em pleno coração, sob a inspiração
direta do plano astral, através do psicossoma (ou corpo das emoções), utilizando os desejos ou a
capacidade de sentir das personalidades. A tarefa do esclarecimento, a caminho da maturidade extrafísica,
cresce em plena consciência, sob a inspiração direta do plano mental, através do corpo mental (ou corpo
dos sentimentos), utilizando as idéias ou a capacidade de pensar (raciocinar) das personalidades. Este
tópico constitui a essência de minha teoria sobre as obras assistenciais.
137.6. Objetivos. Ao agir, a consolação dedica-se mais à forma, ao continente, ou à aparência
dos seres, das coisas, e dos fatos; centraliza o seu desempenho na Terra-Lar e na emergência do prontosocorro espiritual; e empregando a prática do empirismo na terapêutica de emergência, representa o
paliativo que “retira, de modo rápido, apenas os mosquitos atraídos pela sujeira”. Ao agir, o
esclarecimento aplica-se mais ao fundo, ao conteúdo, ou à essência dos seres, das coisas, e dos fatos;
centraliza o seu desempenho na Terra-Escola e na campanha de profilaxia espiritual; e praticando a teoria
da ciência na vacinação única, atua como preventivo, “removendo pouco a pouco a sujeira e os mosquitos
para sempre.”
137.7. Recursos. A consolação usa a intuição, precisa do clima do misticismo da revelação para
exaltar o emocionalismo, a sua base de persuasão, deixando muita gente ainda dormindo no
sonambulismo, porque a sua verdade, parcial e escrava, está presa ao movimento religioso, à roda- viva
política, ao rótulo humano. O esclarecimento usa a racionalidade, precisa do equilíbrio da Ciência para
exaltar o discernimento, a sua base de persuasão, tentando despertar a todos os dormidores, porque a sua
verdade, imparcial e livre, atém-se tão-somente aos fatos nus e crus, aos fenômenos universais, à
espiritualidade, à filosofia, e à realidade extrafísica pura.
137.8. Idade. A tarefa da consolação dedica-se à infância e à adolescência espirituais, e apelando
para a força da emotividade ainda faz concessões aos meios para atingir os seus fins, usando subterfúgios
dispensáveis e cometendo os pecadilhos próprios das demagogias religiosas. A tarefa do esclarecimento
dedica-se à maturidade espiritual, apelando para a serenidade do raciocínio, preocupa-se com os meios
para atingir os seus fins, desejando atingir a autenticidade plena.
137.9. Consciências. A tarefa maternal da consolação age promovendo as benesses da reencamação, recorrendo, antes de tudo, às consciências desencarnadas, que se reencarnam, para então cogitar
do homem na sua condição de consciência. A tarefa paternal do esclarecimento se esforça a fim de que
todos se libertem do ciclo das reencarnações, apoiando-se primeiro no homem, consciência já encarnada,
14
para só então recorrer às consciências desencarnadas.
137.10. Reencamação. A repressora tarefa da consolação, por ser ainda moralista, busca implantar as virtudes da santidade e do salvacionismo, fala com austeridade, apresenta-se exigente, respeita o
puritanismo e o convencionalismo, acena com a possibilidade ilusória da reforma íntima imediata e de
uma encarnação apenas para se alcançar a libertação, utilizando todas as muletas psicológicas que
encontra. A desrepressora tarefa do esclarecimento, por ser moralizante, nada exige, fala sempre em
muitas encarnações sucessivas, inevitáveis, no rumo da libertação do espírito, em bom humor e lazer,
repudia as convenções, eliminando todas as dependências e muletas psicológicas que pode.
137.11 Renovações. A repetitiva tarefa da consolação repisa fórmulas antigas, fala ainda em tom
sacramental, acomoda-se, às vezes, na retaguarda, “pondo remendos em pano usado”,e conserva as massas
humanas ainda dentro de uma dependência inconsciente. A renovadora tarefa do esclarecimento aplica
novas fórmulas, ousa enfrentar o front da luta evolutiva, “trocando o pano usado por um novo”, e conduz
as criaturas a uma interdependência consciente, responsáveis por si mesmas,
137.12. Veículos. A tarefa da consolação procura localizar o centro da consciência no psicossoma — o corpo emocional — agindo sobre o homem animal, por exemplo, através do show entusíasmante do orador, criando ouvintes que lhe prodigalizam aplausos, e que, constrangidos e inibidos,
não expõem suas idéias com medo de não agradar. A tarefa do esclarecimento procura localizar o centro
da consciência no corpo mental, — o veículo do equilíbrio e da maturidade, — agindo sobre o homem
espiritual, por exemplo, através do somatório de idéias dos debates promovidos pelo professor; criando
estudantes desinibidos que assumem a própria personalidade e questionam criticamente a tudo e a todos.
137.13. Cronologia. A primeira fase da consolação vai do passado até o presente, manifestando-se no continuo espaço-tempo, no restringimento físico da consciência encarnada, assentada na
intransigência da ortodoxia e no purismo autodefensivo que conduz à segregação do bairrismo local,
paroquial, nacional, e planetário. A segunda fase do esclarecimento, vai do presente até o futuro, fazendo a
consciência libertar-se da forma, do espaço, e do tempo cronológico, até chegar ao universalismo da
fraternidade pura, sem elitismo nem torre de marfim.
137.14. Abordagens. A tarefa da consolação dedica-se à dimensão estritamente religiosa, por
exemplo, ao Evangelho, à cristolatria, atrave's do culto ao mito de Jesus Cristo, o guru-mor, fazendo o
povo sentir mais e pensar menos e, jogando com as palavras, o conduz ao lirismo da poesia do romantismo
cego e às exaltações da religião, pois precisa da fé. A tarefa do esclarecimento dedica-se essencialmente
aos parâmetros da lógica, do bom senso e aos fundamentos da Ciência, por exemplo, a Parapsicologia,
fazendo cada qual pensar por si a fim de domar os instintos e sensações animais e, jogando com as idéias,
o conduz ao discernimento e à experimentação da ciência pura, substituindo a crença pelo conhecimento.
137.15. Religiões. A tarefa da consolação ainda faz o culto idolátrico às personalidades,
mantém gurus e coisas intocáveis como tabus, preocupa-se com o proselitismo e a concorrência de outras
religiões e filosofias. A tarefa do esclarecimento não mais faz cultos aos personalismos, dispensa os gurus,
põe a catequese sistemática em plano secundário, e busca o congraçamento com o lado melhor das demais
religiões e filosofias existentes.
137.16. Exemplos. As seitas e as igrejas em geral só têm recursos para executar a primeira
tarefa, a consolação, pois estão presas à vida humana, ao poder temporal e ao dogma, nada podendo
esclarecer com profundidade se não aplicam o animismo e a mediunidade. As verdades extrafísi- cas,
consideradas do ponto de vista universalista, têm força para esclarecer e, ultrapassando a tarefa da
consolação, que pode ser desempenhada por outros, não precisam repeti-la criando impérios sempre
temporais, por terem atingido a tarefa do auto-conhecimento, através do animismo da projeção consciente,
da mediunidade pura, e da desobsessão extrafísica em que a consciência encarnada vai, pesquisa e conclui
por si, diretamente, sem intermediários nem influências externas, sobre a vida e os planos existenciais.
Méritos. O encarnado, homem ou mulher, que consegue realizar a tarefa do esclarecimento,
hoje, na Terra, deve se considerar um felizardo. É indispensável ter muitos méritos para desenvolvê-la na
atual atmosfera humana. Em geral, a consciência encarnada primeiro, através da tarefa da consolação,
constrói os alicerces energéticos pessoais de defesa, de onde, então, procura erguer, depois, a tarefa do
esclarecimento.
Realismo. Não descarte o leitor este capítulo julgando-o excessivamente idealista. Este assunto,
além de ser muito racional e prático, pode ajudá-lo a se manter com as plantas dos pés sobre o chão do
mundo. Nas experiências da quase-morte (V. cap. 32), quando o “ser de luz” aparece para a consciência
humana, projetada, no momento crítico em que a mesma deve decidir se permanece de vez, por lá, no
plano extrafísico, ou se ainda retorna ao corpo humano para continuar com pequena moratória
encarnatória, como regra geral, ele pergunta, realisticamente: — “O que você tem feito a favor dos outros
na sua vida na Terra?”
138.
AUTOCRÍTICA DO PROJETOR OU PROJETORA
Definição. Autocrítica: crítica feita por alguém a si mesmo ou a seus próprios atos e manifestações.
Sinonímia: auto-análise; auto-avaliação; autoconfrontação; autodetecção de mentiras;
“desconfiômetro”; juízo autocrítico; julgamento autoconfrontativo.
Objetividade. A experiência projetiva não é assunto fácil para se expor num relato minucioso.
Antes de tudo, nossos desejos e paixões, conscientes e inconscientes, imiscuem-se muito depressa na
observação, seleção e classificação dos eventos extrafísicos vivenciados ou presenciados. Se não
mantivermos permanente atitude de imparcialidade e objetividade científica, vemos apenas o que
queremos ver, fechando os olhos ao que não queremos perceber.
Preconceitos. O projetor há de observar e interpretar os eventos extrafísicos sem levar em conta
os seus próprios interesses e desejos. Tanto quanto possível, precisa libertar-se de todos os preconceitos
científicos, religiosos e de classe.
Elaboração. O experimentador projetivo não precisa e nem deve apelar para uma remodelação
do seu sonho comum, destinada a apresentá-lo sob a forma de história relativamente coerente e
compreensível, a fim de passá-lo por projeção consciente, assim como é produzida a elaboração secundária pelo paciente psicanalítico. Neste caso, a pessoa tira ao sonho a sua aparência de absurdo e de
incoerência, tapa-lhe os buracos, efetua a remodelação parcial ou total dos seus elementos realizando uma
escolha entre eles e fazendo-lhe acréscimos.
Conspiração. Também nenhum projetor consciente precisa apelar — como inúmeros grupos de
natureza filosófica, política, religiosa, ou social o fazem — para a teoria do silêncio, como se existisse
uma conspiração, urdida por autoridade, govemo, grupos opositores, indivíduos poderosos, ou pela força
do poder econômico, para assegurar o fato de que os seus pontos de vista sobre a Projeciologia não são
ouvidos, e a vitória triunfal, final, definitiva, das suas idéias, apreendidas através e nas experiências das
projeções conscientes, vem sendo adiada.
Diabo. Não se pode esquecer como exemplo que, à semelhança da teoria da conspiração, os
religiosos profissionais inventaram o diabo, há alguns séculos, para explicar as falhas humanas do
Cristianismo na qualidade de movimento mundial.
Exagero. Outra tendência enfermiça da natureza humana é o exagero ou a precipitação na
análise de um fato quando alguém parte da idéia errônea de que “se isso não é verdade, deveria ser”,
evitando considerar outras abordagens e ignorando toda evidência contrária à sua própria posição —
antecipadamente estabelecida — quanto ao assunto. O exagero às vezes faz a pessoa apelar, quando numa
encruzilhada intelectual, ou num dilema interpretativo, para a mudança da história, ou mesmo para a
aplicação à força de uma teoria no assunto analisado, através de numerosos apertões, empurrões, puxões e
torções, a fim de que a narrativa se enquadre melhor ou dê a impressão de se encaixar perfeitamente aos
fatos sob análise.
Auto-suficiéncia. A projeção consciente constitui fato autêntico por si mesma, dispensa achegas
psicológicas de toda espécie, e não precisa de quaisquer tipos de apelos para se firmar como fenômeno
autêntico perante quem quer que seja. O fato natural da projeção consciente é auto-suficiente, fala por si, e
a si, e por si mesmo, se defende.
Análise. Depois dessas considerações, vale enfatizar que em qualquer experimento científico
parapsicológico, notadamente no que diz respeito às experiências individuais com as projeções
conscientes, o praticante deve proceder a rigoroso exame autocrítico depois do despertamen- to físico.
Neste exame minucioso precisa analisar se as vivências extrafísicas não foram alucinação, coincidência,
devaneio, engano, exagero, hipnagogia, hipnopompia, memória distorcida, pesadelo, sonho, ou a possível
combinação destas e outras explicações.
Projeciocrítica. A existência desta projeciocrítica, ou auto-análise psicológica rigorosa, enumerada aqui em dez itens para quem deseja evoluir com as projeções e alcançar maior maturidade
extrafísica, destaca-se, antes de quaisquer outras considerações práticas, a fim de frisar a sua importância
e, acima de tudo, ajudar ao aspirante à projeção consciente marcante:
138.1. Projeção. Somente proceda ao confronto das próprias experiências com os dados deste
livro quando plenamente convencido de que vivenciou projeção consciente e não outro estado alterado de
consciência, nem muito menos reminiscências de filmes, programas de televisão, romances, leituras,
entusiasmos, ou vaidades pueris.
138.2. Incoerências. Pesquise as causas e correlações de todos os anacronismos, incongruências,
incoerências, inconseqüências & inconsistências das percepções extrafísicas durante os experimentos
projetivos.
138.3. Distorções. Não sonegue intormações sob algum pretexto, não escreva seus relatos sob
16
pressão, nem distorça deliberadamente a versão dos acontecimentos buscando evitar dificuldades na
aceitação de seus experimentos projetivos.
138.4. Exclusões. Seja autêntico, sempre fiel aos fatos, afastando toda propensão de salientar
certas abordagens com exclusão dê outras ao analisar as projeções conscientes.
138.5. Franqueza. Use da franqueza em abordagens sensatas e racionais no registro de suas
vivências extrafísicas.
138.6. Imaginação. Elimine os acréscimos forjados pela imaginação, ou da imagística, nas
mínimas interpretações das ocorrências parapsíquicas.
138.7.Preconceitos. Afaste os preconceitos possíveis, os tabus da civilização, e os dogmas de
todo gênero ao estudar as experiências projetivas.
138.8. Dúvida. Abstenha-se de forçar a transformação da dúvida em certeza no enfoque natural
dos fenômenos projetivos.
138.9.Destemor. Desreprima-se e se exponha sem reservas, realisticamente, sem medo de
complicações, mal-entendidos, ou ameaças no que diz respeito às suas projeções conscientes.
138.10. Confissão. Confesse ignorância sempre que necessário ante quaisquer assuntos sob
análise.
Autocensura. Por outro lado, você, na qualidade de praticante interessado, deve se conscientizar
de que esta autocrítica não pôde ser confundida nem interpretada, exageradamente, até ao ponto de uma
autocensura castradora ou esterilizadora, que indique tendenciosidade incorporada em suas abordagens,
expressando opiniões censuradas por mitos, influências espúrias, coação subconsciente na análise dos
fatos, ou desvios das formas do procedimento científico.
Projeciolatria. Sou, pessoalmente, contra todos os cultos estagnadores ou excessivos, por isso
sou contra a projeciolatria. O projetor que deseja evoluir não pode abdicar da sua razão, do seu
discernimento, do seu bom senso, do seu permanente estado de autocrítica, da sua franqueza, a começar
para consigo mesmo, reconhecendo o papel exato da projeção consciente no desenvolvimento do homem,
contudo sem exageros.
Hipóteses. A propósito, nos planos e ambientes extrafísicos nada vi através das projeções
conscientes que viesse comprovar estas quatro teorias:
138. § 01. Metempsicose. Metempsicose ou a doutrina de uma consciência humana reen- carnarse num corpo de animal inferior.
138. § 02. Gêmeas. Almas gêmeas ou a suposição de duas consciências extremamente afins que
evoluíssem interdependendo uma da outra.
138. § 03. Fusão. Fusão consciencial (melding) ou a hipótese de duas ou três consciências se
fundirem formando uma outra mais evoluída.
138. § 04. Elementais. Seres chamados elementais ou a criação, à parte, com a evolução paralela
de princípios espirituais diferentes da personalidade que culmina por constituir a consciência humana.
_______________
Bibliografia: Garrett (571, p. 50), Gooch (617, p. 45), Rigonatti (1402, p. 163), Rogo (1444, p.
16), Vieira (1762, p. 62).
VI- VIGÍLIA FÍSICA ANTERIOR
VI - Vigília Física Antenor
139. ANÁLISE CRONOLÓGICA DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Definição. Análise cronológica: exame detalhado de cada elemento constituinte ou parte
decomponível de um fenômeno, tendo em vista conhecer sua natureza, proporções, funções, limites,
relações, conseqüências, etc., quanto à cronologia natural das ocorrências fenomênicas.
Sinonímia: análise cronográfica; estudo através do tempo cronológico.
Análise. Na análise de toda projeção consciente, induzida por qualquer processo ou
metodologia, importa considerar o conjunto de fatores inerentes à natureza transcendente, anímica e
parapsicológica dos fenômenos, que se modificam a cada experiência do projetor e de um projetor para
outro.
Enumeração. No estudo minucioso, o leitor interessado pode estabelecer o confronto identificando as semelhanças e as diferenças da projeção em exame com as especificações alinhadas, a seguir,
numa enumeração exemplificativa a começar desta seção.
Padrões. Aqui foi incluída, cronologicamente, extensa carga diversificada de padrões típicos
das vivências mais comuns, antes, durante e após as atividades da consciência fora do corpo humano, com
as eventualidades altamente prováveis, os fenômenos intercorrentes e múltiplos procedimentos técnicos,
nos mínimos aspectos, derivações e conseqüências, o mais corretamente possível dentro da ordem
cronológica das ocorrências que se desenvolvem numa projeção comum.
Repetições. O objetivo de clarear ao máximo os detalhes importantes, assentando as bases da
avaliação da qualidade dos experimentos, gerou repetições inevitáveis devido às interações dos fenômenos
e aos enfoques congêneres.
Evidências. Nos assuntos expostos, todos com intrigantes prismas mais ou menos originais que
exigem maior exploração, os itens terminam com o providencial et cetera. Tal recurso atesta a ignorância
atual quanto aos reflexos e à extensão dos experimentos, que somente serão esclarecidos, confirmados ou
invalidados, pelo critério científico da convergência de evidências, através da universalidade das
observações reproduzíveis dos praticantes da projeção consciente e dos pesquisadores dos fenômenos
parapsicológicos, num futuro próximo.
Aviso. Chamo a atenção do leitor para o fato de que nenhuma das características aqui apontadas
relacionando detalhes projetivos pode ser tomada como geral, pois varia de pessoa para pessoa, e pode até
mesmo ocorrer de maneira contrária ao que se afirma. Contudo tais características são próprias das
dificuldades mais corriqueiras da maioria dos projetores conscientes e se acham relacionadas aos fatos
psicológicos mais comuns da existência humana.
229
140. FASES DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Ciclo. O ciclo projetivo se compõe de cinco fases principais, distintas, ou cinco diferentes
etapas que a consciência encarnada tem de cumprir no plano físico e no plano extrafísico para produzir a
experiência da projeção consciente.
Cronologia. As cinco fases projetivas podem ser discriminadas em ordem cronológica:
140.1. Estado da vigília física anterior (preparo da partida consciencial).
140.2. Exteriorização da consciência (decolagem).
140.3. Período extrafísico da consciência (vivência extrafísica, volitação, etc.).
140.4. Interiorização da consciência no corpo humano (reentrada consciencial).
140.5. Estado da vigília física posterior (decorrências da chegada consciencial).
Vigília. O estado da vigília física ordinária, tanto o anterior quanto o posterior à produção da
experiência da projeção consciente, torna-se importante porque freqüentemente ocorrem: antes, os
fenômenos ou influências preambulares ou pré-projetivas, e depois sobrevêm as conseqüências imediatas
do experimento, logo após a ocorrência, ou as diversas manifestações pós-projetivas.
Destaque. A partir deste capítulo, cada uma das cinco fases da experiência da projeção consciente será destacada em várias partes, a fim de serem anatomizadas, o mais possível, as ocorrências
projetivas da consciência humana.
_____________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 53).
.
141. PORTAS PARA A PROJEÇÃO CONSCIENTE
Dimensões. Todas as portas para as dimensões exteriores da consciência encarnada são estados
predisponentes para a produção da projeção consciente.
Tipos. Existem vários tipos de portas para a projeção consciente humana: psicológicas; parapsicológicas; vigília física ordinária; estados xenofrênicos diversos; devaneio; sonolência; sono natural;
sonho comum; pesadelo; estado vibracional; estado hipnagógico (ondas alfa); sonambulismo extrafísico;
sono extracorpóreo; catalepsia física, catalepsia extrafísica; transe mediúnico; autos- copia; etc.
Ambivalência. Essas portas projetivas são ambivalentes, pois podem ser de entrada e também
de saída para a projeção consciente. Assim, a consciência do projetor sai, por exemplo, do estado de sono
natural e toma a voltar para ele logo em seguida.
Alternância. A alternância comum dos estados da consciência, com referência mais ao sono
natural, ao sonho e ao pesadelo, ocorre menos freqüentemente com a vigília física, o devaneio, e o estado
hipnagógico.
Traumas. Vários traumas físicos podem provocar a projeção consciente: anestesia
odontológica; choque; choque elétrico; cirurgia;, doença grave; drogas, estado de coma; impacto de
aceleração ou desaceleração súbita de veículo; projeção parcial prévia; traumatismo encefálico; etc.
Repetições. Qualquer projetor encarnado pode experimentar todos os estados conscienciais aqui
referidos para iniciar a projeção consciente, embora apresentando um ou dois que se repetem mais amiúde
conforme o processo empregado para se projetar.
__________
Bibliografia: Shay (1546, p. 32).
142. DATA DO EXPERIMENTO PROJETIVO
Ocorrências. Quanto à data do experimento do projetor podem ser observadas várias
ocorrências: consulta ao calendário; dia do mês; dia da semana melhor para o projetor; mês; ano; feriado;
dia atípico ou com ruptura do ritmo psicofisiológjco do corpo humano; fase da Lua; outros referenciais;
registros; etc.
Comprovações. Os pormenores da data, à primeira vista desnecessários, são no entanto fatores
relevantes nas comprovações posteriores, intencionais ou inesperadas, das ocorrências da projeção,
principalmente nas projeções precognitivas; além disso servem como elementos valiosos nos estudos
comparativos entre as projeções seriadas, influências do meio ambiente humano, etc.
Projetora. Será sempre importante a mulher observar os seus períodos menstruais em relação
às projeções, verificando se há algum aspecto importante entre um fato e outro. Certas mulheres, ao se
aproximar o período menstrual, sentem mais necessidade de descanso.
Astrais. Há quem preconize não fazer experimentos com as projeções em certas fases astrais da
Lua, especialmente no quarto minguante. No entanto, considero tais precauções como secundárias,
simples crendices ou preconceitos inofensivos.
_______________
Bibliografia: Butler (227, p. 74), Monroe (1065, p. 235), Vieira (1762, p. 210).
143. CONDIÇÕES METEOROLOGICAS ANTES DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Características. Dentre as características das condições meteorológicas que apresentam relação
com a projeção consciente destacam-se: tempo bom; tempo chuvoso, tempestade; vendaval; descargas e
raios; ribombos de trovões; ruídos;umidade; frio; calor; etc.
Cósmicos. Os chamados fatores cósmicos, meteorológicos, influências climáticas e as variações das estações do ano, na verdade, não devem exercer nenhuma atuação sobre a experiência da
projeção consciente que depende, antes de tudo, da vontade decidida, motivação psicológica e
desempenho do praticante que pode superar todas as condições inconvenientes ou aparentemente adversas
ao experimento.
Principiante. Será sempre fácil escrever isso, mas na prática a teoria não é tão simples assim
em razão dos fatores psicológicos, condicionamentos de todo tipo, específicos a cada pessoa, idéias
preconcebidas e arraigadas, superstições, etc., que estratificam as complexidades que compõem a
personalidade humana. Daí porque será sempre melhor ao principiante escolher um dia favorável, ideal
ou típico de bom tempo para começar os exercícios projetivos.
____________________
Bibliografia: Butler (227, p. 74), Vieira (1762, p. 165).
144. BASE FÍSICA DO PROJETOR
Definição. Base física: local seleeten^do e seguro onde fica repousando o corpo humano da
consciência encarnada quando estale projeta.
Sinonímia: astralporto; baseí de apoio; base humana; base projetiva; campo de pouso; domicílio do corpo humano; duplódromo; estação volitatória; estacionamento do corpo humano; garagem do
corpo humano; pião para as projeções sucessivas; quarto de dormir; retiro privativo.
Interna. A rigor, a primeira base física, interna, da consciência encarnada é o próprio corpo
humano (V. cap. 85). A esfera extrafísica de energia (V. cap. 236) faz da base física do projetor a sua
pilha de energia consciencial (V. cap. 246), que tanto pode estar carregada ou descarregada na ocasião da
sua projeção consciente.
Tipos. Existem variados tipos de base física para o projetor: a interna, o corpo humano; e as
externas: quarto de dormir; sala de visitas; salão; escritório; local emparedado; laboratório; apartamento;
casa; instituição; templo; igreja; monastério; céu aberto; quintal; varanda; veículo parado; veículo em
movimento; regular; eventual; flutuante; etc.
Melhor. A melhor e mais comum das bases físicas é um quarto silencioso onde o projetor possa
manter a porta trancada e as janelas cerradas. A cor azul da decoração do quarto ou cômodo tem efeito
positivo, ou sedativo, para o sono e a projeção consciente.
Localização. Na localização da base física devem ser lembrados certos aspectos, ou condições
ambientais, e equipamentos para dormir que funcionam às vezes por simples razões físicas e outras vezes
por motivos puramente psicológicos; endereço completo para as anotações; altitude; isolamento; tudo o
que alerta a mente física prejudica a projeção consciente; portas e janelas fechadas ou abertas.
Repouso. Pelo menos teoricamente, dorme-se sobre qualquer coisa: cama, poltrona, sofá,
estrado, gramado, tapete, etc. Há quem repouse deitado em superfícies muito rijas como chão, piso, ou
assoalho, o que, segundo os especialistas, causa noites pouco repousantes. Outros dormem com a
cabeceira do leito ligeiramente erguida; outros ainda passam a noite em redes. Os astronautas dormem
231
bem flutuando em gravidade zero. O interior da cabine de uma cosmonave em órbita pode ser considerado
como base física privilegiada para as projeções conscientes humanas.
Leito. A cama de solteiro evita movimentos espontâneos e toques inconscientes do cônjuge,
comuns quando ambos dormem na cama de casal. Se o ato de dormir com o cônjuge causa incômodo,
deve-se tentar camas gêmeas ou quartos separados. Isso poderá parecer pouco romântico, mas é até
melhor para o bom relacionamento conjugal em certos casos. Por princípio, a sua cama deve ser pelo
menos quinze centímetros mais comprida do que você.
King-size. Todo impedimento à liberdade do corpo humano representa impedimento ao sono.
Quem preferir, e dispuser de espaço, pode se valer da cama de tamanho extra, ou cama king-size,
suficientemente ampla, com 2,20 m de comprimento por 1,60 de largura, por exemplo. Esta cama permite
a cada cônjuge usar cobertas separadas sobre o mesmo colchão, dormindo cada qual acompanhado e, no
entanto, separado um do outro.
Beliche. A distância entre 0 solo, ou o piso, e o corpo humanp do projetor ao se projetar não
importa e nem interfere seriamente na produção de suas projeções conscientes. Haja vista que existem
muitos projetores conscientes veteranos que exteriorizam a consciência deixando o corpo físico deitado
num andar superior de beliche, ou seja, na segunda e até na terceira cama estreita, superposta, de fixação
especial, de um conjunto de camas, dentro de casa, ou mesmo em compartimento de camarote de navio.
Colchão. O colchão não deve ser de molas porque estas — além de fazerem ruídos que se
ouvem quando se está na posição de bruços — tomam-se magnetizadas e há quem ache que isso interfere
no experimento em certos casos. O colchão deve ser suficientemente largo a fim de permitir movimentos
livres. O colchão sem molas, além de ser mais relaxante, não faz ruídos, anula as perturbações recíprocas
durante o sono, e dá a sensação de estar flutuando no ar permitindo assim um sono mais tranqüilo. O
colchão sem fibras animais tem sido mais recomendado por alguns projetores, porque o animal que
forneceu tais fibras morreu aterrorizado. Há pessoas sensíveis a essas energias negativas. Além
doS'Coldiões usuais, há quem durma em: acolchoados cheios de bossas, descaídos, duros como tijolos;
camas de água; colchões infláveis; etc.
Lençóis. Os lençóis, na base física, devem estar limpos, frios, e macios. Os de algodão são os
mais aconselháveis, pois sua textura natural gera menos eletricidade estática, favorecendo o sono natural.
Travesseiros. Os travesseiros apresentam vários graus de dureza e maciez, finos ou espessos, de
material sintético, fibra de multifilamento contínuo’ou espuma para os que sofrem de alergias. Precisam
ser apenas o bastante grossos para manter a cabeça na mesma posição horizontal dos ombros e da coluna
vertebral. Verifica-se isso ficando de pé, de lado, e com o ombro encostado numa parede. O espaço entre a
cabeça e a parede corresponde à espessura do traveseiro, quanto à média dos dormidores.
Laboratório. Em experimentos de laboratório, o sensitivo, colocado em decúbito dorsal, usa um
travesseiro de espuma de borracha em forma de U, a fim de imobilizá-lo e limitar-lhe a percepção
auditiva.
Saco. Há quem produza a projeção consciente deixando imobilizado o seu corpo humano dentro
de um saco de viagens, desses grandes, com zíper, usados para acampar, estendido direta- mente no chão
limpo, ao ar livre, sem nada por cima. O saco de viagens — espécie de casulo temporário do corpo
humano do adulto — é a base física, externa, portátil, a mais simplificada possível para o projetor
consciente.
Cordas. Há alpinistas que já se projetaram conscientemente, de modo espontâneo, estando
imobilizado o seu corpo humano, amarrado por duas cordas, em saliências de rochas elevadas.
Móveis. Além da cama, outros móveis podem ocupar o quarto-laboratório do projetor consciente: cadeira, poltrona, armário embutido, mesa de cabeceira, etc.
Instrumentos. Diversos instrumentos funcionam como opções, e chegam a ser usados no local
da base física: relógio digital silencioso com mostrador que permita consulta na penumbra; cronômetro;
termômetro, higrómetro, e barômetro dependurados em parede; lanterna de fácil manejo; condicionador
de ar direto ou indireto; gravador portátil; tomada de luz próxima; monitores e polígrafos diversos,
eletroencefalógrafo e outros instrumentos de medições fisiológicas (V. cap. 456), se for o caso. Deve-se
evitar fios elétricos, telefone, rádio, televisor, estéreo, vídeo-cassete, e outros aparelhos eletroeletrônicos
desnecessários diretamente à projeção conscienciai, ligados no quarto de dormir.
Interferências. Se for o caso, pode-se usar máscara de dormir e tapa-ouvidos confortáveis ao se
deitar, mas os mesmos podem interferir nos estados físico e psicológico do praticante das projeções
conscientes, ou seja, resolvem um problema porém criam outro.
Recursos. Além dos instrumentos relacionados, existem outros recursos a serem utilizados na
base física: lápis ou esferográfica, papel em tranco, calendário; livro de leitura selecionada e pacificadora
da mente para quem não seja portador de insônia. Deve-se usar o mínimo de cobertura sobre o corpo
humano a fim de evitar o peso inconveniente que acarreta impressões negativas no psicossoma e até
pesadelos inoportunos.
Familiares. O auxiliar em terra e a presença de familiares e suas doenças têm relação com as
232
projeções conscienciais. Urge evitar a criação de preocupações nos familires ou interferências no curso
normal de suas existências com as ocorrências dos experimentos da projeção consciente — por exemplo,
alguém querer entrar no quarto durante o experimento projetivo — pois os mesmos somente podem
colaborar quando estão capacitados a compreender o que se passa com o projetor, permanecendo
simpáticos aos experimentos.
Veículos. As experiências nas quais a consciência se projeta para fora do corpo humano
deixado numa base física móvel, um veículo por exemplo, carro, ônibus, trem, avião, etc., costumam ser
freqüentemente de curta duração e em geral desinteressantes (V. cap. 426). O mesmo acontece quando o
projetor se projeta estando escutando rádio ou vendo televisão.
Forçadas. Nas projeções forçadas, a base física varia bastante podendo ser a mesa de cirurgia, o
leito do hospital, a cadeira do dentista, a maca da ambulância, o asfalto nu da estrada, o campo de batalha,
o passeio da rua, o catre do presídio, a massa líquida da água do mar ou do rio, etc. (V. cap. 383).
Cubículo. Seja qual for a base física, até mesmo pequeno cubículo fechado, a consciência não
deve sentir qualquer temor infundado pelo risco de ficar presa no local, pois a permeabilidade do
psicossoma (V. cap. 262) lhe dá ampla liberdade de ação extrafísica.
Teoria. Há quem se preocupe, na hora de dormir, em acomodar o corpo humano segundo o eixo
magnético norte-sul, ou seja, a cabeça voltada para o Norte e os pés para o Sul, a fim de situar- se em
harmonia com o campo magnético da Terra, o que, supõe-se, ajudaria a induzir o sono. Contudo, até o
momento não existe justificativa científica para esta teoria da onda magnética norte- sul, o repouso do
sono e a sua influência sobre as projeções conscientes (V. cap. 153).
Bloqueio. A mudança esporádica da base física, por exemplo, a saída do projetor da cidade para
outro local em praia, montanha ou campo, ocorrendo, nessa ocasião, uma projeção prolongada e díspar
num destes novos lugares, pode ocasionar o bloqueio mnemónico, especialmente se o projetor projetado
voltar, extrafisicamente, à sua base primitiva e habitual para fazer assistência extrafísica (V. cap. 324) a
partir dali. Isso é devido a um deslocamento parapsicológico da consciência em face da nova locação do
corpo humano, fora da rotina, incapacitado num quarto estranho. Neste caso, o projetor, ao se despertar
fisicamente, tenta se colocar, do ponto de vista mental, dentro da nova base física, temporária, e o
desentrosamento com o meio ambiente bloqueia a sua rememoração.
Extremas. 0 útero é a primeira base física, exterior, inicial, do corpo fetal da consciência reencarnada, na sua projeção inicial, primeira projeção semifísica, em uso logo após a concepção humana.
O cemitério é a última base física, exterior, definitiva, da consciência encarnada, na sua projeção final,
última projeção semifísica, ou morte biológica.
Cabeça. Quando a consciência está projetada através do psicossoma no Espaço Exterior —
exoprojeção consciente —, ela pode retomar com lucidez à base física terrestre passando até por dez
etapas de visualização, ou planos, numa escala decrescente de redução geográfica: Terra, continente, país,
área regional, cidade, bairro, residência, quarto de dormir, corpo humano, cabeça humana. Por aí se
observa que a base física, na sua expressão mais simples, é justamente a cabeça humana, ou mais
apropriadamente, os dois hemisférios cerebrais. Quando projetada pelo corpo mental, a consciência pode
queimar, de modo radical, as etapas intermediárias de visualização, retornando do Espaço Exterior
diretamente aos hemisférios cerebrais, ou melhor, ao ato do desperta- mento físico.
Extremos. No extremo macrocósmico do Espaço Exterior, a consciência projetada pode receber
as impressões das seguintes ocorrências: a condição de escuridão; a visão das estrelas; cores; luzes;
entidades desencarnadas ou consciências encarnadas projetadas; intuições; etc. No extremo microcósmico
da cabeça física, a consciência, ao se interiorizar, pode viver as seguintes experiências: o blecaute
consciencial; os sons intracranianos; a condição de escuridão; o estado de catalepsia breve; o
despertamento físico abrupto; etc.
Cavernas. As cavernas e grutas cavadas pelo homem, ou pela natureza, na estrutura pétrea das
montanhas constituem excelentes bases físicas externas para a consciência encarnada que procura produzir
as projeções conscienciais lúcidas (V. cap. 176).
Regra. Existe uma regra segura: diz-me qual sua base física e lhe direi quais são suas projeções
conscienciais.
Clima. O clima íntimo da base física influi e define o emprego ou a utilização do veículo de
manifestação da consciência e, conseqüentemente, o tipo médio das experiências de projeções
conscienciais lúcidas do projetor humano.
144.1.
Psicossoma. A base física de características muito humanas, telúricas, emocionais ou
passionais (“emocionogênica”), predispõe a consciência às projeções conscienciais lúcidas através do
psicossoma — o corpo emocional — nos ambientes do plano extrafísico crosta-a-crosta.
144.2.
Mental. A base física de atmosfera espiritual, elevada, de emoções racionalizadas,
intelectual (“racionogênica”), inclina a consciência às projeções lúcidas através do corpo mental, no plano
mental.
Incenso. Deve ser evitado o emprego de perfume, incenso, ou anti-sépticos fortes na intimidade
233
da base física, pois além de não contribuírem para a produção da projeção consciente de imediato, podem
interferir ou mascarar, em certos casos, conforme o projetor consciencial, as problemáticas percepções
olfativas extrafísicas da consciência projetada através do psicossoma.
Oficina. A base física do projetor militante, veterano, operoso, já engajado numa equipe assistencial física-extrafísica, pode ser transformada em oficina de trabalho extrafísico pelos ampara- dores
que lhe sejam afins, a seus familiares, e aos seus serviços assistenciais. A tarefa diária dos passes para o
escuro (V. cap. 253) é o processo mantenedor ideal do equilíbrio e da homogeneidade energética da
oficina extrafísica.
Personalidades. Nessa oficina podem ser encontrados quatro tipos básicos de personalidades
extrafísicas: os sonâmbulos desencarnados (às vezes também seres encarnados projetados), inconscientes,
que aí estagiam ausentes do ambiente e indiferentes aos seres humanos; os enfermos, inclusive obsessores,
atraídos pelo processo de isca extrafísica, que podem ou não imiscuir-se na atmosfera humana, porém sob
as vistas zelosas dos amparadores; os convalescentes extrafísicos que interagem com os ambientes físico e
extrafísico, inclusive sentam nas cadeiras disponíveis, observam o que os seres humanos fazem, escutam
as conversações públicas, desejam dialogar com o projetor projetado, etc.; e os amparadores de todos os
feitios e naturezas, que superintendem a oficina, sempre cumprindo tarefas definidas no rodízio de estágios
curtos ou prolongados, com ocupações temporárias ou obrigações mais duradouras.
_____________________
Bibliografia: Brunton (217, p. 267), Castaneda (258, p. 199), Crookall (331, p. 42), Frost (560,
p. 52), Greenhouse (636, p. 154), Mittl (1061, p. 9), Monroe (1065, p. 211), Muldoon (1105, p. 182),
Powell (1278, p. 83), St. Clair (1593, p. 149), Swedenborg (1635, p. 105), Vieira (1752, p. 4).
145. PROJETAR IUM
Definição. Projetarium: base física cientificamente preparada para facilitar o desenvolvimento
das projeções conscientes.
Sinonímia: base-física-laboratório; câmara anecóica projetiva; câmara insonora projetiva;
câmara interdimensional; câmara projetiva; câmara surda projetiva; laboratório da projeção consciente;
local de retiro extrafísico; observatório astral; observatório extrafísico; posto proietivo; projetorium; sala
muda projetiva; sala projetiva à prova de som.
Razões. À vista do fato de as condições ambientais do plano físico, ou contínuo espaço-tem- po,
mesmo a contragosto, sempre exercerem razoável percentual de influência psicofísica sobre o corpo
humano e a consciência do projetor, o ideal será conceber, apenas como hipótese, uma base física especial
onde se reuniriam todas as condições físicas propícias ou ideais à projeção conscien- cial lúcida completa.
Vibrações. Dentre as condições para a instalação do projetarium podem ser destacadas: cômodo
pintado em azul, com pintura sem brilho a fim de reduzir ao mínimo os reflexos de luz; forro e
revestimento antiacústico ou à prova de som (câmara surda), ou altamente isolada acusticamente. Esta
peça construída ou forrada de modo a proporcionar isolamento acústico considerável em relação aos
ruídos externos, também deve apresentar enfraquecimento mecânico significativo no que se refere a
vibrações exteriores (antivibrátil). Pode-se usar anteparos com um material adequado de absorção sonora.
Condições. O espaço interno do projetarium deve ter extensão além do perímetro de ação mais
intensa do cordão de prata ou, pelo menos, quatro metros de raio a partir da cabeça humana do projetor em
repouso na posição de decúbito dorsal; emprego de ar condicionado indireto e silencioso; aplicação de
ozônio; utilização de móveis internos funcionais; uso de instrumentos, não desconfortáveis, de registros
fisiológicos e medidas de toda a natureza; sala anexa auxiliar isolada; aviso escrito na parte externa para
não ocorrer perturbação no local, por nenhuma razão, durante os experimentos; etc.
Hipóteses. Eis algumas hipóteses de trabalho pertinentes: — A anulação da força gravitacio- nal
ou a instalação do estado de imponderabilidade no ambiente interno do projetarium poderia ajudar a
produção das projeções conscienciais lúcidas? E a instalação de um campo de força especial, também? E o
uso da gaiola Faraday? Quais seriam as relações que se poderiam criar entre o projetarium e a esfera
extrafísica de energia? (V. cap. 236).
_______________
Bibliografia: Puharich (1338, p. 111).
234
146. LUZ AMBIENTAL
Para-olhos. O mecanismo dos globos oculares físicos do corpo humano não é praticamente
utilizado no desenvolvimento das projeções conscienciais. Nestas experiências quase sempre são
empregados pela consciência projetada os para-olhos do psicossoma.
Extremos. Em regra, os dois níveis extremos, a luz natural ou a iluminação artificial, bem como
a obscuridade completa, embora não sendo empecilhos, ou fatores 2ntiprojetivos, atrapalhara mais do que
ajudam nos experimentos de indução das projeções conscienciais lúcidas para a maioria dos projetores
humanos.
Penumbra. A luz, sendo estimulante, impede o sono. O projetor consciencial só deve deixar
entrar no seu quarto de dormir de onde se projeta, uma réstea de luz, ou seja, deve mantê-lo num baixo
nível de iluminação. Na semi-escuridão, ou penumbra, com o uso de pequena lâmpada fraca, ou de alguma
fonte de luz discreta que entre no aposento, está a condição ideal de iluminação do local aonde fica
repousando o corpo humano incapacitado do projetor na base física. Todas as superfícies especulares
polidas, máquinas de quinas ou peças pontiagudas, e outros objetos perigosos devem ser tirados do quarto.
Pontos. A semi-obscuridade permite ao projetor manter pontos visuais de referência, deitar e
sair do leito, discernindo, de imediato, a posição real do corpo humano em relação aos objetos e móveis do
aposento, sem perder o sentido da direção ao acordar, no caso de as lâmpadas do ambiente estarem
apagadas. Tudo isso visa a evitar: um confuso despertamento físico; o ato de esbarrar e tropeçar nos
móveis existentes na base física; a necessidade de se caminhar às apalpadelas; possíveis pequenos
acidentes; etc.
Pano. A penumbra no aposento da base física pode ser mantida com um pano escuro instalado
como cortina na janela, janelão ou vidraças, ou entre as cortinas comuns e as vidraças porventura aí
existentes.
______________
Bibliografia: Monroe (1065, p. 211), Muldoon (1105, p. 204), Vieira (1762, p. 17^
147. TEMPERATURA AMBIENTAL
Definição. Distermia ambiental: excesso de temperatura ambiental, seja por frio intenso ou pelo
calor excessivo, que vai além das possibilidades de aclimatação por parte do organismo humano.
Sinonímia: excesso da temperatura ambiental; hipertermia ambiental;hipotermia ambiental.
Importância. O nível adequado de vinte graus Celsius (ou centígrados) de temperatura ambiental e a qualidade do ar respirado durante o sono apresentam extrema importância para os experimentos
com a projeção consciente induzida pela vontade. No verão, um ar mais frio que o do exterior estimula o
sono.
Relaxação. Tanto a temperatura baixa quanto a temperatura alta trazem inquietação mental,
desconforto e intranqüilidade, prejudicando a relaxação muscular, intensificando a circulação sangüínea e
a freqüência cardíaca, impedindo que o corpo humano fique inativo e libere o psicos- soma com a
consciência.
Ideal. Uma vez que o termostato do corpo humano e a sensibilidade ao frio variam, não há
temperatura ideal que sirva para "todas as pessoas. Contudo, a melhor temperatura para se projetar é a que
permanece em torno dos vinte graus Celsius já referidos, sendo sempre preferível sentir um pouco de frio
do que um pouco de calor.
Inquietação. Com a temperatura interna, no quarto de dormir, acima de 23°9 Celsius (ou
centígrados), a pessoa não dorme direito, fica inquieta e o sono apresenta-se mais leve. Depois disso
surgem sonhos desagradáveis e pesadelos, segundo as recentes pesquisas sobre o sono e a insônia nos
laboratórios especializados.
Condicionador. Nos climas quentes recomenda-se o uso do condicionador de ar, central e silencioso, quando possível, ou senão, um aparelho de ar condicionado, local, porém indireto, instalado em
outro aposento próximo, a fim de diminuir os efeitos do ruído do aparelho sobre o indivíduo.
Mudança. Durante o período em que a consciência se acha projetada, a mudança súbita da
temperatura ambiente para mais ou para menos pode provocar uma repercussão extrafísica com o retomo
da consciência projetada, a sua interiorização e o despertamento físico abrupto.
235
_______________
Bibliografia: Butler (228, p.149), Muldoon (1105, p.197), Vieira (1762, p.98)
148. RUÍDO AMBIENTAL
Adversário. O ruído, ou som indesejável, pelos seus efeitos sobre o ser humano, é o grande
adversário ambiental do sono e também da experiência da projeção consciencial lúcida para a maioria dos
projetores, por isso deve-se observar e controlar o nível de ruído ambiental da base física do projetor
consciencial.
Sensibilidade. A nocividade de um ruído — ou a ação agressiva que um ruído exerce sobre o
organismo e também, conseqüentemente, sobre a consciência — pode ser caracterizada pelas perturbações
ou alterações que produz. A sensibilidade ao som varia de pessoa para pessoa, e também conforme o
estágio do sono em que ela se encontre, de acordo com o sexo,a idade física e o local onde esteja. As
mulheres são mais suscetíveis do que os homens de se despertarem em razão de ruídos.
Volume. 0 volume da perturbação causada pelo ruído depende da familiaridade com o som, de
sua intensidade, de sua duração, e da sensibilidade da pessoa em relação ao próprio ruído.
Decibéis. A unidade de intensidade de ruído é o decibel (dB). Acima de sessenta decibéis —
aproximadamente o barulho de um caminhão passando na rua — a maioria das pessoas desperta ou pelo
menos sofre uma perturbação do sono natural.
Estímulos. Qualquer som acima de setenta decibéis começa a estimular sinais do sistema nervoso pará o resto do corpo humano. Se o som for repentino, ininterrupto e sem significado, a pressão
arterial aumentará e o suprimento de sangue para o coração báixará. Quando a intensidade aumenta, as
pupilas se dilatam, os músculos do abdome e do tórax se contraem e os batimentos cardíacos se aceleram.
Isso ocorre com qualquer pessoa que dorme.
Escala. Eis alguns níveis de decibéis para determinados sons que podem despertar você do sono
ou interromper sua projeção consciencial lúcida através de traumas extrafísicos: setenta decibéis: trânsito
em rua relativamente quieta da cidade; oitenta e um decibéis: aspirador de pó funcionando; noventa
decibéis: carro esporte em movimento; cento e sete decibéis: máquina potente de cortar grama em serviço;
cento e cinqüenta decibéis: decolagem de avião a jato. O nível de cento e vinte decibéis marca o limiar
normal da dor, uma atmosfera tóxica para o ouvido, o início de possíveis traumatismos acústicos e a
surdez traumática.
Localização. As localizações do corpo humano do projetor que não favorecem a produção da
projeção consciente são: junto ao boom sônico dos aviões a jato nas vizinhanças de aeroporto, ou a forte
explosão sônica (estampido sônico ou estrondo sônico) ocasionada pelas variações de pressão que
originam as ondas de uma aeronave que se desloca na ou acima da velocidade do som; em mas e estradas
muitos movimentadas; próximo às feiras urbanas; em edifícios de apartamentos de paredes finas; etc.
Interruptores. Eis uma série de ruídos ambientais, indesejáveis, interruptores, específicos,
próximos ao corpo humano inanimado do projetor projetado que podem prejudicar o desenvolvimento da
produção da projeção consciente:
148.1. Internos. Dentre os ruídos interruptores internos destacam-se: campainhas de portas,
telefones e interfones; pêndulos e tique-taques de relógios ruidosos; estalos de molas do colchão; janelas
barulhentas; batidas de portas’; marteletes ou barulhos das válvulas de aparelhos sanitários; ascensão e
descida de elevador, especialmente quando desregulado; dispositivos sonoros com volumes abertos;
estalar de fogo em lareira; latido forte de cão; etc.
148.2. Externos. Dentre os ruídos interruptores externos destacam-se: explosão de balão de ar;
estampido sônico de avião; arrulos de pombos nos postigos de janelas; ruídos de fora, da rua, trem de
ferro, hall de recepção, escada vizinha; namoros noturnos de gatos, canto de araponga ou ferreiro nas
imediações; limpeza de latas de lixo na rua; período de conserto noturno com britadei- ras na rua;
passagem de veículos èm cima de placas metálicas; passos, quedas de objetos, cadeiras arrastadas pelo
vizinho de cima; festa na vizinhança; aparelho de ar condicionado desregulado; trepidações de assoalho na
base física; tempestades, trovões, ventos uivantes e demais acidentes da natureza; sirenas de carros de
bombeiros, polícia e ambulância; buzina disparada de veículo; serras funcionando e batimentos em
construções; reformas de imóveis nas vizinhanças; etc.
Tapa-ouvidos. Há quem resolva o problema dos ruídos na hora de dormir usando tapa-ouvidos,
tampões, pequenos cilindros ou cones de material plástico, ou mesmo bolas anti-ruídos, grandes chumaços
descartáveis de algodão, secos ou embebidos em água, azeite ou vaselina. Tanto um quanto o outro
conseguem bloquear apenas cerca de vinte decibéis. As bolas de cera, amassadas a mão, são difíceis de
serem colocadas e saem facilmente.
Proteção. Recursos atualmente usados para se fazer a proteção acústica de ambientes e que
236
ajudam no isolamento do quarto do projetor: janelas duplas; instalação do condicionador de ar; vedação
das frestas das janelas do aposento, o que reduz o nível de ruído em cerca de dez decibéis, pois por onde
entra o ar entram as ondas sonoras; instalação de cortinas espessas que, por serem porosas, agem como
esponjas sonoras absorvendo os sons; cortinas duplas, ou seja, com uma segunda camada de veludo ou
tecido de fibras sintéticas; tapetes de parede decorativos pendurados na área barulhenta; forração
antiacústica das paredes com uma camada de dois centímetros e meio de espessura de cortiça, o que
absorve de cinqüenta a setenta por cento do som que se infiltra pelas paredes; rebaixamento do teto com
placas acústicas suspensas.
Condicionador. A fim de reduzir os impactos sonoros no quarto de dormir, na base física situada em áreas de alta poluição sonora, recomendo ligar o aparelho de ar condicionado, situado um pouco
distante, cujo automático provoque o ruído branco, ou de baixa freqüência, que se mistura aos barulhos do
ambiente e favorece o sono com a criação de reflexos condicionados positivos.
Bloqueios. Se você tenta bloquear ou encobrir mentalmente os ruídos negativos, pode inadvertidamente bloquear também as inspirações e sugestões do amparador que tenta ajudá-lo na produção da
projeção consciente. Neste caso, a sua consciência, fechando-se em si mesma, ao invés de ir para fora
através da projeção, pode acabar se interiorizando ainda mais, dentro de você próprio, na intimidade dos
seus veículos de manifestação coincidentes.
Causa. Os ruídos físicos têm efeitos diversos sobre o ato da projeção consciente humana. Assim
como o ruído físico pode, por um lado, interromper abruptamente uma experiência extrafí- sica,
finalizando a projeção consciente até com repercussão física, havendo mesmo técnica utilizada justamente
por essa característica (V. cap. 186), pode também, por outro lado, gerar uma projeção consciente,
espontânea, instantânea. Por exemplo, tal fato já foi registrado várias vezes com a pessoa de sono
profundo e pesado que usa relógio-despertador para acordá-la.
Despertador. No estado de semilucidez em que se acha ao ouvir o som estridente do despertador, a consciência tenta destravá-lo, como faz todos os dias, e ao invés disso, projetada, a sua pa- ramão
— para sua imensa surpresa — passa através da trava e do instrumento tilintante. Ao invés de ocorrer,
como efeito do ruído ambiental, o despertamento físico da consciência, sobrevêm, neste caso particular, o
seu despertamento extrafísico. Por aí se conclui que a consciência humana freqüentemente se encontra
numa condição ambígua, predisposta e pronta para entrar em diferentes planos conscienciais conforme as
injunções do momento (V. cap. 210).
_____________
Bibliografia: Crookall (331, p. 3'2), Frost (560, p. 53), Vieira (1762, p. 55).
149.
AUXILIAR EM TERRA
Definição. Auxiliar em terra: guardião encarnado do corpo humano incapacitado e vazio da
consciência do projetor, durante a sua projeção consciente.
Sinonímia: anjo-de-guarda encarnado; assessor da projeção; assistente em terra; guardião
humano; vigilante encarnado.
Tipos. Dentre os vários tipos de auxiliar em terra destacam-se: esposo; esposa; familiar;
dirigente de reunião de pesquisa; pesquisador; hipnólogo; médico; médium; amigo; etc. O cônjuge
constitui o auxiliar ideal ao projetor ou projetora.
Proteção. O projetor pode se projetar com ou sem o auxílio de outrem, dispensando, igualmente,
certos fatores como técnica, mediunidade, etc.; e até mesmo espontaneamente, sem querer. Contudo,
quanto mais se esforçar para tornar seus experimentos fisiológicos, racionais e protegidos, usando para
isso os recursos disponíveis e adaptáveis ao seu ambiente, melhor será o seu desempenho nas projeçoes
conscientes.
Colaborador. A figura do auxiliar em terra constitui cópia do mesmo personagem existente nos
campos de pouso de aeronaves, assistindo à decolagem, e à aterrissagem dos aparelhos aos serviços
ocasionais de vôo; e do chamado anjo-de-guarda extrafísico. A tendência natural dos fatos transformam o
auxiliar em terra, pouco a pouco, em colaborador extrafísico também do projetor, ou seja, eles acabam se
projetando juntos.
Círculo. Certas organizações parapsíquicas, ocultistas, mediúnicas, espíritas, reúnem vários
auxiliares em terra formando um círculo de vigilância e irradiação, ou corrente humana mediúnica, para
resguardar e defender contra qualquer dano o corpo humano inanimado junto deles, vazio da consciência
do projetor que se ausenta temporariamente em serviço assistencial extrafísico intensivo.
_______________
237
Bibliografia: Butler (227, p. 71), Fortune (540, p. 154), Vieira (1762, p. 18).
150.
ESTADO FISIOLÓGICO ANTES DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Ocorrências. Dentre as pré-condições do corpo humano que influem no estado fisiológico antes
da projeção consciente destacam-se: idade física; saúde normal; doença eventual; doença crônica;
ferimento; convalescença; repouso; cansaço físico; cansaço mental; sonolência; freqüência cardíaca;
hipomnésia; uso de medicamentos; peso corporal; dieta alimentar; jejum; repleção gástrica; constipação
intestinal; prática de esportes: corrida, natação; biorritmos e parabiorritmos; etc.
Projetora. Além do exposto, a projetora, em particular, pode apresentar antes da experiência da
projeção consciencial: meftarca, menstruação; gestação;menopausa;etc.
Dormir. Para começar, é preferível que o praticante esteja descansado e tenha dormido o
bastante para atender à fisiologia do seu organismo antes de tentar produzir a projeção consciencial lúcida.
Inúmeros fatores que predispõem a pessoa para dormir normalmente, ou para combater a insônia,
favorecem a produção da projeção consciente.
Banho. Há quem aprecie tomar um banho morno antes de se deitar para relaxar, mas a temperatura da água deve ficar entre trinta e’dois e trinta e cinco graus Celsius para favorecer o sono. Pode-se
ficar imerso na água por uns vinte minutos. Se o banheiro for suficientemente espaçoso, não há
inconveniente de se apagar as luzes aí existentes, fechar os olhos e boiar.
Toalha. Após o banho, enxugue-se suavemente com uma toalha fofa. Não se esfregue, povs a
fricção é estimulante e negativa para predispor o sono.
Nariz. Antes de se deitar para se projetar, torna-se conveniente criar o'hábito simples de assoar a
fundo o nariz, desobstruindo as fossas nasais e desimpedindo, assim, a respiração livre.
Evitações. Ainda antes de se deitar para produzir a projeção consciente, o praticante deve evitar
ingerir bebidas e alimentos.mais diuréticos — por exemplo, chá, cerveja, vinho branco, refrigerantes, água
mineral, aspargo, melão, melancia, cerejas — a fim de não ter de se levantar e ir ao banheiro causando,
então, dificuldade para conciliar o sono e se predispor para a produção da projeção consciencial.
____________________
Bibliografia: Frost (560, p. 46), Vieiia (1762, p. 130).
151. ESTADO PSICOLÓGICO ANTES DÀ PROJEÇÃO CONSCIENTE
Tipos. As pré-condições psicológicas anteriores à projeção consciente podem ser mais variáveis
podendo você, como praticante da projeção, estar: sereno; instável; motivado; desafiante; temeroso; em
transe; certo da projeção iminente; avisado da projeção; expectante; ignorante sobre o assunto; afastado do
assunto;indiferente; com o ânimo contrário à projeção;etc.
Estados. Há sete estados psicológicos que classificam o período abrangente, numa escala
crescente, que vai da condição de alerta total da sua consciência vígil até às imediações do sono natural:
151.1. Atividade. Você sente-se ativo.
151.2. Nível. A sua consciência funciona em alto nível, porém não com força total.
151.3. Relaxação. Na condição de relaxação, a sua consciência está desperta, contudo não
totalmente alerta.
151.4. Zonzeira. Você se apresenta um tanto zonzo.
151.5. Lentidão. Você se apresenta, além da zonzeira, com certa lentidão.
151.6. Sonolência. A sua condição consciencial é bem característica de sonolência e desligamento psicológico.
151.7. Incapacidade. Você se encontra na condição de quase adormecido, incapaz de se manter
acordado.
Evitações. Agem como fatores psicológicos negativos às projeções conscientes, imediatamente"
antes dos experimentos e que devem ser evitados: assistir a filmes pesados, violentos, ou espetáculos
excitantes; parar a leitura de livro absorvente num trecho com suspense, que venha a criar o desejo de
prosseguir no enredo; entrar em contato com pessoas de quem discorde; manter pensamentos de
preocupação e aborrecimentos; e outros mais fáceis de serem identificados e evitados.
________________
238
Bibliografia: Frost (560, p. 46), Vieira (1762, p. 27).
152. VIGÍLIA FÍSICA ORDINÁRIA
Definição. Vigília física: estado desperto ou consciente da criatura encarnada mantido pelo
centro de vigilância da mente.
Sinonímia: consciência diurna; estado de alerta; experiência intracorpórea; lucidez normal;
primeira atenção; vigilância física; vigília ordinária.
Contraposição. O estado da vigília física ordinária pode ser chamado também de estado da
experiência intracorpórea, ou da coincidência dos veículos de manifestação da consciência, em
contraposição à projeçãõ consciente humana, experiência extracorpórea, ou da descoincidência dos
veículos de manifestação da consciência.
Dados. Dos experimentos criteriosos com as projeções conscientes, dentro do período anterior à
perda da vigília física ordinária, devem ser observados os seguintes dados: ordem do sono: primeiro,
segundo, terceiro, ou último sono; sonolência; sono imprevisto; sono sem perda da vigília física; insônia
superada; etc.
S. R. A. O estado de atividade do córtex cerebral, ou seja, o período vígil ordinário da consciência humana, é mantido pelos impulsos que passam pelo S. R. A., ou sistema reticular ascendente, ramo
de fibras nervosas que ascendem através do mesencéfalo, desde o bulbo raquidiano até as áreas do córtex
cerebral. O bloqueio ou inibição dos impulsos que passam pelo S. R. A. explicariam os estados do sono
natural e da hipnose.
Prenúncios. Na verdade a projeção consciente humana, de alta qualidade, tem raízes, ou
prenúncios, já no estado da vigília física ordinária, ou seja, na condição psicofisiológica que predomina
sobre a consciência antes de se projetar para fora do corpo humano.
Emocionalismo. Se as emoções já predominam sobre o raciocínio do praticante, antes da
projeção, naturalmente irão também predominar no seu período extrafísico, submetendo a sua consciência
a traumas inevitáveis, diminuindo a pureza das suas percepções, e produzirá apenas mera projeção
vegetativa ou animalizada. Ao contrário, se o equilíbrio emocional e plena serenidade prosseguem com a
consciência sem hiato, de um plano de vida para outro, a mesma conseguirá uma projeção espiritualmente
evoluída.
___________________
Bibliografia: Castaneda (258, p.20), Darbó (365, p.239), Ebon (453, p.31), Vieira (1762, p.70)
153.
POSIÇÃO FÍSICA ANTES DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Importância. A projeção consciente é a única atividade séria que a consciência encarnada
executa deixando o corpo humano para trás de si, razão pela qual a posição em que este fica repousando,
inanimado temporariamente, adquire enorme importância.
Imóveis. Posições físicas imóveis, ou em repouso, antes da projeção consciente: decúbito dorsal;
direção da cabeça; posição lateral à direita, ou à esquerda; posição de bruços; posição recostada; posição
sentada; posição ereta ou de pé.
Evitações. O praticante da projeção deve evitar deitar-se na beira do colchão para não criar
pressão e problema de circulação em braço ou perna estirados. Aposição de bruços, contra o estômago ou
uma face, costuma dificultar não só a decolagem, mas às vezes até mesmo a interioriza- ção, sendo, por
isso, a menos recomendável aos principiantes da projeção consciente.
Móveis. Posições físicas móveis, ou em movimento, antes da projeção consciente a pessoa falando, andando, correndo, nadando, escrevendo, dançando, datilografando, tocando piano; a pessoa dentro
de veículo seja automóvel (até dirigindo), ônibus, trem, carro de corridas, avião (atépilotando), bicicleta,
moto, lancha, barco; a pessoa a cavalo;etc.
Efeitos. Dentre os efeitos das posições físicas antes da projeção devem ser observados: posição
confortável; posição desconfortável;posição voluntária; posição forçada;etc.
Coreografia. Quase toda pessoa tem uma posição predileta para dormir que faz parte do ritual
do sono. Existe também certa coreografia, na maneira como nos dispomos na cama durante a noite.
Tipos. Para dormir, em geral as pessoas têm duas posições: a posição alfa, que se assume
quando se está desperto, mas relaxado, pronto para mergulhar nos primeiros estágios do sono. À medida
que sente a sua aproximação, a pessoa passa para a posição ômega, que será mantida na maior parte do
sono profundo.
239
Cruz. Cada qual deve deixar o corpo humano instalar-se na posição em que o sinta naturalmente
confortável. Uma das posições mais confortáveis é a suástica, onde o corpo imita a cruz gamada ou
quebrada, ficando a pessoa de bruços, com um dos braços sobre a cabeça, o outro dobrado e colocado sob
o corpo, as pemas flexionadas como se a pessoa estivesse correndo.
Braços. Os braços devem, de preferência, ficar estirados ao lado do corpo humano, sem tocar
em qualquer parte deste, para a consciência se projetar com lucidez.
Aconchego. Um ambiente aconchegante é melhor para dormir do que um aposento amplo. As
pessoas em geral dormem em melhores condições num ambiente fechado onde cada qual pode se achar na
situaçffo do feto no seio materno, ou seja, num ambiente uterino.
Alinhamento. Embora não provado cientificamente, o empirismo, advindo do povo, assinala
que o alinhamento do corpo humano na direção norte-sul — com a cabeça voltada para o Norte e os pés
para o Sul — tem alguma relação positiva com as correntes telúricas ou magnéticas, e ajuda a obtenção de
um sono tranqüilo. Vale assinalar que a influência da rotação terrestre e do seu campo magnético é
suficientemente considerável para poder desviar a agulha imantada de uma bússola, e afeta também,
ligeiramente, a corrente nervosa do corpo humano.
Hipóxia. Hipóteses de trabalho que ainda precisam ser testadas convenientemente: — Ouso de
um travesseiro alto, colocando a cabeça em nível mais elevado do que o corpo, ajudaria a produção da
projeção consciente por predispor a hipóxia cortical? A posição sentada, também por predispor a hipóxia
cortical, facilitaria a projeção consciente? A posição de bruços, no leito, é mais difícil para a pessoa se
projetar conscientemente também devido à hipóxia cortical?
_______________
Bibliografia: Huson (768, p. 109), Mittl (1061, p. 8), Monroe (1065, p. 211), Schiff (1515, p.
180), Vieira (1762, p. 210).
154.
DECÚBITO DORSAL
Definição. Decúbito dorsal: posição física, horizontal, de quem está deitado de costas (V. Fig.
154)
Sinonímia: posição favorita dos projetores; posição reclinada; posição supina; postura projetiva;
postura terrestre.
Figura 154
Ideal. A posição do projetor deitado de costas no leito (ou no piso, na grama, etc.), posição
supina, ou decúbito dorsal — embora sendo a mais difícil de ser conservada pela maioria dos praticantes
da projeção consciente — é a ideal e fisiologicamente a melhor, porque predispõe com naturalidade a
consciência a deixar o corpo humano.
Explicação. Essa condição favorável de decúbito dorsal pode ser explicada de dois modos: tanto
sob o aspecto extrafísico, quanto sob o aspecto físico propriamente dito.
154.1. Extraflsicamente. Explica-se a atuação positiva da posição ,de decúbito dorsal, extrafisicamente, sobre a produção da projeção consciente pelo fato de que o psicossoma, ao deixar o corpo
humano, na quase-totalidade das projeções conscienciais comuns e mesmo na descoincidência do sono
natural, a cada noite, permanece em decúbito dorsal, longitudinalmente, flutuando entre cinco a cinqüenta
centímetros de distância (média) sobre o mesmo corpo humano, antes de se pôr de pé, ou ereto, e a
consciência do projetor projetado adquirir maior autoconscientização extrafísica.
154.2. Fisicamente. De maneira semelhante ao que acontece com a pessoa anestesiada, por
anestesia geral, que permanece em decúbito dorsal, esta posição de costas — seja estirado o corpo humano
num leito ou na mesa cirúrgica — favorece fisicamente a produção do fenómeno da projeção consciente
porque predispõe a falta de oxigênio nos hemisférios cerebrais (hipóxia cor- tical). Durante a anestesia
geral (V. cap. 416), isso ocorre depois de o anestésico já ter aumentado a relaxação psicofisiológjca,
240
diminuído a freqüência respiratória, etc. Não se pode esquecer que a hipóxia cortical amena ou inofensiva,
constitui até eficiente técnica projetiva (V. cap. 176).
Manutenção. Vale ressaltar, ainda mais, que a manutenção da posição de costas, imediatamente
após uma projeção consciente, produzida momentos antes, facilita a produção das projeções conscientes
espontâneas, logo em seguida e em séiie, numa só noite de experimentações projetivas voluntárias.
Hábito. Em função do exposto, ao interessado em produzir projeções conscientes de alta
qualidade, vale a pena fazer todo o esforço possível, sem preguiça nem febricitação, para adquirir o bom
hábito projetivo de sempre dormir de costas, apesar dos percalços iniciais, físicos e psicológicos que
defrontará, lutando consigo mesmo para atingir tal objetivo.
Projetor. A posição em decúbito dorsal com as pernas abertas, as roupas folgadas, e o corpo
humano em relaxação muscular, total, sobre o leito, favorece o projetor, homem, porque evita predispor a
ereção peniana inoportuna que interfere negativamente no processo projetivo. Tal posição corporal, no
entanto, atua apenas em alguns casos porque a ereção, fisiológica, durante o sono natural, surge
independentemente da posição física do órgão sexual (V. cap. 410).
Projetora. A posição em decúbito dorsal com as pernas abertas não favorece particularmente a
certas mulheres, jovens, projetoras, a quem se recomenda, se for necessário, juntar as pernas e os pés a fim
de evitar conotações mentais, dispersivas, inoportunas e indesejáveis sobre o ato sexual (V. cap. 258), ao
se predispor para a prática da projeção consciente.
Travesseiro.' Certas pessoas, por relaxarem profundamente o corpo humano, têm a tendência de
abrir a boca naturalmente, sem o perceber, quando se colocam na posição de decúbito dorsal para se
projetar com lucidez. A essas pessoas torna-se recomendável colocar um travesseiro, mais duro e leve, de
comprido, contra o queixo, a fim de manter a boca fechada, evitando-se, assim: ressonar alto; despertar-se
fisicamente em razão de repercussões extrafísicas; provocar uma tonsilite; etc.
Similitudes. A posição do projetor em decúbito dorsal no leito permite a projeção espontânea da
consciência através do psicossoma, à. semelhança: do fenômeno da perspiração inconsciente do corpo
humano; da evaporação imperceptível da umidade da árvore; da exalação sutil do perfume da flor; etc. O
processo se desenvolve de maneira insuspeitada pela consciência que se descobre, já no plano extrafísico,
manifestando-se por outro veículo consciência! que não o corpo humano.
_____________
Bibliografia: Crookall (331, p. 98), Denning (391, p. 84), Garfield (569, p. 121), Greenhouse
(636, p. 43), Mittl (1061, p. 8), Muldoon (1105, p. 200), Vieira (1762, p. 17).
155.
CONDIÇÕES DO CORPO HUMANO ANTES DA PRÒJt^lO , CONSCIENTE
Toque. Nas projeções conscienciais lúcidas puras, ou geradas pela impulso da vontade, sem
interferência de fatores patológicos, ou aquelas essencialmente artificiais, qualquer circunstância ou
ocorrência em que haja toque no corpo humano deixado temporariamente incapacitado podetrazer a
consciência de volta à forma somática.
Fatores. Será sempre conveniente observar as pré-condições do corpo humano antes do experimento da projeção consciencial lúcida, afastando todos os fatores que venham a perturbar o
desenvolvimento natural das ocorrências, tais como: as roupas do corpo humano do projetor; as roupas do
leito; os objetos em contato com o corpo humano do projetor; etc.
Impuras. Nas projeções conscienciais impuras, ou artificiais prolongadas, originadas através de
processos patológicos, acidentes e fenômenos da quase-morte, ao contrário das projeções conscienciais
lúcidas puras, observa-se que o corpo humano em repouso pode ser manuseado, com a troca de roupas ou
envolvido em cordas — como acontece entre certas tribos indígenas, por exemplo —, sem que tais
movimentos cheguem a provocar o retorno súbito da consciência projetada através do psicossoma com
repercussões extrafísicas.
Laboratoriais. Nos experimentos da projeção consciencial lúcida induzida em laboratório, o
projetor também se submete a uma condição de dependência a fios e ligações diretas com monitores e
dispositivos diversos, sendo este fato um dos tropeços iniciais para as experimentações científicas que têm
sempre de ser superados.
156.
OBJETOS DO PROJETOR OU PROJETORA
241
Tipos. O projetor, ou projetora, dormindo deitado ou sentado, ou mesmo em movimento, pode
estar-com roupas, sapatos, chapéu, óculos, lentes de contato, anéis, jóias, relógio no pulso, ou até portando
objetos nos bolsos, charuto entre os dedos e, mesmo assim, produzir uma projeção consciente. Tais
condições e objetos materiais na verdade não embaraçam a desenvoltura do psicossoma exteriorizado ou
do corpo mental projetado isoladamente.
Simplificação. Apesar do exposto, recomenda-se a simplificação das condições do corpo humano, nos experimentos voluntários, no sentido de diminuir os fatores psicológicos negativos que atuam
sobre a consciência do projetor.
Retirada. Entre os objetos, metálicos ou não, em contato com o corpo humano do projetor, e
que podem ser retirados, destacam-se: aliança; anéis; relógio; pulseira; brincos; corrente; colar; prendedor
de cabelos; óculos ou lentes de contato (a retirada destas já é, de praxe, recomendável em certos casos,
exceto para as lentes próprias para uso de uma semana sem serem deslocadas); etc.
Exceções. Obviamente, há objetos que não devem ou não podem ser retirados, tais como o caso
do enfermo com curativos, ou engessamento, ou a projetora que porta, na oportunidade, um absorvente
interno; etc.
_________________
Bibliografia: Frost (560, p. 52), Monroe (1065, p. 211), Vieira (1762, p. 172).
157.
ROUPAS DO PROJETOR OU PROJETORA
Tipos. Dois tipos de roupas influem nas práticas projetivas porque têm contato direto com o
corpo humano do projetor: a sua vestimenta na ocasião, e as roupas do leito onde o seu corpo humano fica
repousando, em certos casos.
Recomendações. Os trajes do projetor podem ser o pijama de toda noite, o mais usado pelos
projetores noturnos; roupas íntimas até camisetas e camisolas leves; roupa esporte; vestido ou terno;
indumentária comum. Contudo, recomenda-se sempre roupa leve e bem folgada, a fim de evitar a estase
sangüínea assim como a retirada de calçados e meias, quando for o caso.
Leito. Quanto às roupas de cama, é aconselhável usar um mínimo de cobertas, as mais leves
possíveis, para se evitar o peso extra sobre o corpo humano que provoca efeitos psicológicos negativos
durante o sono natural e a própria projeção consciente, inclusive acarretando pesadelos, sensações
inconvenientes de peso e sufocação, semiconsciência extrafísica, traumas extrafísicos, repercussões
físicas, etc. Deve-se deixar que as roupas leves da cama caiam suavemente sobre o corpo humano,
inclusive sobre os pés, sem criar a mínima tensão que seja. As cobertas e cobertores de tecido sintético não
são recomendáveis.
Nudez. Existe quem prefira dormir, e mesmo preparar-se para a projeção consciente, inteiramente despido, o que, respeitando a temperatura ambiente para não se resfriar, será sempre um processo
funcional, pois cria os efeitos psicológicos positivos de liberdade, desenvoltura e leveza. Vale advertir que
o. fato de o praticante da projeção deitar-se desnudo pode levar a consciência, quando projetada pelo
psicossoma, a se sentir também desnuda no plano extrafísico (V. cap. 279).
Limpeza. Há quem enfatize particularmente o aspecto do asseio pessoal e da limpeza das roupas
da pessoa e do leito como requisito importante para predispor a projeção consciente, tendo em vista o
conforto pessoal e a circulação das energias conscienciais, sendo preferível a pessoa tomar um banho antes
de iniciar a experiência.
___________________
Bibliografia: Mitt (1061, p.8), Monroe (1065, p.211), Muldoon (1105, p.199), Vieira (1762,
p.188)
158.
CAUSAS DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Tipos. As causas, ou a etiologia do fenômeno da projeção consciencial lúcida podem ser classificadas em dois tipos básicos: subjetivas e objetivas.
158.1. Subjetivas. As causas subjetivas da projeção consciente, ou aquelas nascidas dentro da
consciência, são: absorção de energia cósmica; autodeterminação; causa espontânea; descoinci- dência
fisiológica; dor extrema; estado hipnagógico; forte desejo; grande concentração mental; indução
voluntária; privação sensorial; produção do estado vibracional; quebra de hábito; sonho; etc.
158.2. Objetivas. Dentre as causas objetivas da projeção consciente, ou aquelas nascidas fora da
242
mano e da base física, impondo entao uma neutralização mais intensa sobre a
atuação do cordão de prata.
consciência, destacam-se: acidente físico; anestesia; causa indeterminada; choque elétrico ou emocional;
cirurgia; coadjuvante especial; droga; estado de transe;experiência da quase-morte; fator catalítico; fator
laboratorial; lesão física; situação crítica com perigo de morte; etc.
Impuras. As projeções conscienciais impuras podem ser provocadas por pessoas que padecem
de condições anormais ou patológicas como: alcoolismo crônico; crises de enxaqueca; resfriado intenso;
crise de tifo; epilepsia; medicamento; trauma encefálico; etc.
_____________________
Bibliografia: Champlin (272, p. 210), Crookall (338, p. 118), Shay (1546, p. 32).
159.
PROJEÇÃO CONSCIENTE E A DISTÂNCIA
Espaço. O fator espaço interfere na consciência projetada pelo psicossoma no plano extrafí- sico
crosta-a-crosta, atua bem menos nos distritos extrafísicos sem relação direta com o plano humano, e não
age no plano mental, ou nas projeções da consciência através do corpo mental.
Voluntária. Pelo exposto torna-se fácil concluir que a projeção comum, voluntária, produzida
intencionalmente e que, na maioria dos casos, transcorre junto à base física do projetor, ou na atmosfera de
sua existência, tem muita relação com o fator espaço.
Escala. Os fatos relativos às distâncias físicas permitem elaborar uma escala com três estágios
progressivos de descoincidência (V. cap. 89), ou três distâncias bem demarcadas, que acontecem entre os
veículos de manifestação da consciência:
159.1. Centímetros. O primeiro estágio, fisiológico, comum a todas as pessoas, constitui a saída
mínima, parcial, do psicossoma, alguns centímetros apenas para fora da coincidência (V. cap. 88), ou
minidescoincidência, como acontece no sono natural, a cada noite, ou numa condição de extrema fadiga
física.
159.2. Metros. O segundo estágio, traumático, menos comum à maioria dos indivíduos, indica a
saída completa do psicossoma para fora do corpo humano, a menos de um metro, ou a alguns metros de
distância, dentro da base física, freqüente em acidentes físicos que envolvem trauma, e fatos que se
desenrolam em salas cirúrgicas, consultórios odontológjcos e hospitais, com pacientes sob os efeitos de
anestésicos.
159.3. Quilômetros. O terceiro estágio, nascido por motivação, mais raro, caracteriza-se pela
longa separação dos veículos de manifestação, maxidescoincidência, atingindo a consciência projetada
pelo psicossoma, ou o corpo dos desejos, a quilômetros de distância, varando oceanos e transpondo
continentes, levada quase sempre por forte desejo de estar num lugar específico, ou junto de uma pessoa
determinada.
Espaciais. Sem dúvida as projeções espaciais também se incluem nesta escala como, por
exemplo: as projeções da consciência no microcosmo do próprio corpo humano se classificam-no primeiro
estágio; e as exoprojeções, ou aquelas que se desenvolvem no macrocosmo, em astros distantes da Terra,
no espaço cósmico, se classificam no terceiro estágio.
Relaxação. Quanto maior a capacidade de auto-relaxação psicofísica do praticante, maiores
serão as possibilidades da sua consciência se projetar lucidamente a maior distância do corpo humano e da
base física, impondo então uma neutralização mais intensa sobre a atuação do cordão de prata.
____________
Bibliografia: Baunmann (93, p.23), Martin (1002, p.49)
160.
HORÁRIO INICIAL DO EXPERIMENTO PORJETIVO
Características. Nas características do horário inicial a que o praticante da projeção
consciência! lúcida deve se dedicar, podem ser observados:horário condicionado à rotina diária de trabalho
do experimentador, não interferente na vivência de suas tarefas normais, profissionais, ou no exercício de
qualquer gênero de mediunidade; pontualidade, tendo em vista a assistência dos amparadores; consulta ao
relógio e aos instrumentos especializados; hora, com minutos, a mais exata possível, do início da
preparação; os momentos antes de ir dormir; a primeira metade da noite; o período da manhã; o período da
tarde; outros dados supervenientes; registros; etc.
Ideal. A projeção consciente pode ser produzida a qualquer hora do dia ou da noite. No entanto,
a consciência desfruta do melhor horário para se projetar consciencialmente para fora do corpo humano:
dentro da noite alta ou pela madrugada, na segunda metade da noite, — ou seja, exatamente entre meia-
noite e 3 (três) horas da manhã, — período em que a maioria das pessoas está dormindo no local e nos
arredores da base física, com o desvio da atenção ou concentração mental geral fixada em outros alvos
mentais que não a personalidade do projetor e sua existência.
Melatonina. Segundo minhas observações, esse horário entre meia-noite e 3 (três) horas da
madrugada é justamente (ou coincidentemente) o mesmo horário do pique máximo de produção do
hormônio melatonina, próprio da glândula de secreção interna pineal (ou o chamado terceiro olho). Aceitase hoje que a melatonina controla as reações ao estresse e as mudanças do meio ambiente, ajuda o corpo
humano a ser conduzido à condição de relaxamento, a acalmar-se e o predispõe ao sono. São essas
exatamente as condições necessárias ao preparo psicofísico para a produção da projeção consciencial
lúcida. A melatonina produz efeitos similares àqueles próprios da droga “Valium” e a produção deste
hormônio é governada pela quantidade de luz que os olhos humanos recebem (V. cap. 86).
Relação. Será que, por outro lado, a condição da vida vegetativa do corpo humano sem a
consciência, ou o estado do cérebro vazio de consciência, predispõe também a produção da melatonina
pela glândula pineal? Em outras palavras: a glândula pineal exerce melhor suas funções orgânicas quando
deixa de sofrer a atuação direta da consciência presente? De qualquer modo, esta observação inédita,
calcada nos fatos, que deixo aqui registrada sobre a relação indiscutível existente entre projeção
consciente-melatonina merece pesquisas mais aprofundadas (hipótese de trabalho) nas áreas da fisiologia
do corpo humano e da parafisiologia do psicossoma.
Assistencial. Já o horário- melhor para os projetores conscientes que tencionam exercer a
assistência extrafísica (V. cap. 187), — seja sozinhos ou assistidos por amparador, - atua-se entre as 18 e
22 horas, período caracterizado pelos psicoterapeutas como sendo o da “angústia humana”, mais adequado
para se procurar minorar as depressões, desesperos, tristezas, carências, dúvidas, mágoas, a solidão maior,
e as relações desestruturadas dos seres encarnados, em especial dos habitantes dos grandes conglomerados
urbanos.
Incubação. O fenômeno da projeção consciente provocado pela impulsão da vontade, através de
perseverantes exercícios e treinamentos, às vezes apresenta um período de latência ou uma espécie de fase
de incubação, de alguns dias ou semanas.
Lua. Há autores que recomendam ao praticante iniciar os seus exercícios projetivos na fase da
Lua Nova. Contudo, não há evidências caracterizadas cientificamente de que uma fase determinada da
Lua, ou manifestações específicas de outro astro qualquer, influa negativa ou positivamente sobre o
indivíduo no ato de sua indução à projeção consciencial lúcida.
_________________
Bibliografia: Butler (227, p. 70), Castaneda (258, p. 114), Frost (560, p. 45), Huson (768, p.
108), Targ (1652, p. 11), Vieira (1762, p. 210).
244
VII — TÉCNICAS DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
248
VII - Técnicas da Projeção Consciente
161. PREPARAÇÃO PARA A PROJEÇÃO CONSCIENTE
Preparações. Inicialmente serão consideradas aqui (Cap. 161 a 169) as técnicas das preparações
para a projeção consciente e as te'cnicas projetivas básicas para depois, então, serem abordadas as técnicas
da projeção consciente derivadas, propriamente ditas (Cap. 170 a 202).
Predominâncias . Na elaboração de todas estas técnicas projetivas predominaram sempre que
possível: a intenção manifesta da apresentação didática; os métodos bem organizados em planos formais;
os sistemas detalhados em sugestões diretas; a codificação dos aspectos concordantes; os avisos quanto às
evitações úteis de procedimento; e as indicações conforme personalidades específicas.
Reações. As reações conscienciais que participam dos processos preparatórios para a projeção
consciente podem ser classificadas em ações físicas e reações psicológicas.
161.1. Físicas. Dentre as ações físicas da preparação para a projeção consciente destacam- se:
higiene; atendimento a urgências fisiológicas, esvaziar a bexiga, limpar as narinas; permanecer em
isolamento; leitura especializada; espreguiçamentos, suspiros, arrepios, bocejos; chuveirada hidromagnética; refrigerada aeromagnética; exteriorização de energias; autopasses; monólogo psicofô- nico;
sugestões gravadas; redução da heterogeneidade do ambiente físico-extrafísico; evitar ingestão excessiva
de alimentos pesados, sólidos e líquidos; etc.
161.2. Psicológicas. Dentre as reações psicológicas da preparação para a projeção consciente
destacam-se: estado de espírito de destemor; despreocupação; concentração mental; prece mental;
autodeterminação; auto-sugestões; saturação da mente com a intenção de se projetar; banho fluídico; sinais
da mediunidade; falta de preparo; abordagens mentais hígidas ou patológicas; fenômenos mediúnicos,
inspiração, vidência, psicofonia, efeitos físicos; etc.
Dados. Será sempre melhor para a sua consciência apreender o maior número possível de dados
esclarecedores sobre a Projeciologia antes de tentar sair do corpo humano com lucidez.
Sono. O processo de preparo para a sua consciência se projetar para fora do seu corpo humano
se assemelha inteiramente ao processo de você se preparar para ir dormir cada noite.
Hábitos. Você, na qualidade de praticante da projeção consciente, deve evitar, primeiramente,
mudanças radicais abruptas nos padrões de seus hábitos ou no estilo de sua existência humana.
Chuveirada. A chuveirada hidromagnética é um tipo de desintoxicação vibratória executada
como exteriorização de energia, comandada pela vontade ao se tomar banho de chuveiro, e funciona como
se fosse tempestade hidromagnética (V. cap. 274) localizada, individual, numa espécie de profilaxia
hidroterápica. A água deve ser colocada em temperatura confortável, e carreia os fluidos pesados e as
formas-pensamentos densas, enxaguando a forma orgânica, atingindo o duplo etérico, incluindo a aura, o
cordão de prata e o psicossoma.
Refrigerada. A refrigerada aeromagnética e' também um tipo de desintoxicação vibratória que
pode ser executada por quem esteja habituado a conviver com o aparelho de ar condicionado, nos climas
quentes, e que não porta qualquer tipo de alergia ao ar frio, capaz de gerar um resfriado. Consiste na
emissão de energia consciencial a um metro de distância, na frente do condicionador de ar, de 1 HP,
instalado em nível inferior e ligado na baixa refrigeração. Este método, embora de efeitos positivos
incontestáveis, não é tão eficaz quanto a ação física e energética dos jatos de água do chuveiro sobre os
corpos coincidentes.
Efeitos. Ambos os procedimentos referidos, a chuveirada e a refrigerada, produzem efeitos
físicos-extrafísicos positivos, distintos:
161. § 01. Preservam a qualidade das percepções do projetor quando praticados antes da
projeção pressentida ou iminente.
161. § 02. Dilatam a pulsação e o ritmo luminoso do núcleo, ou vórtice, e dos raios, gomos,
249
pétalas, faixas, ou lótus, do centro coronário, de onde se originam.
161. § 03. Transformam o projetor consciente em autêntico emissor de energia, ou transmissor
de prana.
161. § 04. Funcionam na manutenção da aura de saúde do praticante.
161. § 05. Criam e mantêm a chamada concha protetora para o projetor consciente.
161. § 06. Expandem e aumentam pouco a pouco de tamanho, permanentemente, o corpo
mental, o que ajuda, sobremodo, nas projeções mentais avançadas.
161. § 07. Colaboram na ampliação do despertamento do centro coronário e, conseqüentemente,
na ativação dos demais chacras, permitindo as projeções conscientes em série, no rumo da consciência
contínua noite e dia.
____________
Bibliografia: Frost (560, p. 45), Rogo (1444, p. XI), Steiger (1601, p. 122), Vieira (1762, p. 51).
162. GENERALIDADES SOBRE AS TÉCNICAS PROJETIVAS
Regra. Todo encarnado, até mesmo quando esteja na agonia da morte biológica, pode projetar
temporariamente a consciência lúcida para fora do corpo humano. Em tese, não se conhece nenhuma
exceção para esta regra, ou seja, que haja alguma condição personalíssima que impeça definitivamente
uma consciência encarnada de deixar o corpo humano incapacitado, mas vitalizado por uma existência
vegetativa, temporariamente e, em seguida, voltar a ele.
Dificuldades. A pessoa alheia ao assunto da projeção consciente e o projetor novato enfrentam
quatro dificuldades básicas para se projetar com lucidez:
162.1. O processo, propriamente dito, de a consciência se projetar para fora do corpo humano.
162.2. A obtenção e manutenção temporária da lucidez extrafísica.
162.3. A rememoração posterior dos fatos extrafísicos que vivenciou ou participou.
162.4. A tradução, em palavras, das sensações psicofísicas e extrafísicas, puras, nos diversos
lances do período da projeção consciente.
Etérico. O mecanismo de funcionamento de vários métodos aqui indicados pode ser explicado
pela alteração da estrutura do duplo etérico ou das suas relações entre o corpo humano e o psicossoma.
Técnicas. Os desenvolvimentos dos praticantes da projeção consciente não são iguais, pois há
muitas diferenças entre os indivíduos e todos os resultados projetivos dependem, antes de tudo,
exclusivamente da própria pessoa. Você, leitor interessado, deve procurar nas seções especializadas deste
livro as técnicas relativas aos quatro atos difíceis das projeções conscientes e selecionar aquelas com as
quais você mais se afina e se sente motivado, no sentido de começar o seu treinamento perseverante.
Lembre-se de que seja qual for a te'cnica escolhida, ela deve tornar-se uma prática pessoal, sua,
intransferível, consoante a sua personalidade, temperamento, e desempenho próprio.
Higiene. Para quem está começando, certos recursos de sugestão ou fatores desencadeantes dos
processos projetivos podem ser de extrema utilidade. Todo recurso, por mais exótico que seja, desde que
inofensivo para a consciência, positivo para os fins colimados, e dentro da higiene física e mental, pode e
deve ser utilizado para produzir as projeções conscientes. E todo sacrifício neste sentido compensa o
esforço.
Muletas. O projetor, pouco a pouco, adquirindo experiência, acaba sempre alcançando um
estágio em que dispensará todas as dependências ou muletas psicofísicas que usa para suprir as
suas deficiências no processo da projeção consciente.
Artifícios. Considerando-se o exposto, você, leitor interessado, deve identificar o processo ao
qual melhor se adapte, entre as dezenas de métodos e coadjuvantes existentes para se projetar. Se precisa
de uma palavra, símbolo, imagem, ou mesmo um artifício esdrúxulo para se sentir seguro no ato de se
projetar, deve usá-lo e depois, ao adquirir maior experiência, simplificará o que for possível, dispensando
todo recurso supérfluo.
Hábitos. O importante, contudo, não é você sair apenas do corpo humano, mas criar hábitos
pessoais, os mais simples e fisiológicos possíveis, de se projetar, no sentido de alcançar gradati- vemente
experimentos de alta qualidade com pleno domínio dos processos. Lembre-se de que o aprendizado
extrafísico é árduo e infinito, pois nem mesmo cessa com a morte biológica do corpo humano.
Concentração. Os exercícios projetivos, seja qual for a técnica escolhida e empregada por você,
devem ser praticados num momento de calma, em ambiente de paz, bem lentamente, com bastante atenção
e tempo disponível, numa atmosfera adequada de isolamento. Evite sua execução automática e
desconcentrada. A prática regular dos exercícios projetivos, num horário específico, de preferência pela
madrugada, produz resultados positivos menos demorados.
250
Idade. Todas as técnicas projetivas aqui analisadas são indicadas apenas para a pessoa de quinze
anos de idade física em diante. Os menores de ambos os sexos, antes desta idade, devem aguardar chegar a
este período existencial — quando já consolidaram como seres humanos as bases do sistema nervoso
central — para começarem a praticar a projeção consciencial lúcida induzida pela impulsão da própria
vontade. Por outro lado, não se pode esquecer que a projeção consciente quando surge espontaneamente,
antes de o indivíduo atingir esta idade, é inofensiva e, no caso, inevitável. Contudo, em razão disso, muitos
jovens sofrem as conseqüências desastrosas da ignorância quanto ao assunto, de muita gente, inclusive
profissionais liberais; de abordagens erradas; de terapias desnecessárias; de medicações incorretas; etc.
Tentativas. Você, se realmente está interessado em produzir as projeções conscienciais lúcidas,
não deve tentar apenas uma vez, ou algumas poucas vezes o experimento, numa certa época, empregando
uma só técnica, e desistir do assunto para sempre, se porventura não o consegue. A produção da projeção
consciente depende de inúmeros fatores, inclusive dos componentes de natureza fisiológica do indivíduo,
razão pela qual você — até mesmo trocando de técnica projetiva, se for o caso — deve fazer novos
tentames de quando em quando, especialmente depois de mudar hábitos básicos ou alterar rotinas
existenciais por mais insignificantes que lhe possam parecer à primeira vista. Tais modificações podem
predispor o surgimento do fenómeno consciencial, no- tadamente quando você jamais teve experiência
consciencial lúcida antes.
Espontâneas. De qualquer modo, se você está de fato interessado na produção das projeções
conscienciais lúcidas ou começou a tentar a provocação dessas experiências, prepare-se psicologicamente
para aceitar as projeções conscienciais espontâneas desde já, pois isso pode ocorrer em qualquer
oportunidade favorável daqui para a frente. O fenómeno é fisiológico ou parafisiológico, e além disso
pode ser patrocinado por amparadores.
_______________________
Bibliografia: Baker (69, p. 35), Baumann (93, p. 77), Gomes (601, p. 124), Huson (768, p. 105),
Matson (1013, p. 39), Norvell (1139, p. 152), St. Clair (1593, p. 148), TwitcheU (1712, p. 49), Verneuil
(1735, p. 189), Whiteman (1842, p. 240).
163.
MULETAS PSICOFISIOLOGICAS PROJETIVAS
Definição. Muleta psicofísica: recurso indutor ou fator desencadeante usado por você, projetor
principiante, antes do início do experimento, com o objetivo de obter a técnica para você se projetar
conscientemente ou apenas dinamizá-la.
Sinonímia: apoios somatopsíquicos; artifícios psicológicos; catalisadores da projeção consciente; dependências psicofisiológicas; estratagemas psicofísicos; potencializadores da projeção
consciente; suportes ritualísticos.
Tipos. As muletas psicofísicas em geral podem ser classificadas em físicas, fisiológicas e psicológicas.
163.1. Físicas. Muletas psicofísicas, mais físicas do que psicológicas: massagens nos tornozelos
e na testa para indução ao relaxamento; dança com o giro do corpo e da cabeça; etc.
163.2. Fisiológicas. Muletas psicofísicas de origem fisiológica: uso do jejum para enfraquecer o
corpo humano e predispor o psicossoma à decolagem; uso da sede para o mesmo fim; recepção de passes e
autopasses; prática de exercícios físicos para ficar cansado e sonolento; etc.
163.3. Psicológicas. Muletas psicofísicas, mais psicológicas do que físicas: indução hipnótica
para se projetar; rituais diversos, alguns apresentando conotações místicas; audição de música suave
indutora de relaxamento e sono, gravada em fita ou disco; projeções visuais de mar, rios, cachoeiras, céu,
nuvens, prados; induções vocais do dirigente sobre o grupo de candidatos à projeção consciente; mantras;
oração especial, muda ou verbalizada pelo projetor ou por outrem, para solicitar auxílio extrafísico;
evocações conscientes; a própria religião ou crença individual; etc.
Laboratoriais. Atualmente, até mesmo para as pesquisas científicas da projeção consciente em
laboratório, são empregados recursos, aparelhos audiovisuais e inventos próprios — por exemplo, a
cadeira vibratória, os discos espirais coloridos e outros — que não podem deixar de ser interpretados e
classificados, de um modo ou de outro, indiscutivelmente, por muletas psicofísicas, ou rituais
eletroeletrônicos.
Rituais. De modo geral, no entanto, todos os rituais constituem muletas psicofísicas que podem
se transformar, quando excessivos, em condicionantes que nos impedem de tomar contato direto com a
realidade física e também com a realidade extrafísica. Tal fato não deve ser esquecido em quaisquer
considerações a respeito das muletas psicofisiológicas projetivas.
Meditação. A propósito, a meditação física, convencional, seja a comum ou a transcendental,
pode até permitir uma primeira projeção consciente ao praticante projeciologicamente predisposto, mas
251
nem sempre ajuda a todas as pessoas, sob o aspecto da Projeciologia. Ao contrário, pode prejudicar os
esforços e tentativas para a'consciência encarnada se projetar com lucidez, porque um desempenho
consciencial é bem diferente, ou melhor, o oposto do outro.
Paralelo. Eis, num paralelo sucinto, alguns fatores diferenciais entre o estado da meditação e o
fenômeno da projeção consciente. Na condição de meditação, a consciência vai para dentro de si mesma,
centripetamente, no interior do ego, equilibra o organismo denso, sossega a mente, não raro interiorizandose no corpo físico ainda mais. No fenômeno da projeção consciente, a consciência vai para fora de si
mesma, centrifugamente, quando no plano físico, deixando o corpo humano, exteriorizando-se rumo a
outra ou outras dimensões existenciais, com possibilidades de contatos extrafísicos diretos com outras
consciências, equilibrando as energias do psicossoma, expandindo- se para além da mente física e do
mundo íntimo do ego.
Extrafísica. Após a decolagem do psicossoma, ou a saída da consciência do corpo humano —
no período extrafísico da consciência projetada — conforme as circunstâncias extrafísicas, a consciência
pode fazer a meditação extrafísica (extracorpórea), diretamente naquele plano consciencial. Este recurso é
bem diferente da meditação convencional e permite à consciência'obter idéias originais estando
temporariamente fora do cérebro humano.
Dispensa. A sucessão das experiências projetivas, trazendo maior maturidade extrafísica, traquejo projetivo e desenvoltura à consciência encarnada, faz com que a mesma acabe dispensando as
muletas ou dependências físicas, fisiológicas e psicológicas, sejam a astros, búzios, cartas, cartões,
pêndulos, pirâmides, sensitivos, etc.; ou ao uso pessoal de amuletos, anéis místicos, braceletes, correntinhas, cruzes, defensivos mágicos, ervas, metais, objetos perfumados, pedras, protetores de ca- beça,
pés e mãos, santinhos bentos, talismãs, etc., para se apoiar totalmente na determinação de sua própria
vontade de sair fora do corpo humano. Isso, naturalmente, sem prescindir dos recursos fisiológicos
comuns, da higiene física e mental, dos coadjuvantes anímico-mediúnicos básicos e da colaboração dos
amparadores.
Condicionamentos. Aviso ao leitor esclarecido que, a rigor, constituem recursos perfeitamente
dispensáveis, que somente existem ou são usados em função de condicionamentos psicológicos ou
crendices humanas, os seguintes procedimentos incluídos às vezes em técnicas para se produzir as
projeções conscientes: influência da fase da Lua ou de outros astros; colocar a posição da cabeça humana
numa direção conforme a Geografia; dieta alimentar especial seja vegetariana ou carnívora; amuletos de
qualquer natureza e forma destinados a proteger a consciência encarnada no estado da vigília física
ordinária ou quando projetada no plano extrafísico; etc.
Ultimas. Neste nível de nossa evolução consciencial, os quatro tipos de muletas psicofisiológicas mais úteis e as últimas a serem naturalmente dispensadas pela consciência são: prece sentida,
mediunidade, amparador e instrumento laboratorial.
Reflexão. Infelizmente, as muletas psicofisiológicas podem ser empregadas de igual modo, tanto
nas práticas bem intencionadas de assistência extrafísica quanto nas práticas malevolentes dos ataques
extrafísicos às criaturas. E mais lastimável ainda: ambas essas práticas podem também ser desenvolvidas
com a dispensa de todas as muletas psicofisiológicas, apenas pela força vigorosa, inquebrantável e
obstinada da vontade do praticante. Será sempre oportuno refletir a respeito desses fatos. Por outro lado,
em razão desses fatos, não se pode sonegar informações quanto às realidades do mundo extrafísico,
fazendo uma “ciência oculta”, mantendo o obscurantismo que predominava por toda a parte até bem pouco
tempo atrás. A pesquisa científica e a difusão dos achados colhidos, inclusive com suas implicações ante a
moral cósmica, é o melhor procedimento.
Meta. A vida física-extrafísica demonstra que cada consciência reencarna sozinha — exceto nos
casos patológicos dos xifópagos — num corpo humano nu, sempre sem portar muletas extrafí- sicas, e
redesencarna também sozinha, sempre sem portar muletas físicas, mesmo durante as rede- sencarnações
grupais, coletivas, ou em massa. Tais fatos evidenciam a sabedoria de se viver dispensando todas as
muletas e rituais de qualquer espécie, pois a maioria constitui tolice, absurdo, irracionalidade, contrasenso, e evasiva, e uma condição, assim livre, é a meta última, inarredável, definitiva, madura, racional, da
evolução natural das consciências.
__________________
Bibliogiafia: Black (137, p. 52), Brittain (206, p. 45), Fiore (517, p. 168), Fortune (540, p. 49),
Frost (560, p. 74), Glaskin (598, p. 27), Monroe (1065, p. 216), Muldoon (1105, p. 211), Reis (1384, p.
51), Steiger (1601, p. 83), Twitchell (1712, p. 119), Vieira (1754, p. 4).
164.
TÉCNICA DA AUTO-RELAXAÇÃO PSICOFISIOLÖGICA
Definição. Auto-relaxação psicofisiológica: ação voluntária de afrouxar todo o corpo humano e,
252
por fim, a própria mente, permitindo a liberação do duplo etérico e, em seguida, do psicossoma portando a
consciência encarnada.
Sinonímia: alfatização; descontração física; liberação do duplo etérico; pratyhara; relaxação
muscular progressiva (RMP); relaxe muscular e mental.
Sono. Quando alguém está tenso é provável que se sinta cansado, mas acha-se também tão
desperto interiormente que se torna difícil acalmar-se, desfazendo os nós interiores. Eis porque a queda do
tônus muscular caracteriza o estado do sono natural.
Condição. A profunda relaxação muscular progressiva do seu corpo humano lhe permite alcançar a imobilidade completa, a semiletargia, ou a indução do estado de anestesia em cada uma das áreas
do corpo humano, superando os estados de tensão muscular e psíquica, a ansiedade'e a insônia, ao mesmo
tempo que você esvazia a mente de tudo, exceto do desejo de sair para fora do corpo denso. Tal
procedimento constitui o primeiro passo ou condição quase indispensável para você produzir,
voluntariamente, a experiência da projeção consciencial lúcida.
Alfa. A perfeita auto-relaxação corporal, concentrativa, progressiva e controlada, predispõe sua
mente para o estado hipnagógico auto-sugestionado — correspondente ao ritmo alfa captado pelo
eletroencefalógrafo — sendo também componente essencial das técnicas de controles mentais, ou
meditativas, empregadas na ioga, no zen, na meditação transcendental, nos treinamentos autó- genos, etc.
A técnica pode ser praticada até mesmo através de instruções gravadas em discos ou fitas, bem como
ouvindo gravação de ruídos especiais, por exemplo, os sons relaxantes das ondas do mar batendo contra a
praia.
Movimentos. Antes de tudo, a auto-relaxação psicofisiológica (dos nervos e dos músculos) tem
de conduzir você à imobilidade total, quer dizer: a um estado de relaxamento geral, em posição
confortável, deitado, com imobilidade, hipotonia muscular e passividade mental. A tensão — condição
contrária à relaxação — é a responsável pelos movimentos inoportunos do praticante. Quando iniciado o
seu estado de auto-relaxação, você não pode ceder aos desejos inconvenientes e extemporâneos de coçarse, engolir em seco, pigarrear, tossir, ou mexer com dedos e articulações.
Progressiva. Processo dos mais usados é a auto-relaxação progressiva através da qual você
convence o seu corpo humano a distender-se, percorrendo mentalmente todas as áreas orgânicas e, por
meio indireto, você expulsa a tensão contraindo e relaxando os músculos em determinada ordem, num
período de trinta minutos, antes de iniciar o experimento projetivo, seguindo estas oito etapas:
164.1. Isolamento. Isole-se num quarto fechado aonde você não seja perturbado enquanto estiver
praticando os exercícios. Fique desnudo ou use apenas roupas leves e folgadas.
164.2. Posição. Deite-se no leito, ou sente-se numa cadeira confortável ou poltrona. A posição
sentada vem predispondo a produção da projeção consciente em muitas pessoas (V. Fig.
164.2) . Cerre as pálpebras.
164.3. Contração. Não contraia os seus músculos até o extremo de suas forças. Apenas enrijeçaos, contando devagar, de um a cinco, e então relaxe por uns vinte segundos antes de exercitar outro grupo
de músculos.
164.4. Respiração. Contraia e relaxe cada grupo de músculos duas ou três vezes, procurando
inspirar o ar quando contrair, prender a respiração quando contar, e expirar quando relaxar.
164.5. Atenção. Concentre a sua atenção na sensação de contrair e relaxar, alternadamente, os
seus músculos de uma área específica, mantendo o resto do corpo pacificado e quieto.
164.6. Imaginação. Faça de conta que todo o seu ser está localizado tão-somente na parte do
corpo com a qual você está atuando. O processo deve constituir, ao mesmo tempo, um exercício mental e
físico.
164.7. Seqüência. Retese e relaxe de repente a partir dos músculos dos dedos, da mão, do
antebraço, do bíceps, primeiro de um lado, depois do outro. A seguir, faça o mesmo com os músculos da
cabeça, a começar pelo alto do crânio. Em seguida com os músculos do rosto, ou seja, os da testa, os dos
olhos e pálpebras, os das faces, do queixo e da boca; os do pescoço; os das costas; os dos ombros, para trás
e para .a frente; os do peito; os do abdome; e, por fim, os das nádegas, das pernas, dos pés, dos dedos dos
pés, primeiro de um lado, depois do outro.
164.8. Tempo. Não espere resultados imediatos, logo na primeira vez que você exercite a autorelaxação. Procure aprender, pouco a pouco, o melhor processo que funciona para você, fazendo
exercícios diários durante duas semanas.
Noite. Muitos praticantes evitam fazer os exercícios de auto-relaxação à noite porque os mesmos
são indutores do sono, e a pessoa acaba dormindo com tranqüilidade, sem se projetar conscientemente.
Flutuação. Se você é um bom nadador será muito fácil criar os reflexos condicionados das
técnicas da auto-relaxação física e mental necessários à produção da projeção consciencial lúcida. Basta
você entrar no mar, em pleno verão, pouco depois da arrebentação das ondas na praia, deitar- se de costas
na superfície da água, com o topo de sua cabeça voltado para o lado do Sol (a fim de evitar a ofuscação
nos olhos), estender as pernas e os braços, e deixar o movimento das ondas mover o seu corpo humano à
253
vontade, boiando, ou flutuando completamente relaxado.
________________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 56), Baumann (93, p. 78), Blackmore (139, p. 94), Boswell (174,
p. 137), Bowles (182, p. 60), Brennan (199, p. 39), Carrington (245, p. 38), Fontcubierta (534, p. 173),
Green (632, p. 53), Hermógenes (715, p. 259), Monroe (1065, p. 207), Morel (1086, p. 155), Morris (1092,
p. 212; 1093, p. 51), Muntanola (1108, p. 26), Reis (1384, p. 51),Rogo (1444, p. 34),Salley (1496, p. 160),
Schiff (1515, p. 27), Shay (1546, p. 36), Steiger (1601, p. 217), Verneuil (1735, p. 189), Vieira (1762, p.
79), Walker (1781, p. 105), Zaniah (1899, p. 384).
|165. TÉCNICA DA CONCENTRAÇÃO MENTAL
Definição. Concentração mental: focalização direta, sem desvios, dos seus sentidos e faculdades
mentais conscientes sobre um só assunto.
Sinonímia: centralização do pensamento; concentrabilidade mental; concentração unidirecional; controle volitivo; dharana; focalização mental; vontade dinâmica; vontade unidirecional.
Vontade. A rigor, todos os artigos necessários para apetrechar um projetor consciente se
resumem a um só item do seu equipamento: a sua vontade inquebrantável. A sua vontade determinada
torna-se inevitável, e praticamente insubstituível, nas atuações inteligentes da sua consciência. Ambas, a
meditação com concentração e a meditação sem concentração podem tanto ajudar quanto prejudicar você
nos processos projetivos conscientes.
Moléculas. Há evidências laboratoriais de-que a “concentração da consciência” pode influir na
estrutura molecular da água, dos metais, do mercúrio em particular e das células do corpo humano.
Mudança. O ato de você saber a hora exata de mudar de marcha mental, seja quando você deve
se desconcentrar e quando deve se concentrar, constitui a chave da sua projeção consciente voluntária,
incluindo no caso a decolagem lúcida através do psicossoma e a própria projeção de consciência contínua.
Mente. Por um lado, para a sua consciência decolar do corpo humano, através do psicosso- ma,
usando qualquer tipo de decolagem, será sempre melhor você deixar a mente vazia e não se concentrar.
Por outro lado, a concentração dinâmica facilita o predomínio da atuação do seu hemisfério cerebral
direito, que predispõe a sua consciência às fantasias, interferindo na pureza e na qualidade das suas
percepções extrafísicas, atraindo as interferências oníricas depois que a sua consciência se projetou.
Focalização. Quando os seus olhos perdem o seu poder de focalizar direta e corretamente, a sua
mente subconsciente, ou a sua vontade inconsciente, entra em ação impelindo o seu psicossoma a se
exteriorizar do corpo humano carregando consigo a sua consciência engastada no paracére- bró.
Processo. Vale esclarecer, ainda, que a projeção consciente voluntária é, antes de tudo, uma
questão de vontade, um ato consciente de vontade, ou um processo de dinamizar a vontade humana
254
conscientemente.
Fixação. Com base nos conceitos expostos, um ato que pode levar a sua consciência a se
projetar para fora do seu corpo humano é o de você contemplar, fixamente, um objeto simples colocado a
certa distância de seus olhos.
Técnica. Eis uma técnica de concentração mental que induz você a se projetar conscientemente
para fora do seu corpo humano, através de sete etapas:
165.1. Isolamento. Isole-se num quarto fechado aonde você não seja perturbado enquanto estiver
praticando os exercícios. Fique desnudo ou use apenas roupas leves e folgadas.
165.2. Vela. Coloque uma vela acesa sobre um prato largo — a fim de evitar incêndio - num
dos extremos do quarto (V. Fig. 165.02).
165.3. Poltrona. Com o tronco ereto e as mãos sobre as coxas, sente-se numa cadeira confortável, ou poltrona, a uns três metros de distância da vela, no outro extremo do quarto.
165.4. Escuridão. Escureça completamente o quarto, deixando apenas a luz da vela acesa.
165.5. Fixação. Fixe, atentamente, a vela acesa à frente, concentre-se sobre ela até perder toda a
conscientização do resto do mundo físico em tomo de você.
165.6.Extensão. Neste ponto, somente existem no mundo você é a vela. A vela é uma extensão
de você, do seu corpo.
165.7. Visualização. Quando você, próximo e à frente da vela acesa, sentir a sua consciência
normal tomar-se suspensa, primeiro imagine ou visualize o seu psicossoma movendo-se para fora do corpo
humano, e indo na direção da vela acesa. Depois, sinta sua saída e sua ida até à vela
Chacras. Os exercícios indicados devem ser praticados com a força máxima de impulsão de sua
vontade hiperdinamizada, inquebrantável. Alguns praticantes focalizam o chacra frontal, ou o chacra
umbilical, para hiperdinamizar energeticamente ou intensificar o esforço exaustivo e obstinado da
impulsão da vontade.
Classificação. A concentração mental representa o segundo estágio das técnicas de meditação
profunda, sendo a atenção o primeiro estágio, e a contemplação o terceiro.
Distraibilidade. O estado contrário, ou a condição consciencial antípoda à concentrabilidade
mental, é a distraibilidade, ou seja, a facilidade com que a consciência desvia o curso do pensamento sob a
influência dos estímulos exteriores, tema muito estudado dentro do universo de pesquisa da
Psicopatologia.
__________________________
Bibliografia: Blackmore (139,p. 95), Carrington (245, p. 95), Crawford (313, p. 17), Gaynor
(577, p. 38), Green (632, p. Ill), Heindel (705, p. 31), Lefebure (911, p. 122), Martin (1002, p. 55), Meek
255
(1028, p. 267), Monroe (1065, p. 208), Reis (1384, p. 71), Rogo (1444, p. 19), Saraydarian (1507, p. 63),
Shay (1546, p. 38), Steiger (1601, p. 185), Verneuil (1735, p. 49), Vieira (1762, p. 175), Walker (1781, p.
105).
166. TÉCNICA DA RESPIRAÇÃO RÍTMICA
Definição. Respiração rítmica: exercício respiratório baseado num ritmo diferente de respiração,
ou com a expiração mais lenta do que a normal.
Sinonímia: pneumoprojeção; retenção da respiração; retenção do alento; respiração ritmada;
respiramento voluntário.
Controle. A respiração é o processo pelo qual o corpo humano inala, aproveita oxigênio e libera
dióxido de carbono. A total capacidade dos dois pulmões não é utilizada correta e plenamente pelo ser
humano, mas apenas setenta por cento. O controle da respiração vem sendo ensinado a instrumentistas,
cantores e atletas, e tem sido processo usado há muito tempo para levar a consciência a estados de transe e
permitir a saída do psicossoma do corpo humano.
Contragravidade. O controle da respiração explica fenômenos como a levitação induzida, baseada na antigravidade ou contragravidade, dos monjes e lamas andarilhos de maratona do Tibete, que
percorrem distâncias enormes a velocidades incríveis.
Biodinâmica. A biodinâmica da respiração envolve lábios, nariz, garganta, estômago, diafragma, pulmões, cérebro, coração e, na verdade, o corpo humano inteiro dos pés à cabeça, e muitas outras
ocorrências como bocejo, eructação, espirro, ronco, soluço e tosse, além da inspiração e expiração
alternadas e contínuas.
Retenção. Você, encarnado, homem ou mulher, é escravo mental do ar. O ato aparentemente tão
simples de você reter a respiração pode produzir leve descoincidência dos seus veículos de manifestação
da consciência, deste modo a respiração apropriada constitui processo eficaz para você se projetar através
da ação do dióxido de carbono (V. cap. 176).
Oxigênio. A substância aérea vitalizadora, o oxigênio, é mais importante para a sua sobrevivência humana dp que os alimentos sólidos e líquidos que você ingere pela boca.
Desintoxicação. O sistema de inalação e exalação, bem como atos simples como o espirro, a
eructação, o soluço, o bocejo, etc., podem agir como agentes de desintoxicação psicofísica, sobre você na
qualidade de praticante da projeção consciente.
Músculos. Toma-se importante primeiramente adverti-lo de que os exercícios que envolvem a
retenção da respiração devem ser executados através da diminuição da atuação dos seus
músculosabdominais e mo pela constrição da sua garganta. Qualquer esforço excessivo durante estes
exercícios, evidencia que você está procedendo de modo incorreto.
Inalações. Normalmente, a pessoa sadia inala e exala ar de dezessete a vinte e cinco vezes a cada minuto, ou faz 24.480 trocas respiratórias por dia. Para tranqüilizar a mente nas experiências anímico-
256
mediúnicas, dez inspirações ou inalações por minuto são normalmente suficientes, mas se você pode se
manter apenas com cinco trocas respiratórias será sempre melhor.
Meditação. Nos exercícios de meditação ocorrem apenas quatro trocas respiratórias por minuto,
porém quando o processo se aprofunda nem se chega a perceber o ato da respiração do meditador.
Mergulho. O melhor processo para você adquirir com facilidade e rapidez a conscientização
plena a respeito da sua respiração, bem como do seu corpo humano — o que o ajuda sobremaneira na
prática da projeção consciente — é você fazer uma travessia por mergulho, bem fundo, nas águas límpidas
de uma piscina em ambiente tranqüilo.
Fisiologia. Eis a técnica fisiológica correta da respiração humana visando a induzi-lo a se projetar conscientemente para fora do seu corpo humano, através de oito etapas:
166.1. Isolamento. Quando você estiver de estômago vazio, isole-se num quarto fechado aonde
você não seja perturbado enquanto estiver praticando os exercícios. Fique desnudo ou use apenas roupas
leves e folgadas.
166.2. Tronco. Sente-se com o tronco ereto numa cadeira confortável ou poltrona (V. Fig.
166.2) . Conserve os braços estendidos ao longo do corpo, os músculos relaxados, sem mover os
ombros.
166.3. Narinas. Respire lenta e regularmente pelas narinas. Não respire pela boca nem com o
tórax. Deixe o seu abdome se distender.
166.4.Diafragma. Ao usar o diafragma para respirar, você distende pouco a pouco a parte
inferior do tórax, e empurra para fora as costelas inferiores.
166.5.Pulmões. Continue a encher os pulmões com ar e comece a encher as extremidades
superiores dos pulmões, os ápices pulmonares, empurrando ainda mais para fora as costelas inferiores.
Isso renovará o ar residual dos pulmões.
166.6.Expiração. Prenda a respiração por alguns segundos e, depois, expire pelas narinas,
lentamente, forçando a saída de todo o ar, esvaziando completamente os pulmões, e contraindo ao máximo
o abdome, como se desejasse fazê-lo tocar a coluna vertebral.
166.7.Repetição. Repita tudo o que foi feito, até aqui, seis vezes, ou seja, seis inspirações e seis
expirações consecutivas. Então, descanse, prendendo a respiração por alguns segundos, ou pelo tempo que
você pode se privar de respirar sem provocar o mínimo de violência contra você mesmo.
166.8. Sono. Continue os exercícios até que você durma, ou seja, respire tão devagar até que a
respiração se torne quase imperceptível.
____________________
Bibliografia: Baker (69, p. 74), Baumann (93, p. 79), Boswell (174, p. 136), Butler (228,
p. 164), Coquet (301, p. 228), Crawford (313, p. 47), Crookall (343, p. 55), David-Neel (368, p. 47),
Denning (391, p. 37), Eliade (477, p. 62). Greene (635, p. 24), Guéret (659, p. 79), Lefebure (911, p. 15),
Martin (1002, p. 59), Michael (1041, p. 174), Mittl (1061, p. 9), Rampa (1361, p. 82), Reis (1384, p. 53),
Rogo (1444, p. 72), Shay (1546, p. 37), Vieira (1762, p. 175), Walker (1781, p. 37), Yogananda (1894, p.
235).
167. TÉCNICA DAS FUGAS IMAGINATIVAS
Definição. Fuga imaginativa: ação voluntária da sua imaginação criativa que permite a separação da sua consciência e do seu cérebro, ou a liberação do psicossoma carregando a sua consciência.
Sinonímia: devaneio autoprogramado; devaneio dirigido; jornada imaginária; sonho acordao;
sonho ambulante.
257
Desejo. No emprego da imaginação criativa, — pela imagética ou imagística — você utiliza os
fatores de um intenso desejo e a visualização das imagens que se aplicam para sugerir, numa forma de
auto-sugestão, ou auto-hipnose, a separação da consciência do cérebro físico, ou seja, a saída do
psicossoma carregando a consciência para fora do corpo humano, na sua fuga do ambiente físico para
outro bem caracterizado.
Associação. As imagens mais apropriadas para a sua fuga imaginativa serão aquelas que venham a emergir da sua mente inconsciente, ou intimamente associadas à sua vida pessoal.
Mar. 0 processo mais comum de imaginação criativa é você imaginar estar ancorado no leito do
oceano e precisar, desesperadamente, subir, forçando o caminho para a superfície da água.
Muralha. Outro método é você visualizar a si mesmo num lado de alta muralha, numa área
deserta, e tentar saltar ou escalar a muralha para ganhar acesso à aprazível e verdejante paisagem existente
no outro lado.
Escadaria. Um terceiro procedimento é você concentrar-se na subida imaginária de uma escadaria até o alto, onde se alcança outro distrito, destacando-se, nessa ocasião, o seu psicossoma do corpo
humano (V. Fig. 167).
Instrutor. Este processo para se projetar também pode ser induzido por um instrutor ou guia, até
mesmo através de gravação preparada, que vai ordenando a você as ações das fases diversas do
experimento, à semelhança da técnica das massagens e visualizações projetivas (V. cap. 183), e das
técnicas modernas empregadas em psicoterapia.
Grupo. A técnica da fuga imaginativa pode ser induzida por um instrutor que fale suavemente,
devagar, em tom calmo de voz, a um grupo de pessoas que apresentem elevado poder de imaginação, ao
mesmo tempo, no mesmo local, ou programadas coletivamente, como se as mentes fossem fazer um tour
ou programa turístico em conjunto.
_________________
Bibliografia: Boswell (174, p. 140), Martin (1002, p. 51), Muldoon (1105, p. 161), Rogo (1444,
p. 151), Shay (1546, p. 40).
168. TÉCNICA DA VISUALIZAÇÃO PROJETIVA
Definição. Visualização projetiva: processo pelo qual você procura ver, mentalmente, as
imagens criadas, indutoras da projeção consciente, de modo deliberado, por sua própria imaginação.
Sinonímia: autovisualização projetiva; visibilização projetiva; ganira projetiva.
Sistemas. Sistemas diversos, através do tempo, vêm usando a visualização para atingir a
projeção da consciência para fora do corpo humano, especialmente: o cabalismo; a ioga tântrica; a ioga
tibetana; a magia hermética; os modernos parapsicólogos; as práticas egípcias antigas; o xamanismo; etc.
Coadjuvantes. Os exercícios de visualização são coadjuvantes poderosos para você se projetar,
porque o ajudam de fato nos processos da projeção consciente voluntária; predispõem a des- coincidência
dos veículos de manifestação de sua consciência; intensificam-lhe a capacidade de observar, analisar com
clareza e exatidão os eventos extrafísicos, agindo na melhoria de sua memória e, conseqüentemente, na
258
técnica da rememoração posterior às experiências projetivas.
Técnica. Eis uma técnica lógica de visualização que pode predispor você a deixar o corpo humano, através de catorze etapas:
168.1. Isolamento. Isole-se num quarto fechado aonde você não seja perturbado enquanto
estiver praticando os exercícios. Fique desnudo ou use apenas roupas leves e folgadas.
168.2. Poltrona. Sente-se numa cadeira de braços, confortável, ou poltrona, a um metro e
meio de distância de uma parede de uma cor só, branca, por exemplo, para servir como tela de fundo, sem
nenhum móvel próximo ou componente decorativo que lhe possa distrair a atenção.
168.3. Vaso. Coloque um objeto simples, um vaso, por exemplo, diretamente na frente do seu
campo visual (V. Fig. 168.03).
Fixação. Fixe atentamente o vaso até você memorizar minuciosamente tudo sobre ele, inclusive
a forma, a cor, os contornos, a base, a boca e a utilidade.
168.4. Visualização. Com as pálpebras cerradas, visualize e recrie mentalmente, fora da sua
cabeça, à distância, o vaso e o quarto, com todas as perspectivas, contornos e proporções exatas.
168.5. Conferência. Assim que as imagens visualizadas se desvanecerem, descerre as pálpebras e confira como o quarto de fato se apresenta na realidade.
168.6. Repetição. Repita o processo durante vinte minutos, diária e ininterruptamente, sem
pular nenhum dia.
168.7. Despertador. Assim que você dominar o processo indicado até aqui, ocorrendo as
visualizações nítidas, ponha um despertador à sua frente e memorize a hora. Cerre as pálpebras e visualize
o despertador, inclusive a forma, as cores, os contornos, e os ponteiros.
168.8. Mental. Em seguida, visualize o seu despertador mental tiquetaqueando longe dali, à
distância.
168.9. Poder- Depois de alguns minutos, descerre as pálpebras e verifique se a hora exata no
mostruário do despertador é aproximadamente a mesma que você visualizava. Se for, o seu poder de
visualização, ou de projetar uma parte da sua consciência, estará atingindo o seu pique máximo e você
poderá alcançar lucidamente o plano extrafísico.
168.10. Minúcias. Nessa altura, primeiro você visualiza a si mesmo, com todos os detalhes da
ação, deixando o corpo humano através do psicossoma (V. Fig. 168.11).
168.11. Auto visualização. O exercício de autovisualização através do psicossoma não significa que você deve pensar apenas que está deixando o coipo denso, mas precisa visualizar, em minúcias, a
sua própria duplicata extrafísica erguendo-se e se libertando no plano extrafísico.
168.12. Soma. Por outro lado, o processo de visualização faz você esquecer a existência do seu
soma ou corpo humano, e você pode-se projetar pelo corpo mental, quando se sentirá sem nenhum corpo.
Para muitos praticantes este processo de visualização é mais fácil para se projetar conscientemente.
168.13. Túnel. Outro recurso de visualização empregado para você se projetar conscientemente é a criação da imagem mental de um túnel escuro com uma saída distante (V. Fig. 168.14).
Exatamente quando você mentaliza o fato de estar atingindo a saída do túnel, o seu psicossoma se
exterioriza do corpo humano.
Remota. A visualização pelo método da visão remota (V. cap. 43), por ser de execução mais
fácil, pode funcionar como primeiro passo para o desenvolvimento da projeção consciente. Muitas pessoas
experimentam a visão remota mesmo sem qualquer treinamento ou indução da projeção consciente. Eis
259
uma técnica simples da visão remota em dez lances:
168. § 01. Fotos. Arranje uma série de fotos grandes, tiradas por outrem, de diversas áreas da
sua cidade ou do bairro onde você reside (V. Fig. 168. § 01).
168. § 02. Escolha. Escolha uma foto de área desconhecida para você, olhe para ela atentamente,
e então sente-se numa cadeira de braços, ou poltrona confortável, recolhido num quarto isolado, e
visualize o local da foto.
168. § 03. Imaginação. Conserve as imagens visualizadas em sua mente tão longamente quanto
lhe seja possível. Imagine você mesmo deixando o seu corpo humano, deslocando-se até a área e flutuando
sobre ela.
168. § 04. Detalhes. Observe todos os detalhes, formas, cores e estruturas possíveis da área
visualizada, sem fazer censuras ou análises.
168. § 05. Registro. Se puder, registre o que você visualizou e experienciou num gravador, ou
desenhe os detalhes mais importantes entrevistos.
168. § 06. Comparação. Depois disso compare meticulosamente o que você viu com a foto.
168. § 07. Extras. Destaque especialmente qualquer coisa extra ou diferente que você viu e que
não aparece na foto. Isso pode ser uma paisagem atrás de um edifício, um conjunto de nuvens peculiares
no céu, uma construção nova em um lado, um veículo desusado estacionado, ou qualquer minúcia mais.
168. § 08. Local. Anote num papel estes detalhes extras e então, imediatamente, vá de carro até
o local.
168. § 09. Correção. Diretamente no local veja se algumas das suas observações adicionais
estão corretas.
168. § 10. Funcionamento. Se você de fato nunca visitara o local antes, e se as suas observações
260
individuais suplementares estiveram corretas, está claro que sua vidência remota funcionou.
Inconsciente. A técnica da visualização em certos casos, inclusive disponho de relatos escritos a
respeito, tem sido empregada de modo inconsciente por projetores novatos. Isso vem provar o seu caráter
fisiológico ou natural.
Exemplo. Um rapaz movido pela saudade da namorada, e que a mentalizava intensa e proj
fundamente, durante uma tarde, antes de repousar em Brasília, pensando na praia carioca onde ela poderia
estar com o seu grupo de amigos, viu-se perfeitamente lúcido na tal praia, o Arpoador, em Ipanema,
aquela hora. Esse projetor consciente, quando projetado, tentou falar à namorada e aos seus amigos e todos
o ignoraram. O fato lhe causou profunda frustração.
____________
Bibliografia: Blackmore (139, p. 94), Butler (227,p. 70), Greene (635, p. 19), Huson (768, p.
Ill), King (844, p. 33), Martin (1002, p. 54), Richards (1394, p. 77), Rogo (1444, p. 107), Samuels (1500,
p. 120), Saraydarian (1507, p. 134), Shay (1546, p. 65), Walker (1781, p. 106).
169. TECNICA DAS POSTURAS PROJETIVAS
Definição. Posturas projetivas: conjunto de posições psicológicas e físicas tomadas por você a
fim de projetar a sua consciência, com lucidez, para fora do corpo humano.
Sinonímia: atitudes projetivas; posições psicofísicas projetivas.
Regra. Em tudo o que se disponha a fazer, você vê-se obrigado a tomar certas posições, sejam
atitudes psicológicas, posturas físicas, ou disposições fisiológicas mais eficazes para o seu desempenho e
maior adequação ao seu cometimento. As projeções conscientes não se excluem desta regra.
Seqüência. Eis quinze posturas psicofísicas, ou fisiológicas, técnicas, seqüenciais, que lhe facilitam a projeção consciente, também fisiológica ou induzida pela sua própria vontade:
169.1.Local. Deite-se de costas no leito em posição confortável. Há quem prefira deitar-se
diretamente no assoalho ou no piso a fim de alcançar maior relaxação.
169.2.Roupas. Folgue as roupas, que devem ser mínimas, apenas as realmente indispensáveis.
Se quiser pode ficar desnudo.
169.3. Travesseiros. Coloque um travesseiro sob a cabeça e outros dois sob os joelhos, ou sob as
áreas poplíteas, para lhe dar comodidade e facilitar a circulação sangüínea, se for conveniente.
169.4. Pernas. Estire as pernas sem tensão nem rigidez.
169.5. Pés. Separe os pés uns trinta centímetros um do outro.
169.6. Braços. Descanse os braços estendidos ao longo do seu corpo humano.
169.7. Mãos. Abra as mãos com as palmas para baixo, sobre os travesseiros que foram colocados sob as suas pernas.
169.8. Cabeça. Repouse a cabeça numa posição que não force o seu pescoço.
169.9.Músculos. Descontraia todos os músculos, sem esquecer os músculos mastigadores, os
músculos faciais e os músculos do pescoço.
169.10. Pálpebras. Cerre as pálpebras naturalmente como se fosse dormir.
169.11. Boca. Feche a boca sem provocar a contração dos lábios.
169.12. Saliva. Evite engolir sucessivamente a saliva o que, em geral, é provocado pelo seu
nervosismo.
169.13. Respiração. Deixe a sua respiração fluir com naturalidade.
169.14. Relaxação. Relaxe-se totalmente, inclusive os dedos das mãos, alcançando o estado da
imobilidade completa ou semiletargia (V. Fig. 169.14).
169.15. Entorpecimento. Aguarde, com calma, o entorpecimento completo do seu corpo
humano, pouco a pouco.
261
Adaptação. Pelas sugestões indicadas, você há de procurar, gradativamente, as condições físicas
e psicológicas que melhor se adaptem às suas tendências pessoais.
Astronomia. A fase da Lua, as manchas solares, e a orientação geográfica da posição da sua
cabeça, na verdade, a rigor, não devem e nem podem influir no seu experimento.
Projetora. À leitora, candidata à projeção consciente, em particular, recomendo, se for necessário, juntar as pernas e os pés a fim de evitar conotações mentais, dispersivas e inoportunas, sobre
sexo.
________________
Bibliografia: Denning (391, p. 68), Frost (560,p. 52), Vieira (1762, p. 79).
170.
CLASSIFICAÇAO DAS TÉCNICAS DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Preparações. Até aqui (Cap. 161 a 169), as técnicas apresentadas foram relativas mais à
preparação do futuro projetor ou projetora e às técnicas básicas para a produção da projeção consciente.
Quanto às técnicas derivadas para a projeção consciente propriamente dita, ou os sistemas formais para a
indução da projeção, há de se começar por sua classificação.
Centenas. Centenas de técnicas antigas, novas e variações aperfeiçoadas, as mais diversas,
existem à disposição das consciências de homens e mulheres a fim de se projetarem, com lucidez, para
fora do corpo humano, em experiências induzidas pela própria vontade.
Ideal. O método ideal, uma fórmula única, segura, simples, completamente eficaz, que tenha
obtido consenso ou viabilidade universal, adequado para todos, verdadeiro denominador comum, ainda
não existe e nem se espera que venha a ser desenvolvido tão cedo. Tal fato deve-se à diversificação das
personalidades, constituições físicas, caracteres humanos, comportamentos individuais, e à existência dos
três veículos ultrafísicos altamente complexos — duplo etérico, psicossoma e corpo mental —
desigualmente desenvolvidos e organizados evolutivamente como instrumentos individuais de cada
consciência.
Inadequações. Embora os métodos alternativos atuais sejam incomparavelmente superiores
àqueles usados há meio século, por exemplo, eles continuam inadequados para corresponder às necessidades práticas de todos os indivíduos de sexos, idades, biotipos, temperamentos, e condutas díspares.
Se existisse um método universal, a projeção totalmente consciente já seria patrimônio de todos os
indivíduos desde tempos imemoriais, em muitas sociedades, em vários níveis de civilização. No presente,
temos que nos contentar com o conhecimento fragmentado que agora dispomos, porque em muitos setores
da Projeciologia a nossa ignorância ainda é densa, prosseguindo o seu campo de pesquisa
desafiadoramente eivado de obscuridades, mistérios, enigmas e incógnitas.
Razões. Há muitas maneiras corretas de predispor o processo projetivo num bom meio ambiente
humano, por isso você não deve se utilizar apenas de uma técnica para produzir a projeção consciente, mas
tirar proveito de tudo aquilo que lhe permita, sadiamente, atingir o objetivo de se projetar com lucidez e
boa rememoração, conforme as suas condições físicas e extrafísicas do momento.
Atributos. As técnicas para se projetar se baseiam em um ou em vários atributos da sua própria
consciência, tais como a imaginação, a visualização, a concentração mental, etc. Você, candidato à
projeção consciente, deve verificar, com extrema autocrítica, qual o seu melhor atributo consciencial, ou
aquele em que você seja mais versátil, a fim de usá-lo como recurso fundamental.
Habilidades. Os atos de relaxar mental e fisicamente, clarear a mente com naturalidade e alterar
a atenção para fora do corpo humano são as habilidades mais necessárias e promissoras que você pode
apresentar na qualidade de candidato às projeções conscientes magnas.
Autoconfiança. Por outro lado, se você acredita ou tem confiança que uma técnica funcionará
com você, isso provavelmente acontecerá.
Combinações. Às vezes vale mais a você combinar diferentes métodos para sair fora do corpo
humano, adaptando-se individualmente à sua índole, circunstâncias, etc. Contudo, qualquer processo de se
projetar, para que seja realmente eficaz, põe à prova a sua força de vontade na qualidade de pessoa sem
medo, disciplinada e perseverante.
Chance. Partindo do pressuposto de não existir método universal para se projetar voluntariamente que funcione para todas as consciências de modo indistinto e abrangente, aqui são apresentadas as
técnicas mais variadas, pois convém a você conhecer todas a fím de assegurar a maior chance possível de
encontrar, no mínimo, uma que lhe seja eficiente, ou mais adequada ao seu temperamento e condições
pessoais que pelo menos lhe inspire a tentativa de improvisar o seu próprio método.
Compensação. Ensaie todos os meios acessórios, indiretos e, a longo prazo, porque a projeção
consciente compensa todo o seu sacrifício.
262
Adequações. Como você verá, há processos para se projetar que podem ajudar a uma certa
minoria, pois se adaptam melhor às condições de determinado projetor, havendo técnica adequada a quem
tenha bons pulmões (dióxido de carbono); seja impressionável (hetero-hipnose); apresente temperamento
artístico (imagens projeciogênicas); ao cônjuge (ato sexual); à pessoa de vontade decidida (método
fisiológico); ao amante da arte musical (música); ao médium suficientemente desenvolvido e atuante
(projeção assistida); ao sonhador constante (sonho projeciogênico); ao intelectual (projeção pelo corpo
mental); etc.
Dormir. Algumas técnicas somente podem ser aplicadas por quem dorme sozinho, senão o
praticante perturbará quem dorme ao lado.
Características. Há técnicas para o projetor auxiliado, ou seja, com alguma companhia: ato
sexual, hetero-hipnose, massagens e visualizações, músicas e visualizações, projeção assistida, transmissibilidade. E também para o projetor veterano: corpo mental, repetição, rolamento de costas. Outras
exigem movimento: ato sexual, dióxido de carbono, mantras, massagens, pineal, quebra da rotina, rotação.
Preferidas. Entre todas as técnicas descritas, aqui, para a projeção voluntária, ou provocada por
sua consciência, duas se destacam como as preferidas, por serem mais fáceis e espontâneas: a auto-hipnose
e o sonho projeciogênico.
Motivação. Apesar do que foi até agora colocado, os pesquisadores ainda não provaram que
haja um método para produzir a projeção consciencial lúcida melhor do que os outros. Todos podem
funcionar se você dominar as técnicas que o ajudam a induzir um profundo estado de relaxação
neurológica e muscular progressiva e mantenha suficiente motivação para sair temporariamente do corpo
humano.
Outros. Além dos indicados, considerados mais funcionais, existem centenas de outros processos para se projetar consciencialmente com lucidez, conforme as tendências de sua personalidade, na
qualidade de aspirante a projetor consciencial lúcido, ou mesmo do experimentador veterano, por exemplo
estes seis tipos:
170.1. Extrafísico: solicitação direta, realista, de ajuda a um amparador conhecido, entidade
estrafísica de confiança para se projetar conscientemente com lucidez.
170.2. Parapsicológico: aplicação de passes ou toques energéticos (chacroprojeção consciencial) a fim de intensificar o estado vibracional e produzir a decolagem do psicossoma.
170.3. Psicológicos: monoideísmo sobre certa forma escolhida que se procura ver num sonho;
choque emocional (traumatoprojeção consciencial).
170.4. Químico: uso de drogas especiais diversas, inclusive anestésicos (narcoprojeção consciencial).
170.5. Fisiológico: movimento de balanceio ântero-posterior da cabeça lançada vigorosamente
para trás (cefaloprojeção consciencial).
170.6. Físicos: colocar-se à luz dos lampejos ritmados da lâmpada estroboscópica (estroboprojeção consciencial); choque elétrico (eletroprojeção consciencial); privação sensorial; ambiente
restrito; rebaixamento no nível de vitalidade pessoal; flutuação com total confinamento solitário num
tanque de água quimicamente preparada, em total escuridão e completo silêncio, vestindo colete apertado
de modo a mal poder mover-se, respirando através de um tubo (hidroprojeção consciencial); etc.
Privação. Dá-se o nome de privação sensorial, ou isolamento perceptual, à privação prolongada,
praticamente completa, de estimulações sensoriais, obtida em laboratório ou cubículo experimental —
num ambiente rigidamente monótono, ou numa situação onde não acontece absoluta- mente nada por ter
sido removida toda estimulação padronizada ou perceptual — seguindo esta orientação técnica: você deitase numa cama confortável, dentro de uma sala surda, na qual um ruído monótono de mascaramento o
impede de ouvir outros ruídos que, porventura, ainda possam penetrar na sala com ar condicionado; sua
cabeça fica sobre um travesseiro em forma de U que cobre suas orelhas; você usa óculos de vidro fosco
que não permitem qualquer percepção visual; veste luvas de algodão e seus braços são enrolados em
longos punhos de papelão que se estendem para além da ponta dos seus dedos, para que lhe impeçam as
percepções táteis. Estas árduas condições, sem dúvida, podem ajudar qualquer um a produzir a projeção
consciencial lúcida.
Fenômenos. Na aplicação de qualquer das técnicas projetivas, sua consciência pode experimentar fenômenos comuns tais como: o estado vibracional; o sonho lúcido ou a projeção consciencial
semiconsciente; a catalepsia física inofensiva; etc.
Ungüento. Eis uma das receitas medievais — entre as muitas existentes — dos “ungúentos da
projeção astral”, próprios para se passar em todo o corpo humano antes do experimento projetivo, e
populares em certos círculos de estudos esotéricos, ou parapsíquicos: Lanolina: cinco onças; Haxixe: uma
onça; Flores do Cânhamo: um punhado; Flores de Papoula: um punhado; Heléboro: meio punhado. A
função maior desses ungúentos para produzir a projeção consciente seria tão-so- mente psicológica.
Tentativas. Não é necessário que você pratique todos os métodos, evidentemente, mas você
nada perderá se empreender algumas tentativas para se projetar consciencialmente com certa lucidez
263
usando qualquer método que seja inofensivo à sua saúde física e mental.
Ordem. Nos próximos capítulos são discriminados, sob a responsabilidade deste autor, em
ordem alfabética, as melhores técnicas propriamente ditas para você se projetar conscientemente, as mais
conhecidas e empregadas na atualidade, adaptáveis a cada praticante segundo sua capacidade projetiva,
suas predisposições psicofísicas, e suas motivações individuais.
__________
Bibliografia: Baker (69, p. 56), Battersby (92, p. 11), Blackmore (139, p. 94), Bord (170, p.
53),Boswell (174, p. 137), Castaneda (258, p. 113), Crawford (313, p. 64), Crookall (331, p. 64; 340, p.
25), Denning (391, p. 157), Fox (544, p. 32), Frost (560, p. 45), Greene (635, p. 38), Greenhouse (636, p.
255), Hall (671, p. 39), Huxley (771, p. 234), Jagot (799, p. 155), King (846, p. 107), Lefebure (909, p.
63), Lilly (926, p. 7), Martin (1002, p. 46), Miranda (1050, p. 78), Mittl (1061, p. 4), Monroe (1065, p.
216), Muldoon (1105, p. 314), Ophiel (1150, p. 35), Rogo (1444, p. 19), Salley (1496, p. 160), Schiff
(1515, p. 120), Sculthorp (1531, p. 17), Steiger (1601, p. 157), Turvey (1707, p. 157), Vieira (1762, p. 8),
Yram (1897, p. 51).
171.
TÉCNICA DA ABERTURA DA PORTA
Etapas. Eis a técnica da abertura da porta que induz você a se projetar conscientemente para
fora do seu corpo humano, através de oito etapas:
171.1.Isolamento. Isole-se num quarto fechado aonde você não seja perturbado enquanto estiver
praticando os exercícios. Fique desnudo ou use apenas roupas leves e folgadas.
171.2. Poltrona. Sente-se numa cadeira confortável, ou poltrona, com o tronco ereto e suas
mãos sobre as coxas.
171.3.Imaginação. Cerre as pálpebras e imagine, com obstinado esforço de sua vontade
inquebrantável, uma porta fechada, incrustada numa parede branca.
171.4.Inscrição. Inscreva mentalmente sobre a porta fechada uma inscrição característica, por
exemplo, o símbolo do infinito (°°).
171.5. Meditação. Medite durante alguns minutos sobre a inscrição na porta fechada.
171.6.Abertura. Visualize intensamente a abertura vagarosa da porta e procure ver a você
mesmo passando através da porta para o outro lado da parede branca.
171.7. Repetição. Repita todos os lances dos exercícios, na ordem correta, intensificando suas
visualizações cada vez mais.
171.8. Exteriorização. A exteriorização do seu psicossoma se dará de repente com as sensações de extrema leveza e ampla liberdade de seus movimentos extrafísicos através dos paramem- bros
do psicossoma.
_________________
Bibliografia: Fortune (540, p. 154), Grant-Veillard (623, p. 93), King (846, p. 114), Martin
(1002, p. 57), Rogo (1444, p. 54), Walker (1781, p. 112).
172.
TÉCNICA DO ATO SEXUAL PROJETIVO
Definição. Ato sexual projetivo: modo de proceder segundo o qual o homem e a mulher desafogam a libido e simultaneamente, ou em decorrência disso, produzem a experiência da projeção
consciente.
Sinonímia: intercurso sexual projetivo; libidoprojeção; orgasmo conjunto projetivo; orgasmo
projeciogênico; união sexual projeciogênica.
Predisposição. Segundo as pesquisas de opinião pública, uma das condições existentes e constatadas para a produção deliberada da experiência da projeção consciente humana, ou espontânea, é
justamente quando o indivíduo, homem ou mulher, está tendo um orgasmo sexual. Por isso, a experiência
da projeção consciente pode ser produzida muito mais facilmente, por certas pessoas, durante o ato sexual
ou logo após o orgasmo conjunto. Isso ocorre devido ao impacto emocional do orgasmo e- ao extremo
grau de relaxamento e à predisposição do corpo humano, e da mente, ao sono natural após o ato sexual. É
sabido que os hormônios sexuais exercem certa ação calmante sobre o homem e a mulher.
Sexologia. No estudo da Sexologia sem tabus — relativamente às experiências das projeções
conscientes — torna-se imperioso partir do fato de que o ato sexual não é feio, nem sujo, nem sórdido,
264
nem proibido, nem doloroso, nem desagradável. Ao contrário, o ato sexual é uma dádiva da Biologia, e
parte atuante da Fisiologia natural da criatura humana. O que tem dificultado o entendimento do sexo é
tão-somente a ausência, em razão da ignorância, de repressões excessivas, ou de preconceitos, do ensino
de normas, técnicas, ou atitudes sexuais ditas corretas.
Desafogador. O sexo é o agente vitalizador, aliviador, ou desafogador do estresse, favorito, no
mundo inteiro. Praticado corretamente, combina os benefícios do exercício aeróbio ativo, além do seu
impacto vibrante, com o ponto extremo e fundamental do pensamento e da emoção do homem e da
mulher. Seus benefícios se refletem por todo o corpo humano, inclusive com a intensificação da circulação
sangüínea, a aceleração dos batimentos cardíacos, e a elevação da capacidade respiratória, antes de
provocar a condição da relaxação profunda.
Tranqüilidade. Recomenda-se este processo de se projetar com lucidez somente às pessoas
casadas, ou de qualquer condição desde que tenham a vida sexual ativa, mas tranqüila, sem ansiedades,
culpas, ou preocupações na fase posterior à união sexual.
Horário. O horário mais adequado para esta prática é a segunda metade da noite ou, mais especificamente, entre duas e quatro horaS da madrugada, quando ambos os parceiros não tenham qualquer
preocupação ou tarefa a desempenhar imediatamente após o ato sexual.
Despreocupação. O candidato, ou a candidata à experiência da projeção consciente, durante ou
imediatamente após o ato sexual, deve-se despreocupar completamente da vida humana, ao derredor,
durante e após o orgasmo, deixando que o impacto de suas emoções desloque a sua consciência do corpo
humano e o estado de sono chegue para o corpo físico, sem perder a lucidez, só pensando em se projetar
pára o plano extrafísico, afastando do mundo mental todas as outras idéias. O ideal será sempre, quando
possível, deixar a ida de ambos os parceiros ao banheiro para mais tarde, depois da experiência projetiva.
Homem. O homem se beneficia mais com a técnica do ato sexual porque, segundo as constatações da moderna Sexologia, ele tende a dormir sono mais profundo do que a mulher após a união
sexual.
Vantagens. A técnica projetiva do emprego do ato sexual apresenta cinco vantagens indiscutíveis:
172.1. Cria, cora naturalidade, o hábito de se projetar com lucidez, seguidamente, no cônjuge de
mente disciplinada e de costumes consolidados.
172.2. Evita traumas extrafísicos e fortalece o projetor, ou a projetora, conscientes, ante as
abordagens incômodas de entidades extrafísicas enfermas, à cata de emoções animais ou de energias
conscienciais de origem sexual.
172.3. Descarta muitas ocorrências de ereções, tanto peniana quanto clitoriana, mais freqüentes
nas pessoas sexualmente carentes.
172.4. Permite maior desenvoltura para se obter a experiência da projeção consciente conjunta
do casal afim.
172.5. Facilita a união extrafísica mais profunda e plena de ambos os parceiros sexuais, o que
refletirá na sua vida em comum durante o estado da vigília física ordinária.
Karezza. Não se deve confundir a técnica do ato sexual projetivo com a Karezza, também
chamada masturbação mágica, ou união sexual sem orgasmo, freqüentemente prolongada por várias horas,
prática de magia veementemente desaprovada pela maioria dos psicólogos e sexólogos — a qual também
desaprovo — destinada a alcançar um transe alucinatório, ou o estado hipnagógico (V. cap. 209), tendo
então os parceiros contato com entidades do plano extrafísico.
________________________Bibliografia: Denning (391, p. 203), Frost (560, p. 65), King (846, p. 128), Rampa (1361, p.
265
20), Twemlow (1710, p. 452), Vieira (1752, p. 21).
173.
TÉCNICA DA AUTO-IMAGEM PROJETIVA
Definição. Auto-imagem projetiva: imagem, no caso, estritamente física, humana, que você tem,
mentalmente, de si mesmo e que lhe ajuda a se projetar conscientemente para fora do corpo humano.
Sinonímia: autoconscientização da forma humana; auto-reflexo projetivo; técnica narcísica;
técnica projetiva do espelho.
Reflexo. Este método de a consciência se projetar para fora do corpo humano com lucidez, ideal
para quem consegue dormir sentado numa poltrona, tem suas bases no estudo narcísico, minucioso, da
consciência do próprio eu, autoconhecimento, ou da auto-imagem refletida numa superfície lisa, de
preferência um espelho. Pode, no entanto, ser igualmente usado, com êxito, a frente de água limpa parada,
metal polido, vidraça, ou bola de cristal.
Transferência. Pela técnica da auto-imagem ocorre a passagem da consciência do observador
para dentro do espelho, ou seja, para a sua imagem refletida, semelhante ao processo usual da
transferência da consciência que deixa a sede do corpo humano e vai para o interior de um objeto, físico,
imóvel, próximo, onde experimenta as coisas dali e tem percepções a partir da posição daquele objeto,
como se substituísse temporariamente o corpo humano — objeto físico — por outro objeto físico.
Técnica. Eis a técnica da auto-imagem projetiva que induz você a se projetar conscientemente
para fora do seu corpo humano, através de sete etapas:
173.1. Isolamento. Na hora de dormir, isole-se num quarto fechado aonde você não seja
perturbado enquanto estiver praticando os exercícios. Vá ao banheiro, atenda suas necessidades fisiológicas antes, e vista um pijama folgado.
173.2. Poltrona. Sente-se numa cadeira de braços, ou poltrona confortável, colocada à frente de
grande espelho que reflita por inteiro o seu corpo humano quando você ficar de pé. A poltrona deve ser
colocada perto do comutador da luz artificial que ilumina o cômodo.
173.3. Inspeção. Proceda à inspeção cuidadosa, detalhe a detalhe, do seu próprio reflexo no
espelho, como se nunca tivesse analisado a si mesmo, descobrindo observações que jamais fizera.
Destaque cada expressão, forma, cor, reentrância e saliência de cada componente físico do seu próprio
rosto, cabelos, testa, sobrancelhas, olhos, nariz, boca, queixo, orelhas, num auto-exame circunstanciado
reflexo (V. Fig. 173.03).
Nome. Fique de pé e examine a sua figura completa, por inteiro, e fixe, por fim, nos seus olhos,
ou diretamente em suas pupilas, a sua observação atenta e, nessa posição, repita, vezes seguidas, clara e
audivelmente, o seu próprio nome, como se fosse um mantra.
266
173.4. Visualização. Visualize a si mesmo, vivo, no lugar da imagem refletida. Dê-lhe movimento, como sendo a sua forma real, tal qual a sua consciência atuando fora do corpo humano.
173.5. Sono. Mantenha a visualização intensa e esqueça o espelho e as circunstâncias físicas do
momento, até que lhe sobrevenha o sono ou o estado de cansaço físico.
173.6. Saturação. Na fase mais intensa da visualização, ceda aos reclamos do sono, apague a luz
e durma na própria poltrona, de preferência, ou num leito próximo - como último recurso — com a mente
saturada com a sua imagem viva.
Televisão. A imagem da sua figura especular, criada na sua mente, assemelha-se à imagem luminosa retida na sua visão de telespectador quando você vai dormir, à noite, imediatamente ao ato do
desligamento do seu aparelho de televisão no quarto de dormir.
Impressão. Se a transferência de sua consciência para a imagem refletida foi muito intensa e
profunda, ela impressiona de tal modo sua vontade subconsciente, que o psicossoma fica projetado com a
sua consciência, ocorrendo o seu despertamento extrafísico imediato e o início de sua projeção
consciencial lúcida propriamente dita.
___________________
Bibliografia: Bord (170, p. 56), Carrington (245, p. 259), Farrar (496, p. 193), Greene (635, p.
32), Huson (768, p. 113), King (845, p. 118), Muldoon (1105, p. 217), Rogo (1444, p. 54),Shay (1546, p.
62).
174.
TÉCNICA DA AUTOVISUALIZAÇÃO COM AS PÁLBEBRAS DESCERRADAS
Base. Este exercício se assenta na visualização do desprendimento do seu psicossoma, com as
pálpebras descerradas, o que não é fácil. Contudo, a dificuldade diminui com a prática e quando você já
tenha dominado a técnica da autovisualização com as pálpebras cerradas (V. cap. 183).
Indicações. O processo da visualização com as pálpebras descerradas é indicado apenas para
quem tenha a predominância da memória visual nas visualizações, percepções em geral, observações
comuns, e seja dotado de poderosa imaginação.
Técnica. Eis a técnica da autovisualização com as pálpebras descerradas que induz você a se
projetar conscientemente para fora do seu corpo humano, através de quatro etapas:
174.1. Isolamento. Isole-se num quarto fechado aonde você não seja perturbado enquanto estiver
praticando os exercícios. Fique desnudo ou use apenas roupas leves e folgadas.
174.2. Leito. Deite-se de costas no leito e estenda os braços ao longo do corpo.
174.3. Visualização. Mantendo as pálpebras descerradas, visualize, igual ao espectador de um
filme, o desprendimento do seu psicossoma (V. cap. 104) deixando, pouco a pouco, todo o seu corpo
humano.
174.4. Gradação. Visualize a formação dos seus pés extrafísicos (parapés), depois das parapernas, do paratronco, dos parabraços, da paracabeça, lenta e minuciosamente, até ver o seu próprio duplo,
por inteiro, distintamente, formado fora do seu corpo humano.
Iluminação. Você deve optar quanto a deixar o quarto iluminado ou na penumbra, de acordo
com a influência da luz sobre as suas pupilas.
_____________________
Bibliografia: Martin (1002, p. 55) Walker (1781, p. 106).
175.
TÉCNICA DA CONTAGEM DOS PASSOS
Viagem. Esta técnica se baseia na minuciosa visualizaçao de uma viagem específica, usada para
visitar uma pessoa querida, com um número exato de passos para completar a viagem.
Volta. Você se imagina deixando a sua casa, dando os passos necessários para isso e então
chega à porta da casa que deseja visitar. Bate na porta e você é admitido pela pessoa que pretende ver, e
deve voltar para a sua própria casa andando o mesmo número de passos da ida.
Exigências. O método da contagem dos passos exige muita concentração, vívida visualização e
precisão nos passos e pormenores da rota.
Variante. A variante mais usada e prática deste processo é o projetor sair do quarto e ir até à
cozinha da sua casa ou apartamento, observando e mentalizando cada mínimo detalhe das particularidades
267
físicas dessa rota doméstica, visitada e examinada em detalhes, na vigília física ordinária, muitas e muitas
vezes.
Planta. Sempre será melhor repetir, sem esmorecimento, cuidadosamente, os exercícios, usando
até um papel com a planta baixa de situação do local e os desenhos possíveis de todo o recheio de móveis
e a decoração interior existentes na construção, fazendo a indicação de pelo menos uns seis pontos
principais selecionados ao longo da rota: quadro na parede, ponto de luz, vaso de flor, esquina de corredor,
mesa de centro, aparelho de televisão, por exemplo.
Impressão. A impressão exata das minúcias dos objetos e ângulos da rota na memória, acaba
levando o experimentador à projeção, à conscientização extrafísica e à circulação desimpedida pela rota
doméstica através do psicossoma.
________________________
Bibliografia: Crawford (313, p. 68), Martin (1002, p. 59), Muldoon (1105, p. 221), Ophiel
(1150, p. 27), Walker (1781;p. 112).
176.
TÉCNICA DO DIÕXIDO DE CARBONO
Definição. Técnica do dióxido de carbono: este gás conhecido, quando em elevada concentração
nos alvéolos pulmonares (hipercapnia) e na torrente circulatória, geralmente na mistura ató- xica ou sem
nenhum efeito colateral sério, de sete volumes (70%) de oxigênio e três volumes (30%) de dióxido de
carbono (carbogênio), diminui a eficiência do funcionamento do cérebro e permite a liberação da
consciência manifestando-se através do psicossoma.
Sinonímia: agonia voluntária; asfixia intencional; carbonoprojeção; fome de oxigênio; sede de
ar; sufocação premeditada; técnica do anidrido carbônico; técnica do C02; técnica hipercarbô- nica.
Gás. O dióxido de carbono, de fórmula C02, é um gás pesado, inodoro, incolor, incombustível,
não tóxico, porém asfixiante, componente do ar atmosférico ao nível do mar numa proporção de 0,02%. É
solúvel em água e álcool, se liquefaz à pressão de 5 atmosferas e a — 56 graus Celsius (ou centígrados).
Na pressão normal parte se evapora e parte se solidifica formando o gelo-seco (anidrido carbônico sólido
ou neve carbônica), usado para manter baixas temperaturas: — 89 graus Celsius. Este gás é empregado na
preparação de bebidas espumantes, na Medicina, em extintores de incêndio e, em forma sólida, na
semeadura de nuvens, com a finalidade de modificar a estrutura da nuvem e provocar a sua precipitação ou
dissipação. Constitui alimento indispensável aos vegetais, sendo eliminado pelos seres vivos como
resultado da respiração celular.
Retenção. O carbogênio referido atrás, já foi administrado, por máscara, a pacientes psiconeuróticos com objetivo terapêutico, gerando então ampla variedade de fenômenos sensórios, subjetivos,
extremamente semelhantes aos fenômenos das experiências da quase-morte (V. cap. 32), inclusive com a
sensação exata do desprendimento da consciência para fora do corpo humano e a au- tobilocação
consciencial. Isso evidencia que a retenção do dióxido de carbono no cérebro — quando o indivíduo é
exposto às condições hipercarbônicas extremas — pode desencadear a experiência da quase-morte que
termina sendo inofensiva, ou melhor, torna-se uma projeção consciente forçada.
Alterações. As mudanças da velocidade e da intensidade da respiração influem no ritmo cardíaco e na pressão arterial, alterando os teores de oxigênio, dióxido de carbono, ácidos, álcalis, lactatos, e
cálcio contidos na torrente circulatória, afetando, ainda, o funcionamento normal (neurofi- siologia) dos
hemisférios cerebrais, seja de modo grave ou inofensivo.
Sintomas. A hipóxia, carência provocada por nível baixo ou inadequado de oxigênio nos tecidos, e a hipoxemia, carência de' oxigênio na torrente circulatória — conseqüente, por exemplo, à
diminuição da pressão atmosférica — constituem formas de fome de oxigênio produzindo sintomas de
asfixia, sufocação, zumbido na cabeça, incoordenação muscular, alterações visuais, vertigem, ausência
psíquica, transpiração, instabilidade emocional, perda do julgamento crítico, alucinações, e outros estados
xenofrênicos.
Hipobaropatia. Cada órgão do corpo humano tem tolerância muito variada em relação à hipóxia. A deficiência de oxigênio no ar inspirado causa distúrbios que recebem várias denominações:
hipobaropatia; mal-das-alturas; mal-das-montanhas; mal-dos-aviadores; etc. Este fenômeno ocorre com
os- seres humanos quando se encontram a grandes altitudes, acima de seis mil metros, em montanhas,
aviões, etc.
Morte. O ar normal do quarto de dormir do projetor consciencial contém vinte e um por cento
de oxigênio e pode-se considerar que apresenta zero por cento de dióxido de carbono. Aviso que o dióxido
de carbono, C02, ou anidrido carbônico, se aspirado em estado puro, cem por cento, acarreta
268
imediatamente a morte do corpo humano por asfixia ou sufocação.
Ocorrências. Seis ocorrências surgem no campo da Projeciologia em função da diminuição do
oxigênio nos pulmões com o conseqüente aumento do dióxido de carbono nos tecidos: a técnica da
respiração rítmica; as experiências da quase-morte; os acidentes com asfixia; as projeções conscientes em
presídios; a existência de hábitos inadequados para dormir; as minimortes voluntárias.
176.1. Respiração. A hipercarbia, ou nível elevado de dióxido de carbono no cérebro, explica o
mecanismo pelo qual funciona a técnica da respiração rítmica (V. cap. 166), empregada nos exercícios
respiratórios da ioga, os quais, quando praticados sistematicamente, conduzem a prolongadas suspensões
da respiração, ou seja, à retenção da expiração ou diminuição do ritmo respiratório, que fica cortado por
pausas e deixa o experimentador com ligeira sede de ar, ou na condição da agonia voluntária.
176.2. Quase-morte. O dióxido de carbono é normalmente formado no cérebro como produto
final do metabolismo celular cerebral. O suprimento de sangue da ida — puro ou rico de oxigênio — que
conduz oxigênio ao cérebro, é também responsável pelo transporte da volta — sangue impuro ou
composto de dióxido de carbono — do dióxido de carbono para fora do cérebro, a fim de que o CO2 seja,
por fim, expelido pelos pulmões. A cessação do afluxo de sangue puro provoca o ataque cardíaco, o
cérebro hipercarbonizado (hipercarbia), bem como grande número dasexpe- rências da quase-morte, e a
saída da consciência para fora do corpo humano em certas oportunidades.
176.3. Acidentes. O aumento do dióxido de carbono para produzir a projeção consciente ocorre
até mesmo com certa freqüência, de modo espontâneo, sem a intenção deliberada da consciência, em
acidentes graves geradores do estado de sufocação ou asfixia (V. cap. 383).
176.4. Solitárias. O mesmo processo do aumento do dióxido de carbono produz a projeção
consciente involuntária, inconscientemente, em indivíduos internados nas instituições totais restritivas, por
exemplo, reclusos em prisões com celas e solitárias de cubagem reduzida, com ar poluído e rarefeito de
oxigênio (V. cap. 425).
176.5. Cobertas. Os hábitos condenados de a pessoa dormir cobrindo a cabeça com as cobertas,
diminuindo a sua capacidade de inspiração do oxigênio e aumentando 0 teor de dióxido de carbono no
espaço interno em torno do rosto, ou das fossas nasais, facultam, em certos casos, a projeção lúcida da
consciência através do psicossoma.
176.6. Minimorte. O uso do dióxido de carbono evidencia a semelhança do fenômeno da
projeção consciente — também chamada trailer da morte — com a experiência da primeira morte,
biológica, definitiva. Se inalado puro, o dióxido de carbono acarreta a morte do corpo humano; se inalado
em pouca quantidade ou volume (30%), predispõe a projeção da consciência através do psicossoma. Por
isso, a técnica do dióxido de carbono busca produzir o fenômeno da minimorte deliberada.
Técnica. Apesar da exposição feita e desde que você, homem ou mulher, tenha bons pulmões,
coração e sistema cardiocirculatório sem problemas, pode produzir a intoxicação simples, inofensiva, e
voluntária, seguindo processos fisiológicos, pelo aumento do gás carbônico na intimidade dos tecidos do
seu próprio corpo humano.
Lenta. Através da respiração lenta, você prende ou arrefece o funcionamento das trocas gasosas,
ou seja, pela inspiração de menor volume de ar e, portanto, de menor volume de oxigênio e maior volume
de dióxido de carbono remanescente. Deste modo, predispõe o corpo humano a liberar o seu psicossoma,
com a defasagem ligeira entre o estado de coincidência do psicossoma em relação ao organismo denso.
Efeitos. O processo referido ao diminuir a atividade dos seus hemisférios cerebrais, provocará
sono, reduzirá a sua freqüência cardíaca, amortecerá a sua fisiologia em geral, e deslocará o seu
psicossoma para fora da matéria espessa.
Duração. A sua inspiração, inalação, ou ato de aspirar o ar para dentro dos seus pulmões, é
normalmente igual à duração da sua expiração, ou o ato de jogar o ar para fora dos pulmões.
Tempo. A retenção do ar nos seus pulmões e, portanto, do dióxido de carbono, segundo este
processo, deve ser igual à metade da sua inspiração ou mais, até três ou quatro vezes a duração desta, que
você precisa executar, pouco a pouco, através de repetidos exercícios respiratórios.
Início. A relação do tempo entre a inspiração, o ato de reter o ar nos pulmões, e a expiração deve
ser, no período inicial, doze segundos para inspirar, quarenta e oito segundos retendo o ar, e vinte e quatro
segundos para expirar.
Manutenção. Com o cronômetro à sua frente, você vai aumentando, devagar, o tempo de retenção do ar nos seus pulmões, até alcançar a fase de manutenção de dezesseis segundos para expirar,
sessenta e quatro segundos retendo o ar, e trinta e dois segundos expirando.
Totais. Em cada sessão, conservando sempre o estômago vazio, faça vinte ciclos completos, a
fim de obter resultados compensadores. Há praticantes que repetem os exercícios quatro vezes por dia.
Cavernas. Através dos tempos, antigos iniciados, reveladores, profetas — por exemplo, os
fundadores de religiões, Moisés (Século XII a. C.) e Zoroastro (Século VIII a. C.) — e meditadores,
eremitas, iogues indianos, iogues tibetanos, e outros, têm escolhido como residências, prisões do eu
isolado, ou retiros favoritos para a melhoria de seus desempenhos anímico-mediúnicos, grutas ou cavernas
269
cavadas pelo homem, insculpidas pela natureza no corpo pétreo de montanhas, ou existentes em pleno
deserto.
Fatores. O ato de usar as cavernas se desenvolve de modo consciente, ou mesmo inconsciente, e
talvez fosse mais correto dizer de modo instintivo, em razão de quatro fatores:
176. § 01. Pedras. As pedras da caverna são proteções naturais contra as intempéries, a inclemência dos ventos, e as bruscas alterações da temperatura ambiental entre o dia e a noite.
176. § 02. Isolamento. A gruta, em si, como abrigo natural, oferece a sombra, a penumbra, e o
silêncio necessários ao completo isolamento ou confinamento consciencial solitário.
176. § 03. Fisiologia. O ar rarefeito do interior da gruta diminui sensivelmente as necessidades
fisiológicas do praticante, reduzindo ao mínimo os cuidados de higiene indispensáveis à manutenção do
seu corpo humano.
176. § 04. Dióxido. A diminuição do teor de oxigênio no ar circulante dentro da caverna, gera a
projeção da consciência pela descoincidência natural dos veículos de manifestação, sob a atuação da alta
concentração de dióxido de carbono aumentado no interior da caverna, na intimidade do organismo
humano, ou seja, nos alvéolos pulmonares e na torrente circulatória. Este, sem dúvida, constitui o fator
mais importante e decisivo para a projeção consciencial.
Hipercapnia. Vale esclarecer que a hipercapnia é o excesso de ácido carbônico no sangue, que
provoca de início, efeitos neuropsíquicos, inclusive torpor e sonolência. Em nível mais elevado, a
acumulação do C02 no sangue desencadeia condições patológicas até chegar à respiração periódica ou
respiração de Cheyne-Stokes, observada nos estados comatosos ou, às vezes, no sono profundo e deriva,
na ausência de uma regulação superior, de um reflexo bulbar.
Base. Conclusão fácil de inferir destes fatos: apesar do primitivismo do processo de sua utilização, a caverna constitui, sem dúvida, excelente base física para a produção das projeções lúcidas da
consciência encarnada, especialmente através do emprego da técnica do dióxido de carbono, em ambiente
restrito, com privação sensorial.
____________________
Bibliografia: Brennan (199, p. 97), Brunton (217, p. 267), Charrière (274, p. 338), Huxley (771,
p. 95), Lefebure (909, p. 208), Moore (1079, p. 58), Sabom (1486, p. 241), Vieira (1772, p. 8), Walker
(1782, p. 342).
177.
TÉCNICA DO FATOR PROJECIONAL
Definição. Fator projecional: alvo mental, seja objeto-alvo ou local-alvo específico, usado por
você como suporte psicofisiológico para a sua projeção consciente.
Sinonímia: fator de fixação projetiva; muleta projetiva; suporte projetivo.
Objeto-alvo. Um objeto-alvo, como também um local-alvo (V. cap. 292), adredemente escolhido, pode ser empregado como fator projecional, elemento ou foco da atenção para fora do seu corpo
humano, num distrito extrafísico crosta-a-crosta.
Tipos. Inúmeros objetos-alvos (V. cap. 185) podem ser escolhidos por você, porém deve ser
usado apenas um como fator de fixação, por exemplo: dentro de casa — objeto de uso pessoal; livro; caixa
de música fechada; pequena obra de decoração; escultura; tela de pintor; e outros; ou fora de casa, ao ar
livre — arbusto; pedra; duna; muro; e outros. Também, é lógico, pode ser usada uma pessoa-alvo.
Local-alvo. O local onde se situa o objeto-alvo é de suma importância para você, como candidato à projeção consciente, que precisa ter afinidade ou estabelecer rapport com o ambiente, gostar dele,
conhecê-lo em seus mínimos detalhes, e até freqüentá-lo, se for necessário.
Exemplos. Você pode escolher como exemplos de locais-alvos e empregar apenas um como
fator de fixação: cômodo ou peça interna de casa ou apartamento; trecho do jardim ou do quintal da sua
base física; etc.
Espontânea. Certos objetos que lhe comunicam empatia, em locais que o predisponham
psicologicamente à projeção consciente, funcionam como fatores prqjecionais naturais, desencadeando
projeções não programadas, espontâneas, surpreendentes, às vezes até mesmo sem você ter consciência da
existência do fator projecional.
_____________________
Bibliografia: Castaneda (258, p. 149), Vieira (1762, p. 111).
270
178.
TÉCNICA DA HETERO-HIPNOSE PROJETIVA
Definição. Hetero-hipnose: procedimento pelo qual uma pessoa — o hipnotizador — dotado de
vigorosa força de vontade e certo psiquismo, ou magnetismo congênito, influi sobre outra - o hipnotizado ,
anulando a consciência e a vontade deste, e colocando-o num estado psíquico peculiar, com transe ou não,
que libera os seus poderes subconscientes, executando o hipnotizado, por fim, o que lhe sugere o
hipnotizador pela concentração sobre um pensamento, uma idéia, um local ou uma pessoa, inclusive
podendo ocorrer, então, sugestões pós-hipnóticas.
Sinonímia: braidismo; estado hípnico; hetero-sugestão; hipnoprojeção; hipnose objetiva;hipnotismo; mesmerismo; projeção consciente hipnótica; sofronização; sono nervoso; sugestão hipnótica;
sugestão por terceiros.
Hipnólogo. A fim de evitar perda de tempo na antecâmara dos fenômenos parapsíquicos, bem
como esforços inúteis, tentativas frustradas, e abordagens equívocas, o hipnotizador ideal para colaborar
nas investigações participantes da Projeciologia, de modo geral, será sempre um hipnó- logo-médicoprojecionista. Isso porque presume-se que este — homem ou mulher — já tendo experimentado, por si
mesmo, de modo espontâneo ou voluntário, o fenômeno da projeção consciente, tenha também se
convencido de que o estado consciencial alterado da projeção consciente é, de fato, único e
individualíssimo, e não simples condição consciencial sugerida, mera fabulação inconseqüente ou
personificação mórbida.
Condições. A técnica da hetero-hipnose projetiva, ou da projeção consciente hipnótica, é a
mesma da auto-hipnose projetiva (V. cap. 179), porém neste caso induzida por outrem, sendo indicada,
tanto quanto aquela, apenas aos sujeitos sensíveis à hipnose profunda, ou que reúnam as condições
especiais para isso.
Hipersugestibilidade. No estado da vigília física ordinária, sugestão é toda idéia despertada no
cérebro humano e aceita por este. A hipnose constitui um estado xenofrênico ou supranormal de
hipersugestibilidade, podendo ser provocada artificialmente por vários métodos. Vale esclarecer que o
processo da magnetização de animais inferiores exclui a hipótese ou a idéia de sugestão e o ato de
aceitação pelo cérebro.
Recursos. Na hetero-sugestão são usados diferentes recursos coadjuvantes no sentido de intensificar o rapport entre o sensitivo e o hipnotizador, notadamente: aspiração de fumaças, vapores ou
gases subterrâneos; concentração do olhar em superfícies brilhantes e polidas; emprego de odores;
excitações sensoriais auditivas ou visuais, fortes e bruscas (gongo), ou leves, prolongadas, e repetidas; fala
monótona; fixação do olhar num ponto brilhante; lâmpadas hipnóticas; lâmpadas relax; melodias
indutoras; narcóticos; passes magnéticos, com ou sem contatos; retenção dos polegares; sopro quente; sons
ritmados; ordens ou sugestões verbais (hetero-sugestões); toques em zonas ou pontos hipnógenos; etc.
Mentalmente. Apesar desta enumeração exemplificativa, é possível hipnotizar uma pessoa sem
o uso de qualquer muleta ostensiva ou recurso externo, apenas mentalmente.
Primeira. Hoje, a hetero-hipnose já ganhou status cientifico bem definido, conquanto apresente
ainda muitos de seus mecanismos completamente obscuros. Aplica-se o método solicitando de uma pessoa
competente na prática hipnótica, e de sua inteira confiança, que proceda, numa primeira etapa, à sugestão
hipnótica sobre você, resultante de um estado induzido de acoplamento áurico (V. cap. 307).
Isolamento. Quando você estiver de estômago vazio, vá ao banheiro e atenda às suas necessidades fisiológicas. Isole-se, então, num quarto fechado, junto com o hipnotizador, onde ambos não sejam
perturbados enquanto estiverem desenvolvendo o experimento. Podem ser acompanhados de uma terceira
pessoa que tomará conta de um gravador que funcione silenciosamente. Use roupas leves e folgadas, fique
descalço ou apenas com meias.
Predisposição. Sente-se numa cadeira de braços, confortável, ou numa poltrona, aonde possa
recostar a cabeça, e predisponha-se intimamente, com inteira confiança e passividade, à receptividade das
sugestões a serem formuladas.
Segunda. Depois de feita a sugestão hipnótica, o hipnotizador, numa segunda etapa, estimulando a sua capacidade de se projetar, a projetabilidade — que todos nós, encarnados, possuímos
naturalmente — induz você à projeção consciente, ou seja, à saída da sua consciência do seu corpo
humano através do psicossoma, e à sua indispensável rememoração posterior das experiências extrafísicas supervenientes, a partir de um dos três estados hipnóticos, seja a sonolência, a hipotaxia ou o
sonambulismo hipnótico (V. Fig. 178).
Local. Neste ponto, o hipnotizador induz a sua consciência a ir extrafisicamente a determinado
local, o local-alvo, casa ou apartamento, lugar este, e seus habitantes, desconhecidos por você e também
por ele, a fim de evitar qualquer interferência telepática no experimento. AU, você verificará o que ocorre,
as pessoas presentes e demais detalhes de interesse do ambiente e dos fatos, e se lembrará posteriormente
271
dos acontecimentos presenciados ou dos quais haja participado.
Ocorrências. Na indução da sugestão pela hetero-hipnose sobrevêm com freqüência: o estado
vibrational (V. cap. 208); a condição consciencial do Trendelenburg extrafísico (V. cap. 216); e o
fenômeno de clarividência viajora (V. cap. 43).
Sensações. Havendo maior sensibilidade energética de sua parte, na qualidade de pessoa predisponente à projeção consciente, você sentirá perfeitamente as ondas de energia consciencial, ou magnéticas,
que fluem do hipnotizador durante o processo do transe, potencializando, veiculando, ou acompanhando as
sugestões formuladas por ele.
Bicontrolada. A projeção bicontrolada, ou controlada em dois planos existenciais, é
umaexperiência consciencial mais complexa, sofisticada, que parte, primeiramente, de uma projeção sua,
controlada pelo hipnólogo, até que se dá o encontro da sua consciência projetada através do psicossoma
com um amparador - entidade extrafísica benigna - que, depois de encontrá-lo projetado, começa a dar-lhe
assistência extrafísica direta daí por diante, assumindo o comando do experimento.
Percentual. Infelizmente, a técnica hipnótica não funciona de igual modo para todos os seres
encarnados se projetarem com lucidez, pois somente pequeno percentual da população é capaz de alcançar
suficiente profundidade do transe hipnótico. Esta profundidade do estado hipnótico já foi possível medir,
objetivamente, em laboratório, com um voltímetro. Apesar de tudo, a hetero-hip- nose é uma das técnicas
mais eficientes empregadas para produzir a experiência da projeção consciente humana.
Controlada. Não se deve confundir a projeção consciente assistida (V. cap. 187), - em que a
consciência é auxiliada desde a decolagem do psicossoma e recebe assistência, fora do corpo humano, em
todo o período do experimento, de um amparador visível, ou intangível — com a projeção consciente
controlada pelo hipnólogo humano que coloca a sua consciência em sono hipnótico profundo e
superintende suas atividades extrafísicas através de sugestões adequadas (projeção consciencial hipnótica).
_____________
Bibliografia: Antunes (47, p. 155), Blackmore (139, p. 103), Blavatsky (153, p. 259), Brennan
(199, p. 37), Brittain (206, p. 46), Castaneda (256, p. 122), Cavendish (266, p. 114), Chaplin (273, p. 83),
Cxookall (338, p. 135), D’arbo (365, p. 127), Depascale (392, p. 56), Dingwall (403, p. 90), Du Potet
(433, p. 145), Fodor (528, p. 179), Gaynor (577, p. 81), Goldberg (606, p. 12), Holzer (751, p. 109), Jagot
(799, p. 155), Kettelkamp (841, p. 27), Martin (1002, p. 67), Michaelus (1042, p. 278), Miranda (1050, p.
97), Morel (1086, p. 91), Moutin (1100, p. 367), Nebel (1118, p. 108), Russell (1482, p. 33), Saint-Jean
(1494, p. 130), Shepard (1548, p. 448), Spence (1588, p. 216), Steiger (1601, p. 127)), Still (1622,p.
24),Tondriau (1690, p. 238), Wambach (1793, p. 46), Wang (1794, p. 165), Zaniah (1899, p. 229).
179.
TÉCNICA DA AUTO-HIPNOSE PROJETIVA
Definição. Auto-hipnose (Grego: autos, si mesmo; hypnos, sonho): estado hipnótico induzido
272
pela vontade do praticante.
Sinonímia: autocondicionamento hipnótico; auto-hipnoprojeção; automesmerismo; auto- reação
hipnótica; auto-sugestão; estatuvolência; hipnose subjetiva; método projetivo fisiológico; projeção autohipnótica; projeção consciente progressiva; sugestão auto-hipnótica; sugestão por si; transe auto-induzido.
Dores. Emprega-se a auto-hipnose atualmente como técnica eficaz para controlar os casos de
medo, choque, e as dores mais atrozes sentidas por soldados nas linhas de frente de batalha, inclusive no
tratamento de feridos de guerra. O indivíduo, nesse caso, com a ajuda de uma gravação em fita e breves
instruções de um especialistá, substitui a ação do hipnotizador, produzindo em si mesmo as reações
hipnóticas. O cultivo do samádi, nas práticas da ioga, é um processo de auto-hipnose.
Fácil. Existem dois processos para você induzir a auto-hipnose em geral. O primeiro deles, mais
fácil, rápido e eficiente, é permitir que um hábil perito hipnotizador, não-neófito, de responsabilidade, e de
sua inteira confiança, ponha você em transe hipnótico. Depois, o hipnotizador lhe dará uma palavra-chave
para ser usada por vocè daí em diante, a fim de que você se auto-induza novamente ao transe projetivo
quando pronunciar, em voz alta, essa palavra escolhida que funcionará como sugestão pós-hipnótica.
Exemplo. A sugestão do hipnotizador pode ser, por exemplo, algo assim: — “Você agora está
dormindo profundamente. Dentro de um momento vou despertar você, mas antes quero que saiba que cada
vez que você repetir, em voz alta, a palavra Sonhozão, cairá imediatamente em sono profundo, assim como
está dormindo agora. A palavra é Sonhozão. Outra pessoa pode pronunciá- la, mas isso não terá efeito
sobre você. Mas, uma vez que você a pronuncie, em voz alta, cairá dormindo tão profundamente quanto
está dormindo agora. Quando adormecido, você manterá o seu controle. Será capaz de dirigir a sua mente
para onde desejar. Você será capaz de controlar o seu corpo e as emoções enquanto estiver nesse sono
profundo”.
Palavra-chave. A sugestão pós-hipnótica, ou seja, a palavra-chave escolhida deve ser incomum,
não usada na conversação de toda hora, a fim de evitar que seja pronunciada por um amigo, ou alguém
num programa de televisão, o que poderá criar embaraços, ou, o que será muito pior, ser dita pelo locutor
do rádio do carro. Esta eventualidade pode até provocar acidente se conseguir induzi- lo ao transe.
Exemplos de outras palavras curtas, oxítonas, inventadas, que podem funcionar como palavras-chaves:
bantaz, chamum, nantur, parcol, transtal.
Difícil. O segundo processo para induzir a auto-hipnose, sem dúvida difícil, é você produzi- la
sozinho. A técnica deve ser a mesma do hipnotizador para colocar o sensitivo em transe, com a diferença
de que você próprio será, ao mesmo tempo, o hipnotizador e o sensitivo.
Hetero-hipnose. A técnica da auto-hipnose é a mesma da hetero-hipnose (V. cap. 178), porém
induzida por você mesmo, sendo indicada, tanto quanto aquela, apenas para os sujeitos sensíveis à hipnose
profunda, ou que reúnam as condições especiais para isso.
Autodeterminação. Ainda pelo método da auto-sugestão simples, espontânea, menos técnica,
você deve decidir, sem medo, a deixar o corpo humano, ser comandado por sua vontade sugestionada pela
saturação da mente com a idéia da projeção consciente. Isso deve ser feito antes de dormir, deitado de
costas, no leito, na condição de relaxação total (V, cap. 164), imaginando a saída do psicossoma do corpo
humano para cima, até atingir o estado hipnagógico, perder a consciência, despertar de um sonho comum e
flutuar sobre o leito. Visualize a você mesmo como um corpo saindo de dentro de outro corpo. Sinta-se
abandonando o corpo denso como se flutuasse sobre a água.
Repetições. O procedimento acima indicado deve ser repetido, por você, sem preguiça nem
febricitação, perseverantemente, noite após noite, quinze vezes seguidas, pelo menos, melhorando pouco a
pouco o seu desempenho psicofisiológico. Depois de algum tempo, o processo de desejar sair para fora do
seu corpo humano tornar-se-á inconsciente. Aí sentirá você, perfeitamente, as impressões de você mesmo
se constituir de um ser imaterial. Perderá, de fato, a noção grosseira e pesada do seu corpo humano, e
poderá chegar a se sentir, não raro, sobre uma nuvem, sem corpo, sem massa, sem qualquer contato com o
solo, flutuando, completamente imaterializado (corpo mental).
Ênfase. Quem desejar imprimir maior ênfase à própria sugestão para se projetar conscientemente para fora do corpo humano pode falar, em voz alta, para si mesmo: - “Vou sair deste corpo
conservando a consciência e o verei sobre a cama!” Repita esta sugestão, com firmeza, pelo menos dez
vezes.
Intercorrências. Você não deve deixar de observar, entrementes, as intercorrências anímicomediúnicas freqüentes, por exemplo: o estado vibracional; as sensações dos chacras; os sinais mediúnicos; os fenômenos de clarividência; os fenômenos de clariaudiência; etc., que atuam como estimulantes poderosos para você prosseguir profundamente motivado e sem desânimo, de modo
perseverante, com os experimentos projetivos.
________________
Bibliografia: Boswell (174, p. 138), Brennan (199, p. 43), Fox (544, p. 64), Goldberg (606, p.
19), Kettelkamp (841, p. 39), Knight (853, p. 56), Monroe (1065, p. 207), Nebel (1118, p. 113), Rampa
273
(1366, p. 205), Rogo (1444, p. 168), Steiger (1601, p. 195), Vieira (1762, p. 205), Wang (1794, p. 161).
180.
TÉCNICA DAS IMAGENS PROJECIOGÊNICAS
Definição. Imagens projeciogênicas: figurações mentais objetivas que estimulam a sua consciência a deixar o seu corpo humano através do psicossoma.
Sinonímia: estratégias de visualizações projetivas; figurações projeciogênicas; imagens estimulantes da projeção.
Tipos. Há técnicas psicológicas úteis que agem como fatores desencadeantes da sua projeção
consciente baseadas na criação, mantida na sua mente, de seis diversos tipos de imagens mentais objetivas
que lhe estimulam a decolagem do psicossoma portando a consciência:
a.
Cone. Idealize uma forma cônica, seja ampulheta, círculos cada vez menores ou maiores,
um cone em que o seu corpo, lá dentro, se contraia, até certo ponto, para daí se expandir, virando-se de
dentro para fora até sair do cone e obter, por essa compressão, a exteriorização da sua consciência através
do psicossoma
b. Corda. Imagine a sua subida por uma corda conferindo, desse modo, movimento ao
psicossoma e deslocando-o do estado de coincidência com o corpo humano.
c.
Onda. Imagine-se carregado na superfície de uma onda (crista) até chegar a outro meio
ambiente, no caso, o plano extrafísico crosta-a-crosta. Sugestão adequada para surfistas.
d. Evaporação. Mentalize a saída da sua consciência para fora do seu corpo humano como se
transpirasse ou evaporasse o seu corpo extrafísico, ou psicossoma, através de todos os poros do seu
organismo denso.
e.
Remoinho. Concentre-se intensamente no movimento giratório de um remoinho
(rodamoinho, redemoinho ou rodamunho) ou seja, uma coluna de ar ou areia em rotação por onde sua
consciência sugada, sobe ao vértice da coluna de ar, contraindo-se até se tornar simples ponto de
consciência, quando então sairá da coluna de ar para cima. Neste ponto você se expandirá alcançando
outro plano existencial.
f.
Tanque. Elabore a figura mental de um tanque que vai ficando pouco a pouco cheio de
água, em cuja superfície você, como um ponto de luz, flutua até encontrar pequeno orifício, num lado do
tanque, através do qual você se transfere para o plano extrafísico crosta-a- crosta.
_______________
Bibliografia: Huson (768, p. 112), Muldoon (1105, p. 314), Rogo (1444, p. 53), Shay (1546, p.
274
62).
181.
TÉCNICA DA PROJEÇÃO CONSCIENTE PELO JEJUM
Definição. Jejum projetivo: a abstinência temporária, parcial, de alimentação com a finalidade
de produzir a projeção da consciência, lúcida, para fora do corpo humano.
Sinonímia: abstinência alimentar projetiva;jejum projeciogênico; privação projeciogênica de
alimentos; projeção autoconservativa; projeção do terceiro dia; projeção pela fome; projeção pelo jejum;
suspensão de alimentação projeciogênica; técnica do controle dietético.
Estado. Do ponto de vista médico, o corpo humano está em estado de jejum quando todo o
alimento ingerido previamente passou pelos processos digestivos e foi assimilado nas células.
Antiguidade. Existiram poucos povos na História Humana — se é que existiu algum — cujos
sistemas religiosos e éticos não institucionalizaram, num certo momento, a prática da suspensão regular da
alimentação. Desde as tribos dos povos mais primitivos sempre surgiu quem afirmasse que o jejum
prolongado, ou a abstinência deliberada de alimentos, ajuda a liberação do corpo extrafísico da
consciência, ou seja, o psicossoma, ou o corpo dos desejos.
Aplicações. Atualmente, em pleno Século XX, usa-se o jejum como: período de descanso da
fisiologia animal ou humana; providência natural eficaz para fazer a reversão da toxemia do organismo
humano; restauração da saúde física e mental do indivíduo; técnica soviética de jejum periódico para
prolongar a vida animal (Veterinária) e a vida humana (Medicina).
Mecanismo. Explica-se o mecanismo de atuação do jejum voluntário, ou involuntário, no caso
utilizado desde a Antiguidade, pela alteração da regulação dietética, do metabolismo orgânico, ou seja,
pela carência de vitaminas e a deficiência de glicose (açúcar), na torrente circulatória, que tendem a atuar,
em primeiro lugar, sobre o sistema nervoso central, o mais vulnerável de todos os tecidos do corpo
humano. Isso cria estados psicológicos favoráveis á redução da eficiência da ação dos hemisférios
cerebrais, à separação da consciência e da mente, ou a conseqüente liberação da consciência através do
psicossoma.
Sintomas. No entanto, convém advertir que a prática regular de qualquer mortificação do corpo
humano deve ser bem orientada, com supervisão técnica, especializada, eficiente, a fim de evitar um semnúmero de sintomas mentais indesejáveis.
Exclusões. Estão excluídos desta técnica projetiva, assim como da maioria dos métodos de
projeção consciente, obviamente: crianças e adolescentes; o indivíduo anêmico; quem apresenta peso
insuficiente; o portador de afecção hepática; quem tenha sofrido distúrbio orgânico recentemente; o
fumante inveterado; quem vive sob o uso constante de drogas ou entorpecentes; quem ingere bebidas
alcoólicas excessivamente; e outras pessoas.
Recomendação. À vista dos fatos expostos, recomenda-se o jejum breve para produzir a
projeção consciente à pessoa de boa saúde, que seja “um bom garfo”, para quem a abstinência de
alimentos já será benéfica, de qualquer maneira, como eficiente processo de desintoxicação, repouso e
rejuvenescimento celular dos órgãos, e que permaneça alerta para não se prejudicar com dieta imprópria,
subnutrição, ou doença carenciai.
Insensibilidades. O jejum projetivo constitui também boa indicação técnica para a pessoa de
temperamento frio, extremamente analítico, plenamente centrada em si mesma do ponto de vista material
ou físico, e sem nenhuma sensibilidade anímico-mediúnica evidente ou manifesta até o presente. O jejum,
neste caso, atua quebrando a “crosta” psicológica espessa da materialidade da personalidade reencarnada,
abrindo flancos em suas excessivas defesas, autocríticas, censuras, condicionamentos, recalques e
insensibilidades e predispondo-a, de algum modo, a sensações novas e descobertas imprevisíveis.
Período. Cada pessoa adapta-se ao jejum de um modo e grau diferentes. Há quem possa jejuar
com segurança até por um mês ou mais. Apenas com vinte e quatro horas de abstinência de alimentos,
profundas alterações biológicas já ocorrem no seu organismo humano. A maior parte dos indivíduos que
jejuam perdem entre meio quilo a um quilo e meio de peso nas primeiras vinte e quatro horas.
*
Época. A melhor época do ano para você fazer o jejum experimental será num fim de semana,
ou durante as suas férias, no verão, por exemplo. No período do inverno o seu organismo necessita mais
de alimentos para manter a sua temperatura, conservar o metabolismo equilibrado, evitar a possibilidade
de infecções, até mesmo o simples resfriado, e não convém a você esgotar inutilmente as reservas
orgânicas nesta etapa do aprendizado técnico daProjeciologia.
Médico. A orientação inteligente indica consultar, primeiro, o seu médico de confiança para
saber se você está em condições de se submeter ao esquema de um jejum moderado por três dias, sob a
competente supervisão profissional dele. Um período menor oferecerá a você toda a parte desagradável do
processo sem lhe trazer nenhum benefício.
275
Retiro. Durante o curto período de jejum, o melhor será você fazer um retiro, de preferência
recolhido na sua própria casa, abstendo-se também de todo tipo de trabalho ou, pelo menos, do trabalho
pesado, que exija o seu esforço físico intenso, nem você deve operar com máquina ou dirigir veículo em
razão da possibilidade do seu desfalecimento ao volante. Todo trabalho mental importante deve ser adiado.
Sensações. A prática do jejum não significa experiência tão incômoda como podem imaginar as
pessoas bem alimentadas ou mesmo quem viva constantemente intoxicado por medicamentos.
Água. Durante todo o período de jejum você, na qualidade de jejuador, deve respirar ar fresco e
ingerir água potável, à temperatura normal, e isso somente quando sentir sede ou, em caso de dúvida, nas
horas correspondentes às das refeições normais.
Especificação. Um jejum parcial pode consistir em ingerir exclusivamente determinado alimento, tal como fruta suculenta, sucos cítricos, ou produtos lácteos.
Ocorrências. Eis as ocorrências geradas pela técnica da projeção pelo jejum conforme cada um
dos três dias de duração:
a.
Primeiro. Neste primeiro dia, mais fácil de você suportar, surge certa obsecação pela
comida, uma série de rumores estomacais e, à noite, você pode sentir dificuldades para conciliar o sono.
Cerca de doze horas depois de ter iniciado o jejum pode aparecer a sensação de falsa fome, ou fome
psicológica. Evite estímulos mentais e emocionais, ruídos, tensão, ansiedade e medo.
b. Segundo. No segundo dia de jejum, mais difícil, podem sobrevir cefaléia, ou dores de
cabeça, e surpreendente estado de debilidade, ambos os sintomas de breve duração, em parte de origem
psicológica em razão da quebra da sua rotina alimentar. Não se esqueça: a fome constitui o principal
componente do conjunto das necessidades ligadas às funções essenciais da conservação da sua vida
humana.
c.
Terceiro. O terceiro e último dia de jejum começa a produzir benefícios à medida em que o
seu inconsciente se cansa de protestar, desaparecendo a cefaléia, a debilidade, e quaisquer outros efeitos
colaterais, sem deixar conseqüências, retornando a sua energia e o seu raciocínio límpido, podendo, então,
ocorrer-lhe visões fugazes inofensivas.
d. Geladeira. A essa altura, você vai dormir com fome, fazendo com que o seu apetite
frustrado, o desejo intenso de comer, lhe venha à superfície da mente subconsciente, levando a sua
consciência projetada pelo psicossoma até à geladeira, freezer, ou guarda-comida na cozinha, ou a um
restaurante, lanchonete ou padaria nas vizinhanças da sua base física, tentando com isso quebrar o jejum
forçado.
Retomo. O retorno à dieta alimentar normal, a partir do quarto dia, deve ser feito gradativa- mente
para não prejudicar as funções do organismo.
Aviso. Se você, logo após o período de jejum, empanturrar-se durante outros três dias, alimentando-se excessivamente, reintoxicará os seus corpos — o humano e o psicossoma - deixando- os até
mesmo em piores condições do que estavam antes do período de jejum.
Coadjuvantes. Se você preferir, pode incrementar a técnica do jejum projetivo com a aplicação
de alguns recursos coadjuvantes úteis: exercícios de respiração rítmica (V. cap. 166); exercícios de
visualização (V. cap. 168); alimentação reduzida tão-somente com alimentos pró-projeti- vos; abstinências
de determinados alimentos tidos como antiprojetivos.
Alimentos. Os alimentos referidos devem ser considerados simples superstições ou recursos de
auto-sugestão, pois até o momento a sua atuação pró ou contra a produção da projeção consciente ainda
não foi comprovada em laboratório - eis aí, portanto, umahipótese de trabalho proje- ciológico.
181. § 01 .Antiprojetivos. São considerados alimentos antiprojetivos: quaisquer alimentos
ingeridos imediatamente antes do experimento projetivo; refeição farta, comida em excesso, a qualquer
hora do dia do experimento; carnes de qualquer natureza durante os três dias de jejum; nozes, castanhas,
castanhas-de-caju, castanhas-do-pará, amêndoas, avelãs, cocos, amendoins. Além disso devem ser
abolidos: o fumo sob qualquer apresentação comercial; as bebidas alcoólicas e as drogas em geral.
181. § 02.Projetivos. São considerados alimentos pró-projetivos: cenouras; frutas; vegetais; ovos
crus e líquidos, desde que ingeridos moderadamente.
Fatores. Dois fatores funcionam, ao mesmo tempo, para liberar o seu psicossoma com a técnica
do jejum: o seu corpo humano, inanimado ainda mais pela falta de alimentação, que gera, além dos efeitos
purificadores do organismo, os sintomas psicofisiológicos da fadiga; e a sugestão do alimento, o seu
desejo intenso e permanente de matar a fome provocada.
Involuntárias. Informo aos interessados que tenho recebido diversos relatos de primeiras
projeções conscientes espontâneas, ou geradas involuntariamente, de pessoas com excesso de peso
corporal e que, na tentativa de fazer dieta alimentar, procuraram ir dormir sem comer nada, realmente
famintas, ou seja, num estado de privação sensorial no caso. Mais tarde se viram na cozinha procurando
ligar a tomada elétrica, retirar o leite da geladeira e colocá-lo numa caneca, e não tendo conseguido o seu
intento, concluíram que estavam “em espírito fora do corpo humano”. Uma dessas relatoras ainda olhou o
luar claro, lá fora, através do vitrô da cozinha, antes de entrar conscientemente no corpo físico.
276
______________
Bibliografia: Andreas (36, p. 52), Black (137, p. 77), Brennan (199, p. 95), Carrington (245, p.
35), Ferguson (507, p. 58), Frost (560, p. 69), Greenhouse (636, p. 31), Hall (670, p. 679), Huson (768, p.
107), Matson (1013, p. 136), Muldoon (1105, p. 191), Puharich (1338, p. 199), Rogo (1444, p.
52),Tondriau (1690, p. 242), Vieira (1762, p. 39), Walker (1781, p. 84), Watson (1800, p. 114).
182.
TÉCNICA DOS MANTRAS PROJETIVOS
Definição. Mantras: fórmula verbal empregada nos rituais indus, budistas, muçulmanos, judeus,
cristãos, na mantra-ioga, no cabalismo, e nas técnicas de meditação, geralmente muito breve,uma ou
poucas palavras para provocar uma condição parapsíquica, relaxamento, projeção consciencial, etc.
Sinonímia: cântico monótono; fonema especial; forma-pensamento particular; jappa; ladainha;
mantra-ioga; monologia; oração monossilábica; palavras de poder; recitação mantra; recitação ritual;
salmodia; sílaba mágica; som oculto; som-semente; som silábico; verso críptico; verso místico.
Cristãs. As orações populares “Pai Nosso”, “Ave Maria”, e frases deste tipo: “Jesus Cristo,
Filho de Deus, tenha piedade de mim, um pecador”, são mantras genuinamente cristãos. O mantra mais
conhecido e usado por toda parte é OM, que significa “a chave do universo”; outros: “Ram”; “Deus”;
“Shanti”; “Jay”; etc.
Transe. O me'todo ritualístico dos mantras, através do cântico monótono de sílabas adequadas,
repetidas continuamente durante longos e longos períodos, ao modo de um efeito auto-hipnó- tico,
promove a indução da consciência ao estado de transe, quando, então, o psicossoma se exterioriza do
corpo humano.
Mecanismos. A produção fisiológica de palavras faladas consiste simplesmente no desencadeamento de certas vibrações: o agente do meio exterior, o som, provoca uma impressão no ouvido do
ouvinte, causando outras vibrações nos pavilhões auriculares, nas membranas dos tímpanos, estando estes
conectados com os nervos auditivos que, por sua vez, se comunicam com os centros auditivos corticais no
ce'rebro. Ao atingir o cérebro, a excitação inicial é percebida como sensação.
Explicação. Explica-se, no entanto, o transe através dos artifícios verbais, ou mantras, pelo
efeito ou poder das palavras repetidas, verbalmente, que criam uma espécie de ritmo psico-quími- cofisiológico no corpo humano. Este ritmo contribui, junto com a respiração durante a produção da fala, para
diminuir o volume de oxigênio e aumentar o teor de dióxido de carbono nos alvéolos pulmonares e no
sangue circulante, alterando o percentual de adrenalina aí existente, o que afeta a oxigenação do córtex
cerebral, predispondo a descoincidência dos veículos da consciência.
Efeitos. Há pessoas que julgam que os mantras atuam poderosamente sobre o complexo
energético do corpo-humano-duplo-etérico-psicossoma, sendo que, neste caso, o seu efeito seria mais
energético, ou psicológico, do que fisiológico comum, em termos bioquímicos. Na ioga, usam- se mantras
para despertar chacras ou a kundalini (V. cap. 424).
Nome. A fórmula dos fonemas especiais pode ser usada para você criar estados de dissociação
dos veículos da sua consciência (projeção mântrica) induzidos apenas pela repetição cadenciada, em voz
baixa, do seu próprio nome, familiar, afastando qualquer idéia ou preocupação errante.
Contas. Há quem acrescente ainda, potencializando o método dos mantras, longa fieira de
contas, ou rosário, que são dedilhadas, enquanto o praticante repete verso ou som característico, fazendo,
ao mesmo tempo, constantes exercícios de respiração.
Eficácia. Na verdade, a respiração rítmica (V. cap. 166) é mais eficaz e funciona melhor do que
os mantras para provocar a projeção consciente. Já a técnica da mistura do oxigênio com o dióxido de
carbono (V. cap. 176), ou seja, a ação química direta, funciona melhor ainda para provocar a projeção
consciente do que a respiração rítmica.
Oxigênio. Os três métodos para se projetar, mantras, respiração rítmica e dióxido de carbono,
apresentam um só objetivo básico: alcançar a diminuição inofensiva de oxigênio ou um percentual atóxico
da concentração de dióxido de carbono, nos hemisférios cerebrais, que permita a liberação do psicossoma.
_____________________
Bibliografia: Armstrong (56, p. 87), Bozzano (188, p. 53), Brennan (199, p. 98), Carrington
(245, p. 62), Cavendish (266, p. 137), Chaplin (273, p. 99), Crawford (313, p. 43), Crowley (348, p. 15),
Day (376, p. 82), Digest (401, p. 366), Gaynor (577, p. 107), Hermógenes (715, p. 340), Martin (1002, p.
56), Martin (1003, p. 77), Norvell (1136,p. 197), Pensamento (1224, p. 67), Rogo (1444, p. 71), Sargant
(1508, p. 99), Shay (1546, p. 48), Steiger (1606, p. 90), Tondriau (1690, p. 251), Walker (1781, p. 109),
277
Wedeck (1807, p. 224), Yogananda (1894, p. 429), Zaniah (1899, p. 294).
183.
TÉCNICA DAS MASSAGENS E VISUALIZAÇÕES PROJETIVAS
Definição. Experimento Christos: técnica da indução de estado alterado da consciência com
eventual ocorrência de estado hipnagógico, estado vibracional, projeção consciente, clarividência viajora,
retrocognição, precognição, ou simplesmente devaneio, fabulação e imagens oníricas, submetendo-se a
pessoa a massagens e auto-sugestões, com ajuda externa, porém sem sofrer hipnose franca e sem perder a
consciência vígil ordinária.
Sinonímia: estimulação do terceiro olho; método de William Swygard; técnica Christos; técnica
de Glaskin; técnica projetiva retrocognitiva.
Primeiro. No primeiro estágio você deita-se de costas sobre o piso, com um travesseiro sob a
cabeça e sem sapatos. Pode ser colocado outro travesseiro sob os pés, ou sob as costas, para dar maior
comodidade e sentir-se bem confortável.
Tornozelos. Um assistente faz enérgicas massagens, por três minutos, nos seus tornozelos a fim
de induzi-lo à relaxação profunda. Você mantém as pálpebras firmemente cerradas, durante todo o tempo
daqui para a frente.
Testa. Ao mesmo tempo, o auxiliar que comanda a experiência faz sugestões'a você, formula
perguntas, massageia a área inferior do centro da sua testa, área glabelar, posição do terceiro olho, ou entre
os lobos frontais do cérebro, num movimento circulatório com a borda da mão encurvada, como se
aninhasse o punho dentro dessa posição.
Relaxação. Você precisa estar completamente relaxado. Se permanece ainda um pouco tenso,
deve tomar algumas aspirações profundas e deixar todo o corpo humano entregue e afrouxado.
Compressão. A massagem da testa deve ser vigorosa e breve para que você sinta realmente vibrações ou o interior da cabeça zunindo. Contudo, a compressão não deve ir ao extremo de criar um
peeling mecânico, espontâneo, inesperado e indesejável, com o descascamento da pele pelo atrito e a força
da fricção na área glabelar, especialmente se quem se submete à experiência for mulher com a tez sensível,
ou queimada de sol. Pode-se usar uma substância oleosa para facilitar a compressão e a massagem na
testa.
Segundo. No segundo estágio têm início os exercícios mentais para fazer você, bastante relaxado, expandir a consciência para além dos limites normais do seu corpo humano.
a.
Conservando as pálpebras cerradas, visualize e sinta a si mesmo crescendo cinco centímetros através das solas dos pés, ou pelos tornozelos, através da elongação extrafísica (V. cap. 223).
b. Retorne ao tamanho normal e repita o exercício várias vezes até sentir que pode fazê-lo
com facilidade.
c.
Concentre então sua atenção na cabeça. Cresça cinco centímetros até ficar mais alto. Volte
à altura normal e repita o exercício várias vezes. O instrutor deve encorajar você a falar, tanto quanto
possível, a fim de que você se acostume à idéia, para uso mais tarde, quando for solicitado a descrever a
experiência.
d. Agora cresça mais ou menos trinta centímetros a partir dos pés. Volte ao normal.
e.
Faça o mesmo exercício com a cabeça.
f.
Agora distenda seu corpo sessenta centímetros através dos pés, mantendo esse comprimento enquanto faz a mesma coisa com a cabeça. Repita tantas vezes quantas sejam necessárias a fim
de fazê-lo corretamente.
183. 07. Finalmente, enquanto ainda estiver esticado em ambas as direções, imagine-se inflando
como um balão, ou a produção do ballonnement (V. cap. 206), até que se sinta livre do seu corpo humano.
Terceiro. No terceiro estágio, ou no estado de expansão, vá extraflsicamente até algum lugar
familiar, por exemplo, a porta da frente de sua casa, ou do seu edifício (apartamento), e a descreva com
todos os detalhes.
Observações. Procure diferentes pontos de observação, movendo-se para a frente, para trás, de
um lado, de outro lado, e finalmente, para cima, a uma curta distância, descrevendo todo o tempo as coisas
que vê com a consciência expandida através da clarividência viajora (V. cap., 43).
Tempo. Agora eleve-se no ar a cerca de quinhentos metros e descreva o que vc. Veja que ho- ras
são e as condições do tempo, que não precisam ser necessariamente as mesmas da hora do início da
experiência.
Diferenças. Por um ato voluntário, mude do dia para a noite, volte atrás novamente, mudando a
noite pelo dia, sempre descrevendo as diferenças observadas. Lembre-se de que você detém o controle
total sobre tudo aquilo que experimenta, esse é o detalhe mais importante e que merece atenção.
Pouso. Por fim, sob um céu azul límpido, eleve-se bem acima da Terra, o máximo que você
278
puder, até que o ambiente abaixo de você torne-se uma simples mancha indistinta, então, volte à Terra,
lentamente, pousando os pés em primeiro lugar até sentir-se no solo.
Alterações. Nesta fase, caso a técnica tenha produzido resultados no seu caso específico,
perceberá as alterações ocorridas em seu meio ambiente. As cenas que verá agora poderão até ser
posteriormente interpretadas como possíveis experiências de uma encarnação prévia.
Despertamento. Não importa se você é espiritualmente desperto ou não, a técnica das massagens e visualizações funciona do mesmo jeito, porém quanto maior o seu senso de despertamento
espiritual, maior será sua habilidade para ver e entender a experiência.
_____________
Bibliografia: Blackmore (139, p. 99), Brennan (220, p. 79), Glaskin (599, p. 216), Gooch (617,
p. 93), Knight (853, p. 57), Lamont (874,p. 100), Rogo (1444, p. 157), Thalbourne (1675, p. 10), Walker
(1786, p. 90).
184.
TÉCNICA DAS MÚSICAS E VISUALIZAÇÕES PROJETIVAS
Definição. Variação do experimento Christos: técnica da indução de estado alterado da
consciência baseada em massagens, músicas e visualizações.
Sinonímia: estimulação musical; musicoprojeção; projeção musicogênica; variação da técnica
de Glaskih; variante do experimento Christos.
Alternativa. Se a técnica descrita anteriormente não produziu resultados, a razão pode estar no
fato de você ser uma personalidade normal, mas peculiar, ou seja, cujas percepções não se assentam
essencialmente na visão, mas em percepções gerais, do tipo háptico, ou atuando através da fusão
cinestésica de quatro sentidos: tato (Háptica), audição (Acústica), olfato (Olfática), e paladar (V. cap. 39).
Neste caso adote o procedimento alternativo abaixo:
a.
Siga a técnica de relaxação, as massagens e os exercícios de expansão visualizados,
exatamente como foram recomendados no capítulo anterior.
b. Quando completar a fase final de “inflar qual um balão” (ballonnement), permaneça
relaxado, mantenha as pálpebras cerradas, enquanto escuta uma seleção de temas musicais bem variados.
Ouça músicas apenas orquestradas, evitando aquelas com letras, incluindo canções folclóricas
instrumentais do maior número possível de países (V. Fig. 184.02).
c.
Descreva ao seu instrutor as emoções, sentimentos e imagens que cada uma das peças
musicais lhe faz evocar. O detalhe importante está nas imagens (visualizações). Quando estas começarem
a surgir, procure descrevê-las da maneira mais pormenorizada possível.
d. Quando sentir as imagens bem nítidas, geralmente acompanhadas de rápidos movimentos
sincrônicos involuntários dos olhos, o seu instrutor desliga a gravação musical. Caso esta manobra
interfira nas imagens que você vê, a música pode ser tocada novamente. É importante relembrar que você
controla totalmente tudo aquilo que ocorre à sua volta.
e.
Quando as imagens estiverem solidamente gravadas na mente, continue como na técnica
anterior. Para gravar a experiência é preferível ir retirando gradualmente a música de fundo.
Audição. A música tem sido o fator gerador de inúmeras experiências paranormais, seja quando
executada, ou simplesmente ouvida e, embora não sendo recomendada ao projetor cons- ciencial
experiente, há quem a utilize como processo inicial e simples para se projetar, inclusive a fim de bloquear
ou encobrir os ruídos existentes numa base física barulhenta.
Colaboração. Para certas pessoas, a música, em determinados casos até a música repetitiva,
apresenta implicações emocionais que acabam colaborando para o bom êxito da experiência de projeção
consciencial lúcida. Todos conhecem a força sugestiva da música de um órgão e da voz humana de um
coro largamente empregada nas atmosferas dos templos.
Acordes. Na técnica simples, você, se aficionado da música, coloca uma gravação em disco, ou
fita, de sua predileção, geralmente melodia suave, enlevadora, ou romântica, sem vocalização, e se deixa
279
envolver pelos acordes, pensando em deixar o corpo humano e, dentro em pouco, sobrevêm sua projeção
consciencial lúcida.
Desligamentos. Neste caso, como regra, você usa uma só melodia, ou conjunto de melodias
gravadas, com duração de meia hora, ocorrendo o desligamento silencioso e automático do aparelho de
som imediatamente ao alheamento de sua consciência que, desse modo, não se vê perturbada no período
de desenvolvimento das ações extrafísicas.
______________________
Bibliografia: Brennan (200, p. 81), Frost (560, p. 53), Glaskin (599, p. 220), Greenhouse (636,
p. 180), Knight (853, p. 57), Shay (1546, p. 39).
185. TÉCNICA DOS OBJETOS-FATORES DESENCADEANTES
Motivação. Certos objetos físicos motivadores, que carregam temporariamente intensa carga
emotiva para o indivíduo, podem ser empregados como agentes desencadeantes da projeção consciente
dentro da própria base física.
Itens. Os objetos-fatores motivadores podem ser simples peças de uso pessoal, recentemente
adquiridas; itens raros de coleção para o colecionador; algo arquivado há anos que se deseja rever e
recordar; um presente recebido; etc.
Anseio. O mais importante, no caso, é o experimentador fazer tudo para intensificar o seu anseio
de pegar, ver, descobrir e examinar, diretamente em suas mãos, o objeto guardado à distância, num
cômodo da base física.
Tensão. O objeto precisa permanecer à distância do corpo humano do praticante, porém dentro
da sua base física, a fim de aumentar a tensão de sabê-lo tão perto e tão longe, tão acessível e, ao mesmo
tempo, inacessível, aprofundando-lhe o desejo de tê-lo nas mãos.
Elementos. Os elementos ansiedade, curiosidade, satisfação e surpresa funcionam para fazer a
consciência se projetar, à noite, até o objeto.
Tipos. Eis alguns tipos práticos de objetos desencadeantes: uma carta ansiosamente esperada,
mas inofensiva, sem nenhuma conseqüência grave, que ao chegar não deve ser aberta, mas colocada sobre
um móvel, a certa distância do quarto de dormir do praticante da projeção; um livro que se deseja ler há
bastante tempo, do qual não se sabe nem mesmo a capa; um disco que se queira ouvir e não se tira do
invólucro; um presente, de natureza desconhecida, que se recebeu de alguém muito querido, cujo
embrulho possa permanecer fechado até a manhã do outro dia; um filme de vídeo-cassete recém-recebido
e que há tempos se deseja ver; um item de coleção vindo de longe: objeto de arte, concha, lote de selos
postais, moedas antigas, antiguidades, e outros objetos da mesma categoria.
Aniversário. Este método projetivo pode ser aplicado com facilidade maior na noite de aniversário do praticante, desde que este receba os presentes conservando-os fechados por algum tempo,
quando isso for possível.
Estímulos. Objetos giratórios tais como estrelas rotativas e discos coloridos, colocados à visão
do projetor, podem ser empregados para estimular a separação ou o abrandamento da coesão entre o
psicossoma e o corpo humano. Este procedimento é muito usado nas práticas parapsíquicas orientais.
Processo. O disco colorido, por exemplo, é colocado num ponto entre as sobrancelhas, a pequena
distância, e o praticante olha fixamente para ele sem piscar, deixando que os efeitos do movimento, das
luzes e das cores atuem sobre sua mente, alterando-lhe o estado da consciência.
__________
Bibliografia: Steiger (1601, p. 117).
186.
TÉCNICA DO DESPERTAMENTO FÍSICO MUSICAL
Definição. Despertamento físico musical: ato de acordar o dormidor encarnado, êm horário
predeterminado, exatamente quando a sua consciência se encontra projetada fora do corpo humano, a fim
de chamá-la com a rememoração completa das experiências extrafísicas.
Sinonímia: despertamento físico programado.
Períodos. 0 sono normal, natural, cada noite, apresenta claramente dois períodos distintos, já
280
identificados cientificamente, que formam um ciclo padrão que se repete intercaladamente a noite toda: o
sono pleno, sem sonhos, que acontece logo após o estado hipnagógico, de noventa em noventa minutos; e,
em seguida, o sono com sonhos simbólicos, quando surgem os movimentos oculares rápidos sincrônicos
(REM).
Fundamentos. Quem acorda no meio do período dos movimentos oculares relembra vívidas
criaçOes imaginativas e pode relatar detalhadamente muitas situações oníricas ou dos sonhos simbólicos
comuns. Acordando, no entanto, no fim do período do sono sem os movimentos oculares, o dormidor pode
relatar experiências da consciência projetada fora do corpo humano. Eis aí os fundamentos da técnica do
despertamento físico musical: acordar fisicamente a consciência colhida em sua primeira projeção,
geralmente não rememorada, da noite, depois da ocorrência do fenômeno corriqueiro das sacudidelas que
servem, fisiologicamente, como sinal de projeção iminente, na parte final do período do sono sem sonhos.
Horário. Antes de ir dormir, você coloca o relógio despertador para acordá-lo a noventa minutos após o início provável do momento em que você cai no sono natural da noite, hora mais certa em
que a sua consciência está projetada espontaneamente, em meio a uma experiência fora do corpo humano,
como acontece toda noite.
Música. O despertador deve ser de preferência desses musicais, que despertam o dormidor com
a execuçfio de suave melodia. Este instrumento funcionará evitando traumas extrafísicos maiores e
minimizará os efeitos indesejáveis do despertamento físico abrupto.
Processos. Outros processos para despertar-lhe a consciência no momento exato: pedir a alguém
para sacudir-lhe o corpo físico inanimado; encarregar o auxiliar em terra para acionar uma campainha
junto ao seu corpo humano na hora certa; deixar armado um rádio-despertador antes de ir dormir; deixar
armado um despertador comum para o horário exato. Tais processos também funcionam, contudo não
produzem resultados tão positivos como aqueles que se obtêm com o emprego do despertador musical que
funciona com os acordes de música suave, o que diminui as conseqüências negativas do despertamento
violento sobre a rememoração dos eventos extrafísicos da projeção abruptamente interrompida.
Princípio. Como se observa, este método fundamenta-se racionalmente no princípio, já testado
em milhares de testes laboratoriais, de que cada consciência encarnada se projeta, de modo espontâneo,
toda noite, durante certas fases do sono natural, embora não conservando a rememoração das experiências
extrafísicas no estado da vigília física ordinária.
Média. Foi escolhido inicialmente o período de noventa minutos após o início do sono natural
por ser a média, ou o mais comum, Segundo a cronologia fisiológica do sono dos dormidores em geral,
permitindo atingir resultados positivos para a metade dos praticantes.
Ideal. Apesar do exposto, o melhor horário de despertamento musical no seu caso pessoal será
sempre aquele que você pesquisar, identificar e preferir, ou seja, a sua hora, individualíssima, mais exata,
em que a sua consciência esteja projetada, que funciona com rigor maior exclusivamente com você e que
pode ser, por exemplo, 120, 180, ou 210 minutos após o início do seu sono natural cada noite. Isso
significa colher de surpresa a consciência no segundo ou terceiro período de sono sem sonhos, ou segunda
ou terceira projeção consciente não-rememorada da noite.
Estatísticas. Tais horários não são aleatórios, pois obedecem às estatísticas obtidas nas pesquisas das experiências dos laboratórios do sono, práticas comuns em diversos centros culturais da
atualidade.
Efeitos. O rompimento suave do silêncio pelos acordes musicais provoca o despertamento físico
da sua consciência, colhida de surpresa exatamente na hora em que experiencia extrafisica- mente uma de
suas projeções espontâneas nâo-rememoradas. Tal despertamento, embora interrompendo, uma
experiência extrafísica sua, trará o benefício maior de fazer a sua consciência retornar compulsoriamente
ao corpo humano, inanimado na base física, com a rememoração das vivências extrafísicas completas e
exatas daquele momento.
Provas. Tal procedimento provará a você mesmo dois fatos: você se projeta a cada noite, embora de modo fisiológico, espontaneamente; o processo lhe oferece a possibilidade da rememoração
completa de experiências cujas natureza e categoria talvez você jamais tenha se lembrado ou vi- venciado
com lucidez em toda a existência humana.
Sugestões. Ambos os fatos referidos sugerem-lhe as condições para você se motivar para a indução da projeção consciente pela vontade e os meios iniciais de que dispõe para se recordar das
experiências extrafísicas.
Rememoração. A técnica não constitui propriamente um método para você produzir a projeção
consciente, mas um processo científico, seguro e específico de evidenciar-lhe que você pode e deve
recordar as experiências que vivência a vida toda e das quais ordinariamente não se lembra. Significa,
portanto, não só o despertamento físico ordinário da sua consciência, mas o desperta- mento maior da sua
autoconscientização quanto aos fenômenos da projeção consciente humana.
___________
281
Bibliografia: Frost (560, p. 44).
187.
TÉCNICA DA PROJEÇÃO ASSISTIDA
Definição. Projeção consciente assistida: técnica da projeção essencialmente anímico-mediúnica, na qual você, na qualidade de projetor consciente, vê-se assistido, ou comandado, durante o
experimento, de modo direto, por um amparador, quase sempre perito em projeções, modalidade especial
de projeção para todo médium com algum desenvolvimento.
Sinonímia: projeção-carona; projeção comandada; projeção com mordomia; projeção dirigida.
Prova. O gênero da projeção assistida vem provar que geralmente os componentes mediúni- cos
funcionam em conjunto com os processos anímicos nas projeções lúcidas da consciência pelo psicossoma.
Preparação. Na projeção assistida tornam-se comuns certas ocorrências na fase preparatória do
experimento, advindas do exercício da mediunidade, tais como: o aviso da projeção consciente; os
exercícios de exteriorização de energias; o monólogo psicofônico; os passes extrafísicos de longo curso; os
autopasses; as sensações do centro de força frontal; as sugestões mentais; o entorpecimento de origem
hipnótica; etc.
Passividade. Você deve se predispor para a projeção consciente com a passividade psicológica e
física com que se submete ao processo mediúnico corriqueiro, tal acontece no caso da psicofonia, daí
porque o processo assistido não constitui fenômeno anímico puro.
Prece. Você pode usar como recurso básico para alcançar o objetivo de a sua consciência deixar
o corpo humano, a prece espontânea, não decorada, mas raciocinada e sinceramente sentida, que
predisponha a sua afinização profunda, ou rapport, com o seu amparador mais íntimo.
Clariaudiência. A sua mediunidade audiente, se existente, pode ser utilizada pelo amparador
para sugerir-lhe, ou ordenar-lhe francamente, determinados desempenhos durante o desenrolar da
exteriorização, nas fases de relaxação muscular, concentração mental, serenidade absoluta, decolagem em
rolamento, redecolagens, re-interiorizações, etc. Não raro, pode ocorrer a alternância da clariaudiência
com o diálogo transmental, ou francamente telepático, na sua psicosfera de proje- tor-médium.
Assistência. Na posição assistida, a assistência extrafísica do amparador, muitas vezes visível,
freqüentemente se estende por todo o transcurso da exteriorização da sua consciência para fora do corpo
humano, mesmo à distância da base física, ou em distritos extrafísicos propriamente ditos.
Vantagens. A projeção-anímico-mediúnica-assistida apresenta vantagens inquestionáveis sobre
as demais técnicas usadas para a sua consciência se projetar pelo psicossoma: permite a sua decolagem
consciente em muitos casos; dinamiza o desenvolvimento de todos os gêneros de mediuni- dade;
aprofunda a sua confiança e o seu descortínio para se projetar conscientemente; faculta-lhe sensações mais
agradáveis durante o desenrolar da projeção; serve de projeção prévia para outras tarefas assistenciais
extrafísicas das quais você vá participar.
Sono. Vale frisar que o fato mais comum é o amparador abordar-lhe durante o seu sono natural,
na descoincidência espontânea dos seus corpos, provocando-lhe o despertamento extrafísico, através da
intensificação do seu grau de conscientização, já fora do corpo denso. Nestes casos, nem sempre a
rememoração posterior dos eventos da projeção tem a mesma qualidade elevada da projeção de
consciência contínua, mantida sem hiato do início ao fim do experimento.
Amparadores. Os amparadores que assistem às projeções conscientes, em regra, são entidades
afeitas aos fenômenos de exteriorização de energias, ectoplasmias e assistência a enfermos humanos e
extrafísicos. Ao invés de um, podem funcionar, ao mesmo tempo, dois ou mais amparadores, ajudando-lhe
a produzir sua experiência de projeção consciencial lúcida de projetor-médium.
Enfermeiros. Às vezes parecer-lhe-á que um amparador sustenta-lhe os ombros do psicosso- ma
e outro ergue-lhe os pés, transladando o seu psicossoma do leito físico para o plano extrafísico, à
semelhança de dois enfermeiros transferindo um doente da maca para o leito.
Conjuntas. As projeções conjuntas de encarnados, mais comuns, são aquelas patrocinadas por
amparadores, fatos que facilitam sobremodo os encontros extrafísicos, usualmente difíceis à consciência
projetada quanto ao ato de acertar exatamente os alvos mentais, os horários, e os distritos extrafísicos
predeterminados.
________________
Bibliografia: Andrade (27, p. 136), Crookall (331, p. 36), Davis (371, p. 61), Espérance (485, p.
263), Hives (728, p. 7), Müller (1107, p. 252), Pereira (1230, p. 119), Sculthorp (1531, p. 22), Steiger
(1601, p. 12), Swedenborg (1639, p. 1), Turvey (1707, p. 93), Twigg (1711, p. 56), Vieira (1769, p. 5).
282
188.
TÉCNICA DA PROJEÇÃO CONSCIENTE ATRAVÉS DO SONHO
Definição. Controle do sonho: projeção consciencial lúcida produzida a partir do sonho natural
comum quando sua consciência, de algum modo, se toma lúcida, provocando a passagem da condição
passiva para a condição ativa, desfazendo as imagens oníricas, e controlando, ou superintendendo de fato,
o mais possível, os acontecimentos extrafísicos.
Sinonímia: conscientização extrafísica controlada; conversão do sonhador em projetor;
conversão do sonho; oniroprojeção; projeção onirogênica; prolongamento do sonho; sonho préprogramado; sonho pré-projeção; sonho projeciogênico; sonho projeciógeno; sonho pró-prqjeção.
Adequação. Este método é somente adequado a quem: dá valor e significado aos sonhos
comuns; lembra de muitos deles, sem esquecer; aceita que os sonhos trazem mensagens através de reflexos
do material subconsciente; admite que os sonhos ressaltam aspectos obscuros de sua personalidade; e
reconhece que através dos sonhos pode aprender algo.
Gravitação. Os condicionamentos psicológicos advindos da atuação da força da gravitação
sobre a consciência encarnada alertam o sonhador quanto à incongruência e irrealidade dos sonhos e
quanto ao fato de estar sonhando, daí nascendo a maioria dos sonhos lúcidos, ou as experiências de
projeções conscienciais semiconscientes.
Vôos. Os sonhadores de sonhos lúcidos, ou os projetores conscienciais semiconscientes, experimentam mais sonhos de vôos do que a média dos sonhadores.
Vontade. Com base nos aspectos fenomênicos expostos, você deve procurar sempre reconhecer
as incongruências e a irrealidade dos seus sonhos, clarear sua consciência, e desfazer pela força de saa
vontade desperta (energia consciencial), os cenários simplesmente oníricos.
Relação. Muita gente não tem idéia de quão freqüentemente os sonhos são de fatos projeções
semiconscientes. O método projeciogênico torna-se muito importante se se considerar o fato de que a
maioria das projeções conscientes ocorrem durante o período dos sonhos comuns. Você será capaz de se
projetar conscientemente pelo simples recurso de estender ou prolongar as seqüências do seu sonho natural
e programá-las.
Predisposição. A técnica, evidentemente, será mais fácil se você já sonhou e sentiu, no desenrolar do sonho, que estava sonhando, porque assim se acha predisposto a adquirir a conscientização
extrafísica, ativa, com facilidade maior.
Saturação. O processo mais usual recomenda a você saturar a mente, no estado da vigília física
ordinária, com a vontade de se despertar extrafisicamente de um sonho natural, de qualquer tipo.
Tipos. Os sonhos típicos mais facilitadores da projeção consciente são aqueles que envolvem os
vôos extrafísicos, ou a volitação (V. cap. 269), sejam espontâneos ou antecipadamente planificados pela
sua vontade decidida.
Atividades. Você deve procurar manter a lucidez da consciência, o mais possível, no estado
hipnagógico e construir o próprio sonho escolhendo alguma intensa atividade motora, esporte, ou
passatempo favorito, que lhe dê maior sensação agradável, e que se aproxime ou imite as manobras da
levitação, ou a volitação livre fora do corpo humano.
Sensação. De início, você deve evitar selecionar uma atividade onírica cuja sensação habitual
lhe seja desagradável, pois, com isso, ao invés da projeção consciente, provocará trauma extrafísico com a
sua interiorização abrupta, repercussão física ou, no mínimo, um pesadelo, mas dificilmente um sonho
pró-projeção. Não obstante muitas pessoas, excepcionalmente, se projetam através de pesadelos francos
induzidos pela vontade.
Exemplos. Você deve observar cada um dos exemplos de ações motoras a serem preferidas e o
sentido das ações minuciosamente programadas para o sonho pró-projeção: ações ascendentes, ações
laterais, e ações descendentes.
a.
Ascendentes. As ações que levam você num rumo diretamente ascensional tomam os
sonhos mais fáceis de serem produzidos e predispõem melhor a sua projeção consciente porque
acompanham o trajeto mais comum que o psicossoma realiza na decolagem clássica, deixando o corpo
humano com a saída para cima: ascender em elevador rápido; ser carregado para cima numa roda-gigante;
subir de avião, helicóptero, planador, asa delta, ou balão; etc.
b. Laterais. As ações que lhe impulsionam para a frente, levam-no à decolagem lateral do
psicossoma para a direita ou à esquerda do corpo humano: nadar com energia numa competição esportiva;
navegar em lancha voadeira; participar de corrida-maratona (V. Fig. 188.02); seguir de esqui aquático em
alta velocidade; surfar em ondas altas; etc.
c.
Descendentes. As ações que o impelem para baixo, com a sensação de desabar em queda
283
franca, são menos fáceis, pois contrariam os movimentos espontâneos, naturais, do psicossoma, embora
sejam também exeqüíveis: atirar-se de trampolim elevado na piscina cheia; descer num elevador rápido;
fazer viagem de descida num carrinho de montanha russa ou do looping do parque de diversão; mergulhar
de um penhasco sobre o mar; saltar de pára-quedas; etc.
Repetição. Você há de escolher um só tipo de sonho, individual, o mais adequado possível à sua
índole e à sua existência rotineira, construído vivamente na sua imaginação, pensando nele todas as noites,
repetindo-o com insistência, até saturar a sua mente, impressionar sugestivamente o seu subconsciente
com a vontade de experimentar as sensações agradáveis, e desejar lembrar-se do sonho, em minúcias, após
o despertamento físico.
Avião. Se o sonho que você escolheu for dos mais fáceis, a decolagem dentro de um avião, por
exemplo, quando você se perceber subindo para as alturas, converterá o sonho em projeção, mentalizando
a projeção e tomando as rédeas dos acontecimentos extrafísicos quase sempre nas proximidades do corpo
humano.
Trampolim. Se o sonho que você escolheu for dos mais difíceis, o ato de se atirar do trampolim
na piscina, por exemplo, ao se ver em direção à água, você entrará na projeção, pois se lembrará do
assunto, do seu desejo, da idéia há muito tempo acalentada, e a queda desaparecerá com a sua consciência
surgindo no ambiente extrafísico, dentro da base física, ou junto ao seu corpo inanimado e vazio da
consciência.
Flutuação. A primeira sensação que surge, realmente extrafísica, a flutuação ou ato de planar no
espaço, pode nascer com ou sem oscilações do psicossoma de um lado para outro, atingindo, a seguir, o
deslizamento.
Precauções. Antes, durante o sonho, na conversão para a projeção, e mesmo na condição
extrafísica conseqüente, você não deve cogitar da existência da base física, do corpo humano, do cordão de
prata, e de nenhum outro fator ou idéia que possam intervir no desenvolvimento natural da sua projeção
consciente.
Indução. Eis a técnica da indução de um sonho comum que permite a você, na qualidade de
nadador, se projetar conscientemente em seis etapas:
188 § 01. Isolamento. A noite, pela madrugada, isole-se num quarto fechado aonde você não
seja perturbado enquanto estiver praticando os exercícios. Fique desnudo ou use apenas um calção de
banho leve e folgado.
188. § 02. Posição. Deite-se no leito, na posição que lhe seja mais confortável e cerre as
pálpebras.
188. § 03. Surfar. Pense que você vai surfar em òndas altas numa bela tarde plena de sol.
188. § 04. Imagens. Durma com a mente recheada das imagens do mar, das ondas, do vento
passando por você, dos movimentos do seu corpo, veja as gaivotas, etc.
188. § 05. Rememoração. Ao despertar, permaneça no leito sem se mexer e procure se lembrar
de todo o seu sonho da madrugada. Se você não se lembrar de nada, mude de posição, isso pode ajudar a
rememoração.
188. § 06. Registro. Assim que as recordações do sonho cheguem à sua mente, procure registrá-las por escrito ou ditá-las a um gravador.
Aviso. Como se sabe, qualquer pessoa podé influenciar o conteúdo dos seus próprios sonhos,
focalizando a mente num determinado assunto pouco antes de adormecer. Tal fato comum alerta você —
na qualidade de praticante da projeção consciente — a fim de que evite confundir um sonho sobre
projeção consciente com a experiência da projeção consciente propriamente dita, induzida por sonho, dois
284
estados alterados da consciência bem distintos um do outro. Em geral, a pessoa pode sugerir o sonho antes
de ir dormir, porém não consegue influenciar o desenvolvimento das imagens oníricas depois que as
mesmas tiveram início.
Ideoplastia. No período de transição entre os dois estados alterados da consciência — do sonho
para a projeção consciente — pode ocorrer a plasmagem inconsciente, ideoplástica, de formaspensamentos consistentes antes da tomada da lucidez extrafísica plena por parte da consciência encarnada
projetada. Certa vez sonhava que recebera uma revista de novidades e despertei-me, extrafi- sicamente, em
cima do topo de um morro carioca, já trajando roupa comum e com a fornia-pensa- mento da revista nas
paramãos do psicossoma. Atirei a forma da revista sobre o topo do morro carioca e saí volitando lúcida e
livremente pelos céus do Rio de Janeiro.
Fenômenos. Não se pode esquecer que os fenômenos simples e elementares de ideoplastia
atuam no aparecimento dos fenômenos de estigmatização, ou nas modificações tróficas cutâneas por
sugestão; bem como, de modo inconsciente, nos fenômenos do mimetismo, tão misteriosos e freqüentes
nos animais inferiores.
______________
Bibliografia: Armond (53, p. 39), Battersby (92, p. 33), Blackmore (139, p. 115), Carrington
(245, p. 288), Castaneda (258, p. 9), Crouzet (344, p. 123), Drury (414, p. 23), Fox (544, p. 34), Frost
(560, p. 22), Garfield (569, p. 120), Greenhouse (636, p. 258), Lefebure (909, p. 131), Martin (1002, p.
63), Muldoon (1105, p. 158), Ophiel (1150, p. 35), Rogo (1444, p. 130), Salley (1496, p. 160), Shay
(1546, p. 87), Steiger (1601, p. 55), Vieira (1770, p. 3).
189.
TÉCNICA DA PROJEÇÃO FRAGMENTADA
Definição. Projeção fragmentada: aquela produzida pela exteriorização gradativa, parte por
parte, de cada uma das áreas específicas da sua forma humanóide do psicossoma.
Sinonímia: descoincidência parcial; desdobramento parcelado; desdobramento parcial; meio
desprendimento; projeção fracionada; projeção incipiente; projeção parcelada; projeção parcial;projeção
periférica; projeção segmentada; semidesdobramento; semidesprendimento; semiprojeção.
Tipos. A semiprojeção de uma contraparte do seu corpo humano pode ser de um braço, perna,
dos braços e pernas, ao mesmo tempo, do tronco e da cabeça, e mais raramente, apenas da cabeça
(paracabeça), ocorrendo, inclusive, logo após, a projeção completa, os fenômenos da elonga- ção
extrafísica, ou a interiorização súbita até com repercussão física.
Terceira. A projeção parcial comunica à consciência encarnada a sensação de possuir uma
terceira mão (paramão); um terceiro braço (parabraço); uma terceira perna (paraperna) (V. Fig. 189.01); ou
quatro braços; etc.
Lucidez. A semiprojeção pode ser consciente, ou seja, provocada pela atuação decidida da
vontade, e inconsciente, quando ocorre espontaneamente. Quase sempre só o projetor veterano consegue
identificar ou perceber com clareza a projeção inconsciente espontânea, obviamente depois que a mesma
se produziu.
Minicordão. O agente motor principal da semiprojeção é o cordão de prata. Isso sugere que a
saída deste apêndice do corpo humano pode ocorrer também por diversas áreas ou segmentos, havendo o
minicordão de prata para um braço, uma perna, etc.
Técnica. Depois de você passar pelas preliminares projetivas, especialmente a auto-relaxação
física e mental, cerre as pálpebras, concentre a sua atenção sobre um segmento ou parte do seu corpo
285
humano, sua perna esquerda, por exemplo. Enquanto pensa na sua perna esquerda, queira com decisão que
a perna extrafísica esquerda saia ligeiramente da coincidência dos corpos para cima.
Direita. Concentre-se sobre a perna extrafísica esquerda até você sentir que a deslocou para
cima. Em seguida, concentre-se na perna extrafísica direita, desejando também movê-la para fora da
coincidência dos corpos.
Corpo. Exercite, pouco a pouco, o corpo humano inteiro desse modo, querendo com decisão
que os segmentos extrafísicos saiam ligeiramente do estado da coincidência com as suas formas ou lugares
físicos, sob o seu comando imperioso.
Persistência. Não tente apressar o processo. Use paciência e persistência. Isto pode exigir várias
tentativas até você obter êxito mesmo para a descoincidência do primeiro segmento. Se você alcança
sucesso na projeção fracionada, está preparado para projetar sua consciência pelo psicossoma inteiro no
plano extrafísico.
Cabeça. A semiprojeção apenas da cabeça do psicossoma apresenta sinais característicos, especialmente mentais, que permitem distingui-la com clareza da projeção da consciência pelo corpo mental.
Para elevado número de projetores, a cabeça extrafísica do psicossoma (paracabeça) é a última parte a
deixar a coincidência dos corpos.
Médiuns. Os médiuns desenvolvidos apresentam maior predisposição para as semiprojeções,
talvez devido à soltura do duplo etérico e à predisposição natural aos sinais precursores da projetabilidade, inclusive entorpecimento físico, alheamento, esvaimento, ballonnement, vertigem, etc.
Intoxicação. Às vezes o semidesprendimento ocorre de modo espontâneo pela obstrução
energética natural, ou estancamento prânico de uma área orgânica, por exemplo, a abdominal, quando
apresenta os chacras umbilical e esplénico bloqueados pelos efeitos da intoxicação causada por
constipação intestinal.
Sentada. A projeção consciente parcial, semiprojeção, ou hemiprojeção (metade do corpo físico), apenas dos parabraços, do tronco da cintura para cima, e da paracabeça para fora do corpo humano,
constitui a projeção consciencial sentada (V. Fig. 189.02).
Não raro tal posição extrafísica impõe a volta imediata da consciência à condição de
recoincidência completa dos seus veículos de manifestação.
Psicopatologia. Além da projeção parcial, que constitui um fenômeno parapsicofisiológico,
natural e freqüente nas experiências dos projetores conscienciais lúcidos veteranos, ocorrem as alucinações, por exemplo, quanto à existência de braços fantasmas, extras, ou supranumerários, dentro do
campo da Psicopatologia, especialmente com pacientes portadores de epilepsia ou enxaqueca, o que é bem
diferente.
Aviso. Não se deve confundir a semiprojeção, que representa a exteriorização parcial do
psicossoma com a projeção semiconsciente (V. cap. 78), baseada na descontinuidade da lucidez da
consciência projetada; nem também com a condição da descoincidência vígil (V. cap. 340).
__________________
Bibliografia: Alverga (18, p. 214), Armond (53, p. 127), Boswell (174, p. 138), Carton (252, p.
310), Delanne (382, p. 152), Giovetti (593, p. 51), Gomes (612, p. 82), Greenhouse (636, p. 199), Guilmot
(661, p. 57), Leaf (905, p. 145), Monroe (1065, p. 170), Reis (1384, p. 90), Rogo (1444, p. 85), Seabra
(1534, p. 89), Todd (1689, p. 47), Verneuil (1735, p. 95), Vett (1738, p. 385), Vieira (1762, p. 107).
190.
TÉCNICA DA PROJEÇÃO PELO CORPO MENTAL
Definição. Projeção pelo corpo mental: estado de expansão máxima da sua consciência em nível
286
de mentalização supra-racional e supra-sensória.
Sinonímia: arrebatamento (mediunismo); consciência cósmica (Richard Maurice Bucke: 18371902); cosmoprojeção; experiência assomática (sem corpo); êxtase (místicos); kairos (existencialismo);
khou (Antigo Egito); nirvana (Budismo); projeção mental (Projeciologia); samádi (Ioga); satori (Zen);
slema (Cabalismo); superprojeção; ultraconsciência; unio mystica (Catolicismo).
Estágio. Você, na qualidade de projetor consciente, somente deve buscar produzir voluntariamente a projeção através do corpo mental depois de já ter conseguido algum domínio, com êxito, das
técnicas projetivas voluntárias — ainda que descontínuas no tempo cronológico — através do psicossoma
sozinho, e através do psicossoma lastreado pelo duplo etérico, ou seja, mais denso, dentro da base física,
em distritos extrafísicos crosta-a-crosta e em distritos extrafísicos sem qualquer relação humana direta.
Neste ponto deve estar cônscio de que buscará atingir, agora, um estágio avançado de sua iluminação
íntima, o autoconhecimento integral, e a condição da consciência cósmica (V. cap. 30).
Idéia-alvo. Você há de refletir sobre o fato extremamente importante de que, segundo a teoria
do corpo mental, a idéia-alvo predomina, e funciona melhor nas projeções conscienciais através do corpo
mental, no plano mental, comum para todo o universo. A criatura-alvo, ou mesmo o local-alvo, tendem a
atrair a sua consciência projetada para fora do corpo humano com o seu psicossoma junto. Você, projetado
através do corpo mental, seja de modo espontâneo ou voluntário, pode se surpreender junto a uma criaturaalvo, ou num local-alvo, mas será muito mais difícil a você produzir deliberadamente a projeção mental
utilizando estes alvos.
Processos. Você deve meditar, no estado da vigília física ordinária sobre os pormenores e lances
fundamentais dos processos por que passa a sua consciência para alcançar a projeção pelo corpo mental: o
corpo mental se destaca do psicossoma, estando este, quase sempre, descoincidente, parcial ou totalmente,
do corpo humano e do duplo etérico, bem junto ao corpo humano, ou a certa distância.
Posição. Use a posição física mais confortável, a mesma que você utiliza com freqüência maior
para se projetar pelo psicossoma, de preferência o decúbito dorsal, fazendo a relaxação muscular
progressiva, até alcançar o entorpecimento de todo o corpo humano.
Esquecimentos. Esqueça o mundo das formas: largura, comprimento e altura; o mundo dos
espaços: o físico, o extrafísico crosta-a-crosta, e o extrafísico propriamente dito; e o mundo do tempo
cronológico: o passado, o presente e o futuro. Tais elementos são negativos, neste caso, porque restringem
ainda mais a sua mente humana e, conseqüentemente, a sua consciência na situação de encarnada.
Zero. Mantenha a sua consciência a mais aberta possível, predisposta à recepção de idéias
novas, originais e criativas, afastando todo preconceito e os reflexos dos condicionamentos humanos,
como se começasse a refletir, agora, pela primeira vez, a respeito de tudo sobre a vida e o universo, a partir
da estaca zero, supondo-se no vácuo absoluto, ou num possível nada.
Recurso. Como último recurso, você pode concentrar o pensamento único numa concepção
elevada, universalista, ou seja, uma idéia construtiva, ou interrogação enigmática, adequada para ser
desenvolvida em ângulos e parâmetros inéditos que extrapolem as raias do seu próprio conhecimento no
estado da vigília física ordinária, porém afim ao seu mundo mental individual.
Exemplos. Eis alguns exemplos de idéias adequadas para você induzir a sua consciência a se
projetar pelo corpo mental, conforme a sua formação cultural pessoal: se você é matemático deve pensar
na exata concepção do infinito; se você é físico, pense na estrutura mais íntima do buraco negro; se você é
médico, pense quanto à natureza da energia psicofísica terapêutica; se você é espírita, pense em entender a
manifestação do espírito puro; se você é médium, pense na sua própria manifestação mediúnica pelo corpo
mental; etc.
Conscientização. O fato mais freqüente é a sua consciência não perceber a exteriorização nem a
interiorização do seu corpo mental do e no psicossoma. Quase sempre surge a sua conscientização de estar
de corpo mental, já no plano mental, por observações indiretas suas, ou por exclusão, em razão da
magnitude excepcional da conscientização, a aparente ausência de veículo de manifestação da sua
consciência, um simples ponto de consciência, ponto incorpóreo no espaço, ou bola de energia, e o estado
íntimo inconfundível de equilíbrio do ego.
Diferenciais. Se você é projetor principiante, não deve esquecer estes caracteres diferenciais
esclarecedores, a fim de obter análises corretas das experimentações: sempre que, projetado, sentir ou ver,
a si mesmo, que tem corpo, mãos, apêndices, e emoções fortes estará, sem dúvida, se manifestando pelo
psicossoma (corpo dos desejos) e não pelo corpo mental, por mais grandiosa seja a sensação de exultação,
euforia, liberdade, ou amplitude da sua consciência.
Meditação. Torna-se útil a você, na qualidade de projetor consciente, meditar, no dia imediato,
sobre as experiências que você produziu, especialmente se as mesmas foram projeções mentais, porque
essa meditação oportuna pode provocar conclusões mais profundas sobre os fenômenos e eventos
extrafísicos, trazendo-lhe elucidações sobre pontos obscuros e idéias originais em outros campos do
conhecimento.
Vontade. Obviamente, qualquer pessoa pode se projetar através do corpo mental, isto de-
287
pendendo apenas da impulsão da vontade decidida e da motivação eficaz, podendo até a consciência
quebrar a quarentena de contato com outras civilizações inteligentes existentes no Universo.
Dificuldades. Contudo, diretamente através do corpo mental, tornam-se difíceis, talvez
impraticáveis, à sua consciência certas manifestações tais como: auto-anamnese extrafísica; autobilocação física; autotelecinesia; autotransfigurações; emocionalismo grosseiro; fala humanóide;
fenômeno da aparição do projetor encarnado (aparição intervivos); fenômeno da bilocação visível da
consciência; produção de efeitos físicos diretos; uniões invisíveis; visão do cordão de prata; etc.
__________________
Bibliografia. Bucke (218, p. 60), Castaneda (258, p. 177), Fodor (528, p. 65), Greene (635, p.
41), Greenhouse (636, p. 25), Lilly (927, p. 71), Marinho (997, p. 83), Miranda (1048, p. 285), Muldoon
(1105, p. 225), Powell (1279, p. 89), Rogo (1446, p. 320), Sculthorp (1531, p. 144), Shepard (1548, p.
596), Toben (1688, p. 73), Vieira (1771, p. 13), Walker (1781, p. 27).
191.
TÉCNICA DA PROJEÇÃO PINEAL
Definição. Projeção pineal: processo pelo qual você, na condição de consciência encarnada, se
projeta para fora do seu corpo humano através da excitação da glândula pineal.
Sinonímia: adenoprojeção; ativação pineal; excitação pineal; exercício pineal; técnica do olho
pineal.
Focalização. Um dos processos usados para se produzir a projeção consciente se baseia no
estado de relaxação física aliado à focalização mental sobre a glândula pineal (V. cap. 86), ou na direção
de sua localização, mais ou menos o centro do crânio, tomado como ponto de referência e fixação da autosugestão pela autoconscientização mental profunda. Este processo projetivo é somente indicado para a
pessoa sem problemas oculares.
Glabela. Para focalizar a mente sobre o centro do crânio, fazendo o despertamento da pineal,
considerada aqui como a controladora da projeção, você se concentra, mentalmente, no começo do nariz,
no ponto médio entre as suas sobrancelhas, ou área glabelar. Esta ação exige que os seus olhos se dirijam
para cima até um nível que não produza desconforto ou estrabismo permanente.
Localização. O método mais usado para localizar a glândula pineal é você imaginar dois eixos
ou linhas retas passando pela sua cabeça. O primeiro eixo, ântero-posterior, vai de um ponto entre as suas
sobrancelhas até a área saliente do osso occipital na sua nuca. O segundo eixo, transversal, vai de uma
têmpora a outra, ou seja, do seu lado esquerdo da cabeça até o lado direito. A glândula fica exatamente no
ponto de interseção dos dois eixos.
Técnicas. Você pode empregar a técnica da excitação da glândula pineal fazendo a convergência dos seus globos oculares para cima e para o centro da testa, mantendo-os nesta posição por cerca
de dez segundos. Em seguida, voltando os seus globos oculares à posição normal, relaxe os músculos
oculares e o nervo óptico. Você precisa repetir os exercícios algumas vezes e executá-los com os músculos
da testa e do rosto completamente relaxados.
Indicador. Você pode usar também, neste sentido, a técnica da aproximação e o afastamento,
sucessivos e lentos, de um seu dedo indicador, seguindo-o com os olhos, indo da área glabelar (entre as
suas sobrancelhas) até uns trinta centímetros de distância, sempre acima dos seus olhos, diversas vezes.
Coordenação. Como várias pessoas já o fizeram, depois de certo tempo, com algum treinamento, você aprende a coordenar os músculos dos globos oculares e aperfeiçoa o processo sem sentir
desconforto e sem criar qualquer distúrbio visual ou oftalmológico.
Decolagem. A projeção da sua consciência ocorre com a decolagem súbita da sua cabeça
extrafísica (paracabeça) do psicossoma, através do crânio, de modo assustador, contudo, inofensivo,
produzindo inclusive alguns sons intracranianos (V. cap. 215).
______________
Bibliografia: Bayless (98, p. 158), Bord (170, p. 58), Fox (544, p. 142), Reis (1384, p. 42), Shay
(1546, p. 55), Yogananda (1894, p. 167).
192.
TÉCNICA
DA
QUEBRA
DA
ROTINA
288
Definições. Rotina: ação habitual realizada dia após dia; seqüência de atos que se observa pela
força do hábito, ou seja, pela repetição freqüente.
Sinonímia: ação da mente subconsciente; ação da vontade subconsciente; hábito tenaz.
Trauma. Qualquer velho hábito, ato corriqueiro, normal, mas suficientemente arraigado para ser
forte, ao ser interrompido, ou quando é quebrado, rompe uma rotina e tende a criar pequeno trauma na
consciência insatisfeita por viver apegada à essa rotina.
Força. Daí porque a pressão do hábito, ou esforço da rotina, é uma força que pode ser aplicada
proveitosamente como processo para se projetar com lucidez, porque a consciência projetada, movida pela
vontade subconsciente, tende a seguir os movimentos da rotina, ocorrendo, dessa forma, casos freqüentes
de projeção consciente espontânea.
Lugar. Assim, por exemplo, você escolhe determinado lugar, a que está habituado a ir, dentro
ou fora da sua base física.
Insatisfação. Se você deixar de ir até esse lugar, privando-se desse desejo, forçando a supressão
desse hábito que faz parte da sua vida, pensando nisso intensa e insistentemente, e ficando com o seu
desejo insatisfeito, ao dormir, a sua vontade subconsciente, sugestionada, levará a sua consciência, com
lucidez, através do psicossoma, até o local exato, repetindo a ação motriz rotineira.
Base. Exemplo comum da quebra de rotina é a mudança súbita da base física do projetor, nestes
casos em que se dorme em um novo domicílio e se desperta pensando que está no anterior, onde a
consciência do projetor decola da nova base física e retorna, extrafisicamente, à base antiga.
Aviso. Vale advertir aqui que você não deve usar hábitos ou rotinas negativas — por exemplo,
ingerir bebidas alcoólicas, alimentar-se em excesso, etc. — com a intenção de se projetar.
Outras. Fundamentados na técnica da quebra da rotina, ainda existem dois processos descritos
nesta seção: a projeção consciente pelo jejum (V. cap. 181), e a projeção conscieríte pela sede (V. cap.
197).
_____________
Bibliografia: Lancelin (879, p. 313), Muldoon (1105, p. 226), Shay (1546, p. 70), Vieira (1762,
p. 111).
193.
TÉCNICA DA REPETIÇÃO PROJETIVA
Repetição. Se você já se projetou conscientemente para fora do corpo humano alguma vez, seja
de modo espontâneo ou deliberado, pode não raro, se projetar de novo.
Condições. Pela técnica da repetição projetiva, você, no caso protagonista de pelo menos uma
projeção extrafísica lúcida deve procurar repetir as condições e posturas que predispuseram o seu corpo
humano a permitir, fisiologicamente, a decolagem do seu psicossoma e a este a decolar daquele.
Cansaço. Neste método, particularmente, você deve lembrar, como coadjuvantes: o cansaço
advindo depois de longa atividade física durante o dia, e a concentração mental fixada no desejo de se
projetar antes de ir dormir.
Projeciografia. A projeciografía (V. cap. 358), bem como o diário pessoal do projetor (V. cap.
360), analisados criteriosamente, vêm ajudando sobremodo o desenvolvimento das projeções conscientes
dos projetores veteranos e podem cooperar, de maneira indiscutível, na execução da técnica da repetição
projetiva.
_________________________
Bibliografia: Frost (560, p. 225), Vieira (1762, p. 210)
194.
TÉCNICA DA ROTAÇÃO DO PSICOSSOMA
Definição. Rotação do psicossoma: método pelo qual você produz a projeção da sua consciência
p.elo psicossoma através de movimentos rotatórios com este veículo consciencial.
Sinonímia: técnica do rolamento de costas.
Sonolência. Entre as técnicas projetivas do rolamento do psicossoma, uma das mais usadas pelo
autor, o rolamento de costas, apresenta indicação maior quando você se sentir cansado fisicamente ou
289
bastante sonolento.
Horário. Toma-se mais fácil executar a técnica da rotação do psicossoma pela madrugada ou
quando o dia está amanhecendo, depois que você dormiu quatro ou cinco horas de sono normal e deixou o
leito para estudar ou fazer qualquer coisa, voltando a se deitar com alguma sonolência ainda.
Decolagem. Por mais difícil que possa parecer, à primeira vista, o processo, substancialmente
parafisiológico, sem nenhum recurso simbólico ou ritualístico, funciona com perfeição e permite à sua
consciência seguir com lucidez total o trâmite mais difícil da projeção, ou seja, a decolagem consciente.
Posiçáo. Como exemplo, entre as variantes possíveis, você se deita de bruços contra a face
esquerda, na beirada do leito. Se você quiser pode até cruzar uma perna sobre a outra, colocando o pé
direito sobre a barriga da perna (pantorrilha) esquerda para você se relaxar completamente, e mesmo usar
um travesseiro junto à cabeça, perto da nuca, e outro sob o braço direito.
Narinas. A limpeza antecipada das suas narinas reveste-se, obviamente, de particular importância na utilização da posição de bruços, ou contra o seu estômago, sobre o leito.
Reação. Supõe-se hoje que quase sempre a pessoa que se deita de bruços é porque tenta,
psicologicamente, numa reação infantil, esquecer as atribulações da vida material, fugindo às realidades do
mundo físico, afundando-se, de algum modo, no colchão, ou em outras palavras, pela terra a dentro.
Embora a posição de bruços seja a menos recomendável para as projeções em geral, nestas condições
especiais, pode ser usada por você, com bastante conveniência e adequação, a fim de alcançar o estado
hipnagógico ou a condição das ondas cerebrais alfa.
Fuga. Na posição de bruços, a sua consciência procura fugir mentalmente do mundo físico e,
chegando ao estado hipnagógico, você deve pensar em se atirar de costas, às escuras, para cima, longe de
si mesmo e para fora do leito, pelo lado esquerdo, por exemplo, aonde sabe que não existem móveis ou
objetos físicos palpáveis, minimizando ou descartando assim, o mais possível, os reflexos psicológicos do
seu condicionamento diário quanto ao ambiente da sua base física.
Colisão. Evidentemente, você não move o corpo humano e nem sequer tensiona os músculos
quando tenta se atirar de costas pelo psicossoma para fora do corpo humano. A sua consciência, seguindo
o método indicado, não deve ficar com o receio ridículo, porém bem mais freqüente do que se supõe, até
para o projetor veterano, de se bater de encontro a um armário ou mesa, ou colidir com parede, janela
fechada, ou outra dependência física, ao se manifestar pelo psicossoma.
Cordão. A sua vontade deve funcionar e dominar a força de retração do cordão de prata e, para
isso, o impulso de se atirar de costas é sobremodo valioso. Você deve reparar que, neste caso, o seu cordão
de prata fica conectado, ao reverso das práticas usuais, pela nuca do seu corpo físico e pela testa do seu
psicossoma.
Psicossoma. No desenvolvimento deste método, o seu psicossoma rola no ar, ao lado da cama,
uma ou duas vezes, ficando, por fim, de pé, ereto, com a sua cabeça extrafísica (paracabeça) mais distante
do corpo humano deitado no leito. O seu rosto extrafísico, neste caso, geralmente fica voltado para a
direção do leito. Você não deve esmorecer ou desistir logo, mas tentar a arrancada uma, duas, três, ou mais
vezes, teimosamente, de modo sucessivo imediato. Pode também ocorrer apenas a sua meia-volta do
psicossoma ao invés de um ou dois rolamentos.
Alvo. Depois de algum treinamento, no máximo pela terceira tentativa, às vezes com decolagem
e interiorização sucessivas, a sua consciência já se sente livre e se vê à distância do seu corpo humano e,
ao acontecer isso, você deve esquecer imediatamente todos os fatores e indícios da base física e se fixar
em algum alvo mental bem definido, se quiser deixar o local.
Interiorização. A interiorização do psicossoma, nesta posição de bruços, se faz sem problemas
com a sua reentrada direta pelas costas do seu corpo humano, também com inteira consciência sua, na
maioria dos casos.
Piscina. Os exercícios físicos em geral ajudam bastante nas experimentações com o psicossoma.
Se você está habituado à natação, torna-se altamente recomendável que procure se acostumar com o ato de
se atirar de costas nas águas da piscina cheia, prática que anulará qualquer conotação psicológica negativa
sua, que você mantenha de modo subjacente ou indefinido, desreprimindo e descondicionando você
quanto à ação desusada de se atirar pelo psicossoma de costas para cima, longe de si mesmo, e para fora
do leito, às escuras, durante a decolagem.
__________
Bibliografia: Blackmore (139, p. 102), Vieira (1762, p. 144).
195.
TÉCNICA DA ROTAÇÃO DO CORPO HUMANO
Definição. Rotação do corpo humano: método para você produzir a projeção da consciência
290
através do psicossoma empregando movimentos rotatórios ao seu corpo físico (V. Fig. 195).
Sinonímia: gira; giro; giroprojeção; método rotatório; rotação projetiva; técnica rotativa da
projeção consciente.
Mecanismo. O ato de girar o seu corpo humano, especialmente a cabeça, provoca tonturas pela
alteração do funcionamento regular do labirinto ou da sede do equilíbrio do seu corpo humano. Além
disso, esse ato predispõe a saída do seu psicossoma do estado de coincidência natural com todo o corpo
humano (corpo unificado), inclusive a cabeça e, conseqüentemente, a sua saída da condição dá vigília
ordinária, através da decolagem forçada, ou seja, pela projeção abrupta da consciência.
Usos. O método giratório é mais usado para produzir um estado alterado de consciência, o transe
mediúnico, o êxtase religioso e mesmo a projeção consciencial lúcida pelas danças dos dervixes do
Oriente Médio, nos transes de possessão controlados do xamã, nas modernas práticas européias de
bruxaria, e na conhecida gira mediúnica da Umbanda no Brasil, de origem africana.
Frenesi. Nos casos referidos, os movimentos giratórios estão sincronizados a um canto ou dança
tradicionais e se tornam progressivamente mais frenéticos à medida em que o indivíduo se conduz ao
transe.
Dervixes. Os dervixes giradores ou feiticeiros rodadores, ascetas mendicantes, muçulmanos ou
árabes, turcos, persas, e egípcios, são adeptos do sufismo. A sua dança giratória repetida é executada
através de giros em círculos por extensos períodos de tempo. Tais danças prolongadas simbolizam o
movimento dos planetas em relação ao Sol, apresentam expressão individual de ritmo, podem ser
praticadas em grupo e conduzem a um estado de exaustão e transe auto-induzido. Há dervixes que usam
também mantras concomitantemente com as danças.
Transe. Nos casos das danças giratórias — batuques ritmados e dançados até à exaustão — a
tonteira e o esgotamento conduzem rapidamente a consciência ao colapso do transe mediúnico com as
conseqüentes visões, e o corpo humano pode permanecer sob o comando de uma entidade extiafísica
(possessão) durante o período da exteriorização da consciência, com ou sem a ocorrência do fenômeno da
psicofonia.
Cadeira. Aplica-se técnica parecida para produzir voluntária e conscientemente a projeção
consciencial, utilizando uma cadeira giratória comum, destas de escritório, que permite a rotação
continuada numa certa velocidade com todo o peso corporal do experimentador sentado. A rotação da
cadeira pode ser interrompida bruscamente.
Indicações. Obviamente, não se recomenda este método da cadeira giratória a quem já teve
labirintite, distúrbios do equilíbrio ou de audição, muito menos o emprego de cadeira muito usada,
passível de gerar quedas e acidentes. A propósito, vale informar que vem sendo empregado para o exame
do nistagmo consecutivo, uma cadeira, ou poltrona própria, na qual o indivíduo é submetido a certo
número de rotações de velocidade constante, bruscamente interrompidas. Por aí se determina o limiar da
sensibilidade labiríntica à aceleração rotatória.
Decolagens. As exteriorizações conscienciais ou as decolagens mais diversas e bizarras podem
ocorrer pelo método rotatório porque sua consciência jamais sabe como sairá — em linha reta, dando
voltas para um lado, em torvelinho ou espiral para cima — e nem o destino que tomará ao deixar
temporariamente o corpo humano através do psicossoma.
Violência. Por último há de se estar preparado quanto ao aspecto violento dessa prática que pode
trazer o fator negativo de criar trauma extrafísico e, por isso, prejudicar a qualidade das percepções da
consciência encarnada quando projetada.
_____________
291
Bibliografia: Brennan (199, p. 96), Day'(376, p. 35), Lewis (923, p. 167), Martin (1002, p. 41),
Shepard (1548, p. 231), Spence (1588, p. 121), Zaniah (1899, p. 150).
196.
TÉCNICA DA SATURAÇÃO MENTAL PROJETIVA
Definição. Saturação mental projetiva: pressão da idéia da projeção consciente na mente,
exercida através de todos os meios físicos, mentais e fisiológicos sadios possíveis, durante detenni- nado
período.
Sinonímia: método projetivo direto; programa de imersão total na projeção; saturação psíquica
projetiva; sistema projetivo rápido; técnica da imersão total; técnica da impregnação do subconsciente.
Maratonas. O método de estudo da saturação psíquica dá resultados inegavelmente rápidos,
sendo muito usado como processo eficaz em semiifários de treinamento intensivo para se obter iluminação
consciencial através de maratonas de estudos e mesas-redondas de debates. É também empregado na
aprendizagem intensiva de idiomas, em curso-relâmpago, com o estudante sozinho, sem professores
regulares, apelando para todos os recursos de ensino que possa encontrar, ou como aluno-hóspede, junto
com outros colegas, em programa de isolamento total, em tempo integral, num autêntico internamento
durante quinze dias, onde recebe o bombardeio com o idioma de todas as maneiras imagináveis.
Enganos. Ninguém deve se julgar incapaz de se projetar para fora do corpo humano com total
lucidez. Nesse sentido, o pior de todos os enganos tem sido o medo e, logo depois a subes- timação das
próprias potencialidades e valores pessoais. O medo e a subestimação aniquilam a espontaneidade e a
motivação da consciência. Há de se combater tais deficiências no caminho do desenvolvimento psíquico e
parapsíquico, em todos os setores e aplicações práticas.
Atmosfera. A saturação mental promovida com a idéia da projeção consciente representa a
criação da idéia-fixa ou monoideísmo sadios (não-patológicos), com a vontade deliberada de se projetar,
instalando para isso a atmosfera mental adequada e impressionando, assim, a mente subconsciente, na
própria casa, ou seja, na base física do candidato à projeção.
Saturadores. Dentre os elementos saturadores adequados para você proceder à sua impregnação
mental com a idéia da projeção consciente destacam-se:
195.1 Ambição. Alimente produtiva e ardente ambição de se projetar com elevado grau de
lucidez.
195.2 Concentração. Pense intensamente, ou melhor, concentre os pensamentos, em horas e
locais apropriados, diariamente, no fenômeno da projeção lúcida.
195.3 Compreensão. Compreenda os fenômenos projeciológicos, em seus pormenores, com
naturalidade, estabelecendo relações entre as projeções conscientes e as suas preocupações, interesses
humanos e cogitações naturais, tais como a sua profissão, pesquisas culturais, passatempos, etc.
195.4 Leitura. Leia sobre os corpos de manifestação da consciência e os múltiplos relatos de
projetores existentes e de fácil consulta, seja em livros, revistas e jornais. Qualquer investimento deste
gênero será compensador.
195.5 Estudo. Estude sempre, perseverantemente, com análises profundas, se possível, as
ocorrências relativas às projeções conscientes.
195.6 Fichário. Faça, inclusive, se for o caso, uma coleção de fichas sobre os temas projetivos,
compondo o seu próprio fichário de pesquisas. Tais fichas podem ser distribuídas, por toda a sua casa, seja
na mesinha de cabeceira, no espelho do banheiro, na escrivaninha de estudos, dependuradas pelas paredes,
etc.
195.7 Gravador. Empregue um gravador de rolo ou cassete para registrar as técnicas projetivas
realizadas por você mesmo ou gravando a palavra de projetores, e ouvindo-as incessantemente.
195.8 Somatório. Converse com outras pessoas interessadas no tema das projeções conscientes,
sejam projetores veteranos ou principiantes, estudiosos da Projeciologia, ou candidatos às projeções
conscientes, buscando alcançar o maior somatório possível de idéias a respeito.
195.9 Prática. Pratique os exercícios projetivos de maneira intensiva, sem solução de
continuidade, numa série de tentativas disciplinadas, a partir do primeiro dia do esforço de saturação
mental.
195.10 Enraizamento. Deixe-se envolver de tal modo com o assunto “projeção consciente”,
algumas horas cada dia, sete vezes por semana, até que o mesmo passe a fazer parte arraigada ou esteja
enraizado profundamente à sua vida mental e às rotinas diuturnas da sua existência.
Sonho. Através deste sistema, os processos conscienciais vão sofrendo modificações sutis.
Dentro de três a quatro semanas, no máximo, quando sobrevêm o afrouxamento do esforço concentrado,
292
como primeiro resultado da saturação mental, se não ocorre pequena exteriorização da sua consciência
lúcida, através do psicossoma, na base física, começam a surgir sonhos naturais sobre a projeção
consciente. Isto significa ótimo indício de saturação psíquica, e uma abertura efetiva no rumo da projeção
consciente, propriamente dita. Quem sonha com a projeção, mesmo que seja simples pesadelo, está a
caminho da produção da projeção consciente.
Críticas. O método direto, entretanto, não está livre de críticas. Não é qualquer pessoa que
agüenta um programa de imersão, que dá demasiada ênfase ao esforço pessoal de uma criatura
inexperiente no assunto, o que provoca projeções conscientes desendereçadas, ou a errati- cidade da
consciência projetada. Contudo, sejamos realistas e práticos: isso toma-se evidentemente secundário. O
que importa é quebrar o tabu, os condicionamentos, ou a barreira da saída lúcida da sua consciência para
fora do corpo humano. Depois, você mesmo corrigirá as imperfeições técnicas iniciais, aperfeiçoará os
seus alvos mentais, enriquecerá a sua agenda extra- física, e se desenvolverá naturalmente com a própria
repetição das experimentações.
Trabalho. Obter a projeção consciente dá trabalho e exige de você esforço perseverante. No
entanto, poucas emoções se podem comparar ao momento em que você perceber, pela primeira vez, que
está lúcido fora do seu próprio corpo humano, livre dos liames da matéria densa, vitorioso sobre você
mesmo.
____________
Bibliografia: Muldoon (1105, p. 219), Schiff (1515, p. 29), Vieira (1762, p. 189).
197. TÉCNICA DA PROJEÇÃO PELA SEDE
Definição. Sede: sensação interna de necessidade, humana, fisiológica, comum, produzida pela
necessidade de água, ou a vontade de beber.
Sinonímia: privação de água; sensação de secura.
Sugestão. Do modo que se usa a sensação da fome — ou a técnica do jejum (V. cap. 181) —,
emprega-se também a sensação da sede como sugestão para impressionar a mente subconsciente e forçar a
saída da consciência encarnada através do psicossoma para fora do corpo humano, a fim de saciar o desejo
intensamente reprimido. Tenta-se, desse modo, transferir a consciência de domicílio com fundamentos no
princípio de que ninguém quer viver numa casa desservida por água.
Dia. Você, desde a manhã, procura permanecer sedento o dia todo, evitando ingerir líquidos em
geral: água; suco; refrigerante; chá; quaisquer bebidas; frutas muito suculentas; sopas; caldos; etc.
Noite. A noite, você vai dormir dentro da condição de secura permanente, mantendo o desejo
intenso de tomar água, pensando sobre o local aonde poderá saciar sua sede: um copo com água fria
estrategicamente colocado na posição de alvo mental (V. Fig. 197), ou seja, objeto-alvo (V. cap. 292); a
geladeira, na cozinha, lotada com garrafas de água mineral; um filtro de água fria não distante; uma fonte
natural de água límpida; um rio próximo, de água não-poluída, se for o caso;etc.
Sal. Há quem agrave ainda mais a condição de secura e a ânsia pela água, intensificando o desejo acumulado e, neste caso, você pode: imaginar estar bebendo; olhar um copo com água à frente, sem
beber; colocar pequena porção de sal na boca; ou beber alguns goles de água com sal, o que intensifica
ainda mais a sensação de secura (hiperdipsia), antes de se recolher ao leito.
Aviso. Este processo de privação sensorial, quando aplicado de modo exagerado, pode causar
293
pesadelo antes, ao invés da projeção consciencial lúcida depois.
Clima. A técnica do emprego da sede para a consciência encarnada se projetar conscientemente
para fora do corpo humano deve ser aplicada apenas num dia, por pessoa com boa saúde, especialmente
em clima quente, durante o verão, mantendo-se o devido cuidado a fim de se evitar uma indesejável
desidratação, recomendando-se, por segurança, a assistência de um médico.
_____________
Bibliografia: Crookall (343, p. 111), Muldoon (1105, p. 227), Smith (1572, p. 23), Vieira (1762,
p. 39), Walker (1781, p. 113).
198. TÉCNICA DA TRANSFERENCIA DA CONSCIENCIA
Imaginação. Neste método o praticante, de mente fértil e muita determinação, tenta fazer o salto
da imaginação, fictício, para a experiência real.
Esforço. Depois de visualizar o psicossoma flutuando sobre o corpo humano, a consciência
busca se esforçar ao máximo para se transferir para o psicossoma.
Autobilocação. Este processo requer inteira dedicação do experimentador e pode ser desenvolvido com tamanha perfeição que permite à consciência contemplar o próprio corpo humano
(autobilocação), repousando inerte, qual casca sem vida, sobre o leito ou o assoalho.
Movimentos. Há quem acrescente ainda a esta prática imaginativa a movimentação intensa do
psicossoma mexendo, voltando, rodando, pleno de energia cósmica e completa desenvoltura extrafísica.
Forma. O método, muito usado nas chamadas práticas de magia, é o mesmo do corpo de luz,
corpo de ilusão ou bola de luz, em que se aplicam a respiração, a exteriorização de energias, e a
transferência de uma forma pessoal, adredemente visualizada, através de um liame de força, também
imaginado, entre o corpo humano e a forma idealizada.
Espelho. A técnica da auto-imagem projetiva (V. cap. 173), emprega exatamente o método da
transferência da consciência do observador para a sua imagem refletida num espelho grande.
________
Bibliografia: Butler (227, p. 67), Martin (1002, p. 54).
199. TÉCNICA DA TRANSMISSIBILIDADE PROJETIVA
Contágio. Assim como a consciência do projetor, ao se projetar, consegue agir sobre a
consciência da pessoa que dorme ou que sonha, a projeção lúcida, como estado alterado da consciência,
pode, em circunstâncias propícias de predisposições físicas e psicológicas, ser transmitida ou predispor
outras pessoas, ou tem a capacidade benéfica de contagiar parapsicologicamente outros indivíduos a
produzi-la.
Pessoa. O contágio projetivo funciona mais intensamente com o cônjuge ou pessoa muito afim
ao projetor veterano.
Mecanismo. O mecanismo da reação psicofísica da transmissibilidade se assenta no ato da
exteriorização de energias e na força determinante da vontade inquebrantável do praticante transmissor.
Causas. Parece que a transmissibilidade projetiva existe e funciona, parapsicologicamente, em
função da convivência com o fenômeno da projeção consciente, a saturação mental sobre o assunto, o
entusiasmo de escutar alguém narrar uma experiência projetiva, etc.
Periastro. A semelhança do periastro na Astronomia, ou seja, o ponto de um astro mais próximo
do seu centro de atração, existe o periastro consciencial cujo centro de atração é o para- cérebro, sede do
corpo mental, no psicossoma.
Aplicações. O reconhecimento da existência do periastro consciencial permite ao praticante da
mobilização de bioenergias entender e aplicar melhor, na prática: a contagiosidade anímico- mediúnica
positiva; a esfera individual extrafísica de energia; o acoplamento áurico; a exteriorização de energia
consciencial; etc.
Exemplo. Por exemplo, a pessoa de maior capacidade de exteriorização de energia pode colocar,
durante algum tempo, outra pessoa sem capacidade consciente de exteriorização energética - e até
completamente bloqueada quanto às sensibilidades anímico-mediúnicas - sob “suas asas”, ou junto de si,
constantemente, dentro da sua esfera extrafísica de energias e incrementar-lhe as percepções parapsíquicas
com a ajuda dos amparadores. Tenho observado este fato repetidamente com inúmeros paranormais
desenvolvidos ou assistidos extrafisicamente, e já o testei pessoalmente, muitas vezes, com amigos e
294
conhecidos. O meu período médio necessário de convivência íntima com a pessoa-teste é de três dias e os
fenômenos anímico-mediúnicos, inclusive vidências faciais, acontecem sem a interferência de quaisquer
fatores hipnóticos.
200.
TÉCNICA DO DIAGNÓSTICO PROJETIVO
Definição. Diagnóstico projetivo: aquele que tem por objeto a identificação da enfermidade
baseando-se no exame extrafísico (V. cap. 229) do paciente feito fisicamente à distância, mas diretamente
pelo projetor projetado, ou semiprojetado, sob transe hipnótico, ou seja, através do fenômeno da
clarividência viajora (V. cap. 43).
Sinonímia: autodiagnóstico projetivo; clarividência diagnostica; diagnose projetiva; diagnóstico clarividente; diagnóstico extrafísico; exame diagnóstico projetivo; exame hipnofísico-extrafí- sico;
paradiagnóstico projetivo; telediagnóstico projetivo.
Técnica. Na técnica para se determinar o diagnóstico projetivo, o hipnotizador, experiente em
Projeciologia, coloca o sensitivo, ou sensitiva, em transe, seguindo os métodos da hetero-hipno- se (V.
cap. 178), e o instrui para se translocar extrafisicamente até determinada pessoa-alvo (V. cap. 292), no
caso o paciente-alvo cujo nome e endereço, desconhecidos por ambos, deve ser fornecido por uma terceira
pessoa, de preferência o médico que indica um paciente da sua própria clínica, portador de distúrbio
complexo ou com diagnóstico obscuro.
Constatação. Em primeiro lugar, o clarividente-viajor descreve para o médico, presente, a
aparência física do paciente-alvo para que aquele constate, na hora, a autenticidade e exatidão do
fenômeno da clarividência viajora.
Exame. A seguir, o clarividente-viajor buscará proceder ao exame extrafísico do paciente- alvo
com o recurso da heteroscopia (V. cap. 52), ou seja, como se estivesse auscultando com aparelho de raios
X todo o corpo humano do enfermo, e descreve os distúrbios físicos específicos deste, do modo cpmo os
percebe em seu estado de transe hipnótico.
Advertência. O médico que desconhece os fenômenos parapsicológicos, especialmente os da
clarividência viajora, deve estar preparado para entender a maneira vaga, muito geral ou os termos
inadequados com que o clarividente hipnotizado (quando este for pessoa não afeita ao vocabulário do
anatomista, do fisiologista e do clínico) emprega para descrever os vários sinais da enfermidade do
paciente-alvo. A questão deve ser recebida com naturalidade por ser perfeitamente compreensível, pois o
clarividente não precisa ser técnico, treinado em qualquer área da Medicina, ter conhecimento de
Anatomia básica ou suficiente vocabulário clínico para atuar corretamente no exercício das suas funções
paranormais.
Acadêmico.. A fim de determinar o diagnóstico projetivo, o médico exigente, se o quiser, pode
indicar um estudante de medicina, acadêmico veterano de sua confiança, para atuar como sensitivo da
hipnose, ou seja, por clarividente-viajor na análise dos seus casos clínicos. Tal providência virá suprir
todas as deficiências das descrições que então serão feitas com os termos médicos precisos, por pessoa
qualificada, agilizando as técnicas de determinação dos telediagnósticos em geral.
Acupuntura. Se o médico interessado e o estudante de medicina possuírem algum conhecimento de Acupuntura, isto ajudará ainda mais o entendimento das descrições feitas através da
clarividência viajora, porque a consciência semiprojetada vê os três veículos de manifestação, corpo
humano, duplo etérico e psicossoma coincidentes, de uma vez, localizando pontos luminosos e coloridos,
claros e escuros, como se estivesse fazendo um exame de Acupuntura sem agulhas nem instrumentos,
através da constatação das condições dos pontos energéticos do paciente-alvo.
Prognóstico. A execução do diagnóstico projetivo freqüentemente não só permite determinar o
diagnóstico final correto como também sugerir o prognóstico.
Cirurgias. Os telediagnósticos projetivos, indo além do diagnóstico clínico, físico, ou laboratorial, podem ser usados, em muitos casos, para: dirimir dúvidas da avaliação médica; afastar
julgamentos falhos de sintomas, sinais e etiologias na identificação das enfermidades; suprimir
divergências ou erros de diagnósticos e prognósticos; evitar cirurgias exploradoras e operações cirúrgicas
questionáveis, desnecessárias ou equivocadas.
Vantagens. O paradiagnóstico projetivo apresenta várias vantagens ponderáveis: o sigilo, pois
pode ser determinado sem molestar o paciente que nem vem a saber da providência; a dispensa do exame
físico até mesmo com a eliminação, em certos casos, dos incômodos cateteris- mos e punções, o que
diminui a agressão cirúrgica ao organismo; o aspecto positivo da instan- taneidade do processo; a evidente
economia do método.
Autodiagnóstico. A diagnose feita em transe pelo clarividente semiprojetado, relativa ao seu
próprio corpo humano, constitui o autodiagnóstico projetivo.
295
Veterinário. A diagnose feita em transe pelo clarividente semiprojetado relativa ao corpo físico
de animal irracional constitui o diagnóstico projetivo veterinário.
Coadjuvante. O diagnóstico extrafísico, embora constituindo marcante evolução na prática do
diagnóstico, deve ser usado prudentemente, apenas como coadjuvante, ou complemento, da prática médica
convencional, sempre indispensável em qualquer caso.
______________
Bibliografia. Fodor (528, p. 25), Fieixedo (553, p. 49), Frost (560, p. 178), Steiger (1601, p.
209).
201.
PROJECIOTERAPIA
Definição. Projecioterapia: tratamento, alívio, ou remissão de enfermidades, seja de origem
orgânica, psíquica ou parapsíquica do projetor ou de outrem, através da produção da projeção consciencial
lúcida.
Sinonímia: autocura projetiva; auto-remissão projetiva; projeção autocuraterápica; projeção
auto-remissiva; projeção remissiva; teleterapia extrafísica; terapia projetiva; terapia sem muletas;
tratamento projetivo.
Terapeuta. O ser encarnado projetado que procura exercer a terapêutica projetiva recebe o
nome de projetor-terapeuta. A terapêutica projetiva está classificada entre as técnicas de cura à distância,
conquanto seja exercida diretamente, do lado extrafísico, através da aplicação de impulsos energéticos —
ou energia consciencial - concentrados no duplo etérico e no psicossoma do paciente, ou pela atuação da
vontade diretamente no corpo mental.
Veículos. A Projecioterapia se desenvolve baseada nos veículos de manifestação da consciência
encarnada — corpo humano, duplo etéricp {corpo energético), psicossoma (corpo emocional) e corpo
mental. A rigor, a Mediçina convencional aborda o corpo humano; a Acupuntura, o Do-in, a Homeopatia,
a terapêutica bioenergética atuam intensamente sobre o duplo etérico ou o corpo energético; a desobsessãó
extrafísica, as irradiações à distância e outras técnicas utilizam particularmente o psicossoma. Já a
Projecioterapia, além de todos estes elementos indicados, emprega notadamente o último recurso, o ataque
terapêutico à derradeira cidadela da consciência — o corpo mental — em busca da remissão definitiva de
seus males.
Profilaxia. A projeção consciente, embora não promovendo curas milagrosas, por si mesma já
constitui processo profilático inavaliável, prevenindo inúmeras afecções e perturbações dos sistemas
psicofísicos das criaturas humanas, especialmente quando se propugna pela implantação efetiva da
condição de maturidade extrafísica na vida consciencial do projetor e de todos os seres em geral. A
maturidade extrafísica constitui sinônimo de profilaxia projetiva (V. cap. 135).
Psicossoma. Toma-se fácil compreender as imensas possibilidades terapêuticas anímicomediúnicas, para a própria pessoa ou para os outros, da saída consciente da consciência encarnada para
fora da sede do seu corpo denso, se refletirmos no fato de que inúmeras doenças resultam de condições
patológicas que surgem no psicossoma (doenças psicossomáticas) e o melhor processo terapêutico, nesses
casos, será sempre operar diretamente sobre o sistema energético do duplo etérico conjugado ao
psicossoma do paciente.
Tipos. Há técnicas básicas para se aplicar a terapêutica projetiva: o projetor pode produzir a
projeção consciente por si mesmo, auto-hipnose (V. cap. 179), auto-sugestão, ou auto-indução; valer-se da
assistência de um amparador, projeção consciente assistida (V. cap. 187); recorrer ao concurso de um
hipnotizador de confiança, hetero-hipnose (V. cap. 178); etc.
Providências. Através da Projecioterapia podem ser alcançadas inúmeras providências
curativas, tais como: absorção e exteriorização de energia cósmica; formação de campos de força
profiláticos ou terapêuticos; investigações acuradas nos arquivos da memória integral das consciências;
projeções da consciência lúcida no espaço e no tempo, com resultados positivos incalculáveis; rapport
positivo com personalidades desencarnadas, seres encarnados vigeis, ou consciências encarnadas
projetadas; transfusões energéticas no duplo etérico (veículo energético) e no psicossoma de seres
encarnados e entidades desencarnadas; alterações positivas instantâneas no psi- cossoma de entidade
desencarnada; etc.
Energia. O projetor projetado através do psicossoma, em qualquer das técnicas indicadas, pode
se utilizar da exteriorização da energia consciencial (V. cap. 252), seja executada unicamente por si ou
auxiliado por amparador. Essa energia é lançada diretamente sobre o seu próprio corpo humano ou sobre o
corpo humano, duplo etérico, psicossoma e corpo mental coincidentes de outrem.
296
Lucidez. Na aplicação direta dessa energia terapêutica, a consciência projetada do proje- torterapeuta há de estar preparada com boa intenção, bastante lucidez a respeito do que faz, inclusive cônscia
dos órgãos afetados do paciente e das áreas orgânicas em relação com os chacras, especialmente se estiver
procedendo à terapêutica projetiva sozinho. Quando intervém a ajuda de amparador (entidade extrafísica)
ou de hipnotizador humano, em certos casos, a lucidez do projetor projetado pode ser menos acentuada e
ele funcionará mais na condição de agente físico- extrafísico teleguiado.
Distúrbios. Inúmeros distúrbios, síndromes, ou enfermidades podem ser tratados e mesmo
curados pela terapia projetiva: casos patológicos orgânicos conseqüentes ou desencadeados por distúrbios
próprios da parapatologia do duplo etérico e do psicossoma; descompensações energéticas consciendais
em geral; estigmas cármicos; obsessões em geral; parapsicoses post-mor- tem; parasitismos energéticos;
psicoses em geral; síndromes de mediunidade reprimida; etc.
Mental. A atuação direta sobre o corpo mental do paciente, na cura da dipsomania, por
exemplo, pode ser executada através da projeção consciencial do projetor-terapeuta que se apossa do corpo
humano do paciente (incorporação intervivos) numa possessão temporária benigna, e sugere à sua
consciência, de corpo mental a corpo mental, a desistência natural do vício de beber. Em certos casos
rebeldes, tal prática, que é sempre assistida por amparador, precisa ser empregada mais de uma vez. Nos
casos de interferências diretas de personalidades extrafísicas intrusas ou obsessões de desencarnados, o
projetor-esclarecedor, através do psicossoma, promove a confrontação direta com as entidades atuantes
num serviço de desobsessão extrafísica.
Auto-socorro. Nos muitos casos registrados em que a consciência sai projetada através do
psicossoma em busca de recursos humanos de pronto-socorro para o seu próprio corpo humano
acidentado, ou em condições extremas de perigo de vida, na verdade não constituem apenas autocuras,
mas também a própria salvação de sua vida física, ou do prosseguimento de sua sobrevivência material
sobre a Terra.
Coadjuvante. A terapêutica projetiva, embora constituindo marcante evolução e ampliação das
áreas terapêuticas, deve ser aplicada prudentemente, seja isolada, empregando-se tão-somente os recursos
da potencialidade anímica da consciência, ou conjugada com o mediunismo, mas sempre como medida
coadjuvante, ou valioso complemento da prática médica ortodoxa convencional, indispensável em
qualquer caso.
__________
Bibliografia: Costa (308, p. 4), Greenhouse (636, p. 200),Hermógenes (715, p. 259), Krippner
(865, p. 299), Moore (1081, p. 176), Netto (1125, p. 77), Steiger (1601, p. 210), Walker (1781, p. 59).
202.
TÉCNICAS DOS CONDICIONAMENTOS PSICOLÓGICOS
Pré-decolagem. Os condicionamentos psicológicos da fase da pré-decolagem que predispõem a
sua consciência para a projeção consciente se baseiam em mentalizações técnicas que devem ser realizadas
quando você estiver nas posturas físicas referidas anteriormente (V. cap. 169).
202.1
Concentre os pensamentos no objetivo da projeção consciente, evitando dispersões
mentais e devaneios.
202.2
Deixe pouco a pouco, mentalmente, de sentir o corpo humano com o pensamento
firme na idéia de que não mais existe o seu corpo denso.
202.3
Faça a sua consciência entrar nos domínios do silêncio absoluto, como se o
universo conhecido houvesse desaparecido para você.
202.4
Pense concentradamente na idéia de que não mais existem as formas materiais para
você.
202.5
Busque a condição de alheamento íntimo a tudo o que seja físico ou material.
202.6
Imagine a saída da sua consciência, através do psicossoma ou do corpo mental,
para cima.
202.7
Deseje, intensamente, flutuar mais acima ainda de onde você se sente.
202.8
Role o psicossoma para um lado, seja à direita ou à esquerda, aquele lado que lhe
seja mais preferível na oportunidade.
202.9
Prepare-se para ouvir os chiados extrafísicos próprios da decolagem do
psicossoma, fato que acontece com relativa freqüência.
202.10 Se acaso você perder a lucidez da consciência em vários experimentos consecutivos,
auto-sugestione-se, antes da experiência, e irá ficar desperto no plano extrafísico.
__________
Bibliografia: Monroe (1065, p. 207), Muldoon (1105, p. 188), Vieira (1762, p. 53).
297
VIII - FASE DA EXTERIORIZAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
VIII - Fase da Exteriorização da Consciência
203.
SINAIS PRECURSORES DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Definição. Sinal projetivo: ocorrência ostensiva que caracteriza a condição de aperfeiçoamento dos
processos que produzem a projeção consciente.
Sinonímia: indicador da projetabilidade; sinal precursor da projeção consciente.
Qualidades. Dentre as qualidades básicas que atuam na melhoria do candidato à projeção
consciente destacam-se: desejo sincero de se projetar; ausência de medo ou bloqueio gerado por au- tosugestão; experimentações constantes e regulares; tenacidade de propósitos; e a saturação mental com o
assunto. Tais atitudes e procedimentos permitem o surgimento dos sinais característicos para se alcançar
maior êxito na produção das projeções conscientes.
Tipos. Sinais indicadores básicos de que o experimentador está a caminho de atingir o objetivo de
se projetar conscientemente: entorpecimento do corpo humano; sensação de alheamento quanto ao mundo
físico; esvaimento; estado vibracional; ballonnement; catalepsia projetiva; sonhos vívidos; sonhos
continuados de vôo; sonhos sobre o tema da projeção consciente (saturação mental); quase-projeções, ou
seja, experiências semiconscientes ou mal-rememoradas; projeções abortadas; sensações de decolagem;
ocorrências de repercussões físicas com alguma lucidez.
Certeza. Se alguns destes sinais acontecem, o candidato à projeção consciente deve se certificar,
de modo absoluto, de que conseguirá se projetar com ampla lucidez em pouco tempo. Será simples questão
de insistir com os métodos e disciplinas já estabelecidos.
Estímulos. Os sinais precursores da projeção consciencial funcionam como estímulos poderosos
para que o praticante prossiga com as suas experimentações.
__________________
Bibliografia: Armond (53, p. 126), Shay (1546, p. 91).
204.
AURA PROJETIVA
Definição. Aura projetiva: sensação ou fenômeno particular que precede o início da projeção da
consciência para fora do corpo humano.
Sinonímia: aviso da projeção; disposição projetiva; fenômeno dos sinais; presságio de ação
extrafísica; sinais astrais.
Pessoal. A aura projetiva representa os sinais iniciais subjetivos ou objetivos do transe projetivo.
Com o acúmulo das experiências, o projetor acaba por identificar e caracterizar perfeitamente todos os
aspectos da sua aura projetiva pessoal, específica, individualíssima, podendo prever a projeção iminente e
acelerar o seu desenvolvimento projetivo.
Causas. Entre as causas da aura projetiva devem ser destacadas: estado de soltura do duplo etérico;
predisposição anímica; a fisiologia do corpo humano; a parafisiologia do psicossoma; o fenômeno da isca
espiritual; a projeção parcial; o aviso de projeção; a projeção prévia; a clarividência viajora; etc.
Tipos. Há centenas de tipos de sinais característicos da aura projetiva de acordo com os projetores
em geral, podendo os mesmos serem de caráter motor, sensitivo, sensorial, psíquico, e parapsíquico. Os mais
freqüentes são: percepção de um afluxo de corrente de ar no ambiente; audição de sibilo, silvo ou assobio em
torno do praticante; manifestações subjetivas dos chacras, especialmente do chacra frontal; pequena vibração
na cabeça ou na parte superior do tórax; sensação de aumento súbito do brilho do nível da luz do cômodo da
base física.
Efeitos. Além dos sinais genéricos referidos, existem outros efeitos às vezes compondo a aura
projetiva: aceleração da digestão e eliminação da repleção gástrica, ambas estas ocorrências de origem
extrafísica; alterações fisionômicas transiformes; alucinações olfativas; captação mediú- nica de presenças
extrafísicas; fenômenos mediúnicos em geral; sensações de abordagem mental ou ataque extrafísico
invisível; sinais típicos da mediunidade; sonolência; vidências faciais; etc.
Viajora. Antes da projeção integral da consciência pelo psicossoma, o praticante pode
experimentar a clarividência viajora funcionando ao modo de projeção prévia, aviso de projeção ou trai ler
da projeção iminente, propriamente dita, e atuando, neste caso, também como fator de rapport ou de
intensificação da empatia necessária com as criaturas-alvos visadas, situadas em outro ambiente físico ou
extrafísico.
Amparadores. A clarividência viajora, especialmente nas condições referidas, mas também na
maioria das circunstâncias, pode estar sendo assistida ou promovida por amparadores interessados na
evolução das projeções, no desenvolvimento de faculdades mediúnicas do projetor, na assistência fraterna daí
decorrente, e em outros fatores ignorados pelo projetor e circunstantes.
Reconhecimento. Depois de algumas projeções conscientes, o projetor encarnado, atento às
próprias sensações, acaba reconhecendo os sinais da sua aura projetiva e, predispondo-se com bastante
relaxação e motivação para ajudar, estará capacitado a deixar o corpo humano muito mais facilmente, de
maneira constante, uniforme, e com lucidez maior.
Duração. A aura projetiva normalmente ocorre apenas por minutos breves, imediatamente antes de
a consciência encarnada se projetar. Contudo, excepcionalmente pode se prolongar por uma ou duas horas até
que as circunstâncias humanas e/ou extrafísicas, permitam a produção da projeção como deva ser, ou
segundo as necessidades e implicações do momento fisico- extrafísico da existência.
Parafisiologia. A aura projetiva constituindo simples manifestação parafisiológica, positi- víssima,
e embora sendo mesmo uma aura, muito bem caracterizada, nada tem a ver diretamente com causas e
manifestações patológicas, nem se identifica com a aura epiléptica, a aura asmática, a aura histérica, ou a
aura própria da enxaqueca, também chamadas auras psíquicas, auras sensórias, ou auras visuais.
_________________
Bibliografia: Frost (560, p. 55), Guirdham (664, p. 15), Monroe (1065, p. 216), Vieira (1762, p.
87).
205.
ENTORPECIMENTO FÍSICO
Definição. Entorpecimento físico: ausência passageira de sensibilidade e, portanto, da ação do
corpo humano quando os sentidos entram em torpor, constituindo-se tal fato o primeiro sinal pessoal da
descoincidência dos veículos de manifestação da consciência.
Sinonímia: amortecimento do organismo; entorpecimento orgânico; insensibilidade orgânica;
ioganidra; sensação de anestesia orgânica; torpor físico; torpor orgânico.
Freqüência. A queda da freqüência cardíaca, ou seja, a diminuição do ritmo dos batimentos do
coração, constitui o fator básico para predispor o organismo humano ao estado de entorpecimento físico
nascido pela força da vontade.
Causa. A causa essencial do entorpecimento físico está na desativação do sistema nervoso através
da inibição das terminações nervosas e, por isso, geralmente esta ocorrência começa a se instalar pelas
extremidades, pés, pernas, mãos e braços.
Sinal. Por sua vez, o surgimento do estado de entorpecimento físico é o primeiro sinal, local,
característico da exteriorização parcial do psicossoma, exatamente na área do corpo humano entorpecida.
Inércia. A saída parcial ou completa do psicossoma provoca, ao mesmo tempo, o entorpecimento
físico, por isso, esta condição indica sempre que ocorre uma descoincidência, também parcial ou completa,
dos veículos de manifestação da consciência, sobrevindo daí a inércia passageira do corpo humano e a
libertação do psicossoma.
Anestésicos. Se ponderarmos sobre os efeitos amortecedores das substâncias anestésicas, usadas na
anestesia médica e odontológica, regional sobre o paciente, podemos entender melhor o fenômeno do
entorpecimento físico pré-projetivo.
Regional. O anestésico inibe a condução dos impulsos nervosos da rede neurológica da área
orgânica anestesiada retirando-lhe a sensibilidade. Tal fato faz pensar que a anestesia regional redunda, de
fato, numa projeção parcial, artificial, química, de parte do psicossoma para fora do corpo humano, através
do efeito do anestésico.
Geral. Do mesmo modo, a anestesia geral representa uma projeção total, artificial, química, do
psicossoma inteiro para fora do corpo humano, através da ação do anestésico. Chancelando esta última
ocorrência existem, registrados, há muitas décadas, dezenas de casos conhecidos de projeção consciente em
salas de cirurgia e consultórios odontológicos (V. cap. 416).
Conclusões. Seis inferências podem ser extraídas desses fatos:
205.1. Vontade. O entorpecimento físico intenso do corpo humano de origem para- normal é o
resultado da anestesia natural executada, consciente ou inconscientemente, pela vontade do praticante.
205.2. Hipnose. Falam a favor das evidências em análise as corriqueiras anestesias induzidas por
sugestão hipnótica, verdadeiras anestesias produzidas, de qualquer modo, pela força da vontade.
205.3. Descoincidência. Qualquer tipo de anestesia ou supressão da atividade neurológica, local ou
geral, pressupõe a saída localizada ou generalizada do psicossoma da coincidência dos corpos.
205.4.Etérico. A anestesia atua diretamente sobre o sistema neurológico e, indiretamente, sobre o
duplo etérico, o corpo energético da consciência e, evidentemente, também sobre o côrdão de prata, a ligaçSo
intercorporal essencial entre o corpo humano e o psicossoma, uma parte essencial do mesmo duplo etérico.
205.5. Cordão. O cordão de prata, ou no caso, o elemento de ligação intercorporal corpo humanopsicossoma se insere, conecta, ou melhor, deriva de todo o organismo, de todas as células, mas
essencialmente dos nervos, das terminações nervosas, de todo o sistema nervoso e, por fim, do cérebro em si,
ou seja, dos dois hemisférios cerebrais.
205.6. Equivalências. Como manifestações fenomênicas parapsicobiofísicas, estas quatro
ocorrências: a anestesia psicológica executada através da hipnose; a anestesia química obtida através do
anestésico; o estado de insensibilidade orgânica exibido pelos faquires; e a condição do entorpecimento físico
instalada consciente ou inconscientemente pela força e atuação da vontade, se equivalem.
______________________
Bibliografia: Armond (53, p. 126), Muldoon (1105, p. 215), Rossi (1476, p. 5), Vieira (1762, p.
143).
206. BALLONNEMENT
Definição. Ballonnement: sensação de expansão física, porém, na verdade, de origem extra- física,
ou proveniente do duplo etérico, de qualquer área do corpo humano, seja, o rosto, os membros, o tronco, ou
até mesmo todo o organismo celular, que parecem crescer, se avolumar, dilatar, estufar, ou inflar,
semelhantes a um balão.
Sinonímia: “balonamento”; reação extrafísica de inflar; sensação de estufamento corporal;
sensação de expansão corporal; sensação do corpo tufado.
Freqüência. A sensação mais comum de ballonnement ocorre com a dilatação, estufamento,
inchação, ou engrossamento, aparentes e em todas as direções, das mãos, pés, e área do plexo solar, e suposto
intumescimento de lábios, bochechas, e mento, freqüentes nas atividades parapsíquicas principalmente com
os médiuns passistas e psicofônicos.
Decolagem. As vezes o fenômeno do ballonnement surge para o projetor nos momentos anteriores
à decolagem do psicossoma, ou no período da pré-decolagem, seja antes ou concomitante com o estado
vibracional e constitui efeito da própria exteriorização do psicossoma, em geral acompanhado de lastro maior
do duplo etérico.
Sensação. O efeito do ballonnement não deve causar apreensão ou medo, mas alegria ao praticante,
pois tal sensação representa uma das primeiras evidências pessoais da decoincidência dos seus veículos de
manifestação ou do fato de que a sua consciência encarnada está começando a deixar a matéria densa com
alguma lucidez.
Incorporação. No fenômeno do ballonnement, além das sensações advindas da expansão do duplo
etérico e do próprio psicossoma do animista-médium, ocorre também durante a incorporação (psicofonia) de
entidade desencarnada. Neste caso, o animista-médium sente o psicossoma do ser desencarnado, assim como
este sente o psicossoma, o duplo etérico e o corpo humano do médium. Evidentemente, o ballonnement,
nesta oportunidade, se faz mais pronunciado e intenso quando um médium franzino, com possibilidades de
efeitos físicos, recebe a incorporação de um ex-encarnado obeso, podendo então ocorrer até
autotransfigurações físicas.
Bolha. O fenômeno do ballonnement demonstra, de modo insofismável para quem o experimenta,
que o psicossoma, na verdade, é um corpo-bolha, e que as sensações parapsíquicas sentidas têm relação
direta com o duplo etérico.
Timpanismo. Não se pode confundir o ballonnement de origem extrafísica, aqui analisado, com o
ballonnement, sensação de origem física, abdominal, por exemplo, devido à distensão patológica do tubo
intestinal por gases, abordado na Patologia Médica pelas expressões: “meteorismo”, “timpanismo”, ou
“pneumatose”.
____________
Bibliografia: Armond (53, p. 127), Greenhouse (636, p. 224), Paula (1208, p. 79), Reis (1384, p.
53), Tourinho (1692, p. 100), Vieira (1762, p. 19).
207. PRË-DECOLAGEM
Definição. Pré-decolagem: estado preliminar da consciência encarnada imediatamente anterior à
decolagem do psicossoma deixando o corpo humano, ou à projeção direta da consciência encarnada através
do corpo mental isolado.
Sinonímia: estado introdutório da projeção; preliminares da projeção.
Psicossoma. As características da pré-decolagem aqui analisadas dizem mais respeito à saída, mais
freqüente e rica em ocorrências paranormais, da consciência deixando o corpo humano no corpo mental e no
psicossoma, e não à projeção direta, mais rara e de difícil análise, da consciência encarnada pelo corpo
mental isolado.
Características. Dentre os aspectos que caracterizam a fase da pré-decolagem destacam-se:
entorpecimentos orgânicos; alheamento quanto ao corpo humano; estado vibracional; ballonnement às vezes
do corpo inteiro; sensações dos centros de força; latejamento particular do centro frontal; estado hipnagógico;
visões fugazes; sono pré-projetivo; catalepsia física pré-projetiva; sensação da mão extrafísica;
semidesprendimento; meia-exteriorização; estiramento de membro extrafí- sico; Trendelenburg extrafísico;
autotelecinesia; perda da vigília física; etc.
Abordagens. Tornam-se comuns no período da pré-decolagem as abordagens mentais, ou
mediúnicas, tanto hígidas dos amparadores, quanto as abordagens patológicas ou doentias de entidades
desequilibradas, sobre os médiuns-projetores em desenvolvimento, ou já desenvolvidos, decorrendo daí os
fenômenos mediúnicos pré-projetivos.
________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 53).
208.
ESTADO VIBRACIONAL
Definição. Estado vibracional: condição na qual o duplo etérico e o psicossoma aceleram as
vibrações a fim de escaparem às vibrações lentas do corpo humano, o que pode produzir a projeção da
consciência encarnada através do psicossoma.
Sinonímia: atividade motora interna; efeitos vibracionais; estado elétrico extrafísico; estado
energético; formigamento extrafísico; implosão de luz; sensações vibracionais.
Causa. O estado vibracional parece ser promovido, antes de tudo, pela condição de libertação ou
soltura parafisiológica maior e benigna do duplo etérico (V. cap. 93). Atuam ainda como causas físicas para
desencadear o estado vibracional: as vibrações físicas de todo o corpo humano; ventos frios; a queda da
temperatura ambiental; condição de exaltação emocional; etc.
Características. O estado vibracional advém da intensificação do desprendimento de energias,
pode ser perceptível ou imperceptível pela consciência, e somente acontece nas projeções conscienciais
através do psicossoma com densidade maior, devido ao fato de este veículo carregar consigo um lastro maior
do duplo etérico, ou o corpo energético. Merece ser esclarecido que as “sensações das vibrações” sentidas
pela consciência não constituem realidades idênticas às “energias conscienciais”, porém estas são as
responsáveis (causas) pela geração daquelas (efeitos). Por isso, o estado vibracional acaba sendo, de fato, um
estado energético, embora as realidades “vibrações” e “energias” sejam intrinsecamente bem diferentes.
Efeitos. Dentre as sensações do estado vibracional destacam-se: movimento de ondas internas,
iguais, de vibrações pulsantes e indolores, cujas freqüência — ou número de vibrações por segundo — e
intensidade, podem ser comandadas pela vontade, sendo a freqüência aumentada ou diminuída ritmadamente,
a intensidade mais forte ou mais fraca, varrendo o corpo humano imobilizado da cabeça até as mãos e os pés,
e retornando ao cérebro, num circuito constante de breves segundos. Isso ocorre até que se atinge a
freqüência natural de vibração ou a freqüência de ressonância de cada veículo de manifestação em separado.
Continuidade. Não raro, o estado vibracional caracteriza-se apenas pela sensação de intensa
vibração contínua. Outras vezes aparecem ruídos ou sons intracranianos, bem como estímulos ou efeitos
visuais.
Imagens. Imagens e comparações que os projetores conscienciais empregam para caracterizar as
sensações do estado vibracional: alfinetadas e agulhadas generalizadas agradáveis; choque elétrico contínuo;
correntes magnéticas; dínamo interno; eletricidade suave; formigamento interno; partida de motor interno;
vibrações elétricas; etc.
Formigamento. Em Psicologia, recebe o nome de formigamento a sensação intermitente ou
oscilante, de distribuição variável, como que um picotamento ambulante que dá idéia de um batalhão de
formigas correndo sobre a pele, produzida sob a ação de uma corrente farádica pouco intensa ou de vibrações
mecânicas muito fortes, que atinja uma ramificação nervosa sensitiva, antes de ser atii.gido o limiar da dor.
Tal sensação caracteriza com bastante aproximação certas ocorrências do estado vibracional. Vale informar
que o formigamento que passa a ser doloroso constitui ocorrência diferente e aí recebe o nome específico de
“mirmalgia”.
\
Relaxe. Às vezes vale o esforço de provocar o estado vibracional, não com a intenção única de
produzir uma projeção consciencial lúcida completa através do psicossoma, porém com o objetivo de fugir à
rigidez fria e coercitiva do restringimento do corpo físico, ou da prisão às formas humanas, num relaxe
psicológico rápido e positivo.
Sensações. Quando provocado intensamente, visando ao relaxe psicológico, o estado vibra- cional
pode predispor o surgimento de sensações positivas diversas: agradabilíssimo orgasmo vibratório que se
manifesta pelo corpo inteiro; imersão num fogo energético como se todo o organismo estivesse dominado por
um incêndio com labaredas que se elevam crepitantes; aparecimento instantâneo de olhos energéticos — à
semelhança das minifontes ou olhos dágua — quais pequenos incêndios vibratórios que fluem com
intensidade como repuxos localizados aparentemente num segmento ou área circunscrita do corpo humano,
seja antebraço, pantorrilha, plexo solar, etc.
Catalepsia. Freqüentemente as sensações vibracionais e a catalepsia benigna ocorrem ao mesmo
tempo e surgem de modo indistinto para alguns projetores conscienciais lúcidos. Coroa o estado vibracional
o eriçamento positivo da crista luminosa, humana, do chacra coronário iridescente.
Uníssonos. Em tese parece seguro presumir que o estado vibracional pode ocorrer com um médium
encarnado e uma consciência desencarnada, que ainda não passou pela segunda morte (V. cap. 122), de modo
uníssono, com vibrações sincronizadas, através de acoplamento áurico maior (V. cap. 307), decorrendo dessa
junção diversos efeitos, inclusive intensa exteriorização recíproca de energias (V. cap. 251), e predispondo a
fenômenos variados. É razoável supor que tal fato aconteça em certos casos de ectoplasmia (V. cap. 46), e na
transmissão de bioenergias, por exemplo.
Decolagem. No estágio final do estado vibracional podem ocorrer a sensação de pressão intracraniana e, logo após, a decolagem do psicossoma portando consigo a consciência, podendo esta
permanecer consciente ou inconsciente quanto à ocorrência.
Desmaterialização. O estado vibracional mais avançado — ou o seu clímax — é a condição
ectoplásmica total, ou a ocorrência de desmaterialização completa do corpo humano. Tal fato acontece nos
fenômenos de parateleportação humana (V. cap. 65).
Enxaqueca. Algumas vezes durante uma crise forte de dor de cabeça, certos portadores de
enxaqueca, ou hemicrania (Psicopatologia), se queixam de ter a impressão de que todo o corpo humano fica
vibrando e se movendo como se fosse um pêndulo muito rápido, o que faz lembrar exatamente as sensações
parapsicofisiológicas, naturais, do estado vibracional.
Cadeira. As sensações do estado vibracional têm sido artificialmente criadas através da cadeira
vibratória, junto com a estimulação Ganzfeld, fazendo com que a pessoa sinta vibrações como se uma
corrente elétrica estivesse passando através do seu corpo humano com o objetivo de induzir-lhe a consciência
à experiência da projeção lúcida. O pesquisador John Palmer observou que a metade do pessoal testado com
a cadeira vibratória obteve êxito na indução da experiência da projeção consciencial lúcida (V. cap. 195).
Coletivos. Num grupo de indivíduos que se aglomeram sob a influência de um fator de ação
comum sobre eles, ou mesmo numa considerável multidão, aonde ocorra o acoplamento áurico coletivo,
fundamentalmente inconsciente quanto à ocorrência e gerado pelas emoções (contágio emocional), pode
sobrevir o estado vibracional, também inconsciente quanto às energias e gerado pelas emoções do promotor,
ou promotores do ajuntamento, e da maioria dos componentes da reunião. Tanto este tipo de acoplamento
áurico temporário, quanto este tipo de estado vibracional fugaz podem ser de natureza positiva quanto
negativa. A causa do fenômeno aqui é a interatração de cada consciência através do corpo emocional
(psicossoma); os efeitos principais são gerados pelo corpo energético (duplo etérico). Não se pode esquecer
que o projetor consciencial encarnado, projetado, pode não só observar quanto participar dessas ocorrências
seja de modo consciente, na qualidade de socorrista extrafísico, ou de modo inconsciente, na condição de
“bucha para canhão”.
208.1 Positivos. Eis três exemplos de acoplamentos áuricos coletivos e estados vibracionais
conjuntos, uníssonos, da multidão, que podem ser de natureza positiva: o líder religioso construtivo no pique
máximo de sua fala à multidão em estado de expectativa; o virtuose ao término do concerto bem executado
para uma platéia cônscia e sensível ao que ouve; o encerramento da fala do experiente paraninfo dos
formandos no solene ato da formatura; etc. Quando a energia emocional e as circunstâncias são positivas, os
amparadores aproveitam a oportunidade para socorrer extrafisicamente os seres encarnados e desencarnados
necessitados.
208.2 Negativos. Eis dois exemplos de acoplamentos áuricos coletivos e estados vibracionais
conjuntos, uníssonos, da multidão demente, de natureza inapelavelmente negativa, ou seja, manifestações de
envenenamento de massa: o líder político quando açula a multidão durante um quebra-quebra; o clímax da
embriaguês de fúria de uma sessão de linchamento; etc. Quando a energia comocional e as circunstâncias são
negativas, os amparadores fazem o que podem para reduzir ao máximo os malefícios auxiliando a quem
conseguem socorrer entre os manifestantes sempre em condições psicológicas subumanas.
208.3 Ambivalentes. Eis cinco exemplos de acoplamentos áuricos coletivos e estados vibracionais
conjuntos uníssonos, da multidão, que podem ser de natureza ambivalente, positiva e negativa ao mesmo
tempo: o entusiasmo dos torcedores do jogo decisivo no estádio esportivo lotado; a vibração por ocasião da
passagem dos animais pela reta de chegada no grande prêmio do Jockey Clube; o clímax do desfile da escola
de samba na passarela; o artista cantando para o seu público; o orador ao envolver psicologicamente os
ouvintes; etc.
___________________
Bibliografia: Alverga (18, p. 64), Blackmore (139, p. 101), Castaneda (258, p. 124), Crookall (343,
p. 143), Greene (635, p. 92), Lippman (934, p. 347)), Manning (993, p. 155), Monroe (1065, p. 210), Reis
(1384, p. 54), Rogo (1444, p. 12), Salley (1496, p. 158), Sculthorp (1531, p. 17), Vieira (1762, p. 19), White
(1831, p. 144).
209. HIPNAGOGIA
Definições. Hipnagogia (Grego: hipnos, sono; e agogós, condutor): condição crepuscular de
transição da consciência entre o estado da vigília física ordinária e o estado do sono natural; estado alterado
da consciência introdutório ao sono natural, caracterizado por imagens oníricas, visões alucinatórias, e
representações devido à exacerbação da imaginação, com efeitos visuais e auditivos.
Sinonímia: alucinações hipnagógicas; estado alfa; estado alfagênico; estado crepuscular; estado de
semi-sonho; estado de semi-sono; estado de semivigília; estado hipnagógico; estado hipnóide; estado semiadormecido; himnogogia; imagens do semi-sono; imagens hipnagógicas; período hipnagógico; quase-sono;
relâmpagos de sonho; ritmo alfa; visões hipnagógicas; zona de crepúsculo.
Tipos. Qualquer pessoa pode experimentar diversos tipos de sensações ou imagens visuais, que
devem ser bem caracterizadas, especialmente quanto às suas origens específicas, a fim de se entender melhor
e distinguir os fenômenos da hipnagogia de outras ocorrências visuais ou mesmo anímico-mediúnicas,
inclusive vidências ou clarividências de todos os tipos. Eis quatro tipos de imagens das quais se podem
estabelecer caracteres diferenciais:
209.1 Secundárias. Quando alguém cerra as pálpebras depois de ter observado detidamente um
objeto com clareza, durante alguns segundos, vê surgir uma imagem ou uma sucessão de imagens que
reproduzem os contornos do objeto e que, à semelhança das fotografias, podem ser positivas ou negativas,
seja de modo sucessivo ou alternadamente. Estas são as imagens comuns, também chamadas
complementares, consecutivas, posteriores, ou secundárias, geradas a partir da visão corriqueira exterior.
Estas imagens visuais estão inseridas no período de oscilações retinia- nas ou das imagens recorrentes e
nestas ainda se incluem: as imagens primárias, as imagens terciárias, e as imagens quaternárias.
209.2 Fosfenos. Outras impressões luminosas diversas podem ser experimentadas por compressão,
ou seja, comprimindo o globo ocular com a pálpebra fechada e, neste caso, recebem o nome de fosfenos. Tais
efeitos podem surgir em forma de círculos, flores coloridas, figuras mais ou menos geométricas como os
desenhos de certas tapeçarias, animadas com movimento de turbilhão. Constituem, no entanto, simples
conseqüências de uma ação mecânica exercida sobre o globo ocular. Tecnicamente se descrevem os fosfenos
como sensações luminosas devido a uma excitação inadequada dos receptores retinianos, elétricas ou
mecânicas (choques sobre o olho, compressão de origem externa, ou de origem interna como no glaucoma).
Ocorrem ainda os fosfenos rotatórios produzidos por estimulação elétrica separada em cada um dos olhos,
efetuada numa freqüência muito aproximada.
209.3. Entópticas. As imagens entópticas são imagens visuais que ocorrem no interior do globo
ocular, portanto de origem subjetiva, quase sempre cerebral, em geral múltiplas, borradas, superpostas, de
contornos irregulares. São estimulações visuais cuja origem se acha no próprio olho: visão de vasos e, às
vezes, dos glóbulos sangüíneos, de leucócitos que circulem no corpo vítreo (moscas volantes), etc. Podem ser
compreendidos entre esses fenômenos os arcos azuis da retina, a mancha de Maxwel e os escotomas. Estes se
manifestam por uma mancha escura, mais ou menos extensa, imóvel, que cobre uma porção do campo visual
ou objeto que se observa, resultante exclusivamente da insensibilidade de uma porção correspondente da
retina. Não raro, nestes casos, surgem também riscos luminosos, brilhantes, e piscantes. O escotoma
luminoso cintilante aparece na enxaqueca oftálmica. O escotoma hemianóptico é devido a pequena lesão do
córtex visual da zona calcarina, porquanto se encontra em regiões simétricas dos campos visuais dos dois
olhos.
209.4. Vidências. Outras visões bem diversas das precedentes são as vidências faciais, ou os
fenômenos anímico-mediúnicos elementares da clarividência comum, que iranscendem os limites, a
atmosfera e as características das formas físicas vistas no momento, estando as pálpebras descerradas.
Ocorrências. No desenvolvimento das imagens das vidências faciais podem sobrevir estas
ocorrências: vidências pelo vidente 1 de imagens superpostas de seres desencarnados sobre o rosto do vidente
2, ou vice-versa; vidências faciais simultâneas; imagens de paisagens; vidências além do ambiente físico, sala
anexa, ou arredores do quarteirão; o desfilar de rostos conhecidos e desconhecidos por ambos os videntes, às
vezes cinqüenta personalidades ou mais, em trinta minutos de vidência; a intercorrência de fenômenos de
efeitos físicos do vidente 1, mais experiente, com alterações da respiração, estímulos nos chacras,
notadamente o frontal e o abdominal, queda da temperatura corporal do vidente; o desaparecimento
temporário das imagens como se o cenário ficasse borrado, com o surgimento de novos personagens; o
reaparecimento sucessivo de alguns personagens muitas vezes seguidas; o surgimento e o desaparecimento
instantâneos de um personagem no écran da vidência; as alterações caricatas dos traços faciais dos videntes;
etc.
Especiais. A luz ambiente, o uso de lentes corretoras ou óculos por ambos os videntes, durante o
transe, e a ingestão recente de alimentos, quando ainda se processa a digestão, não alteram o desenrolar dos
fenômenos das vidências. A movimentação perceptível do chacra frontal do vidente 1 anuncia a preparação
da vidência facial. As alterações dos traços faciais do vidente 2 ante as percepções do vidente 1 em geral
representam o início das manifestações clarividentes. O acoplamento áurico entre os dois candidatos à
vidência, seja por horas ou mesmo dias de convivência continuada, facilita as manifestações.
Olho. Vale esclarecer que — além de todas as imagens visuais referidas — em obscuridade
completa, sem estimulações inadequadas suscetíveis de provocar fenômenos entópticos, persiste uma
impressão de luz acinzentada de distribuição espaço-temporal irregular, que parece devido a descargas
espontâneas de influxo nas fibras ópticas. Esta seria a luz própria do olho humano. A propósito, vale
questionar: — Por esta ocorrência pode-se deduzir que o impulso nervoso carrega fotônios em sua ação?
Surgimento. Já as imagens hipnagógicas apresentam-se diferentes das imagens referidas aqui
porque são vizinhas do sono natural, e surgem mais freqüentemente coloridas, com as pálpebras cerradas, ou
na condição ambiental de escuridão completa, quando o corpo humano está inerte e a atenção voluntária
permanece ativa.
Sonolência. A hipnagogia tem relação direta com o estado da sonolência, ou seja, o estado de
semi-adormecimento no qual desaparece o controle voluntário da atividade e do pensamento, sem ruptura
completa das relações sensório-motoras com o exterior. A condição de sonolência pode apresentar
alucinações hipnagógicas. A fase inicial do sono, logo a seguir, recebe o nome de predormitum.
Pródromos. A hipnagogia se caracteriza pelos pródromos do sono natural e não só constitui a
porta de entrada para o sono, como também predispõe a projeção consciente, em particular a projeção de
consciência contínua (V. cap. 437), pois a descoincidência dos veículos de manifestação da consciência tem
início, em muitos casos, justamente no período hipnagógico.
Descoincidência. A hipnagogia representa a linha de demarcação entre a consciência e a inconsciência, bem como entre o estado de coincidência e o estado de descoincidência dos veículos de
manifestação da consciência, constituindo a oportunidade ideal para a decolagem inteiramente lúcida da
consciência do projetor encarnado através do psicossoma.
Mioclonias. O estado de hipnagogia pode ser acompanhado por sacudidas ou espasmos musculares
involuntários, abruptos, repetidos, sob a forma de contração ou movimento de torcedura, mais ou menos
localizados, que ocorrem em sincronismo ou de modo irregular, conhecidos por mioclonias. Há mioclonias
de natureza patológica.
Duração. Ó estado hipnagógico, ou primeira fase da seqüência do sono natural, pode perdurar por
alguns segundos ou se prolongar até cerca de quinze minutos, segundo as modernas pesquisas laboratoriais
do sono e da insônia.
Pupilas. A elevação das pupilas em direção ao alto da cabeça, ou sincipúcio, concentran- do-se a
consciência num ponto imaginário visualizado no topo ou no centro do crânio, provoca facilmente a condição
da hipnagogia, sendo o recurso inicial utilizado nas práticas da ioga, por praticantes de bio-retroalimentação
(biofeedback), e pela maioria das técnicas de expansão da mente, controle mental, e da alfagenia, ou seja, a
emissão das pequenas ondas cerebrais do tipo alfa, de 8 a 13 Hertz ou ciclos por segundo (c. p. s.), e que
podem ser detectadas pela colocação de eletrodos no crânio, ou seja, através da linguagem do cérebro.
Alfa. Hoje, nada menos que 32 fios e canais separados são usados para captar e registrar ondas
cerebrais. O eletroencefalógrafo (EEG) mede, registra e amplia na pessoa-teste as flutuações na voltagem ou
os minúsculos potenciais elétricos dos hemisférios cerebrais agrupados em quatro categorias ou ondas. A
leitura do registro, ou eletroencefalograma, permite saber quando grandes partes do cérebro estão trabalhando
ativamente. Um Hertz (Hz) equivale a uma vibração por segundo. O ritmo alfa se refere .ao estado de alerta
passivo ou à meditação leve ou superficial, e geralmente não se faz’presente quando as pálpebras estão
descerradas.
Freqüências. Existem ainda mais três outras pequenas pulsações elétricas ou freqüências de ondas
cerebrais: as ondas beta, com 14-30 ciclos por segundo, correspondentes ao estado da vigília física ordinária,
e que acompanham todos os tipos de atividade intelectual e as soluções de problemas do indivíduo; as ondas
theta, com 4-7 c. p. s., relativas à meditação profunda, acreditando-se constituir a freqüência da atividade
mental criativa ou quando o próprio sujeito induz um profundo estado alterado de consciência; e as ondas
delta, com 1/2-3 c. p. s., que aparecem no estado do sono profundo sem os movimentos binoculares
sincrônicos rápidos. Quando as ondas delta aparecem no estado da vigílila física ordinária indicam a
ocorrência de caso de patologia cerebral.
Theta. Todas as pessoas que mostram ondas theta em grande quantidade no período em que se
preparam para o experimento da projeção consciente invariavelmente relatam experiências lúcidas logo em
seguida. Isso demonstra que das quatro categorias básicas de pulsações elétricas do cérebro, as ondas theta
são mais importantes, misteriosas, e as que exibem a mais íntima relação com as projeções conscientes, em
particular as que apresentam blecaute consciencial. Como regra geral quem consegue gerar e controlar as
ondas theta, desejando sair fora do corpo humano, produz projeções conscientes marcantes.
Condições. O estado alfa aparece nas condições de relaxação psicofísica, passividade, tranqüilidade, inibição do mundo exterior, assimilação, bem-estar psíquico, abolição do consciente, sensibilidade
exaltada, e ‘durante a produção de fenômenos advindos das faculdades psi, constituindo o melhor substituto
para as drogas psicodélicas em geral.
Hipnose. Para se compreender globalmente os estados conscienciais, por exemplo, estudados na
hetero-hipnose, pode-se dividir a mente em consciente e inconsciente. A mente consciente, desperta, atenta, é
o nível beta, e a mente subconsciente, o nível alfa. A mente inconsciente apresenta o sono leve, nível theta, e
o sono profundo, o nível delta, onde, excepcionalmente, às vezes é possível tambe'm estar-se consciente
segundo se depreende de determinadas técnicas iogues.
Hipnopompia. Além das ondas cerebrais referidas aqui, os neurocientistas estudam atualmente
outros aspectos da intrincada linguagem do cérebro e já detectaram diferentes ondas tais como: a da
expectativa, a de surpresa, e a de reprocessamento. Espera-se que a compreensão dos mecanismos do cérebro
venha a clarear o entendimento de inúmeros aspectos da Projeciologia em futuro próximo. A condição
consciencial contrária ou antípoda à hipnagogia é a hipnopompia (V. cap. 336).
Antebraço. Existe uma técnica conhecida e mais eficaz para prolongar o estado hipnagó- gico e
permitir que a consciência penetre nas imagens deste estado, que normalmente se comportam
independentemente do controle voluntário do indivíduo, dando início a uma projeção consciente. Você deve
deitar-se em decúbito dorsal, relaxar fisicamente e estender os braços ao longo do corpo humano. Quando
sentir que está adormecendo, erguer um dos antebraços para a posição vertical, sobre o leito, e deixá-lo
permanecer assim, descansando no cotovelo. Cada vez que a sua consciência entrar no sono, o seu antebraço
cairá sobre o leito e você acordará. Isso evitará o seu sono, prolongará a sua hipnagogia, e colocará você
predisposto á projeção consciente.
Para-sonia. O conjunto da pré-sonia, onde se situa a hipnagogia, e da pós-sonia, onde se insere a
hipnopompia, constitui a para-sonia, ou os dois estados psíquicos, o que precede, e o que transpõe o estado
do sono ordinário ou natural.
Diferenciações. Através de seus caracteres diferenciais, os estados alterados da consciência
evidenciam nuanças próprias, diversificadas, que os inserem num crescendo de manifestações. Por exemplo:
a hipnagogia representa espetáculo íntimo, sem a participação direta do espectador- hipnagogo. O sonho
constitui espetáculo íntimo apenas com a participação relativa da consciência do espectador-sonhador. A
projeção consciencial lúcida não é espetáculo nem de uma categoria nem de outra. É aventura autêntica da
consciência livre, atuante e com a capacidade decisória plena do projetor projetado.
______________
Bibliografia: Andrade (27, p. 114), Bonin (168, p. 240), Bret (203, p. 47), Cavendish (266, p. 114),
Coxhead (312, p.. 78), Crookall (339, p. XXVIII), D’arbo (365, p. 41), Edmunds (461, p. 247), Frost (560. p.
54), Gertz (585, p. 155), Gómez (613, p. 87), Grant-Veillard (623, p. 92), Grattan-Guinness (626, p. 392).
Gurney (666, p. 389), Kardec (825, p. 189), Lukianowicz (957, p. 210), Martin (1003, p. 67), Monroc (1065,
p. 207), Morei (1086, p. 91), Morris (1092, p. 21; 1093, p. 156), Muldoon (1105, p. 69), Panati (1193, p.
156), Rogo (1444, p. 146), Schul (1524, p. 85), Shirley (1553, p. 105),Sudre (1630, p. 82),Vieira (1762, p.
147), Walker (1781, p. 113).
210. ESTADO TRANSICIONAL
Definição. Estado transicional: período de décimos de segundo, ou, mais raramente, de vários
segundos ou minutos, que decorre entre o início da descoincidência dos veículos de manifestação, ou
decolagem, e a exteriorização plena do psicossoma, quando a consciência se encontra aparentemente nos dois
veículos, o físico e o extrafísico, ou de passagem rápida entre um e outro.
Sinonímia: minidescoincidência; semidecolagem.
Dubiedade. Na fase de transição é comum surgirem sensações excêntricas, dúbias e de difícil
caracterização e tradução em palavras pelo projetor, mesmo quando desfrutando de consciência lúcida
durante todo o período do experimento.
Despertador. A experiência comum da projeção consciente no instante exato do disparo do
relógio-despertador, em que a consciência desperta extrafisicamente ao invés de acordar no estado da vigília
física ordinária, também caracteriza de modo incontrovertível a condição do estado transicional (V. cap.
148).
Ocorrências. Diversas ocorrências aparecem na fase de transição das projeções conscientes, em
especial: condição de instabilidade do psicossoma; decolagem por afundamento; consciência dupla; visão
dupla extrafísica; etc.
___________
Bibliografia: Crookall (343, p. 32), Muldoon (1105, p. 125), Vieira (1762, p. 44).
211.
CONSCIÊNCIA DUPLA
Definição. Consciência dupla: sensação de se estar em dois centros de consciência ao mesmo
tempo, ou seja, em dois veículos de manifestação simultaneamente, no caso, quase sempre, no cérebro físico
e a consciência no corpo mental, preso este ao paracérebro do psicossoma.
Sinonímia: clivagem consciencial; consciência alternante; consciência dividida; percepções
duplas; senso de dualidade consciencial.
Transição. Buscando esclarecer ainda mais a definição, pode-se dizer que o fenômeno da
consciência dupla constitui estado de transição da projeção consciente em que parece haver parte da
consciência sediada no corpo humano e outra parte sediada no psicossoma, com alguma lucidez nas duas
condições simultâneas, predominando ora num local, ora noutro, conforme a fixação da atenção.
Sensações. Na verdade, a consciência não se divide, embora se expanda até limites ignorados por
nós. A consciência integral parece existir em um único corpo ou veículo. Contudo, principalmente em razão
da extrema velocidade do processo, as sensações podem parecer duplas, dúbias, ou em dois lugares ao
mesmo tempo, numa aparente dicotomia da personalidade, como se a sede da inteligência — o corpo mental
— estivesse instável ou móvel.
Semidecolagem. O fenômeno da dupla consciência tem relação direta com a decolagem do
psicossoma para fora do corpo humano, ou seja, constitui ocorrência própria do período de trânsito da
semidecolagem, semidesprendimento, meia-exteriorização, ou minidescoincidência dos veículos de
manifestação consciencial.
Pré-projetiva. A dupla consciência é mais freqüente como ocorrência pré-projetiva, embora possa
surgir também, mais raramente, depois de uma interiorização da consciência, através do psicossoma no corpo
humano.
Bilocação. Não se deve confundir a bilocação física com a dupla visão extrafísica, ou duplicação
do sentido da visão, e a sensação de dupla consciência, três fenômenos distintos e característicos.
Eletrodo. Igualmente, as sensações de dupla consciência, derivadas da descoincidência dos
veículos de manifestação do ego, não devem ser confundidas com as sensações de se estar em duas épocas e
dois lugares diferentes, advindas do estímulo de certas áreas do cérebro com finíssimo eletrodo, fenômeno
puramente químico e elétrico do organismo em que acontece a reavivação dé rememorações presas a
determinada experiência passada, mas da própria encarnação atual.
Hemisférios. A título de hipótese de trabalho, vale indagar se a existência dos dois hemisférios
cerebrais, esquerdo e direito, terá alguma relação com a sensação da dupla consciência, assim como existe a
hipótese do ego duplo?
Cordão. O fato essencial que parece influir decisivamente na criação da sensação da dupla
consciência é o ato da diminuição da ligação energética, ou seja, do calibre do cordão de prata que não
transmite estímulos vigorosos de um veículo para outro, ou do corpo humano para o psicossoma, e viceversa. Poderia, em certos casos, isto decorrer de um efeito parapsicológico, ou instinto de sobrevivência,
nascido do medo de se perder o controle instantâneo do corpo humano?
Unipresente. Em resumo: pelas observações se infere que, em razão das sensações conscien- ciais
mais evoluídas e a velocidade relampagueante dos processos conscienciais ainda obscuros do corpo mental,
no plano mental, parece às vezes existir a consciênciaowpresente, ou seja, detentora do atributo da
onipresença, o que é mera aparência apenas. Contudo, a rigor, a própria consciência, em si, seja qual for a sua
sede consciencial, num determinado instante, é sempre uma consciência ««/presente, tem somente uma
presença única.
_____________
Bibliografia: Alverga (18, p. 288), Baker (69, p. 46), Battersby (92, p. 80), Black (137, p. 79),
Blackmore (139, p. 38), Bozzano (188, p. 36), Carrington (245, p. 288), Castaneda (259, p. 84), Crookall
(323, p. 41; 339, p. 100; 343, p. 35), Drury (414, p. 23), Fox (544, p. 37), Green (632, p. 41), Greenhouse
(636, p. 67), Holroyd (736, p. 112), Kardec (824, p. 81), Martin (1002, p. 29), Muldoon (1105, p. 107), Rogo
(1444, p. 58), Steiger (1601, p. 223), Vieira (1762, p. 115), Walker (1781, p. 70), Yram (1897, p. 77).
212. VISÃO DUPLA EXTRAFÍSICA
Definição. Visão dupla extrafísica: visualização simultânea de dois ambientes ou cenários
diferentes, diretamente pelos olhos humanos e tambe'm pela visão extrafísica, fora do organismo celular,
dentro do quarto de dormir ou mais além.
Sinonímia: dupla visão astral; visão anímico-mediúnica; visão combinada; visão por quatro olhos.
Transição. Ao modo da dupla consciência, fenômeno parecido é o da visão dupla extrafísica,
estado de transição da projeção consciente em que ocorre parte da visão no corpo humano e outra no
psicossoma, simultaneamente, por um duplo caminho do sentido da visão.
Pré-projetiva. A dupla visão extrafísica é mais freqüente como ocorrência pré-projetiva, embora
possa acontecer também, mais raramente, depois de uma interiorização da consciência que se prepara para
despertar fisicamente.
Clarividência. Não se deve confundir a dupla visão extrafísica com a clarividência, ou segunda
vista, pois esta representa apenas a segunda parte daquela. Em resumo, a dupla visão extrafísica é a visão
física normal mais a clarividência conhecida, funcionando ao mesmo tempo.
Audição. O fenômeno da dupla audição ocorre com certa freqüência por ocasião da interiorização
da consciência projetada no corpo humano. Nestas oportunidades, a consciência do projetor pode chegar a
ver, extrafisicamente, a entidade que fala, às vezes chamando o seu nome e, em razão da visão ou do som do
próprio chamamento, acaba interiorizando-se abruptamente, ainda escutando o seu nome ser chamado. Não
raro, a consciência projetada se interioriza em razão de ouvir um estouro ou estampido de origem
desconhecida, seja física ou extrafísica.
Sensações. Evidentemente, sob o prisma da excentricidade dos sentidos ou das sensações que a
consciência experimenta na transição de um estado consciencial para outro, podem ocorrer, além da
consciência dupla, da visão dupla extrafísica, e da dupla audição, o duplo tato, a dupla motricidade, a dupla
sensibilidade, etc.
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Bibliografia: Muldoon (1105, p. 107), Walker (1781-, p. 70).
213. BRADICINESIA EXTRAFÍSICA
Definição. Bradicinesia extrafísica: condição da morosidade anormal dos movimentos extrafísicos
da consciência encarnada projetada através do psicossoma.
Sinonímia: deslocamento extrafísico vagaroso; morosidade extrafísica; movimento extrafísico em
câmara lenta;slow motion.
Local. Em Medicina (Neurologia, Psiquiatria), o termo bradicinesia designa a morosidade dos
movimentos do indivíduo, por direto comprometimento do sistema nervoso, o que acontece namoléstia de
Parkinson, epilepsia, etc. Aqui se analisa o movimento extrafísico vagaroso, carregado, pesadão, do
psicossoma da consciência projetada, que geralmente ocorre na faixa de intensa atividade do cordão de prata,
dentro da esfera extrafísica de energia, parecendo que o psicossoma está envolto por uma rede de laços
energéticos que o impedem de movimentar-se em sua condição de desembaraço normal, a toda a velocidade.
O psicossoma, neste caso, parece transformado numa simples marionete. Qualquer projetor consciente
humano pode passar por esta experiência independentemente de suas condições orgânicas.
Causas. Em Projeciologia, o fenômeno do slow motion aparece oriundo do estado transicio- nal, ou
descontínuo, da consciência, durante o processo da projeção lúcida, quase sempre quando o psicossoma
exteriorizado se apresenta mais denso ou portando consigo o duplo etérico. A densidade maior desse lastro,
mais pesado e volumoso, dificulta a desenvoltura dos movimentos do veículo da consciência. Outros
prováveis fatores geradores da bradicinesia extrafísica: a dificuldade e limitação dos movimentos em razão
da atuação direta do cordão de prata denso; a insegurança dos movimentos da consciência decorrente da
imponderabilidade, incomum em suas rotinas existenciais, à qual não se acha habituada; etc.
Frustração. Vale assinalar que, às vezes, na condição da bradicinesia extrafísica, a consciência
quer se movimentar com desembaraço maior, contudo não consegue, presa que fica à lentidão arrastante
indeterminada, o que torna a experiência desagradável e bem frustrante, semelhante aos avisos admonitórios,
comuns, emitidos através do cordão de prata até o psicossoma da consciência projetada quando esta precisa
retornar ao corpo humano inanimado.
___________
Bibliografia: Noyes Jr. (1141, p. 20, Vieira (1762. p. 124).
214. PARAPSICOLEPSIA
Definição. Parapsicolepsia: breve lapso de lucidez da consciência que ocorre, freqüentemente, na
transição do foco das operações mentais, sediadas no cérebro do corpo humano, para as operações
paramentais, sediadas no paracérebro do psicossoma, em geral no preciso momento em que se completa a
formação da estrutura humanóide do psicossoma exteriorizado, constituída no plano extrafísico,
evidentemente já fora dos limites do corpo humano.
Sinonímia: anuviamento extrafísico da consciência; ausência extrafísica; blecaute conscien- cial;
curto-circuito consciencial; eclipse consciencial extrafísico; episódio amnésico extrafísico; hiato da
conscientização extrafísica; lapso extrafísico de consciência; perda extrafísica de consciência; período
extrafísico de inconsciência.
Cérebro. O cérebro é um aparelho elétrico com polaridade positiva e negativa, e qualquer interferência com essa polaridade resulta numa perda de lucidez (mente — física) que pode levar, por fim, a
um blecaute consciencial transitório (consciência — extrafísica). O blecaute consciencial ocorre na
dependência do psicossoma — em cujo paracérebro está sediado o corpo mental ou a consciência — e afeta
obviamente, de modo direto, a própria consciência no corpo mental.
Decolagem. O blecaute físico-extrafísico da consciência se situa naquele ponto mais difícil, crítico,
de manter a lucidez, agente responsável pela dificuldade de o projetor consciencial experimentar a decolagem
totalmente desperta — a mais rara de todas — demarcando a transição das operações de focalização dos
pensamentos da consciência de um veículo de manifestação para outro. Este é o momento crítico da
descoincidência básica, a mudança da sede consciencial, a criação do cérebro vazio.
Túnel. O blecaute temporário tem relação estreita com o cordão de prata e o efeito túnel (V. cap.
222), porque parece que a consciência projetada entra subitamente num túnel escuro, sentindo, às vezes, certa
confusão, obnubilação ou ofuscação em suas percepções extrafísicas.
Lâmpada. O blecaute consciencial faz lembrar a lâmpada elétrica que diminui a claridade, por
breve momento, e aumenta a intensidade luminosa logo a seguir, para depois voltar ao normal. Também o
blecaute consciencial se parece com uma profunda e instantânea mudança de câmbio que sobrevêm no
desenvolvimento das marchas das operações conscienciais.
Incidência. Calcula-se que a experiência da parapsicolepsia atinge a cerca de trinta por cento de
todos os homens e mulheres que relatam projeções conscienciais, segundo os levantamentos estatísticos de
opinião pública.
Duração. O tempo cronológico é sempre difícil de ser interpretado do ponto de vista extrafísico.
Contudo, conquanto o blecaute consciencial possa variar dentro de amplos limites de tempo, dá a impressão
geralmente de ser muito rápido, às vezes relampagueante, um átimo, um instante, décimos de segundo, ou
alguns segundos apenas de duração.
Visão. Após o breve blecaute, surge a iluminação extrafísica, ou a primeira visão da consciência
fora do corpo humano, visão esta que parece nevoenta, esbranquiçada, indistinta. Em seguida, surgem
também os sons acaso existentes na oportunidade.
Estrelas. O fato de a pessoa acidentada na cabeça, com traumatismo cranioencefálico, numa
concussão cerebral por exemplo, ter a sensação de ver estrelas, por um momento, é produzido como
resultado da deslocação momentânea do psicossoma da vítima, igual, no caso, ao blecaute consciencial, que
no entanto constitui ocorrência normal, não-acidental, ou seja, fisiológica.
Pedágio. O blecaute projetivo representa a tarifa do pedágio que a consciência paga para cruzar
temporariamente as fronteiras existentes entre o plano humano e o plano extrafísico. A projeção de
consciência contínua anula de algum modo tal pedágio. Como? Essa resposta parece encontrar-se além do
alcance da compreensão humana ou pelo menos além do alcance da Ciência atual. Ainda ignoramos de fato o
mecanismo. A vontade, no entanto, pode eliminar a ocorrência do blecaute consciencial.
ínteriorização. O blecaute projetivo pode ocorrer, menos freqüentemente, na direção inversa, ou
no sentido contrário, após o retorno da consciência projetada e a sua Ínteriorização no corpo humano, na
transição dos focos das operações conscienciais do psicossoma para o corpo denso. Contudo, neste caso não
se reveste da magnitude e importância fenomênica do blecaute projetivo específico da fase da decolagem do
psicossoma portando a consciência.
Translocação. Pode acontecer também o blecaute da lucidez da consciência projetada quando o
psicossoma se desloca muito rapidamente de um distrito extrafísico para outro.
Inconsciência. A lucidez da consciência depende muito da memória. A rigor, não existe o estado
de inconsciência total, ou absoluta. O nosso subconsciente nunca dorme. A mente, no caso, a consciência,
está sempre, permanentemente, consciente, mesmo nos estados a que chamamos inconscientes e durante os
blecautes projetivos, mas o que ocorre mais comumente é a consciência, ao voltar ao estado da vigília física
ordinária, não rememorar o que aconteceu. Interessante registrar a analogia existente entre o estado da
inconsciência do ser — sempre relativa e não absoluta — e o conceito da inércia, propriedade que possui a
matéria — também sempre relativa e não absoluta — pois abrange tanto o corpo em repouso, que tende a
permanecer em repouso, como ainda o corpo em movimento que tende a prosseguir em seu movimento a não
ser quando afetado por uma força estranha. Parece que não existe qualquer coisa parada no Universo: os
átomos se movimentam, os corpos se mexem, as consciências não dormem.
Imagens. Imagens e expressões empregadas pelos projetores conscienciais para caracterizar o
blecaute projetivo: escurecimento consciencial; escuridão momentânea na consciência; estado de completa
inconsciência; lapso de lucidez; período de inconsciência; segundo de inconsciência vazia; névoa da
consciência; “tudo ficou escuro”; “tudo tornou-se vazio”; “passei por uma inconsciência momentânea”; “tive
uma perda da lucidez”.
Ausências. Por fim, ocorrem quatro tipos básicos de ausências psíquicas ou lapsos conscienciais,
bem distintos, com blecautes mais ou menos dilatados na consciência encarnada, que devem ser observados a
fim de não serem confundidos:
214.1. Epiléptica. A ausência psíquica patológica ou o petit mal da epilepsia, gerado por várias
causas.
214.2. Incorporativa. A ausência psíquica devido a transe mediúnico, próprio da incorporação ou
psicofonia semiconsciente. Este tipo é também patológico naqueles casos desencadeados pelo assédio de
entidade desencarnada enferma, ou na condição da possessão franca. No início da manifestação podem
sobrevir recordações que não se encaixam nas memórias pessoais, ou seja,'as pseudomemórias, ou
paramnésias.
214.3. Retrocognitiva. A ausência psíquica devido a retrocognição, extremamente intensa, ocorrida
no estado da vigília física ordinária. Aqui a consciência encarnada recorda experiências de encarnação
prévia, mas percebe que são reais, de si mesma, pertencentes à memória integral.
214.4.Projetiva. A ausência psíquica devido à projeção consciencial instantânea, em geral
inconsciente ou semiconsciente. Este fato decorre da saída da consciência encarnada de sua sede no cérebro
humano.
_____________________
Bibliografia: Bayless (98, p. 114), Boswell (174, p. 140), Crookall (340, p. 40), Digest (399, p.
275), Holroyd (736, p. 111), Martin (1002, p. 27), Muldoon (1105, p. 233), Rogo (1444, p. 58), Walker
(1781, p. 77).
215.
SONS INTRACRANIANOS DA DECOLAGEM
Definição. Sons intracranianos da decolagem: ruídos de difícil caracterização percebidos somente
pela consciência ao se projetar, quase sempre dentro do próprio crânio, tanto intra quanto extracerebralmente,
no instante exato da decolagem consciente através do psicossoma.
Sinonímia: acúfenos extrafísicos; cliques interiores; ecocéfalos; sons intracranianos inexplicáveis.
Acúfenos. Em Psicologia, dá-se o nome de acúfeno a toda sensação auditiva que não seja
produzida por um estímulo exterior ao organismo. Nem sempre o acúfeno é de origem patológica.
Causa. Parece que a causa principal desses fenômenos acústicos aqui analisados — os sons intracranianos projetivos - ê a decolagem súbita, ou moderadamente traumática, da cabeça extrafí- sica do
psicossoma (paracabeça) para fora da cabeça humana, o que produz o efeito das descargas energéticas
intracranianas, sentidas e ouvidas ao modo de tinidos: zumbidos (tinidos graves); tinti- nares (tinidos
médios); e sibilamentos (tinidos agudos); expressos ainda pelos projetores conscien- ciais lúcidos como
sendo estalos ou estalidos (acúfeno de breve duração sem caráter tonal bem definido); e ainda chiados,
chilreios, silvados, etc. Nessa manobra da decolagem súbita atua decisivamente a ação do cordão de prata na
área encefálica.
Ocorrências. O sons intracranianos projetivos simultâneos à decolagem consciente são menos
freqüentes e mais suaves do que os sons intracranianos simultâneos à interiorização súbita do psicossoma
integral (V. cap. 335). Podem sobrevir os sons consecutivos, numa só projeção de consciência contínua, ou
seja, primeiro, durante a decolagem consciente e, depois durante a interiorização consciente, ou até mesmo
em várias saídas e reentradas sucessivas do psicossoma no corpo humano num curto período de tempo.
Tipos. Os acúfenos extrafísicos na decolagem e na interiorização vão desde alto ribombo e silvos
(alta freqüência) pelo ar, até os sons de sinos repicando violentamente (alta intensidade) e asas batendo
(baixa freqüência) de modo suave (baixa intensidade). Isso permite supor que os sons intracranianos têm
relação direta com o estado vibracional. Geralmente numa projeção consciencial, seja na decolagem
consciente, ou na interiorização consciente, em separado, sem nenhuma relação de uma ocorrência com a
outra, os sons são definidamente uniformes, independentes — ou de alta freqüência ou de baixa freqüência e não vão se alterando de uma freqüência para outra.
Psicossoma. Parece que a intensidade dos sons intracranianos durante a decolagem consciente
depende da rapidez da ação do psicossoma, ou mais apropriadamente, da velocidade da atuação do duplo
etérico.
Características. Dentre as características dos sons intracranianos da decolagem destacam-se: sons
internos personalíssimos seja no interior da cabeça, no ouvido direito ou no ouvido esquerdo. Os sons são
sempre inofensivos. A intensidade e os tipos variam de um projetor para outro. Não raro se parecem com os
sons advindos de pequenas ocorrências da vida diária tais como: sons metálicos; rasgamento de seda; queda
de grãos; batida de porta; vibração de corda de violão; etc.
Utilidades. Os sons intracranianos ouvidos pela consciência evidenciam para ela mesma a
existência do duplo etérico, ou do cordão ou cordões de prata (regionais), dos chacras e duetos de energia
consciencial.
Onomatopéias. Eis algumas onomatopéias às vezes empregadas pelos projetores conscienciais
para expressar os tipos de sons intracranianos ouvidos por ocasião da interiorização e da decolagem do
psicossoma: bam; blam; chii; pap; sizz; tam; tirrô; zing; etc.
________________
Bibliografia: Butler (227, p. 73), Castaneda (258, p. 202), Crookall (343, p. 94), Farrar (496, p.
198), Muldoon (1105, p. 34), Rogo (1444, p. 7), Salley (1496, p. 159), Walker (1781, p. 67).
216. DECOLAGEM
Definição. Decolagem: operação inicial do desprendimento do psicossoma para fora do corpo
humano.
Sinonímia: arrancada do psicossoma; ato de desprendimento da consciência encarnada;
decorpagem física-extrafísica; descoincidência do psicossoma; desengate do duplo; ejeção do psicossoma.
Mental. Além da decolagem do psicossoma, ocorre também a decolagem do corpo mental, porém
em condições sutis, diversas, que atingem apenas a área encefálica do corpo humano, a partir da cabeça
extrafísica do psicossoma (paracabeça, no caso, o paracérebro).
Impressão. A decolagem do psicossoma com a consciência plenamente lúcida é uma das etapas
mais impressionantes da projeção consciente (V. Fig. 216).
Tipos. Há decolagens de diversos tipos: consciente (menos freqüente); semiconsciente; inconsciente (mais freqüente); decolagem lenta, súbita, por ejeção (fuga astral); completa, incompleta ou
parcial; imperfeita; voluntária; compulsória; etc. Também pode acontecer a decolagem inteiramente não
sentida, sem nenhum período de transição perceptível pela consciência.
Posições. Ao se projetar para fora do corpo humano, o psicossoma — sempre portando o corpo
mental e a consciência — pode assumir as mais diferentes posições extrafísicas: vertical; lateral direita, ou
esquerda, em relação ao corpo denso; em rolamento; com uma, duas ou três voltas sobre si mesmo; em
espiral, torvelinho, ou ziguezague; de costas, ou para trás; longitudinal; para cima, ou vertical, clássica;
através da cabeça, a mais comum; através dos pés, a mais rara; mergulho em profundidade, ou pela cama
abaixo; sentado no próprio corpo humano; etc.
Intercorrências. Além do que foi exposto, não raro acontecem outras sensações durante a
decolagem do psicossoma: sensação de pressão intracraniana, quase sempre no centro do crânio ou na base
occipital; sensação de pressão sobre a testa ou no centro de força frontal; estado vibracio- nal; sensação de
diminuição de tamanho (rara); tentativas sucessivas sem se alcançar êxito; ritmo na decolagem; sensação
confortável e impressionante da perda da respiração; posição supina extrafísi- ca; oscilações e ondulações do
psicossoma; sensação de liberdade absoluta; decolagem em seqüência; condição da fixação física do projetor;
antiprojeção ou antidecolagem; etc.
Áreas. A parte final da decolagem, ou saída do psicossoma para fora do corpo humano, tem lugar
usualmente das seguintes áreas orgânicas, nem sempre percebidas: cabeça, região nucal; glabe- la ou área
entre os supercílios; centro do cérebro; medula oblongada; epífise; topo do crânio (sin- cipúcio, bregma ou
cocuruto).
Solar. Menos comumente, o projetor pode sentir como se estivesse saindo do corpo humano pela
área umbilical, ou plexo solar, mas na verdade a cabeça do psicossoma e, portanto, a sede da consciência, não
deixa com freqüência o corpo físico por esta área. O fato constitui, na maioria das vezes, simples impressão
ou interpretação errônea das ocorrências que as experiências repetidas não confirmam, e é causado porque a
consciência não vê a si mesma saindo da cabeça quando, ao contrário, pode ver com facilidade as ligações do
cordão de prata deixando o corpo humano pelo plexo solar, primeiro segmento do psicossoma a se
exteriorizar.
Voltas. A posição do projetor deitado no leito de lado, seja à esquerda ou à direita, predispõe a
decolagem lateral consciente da consciência através do psicossoma, pelas voltas dadas sobre si mesmo, em
rolamento ou rodopio, velozmente, sem isso causar nenhuma tontura ou confusão à personalidade. Às vezes,
tal rolamento permite que o psicossoma fique de pé, ereto em relação ao corpo humano deitado, depois de
duas ou mais voltas dadas.
Projeções. Em projeções de consciência contínua, a decolagem do psicossoma com a consciência
inteiramente lúcida, mais freqüente quando lateral, pode ser com a posição deitada do psicossoma e com a
posição ereta, de pé, do psicossoma.
Deitado. A posição do psicossoma deitado predispõe mais a projeção local, dentro da esfera
extrafísica de energia, tendo a consciência maior dificuldade para deixar a base física em função da força de
retração do cordão de prata. Nestas condições, as projeções conscientes são quase sempre de duração rápida.
Ereto. A posição do psicossoma ereto faculta maior desenvoltura extrafísica à consciência que
pode deixar a base física e atingir alvo-mental à distância. Nestas condições, as projeções conscientes
alcançam, às vezes, duração mais prolongada.
Sucção. Os amparadores possuem determinados recursos assistenciais energéticos que transcendem o nosso entendimento atual. Tais recursos fazem com que a consciência encarnada deixe o corpo
humano numa decolagem instantânea através do aumento do estado vibracional no íntimo do indivíduo
coincidente, com ou sem a sua consciência do fato e sem lhe molestar profundamente ou causar-lhe
malefícios. É como se fosse um puxamento, sucção, ou aspiração feita por um feixe de raios especiais ou
esteira de energia focalizada diretamente sobre o indivíduo, seja homem, mulher, criança ou animal. Isso vem
explicar vários aspectos dos fenômenos da Ufologia.
Saída. Geralmente a consciência encarnada ao se projetar pelo psicossoma para o plano extrafísico, não percebe a sua saída da base física simplesmente porque vira as costas para a mesma,
procurando olhar para a frente, no sentido oposto, conforme os condicionamentos usuais impostos pela visão
unidirecional do corpo humano. A saída de costas para a frente permite olhar para trás e verificar, em
detalhes, o ato de deixar a base física que pode ser feito pouco a pouco, ficando a mesma lá longe, até sumir
de vez e perder a sua importância para a consciência então já empolgada pelas experiências extrafísicas.
Trendelenburg. Nos semidesprendimentos, ou nas projeções parciais, é comum ocorrer a posição
de Trendelenburg extrafísico,ou seja, o psicossoma exterioriza-se quase todo, ficando inclinado para baixo,
somente com a cabeça extrafísica (paracabeça) presa dentro do cérebro físico, que conserva a consciência
vígil. Daí a pouco pode acontecer a posição supina extrafísica do psicossoma pairando acima,
longitudinalmente, do corpo humano.
Estágios. Ocorrem, em certos casos, dois estágios bem distintos na exteriorização lenta do
psicossoma, o que, por outro lado, é chancelado pelo fenômeno da exteriorização da sensibilidade (V. cap.
50):
215.1. Desagregação. Primeiro, o estágio da desagregação dos elementos do psicossoma deixando
gradualmente o corpo humano.
215.2. Reaglomeração. Segundo, o estágio da reaglomeraçâo dos elementos do psicossoma
reorganizando ou reunificando, pouco a pouco, a formação humanóide exata do psicossoma fora do corpo
humano, dentro do perímetro de intensa influência do cordão de prata.
Comum. A desagregação dos elementos do psicossoma pode acontecer de variadas maneiras. Na
mais comum começa o desprendimento pelos pés, as pernas, as mãos, os braços, o tronco, o pescoço e, por
fim, a cabeça como se fosse vapor elevando-se dos poros, formando pequenos balõezinhos dos segmentos
corporais.
Observação. Tanto a desagregação quanto a reaglomeração do psicossoma podem ser presenciadas
pela observação atenta do próprio projecionista. Isso significa que ambos os processos não prejudicam a
hicidez e a qualidade das percepções da consciência. Na exteriorização rápida, de lado, por exemplo, não
aparece essa sensação de vapor.
Lenta. A decolagem lenta do psicossoma, quando plenamente lúcida, permite à consciência
saborear a liberdade extrafísica pouco a pouco, bocado a bocado. A gente sente, então, o eu subir
gradativamente do leito até o teto, experimentando de modo intenso o ato da ascensão, que dá imensa alegria
por trazer a condição de estar leve e livre, sem que o corpo humano, a matéria densa, o fardo bruto, siga
junto, pelo contrário — constata-se — este fica preso ao leito, desligado, lá embaixo, qual “peso morto do
qual me livrei”. Nesta ocasião, não raro entra em cena, infelizmente, sem ser convidado, o nosso carcereiro, o
cordão de prata, e acaba com a festa. E nossa consciência se interioriza uma vez mais, sem querer, trazendo
profunda frustração.
Rolamento. Na decolagem do psicossoma com rolamento lateral, o projetor e a projetora que
sejam casados e que durmam em cama de casal, devem afastar a conotação psicológica com o fato de estar o
corpo humano do cônjuge estirado ao lado, contíguo, por exemplo, à esquerda o projetor e à direita a
projetora. A rigor, na prática, tal fato não tem a mínima importância, devido à diferença dos planos de vida e
à permeabilidade extrafísica do psicossoma (V. cap. 262). Contudo, psicologicamente, isso pode inibir o
desempenho da consciência do cônjuge na projeção consciente, além de acarretar problemas energéticos com
o cordão de prata (V. cap. 98).
Psicologia. Como regra básica, toda influência psicológica importa sempre e deve ser considerada
nas técnicas da projeção consciencial lúcida, porque a Psicologia estuda justamente as reações da
consciência, às vezes imprevisíveis ao próprio projetor.
Cordão. A decolagem consciente menos rara tem lugar com a permanência da consciência
projetada retida dentro do perímetro de atuação vigorosa do cordão de prata, na base física, e pode acontecer
várias vezes, consecutivamente, dentro do período de uma hora de experiências voluntárias ou involuntárias.
Tais projeções lúcidas servem para o praticante estudar os sons intracranianos na decolagem e as energias
vigorosas do cordão de prata em ação.
Anímico-mediúnica. A decolagem do psicossoma deixando o corpo humano pode ser aními- comediúnica, quando o mentor extrafísico, semi-incorporado, ajuda diretamente o projetor a deixar o veículo
denso.
__________
Bibliografia: Brittain (206, p. 51), Castaneda (258, p. 117), Greenhouse (636, p. 257), Monroe
(1065, p. 219), Reis (1384, p. 70), Ring (1406, p. 45), Salley (1496, p. 157), Vieira (1762 p’ 147) Walker
(1781, p. 67), Whiteman (1842, p. 250).
217. DECOLAGEM POR AFUNDAMENTO
Definição. Decolagem por afundamento: exteriorização da consciência encarnada manifes- tandose através do psicossoma na qual se tem a sensação paracinestésica de afundar-se ou escorregar para baixo,
através dos membros, articulações, tendões e músculos do corpo humano.
Sinonímia: decolagem em colisão; decolagem para baixo.
Afundamento. Na decolagem por afundamento parece que o corpo humano move-se para baixo,
percebendo-se às vezes como se houvesse uma entrada abrupta pelo colchão e o leito a dentro, até o piso do
cômodo, quando se está deitado de costas no leito da base física.
Impressão. Nem sempre acontece mesmo o afundamento ou a saída do psicossoma para baixo
deixando o corpo humano. Não raro, ocorre o contrário, o psicossoma se eleva, um pouco ou muito, devagar
ou instantaneamente, do corpo humano, e dá a impressão dé que este se afunda, devido à retração para baixo
de parte do volume de energias do cordão de prata que permanece, obviamente, em conexão com o corpo
físico.
Contrário. O melhor para se entender e apurar a própria sensibilidade quanto à decolagem por
afundamento é produzir uma projeção instantânea de consciência contínua, ficando o corpo humano de
bruços, inanimado sobre o leito, e ocorrendo a saída lenta do psicossoma, em sentido contrário, para cima. O
ato de deixar parte das forças do cordão de prata então se faz nítido e indiscutível, parecendo mesmo que o
nariz físico se afunda ainda mais no colchão, ficando o corpo denso mais pesado e libertando-se o
psicossoma levemente e sem embaraços. Esta sensação paracinestésica confunde bastante quem a
experimenta pela primeira vez.
Formas. O afundamento representa a única modalidade de decolagem onde a consciência encarnada sai, através do psicossoma, de encontro direto, em rota de colisão com as formas, corpos ou objetos
físicos existentes no cômodo da base física do projetor encarnado, juntos ou contíguos ao seu próprio corpo
humano.
Raridade. O gênero raro de decolagem por afundamento vale apenas pela experiência exótica, pois
quase sempre inibe o surgimento de uma profunda conscientização extrafísica, quando não provoca trauma
com a conseqüente interiorização abrupta da consciência perturbada por seus reflexos condicionados,
profundamente enraizados na vida humana, relativos às formas e às estruturas dos corpos e objetos físicos.
_____________
Bibliografia: Muldoon (1105, p. 124).
218. INSTABILIDADE DO PSICOSSOMA
Definição. Instabilidade do psicossoma: estado freqüente de movimentação extrafísica, de breve
duração, do psicossoma, logo após completar o ato da decolagem consciente ou inconsciente, deixando o
corpo humano, e que consiste de uma combinação de uma oscilação vertical e uma oscilação ao redor do seu
eixo transversal.
Sinonímia: balanceio extrafísico; condição de gangorra extrafísica; flutuação do psicossoma;
ondulação do psicossoma; oscilação do psicossoma; reação de balanço extrafísico; turbulência do
psicossoma.
Primeira. A primeira experiência imediata da consciência encarnada projetada com lucidez, à
maioria dos projetores de experiências espontâneas, naturalmente, é a movimentação do psicossoma que fica
parecendo pluma, pena, ou bolha de sabão, em pleno ar, na fase final da decolagem consciente. Esta
ocorrência caracterizada por oscilações e flutuações do psicossoma de um lado para outro e, menos
comumente, por rodopios, ziguezagues, balanceios, serpenteios, ou pequenos saltos, não chega a dar
vertigens à consciência projetada que segue junto em sua sede no paracére- bro.
Medo. Por se constituírem as primeiras experiências diretas da consciência encarnada projetada no
plàno extrafísico, as oscilações do psicossoma representam causa rotineira para o medo que certas pessoas
demonstram em se projetar, ou a projeciofobia. Tal condição deve ser combatida e afastada, de todo modo, se
o projetor consciente deseja evoluir com suas experimentações projetivas.
Saída. No estado de instabilidade do psicossoma, geralmente a consciência lúcida procura forçar a
saída do envolvimento magnético do corpo humano ora para um lado, ora para outro, aproveitando as
próprias ondulações, ou mesmo imprimindo outros movimentos dentro das ondulações sustentadas pelo
cordão de prata.
Duplicidade. O estado de instabilidade do psicossoma pode transmitir também a sensação de
duplicidade, na qual a consciência se sente como se fosse duas pessoas, uma no espaço, balançando sobre a
outra, deitada no leito, ou seja, um corpo gangorrando logo acima do outro.
Motricidade. A oscilação do psicossoma projetado constitui basicamente um fenômeno de
exteriorização da motricidade (V. cap. 49).
Ritmo. Mais raramente, o estado da instabilidade pode desenvolver uma espécie de ritmo oscilatório no psicossoma que principia dentro do corpo humano, na fonte originária do processo, antes de
concluída a manobra da decolagem, seja consciente ou inconsciente, libertando-se os seus segmentos pouco a
pouco, como se borbulhassem até começar a flutuar e sobrevir a estabilidade extrafísica.
Posições. A condição de instabilidade dinâmica é sempre relativa, pode sobrevir com o psicossoma
em qualquer posição extrafísica, porém dentro da esfera extrafísica de energia, ou seja, somente no perímetro
de atuação totipotente do cordão de prata.
Parcial. As oscilações dó psicossoma podem ocorrer de modo parcial apenas com os paramembros (parapernas ou parabraços) estando a consciência se sentindo plenamente lúcida no estado da vigília
física ordinária, durante uma projeção parcial do psicossoma.
Ademamento. Quando o corpo humano permanece na posição de bruços, a consciência pode sentir
o psicossoma instável, movendo-se de um lado para outro, igual a embarcação adernando, também de bruços,
com o rosto para baixo, o que provoca uma sensação extremamente exótica.
Cordão. As oscilações e flutuações do psicossoma projetado embora, às vezes, comunicando
impressões desagradáveis por evidenciarem a força vigorosa e preponderante do cordão de prata sobre a
vontade débil da consciência inexperiente, apresentam-se completamente inofensivas. Em outras palavras,
em nenhuma circunstância extrafísica elas deixam qualquer conseqüência negativa ou duradoura, a não ser,
uma ou outra vez, a frustração da interiorização consciencial a contragosto.
Decorrências. Eis os dois fatos subseqüentes mais comuns de acontecer, depois da condição de
instabilidade extrafísica do psicossoma: a estabilidade deste veículo da consciência que logo se põe de pé,
ereto, libertando-se da influência do cordão de prata e dando início à experiência da projeção consciente, no
plano extrafísico; ou então a interiorização consciencial, quase sempre frustrante, feita em decorrência da
tração suave ou violenta do cordão de prata.
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Bibliografia: Muldoon (1105, p. 74), Reis (1384, p. 54), Vieira (1762, p. 174).
219. RASTRO DE LUZ
Definição. Rastro de luz: vestígios, fagulhas, cintilações, ou sinais luminosos que às vezes o
psicossoma do ser encarnado deixa para trás de si ao se deslocar no plano extrafísico, especialmente quando
em alta velocidade e portando consigo as energias do duplo etérico.
Sinonímia: “asas dos anjos”; cauda fosforescente; efeito cometa; esteira de luz; fagulhamen- to
extrafísico; faiscações do psicossoma.
Potência. O psicossoma, também chamado corpo luminoso ou corpo radiante, quando foia da
condição da coincidência dos veículos de manifestação consciencial, tem sempre alguma claridade
imanifesta, ou exuberante. Variam, no entanto, a tonalidade, a gradação, e a intensidade, ou seja, a potência
energética irradiante da consciência, conforme o seu grau evolutivo, as condições do veículo de
manifestação, o ambiente extrafísico, e suas ações pessoais na oportunidade.
Características. Dentre as características essenciais do rastro de luz destacam-se:
219.1. Surgimento. As faiscações aparecem de modo espontâneo, com ou sem a consciência se
inteirar do ocorrido.
219.2 Procedência. O efeito luminoso procede diretamente da potência energética do psicossoma da consciência encarnada projetada com formas extrafísicas condensadas pelas energias do duplo
etérico.
219.3. Volitação. Na maioria das ocorrências, o rastro de luz decorre naturalmente do processo da
volitação extrafísica.
219.4. Sentido. As fagulhas aparecem na direção do movimento da translocação extrafísica,
contudo em sentido contrário a este movimento (V. Fig. 219.04).
219.5. Extensão. O fagulhamento pode atingir até cerca de sessenta centímetros de distância do
psicossoma.
219.6. Intensidade. A intensidade das cintilações depende da velocidade da translocação extrafísica
da consciência manifestando-se através do psicossoma.
219.7. Coloração. As cores e tonalidades das cintilações expressam o nível evolutivo do binômio
consciência-psicossoma.
Surpresa. Nas projeções conscientes iniciais, através do psicossoma, a consciência encarnada pode
descobrir as faíscas saindo de si mesma, o que, não raro, causa profunda surpresa na primeira experiência.
Daí também pode sobrevir alguma perturbação quanto à interpretação do fato, porque não sabe a consciência
projetada se as faíscas são criações próprias, inconscientes, suas, ou emanadas de alguém, intangível, situado
nas proximidades.
Paralelo. O cordão de prata não deve ser confundido com o rastro de luz. Na projeção da
consciência à distância do corpo humano, o cordão de prata fica conectado apenas em um ponto do
psicossoma livre, geralmente na paracabeça, junto à nuca extrafísica (paranuca), por exemplo. O rastro de luz
quase sempre apresenta o fagulhamento generalizado por todo o dorso ou a parte posterior (costas) da forma
humanóide do psicossoma.
Cauda. A expressão “cauda fosforescente” se refere às cintilações do cordão de prata, contudo, não
raro diz respeito também ao rastro de luz do psicossoma, que parece estar fagulhando e deixando uma esteira
de luminosidade por onde passa a consciência projetada.
Asas. Existe a hipótese de que o rastro de luz do psicossoma seja o responsável pela antiga idéia
fantasista e mitológica de que os anjos (espíritos evoluídos), voam (volitam) com asas luminosas (rastro de
luz), nascidas nas costas do seu corpo de luz (psicossoma). Como se observa, a mitologia neste caso, tem em
parte a sua razão lógica, encontrando substratos evidentes para ter sido criada.
Hipóteses O rastro de luz do psicossoma da consciência encarnada projetada suscita muitas
hipóteses pertinentes e talvez sejam estas as duas mais oportunas: — Seriam tais fagulhas uma forma de
escape, processo de exaustão, saída de lixo, refugo queimado, sistema emunctórioou excre- tório das energias
do psicossoma? Ou o rastro de luz seria conseqüência do atrito direto do psicossoma com o nível vibratório
específico do ambiente extrafísico no qual a consciência projetada se desloca?
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Bibliografia: Carrington (245, p. 278), Crookall (343, p. 49), Martin (1002, p. 27), Muldoon
(1105, p. 59), Vieira (1762, p. 50).
220. RESPIRAÇÃO NA DECOLAGEM
Definição. Respiração humana: ato de inspirar e expirar, enchendo e esvaziando os dois pulmões,
pelo qual o organismo humano absorve oxigênio e expele gás carbônico.
Sinonímia: respiramento humano.
Alimentação. O número de respirações oscila no homem e na mulher sadios entre dezessete a vinte
e cinco por minuto. A respiração, automática por natureza, fundamental para todo ser humano, condição
básica para a sua sobrevivência, sem a qual a vida humana seria impossível na Terra, é o principal processo
de alimentação somente da massa de matéria que compõe o corpo celular ou físico.
Psicossoma. Embora sendo o instrumento auxiliar do sistema organizador biológico do corpo
humano, réplica perfeita deste veículo, o psicossoma não tem hemoglobina, sangue ou aparelho respiratório
ativo, e nem a consciência, ao se manifestar extrafisicamente, precisa da função respiratória. Tudo indica que
o psicossoma tem tais instrumentos ou sistemas em função do corpo humano apenas, sem precisar de
empregá-los ao se manifestar. Evidencia isso o fato de a consciência manifestar-se extrafisicamente apenas
pela cabeça do psicossoma ou em projeções parciais, numa configuração de fantasma, etc.
Simulacro. Se a vontade do projetor projetado o desejar, ele respira, ou mais apropriadamente, ele
compõe o simulacro da respiração, do mesmo modo que pode apresentar-se mais jovem, plasmar vestes para
si mesmo, e obter outros desempenhos extrafísicos surpreendentes.
Decolagem. Na projeção consciente, durante a etapa da decolagem lúcida, o projetor pode
constatar que a sensação orgânica mais intensa e predominante, a última que perde ao decolar e a primeira
que retoma ao se interiorizar, é a respiração. Mais do que a circulação sangüínea e os batimentos cardíacos, o
fenômeno fisiológico da respiração constitui o fator vital do processo da projeção, sendo a ocorrência mais
perceptível e a que prevalece sobre as demais no instante preciso de deixar o corpo humano.
Ioga. Os fatos analisados falam a favor dos exercícios rítmicos da respiração (V. cap. 166) e das
técnicas da ioga que podem, realmente, ser coadjuvantes nos métodos para a produção eficaz da projeção
consciente.
Sensações. Durante o processo da projeção integral da consciência através do psicossoma, a
respiração do corpo humano não se altera, apenas se modificam as sensações extrafísicas da consciência
através do psicossoma. A sensação de deixar de respirar pode ser sentida como uma perda e corrobora oito
fatos:
220.1. Fardo. A função habitual da respiração representa fardo pesado que o homem e a mulher
carregam sempre, mas na vida prática ninguém se apercebe desse inconveniente descoberto ou evidenciado
claramente através do fenômeno da projeção consciente.
220.2. Sincronismo. A sensação extrafísica do sincronismo da respiração simultânea corpo humano
-psicossoma.
220.3. Imponderabilidade. A perda da função respiratória constitui o primeiro fator para
estabelecer a condição de perda de peso, leveza, ou imponderabilidade extrafísica do psicossoma (V. cap.
264), e pode assustar aos incautos, que a sentem pela primeira vez, como se fosse o sintoma comum da
asfixia ou falta de ar (dispnéia).
220.4. Liberdade. O ato de parar de respirar predispõe e assenta a condição de liberdade absoluta
experimentada pela consciência encarnada projetada.
220.5. Euforia. A ausência do ato da respiração representa o começo da condição da euforia
extrafísica (V. cap. 277).
220.6. Volitação. O afastamento do peso da respiração condiciona os fundamentos da vo- litação
extrafísica livre (V. cap. 269), a começar pelo seu aspecto para psicológico.
220.7. Esfera. A parada da respiração constitui o primeiro passo para a libertação do psicossoma da
esfera extrafísica de energia (V. cap. 236), ou o ato de se livrar da atuação totipotente do cordão de prata.
220.8. Natureza. A respiração humana é um processo mecânico, grosseiro, e pesado em
comparação com a natureza sutil da estrutura e manifestações do psicossoma.
Interiorização. Quando projetada através do psicossoma, se a consciência pensar ou desejar
respirar, estando nas proximidades do corpo humano, em especial dentro da esfera extrafísica de energia, esta
intenção pode provocar a interiorização súbita imposta pela retração do cordão de prata.
Catalepsia. Pode-se extrair uma conseqüência prática do processo da respiração empregando-o
proveitosamente para neutralizar o estado da catalepsia projetiva (V. cap. 28). Se a consciência está neste
estado, para sair dele basta desejar firmemente respirar, ato que faz interagir e entrosar o psicossoma mais
intimamente com o corpo humano, promovendo a coincidência desses veículos, quebrando a imobilidade da
condição cataléptica com a sensação perceptível da intensificação do processo da respiração natural.
Parapsicóticos. Somente os parapsicóticos post-mortem — aquelas consciências desencarnadas
que ainda se julgam atuando com o corpo humano — sofrem dor do tipo da dor física, sentem calor,
percebem as sensações cruas da matéria corporal, e respiram naturalmente como se ainda tivessem os
pulmões em funcionamento, isso porque, obnubilados e dormentes, não sentem diferença alguma entre o
corpo humano de que já se descartaram, sem o saber, e o psicossoma pelo qual se manifestam agora.
Conclusão. Eis a conclusão lógica decorrente da análise dos fatos: se você, projetado, sente sempre
a necessidade de respirar no plano extrafísico é porque ainda não sabe se utilizar das amplas possibilidades
de manifestação livre dos seus veículos conscienciais. Se o quiser, não precisa respirar em nenhuma
circunstância fora do corpo humano.
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Bibliografia: Castaneda (258, p. 135), Greenhouse (636, p. 88), Huson (768, p. 109), Lefebure
(909, p. 206), Vieira ( 1762, p. 175), Walker (1781, p. 36), Yogananda (1894, p. 233).
221. HIBERNAÇÃO CONSCIENCIAL
Definição. Hibernação consciencial: estado de descoincidência mínima natural, as vezes de apenas
alguns centímetros, entre o corpo humano e o psicossoma que se tornam inativos ou quietos, fato que ocorre
sempre quando alguém entra no sono natural, ou seja, dorme.
Sinonímia: condição zero; período consciencial de inatividade; semi-hibernação consciencial;
condição do enterrado vivo; ponto neutro; zero absoluto consciencial; zona de quietude da consciência.
Causas. As causas fisiológicas do surgimento da hibernação consciencial parecem estar na intoxicação celular, advinda da falta do sono natural, e no relax espontâneo de todo o organismo, o que
acontece no início da perda da consciência vígil.
Efeitos. Como efeitos diretos deste período de inatividade surgem a desintoxicação celular do
organismo e a absorção ou reabastecimento de energia cósmica pelo psicossoma. Isto significa que o
psicossoma absorve pouca ou nenhuma energia cósmica quando coincidente e que precisa se libertar, ou sair
para o seu próprio plano, o extrafísico propriamente dito, para absorvê-la plenamente.
Ocorrências. O estado hipnagógico precede geralmente a hibernação consciencial, podendo a
descoincidência e os movimentos próprios do psicossoma surgirem devagar, ou de modo instantâneo,
freqüentemente sem a consciência se dar conta do ocorrido, mais raramente com a sua conscientização do
fato, ou seja, na decolagem lúcida. Logo em seguida podem sobrevir oscilações, ondulações,
turbulências'com o psicossoma e repercussões físicas. Mais tarde nasce o primeiro sonho do período de sono.
REM. A vida vegetativa do corpo humano, inclusive os movimentos binoculares, sincrônicos,
rápidos, involuntários (REM), relativos aos estados oníricos, ocorrem também quando a consciência se acha
na zona de quietude. Isso significa que a hibernação consciencial não acarreta a inércia absoluta da
consciência.
Etérico. Na hibernação consciencial — fenômeno peculiar à esfera extrafísica de energia — a
descoincidência não é tão-somente do duplo etérico, mas do psicossoma portando a consciência. Nas
projeções do duplo etérico sozinho, a consciência não se projeta junto com ele.
Fenômenos. Em certos casos patológicos avançados de possessão, às vezes parece que a consciência do encarnado fica em estado de hibernação enquanto o seu corpo humano permanece sob o comando
do possessor. O fato parece ocorrer temporariamente em determinados enterramentos voluntários sem
qualquer influência extrafísica ou patológica.
Repercussões. Durante a hibernação consciencial, sobrevindo qualquer instabilidade no corpo
humano ou na consciência projetada, a volta repentina da consciência pelo psicossoma entrando no corpo
humano produz algum tipo de repercussão psicofísica (V. cap. 331), os tão conhecidos repelões, esticões,
despertares físicos assustados, ocorrências comuns a crianças e adolescentes, ocasião em que os adultos
dizem que tais pessoas estão crescendo.
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Bibliografia: Lilly (926, p. 48), Muldoon (1105, p. 123), Walker (1781, p. 77).
222. ABERTURA EXTRAFÍSICA
Definição. Abertura extrafísica: condição fora do corpo humano, ou impressão que sente a
consciência encarnada projetada, mais comum logo após a decolagem do psicossoma, de entrar e passar,
geralmente atravessando a grande velocidade, através de longa, apertada, e escura abertura até alcançar o
estado da iluminação extrafísica.
Sinonímia: abertura espacial; buraco espacial; efeito túnel; tubo extrafísico; túnel condutor; túnel
cósmico; vácuo espacial; vaso comunicante interdimensional.
Quase-morte. Os relatos do efeito túnel, ou da abertura extrafísica, são muito freqüentes nas
projeções conscientes humanas ocorridas durante as experiências da quase-morte (V. cap. 32).
Descrições. Tal túnel escuro, estreito, e comprido é também descrito por estas vinte e cinco
expressões: abertura no espaço; abismo; bueiro; buraco; buraco no espaço; canal; cano; caverna; cercado;
cilindro de máquina; corredor estreito; fenda; fenda cósmica; funil de escuridão; fuma; gruta; poço;
remoinho; sumidouro; tubo largo; túnel no cosmo; túnel tipo chaminé com luz no topo; vácuo escuro; vale
profundo; ou vazio silencioso.
Causas. A causa provável da maioria dos casos de efeito túnel, ou da passagem da consciência por
uma abertura extrafísica, é a mudança da condição da consciência projetada de um nível — esfera,
freqüência, mundo paralelo, ou plano extrafísico — pará outro. Por isso, há quem compare o efeito túnel a
uma deformação do tempo, ou ao buraco negro, preocupação dos físicos e astrônomos.
Cordão. Eis uma hipótese de pesquisa: — Seria o cordão de prata, um condutor de energia, o
responsável pela impressão do efeito túnel em certas vivências da consciência encarnada projetada em
ambientes extrafísicos crosta-a-crosta, quando uma parte circular deste apêndice (duplo etérico) se exterioriza
antes da cabeça extrafísica do psicossoma (paracabeça com o paracérebro), com o corpo mental e a
consciência dentro?
Freqüência. O efeito túnel, ou a abertura extrafísica, acontece com as consciências encarnadas
projetadas não apenas nas projeções conscientes espontâneas quanto nas projeções conscientes voluntárias,
sendo mais freqüente durante a exteriorização da consciência através do psicossoma, mas pode ocorrer
também por ocasião da interiorização do psicossoma, ou seja, na manobra de retorno da consciência
projetada à base física, à vida humana, ao plano físico denso.
Saída. As descrições evidenciam que a abertura extrafísica, ou o túnel cósmico, não deixa de ser
também, além da ida, ao mesmo tempo, uma saída extrafísica, pois permite o retorno da consciência
encarnada de um mundo paralelo para o seu mundo-sede-temporária, habitat próprio, nativo, físiço, humano,
denso. Isso demonstra que a abertura extrafísica, túnel cósmico, ou qualquer denominação que se lhe queira
dar, constitui local de passagem com mão dupla, de ida e de volta, entrada e saída.
Correntes. O efeito túnel não deve ser confundido com o fenômeno das correntes extrafísi- cas de
energias, ou correntes de força (V. cap. 273), e pode ocorrer em outros estados alterados da consciência, além
da projeção consciência! lúcida, inclusive até ser induzido por drogas.
Nascimento. Aventou-se a hipótese de que o efeito túnel fosse uma reprise (playback) da experiência da consciência pelo canal de nascimento fisiológico natural. Contudo, as pesquisas demonstraram
que as projeções conscienciais lúcidas não são raras entre as pessoas que nasceram por operação cesariana —
condição em que não passam pelo canal natural do nascimento biológico —, o que eliminou, em definitivo,
tal suposição.
_______
Bibliografia: Alverga (18, p. 138), Andreas (36, p. 56), Battersby (92, p. 93), Blackmore (139, p.
147; 140, p. 231), Brennan (200, p. 77), Caversan (267, p. 11), Crookall (338, p. 119), Currie (354, p. 144),
Digest (399, p. 275), Drury (414, p. 20), Ebon (453, p. 33), Eysenck (493, p. 156), Fiore (518, p. 208), Fox
(544, p. 98), Frazer (549, p. 155), Garfield (569, p. 141), Goldberg (606, p. 172), Greenhouse (636, p. 265),
Martin (1002, p. 26), Monroe (1065, p. 87), Moody Jr. (1078, p. 30), Parrish-Harra(1202, p. 79), Perry (1238,
p. 104), Ring (1406, p. 53), Rogo (1444, p. 178), Sabom (1486, p. 61), Steiger (1601, p. 45), Wheeler (1826,
p. 2), Whiteman (1840, p. 58).
222. ELONGACAO EXTRAFÍSICA
Definição. Elongação extrafísica: projeção parcial caracterizada pelo alongamento ou alteração
para maior no comprimento ou dimensão sentida e observável de parte do psicossoma, notada- mente os
paramembros ou menfbros extrafísicos.
Sinonímia: alongamento extrafísico; elongamento extrafísico; estiramento extrafísico do
psicossoma.
Elasticidade. O fenômeno da elongação em geral constitui conseqüência da elasticidade, atributo
essencial do psicossoma (V. cap. 106), e não deve ser motivo de preocupação ou medo por parte do
praticante da projeção consciente.
Paramembros. A's elongações mais comuns com os projetores ocorrem com os parabraços e as
parapernas do psicossoma parcialmente projetado para fora do corpo humano.
Auto transfiguração. A elongação do projetor constitui um gênero peculiar de autotransfiguração que ocorre quando a sua consciência se acha projetada para fora do corpo humano.
Autocinesia. A elongação do projetor representa, ainda, um tipo de autocinesia, ou seja, a
movimentação do psicossoma produzida pela própria consciência, ao modo da translocação extrafísica,
através da ação das energias conscienciais.
Ectoplasmias. Além das referências antigas da História Humana sobre o assunto, em fenômenos
de ectoplasmias foram registrados casos de elongação dos membros físicos do médium ecto- plasta, não raro
atingindo até vinte e cinco centímetros, através da transfiguração do psicossoma, conduzindo na
oportunidade o ectoplasma, e a conseqüente desmaterialização parcial do seu corpo humano.
Elongador. Aquele que produz a elongação é chamado de elongador. O sensitivo responsável pela
elongação recebe o nome de médium elongador.
Paramãos. Um exercício que qualquer praticante da projeção consciente pode colocar em ação é
deitar de costas, cerrar as pálpebras, estender os braços e as mãos ao longo do corpo, relaxar-se fisicamente e
procurar pela própria Vontade juntar as duas paramãos sobre o tórax. Os efeitos dessa projeção parcial são
impressionantes, porque o praticante não perde a lucidez. Daí pode- se estirar os parabraços e provocar o
elongamento extrafísico.
Pruridos. Há praticantes da projeção consciente que experienciam projeções parciais e elongamentos extrafísicos espontâneos em razão de pruridos na pele ou no ouvido, no período em que se dispõem
a produzir a projeção consciente. A pessoa sente, por exemplo, intensa coceira num ouvido, devido a uma
reação alérgica, num momento em que estava relaxada fisicamente, e tal fato faz com que leve,
instintivamente, o indicador extrafísico até o ouvido com a intenção de coçá-lo.
Translocação. Certos projetores conscienciais lúcidos empregam a elongação do psicossoma para
se translocar extrafisicamente de um distrito para outro.
Neurologia. Em experiências neurológicas registradas foram estimuladas as zonas posteriores dos
lobos parietais e produzidas sensações de elongação da imagem do corpo humano.
Virtuosidade. Surgiu a suposição de elongação extrafísica para explicar a virtuosidade de certas
pessoas como o prodígio musical espanhol, Pepito Rodrigues Ariola, no ano de 1900, que aos 3 anos e meio
de idade física, tocava as oitavas, no piano, pelo aumento das mãos, que só alcançavam cinco notas, durante
o período da execução, o que seria, neste caso, uma semiprojeção dos paradedos, ou projeção parcial das
paramãos do psicossoma, de modo espontâneo, inconsciente.
Encurtamento. De modo igual ao que acontece na elongação extrafísica, pode ocorrer o oposto, o
encurtamento extrafísico, o que faz lembrar os casos de encurtamentos físicos registrados em sessões de
ectoplasmia e em narrativas da hagiografia.
________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 92), Blunsdon (157, p. 72), Bonin (168, p. 157), Bozzano (192, p.
19), Cavendish (266, p. 83), Digest (401, p. 353), Eysenck (493, p. 28), Fodor (528, p. 124), Gauld (575, p.
213), Gaynor (577, p. 56), Holt (741, p. 210), Monroe (1065, p. 170), Randall (1369, p. 42), Reis (1384, p.
53), Riland (1403, p. 87), Shepard (1548, p. 294), Somerlott (1582, p. 110), Spence (1588,,p. 141), Todd
(1689, p. 52), Tourinho (1693, p. 38), Thurston (1700, p. 285), Underwood (1721, p. 23), Wedeck (1807, p.
128).
224. DESPERTAMENTO EXTRAFÍSICO
Definição. Despertamenío extrafísico: ato de a consciência acordar, plenamente lúcida, algures,
fora do corpo humano.
Sinonímia: ato de acordar fora do soma; despertamento extracorpóreo; início da conscientização
extrafísica.
Tipos. Há vários tipos de despertamento extrafísico: lento; súbito; onírico; voluntário; solitário;
assistido por passes de amparador; etc.
Características. O ato do despertamento extrafísico da consciência apresenta características
distintas: grau de consciência imediata; escuridão, iluminação, penumbra quanto à percepção visual do
ambiente; olhos abertos; parapálpebras cerradas; conscientização quanto ao veículo de manifestação, seja na
base física, local próximo, ou local distante; a condição da desorientação extrafísica; as oscilações e
ondulações do psicossoma projetado; a posição extrafísica de equilíbrio; a posição extrafísica de
desequilíbrio; a condição da consciência cega, surda, e muda; as abordagens mentais que podem ser hígidas
ou patológicas; etc.
Contínua. Nas experiências das projeções de consciência contínua, obviamente, não ocorrem
despertamentos, nem o despertamento extrafísico nem o despertamento físico.
Ressurreição. A ocorrência denominada ressurreição espiritual, expressão muito empregada nos
ambientes religiosos, nada mais representa que o despertamento extrafísico da consciência depois que a
mesma passou pela projeção final inconsciente (desencarnação).
225. TÉCNICA DO AUTODESPERTAMENTO EXTRAFÍSICO
Libertação. Na produção da projeção consciente, o importante é você se ver livre, no plano
extrafísico, do estado consciencial em que estava anteriormente, seja este estado o sono, o sonho, o pesadelo,
a hipnagogia, o devaneio, ou a própria vigília física ordinária, e obter a sua lucidez plena fora do corpo
humano, porque, a princípio, como regra geral, a sua consciência não percebe que deixou temporariamente o
corpo físico.
Auto-sugestão. A providência mais comum para predispor o despertamento extrafísico é você falar
para si mesmo, vezes seguidas, antes de dormir: — “Vou acordar deitado acima do meu leito sobre o meu
corpo.”
Teste. Você pode empregar o recurso positivo do teste da coerência para afastar a interferência de
todas as imagens oníricas ou formas-pensamentos gravitantes, depurando as suas percepções extrafísicas e
colocando a sua consciência nua. Este teste consiste na observação criteriosa de aberrações nas cenas vistas
ou vivenciadas. Por exemplo, se você vê um gato que canta igual a galinha; se julga que cada pedra igual de
um muro toma coloração diferente; se a imagem que tem de seres humanóides borram e se superpõem; tais
visões evidenciam, logicamente, incoerências ou alterações oníricas que desaparecem assim que haja a sua
conscientização de estar sonhando, dando início à sua projeção mais consciente.
Faculdades. Você pode utilizar todos os recursos extrafísicos naturais que produzem, não raro
espontaneamente, o seu despertamento extrafísico como, por exemplo, as faculdades características do
psicossoma, a autoluminosidade, a acuidade da visão extrafísica, a permeabilidade, a leveza, a volitação, a
invulnerabilidade a agentes físicos, a invisibilidade ou intangibilidade aos seres humanos, etc.
Conscientização. Você há de saturar a mente, no estado da vigília física ordinária, com a idéia e a
determinação de autodespertar-se, extrafisicamente, quando surgir alguma destas condições para a sua
consciência:
225.2. Notar que não precisa respirar (saída do restringimento físico).
225.3. Observar que o seu braço se estica facilmente (elasticidade extrafísica).
225.4. Ver que um espelho comum não reflete a própria imagem (invisibilidade extrafísica).
225.5. Reparar que outras criaturas não dão conta da presença da sua consciência no ambiente
(invisibilidade extrafísica).
225.6. Constatar que as criaturas presentes não escutam suas palavras (inaudibilidade extrafísica).
225.7. Descobrir-se emitindo luz própria de alguma forma (autoluminosidade extrafísica).
225.8. Descobrir-se mais leve ou verificar que o próprio corpo não faz sombra sob o Sol
(imponderabilidade extrafísica).
225.9. Perceber que se movimenta de algum modo, seja deslizando ou volitando, de um distrito
para outro, diferente do estado de imobilidade do corpo humano deixado sobre o leito (translocação
extrafísica).
225.10. Sentir-se com liberdade maior, capaz de ir aonde quiser (senso de libertação).
225.11. Reconhecer que a própria visão apresenta características superiores à visão física
(paravisão) tais como endoscopia ou profundidade, microscopia, magnificação, retrovisão e visão sem
perspectivas.
225.12. Constatar a transparência de todos os objetos e construções que enxerga.
225.13. Identificar a existência de uma forma dupla, ou cópia luminosa, em todas as coisas
(segundo universo).
225.14. Julgar-se subitamente rejuvenescido (autotransfiguração inconsciente).
225.15. Sentir-se perfeitamente transpassado, numa via pública qualquer, por alguém ou por
veículo em movimento (invulnerabilidade extrafísica).
225.16. Passar a mão livremente através dos objetos físicos (autopermeabilidade extrafísica).
225.17. Observar-se a si mesmo e verificar que não tem corpo ou veículo de manifestação
(projeção pelo corpo mental).
225.18. Reparar que refaz ou desfaz as cenas que visualiza com a simples ação da vontade
(ideoplastia).
Estímulo. Ao projetor veterano recomendo ler e refletir sobre as dezoito condições extrafísicas
aqui enumeradas, pois as mesmas podem, de fato, estimular a produção de projeções conscientes
espontâneas. Tal fato já ocorreu comigo algumas vezes.
___________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 67).
IX- PERÍODO EXTRAFÍSICO DA CONSCIÊNCIA
IX - Período Extrafísico da Consciência
226. AUTOCONSCIÊNCIA EXTRAFÍSICA
Definição. Autoconsciência extrafísica: estado de lucidez consciencial fora do corpo humano
que permite à consciência ter absoluta certeza de que não está sonhando, nem tampouco se acha no estado
da vigília física ordinária.
Sinonímia: autoconscientização extrafísica; consciência astral; ligação de consciência; lucidez
astral; lucidez extracorpórea; lucidez extrafísica; segunda atenção; vigília extrafísica.
Despertamento. A maioria das consciências encarnadas, quando projetadas para fora do corpo
humano, permanecem despertas no plano extrafísico, contudo, infelizmente, não se mostram despertas
para o mesmo plano extrafísico.
Pensamento. A criação do hábito do pensamento mantido e concentrado durante a vida cotidiana, no estado da vigília física ordinária, traz como conseqüência o controle absoluto dos pensamentos
da consciência projetada no plano extrafísico.
Máximo. Todo o esforço técnico deste livro visa aos processos de obtenção da autoconsciência
extrafísica, a condição máxima, ou o objetivo mais difícil de se alcançar nas experiências das projeções
conscientes. Obtida a autoconsciência extrafísica, tudo o mais virá naturalmente para o praticante da
projeção, porque: sair do corpo humano todos saem todas as noites; interiorizar-se é sempre fácil e sem
problemas maiores; e rememorar constitui simples conseqüência da lucidez extrafísica, na maioria dos
casos.
Verticalidade. Na posição extrafísica horizontal, o psicossoma permanece passivo e inerte. Na
posição vertical, ereta, geralmente este veículo permite que a consciência projetada recupere a lucidez.
Talvez este fato seja devido aos condicionamentos físicos e psíquicos do homem que vive mais na postura
ereta no estado da vigília física ordinária.
Extensão. Na extensão ou profundidade da consciência devem ser analisadas: a consciência
ordinária, superficial, ou profunda; a semiconsciência; a superconsciência cósmica; a consciência
uniforme; a consciência descontínua; a consciência de si mesmo, embora sem forma; a sensação de
onisciência (corpo mental); etc.
Atributos. Dentre os atributos da autoconsciência extrafísica destacam-se: pensamento;
elaboração mental; raciocínio; atenção fixa ou saltuária; memória; memória composta pluri-reencarnatória do banco da memória integral; imaginação; compreensão; discernimento; associação de idéias;
juízo crítico; comparação ou o hábito de estabelecer relações; abstração; generalização; etc.
Aspectos. Aspectos importantes da autoconsciência extrafísica: manutenção; mente aberta;
presença de espírito extrafísica; coerência no desenvolvimento dos eventos; gradação das percepções
conforme a projeção; choque consciencial; sonambulismo extrafísico; sonho pré-projetivo;lapsos
conscienciais; ação da vontade sobre as formas do psicossoma; consciência no psicossoma parcialmente
configurado e no psicossoma integral; consciência no corpo mental; diferença de conscientização num e
noutro veículo de manifestação; etc. Elevado grau de lucidez extrafísica favorece a rememoração
posterior. Às vezes a consciência extrafísica descontínua causa a rememoração fragmentária.
Faculdade. A autoconsciência física ordinária é a faculdade de se estar consciente do próprio
comportamento, o que envolve a capacidade de refletir sobre o mesmo e, através do raciocínio, de persistir
ou modificá-lo.
Possibilidades. A autoconsciência extrafísica permite ao projetor projetado controlar deliberadamente a sua situação extrafísica, ficar com a aparência nua ou vestida, determinar a direção e o destino
aonde irá, encontrar-se com outras consciências ou entidades, apreender idéias novas no plano extrafísico,
etc.
Percepções. A consciência projetada no plano extrafísico pelo psicossoma e, mais intensamente,
pelo corpo mental, no plano mental, pode alcançar um estado de elevada conscientização que lhe permite
perceber tudo em bloco, de uma só vez, instantaneamente, por maior que seja a massa volumosa do
conjunto de minúcias das concepções entrevistas.
Fatores. Um dos primeiros fatores, entre os que chamam a atenção da consciência projetada
lucidamente pela primeira vez, é a relação, desconhecida por parte dela até então, entre o peso do corpo
humano e a leveza do psicossoma; a noção da inércia dos corpos e a atuação da força gravi- tária que
diminuem ou se extinguem temporariamente.
Misticismo. Do ponto de vista extrafísico, o misticismo — significando aqui emotividade sem
racionalidade — prejudica a lucidez consciencial. Quanto maior o misticismo nas emoções da consciência
projetada, maior será a obnubilação da sua lucidez. Quanto maior a serenidade, ou maiores os sentimentos
elevados (emoções racionalizadas e domadas), maior a lucidez da consciência projetada.
Relação. A consciência do projetor projetado e assistido por amparador, nas atividades de
assistência extrafísica, tende a permanecer obumbrada, ofuscada, ou eclipsada, não só por estar lastreada
pelo duplo etérico, ou se manifestando através do psicossoma denso, como também pela presença do
amparador ou amparadores. Alguma coisa ocorre nessa relação de contigüidade — à semelhança do que
acontece entre o satélite dependente do astro (Sol), do vidente dependente do nagual, ou do médium
dependente do guia extrafísico — que, às vezes, impede a lucidez plena da consciência projetada. Há
aspectos obscuros das ocorrências, aqui, que exigem maiores pesquisas e esclarecimentos.
Erros. Provavelmente 90% de todas as projeções lúcidas da consciência, mesmo quando
prolongadas e importantes, de todos os projetores encarnados, não passam de projeções semiconscientes
ou meros sonhos lúcidos (V. cap. 78). Daí porque toma-se necessário insistir que o ato de se obter a
autoconsciência extrafísica avançada é a maior conquista, básica, para qualquer projetor consciente.
Somente com um grau elevado de autoconsciência extrafísica, a consciência pode se libertar dos erros de
interpretação em suas vivências fora do corpo humano. Por isso, nem sempre uma só projeção consciente
(V. cap.’379) resolve os problemas das dúvidas da consciência quanto ao mundo extrafísico real.
Padrão. O fato atrás referido também evidencia o paradoxo de que a projeção consciente em si,
embora sendo ocorrência natural, fisiológica, e comum a toda a humanidade, apresenta a condição de
autoconsciência extrafísica avançada como ocorrência infelizmente ainda fora do padrão da consciência
encarnada, ou seja, ainda subordinada à prisão do restringimento físico terrestre.
Imaturidade. As pessoas excessivamente trancadas na condição da coincidência dos seus
veículos de manifestação consciencial têm muito mais predisposição para se constituírem em consciências
recém-desencarnadas imaturas, ou seja, caírem nas condições extrafísicas post-mortem de certas crianças,
que ao desencarnar, permanecem, às vezes por longo tempo, apresentando a lucidez, mentalidade e,
freqüentemente, as próprias formas do psicossoma, apenas infantis, demorando a recuperar suas condições
e formas do período natural de adultidade (ou adultez) de sua penúltima encarnação.
Imagens. Apesar de tudo, a consciência encarnada, parapsiquicamente desenvolvida, pode
desfrutar de perfeita lucidez quando projetada fora do corpo humano. Eis uma comparação pertinente: a
vida humana é o filme de cinema, produzido longe do público, onde se podem empregar todos os truques
de filmagens e efeitos especiais espetaculares. A vida extrafísica temporária, durante a experiência da
projeção consciente, é a peça do teatro na qual se tem o contato direto e cru, cara-a-cara com a platéia, e
quando não se permitem truques grosseiros de câmera.
____________
Bibliografia: Alverga (18, p. 96), Bayless (98, p. 100), Castaneda (258, p. 20), Crookall (343, p.
42), Denning (391, p. 158), Gonçalves (614, p. 5), Powell (1278, p. 89), Vieira (1762, p. 214), Walker
(1781, p. 70).
227. ESCALA DA LUCIDEZ DA CONSCIÊNCIA PROJETADA
Definição. Escala da lucidez da consciência projetada: seqüência ordenada de fatores para estabelecer o desenvolvimento da grandeza do fenômeno da lucidez extrafísica.
Sinonímia: tabela da lucidez extrafísica.
Consciência. O padrão convencional em uso para caracterizar a condição da consciência plena,
cheia, total, lúcida, racional, vígil, ou inalterada, foi arbitrariamente escolhido como sendo o estado
mental, normal ou inalterado do adulto desperto, ou aquele em que ele despende a maior parte das suas
horas no estado de vigília física ordinária. Este estado exclui vários fatores ou condições tais como: sono;
cochilo; pequena abstração; devaneio profundo; estado orgânico drogado; insanidade mental; doença
aguda ou crônica; condições mentais da pré-natalidade, da infância e da senilidade; e todas as demais
situações psicológicas em que a mente se apresenta incapacitada de atuar com eficiência ante os problemas
práticos no dia-a-dia da vida humana.
Variações. Pela referida caracterização do estado da consciência lúcida, vê-se com clareza que a
consciência humana, na vida comum, varia em camadas, patamares, percentuais, graus, ou níveis,
conforme as condições individuais e as circunstâncias, na oportunidade, que provocam lampejos de
exacerbação ou quedas por ofuscamento na sua lucidez.
Extrafisicamente. Quem se projetar com alguma freqüência, ou seja, depois de praticar umas
dez projeções sucessivas, sem grandes intervalos, acaba constatando, facilmente, que também o grau de
lucidez da sua consciência, no plano extrafísico, varia de experiência para experiência, ao modo das
ocorrências no estado da vigília física ordinária.
Funcionamento. A lucidez completa da consciência projetada para funcionar perfeitamente
precisa apresentar percepções sensoriais, ou parafisiológicas, e habilidades intelectuais ao mesmo tempo.
Para isso será necessário que, no caso do psicossoma por exemplo, este veículo esteja completamente
projetado, ou pelo menos com todos os seus atributos essenciais para que a consciência atue com
eficiência. Além disso a lucidez há de ser acompanhada da rememoração posterior às experiências
extrafísicas a fim de que as mesmas sejam eficientemente registradas.
Classificação. Ainda não existem unidades-padrões de medida, ou elementos de aferição conhecidos, para os níveis de consciência na vigília física ordinária, por isso, buscando anatomizar o assunto,
pode-se estabelecer determinados parâmetros ou características, conforme a qualidade das percepções do
projetor projetado, numa escala ou classificação subjetiva, obviamente a mais precisa possível, dentro das
atuais circunstâncias, composta de cinco graus ou percentuais básicos.
—
20%. A experiência extrafísica com 20% de conscientização é da semiconsciência:
descontinuidade da vigília extrafísica; interferências oníricas nas entradas das percepções; aberrações
alucinógenas; fatores que peculiarizam, de modo definido, o estado da projeção semiconsciente (V. cap.
78), ou seja, aquele mesclado por sonho, pesadelo e projeção.
—
40%. A experiência extrafísica com 40% de conscientização evidencia os elementos da
dúvida: influência emocional positiva (exultação), ou negativa (medo) constante, durante todo o período
da exteriorização extrafísica; dúvida, ou inconsciência, na oportunidade, quanto ao fato de s'e estar
projetado; insegurança permanente ao longo de todo o transcurso das ações extrafísicas; etc.
—
60%. A experiência extrafísica com 60% de conscientização apresenta as peculiaridades
da certeza: convicção plena quanto à condição de se estar projetado; início da associação de idéias e
comparações racionais entre o plano físico e o extrafísico, elaboradas de modo espontâneo; julgamento
crítico definido; etc.
—
80%. A experiência extrafísica com 80% de consciência exibe a autoconscientização:
lucidez igual â vigília física normal; uniformidade inalterável das percepções claras; ausência total da
emotividade imatura ou irracional; maturidade do conhecimento pacífico da condição de se estar
projetado, ou autoconscientização extrafísica (V. cap. 226); julgamento crítico máximo, dentro das
possibilidades habituais à autocrítica do projetor; etc.
—
100%. A experiência extrafísica com 100% de conscientização caracteriza-se pela
superconsciência: lucidez superior ao máximo do estado da vigília física ordinária, e que identifica, de
maneira incontrovertível, o estado da consciência cósmica (V. cap. 30), próprio das projeções
conscienciais magnas através do corpo mental.
Cotejo. Evidentemente, o estado de 100% de conscientização extrafísica equivale a impossíveis
150% de lucidez da consciência vígil ordinária padrão.
Média. A maioria das projeções conscienciais caracterizadas como conscientes, de todos os
projetores conscienciais, em todos os tempos, por todos os lugares, sob todas as condições, oscila dentro
da faixa média, entre os 40% e os 60% de lucidez extrafísica, ou seja, entre os estados da dúvida-vacilação
e a certeza-segurança em suas manifestações fora do corpo humano.
Instrumento. Esta escala representa o primeiro instrumento prático de aferição para o praticante
das projeções conscientes julgar, a cada experimento, o seu próprio esforço, dando-lhe perspectivas exatas
ao aperfeiçoamento da projetabilidade, ou as metas para a melhoria do desempenho extrafísico.
___________________
Bibliografia: Baumann (93, p. 111), Vieira (1762, p. 143), Walker (1781, p. 24).
228. ILUMINAÇÃO DO MEIO AMBIENTE EXTRAFÍSICO
Definição. Iluminação do meio ambiente extrafísico: percepção de luz irradiada com origem
incerta e conseqüente aclaramento pela consciência encarnada projetada no plano extrafísico.
Sinonímia: aclaramento das percepções da consciência projetada; iluminamento do meio
ambiente extrafísico.
Unmani. O período extrafísico da consciência, ou o estado da consciência fora do corpo
humano, estágio no qual todos os encarnados se acham fora do corpo denso, por exemplo, durante certas
fases do sono natural, do transe mediúnico, e durante a projeção consciente, é chamado no Oriente como o
estado de Unmani.
Indireta. Fora da matéria densa não existe noite para a consciência projetada. No plano
extrafísico crosta-a-crosta, que parece uma duplicata luminescente do plano físico ^sempre surge para a
consciência uma luminosidade indireta, que não emana de qualquer direção específica, mas difusa,
brilhante, e intensa, que não fere nem ofusca a visão extrafísica, sem sombras.
Quase-morte. Vale observar que a consciência que esteve projetada para fora do corpo humano,
com lucidez, especialmente nas experiências da quase-morte, às vezes, ao descrever a iluminação
extrafísica, não fala (o projetor) em termos de luz, mas em ausência total e completa de escuridão, e acha
que com esta expressão não está dizendo a mesma coisa e descreve mais corretamente a real situação no
plano extrafísico. De fato, iluminação e ausência de escuridão, a rigor, não significam a mesma coisa e
esta diferença sutil, mas ponderável, evidencia mais claramente a realidade extrafísica da consciência
projetada em certas condições.
Escuridão. A iluminação do meio ambiente extrafísico é uma das primeiras manifestações
ostensivas características da autoconscientização do projetor ao se saber projetado fora do corpo humano.
Não obstante, isso não constitui condição sine qua non para que a consciência esteja no plano extrafísico
ou se autoconscientize, perfeitamente, de modo absoluto, de estar fora do corpo denso, porque tal estado
pode acontecer no escuro, ou seja, sem que a consciência enxergue qualquer coisa. Tal fenômeno ocorre
em função do fato de que a visão não é tudo para a consciência, mas apenas um de seus atributos, igual a
muitos outros.
Características. Dentre as características da iluminação no meio ambiente extrafísico destacam-se: a clara percepção da iluminação extrafísica pela consciência projetada; a ocasião do surgimento;
a velocidade do surgimento para a consciência; intensidade; nitidez; cor predominante; unicolor; cor
azulada; cor amarelada; bicolor ou preta e branca; multicolorida; imagens cinzentas; imagens prateadas;
diurna; noturna; natural; artificial; uniformidade; aumento súbito; fosfo- rescências; cintilações; efeitos
estroboscópicos; sem visão; visão neutra, nem cego nem vidente; a vontade de enxergar e a iluminação
extrafísica; explosões de luzes; nevoeiro; escuridão total; semi- obscuridade; meio ambiente sem espaçotempo perceptível (plano mental); etc.
Movimento. A relação entre a iluminação extrafísica e o movimento da consciência projetada
evidencia que esta pode sentir-se parada algures, no escuro, translocar-se na escuridão e vo- litar
aparentemente às cegas, muitas vezes, sem sobrevir qualquer problema ou malefício.
Ampliação. A ampliação da visão e da iluminação extrafísicas, atinge tal ponto que extrapola as
dimensões físicas tornando-se difícil visualizar os detalhes das formas do plano humano. Este fato provoca
erros de interpretação das ocorrências e falhas nas descrições das formas, coisas, e objetos vistos.
_______________
Bibliografia: Castaneda (258, p. 207), Greenhouse (636, p. 253), Kardec (824, p. 163), Monroe
(1065, p. 131), Ring (1406, p. 48), Vieira (1762, p. 107).
229. TÉCNICA DA IDENTIFICAÇÃO DO VEICULO DE MANIFESTAÇÃO
Definição. Auto-exame extrafísico: observação feita, através das percepções extrafísicas, das
qualidades e circunstâncias que apresentam o veículo de manifestação da própria consciência encarnada
projetada para fora do corpo humano.
Sinonímia: auto-exame astral; auto-exame projetivo; para-somatognosia.
Identificação. A sua consciência, na qualidade de projetor e tendo em vista a melhoria de sua
atuação extrafísica, ao se ver livre temporariamente do corpo humano, deve buscar reconhecer e identificar
o veículo pelo qual você esteja se manifestando na ocasião e que pode ser o psicos- soma ou o corpo
mental.
Psicossoma. Quanto à projeção da sua consciência pelo psicossoma, este pode estar livre em
forma integral, ou seja, ligado ao fino e quase sempre imperceptível cordão de prata, porém com a mínima
ou nenhuma energia pertencente aos núcleos do duplo etérico, ou em forma parcial, com concentrações
variantes de energia do duplo etérico. Há várias condições específicas que permitem a você diferenciar o
psicossoma do corpo mental, especialmente a observação de alguns aspectos básicos do experimento
extrafísico.
Diferenciais. Os diferenciais básicos entre o psicossoma e o corpo mental já foram estabelecidos
minuciosamente em paralelos (V. cap. 127) e aqui estão resumidos: tipo de decolagem; grau de
autoconsciência extrafísica; desprendimento único ou duplo; condição exata do plano de manifestação;
forma do veículo de manifestação; natureza da ligação intercorporal; sensações quanto ao peso, ao
emocionalismo e nuanças da mediunidade extrafísica; ocorrência de influência extrafísica; caráter da
participação com o meio ambiente extrafísico; processo de comunicação consciencial; efeitos de correntes
de força; possibilidade de a consciência projetada ser visualizada por outras criaturas; repercussões físicas
e extrafísicas.
________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 107).
230. TÉCNICA DA IDENTIFICAÇÃO DO VEICULO DE MANIFESTAÇÃO
Conscientização. Depois de haver alcançado a conscientização sobre qual veículo esteja se
manifestando, psicossoma ou corpo mental, será mais fácil à sua consciência projetada manter a lucidez e
proceder à expansão de seus atributos e percepções fora do corpo humano, ampliando o seu nível de
julgamento crítico extrafísico.
Psicossoma. Pelo psicossoma, a sua consciência projetada há de buscar e manter o máximo de
serenidade possível, afastando toda emotividade, de qualquer origem ou causa, concentrando- se na
importância delicada da situação, quando você se acha livre no plano extrafísico e precisa aproveitar o
período da projeção consciente.
Entradas. Nessa hora, você deve definir claramente quais as suas entradas sensoriais que mais
funcionem no momento: a visão, a audição, o tato, a inspiração, ou outra entrada mediú- nica extrafísica
para, então, procurar se expandir por aí.
Impressões. A sua consciência precisa desvencilhar-se das impressões que lhe causaram o
processo de exteriorização: a posição em que você se encontra após a decolagem do psicossoma; a visão
comum do seu corpo humano incapacitado; e os detalhes do ambiente da sua base física.
Alvo. Tudo isso deve ser feito a fim de procurar atingir, de imediato, outro alvo mental propício
ao desenvolvimento das suas vivências extrafísicas e da própria projeção consciente, sem perder o ensejo
educativo do período projetivo.
Descondicionamento. A projeção consciente consegue aliviar e expandir as percepções da
consciência encarnada profundamente condicionada por um elenco de poderosíssimos fatores
restringidores de origens e naturezas diversas: ambientais, artísticos, cármicos, científicos, econômicos,
familiares, filosóficos, intelectuais, profissionais, psicológicos, religiosos, sociais, somáticos, além de
outros.
Mental. Se você está se manifestando através do corpo mental, a sua consciência deve buscar,
pela meditação extrafísica, as idéias máximas que sempre desejou aprofundar, mantendo-se ciente da curta
estada extrafísica no plano mental e da necessidade para você mesmo de rememoração desses eventos
magnos quando retornar ao plano físico, daí a pouco.
______________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 66).
231. ORIENTAÇÃO DA CONSCIÊNCIA PROJETA
'
Definição. Orientação projetiva: ato de conscientização do próprio paradeiro extrafísico
ou do local exato onde a própria consciência se encontra quando projetada fora do corpo humano, e a sua
situação em relação ao ambiente extrafísico.
Sinonímia: autodireção projetiva; autolocalização extrafísica; consciência espacial extrafísica;
metatropismo extrafísico.
Tipos. A orientação se encontra intimamente ligada às noções de espaço e tempo. Existem dois
tipos de orientação em geral: aquela relativa à própria pessoa, ou orientação autopsiquica, condição que
permite à consciência identificar-se, saber perfeitamente aonde se encontra, o dia, o mês e o ano em que se
acha e qual a sua situação em relação ao ambiente; e a orientação alopsíquica, a noção da própria
consciência em relação ao mundo exterior propriamente dito.
Terrestres. Determinados meios ambientes junto à crosta terrestre permitem à consciência
projetada aferir a sua autolocalização extrafísica exata como, por exemplo: quando se encontra projetada
acima do corpo humano, ou junto ao teto ou forro do quarto de dormir, num cômodo comum da própria
casa, num local familiar da cidade onde reside, na residência conhecida de um amigo, etc.
Intuição. Contudo, nem sempre a autolocalização extrafísica será fácil, mesmo nas atmosferas
crosta-a-crosta. A intuição extrafísica ajuda sobremodo a orientação da consciência projetada.
Extrafísicos. Nos ambientes extrafísicos propriamente ditos, astrais, nativos, atrasados ou
evoluídos, mas distantes da atmosfera terrestre, em geral, a consciência projetada não tem meios ou
indícios bastante seguros para se localizar, a não ser quando retoma ao mesmo local aonde já esteve ou
visita uma entidade desencarnada conhecida.
Classificação. Os ambientes extrafísicos visitados pela consciência encarnada projetada podem
ser classificados, quanto à ela, em conhecidos e desconhecidos.
251.1. Conhecidos. Nos ambientes conhecidos há de se observar: a localização; a autodeterminação quanto ao próprio destino; o senso de horário; a advertência última ou intuição extrafísica
quanto ao ambiente; etc.
251.2. Desconhecidos. Nos ambientes desconhecidos pode-se procurar as mínimas evidências
próprias do local como, por exemplo: as condições meteorológicas do momento; a posição do Sol quando
visível; o dia da semana e suas relações com o fluxo dos eventos; o fuso horário e a possibilidade de estar
em outro meridiano terrestre; a abordagem direta a quem apareça; a leitura de anúncio luminoso, outdoor, ou relógio público visíveis; etc.
Objetos. Listagem de outras coisas e objetos-chaves que podem ser úteis a você, como consciência projetada, a fim de despertar-lhe lembranças e poder identificar o seu paradeiro extrafísico: tipo da
casa ou casas; tipos dos veículos, automóveis, caminhões, etc.; número das placas dos carros; formato e
marcas dos veículos; jornais e revistas, suas datas, manchetes, clichês, nomes de pessoas, fotos, etc.;
quadros e telas dependurados ou expostos; seres vivos ou entidades extrafí- sicas, suas identidades, nomes,
documentos pessoais; etiquetas de endereços em malas e bagagens; escritórios de negócios; fábricas;
sinais sobre portas; placas de portões; placas de ruas; etc.
Erraticidade. A erraticidade projetiva é a condição temporária do projetor consciencial errante,
ou seja, da consciência projetada que deixa o corpo humano sem orientação, de modo desendereçado, que
não se localiza, não consegue alcançar o seu alvo mental (V. cap. 292) quando existente e nem chega a um
distrito extrafísico familiar, mesmo depois de mais de uma tentativa, abordando tão-somente locais
desconhecidos.
Advertência. Seja qual for a situação, a desorientação extrafísica e a condição da erraticidade
projetiva não acarretam conseqüências negativas de monta e nem devem apavorar a consciência projetada
que, em toda injunção extrafísica, precisa evitar o pânico que significa, quase sempre, o encerramento
abrupto, traumático e indesejável da experiência consciencial e a volta da consciência ao corpo humano
com repercussão física.
Interiorização. Obviamente, nem a base física, nem o corpo humano, temporariamente
abandonados, mudam de lugar durante o período da projeção consciencial lúcida da consciência. Em
qualquer necessidade, basta tão-somente a consciência projetada pensar no próprio corpo humano,
mantendo a vontade firme de retornar à base física, para que volte, se interiorize e desperte fisicamente,
sem maiores problemas ou empecilhos.
______________
Bibliografia: Frost (560, p. 98), Kardec (824, p. 149), Monroe (1065, p. 60), Vieira (1762, p.
18).
232. AMBIENTE EXTRAFÍSICO
Definições. Ambiente extrafísico: local onde a consciência projetada se localiza fora do corpo
humano e do mundo geográfico tridimensional; esfera ou plano de vida além do plano físico, material ou
humano de existência; qualquer distrito extrafísico, antes de tudo, constituí um estado de consciência e não
um lugar.
Sinonímia: além; além-túmulo; campos espirituais; círculo de resgates; criptocosmo; dimensão
paralela; dimensões de existência; distrito extrafísico; domínios astrais; espaço invisível; espa- ço-tempo
invisíveis; espiritualidade; estado extrafísico da consciência; freqüências vibratórias; habitat extrafísico;
hiperespaço; luz astral; meio meta-etérico; mundo astral; mundo da imortalidade; mundo espiritual; mundo
extrafísico; mundo extra-sensorial; mundo interacional plástico; mundo invisível; mundos entrelaçados;
mundos meta-etéricos; níveis de realidade; plano astral; plano extrafísico; planos meta-etéricos de
existência; planos polidimensionais; pluridimensões; quarta dimensão; realidade astral; realidade
transpsíquica; realidades alternantes; realidades alternativas; reinos astrais; segundo estado; segundo
universo; taquipsicolândia; universo paralelo; universo alternativo; universos engrenados.
Escolas. Segundo Solon Wang são catorze as mais importantes escolas de conhecimento na
Terra, sendo seis religiões, três orientais, na ordem decrescente de número de adeptos: Bramanismo ou
Hinduísmo, Budismo e Zoroastrismo; e três ocidentais, na ordem decrescente do número de adeptos:
Judaísmo (Moisés), Cristianismo (Jesus de Nazaré), e Islamismo (Maomé); mais seis filosofias, sendo três
orientais: Taoísmo, Confucionismo e Ioga; e três ocidentais: Grega (Pitágoras, etc.), Espiritualismo
Europeu (Descartes, etc.), e Materialismo (Karl Marx: 1818-1883, etc.); e duas ciências, a natural ou
antiga, e a nova ou psíquica. Destas escolas de conhecimento, doze admitem a existência de planos
múltiplos para o Cosmo e a Vida e apenas duas, a ciência antiga e o materialismo, aceitam tão-somente o
plano material.
Humanos. Quanto à natureza e à qualidade predominantes do intercâmbio energético dos
encarnados entre si e entre encarnados e desencarnados, na relação com os médiuns sensíveis, sejam
conscientes ou inconscientes de suas faculdades, os ambientes humanos podem ser classificados em trés
tipos: absorvedores, doadores e ambivalentes.
253.1 Absorvedores: abatedouro de animais; boate; casa de jogos de azar; cassino; cemitério;
delegacia de polícia; hospital; instituição de assistência social; organização bancária; penitenciária; etc.
253.2 Doadores: local turístico com poucos visitantes; mata; parque tranqüilo; praça com
poucos transeuntes; praia com poucos banhistas; etc.
253.3 Ambivalentes: clube esportivo; espetáculo ao ar livre; espetáculo artístico elevado; motel;
multidões; templo religioso; etc.
Harmonia. Para viver harmoniosamente, o médium encarnado deve saber como se conduzir em
cada local destes citados, sem temer ou fugir de nenhum ambiente. O mesmo acontece com a consciência
encarnada projetada no plano extrafísico, em relação ao ambiente e às criaturas e entidades que depara à
frente. Tudo isso, não obstante existirem locais extrafísicos que devem ser inteligentemente evitados.
Espaços. A projeção consciente abre novos e maiores espaços à consciência encarnada, bem
mais diversificados do que todo o imenso universo físico que o homem conhece e dispõe em parte.
Tipos. Os tipos ou níveis em que se estruturam os ambientes extrafísicos podem ser assim
classificados: I. O perímetro reduzido de atuação vigorosa do cordão de prata; o perímetro com quatro
metros de raio a partir do cérebro humano; II. O plano coincidente com o universo físico; o plano crosta-acrosta; III. O plano extrafísico propriamente dito; as esferas extrafísicas; IV. O plano mental.
Distritos. O mais aproximado da realidade é compor os distritos — o físico e os extrafísicos
253.2. como tendo três estados conscienciais básicos: a deficienciolândia, a transitolândia, e a
cons- cienciolândia.
Deficienciolândia. No plano físico, ou a deficienciolândia, as coisas, criações ou objetos são
aparentemente mais definidos e demarcados para o homem. As palavras aqui buscam expressar idéias
também definidas em seus mínimos detalhes quanto à realidade consensual.
Transitolândia. O plano extrafísico crosta-a-crosta, ou a transitolândia, está sempre em
transição, variando suas formas ao infinito, a cada momento, conforme as percepções da consciência que
ali se manifesta. As formas-pensamentos dominam os múltiplos ambientes e a expressão das idéias pode
ser efetuada telepaticamente, sem palavras, ou através destas. Este é o plano das ilusões, em relação mais
íntima com os sonhos, os pesadelos, e as alucinações em geral.
Conscienciolândia. O plano mental, conscienciolândia, ou ideolândia, é o plano do futuro, das
idéias puras, ou idéias em bloco, que dispensam as palavras articuladas, e onde a vida existe expressandose também telepaticamente. A linguagem nativa do plano mental é o conscienciês (V. cap. 286).
Veículos. Os ambientes extrafísicos constituem problemas dos mais sérios para a consciência
encarnada, partindo do princípio de que os veículos de manifestação consciencial são relativos, e usados,
aqui, especialmente como recursos didáticos de pesquisa. Acima de tudo sobrepõe-se e predomina sempre
o estado íntimo, individual, da própria consciência.
Estados. As suas percepções — na condição de projetor consciente — não permanecem
limitadas apenas a um só cenário do meio ambiente. A percepção simultânea de múltiplos ambientes pode
ocorrer durante uma projeção consciente. Isso às vezes complica bastante as coisas e confunde
profundamente a consciência. Os estados conscienciais não raro são mais importantes do que as
atmosferas vislumbradas, sucedendo a descontinuidade permanente dos níveis de consciência. Numa só
projeção pode-se ir sucessivamente a vários níveis de consciência ou ambientes extrafísicos diferentes
com ou sem autoconsciência disso.
Percepções. A disparidade das percepções das consciências em relação às realidades entrevistas
é outro fator poderoso de interferência e de solução problemática dentro do âmbito restrito das
rudimentares pesquisas hoje existentes sobre o assunto.
Condições. Outros fatos que comprovam a afirmativa de que os planos extrafísicos constituem
um estado do ser, ou condição da consciência, são: os planos não se sobrepõem fisicamente uns aos outros
como estamos habituados a considerar na vida física, terrestre; não têm distinção espacial clara; e nem
apresentam gráus de diferenciação, fáceis de serem caracterizados, entre si.
Evolução. Tanto o plano extrafísico, propriamente dito, quanto o plano mental, podem ser
divididos, conforme o nível de purificação das consciências que ali aportam, seja em trânsito ou para
permanência mais longa, em plano extrafísico atrasado, plano extrafísico evoluído, plano mental atrasado,
e plano mental evoluído.
Evoluídos. A maioria das considerações e análises deste livro, que busca ser prático e a fim de
evitar equívocos quando se refere, em tese, ao plano extrafísico propriamente dito, está considerando o seu
nível evoluído; o mesmo ocorrendo quanto ao plano mental. As observações em geral feitas aqui dizem
respeito ao plano mental evoluído ou bem definido em suas características próprias.
Autóctones. As entidades próprias dos planos ou ambientes extrafísicos, ou seja, os habitantes
primitivos, aborígines, nativos, ou autóctones aos meios ambientes extrafísicos, não têm raças como os
habitantes humanos, são iguais quanto ao processo de evolução espiritual, mas desiguais quanto aos níveis
evolutivos espirituais quando considerados individualmente.
Tempo. Há ambientes extrafísicos que podem ser classificados a partir do tempo cronológico,
porque parecem permitir melhor as viagens da consciência para trás,no passado, ou retrocogni- tivas, e
para a frente, no futuro, ou precognitivas, especialmente as gradações do plano mental.
Cosmos. Outros ambientes extrafísicos são indiscutivelmente distantes da Crosta Terrestre, em
pleno Cosmos, ou espaço sideral longínquo, onde a consciência aporta através das exoprojeções
conscienciais lúcidas.
_________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 54), Baker (69, p. 79), Bayless (98, p. 48), Butler (227, p. 73),
Currie (354, p. 103), Denning (391, p. 45), Farrar (496, p. 191), Frazer (549, p. 157), Frost (560, p. 103),
Greene (635, p. 10), Greenhouse (636, p. 264), Krishna (867, p. 124), Monroe (1065, p. 82), Perkins
(1236, p. 92), Reis (1384, p. 14), Steiger (1601, p. 133), Talbot (1642, p. 164), Vieira (1762, p. 48),
Walker (1781, p. 116), Wang (1794, p. 25), Xavier (1882, p. 263), Yogananda (1894, p. 381).
233. PLANO EXTRAFÍSICO CROSTAL
Definição. Plano extrafísico crostal: ambiente extrafísico duplicata do plano físico, ou humano,
e coexistente com este.
Sinonímia: aqui-agora astral; astral inferior; baixo-astral; esfera crostal; hiperespaço; lado astral;
luzes quiméricas; mundo astral; mundo astralino; mundo de ilusão; mundo de pensamentos; mundo dos
reflexos; mundo invisível; mundo OBE; mundo póstumo; mundo psi; plano crosta-a- crosta; realidade
transpsíquica; segundo mundo; transitolândia; trevas exteriores; umbral; vestíbulo do aprendizado.
Crosta. A princípio, geograficamente, o plano extrafísico crostal, denso, é bem idêntico ao
mundo físico, mundo natural, ou a mitolândia. 0 termo distritos se ajusta melhor ao plano crosta- a-crosta,
ou coincidente com o universo objetivo, físico, porque neste caso existem áreas — ou distritos, esferas,
espaços, locais, lugares, planos, regiões, subplanos, zonas — menos mutáveis às percepções das
consciências, além do estado individual de cada consciência, seja empregando expressões como: mundo
espiritual, empregada pelos espíritas,plano astral, conforme a linguagem dos teosofistas; ou luz astral, de
acordo com os magistas.
Situação. Embora os planos extrafísicos crosta-a-crosta não existam tão-somente por estarem
vinculados à Crosta Planetária, ou à Terra, muitas pessoas se pérturbam em pensar aonde os mesmos se
situam, se localizam ou dependem fisicamente.
Aura. Vale lembrar que o planeta Terra não é simples globo nu, despojado, que termina nas
nuvens ou nos limites da troposfera. Ele existe qual nave espacial cósmica, com paredes exteriores
compostas de partículas atômicas invisíveis que o magnetismo terrestre dispõe em capas: a primeira
camada (cintos de radiação) Van-Allen, com quinhentos quilômetros de espessura; a segunda camada
Van-Allen, com vinte mil quilômetros; e a magnetosfera que alcança cerca de sessenta e cinco mil
quilômetros no Universo físico. Nesta aura física da Terra — que a circunda e a acompanha pelo universo
afora — os planos extrafísicos crosta-a-crosta se desenvolvem e orbitam iguais a satélites extrafísicos
invisíveis.
Parageografia. Nos ambientes extrafísicos crosta-a-crosta, ou coexistentes com a vida humana,
existe uma real geografia transcendente, ou parageografia, ainda à espera de ser mapeada, constituída,
definida, além da duplicata dos objetos e seres físicos, pelos acidentes gerados por formas-pensamentos
consistentes e menos transitórias que subsistem à passagem dos séculos humanos, especialmente colônias
de contato com a vida terrestre, habitat de seres extrafísicos, áreas de transição ainda muito materializadas,
havendo inclusive aquilo que se pode chamar de ecologia extrafísica, ou o ecossistema físico-extrafísico.
Deterioração. Em Sociologia já está bem definida a zona de deterioração ou área do vício: zona
da cidade caracterizada pelo estado precário de edificação e pelo elevado grau de desajustamento de seus
habitantes. Os indivíduos que aí se localizam procuram fugir a certas formas de controle social e tendem a
perder-se na confusão e variedade de padrões de comportamento da área. Nela concentram-se os bandos
juvenis, a prostituição, a delinqüência, a miséria e o vício, em suas formas mais variadas. A área de
deterioração tende a moldar, como os demais, os seus habitantes. A zona de deterioração humana nada
mais significa que a cópia imperfeita, caricatural, das áreas umbralinas extrafísicas visitadas pelo projetor
consciencial, assistente extrafísico. Tais zonas físicas-extrafísicas se afinam e as consciências aí
intercambiam idéias, emoções, atitudes e objetivos. Obviamente, uma base física numa zona dessas está
naturalmente predisposta a uma ligação permanente com as áreas umbralinas crostais.
Assistências. Nas projeções assistenciais torna-se inevitável a incursão da consciência humana
projetada aos distritos extrafísicos não evoluídos que vêm recebendo denominações diversas através dos
tempos: Hades (Robert Crookall: 1890-1982); Inferno (Dante Alighieri: 1265-1321); Kamaloka (Hindus);
Locale II (Robert Monroe: 1915—); Plano Astral Inferior (Teosofistas); Purgatório; Sheol; Umbral
(Espíritas); etc.
Animais. Os seres desencarnados encontrados nas entranhas da Crosta Planetária, nessas zonas
umbralinas e trevosas, mais atrasadas, parecem que passam por um fenômeno de parada evolutiva ou
degeneração temporária, lembrando as condições de seres animais inferiores tais como: os endógeos, que
vivem escavando a terra (fura-terra); os troglóbios (cavernículas); os folióbios (habitantes de covas e
montes de terra); e os topóbios (os que ficam embaixo de pedras ou rachaduras do solo). Tudo isso sem
esquecer, naturalmente, os trogloditas, ou seja, aqueles homens que habitam cavernas.
Extrafísico. A rigor, o mundo extrafísico mais denso tem início no limiar da freqüência de
manifestação dos veículos da consciência além do duplo etérico, ou seja, excluindo o corpo humano e o
duplo etérico, detectáveis por instrumentos humanos rústicos, e começando pelo psicossoma, no plano
extrafísico astral, chegando ao corpo mental, no plano mental.
Temperaturas. Vale registrar que as evidências coligidas através de fenômenos parapsíqui- cos
diversos sugerem a existência permanente, predominante, de temperaturas baixíssimas no plano extrafísico
crostal, ao modo das temperaturas existentes nos espaços interestelares. Daí porque a condição de
resfriamento que ocorre no ambiente humano nas manifestações parapsí- quicas, como efeitos físicos,
ectoplasmias, telecinesias, desmaterializações, correntes de ar gélidas, etc.
População. No plano extrafísico crostal encontram-se as entidades extrafísicas que formam a
população fantasma crosta-a-crosta. Tais entidades, em seu habitat próprio, são tão sólidas, apresentam
corpos reais tão densos que podem colidir com sua consciência encarnada — quando você se encontra
projetado através do psicossoma — numa condição, no entanto, que atravessa também todos os objetos
físicos, os veículos humanos em movimento, o granito da rocha, etc.
Ineditismo. Nos ambientes extrafísicos crosta-a-crosta ou coexistentes com a vida humana,
ocorrem incidentes inéditos conforme os locais, como: deslizar à frente do foco de uma projeção
cinematográfica e de seus espectadores do cinema, enxergando tudo sem ter sua presença notada;
atravessar espessas armações elétricas das centrais de eletricidade em pleno funcionamento; penetrar o
fundo abissal do oceano visitando um mundo estranho e exótico; varar a massa das labaredas enquanto
está grassando um incêndio de grandes proporções; etc.
Paralelos. O plano extrafísico crosta-a-crosta, ou astral, não se refere apenas ao planeta Terra,
no caso, terra-a-terra, mas a todos os planetas habitados ou não do Universo. Só existe um plano
extrafísico em todo o Universo, não obstante os seus diferentes padrões vibratórios; bem como só existe
um plano mental também em todo o Universo. De igual modo há um só plano físico, ou material, embora
suas diferentes gradações vibratórias, terra, água e ar, nível sólido, líquido, gasoso, de plasma, de campo
como o eletromagnético, o de gravitação ou o nuclear, com efeitos vibratórios variáveis interconectados a
cada nível, que constitui o Universo físico do estado da vigília ordinária da. consciência, em qualquer
planeta do mesmo nível evolutivo. Estes três planos — o físico, o extrafísico, e o mental — compõem os
chamados universos paralelos básicos.
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Bibiiografia: Desmond (393, p. 55), Frost (560, p. 97), Hart (687, p. 236), Pike (1243, p. 29),
Powell (1278, p. 144), Swedenborg (1635, p. 245), Vieira (1762, p. 65), Xavier (1882,p. 17).
234. PLANO EXTRAFÍSICO PROPRIAMENTE
Definição. Plano extrafísico propriamente dito: ambiente extrafísico nativo, preexistente em
relação ao plano humano e sem ligação direta, ostensiva, fácil, com este.
Sinonímia: astral médio; astral superior; esfera puramente espiritual; habitat extrafísico;
paragem ultraterrena; piano espiritual puro.
Pensamento. Todo pensamento, toda vontade e todo ato é muito mais intenso, rápido e
corporificante nos círculos multidimensionais, coexistentes e interpenetrantes do plano extrafísico. Ah, o
pensamento é ação, ou seja, o pensamento e a própria ação manifestam-se concomi- tantemente. Não são
defasados no tempo igual aqui, no plano físico.
Ondas. As ondas de rádio e televisão são coisas muito reais, constituindo algo sólido, e ainda
assim se misturam 'e atravessam umas as outras sem ocorrer colisões. Isso dá a você um bom exemplo
para imaginar as cenas, lugares e fatos do plano extrafísico, ou seja, dos ambientes que a sua consciência
encarnada encontra quando se projeta e o que encontrará também depois da morte do seu corpo humano.
As cenas, lugares e fatos são coisas muito sólidas, localmente, sobre o nosso próprio plano habitual de
experiência humana. Não existem razões para supormos que as cenas, lugares e fatos que vivenciamos,
quando projetados para fora do corpo humano, sejam diferentes quanto à solidez local, em qualquer parte
ou plano de existência além da corriqueira matéria densa.
Extrafísicos. Nos ambientes extrafísicos, propriamente ditos, regipes ainda não mapeadas,
habitat próprio de seres extrafísicos, encontramos as colônias de entidades afins em suas harmonias e em
seus desequilíbrios, havendo: estâncias agradáveis; locais transicionais; regiões de convalescença
extrafísica, adaptadas ao trabalho da reencarnação; cidades-dormitórios extra físicas; subplanos
extrafísicos negativos; etc.
Campanários. Há colônias extrafísicas, verticais, elevadas, criadas ao modo de conjuntos de
campanários ou cidades-pombais, sem pisos ou leitos de estradas ou ruas como entendemos, adaptadas ao
modo de manifestação dos residentes volitadores, com as construções acessíveis e abordáveis pelo espaço
livre em qualquer direção. Circundando os conjuntos das casas sem ruas dos voadores, ou volitadores,
vicejam plantas vivas, compridas, luminosas, coloridas, transparentes, altíssimas em relação às
construções. Não sabemos se essas plantas crescem sempre para ficarem daquele tamanho e se
reproduzem.
Hipóteses. O psicossoma atua por modelo morfogenético para o corpo humano, orientando o
crescimento e as formas deste, em coexistência pacífica com as leis da Genética. Eis duas hipóteses de
trabalho: — Será que acontece algo semelhante em relação aos planetas ou a todo o Universo físico? Qual
a relação profunda entre o plano extrafísico nativo e o plano físico?
Interpsicologia. A Interpsicologia é a ciência que estuda as reações psicológicas que os indivíduos de uma coletividade induzem noutros indivíduos. A interação intencional ou inconsciente dos
indivíduos suscitaria resistências, oposições, ou pelo contrário uma assimilação de um indivíduo por
outros. O grau máximo das reações próprias da Interpsicologia, - no caso também transcendente —
acontece individualmente entre os habitantes dos planos conscienciais, o físico e o extrafísico crosta-acrosta. Exemplos disso encontramos nos fenômenos das inspirações, intui- ções e obsessões por seres
desencarnados. As reações em conjunto já dizem respeito à Parapsicologia Coletiva.
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Bibliografia: Monroe (1065, p. 73), Vieira (1762, p. 50), Xavier (1882, p. 17).
235. PLANO MENTAL
Definição. Plano mental: ambiente extrafísico próprio ou nativo ao corpo mental.
Sinonímia: conscienciolândia; esfera mental; habitat dos pensamentos; manasloka; terceiro
plano astral; vestíbulo da sabedoria.
Armazém. Ao atingir a consciência cósmica em suas projeções mentais, o projetor participa do
campo coletivo da consciência, armazém da consciência universal ou do plano mental, o domínio dos
chamados “registros akashicos”, o ponto de encontro universal, eclético, nivelador, comum a todas as
consciências, área livre para quem seja capaz de alcançá-la e desfrutá-la.
Global. Só o plano mental permite à consciência experimentar uma expansão tal que alcança a
visão global, universal, de todos os todos num único todo, estabelecendo traços de união entre os
fenômenos ou ocorrências universais.
Tipos. O plano mental pode ser interpretado sob dois aspectos, ou inserido em dois níveis
classificatórios, conforme as manifestações que possibilita: o plano mental atrasado e o plano mental
evoluído.
Atrasado. O primeiro plano mental, que se pode chamar de corporal, ainda inferior em
evolução consciencial, mesclado pelas energias do psicossoma ou do plano extrafísico, propriamente dito,
em seu grau evoluído, permite a deslocação interdimensional de uma bola de energia, ovóide vital, fulcro
energético, evoluindo até um ponto de consciência, ou seja, a consciência puntiforme; etc.
Evoluído. O segundo plano mental, que se pode chamar de acorporal, mais evoluído,
puro, constitui o meio ambiente nativo da consciência em si, o nec plus ultra dos níveis conscienciais, de
não-espaço, de não-tempo, de não-forma ou, para expor de modo mais apropriado: com a consciência
dominando essas variáveis à vontade, o que o torna absolutamente incompreensível à racionalidade mais
avançada do homem atual.
Projeções. Há projeções mentais de qualidades ou tipos diversos, desde as superficiais, meros
arremedos de projeções ou simples devaneios livres, passando pelas projeções de consciência puntiforme,
até a obtenção da projeção consciencial plena através do corpo mental, indefinível, intransferível,
indizível, entendida apenas por quem a experimentou. Vale frisar que esta última nada tem a ver com
misticismo, fanatismo, emocionalismo, moralismo, e outros “ismos” A sua manifestação transcende os
parâmetros das ilusões humanas (“maya”) e dos preconceitos de todos os tipos. As projeções energéticas
de parte do duplo etérico, corporificando às vezes a forma humanóide do indivíduo à distância do seu
corpo humano, não devem ser confundidas com as projeções conscienciais através do corpo mental.
Clarões. A consciência de modo geral parece estar em constante ebulição, ocorrendo clarões
conscienciais incessantes, iluminações e deslocamentos quanto à sua sede de manifestação que podem
levá-la ao plano mental puro ou fazê-la voltar ao plano extrafísico crosta-a-crosta.
Outros. Supõe-se, como hipótese de trabalho, que existam outros planos além, ou mais
evoluídos, do que o plano mental, mas simplesmente não os conhecemos nem dispomos ainda de recursos
para concebê-los detalhadamente ou imaginá-los com racionalidade.
Hipóteses. Eis algumas hipóteses de trabalho: — O plano mental é imutável? Que relação tem o
plano mental com os chamados engenheiros cósmicos? Pode-se dizer que do plano mental partem as
energias conscienciais básicas? No estágio atual do nosso conhecimento, não podemos encontrar respostas
adequadas para estas perguntas.
________________
Bibliografia: Bardon (80, p. 49), Desmont (394, p. 194).
236. ESFERA EXTRAFISICA DE ENERGIA
Definição. Esfera extrafísica de energia: campo extrafísico de força que envolve o corpo
humano do projetor dentro de um raio de quatro metros, ou um diâmetro de oito metros.
Sinonímia: área da consciência dupla; área da descoincidência; área das realidades alternativas;
área hipnagógica; área hipnopômpica; base extrafísica do projetor encarnado; bolha energética extrafísica;
câmara extrafísica de descompressão; campo biomagnético extrafísico; campo de interação
pluridimensional; campo energético interplanos; campo gravitacional vivo; campo psi essencial; cenário
da autobilocação; comporta magnética do psicossoma; duplo da base física; parabioesfera; para-esfera;
parapsicosfera.
Características. A esfera extrafísica de energia apresenta vinte fatores característicos definidos:
254.1.Prisão. O corpo humano constitui a primeira prisão celular para o psicossoma com a
consciência encarnada dentro. A esfera individual de energia extrafísica constitui a segunda prisão,
imediata.
254.2. Centro. A cabeça humana, notadamente os dois hemiférios cerebrais, funciona como
centro irradiador de energia, destacando-se aí a epífise, ou glândula pineal, a medula oblon- gada, o centro
coronário, e o centro frontal. A epífise representa o núcleo físico da esfera extrafísica de energia. A rigor,
o corpo mental é o centro irradiador, essencial, da esfera extrafísica de energia.
254.3. Metragem. O diâmetro da esfera de energia atinge, em média, oito metros, ou quatro
metros de raio em volta da cabeça humana, ou mais apropriadamente, a partir dos dois hemisférios
cerebrais.
254.4.Agente. O cordão de prata, agente crosta-a-crosta irradiador desse centro energético,
confunde-se com a esfera, atribuindo-lhe maiores quantidades de volume e peso, sendo maiores mesmo do
que o volume e o peso do próprio psicossoma projetado, em certas oportunidades.
254.5. Corrente. A direção do eixo longitudinal do corpo humano, deitado de costas, da cabeça
aos pés ou dos pés à cabeça, permite conduzir maior corrente energética e influi na decolagem do
psicossoma. O corpo humano funciona como terra, igual ao carro para a antena do rádio do próprio carro.
O decúbito dorsal é a posição ideal para predispor o corpo humano à projeção lúcida da consciência
através dó psicossoma.
254.6. Hemisférios. O hemisfério superior do globo de energia é mais importante do que o
hemisfério inferior em relação à cabeça humana. Isso ocorre devido à influência psicológica dos hábitos
arraigados do encarnado com as formas materiais, com o condicionamento à posição do corpo humano, às
roupas do corpo e do leito, ao próprio leito e ao piso do cômodo da base física. A esfera de energia
delimita o meio ambiente da consciência projetada, sem necessidade, e a favor do poder de retração do
cordão de prata.
254.7. Espaço. O ideal seria haver mais espaço atrás da cabeça do corpo humano inanimado do
praticante da projeção consciente, ou seja, mais de quatro metros, sem obstáculos sólidos, a fim de
descartar a influência psicológica e parapsicológica do receio infundado de colisão extra- física com os
corpos ou objetos físicos.
254.8. Atuação. A esfera cheia de energia atua em quase todas as etapas da projeção da
consciência, mais acentuadamente nas projeções conscientes crosta-a-crosta.
254.9. Peso. O psicossoma tem predisposição para se apresentar mais pesado dentro da esfera
extrafísica de energia. Este peso é sentido pela consciência projetada.
254.10. Retenção. A esfera extrafísica de energia constitui a área de retenção maior do
psicossoma, sob a ação mais vigorosa do cordão de prata.
254.11. Etérico. A esfera energética faculta ao duplo etérico maior desenvoltura no seu
desempenho, ou exprimindo mais apropriadamente, é manifestação direta do duplo etérico. Por outro lado,
conforme a sua extensão, a aura do psicossoma da criatura encarnada vitaliza e ener- giza ainda mais
intensamente a sua esfera extrafísica de energia.
254.12. Slow motion. É freqüente a ação extrafísica da consciência projetada em slow motion,
ou movimentação vagarosa, dentro da esfera energética, em razão da atmosfera semifísica, do peso maior
dos veículos de manifestação, e da fase de transição semiconsciente do desperta- mento extrafísico.
254.13. Útero. Na esfera energética, ou campo de força esferoidal extrafísico — útero
extrafísico — a flutuação do psicossoma assemelha-se à sensação do feto no fluido amniótico da gestante
humana, aqui lembrada como ótima representação simbólica para os estudiosos dos temas de Sigmund
Freud.
254.14. Campos. Têm relação íntima com a esfera extrafísica de energia todos os campos
eletrodinâmicos de vida: campo vital (L-fields), campo de pensamento ou mental, campo biológico, campo
biogravitacional, e campo psi. Não se sabe ainda a sua relação com os campos energéticos artificiais,
elétrico, magnético, etc.
254.15. Dimensão. Pode-se caracterizar a esfera de energia como sendo o campo de interação
da dimensão três e meia, ou seja, da passagem da terceira para a quarta dimensão, ou da freqüência do
meio-termo entre a ação motora da matéria densa e a ação além-taquiônica do pensamento livre.
254.16. Ocorrências. Vários fenômenos se desenvolvem com intensidade maior dentro da
esfera extrafísica de energia: influência da gravitação terrestre; hipnagogia; descoincidência dos veículos
de manifestação da consciência; oscilações ou instabilidade do psicossoma; catalepsia extrafísica;
consciência dupla; sono extracorpóreo; autobilocação consciencial; repercussões extrafísicas;
hipnopompia; etc.
254.17. Isolamento. Obviamente, a consciência projetada pelo psicossoma, isolada dentro de
um raio de quatro metros a partir da cabeça humana, estará melhor, sofrerá menos restrin- gimento e
desfrutará de maior desenvoltura extrafísica do que com alguém encarnado vígil ou projetado junto com
ela. Quando a consciência encarnada se projeta, a esfera permanece, mas modificada. A aura humana tem
relação direta com a esfera extrafísica de energia e, em certas circunstâncias, pode ser visível ao
clarividente e às consciências encarnadas projetadas.
254.18. Cabina. Na verdade, a cabina mediúnica, fechada com cortinas e usada nas salas das
sessões dos fenômenos de efeitos físicos, ou ectoplasmias, com a finalidade de condensar a energia
psíquica requerida para as manifestações, é sempre sugerida justamente em função da esfera extra- física
de energia.
254.19. Faraday. Há suposição de que uma gaiola Faraday com oito metros de diâmetro
intensificaria o campo energético da esfera extrafísica de energia, condicionaria negativamente o ambiente
e restringiria os movimentos extrafísicos da consciência projetada.
254.20. Imponderabilidade. O efeito de imponderabilidade física, ou ausência de gravidade
sobre o corpo humano do projetor, afetaria a esfera extrafísica de energia?
Xenofrenia. A qualidade ou a intensidade da esfera extrafísica de energia, por si só, gera condições predisponentes à instalação de diversos estados alterados da consciência encarnada.
Circunscrita. Na projeção consciente circunscrita, a consciência projetada permanece no âmbito
da esfera extrafísica de energia ou centrada no perímetro de oito metros de diâmetro em tomo da cabeça
humana.
Caracterização. Pode-se caracterizar a projeção da consciência dentro da área dessa esfera
extrafísica de energia, ou no perímetro de atuação desenvolta do cordão de prata, como sendo uma
exteriorização. Quando a consciência projetada transfere a sua sede para distritos mais distantes, além da
esfera extrafísica de energia, caracteriza a excursão extrafísica.
Arapuca. A consciência encarnada que se projeta consciente apenas, ou invariavelmente, em
torno do próprio corpo humano, dentro do perímetro de oito metros da sua esfera extrafísica de energia,
sem dominar os liames do cordão de prata, não está produzindo uma experiência ideal, para não dizer
sadia, pois assemelha-se à aranha que se enreda morbidamente na própria teia sem saber sair da armadilha
armada por si mesma. Mais de 90% da humanidade terrestre já vêm vivendo assim, até aqui, nessa arapuca
energética, no período do sono natural, de modo inconsciente.
Gaiola. É sabido que a energia consciencial gera as formas-pensamentos (V. cap. 254) e que
longa e contínua meditação sobre o mesmo assunto pode criar uma forma-pensamento de tremendo poder.
Tal forma perdura através do tempo com toda a aparência e atuação de uma verdadeira entidade. Os
homens atravessam a vida terrestre encerrados na sua arapuca energética, ou gaiola mental construída por
eles próprios, dentro da esfera extrafísica individual de energia, através das formas-pensamentos geradas
pela energia dos seus pensamentos habituais reagindo sobre eles mesmos, e tendentes a se reproduzirem
indefinidamente. A arteriosclerose piora ainda mais esse quadro da gaiola energética, que prossegue até
além da desativação do corpo humano e das psicoses senis.
Acoplamentos. A esfera extrafísica de energia e suas inter-relações com a aura humana, atuam
de modo vigoroso na instalação dos acoplamentos áuricos (V. cap. 307) e também em relação a certos
objetos maiores, mas restritos ao indivíduo, ou mesmo ambientes físicos indi- vidualíssimos tais como, por
exemplo: o quarto de dormir da pessoa; o escritório individual; o antigo automóvel de uso pessoal; o
minibarco do pescador; o pequeno avião particular do próprio piloto; etc. Nestes casos, a esfera extrafísica
de energia coopera na instalação permanente da intensa e profunda relação homem-máquina, mantendo e
envolvendo o objeto numa espécie de proteção energética individual, antidesastre.
Desencarnado. A esfera extrafísica de energia, aqui analisada, diz respeito à consciência
encarnada, que não passou pela segunda morte (V. cap. 122). A esfera extrafísica de energia do
desencarnado desperto apresenta-se diferente, sendo mais evoluída.
_______________________
Bibliografia: Andrade (28, p. 43), Bedford (103, p. 189), Gaynor (577, p. 31), Greenhouse (636,
p. 317), Monroe (1065, p. 270), Sculthorp (1531, p. 156), Talbot (1642, p. 160), Vieira (1762, p. 115).
237. O CÉREBRO HUMANO
Definição. Cérebro humano: a substância material mais organizada sobre a face da Terra, parte
do sistema nervoso centrai alojada dentro do crânio humano, ou sob o elmo ósseo protetor
Sinonímia : aparelho do pensamento; cérebro físico; computador biológico; controlador do corpo
humano; encéfalo; hemisférios cerebrais; máquina de pensar; mediador da consciência; órgão do
pensamento.
Objeto. Até o momento, as pesquisas indicam a condição excepcional de ser o cérebro um
conjunto de material físico-químico que representa apenas 2% do peso do corpo do homem, o único objeto
consciente conhecido no universo físico, que dirige e controla todas as áreas e órgãos do corpo humano,
através de cerca de dez bilhões de neurônios e cem trilhões de conexões e cruzamentos, pesando, no
mínimo, 80% em água.
Consciência . Apesar de tudo, e embora considerado por muitos um órgão de luxo — cujo
proprietário ainda não aprendeu a fazer bom uso dele, desenvolvido além das necessidades do seu
possuidor — nem todo cérebro humano está apto para comportar todas as atividades mundanas ou
materiais e ultramundanas ou extrafísicas, em conjunto e ao mesmo tempo, do projetor encarnado,
consciente, veterano.
Mental . O cérebro, uma das partes mais intrigantes e insondáveis do corpo humano, não
controla os pensamentos, os sentimentos e a vontade, porém é controlado por estes três elementos. Os
impulsos do corpo mental não podem atuar diretamente sobre o corpo humano. O cérebro funciona, então,
como driver, igual ao que se estabelece em eletrônica, amplificando e moldando os impulsos. A sinapse no
cérebro é similar ao diodo ou transístor no circuito eletrônico. O cérebro pode ser comparado a uma
espécie de painel de ligações telefônicas ou a um computador.
Homem. Devido à consciência, o homem — embora já sendo o produto final de toda a evolução
da vida neste planeta — é maior, mais importante e tem mais expressão do que a soma total das suas
partes e acessórios físicos, por mais complexos, sofisticados, sutis e transcendentes que sejam de fato os
mecanismos do córtex cerebral.
Fisiologia . O cérebro é o continente, a consciência é o conteúdo. A condição do cérebro vazio de
consciência, gerada naturalmente pela projeção consciente e aqui referida em muitos tópicos, não deve
causar espécie aos estudiosos, pois é, de fato, fisiológica ou, se o quiserem, parafisiológica. Senão
vejamos. Tudo o que diz respeito às funções do corpo humano acontece através da repleção e do
esvaziamento de órgãos ou vísceras por algum conteúdo. Os pulmões se enchem e se esvaziam de ar
(oxigênio); o coração e os vasos, de sangue venoso e arterial; o estômago, do alimento ingerido; os
intestinos, do bolo alimentar; a bexiga, da urina excretada pelos rins; etc. Os hemisférios cerebrais, por sua
vez e a seu modo, se enchem e se esvaziam de consciência. E assim atua, fisiologicamente, seguindo o
padrão fenomênico, a consciência encarnada, seja de modo lúcido, autoconsciente, ou inconscientemente.
Neste caso particular, não deparamos tão-somente com um fenômeno de analogia ou homologia, porém
com simples padrão fenomênico, lógico, racional, evidente.
Atuação. O cérebro humano - embora sendo a mais complexa estrutura do universo físico e o
computador mais sensível existente por enquanto — não atua diretamente no mundo extrafísIco quando a
consciência se encontra projetada fora do corpo humano.
Hemisférios . Existem dois hemisférios cerebrais, o esquerdo e o direito, cada qual com uma
especialização funcional própria. Há suposições de que haja dois egos conforme as manifestações da
consciência, especialmente no que diz respeito à fala. Os hemisférios cerebrais transmitem informações
um ao outro através do corpo caloso, formado por 200 milhões de fibras nervosas. Um hemisfério tem a
capacidade de assumir as funções intelectuais e motoras normalmente desempenhadas pelo outro, o que
constitui indicação evidente de que o funcionamento do cérebro, com algumas exceções, não depende de
qualquer área especial de material cerebral.
255.1. Esquerdo. O hemisfério esquerdo exerce controle sobre o pensamento lógico e a
abstração; armazena os símbolos dos objetos; fala com facilidade, repetindo as palavras que escuta com
rapidez e precisão; porém não reproduz um trecho musical fielmente, preferindo marcá- lo com o ritmo.
Reproduz o objeto como ele sabe que é e não como o vê. Quando se depara com uma figura irregular é
incapaz de retê-la na memória, já que não pode conceituá-la.
255.2. Direito. O hemisfério direito comanda o pensamento concreto e a formação de imagens;
fala pouco, comunicando-se por palavras isoladas, mímicas ou gestos; sendo capaz de ouvir melodia e
reproduzi-la no mesmo tom. Memoriza figuras de formas estranhas (em terceira dimensão) ao olho
humano. Nas manifestações paranormais predominam as influências do hemisfério cerebral direito.
Desenho. As diferenças entre os hemisférios cerebrais têm sido empregadas com êxito na
agilização do processo de aprendizagem de desenho, forçando o aluno a se utilizar do seu lado direito do
cérebro. Neste caso, o aprendiz é levado a copiar, de modo correto, o espaço negativo (o vazio) de um
móvel, uma cadeira, por exemplo, ao invés de sua forma, exercitando o hemisfério direito do seu cérebro,
que tem a percepção global do objeto. Também é instado a copiar objetos de cabeça para baixo porque a
figura ao contrário é rejeitada pelo hemisfério esquerdo que não pode emitir sobre ela nenhum conceito.
Sua forma bizarra interessa mais ao hemisfério direito que resolve o desenho como um quebra-cabeça,
redundando em detalhes melhor resolvidos. Suponho que deve haver também um processo de agilizar a
produção da projeção consciencial lúcida pelo emprego compulsório do hemisfério cerebral direito. Eis
aqui uma hipótese de trabalho promissora.
Implantes. As pesquisas mais recentes da Neurofisiologia demonstram que a lesão cerebral é
reversível com implantes de tecidos. Os sistemas nervosos danificados podem ser passíveis de regeneração
de suas fibras e de restauração de funções mentais perdidas, aumentando, inclusive, a memória e o fator de
aprendizado. Tais impulsos são executados através de células fetais, mais ricas em fator regenerativo, e
facilmente adaptáveis ao novo ambiente, ocorrendo o crescimento de novas conexões entre o tecido
transplantado e o restante do cérebro.
Crescimento. Segundo a Antropologia, através do estudo minucioso da arquitetura interna da
caixa craniana, admite-se hoje: a expansão crescente da capacidade cerebral ou o crescimento do volume
do cérebro humano; isso ocorre na base de 10,8 miligramas por geração, ou seja, a cada cinco lustros, em
média; com o aumento aproximado de trezentos mil neurônios; exatamente na região frontal e na região
parietal; havendo a predominância do hemisfério esquerdo; nas regiões cerebrais responsáveis pelo
comando e a elaboração da linguagem e das operações racionais. Pelas previsões, o ritmo lento das
mudanças duplicará a capacidade cerebral do homem somente dentro de quatro milhões de anos.
Minoria. O animista-médium, ou mais especificamente, o projetor consciente, hoje, constitui
minoria (V. cap. 436). Supõe-se que isso decorra do fato de precisar a consciência encarnada do projetor
de expandir o hemisfério cerebral direito e, por isso mesmo, atuar contra o padrão da média atual da
evolução cerebral constituída pelo predomínio do hemisfério cerebral esquerdo.
Mente. O cérebro não é a mente. A mente desempenha a função de programadora para as
células que compõem o cérebro. Existem duas evidências básicas de que a mente funciona independentemente do cérebro: a aparente persistência da elevada habilidade cortical a despeito dos danos
irreparáveis de amplas áreas do cérebro em casos de tumores e outras afecções corticais, em que são
removidas drasticamente amplas seções do cérebro pela hemisferectomia, ou seja, o paciente tem a metade
do cérebro removida cirurgicamente; e as projeções conscienciais lúcidas e o ato da elaboração normal do
pensamento, fatos que sobrevêm após ocorrências constatadas de morte clínica.
Referencial. O cérebro humano do projetor consciencial, no centro exato da esfera extra- física
de energia (V. cap. 236) — ao mesmo tempo porta de entrada para o plano extrafísico e porta de reentrada
para o plano físico — a rigor é o único ponto de referência, ou mais apropriadamente, o referencial
absoluto, prático, existente na Terra, considerada do ponto de vista físico, para o ser encarnado projetado.
Interferências. Os objetos e as construções físicas contíguas, ou seja, o leito, os móveis, as
paredes, o prédio (mesmo se existirem parede-e-meia de residência ou andares baixos, superior e inferior,
num edifício de apartamentos), e até o quarteirão e a própria cidade, não precisam interferir — e para a
liberdade e a desenvoltura extrafísica do projetor, não devem interferir — nos eventos extrafísicos que a
consciência presencia ou participa. Tudo isso deve permanecer inexistente para esta mesma consciência
livre, temporariamente, num plano de vida diferente ou numa dimensão consciencial diversa.
Condicionamentos. Quando a consciência do projetor deixa o corpo humano através do
psicossoma, ou o corpo emocional, torna-se importante controlar as emoções supervenientes e, acima de
tudo, os reflexos condicionados, adquiridos na vida humana diuturna, que repercutem intensamente nas
manifestações dos hábitos da convivência com as formas e estruturas materiais. Daí a necessidade e a
importância da conscientização, ponderada e profunda, do projetor conscien- cial quanto à realidade da
esfera extrafísica de energia, do plano extrafísico, da natureza do psicos- soma, e demais fatores correlatos.
Peso. Para começar esta conscientização, o projetor deve meditar judiciosamente sobre o fato de
que o psicossoma tem apenas um milésimo do peso do corpo humano. Isso significa que um homem, com
o cérebro de um quilo e meio, fica reduzido apenas a um paracérebro, extrafísico, de um grama e meio. A
sua forma também obedece ao critério da vontade da consciência projetada, por isso, a força bruta, física,
desaparece completamente, dando lugar à sutileza da força mental, consciencial, psíquica, ou parapsíquica.
Exercícios. Quem se acha habituado apenas a exercícios musculares, físicos, ou à violência da
força bruta, encontra naturalmente maior dificuldade de adaptação ao período extrafísico da consciência
projetada em comparação com quem esteja acostumado a exercícios intelectuais, me- diúnicos, psíquicos,
ou ao cultivo de determinado gênero de arte. Contudo, isso não quer dizer que o projetor deva eliminar de
vez os exercícios físicos de sua existência. Pelo contrário, quando moderados, mantidos quais molduras da
vida intelectual, somente podem contribuir para a manutenção da saúde física e o desenvolvimento das
projeções conscientes. A mente sadia, no corpo humano sadio, sustenta o alicerce fisiológico dos
processos da projeção consciente produzida segundo qualquer metodologia.
Vazio. A condição do cérebro vazio — ou cérebro vegetativo — só acontece quando há a
transferência provisória da sede da consciência para fora do corpo humano. Por exemplo, a clarividência
viajora não apresenta a condição do cérebro vazio, pois o clarividente até descreve, na hora, o que
vivência. Isso equivale a dizer que na grande projeção consciente ocorre a projeção para fora do corpo
humano do ego, em si, o substrato extrafísico do cérebro humano. Já na clarividência viajora nem tanto.
_______________________________Bibliografia: Bozzano (184, p. 118), Carrington (245, p. 87), Crookall (343, p. 73), Frost (560,
p. 90), Gooch (617, p. 201), Meek (1028, p. 238), Morris (1093, p. 99), Muldoon (1105, p. 140), Reis
(1384, p. 56), Riverain (1408, p. 126), Russell (1482, p. 58), Steiger (1601, p. 7), Stokes (1625, p. 24),
Vieira (1762, p. 157), Walker (1781, p. 45).
238. PERCEPÇÕES EXTRAFÍSICAS GERAIS
Definição. Percepção extrafísica: recepção ou registro de uma impressão extra-sensorial — ou
parapsicofisiológica — nos centros conscienciais da consciência encarnada projetada para fora do corpo
humano.
Sinonímia: impressão extrafísica; percepção extra-sensorial extrafísica; perceptividade
extrafísica.
Características. Dentre as percepções extrafísicas gerais destacam-se: percepções conscienciais
pelo psicossoma; percepções conscienciais pelo corpo mental; visão extrafísica (V. cap. 239); omnivisão
pelo corpo mental; audição extrafísica; omniaudiência pelo corpo mental; tato, olfato, e gustação
extrafísicos; acuidade dos sentidos extrafísicos; sutileza, semiconsciência, e agudização dos sentidos
extrafísicos; ausência ou presença da sensação extrafísica de calor e de frio à consciência encarnada
projetada; sensação extrafísica de equilíbrio ou pronação; radiações mentais; sensações dolorosas
extrafísicas; etc.
Diferenças. Segundo os experimentos desenvolvidos até agora, constata-Se que as percepções
extrafísicas, próprias da consciência encarnada projetada são diferentes: primeiro, das percepções físicas,
propriamente ditas, ocorridas no estado da vigília física ordinária; segundo, das percepções extrasensoriais, ou PES (ESP), ocorrências que se desenrolam também, de algum modo, a partir do estado
consciencial da vigília física ordinária.
Desigualdades. Em razão da escala de observações gerais da consciênca encarnada projetada
(V. cap. 241), dois projetores jamais relatam ou descrevem experiências completamente idênticas, ou
apresentam um desenvolvimento inteiramente idêntico de suas experiências fora do corpo
humano.
Processos. A consciência encarnada projetada para fora do corpo humano registra as informações através de três processos básicos, bem definidos: captação mental, comum, direta, ou telepatia
extrafísica (V. cap. 64); captação em forma de percepção de imagens, quadros, ou clarividência extrafísica
(V. cap. 29); captação por pensamentos, as idéias que entram subitamente na consciência, ou intuição
extrafísica.
Tipos. As impressões gerais no plano extrafísico podem ser classificadas em três tipos básicos:
positivas, negativas e ambivalentes.
257.1. Positivas: obtenção da iluminação extrafísica; superconsciência cósmica; senso de paz
absoluta; etc.
257.2. Negativas. Dos projetores em geral: desconforto admonitório; efeitos da repercussão
extrafísica; interiorização súbita, imposta, prematura, traumática; etc. Do projetor novato: medo do
desconhecido; insegurança extrafísica; receio infundado de não retornar ao corpo humano; pseudo-morte;
indecisão; desorientação; solidão depressiva; pânico; impulso sexual; etc.
257.3. Ambivalentes: euforia; senso de onipotência; senso de liberdade absoluta; imaterialidade;
sutileza das sensações extrafísicas; etc.
Frontal. O chacra frontal do psicossoma permite à consciência encarnada projetada melhorar as
suas percepções extrafísicas crosta-a-crosta, vendo e distinguindo, com precisão maior, a forma e a
natureza dos ambientes e objetos quadridimensionais extrafísicos. Todo projetor consciente mais avançado
em seu desenvolvimento acaba tendo o chacra frontal desenvolvido, late- jante, permanentemente, pois
uma condição atua estimulando a outra e ambas têm, necessária e inevitavelmente, de coexistirem.
Medos. Medos construídos instantaneamente durante a projeção consciente pelo projetor
principiante: medo de morrer sem estar preparado (tanatofobia); medo de não retomar ao corpo humano;
medo de não poder reentrar no corpo humano; medo de flutuar e cair ao volitar; medo de encontrar um
estranho ocupando o seu corpo humano (possessão); medo de enfrentar o desconhecido; medo de deparar
com algum antigo desafeto já falecido (obsessão); medo de ficar solitário num ermo ignorado; medo de
sofrer traumatismo ou acidente com a cabeça ou todo o corpo humano; medo de contrair alguma doença
mental (psicopatia); medo de não se despertar depois que reentrar no corpo humano; medo de ser
enterrado vivo ou com a consciência lúcida aprisionada dentro do próprio corpo denso (catalepsia
patológica).
Devassamento. Uma sensação característica decorrente da projeção consciente e realmente
inédita para a consciência no estado da vigília física ordinária, é o senso de acessibilidade universal ou de
penetrabilidade em tudo e todos, com certa conscientização do devassamento onipotente e capacidade total
de invasão, perscrutação, e esquadrinhamento dos lugares, ambientes, e vidas dos encarnados.
Exemplos. Torna-se difícil caracterizar exatamente a sensação de devassamento. Talvez seja um
esboço da sensação ambivalente que experimentam: o assaltante noturno em atividade; o presidiário ao ser
posto em liberdade depois de muitos lustros de cativeiro; o marinheiro que chega ao porto após meses de
confinamento numa embarcação em pleno mar; a criatura que se vê subitamente munida de imenso poder
de decisão de acordo com as circunstâncias humanas; o homem que no seu devaneio, quase sempre
negativo, se imagina o violador invisível de casas, corpos, e consciências.
Albedo. O albedo, ou força refletiva total da Terra e sua atmosfera, em geral aparece maior às
percepções da entidade volitadora lúcida, seja desencarnada sadia ou projetada consciente, que pode
identificar com facilidade as radiações energéticas ou luminosas das superfícies dos corpos situados numa
paisagem, por exemplo, águas, árvores, lápides, monumentos, etc.
Violação. A sensação extrafísica de devassamento pode conduzir o projetor projetado, ou a
projetora projetada, quando principiante e incauto, ao impulso negativo da violação sexual extrafísica.
Intuição. A consciência projetada ao experimentar as impressões corretas, em qualquer nível de
lucidez, tem sempre a sensação intuitiva correspondente de quando está procedendo correta ou
incorretamente (V. cap. 35).
Inventário. As experiências sensoriais envolvidas nos processos íntimos da projeção consciente
não fazem parte do nosso inventário normal de dados sensoriais, mas transbordam para além das idéias
concebíveis da rotina. Eis porque estas impressões ou sensações se tornam tão difíceis de serem traduzidas
em palavras.
Análises. O projetor deve confiar em suas habilidades paranormais. Quando projetado, não deve
se preocupar nem censurar o que observa, por mais estranha, fantástica, ou absurda que lhe pareça a
ocorrência durante o transcurso da projeção consciente. Depois, quando retomar ao corpo humano, no
estado da vigília física ordinária, então deve proceder à minuciosa análise autocrítica de suas informações
e percepções extrafísicas.
Robô. A racionalização e análise crítica não devem ser feitas enquanto a consciência está
projetada porque senão as idéias preconcebidas do projetor, que fazem dele um robô com o seu sólido
sistema de crenças e repressões, sufocam mecanicamente suas habilidades intuitivas.
Falhas. O projetor consciencial também não deve se preocupar com as falhas em suas pesquisas
extrafísicas. O melhor a fazer será praticar a experiência da projeção consciente com perseverança e
paciência, com a intenção de que será bem sucedido em suas tentativas, não só de se projetar, como
também de realizar pesquisas fora do corpo humano.
Padrão. Toda vez que a consciência encarnada projetada faz do ambiente físico, humano, o
plano de referência padrão para suas observações extrafísicas, ela tende a aumentar o seu percentual de
erros de observação. Por aí se conclui que o plano de referência padrão próprio do mundo extrafísico
precisa ser descoberto, identificado e utilizado na prática, com lucidez e racionalidade, pelo projetor
consciente.
Eco. Há condições da consciência encarnada projetada que fazem do seu ambiente extrafísico
verdadeira caixa de ressonância, onde escuta a própria voz ressonando ou ecoando.
Hiperacuidade. Há registros de hiperacuidade visual e auditiva (hiperacusia) ocorridas no decurso de fenômenos diversos tais como aparições e projeções conscientes, em que o percipiente, seja
médium clarividente, médium clariaudiente, ou projetor consciente, desfruta da intensificação de suas
percepções visuais ou auditivas no desenrolar das ocorrências paranormais (V. caps. 389 e 411).
Desconforto. Nas projeções conscientes produzidas através de processos puros, naturais,
fisiológicos, qualquer sensação desagradável que suija no desenrolar dos fenômenos é de muito curta
duração para que deva ser caracterizada como real desconforto íntimo. Já nas projeções conscientes
geradas através de processos impuros, forçados, antifisiológicos, podem sobrevir as sensações
desagradáveis mais diversas, tudo dependendo da interferência e da conjugação de mil e um fatores físicos
e extrafísicos.
____________
Bibliografia: Blackmore (139, p. 40), Brittain (206, p. 49), Donahue (407, p. 104), Durville
(436, p. 231), Faria (495, p. 82), Frost (560, p. 60), Green (633, p. 169), Greene (635, p. 96), Hart (687, p.
244), Muldoon (1103, p. 150), Rogo (1446, p. 158), Stokes (1625, p. 22), Vieira (1762, p. 131).
239. VISÄO EXTRAFÍSICA
]
Definição. Visão extrafísica: percepção visual da consciência quando projetada para fora do
corpo humano.
Sinonímia: claridade extrafísica; paravisão; visão astral; visão na quarta dimensão.
Veículos. Nenhum dos sentidos extrafísicos está, necessariamente, localizado ou confinado a
qualquer parte do psicossoma ou do corpo mental. A consciência projetada se manifesta através destes
veículos pelo conjunto de seus constituintes extrafísicos, estando os sentidos conscienciais, nesta
condição, ativos em todas as partes destes veículos. Daí a possibilidade de ocorrerem, através apenas de
leve descoincidência dos veículos conscienciais, as clarividências ou visões globais, à frente, atrás, acima,
abaixo, e de ambos os lados; bem como a visão dermo-óptica; os fenômenos das transposições dos
sentidos; etc.
Características. Dentre as características e tipos da visão extrafísica destacam-se: visão ordinária monocular; visão estereoscópica ou binocular; visão uniforme, bem focalizada; visão instável;
visão fora de foco; visão unidirecional; retrovisão; visão circular; visão global ou de 360°; visão sem
deformação devido à perspectiva; visão em planos; visão omnidirecional; omnivisão ou omni- vidência
generalizada, característica do corpo mental; visão em bloco; visão endoscópica ou em profundidade;
visão magnificadora; visão microscópica; visão cromática; visão no escuro; raio de alcance da visão e a
atuação da força da vontade na visão extrafísica; a visão em close; a visão de raios X; o zum e a visão
extrafísica; a visão panorâmica (V. cap. 39); etc.
Empenho. A rigor, para a consciência projetada não existem luzes cegantes nem trevas
impenetráveis (V. cap. 411). Tudo depende de suas possibilidades pessoais, empenho da vontade e
desempenho extrafísico para ver, discernir, presenciar ou participar dos eventos extrafísicos.
Coadjuvante. A visão extrafísica constitui poderoso fator coadjuvante da conscientização da
consciência ao se projetar e do despertamento extrafísico dos projetores de modo geral, especificamente
dos projetores míopes e daltônicos no estado da vigília física ordinária.
Aspectos. Em virtude da transferência dos processos da visão extrafísica, mesmo os objetos
mais familiares, em certas circunstâncias, podem parecer desconhecidos à consciência humana projetada,
tomando aspectos caóticos e estranhos.
Invisíveis. A visão extrafísica pode tambe'm perceber formas que, embora físicas, são totalmente invisíveis à vista retiniana, física, ordinária. Estão neste caso as partículas que compõem a
atmosfera e as emanações provenientes dos seres vivos.
Global. A visao extrafísica global, circular, panorâmica, ou omnivisão generalizada, característica do corpo mental, permite enxergar no claro ou no escuro, simultaneamente em todas as direções, e
ver os objetos por todos os lados ao mesmo tempo. Neste caso, cada partícula situada no interior de um
sólido é tão visível quanto a que se acha na superfície e a audição é substituída pela percepção
taquipsíquica, automática, dos pensamentos. No taquipsiquismo da consciência projetada e expandida, a
velocidade mental parece ser superior à velocidade máxima das interações ou velocidade da luz.
Dissolução. A visão extrafísica, às vezes, quando o projetor projetado dispõe de maior energia
consciencial, parece penetrar através das moléculas dos objetos sólidos, tais como paredes, muros, rochas,
e granitos, como se a matéria densa se dissolvesse ao contato do pensamento emitido por sua consciência.
Esta é a sensação de dissolução extrafísica.
Cega. A projeção cega, ou na escuridão extrafísica, é aquela na qual a consciência percebe
perfeitamente estar projetada fora do corpo humano, porém não enxerga nada no período antes de obter a
visão extrafísica. Veja bem: a consciência sabe perfeitamente que está projetada fora do corpo humano,
não enxerga absolutamente nada, e pode até volitar sem ver nada, na escuridão completa.
Distinção. A consciência projetada precisa aprender a distinguir os ambientes extrafísicos
superando a visão extrafísica indefinidâ, sem visibilidade, como que em penumbra, que não raro acontece
por falta de energia consciencial.
Dificuldades. As letras e os números são objetos mais difíceis para a consciência projetada ver
ou ler. As imagens visuais, ou figuras vivas, são mais acessíveis à visão extrafísica. Tais observações já
foram constatadas até mesmo em condições experimentais de laboratório. Ainda não se sabe exatamente a
razão disso.
Autopasses. Um dos recursos que tenho usado quando projetado a fim de obter ou intensificar a
visão extrafísica é a aplicação de autopasses, diretamente no plano extrafísico, sobre a cabeça do próprio
psicossoma (paracabeça). Esses autopasses parecem atuar compensando as energias, enxaguando ou
limpando as excrescências densas de energias do duplo etérico ou do ambiente extrafísico, aderidas ao
psicossoma, clareando assim o processo da visão direta.
Deturpações. A visão extrafísica da consciência projetada varia enormemente quanto ao
enfoque, nitidez, coordenação, etc., dependendo do ambiente extrafísico focalizado e, mais que tu- do, das
qualidades das percepções extrafísicas da consciência conforme o seu veículo de manifestação na
oportunidade, que podem alterar as visões em razão de inúmeros fatores. Exemplos de visões extrafísicas
deturpadas: ver o próprio corpo humano, deitado no leito, sem a cabeça, ou igual a massa escura, ou numa
visão chata, em duas dimensões, como se fosse uma folha de papel; ver o ambiente interno do quarto de
dormir alterado, com cortinas não existentes, numa decoração antiga já substituída, com espaço interno
mais amplo, pé-direito mais alto, cores diferentes; etc.
______________
Bibliografia: Andreas (36, p. 54), Blackmore (139, p. 4), Bozzano (166, p. 186), Coxhead (312,
p. 119), Currie (354, p. 148), Denning (391, p. 48), Grosso (650, p. 186), Krishnan (869, p. 21), Mitchell
(1069, p. 4), Monroe (1065, p. 183), Salley (1496, p. 159), Sculthorp (1531, p. 94), Sherman (1551, p.
185), Vieira (1762, p. 116), Yogananda (1894, p. 205).
240.ATENÇÃO EXTRAFUSICA
Definição. Atenção extrafísica: aplicação cuidadosa da consciência projetada a alguma idéia ou
coisa.
Sinonímia: fixação da observação; para-atenção.
Tipos. A atenção extrafísica pode ser classificada em dois tipos básicos: a aplicada ou fixada, e a
saltuária ou desatenta.
Controle. O controle da fixação da atenção constitui a base insubstituível para o aperfeiçoamento das percepções extrafísicas e da melhoria da qualidade dos experimentos da consciência durante as
excursões fora do corpo humano.
Desvio. Qualquer desvio da atenção extrafísica pode significar a mudança, às vezes radical, do
alvo mental predeterminado pela consciência projetada, porque a atenção, no caso, age como a ponta de
lança, o instrumento imediato, ou a primeira alavanca de três fatores que se resumem num só: vontade,
pensamento e ação.
Cordão. A ausência da fixação da observação da consciência encarnada projetada, totalmente
absorvida no que vê fora do corpo humano, faz com que grande número de projetores jamais vejam o
cordão de prata que acabam julgando não existir. Alguns projetores nem chegam mesmo a distinguir o
próprio psicossoma, as suas paramãos, as suas vestes extrafísicas, etc.
____________
Bibliografia: Baumann (93, p. 44), Vieira (1762, p. 83).
241. ESCALA DE OBSERVAÇÃO PÃ CONSCIÊNCIA PROJETADA
Definição. Escala de observação: sistema de referência escolhido pela consciência para encarar e
analisar os fenômenos da vida cotidiana.
Sinonímia: abordagem científica; ângulo analítico; enfoque didático; processo de observação;
sistema de referência.
Versões. Conforme o momento e as circunstâncias da sua percepção, a consciência examina a
sua versão provável do universo. Onde está uma consciência existem diferentes tipos de realidade de
acordo com os diferentes tipos e níveis de evolução de consciência, ou pontos especiais de experiência. O
universo, bem como os planos existenciais, antes de mais nada e sobretudo, constituem uma estrutura
puramente parapsíquica consoante o modo de ser, o padrão de percepção, a escala de atualização, ou a
aproximação da realidade percebida pela consciência, individualmente, como unidade, de per si.
Percepções. A existência objetiva das coisas depende, em primeiro lugar, da percepção subjetiva. A rigor, existência e percepção, sujeito e objeto, são conceitos inseparáveis. O corpo emocional —
o psicossoma — cria o seu campo emocional ou o mundo emocional e isso' influi na apreensão da
realidade. As experiências são intercomunicáveis no aqui-agora cósmico. A nossa consciência, de
manifestações instáveis, atua sucessivamente, sem cessar, através de níveis diversos de subjetividade.
Giz. Um pedaço de giz usado para escrever sobre o quadro-negro será visto pelo homem
comum, segundo a escala de observação humana normal, como sendo pequeno objeto sólido. O geólogo,
seguindo a escala microscópica, verá os constituintes geológicos, o processo de formação da rocha, a
idade, a dureza, o carbonato ou sulfato de cálcio do corpo sólido do giz. 0 químico, adstrito à escala
química, analisará a composição química do giz, o pH, especulando sobre as cadeias dos elementos
químicos derivados do carbono que compõem o bastonete de giz. O físico, conforme o gabarito da escala
subatômica, distinguirá os elétrons, núcleons e campos em perpétuo movimento estruturando o giz.
Fenômenos. No caso do giz, cada uma dessas consciências viu o mesmo objeto, aparentemente
como se fossem examinados quatro objetos diferentes uns dos outros. O fenômeno básico, natural, no
caso, é um só: o movimento dos elétrons. Nenhum do quatro observadores incorreu em erro, nem
modificou o objeto, contudo, foram detectados quatro fenômenos distintos. Isso ocorreu devido à
utilização de quatro diferentes sistemas de referência. Para o homem — ou a consciência —, a escala de
observação cria o fenômeno. A consciência que muda a escala de observação encontra ou descobre
fenômenos novos para si e para outras consciências.
Mudança. Qualquer mudança na escala de observação dá origem a fenômenos diferentes em
relação à mesma consciência observadora. No caso apontado, um só observador poderia ter visto quatro
fenômenos diferentes onde existem apenas o fenômeno natural da movimentação dos elétrons e partículas
atômicas componentes do bastonete de giz.
Balde. Outro exemplo onde se pode observar a importância da escala de observação é o problema existente na transmissão telepática que, acredita-se, seja feita através de imagens e não de palavras,
afastando aí o problema da diversidade de línguas. Se alguém vai transmitir telepaticamente apenas, a
idéia de um balde para um grupo de pessoas, a captação pode ser feita das maneiras mais diversas. Uns
acharão que a transmissão foi de um copo com água, outros verão uma cola de bastão, outros um
recipiente de lixo, outros um lápis, uma caneca, ou mesmo o balde de fato, e todos estarão certos embora
com idéias diferentes.
Grego. Se se fosse transmitir hoje a um grego, da Grécia Antiga, o pensamento de que “um
avião bateu em um prédio de apartamentos e destruiu uma torre de televisão”, ou a idéia de “um
automóvel último tipo”, por exemplo, ele delimitaria todo esse pensamento às próprias idéias e veria
certamente um outro fenômeno, porque tais coisas ou objetos não pertenceriam, ainda, ao âmbito de seus
pensamentos — o seu mundo consciencial — ou talvez simplesmente diria que não entendeu nada da
exposição feita.
Deduções. Torna-se fácil deduzir que a análise da escala de observação permite alcançar quatro
objetivos distintos: a ampliação do entendimento das coisas (criaturas e criações) do ponto de vista
científico; a evitação de graves erros de abordagem racional e análise em geral provenientes do cérebro
humano; a identificação das grandes diferenças geradas por observações defeituosas; e a explicação lógica
de inúmeras contradições aparentes.
Extrafísico. Se a consciência, no estado de vigília física ordinária, no plano da matéria densa,
usando o espelho deformador dos sentidos humanos, pode se equivocar tanto com reiação aos fenômenos
corriqueiros da realidade física a que está habituada na vida diuturna, o que não ocorrerá quando esta
mesma consciência se projeta — ainda mesmo com aguda lucidez — para fora do corpo humano, no sutil,
inabitual, imenso, indefinido, e inexplorado plano extrafísico?
Diferença. Quando a consciência encarnada está projetada no plano extrafísico, seja através do
psicossoma ou através do corpo mental, o processo pelo qual recebe informações difere dos cinco ou mais
sentidos do corpo humano, que respira no plano físico. Para começar, antes de tudo, o projetor consciente
é, ao mesmo tempo, o objeto e o observador da experiência projetiva.
Humana. A visão física é, rotineiramente, estável, permanente, imutável. Quando o homem vai
ver e analisar um objeto físico, as possibilidades de sua visão são previsíveis. Ele conhece a extensão dos
recursos perscrutadores com que conta para examinar acuradamente o objeto. Em muitos casos usa, sem se
preocupar com o tempo, instrumentos outros, de maior acuidade, para corri- gir ao máximo suas
deficiências físicas e aprimorar o exame detalhado: lentes, óculos, microscópios, telescópios, etc.
Projetada. A visão extrafísica da consciência projetada é completamente instável, imprevisível,
e tende a funcionar de modo rapidíssimo. Também não há possibilidades de se usar instrumentos no estado
projetivo fora do corpo humano. A única solução inteligente será a intensificação da lucidez extrafísica,
melhorando as percepções da consciência projetada, que abrangem parâmetros bem mais amplos do que a
amplitude da consciência na condição de restringimento do corpo humano, no estado da vigília física
ordinária.
Condições. Tendo em vista a escala de observação da consciência humana projetada, compreende-se, então, as causas das disparidades das percepções extrafísicas dos projetores que derivam, além
de outras, de seis condições projetivas: o tipo ou natureza da projeção consciente; o veículo de
manifestação da consciência; a densidade deste veículo de manifestação; o grau de lucidez da consciência
projetada; a freqüência vibratória do plano extrafísico aonde a consciência se manifesta; o traquejo,
experiência, desenvoltura extrafísica, ou competência projetiva da consciência encarnada projetada.
Disparidades. Evidentemente torna-se muito difícil estarem duas consciências encarnadas
projetadas: ao mesmo tempo; no mesmo plano; usufruindo de igual modo das mesmas seis condições
projetivas referidas; tudo isso a fim de observar ou vivenciar os mesmos eventos extrafísicos. Daí surgem
as disparidades dos relatos em função da diversidade da captação extrafísica das consciências projetadas.
Suposição. Como exemplo, suponhamos que quatro projetores encarnados procurem visitar
extrafisicamente um homem-alvo, enfermo, numa cidade distante:
a.
Comum. A consciência do primeiro projetor deixa o corpo humano inanimado e sai pelo
psicossoma leve, com plena lucidez, localiza o homem-alvo e relata, depois, que transmitiu,
aparentemente sozinha, um passe energético (V. cap. 201) na área gastrintestinal do assistido.
b.
Assistida. A consciência do segundo projetor, deixando o corpo humano inanimado, sai
pelo psicossoma denso, lastreado pelas energias do duplo etérico, na condição semiconsciente,
assistida por amparador (V. cap. 187), e vai até o homem-alvo que recebe as energias de ambos
— o projetado e o amparador — nada relatando quanto a pormenores da experimentação
extrafísica porque não se recorda.
c.
Clarividência. A consciência do terceiro projetor, sem perder a continuidade da própria
lucidez e o controle psicomotriz do corpo humano, sai instantaneamente pela clarividência
viajora (V. cap. 43), vai até o homem-alvo e fala que vê o interior do organismo dele através da
heteroscopia extrafísica (V. cap. 52), identifica uma úlcera gástrica e diz que, por fim, transmitiu
.energia em toda a área orgânica afetada do paciente.
d.
Mental. A consciência do quarto projetor deixa o corpo humano inanimado retendo o
duplo etérico e o psicossoma e, na condição de consciência puntiforme (V. cap. 190), entra,
extrafisicamente, no cérebro do doente-alvo e, depois do retorno afirma ter socorrido energeticamente o paciente, portador de úlcera gástrica, através da melhoria dos seus pensamentos.
Diferenças. Os quatro projetores tiveram quatro experiências diferentes, atingiram satisfatoriamente o alvo mental e atenderam à finalidade da projeção, cada qual a seu modo. Diferiram, no
entanto, quanto à escala de observação empregada conforme a consciência projetada, o que fez cada qual
relatar ocorrências com o mesmo objeto — o enfermo-alvo — mas sob ângulos diversos. Daí, obviamente,
podem decorrer inúmeros mal-entendidos e aparentes contradições, ao se fazer a acurada análise
comparativa das quatro experiências.
Repetições. Na verdade, pode ocorrer até que o mesmo projetor, no mesmo distrito extrafísico,
em duas projeções diferentes, observe aspectos ou ângulos dos mesmos seres, objetos, e ocorrências de
modo inteiramente diverso em razão de suas percepções extrafísicas alteradas, de maneira específica, em
cada oportunidade.
Pessoal. Extrafisicamente tenho ido a um mesmo local, extrafísico, até três ou quatro vezes,
repetidamente, em épocas diversas, para então poder começar, de fato, a entendê-lo. Por outro lado, tal
recurso melhora o meu sistema de referências na escala de observação extrafísica.
Médiuns. De igual modo, não se pode esquecer que a escala de observação do médium vidente é
bem diferente do sistema de referência do homem comum, sem sensibilidade paranormal avançada, no que
diz respeito à possibilidade de detectar e identificar o projetor projetado, ou seja, de cooperar nas
confirmações posteriores à projeção da consciência.
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Bibliografia: Vieira (1762, p. 40).
242. DESEMPENHOS DA CONSCIÊNCIA PROJETADA
Definição. Desempenho da consciência projetada: atuação do projetor encarnado conforme as
suas possibilidades projetivas quando livre no plano extrafísico.
Sinonímia: atuação projetiva; competência projetiva; performance projetiva.
Escala. Os desempenhos da consciência projetada se estendem por uma gama variada de
atuações, desde as corriqueiras e conhecidas atitudes cotidianas, próprias da vida humana, até as mais
surpreendentemente exóticas manifestações em relação à existência convencional.
Importância. Os desempenhos da consciência projetada estabelecem a sua evolução básica e
influem sobre quatro períodos existenciais: a vida humana restante à pessoa; a projeção final ou
desencarnação próxima; o intervalo reencarnatório imediato ou período de intermissão; e a próxima
reencarnação à frente, dentro do ciclo das vidas físicas sucessivas.
Tipos. Dentre os tipos existentes dos desempenhos da consciência humana projetada pelo
psicossoma destacam-se: dispensa da respiração; ausência da dor física; leveza; ausência de peso;
insubstancialidade; intangibilidade aos seres humanos; invulnerabilidade a agentes físicos; irradiação
fotônica extrafísica; irradiação de energia consciencial; criação de formas-pensamentos; tessitura mental
do traje extrafísico; autoluminosidade; rejuvenescimento da aparência extrafísica; constatação da
transparência das coisas e objetos humanos; observação do duplo das coisas e objetos humanos;
autopermeabilidade extrafísica; psicolocomoção; desencadeamento de fenômenos mediúnicos extrafísicos;
geração de efeitos estroboscópicos extrafísicos; exercício da mediunidade sem o corpo humano direto;
invasão extrafísica espontânea, sem intenção negativa, da privacidade de encarnado ou desencarnado, com
aparência de homem ou de mulher; aparição tangível a seres encarnados; bilocação física; precognição e
retrocognição extrafísicas; vida consciencial sem a forma e o tempo convencionais humanos; condição da
consciência contínua; etc.
Intangibilidade. A intangibilidade da consciência projetada aos seres humanos, de modo ordinário, traz como implicação direta o fato de que o psicossoma, e também o duplo etérico, quando dentro
do corpo humano não têm existência pela consciência, cómo se fossem somente criados como formaspensamentos no momento da projeção, pois do contrário ofereceriam resistência direta como substâncias
que são, análogas à do projetor. No entanto, os fatos estão aí: o corpo humano, o duplo etérico e o
psicossoma são extremamente reais quando a consciência se manifesta adequadamente, conforme o plano
existencial, e não parecem formas-pensamentos, nem oferecem resistência uns aos outros em certas
circunstâncias. As suas substâncias, portanto, existem com freqüências vibratórias ou insubstancialidades
diferentes.
Compostas. As ações extrafísicas compostas, ou seja, as atitudes simultâneas que exigem
divisão de atenção e divisão da canalização da transmissão de energia consciencial para vários alvos,
executadas pela consciência projetada com lucidez para fora do corpo humano, num ambiente extrafísico
crosta-a-crosta, estão evidentemente entre as difíceis e evoluídas.
Exemplo. Bom exemplo da atenção tripartida está no ato assistencial de permanecer volitan- do,
ou mantendo-se pairando no espaço, numa atmosfera extrafísica mais carregada, o que, por si só, já exige
certa aplicação da energia consciencial (1) e, ao mesmo tempo, exteriorizar energias pelas mãos e braços
do psicossoma sobre uma entidade enferma de um lado (2) e outra de outro lado (3), sem perder o domínio
da estabilidade do transcurso pacífico da projeção consciente e o equilíbrio íntimo da consciência em si,
evitando envolvimentos emocionais apaixonados negativos, e a perda da paciência e da compreensão
fraterna.
Concentração. Para alcançar todos os objetivos positivos, numa injunção dessas, a cons- ciência
projetada deve minimizar as perturbações dos enfermos, marginalizando o que falam, gritam, telepatizam,
ou gesticulam nervosamente, para além do foco central de sua atenção, concentrando-se na manutenção do
equilíbrio de sua posição estratégica e na execução das transmissões intensas de energias.
______________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 159).
243.
INABILIDADES DA CONSCIÊNCIA PROJETADA
Definição. Inabilidade da consciência projetada: falta de experiência, traquejo, desenvoltura, e
competência nas experimentações da projeção consciente no plano extrafísico.
Sinonímia: inabilidade astral; inabilidade extrafísica; inaptidão projetiva; incapacidade
extrafísica; incompetência projetiva.
Hábitos. Os hábitos e padrões mentais derivados das atividades humanas, no estado da vigília
física ordinária, influenciam fortemente as reações e comportamentos da consciência projetada no estado
extrafísico, provindo daí muitas das inabilidades do projetor projetado.
Gênio. Em tese — falando quanto aos encarnados em geral — ninguém é totalmente inábil fora
do corpo humano, mas também ninguém é totalmente hàbil na mesma condição. Até o momento ainda não
encontrei nenhum projetor-encamado-gênio. Alguém conhece algum?
Tipos. As inabilidades da consciência projetada podem ser classificadas em dois tipos: as
inabilidades universais e as inabilidades individuais.
a.
Universais. Exemplos de inabilidades uiaiversais: dificuldade de se contatar os
encarnados; incapacidade de atuar sobre os objetos físicos; dificuldade para fazer leituras de
vários tipos; etc.
b.
Individuais. Exemplos de inabilidades individuais: reações compulsivas ridículas; nãovigilância contra instintos, hábitos estratificados, e condicionamentos humanos; dificuldade para
o refreio do emocionalismo no plano crosta-a-crosta; problema para o domínio do impulso
sexual e suas repercussões extrafísicas; passividade ante surpresas e traumas extrafísicos; receios
infundados,, às vezes até de causas desconhecidas; iniciativa débil da consciência projetada;
inibição extrafísica da consciência projetada que delimita o ambiente e facilita a retração do
cordão de prata; etc.
Superação. As inabilidades universais,.que atingem a todas as consciências encarnadas projetadas, são superadas com a evolução da projetabilidade (V. cap. 130) do praticante que, por sua vez,
somente é obtida depois que o encarnado conseguir sobrepor-se às suas inabilidades individuais através do
estudo teórico e de projeções disciplinadas, constantes e sucessivas. Daí o porquê e a importância das
técnicas projetivas.
Contribuições. Sem dúvida o melhoramento das condições individuais perante a moral cósmica,
o comportamento, a concentração mental, o desassombro perante as descobertas e coisas novas, etc., no
estado da vigília física ordinária, contribuem igualmente para a superação das inabilidades da consciência
projetada.
________________
Bibliografia: Greene (635, p. 56), Monroe (1065, p. 182), Schiff (1515, p. 116), Vieira (1762, p.
163).
244. IMPOSSIBILIDADES EXTRAFÍSICAS
Definição. Impossibilidade extratísica: tudo aquilo que seja de fato irrealizável à consciência
projetada fora do corpo humano.
Sinonímia: impraticabilidade extrafísica; incapacidade extrafísica; inexeqüibilidade extrafísica;
irrealizabilidade extrafísica.
Discernimento. 0 projetor, ou projetora, deve estar sempre desperto para as suas reais
impossibilidades extrafísicas, o que lhe permitirá maior discernimento da consciência fora do corpo
humano, a identificação das interferências oníricas nos eventos extrafísicos, o conhecimento da extensão
das suas formas-pensamentos, e o aprofundamento do seu juízo crítico.
Tipos. Excluídos, obviamente, os estados fantasiosos e os simulacros de ações, há três tipos
básicos de impossibilidades extrafísicas para o projetor ou projetora: fisiológicas, psicológicas e
psicofísicas.
260.1. Fisiológicas: ejaculação; ovulação; fecundação; gestação (ou geração de novas crianças);
aborto; alimentação comum; etc.
260.2. Psicológicas: suicídio; morte biológica; etc.
260.3. Psicofísicas: o fato de a consciência projetada nada poder levar consigo do plano físico
para o plano extrafísico durante a projeção consciente e suas conseqüências; etc.
Desencarnados. Vale lembrar que existem legiões de desencarnados consciencialmente
atrasados vivendo ainda, em seus mundos conscienciais ilusórios, atendendo pelo psicossoma denso a
todas as necessidades fisiológicas do homem comum que ainda pensam ser « possuir. Para eles tais
carências são reais, críticas, indispensáveis e, mais apropriadamente, parapatológicas. A consciência
encarnada projetada, obviamente, não deve imitar tais condições parapatológicas dos desencarnados
enfermos.
_____________
Bibliografia: Cairington (245, p. 281), Rampa (1357, p. 109), Vieira (1762, p. 162).
245. ENERGIA IMANENTE
Definição. Energia imanente: inergia primária, vibratória, essencial, multiforme, totalmente
impessoal, dispersa em todos os objetos ou criações físicas do Universo, portanto, universalmente difusa,
ou onipresente, ainda indomada pela consciência humana, e demasiadamente sutil para ser descoberta
pelos atuais instrumentos tecnológicos.
Sinonímia: acasa (hindus); alavanca psíquica (W. J. Crawford: 7-1930); alcaeste; alma do universo (Gustav Stromberg); anamorfose (Ludwig von Bertalanffy); andrimanitra (Malásia, Filipinas); ani
(Ponape, Pacífico); anima mundi (Avicenna: 980-1037); antropoflux (Farny); anut (Ku- saic, Pacífico);
aôr (hebreus); arqueo (Paracelso); arunquiltha (aborígines, Austrália); atna (Maoris, Nova Zelândia); ayik
(Elgonyi, África); azote (alquimistas); badi (Malásia); baraka (Sufis); bio-eflu- xo (Paul Joire);
bioenergia; biofluxo; biomagnetismo (George De la Warr: 1904-1969); bioplasma (V. S. Grischenko);
campo quase-eletrostático (Henry Margenau); campo unificado (Albert Eins- tein: 1879-1955, nobelista);
cause formativa (Aristóteles); chi (acupunturistas, China); churinga (aborígines, Austrália); ectoplasma
(Charles Robert Richet: 1850-1935; nobelista de medicina em 1913); eflorescências (Albert Freiherr von
Schrenk-Notzing: 1862-1929); eflúvios (Hippolyte Ba- raduc: ?-1909); elan vital (Henri Bergson: 18591941; nobelista de literatura em 1928); eletricidade vital; elima(congoleses); energia astral; energia
biocósmica dielétrica (Oscar Brumler); energia biopsíquica; energia bio-radiante (Francisco Racanelli);
energia biótica; energia cósmica; energia curativa; energia eloptica (Thomas Galen Hieronymus); energia
fisionuclear; energia formativa (Paul Kammerer); energia hormica (William Mc Dougall: 1871-1938);
energia invisível; energia magnética; energia mantenedora; energia metapsíquica; energia nêurica (E.
Barety); energia noéti- ca (Charles Musès); energia pré-física (George De la Warr); energia primai;
energia primordial; energia psiconuclear; energia psicotrônica (Robert Pavlitta); energia somatonuclear;
energia telérgica; energia universal; energia vital (antigos chineses); energia X (John White); enteléquia
(Hans Driesch: 1867-1941); entropia negativa (Erwin Schrodinger); espírito santo (cristãos); etherium
(J.S. Grimes); faculdade psi (Joseph Banks Rhine: 1895-1980); facultas formatrix (Galeno: 130-200); fator
X (Bernard Grad); fluido cósmico fundamental; fluido faquijriano; fluido magnético (Franz Anton
Mesmer); fluido mesmérico; fluido perispiritual; fluido psíquico; fluido universal; fluído vital (Allan
Kardec); fogo serpentino; força astral; força biodinâmica (Enrico Morselli: 1852- 1929); força cerebral
irradiante (Cesare Lombroso: 1836-1909); força cósmica; força da vida (Lui- gi Galvani: 1739-1798);
força ectênica (Marc Thury: 1822-1905); força eletrônica; força extrama- terial; força etérica
(radiestesistas); força formativa etérica (Rudolf Steiner: 1861-1925); força indefinida (Albert De Rochas:
1837-1914); força motora (John Worrel Keely); força nervosa (Charles Bray); força nêurica-radiante (A.
Barety); força ódica (Karl Louis von Reichenbach; 1788- 1869); força psicossomática; força psicotrônica;
força psíquica (Edward William Cox: 7-1879); força telúrica; força universal; força vital (Christian
Friedrich Samuel Hahnemann: 1755-1843); força X (L. E. Eeman); gestaltung (Johann Wolfang von
Goethe); han (Ponape, Pacífico); huaca (peruanos); inata (D. D. Palmer); informação de campo; it (Georg
Groddeck: 1886-1934); kalit (Palan, Pacífico); kasinge (Palan, Pacífico); ki (japoneses); kriptus;
kundalini; labuni /'Gelaria, Nova Guiné); libido (Sigmund Freud: 1856-1939); luz astral (H. P. H. F. de
Blavatsky: 1831-1891); luz sideral (Paracelso); magnale magnum (Jan Baptista van Helmont: 1577-1644);
magnetismo animal (Franz Anton Mesmer); magnetismo vital (Charles Littlefield); magnetoísmo (A.
Wendler); mag- netoeletricidade (William T. Tiller); mahashakti; mana (polinésios e kahunas havaianos);
manitu (índios algonquianos); megbe (pigmeus ituri); mulungu (Yaos, África Central); mungo (sudaneses);
munis (Paracelso); neo-energia; nervaura (Joseph Rodes Buchanan); nervengeist (Frederika Hauffe: 18011829); neuricidade (E. Barety); ngai (Masai, África); njom (Ekoi, África); nous (Platão); od (Karl Louis
von Reichenbach); odile; oki (índios iroqueses); onana; oni (Nazareno Tourinho); orenda (índios
iroqueses); orgônio (Wilhelm Reich: 1897-1957); para-eletricidade (Ambrose Wor- ral: 7-1972);
parenergia; percepção primária (Cleve Backster); plasma psi (Andrija Karl Puharich); pneuma
(Erasistratus: 300 a.C.); prana (iogues, índia); prakriti ou mulaprakriti (hindus); princípio unitário da
natureza (L. L. White); princípio vital (vitalistas); psichode (Marc Thury); psinergia; quinta força;
radiação mitogenética (Alexander Gurwitch); radiação ódica; raios de luz (Robert Fludd: 1574-1637);
raios rígidos (Julian Ochorowicz: 1850-1918); rlum (boximanes, Kalahari); ruach (hebreus); sa (egípcios);
sila (esquimós); sincronicidade (Cari Gustav Jung: 1875-1961); sinergia (Abraham Maslow: 1908-1970);
spiral; spiritus (Robert Fludd); telergia; telesma (Hermes Mercúrio Trismegistus); tempo (Nikolai
Kozyrev); tao; tendência integrativa (Arthur Koestler: 1905-1983); terceira força (Robert Monroe); tondi
(Bataks, Pacífico); universion (Georges Lakho- vsky); vis formativa; vis medicatrix naturae (Hipócrates);
vril (Henry Bulwer-Lytton); wakan (índios sioux); wakonda (índios sioux); wodan (alemães); wong
(africanos, Costa do Ouro)\yaris (To- bi, Pacífico);yesod (cabalistas); zoéter (Hippolyte Baraduc); zogo
(tribos, Torres Strait, Austrália).
Multímoda. Como se observa na relação desta sinonímia, ainda incompleta, de denominações e
termos da energia imanente, que a rigor não são exatamente sinônimos em todos os casos, mas se
equivalem em suas finalidades convergentes, ou seja, representando diferentes nomes para o mesmo tipo
de conceito, a humanidade está ansiosa para reconhecer, entender e controlar essa energia que permeia o
Cosmos, aparentemente onipresente, multímoda, e constatada desde trinta séculos antes da Era Cristã.
Formas. Os modernos pesquisadores físicos estabeleceram a existência de quatro formas básicas
de energia física ou interações energéticas, na ordem decrescente: interações fortes, que atuam no nível
subatômico das partículas elementares, causando igualmente a união do núcleo atômico; as interações
eletromagnéticas, onde se encontra a origem da maior parte da Física cotidiana; as interações fracas,
também observadas no nível subatômico das partículas elementares e da radioatividade; as interações
gravitacionais, que o homem sente como sendo o impulso gravita- cional.
Matéria. Do ponto de vista geral, aceita-se hoje que toda matéria é energia, sendo inconcebível
a Criação sem energia, uma das últimas coisas comuns sobre a qual nada sabemos, pois observamos tãosomente suas manifestações.
Terminologia. Uso aqui os termos “energia imanente” e “energia consciencial” para caracterizar
os fatos dessas energias não-físicas, aguardando o consenso universal que deve surgir, algum dia, sobre a
terminologia adequada, quando então prevalecerá uma expressão cunhada para esse fim, ratificando essa
hipótese ainda tão controvertida, que tem, contudo, raízes lógicas desde a Antiguidade, conforme se
observa nos estudos dos modernos pesquisadores.
Transferência. Na verdade, a energia imanente não pode ser criada nem destruída, mas
transferida, captada, transformada, modulada, emitida e projetada pelas estruturas do subconsciente
formando a potencialidade psi, influindo nos fenômenos paranormais e na projetabili- dade dos seres
humanos.
Universal. Essa energia é fenômeno universal, identificado em épocas, locais, e civilizações
diferentes, desde as antigas tradições ocultas, esotéricas e pré-científicas. Toda a matéria existente é
energia. Existem a incriatividade e a indestrutibilidade da matéria-energia.
Explicações. A energia imanente constitui fator essencial para a explicação satisfatória de
inúmeras ocorrências: Acupuntura; aura; autocombustão voluntária; autodefesas extrafísicas; autodesencarnação; autoluminosidade; autoparada cardíaca voluntária; ballonnement; banho energético pósprojetivo; chacras; chuvas, correntes e fogos extrafísicos; cirurgia mediúnica ou paracirurgia; combustão
espontânea; congressus subtilis, desmaterializações; digitopressura; ectoplasmias; energia consciencial;
esfera extrafísica de energia; estado vibracional; exteriorização da motricidade; homeopatia; kundalini;
locais extrafísicos interditados; formas-pensamentos; orgonologia; para- pirogenia extrafísica; passes
curativos; poltergeister projetivos; projeção autocurativa; radiestesia; raps projetivos; rastro de luz do
psicossoma; rematerializações; teleportação; vergamento de metais pela vontade; etc.
Análise. Se o leitor deseja se inteirar mais de perto do problema, sempre importante, das
energias conscienciais, analise, numa abordagem conjunta, específica, os seguintes capítulos deste livro:
90 a 103, 109 a 115,208, 219, 236,245 a 253, 261, 273 a 275, 307, 314, 319, 339, e 440 a 442.
________________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 135), Andreas (36, p. 84), Bedford (103, p. 15), Blavatsky (153,
p. 378), Coddington (289, p. 15), D’ar’oo (365, p. 197), Digest (401, p. 382), Fodor (528, p. 125), Gaynor
(577, p. 199), Granja (621, p. 156), Greene (635, p. 60), Greenhouse (636, p. 102), Hammond (674, p. 12),
Haynes (698, p. 154), Karagulla (814, p. 110), Kilner (843, p. 38), Long (947, p. 125), Martin (1003, p.
84), Meek (1030, p. 34), Monroe (1065, p. 270), Mons (1066, p. 120), Morei (1086, p. 81), Moss (1096, p.
104), Paula (1208, p. 149), Pensamento (1224, p. 75), Puharich (1337, p. 245), Shepard (1548, p. 295),
Spence (1588, p. 141), Tansley (1649, p. 123), Tondriau (1690, p. 23), Tourinho (1693, p. 78), Walker
(1782, p. 32), Wang (1794, p. 69), Wedeck (1807, p. 262), White (1829, p. 550), Wüson (1854, p. 534),
Zaniah (1899, p. 334),
246. ENERGIA CONSCIENCIAL
Definição. Energia consciencial: aquela energia imanente que a consciência emprega em suas
manifestações em geral.
Sinonímia: energia anímica; energia interior; energia projetiva; força anímica; magnetismo
pessoal; microondas energéticas; PK biológico.
Atributos. Seja qual for o nome que um dia essa energia imanente transformada em consciencial receber, hoje ela parece ser responsável pelos atributos, ou qualidades da personalidade humana,
chamados: carisma, charme, encanto pessoal, fascinação, glamour, it, magnetismo pessoal, sex appeal, etc.
Há quem use também o termo energia para designar, de maneira abrangente, qualquer sinônimo de:
atração; axé; carga; clima; disposição; energismo; entusiasmo; fluido; força; força de vontade; participação
da platéia; pique; saúde; vibração; vitalidade; etc.
Pesquisas. A energia consciencial suscita inúmeras pesquisas sobre sua natureza, propriedades
peculiares, fontes, partículas, liberação, transferência, isolamento, armazenamento, campos,
compatibilidade e catálise biológica, sensibilidade à inteligência, relação ao tempo e ao espaço, leis que a
regem, o seu uso com a máxima eficácia, outras conseqüências, etc. Tudo isto pode parecer bastante
abstrato. O que não impede que exista (V. cap. 49).
Fatos. Aqueles que julgam poder descartar com facilidade a teoria da energia consciencial,
derivada da energia imanente, como ilógica ou não conforme o espírito racional, para explicar inúmeros
fenômenos, devem se lembrar destes fatos relativos à nossa aura eletromagnética pessoal: o corpo humano
emite energia magnética e energia térmica; inúmeras técnicas da Medicina convencional moderna se
baseiam justamente em conceituações biológicas sobre alguma forma de energia bioelétrica, ou ondas
psicoelétricas geradas pelo pensamento e a consciência; o eletroencefalógrafo registra e grava formas de
energia eletromagnética que pulsam continuamente nos dois hemisférios cerebrais dos homens e animais
e, com esse traçado, muitos costumam fazer diagnóstico; o eletro- cardiograma, o eletromiograma, a
cronaximetria, e outros processos da bioeletrônica são também registros parciais de energias orgânicas.
Influxo. A hipótese da energia consciencial é tão válida, ou admissível quanto o ainda hipotético
influxo nervoso. Por acaso algum neurofisiologista (ou você mesmo, leitor) já foi apresentado,
pessoalmente — para servir como testemunha presencial — ao influxo nervoso, esse todo-pode- roso
agente hipotético que se admite circular ao longo das vias nervosas do corpo humano? Até que ponto atua
e qual a natureza do funcionamento da relação coexistente do influxo nervoso com a energia consciencial?
É bom lembrar aqui que se admite hoje a distinção de dois tipos de passes energéticos: o magnético
(orgânico, neurológico* humano puro, material, fisiológico) e o espiritual (extrafísico, extra-orgânico,
composto, parafisiológico).
Relações. As aplicações da energia consciencial têm relação de interesse direto com: toda a
Medicina hoje; os antigos conceitos dos chacras dos hindus (V. cap. 109); os nadis, os pontos, e a rede
invisível de condutores de energia, conhecidos por meridianos da Acupuntura dos chineses; as técnicas do
Do-in, ou da digitopressura, atualmente popularizadas em vários países; a Homeopatia unicista que baseia
a cura na harmonização da energia dentro de um indivíduo; a ioga; a meditação transcendental; a
piramidologia; a antiginástica; a terapia bioenergética; o Taoísmo chinês; etc.
RMN. A propósito vale informar a última conquista da tecnologia médica — verdadeira revo-
lução no diagnóstico das enfermidades — a construção da câmara de ressonância magnética nuclear
(RMN), que permite a obtenção de imagens extremamente detalhadas dos órgãos ou tecidos doentes,
podendo assim estabelecer diagnósticos muito mais corretos e precisos, inclusive na exploração do cérebro
e do sistema nervoso. O RMN não usa raios X, porém emprega sinais magnéticos emitidos pelos núcleos
dos átomos do hidrogênio, elemento que se encontra presente em todo o organismo (O Globo: Rio de
Janeiro; Jornal; Diário; Ano LIX; N9 18.449; 18, maio, 1984; p. 29).
Ectoplasma. A energia consciencial quando se condensa para se manifestar numa condição
composta, na substância chamada ectoplasma, dá a sensação de talhar, parecendo que se congrega em
grumos, dentro do próprio corpo humano do médium ectoplasta, congregando componentes orgânicos ou
biológicos.
Fontes. Existem cinco fontes básicas de energia vital da criatura humana, na ordem crescente de
importância:
246.01 Alimentação de sólidos e líquidos.
246.02 Respiração ou oxigenação orgânica.
246.03 Absorção de energia no estado da vigília física ordinária, através dos chacras,
proveniente das plantas, animais, pessoas, solo, Sol, etc.
246.04 Sono ou desintoxicação celular com pequena descoincidência dos veículos de
manifestação da consciência.
246.05 Projeção da consciência pelo psicossoma ou absorção direta de energia cósmica.
Produções. O passista desenvolvido — bateria carregada ou fonte de força suplementar —
sente que a energia consciencial, em certas circunstâncias, pode produzir calor, frio e formigamento
principalmente nas mãos, e que as pessoas as quais atende oodem ficar num estado de descompensação
energética ou semelhantes ao estado de baterias descarregadas.
Ação. A ação da energia consciencial evidencia estar intimamente associada a mecanismos
homeostáticos, ou seja, parece agir de forma a manter o organismo humano num ótimo estado de
funcionamento, ou plenamente sadio.
Calor. A energia consciencial provoca uma alteração no movimento molecular, daí porque
produz calor durante as transmissões terapêuticas dos passes, afetando os processos auto-regulado- res que
mantêm a ordem nos sistemas biológicos, e intensificando a capacidade do organismo humano de
neutralizar a entropia.
Transmissão. Existe a suposição de que a energia consciencial não é conduzida pelo sistema
nervoso diretamente e sim, eletroliticamente, pelo tecido conjuntivo, transmitindo informações e sinais nas
imediações da superfície do corpo humano. Por outro lado, acredita-se que a energia consciencial é
intrínseca na molécula de oxigênio (prana).
Motriz. A energia consciencial pode se manifestar como força motriz pelo psicossoma, restando
ainda pesquisar muitos aspectos dos fenômenos tais como: intensidade, potência; decolagem; translocação
extrafísica; ação do cordão de prata; efeitos telecinéticos; comunicação consciencial; interpretação da
natureza da energia; etc.
Terapêutica. A energia consciencial também se manifesta como recurso terapêutico ao
utilizarmos qualquer método de cura que encara o organismo humano mais como energia do que como
massa, faltando ainda para serem pesquisadas manifestações diversas a respeito, tais como: exteriorização
terapêutica; energia de fora; canal mediúnico; passes extrafísicos; autodefesa magnética; influência das
afinidades; empatia extrafísica; etc.
Antiguidade. Desde a Antiguidade já era muito empregado pelos gregos, egípcios, hindus, e
chineses, o tratamento através da imposição das mãos ou de passes energéticos.
Evidências. Evidenciando a existência da energia consciencial, que pode ser transferida de um
doador para o receptor humanos, já foi demonstrado, em laboratório, o seguinte: a água tratada com a
energia consciencial muda a cor da solução de cristal, proporcionando a indicação visual da presença da
energia; e a mesma água tratada com a energia consciencial muda a tensão superficial, a liga de
hidrogênio, e as propriedades de eletricidade da água.
Plasmagem. Na plasmagem das formas, através da energia consciencial, pode-se distinguir a
criação objetiva, a criação das formas-pensamentos, as ondas móveis, etc. Não existem dois homens, ou
duas mulheres, com idêntica energia consciencial.
Prematuridade. O entrosamento das energias conscienciais advindo do acoplamento áurico do
estado da gestação, entre a gestante e a consciência do feto, deve afetar profundamente, de algum modo, as
diretrizes ou condições reencarnatórias do recém-encarnado. Por isso pergunta-se: - Quais serão as reais
conseqüências energéticas para a consciência reencarnante que passa pela infância fetal, ou seja, pelo
período que decorre entre ò nascimento como criança prematura (a partir de dezoito semanas) e a data em
que viria a nascer a termo (quarenta semanas)? A melhor hipótese de pesquisa, no caso, é o levantamento
dos níveis de conscientização e de funcionamento chacrais dos adultos qüe nasceram prematuramente em
relação aos nascidos a termo. Isso ainda não foi feito. Serão os nascidos prematuramente mais suscetíveis
à descompensação energética?
Sistemas. Hoje, em diversos países, como normas científicas aceitas pacificamente, a Acupuntura, a moxibustão, e a digitopressura utilizam os conhecimentos do sistema energético físicoextrafísico, segundo as bases da teoria holística, e o arcabouço do corpo bioplásmico, como o quarto
sistema orgânico equivalente aos três outros sistemas: o sistema nervoso, o sistema circulatório, e o
sistema linfático. Em suas técnicas, empregam os pontos de Acupuntura, o sistema de meridianos, os
sistemas de duetos, ou os circuitos de baixa resistência, estreitamente relacionados com o sistema
endócrino. A energia consciencial, portanto, já funciona na prática em diversos campos da Medicina, e em
terapias alternativas, só não vê esse fato quem não quer.
Anomalias. Até que ponto a energia consciencial do próprio experimentador (fonte desconhecida de erro) é a responsável pelos surpreendentes e inexplicáveis efeitos aparentes (ou ocultos) que,
no laboratório, podem talvez reproduzir-se por algum tempo (resultados anômalos ou simples
coincidências isoladas), e que ao final desaparecem sem deixar traço?
___________________
Bibliografia: Alverga (18, p. 81), Bedford (103, p. 171), Gibier (587, p. 114), Meek (1028, p.
165); Scott (1529, p. 62), Walker (1781, p. 15), Wang (1794, p. 151), White (1831, p. 443), Yogananda
(1894, p. 235).
247. MOBILIZACAO DA ENERGIA CONSCIENCIAL
Definição: Mobilização da energia consciencial; ação da vontade pela qual a consciência
encarnada patrocina a circulação da energia consciencial dentro e fora do corpo humano, redirigindo e
normalizando os seus fluxos
Sinonímia: circulação da energia consciencial; energização; normalização energética.
Reservatórios. A energia consciencial, tão sutil quanto poderosa, penetra nos corpos humanos e
nos corpos dos animais. Todos possuímos certa provisão dela no corpo inteiro, mas principalmente em
certos reservatórios tais como o eixo cérebro-espinhal e os grandes plexos simpáticos, bem como no plexo
solar, ou cérebro abdominal.
Tipos. Na mobilização da energia consciencial, você pode executar três tipos de manobras
consigo mesmo: a circulação de energia consciencial em circuito fechado; a recepção de energia
consciencial; e a exteriorização de energia consciencial.
Vontade. A execução de qualquer das três manobras básicas há de partir inicialmente da força
da vontade do praticante. A vontade — inquebrantável, granítica, ou siderúrgica — constitui a chave que
abre o amplo desempenho das manobras energéticas conscienciais, fazendo do psicos- soma junto com o
duplo etérico, um centro de mobilização de energias.
Mediunidade. A mobilização da energia consciencial predispõe o animista praticante a servir de
médium para as entidades extrafísicas, técnicos em todas as operações energéticas em favor de seres
encarnados e desencarnados.
Percepções. O desenvolvimento natural da sensibilidade na aplicação ou mobilização das
energias permite com o passar do tempo e a repetição das experiências, que o animista-médium perceba as
manifestações energéticas em si, quando sozinho, entendendo os caminhos da energia no íntimo de seus
veículos de manifestação consciencial, ou na corrente energética formada pelo conjunto de pessoas
receptoras e doadoras, e entidades desencarnadas, quando reunido numa sessão coletiva de exteriorização
ou irradiação bioenergética. O praticante pode observar que o seu rendimento energético varia de um dia
para outro, saindo derrotado ou vitorioso da empreitada, segundo o seu preparo anterior, boa vontade,
disposição, doação, apassivação, ou eficiência em cooperar com os serviços energéticos.
Características. Por aí, então, o praticante sentirá, a partir de si, e se estendendo pelo ambiente:
a intensidade do fluxo ou das “pulsações” de energia que passam por ele; a velocidade da descarga
energética; a especificação do fluxo de energia em jatos ou contínua; o ritmo exato, específico, do fluxo
energético; o aumento ou a diminuição do volume do fluxo; a homogeneidade da descarga bioenergética;
o direcionamento da assistência energética; os percursos da circulação da energia no ambiente e fora dele;
aonde surge dispersão de energia; aonde ocorre acúmulo das massas de energia condensada; as perdas de
energia no fluxo do trabalho; os acréscimos de energia; o tipo de energia atuante; as afinidades das
pessoas, presentes, fortes ou fracas, associadas energeticamente; os acoplamentos áuricos; os “tentáculos”
energéticos; as rupturas ou vazamentos da corrente energética; as vacilações mentais das pessoas
presentes; o tipo de pensamento da pessoa desconcentrada ou parapsiquicamente ausente das
manifestações afins (“desligada”); os desencontros ou assincro- nias do fluxo energético, ou a quebra da
corrente; os “quistos” energéticos das criaturas não afini- zadas com o ambiente, ou dependentes de
obsessores extrafísicos; os participantes seguradores ou sustentadores da corrente (mais “ligados”); ou
suprimentos energéticos feitos a favor da homogeneização das freqüências das vibrações, ou dos
pensamentos, quando os excedentes energéticos cobrem as falhas ou soluções de continuidade
reunificando a corrente vital; o chacra (pessoal) cujas manifestações preponderam na corrente energética; a
sensação de calor ou de frio predominante nas manifestações; etc.
________
Bibliografia: Alverga (18, p. 81), Gibier (587, p. 135).
248. TECNICA DA CIRCULAÇAO FECHADA DE ENERGIAS
Definição. Circulação fechada de energias: controle consciente dos movimentos energéticos
dentro de você mesmo, da sua cabeça até os seus pés e mãos, e o retorno à sua cabeça.
Sinonímia: circulação energética interna; dinamização do estado vibracional; energias em
circuito fechado; energização fechada.
Vontade. A dimensão, a intensidade, a velocidade, e a duração da circulação fechada das
energias conscienciais variam conforme a sua vontade atuante.
Utilidades. Dentre as utilidades do controle da circulação fechada de energias, dentro do seu
próprio organismo humano e seus demais veículos coincidentes, por sua consciência encarnada, destacamse: instalar o estado vibracional (V. cap. 208), condição que predispõe a decolagem até consciente da sua
consciência projetada através do psicossoma; motivar você intensamente, dando- lhe confiança de usar as
próprias energias e permitir-lhe distinguir as energias externas que você recebe; acelerar a sua própria
digestão em ocasiões oportunas; sanar distúrbios orgânicos, mini- doenças, e pequenas indisposições;
obter mil e um recursos conscienciais positivos, outros, facilmente concebíveis por você ou qualquer
pessoa; bloquear completamente as entradas de energias indesejáveis ao seu mundo interior; etc.
Prática. Pode-se fazer a energia circular, sem ser exteriorizada, da cabeça até os pés e dos pés
até a cabeça, várias vezes, revertendo logo depois a manobra para a condição do estado vibracional
intensíssimo, por todos os veículos de manifestação da consciência. Tal prática esteriliza vibrato- riamente
o ambiente, traz profundo bem-estar, disposição positiva, e autoconfiança à consciência encarnada.
___________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 19).
249. TÉCNICA DA RECEPÇÃO DE ENERGIAS
Definição. Recepção de energias: a sua absorção e interiorização consciente ou inconsciente de
forças assimiladas das criaturas encarnadas e desencarnadas, bem como de fontes da natureza, plantas,
fontes, águas, etc., que o circunvolvem na condição de encarnado.
Sinonímia: absorção energética consciente; assimilação consciente de energia; extração
consciente de energia externa.
Compensação. Nos encontros conscienciais da vida humana, física e extrafísica, raramente
alguém se mantém sempre neutro sobre o aspecto energético. Em geral, você doa ou absorve energia dos
outros, quase que constantemente, através dos chacras (centros de força) e pontos energéticos (meridianos)
do duplo etérico (corpo vital), mantendo-se energeticamente compensado (sadio) ou descompensado
(doente).
Tipos. Existem muitos tipos de recepção de energias: o passe magnético recebido, seja
perceptível ou imperceptivelmente; a chuveirada hidromagnética; a refrigerada aeromagnética; o banho
fluídico pós-projetivo; etc.
Acoplamento. O acoplamento áurico (V. cap. 307) pode tanto exigir a absorção, quanto a
exteriorização de energias, por parte de uma ou da outra consciência que, consciente ou inconscientemente, permitem a união energética temporária, ou seja, a homogeneização das energias de ambas.
Patológica. A absorção patológica de energias é a vampirização energética que também pode ser
intencional ou inconsciente por parte do receptor ou, no caso do enfermo, portador de desequilíbrio
permanente na circulação de suas energias físicas-extrafísicas.
Contrabando. A captação intencional de energia dos outros, das plantas e das coisas não deve
jamais chegar ao vampirismo ou ao parasitismo franco do ato de desenergizar o indivíduo, o animal ou o
vegetal no contrabando energético, semelhante, por exemplo, ao sistema condenado do succionador
Hestreo — verdadeiro vampiro técnico — que dessangra a árvore seringueira até ao extremo de lhe tirar
toda a seiva e deixá-la totalmente seca.
_________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 51).
250. TÉCNICA DA ABSORÇÃO DE ENERGIA CÓSMICA
Definição. Absorção de energia cósmica: ato pelo qual a sua consciência projetada pelo
psicossoma absorve energia ao modo de um acumulador extrafísico.
Sinonímia: absorção de energia imanente; assimilação extrafísica de prana; captação de energia
cósmica; processo de nutrição extrafísica.
Fontes. A absorção de energia cósmica através da projeção pelo psicossoma é a quinta fonte
básica de energia vital da criatura humana, depois da alimentação, da respiração, da absorção energética
na vigília ordinária, e do sono natural (V. cap. 72). O sono permite a pequena absorção de prana ou
energia cósmica pela miniprojeção do seu psicossoma junto ao seu corpo humano, e a grande absorção
pela maxiprojeção do seu psicossoma à distância da sua base física.
Influências. Atribui-se ao chacra esplénico do duplo etérico-psicossoma a função da absorção
da energia cósmica pela consciência projetada, quando o seu. psicossoma sofre três influências básicas na
ordem decrescente de importância: os locais extrafísicos que são os reservatórios naturais de prana, mar,
rios, vegetação, etc.; a distânica física entre o seu psicossoma projetado e o seu corpo humano, em razão
da liberdade extrafísica, volitação e absorção maior; a duração da sua projeção, o que influi pouco porque
o fator tempo vai desaparecendo quanto mais distante extrafisicamente, ou consciencialmente, se situar a
consciência do seu corpo humano deixado na base ‘ ;ica.
Lei. A sua capacidade de absorção de energia cósmica aumenta na proporção da distância física
entre o seu psicossoma (um corpo semifísico) projetado e o seu corpo humano, físico, inanimado.
Utilidades. Dentre as utilidades da absorção de energia cósmica destacam-se: a recuperação da
sua saúde física e mental; a recuperação de noite sem dormir; o aumento das suas possibilidades para
melhorar o desempenho projetivo; etc.
Regeneração. Durante o estado do sono natural, que permite o sono extracorpóreo, e durante a
condição da projeção consciencial — seja inconsciente, semiconsciente, ou consciente — o psicossoma,
desprendido do corpo humano, tem mais ocasião e possibilidade de trabalhar para a regeneração e
recuperação deste corpo humano, através da absorção de energia cósmica, intensificando as
potencialidades do duplo etéríco (corpo energético) inclusive curando mais rapidamente fraturas e
luxações, desintoxicando os órgãos, etc.
Analogia. A absorção de energia cósmica pelo psicossoma projetado apresenta certa analogia
com a absorção de energia luminosa, ou de fotônios, pelo interruptor ou comutador plástico, dispositivo
de parede que pode interromper ou restabelecer a continuidade num circuito elétrico e que, depois de
exposto à luz elétrica da lâmpada, chega a criar, por algum tempo, leve penumbra na escuridão normal do
aposento fechado. O comutador luminoso está sendo muito empregado hoje a fim de servir de orientação
nos ambientes fechados escuros, porque clareia e mantém pontos visuais de referência fazendo com que
as pessoas não percam o sentido de direção ao se deslocarem na escuridão.
Hipóteses. A absorção de energia cósmica suscita várias questões ou hipóteses de pesquisa: - A
absorção de energia cósmica constitui também uma absorção de energia luminosa para o psicossoma? O
psicossoma da consciência encarnada que se projeta com muita freqüência será mais luminoso do que o
psicossoma da média dos seres humanos?
Condições. O aumento da força e disposição física e psíquica da consciência encarnada que se
projeta através do psicossoma, à distância da base física, constitui fato observado pelos projetores
conscienciais veteranos. Por outro lado, ignora-se até que ponto tal sensação de força e disposição
procede das condições parapsicológicas positivas da consciência projetada.
Provas. Até o momento, desconheço qualquer processo científico que possa comprovar as
conjecturas e questões deste capítulo. Contudo, torna-se possível a obtenção de evidências individuais,
definitivas, através das práticas projetivas, por isso recomendo aos céticos e aos interessados a buscarem
as provas produzindo algumas projeções conscientes, prolongadas, à distância, pelo psicossoma.
Transmissão. O cordão de prata, ou mais apropriadamente, o duplo etérico transmite a energia
absorvida diretamente pelo psicossoma projetado até as células do corpo humano.
_________________
Bibliografia: Andrade (27, p. 159), Andreas (36, p. 52), Muldoon (1105, p. 142).
251. EXTERIORIZAÇÃO DE ENERGIAS
Definição. Exteriorização de energia consciencial: ato de a consciência lançar para fora, através
de algum ou alguns de seus veículos de manifestação, a energia consciencial temporariamente acumulada
em si ou em trânsito através de si.
Sinonímia: bioterapia; doação de energias; extravasão do od; lançamento energético; técnica da
soltura do duplo etérico.
Tipos. Dentre os tipos da exteriorização de energias conscienciais da consciência encarnada
destacam-se: a exteriorização consciente ou inconsciente; a exteriorização produzida no estado da vigília
física ordinária ou no plano extrafísico; os passes aparentemente executados para o escuro; os passes
solitários ou somente com o projetor como encarnado; os passes em grupo de seres encarnados; a
transmissão energética para seres encarnados e para seres desencarnados.
Utilidades. Dentre as utilidades básicas da exteriorização de energias conscienciais destacamse: melhora da aura de saúde na psicosfera do projetor consciente; saneamento extrafísico da base física
do projetor consciente; coadjuvante mediúnico das projeções conscientes, especialmente as projeções
conscientes assistidas, programadas, ou patrocinadas por amparadores; complemento das tarefas de
assistência extrafísica realizadas durante os períodos das projeções conscientes; cooperação nas tarefas de
resgate extrafísico, desobsessão extrafísica, e o ato de servir na função de isca espiritual; rarefação
positiva das condições do psicossoma predispondo-o melhor às projeções de consciência contínua;
bloqueio de certas manifestações paranormais de outros seres em relação a si, por exemplo, o
desempenho da clarividência de um médium vidente; confronto energético com entidades desencarnadas
enfermas, e com seres encarnados vigeis ou projetados, em. certas ocasiões; etc.
Detecção. Venho observando quatro ocorrências aparentemente diversas que, no entanto,
apresentam as características comuns da intensificação da energia consciencial exteriorizada, ou
psicofisiológica, ativa, detectável:
251.3. Queimado. O enfermo que foi recém-queimado ao ar livre, internado em clínica especializada, salvo de violenta descarga elétrica de relâmpago que proveio de uma nuvem para o solo,
chamado raio ou corisco. Este estado fugaz de intensificação da energia consciencial geralmente
desaparece algum tempo depois da alta clínica.
251.4. Raptado. A pessoa queimada que afirma ter sido “vítima de rapto num objeto voador
não identificado”, vivendo o chamado contato de terceiro grau da Ufologia, apresentando um período de
horas de amnésia total somente recuperável através da regressão mnemónica hipnótica. Há indivíduos
energeticamente ativos, neste estado, quatro anos após a ocorrência.
251.5. Kundalinico. A pessoa (“recém-queimado extrafísico”) que sofreu recentemente o
despertamento abrupto da kundalini, ou a liberação do fogo serpentino do chacra básico (V. cap. 111),
com ou sem conscientização deste seu estado que pode desaparecer depois de algum tempo ou perdurar
por décadas.
251.6. Sensitivo. O sensitivo experiente que consegue a qualquer momento, por força da
impulsão de sua vontade, perceber e desencadear tanto a recepção quanto a exteriorização de energias das
e para as criaturas, objetos e ambientes humanos, seja ele médium ativo da mediu- nidade de efeitos
físicos, passista, paracirurgião psíquico, telecineta, ou o projetor consciente veterano. Este estado em
geral perdura mais tempo do que' os outros.
Transformações. Os quatro tipos de personalidades estão aqui listados na ordem crescente de
suas possibilidades energéticas, sendo que qualquer dos três primeiros pode se transformar em sensitivo
desenvolvido com o decorrer do tempo.
Potencinética. Proponho o termo potencinética para caracterizar a condição dos veículos de
manifestação da consciência encarnada que determina sua capacidade de transmitir e receber energia
consciência], ou mais popularmente, a bioenergia.
_____________________
Bibliografia: Gibier (587, p. 136), Machado (968, p. 37), Pisani (1248, p. 285), Schutel (1525,
p. 25), Targ (1651, p. 253), Vieira (1762, p. 51), White (1831, p. 94).
252. TÉCNICA DA EXTERIORIZAÇÃO DE ENERGIAS
Isolamento. A exteriorização de energias como técnica de auto-higiene física-extrafísica e
coadjuvante no desempenho das projeções conscienciais lúcidas, pode ser produzida por você em
qualquer circunstância necessária, embora seja preferível num ambiente que lhe permita isolar-se.
Locais. Você pode praticar a exteriorização de energias: à beira do leito de um enfermo; numa
casa assistencial através da ministração de passes públicos; através de passes aparentemente para o escuro
na intimidade de sua casa; etc.
Omninteração. A omninteração energética pode ser buscada por você com a força mental
através de prece, evocação, ou irradiação mental, no esforço de conjugar todos os seres vivos, do vírus,
passando pelos peixes, insetos, animais maiores, homens, e seres desencarnados até as consciências no
plano mental puro, para um só fim universalista de perfeita harmonia.
Terapêutica. Eis cinco fatores que desempenham papéis fundamentais na exteriorização de
energia terapêutica: sua vontade; a imposição de suas mãos; a movimentação energética com os seus
braços e mãos, em certos casos; sua visualização intencional do efeito terapêutico desejado; a vontade do
paciente receptor.
Lei. Os fatos evidenciam uma lei básica da Projeciologia que esclarece bastante: quem consegue exteriorizar (projetar) a energia consciencial, com lucidez, sob a impulsão tão-somente da própria
vontade, consegue também projetar (exteriorizar) a própria consciência, com lucidez, para fora do corpo
humano, sob a impulsão tão-somente da vontade. Basta apenas querer e se motivar suficientemente para
isso.
Respiração. Na mobilização da energia consciencial, patrocinada pela própria vontade, ou
mesmo quando ajudada por amparador, em geral, no início da prática, o ato de exteriorização acompanha
a expiração ou exalação e o ato de recepção de energia acompanha, ou se sincroniza, com a inspiração ou
inalação.
Sensações. As sensações primárias da exteriorização da energia são: eletricidade interna;
adormecimento físico localizado; formigamento de mãos, dedos, braços, e bochechas; contrações
musculares; impulsos exteriores ou comandados por outra inteligência intangível; etc.
Pulsação. A sensação clássica da mobilização da energia consciencial experimentada pelo
animista, ou seja, provocada pela própria consciência encarnada sem a interferência de ninguém; ou pelo
médium, assistido por entidade desencarnada, ou mesmo consciência encarnada projetada; é a “pulsação
energética cerebral”, ou pulsação neuronial.
Ocorrências. A pulsação energética cerebral, inofensiva e agradável, pode ser acompanhada
por várias ocorrências orgânicas: poderosa energização cerebral; contrações musculares em toda a cabeça;
sons intracranianos; vibrações timpânicas; sons sincronizados ou não das transmissões energéticas com a
respiração ou com os batimentos cardíacos; sensação de força vigorosa; “eletricidade nos braços, mãos e
dedos”; arrepios generalizados; alterações de temperatura; mudanças do ritmo e da intensidade da
transmissão energética; sensação exata da localização da corrente energética no corpo humano; etc.
Quatro-mãos. Nas exteriorizações energéticas, nos instantes de grande, intensidade da descarga, estando você semi-incorporado por entidade extrafísica, às vezes ocorre o fenômeno das quatromãos, ou seja, duas outras mãos parecem trabalhar em conjunto com as suas mãos sincro- nicamente. Isso
ocorre em razão da saída das suas mãos extrafísicas (paramãos) do estado de coincidência dos veículos de
manifestação.
Limitação. A exteriorização de energias não deve chegar ao extremo de esgotar você, ou
enfraquecê-lo, por isso não precisa passar de, no máximo, por exemplo, para quem está começando, onze
grandes transmissões terapêuticas a cada dia, a fim de preservar-lhe a saúde e o bem estar. O número
onze aqui não se presta a qualquer especulação mística. No final, são apenas dez transmissões, porque a
primeira quase sempre corresponde à preparação ou simples recepção ener- ge'tica do próprio
transmissor. Pouco adiantará a você curar os outros e adoecer, estancando a fonte energética que, por isso,
deve ser dosada, muito embora a mesma pareça inesgotável.
Última. A propósito vale esclarecer que a décima primeira transmissão energética, ou seja, a
última, quase sempre diz respeito à assistência extrafísica direta, dentro do próprio recinto da base física,
deixando inclusive o ambiente do praticante extrafisicamente higienizado.
___________________________
Bibliografia: Gibier (587, p. 136), Reis (1384, p. 73).NICA DOS PAS
253. TÉCNICA DOS PASSES PARA O ESCURO
Definição. Passes para o escuro: transmissão energética do encarnado, incorporado por
entidade extrafísica, no estado da vigília física ordinária, diretamente para desencarnados, ou consciências
encarnadas projetadas, intangíveis e invisíveis à visão humana comum.
Sinonímia: passe no “paciente desconhecido”; passividade solitária; psicogrupo unitário;
serviço da compensação energética; sessão do “eu sozinho”; sessão mediúnica individual.
Preparação. Nos passes para o escuro, você, na condição de médium, homem ou mulher,
sozinho, se acomoda num leito, de preferência no escuro, relaxa, medita, e dá passividade mental e
muscular ao mentor extrafísico. Sobrevêm a incorporação ou semi-incorporação para a transmissão das
energias com você sentado ou de pé.
Horário. A assistência extrafísica anônima através dos passes para o escuro, dentro do horário
da angústia humana, num período breve compreendido entre 18 e 22 horas, deve ser diária, sem excluir os
fins de semana que trazem a neurose de domingo à pessoa carente, fora da rotina diária, obrigada a se
defrontar com a chatice e o vazio da sua vida. Vale frisar que o horário das 18 horas é o mais freqüente,
em todo o mundo, para os encarnados desencarnarem, segundo as estatísticas existentes.
Sensações. Depois da atuação incontroversa de outra inteligência sobre os seus veículos de
manifestação — corpo humano, duplo etérico e psicossoma — podem haver: projeção consciente;
vidências; monólogo psicofônico; mudanças das posições físicas; entorpecimento dos lábios e do rosto;
sensação de ar frio, mais nas mãos; pulsações energéticas cerebrais; sensação de desmaterialização dos
dedos e até das mãos; etc.
Chama. Não raro as exteriorizações de energia podem dar a impressão de que o seu corpo
humano torna-se enorme chama, língua de fogo de uns três metros de altura, quentíssima na periferia e de
núcleo gelado, a crepitar para a frente e para cima, e a reverberar como se fosse foco de luz, expandindo e
contraindo em movimentos para fora e para dentro, alternadamente, sob força poderosa, inteligente e
controlada.
Sons. Os sons das vibrações passam por sua cabeça e parecem sair através dos seus braços e
mãos quais tambores batidos com inteligência ou a repetição cadenciada de mantra, palavra única não
pronunciada mas escutada repetidamente, com aceleração menor ou maior.
Movimentos. Os movimentos sincrônicos, frenéticos, espasmódicos, e aspersivos com os
braços e as mãos durante a incorporação, visam à assistência a encarnados e desencarnados, através de
três operações distintas, quase sempre interligadas: exteriorização de energias imanentes- conscienciais;
desmaterialização fugaz de partes do corpo humano do animista-médium; e extração de seu ectoplasma,
humano, exclusivamente para fins terapêuticos. Os parabraços e as paramãos do psicossoma do animistamédium são os verdadeiros aspersores energéticos, sob o comando real do amparador, ou o transmissor
energético básico. A temperatura ambiental abaixo de vinte graus Celsius ou centígrados facilita a prática
ou intensifica as exteriorizações de energias assistenciais.
Conceitos. Para manter a sintonia, o equilíbrio, e intensificar as operações durante o estado
vibracional, nas grandes exteriorizações de energias, o amparador instila a intuição que leva o animistamédium, quando mais consciente, a meditar, inevitavelmente, em conceitos, à primeira vista díspares,
porém relacionados por liames lógicos indiscutíveis, entre si, e o serviço a três, semelhantes a estes:
criador incriado; autogestão; Fênix; eternidade; infinito do passado; infinito do futuro; onipotência;
implosão; enézima potência; moto contínuo; buraco negro; saco sem fundo.
Desenvolvimento. Parece que quanto mais evoluída seja a consciência, mais intensidade tem
em sua potência energética, e menos esforço consciencial e tempo precisa para a sua completa reposição
energética. As irradiações energéticas do início dos exercícios chegam a demorar até uma hora. Com o
passar do tempo vem o desenvolvimento diário e podem ser feitas onze descargas em apenas 25 a 45
minutos de uma sessão individual de encarnado. Cada descarga energética corresponde a 50 contraçõestransmissões no mínimo. Isso perfaz o total de 550 a 750 transmissões ao fim de cada período diário.
Num estágio mais avançado, os amparadores transformam a base física do projetor num ambulatório
médico extrafísico, ou seja, numa oficina de trabalho espiritual em socorro aos necessitados encarnados e
desencarnados.
Observações. Eis vinte observações práticas sobre os passes para o escuro:
253.4 Advertência. A técnica dos passes para o escuro não é recomendável a quem nunca sentiu
manifestações mediúnicas ostensivas, ou aos principiantes da mediunidade, ainda não desenvolvidos
parapsiquicamente, e que não conseguem controlar suficientemente os processos do intercâmbio
mediúnico.
253.3. Mediunidade. Somente deve exercer as exteriorizações diárias de energias, com horário
marcado, o médium mais ou menos desenvolvido, sem problemas obsessivos de monta, inteiramente
seguro do que faz, consciente da circulação fechada de energias, da recepção de energias, e da
transmissão de energias conscienciais.
253.4. Recesso. Na exteriorização assistencial de energias com horário diário, pré-fixado, está o
melhor processo para o projetor consciente veterano evitar o recesso prolongado na produção das
projeções conscientes.
253.5. Ondas. As transmissões se fazem por ondas de energia bem caracterizadas, percebidas
pelo médium-projetor, em geral de forma intermitente e não contínua.
253.6. Etérico. Durante a exteriorização das energias, às vezes o corpo humano parece menor ou
menos volumoso, devido à expansão do duplo etérico exteriorizado, caracterizando-se o fenômeno não
patológico da automicroscopia.
253.7. Máquina. Freqüentemente, durante as transmissões energéticas, o praticante parece ouvir
o pulsar de imensa máquina, como se estivesse com o corpo unificado, ou seja, o todo de seus veículos
conscienciais, acoplado a potentíssimo dínamo invisível, servindo de médium a desconhecida máquina
extrafísica.
253.8. Lança-chamas. Durante a semi-incorporação, o duplo etérico dos braços e das mãos
parece um lança-chamas aspergindo, com aparente violência, as energias para a frente através de
descargas em ritmo acelerado e constante. As mãos podem parecer também inconstantes aspersores
energéticos. Nessa oportunidade surgem imagens de força, inspiradas pelos amparadores, como, por
exemplo: a criação inicial incandescente de um sistema solar; o mar de lavas vivas de um vulcão em
erupção; a corrida de aço do alto forno de usina; etc.
253.9. Entrosamento. A primeira descarga energética, mais receptora para o conjunto médiumtransmissor extrafísico, do que doadora para a entidade receptora, estabelece o entrosamento mediúnico.
253.10. Oitava. Em geral uma descarga energética entre as onze - a oitava, por exemplo pode
ser perceptivelmente mais intensa ou mais potente do que as demais.
253.11. Qualidade. O tempo não representa fator importante nas descargas energéticas.
Importa muito mais a qualidade e a potencialidade das energias transmitidas.
253.12. Intervalos. O breve tempo de intervalo entre uma transmissão energética e outra serve
para refazer fisiologicamente o encarnado transmissor, reajustar o entrosamento passis- ta-benfeitor, bem
como substituir a entidade receptora à frente ou à distância, sempre que necessário. O amparador, nesse
período, em geral não perde o controle mediúnico-mental-energe'tico do processo. As sensações intensas
do passista podem desaparecer nos intervalos entre uma descarga energética e outra, permanecendo ele
incorporado pela entidade extrafísica durante as transmissões e semi-incorporado nos intervalos.
253.13. Sincronizações. Os sons das vibrações rítmicas na cabeça, durante as descargas energéticas, são sincrônicos com os movimentos de aspersões dos braços e das mãos.
253.14. Assincronizações. A interferência de assincronizações efêmeras entre os sons e as
aspersões energéticas se deve à dificuldade da incorporação ou ao desentrosamento entre a mente do
médium e a consciência desencarnada transmissora.
253.15. Transmissores. Os transmissores energéticos extrafísicos podem se alternar, em
serviço, numa só sessão assistencial, e o médium-projetor perceberá o revezamento e as mudanças
técnicas, caracteristicamente individuais, inconfundíveis.
253.16. Intensidade. Quanto maisy intensas forem as transmissões energéticas, maior será o
bem-estar do passista no período de tempo posterior às transmissões.
253.17. Ritmos. Não raro, o ritmo intenso e, às vezes, variado das descargas energéticas, os
movimentos físicos, e as contrações musculares não alteram praticamente em nada o ritmo cardíaco do
praticante. Tal fato, por si só, constitui fenômeno, subjetivo, concomitante, à parte. A rigor, a freqüência
— sempre perceptível — das transmissões energéticas do passista no escuro, não se subordina à sua
vontade, nem mesmo aos seus batimentos cardíacos, nem sempre à sua freqüência respiratória, nem ao
andamento dos segundos do relógio comum, nem a qualquer outra fonte senão às ordenações
parapsíquicas ou anímico-mediúnicas-motrizes do transmissor extrafísico básico, não obstante todo o
conjunto de transmissão parecer, não raro, estar acoplado a poderosos aparelhos extrafísicos
desconhecidos. Podem ocorrer quatro a cinco ritmos de transmissão energética, bem diferentes uns dos
outros, numa só sessão de dez transmissões básicas.
253.18. Aferição. Os passes para o escuro, diários, permitem ao praticante aferir a sua
condição vibratória do dia, da semana, ou do período atual da sua existência terrestre.
253.19. Cobertura. Os passes para o escuro mantêm cobertura extrafísica positiva à vida
humana do projetor consciente.
253.20. Idéias. O estado ou o período de tempo da transmissão dos passes para o escuro
mostra-se altamente propício à assimilação de idéias novas por parte do praticante atento.
253.21. Consciência. O estado psicofísico do médium-projetor, na transmissão de passes para
o escuro, pode ser comparado à uma condição de consciência cósmica própria do estado da vigília física
ordinária.
Grupo. É sobejamente conhecido, em qualquer empreendimento humano, que a energia
positiva, grupai, coletiva, ou seja, nascida de um grupo homogêneo e coeso de criaturas, que apresentam
senso de união e afinidade marcante quando reunidas, manifesta-se mais forte, intensa, vigorosa, e
curativamente, beneficiando a maior número de criaturas do que a energia individual, isolada, derivada de
uma consciência apenas. Os artistas, os oradores, os professores, e os médiuns têm conhecimento da
energia emanada da audiência viva. Daí nasceu a prática da sessão mediúnica.
Sintonia. A “sessão do eu sozinho”, aparentemente, é contrária ou vai de encontro ao preceito
referido da energia em grupo. No entanto, náo se pode esquecer que o passista para o escuro jamais está
sozinho, pois somente atua em profunda sintonia com amparadores, entidades desencarnadas e,
excepcionalmente, até consciências encarnadas projetadas e assistidas, quando funciona como
“curandeiro de desencarnados” ou de seres extrafísicos. O fato de ser um trabalho anímico-mediúnico
com apenas uma pessoa encarnada, torna a fiscalização e as defesas vibratórias mais eficazes e,
sobretudo, mais fáceis de serem mantidas pelos amparadores.
União. Havendo sintonia de consciências, afinização de sentimentos elevados, e coesão nos
objetivos, não importa se o percentual de criaturas reunidas seja mais de encarnados ou de desencarnados.
O que vale é a união que faz a força mental, ou mais apropriadamente, consciencial; ou a intensidade da
energia mobilizada com a intenção positiva.
Umbilical. Num estágio mais avançado, a prática dos passes para o escuro pode ser extrafisicamente orientada para efeitos físicos (ectoplásmicos) com as seguintes características de manifestação:
emprego da posição corporal em decúbito dorsal; queda da temperatura corporal e ambiental; fenômenos
amenos de efeitos físicos; exteriorização energética mais através do tronco e da cabeça, e menos através
dos braços e mãos; mudança da freqüência respiratória durante as transmissões energéticas;
predominância evidente da atuação do chacra umbilical nas transmissões energéticas; sensação de
puxamento para cima, através do abdome, a cada exteriorização energética; fortalecimento da
musculatura abdominal; cessação da hipertrofia da musculatura dos braços e ombros.
Duração. A transmissão dos passes para o escuro, estando o animista-médium sentado, e com o
uso preponderante da cabeça, dos braços e das mãos — ou seja, predominando a atuação dos chacras
coronário, frontal e laríngeo — se faz com exercícios físicos maiores, mais rapidamente, e a sessão de
passes demora menos. A transmissão energética estando o animista-médium deitado, e com o uso
predominante da cabeça, do tórax e do abdome, ou seja, todos os sete chacras essenciais em ação, se faz
com exercícios físicos menos intensos, mais lentamente, a sessão energética demora mais e ocorrem
efeitos ectoplásmicos com freqüência maior.
Práticos. Quanto à vida humana, os passes'para o escuro são extremamente práticos. Até a
pessoa que pelos seus compromissos individuais, humanos, não pode exercer a mediunidade nem duas
vezes por semana num grupo de estudos especializados, pode praticá-los todo dia, sozinha, sigilosamente,
sem excessivas autocensuras, fora do horário comercial, na intimidade da sua casa, sem problemas de
translado e de trânsito, nem a exigência das convenções, cerimônias, e leis da sociedade humana, e de
maneira independente da presença e do julgamento de outros encarnados.
Presidiário. Os passes para o escuro, assim como as projeções conscientes, são especialmente
indicados para serem executados pelos presidiários em geral que desejarem mudar para melhor o rumo do
próprio destino, incapacitados que se acham de se deslocarem fisicamente pelas próprias circunstâncias
humanas.
Musculatura. Alerta aos interessados: quem pratica os passes para o escuro diariamente, dando
passividade a amparador, acaba ficando com os músculos dos braços, dos ombros, do tórax, inclusive os
músculos peitorais, etc., mais volumosos e mais rígidos, aumentando, inclusive, o peso corporal em razão
desses exercícios, depois de algum tempo, tendo em vista a movimentação física, motora, muscular, do
médium incorporado, ou em transe.
Pruridos. Um dos primeiros indícios da manifestação dos fenômenos de efeitos físicos, ou
exteriorização indiscutível de ectoplasma, é o surgimento não habitual de pruridos nas mucosas nasais, ou
seja, coceiras inoportunas no interior do nariz (fossas nasais), apenas durante as práticas anímicomediúnicas da transmissão dos passes para o escuro. Isso se deve, provavelmente, à saída inicial de
ectoplasma através das mucosas.
Nudez. Partindo do princípio de que a prática dos passes para o escuro se desenvolve com você,
na qualidade de passista sozinho e isolado e, desde que você observe a ausência de correntes de ar no
local, a temperatura ambiente adequada, e a utilização correta no momento do aparelho de ar
condicionado, a fim de não contrair um resfriado, você pode se apassivar mediunicamente para os
amparadores permanecendo inteiramente nu, e com a maior naturalidade, pois estes, sendo de
mentalidade.evoluída, não se importam pessoalmente com isso. Tal fato pode, no entanto, afetar as
reações das entidades desencarnadas (homens ou mulheres) que se despertam extrafisicamen- te 'em
função dos mesmos passes para o escuro, cujas consciências ainda se acham profundamente envolvidas
pelos condicionamentos humanos.
Chacras. Ocorre constante aperfeiçoamento nas transmissões. Depois de vários anos, os exercícios diários, que não são sentidos como sacrifício, mas diariamente aguardados com alegria íntima,
fazem o passista perceber, no estado da vigília física ordinária, os chacras, especialmente quatro deles, ao
mesmo tempo: o radical, latejante, como se o passista estivesse sentado numa bola de fogo; o umbilical
ou todo o abdome energizado para a frente; o frontal que parece pequeno mas poderoso aparelho
incrustado na testa; e o coronário com a impressionante sensação de dissolução da cabeça. Também os
amparadores trazem entidades enfermas mais perturbadas para abordar o praticante diretamente no estado
da vigília física ordinária ou quando se projeta. O rapport físico- extrafísico se intensifica e os resultados
das irradiações energéticas melhoram.
Extras. Chegando o praticante a um grau elevado de afinização com o transmissor extrafí- sico
titular, podem sobrevir exteriorizações energéticas extras, emergenciais, ou seja, antes (principalmente)
ou depois do período diário das transmissões, em momentos ou circunstâncias inesperadas. Isso acontece
sem forçar psíquica ou fisicamente o animista-médium, mas de modo agradável, enriquecedor, saudável
— que jamais trará qualquer conotação obsessiva ou prejudicial — visando a atender entidades enfermas
numa conjuntura emergencial.
Absorção. A absorção simpática, por afinidade, boa intenção, e ascendência energética, de
doenças, distúrbios ou afecções de certas pessoas-pacientes, pode ocorrer nas transmissões dos passes
para o escuro, seja de modo consciente ou inconsciente por parte de ambos, o passista- absorvedor e o
paciente-absorvido. A remissão definitiva dos sintomas e sinais do paciente, após algum período de horas,
dias, ou até semanas, das transmissões, é que revela, em muitos casos, a ocorrência da absorção
simpática. Sempre que acontece, tal fato é desencadeado pelos próprios benfeitores extrafísicos, com
bases nas possibilidades individuais maiores de descarte dos distúrbios pela condição de fortaleza
energética por parte do animista-médium transmissor que, no entanto, pode identificar a absorção, ou não,
assim que a mesma se instala.
Responsórios. Exemplo típico de absorção simpática das condições patológicas do corpo
humano-duplo etérico-psicossoma de um enfermo é o da pessoa acometida por alterações num membro,
seja uma perna que vem apresentando já por longo tempo, dores, edemas, dificuldade de locomoção, e
outros distúrbios, sobre os quais já se tentou todos os exames, diagnósticos, e terapêuticas convencionais
inutilmente, distúrbios esses que desaparecem com os passes, inclusive não raro somente à distância. A
absorção simpática é o efeito mais avançado da condição de isca anímico-mediúnica (V. cap. 323),
fundamentada no estado de rapport, na existência das energias conscienciais, e no fenômeno do
acoplamento áurico (V. cap. 307). Não deve ser interpretada por episódio obsessivo, como entendemos a
obsessão. A ocorrência é, antes de tudo, terapêutica e não patológica, embora derive de caso de obsessão
crônica, magia negativa, práticas sincréticas de muitas seitas, “encostos físicos-extrafísicos”, etc. Muitas
práticas, chamadas popularmente “responsos” e “responsórios”, são executadas, positivamente, através da
absorção simpática.
Continuum. Os hábitos assistenciais de exteriorização de energia podem conduzir o encarnado
à centralização ou fundaméntação do ego, o mais elevado estado de equilíbrio que o ser humano consegue
atingir. Neste ponto, quase sempre se instala o acoplamento do seu corpo mental ao corpo mental de um
mestre extrafísico, na serena condição iniciática do adepto, estabelecendo- se um continuum de tomada de
consciência.
Maturidade. Uma das utilidades dos passes para o escuro é a de ajudar a sanar os distúrbios do
âmbito da parapatologia do psicossoma, dentre eles as seqüelas do restringimento físico da consciência
recém-desencarnada. Por exemplo: a recuperação mais rápida da maturidadè extrafí- sica para aquelas
consciências que desencarnaram em tenra idade ou na adolescência, ou seja, as crianças extrafísicas que
merecem ou precisam voltar a ser consciencialmente adultas mais depressa. Nestes casos, as energias
crosta-a-crosta do médium humano atuam de modo positivo com possibilidade de rapport maior na
extração das energias ainda muito humanas, afins, remanescentes, vinculadas à entidade.
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Bibliografia: Vieira (1762, p. 165).
254. FORMAS PENSAMENTO
Definição. Formas-pensamentos: formações mentais modeladas e organizadas pela energia e o
dinamismo do pensamento, guiadas pela vontade e enriquecidas pela imaginação da consciência
encarnada ou desencarnada.
Sinonímia: clichês astrais; criações astrais; criações visuais extrafísicas; formações mentais
objetivas; formas consensuais; formas ideoplásticas; formas pensadas; ideoformas; ideomorfias;imagens
astromentais; mentofaturas; modelagens mentais; pensamentos flutuantes; pensamentos- formas;
projeções ideoplásticas; projeções mentais; psicones; psicofaturas; simulacros humanos; tulpas.
Poderio. Cada pensamento definido produz dois efeitos imediatos: primeiramente, uma vibração radiante, logo depois uma forma-pensamento flutuante, tudo isso através da energia cons- ciencial.
As formas-pensamentos são criadas pela consciência a cada fração de segundo da sua existência. O
pensamento, criação poderosíssima, pode ser sustentado, focalizado, concentrado, e projetado por força
da imaginação, ou através de prece, meditação, sugestão, ritual, evocação; transmitido à distância como
na telepatia; empregado para dobrar metais, como no efeito Geller; usado para matar pássaros em vôo
como fazem certos animistas-médiuns primitivos ou feiticeiros; utilizado para criar formas-pensamentos
que carregam uma existência temporária independente; além de se reunir em pensamentos-grupos e
pensamentos coletivos.
Astral. Aquilo a que chamamos plano espiritual crosta-a-crosta, — a esfera extrafísica coexistente com a vida humana, ou plano astral, — constitui um meio ambiente fluido, plástico, não físico, e
aparentemente onipresente. Conquanto sem forma em si mesmo, este plano tem a propriedade de tomar
ou refletir qualquer forma impressa mentalmente sobre ele.
Água. As substâncias extrafísicas informes que constituem as formas-pensamentos se assemelham à água num copo. Embora o líquido não tenha forma, ele se adapta exatamente à forma do
copo onde é derramado. Como produto da imaginação, a forma-pensamento não tem vida por si mesma,
no entanto, ainda assim, atua movida pelo pensamento do seu criador.
Tipos. As formas-pensamentos podem ser dos mais diversos tipos: conscientes ou inconscientes; estáveis ou instáveis; positivas ou negativas; evanescentes ou consistentes; efêmeras ou quasepermanentes; toscas ou engenhosas; pequenas ou grandiosas; opacas ou transparentes; foscas ou
luminosas; novas ou residuais. As formas-pensamentos de tipos idênticos atraem-se mutuamente.
Vibrações. As vibrações de um só pensamento produzem forma, cor, luz e som, inclusive
acordes musicais, no plano extrafísico. A ação das fantasias, impulsos, desejos, apetites, paixões e
emoções pode transformar as coisas circundantes. As formas-pensamentos inconscientes se fundem e se
harmonizam com as criações dos pensamentos preexistentes, criadas por outras consciências. As formaspensamentos da própria consciência reagem sobre ela mesma, criando, então, os hábitos de pensamento e
sentimento.
Gabaritos. As formações ideoplásticas individuais são diferentes das grupais. A vontade individual, conquanto produza resultados específicos uniformes, é mais fraca do que a vontade grupai ou
coletiva. O poder da influência dos gabaritos mentais médios da população extrafísica permanente
caracteriza, edifica, e mantém o meio ambiente extrafísico, por isso há mundos mentais paralelos,
particulares, coletivos, e outros em eterna transição.
Autotransfigurações. A consciência atuando sobre o psicossoma pode tanto gerar quanto curar
doenças orgânicas e forjar as autotransfigurações, sendo possível criar, por exemplo, uma terceira perna
(membro extranumerário), ou rejuvenescer a aparência pela força do pensamento, ou a energia
consciencial. Os trajes extrafísicos são formas-pensamentos geralmente criadas de modo inconsciente.
Duração. Há evidências da existência de formas-pensamentos efêmeras e quase-permanen- tes,
contudo, parece que não existem formas-pensamentos eternas.
Duelos. Ocorrem verdadeiros duelos extrafísicos entre vontades ou combates com as formaspensamentos, razão pela qual em muitos locais existem formas-pensamentos negativas residuais, ou
gravitantes. A telepatia e os meios de comunicação de massa em geral se relacionam diretamente com a
criação de formas-pensamentos nos ambientes humanos.
Imagens. Muitas imagens evocadas mentalmente, e sustentadas pela consciência encarnada,
através de suas paixões, tornam-se formas-pensamentos consistentes que atuam sobre o mundo mental de
encarnados e desencarnados, criando, inclusive, pensamentos-grupos cumulativos, que ainda estão a
exigir pesquisas e averiguações por médiuns e projetores, a fim de serem mais esclarecidos e melhor
evitados pelos incautos. Os pensamentos são coisas reais. As formas-pensamentos compõem muitas das
alucinações de todos os tipos dos psicopatas.
Extrafísicas. Não pense o leitor que só existem formas-pensamentos nos planos para os quais a
sua consciência encarnada se projeta. Há de fato, além das formas físicas, humanas, densas, do plano
crosta-a-crosta, fora da base física, e além das formas-pensamentos criadas pela consciência, formas
extrafísicas outras, consistentes e reais. A consciência projetada vê as formas extrafísicas, propriamente
ditas, porque elas estão ali, porém tais formas não constituem criações dela.
Artefatos. Quem alimenta dúvidas a respeito da possibilidade da existência de formas-pensamentos concretas, artefatos extrafísicos bem constituídos e com formas incrivelmente sólidas, deve
ponderar sobre a existência do cordão de prata, um apêndice ou objeto não-material, ou semi- material,
extremamente tangível e vigoroso, sob muitos aspectos, que todos os encarnados têm, e que por suas
formas, estrutura, e funções, não encontra similar entre os objetos e corpos existentes em todo o universo
físico. Vale esclarecer, ainda, que o cordão umbilical não apresenta a mesma natureza ou as funções do
cordão de prata.
Consenso. Na verdade, o universo inteiro constitui o conjunto dos pensamentos de todos os
espíritos ou consciências que existem nele. Isso, no entanto, diga-se de passagem, não exclui a existência
de uma “causa incriada”. Os planos extrafísicos são realidades consensuais, ou seja, o resultado da
interação de duas ou mais consciências sobre um espaço vazio, atuando através das formas- pensamentos.
A média dos blocos de formas-pensamentos numa determinada área forma o ambiente extrafísico. A
realidade geral é muitas vezes percebida de modo distorcido pela entidade individualmente.
Complexidade. A autoconsciência extrafísica e as formas-pensamentos apresentam aspectos de
profunda complexidade. A consciência projetada pode ver, ao mesmo tempo, supostas partes do seu
psicossoma, parapernas, parabraços, paramãos, etc.; o duplo etérico ou o cordão de prata estendido e
brilhante; e até a fisionomia de uma entidade à sua frente; e tudo isso desaparecer da sua visão, num
átimo, sem nenhuma razão aparente. Isso pode ocorrer devido à criação das suas formas-pensamentos e a
consciência, mesmo assim, ainda permanecer projetada através do corpo mental apenas. Projetada deste
modo, numa única vez, esta consciência vai julgar que o cordão de prata e as entidades extrafísicas são
meras criações mentais derivadas de seus condicionamentos humanos, de leituras, etc., e nada mais. O
que evidencia racionalidade e coerência, mas também erro crasso de avaliação, nascido da inexperiência
da consciência projetada através do corpo mental.
Inutilidade. Por outro lado, a consciência que se projeta muitas vezes, por modos diferentes, e
condições extrafísicas variadas, concluirá, inevitavelmente, que o cordão de prata existe e terá mesmo, em
certas circunstâncias extrafísicas, até profundo desapontamento com as ações desse apêndice que lhe
cercearão as manifestações fora do corpo humano. Igualmente, a consciência projetada pode vir a se
encontrar com entidades extrafísicas — como já me aconteceu e tentar exteriorizar pensamentos e
energias com o objetivo de desfazer as supostas formas mentais de entidades à sua frente e estas, sendo
reais, começam a gargalhar, a ironizar e a ridicularizar a tentativa obviamente inútil, estabelecendo de
imediato uma confrontação extrafísica aberta. A inexperiência da consciência — desta vez projetada pelo
psicossoma — a levará a cometer outro erro de avaliação.
Força. Toda forma-pensamento emitida de uma consciência para outra constitui transferência
real de certa quantidade de força e matéria, da parte da consciência emitente para a consciência receptora,
em quem ela pensa. A passividade da consciência receptora, e o caráter harmonioso dos pensamentos de
ambas — a emitente e a receptora — fazem com que a forma-pensamento se descarregue sobre a
receptora.
Pensamento. Tudo quanto pode ser feito, imaginado ou inventado pela consciência encarnada,
no estado da vigília física ordinária, através do pensamento, pode ser feito mais facilmente, pela mesma
consciência encarnada, quando projetada com lucidez para fora do seu corpo humano.
Detecção. A consciência encarnada ao se projetar com lucidez para fora do seu corpo humano,
em certas oportunidades, pode detectar perfeitamente as suas formas-pensamentos de três categorias
básicas: as formas-pensamentos desvinculadas, as formas-pensamentos seguidoras, e as formaspensamentos projetadas.
254.21. Desvinculadas. As formas-pensamentos desvinculadas são aquelas deixadas incessantemente para trás da consciência e que compoem o seu rastro mental. Nao devem ser confundidas com o
rastro de luz (V. cap. 219).
254.22. Seguidoras. As formas-pensamentos seguidoras são aquelas que sobrepairam e seguem sobre a personalidade, ou seja, os seus pensamentos repetidos, tentadores, mais comuns, portadores
de elevada carga de energia, auto-reproduzíveis. Tais formas-pensamentos podem atuar de modo
extremamente negativo sobre o próprio criador, porque este, em geral, vive inconsciente quanto às suas
próprias criações mentais infelizes e, não raro, mesmo quanto às suas criações mentais positivas.
254.23. Projetadas. As formas-pensamentos projetadas são aquelas arremetidas pela própria
consciência, para longe de si, sobre objetivos definidos: criaturas, objetos, e lugares. Tais projeções de
formas-pensamentos podem ser: positivas, negativas, ou neutras; criadas consciente ou inconscientemente; puras ou elaboradas; sozinhas ou acompanhadas; etc.
_____________
Bibliografia: Babajiananda (65, p. 39), Bennett (117, p. 25), Blackmore (139, p. 232),
Blavatsky (153, p. 187), Bozzano (186, p. 157), Brennan (199, p. 66), Cavendish (266, p. 254), Chaplin
(273, p. 158), Coquet (301, p. 65), CrookaU (338, p. 219), Day (376, p. 138), Fodor (528, p. 383), Frost
(560, p. 206), Gaynor (577, p. 186), Greene (635, p. 65), Hodson (729, p. 105), Leadbeater (901, p. 280),
Lee (908, p. 189), Monroe (1065, p. 75), Muldoon (1102, p. 118), Osborn (1155, p. 165), Powell (1279,
p. 45), Rogo (1453, p. 248), Schatz (1514, p. 201), Sculthorp (1531, p. 115), Shepard (1548, p. 933),
Steiger (1607, p. 245), Talbot (1642, p. 144), Vieira (1762, p. 20), Walker (1782, p. 414), Wang (1794, p.
215), Xavier (1891, p. 49), Yram (1897, p. 148), Zain (1898, p. 40).
255. PARALELOS ENTRE PROJEÇÃO CONSCIENTE E FORMAS-PENSAMENTOS
Diferenciais. São bem definidos os caracteres diferenciais entre as autoprojeções de formaspensamentos, criadas pela consciência projetada, e as imagens reais da projeção consciente, já existentes e
percebidas pela mesma consciência projetada no plano extrafísico.
255.3. Origens. Quando plasmadas pela consciência do projetor, as autoprojeções de formaspensamentos não lhe fornecem nenhum aspecto inédito ou indício de novidade, pois decorrem das suas
experiências pessoais, obviamente suas conhecidas. As imagens reais da projeção consciente não são
provenientes da consciência projetada, mas já criadas por outras inteligências em geral desconhecidas.
255.4. Local. A maioria das autoprojeções de formas-pensamentos surge mais freqüentemente
dentro da esfera extrafísica individual de energia que envolve a consciência, quando dentro ou fora, mas
próximo fisicamente ao corpo humano (V. cap. 236). A projeção consciente se desenvolve dentro e fora
desta esfera de energia, em qualquer distrito extrafísico.
255.5. Imprevisibilidade. As autoprojeções de formas-pensamentos quase sempre exibem a
característica inarredável da previsibilidade ou do pré-conhecimento do que se vai ver, pois são imagens
geradas no âmbito das manifestações da consciência do projetor. A projeção consciente ultrapassa os
parâmetros dos conhecimentos do projetor e, sendo imprevisível, traz surpresas inconcebíveis à
consciência projetada.
255.6. Vitalidade. As autoprojeções de formas-pensamentos não expõem evidências de
manifestações de vida própria porque são inevitavelmente forjadas com vida artificial apenas aparente,
seja de modo consciente ou inconsciente pela consciência. As projeções conscientes apresentam
experiências, vivências, e sensações vivas, com inconfundível charme de autenticidade, vitalidade, e
magnitude inéditas, às vezes bem mais vibrantes do que a própria realidade costumeira da existência
humana no estado da vigília física ordinária.
255.7. Durabilidade. As autoprojeções de formas-pensamentos tendem, espontaneamente, a ser
efêmeras e sem poder de sobrevivência. As imagens da projeção consciente tendem a ser duradouras,
independentes, e indiferentes, conforme o ambiente extrafísico onde a consciência projetada se manifesta
255.8. Resistência. De modo geral, as autoprojeções de formas-pensamentos são fácil e
rapidamente desfeitas pela vontade do projetor, pois nasceram e surgem efemeramente adstritas à sua
vontade e imaginação. As imagens reais da projeção consciente são resistentes à vontade do projetor
projetado, não se desvanecem com facilidade, e quase sempre, por existirem no plano ex- trafísico, já
preexistiam e subsistirão à sua projeção consciente.
255.9. Decolagem. As autoprojeções de formas-pensamentos não podem, logicamente,
apresentar vivência da decolagem e da interiorização consciente da consciência através do psicos- soma,
ou as experiências de deixar o corpo humano e reentrar nele. Tais experiências são peculiares aos
fenômenos das projeções conscientes propriamente ditas.
_________________
Bibliografia: Fodor (528, p. 382), Vieira (1758, p. 3), Yram (1897, p. 148).
256. TÉCNICA DA CRIAÇÃO DAS FORMAS PENSAMENTO
Prenúncios. As autoprojeções da mente humana na meditação profunda, no devaneio e no
esforço do mentalista representam os prenúncios da modelagem das formas-pensamentos no plano
extrafísico.
Detalhes. Os detalhes da criação mental exigem energia extrafísica na concentração profunda
da força do pensamento único, ou direcionado para um só objetivo.
Matéria-prima. O pensamento, espécie de matéria-prima mental, ou substância extrafísica
dútil, em combinação com a vontade e a atenção fixada, com nitidez, nos mínimos pormenores da
figuração desejada, num ambiente adequado às vibrações da consciência, plasma as formas-pensamentos
instantaneamente.
Técnica. A forma mental concebida pela consciência é construída pelo esforço concentrado,
visualizada pela imaginação, vitalizada pelas emoções, e mantida pela vontade.
Campo. O campo visual imaginário é bastante restrito nas consciências dotadas de imaginação
visual fraca e muito amplo naquelas que possuem uma imaginação fértil. As qualidades das imagens
mentais, em particular das imagens visuais, nitidez e precisão de contornos, dependem de condições
pessoais intrínsecas, e da intensidade e quantidade de energia consciencial nelas colocada.
Capacidade. A faculdade de abstração pode comunicar um aumento de eficácia à faculdade de
imaginar. As idéias racionais reduzem a nossa capacidade de produzir imagens visuais. A propósito, os
cientistas e pensadores são pouco dotados de imaginação visual, que é bastante desenvolvida nas
mulheres e nos jovens de ambos os sexos.
Simples. Na técnica da criação de formas-pensamentos, o pensamento espontâneo e sem
esforço da vontade concebe apenas esboços informes da imagem. O pensamento simples obtém criações
simples.
Leis. Quanto menor for a importância da criação mental, mais efêmera ela será. Quanto mais
inferior o grau evolutivo do ambiente extrafísico, mais denso e recheado de formas mentais confusas,
perturbadoras, efêmeras.
Atenção. Na criação das formas-pensamentos e formas extrafísicas, os objetos são imaginados
não só com a sua forma e o seu contorno, mas também com certo relevo. Os objetos aos quais se
despende maior atenção se destacam mais coloridos e um pouco salientes sobre o fundo do quadro
imaginado ou criado.
Recriação. Os objetos extrafísicos de pouca importância podem ser modificados e recriados
com facilidade por qualquer consciência. As montagens mentais maiores e complexas, o meio ambiente
coletivo, os cenários e os objetos volumosos só se alteram pela força criativa do conjunto dos
pensamentos dos habitantes, autóctones àquele plano, ou de poderosas consciências de e.vo- lução
superior.
Repetição. A repetição dos exercícios de plasmagem obviamente melhora o desempenho da
consciência no ato da criação das formas-pensamentos.
Acréscimos. Se a consciência encarnada projetada pensa num detalhe que falta a um objeto,
mesmo físico, comum, que depara à sua frente, ela pode acrescentá-lo inconsciente e instantaneamente,
infundindo extraordinário cunho de realidade que chega a burlar as suas percepções extra- físicas de
modo convincente. Por isso, será sempre importante manter a consciência, quando projetada, o juízo
crítico alerta, e aperfeiçoar a capacidade de diferenciar as imagens extrafísicas.
Abertura. Por outro lado, o projetor consciente, encarnado, ao se projetar, precisa conservar a
mente aberta, sem pré-julgamentos, apriorismos, ou condicionamentos humanos excessivamente
bitolados. De outro modo visualizará apenas o que deseja ver, sem querer, ou seja, unicamente as suas
formas-pensamentos-padrões, conhecidas suas, revivenciando as próprias elucubrações num círculo
vicioso interminável, sem participar das realidades do plano extrafísico que independem dele, como
consciência, e sempre existiram por si mesmas.
Utilidades. Quando a consciência se manifesta com lucidez através do psicossoma, suas projeções ideoplásticas ajudam-na a elaborar o pensamento lógico, claro, sensato, aperfeiçoando suas
imagens, conceitos, juízos, e as faculdades de prestar atenção, concentrar-se, fazer comparações, e decidir
com vistas à evolução do corpo mental.
Maturidade. A criação das formas-pensamentos estimula a maturidade da consciência, atuando
como agente propulsor do seu trânsito da projeção através do psicossoma — mais fácil — para a projeção
superconsciente através do corpo mental isolado — mais difícil.
Trabalho. O ato de criar e recriar formações extrafísicas concretas constitui ocupação objetiva
e sadio lazer extrafísico para os seres desencarnados junto à Crosta Planetária, dinamizando a
parapsicofisiologia de suas faculdades conscienciais, no caminho do estado da consciência contínua.
______________________
Bibliografia: Bennett (117, p. 26), Blavatsky (153, p. 222), Brennan (199, p. 66), Buckland
(219, p. 153), Carrington (251, p. 242), Cavendish (266, p. 254), Gomes (612, p. 118), Leadbeater (901,
p. 280), Powell (1279, p. 50), Vieira (1758, p. 3).
257. FATORES SEXUAIS POSITIVOS A PROJEÇÃO CONSCIENTE
Classificação. Os fatores sexuais positivos à projeção consciente podem ser classificados em
fisiológicos, psicológicos e parapsicológicos.
257.4. Fisiológicos: vida sexual ativa e equilibrada; casamento sem problemas; higiene pessoal
na fase preparatória da projeção; etc.
257.5. Psicológicos: liquidação de tabus existentes a respeito da sexualidade; noção exata das
funções e da força construtiva da libido; entendimento da moral cósmica em relação à moral humana; etc.
257.6. Parapsicológicos: convivência harmoniosa entre o sexo ativo e as projeções em série,
projeção desobsessiva, projeção pelo corpo mental; entendimento da improdutividade do sexo extrafísico;
técnica de se projetar após o ato sexual (V. cap. 172); etc.
Projetor. A posição em decúbito dorsal com as pernas abertas, as roupas folgadas e o corpo em
relaxação total sobre o leito, favorece o projetor-homem porque evita predispor a ereção peniana
inoportuna que interfere negativamente no processo de se projetar, em alguns casos, apenas, porque a
ereção durante o sono ocorre independente da posição física do órgão sexual. Esta posição não favorece a
certas mulheres (V. cap. 169).
Esporte. Somente a projeção consciente tornando-se popular e generalizando-se através da
evolução e do tempo, permitirá que a mulher e o homem sadios consigam dominar as manifestações
sexuais. Assim como o exercício do ato sexual constitui o maior esporte humano na Terra atual, existem
planetas evoluídos onde justamente a projeção consciente é o esporte favorito dos seus habitantes.
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Bibliografia: Baker (69, p. 90), Moore (1082, p. 230), Richards (1394, p. 38), Steiger (1608, p.
3).
258. FATORES SEXUAIS NEGATIVOS A PROJEÇÃO CONSCIENTE
Classificação. Os fatores sexuais negativos à projeção consciente podem ser classificados em
fisiológicos, psicológicos e parapsicológicos.
258.1. Fisiológicos: estase sangüínea gerada pela posição de dormir ou a repleção vesical no
corpo físico inanimado que provocam a ereção antes ou durante a exteriorização do projetor; projeção em
decúbito dorsal com as pernas abertas da projetora no leito; utilização da privação sensorial do impulso
sexual como fator gerador de projeções; vida sexual inativa ou desorganizada; carência sexual; excessos
na liberação e na permissividade sexuais; período de fermentação sexual; etc.
258.2. Psicológicos: sexo mental intranqüilo; autoculpas de ordem sexual; supervaloriza- ção da
libido; falta de defesa a abordagens mentais; etc.
258.3. Parapsicológicos: a condição do projetor-predador sexual extrafísico, ou projetorviolador, e da projetora-predadora sexual extrafísica, conscientes ou inconscientes e suas presas;
interfluxo de forças extrafísicas com entidades enfermas; o beijo extrafísico; reflexos do impulso sexual
incontido na consciência projetada; falta de defesa aos ataques extrafísicos; condição passiva de vítima da
vampirização extrafísica, de origem sexual, por parte de desencarnados enfermos ou encarnados
projetados; evocação de natureza sexual de encarnados e desencarnados; uniões invisíveis promíscuas;
congressus subtilis com criaturas erradas, parceiro ou parceira; a parceira- vampira; o parceiro-vampiro;
criação de formas-pensamentos de origem sexual; projeções somente pelo psicossoma ou corpo dos
desejos; etc.
Autoculpas. As pessoas sexualmente carentes, repressoras de suas emoções naturais, ou que
alimentam permanentes ansiedades, idéias e sentimentos de culpa quanto às relações afetivas, seja por
infidelidade conjugal, a condição de se julgar “vivendo em pecado”, por manter “relações ilícitas”,
receber acusações e críticas sobre sua conduta sexual, ou tentarem “sublimar” os impulsos fisiológicos
sadios, agem de maneira negativa quanto às projeções conscienciais lúcidas, porque estas exigem para o
seu desenvolvimento despreocupação constante e mente aberta às renovações e a novos conhecimentos. A
consciência projetada no plano extrafísico não consegue camuflar as emoções e as necessidades
emocionais, se não as domina diuturnamente no estado da vigília física ordinária.
Formas-pensamentos. A plasmagem inconsciente das formas-pensamentos, em muitas
ocasiões, faz com que o projetor consciencial crie formas mentais de mulher e que a projetora
consciencial foije formas mentais de homem que, para eles, apresentam todos os caracteres e sinais de
vitalidade em suas fantasias sexuais extrafísicas. De igual modo acontece com as pessoas que alimentam
fantasias homossexuais.
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Bibliografia: Frost (560, p. 62), Monroe (1065, p. 190), Muldoon (1105, p. 181), Prado (1284,
p. 42), Richards (1394, p. 38), Vieira (1762, p. 45).
259. ROMANCES EXTRAFfSlCOS
Definição. Romance extrafísico: atos pelos quais a consciência encarnada namora ou t.em um
caso amoroso, positivo, estando projetada fora do corpo humano.
Sinonímia: amor astral; caso amoroso extrafísico; namoro extrafísico; romance projetado; sexo
astral.
Aventuras. A projeção consciente permite que o projetor, ou a projetora, encarnados, tenham
realmente aventuras amorosas no plano extrafísico de duas qualidades distintas: com envolvimento de
sensação do sexo físico e resultados crosta-a-crosta, ou congressus subtilis (V. cap. 260); e com elevação
das emoções para níveis de ampla expansão da consciência e resultados inenarráveis de sublimação, num
êxtase supremo. Cada uma dessas experiências depende das intenções da consciência e das companhias
que busca.
Casamento. Os romances ou luas-de-mel extrafísicos, positivos, freqüentemente preparam um
próximo consórcio humano entre projetores encarnados projetados, às vezes facilitados por amparadores que atuam, no caso, quais cupidos - já tendo havido mesmo quem pedisse a mão em casamento
diretamente à namorada encarnada, fora do corpo humano, antes de fazê-lo no estado da vigília física
ordinária de modo oficial.
Viúvos. Muitos viúvos e viúvas, ainda encarnados, solitários e saudosos, com idades diversas,
prosseguem as suas experiências afetivas — em geral mantidas com cioso sigilo — em níveis de elevada
sublimação, com os companheiros ou companheiras que os precederam na passagem da morte biológica,
ou na projeção final.
Diferenças. As diferenças do nível de lucidez da consciência projetada extrafisicamente e do
grau de rememoração da projeção consciente entre os dois parceiros encarnados, envolvidos num
romance extrafísico, fazem com que, não raro, apenas um deles recolha as lembranças totais de suas
experiências.
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Bibliografia: Denning (391, p. 203), Fox (544, p. 61), Frost (560, p. 66), Greenhouse (636, p.
115), Monroe (1065, p. 198), Muldoon (1105, p. 256), Norvell (1139, p. 157), Prado (1284, p. 114),
Schiff (1515, p. 115), Sculthorp (1531, p. 62), Shirley (1553, p. 105), Vieira (1762, p. 46), Walker (1781,
p. 145), Yram (1897, p. 205).
260. CONGRESSUS SUBTILIS.
Definição. Congressus subtilis: união sexual invisível durante o repouso físico de encarnado ou
encarnada com uma entidade desencarnada, ou mesmo encarnado projetado ou encarnada projetada.
Sinonímia: ato sexual extrafísico; coito divino; incubismo; relação sexual mística; sucubis- mo;
união intangível; união invisível; visita sexual em sonho.
Noção. A noção de que a relação sexual pode ocorrer entre mortais e seres sobrenaturais,
deuses, anjos e demônios, é uma das crenças mais difundidas da humanidade, segundo as afirmações dos
pesquisadores da Antropologia.
Conceitos. Conceitos que devem ser compreendidos por quem deseja entender mais profundamente as ocorrências do congressus subtilis: as formas-pensamentos negativas; os aspectos físicos
da relação sexual ordinária; as manifestações da energia kundalini derivada do chacra básico (V. cap.
111); os antigos filtros de amor; as prescrições rituais dos grimórios; os chamados tônicos, drogas, e
coquetéis afrodisíacos; o parceiro ou parceira astral; os amantes angélicos; as visitas extrafísicas de
caráter sexual.
Visuais. Por séculos, em diferentes regiões e culturas humanas, acreditou-se que o incubo,
entidade extrafísica com a forma de homem, anjo ou demônio macho, buscava a união invisível com
encarnada, e o súcubo, entidade extrafísica com a forma de mulher, anjo ou demônio fêmea, procurava a
união invisível com o encarnado. Contudo, as projeções da consciência demonstram que as uniões
invisíveis podem ocorrer com encarnados e desencarnados, de mentalidade ou tendências predominantes
masculinas e femininas, independentemente das aparências ou dos seus visuais humanos ou extrafísicos.
A entidade extrafísica pode mudar de sexo (aparente) conforme a vontade.
Fatores. Vários fatores explicam a ocorrência do congressus subtilis: a força do pensamento; o
poder da evocação consciente ou inconsciente; a atração natural das consciências afins; as ocorrências de
idéias fixas ou monoideísmos; a popularidade do sexo que funciona, antes de tudo, apoiado na mente; a
existência de entidades desencarnadas de toda natureza, alimentando todos os tipos de intenções, às vezes
fixadas num só objetivo: o apelo sexual, silencioso, mental, nascido do estado de carência afetiva e sexual
das pessoas despreocupadas e despreparadas quanto ao mundo extrafísico; etc.
Filme. O filme The Entity (A Entidade) trata de forma impressionante, mas realista, o fenômeno do incubismo de uma americana assediada e possuída por uma entidade extrafísica masculina,
baseado em fatos reais que tiveram início em 1976.
Proximidade. As uniões invisíveis entre encarnados, ou entre encarnados e desencarnados,
podem ocorrer com a consciência de um parceiro no corpo físico, hospedeiro humano, ou com ambas as
consciências dos parceiros projetadas. Quanto mais próximo fisicamente esteja um do outro, mais fácil
será a obtenção da companhia sexual extrafísica.
Energias. Na união invisível, com abraço efetivo e contato íntimo embora não apresentando as
características comuns do ato sexual, nem ocorrendo o orgasmo idêntico ao humano, acontece uma troca
ou interfluxo de energias entre os parceiros, que pode ser simples abordagem mental pacífica, quando
acontece uma revitalização recíproca, ou então ataque extrafísico (V. cap. 318) franco, direto,
significando, neste caso, vampirização ou espoliação energética clara, oom a revitalização somente de um
dos parceiros.
Variedades. As uniões invisíveis acontecem com dois parceiros, ou até entre vários parceiros
mais ou menos afins, entre as duas esferas principais de existência: o plano humano e o plano extrafísico
crosta-a-crosta.
Profilaxia. O casamento ou a normalização da vida sexual do homem e da mulher constituem a
profilaxia ideal, ou a solução natural, fisiológica, para o projetor evitar os congressus subtilis
vampirizadores e buscar, sem tropeços, o seu desenvolvimento projetivo.
Efeitos. Além dos efeitos já citados, o congressus subtilis pode provocar sonhos, pesadelos,
rememorações, devaneios, repercussões físicas, obsessões temporárias ou permanentes.
Vontade. A vontade prevalece nos intercursos sexuais invisíveis. Se um encarnado, ou encarnada, e mesmo entidade desencarnada, não deseja a união invisível, esta não se consuma, se- jam quais
forem as circunstâncias humanas ou as injunções interplanos.
Compartilhado. Um dos gêneros mais comuns do congressus subtilis é o orgasmo compartilhado em que o ser encarnado, homem ou mulher, vê-se indefeso, ou passivo à espoliação das suas
sensações físicas por parte de uma entidade desencarnada, de qualquer tendência sexual, mas de certa
forma afim consigo. Tal fato ocorre, por exemplo, quando o parceiro, ou a parceira, se suicida por motivo
do término de um romance tempestuoso e retorna, ou permanece no plano humano, para reatar a ligação
amorosa; e mesmo durante o ato sexual de parceiros humanos influenciados por entidades enfermas.
Frustrante. O orgasmo compartilhado, orgasmo frustrante, semi-orgasmo, ou pseudo-orgasmo, ocorre geralmente com um só orgasmo real, de cada vez, do parceiro encarnado, homem ou mulher
— seja do gênero peniano, vaginal, clitoriano ou anal — que é dividido pelos dois parceiros, o encarnado
e o desencarnado, que tanto faz serem, ambos, de sexo mental igual ou diferente.
Miniobsessão. A influência extrafísica pode se manifestar ao modo de miniobsessão, ou
obsessão efêmera, vigente durante alguns minutos, ou poucas horas, somente até se obter o alívio
recíproco, seja logo após um sonho, ou pesadelo, ou mesmo num sofisticado ato de masturbação, solitário
e silencioso, em circunstâncias de completo isolamento físico do homem ou da mulher, no estado da
vigília física ordinária. As inocentes poluções noturnas podem atrair as entidades extrafísicas comumente
chamadas por súcubos.
Isca. Não se pode deixar de acrescentar, aqui, um aspecto positivo de difícil entendimento
humano do congressus subtilis. Os amparadores, às vezes, para ajudar a ambas as entidades, a encarnada
e a desencarnada — agentes ou vítimas recíprocas do orgasmo compartilhado — aproveitam o período
pós-orgásmico do alívio mútuo para intervir e encaminhar a entidade desencarnada enferma para outro
paradeiro extrafísico e que quase sempre se desliga definitivamente do encarnado, homem ou mulher, que
no caso funcionou como isca psicofísica (V. cap. 323). Tal fato demonstra que existem, por mais incrível
que possa parecer à primeira vista, essas entidades extrafísicas chamadas tanto por súcubos quanto por
íncubos, atuando numa condição semiconsciente, porém, de algum modo positivo e bom.
Compreensão. Julgo que as afirmações do tópico anterior, evidenciadas pelas experiências
extrafísicas do projetor veterano, somente podem ser compreendidas pela consciência encarnada, lúcida e
despreconceituosa, a respeito de quatro aspectos:
260.4. Moral. As disparidades, às vezes chocantes, existentes entre a moral cósmica e a moral
humana convencional. Exemplos: ocorrem uniões energéticas invisíveis sem maldade ou má intenção; um
casal humano normal pode ter a união invisível além da união física rotineira.
260.5. Improdutividade. As diferenças igualmente existentes entre o sexo extrafísico,
improdutivo, natural, e sem maldade, ou seja, sem resultados como processo de reprodução e suas
conseqüências físicas, e o sexo físico e seus resultados imediatos.
260.6. Rapport. A necessidade de se estabelecer profundo rapport consciencial entre quem
assiste e quem deve ser assistido extrafísicamente, em certos casos de parapsicoses postmortem, tanto de
homens quanto de mulheres desencarnados.
260.7. Universalismo. O entendimento universalista, sem preconceitos nem tabus, das
necessidades das consciências ainda apegadas parapsicologicamente aos instintos humanos. Obviamente,
sem concessões aos excessos das permissividades de costumes e das promiscuidades sexuais humanas.
Conscientização. Infelizmente muitas voltas planetárias ainda dará a Terra, com o surgimento
de inúmeras gerações humanas, e igual número de reencarnações conscienciais neste planeta, para que
pelo menos a metade da humanidade terrestre venha a se conscientizar destes e de outros fenômenos de
igual significação, a fim de serem feitas as profilaxias dos parasitismos e vampirizações de energias
interconscienciais. Isso tendo em vista o fato de que a média dos seres humanos ainda estabelece evidente
supervalorização, errônea, na cotação da sexualidade dentre os seus recursos, afazeres e passatempos
existenciais.
_________________
Bibliografia: Blavatsky (153, p. 278), Cavendish (266, p. 125), Chaplin (273, p. 88), Day (376,
p. 63), Denning (391, p. 203), Digest (401, p. 361), Fortune (540, p. 144), Gaynor (577, p. 85), Gooch
(616, p. 29), Lewis (923, p. 66), Martin (1003, p. 70), Pensamento (1224, p. 55), Planeta (1249, p. 168),
Richards (1392, p. 139), Shepard (1548, p. 461), Spence (1588, p. 223), Tondriau (1690, p. 241), Vieira
(1762, p. 46), Walker (1782, p. 94), Wedeck (1807, p. 186), Zaniah (1899, p. 241).
261. AUTOLUMINOSIDADE EXTRAFÍSICA
Definição. Autoluminosidade extrafísica: qualidade pela qual a consciência encarnada
projetada, e muitos seres desencarnados junto à Terra, irradiam luz através dos seus veículos de
manifestação consciencial.
Sinonímia: aura extrafísica; auréola luminescente extrafísica.
Causa. A autoluminosidade constitui o efeito básico causado pelo campo de energia, próprio da
consciência, que se torna visível, no plano extrafísico, às percepções das consciências lúcidas.
Efeitos. Entre as características dos efeitos da autoluminosidade extrafísica devem ser
destacadas: o grau de intensidade; o brilho; a cor predominante; a reverberância, a faiscação ou
fagulhamento; o rastilho luminoso; os fluxos; a uniformidade; os efeitos da vontade; a extensão da
projeção luminosa; a relação com o distrito extrafísico; a diminuição; a translucidez; o unicolorido; etc. A
autoluminosidade extrafísica apresenta íntima relação com a exteriorização da energia consciencial.
Tipos. Há três tipos de autoluminosidade extrafísica conforme o veículo de manifestação da
consciência projetada: pelo psicossoma apenas; pelo psicossoma com o duplo etérico; e pelo corpo
mental.
Médiuns. A autoluminosidade extrafísica ajuda sobretudo em certos casos de aparições intervivos e nas aparições dos seres desencarnados, porque o médium vidente freqüentemente tem mais
facilidade para captar luzes e reverberações extrafísicas do que formas bem constituídas.
Consciência. A consciência projetada através do psicossoma nem sempre se dá conta de que
emite luz própria. Às vezes, em certas oportunidades, sem identificar a fonte, julga que a luz vem de fora,
de um amparador, por exemplo, quando esta emana de si mesma. Outras vezes somente vê que possui
alguma luminosidade quando esta se apaga por ocasião da sua passagem de um ambiente extrafísico
rarefeito para outro ambiente mais denso.
Opacidade. Muitos projetores encarnados quando projetados, bem como inúmeros seres
desencarnados, apresentam-se opacos ou sem luminosidade, em razão de causas diversas: perturbações da
própria consciência; período evolutivo patológico; influência do meio ambiente extrafísico; opacidade
intencional provocada pela própria vontade durante assistência extrafísica; etc.
Desencarnados. Evidentemente os seres, entidades e criaturas desencarnados também apresentam a qualidade da autoluminosidade, embora nem sempre façam uso dela, porque isso depende das
condições e do desempenho da consciência desperta.
Desvantagens. A autoluminosidade torna-se desvantajosa nos ambientes extrafísicos embaciados ou evolutivamente atrasados, por atrair a atenção dos seres nativos (autóctones), ali domiciliados,
para o visitante, encarnado projetado ou desencarnado lúcido, que tem de apagar-se, ou tornar-se opaco,
a fim de se apresentar ou se expor sem problemas, igual aos demais.
Aviso. Não se deve confundir a aura humana com a autoluminosidade extrafísica, ou a aura
extrafísica, mais sutil do que aquela; nem também com a bioluminescência, qualidade biológica de certos
seres vivos inferiores (vaga-lumes, etc.).
_________________
Bibliografia: Bozzano (188, p. 74), Castaneda (258, p. 118), DurviUe (436, p. 197),
Greenhouse (636, p. 284), Kardec (825, p. 149), Vieira (1762, p. 65).
262. AUTOPERMEABILIDADE EXTRAFÍSICA
Definição. Autopermeabilidade extrafísica: qualidade do psicossoma pela qual a consciência
projetada por este veículo, e muitas entidades desencarnadas junto à Terra, passam através dos corpos
sólidos, tanto formas físicas densas, crosta-a-crosta, quanto certas formações nativas ao meio ambiente
extrafísico.
Sinonímia: autodevassabilidade interdimensional; autopenetrabilidade extrafísica.
Mecanismo. Explica-se o mecanismo da autopermeabilidade pela freqüência vibratória diferente dos veículos de manifestação da consciência, ou seja, a ocorrência da interpenetrabilidade das
dimensões existenciais.
Efeitos. Às vezes surgem barreiras vibratórias ou resistências extrafísicas bem definidas para o
projetor projetado, consciente, que julga o próprio psicossoma maciço, em conseqüência de: densidades
desconhecidas; substâncias desconhecidas; tensão superficial; impermeabilidade desconhecida das
formações encontradas; sensações nítidas de atravessar, penetrar, e perfurar; etc.
Tipos. Há quatro tipos básicos de autopermeabilidade extrafísica: interpenetração de campo I,
atravessamento de estruturas materiais (V. Fig. 262); interpenetração de campo II, atravessamento de
corpos de seres encarnados, homens e animais; interpenetração de campo III, atravessamento de corpos
(veículos) de entidades desencarnadas (seres humanos desencarnados e animais desencarnados);
interpenetração de campo IV, o corpo mental isolado da consciência projetada atuando diretamente no
plano mental.
Exemplos. Exemplos de interpenetração extrafísica: passar os paradedos através da xícara ou
do copo de bebida; transpassar com o paracorpo (psicossoma) mesa, móveis, porta, parede, muro,
veículos, etc., de um lado ao outro; atravessar extrafisicamente os corpos das pessoas e dos animais vigeis
sem que os mesmos percebam; etc.
Sensação. Em muitos casos de projeção consciente com o duplo composto — psicossoma mais
denso ou lastreado pelo duplo etérico - a consciência projetada, ao atravessar uma parede, muro, porta,
etc., tem a sensação de estar como que passando através de uma névoa.
Reversão. Freqüentemente as sensações extrafísicas dâo a impressão de que as portas e as
paredes físicas passam através do psicossoma, não parecendo que este na verdade esteja passando através
daquelas.
Limitações. A autopermeabilidade extrafísica não é infinita, pois apresenta limitações:
262.1
Lastro. O psicossoma, quando muito denso ou com excesso de lastro, tem dificuldade
para atravessar determinados corpos sólidos, porque ele mesmo pode estar contendo um percentual
elevado de matéria acima da sua média útil para a permeabilidade extrafísica.
262.2
Parapsicologia. O aspecto da inibição parapsicológica, ou das reações psicológicas da
consciência projetada, também influi. Se a consciência projetada pelo psicossoma demonstra receio ou
mantém a idéia errônea de que não atravessará determinada formação, ela, de fato, não o conseguirá. Isto
se explica pela auto-sugestão e o mecanismo da plasmagem das formas-pensa- mentos.
262.3
Extrafísicos. O psicossoma não consegue varar certas formações extrafísicas propriamente ditas, plasmadas por entidades desencarnadas, contudo, excessivamente densas, a maioria
criada, assim, de propósito. Isto também é causado pela plasmagem das formas-pensamentos.
Consciência. Nem sempre a consciência projetada percebe a autopermeabilidade do psicossoma e, em razão disso, prossegue inibida ante os obstáculos físicos, seja abrindo o duplo das portas,
esquivando-se dos veículos, encarnados, e animais que vêm em sua direção, etc.
Auto-relutividade. Em casos de bloqueios no funcionamento da qualidade da autopermeabilidade do psicossoma, ou seja, da auto-relutividade do psicossoma, há projetores que usam os recursos
de procurar diminuir a densidade do veículo através da própria vontade ou buscar abrir uma porta, por
exemplo, pelo processo natural, levando a mão (extrafísica) à maçaneta; ou entrando de costas
(paracostas) para a porta.
Polaridade. Outro expediente para ultrapassar a auto-relutividade do psicossoma está, ao invés
de abordar a porta da frente de uma construção, entrar, por exemplo, pela porta de trás, quando for
possível. Este ato de a consciência projetada pelo psicossoma circular em torno da construção humana,
parece alterar a polaridade magnética deste veículo em relação ao meio ambiente extrafísico — uma
polaridade atuando em oposição a outra — e isso acaba por eliminar a resistência encontrada.
Energia. Será que, no caso, o fato de a porta de entrada da frente, ostensiva, mais visada, vista,
mentalizada, e mais densa ou impregnada pela energia dos pensamentos dos encarnados — iguais às
imagens de cultos, monumentos, lápides, etc. — prejudica o desempenho da-qualidade de
autopermeabilidade do psicossoma da consciência encarnada projetada?
Atração. Há de se supor que o veículo de manifestação da consciência mantenha a sua polaridade magnética e o meio ambiente extrafísico, ou mais apropriadamente, semifísico, também, mas ao
virar para o outro lado, o psicossoma deve entrar em consonância magnética com o meio aonde deseja
entrar, como dois pólos magnéticos que se repelem pela frente, mas quando um deles dá a volta por trás,
este ato faz com que os dois se atraiam.
Sombras. Para a consciência projetada fora do corpo humano, não raro as mesas, cadeiras,
paredes, veículos, e os corpos das pessoas parecem tão insubstanciais quanto as sombras comuns dos
objetos e das coisas no estado da vigília física ordinária, ao mesmo tempo que percebe o próprio
psicossoma extremamente sólido e indiscutivelmente real.
Tangibilização. Quando a consciência projetada torna-se mais densa atinge a plena relutividade extrafísica, deixa de ser invisível e é percebida tangivelmente: pelos seres humanos e, em primeiro
lugar, obviamente, pelos médiuns videntes; em seguida, por animais, cães, especialmente; e depois por
todas as criaturas humanas, produzindo então os fenômenos da aparição intervivos, da bilocação física, da
parateleportação extrafísica, etc.
Mental. Não se deve confundir a ação do corpo mental isolado, com a atuação do psicossoma
isolado. O corpo mental atua no plano mental, universal, infinito, com menor influência do espaço, da
forma, e do tempo. A propósito, não é fácil nem comum à consciência encarnada atuar através do corpo
mental sozinho, sem nenhuma influência ou lastro do psicossoma. Não se pode esquecer que assim como
o duplo etérico pode estar servindo de lastro para o psicossoma, durante uma projeção consciente, o
próprio psicossoma pode estar servindo de lastro para o corpo mental, em outra projeção consciente.
Deslocamentos. Na realidade a consciência manifestando-se pelo corpo mental, pode entrar na
estrutura do espaço-tempo quando bem entender e sair dele para um quinto eixo ou mais, e se deslocar
nele, esquecendo a estrutura espaço-tempo. Pode entrar quando bem entender nesta estrutura éspaçotempo, mantendo a sua posição nos outros eixos constante e caminhar no tempo mantendo o espaço
constante, ou caminhar no espaço mantendo o tempo constante, ou uma combinação deles indo no espaço
e no tempo para a frente e para trás.
Eixos. Não deixa de existir espaço ou tempo para o corpo mental da consciência, mas ele pode
manter sua posição indiferente nestes eixos do espaço-tempo e se deslocar em outro que lhe interessar
mais e que desconhecemos. É como caminharmos em uma direção x e mantermos constantes nossas
posições nas direções y, z, e quando precisamos caminhar para cima (z), ou para o lado (y), podemos
fazê-lo, pois o espaço e tempo não deixaram de existir.
Intervalo. Se um intervalo espacial é maior, menor, ou igual a zero não podemos afirmar que
não exista. O mesmo ocorre com relação a um intervalo de tempo, já que estes dois aspectos físicos estão
esclarecidos pela relatividade de Albert Einstein que estabelece que eles não são absolutos como pregava
a Física Clássica. No entanto, o que é absoluta é a velocidade da luz no vácuo para qualquer referencial
(e como velocidade =
intervalo espacial
_________________
intervalo de tempo),
relativos são, na mudança de sistema de referência, esses dois, podendo conforme o sistema
serem maior, menor, ou igual a zero.
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Bibliografia: Brittain (206, p. 50), Currie (354, p. 100), Delanne (381, p. 209), Farrar (496, p.
196), Greene (635, p. 58), Greenhouse (636, p. 56), Kardec (825, p. 137), Richards (1392, p. 45),
Sherman (1551, p. 191), Stokes (1625, p. 24), Vieira (1762, p. 207).
263. ELASTICIDADE EXTRAFÍSICA
Definição. Elasticidade extrafísica: propriedade que apresenta o psicossoma (no caso, dos seres
humanos), quando submetido à ação da vontade da consciência projetada por esse veículo, de se deformar
como instrumento de manifestação e, em seguida, retornar à forma primitiva, original, sendo esta em
geral humanóide.
Sinonímia: plasticidade extrafísica; propriedade elástica do psicossoma.
Desencarnados. Obviamente muitos seres desencarnados junto à crosta terrestre, também têm
essa propriedade — a elasticidade extrafísica do psicossoma — em grau muito mais avançado ou
evoluído de desempenho e desenvoltura do que nós, seres encarnados, quando nos projetamos
conscientemente para fora do corpo humano.
Limite. Não foi identificado ainda um ponto conhecido como limite elástico do psicossoma,
além do qual esse veículo não possa ser transfigurado sem que resulte uma deformação permanente. Será
que as consciências encarnadas ainda não se encontram aptas a fazer solicitações máximas, próximas, ou
além do limite elástico do psicossoma? A evolução da Projeciologia virá trazer respostas a esta questão.
Fenômenos. A elasticidade extrafísica do psicossoma da consciência encarnada permite que
ocorram outros fenômenos variados: a autotransfiguração extrafísica (V. cap. 281); a elongação extrafísica (V. cap. 223); a mimetização extrafísica (V. cap. 284); o surgimento dos trajes extrafísi- cos (V.
cap. 279); a zootropia (V. cap. 282); etc.
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Bibliografia: Vieira (1762, p. 107).
264. IMPONDERABILIDADE EXTRAFÍSICA
Definição. Imponderabilidade extrafísica: qualidade pela qual a consciência projetada e muitos
seres desencarnados junto à Terra não podem ser pesados por que não apresentam peso avaliá- vel, não
propriamente se manifestando pelo psicossoma, mas pelo corpo mental.
Sinonímia: condição antigravitacional; qualidade antigravitária.
Causa. A causa da imponderabilidade extrafísica está na ausência de matéria, como a entendemos, no corpo mental. A rigor, a imponderabilidade absoluta somente existe quando a consciência
manifesta-se pelo corpo mental. Por outro lado, na ponderabilidade, extrafísica, bem como na volitação,
atuam as energias conscienciais para a sustentação e a propulsão do psicossoma.
Ponderabilidade. O psicossoma é ponderável, ou seja, contém massa ou energia, e portanto,
necessariamente, sofre a atração gravitacional, no entanto, devido ao seu reduzido peso, esta atração pode
ser eliminada facilmente por uma força contrária, acionada através da movimentação de energia próxima,
pela consciência, impulsionada pela vontade.
Milésimo. Normalmente se supõe que o peso do psicossoma se situa em torno de 70 gramas, ou
seja, 1 milésimo do peso corporal humano médio. Tudo indica que, até este peso, a consciência humana
projetada pelo psicossoma dispõe da faculdade de se movimentar mais facilmente ante a gravitação
terrestre. Acima deste peso, no entanto, apresenta crescente ponderabilidade e chega a um ponto em que
começa a sofrer, cada vez mais forte, a influência da força gravitária da Terra.
Etérico. O duplo etérico exerce particular importância na densidade do psicossoma projetado e,
portanto, na gradação da ponderabilidade extrafísica. O psicossoma sem o duplo etérico apre- senta-se
menos ponderável do que quando lastreado por este.
Consciência. A consciência projetada pode perceber de imediato a qualidade da ponderabilidade menor do psicossoma em relação ao corpo humano por se sentir mais leve e livre qual pássaro.
Imponderabilidade. Qualquer tipo de matéria ou energia tem massa e, portanto, sofre atração
gravitacional, necessariamente. É o caso, por exemplo, da experiência feita em 1919, demonstrando a
asserção de Albert Einstein (1916), de que os raios de luz sofrem uma deflexão ao passarem próximos da
massa do Sol. Somente a ausência total de energia é imponderável.
Mental. Da mesma forma, qualquer matéria ou energia não podem ultrapassar a velocidade da
luz. Por isso, admite-se que para se atingir velocidade superior à da luz, ou penetrar no spaceli- ke, a
consciência deve estar somente de corpo mental (completamente desprovido de energia), podendo então
deslocar-se no tempo à vontade (V. cap. 118).
Desencarnados. Quanto mâis evoluído for o desencarnado, menos ponderável ele o será. Por
isso, o projetor projetado encontra, numa escala crescente, seres desencarnados semelhantes aos homens,
densos e pesadões, submissos às leis da gravitação, num extremo, até o outro extremo em que depara com
seres totalmente imponderáveis, quando se manifestando naquilo a que chamamos “plano mental”.
______________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 55), Bozzano (184, p. 131), Delanne (381, p. 209).
265. INAUDIBIUDADE EXTRAFÍSICA
Definição. Inaudibilidade extrafísica: qualidade pela qual as consciências projetadas e muitos
seres desencarnados junto à Terra não podem ser ouvidos pelas criaturas encarnadas na vigília ordinária,
seja aquelas projetadas pelo psicossoma ou pelo corpo mental.
Sinonímia: inaudivibilidade.
Causa. A inaudibilidade extrafísica constitui efeito causado pela mudança de plano ou dimensão existencial da consciência projetada que passa do plano físico para o plano extrafísico através da
utilização de outro veículo de manifestação adequado ao último plano.
Consciência. Em razão de escutar a própria voz, a consciência projetada inexperiente costuma
falar aos seres humanos e julga que está sendo ouvida perfeitamente, recebendo até aparentes respostas e
entabulando diálogos que, na verdade, não existem, pois são foijados tão-somente por suas próprias
formas-pensamentos. Torna-se muito problemático o contato verbal do projetor projetado com
encarnado, especialmente se este não é médium clariaudiente desenvolvido.
Reversão. Quando a consciência projetada supera a sua inaudibilidade habitual pelos seres
humanos, e consegue produzir sons, acontecem dois fenômenos: a pneumatofonia projetiva (V.
cap. 55) e, em certos casos, a projeção sonora (V. cap. 389). Quando a consciência
desencarnada consegue falar aos encarnados ocorre o fenômeno extrafísico-físico da voz direta.
Clariaudientes. Os médiuns ouvintes ou clariaudientes conseguem receber as mensagens telepáticas, para eles, no caso, às vezes sonoras, enviadas pelos desencarnados e pelos encarnados projetados,
mas aí não precisa haver a superação da inaudibilidade extrafísica por parte do agente transmissor.
Mental. Quando a consciência projetada se manifesta unicamente através do corpo mental,
isolado, supõe-se que não dispõe de facilidade para produzir som, embora se comunique diretamente com
o corpo mental de outras entidades desencarnadas ou mesmo consciências encarnadas.
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Bibliografia: Currie (354, p. 147), Monroe (1065, p. 47).
266. INVISIBILIDADE EXTRAFfSlCA
Definição. Invisibilidade extrafísica: qualidade pela qual a consciência projetada e muitos seres
desencarnados junto à Terra não podem ordinariamente ser visíveis às criaturas encarnadas, ao se
manifestarem diretamente pelo psicossoma ou pelo corpo mental.
Sinonímia: auto-invisibilidade; insubstancialidade extrafísica; invisibilidade astral; invisibilidade mental.
Tipos. A qualidade de invisibilidade astral dá ao psicossoma um de seus numerosos nomes — o
de corpo invisível — no entanto, a invisibilidade mental, menos relativa, é a do corpo mental isolado, sem
o psicossoma. Supõe-se mesmo que existem padrões de visibilidade que devem ser sentidos de outras
fôrmas e não dentro e com os padrões já conhecidos.
Causas. A invisibidade tem suas bases na freqüência vibratória do veículo de manifestação da
consciência, por isso, o projetor projetado, dependendo das circunstâncias extrafísicas pode ser invisível
tanto para os encarnados quanto para os desencarnados não evoluídos e até mesmo para os evoluídos.
Exemplo: manifestando-se pelo corpo mental, a consciência encarnada não será vista pelos mentores
extrafísicos que se manifestam na oportunidade pelo psicossoma.
Veículo. A rigor, não existe a invisibilidade total, absoluta. Se .a consciência não é vista ou
percebida num plano de manifestação, num dado instante, ela o será noutro ou noutros planos, dependendo do seu veículo de manifestação na ocasião.
Manifestação. A invisibilidade temporária do projetor projetado consciente para as pessoas que
estejam no estado 'da vigília física ordinária, em suas rotinas da vida cotidiana, constitui uma das
grandiosas manifestações das experiências projetivas, e pode ser inserida entre as primeiras atuações da
parateleportação humana, quando ocorre a invisibilidade até do corpo humano.
Utopia. A invisibilidade do projetor encarnado projetado, sob certo aspecto, vem concretizar a
utopia do lendário Homem Invisível, que entra aonde bem deseja, sem ninguém dar conta da sua presença
invasora, como se todos estivessem inconscientes ou ausentes da realidade que ele vivência. Tal fato
transforma, às vezes, de modo negativo, o projetor consciente despreparado, inexperiente, ignorante das
leis da moral cósmica, em verdadeiro predador extrafísico, do ponto de vista sexual, ou em franco
violador de consciências e ambientes, quando então se assemelha, de fato, a um tipo avançado de homemespectro, homem-vampiro, ou obsessor encarnado atuante.
Ficção. A propósito, informo que Herbert George Wells (1866-1946), o famoso escritor inglês
(V. cap. 430), escreveu uma novela de ficção científica, “O Homem Invisível”, que foi filmada com o
mesmo título pela Universal Pictures Corporation. A obra narra a estranha e desastrosa aventura do
personagem Griffin - “o mais genial de todos os físicos” —, o primeiro homem invisível, mau-caráter,
que sofria fome, sede, frio, produzia sons, etc., porém não tinha o atributo da au- topermeabilidade física
(“O Homem Invisível”; trad. Monteiro Lobato; 252 p.; 18,5 cm.; br.; 2a. ed.; Companhia Editora
Nacional; S. Paulo; 1934).
Auto-invisibilidade. Quando se projeta através do corpo mental; a consciência torna-se invisível para si mesma, ou seja, surge o fenômeno da auto-invisibilidade em que o projetor projetado
não é visto nem vê a si próprio, julgando-se sem veículo de manifestação e se sentindo qual
ponto móvel de consciência ou apenas um fulcro móvel de energia.
Visibilidade. Para ocorrer a visibilidade extrafísica por parte de uma consciência encarnada, a
consciência projetada precisa estar com o psicossoma mais denso, ou seja, em geral lastreado pelo duplo
etérico, ocorrendo, na verdade, a visibilidade física, ou a materialização do psicossoma da consciência
encarnada projetada.
Consciência. Nem sempre o projetor projetado tem consciência de que está invisível aos
olhares dos seres humanos e, por isso, tenta se comunicar e até se revolta com os seres encarnados
indiferentes à sua presença extrafísica.
_______________________
Bibliografia: Bardon (80, p. 385), Blasco (151, p. 193), Carrington (245, p. 230), Carton (252,
p. 362), Currie(354, p. 99), Hammond (674, p. 192),Kardec (825, p. 155),Richards(i592, p. 1), Walker
(1781, p. 151).
267. INVULNERABILIDADE EXTRAFÍSICA
Definição. Invulnerabilidade extrafísica: qualidade do psicossoma pela qual a consciência encarnada projetada e muitos seres desencarnados junto à Terra não podem ser atingidos ou lesionados por
ataques humanos ou objetos físicos.
Sinonímia: imunidade física-extrafísica; inatacabilidade extrafísica; incombustibilidade extrafísica.
Lesão. Sendo um veículo semifísico, o psicossoma, realmente, não pode ser lesionado com
armas ou objetos físicos pontiagudos, ser queimado como acontece com a estrutura do corpo humano,
nem ser morto e entrar em decomposição.
Total. A qualidade da invulnerabilidade, no entanto, não confere imunidade total, absoluta, ou
indireta, ao psicossoma, conforme se conclui observando estes quatro aspectos das ocorrências
extrafísicas:
267.1. Emocional. O psicossoma, por ser caracteristicamente o corpo emocional, pode ser
atacado do ponto de vista das emoções vulgares, vindo a consciência susceptível a sentir, por exemplo, o
arremesso de dardos extrafísicos energéticos em forma de armas ou objetos, criados por for- maspensamentos de alta densidade e elevado grau energético.
267.2. Transfiguração. Embora ficando sempre ileso, intacto, e indene aos ataques físicos
convencionais, o psicossoma, devido à sua complexa estrutura, permite a faculdade da autotransfiguração (V. cap. 281). Isso lhe dá uma ostentação de integridade muito relativa, pois a consciência
modifica a sua forma extrafísica à vontade, seja consciente ou inconscientemente, por autodeterminação
ou por hetero-hipnose, apresentando-se a ocorrência salutar, durante os trabalhos assis- tenciais
extrafísicos, e patológica nos desfiguramentos dos fenômenos da licantropia extrafísica, etc.
267.3. Sensibilidade. O fenômeno da exteriorização da sensibilidade (V. cap. 50) demonstra
que, embora não sendo lesionado permanentemente, em si, o psicossoma transfere a lesão física que lhe é
infligida, como acontece nos casos de alfinetadas e pequenos cortes, para o corpo humano, num típico
fenômeno de repercussão física (V. cap. 333).
267.4. Ectoplasmia. Igual ao fenômeno da exteriorização da sensibilidade, ocorre outra típica
repercussão física da forma materializada para o corpo humano do ectoplasta, ou médium de
materialização, nos experimentos de ectoplasmia (V. cap. 46).
Vulnerabilidade. As repercussões extrafísicas de causas físicas sobre o psicossoma projetado
demonstram igualmente a relatividade do atributo da invulnerabilidade deste veículo, ou melhor, a sua
real vulnerabilidade como criação semifísica.
Consciência. A consciência projetada somente se conscientiza da sua invulnerabilidade extrafísica depois de certa experiência, ou quando adquire maior lucidez fora do corpo humano através do
acúmulo de experiências projetivas. Até lá costuma cometer deslizes, um atrás do outro, em razão dos
seus condicionamentos, repressões e hábitos arraigados na vida social: procura fugir de assaltantes; receia
todo tipo de desencarnado estranho que depara à sua frente; sofre traumas sem qualquer necessidade; etc.
Descoincidéncia. Na verdade, a condição de descoincidência dos veículos de manifestação (V.
cap. 89) da consciência — seja na projeção consciente voluntária ou provocada, ou mesmo na projeção
involuntária ou espontânea — está na base de todos os casos de invulnerabilidade, incombustibilidade,
para-anestesia, desmaterialização humana, e muitos outros fenômenos, em razão da própria
invulnerabilidade do psicossoma.
Mental. A consciência projetada somente desfruta da invulnerabilidade extrafísica absoluta
quando está no corpo mental isolado, ocasião em que fica imune até mesmo aos fenômenos comuns da
obsessão extrafísica.
Auto-afirmações. A invulnerabilidade extrafísica do psicossoma permite certas atitudes libertadoras, auto-realizadoras, ou de auto-afirmação à consciência encarnada projetada que normalmente
são evitadas nas condições de vida do estado da vigília física ordinária: andar ou volitar sobre locais
pedregosos, cheios de macegas, sujeiras ou monturos de coisas, sem recear ferir os pés; entrar por um
incêndio de grandes proporções a dentro sem temer o envolvimento das labaredas e os gases tóxicos;
examinar de perto matas fechadas, campos inóspitos, e arbustos suspeitos, sem se preocupar com cobras
venenosas e outros animais potencialmente perigosos; subir a locais íngremes sem a preocupação de vir a
cair; aventurar-se destemidamente pelas entranhas fisicamente escura de abismos, precipícios, áreas
abissais, furnas; etc.
_______________________
Bibliografia: Carton (252, p. 365), Frost (560, p. 62), Larcher (887, p. 192), Walker (1781, p.
152).
|268. MULTIPLICIDADE EXTRAFÍSICA
Definição. Multiplicidade extrafísica: qualidade pela qual a consciência projetada e muitos
seres desencarnados junto à Terra multiplicam a forma do psicossoma, cujos simulacros podem aparecer
em locais diversos, ao mesmo tempo.
Sinonímia: multilocação das formas extrafísicas; onipresença da forma extrafísica; ubiqua- ção
da forma extrafísica; ubiqüidade da forma extrafísica.
Multilocação. A qualidade da multiplicidade, derivada da criação de formas-pensamentos
quase sempre inconscientes, permite desenvolver o fenômeno da multilocação das formas ou a criação de
simulacros do indivíduo claramente perceptíveis.
Ectoplasmia. Supõe-se que a faculdade da multiplicidade do psicossoma permite também a
realização das chamadas materializações múltiplas ou simultâneas, durante as sessões de ectoplas- mias
em que se tangibilizam duas ou mais entidades extrafísicas às custas das energias, em particular de uma
só pessoa, o ectoplasta principal, a quem todas as entidades manifestantes permanecem vinculadas.
Etérico. A multiplicidade das formas extrafísicas atua em certos fenômenos de autoscopia
externa (V. cap. 27), de modo inconsciente, e neste caso parece estar relacionada estreitamente com as
energias e funções do duplo etérico.
Sete. Já encontrei projetor afirmando que a consciência possui sete corpos, buscando com isso
confirmar certas afirmações ocultistas, porque ele, numa determinada oportunidade, chegou a ver seis de
seus corpos, ficando a sede da consciência temporariamente só em um outro. Contudo, dependendo da
eficiência do desempenho da sua consciência, o projetor pode plasmar, conscientemente, não apenas seis,
mas “n” duplicatas ou uma infinidade de simulacros dos seus veículos de manifestação.
Clarividentes. O atributo da multiplicidade pode explicar os casos da presença simultânea de
uma entidade extrafísica em vários centros de práticas mediúnicas, em localidades humanas distantes
umas das outras, detectados por médiuns clarividentes.
Aviso. Não se deve confundir a multiplicidade das formas dos veículos da consciência com: o
fenômeno da bilocação física (V. cap. 42); o fenômeno da trilocação física-extrafísica ou projeção
consciencial dupla (V. cap. 380); e o fenômeno da multilocaçao física ou trilocação física; uma qualidade
e três fenômenos perfeitamente distintos uns dos outros
____________________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 282), Butler (228, p. 115), Crouzet (344, p. 204), Delanne (382,
p. 175), Digest (401, p. 381), Morei (1086, p. 177), Paula (1208, p. 166), Pensamento (1224, p. 97),
Sculthorp (1531, p. 135), Zaniah (1899, p. 462).
269.
TRANSLOCAÇÃO EXTRAFÍSICA
Definição. Translocação extrafísica: locomoção em geral da consciência encarnada quando
projetada fora do corpo humano.
Sinonímia: autocinesia extrafísica; psicolocomoçâo; transferência instantânea; trânsito extrafísico.
Tipos. A translocação extrafísica em geral pode ser: individual, em grupo; consciente, inconsciente; à luz, no escuro; fácil, difícil; transferência instantânea de local; marcha comum; deslizamento;flutuação;levitação;volitação; bola de energia (corpo mental); o ato de “mover sem andar”; túnel
condutor; correntes de força; translocação extrafísica via tevê humana; aviação extrafísica; translocações
consecutivas por ambientes extrafísicos de densidades diferentes; etc. A translocação extrafísica em
grupo, às vezes faz surgir as personalidades do carona extrafísico e do volitador-sa- télite.
Distância. A rigor, não existem problemas de distância para a consciência lúcida projetada. A
evidência desse fato pode ser constatada nas projeções conscientes espaciais ou exoprojeções, com locaisalvos ale'm do nosso sistema solar. Para se alcançar essas distâncias consideráveis, a consciência
projetada não deve se preocupar quanto à localização do astro ou em qual direção deve translocar-se para
atingir o seu destino. O que o praticante precisa é querer intensamente, e estará lá quase de imediato
através da projeção pelo corpo mental. No plano mental, a rota extrafísica é irrelevante. O alvo mental é o
fator que importa.
Segmentada. A translocação extrafísica também pode ocorrer de modo segmentado, por
trechos, como se a consciência projetada pelo psicossoma desse grandes saltos sucessivos para chegar ao
seu local-alvo, ou fosse obrigada a parar em três ou quatro estações intermediárias, sem poder ir
diretamente, sem parada, da base física até o local-alvo. Isso geralmente sobrevêm quando há densidade
energética maior na estrutura do psicossoma, no caso, lastreado com o duplo etérico.
Distritos. A translocação pode ser: de um distrito extrafísico para outro, no mesmo plano, ou de
um distrito de um plano para outro distrito noutro plano, ocorrendo mudança de planos.
Aperfeiçoamento. Os processos e os movimentos da consciência projetada pelo psicossoma
são aperfeiçoados com a repetição das experiências, ou seja, a técnica da volitação evolui e deve ser
aprendida e burilada pouco a pouco através de exercícios continuados. No início, a volitação dá a
sensação de vazio ou de soltura em pleno espaço aberto, nem sempre em atmosfera tranqüila. Depois
nasce a confiança, a consciência aprende a usar suas novas habilidades e recursos e vem daí o desfrute
agradável da translocação extrafísica. Mais tarde, o projetor veterano se acostuma e se delicia com a
volitação livre, chegando a sentir a sua falta e a lastimar os períodos do estado da vigília física ordinária
quando não pode usufruí-la.
Tônico. O arrebatamento e envolvimento da volitação agem como se fossem um tônico
extrafísico, pacificando a consciência; ou verdadeira profilaxia da melancolia, de origem imprecisa; e
eficaz vacinação extrafísica contra a irritabilidade durante o estado da vigília física ordinária.
Sensações. Às vezes, a consciência projetada parece nadar em pleno ar, noutras oportunidades
não tem nenhuma sensação de movimentação enquanto se desloca fora do corpo humano.
Bruxas. Existe a suposição de que a translocação extrafísica, ou seja, a volitação dos projetores
encarnados projetados haja inspirado a história das bruxas que voam, montadas num cabo de vassoura,
durante a Idade Média, e no período da inquisição, em que milhares de bruxas ou sensitivas foram
sacrificadas, inclusive em fogueiras.
Cordão. Não raro, torna-se mais fácil à consciência projetada visitar alguém noutra cidade
distante, onde pode até demorar trinta minutos ou mais, do que chegar até o cômodo contíguo ao seu
quarto de dormir, na base física, e ficar ali por alguns momentos. Isso ocorre em razão da retração do
cordão de prata, junto ao corpo humano, que gera interiorizações impostas e abruptas.
Mental. Quando a consciência encarnada projetada, ou desencarnada, se manifesta pelo corpo
mental, a translocação extrafísica é realizada de modo relampagueante. Para quem está de corpo mental
não importa a distância que tem a vencer porque todos os pontos do universo estarão separados entre si
pelo mesmo tempo de percurso, ou seja, numa condição atemporal (não tempo), instantânea.
Equilíbrio. Embora muitos sonhos de vôo sejam, de fato, projeções semiconscientes (V. cap.
78), não se deve confundir a volitação extrafísica que ocorre, inquestionavelmente para o projetor, à
distância do corpo humano, com as sensações comuns, fisiológicas, de flutuação, de vôo, e de giro,
descritas em 8% dos relatos de sonhos comuns, segundo as estatísticas.
Teorias. Consoante as teorias atuais, as sensações comuns de flutuação surgem em decorrência
do fato de que o cérebro está recebendo sinais díspares de nossos mecanismos de ativação ventricular ou
equilíbrio. As imagens de flutuação, ou de outras experiências que não ocorrem na vida desperta,
poderiam ser influenciadas pelos mecanismos das áreas que regulam a posição e o equilíbrio da cabeça e
do pescoço.
_____________________
Bibliografia: Currie (354, p. 102), Delanne (381, p. 209), Farrar (496, p. 191), Frost (560, p.
59), Greene (635, p. 108), Greenhouse (636, p. 109), Huson (768, p. 116), Sculthorp (1532, p. 24), Shay
(1546, p. 97), Vieira (1762, p. 185), Walker (1781, p. 73), Yram (1897, p. 80).
270.
MECANISMOS DA TRANSLOCAÇÃO EXTRAFÍSICA
Trânsito. Existe profunda similitude entre os mecanismos das projeções conscienciais e os
mecanismos de trânsito da consciência projetada. A explicação para isso está na mudança da freqüência
das vibrações do veículo pelo qual a consciência se manifesta na oportunidade.
Sensações. A maioria das sensações da translocação extrafísica, incluindo a volitação e as
correntes de força, durante o desenvolvimento rápido das ocorrências, quando não se percebe nada dos
cenários ou detalhes da sucessão de imagens, se deve à simples mudança da freqüência vibratória do
veículo de manifestação da consciência saindo de um ambiente, plano, ou campo energético extrafísico,
para outro, seja da Crosta Terrestre para um distrito extrafísico propriamente dito, ou deste para distritos
extrafísicos mais evoluídos.
Atrasados. Nos ambientes conscienciais atrasados, o psicossoma geralmente atua em conjunto
com o duplo etérico.
Tempo. A translocação através do tempo, ou com o tempo parado, antes de tudo é de natureza
consciencial.
Bibliografia: Baumann (93, p. 21).
271.
VELOCIDADE DO PROJETOR PROJETADO
Definição. Velocidade extrafísica: relação do espaço percorrido e o tempo relativo de percursos
do psicossoma do projetor projetado no plano extrafísico crosta-a-crosta ou astral. Sinonímia: rapidez do
deslocamento extrafísico.
Rapidez. Antes de tudo vale esclarecer que a consciência projetada sem lastro físico ou energético, em tese, pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz.
Vontade. As diferenças ambientais, locais, influem na velocidade do deslocamento do projetor projetado, que pode ser fácil e rápida, ou difícil e vagarosa, de acordo com a vontade da consciência e
a densidade da atmosfera, havendo distritos extrafísicos tão espessos e mais difíceis às translocações
conscienciais do que na própria crosta planetária.
Tipos. As velocidades do projetor projetado são classificadas em quatro tipos básicos:
271.1. Lenta. Velocidade da condição do slow motion (V. cap. 213), vagarosa e penosa.
271.2.Normal. Velocidade normal, natural, da marcha comum, quando o projetor está livre para
se mover no ambiente extrafísico, ao modo de uma pessoa humana sadia.
271.3. Intermediária. Velocidade intermediária em que o projetor se move sem esforço, mais
rápido do que na velocidade normal, sem prejudicar as suas percepções extrafísicas, e quando pode
observar o perpassar das imagens dos ambientes por onde excursiona.
271.4. Supranormal. Velocidade supranormal, acima da compreensão humana, que não permite
distinguir a passagem das paisagens ou visões rapidíssimas, ocorrendo freqüentemente o estado de
semiconsciência. Este tipo de velocidade é o da corrente de força (V. cap. 273) que, não raro, se
caracteriza por extrema velocidade, onde a consciência projetada nem sempre se sente capaz de parar
quando o deseja.
Visão. Vale informar que, ainda na velocidade próxima à da luz, seria possível se dar sete
voltas em torno da Terra, em um segundo, quando não se poderia ter visão nenhuma.
Mental. Aqui se trata apenas da velocidade extrafísica da consciência quando se manifesta
extrafisicamente pelo psicossoma. No plano mental, o tempo e o espaço são relativos e a velocidade, mais
do que taquiônica — pois está no spacelike —, é mental, ou do pensamento, sem a consciência perder a
lucidez.
Atritos. Em certos ambientes parecem ocorrer atritos entre o veículo da consciência, por
exemplo, o psicossoma lastreado pelo duplo etérico, com o nível vibratório local, o que faz lembrar o
rastro de luz (V. cap. 219), ou o escape energético do psicossoma.
___________________
Bibliografia: Crookall (343, p. 93), Greene (635, p. 6), Muldoon (1105, p. 59), Vieira (1762, p.
55), Yram(1897,p. 62).
272. TÉCNICA DA VOLITAÇÃO CONSCIENTE
Definição. Volitação: o processo mais comum de locomoção da consciência quando projeta da
para fora do corpo humano.
Sinonímia: planagem extrafísica; vôo extrafísico.
Tipos. Dentre os tipos da volitação extrafísica destacam-se: o deslocamento individual, ou a
auto volitação; o deslocamento em grupo, ou a volitação grupai; o vôo assistido por inteligências visíveis
ou intangíveis, ou a heterovolitação; a carona extrafísica; o carona extrafísico infantil; o deslocamento
consciente, semiconsciente, e inconsciente; o deslocamento lento; o deslocamento rápido; a volitação
ascendente ou antigravitária; a largada da volitação; etc.
Movimentos. O psicossoma da consciência projetada pode assumir movimentos diversos: dar
voltas no ar; fazer rodopios e ziguezagues; executar a dança extrafísica, a natação extrafísica, e a
patinação extrafísica; promover deslocamentos em diversos sentidos, seja acima, abaixo, de lado,
obliquamente; fazer parada no espaço; executar o pouso do psicossoma ou a aterrissagem extrafísica; etc.
Efeitos. Dentre os efeitos advindos da volitação destacam-se: posição do psicossoma de pé, pés
para cima, deitado, inclinado, reclinado, braços estendidos, braços abertos; olhando para a frente; posição
iogue; grau de intensidade da energia mental propulsora; densidade do ambiente; reflexos condicionados
humanos e suas conseqüências extrafísicas; parabraços e parapernas do psicossoma; condicionamento
consciencial à gravitação; transporte de outra entidade; aperfeiçoamento da rememoração do projetor
através da volitação consciente; etc.
Auxílios. Em certas circunstâncias, a movimentação dos braços e das pernas do psicossoma,
como se estivessem nadando no espaço, ou executando um movimento rítmico dançante, ajuda parapsicologicamente a volitação da consciência encarnada projetada. A idéia de impulsionar a si mesmo
para a frente auxilia também no deslocamento extrafísico.
Parada. Durante o deslocamento da volitação extrafísica, a consciência encarnada projetada,
mesmo com toda a lucidez, nem sempre consegue impor uma parada por sua própria vontade. As vezes, o
seu desejo de parar consegue apenas diminuir a velocidade do deslocamento extrafísico que prossegue
para um destino quase sempre desconhecido à consciência na oportunidade.
Elevação. Em certas áreas extrafísicas, mesmo crosta-a-crosta, em razão do ambiente e/ou das
condições pessoais da consciência encarnada projetada, o ato da volitação com elevação extrafísica, ou
seja, a propulsão voluntária, rápida, do psicossoma para cima, no espaço, ajuda bastante a discernir e a
identificar o panorama do distrito físico-extrafísico visitado.
Oligofrênicos. A volitação extrafísica exige marcada concentração dos pensamentos da consciência. A propósito, os oligofrênicos extrafísicos (V. cap. 320) em geral não conseguem volitar devido à
deficiência do seu desenvolvimento consciencial, dificuldade de concentração mental, falta de
coordenação do juízo crítico, etc. A sua parapsicologia motiva a insegurança e perda de sustentação do
psicossoma e a aparente queda durante o deslocamento da volitação.
Agente. Nos ambientes extrafísicos crosta-a-crosta, a volitação desimpedida atua realisticamente como agente discriminador do nível de despertamento e desenvoltura extrafísica das consciências.
Assim, por exemplo, na madrugada tranqüila uma consciência encarnada projetada com inteira lucidez
corta o espaço livremente na altura do sexto andar dos edifícios sobre a atmosfera densa da rua da grande
cidade. Enquanto isso, na mesma ocasião, a entidade desencarnada ainda enferma (enequético
extrafísico), que a conhece e busca acompanhá-la sem qualquer intenção obsessiva, apenas querendo estar
junto dela, se desloca com alguma rapidez seguindo o mesmo itinerário, logo abaixo, sobre o asfalto da
rua.
Assistencial. A volitação consciente desembaraçada pode ser útil como recurso assistencial
eficaz em determinados ambientes crosta-a-crosta. Uma ou outra entidade enferma, obsessora, ainda
muito materializada, muda instantaneamente suas reações extrafísicas — passando de lobo a cordeiro —
se for arrebatada, de surpresa ou de repente, pelo projetor encarnado projetado, para um vôo livre pelo
espaço aberto.
Mecanismo. Além do elemento surpresa, influem aqui, criando a pusilanimidade e o medo
franco de cair das alturas, o despreparo individual e, às vezes, a impossibilidade efetiva da entidade
extrafísica quanto ao ato de volitar, em razão dos pmrcondicionamentos post-mortem enraizados em suas
reações parapsicológicas.
Líder. A volitação extrafísica em geral é agrávica ou se faz dentro da condição de não-gravidade. O grupo volitativo comumente volita em formação cerrada na qual as entidades se deslocam ao lado
do líder da formação.
Competição. Presenciei, extrafisicamente, num bairro do Rio de Janeiro, uma competição de
autovolitação rápida entre entidades crosta-a-crosta numa rua (piscina). Cada entidade (ao modo de um
nadador) se atirava (mergulho) do alto da fachada de um prédio de três andares (beira da piscina),
tangenciava, o mais rápido possível, o asfalto do meio da rua (fundo da piscina), elevava- se dali
(volitação antigravitária) até o alto da fachada do prédio de três andares defronte (beirada oposta da
piscina), onde pousava, se erguia e voltava, ereta, para a rua. Tal competição tinha sua razão de ser, pois
não é fácil o vôo extrafísico em certos distritos crosta-a-crosta em razão da densidade do psicossoma e a
sua relação com a densidade do ambiente.
Saudade. Depois que o projetor consciente humano intensifica suas experiências de volitação
fora do corpo físico, começa a compreender o desassombro e o ideal daquelas consciências presas ao
restringimento físico da encarnação terrestre, mas saudosos-intuitivos da livre volitação extrafísica —
pilotos em geral, ases da aviação, astronautas, e pilotos-escritores — inclusive personalidades conhecidas:
Charles Lindberg, Antoine de Sant-Exupéiy, Richard Bach, Edgar D. Mitchell, etc., pioneiros da
exploração maior dos ares, do espaço físico do Universo além da Terra. Por aí se observa que existe, de
fato, uma saudade parapsíquica, ou inter-reencarnatória.
________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 55), Castaneda (255, p. 122), Leaf (905, p. 144), Mesquita (1037,
p. 224), Muldoon (1105, p. 59), Sabom (1486, p. 54), Shay (1546, p. 99), Swedenborg (1639, p. 100),
Vieira (1762, p. 201), Xavier (1890, p. 173).
273. CORRENTES EXTRAF1SIÇAS
Definição. Corrente extrafísica: fluxo extrafísico de energia existente nos planos crosta-acrosta e em planos extrafísicos sem dependência ou contato direto com o mundo físico.
Sinonímia: corredor astral; corredor energético; corrente de força; corrente extrafísica de
energia; corrente errante de energia; corrente magnética extrafísica; maré invisível; passarela energética;
vento extrafísico; vórtice astral.
Onda. Vivemos numa condição de vinculação cósmica ou na interdependência imanente com
todo o Universo. Tal fato é constatado mais intensamente pela consciência no estado da consciência
cósmica (V. cap. 30). Um reflexo de nossa consciência faz onda no Universo inteiro. Uma gota dágua é
importante no bojo do oceano. Um vírus tem seu lugar específico na atmosfera terrestre. Um cabelo conta
no conjunto de uma cabeleira. Cada átomo breve tem seu registro pessoal no inventário do todo do
Universo.
Terra. A Terra, igual aos demais planetas habitados existentes no Universo físico — segundo
as correspondências entre o microcosmo e o macrocosmo — tem chacras, aura, psicosfera, meridianos ou
redes de condutores de energia, e nadis ou pontos energéticos. Esta mesma Terra sofre a macroacupuntura, através do implante de agulhas (menires, megálitos, anta); apresenta portas energéticas
interdimensionais; sofre fluxos nervosos circulantes; mostra-se traçada de correntes telúricas que têm
relação com as passagens tradicionais do homem autoconsciente.
Efeitos. O estado de interdependência universal e as características da Terra produzem efeitos
que afetam: o conscienciês (V. cap. 286); a obtenção do estado da consciência contínua (V. cap. 438); as
concepções quanto ao universalismo (V. cap. 134); os ambientes extrafísicos (V. cap. 232); as técnicas da
exteriorização de energia (V. cap. 252); os estudos da Nafologia (V. cap. 434); a posição física antes da
experiência da projeção consciente (V. cap. 153); e muitos outros fenômenos e procedimentos da
consciência encarnada no estado da vigília física ordinária, e da consciência projetada numa condição fora
do corpo humano.
Finalidades. Dentre as finalidades das correntes extrafísicas destacam-se: meio extrafísico da
translocação rápida, geral, permanente; processo vibratório de profilaxia do mundo mental, defesa do
ambiente físico e/ou extrafísico; antipoluição extrafísica; preparo de comemorações; recurso assistencial
nas catástrofes e calamidades humanas; atuação exclusiva ou direta sobre o duplo eté- rico e o
psicossoma; etc.
Tipos. Dentre os tipos das correntes extrafísicas destacam-se: campo de energia; fluxo de
energia; torvelinho; nuvem vibratória; relâmpagos; pé de vento; furacão; varredura geral; corrente única;
correntes múltiplas; correntes interligadas; correntes individuais; correntes coletivas; correntes eventuais;
correntes periódicas; correntes permanentes; luminosidade; penumbra; lapso de escuridão; lapso de
consciência; cintilações; colorações; sons; melodias; etc.
Movimentos. As correntes extrafísicas apresentam efeitos inteligentes, e nem sempre permitem
movimentos voluntários àquele que está sendo translocado. Contudo, as correntes podem ser alcançadas
com agentes desencadeantes (galho de árvore extrafísica, por exemplo).
Direção. Quanto à direção, as correntes extrafísicas podem ser de: mão única; mão dupla;
entrecruzamentos; fluxo centrífugo; etc.
Trajetória. Quanto à trajetória, as correntes extrafísicas podem ser: retas; oblíquas; curvas;
horizontais; verticais; etc.
Qualidades. As correntes extrafísicas denotam o caráter da irresistibilidade. Quase sempre o
transportado tem de deixar-se conduzir pela intensidade da força da corrente. Elas ainda demonstram a
existência do efeito de sucção, o local de entrada, o impulso inicial, a saída, e o alijamento abrupto do
transportado em certas ocasiões.
Relações. As correntes extrafísicas apresentam relações com a consciência projetada-: individual, em grupo; posições simples e esdrúxulas do psicossoma; influência da consciência na posição de
translocação; mudança de postura durante o translado; consciência do translado e seu cenário; sensações:
euforia, medo, surpresa; a corrente de força pode atuar sobre a consciência projetada desde a decolagem
ou apenas durante certo período extrafísico da projeção consciencial; a ida e a volta numa só experiência
extrafísica; os efeitos da resistência e da passividade à corrente; as tentativas quase sempre inúteis de
apoio nas formas próximas; a relação da experiência da projeção consciente em torvelinho com a corrente
de forças; etc.
Túnel. As correntes extrafísicas de energia não devem ser confundidas com o efeito túnel (V.
cap. 222). Ninguém sabe ainda até que ponto as correntes extrafísicas de energia são naturais ou artificiais
nos ambientes crosta-a-crosta.
______________________
Bibliografia: Butler (228, p. 141), Castaneda (258, p. 234), Greenhouse (636, p. 263), Monroe
(1065, p. 83), Muldoon (1102, p. 70), Schiff (1515, p. 177), Shirley (1553, p. 108), Steiger (1601, p 112),
Swedenborg (1639, p. 101), Vieira (1762, p. 201), Yram (1897, p. 60).
274. CHUVAS EXTRAFÍSICAS
Definição. Chuva extrafísica: torrente de recursos energéticos positivos que as vezes flui no
plano extrafísico crosta-a-crosta ou astral.
Sinonímia: tormenta hidromagnética; vastação extrafísica.
Causas. A principal causa da existência da chuva energética extrafísica está na formação de
quistos ou excrescências de formas-pensamentos negativas que pesam sobre a economia mental do meio
ambiente extrafísico e humano. A chuva energética extrafísica parece ser gerada por imperscrutáveis
inteligências extrafísicas.
Efeitos. Os efeitos principais da chuva energética extrafísica são: limpeza das formas-pensamentos cronicificadas no plano crosta-a-crosta; reurbanização e saneamento básico do meio ambiente
extrafísico; melhoria das psicosferas de enfermos extrafísicos em atmosferas circunscritas.
Tipos. A chuva energética extrafísica pode se manifestar em forma de chuva comum ou em
conjunto com tempestades e outros acidentes meteorológicos terrestres, incluindo: terremotos: maremotos; erupções vulcânicas; furacões; incêndios de amplas proporções; etc. Contudo, nem sempre as
chuvas energéticas extrafísicas estão ligadas a fenômenos meteorológicos.
Psicossoma. A consciência projetada somente experimenta ou presencia a chuva energética
extrafísica quando se manifesta através do psicossoma livre ou lastreado pelo duplo etérico, não quando
projetada pelo corpo mental no plano mental.
____________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 75), Xavier (1883, p. 157), Yram (1897, p. 109), Zoppi (1903, p.
98).
274. FOGOS EXTRAFÍSICOS
Definição. Fogo extrafísico: massa de chamas extrafísicas que surgem em certos ambientes ou
distritos extrafísicos crosta-a-crosta, ou mesmo nativos, com a finalidade de purificar o ambiente através
do saneamento das formas-pensamentos residuais, negativas e densas.
Sinonímia: fogo astral; fogo purificador; fogueira purificadora; massa de chamas extrafísicas.
Características. Dentre as características dos fogos extrafísicos destacam-se: inteligência; luz
possante; intensidade; violência; peso e volume; impulsão e orientação por ventos desconhecidos, de
origem ignorada; ação inteligente adredemente delimitada; massa ígnea; formas de chamas e labaredas;
etc.
Clareiras. Os fogos extrafísicos apresentam movimentos agitados de rodopios e crepitações
atraindo as criaturas extrafísicas e atingindo amplas áreas localizadas num só ambiente, inclusive sobre
águas. Tais massas de chamas preservam deliberadamente certas zonas, compondo clareiras de defesas,
mas exacerbando a sensação de temperatura elevada dos circunstantes extrafísicos, sempre numa duração
breve, conforme o tempo cronológico, dando a impressão de alguns poucos minutos.
Inteligência. A inteligência que transparece da ação purificadora dos fogos extrafísicos evidencia claramente a ação das consciências evoluídas que os patrocinam, parecendo que são executados
através de formas-pensamentos em campos de força previamente instalados.
Purificação. O fogo purificador afeta, de algum modo, certas criaturas extrafísicas que sentem
ardimento ao serem atingidas e procuram se esquivar de sua atração e contato, ao modo de alguém
extremamente imundo que não deseja tomar banho e, por isso, foge espavorido, inclusive consciências
encarnadas projetadas no ambiente.
Inferno. Os fogos extrafísicos caracterizaram, através do xempo, as imagens da crendice terrestre, ingênua, contudo macabra, que se transformou em doutrina, do fogo eterno do inferno onde as
almas humanas se agitam sem encontrar alívio. Felizmente, tais formações constituem meras imagens ou
criações conscienciais efêmeras.
Parapirogenia. Não se deve confundir os fogos extrafísicos com os casos de parapirogenia extrafísica(V. cap. 54), que ocorrem no plano físico advindos de causas extrafísicas.
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Bibliografia: Prado (1284, p. 118), Xavier (1883, p. 163).
276. EMOÇÕES EXTRAFÍSICAS GERAIS
Il
Definição. Emoção extrafísica: reação intensa e breve da consciência projetada a um lance
inesperado, a qual se acompanha de um estado afetivo de conotação penosa ou agradável.
Sinonímia: comoção extrafísica; emotividade extrafísica.
Tipos. Dentre os tipos das emoções extrafísicas destacam-se: autocontrole; emocionalismo;
euforia; riso; solidão; compaixão; vergonha; medo; impulso sexual; etc.
Causas. Dentre as causas principais das emoções extrafísicas em geral destacam-se: passar a
mão extrafísica do psicossoma através da estrutura dos objetos físicos; atravessar parede com naturalidade; transpassar o corpo de seres humanos; observar de perto o próprio corpo humano inanimado; ver
o próprio psicossoma refletido num espelho comum; decolar do corpo humano num ímpeto; examinar
minuciosamente o cordão de prata; ampliar a consciência e as percepções visuais fora do corpo humano;
perceber-se parcialmente configurado num corpo de manifestação semi-hu- manóide; sentir o momento
exato da perda da respiração; volitar sozinho livremente; experimentar o estado da euforia extrafísica;
encontrar-se com o espírito de um morto conhecido; sofrer ataque extrafísico de entidade desencarnada
enferma; etc.
Reações. Dentre as reações íntimas que provocam ou surgem após as emoções extrafísicas
destacam-se: condição da vontade; hábitos sociais; reflexos condicionados; idéias preconcebidas; recomposição emocional; sensação de ridículo; etc.
Efeitos. Dentre os efeitos advindos das emoções extrafísicas destacam-se: diferenciação entre o
psicossoma e o corpo mental; trauma extrafísico; interiorização súbita, imposta, prematura, traumática; a
escolha da serenidade como a melhor conduta técnica extrafísica; etc.
Serenidade. A consciência do projetor consciencial precisa ensinar a si mesma, através de auto-sugestões, a manter a compostura, o equilíbrio e a serenidade fora do corpo humano, para não ceder ao
medo e nem entrar em pânico ante as surpresas traumatizantes. Para se obter a serenidade fora do corpo
humano é preciso começar a entendê-la e a exercitá-la ainda dentro deste corpo, ou seja, no estado da
vigília física ordinária. Por outro lado, quando se recomenda a obtenção de um estado de serenidade
obviamente isso não quer dizer que a pessoa deva se tornar um robô ou chegar a uma condição patológica
como a atimia — diminuição ou desaparecimento da afetividade, ou de suas manifestações exteriores,
comum nos estados estuporados, nas síndromes hebefrênicas, etc. - e a inemotiyidade que é a ausência de
reatividade emocional.
Sentimentos. Muitos estudiosos consideram hoje que as emoções não são a mesma coisa que
os sentimentos. As emoções são biológicas, mais animalizadas, já os sentimentos constituem pensamentos vinculados às emoções, entrando aí a racionalidade, o juízo crítico, etc. As emoções são mais
adstritas ao corpo humano, ao duplo etérico e ao psicossoma. Os sentimentos derivam mais do corpo
mental da consciência (V. cap. 398). Há pessoas que não sabem conjugar seus pensamentos com suas
emoções, e são incapazes de descrever o que sentem e como sentem suas experiências. Suspeita-se que tal
condição seja devido a um distúrbio de comunicação entre os dois hemisférios cerebrais.
Alexitimia. O psiquiatra Peter Sifneos cunhou o termo alexitimia para designar essa condição
das pessoas com falta de vocabulário adequado para expressar seus sentimentos. Tais analfabetos
emocionais parecem constituir cerca de dez por cento da população e dentre eles, além de pessoas tidas
como normais e sadias, encontram-se: alcoólatras; hipocondríacos; pacientes com doenças
psicossomáticas; pessoas gravemente traumatizadas; sociopatas; e viciados em drogas.
Hipóteses. Ainda não foram feitas pesquisas no sentido de averiguar a relação existente entre a
projeção consciencial lúcida e a alexitimia. Registro aqui mais estas hipóteses de trabalho projeciológico: — Qual o percentual de alexitímicos que se tornam projetores conscientes avançados? A
consciência do alexitímico deixa de sofrer trauma extrafísico quando projetada com lucidez ou os
experimenta sem poder traduzi-los? Seria a alexitimia uma condição física positiva (extremo autodomínio
extrafísico), ou negativa (dificuldades na parapercepção), ao desenvolvimento das projeções conscienciais
lúcidas da consciência encarnada? A insuficiência de comunicação entre os dois hemisférios cerebrais,
neste caso, revela efeito ou distúrbio preexistente, adstrito à parapsicopato- logia do corpo mental,
sediado no paracérebro do psicossoma, ou constitui distúrbio adquirido nesta vida humana, tão-somente
adstrito ao cérebro denso?
____________________
Bibliografia: Monroe (1065, p. 205), Steiger (1601, p. 126), Vieira (1762, p. 120).
277. EUFORIA EXTRAFfSICA
Definição. Euforia extrafísica: sensação de perfeito bem-estar, com alegria intensa, além de
toda verbalização, que assoberba a consciência encarnada projetada através do psicossoma, em certas
circunstâncias no plano extrafísico, especialmente crosta-a-crosta.
Sinonímia: exacerbação da emotividade extrafísica; êxtase extrafísico efêmero.
Tipos. A euforia extrafísica como sensação passageira, ambígua ou híbrida, pode ser produtiva
ou contraproducente, negativa ou positiva, conforme as decisões e atitudes imediatas da consciência
projetada em saber ou não controlá-la e tirar proveito dessa sensação.
Emotividade. A causa principal da euforia extrafísica está no emocionalismo exacerbado da
consciência estimulado na oportunidade pelo psicossoma, ou seja, o corpo emocional. A euforia
extrafísica constitui o ácume das formas primárias de reações emotivas da consciência encarnada em
ascensão evolutiva da animalidade crua, terra-a-terra, até ao nível da espiritualidade evoluída.
Causas. Entre as causas secundárias da euforia extrafísica podem ser incluídas: a satisfação de
se espairecer na volitação livre, longe das limitações materiais e da atuação draconiana da respiração e da
gravidade planetária; a obtenção da plenitude do senso de liberdade extrafísica; o surgimento de paz
íntima, vívida e imaculada; a sensação de imaterialidade e de leveza próprias do psicossoma
descoincidente ou livre; a autoconscientização da condição de liberdade extrafísica temporária da
consciência e sua concomitante ligação com o corpo humano temporariamente incapacitado.
Efeitos. Os efeitos da euforia extrafísica acarretam conseqüências positivas ou negativas à
consciência encarnada projetada.
277.1. Positivos. Efeitos positivos da euforia extrafísica: despertamento benigno da energia
kundalini, ou do chacra básico do projetor e, conseqüentemente, dos demais chacras principais; estímulo
aos trabalhos assistenciais físicos e extrafísicos; nascimento de sincera gratidão aos poderes maiores da
vida extrafísica; ânsia de entender, perdoar, e cooperar positivamente com todos os seres e tudo o que
existe de bom no Universo; nascimento do senso universalista de humanidade; etc.
277.2. Negativos. Efeitos negativos da euforia extrafísica: traumas extrafísicos e conseqüente
retorno abrupto ao corpo humano; repercussões físicas; excessos de misticismo; dificuldade para traduzir
as experiências e sensações extrafísicas em palavras; etc.
Técnicas. Nas técnicas do controle e da utilização imediata do estado de euforia extrafísica
podem ser empregados diversos recursos: prece mental gratulatória e sincera, na oportunidade da
instalação do estado de euforia; proceder ao reajuste emotivo através da força de vontade; procurar
manter o máximo de equilíbrio sem perder o alvo-mental do momento; pensar em deixar de ser animal,
criança, ou criatura imatura na condição de consciência projetada; etc.
Rotinização. O domínio definitivo da euforia extrafísica por parte da consciência só pode ser
alcançado pela rotinização das suas experiências extrafísicas, através da repetição de projeções
continuadas, em série, de igual natureza e expressão, o que traz, por fim, segurança, maturidade e
serenidade.
Expansão. Quando projetada através do corpo mental isolado, a consciência encarnada, em
estado de expansão cósmica, não sente propriamente a euforia extrafísica que o psicossoma faculta, mas
um bem-estar imanente, sem as sensações ou emoções grosseiras. Tal expansão cósmica da consciência
projetada, de algum modo estrutural, sem dúvida apresenta-se essencialmente superior, mais evoluída,
bem diversa da euforia primária que surge quando a consciência encarnada se manifesta assoberbada pelo
emocionalismo do psicossoma.
_________________
Bibliografia: Bozzano (188, p. 54), Rampa (1361, p. 17), Vieira (1762, p. 83), White (1831, p.
6).
278. FORMAS EXTRAFISICAS DO PROJETOR PROJETADO
Definição. Forma extrafísica dò projetor projetado: contorno, fisionomia, e aparência visual
com que a consciência projetada se apresenta quando se manifesta fora do corpo humano.
Sinonímia: forma astral da consciência; visual extrafísico da consciência.
Veículo. A forma extrafísica do projetor encarnado projetado depende do veículo de manifestação de sua consciência: quando se manifesta através do corpo mental isolado não exibe forma
definida, ou não apresenta forma; quando se manifesta através do psicossoma, sua forma comum é a
humanóide, com as características do seu corpo humano atual, seja no todo ou em parte desse mesmo
corpo.
Ambiente. A forma extrafísica do projetor encarnado projetado existe em relação íntima com o
ambiente extrafísico aonde se manifesta a sua consciência. Ninguém alcança determinado ambiente
extrafísico, nem se manifesta plenamente ali, se não se apresentar inteiramente de acordo com as
características deste, seja quem for, onde for, quando for, em qualquer injunção extrafísica da
consciência.
Psicossoma. As mudanças na densidade do psicossoma de acordo com o ambiente extrafísico
influem nas percepções das formas extrafísicas em derredor por parte da consciência projetada.
Impressões. As impressões das formas extrafísicas podem ser plenamente reais ou absurdamente ilusórias dependendo das percepções, emoções, idéias e plasmagens da consciência. Quando
projetada através do psicossoma, a consciência encarnada pode se apresentar com a forma um pouco mais
jovem, mais alta e com os olhos aparentemente maiores, de igual modo tem-se a impressão de que as
construções humanas e extrafísicas apresentam o “pé-direito mais elevado”, as paredes parecem mais
afastadas umas das outras, e os ambientes em geral mais amplos.
______________
Bibliografia: Frost (560, p. 61), Greenhouse (636, p. 97), Ostby (1171, p. 232), Vieira (1762, p.
168).
279. TRAJES EXTRAFÍSICOS
Definição. Trajes extrafísicos: elementos que compõem a forma do psicossoma por onde a
consciência encarnada se manifesta no plano extrafísico, inclusive roupas, calçados, adereços, anéis, etc.
Sinonímia: indumentárias extrafísicas; roupagens extrafísicas; vestes extrafísicas; vestimentas
do projetor projetado; vestimentas extrafísicas.
Características. Devem ser considerados vários aspectos na análise dos trajes extrafísicos:
vestes, tipos, cores, variações; calçados; óculos; réplicas de esparadrapos e engessamento; vestes indeterminadas; criação dos trajes; modificações da indumentária; o poder da imaginação extrafísica; o ato
de vestir o que se pensa e se acredita que está vestido; o sonâmbulo extrafísico e a criação inconsciente
dos trajes; o crescimento dos trajes extrafísicos junto com o psicossoma; a influência da aura humana; o
absorvente interno da projetora encarnada; etc.
Mentalidade. Os fatos demonstram que os trajes extrafísicos surgem de maneira natural, não
conforme a realidade do ambiente extrafísico, ou derivados deste, onde esteja a consciência projetada,
mas de acordo com os pensamentos e a mentalidade desta na ocasião.
Nudez. As consciências encarnadas projetadas se vestem, a si mesmas, instintivamente, porque
estão condicionadas contra a nudez por sua educação repressora humana. Há ambientes extrafísicos, no
entanto, que constituem verdadeiros campos astrais de nudismo.
Crianças. É freqüente o projetor projetado deparar com crianças encarnadas projetadas nuas,
sem vestes extrafísicas. Isso talvez seja devido à distração natural da criança, à sua atenção saltuária e à
dificuldade que apresenta de fixar a vontade num só propósito, ou seja, está menos condicionada às
roupas do que os adultos.
Mudanças. A mesma espontaneidade, advinda do inconsciente, com que surgem naturalmente
os trajes extrafísicos, parece ocorrer com as mudanças súbitas que sofrem esses trajes, ou mesmo o estado
de alternância entre a condição de estar vestido e a nudez, conforme as circunstâncias, influindo no
mundo mental da consciência.
Teorias. Aventam-se quatro teorias para explicar os trajes extrafísicos da consciência encarnada projetada através do psicossoma, sendo a quarta teoria a mais aceita por projetores conscien- ciais e
pesquisadores:
279.1. Duplo. As formas extrafísicas de todos os objetos materiais, ou o duplo das coisas
existentes, combinariam, de algum modo inconsciente, com a consciência encarnada projetada através do
psicossoma no plano extrafísico.
279.2. Etérico. A consciência manipularia de modo espontâneo, através do psicossoma, os
componentes semimateriais do duplo etérico e, assim, ocorreria o surgimento dos trajes extrafísicos.
279.3. Materiais. A consciência projetada através do psicossoma entreteceria sua forma e seu
vestuário absorvendo elementos das madeiras e dos metais já existentes nas fontes materiais do plano
físico.
279.4. Formas-pensamentos. Todos os acessórios do psicossoma seriam formas-pensamen- tos
criadas pela consciência, que já é a responsável pela vitalização do psicossoma e do corpo humano.
Ectoplasmias. Assunto com íntima relação com os trajes extrafísicos do projetor conscien- cial
é o das vestes das entidades materializadas nas sessões de ectoplasmias, sobre as quais ainda existem
muitas obscuridades e, obviamente, controvérsias.
________________
Bibliografia: Baumann (93, p. 48), Bozzano (184, p. 145), Carrington (247, p. 55), Crookall
(332, p. 5), Currie (354, p. 98), Durville (436, p. 214), Engel (480, p. 29), Fodor (528, p. 383), Frost (560,
p. 58), Greenhouse (636, p. 76), Hart (687, p. 243), Holms (735, p. 449), Kardec (825, p. 156), Lester
(919, p. 61), Lischka (937, p. 117), Monroe (1065, p. 183), Muldoon (1105, p. 282), Muller (1107, p.
158), Osborn (1157, p. 159), Prado (1284, p. 45), Prieur (1289, p. I l l ) , Shepard (1548, p. 267), Shirley
(1553, p. 145), Steiger (1601, p. 66), Swedenborg (1635, p. 100), Tyrrell (1717, p. 166), Vieira (1762,
p.32), Walker (1781, p. 71), Xavier (1890, p. 179).
280. UNIFORME DO PROJETOR PROJETADO
Definição. Uniforme do projetor: traje extrafísico com que a consciência encarnada projetada
pelo psicossoma se apresenta mais freqüentemente vestida.
Sinonímia: veste habitual do encarnado projetado.
Pijama. O tipo-padrão mais comum e encontradiço de uniforme do projetor encarnado projetado é o pijama ordinário ou roupa de dormir com o qual o experimentador, ou experimentadora, se
recolhe no leito, o que é facilmente compreensível.
Fatos. O uso da forma do pijama ou roupa de dormir se deve a dois fatos:
280.1. Notívago. A maioria das projeções dos projetores experientes, homens e mulheres, se
produz à noite, quando os mesmos se recolhem ao leito, daí a predominância dos projetores no- tívagos.
280.2. Inconsciência. A tessitura mental dos trajes extrafísicos geralmente ocorre de modo
inconsciente, envergando a consciência projetada a roupa que sabe que o seu corpo humano está vestido,
na última vez em que cogitou do assunto, na vigília física ordinária, antes de se exteriorizar.
Projetores. Em razão da natural vaidade feminina, as projetoras com alguma experiência, em
grande número, apresentam-se freqüentemente, quando projetadas, exibindo requintados vestidos de noite
à guisa de trajes extrafísicos, como se fossem comparecer a elegante recepção social noturna.
Impropriedade. O pijama como uniforme, além de caracterizar e padronizar a aparência ou
imagem extrafísica da criatura, ajuda no despertamento extrafísico da consciência porque o projetor
projetado se descobre deslocando-se por aí vestido de modo impróprio, numa atitude ridícula e num local
inadmissível para ele comparecer na vigília física ordinária, por exemplo, vestindo uma calça e uma blusa
de pijama em plena rua comercial, o que também ajuda a intensificar-lhe a auto- conscientizaçao
extrafísica.
Hábitos. O uniforme extrafísico, no entanto, varia de acordo com os hábitos e as preocupações
diárias do projetor. Assim, ao escriturário é comum estar vestido com roupa discreta; o comer- ciário, de
gravata e camisa social; o clínico, de jaleco; o cirurgião, às vezes de roupa apropriada para entrar na sala
de cirurgia; o desportista, em trajes esportivos; etc.
Calçados. Seja vestida de pijama, ou com outro traje qualquer, nem sempre a consciência
encarnada projetada pelo psicossoma está calçada. Não raro se descobre apenas de meias, e mais
freqüentemente nem se dá conta ou cogita do fato.
Fixação. A fixação da forma, contornos, talhe, tamanho, molde, figura, ou aparência do
uniforme do projetor e a mentalização sobre tal fato, são especialmente importantes cómo providências
capazes de padronizar os hábitos pessoais a fim de se obter as projeções constantes, em série, sem
períodos extensos de recesso, e o contato extrafísico com outros projetores projetados.
______________
Bibliografia: Butler (227, p. 71), Greenhouse (636, p. 71), Vieira (1762, p. 187).
281.
AUTOTRANSFIGURAÇAO EXTRAFÍSICA
Definição. Autotransfiguraçao extrafísica: mudança da forma externa do psicossoma pela
atuação da própria consciência.
Sinonímia: autotransfiguração astral; deformação da aparência extrafísica; desfiguramento
astral; endometaplasia; metamorfose extrafísica; polimorfia do psicossoma.
Tipos. A consciência quando se manifestando pelo psicossoma, dependendo do seu desempenho, é capaz de assumir qualquer forma temporariamente. A autotransfiguração pode ser: inconsciente,
onírica, ou espontânea, e consciente ou provocada. A autotransfiguração espontânea procede de um
trauma extrafísico. A autotransfiguração provocada advém da própria vontade.
Outras. As autotransfígurações extrafísicas ainda podem ser: sucessivas, com transfigurações
que se sucedem a outras, ininterruptamente, em certas circunstâncias; dialogai, com a autotransfiguração inconsciente acompanhando o diálogo transmental da entidade extrafísica parapsicótica
enequética; co-participante, com a partipação da transfiguração do psicossoma do visitante (mesmo
encarnado projetado) que se contagia com o fenômeno durante o diálogo transmental. Na maioria dos
tipos de autotransfiguração extrafísica, o ambiente extrafísico parece influir decisivamente.
Causas. A causa principal da autotransfiguração está na plasticidade do psicossoma, sensível à
vontade e à emotividade da consciência. Para se entender a autotransfiguração inconsciente, basta refletir
sobre as alterações fisionômicas que uma pessoa demonstra ante uma surpresa positiva ou negativa, ou
quanto às deformações físicas ocorridas no transcurso de certas doenças agudas. Se o corpo humano se
altera tanto, pesando setenta quilos, muito mais se altera o psicossoma, ou corpo emocional, um milésimo
apenas desse peso, ante os estresses e impactos inesperados no plano extrafísico.
Efeitos. Inúmeros efeitos derivam das autotransfígurações extrafísicas, desde os frívolos-cômicos até os sérios-produtivos. O efeito mais comum é a elongação extrafísica (V. cap. 223). Certos
recém-desencarnados, e mesmo alguns encarnados projetados desenvolvidos, ao se conscientizarem desse
recurso de plasticidade, buscam corrigir as suas deficiências ou sanar os seus antigos recalques, de modo
duradouro ou temporário. Por exemplo, mulheres que sonham em ser mais jovens, perdem a barriga,
procuram ter um nariz perfeito; ou homens que acabam com a calva, aumentam a estatura, criam
músculos imensos; etc. Afora outros que sempre quiseram cantar, sem poder, e se transformam em
cantores instantaneamente, unindo a autotransfiguração aos recursos das formas-pensamentos.
Zootropia. A transfiguração do psicossoma nas entidades débeis e impressionáveis, pode ser
ainda provocada por hetero-sugestão ou sugestão de outra inteligência, como nos casos de zootropia ou
licantropia (V. cap. 282), causados por obsessores-hipnotizadores. Também, de modo benigno,
acontecem transfigurações durante as manifestações mediúnicas extrafísicas.
Médiuns. As autotransfígurações permitem aos desencarnados socorristas se apresentarem a
outros desencarnados e serem vistos pelos clarividentes, disfarçados com a imagem de alguém conhecido
ou cultuado num ambiente ou reunião mediúnica. Por outro lado, facultam também aos desencarnados
enfermos mistificadores a qualidade de se mostrarem com aparência diversa, nos processos de obsessão e
fascinação, passando por quem não são, ocultando a própria identidade.
Transexuais. Às vezes é bem frustrante deparar, no primeiro encontro extrafísico com um
amigo, que, encarnado, era bem conhecido e, desencarnado, há algum tempo, tem aparência de bela
mulher, forma de outra encarnação dele, quase sempre a imediatamente anterior, e com a qual a sua
consciência se sente melhor. Já cheguei a censurar amigavelmente, brincando, a um de meus conhecidos,
que desencarnou mais cedo e jamais mostrara qualquer tendência feminina ostensiva quando na vida
humana. Na verdade isso constitui um fato normal, compreensível e totalmente diferente das operações
dos transexuais encarnados.
Ectoplasmias. Assunto que apresenta íntima relação com a autotransfiguração do projetor
projetado é o das ocorrências, nas sessões de ectoplasmias, de transfigurações do ros'to e do corpo
humano do médium ectoplasta, que se modificam adotando traços faciais notavelmente diferentes, graças,
em especial, ao seu próprio ectoplasma.
Básicos. Por aí se observa que existem três gêneros básicos de autotransfígurações: a do corpo
humano por estresse ou doença; a ectoplásmica, ou seja, do corpo humano, duplo etérico e psicossoma,
também chamada endometaplasia ou somurgoscopia; e a do psicossoma, propriamente dita, no plano
extrafísico.
Particularidades. Além dos gêneros particulares de autotransfígurações extrafísicas já referidos aqui, tais como os trajes extrafísicos, o uniforme do projetor projetado, e a elongação extrafí- ca,
ainda serão analisados a zootropia, a mutação extrafísica, e a mimetização extrafísica.
_______________
Bibliografia: Ambelain (23, p. 40), Delanne (381, p. 256), Kardec (825, p. 153), Monroe
(1065, p. 170), RPA ( 1481, p. 173), Vieira (1762, p. 18), Yogananda (1894, p. 383).
282.
ZOOTROPIA
Definição. Zootropia: suposta ocorrência pela qual um ser humano pode, sob certas condições,
se transformar em animal inferior.
Sinonímia: cinantropia; homem-animal; homem-lobo; licantropia; metamorfose humana;
mulher-loba; mutação fluídica; zoantropia.
Metamorfose. Desde os tempos antigos em áreas humanas primitivas, entre tribos selvagens, e
principalmente durante a Idade Média, existiu a crença na metamorfose de pessoas em animais como cão
(cinantropia), cavalo, chacal, hiena, jaguar, leão, leopardo, tigre, urso, outros animais selvagens, e até
répteis.
Licantropia. A forma comum da transformação humana em animal, na Europa, tem sido o
lobo, daí a denominação licantropia (Grego: lukos, lobo; e anthropos, homem).
Epidemia. Já houve até um caso de zootropia epidêmica ocorrido num convento na Alemanha,
quando as freiras acreditavam estar possuídas por gatos, ou transfiguradas em gatos, e nessa oportunidade
se comportavam como tal.
Confusão. Nos casos de zootropia houve sempre acentuada confusão se a transformação seria
voluntária ou involuntária; se temporária ou permanente; se do corpo humano mesmo ou do corpo
extrafísico (psicossoma) do homem ou da mulher; se constituiria manifestação direta pelo psicossoma, ou
através de um animal.
Nabucodonozor. Segundo a Psicopatologia, na obscura doença mental licantropia, inserida no
capítulo das idéias delirantes metamorfósicas, o doente, licantropo (português), loup-garou (francês),
lupo mannáro (italiano), werewolf(inglês), se crê transformado em lobo, e imita os hábitos e a voz desse
animal. Tal fato aconteceu a Nabucodonozor (604-566 a. C.), o rei poderoso da Babilônia, que viveu sete
anos sentindo-se animal, segundo o relato da Bíblia (Daniel, 4: 33).
Escritores. Escritores antigos, entre os quais Tito Petrônio Ambiter (?-66), Caio Plínio Cecílio Segundo (61-113), Sexto Propércio (50-15 a. C.), e Públio Vergílio Maro (70-19 a. C.), deixaram em
suas obras referências sobre essa estranha psicopatia, a licantropia.
Parapsicologia. A Parapsicologia não inclui a zootropia em suas esferas de pesquisa, embora
em certos casos patológicos de auto-sugestão, e mesmo nos processos externos de sugestão hipnótica, os
indivíduos possam se sentir como animais, assumindo zooformas, extrafisicamente, além de outros
possíveis pontos de contato com os fenômenos parapsicológicos.
Fatos. A projeção da consciência encarnada pelo psicossoma oferece três fatos que merecem
ser analisados relativamente ao assunto:
282.1.Autotransfigurações. A consciência encarnada projetada, usando as propriedades
plásticas do psicossoma, pode transfigurar este veículo de manifestação e assumir qualquer forma que
desejar.
282.2.Bilocações. A consciência encarnada projetada, nos fenômenos das aparições de pessoas
vivas e bilocações físicas, pode aparecer visível e tangível aos seres humanos.
282.3. Repercussões. Os fenômenos das grandes repercussões de origem extrafísica durante as
projeções conscientes, nas exteriorizações da sensibilidade e motricidade, e nos fenômenos de efeitos
físicos ectoplásmicos demonstram que a consciência encarnada, estando projetada pelo psicossoma em
sua forma densa ou tangível, quando este é ferido o ferimento se transfere ao corpo humano.
Possibilidade. Partindo das evidências referidas já se pode considerar, racionalmente, a zootropia como possibilidade parapsíquica ponderável indescartável, além do interesse histórico.
Pesquisas. A exteriorização da sensibilidade humana-animal provoca uma série de problemas
de pesquisa: os efeitos da transferência da sensibilidade sobre o animal; o domínio do animal por essas
influências; a reação da consciência animal sobre a humana; os perigos que acarretam tais experimentos;
o resíduo de realidade que existe em muitas lendas e crendices populares, inclusive quanto a criações tais
como vampiro, drácula, lobisomem, etc.
Registros. Vale registrar, na mesma linha de considerações: no plano extrafísico, há enfermos
desencarnados que se apresentam com as formas aberrantes, inclusive animais, dragões, gigantes,
ciclopes, etc., muitas vezes causadas por fascinação e sugestões hipnóticas obsessivas extrafísi- cas. Já
ocorreram também raras materializações de animais com evidentes manifestações de vida nas sessões
experimentais de ectoplasmia.
Sensibilidade. Além do exposto, o fenômeno da exteriorização da sensibilidade suscita questões pertinentes: — Não seria possível transferir a sensibilidade de um ser humano para um ser animal
tido como inferior? Neste caso não seria também natural esperar a repercussão da sensibilidade do animal
para o corpo humano?
Feto. Na evolução de seus nove meses, o feto humano — habitante do útero — passa por várias
formas zoológicas. Até que ponto tais transformações embriogênicas, derivadas da hereditariedade e
respeitadas pelo sistema organizador biológico do corpo humano, faculdade do psicossoma, teriam
relação direta com a faculdade de autotransfiguração do próprio psicossoma urdida pela consciência?
______________________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 175), Ambelain (23, p. 41), Armond (53, p. 87), Bennett (116, p.
187), Bonin (168, p. 548), Carton (252, p. 344), Chaplin (273, p. 95), Day (376, p. 78), Depascale (392, p.
67), Drury (414, p. 37), Fodor (528, p. 210), Fontaine (533, p. 71), Gaynor (577, p. 102), Gomes (612, p.
120), Gómez (613, p. 107), Gurney (666, p. 173), Martin (1003, p. 74), Oesterreich (1145, p. 191),
Pensamento (1224, p. 62), Poinsot (1269, p. 149), Rigonatti (1402, p. 95), Rochas (1430, p. 39), Shepard
(1548, p. 541), Spence (1588, p. 255), Tondriau (1690, p. 245), Vieira (1762, p. 81), Wantuil (1795, p.
34), Xavier (1881, p. 21-8), Zaniah (1899, p. 274).
283.
MUTAÇÃO EXTRAFfSICA
Definição. Mutação extrafísica: faculdade pela qual a consciência varia ou deforma constantemente a forma humanóide do psicossoma.
Sinonímia: metamorfose extrafísica.
Autotransfiguração. A mutação extrafísica voluntária constitui um gênero particular de
autotransfiguração, do modo que existem o mimetismo extrafísico e a zootropia.
Tipos. A mutação do psicossoma parece ser parapatológica, em casos extremos de instabilidade
da forma extrafísica e ocorre independentemente da vontade do ser desencarnado enfermo. Também pode
ser voluntária, sem qualquer conotação parapatológica séria, porém com intenções nem sempre sadias ou
corretas (o que não deixa de ser mórbido).
Interpretação. A mutação extrafísica cria dificuldade de interpretação dos fatos extrafísicos
por parte do projetor consciencial lúcido inexperiente, quando está projetado, que se vê confundido com a
ocorrência, não sabendo se deve atribuí-la a alucinações, imagens oníricas, formas-pensa- mentos, ou
outra causa lógica proveniente de si mesmo, ou do universo de manifestações de sua própria consciência.
Ficção. Os mutantes extrafísicos evidenciam que as criações intensamente elaboradas das estórias de ficção científica muitas vezes foram geradas quais meros decalques de realidades extrafísi- cas
entrevistas pelas consciências projetadas de seus autores, com alguma lucidez, fora do corpo humano.
284.
TÉCNICA DA MIMETIZAÇÃO EXTRAFÍSICA
Definição. Mimetização extrafísica: assemelhamento da consciência encarnada projetada,
através da faculdade de autotransfiguração do psicossoma, ao meio ambiente extrafísico aonde a mesma
esteja se manifestando.
Sinonímia: autodissimulação extrafísica; camuflagem da consciência; despistamento extrafísico; disfarce extrafísico; dissimulação consciencial; homocromia extrafísica; mimetismo extrafísico;
mimetização vibratória.
Camuflagem. Como hipótese destinada à pesquisa, o mimetismo extrafísico, uma das variedades ou aplicações da propriedade de autotransfiguração do psicossoma, produzido pela consciência
como efeito da atuação da vontade, constitui camuflagem assimétrica, às vezes verdadeira diluição do
veículo de manifestação consciencial no meio ambiente que passa a compor ou configurar
temporariamente, ou seja, a estrutura das formas-pensamentos, cor dos objetos e formas dos acidentes, aí
existentes.
Tipos. A adaptação mimética extrafísica do psicossoma do projetor consciente encarnado pode
ocorrer de maneira instantânea — estratagema usado quando a consciência anseia tugir de um ambiente
às pressas — ou de modo elaborado, devagar, calçuladamente, com as forças plasticizantes e
organizadoras do pensamento.
Trajes. O processo mimético mais comum ao projetor projetado, produzido de modo inconsciente, é a consciência mimetizar a aparência, trajes, modos e costumes da média das entidades autóctones existentes no meio ambiente extrafísico que visita temporariamente, a fim de se sentir assemelhada aos demais e não chamar a atenção para a sua condição de forasteiro, quase sempre incômoda.
Trauma. A primeira mudança relacionada com o meio ambiente extrafísico na apresentação do
projetor encarnado projetado pode ocorrer de modo inconsciente, como resposta natural aos intensos
desejos da consciência de se defender e, nesses casos', sobrevêm pequeno trauma sem conseqüências, o
que é compreensível.
________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 103).
X- RELAÇÕES DA CONSCIÊNCIA PROJETADA
X - Relações da Consciência Projetada
295.
COMUNICABILIDADE CONSCIENCIAL
Definição. Comunicação consciencial: processo de participação da consciência na existência e
relação com outras consciências.
Sinonímia: comunicabilidade consciencial; participação consciencial.
Tipos. A dinâmica da comunicação consciencial se dá por diversos meios ou expressões: o
pensamento como linguagem universal; o pensamento-fala; o diálogo transmental ou telepatia extrafísica;
a fala inarticulada humanóide; a fala ecoante; a voz ressoante de origem indeterminada (freqüências
diversas); a voz sem inflexão; a recepção mental de origem indeterminada; o pressentimento; etc.
Fatores. Fatores que influem na comunicação consciencial: base idiomática mental; características do idioma nativo (gírias por exemplo); hábito de pensar no idioma nativo; confrontação de idiomas
nativos; fala feminina; fala masculina; fala infantil; bradipsiquismo e taquipsiquismo, ou a velocidade com
que se pensa; dificuldades na comunicação extrafísica; paralelo entre a telepatia pura no estado da vigília
física ordinária e no período extrafísico; interferências de estações de rádio e televisão na comunicação
consciencial; existência e atuação possível do transmissor e do receptor telepáticos; estado psicológico do
transmissor ou receptor; influência do meio ambiente extrafísico na comunicação consciencial;
comunicação mental com os animais extrafísicos; inco- municabilidade extrafísica; etc.
Escuta. O projetor, como regra geral, escuta o pensamento da entidade no plano extrafísico
como escuta a voz do encarnado no estado da vigília física ordinária. Às vezes a consciência projetada
consegue distinguir a intensidade, a freqüência, e o timbre do interlocutor extrafísico, quando encontra
conhecido encarnado, agora desencarnado no plano espiritual.
:
Ecos. No plano extrafísico, às vezes, as palavras que se ouvem, ou os pensamentos captados,
surgem como se fossem ecos, porque a consciência projetada parece saber os pensamentos da outra
entidade interlocutora antes que os mesmos sejam exteriorizados, isto é, capta o que foi pensado por
outrem, por via telepática, antes que o pensamento seja expresso pela fala extrafísica.
Simultaneidade. A consciência projetada pode detectar telepatia e falatório, ao mesmo tempo,
no mesmo plano extrafísico, dependendo do interlocutor, das circunstâncias, e do meio ambiente
extrafísicos.
Mecanismos. Infere-se dos fatos expostos que o projetor projetado nor.ui mecanismos ocultos
de intercomunicação com outras consciências, freqüentemente ainda desconhecidos e não controlados por
ele.
__________________
Bibliografia: Kardec (824, p. 175), Sabom (1486, p. 70), Vieira (1762, p. 183).
295.
CONSCIENCIÊS
Definição. Conscienciês: idioma telepático, nativo ao plano extrafísico, próprio para a
comunicação entre as consciências deste planeta e as consciências de todo o universo extrafísico.
Sinonímia: diálogo transmental; idioma consciencial; idioma cósmico; idioma galáctico; idioma
omniglota; idioma telepático; idioma universalista; língua cósmica; linguagem angélica; linguagem mental
universal; telepatia extrafísica (V. cap. 64).
Telepatia. Como teoria objetivando pesquisas, o conscienciês é a plasmagem, em forma do
idioma universal da consciência, da mesma telepatia extrafísica, ou entrada súbita de pensamento ou idéia
na consciência projetada. Contudo, vale ressaltar uma diferença: a telepatia usa, em certos casos, a
articulação de palavras; o conscienciês é tão-somente a linguagem mental ou consciencial pura, sem
nenhum apoio, muleta, ou artifício fora da consciência.
Características. Dentre as características do conscienciês destacam-se: »ato pelo qual a
consciência encarnada projetada sabe perfeitamente o que outra entidade (desencarnada, encarnada
projetada, etc.) está pensando e vice-versa; a transmissão instantânea, consciência a consciência, de idéia
básica em bloco; a variação do percentual de compreensão conforme o distrito extrafísico; a transmissão
pensamental feita diretamente de um corpo mental para outro corpo mental elimina os erros de
interpretação, as interferências heteroconscienciais, e as estáticas psíquicas; a relação existente do
conscienciês com as formas-pensamentos; o conscienciês atuando durante manifestações mediúnicas;
obviamente, o conscienciês torna o universalismo inevitável, como doutrina filosófica, na evolução natural
da consciência eterna; a pessoa monoglota e sua dificuldade perante o conscienciês; a pessoa poliglota e
sua facilidade perante o conscienciês; etc.
Idiomas. A linguagem científica pode ser dividida em natural (exemplo: inglês), artificial
conceptual (exemplo: notação aritmética), artificial não-conceptual (exemplo: notação musical), e
paranatural (exemplo: conscienciês). Os idiomas humanos talvez sejam os últimos reflexos físicos dos
quais a consciência se liberta definitivamente, no plano mental puro, até alcançar plenamente o domínio
do conscienciês. Isso ocorre em razão das matrizes ou imagens das idéias do idioma ou idiomas humanos,
predominantes nas experiências arraigadas à memória integral do ego, ou seja, a base idiomática mental
de cada consciência.
Base. O conscienciês, fora do corpo humano, leva a consciência, no corpo mental, a descobrir,
independentemente de sua escolaridade, a existência, atuante, do fenômeno da base idiomática mental.
Esta, por sua vez, conduz a consciência à descoberta da importância prática de oito idiomas, vitais, além
do âmbito das universidades humanas: o sânscrito, quanto ao entendimento inestimável da teologia do
Oriente; o hebraico em relação à teologia também preciosa do Ocidente; o grego e o latim como únicos
instrumentos para a exumação dos textos clássicos do pensamento antigo; o chinês e o russo como formas
atuais de atuação das idéias políticas da metade da população terrestre; o francês e o inglês como os
ressoadores, nem sempre eficientes, chaves das portas que conduzem aos acervos do pensamento moderno
da atual civilização, pontes de acesso aos demais idiomas. Por aí se vê que a tão falada escolaridade
moderna peca por insuficiência. No meu caso, estudei duas décadas em escolas oficiais onde aprendi os
rudimentos de apenas três destes oito idiomas. Outros estudos têm que ser feitos pela autodidaxia, quase
sempre em fontes de outras plagas.
Conscientização. A conscientização da existência e das utilidades do conscienciês prepara a
consciência para entender, buscar, e alcançar, gradualmente: a concepção do universalismo (V. cap. 134);
o fenômeno da consciência cósmica (V. cap. 30); o estado da consciência galáctica; o estado da
consciência contínua (V. cap. 438); etc.
Explicações. O conscienciês — como faculdade essencial de manifestação consciencial — pode
explicar a razão de ser, de maneira mais aproximada da realidade: dos ambientes extrafísi- cos (V. cap.
232), ou estados conscienciais; dos veículos de manifestação da consciência (V. cap. 84); das ondas
mediúnicas nas manifestações do mediunismo (V. cap. 372); etc.
Jargão. Registro aqui a existência do jargão multilingual extrafísico que deriva de muitos
idiomas terrestres e, quase sempre, pode ser ouvido apenas entre as entidades extrafísicas que ainda
sentem necessidade — por si ou pelos outros — de articular vocábulos para se comunicarem entre si.
Vocabulário. Eis dez palavras e expressões do jargão multilingual extrafísico, crosta-a-crosta:
embaixo, crosta terrestre; entrar no respirador, encarnar; ir para o respirador, encarnar; fole, corpo
humano; Gente Cinzenta, grupo de entidades doentes; passeador de cachorro (pejorativo), amparador;
pijamudo, projetor encarnado projetado; respirador, plano físico humano; respiro, o mesmo que
respirador; sair do respirador, desencarnar.
__________________________
Bibliografia: Powell (1278, p. 34), Schiff (1515, p. 209), Sherman (1551, p. 192), Vieira (1762,
p. 22).
295.
TÉCNICA DA COMUNICAÇÃO EXTRAFfSICA
Identificação. Para você — na qualidade de projetor projetado — se comunicar melhor com as
entidades que depara no plano extrafísico, deve, em primeiro lugar, autolocalizar-se e identificar o
processo médio de comunicação mais fácil para você mesmo poder entender e fazer-se entendido por
aqueles com quem se encontra.
Meios. A comunicação consciencial extrafísica pode ser conduzida tanto por meios, sob certo
aspecto, verbais, ou seja, semelhantes ao processo da fala humana convencional, como telepaticamente,
consciência a consciência, de modo direto.
Aspectos. A regra geral da comunicação telepática, mente-a-mente, ou diálogo transmental,
conscienciês, nem sempre funciona em todos os ambientes extrafísicos, por isso você deve observar quatro
aspectos:
287.1 Averiguar as possibilidades ou o nível evolutivo do meio ambiente extrafísico.
287.2. Identificar a base idiomática mental, humana, derivada do idioma nativo anteriormente
usado pela média da população, agora extrafísica, quando a mesma esteve reencarnada.
287.3 Manter a vontade deliberada de entender a emissão mental do interlocutor ou do ouvinte.
287.4 Buscar examinar a psicosfera da criatura, o que, no caso, faz lembrar a técnica da “leitura
de lábios” empregada no estado da vigília física ordinária.
Entendimento. As dificuldades de entendimento das experiências extrafísicas se devem também
à linguagem humana que ainda se mostra incapaz de incorporar na consciência as experiências que não
sejam sintetizadas em uns tantos conceitos operacionais específicos.
________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 89).
295.
CAPTAÇÃO EXTRAFÍSICA DE IDÉIAS ORIGINAIS
Definição. Idéia original: aquisição de informação nova por párte da consciência.
Sinonímia: “alucinação criativa”; concepção inédita; concepção original; idéia iluminadora;
idéia inédita; idéia nova; pensamento independente; “sonho inventivo”.
Causas. Buscando manter o discernimento desperto, a consciência encarnada, através de
observações atentas, quando projetada no plano extrafísico — mais o crivo do raciocínio cartesiano, os
apelos do próprio bom senso perante as ocorrências parapsíquicas, e o acato à sabedoria das leis naturais
em suas conclusões — consegue captar idéias positivas de renovação e concepções originais usando as
experiências das projeções conscientes, inclusive as projeções conscientes educativas (V. cap. 381), num
processo eficaz de inspiração ostensiva, antecipadamente programada.
Tipos. Os frutos das inspirações, as captaçõe’ extrafísicas de idéias, ou as aquisições paranormais de informação por parte da consciência encarnada projetada, durante os fenômenos das projeções
conscientes — relatados em numerosos casos publicados — podem ser de vários tipos:a idéia procurada; a
idéia não procurada; a idéia conhecida; a idéia desconhecida; a idéia-alvo; o clarão da criatividade; a
inventividade patente; etc.
Efeitos. Dentre os efeitos advindos da captação extrafísica de idéias originais destacam-se:
mensagens, prosa, poesia, título de trabalho; instruções extrafísicas inéditas; hipóteses de trabalho;
fecundação psicológica; germinação de idéias novas; fonte de esquemas de raciocínio; solução de questões
pendentes; incremento da inventividade; criação de recursos inovadores; aprendizagem efetiva;
descobertas científicas; etc.
_______________________
Bibliografia: Denning (391, p. 50), Holroyd (738, p, 72), Walker (1782, p. 108), White (1829,
p. 219).
295.
IDÉIAS ORIGINAIS HISTÓRICAS
Definição. Idéia original histórica: aquisição de informação nova executada por personalidade
que se tornou célebre através da História.
Sinonímia: “alucinação criativa histórica”; concepção inédita histórica; concepção original
histórica; idéia inédita histórica; “sonho inventivo histórico.”
Depoimentos. A História Humana registra numerosos casos de experiência cognitiva paranormal, ou captação extrafísica de idéias, segundo o depoimento de artistas, cientistas, compositores,
descobridores, escritores, estadistas, estudantes, executivos, inventores, pesquisadores, e poetas que
constituem, na realidade, autênticas projeções mais ou menos lúcidas da consciência.
Exemplos. Eis quarenta e dois exemplos históricos de captação extrafísica de idéias originais
através dos receptores e suas concepções ou obras: Jean Louis Rodolphe Agassiz (1807-1873), restauração
da configuração de peixe fóssil; Charles Pierre Baudelaire (1821-1867), poemas; William Blake (17571827), pinturas; Niels Henrik David Bohr (1885-1962), nobelista, modelo da estrutura do átomo; Charlotte
Bronte (1816-1855), prosa; John Bunyan (1628-1688), “Pilgrim’s Progress”; Girolamo Cardano (15011576); Jean Cocteau (1889-1963); Samuel Taylor Coleridge (1772-1834), poema “Kubla Khan”; Etienne
Bonnot de Condillac (1715-1780), discussões metafísicas; Marie Jean Antoine Nicolas de Caritat,
Marquês de Condorcet (1743-1794), problemas matemáticos; William Cowper (1731-1800); Dante
Alighieri (1265-1321), “A Divina Comédia”; Thomaz de Quincey (1785-1859), confissões; John Dryden
(1631-1700), poesias; Johann Wolfang von Goethe (1823), problemas científicos e poemas; Herman
Volrath Hilprecht (1859-1925), decifração de inscrições em fragmentos de ágata da antiga Mesopotâmia;
Elias Howe (1819-1867), invento da máquina de costura; Henrik Johan Ibsen (1828-1906), peça dramática
“Brand”; Friedrich August Kekulé von Stradonitz (1829-1896), arranjo dos átomos dentro da estrutura
molecular do benzeno; Friedrich Gottlieb Klopstock (1724-1803), poemas; Jean de La Fontaine (16211695), “A Fábula do Prazer”; Abraham Lincoln (1809-1865); Otto Loewi (1873-1961), nobelista de
Medicina de 1936: impulsos nervosos transmitidos por meio de substância química; Guy de Maupassant,
poemas; Dmitri Ivanovich Mendeleiyev (1834-1907), tabela periódica dos elementos; Wolfang Amadeus
M. Mozart (1756-1791), várias composições musicais; Isaac Newton (1642-1727), problemas
matemáticos; Bernard Palissy (1510-1589), peças de cerâmica; Edgar Allan Poe (1809-1849), estórias;
Ann Radcliffe (1764-1823), “The Mysteries of Udolpho”, em 1794; Edwin Richman, instrumento
giroscópico; Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851), “Frankenstein”; Percy Bysshe Shelley (17921822); Harriet Elizabeth Beecher Stowe (1811-1896), “Uncle Tom’s Cabin”; Johan August Strindberg
(1849-1912), dramaturgia; Giuseppe Tartini (1692-1770), sonata “The Devil’s Trill”; William Makepeace
Thackeray (1811-1863), “Vanity Fair”; Francis Thompson (1859-1907), “The Hound of Heaven”; Leon
Nikolayevich Tojstoy (1828-1910), prosa; Jean François Marie Arouet de Voltaire (1694-1778), “La
Henriade”; Edward Lucas White, romance “Audivius Hedulio”.
Instrumento. A projeção consciencial lúcida, apesar de ser um fenômeno basicamente contrário
aos padrões aparentemente rígidos da reencarnação humana, apresentará à Humanidade, no decorrer do
tempo e do acúmulo de experimentações, cada vez mais, maior confiabilidade como instrumento de
trabalho coadjuvante da consciência encarnada nos seus múltiplos desempenhos.
______________________
Bibliografia: Bergier (122, p. 18), Coleman (291, p. 269), Denis (389, p. 144), Edwards (463, p.
108), Frost (560, p. 24), Garfield (568, p. 37), Guieu (660, p. 95), Krippner (862, p. 134), Monteith (1072,
p. 198), Norvell (1136, p. 201), Tishner (1687, p. 29), Wang (1794, p. 891), Wilson (1858, p. 127).
295.
IDÉIAS ORIGINAIS ATUAIS
Definição. Idéia original atual: aquisição de informação nova, na hora presente, através das
projeções conscientes.
Sinonímia: concepção nova atual.
Aquisições. O conhecimento extrafísico direto é adquirido pelo processo mais avançado através
da projeção da consciência, seja encarnada ou desencarnada, pelo corpo mental, no plano mental, livre da
prisão às formas, espaços e ao tempo de todos os tipos e concepções que subjugam e restringem as
manifestações da personalidade do homem.
Atuais. Este autor, através das projeções conscientes, tem feito verificações, captado idéias
fecundantes, alcançado concepções extrafísicas atuais, lógicas e, de certa forma, inéditas, confirmadas
pelos fatos, como certos conceitos, aparentemente exemplos comuns, que de um modo ou de outro
representam alguma contribuição criativa. Tais idéias servem ao menos para caracterizar aspectos
mínimos, ainda desconhecidos, ou não identificados plenamente, nem aplicados de maneira coerente nas
pesquisas da fenomenologia das projeções conscientes.
Finalidade. Tais conceitos, termos, e expressões compostas são usados aqui devido à inexistência de outros mais corretos e esclarecedores, servindo como auxiliares para delinear as descrições de
experiências reais, não constituindo doutrina dogmática para ser seguida. Desde que alguém tenha
experiências desse tipo e as analise, os conceitos podem ser aplicados para criar novas experiências. A
linguagem, ou a forma esboçada aqui, torna-se òrdenadora, disciplinadora, e guia para as pesquisas da
consciência sobre si mesma.
Expressões. Eis uma listagem ou índice de trezentas expressões, supostamente novas, e neologismos (afora muitos outros existentes aqui) cujos significados podem ser consultados pelo interessado
no aprofundamento da análise projeciológica, no texto deste livro pelo número entre parênteses, que indica
a página onde cada qual é definido ou explicado: abduzido extrafísico (627); abertura mnemónica (507);
aceleração da digestão (324); adenoprojeção (306); agenda extrafísica (481); agentes inibidores relativos
(583); análise reencamatória (633); anamnese extrafísica (142); ancestralidade assistencial (477); âncora
do psicossoma (153); andróide paranormal (75); animi- cidade (542); antropologia projetiva (30);
aparência paradoxal (444); aparição, compartilhada (463); aparição laboratorial (82); arapuca energética
(367); arqueprojeção (124); assombramento projetivo (92); astronomia projetiva (32); ataques duplos
(465); aura projetiva (323); auto-abraço (450); auto-alvo (437); autobilocação consciencial (51);
autobiografia pré-encamatória (629); au- tocinesia (348); autocombustão voluntária (642);
autodesencamação chacral (640); autodiagnós- tico projetivo (317); auto-evocação extrafísica (457); autoinvisibilidade (408); autolocalização extrafísica (358); automaterialização (73); automicroscopia (390);
autonomia de vôo (513); au- topersuasão projetiva (38); autopsicofonia simultânea (73); auto-relutividade
do psicossoma (405); auto-revelação (208); autotoque extrafísico-físico (450); banho energético pósprojetivo (495); bariprojeção (558); base física portátil (233); base idiomática mental (430); bibilocação
(78); bilocação mista (74); binômio lucidez-rememoração (550); biprojeção (553); biprojetor (554);
bloqueio mnemónico (508); brechas psicológicas (474); câmara extrafísica de descom pressão (365);
câmara projetiva (235); carona extrafísico (413); carta vibratória (579); cefalopro- jeção (272);
cefalossoma (182); cérebro vazio (370); chacroprojeção (272); chuveirada hidro- magnética (249); cidadedormitório extrafísica (364); coma extrafísico (641); condição passi- vativa (567); conscienciolândia
(360); conscienciologia (15); continuum consciencial (647); contra-abordagem extrafísica (449);
contrabando energético (385); contra-espionagem extrafí- sica (621); controle remoto extrafísico (179);
co-projetor (565); cordão de prata antigo (645); coronatron (160); corpo orbitante (147); corrente
projeciógena (614); correntes de forças centrífugas extrafísicas (415); corridas extrafísicas (469);
cosmificação da consciência (211); cos- mpcriacia (220); cosmoprojeção (305); crescendos fenomênicos
(531); decolagem anímico- mediúnica (340); deficienciolândia (210); dejaísmo projetivo (61);
desaparecimentos extrafísicos (445); descoincidência vígil (496); desconsciência post-mortem (40);
desconforto admonitório (160); desencarnado impuro (191); desencamantes (478); devaneio
autoprogramado (261); dimensão três e meia (366); dissolução extrafísica (373); duplódromo (231); duplo
restringimento (203); ecocéfalos (337); ecologia extrafísica (362); efeito da contigüidade (159); egologia
(15); encarnados trancados (634); energia consciencial (381); energia imanente (379); energização fechada
(384); epiprojeção (51); equívoco da consciência (491); escala da lucidez da consciência projetada (355);
escala de observação extrafísica (374); escala dos contatos extrafísicos (440); escape do psicossoma (344);
escondimentos ignorados (136); espectador-projetor (517); estado parapro- jetivo (660); estados
vibracionais uníssonos (328); estáticas psíquicas (430); estroboprojeção (272); evocação antecipada (458);
exoprojeção (32); exorcista extrafísico (472); exovidência (79); experiência intracorpórea (152); fase de
transição projecional (332); fenômeno surpresa (102); fin- cador de cunhas mentais (470); física projetiva
(32); fitoprojeção (40); fixador psicofisiológico (644); função anti-reencamatória da projeção (630); gafes
extrafísicas (436); giroprojeção (309); hemiprojeção (302); hereditariedade profissional (477);
heterodespertamento extrafísico (447); hi- droprojeção (272); holossoma (134); homicídio extrafísico
(161); homocromia extrafísica (424); homoprojeção (55); Homo projectius (636); ideoduto (159); idioma
omniglota (430); imolação energética (195);inaudibilidade extrafísica (407); incerta extrafísica (658);
instabilidade de bruços (342); interiorização inversa (486); laboratório consciencial (172); libidroprojeção
(274); locais interditados (438); macrotraumas extrafísicos (572); mapa extrafísico (579); medicina
projetiva (29); megaprojeção consciente (480); meia-materialização (83); memória contínua (71);
mentofa- turas (394); microtraumas extrafísicos (572); minicordão de prata (302); miniférias extrafísicas
(576); miniprojetor (448); mini-sonho projetivo (489); momento físico-extrafísico (324); mono- ideísmo
refratário (582); monólogo psicofônico (52); movimento psicófugo da consciência (678); movimento
psicópeto da consciência (678); muletas psicofísicas (252); multimemória (510); musi- coprojeção (293);
mutantes extrafísicos (424); narcoprojeção (272); obnubilação consciencial extrafísica (189); olhos
energéticos (328); oligofrenia extrafísica (189); omninteração energética (388); omnividência (373);
oniroprojeção (298); orgasmo projeciogênico (274); orgasmo compartilhado (401); orgasmolatria (218);
orgasmo vibratório (328); paciente desconhecido (389); para- cérebro (7); paracirurgia (602); parafauna
(24); paraflora (24); parageografia (362); para-hipocri- sia (211); parandróide (75); para-anestesia (604);
para-assepsia (604); para-olhos (235); parapolí- tica (465); paraprojeção (39); parapsicosfera (365);
parapsicologia projetiva (13); parapsiconáu- tica (32); parapsicose post-mortem (188); para-sociologia
(543); para-sonia (332); paravisão (372); passes para o escuro (389); percursos ida-volta-nova-ida (120);
peregrinações extrafísicas (437); pivô da morte (154); planejamentos multiveiculares (220); planetadormitório (173); pneumo- projeção (259); polimemória (510); polivalência parapsíquica (543);
predisposição esterilizante (582); primeira base física (231); primeira projeção semifísica (552);
primoprojeção (552); projeção antefinal (64); projeção-aula (555); projeção bicontrolada (283); projeção
cega (372); projeção do adeus indireta (94); projeção dupla (553); projeção homóloga (55); projeção ideogênica (554); projeção-materialização (73); projeção onírica (124); projeção possessiva (470); projeção
ressuscitadora (65); projeção semiconsciente histórica (432); projeção semifísica (552); projeção sentada
(302); projeção sonora (561); projeciônica (13); projeciocrítica (224); projecio- fobia (342); projeciocracia
(552); projeciografia (516); projeciolatria (225); projecionística (13); projeciorréia (566); projeciotóxico
(608); prqjetabilidade (208); projetarium (235); projetor-aluno (554); projetor-amparador (456); projetorcatalisador (527); projetor-despertador (447); projetor esclarecedor (472); projetor-penetra (197); prqjetorprotagonista (517); projetor telecineta (99); pseudo-obsessão (69); psicofaturas (394); psicossoma sólido
(73); quase-despertar (494); quatro- mãos (388); recaptura do cordão (157); recesso projetivo (532);
redução do cordão de prata (160); reencamação alternante (630); reencarnação fixa (630); reencamações
mais e menos evoluídas (634); reencamações subintrantes (634); refrigerada aeromagnética (250);
regressão extra- física pós-natal (560); relutância trifásica (487); rememoração em bloco (506);
repercussão dos casais (490); repercussão onírica (490); reprojeção (57); retardamento consciencial (190);
reurba- nização extrafísica (416); revezamento reencamatório (191); rotação do psicossoma (308); rotação
projetiva (309); satélites extrafísicos (362); saudade parapsíquica (414); segundo universo (360); semente
mnemónica (510); semidecolagem (333); semi-encamado (559); serenões (544); sessão do eu sozinho
(389); sinal projetivo (323); sociologia projetiva (31); sonho projeciogênico (299); suicídio extrafísico
(161); superdotado projetivo (589); tensão superficial extrafísica (403); transconsciência (59); transe
projetivo (546); transexuais extrafísicos (422); transitolândia (360); traumas extrafísicos (572);
Trendelenburg extrafísico (340); três mortes (194); última base física (234); ultravidência (58); útero
extrafísico (366); unipresença (333); volitação assistencial (477); zooprojeção (39).
Capítulos. Eis também quarenta capítulos inteiros deste livro que representam mais observações, ensaios, hipóteses e teorias geradas pelas experiências do autor, aguardando maiores confirmações
dos pesquisadores (o número entre parênteses corresponde ao capítulo): acoplamentos áuricos (307);
agenda extrafísica (327); ato sexual (172); aura projetiva (204); autotelecinesia (334); Código de Ética
Extrafísica (132); conscienciês (286); contágio psicológico (422); criaturas inabordáveis (305);
desaparecimentos extrafísicos (302); descoincidência v{gil (340); era consciencial (136); escala de
observação da consciência projetada (241); escala do estado da consciência contínua (439); esfera
extrafísica de energia (236); esferas de ação do cordão de prata (99); estado transicional (210);
exteriorização de energia (251); fisiologia do estado projetivo (452); fixador psicofisiológico (443);
localizações conscienciais (444); meia-materialização (47); memória quádrupla (349); mimetização
extrafísica (284); multilocação física (53); paradoxos da Projeciologia (20); projeção animal (17); projeção
assistida (187); projeção consciente nas instituições totais (425); projeção pelo corpo mental (190);
projeção regressiva pós-natal (388); projetabilidade (130); projetarium (145); reciclagem encarnatória
projetiva (400); respiração na decolagem (220); rolamento de costas (194); soltura do duplo etérico (93);
técnica do autodespertamento extrafísico (225); técnica do passe a três (314); uniforme do projetor
projetado (280).
Aviso. O leitor ultraexigente que deseja circunscrever-se apenas aos fatos e fenômenos mais
comuns e evidentes, de tranqüila aceitação pela maioria dos pesquisadores, por julgar outros assuntos
avançados ainda excessivamente obscuros, nebulosos, ou surrealistas, deve evitar os capítulos referidos, e
outros de igual teor e natureza deste livro.
Heterodoxia. Não alimento qualquer ilusão quanto à aceitação integral daquilo que seja novo e
não-ortodoxo (inortodoxo ou heterodoxo) que exponho aqui. Por mais incrível que pareça, as idéias novas,
de qualquer natureza, são menos bem recebidas hoje, e muito mais difíceis de serem adotadas, nesta Era
Tecnológica, do que o foram na chamada Idade do Obscurantismo. Isso parece ser muito positivo e
demonstra progresso, ou seja, evidencia maior grau de maturidade consciencial.
Racionalidade. Aquele que julgar que estou inventando demais, ou criando palavras e expressões em excesso, na intimidade de minhas retortas mentais, peço reservar o seu julgamento, usar o
bom senso, e observar a lógica, ou mais apropriadamente, a racionalidade de cada uma das expressões em
relação aos fatos físicos-extrafísicos. Isso pode ser obtido através de experiências conscientes fora do
corpo humano, dispondo-se o interessado a gastar tempo, despender esforço e repetir treinamentos como
muita gente, por aí afora — e este autor — o tem feito.
Padrões. A consciência encarnada vive num mundo físico, ou animal, da luta pela vida,
recheado de crueldade, mágoa e ira, mas também juntamente com radiantes promessas da implantação
humana do perdão, da fraternidade pura, e do amor espontâneo. O modo mais inteligente de existir ou
viver evoluindo, enquanto passa por este mundo, é manter racionalidade, boa intenção, boa vontade, e
elevado senso de otimismo, ou bom humor, buscando servir aos outros. A projeção consciente ajuda
decisivamente na execução deste processo de existência evolutiva na medida em que fornece à consciência
encarnada os meios para conseguir vislumbrar novos padrões, ainda não detectados, ou idéias originais, no
aparente caos turbilhonante em volta de si, e esta transmite aos outros as introvisões, opiniões, ou
exemplos novos e renovadores daí advindos. Neste aspecto, a Projeciologia representa atuante plataforma
existencial no campo da Filosofia Humana (V. cap. 129).
____________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 8).
295.
IDÉIAS EXTRAFfSICAS EVITÁVEIS
Definição. Idéias extrafísicas evitáveis: pensamentos inconvenientes, inoportunos, deslocados,
extèmporâneos ou negativos que devem ser evitados pelo projetor projetado em defesa do prosseguimento
positivo da sua projeção consciente.
Sinonímia: gafes extrafísicas; impropriedades mentais extrafísicas; interferências parapsíquicas.
Fator. A força do pensamento no plano extrafísico constitui fator sobejamente conhecido que
deve ser sempre respeitado pela consciência, procurando ver o lado melhor dos seres, das coisas, e dos
eventos que depara quando projetada, se deseja evoluir com os seus experimentos.
Diferenças. Extraflsicamente a atuação do pensamento é mais grave, direta e menos sutil. No
estado da vigília física ordinária, qualquer um pode dissimular o que pensa, silenciando, sem deixar
transparecer as suas idéias. Projetada, a consciência pensa e, ao mesmo tempo, produz, executa e transmite
as suas criações mentais, até sem a vocalização, de modo relampagueante, sem possibilidade de voltar
atrás com aquilo que exteriorizou.
Higiene. Em conseqüência do exposto, o projetor há de se preparar previamente, criando hábitos
sadios de pensar, através da higiene mental, a fim de evitar constrangimentos e decepções fora do corpo
humano.
Exemplos. Eis alguns exemplos de idéias evitáveis no plano extrafísico: analisar mentalmente
os erros alheios ao assistir determinados enfermos extrafísicos; mentalizar cenas sobre práticas sexuais em
ambientes inadequados; recorrer a crenças e preconceitos no contato mental com entidades afeitas a outras
correntes de pensamento ou mesmo universalistas; etc.
Avisos. Muitos avisos extrafísicos surgem para a consciência encarnada projetada, através da
intuição ou da sugestão direta dos amparadores, para não pensar sobre determinado assunto, numa certa
injunção das vivências fora do corpo humano, em sexo, por exemplo, a fim de evitar as abordagens
mentais de entidades de pensamentos fixos sobre o tema, à cata de vítimas energéticas e excitações
humanas.
Analogias. Às idéias extrafísicas evitáveis pelo projetor projetado seguem mais dois gêneros de
atitudes extrafísicas análogas: os locais interditados à consciência projetada (V. cap. 294), e as criaturas
inabordáveis à consciência projetada (V. cap. 305).
_________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 44).
295.
ALVOS MENTAIS PROJETIVOS
Definição. Alvo mental projetivo: meta predeterminada que a consciência objetiva alcançar,
através da mentalização e da decisão da vontade, ao se ver lúcida fora do corpo humano.
Sinonímia: alvo consciencial; destino do projetor projetado; local de destino extrafísico; meta
consciencial; plano de vôo extrafísico; ponto escolhido num objetivo consciencial.
Tipos. Os alvos mentais projetivos podem ser classificados em três tipos conforme as criaturas,
os locais e as idéias do projetor.
292.1 Criaturas: ser encarnado (pessoa-alvo, alvo-pessoa, ou pessoa-destino); ser desencarnado;
paciente-alvo; auto-alvo; animal encarnado; animal desencarnado.
292.2 Locais: humano ou físico; extrafísico; mental; área-alvo, ou alvo-área; área-alvo móvel;
área-alvo fixo; objeto-alvo tridimensional; objeto-alvo bidimensional (gravura, por exem- plo).
292.3 Idéias: pensamentos concebidos no estado da vigília física ordinária; idéia-alvo ou alvoidéia; pensamentos concebidos no plano extrafísico; hipótese de trabalho; etc.
Análise. Diversos aspectos fundamentais devem ser considerados ainda na análise de objetivos
da consciência ou dos alvos mentais projetivos: exame de alvos potenciais para determinar sua
importância para a consciência; alvo conhecido; alvo desconhecido; alvo único; alvos múltiplos; alvo
inopinado; erro na ação; correção na ação; razões plausíveis; funcionalidade indeterminada; evocação
consciente; evocação antecipada; evocação involuntária; projeção-penetra; surpresas agradáveis e
desagradáveis ao se atingir o alvo mental; traumas extrafísicos; impedimentos extrafísicos; obstáculos
(nova encarnação, por exemplo); criatura-alvo e comunicação consciencial; pessoa-alvo extrafísico via
tevê humana; anjos e oligofrênicos; etc.
Auto-alvo. O auto-alvo projetivo ou o corpo humano do próprio projetor, permite: o auto-exame
extrafísico; a autoscopia interna extrafísica; a análise do cordão de prata; a análise do duplo etérico como
um todo; etc.
Pessoa-alvo. Com o emprego de pessoa-alvo afim a consciência humana consegue o maior
percentual de acerto nas tentativas de alcançar um alvo mental projetivo.
Extrafisicamente. Nos casos das pessoas-alvos às vezes acontece que a consciência do projetor
se encontra com a pessoa visada estando ambos fora do corpo humano. Este fato e' mais comum do que se
imagina devido a quatro fatores: quando se objetiva alcançar a pessoa-alvo nem sempre se cogita quanto
ao plano de vida em que a consciência dessa pessoa esteja àquela hora, se humano ou extrafísico; relações
íntimas de parentesco, cônjuges, pai e filho, namorados, etc.; horário noturno, quando ambas as criaturas
dormem; preocupações afetivas ou reflexos das atividades diárias tendo a pessoa-alvo ido dormir
pensando na pessoa do projetor, mesmo ignorando o assunto da projeção consciente.
Técnica. Um simples alvo mental, em que se emprega o princípio da direção da atenção para
libertar o psicossoma, serve como técnica projetiva eficaz para muitos projetores.
Curiosidade. Locais-alvos projetivos dos mais procurados, em razão da curiosidade: uma
biblioteca subterrânea do Tibete; a seção secreta da biblioteca do Vaticano; o interior de templo maçónico
em noite de reunião; o interior da sede de seita secreta; etc.
Peregrinações. Acontecem verdadeiras peregrinações extrafísicas a determinadas localidades
que envolvem as consciências com profundas motivações religiosas, sociais, ou históricas como, por
exempo: a cidade de Lourdes, na França; o Vaticano, em Roma; a Caaba, na cidade de Meca; a cidade de
Jerusalem, em Israel; o Partenon, em Atenas; o Taj Mahal, na índia; a Pirâmide de Gizé, no Egito; túmulos
de pessoas queridas em cemitérios distantes; o local onde a Apoio XIII esteve alunissada; e outros. Muitos
projetores inconscientes alcançam estes lugares de tanto pensar neles e almejar ir até lá, porque uma das
forças básicas vitais para a projeção consciente está na grande motivação da consciência do projetor.
____________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 54), CrookaU (343, p. 112), Ebon (453, p. 90), Frost (560, p. 50),
Giovetti (593, p. 82), Monroe (1065, p. 225), Norvell (1139, p. 155), Sherman (1551, p. 190), Shirley
(1553, p. 147), Steiger (1601, p. 124), Vieira (1762, p. 19).
295.
TÉCNICA PARA SE ATINGIR O ALVO MENTAL
Criatura-alvo. Escolha uma pessoa amiga e simpática, com quem você tenha afinidade, e anote
o endereço conhecido dela. Faça o experimento no melhor horário para você e para ela.
Você há de alimentar intenção positiva e a idéia fixa no alvo mental pretendido durante dias,
saturando a sua mente no estado da vigília física ordinária.
Evitações. Você deve evitar o recém-desencarnado-alvo, o reencarnante-alvo ou o espírito-dofeto-alvo, por óbvias razões diversas. Nem sempre o encamado-alvo conserva a recordação do encontro
extrafísico, pois não é só você, na qualidade de projetor consciente, que terá dificuldade para rememorar
os eventos extrafísicos. No esforço para atingir o alvo mental, durante o estágio extrafísico, não mentalize
as áreas do próprio corpo humano ou o cordão de prata, para você não retornar à base física a contragosto.
Vínculos. Você pode usar laços ou vínculos psíquicos que lhe ajudam a aprofundar o rapport
com a pessoa-alvo, avivando a imagem dela em sua mente, alguma coisa que tenha vindo dela, por
exemplo: foto recente; amostra de manuscrito; presente recebido; objeto de uso pessoal; jóia de pequeno
valor; etc. Se for pessoa da sua intimidade, de outro sexo, cujos hábitos você conhece, pode até tratar de
tomar um banho de chuveiro com ela estando só você projetado.
Sonho. Durante o desenrolar de um sonho, se a sua consciência afirmar para você mesmo que
você está sonhando e que vai se desprender do corpo humano, o seu sonho acabará e dará lugar à projeção
consciente. Ao se interiorizar, basta você afirmar para si próprio que sairá de novo e isso acabará
ocorrendo. Quem sonha com a idéia-alvo do psicossoma, como veículo de manifestação da consciência,
acaba se projetando, mantendo a lucidez durante todo o transcurso da experiência extrafísica.
Telepatia. Atingir o alvo mental nem sempre representará para você a operação extrafísica
completa. Às vezes e' preciso que você obtenha a comunicação telepática com a criatura-alvo. Cada
projetor está mais adaptado a determinados tipos de alvos mentais e a certos encontros extrafísicos.
Antecipada. Os seus pensamentos imediatamente anteriores à projeção, freqüentemente
preparam o caminho e afastam os obstáculos para sua consciência alcançar a pessoa-alvo, numa evocação
antecipada.
Mediunidade. A mediunidade e o discernimento espiritual da pessoa-alvo ajudam sua tarefa de
projetor. Esteja prevenido de que você, na qualidade de projetor, não estará livre de encontrar com um
desencarnado mistificador no lugar da criatura-alvo, o que exigirá, em certas oportunidades, a
confrontação extrafísica direta (V. cap. 322).
Correção. Você, na condição de projetor, no estado da vigília física ordinária, não raro programará atingir determinado alvo atrave's de um endereço humano e, logo após se exteriorizar, sentirá
intuitivamente que a pessoa mudou de domicílio. Não se incomode, sua consciência irá a‘té o novo destino,
corrigindo assim sua direção. A personalidade da pessoa-alvo tem mais força de influência sobre sua
consciência do que o endereço dela no ato da busca extrafísica.
Falhas. Em casós especiais de falhas de percepção, ocorre somente a projeção do seu duplo
etérico, sem sua consciência, ou apenas a projeção de suas formas-pensamentos humanóides, daí a
inexistência da rememoração, porque de fato, sua consciência não se projetou para fora do seu corpo
humano.
Razões. Por mais estranho e absurdo que pareça o destino extrafísico a que aporta sua
consciência projetada de modo desendereçado, tal ambiente particular, determinado, tem sempre relação
com você, no entanto, na oportunidade, sua consciência não consegue atinar com as razões ou identificar
os liames que fazem você visitá-lo numa projeção consciente.
Rememoração. Apesar de tudo, em todo experimento deve ser lembrada a possibilidade de
falha na rememoração que mascara o êxito da projeção consciente. O projetor vai até o local, ou até a
pessoa, não se recorda, e pensa que falhou na tentativa, depois vem a saber que a pessoa percebeu sua
presença extrafísica.
_______________
Bibliografia: Baker (69, p. 60), Frost (560, p. 98).
294
. LOCAIS INTERDITADOS
Definição. Local interditado: distrito humano ou ambiente extrafísico os quais a consciência
encarnada projetada deve evitar, ou considerar espontaneamente vedado para si, por motivos e
conveniências pessoais, devido a outras criaturas e circunstâncias do ambiente, ou por existirem ali riscos
potenciais ou reais.
Sinonímia: cilada extrafísica; espaço interdito; local impregnado negativamente; local crítico;
local inabordável; local perigoso; local proibido; lugar evitável; zona proibida.
Locus. Em Medicina sempre íoi usada a expressão locus minoris resistenciae, ou seja, o ponto
fraco, o local de menor resistência orgânica onde uma doença começa a se manifestar no corpo humano do
paciente. Local semelhante existe também entre o plano extrafísico crosta-a- crosta e o plano físico no
corpo do planeta Terra, em se referindo ao sítio onde os desencarnados enfermos podem manifestar-se
com menores dificuldades, tais como: a casa que apresenta ocorrências de poltergeist; lugar onde foram
cometidos crimes violentos; cenário humano de assassinato; casas de suicidas; ex-salas de torturas; exmasmorras de presídio; etc.
Energias. Tais locais humanos retêm energias parasitas, “memória das paredes”, microvibra-
ções, ondas gravitantes, ondas abstratas, ou ondas de formas perceptíveis. Isso leva a consciência projetada
a manter uma auto-restrição de movimentos ou uma liberdade condicionada consciente, às vezes até por
evidentes razões de autodefesa. Não se pode esquecer que na Crosta Terrestre mesmo existem muitos
locais proibidos a visitas, e até aos tráfegos aéreo, terrestre e marítimo como por exemplo, nos polígonos
de tiro onde são testados mísseis* foguetes e outros armamentos.
Paroxismos. Segundo as pesquisas biológicas dos campos eletromagnéticos, os pensamentos
podem ser impressos sobre a matéria. Evidencia isso os pensamentos de terror, de desespero, uma grande
mágoa, um grande medo, que impregnam parafisicamente a estrutura de um prédio depois que ali ocorreu
uma tragédia, assassinato, ou chacina. Nas ocorrências em tais lugares, os protagonistas ou as pessoas
envolvidas agiram sob fortíssimas tensões, numa atividade intensa de suas faculdades mentais, com suas
energias psíquicas, afetivas, conscienciais, ou bioenergias negativas fluindo em níveis extremos,
desencadeando paroxismos de ódio ou piques máximos de horror.
Pensamentos. Tais pensamentos, ou resquícios dessas forças emocionais, parecem ter uma
permanência indefinida, transmitindo sensações de depressão, angústia, ou inquietude, muitos lustros
depois da tragédia, a visitantes completamente ignorantes quanto à ocorrência. As energias gravitantes,
nesses casos, constituem clara trilha seguida, consciente ou inconscientemente, por pessoas de
sensibilidade aguçada, ou de certo desenvolvimento parapsíquico, assim que as mesmas adentram, pela
primeira vez, a construção humana.
Locais. Em determinadas ocasiões um lugar destes, saturado de energias conscienciais, funciona, do ponto de vista paranormal, igual ao pequeno orifício pelo qual a represa começa a esbar- rondar.
Semelhantes aos locais físicos-extrafísicos citados, há locais críticos extrafísicos-físicos.
Tipos. Os locais que podem ser considerados espontaneamente interditados à consciência
encarnada projetada, com lucidez, classificam-se em: físicos, extrafísicos, e ambivalentes.
294.1 Físicos. Dentre os locais físicos ou humanos que merecem ser considerados interditados à
consciência encarnada projetada valem ressaltar: quarto íntimo de casal; loja desativada de iniciaçãp'rituál;
mosteiros abandonados; certas ruínas aparentemente inofensivas; determinados monumentof-è jnausoléus
antigos; lugar que foi palco de batalha sangrenta; local com estátuas ou imagens que foram consagradas
com sangue de sacrifícios de criaturas vivas; lugar onde foram queimadas “bruxás” vivas; determinados
cemitérios; cidadelas medievais; túmulos; criptas; dól- mens; certos hospitais e instituições psiquiátricas;
antigos presídios; etc.
294.2 Extrafísicos. Dentre os locais extrafísicos ou espirituais que merecem ser considerados
interditados à consciência encarnada projetada podem ser relacionados: colônia com habitantes ou
entidades extrafísicas francamente hostis; distrito extrafísico ou ambiente espiritual desconhecido e
desagradável; etc.
294.3 Ambivalentes. Há locais físicos e/ou extrafísicos, por exemplo, onde foram praticados
rituais por longo tempo que devem ser evitados pela consciência encarnada projetada. Os rituais de magia
deixam impregnadas no lugar sensações de conotações emocionais intensíssimas, ou energias gravitantes
difíceis de serem dissipadas ou afastadas da área, suscetíveis de causar influências parapsíquicas, que
podem perturbar o equilíbrio extrafísico da consciência encarnada quando projetada.
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Bibliografia: Castaneda (258, p. 21), Fortune (540, p. 76), Frost (560, p. 183), Kardec (824, p.
175), Russell (1482, p. 66), Vieira (1762, p. 185).
295.
TÉCNICA DA PRODUÇÃO DA TELECINESIA EXTRAFÍSICA
Definição. Telecinesia extrafísica: produção de efeitos físicos pela consciência encarnada
projetada.
Sinonímia: exteriorização intencional da motricidade; telecinesia anímica.
Autodeterminação. Você, na condição de projetor projetado, quando se sentir lúcido, mais
denso no psicossoma livre, e bem constituído fora do corpo humano, pode buscar com toda a potência da
sua vontade, atuar sobre objetos materiais ou pessoas através de atos simples, espontâneos ou preparados
antes da projeção, inclusive com a presença de colaboradores humanos vigeis.
Tipos. Os fenômenos de efeitos físicos provocados pela consciência encarnada projetada podem
ser: abrir livro fechado; acender lâmpada pressionando o comutador; acionar lanterna elétrica por pressão
mínima; apagar vela; bater numa porta ou tampo de mesa (tiptologia); beliscar um amigo; acionar
campainha da porta da rua; descerrar porta; erguer pequeno objeto; fazer cócegas na orelha de um
encarnado; ligar aparelho de tevê, ou rádio, colocado afastado do quarto de dormir; mexer numa asa solta
de mariposa; mover torneira; movimentar leve cadeira de balanço; parar uma pluma no ar; pegar naco de
alimento; puxar porta de geladeira; tocar no rosto de alguém conhecido; voltar a folha de livro aberto; etc.
Utilidades. Dentre as utilidades do fenômeno da telecinesia extrafísica destacam-se: desenvolvimento da transmissão energética; comprovação efetiva da projeção consciente; aplicação prática de
hipóteses de trabalho; assistir e salvar encarnado de acidente físico grave; etc.
Repressão. Há reflexos condicionados criados por fatores repressivos, advindos da educação
convencional, que podem provocar obstáculos à realização da telecinesia extrafísica, por inibição ou ação
psicológica. Exemplo: não tocar em cartas e diários de outrem; não entrar na intimidade do quarto de
estranhos; etc.
Técnicos. Dentre os fenômenos de telecinesia extrafísica que podem ser provocados tecnicamente destacam-se: fazer cair uma bola, pequena e leve, de cima da mesinha de cabeceira do quarto de
dormir até o piso; imprimir as impressões digitais (paradedos) da destra extrafísica (paradestra) do
psicossoma sobre uma placa polvilhada com farinha fina.
_____________________
Bibliografia: Brittain (206, p. 50), Greenhouse (636, p. 57), Kardec (824, p. 237), Muldoon
(1105, p. 267), Vieira (1762, p. 26).
296.
ESCALA DOS CONTATOS EXTRAFfSIÇ
Definição. Contato extrafísico: relação de proximidade, freqüência vibratória ou influência
parapsicológica da consciência encarnada projetada com outras criaturas, seres humanos ou animais,
sejam encarnados ou desencarnados.
Sinonímia: encontro consciencial; encontro extrafísico.
Evolução. A evolução natural das projeções ou o desenvolvimento cronológico das projeções
conscientes de cada projetor faculta a possibilidade de se elaborar racionalmente a escala mais comum,
fisiológica, das ocorrências dos seus encontros conscienciais, contatos visuais, ou táteis, com outros seres,
fora do corpo humano.
Escala. Eis a escala dos contatos extrafísicos cumulativos do projetor, em quatro graus na ordem
mais comum, crescente, evolutiva, do desenrolar dos eventos fora do corpo humano:
296.1. Autocontemplação. Em primeiro lugar, ocorre a autocontemplação, ou o encontro visual,
ou mesmo tátil, da consciência com o próprio corpo humano, obviamente na base física, ou o fenômeno da
autobilocação consciencial (V. cap. 24).
296.2. Encarnados. Em segundo lugar, a consciência encarnada projetada encontra ou visualiza
outra ou outras criaturas encarnadas, estando estas quase sempre no estado da vigília física ordinária,
ocorrendo em certos casos a aparição intervivos (V. cap. 316).
296.3. Desencarnados. A seguir, a consciência encarnada projetada depara com uma ou
algumas consciências desencarnadas, sejam parentes falecidos, amparadores ou absessores, às vezes em
confrontações extrafísicas (V. cap. 322).
296.4. Conjuntas: Por último, a consciência projetada se relaciona diretamente com uma ou
algumas criaturas projetadas ou colegas de excursões extrafísicas, acontecendo as projeções conjuntas (V.
cap. 391).
Mental. Vale esclarecer que os contatos mais freqüentes são através de projeções conscientes
pelo psicossoma, ocorrendo, no entanto, os encontros conscienciais no plano mental, além e diferentes
daqueles.
Disparidades. A escala representa o desenvolvimento usual das ocorrências mais corriqueiras,
entretanto existem projetores que subvertem naturalmente a ordem desta escala com experiências as mais
díspares quando se projetam: há os que examinaram só o próprio corpo humano quando projetados; os que
somente encontraram encarnados enquanto estiveram projetados; outros que viram apenas desencarnados
em suas projeções conscientes; e ainda outros que até hoje não contataram ninguém, nem visualizaram
qualquer ser ou criatura quando estiveram projetados.
Completo. Evidentemente, o projetor veterano somente terá completo o seu quadro de
experiências de contatos extrafísicos quando conseguir realizar os quatro encontros diferentes, em
oportunidades e injunções extrafísicas diversas, o que lhe permitirá a análise panorâmica dos eventos e das
potencialidades do mundo extrafísico.
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Bibliografia: Vieira (1762, p. 109).
297.
A CONSCIÊNCIA PROJETADA E SEU CORPO HUMANO
Indivíduo. O indivíduo comum constitui uma consciência eterna temporariamente encarnada e
possuidora de um corpo biocibernético, cognitivo, auto-regulado, através do qual se manifesta,
transformando-se num produto humano de condicionamentos e desenvolvimentos psicossociais.
Tipos. Dentre os tipos de relacionamento da consciência encarnada projetada e o seu próprio
corpo humano destacam-se: autocontemplação ou o fenômeno da autobilocação consciencial; visão
comum do corpo humano; visão endoscópica do corpo humano; visão à distância do corpo humano; visão
do» corpo humano portando o psicossoma; as características dos olhos do próprio corpo humano de
cérebro vazio da consciência; os reflexos do psicossoma, cópia do corpo humano, num espelho comum;
etc.
Tato. Quanto à sensação tátil surgem várias ocorrências: toque extrafísico-físico; auto- abraço
psicossoma-corpo humano; percepção da temperatura do corpo humano sentida no psicossoma ao toque
no corpo humano; mudança intencional da posição corporal; deglutição de saliva acumulada na boca; etc.
Aspectos. Outros aspectos a serem considerados na relação entre a consciência projetada e o seu
próprio corpo humano: a identificação do cordão de prata; a visão da aura humana; a visão dos próprios
chacras no duplo etérico e no psicossoma; a observação da respiração, circulação sangüínea, e dos
batimentos cardíacos; a catalepsia extrafísica como reflexo no psicossoma do estado do corpo humano; a
emoção extrafísica; tendência a filosofar ante o próprio corpo de carne e ossos; o sentimento de respeito
ou rejeição para com a máquina física; etc.
Efeitos. Diversos efeitos advêm do relacionamento da consciência encarnada projetada e seu
corpo humano: o experimentum crucis do ser humano; a porta para a auto-iluminação interior; o primeiro
passo para dentro de si mesmo; a prova individual definitiva da exteriorização da consciência; a
verificação da condição do cérebro vazio; a verificação do corpo humano incapacitado ou vegetativo; a
compreensão da utilidade do corpo humano; a interiorização imposta; etc.
Relações. A visão pela consciência encarnada do próprio corpo humano relaciona-se intimamente com quatro fenômenos distintos:
297.1. Autoscopia interna ou a visão direta dos órgãos internos do corpo humano (V. cap. 26).
297.2. Autoscopia externa ou a visão do seu duplo etérico projetado estando o projetor no estado
da vigília física ordinária (V. cap. 27).
297.3. Autobilocação consciencial ou a visão ao mesmo tempo do corpo humano e do
psicossoma estando a consciência sediada neste (V. cap. 24).
297.4. Autobilocação composta ou a visão ao mesmo tempo do corpo humano com o duplo
etérico e o psicossoma coincidentes, estando a consciência sediada apenas no corpo mental, o que ocorre
nos casos de projeção dupla (V. cap. 380).
Neurônios. Nota-se que a produção da projeção consciente está sendo incentivada pelas
entidades extrafísicas por toda a parte. Contudo, independente disso, até que ponto as intensas cogitações
tecnológicas atuais da mente humana, o emprego mais freqüente dos instrumentos eletrônicos, e a
conseqüente utilização maior dos neurônios estão influindo nesse fato?
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Bibliografia: Castaneda (258, p. 47), Monroe (1065, p. 168), Paula (1208, p. 42), Vieira (1762,
p. 109).
298.
TÉCNICA DA AUTOBILOCAÇÃO CONSCIENCIAL
Esforço. Qualquer esforço despendido para produzir a projeção consciente já vale a pena, ainda
que seja apenas para você experimentar a autobilocação consciencial uma só vez na vida.
Porta. O marcante fenômeno da autobilocação consciencial, acessível a qualquer pessoa
suficientemente motivada para isso, representa o experimentum crucis do ser humano, a porta de acesso
mais prática para a iluminação interior da personalidade, o primeiro passo realmente eficaz para dentro de
si mesmo, equivalente a profunda pesquisa de toda uma imensa biblioteca especializada, ou a intenso
aprendizado espiritual de várias décadas.
Condições. A sua consciência projetada deve procurar contemplar o seu próprio corpo humano
imóvel, ao dispor de bastante lucidez extrafísica, nas proximidades da base física, onde o seu corpo
permanece inanimado. A melhor oportunidade para isso, será quando você se sentir plenamente motivado
para a experiência.
Atitude. A atitude mais adequada para a sua consciência, no caso, será você pensar no próprio
corpo humano sem emocionalismo, com bastante serenidade e equilíbrio, preparado para qualquer
surpresa, a fim de evitar trauma extrafísico. Além disso, não deve pensar nem desejar interiorizar-se nele.
Toque. Ao ver o seu corpo humano, você, estando projetado, busca evitar tocar nele, a fim de
não ser atraído magneticamente para uma interiorização abrupta, indesejável, através do cordão de prata.
Físico. O seu corpo físico pode ser visto nitidamente, com todos os traços e minúcias, em estado
cataléptico, na vida vegetativa sem a sua consciência, ou apenas como silhueta ou forma sobre o leito.
Contudo, mesmo nesta circunstância, a sua consciência tem plena certeza de ser aquele o seu corpo
humano, ainda que estando fora do corpo, alheia ao corpo, ou defronte do corpo incapacitado.
Olhos. A contemplação do seu corpo humano, estando este com as pálpebras descerradas e
exibindo os olhos embaciados ou sem vida, além de ser rara e impressionante, marca mais profundamente
a sua memória do que quando as pálpebras estão cerradas.
Sentido. O sentido mais freqüente das percepções extrafísicas do autobilocador é o que permite
a visão de cima para baixo, como se a sua consciência pairasse no ar, a partir de um ponto elevado, acima
do seu corpo humano.
Dimensões. O mais comum é você ter uma visão completa do próprio corpo humano em três
dimensões, e não de forma achatada, plana, em duas dimensões, como você sempre se observou refletido
em espelhos, ou copiado em pinturas, fotografias, e filmes corriqueiros. Tal fato ocorre mesmo estando o
seu corpo humano imerso na escuridão física plena.
Percepções. Quando a sua consciência projetada encontra dificuldade para ver o próprio corpohumano isso se deve à mudança de suas percepções extrafísicas de energia e luz. Dependendo do meio
extrafísico circundante, a luz para você pode se tornar refletida, anulada, ou cancelada, e as imagens
chegam a desaparecer totalmente ante suas percepções conscienciais. Isso ocorre usualmente quando você,
projetado, muda de um nível de consciência, ou de um plano existencial, para outro.
Freqüências. No fenômeno da autobilocação consciencial você há de observar, como aspecto
mais importante de análise extrafísica, o fato de que a sua consciência projetada manifesta-se numa
freqüência específica, enquanto que o seu corpo humano permanece inalterado, na freqüência própria dele,
no plano físico. Quanto maior a diferença entre as duas freqüências referidas, maior será a sua dificuldade
de visualização consciencial.
_________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 109).
299.
A CONSCIENCIA PROJETADA E AS CRIATURAS ENCARNADAS
Definição. Encarnado: estado passageiro da consciência quando vivendo restringida no corpo
humano, ou do princípio espiritual restringido a um corpo animal ou vegetal.
Sinonímia: consciência encarnada; pessoa humana; animal (bicho); ser humano; ser vegetal
(planta).
Formas. As formas das criaturas vivas encarnadas são variadas: vegetal, animal, feto, criança,
mulher, homem.
Personalidade. Quanto às características básicas da personalidade da criatura humana em
contato com a consciência encarnada projetada destacam-se: criatura conhecida; criatura desconhecida;
personalidade amistosa; personalidade hostil; criatura consciente; criatura inconsciente; etc.
Natureza. Quanto à natureza da relação entre a consciência projetada e as criaturas encarnadas
vale ressaltar: telepatia; aparição intervivos; vidência; contato físico; psicofonia; psicografia; encarnado
vígil; encarnado dormindo; despertamento extrafísico de encarnado dormindo; respeito ao direito dos
outros; privacidade alheia; cooperação na projeção consciente de encarnado; assistência extrafísica em
geral; desobsessão; obsessão de encarnado; etc.
Amizades. Muitas amizades humanas são formadas a partir de encontros de encarnados no
plano extrafísico através de projeções conscientes, espontâneas ou assistidas, rememoradas ou não.
Distinções. Em certas circunstâncias extrafísicas, em ambientes mais escuros às percepções
conscienciais, torna-se necessário usar recursos especiais para se saber se as entidades que o projetor
projetado começaa ver, são ainda encarnadas, projetadas ou no corpo humano, ou já desencarnadas. Dentre
esses recursos está o ato de gritar, como se a gente no plano extrafísico tivesse garganta e cordas vocais,
pois quando não escutam os nossos gritos quase sempre evidenciam que são encarnados. Outro recurso,
quando se está no mesmo plano, é o ato de pairar sobre a criatura, igual aos desenhos das gravuras de
anjos, e passar um braço extrafísico na sua frente. Geralmente quando a personalidade não muda de atitude
e atravessa sem perceber o parabraço do psicossoma, demonstra ser encarnada. Evidentemente, tais
recursos não podem oferecer certeza de acerto em todos os casos.
Luminosidade. A distinção entre o corpo humano inanimado da consciência projetada, ou
mesmo um cadáver comum, e o corpo humano do ser encarnado vígil é fácil porque este irradia certa
luminosidade, uma fosforescência, o que não acontece com os dois primeiros que são em geral opacos e
sem luminosidade própria por estarem despojados da consciência.
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Bibliografia: Baumann (93, p. 27), Bozzano (184, p. 131), leadbeater (901, p. 307).
300. A CONSCIÊNCIA PROJETADA E AS CRIATURAS DESENCARNADA
Definição. Desencarnado: a consciência quando livre do corpo humano, em períodos mais
longos, intermissivos, ou inter-reencarnatórios.
Sinonímia: consciência desencarnada; criatura extrafísica; entidade extrafísica; morta; morto;
ser espiritual.
Visual. O visual extrafísico ou a aparência das criaturas desencarnadas em geral variam:
aparência de homem, mulher, criança, animal, planta; criaturas; entidades inteligentes; formas de vida;
habitantes do plano extrafísico; outras aparências; seres; etc.
Personalidade. Quanto às características básicas da personalidade da criatura desencarnada em
contato com a consciência encarnada projetada destacam-se: personalidade conhecida; personalidade
desconhecida; criatura amistosa; criatura hostil; aparência calmante; aparência perturbadora; criatura
evoluída; criatura atrasada; etc.
Tipos. As criaturas desencarnadas se apresentam sob yários tipos à consciência encarnada
projetada: amigo; amparador; anfitrião; colega; desconhecido; enfermo; espírito zombeteiro; falange;
guarda-costas; grupo de entidades; mutante extrafísico; obsessor; parente; recém-desen- carnado; vampiro
extrafísico; vizinho; etc.
Natureza. Quanto à natureza da relação entre a consciência encarnada projetada e as criaturas
desencarnadas vale ressaltar estes aspectos: relação ativa; relação passiva; relação positiva; relação
negativa; discipulado; encontro; reencontro; abraço; carona extrafísica; desobsessão; união invisível;
obsessão; abordagens ao projetor; abordagens pelo projetor; companhia indesejável; companhia sexual;
busca infrutífera; impedimentos; comemoração; cooperação na desencarnação; conduta ante os psicóticos
post-mortem; as reações de lucidez da consciência a respeito de entidades desconhecidas ou que
aparentemente não foram vistas antes; etc.
Densidade. A densidade do seu psicossoma define o grau de visualização do projetor encarnado
projetado visto pelas criaturas extrafísicas.
Desenvoltura. Os títulos, a hierarquia, a classe social, e as posições humanas, presentes ou
passadas, nada valem no plano extrafísico. O que conta ali é a superioridade evolutiva, real, da consciência
que dá desenvoltura, liberdade, lucidez, e proficiência às ações extrafísicas desembaraçadas.
Paradoxo. Devido ao rejuvenescimento que ocorre com o visual extrafísico dos desencarnados
lúcidos, é comum acontecer o fenômeno da aparência paradoxal quando o projetor, encarnado, maduro,
de cabelos brancos, encontra o próprio pai, desencarnado, remoçado, de fisionomia mais jovem do que a
dele, projetor, e cabelos pretos; ou a projetora, encarnada, idosa, depara com a bisavó desencarnada,
jovem, mocinha, em contraste com as suas recordações pessoais ou os seus antigos registros e fotos de
família. Às vezes, ocorrências surpreendentes deste tipo podem: aumentar a lucidez extrafísica da
consciência projetada; provocar imediato trauma extrafísico na consciência encarnada projetada; perturbar
a rememoração das vivências extrafísicas autênticas que são tomadas como sonho ou pesadelo; etc.
Ameaça. Por que e até que ponto a consciência projetada, quando bem intencionada, constitui
ameaça à tranqüilidade dos desencarnados lúcidos de sua condição extrafísica, porém cujas intenções não
são positivas, é ainda um ponto de interrogação no âmbito das pesquisas projecio- lógicas. Além do fato
de existir a energia consciencial positiva da consciência projetada através do psicossoma — que também
lhe permite despertar outras consciências dormentes no plano extrafísico com uma sua intromissão qual
forasteiro num distrito distante da vida humana — e a sua qualidade de personalidade diferente entre os
domiciliados, autóctones, naquele-distrito, devem existir outros fatores ainda desconhecidos para nós.
______________________
Bibliografia: Bayless (98, p. 100), Crookall (323, p. 1), Kardec (824, p. 174), Steiger (1601, p.
103).
301.
A CONSCIÊNCIA PROJETADA E OUTRAS CRIATURAS PROJETADAS
Definição. Criatura projetada: a consciência quando projetada para fora do seu ou dos seus
veículos de manifestação.
Sinonímia: consciência projetada; projetando; projetor projetado; ser projetado.
Naturezas. Qualquer consciência projetada pode encontrar outras criaturas projetadas de
diversas naturezas: consciência encarnada projetada pelo psicossoma no plano extrafísico crosta- a-crosta;
consciência encarnada ou desencarnada projetada pelo corpo mental no plano mental; seres inferiores ou
animais, sem falar de plantas, projetados no plano extrafísico crosta-a-crosta.
Características. Dentre as características das relações da consciência projetada com outras
criaturas projetadas destacam-se: visual extrafísico dos projetores encarnados; idade física e visual
extrafísico; rejuvenescimento extrafísico; os retornos súbitos ao corpo humano e os desaparecimentos
repentinos; repercussões físicas em conjunto; influência da afinidade; influência da consangüinidade ou de
parentesco; criatura amistosa; criatura hostil; etc.
Tipos. As criaturas projetadas que a consciência projetada encontra se apresentam sob vários
tipos: colega projetor conhecido; projetor desconhecido; parente projetado; criança projetada; animal de
estimação encarnado projetado; etc.
Conjuntas. As projeções conjuntas de encarnados ou o encontro ou reencontro de colegas ou
projetores encarnados projetados facultam a possibilidade das tarefas extrafísicas de cooperação mútua tais
como: passes energéticos mútuos; ajuda na obtenção de grau elevado de conscientização extrafísica;
volitação conjunta; defesas extrafísicas conjuntas; etc.
______________________________
Bibliografia: Monroe (1065, p. 163), Vieira (1762, p. 121).
302.
DESAPARECIMENTOS EXTRAFISICOS
Definição. Desaparecimento extrafísico: desaparição repentina, num determinado ambiente
extrafísico, de entidade extrafísica ou consciência encarnada projetada.
Sinonímia: desaparecimento extrafísico instantâneo; desaparecimento extrafísico repentino;
desaparição extrafísica; sumiço extrafísico abrupto.
Causas. Eis as causas principais do desaparecimento instantâneo de criaturas no plano extrafísico: mudança de plano ou freqüência vibratória da entidade; retração violenta do cordão de prata devido
a uma razão física, ou repercussão extrafísica; trauma extrafísico de encarnado projetado, ou repercussão
física; etc.
Desaparecidos. Criaturas que podem desaparecer repentinamente no plano extrafísico: entidades extrafísicas em geral; encarnados projetados; o próprio projetor projetado.
Projetor. O sumiço instantâneo no plano extrafísico nem sempre tem relação direta com as
percepções do projetor projetado, não depende da sua vontade, nem altera as condições do ambiente
extrafísico que o influencia na oportunidade, contudo pode lhe causar trauma, se não estiver habituado à
desaparição relampagueante, à sua frente, às vezes da sua própria companhia extrafísica, seja amparador,
colega projetado, interlocutor extrafísico, etc.
Múltiplos. Podem ocorrer desaparecimentos extrafísicos repentinos múltiplos, de várias entidades simultaneamente, pelas mesmas causas expostas, em especial com entidades subordinadas ao
mesmo dirigente responsável pelo grupo de volitação conjunta ou equipe vibratória afinada. Tal
fato faz lembrar as chamadas almas-grupos dos animais e fatos tais como, por exemplo, dado um
barulho no mar, um cardume imediatamente se vira em um único sentido e todos os peixes nadam em
conjunto para aquele sentido.
Criatividade. Parece que as desaparições repentinas no plano extrafísico inspiraram os criadores
dos desenhos animados que fazem um personagem desaparecer, de modo relampagueante, por uma estrada
diminuindo velozmente o seu tamanho até o mesmo se apagar qual pontinho no infinito da perspectiva do
horizonte. Esses dois tipos de desaparição de cena apresentam analogias profundas.
Desvanecimentos. Os desaparecimentos repentinos de entidades extrafísicas vivas, realmente
presentes no ambiente extrafísico, não devem ser confundidos com os desvanecimentos abruptos de
imagens mentais ou formas-pensamentos artificiais gerados em sonhos comuns, pesadelos, sonhos lúcidos,
e projeções visuais promovidas por amparadores. Tais ocorrências são bem distintas e demarcadas
claramente, de modo inconfundível, por certas características que afetam as percepções extrafísicas da
consciência projetada que, por si e para si mesma, através da experiência, não permanece com quaisquer
dúvidas a respeito dessa distinção.
__________________
Bibliografia: Bardon (80, p. 386), Castaneda (256, p. 210), Frost (560, p. 57), Swedenborg
(1635, p. 252), Vieira (1762, p. 183).
303.
TÉCNICA DAS ABORDAGENS EXTRAFÍSICAS
Definição. Abordagem extrafísica: contato, de algum modo, de uma consciência com outra no
plano extrafísico.
Sinonímia: contato extrafísico.
Tipos. Existem vários tipos de abordagens extrafísicas: ação do projetor projetado a uma
criatura; açío de uma criatura abordando o projetor projetado; ação dos amparadores; ação dos obsessores.
O projetor pode abordar e ser abordado também por criaturas não-humanas. Aqui são consideradas, em
particular, as abordagens das entidades extrafísicas ao projetor projetado.
Objetivos. Dentre os objetivos das abordagens extrafísicas destacam-se: assistência extrafísica,
recepção ou doação; desobsessão; isca espiritual; resgate extrafísico; assédio extrafísico; ataque
extrafísico; drenagem vibratória; reencontro amistoso ou hostil; encontro casual; brincadeira inofensiva;
conseqüência de evocação consciente ou inconsciente; despertamento físico; despertamento extrafísico;
fixação física da consciência encarnada no corpo humano ou o ato, positivo ou negativo, de obstaculizar a
projeção consciente; mediunismo extrafísico; etc.
Natureza. Quanto à natureza, a abordagem extrafísica pode ser: agradável; amistosa;
desagradável; esperada; hostil; inesperada; patológica; serena; violenta; etc.
Veículos. Quanto ao veículo de manifestação da consciência, a abordagem extrafísica pode ser:
psicossoma a psicossoma; corpo mental a corpo mental; corpo mental a psicossoma por processos
telepáticos; a psicosfera da consciência e seu papel nas abordagens extrafísicas.
Processos. Dentre os processos das abordagens extrafísicas destacam-se: a abordagem mente a
mente (paratelepatia); o diálogo transmental; 0 chamamento; o passe magnético extrafísico; os olhos, o
olhar, o rosto, o sorriso, o abraço e o beijo extrafísicos; o carinho; a empatia; o rapport; o toque ou contato
direto; a destra extrafísica do psicossoma; o uso das formas-pensamentos; o ataque súbito de agarramento
inesperado ou emboscada extrafísica; a rajada energética positiva ou negativa; o efeito físico no plano
físico que no caso é análogo às formas-pensamentos no plano extrafísico; etc.
Distritos. As abordagens extrafísicas podem ocorrer num mesmo plano; de um plano extrafísico
para outro plano extrafísico diverso; do plano extrafísico para o plano humano; dentro da esfera extrafísica
de energia; dentro da base física.
Efeitos. As abordagens extrafísicas causam efeitos diversos para o projetor: euforia;
esclarecimentos; trauma extrafísico; retorno abrupto ao corpo humano; repercussões físicas;
dificuldades; facilidades; etc.
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Bibliografia: Monroe (1065, p. 132).
304.
TÉCNICA DO HETERODESPERTAMENTO EXTRAFÍSICO
Definição. Heterodespertamento extrafísico: procedimento extrafísico do projetor projetado — o
despertador extrafísico — pelo qual patrocina a saída temporária de uma consciência encarnada, o
dormidor humano, para fora do corpo físico deste.
Sinonímia: abordagem extrafísica ao dormidor; abordagem extrafísica-física; decolagem
induzida de outrem; despertamento extrafísico de encarnado; despejo extrafísico temporário;
exteriorização consciencial de outrem; projetor que projeta outro; transferência de consciência alheia.
Tipos. Geralmente é mais difícil do que parece forçar a extração de uma consciência encarnada
do seu corpo físico, através do psicossoma, a fim de permanecer projetada, ainda que por alguns
momentos apenas, seja homem, mulher, criança, animal, conhecido ou desconhecido, semiconsciente ou
consciente, demonstrando ânimo cooperativo ou hostil. O heterodespertamento extrafísico pode ser
patrocinado por desencarnado ou por encarnado.
Estudo. Esse ato, em si, precisa ser estudado por você, projetor experiente, com antecipação,
para não representar uma intromissão indébita na privacidade da criatura-alvo, ou seja, uma intrusão
indesejável no sonho dos outros. Com a abordagem extrafísica colabora-se na transferência da sede de
uma consciência encarnada, alheia, para fora do seu corpo humano.
Assistência. Quando você, na qualidade de projetor encarnado projetado, recebe sugestão
telepática ou está assistido ostensivamente e mesmo teleguiado por amparador, geralmente intangível, a
tarefa da exteriorização da consciência encarnada toma-se menos difícil de ser executada. O mesmo
acontece quando se recebe o consentimento e a cooperação franca da pessoa-alvo, no estado da vigília
física ordinária, e a mesma cooperação, depois, durante o ato, ao se fazer a tentativa de despertamento
extrafísico.
Recursos. Recursos para despejar temporariamente uma consciência encarnada do seu próprio
corpo humano: boa intenção; razão construtiva plausível para o procedimento; consciência extrafísica
lúcida do projetor-despertador; autoconfiança do projetor-despertador; manutenção da linha de
pensamentos firmes sem desvios; evocação-rogativa em favor da consciência-alvo; escolha de uma
pessoa-alvo sem medo, especialmente sem receio de espíritos desencarnados, conhecedora dos assuntos da
projeção consciente; opção por horário de preferência quando o encarnado dorme tranqüilo, à noite, sem
companhia, e ausência total da possibilidade de interferências humanas; ato de começar a mentalizar a
pessoa-alvo, se possível, até mesmo antes de iniciar a produção da projeção consciente; exteriorização
intencional direta de energia sobre a pessoa-alvo e o seu ambiente; uso de todas as possibilidades úteis
para estabelecer profundo rapport, empatia, afinização, ou interação com a consciência-alvo em questão,
inclusive a ação de adentrar a sua psicosfera, numa fusão vibratória, ou acoplamento áurico (V. cap. 307).
Nome. Você, na condição de projetor-despertador, pode: utilizar a telepatia extrafísica e até o
toque físico, se possível, através da densidade maior do seu próprio psicossoma; falar ao dormidor
abordado parapsiquicamente, chamando-o extrafísica e audivelmente pelo nome mais íntimo, quando
conhecido, de modo suave; empregar imperturbável convicção e determinação da vontade, ao modo de um
hipnotizador, com a intenção única de acordar-lhe a lucidez da consciência no plano extrafísico.
Amparador. Você, na condição de projetor projetado, despertador, há de se conscientizar de
que, nessa hóra, deve agir qual amparador encarnado, investido de uma tarefa específica, digna, respeitosa,
e pura, como se já estivesse desencarnado plenamente cônscio da sua situação. Não permita nenhuma
interferência de pensamentos extemporâneos, mesmo que sejam de pas- sagem, por sua consciência,
concentrando-se mentalmente, de modo exclusivo, nos seus objetivos sem qualquer vacilação.
Tentativas. Pode acontecer apenas a saída parcial do psicossoma do dormidor, portando a
consciência, que se torna lúcida e, ao ver o projetor-despertador, se perturba ou se horroriza de tal modo,
interiorizando-se abruptamente até com repercussão física inofensiva. Neste caso você deve desistir do
tentame. Geralmente, se depois de três tentativas sucessivas, você não conseguir qualquer comunicação
efetiva com a pessoa-alvo, deve deixar a experiência para outra oportunidade mais favorável.
Reações. Você, na condição de projetor projetado, precisa estar preparado para quaisquer
reações da consciência-alvo encarnada, no sentido de evitar frustrações para ambos, inclusive: o ato de a
consciência-alvo investir furiosamente contra você, projetor; a demonstração de medo, invencível, de a
consciência-alvo deixar o corpo humano; o surgimento da consciência-alvo sonambuli- zada; o falso
julgamento da consciência-alvo que esteja vivenciando um pesadelo onde você, projetor, constitui o seu
algoz; o despertamento físico seguido do ato de levantar-se do leito e a criatura-alvo virar as costas para
você, projetor projetado, sem a menor cerimônia; etc.
Extracorpóreo. Nas abordagens extrafísicas-físicas interfere, muito mais amiúde do que se
julga, o sono extracorpóreo, ou seja, o ato de a consciência-alvo dormir estando sediada no psicossoma
projetado, junto, mas fora do corpo humano, ainda dentro do seu próprio quarto de dormir. Tal fato
comum traz algumas conseqüências que exigem observações.
Conseqüências. Você, na condição de projetor projetado, vai abordar o amigo pensando estar o
mesmo dormindo no leito e vê o dormidor na condição também de consciência projetada. Em razão disso,
pode ocorrer que a consciência do seu amigo se desperte extrafisicamente com facilidade maior, o que
constitui bem-vinda e providencial exceção. Ou pode acontecer a interio- rização abrupta da consciência
do dormidor, aspirada pelo corpo humano através do cordão de prata, sendo esta a ocorrência mais
comum. Nesta condição não adianta você fazer nova tentativa, imediata, de heterodespertamento. O
melhor será deixar para outra ocasião mais propícia.
Miniprojetor. Pode acontecer ainda que a consciência de uma criança, parente ou amiga,
encontrada dormindo, já projetada, ao ser abordada por você, projetor ou projetora, flutue sobre o corpo
humano, sinta um clarão de despertamento extrafísico, ao reconhecer você, projetor, e se aconchegue junto
a você, com um sorriso, carinhosamente, continuando a dormir, como se estivesse segura e
confortavelmente na sua própria cama ou berço. Neste caso, com habilidade e ainda que contrafeito, tornase fácil a você, projetor-despertador, fazer o despertamento extrafísico da consciência do miniprojetor.
\
Conjuntas. O ato da abordagem extrafísica ao dormidor tem relação íntima com as projeções
conjuntas (V. cap. 391), ou atividades extrafísicas compartilhadas.
Sinal. Obtida a conscientização do dormidor no plano extrafísico, você, projetor projetado, pode
dar-lhe um sinal, símbolo, palavra-chave, ou senha, numa projeção visual extrafísica, Concebida por você,
sob o influxo da sua vontade decidida, ou seja, uma forma-pensamento, a fim de que ele venha a se
lembrar do encontro ainda mesmo como se fosse um sonho. O símbolo ou sinal extrafísico vincará melhor
a memória do dormidor, ajudando-lhe a rememoração posterior ao despertamento físico. Nessa
oportunidade você pode também transmitir instruções ou informações úteis à consciência-alvo.
Recoincidência. Freqüentemente torna-se útil você transmitir um passe energético calmante na
pessoa-alvo, após a interiorização ou recoincidência da consciência dela, a fim de deixá-la em condições
psicofisiológicas serenas ou normais, e ajudá-la na rememoração posterior das experiências extrafísicas.
Surpresas. Nestas abordagens podem sobrevir surpresas agradáveis e desagradáveis, como
aconteceu comigo, certa vez, em razão de minha inexperiência. Tentava retirar a consciência de um amigo
do seu corpo humano através da exteriorização do psicossoma, quando ele, aproximando-se, abordou-me
por trás do meu psicossoma, todo sorridente. Já estava projetado, consciente, e eu não percebera. Doutras
vezes já me julgaram vampiro, monstro extrafísico, obsessor, e suposto adversário ferrenho. A consciência
encarnada ao sair para fora do corpo humano, geralmente apresenta-se com a aparência mais remoçada,
bonita e, às vezes, surpreendentemente luminosa. A abordagem extrafísica ao cônjuge que dorme no
mesmo leito do casal, quase sempre ocasiona a interiorização abrupta e indesejável da consciência do
projetor- despertador, já projetado, devido à proximidade dos corpos humanos de ambos ou ao fenômeno
do acoplamento áurico.
Contra-abordagem. Na hora da abordagem ao amigo dormidor, você, na qualidade de projetor
projetado, não deve se surpreender por receber a contra-abordagem extrafísica, não raro terrivelmente
hostil, de um obsessor, ou vários obsessores do amigo-alvo, que surgem ao mesmo tempo em defesa da
posse da sua presa. Neste caso, não há outra solução: você deve fazer a confrontação extrafísica, sem
temor nem vacilação, dando tudo de si para ajudar aos seus irmãos enfermos, confiante de que receberá
sempre poderoso auxílio extrafísico, intangível ou visível, dos amparadores (V. cap. 322).
Utilidades. Eis algumas utilidades do ato de se extrair temporariamente uma consciência
encarnada do seu próprio corpo humano: demonstração da possibilidade de se projetar durante o período
do sono natural; ajuda técnica para o desenvolvimento da projeção consciente de um amigo ou amiga;
eliminação da ociosidade extrafísica de projetor encarnado; cooperação no desenvolvimento da
mediunidade de encarnado; transmissão de mensagem edificante de alguém, amparador, parente, ou
amigo, encarnados ou desencarnados; produção da prospecção telepática extrafísica; busca da cooperação
de encarnado para tarefas positivas, extrafísicas, ou mesmo humanas; ajuda poderosa nos serviços de
desobsessão de toda natureza.
_________________
Bibliografia: Baumann (93, p. 87), Cooke (300, p. 36), Dillon (402, p. 110), Farrar (496, p.
192), Lefebure (909, p. 65), Powell (1278, p. 90), Rogo (1444, p. 181), Smith (1574, p. 121), Vieira (1762,
p. 57).
305.
CRIATURAS INABORDÁVEIS
Definição. Criatura inabordável: ser humano ou entidade extrafísica, em situação difícil ou
posição crítica óbvia, na qual a consciência encarnada projetada deve evitar de fazer qualquer abordagem
devido a razões ou conveniências pessoais, outras criaturas ou a ele mesmo, porque qualquer interferência
dela seria passível de perturbar o ser (criatura-alvo no caso) ou provocar-lhe malefícios indesejáveis sem
intenção.
Sinonímia: criatura-alvo crítico; criatura interditada; criatura intocável.
Encarnados. Entre os seres encarnados inabordáveis à consciência encarnada projetada, em
tese, valem ressaltar: o motorista dirigindo veículo, seja automóvel, moto, etc.; o operário absorto no
funcionamento de maquinaria passível de desencadear acidente grave de trabalho; o barbeiro fazendo a
barba de freguês com a navalha na mão; etc.
Cirurgião. Segundo a teoria das criaturas inabordáveis, destinada às pesquisas, o cirurgião ao
operar o corpo humano inanimado da consciência encarnada projetada pelo efeito do anestésico (V. cap.
416) deve permanecer inabordável diretamente pelo paciente-consciência-projetada.
Percepções. No caso das criaturas humanas inabordáveis, o problema essencial reside na
dificuldade de a consciência projetada saber, com certeza, se será ou não percebida pelo ser encarnado —
não obstante na maioria das ocasiões isso não acontecer — e quando percebida, qual será a reação
psicológica da criatura ao visualizá-lo. Ainda não existem medidores confiáveis para os fenômenos
paranormais ou para as reações parapsicofisiológicas do ser humano.
Desencarnados. Dentre os seres desencarnados inabordáveis à consciência encarnada projetada,
em tese, destacam-se: o recém-desencarnado extremamente perturbado, como em certos casos de
suicídios; e o recém-desencarnado que dorme o chamado sono reparador.
Condições. Tanto as criaturas inabordáveis quanto os locais também inabordáveis à consciência
encarnada projetada devem ser assim, classificados conforme as condições extrafísicas do projetor, na
oportunidade, tais como: grau de lucidez, sentindo-se semiconsciente, num ambiente hostil, será mais
prudente o projetor retornar ao corpo humano; veículo de manifestação, estando de corpo mental, torna-se
muito difícil a influência direta do projetor sobre as criaturas, corpos humanos ou objetos físicos;
companhias eventuais, junto de entidade enferma, não será aconselhável ao projetor projetado sair
passeando extrafisicamente por aí; etc.
______________________________
Bibliografia: Monroe (1064, p. 164), Vieira (1762, p. 163).
306.
TÉCNICA DO AUTOTOQUE EXTRAFISICO-FÍSICO
Definição. Autotoque extrafísico-físico: ato de o projetor tatear o próprio corpo humano estando
a sua consciência projetada fora dele, noutro veículo de manifestação.
Sinonímia: auto-abraço extrafísico; autotangibilização.
Auto-abraço. A primeira autobilocação consciencial bem lúcida conduz freqüentemente o
projetor projetado a uma segunda operação imediata e conseqüente, nem sempre exeqüível, que é o
autotoque com os braços extrafísicos (parabraços) do psicossoma, e, logo em seguida, a uma terceira, o
auto-abraço, ou seja, abraçar o corpo humano que permanece incapacitado numa condição de inércia.
Rosto. Em geral o ponto físico imediato de autotoque é o rosto, por ser a área mais acessível e
comum para se ver, a área orgânica que identifica qualquer pessoa, vindo depois as outras áreas do corpo
humâno.
Determinantes. As dificuldades do autotoque e do auto-abraço estão em dois fatores determinantes: a estreita proximidade dos dois veículos da consciência e a atuação preponderante de mediação
do cordão de prata sobre a consciência projetada, dentro da esfera extrafísica individual de energia. Ambos
provocam a reinteriorização abrupta, quase sempre inapelável.
Temperatura. Ao toque dos dedos extrafísicos do psicossoma, o corpo humano pode dar à
consciência a sensação de parecer frio, igual a um cadáver, ou quente, ao modo de um ser vivo normal ou
febril. Tais sensações dependem do percentual de autoconscientização do projetor projetado, de suas
reações emocionais no momento, e de suas influências psicofisiológicas, ou mais apropriadamente,
parapsicofisiológicas, sobre as próprias percepções extrafísicas.
Trauma. E comum o autotoque extrafísico provocar pequeno trauma na consciência encarnada
projetada que, por isso, se interioriza de modo abrupto no corpo humano tocado, podendo ocorrer até
repercussão física inofensiva.
__________________
Bibliografia: Green (632, p. 45), Greenhouse (636, p. 62), Monroe (1065, p. 173), Vieira (1762,
p. 109).
307.
ACOPLAMENTOS ÃURICOS
Definição. Acoplamento áurico: interfusão ou junção temporária das auras energéticas dos
veículos de manifestação de duas ou mais consciências.
Sinonímia: acoplamento energético; fusão consciencial efêmera; interação de consciências;
interfusão áurica; interpenetração de duplos etéricos; polaridade oculta; polaridade paranormal; siameses
astrais; xifópagos extrafísicos.
Telemagia. A telemagia é a atração ou simpatia existente entre os objetos terrestres e a TerraMãe. A gravitação, por exemplo, representa uma forma de telemagia para os cientistas da Física.
Patemia. A patemia, outra forma de telemagia, constitui a relação emocional entre as coisas,
caracterizada pela: simpatia ou atração — a participação nas emoções alheias; a apatia, propriamente dita,
a indiferença ou neutralidade, insensibilidade às causas que, habitualmente, provocam emoções; e a
antipatia ou repulsão, o sentimento de desafeição que chega até ao franco antagonismo.
Empatia. Partindo da patemia chega-se ao conceito de empatia, unipatia, ou intropatia, espécie
de comunhão afetiva, pela qual dois seres se identificam um com o outro, de tal forma que chegam a ter os
mesmos sentimentos, relacionada com o rapport, a relação mútua entre duas ou mais pessoas em que cada
uma é capaz de responder imediata e espontaneamente às demais; a implastia e outros fenômenos
conhecidos como: a exteriorização de energia (V. cap. 251); a exteriorização da sensibilidade (V. cap. 50);
a repercussão física (V. cap. 333); a zootropia (V. cap.. 282); as es- tigmatizações; 0 processo de ligação
entre o corpo mental e o paracérebro do psicossoma através do cordío de ouro (V. cap. 112); ètc.
Estados. Além da empatia, assinala-se a existência da mimpatia, o estado emocional da mente
do intelectual enquanto está criando; da cosmopatia, a detecção dos influxos da emoção cósmica; e os
tropismos e tatismos entre criações inanimadas e também entre criações animadas.
Máquinas. Existem as atraçOes e repulsões constatadas entre os homens (e mulheres) e as
máquinas, ou seja, a relação homem-máquina. É bem conhecido o fato de as indústrias de filmes
fotográficos e outros não permitirem que certos funcionários processem suas películas porque tais pessoas
as danificam tão-somente com a irradiação bioenergética de sua presença física. Também acontece que
determinadas criaturas não conseguem trabalhar em outras firmas especializadas porque provocam estática
no rádio, interferem nos filmes de televisão, ou fazem os telefones dispararem sem razão aparente.
Consangüíneas. As reencarnações consangüíneas (V. cap. 436) podem predispor os fenômenos
do acoplamento áurico entre os indivíduos, particularmente mãe e filha, pai e filho, etc.
Polaridade. Dentro da polaridade paranormal, uma posição atua em oposição a outra. Se há o
lado da perturbação, existe também o lado da construtividade — seja o dirigente, ativo, e o dirigido,
receptivo — e até a condição do acoplamento áurico.
Intercâmbio. Todas as ocorrências referidas evidenciam o processo sutil que toma possível o
intercâmbio de emoções, ou seja, das reações afetivas de grande intensidade, dependentes de centros
diencefálicos e comportando, normalmente, manifestações de ordem vegetativa. Dentre as emoções
básicas se incluem: a alegria, o desgosto- (dor), o medo, a cólera, o amor, a repugnância., etc. De tais
emoções sobrevêm outras condições conscienciais tais como: a atração, a compatibilidade, a concórdia, a
harmonia, a compaixão, a união, a integração entre duas ou mais entidades, o que ocorre intensamente no
estado do acoplamento áurico.
Operações. A consciência humana, individualizada, não se submete às quatro operações
aritméticas: não se divide, conforme se observa nas sensações dos fenômenos da dupla consciência (V.
cap. 211); não se multiplica, de acordo com as manifestações do atributo da multiplicidade do psicossoma
(V. Cap. 268); não sofre subtração, segundo a evolução contínua do ego, pois não volta a trás, podendo, no
entanto, estacionar; e nem se soma com outras, não existindo, a rigor, na prática, além das expressões do
romantismo, as chamadas almas gêmeas; nem, aparentemente, ocorrem fusões conscienciais. Não obstante
tudo isso, pode ocorrer o fenômeno temporário do acoplamento áurico.
Tipos. Segundo a teoria que visa a pesquisa, os acoplamentos áuricos mais comuns são de pares
de consciências, mas podem existir os acoplamentos áuricos com trios de consciências (inclusive
trigêmeos), e os acoplamentos áuricos de grupos de consciências, ou campos de consciência. O
acoplamento áurico apresenta contágios energéticos, e simples dupla áurica pode-se ampliar até formar um
grupo áurico - ou consciência unificada — com profunda interação psíquica, em que as aptidOes
paranormais isoladas se reforçam umas as outras. Esta interação não é fácil, embora seja exeqüível.
Classificação. Os acoplamentos áuricos podem ser classificados, de modo geral, em fisiológicos
e patológicos.
307.1 Fisiológicos. Os acoplamentos áuricos fisiológicos, naturais, abrangem várias categorias
de duplas ou mais seres tais como estas vinte: almas irmãs ou pessoas profundamente amigas; casal de
apaixonados física e extrafisicamente; doador-receptor de energia terapêutica, por exemplo, transmissão de
passes energéticos; emissor-receptor de mensagem telepática; esposo-espo- sa; gêmeos uniovulares ou
univitelinos, monocoriônicos, e monoamnióticos; gestante-feto ou fetos; hipnólogo-sensitivo; líderliderado, seja dupla dê políticos ou dupla de religiosos; mãe-filhos; médium-mentor espiritual; médium
psicofônico-comunicante; mestre extrafísico-discípulo; pai-fílho; professor-pupilo; médico-paciente;
profeta-intérprete; projetor-amparador; galinha-pintinhos; certas crias (filhotes); etc.
307.2 Patológicos. Os acoplamentos áuricos patológicos mais freqüentes são: dupla obsediado-obsessor; simbioses animais; trio gestante-obsediado-obsessor; etc. Pode ser também um grupo de
enfermos: manifestações de convulsionários; histerias coletivas; pessoas amotinadas; multidão num
quebra-quebra; etc. (V. cap. 208).
Patologia. Os acoplamentos áuricos compostos com número superior a três consciências em
geral tendem a se tornar doentios ou patológicos. Eis porque Jesus de Nazaré prometeu estar presente num
grupo de duas ou três pessoas reunidas em seu nome e não no meio de qualquer multidão. A transmissão
energética mais eficaz será sempre aura humana-a-aura humana, ou mais apropriadamente, a doação
energética chacra-a-chacra.
Multidão. O homem considerado como consciência individualizada quando membro da
multidão, perde sua identidade pessoal, a capacidade de raciocinar logicamente, a escolha moral, e o senso
de responsabilidade individual e coletiva. A sugestionabilidade, a excitabilidade e a intoxicação energética
de massa fazem com que o homem, membro da multidão, deixe de ter opinião ou vontade própria, ficando
sujeito a ataques súbitos e violentos de ira, entusiasmo e pânico, e se torne capaz de perpetrar os atos de
violência mais monstruosos e gratuitos, contra os outros e até contra si mesmo. Os indivíduos, por isso, em
meio à multidão, — embriagados sem terem ingerido qualquer bebida, — são piores sob todos os
aspectos.
Exceção. Parece que as únicas exceções existentes quanto aos acoplamentos áuricos de mais de
três consciências são aqueles referentes à gestação e ao nascimento humanos de quádruplos, quintuplos,
sêxtuplos, etc., sadios. Talvçz isso ocorra porque as consciências, nesses casos, estão sob a atuação mais
rigorosa do restringimento físico pronunciado da vida fetal (por exemplo: a aura fetal é menor), e a
influência poderosa do ego e dos veículos de manifestação da consciência — inclusive, logicamente, o
corpo humano — da gestante.
Interações. Além dos acoplamentos áuricos referidos existem quatro interações específicas com
a natureza, numa escala decrescente:
307.
§ 01. As comunicações interorganísmicas, ou a chamada consciência primária.
307.
§ 02. A consciência humana com o animal de estimação.
307.
§ 03. O fenômeno da pessoa de mão boa (dedo verde) e a planta zelosamente cuidada.
307.
§ 04. As interações da consciência com os corpos inanimados como, por exemplo, o
objeto de estimação ou de uso pessoal, o instrumento individual e o seu proprietário: técnico- aparelho
eletrônico; virtuose-violino; automóvel-motorista proprietário; avião-piloto proprietário; barco-pescàdor
proprietário; etc.
Fenômenos. A ocorrência do acoplamento áurico ainda atua na predisposição de uma série de
fenômenos substancialmente afins que precisam ser mais pesquisados, tais como: a paracirurgia feita
indiretamente por uma interposta pessoa posicionada entre o paracirurgião e o paciente (V. cap. 417); a
viagem de carona relativamente às drogas (V. cap. 420); a ocorrência da contagiosidade projetiva (V. cap.
422); a técnica do passe a três (V. cap. 314); etc.
Efêmeros. O acoplamento áurico, ainda que efêmero, sempre ocorre entre: os dois parceiros na
união sexual; no transe mediúnico; no transe hipnótico; etc.
Rituais. Nas reuniões místicas de seitas e nos rituais religiosos sincréticos, as orações em voz
alta, a formação de correntes, as músicas, os cantos (mantras), o apoio nos hinos, os bailados conjuntos, a
cadência dos maracás, etc., visam instalar a sustentação energética de todos os presentes, harmonizando-os
com estas e outras muletas psicofisiológicas, num só fluxo de energia, ou seja, criando o acoplamento
áurico com todos os participantes.
Esferas. Em muitas ocorrências de acoplamentos áuricos entram em ação as influências da
esfera extrafísica de energia (V. cap. 236) de cada consciência encarnada envolvida.
Projeções. As projeções da consciência facultam pouco a pouco à consciência encarnada
constatar, extrafísica e diretamente, e até fazer uso da realidade das afinidades e das antipatias, às vezes
profundamente chocantes, dos acoplamentos áuricos entre as criaturas.
_____________________
Bibliografia: Alverga (18, p. 187), Castaneda (258, p. 109), Hope (756, p. 8), Huxley (771, p.
155), Moss (1096, p. 188), Vieira (1762, p. 158), Walker (1781, p. 7), White (1829, p. 319), Yogananda
(1894, p. 198).
308. AMPARADORES
Definição. Amparador: entidade individual, que existe separada do protoplasma, desencarnada e
benfazeja, auxiliar da consciência encarnada durante as saídas extrafísicas e nos períodos vividos fora do
corpo humano.
Sinonímia: acompanhante angélico; acompanhante espiritual; amigo oculto do projetor; anjo;
anjo de luz; auxiliador invisível; auxiliar extrafísico; companheiro espiritual; conselheiro extra- físico;
controle extrafísico; co-piloto extrafísico; desencarnado; “deuses”; entidade astral; entidade psi; escolta
extrafísica; espírito ascensor; espírito auxiliador; espírito controlador; espírito familiar; espírito protetor;
figura etérica; guarda-portão extrafísico; guardião astral; guia astral; guia espiritual; guia protetor; guia
viajor; instrutor astral; instrutor oculto; liberador astral; mentor extrafísico; mentor intangível; mestre-decerimônias extrafísico; mestre extrafísico; operador invisível; padrinho astral; parceiro extrafísico; parteiro
extrafísico; protetor astral; protetor espiritual; querubim; ser andrógino; ser aparicional radiante; ser de
luz; ser hiperfísico; socorrista astral; socorris- ta extrafísico; tutor espiritual; zelador extrafísico.
Tipos. Dentre os tipos extrafísicos de amparadores destacam-se: técnico extrafísico das projeções da consciência; mestre extrafísico; quanto ao visual extrafísico: homem, mulher, criança; exparente, ex-amigo, ex-colega, ex-condenado, ou mesmo aparente desconhecido, de maior afinidade, que
desencarnou primeiro; presença intangível; amparador de assistência explícita; desobsessor; policial
extrafísico; desencarnador (primeira morte); desativador de duplo etérico (segunda morte); etc. Há
projetores que chamam ou evocam o pai-amparador, a mãe-amparadora, a irmã-amparado- ra, o primoamparador, etc.
Extraterrestres. Somente as experiências extrafísicas continuadas permitem ao projetor distinguir os amparadores terrestres dos amparadores extraterrestres através de suas formas, sensibilidades, e
ocupações peculiares que extrapolam a atmosfera deste planeta.
Mordomias. Dentre suas atribuições ou os serviços extrafísicos de mordomia prestados pelo
amparador ao projetor humano projetado durante a projeção consciencial objetivando, ao fim das
experiências, a assistência extrafísica, destacam-se estas dez:
308.1 Auxílio eficiente nos momentos físicos (relacionados com a projeção consciencial) e nas
injunções extrafísicas.
308.2 Assistência extrafísica intangível, invisível, ou sutil, freqüente; assistência extrafísica
explícita, tangível, ou direta, menos freqüente.
308.3 Apoio energético: transmissão de energia consciencial.
308.4 Patrocínio do despertamento extrafísico e das projeções conscientes e semiconscientes,
assistidas e comandadas.
308.5 Aumento da condição de lucidez e da autoconsciência da consciência projetada.
308.6 Promoção de inspirações ou transmissão de sugestões intuitivas.
308.7 Execução de projeções visuais didáticas.
308.8 Estabelecimento de contatos interconscienciais.
308.9 Deslocamentos extrafísicos com volitação em grupo.
308.10 Manifestação direta da entidade, através do corpo mental, abordando o corpo mental
do projetor encarnado; etc.
Relacionamento. No relacionamento natural da consciência encarnada com os amparadores não
transparecem sinais de misticismos, preconceitos humanos, ou artificialismos de conduta.
Quando o amparador deseja ajudar, assume até a aparência de qualquer dos sexos, ou mesmo
ambos ossexos se for o caso.
Chamamento. O projetor faz o chamamento do amparador através do pensamento evocativo
espontâneo e pela prece sentida.
Evolução. Enquanto os corpos humanos repousam durante o sono natural, as consciências se
projetam aos distritos extrafísicos ou ambientes conscienciais que lhes sejam afins. Na projeção dirigida
pelo amparador, o projetor vai a distritos extrafísicos tanto desagradáveis quanto avançados e que não lhe
correspondem à posição evolutiva.
Técnicos. Os amparadores constituem um tipo particular de entidade extrafísica, mais comum
no relacionamento extrafísico das consciências encarnadas projetadas do que as outras, porque eles são
expertos ou técnicos em Projeciologia, contudo suas aparências em serviço ou fisionomias extrafísicas
variam ao infinito.
Realidade. Saindo várias vezes fora do corpo humano, a consciência acaba se encontrando com
alguém que costuma ser, o mais das vezes, um amparador. Depois de vários encontros com amparadores
diferentes, o projetor, por mais rígido em seus princípios e cético em seus condicionamentos humanos,
termina se convencendo de que eles não são frutos da consciência coletiva, nem muito menos figuras
arquetípicas, ou alucinações universais, mas personalidades tangíveis, inteligências reais e consciências
independentes atuantes.
Cooperação. Sejam quais forem os nomes que se lhes apliquem: guias espirituais, mentores,
anjos, guardiões, assistentes extrafísicos, liberadores, e a gama variável de suas aparências extrafísicas —
homem num trono, monje tibetano, aparição luminosa, foco de energia colorida, criança, mulher, velhinho
simpático, parente, amigo, desconhecido - os amparadores funcionam cooperando sempre eficientemente
com a consciência projetada, porque constitui a sua tarefa, em quaisquer circunstâncias.
Graduação. Urge esclarecer, no entanto que, igual a qualquer técnico em qualquer ramo de
serviço humano, o grau de competência varia de amparador para amaparador, daí uma das razões da
diversificação das formas com as quais eles se apresentam. Existem os amparadores iguais a gente mesmo
e aqueloutros extremamente lúcidos, cuja presença comunica equilíbrio e serenidade imensamente
distantes do clima terrestre. Todo projetor tem o amparador que merece conforme a projeção que
experimenta. Os serviços dos amparadores são mais abrangentes, permanentes, e sofisticados do que
supomos à primeira vista.
Retenção. Os amparadores, profundamente versados na mecânica dos processos da projeção
consciente, fazem rodízio conforme as conveniências de suas tarefas. Não se pode esquecer que assim
como ajudam o encarnado a deixar temporariamente o corpo humano, os amparadores auxiliam-no
também a permanecer no corpo humano, retendo-o no plano físico sem se projetar, quando as
circunstâncias assim o exijam para o próprio bem do projetor que às vezes ignora as razões deste
procedimento.
Programação. Nas projeções dirigidas pelos amparadores as possibilidades de observação e
análise do projetor são programadas. O projetor vê e recorda tão-somente o que decidiram expor,
desfrutando fora do corpo humano de uma liberdade condicionada a objetivos maiores que transcendem a
sua posição de obscuro operário no último escalão da equipe de trabalho. Nessa situação realista, o ser
encarnado acaba se sentindo inteiramente seguro. Vem corroborar este fato a sugestão freqüente dos
amparadores de não transcrição das lembranças de uma ou outra experiência embutida numa série de
projeções conscientes.
Correntes. Com o prosseguimento das experiências projetivas, a consciência encarnada vem a
se relacionar com entidades desencarnadas de diversas correntes de interesses, escolas de aprendizagem,
filosofias e ocupações extrafísicas, especialmente com estas seis:
308. § 01. Indígenas. Seres que viveram nas Américas do Sul e do Norte, e conservam ainda
interesses comuns em torno da vida e da natureza. Relacionam-se com as chamadas práticas de feitiçaria,
práticas dos cultos afrobrasileiros, e práticas mediúnicas do movimento espírita. Predominam em certos
núcleos nos ambientes extrafísicos crosta-a-crosta. Entre os seus líderes há grande número de
magnetizadores e técnicos especializados em trabalhos conjuntos com os seres inferiores ou animais
desencarnados defensores da natureza.
308. § 02. Africanos. Seres originários de encarnações entre as tribos primitivas da África,
predominam nos ambientes extrafísicos deste continente e atuam sobre as três Américas. Sustentam
extrafisicamente os cultos e sincretismos mediúnico-religiosos em diversos países.
308. § 03 . Orientais. Seres extrafísicos com experiências humanas recentes, isto é, dos últimos
séculos, na índia, no Tibete, na China e circunvizinhanças, cultivam as práticas individuais da iluminação
espiritual entre os homens. Dispõem de recursos físicos-extrafísicos com raízes mais profundas nos
estudos da Antiguidade. Entusiastas das pesquisas do plano mental. Predominam como inspiradores das
religiões orientais, do Zen, da Ioga, etc.
308.
§ 04. Magnetizadores. Entidades quase sempre com raízes reencarnatórias na Europa.
Predominam nas atividades crosta-a-crosta junto a tarefas de assistência extrafísica, núcleos da Maçonaria,
grande número de fraternidades e correntes espiritualistas.
308.
§ 05 .Médiuns. Entidades com experiências encarnatórias em países do Ocidente onde
desempenharam tarefas no campo da mediunidade. São consciências ligadas à assistência extrafísica, a
todas as demais correntes de entidades crosta-a-crosta, aos espíritas de modo geral, aos umbandistas, aos
ex-indígenas extrafísicos, aos pentecostalistas, etc.
308.
§ 06. Artistas. Grupos de entidades extrafísicas que incentivam os artistas em geral, os
médiuns intelectuais, os autores e pesquisadores, as instituições culturais, etc.
Preconceitos. A existência e as atividades dos amparadores constituem aspectos dos mais interessantes e os mais esquecidos no campo experimental da Projeciologia em razão dos preconceitos
científicos e religiosos que ainda envolvem o assunto.
Mestre. É lugar comum nos estudos parapsíquicos afirmarem que “quando o aprendiz está
pronto, o mestre aparece”. A projeção consciente permite ao encarnado inverter e transcender essa
afirmação, pois a consciência mesma deixa o corpo humano, redescobre as realidades extrafísicas,
expande a consciência, renova o próprio caminho, e acaba encontrando o benfeitor extrafísico (amparador)
que lhe inspira a existência.
Intercâmbio. O contato e o intercâmbio prolongados ou permanentes entre uma consciência
encarnada com outra desencarnada dependem de condições e fatores ligados não só à consciência
encarnada como também à consciência desencarnada, sendo ambos os tipos importantes.
Tipos. O intercâmbio prolongado a baixo nível, ou seja, crosta-a-crosta, com a consciência
desencarnada ainda presa constantemente aos apetites, sensações e mentalidade humanos é sempre mais
fácil e comum. Já o intercâmbio prolongado a alto nível parece que somente pode ser mantido no plano
mental, através dos corpos mentais das consciências, depois de certo tempo. Assim que a consciência
desencarnada apura pouco a pouco as suas sensações e interesses, o seu contato com os homens se torna
cada vez mais difícil e a sua permanência por aqui representa um sacrifício. Eis porque os contatos
extrafísicos mais duradouros só ocorrem em duas fontes simultâneas, por um lado, com a entidade crostaa-crosta, não evoluída, imprevisível, ou braçal extrafísico, e, por outro lado, com a entidade evoluída,
distante da atmosfera humana, ou o mestre extrafísico.
Entidades. A maioria dos médiuns humanos mais desenvolvidos intermediam dois tipQS básicos de entidades extrafísicas, - estando consciente ou não deste fato, - e com o predomínio de um ou outro
tipo: os operários extrafísicos, que conseguem se manter mais tempo junto à Terra, dedicados às tarefas
crosta-a-crosta, adstritos ao corpo emocional (psicossoma), em transmissões mediúnicas mais mecânicas
ou motrizes, braçais, no chão do mundo, mais no serviço da consolação; e os intelectuais extrafísicos,
dedicados às tarefas mentais criativas, que procuram funcionar pelo corpo mental, em transmissões
mediúnicas mais sutis, através das ondas mentais, sem se utilizarem do sistema nervoso e muscular,
motriz, do médium, mais em tarefas de esclarecimento.
Transfigurações. Os amparadores apresentam as consciências suficientemente abertas para
assistirem, seja consolando ou esclarecendo, quando evocados de mil maneiras, através de inúmeros
procedimentos humanos, os seres encarnados em suas tribulações e aflições, aparecendo aos olhos destes
transfigurados, respeitando nestas transfigurações os seus hábitos, costumes, tradições, crendices e
condicionamentos. Daí porque se caracterizam tal qual: as poderosas entidades exóticas, extraterrestres,
aos entusiastas da Ufologia; os seres humanóides de luz para o homem dito civilizado; a personalidade do
preto velho, do pajé, e outras formas, nas manifestações sincréticas afro- americanas; em forma de águia
imensa, pantera negra viva, e outros animais ditos inferiores, perante os indígenas mais primitivos; etc.
Serviço. Engana-se quem julgar que as saídas para fora do corpo humano pareçam tours ou
sejam simples excursões turísticas noturnas, à primeira vista sem nenhuma finalidade nobre. Onde surge
um amparador, há serviço edificante de fraternidade sendo executado.
Coerência. As tarefas de assistência extrafísica dos amparadores são disciplinadas, rígidas e
permanentes. Foi impressionante e confirmador para este autor encontrar pela primeira vez, com uma
amparadora, sozinha, personalidade desconhecida, marcante e inesquecível, num trabalho de assistência
em ambiente crosta-a-crosta e, somente quatro anos terrestres depois, voltar a encontrar, pela segunda vez,
a mesma individualidade, coerente e perseverante, conservando a mesma aparência, atuando de igual
modo, sozinha na mesma linha de ação, noutro serviço de assistência extrafísica, atendendo a outro ser
assistido que apresentava necessidades diferentes, noutro distrito crosta-a-crosta.
Projetor-amparador. O projetor consciencial experiente projetado pode servir de amparador
para outro projetor consciencial novato projetado.
Rodízio. O projetor consciencial encarnado de hoje pode ser o amparador de amanhã, e viceversa, no rodízio do ciclo das reencarnações sucessivas.
Serenões. Os serenões são os amparadores parapsiquicamente evoluídos, verdadeiros fulcros de
serenidade operante, antiemotivos, denotando extrema tranqüilidade de espírito, equilíbrio constante,
discernimento em tudo e em todas as ações extrafísicas, exibindo sempre a psicosfera límpida ou sem
nuvens conscienciais. Os serenões não são robôs, porém mundos conscienciais harmonizados e
pacificados por sentimentos elevados, idéias iluminadoras, e vontade desperta.
________________
Bibliografia: Brittain (206, p. 56), Crookall (323, p. 1), Engel (480, p. 14), Frost (560, p. 56),
Gaynor (577, p. 39), Gonçalves (614, p. 5), Greenhouse (636, p. 274), Hives (728, p. 69), Kardec (824, p.
247), Leadbeater (895, p. 27), Meek (1030, p. 147), Mittl (106, p. 5), Monroe (1065, p. 132), Powell
(1278, p. 236), Rogo (1444, p. 59), Schiff (1515, p. 114), Shay (1546, p. 77), Steiger (1601, p. 73),
Swedenborg (1635, p. 121), Vieira (1762, p. 168), Yram (1897, p. 54), Zani'ah (1899, p. 60).
309.
PROJEÇÃO CONSCIENTE E A EVOCAÇÃO
Definição. Evocação (Latim: evocatio, chamar com energia): ato da vontade pelo qual se
convoca a presença extrafísica de entidades desencarnadas, ou encarnadas projetadas, que acabam
aparecendo junto ao evocador, seja no plano extrafísico crosta-a-crosta ou distante do mundo físico.
Sinonímia: ato evocatório; chamado consciencial; chamamento extrafísico; convocação telepática; convocação transmental; invocação; rastreamento consciencial; rastreamento telepático; rogativa
dirigida.
Telepatia. Antes de tudo vale salientar que o fenômeno da evocação, em quase todos os seus
tipos e manifestações, constitui manifestação estritamente telepática entre duas ou mais consciências.
Tipos. Os tipos básicos da evocação variam conforme o aspecto em que são analisados os fatos:
consciente ou produzida intencionalmente; inconsciente ou espontânea; projetiva ou inserida no contexto
das ocorrências extrafísicas da projeção consciente; vígil ou durante o estado da vigília física ordinária;
evocação de ser desencarnado ou de ser encarnado projetado; evocação de cria- tura-alvo, local-alvo, ou
idéia-alvo, porque os lugares e objetos podem ser evocados; evocação por pensamentos, por palavras
faladas, ou por gestos; evocação imediata, atrasada, ou antecipada; evocação positiva; evocação negativa
ou incômoda; evocação natural; evocação ritualística; evocação com fórmula evocatória; auto-evocação;
etc.
Consciências. A evocação, mesmo quando um processo consciencial sem a participação direta
de qualquer outra criatura vígil, desenvolve-se com eficiência e desencadeia processos telepáticos
inclusive com outras consciências extrafísicas, domiciliadas na Terra, e também consciências extraterrestres, encarnadas e desencarnadas, domiciliadas em outros planetas, daí a vinculação natural da
Projeciologia com a Nafologia (V. cap. 434).
Agentes. Entre os fatores mais importantes que atuam no fenômeno da evocação de consciências
devem ser assinalados os agentes de ligação ou vínculos psíquicos tais como a fisionomia da criatura
evocada, o seu rosto e, especialmente, a lembrança dos seus olhos. Além disso, funcio- nanf como
poderosos agentes de rapport, o nome da pessoa, em particular, ou o seu nome ou apelido familiar, mais
íntimo, conhecido tão-somente por pequeno círculo de relações afetivas.
Oligofrênicos. Os oligofrênicos extrafísicos (V. cap. 320) pelo fato de não conseguirem manter
a concentração mental, não exercerem a telepatia extrafísica fluente, nem coordenarem normalmente o
juízo crítico, em razão das suas deficiências conscienciais, em geral não apresentam sintonia de
pensamento e nem recursos mentais suficientes para atender às evocações tanto conscientes quanto
inconscientes dos encarnados.
Auto-evocações. O pensamento que o projetor projetado à distância endereça ao seu próprio
corpo humano incapacitado, que às vezes o faz retornar à base física, e até interiorizar-se, de modo
intempestivo, sem esperar, e a lembrança retrocognitiva, ou da própria consciência nas condições de
encarnação anterior, em certos casos, constituem fenômenos que se podem classificar como au- toevocaçCes.
Reencamatórias. As auto-evocações, mais raramente, podem envolver aspectos reencarnatórios pessoais, ou intraconscienciais. Conheço casos de consciência encarnada, evocadora, que apelou pela
presença de uma personalidade desencarnada há bastante tempo que, no caso, era justamente ela mesma,
em outra de suas encarnações prévias.
Ocorrências. As auto-evocações reencamatórias podem gerar, entre outras, três ocorrências
inesperadas: a intrusão de um obsessor que procura se passar pela personalidade evocada, ou seja, o
próprio evocador (negativa); a predisposição de fenômenos de animismo, no caso, um fenômeno de
mistificação inconsciente, a personificação, ou seja, a incorporação de si mesma, a própria personalidade,
nas condições da encarnação prévia (negativa); a rememoração pluri-reencarnatória da consciência
encarnada que identifica definitivamente a si mesma na personalidade evocada (positiva).
Identificação. Conforme a exposição anterior, a auto-evocação ou o fenômeno no qual o
evocador e a personalidade evocada são uma só consciência, deve ser incluída na relação dos recursos
existentes — embora nem sempre de fácil execução — para a consciência encarnada identificar e
pesquisar as próprias encarnações passadas; bem como, em determinados casos, a auto-evocação espontânea, inconsciente, quando das ocorrências de personificação anímica parece caracterizar-se como
distúrbio consciencial pertencente à área da parapsicopatologia do corpo mental (V. cap. 119).
_______________________________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 123), Blavatsky (153, p. 208), Chaplin (273, p. 89), Gaynor (577,
p. 87), Gómez (613, p. 71), Greene (635, p. 67), Hapgood (678, p. 324), Heindel (705, p. 66), Kardec (825,
p. 338), Martin (1003, p. 71), Paula (1208, p. 137), Pensamento (1224, p. 44), Planeta (1249, p. 170),
Shepard (1548, p. 469), Spence (1588, p. 228), Tondriau (1690, p. 226), Zaniah (1899, p. 189).
310.
TÉCNICA DA EVOCAÇÃO CONSCIENTE
Definição. Evocação consciente: convocação mental feita intencionalmente pela consciência.
Sinonímia: evocação intencional; evocação meditada; evocação voluntária.
Positividade. As evocações conscientes podem ser utilizadas de maneira positiva por você, na
qualidade de projetor, não só no estado da vigília física ordinária, quanto também projetado conscientemente no plano extrafísico, desde que você esteja atento a fatores essenciais: as finalidades
produtivas da sua evocação; as características pessoais da criatura evocada; as circunstâncias na
oportunidade da evocação; o distrito de vida aonde supostamente se encontra o evocado; as suas condições
psicofísicas de evocador no momento; a análise antecipada das conseqüências da sua evocação.
Utilidades. Dentre as principais aplicações práticas do fenômeno evocativo para você, na
condição de projetor-evocador, destacam-se: o encontro, há muito tempo acalentado e até o momento
irrealizado, com determinada criatura; auxílio assistencial a entidades desencarnadas que, em geral, ainda
não passaram pela segunda morte, ou pelo descarte de todo o duplo etérico; encontro, provocado pela
evocação intencional, com alguém querido, personagem da sua existência, a fim de evidenciar à
desencarnação dele para ele mesmo, bem como ajudar no despertamento extra- físico dele; encontrar-se
extrafisicamente com um ex-animal doméstico de estimação, agora desencarnado; etc.
Técnica. A evocação direta pode ser usada como processo para você se projetar. Você pega uma
foto, objeto de uso pessoal, ou roupa que pertenceu a alguém já desencarnado, com quem deseja entrar em
contato, e pensa profunda e demoradamente sobre este fato. Deverá refletir sobre a pessoa e tentar
relembrar algumas das associações que teve com esse alguém espiritualmente evoluído e com quem você
sempre teve afinidade.
Ausência. Nem sempre a criatura evocada comparece perante o evocador. Todos os tipos de
inteligências podem ser evocadas para um fim útil, mas nem sempre a entidade evocada tem disposição,
está disponível, ou permanece em condições de se apresentar, em razão de impedimentos diversos.
Evitações. Devem ser evitadas as evocações de encarnados com o corpo humano debilitado
como, por exemplo: as pessoas gravemente doentes, os idosos enfermos, as crianças de tenra idade, etc., e
todos os encarnados que desencarnaram com problemas íntimos quanto à existência do plano extrafísico.
Espontaneidade. Há evocações intencionais tão espontâneas que parecem inconscientes, pois o
evocador, na verdade, não se dá conta de que está realizando uma evocação. Exemplos: a simples
lembrança de um local distante e, não raro, de um objeto que não se vê há muito tempo; a súplica mental
dirigida a um mentor extrafísico; etc.
______________________
Bibliografia: Kardec (825, p. 366), King (846, p. 173), Mittl (1061, p. 8), Monroe (1065, p.
112).
311. EVOCAÇÕES INCONSCIENTES
Definição. Evocação inconsciente: convocação mental feita sem intenção e de modo despercebido pela consciência encarnada ou desencarnada, seja no plano físico ou no plano extrafísico.
Sinonímia: evocação despercebida; evocação impensada; evocação incômoda; evocação inesperada; evocação involuntária; evocação não-intencional.
Contumazes. Existem evocadores inconscientes contumazes entre as pessoas de idade física
avançada e sem preparo espiritual adequado, não afeitas aos mecanismos do intercâmbio entre as esferas
da vida consciencial. Tais pessoas provocam a presença viva e, freqüentemente, incômoda, de
inteligências que aparecem para buscar socorro ou parlamentar, com franqueza crua, através dos
pensamentos carregados de emoções humanas das quais ainda não se desvencilharam.
Evitação. As evocações inconscientes devem ser sempre evitadas porque, na maioria dos casos,
a ocorrência acarreta conseqüências negativas, a começar para o próprio evocador desavisado, inclusive
suscitando influências extrafísicas transitórias ou permanentes, razão pela qual o projetor, no estado da
vigília física ordinária, ou no plano extrafísico, deve estar alerta quanto à intenção real, à natureza, e à
qualidade de seus pensamentos.
Semiconsciência. As evocações inconscientes são comuns aos projetores encarnados semiconscientes, que têm experiências extrafísicas mescladas com intercorrências oníricas, e são tidas e
interpretadas por eles mesmos quase sempre à conta de simples sonhos, ou pesadelos, lembrando
personagens do passado do sonhador.
Iscas. Em certos casos de evocação antecipada, quando o projetor, no estado da vigília física
ordinária, faz a evocação inconsciente da criatura e depois, durante a projeção consciencial, se defronta
com a mesma, a evocação funciona semelhante ao processo das iscas físicas e extrafísicas.
Agentes. Dos agentes intermediários, evocativos, mais comuns e atuantes na produção das
evocações inconscientes devem ser incluídos, em primeiro lugar, a consulta saudosista à coleção de fotos
antigas de família e as observações orais, diretas, feitas frente às telas — retratos pintados e emoldurados de ancestrais.
_____________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 121).
312.
MANIFESTAÇÕES EXTRAFÍSICAS DO PROJETOR-MÉDIUM
Tipos. Dentre as manifestações extrafísicas do projetor-médium destacam-se: intuição extrafísica; clarividência junto ou à distância; clariaudiência; psicofonia extrafísica; retrocognição extra- física;
precognição extrafísica; passes; passes a três; preces coletivas; etc.
Condições. A condição consciencial do projetor-médium durante as manifestações mediúni- cas
no plano extrafísico varia e pode ser: passiva; de transe; de lucidez seja com a consciência absoluta ou
semiconsciência; etc.
Psicossoma. O veículo por excelência das manifestações extrafísicas do projetor-médium é o
psicossoma razoavelmente lastreado pelo duplo etérico.
,
Fenômenos. A passividade extrafísica profunda do projetor-médium, em fase de intensa atividade, pode predispor vários fenômenos pós-projetivos, especialmente o banho energético pós-projetivo, e a condição da descoincidência vígil, ambos de natureza positiva e de efeitos gratificantes.
________________________
Bibliografia: Currie (354, p. 107),Greenhouse (636, p. 173), Smith (1572, p. 110), Turvey
(1707, p. 170).
313.
MANIFESTAÇÕES FÍSICAS DO PROJETOR-COMUNICANTE
Definição. Projetor-comunicante: consciência encarnada que se manifesta através de um médium humano, como se fora um ser desencarnado.
Sinonímia: comunicante encarnado; possessor encarnado.
Tipos. A manifestação física ou humana do projetor-comunicante mais comum é a psicofonia
projetiva (V. cap. 59). Além desta devem ser arrolados o passe a três e a aparição do projetor encarnado,
inclusive no leito de moribundos. Nessas ocasiões, a pessoa geralmente se encontra dormindo, ou pelo
menos semi-acordada.
Personalidades. O projetor-comunicante pode se apresentar com sua personalidade atual ou na
forma de uma de suas personalidades prévias, ou seja, de uma de suas encarnações anteriores à vida
humana atual e, portanto, igual a de uma pessoa já falecida.
Densidade. Os fatos parecem evidenciar que o grau de densidade do psicossoma diminui em
razão de seu afastamento do organismo de onde ele saiu, portando consigo a consciência, a fim de se
manifestar através do médium encarnado.
Possessão. Há raros casos registrados de possessão de ser encarnado pela consciência projetada
de outro ser encarnado, caracterizando-se, perfeitamente, o fenômeno do projetor-comunicante, no caso,
projetor-possessor, e a projeção-possessão. Tais fatos, sem dúvida, são sempre breves, cíclicos,
patológicos ou parapatológicos.
_______________
Bibliografia: Aksakof (09, p. 534), Armond (53, p. 87), Currie (354, p. 107), Delanne (381, p.
136), Denis (389, p. 162), Gauld (576, p.- 265), Müller (1107, p. 239), Oesterreich (1145, p. 27), Rigonatti
(1402, p. 82), Souza (1585, p. 122), Turvey (1707, p. 175).
314.
TÉCNICA DO PASSE A TRÊS
Definição. Passe a três: passe energético transmitido por amparador através de dois médiuns,
simultaneamente, um encarnado projetado consciente e outro encarnado em transe mediúnico convencional.
Sinonímia: passe a seis mãos; passe extrafísico composto; transfusão energética composta.
Participação. Tenho freqüentemente participado, na condição de projetor projetado com inteira
consciência, de atividades mediúnico-assistenciais fora do corpo humano. Uma delas é justamente a
transmissão de passes a três em sessões mediúnicas sob a orientação kardecista, em ambientes domésticos,
e também outras em sessões de terreiros de umbanda.
Coerência. Aliás este fato constitui uma das razões porque me defino como francamente
universalista e, embora compreendendo, não defendo os excessos de purismo bairrista na prática de
qualquer doutrina que deve, antes de tudo, ser universalista. Tenho de viver coerente comigo mesmo. Não
conseguiria ser hipocritamente apenas médium kardecista no estado da vigília física ordinária e funcionar
por médium universalista quando estou projetado, consciente, fora do corpo humano.
Rótulos. A realidade extrafísica não surge rotulada por homens. A mediunidade funciona independentemente de rótulos. O serviço assistencial, em especial o extrafísico, não pode depender de
preconceitos humanos. Se fosse de outro modo não se instalariam as indispensáveis condições de rapport,
empatia ou afinidade com o amparador, ao mesmo tempo amigo meu e da médium, pois neste caso por
exemplo, o mesmo funciona como mentor espiritual comigo e como preto velho, buscando esclarecer o
que pode, com a médium. Nem tampouco existiria o rapport entre a própria médium e o enfermo
encarnado ou desencarnado, e que deve ser assistido pelo passe a três sem se cogitar se o mesmo é
encarnado, desencarnado, espiritualista, materialista, agnóstico, ou o que seja. Representa ali uma
consciência irmã necessitada, o que, no caso, basta.
Escolha. A prática mediúnica e o bom senso recomendam que na equipe de trabalho da assistência extrafísica, o projetor inteligente situe-se realisticamente no último escalão, por isso não deve e
nem pode estar fazendo qualquer segregação, exigindo condições de trabalho, exibindo pudores infantis ou
escolhendo locais humanos, ambientes extrafísicos, seres para serem assistidos, amparadores para
desempenhar tarefas e servir em conjunto. Nada deve exigir, mas agradecer tudo o que recebe, pois sai
sempre ganhando.
Escada. A técnica da transmissão do passe a três forma uma escada de consciências com degraus descendentes que vão desde o amparador-mentor-espiritual da médium, o degrau superior; do
projetor projetado, o degrau intermediário; e da médium encarnada, ou cavalo na umbanda, o degrau
inferior. As energias que fluem de cima para baixo alcançam o doente assistido, seja encarnado ou
desencarnado, a base da escada energética.
Sexo. Estou me referindo aqui à médium, mulher, porque é o que mais tem acontecido comigo.
Contudo pode ser médium homem também, sem ocorrer qualquer alteração no processo de transmissão do
passe a três. A médium-mulher, no meu caso, quase sempre oferece maior passividade no intercâmbio
mediúnico, facilitando mais a realização do processo.
Abordagem. Geralmente chego sozinho ao local, teleguiado pelas intuições extrafísicas. Os
trabalhos seguem o seu desenvolvimento com o amparador junto à médium desde o início da sessão, ou
até antes em certos casos. Com o auxílio benevolente do amparador, abordo a médium como se me
encaixasse anatomicamente de trás para a frente, de encontro às suas costas e por cima dos seus ombros e
braços.
Irradiações. As irradiações energéticas não fluem originariamente de mim, ou do meu psicossoma, mas vêm de fora, ou de cima, de uma fonte rica, embora entrando mais rarefeita ou sutil e se
condensando com intensidade e vigor ao passar através do meu psicossoma e, mais ainda, logo em
seguida, através da médium coincidente, atingindo rapidamente cada uma das quatro cabeças, primeiro as
duas extrafísicas, depois as duas físicas. Geralmente movimento os braços e mãos do psicossoma
sincronicamente com os braços e mãos da médium.
Informações. Aos interessados informo alguma coisa do que ocorre no íntimo da consciência
projetada pelo psicossoma ao se apassivar para participar do passe a três. O que vou relatar vem
acontecendo comigo. Não sei como se passa com outros. Na Bibliografia Mundial sobre a projeção
consciente ainda não encontrei nada detalhadamente sobre o assunto para indicar aqui.
Frustrações. Às vezes, as circunstâncias dos passes a três criam frustrações dramáticas, silenciosas e indescritíveis. A médium interfere, bloqueia e pára a sua participação na transmissão antes que
o passe termine, em pleno pique máximo da intensidade do fluxo da corrente energética. O projetor, então,
com a ajuda do amparador tem de continuar o passe sem contar com a médium, até concluir a transmissão
energética.
Vontade. Surge permanente vontade no projetor de transmitir, antes de cada atendimento mais
sério, um passe primeiro na médium, a fim de aquietá-la, ou melhor, subjugá-la com vigor maior, porém
não se pode forçar o entrosamento mediúnico porque tal atitude afetaria o sistema nervoso central e até o
sistema neuromuscular de todo o seu corpo humano.
Automatismo. Chega a um ponto em que o projetor, sob a orientação e as energias do amparador complacente, consegue controlar a médium, porém, inesperadamente, esta começa a pensar em
outros assuntos, estranhos e negativos à transmissão, agindo automaticamente, semelhante a um robô. Isto
interrompe o entrosamento a três e o fluxo energético do passe.
Sensações. Por fim, o projetor ainda agüenta a transmissão de vários passes sustentado pela
paciência, benevolência e o exemplo impressionantes do amparador. No entanto, em razão do esforço
constante despendido para manter o entrosamento, ou o desentrosamento continuado, começa a sentir no
psicossoma, ou corpo emocional, denso e carregado ainda mais através do cordão de prata, os reflexos dos
eflúvios pesados dos enfermos, da médium e dos participantes do ambiente.
Vômitos. Entre as reações que surgem nessas ocasiões são comuns as ânsias incoercíveis de
vômito, próprias dos fenômenos dos efeitos físicos, refletidos mais vigorosamente nele,-projetor projetado,
por ser o elemento intermediário ou quem mais funciona por médium entre os três participantes do
trabalho, ao modo de fio elétrico entre dois terminais. Se as sensações aumentam, o recurso é retornar ao
corpo humano, deitado no cômodo da base física, levando ainda as impressões dos vômitos que, apesar de
tudo, passam logo com os banhos fluídicos dos amparadores, mais fáceis de serem transmitidos no campo
da casa do projetor.
Sacrifícios. Apesar dos pesares, vale muito todo o esforço de participar do passe a três, onde, na
verdade, a tarefa mais sacrificial não está com o projetor projetado, não obstante todas essas frustrações. O
mais sacrificado, em primeiro lugaf, é o amparador que tudo sabe e a tudo vê, às vezes também numa
condição contrafeita de impotência e, em segundo lugar, a médium que nada sabe e que geralmente nada
vê claramente; depois disso é que vem o projetor projetado.
Validade. A participação do projetor projetado tem sempre algum valor. Obviamente os amparadores não teriam tanto trabalho para coisa nenhuma. Segundo explicações que recebi, a densidade
energética do psicossoma temporariamente livre do encarnado projetado está numa freqüência
intermediária entre o psicossoma, menos denso ou rarefeito, do amparador, e o psicossoma, denso, da
médium coincidente com o corpo humano. Tal circunstância permite maior entrosamento entre as
dimensões diferentes das vidas e planos físico e extrafísico e dos quatro psicossomas, veículos
condensadores de energia, em jogo no passe a três: os três primeiros, no fim do processo são transmissores
ou revezadores, e o quarto psicossoma, o do assistido, receptor. É o fenômeno anímico-mediúnico
funcionando dentro do binômio mediunidade-animismo.
Psicossoma. A rigor, não seria o caso de a consciência projetada sentir ânsias de vômito no
psicossoma, partindo do fato de que as impressões físicas, ou fisiológicas, não atingem a sua paraanatomia e nem a sua parafisiologia. No entanto, isso acontece em razão do grau maior da sua densidade.
O projetor no passe a três atua como se fosse meio-encarnado, ou se o quiserem, meio-de- sencarnado,
entre o amparador, desencarnado, e a médium, consciência encarnada em transe, ou em plena vigília
ordinária coincidente.
Predisposição. Muito embora os médiuns com algum desenvolvimento sejam mais predispostos
a participarem extrafisicamente do passe a três, quem quiser produzir a projeção consciente, seja
assistencial ou assistida, deve se predispor psicologicamente para passar por essas experiências. Tal
socorro extrafísico compõe o elenco das tarefas assistenciais das equipes dos amparadores. Muita gente
que nío é médium no estado da vigília física ordinária, transforma-se em poderoso médium extrafísico no
passe a três. Boa parte dos encarnados projetados que trabalham nessas equipes não são médiuns na
existência humana comum.
Rememorações. Centenas de encarnados projetados sempre participam do passe a três por aí
afora, no entanto as energias do duplo etérico, que lastream o psicossoma nessas oportunidades, perturbam
as rememorações, quase sempre fragmentárias, da maioria deles, que acabam não se lembrando das
ocorrências extrafísicas, após o despertamento físico.
_____________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 80).
315.
TÉCNICA DA COMUNICAÇÃO INTERVIVOS
Definição. Comunicação intervivos: comunicação anímico-mediúnica, física, da consciência
projetada para fora do corpo denso com a consciência vígil de outros seres humanos.
Sinonímia: animismo intervivos; caso de reciprocidade; comunicação entre vivos; manifestação
física do projetor-comunicante; manifestação mediúnica dos vivos; mediunidade intervivos; transe
medianímico.
Tipos. Dentre os tipos de comunicação anímico-mediúnica intervivos destacam-se: aparição a
encarnado (V. cap. 316); bilocação ou projeção-materialização (V. cap. 42); parapirogenia projetiva (V.
cap. 54); pneumatofonia projetiva (V. cap. 55); poltergeist projetivo (V. cap. 56); psicofo- nia projetiva
(V. cap. 58); psicografia projetiva (V. cap. 61); psicometria projetiva (V. cap 37); raps projetivos (V. cap.
62); telecinesia extrafísica (V. cap. 63); transmissão e recepção telepáticas com encarnado (V. cap. 64);
etc.
Condições. As condições dos níveis conscienciais da consciência encarnada projetada podem
ser: ativa; inconsciente; amnésica; etc.
Interposto. Na manifestação através de médium psicofônico, o projetor-comunicante atua como
espírito interposto entre o médium e o mentor espiritual do próprio médium, o supervisor extrafísico dos
trabalhos mediúnicos em andamento.
Materializações. Dentre as manifestações físicas do projetor-comunicante se incluem todas as
materializações psicofísicas de pessoas vivas com médiuns, ou seja, projetadas e manifestando-se através
dos recursos ectoplásmicos de médium humano.
Animismo. Quando a consciência encarnada projetada se comunica através de um médium
encarnado, antes de ocorrer, no caso, um fenômeno mediúnico corriqueiro, às vistas dos observadores do
fato desenvolve-se um fenômeno puramente anímico, raro, entre dois espíritos encarnados, que se utilizam
do plano extrafísico. Nessas circunstâncias ambos aplicam as próprias faculdades paranormais,
dispensando, em muitas ocorrências, a participação direta de qualquer espírito desencarnado, ou
inteligência externa.
______________
Bibliografia: Aksakof (09, p. 542), Bozzano (185, p. 63), Crokall (343, p. 61), Crouzet (344, p.
429), Currie (354, p. 11), Ebon (453, p. 101), Flammarion (522, p. 206), Gauld ( 576, p. 226), Greenhouse
(636, p. 162), Gurney (666, p. XXV), Lombroso (943, p. 254), Marryat (1001, p. 35), Martins (1009, p.
95), Muldoon (1103, p. 23), Riverain (1408, p. 119), Rodrigues (1431, p. 27), Salter (1498, p. 133), Smith
(1574, p. 121), Turvey (1707, p. 175), Xavier (1873, p. 43).
316.
APARIÇAO INTERVIVOS
Definição. Aparição intervivos: ação do aparecimento da consciência do projetor encarnado,
projetado, a outras criaturas encarnadas.
Sinonímia: aparição de vivo; aparição projetada; aparição projetiva; espectro humano; fantasma
auto-induzido; projeção intervivos; tangibilização projetiva.
Superstição. Em diversos países, inclusive, por exemplo, na Inglaterra, o duplo da pessoa recebe o nome de fantasma ou espectro. Em geral se supõe — supersticiosamente — que a aparição significa
um aviso de morte para aquele que foi visto, baseado no fato de que a aproximação da primeira morte
enfraquece os liames (cordão de prata) entre o corpo humano e o corpo extrafísico do indivíduo, no caso, o
psicossoma.
Espontaneidade. As aparições paranormais de consciências encarnadas projetadas, em sua
maioria, são ocorrências espontâneas durante o sono natural profundo e, freqüentemente, com a total
inconsciência do agente, o projetor. Este é um dos fenômenos da Projeciologia mais difíceis de serem
provocados voluntária e conscientemente, em razão do dispêndio intenso, inevitável, de energia
consciencial.
Médium. O processo menos difícil para produzir a aparição intencional é o projetor tornar um
encarnado, doador de energia, predisposto à produção do fenômeno. Esta pessoa deve ter quatro
qualidades essenciais: ser realmente afim ao projetor para facilitar o rapport; viver sem receio quanto ao
mundo extrafísico e aparições; apresentar sensibilidade mediúnica de clarividência pronunciada; e
demonstrar facilidade na aplicação prática das energias conscienciais, notadamente as provenientes do
chacra frontal. Tudo isso objetiva diminuir o percentual necessário da condensação física do psicossoma a
ser visto pelo percipiente.
Compartilhada. Neste caso, a clarividência do percipiente promove 50% da aparição compartilhada, restando apenas os outros 50% que são fornecidos pelo agente-projetor, encarnado, projetado
através do psicossoma, na condição mais densa possível, ou seja, lastreado pelo duplo etérico. Sobrevêm,
então, o fenômeno como se fosse a conjugação harmoniosa das manifestações de uma dupla de médiuns.
Circunstâncias. A conjugação das circunstâncias humanas mais propícias à produção deliberada do fenômeno da aparição intervivos é quando o projetor consciencial (homem) aparece para a
percipiente-médium, ou seja, mulher sozinha. Tal fato talvez seja devido à “afinidade dos gêneros
opostos”
Características. As aparições do projetor consciencial encarnado projetado podem ocorrer com
o percipiente encarnado estando dormindo ou aparentemente vígil. As aparições em geral se apresentam
imóveis ou deslizando à vista do percipiente. As aparições imóveis, em muitos casos, constituem tãosomente meras projeções de formas-pensamentos à distância.
Formas. As formas da aparição intervivos podem ser: vaporosas, diáfanas, vagas, imprecisas, ou
acentuadamente nítidas quanto aos contornos, semblante, traços, porte, corpulência, ademanes, e outros
aspectos do visual da pessoa humana. Como regra, as partes da forma humanóide menos acentuadas
durante as aparições são os membros inferiores incluindo os pés.
Diálogo. Os casos mais raros de aparição de seres encarnados são aqueles nos quais o projetor
consciencial projetado é visto, exibe-se tangível e, além disso, mantém conversação, diálogo vivo e
inteligente, com a testemunha-percipiente-humana, caracterizando-se, de modo insofismável, a ocorrência
da bilocação física (V. cap. 42).
Animais. Dentre as aparições espontâneas, de seres encarnados projetados, menos infreqüentes, destacam-se aquelas que têm como percipientes as crianças e os animais domésticos, ou de estimação,
em especial cães e gatos.
_______________
Bibliografia: Andrade (27, p. 117), Baumann (93, p. 29), Bennett (117, p. 28), Bozzano (184, p.
151), Crookall (331, p. 23), Green (633, p. 26), Hart (687, p. 182), Kardec (825, p. 133), Mackenzie (970,
p. 242), Martins (1005, p. 97), Muntanola (1108, p. 107), Vieira (1762, p. 168).
317.
REAÇÕES DOS ENCARNADOS A APARIÇÃO DO PROJETOR
Variedades. As reações dos seres encarnados no estado da vigília física ordinária à aparição de
uma consciência também encarnada, projetor projetado ou projetora projetada, variam bastante conforme o
estado psicológico do percipiente, o ambiente humano, o grau de tangibilização da aparição, as idéias e as
emoções recíprocas em jogo, etc.
Tipos. Dentre os tipos das reações das criaturas encarnadas - homem, mulher, criança, e animal à aparição do projetor ou projetora encarnados, quando projetados, destacam-se: amedrontar-se; assustarse; sacar arma (homem); açular cachorro contra a aparição do projetor ou projetora; gritar; sair correndo;
contemplar em silêncio; persignar-se; tentar se comunicar; levar a destra ao crucifixo no peito (freira);
manter-se indiferente como se o fato fosse mera alucinação; tentar tocar a figura da aparição (criança); etc.
Animais. Os animais, seres também encarnados, além do homem, apresentam reações à aparição
do projetor humano, tais como: alegria quando percebe a presença do dono projetado; agitação;
comportamento inusitado; sair de mansinho com o rabo entre as pernas (cão); paralisia temporária devido
ao medo ou à estupefação; efeitos secundários fisiológicos; latidos (cão); relinchos (cavalo) ; etc.
___________________
Bibliografia: Baumann (93, p. 33), Monroe (1065, p. 58), Vieira (1762, p. 168).
318.
ATAQUES EXTRAFfSICOS AO PROJETOR OU PROJETORA
Definição. Ataque extrafísico: ato de alguém atacar agressivamente a personalidade do projetor
humano no estado da vigília física ordinária ou quando projetada pelo psicossoma.
Sinonímia: agressão extrafísica; assalto extrafísico; ataque astral; ataque oculto; ataque pa-
rapsíquico; escaramuça astral.
Atacantes. Dentre as características dos atacantes extrafísicos — inclusive consciências encarnadas projetadas — do projetor ou projetora destacam-se: entidade masculina; entidade feminina;
entidade descaracterizada; assaltante habitual; vampiro extrafísico comum; entidade conhecida; entidade
desconhecida; entidade consciente; entidade inconsciente; oligofrênico extrafísico; desencarnado enfermo
sem má intenção; grupo de vários atacantes ao mesmo tempo; etc.
Ataques. Dentre as características dos ataques extrafísicos ao projetor ou projetora acontecem
mais freqüentemente: a entidade enferma lança-se, com toda a força de sua impulsão, sobre o psicossoma
do projetor projetado; a intenção de cerceamento dos movimentos extrafísicos da consciência projetada; a
anteposição de obstáculos extrafísicos sucessivos, ou formas-pensamentos espessas, à translocação livre
da consciência projetada, por exemplo, a criação abrupta de porta ou janela sem aberturas, muralhas
surgidas à frente inesperadamente; as formas desagradáveis das criaturas; a transfiguração do atacante
visando provocar o medo; o lançamento de dardos energéticos; a perseguição franca; a corrida extrafísica;
o encantoamento extrafísico; as pressões parapsicológi- cas; etc.
Expressões. Os atacantes extrafísicos em geral têm especial predileção para dirigir expressões
acusatórias, quase sempre articuladas verbalmente, ou seja, humanóides, buscando atingir o equilíbrio
emocional da consciênca encarnada, projetada, com a criação de uma atmosfera sádica, embaraçante,
humilhante, pesadelar. Para isso empregam todos os recursos negativos possíveis, inclusive a exaltação de
ações verdadeiras ou a exacerbação de aspectos de erros reais, que vieram a conhecer quanto à conduta do
projetor que os cometeu.
Causas. As causas principais dos ataques extrafísicos à consciência humana projetada fora do
corpo humano são: carência energética devido a caso de parapatologia do psicossoma do atacante;
parapsicopatia franca; despertamento extrafísico de entidade enferma; motivação emocional simples ou
mútua; obsessão declarada; etc.
Efeitos. Dentre os efeitos dos ataques extrafísicos ao projetor ou projetora conscientes devem
ser arrolados: ataques extrafísicos próprios ou provenientes das tarefas da desobsessão extrafíca;
influenciação extrafísica temporária; obnubilação consciencial; exaustão física; sono irresistível; drenagem
vibratória da consciência do projetor projetado; duelos vibratórios; descoincidência vígil; aprendizado das
defesas extrafísicas; perda de tempo e da oportunidade extrafísica; etc.
Mental. As abordagens mentais negativas, simples, ocorrem no estado da vigília física ordinária
ou na fase preparatória para a projeção consciente, na pré-decolagem e por ocasião do despertamento
extrafísico da consciência projetada, executados tanto por outras consciências manifestando-se pelo
psicossoma ou diretamente em corpo mental. No entanto, os ataques extrafísicos ostensivos, diretos,
parecem acontecer somente quando a consciência encarnada se projeta através do psicossoma, não quando
projetada isoladamente, apenas através do corpo mental, no plano mental puro.
Duplos. Freqüentes ataques das criaturas extrafísicas à consciência encarnada têm início, primeiro, na sua vigília física ordinária, e depois, durante o período da projeção consciente, sendo, portanto,
ataques duplos.
Natureza. Os ataques extrafísicos podem ser: patológicos, geralmente de origem sexual, etc.; ou
inconscientes, executados por entidades parapsicóticas post-mortem.
Parapolítica. Os ataques extrafísicos podem também ser gerados por motivos parapolíticos, ou
seja, quando a consciência do projetor encarnado, fazendo assistência fraterna, extrafísica, ou qualquer
outro trabalho dentro ou fora do corpo humano, vai de encontro às más intenções dos atacantes,
transformando-se em obstáculo natural ao prosseguimento do plano de ações empreendidas por eles.
________________
Bibliografia: Denning (391, p. 223), Drury (414, p. 58), Dubugras (423, p. 49), Fortune (540, p.
51), King (846, p. 105), Lewis (923, p. 201), Llewellyn (939, p. 21), Monroe (1065, p. 119),Muldoon
(1105, p. 292), Sculthorp (1531, p. 49), Vieira (1762, p. 122), Yram (1897, p. 101).
319.
TÉCNICAS AUTODEFENSIVAS DO PROJETOR OU PROJETORA
Introdução. Os planos extrafísicos aonde a consciência encarnada se projeta quando deixa
temporariamente o corpo humano, em especial o plano crosta-a-crosta, interpenetrante com o mundo
físico, apresentam legiões de desencarnados enfermos mentais ou conscienciais, psicopatas extrafísicos,
além de raros encarnados projetados também enfermos. Os primeiros são chamados vulgarmente
obsessores desencarnados, e os segundos, obsessores encarnados. Contudo, nem todos são genuinamente
obsessores mau-caráter ou mal-intencionados. Vasto percentual de uns e de outros é de sonâmbulos
extrafísicos ou infelizes doentes dominados por parapsicoses post-mortem.
Aprendizado. Sem entrar no mérito dos caracteres ou nuanças das personalidades enfermas
extrafísicas, um fato deve ser considerado do ponto de vista prático: o projetor, de modo inevitável, deve
aprender a conviver extrafisicamente com entidades enfermas de todo tipo, se quiser desenvolver suas
atividades nesses planos extrafísicos. Por isso, faz-se mister preparar-se com recursos de autodefesas
extrafísicas dignos e capazes de manter-lhe o equilíbrio indispensável à consciência projetada, bem como
durante a vigília física ordinária.
Mental. No plano mental puro, onde as consciências atuam pelo corpo mental, parece não
acontecerem manifestações doentias de consciências iguais às referidas aqui sobre o plano crosta-a- crosta,
onde as consciências se manifestam pelo psicossoma
Inescondibilidade. A consciência projetadá no plano extrafísico não deve sentir medo de espécie alguma. O psicossoma, ou corpo astral, é visível no plano extrafísico, ou plano crosta-a-cros- ta. O
semelhante atrai semelhante. O psicossoma demonstra claramente o caráter, a intenção real, a fraqueza ou
a fortaleza que a consciência de fato sente para os outros seres extrafísicos. As intenções tornam-se
expostas, inescondíveis, patentes, intapeáveis.
Recursos. Dentre os recursos autodefensivos, dignos e eficazes, disponíveis ao projetor e à
projetora destacam-se: conscientização da moral cósmica; pensamentos benfazejos permanentes;
autoconfiança na emissão de pensamentos e energias defensivas antes, durante e após a projeção;
repelência vibratória tipo eletrochoque em certos casos; repelência vibratória tipo gás paralisante; conduta
dentro da moral cósmica; serenidade constante; diálogo transmental; graduação da potência da energia
consciencial exteriorizável; prece mental; relações extrafísicas positivas e desassombradas, sem
misticismos; convivência produtiva com os amparadores; prática de atividades extrafísicas; volitação
consciente; opacidade do psicossoma; autoluminosidade do psicossoma; mimetização extrafísica; emprego
dos recursos do cordão de prata; uso das interiorizações voluntárias e involuntárias; aproveitamento do
isolamento da base física; o auxiliar em terra; a desaparição instantânea provocada pela vontade fixada no
corpo humano; a densidade do psicossoma funcionando como extraordinário recurso de defesa extrafísica;
exteriorização de energia consciencial com intenção .terapêutica; etc.
Advertência. A consciência encarnada quando projetada no plano extrafísico não pode subestimar a potência e a capacidade de atuação do pensamento forte de uma vontade decidida, não somente
as dos outros como as suas próprias. Por isso, todo pensamento antifraternal precisa ser afastado de modo
definitivo e absoluto. A intenção positiva da vontade que deseja acertar será sempre insubstituível em suas
cogitações extrafísicas.
Certeza. Torna-se de vital necessidade manter absoluta certeza do caráter de quem vêmo-nos
obrigados a medir forças energéticas, se entidade desencarnada, que já passou pela transição da projeção
final, e não pode morrer mais, ou entidade encarnada, ainda que enferma ou de intenções negativas, porém
suscetível de desencarnar ou perder o corpo humano através de trauma extrafísico fatal.
Cargas. As derradeiras conseqüências das cargas mentais de uma consciência são ainda muito
obscuras para nós, projetores conscienciais lúcidos encarnados. O pensamento da consciência humana é
desconcertante e profundamente surpreendente às vezes.
Ação. Por outro lado, uma ação positiva está em o projetor encarnado colaborar com os amparadores nos processos desencarnatórios justos, dentro dos prazos naturais das leis cármicas. Outra ação,
no caso negativa, será o projetor consciencial se arvorar em justiceiro desequilibrado, ou servir de
instrumento para os obsessores, e contribuir para o desenlace injusto de algum companheiro, ou
companheira, encarnados, fora dos prazos naturais das leis cármicas.
Evitações. No plano extrafísico, de modo geral, a consciência que colabora e assiste na qualidade de desobsessora, jamais deverá responder a um ataque extrafísico com outro ataque, abaixando-se
assim ao nível moral, infracósmico, do atacante. Os pensamentos, métodos e estratégias assistenciais têm
de ser sempre mais humanos, fraternos, consoladores e esclarecedores a fim de que frutifiquem, sem
deixar quaisquer resíduos indesejáveis.
Abordagem. Eis aqui uma regra básica na assistência espiritual física-extrafísica. A consciência
encarnada projetada com lucidez deve se sentir perante as entidades necessitadas que depara em suas
tarefas assistenciais extrafísicas, como se fosse pai ou mãe, irmão ou irmã, assistente social, médico ou
médica, enfermeiro ou enfermeira, professor ou professora, colega ou igual, a fim de aprofundar o rapport
e ajudar efetivamente aos enfermos extrafísicos e obsessores comuns. Esta será sempre a atitude ou a
abordagem extrafísica ideal para surtir efeitos e resultados eficazes no desenvolvimento do projetor
consciencial lúcido encarnado.
___________________
Bibliografia: Fortune (540, p. 155),Hope (756, p. 50),Mackaharic(1044, p. 20),Northage (1135,
p. 63), Targ (1651, p. 236), Vieira (1762, p. 182), Yram (1897, p. 96).
320.
OBSESSORES EXTRAFISICOS
Definição. Obsessor (Latim: obsessore, assediador): consciência que exerce ação negativa direta
ou indireta sobre outra, seja perturbando-a, perseguindo-a, e influenciando-a malevolamente, através de
ondas de pensamentos, emoções, idéias e energia consciencial.
Sinonímia: agente possessor; assediador; desencarnado enfermo; diakka; encosto espiritual;
entidade não-evoluída; entidade possessiva; espírito alienígena; espírito estrangeiro; espírito forasteiro;
espírito intruso; espírito patogênico; espírito periférico; fantasma infeliz; fasci- nador; gaki; incubo;
influenciador parapsíquico; kiumba; maníaco extrafísico; obsedente; obsediante; obstrutor da projeção;
parapsicótico post-mortem; parasita astral; possessor; preta; ser astral enfermo; ser falecido doente;
subjugador; súcubo; tentador; tocaia extrafísica.
Advertência. O que vai ser descrito a seguir somente deve ser lido por quem se julga com
equilíbrio psicológico capaz de entender e refletir com serenidade, sem envolvimento emocional negativo,
sobre os assuntos mais penosos e infelizes das populações físicas-extrafísicas deste planeta Terra. Se o
leitor tem medo do desconhecido quanto ao mundo espiritual, ou alimenta receio de seres desencarnados,
não deve ler este capítulo. Há outros mais amenos atrás ou à frente.
Características. Características da entidade obsessora de modo geral: ser ignorante; não
compreender a sua situação; ser contraditório; viver o desespero de emoções paradoxais; ser lúcido; ter ou
não ter qualquer ligação pessoal com a vítima; desejar continuar alguma atividade impraticável no Plano
Físico, forçando a vítima a aceitá-lo; ansiar compartilhar emoções da vítima, desencaminhando-a para
algum vício; satisfazer-se com brincadeiras primárias, de mau gosto, próprias da imaturidade consciencial,
deleitando-se em causar transtornos; usar recém- desencarnados, e mesmo encarnados predispostos à sua
influência, como auxiliares conscientes, inconscientes, e inocentes-úteis obsessivos, quando impedido de
agir diretamente; através do ódio, prejudicar física e mentalmente a vítima, podendo chegar ao ponto de
ocasionar-lhe o suicídio; através do amor egoísta, tentar o regresso da vítima ao Plano Extrafísico a fim de
satisfazer-lhe as próprias carências energéticas (a saiidade é a fome das energias conscienciais específicas
da pessoa amada); e através de emoções antagónicas, até buscar, aparentemente, auxiliar a sua vítima.
Obsessão. Para se caracterizar exatamente o obsessor, torna-se indispensável definir a obsessão:
atitude mental, ou parapsicológica, idéia fixa que domina doentiamente a consciência. Afirma-se que toda
obsessão se inicia através de uma auto-obsessão. Os adultos costumam ser mais predispostos à obsessão
do que as crianças.
Gêneros. Há diversos gêneros de obsessão do ponto de vista do ataque do obsessor extrafísico:
obsessão mútua, recíproca, ou bidirecional; auto-obsessão; obsessão simples; miniobses- são; obsessão
complexa (múltiplos obsessores); obsessão direta; obsessão indireta ou por ricochete; obsessão entre
encarnados; obsessão entre desencarnados; obsessão entre encarnado e desencarnado; obsessão pesadelar;
obsessão hipnótica; obsessão fisiológica ou orgânica; obsessão grupai; etc.
Objetivos. Entre os enfermos extrafísicos precisam ser destacados para estudo especial as
personalidades desencarnadas obsessoras crónicas. Os obsessores atuam sobre as idéias e as emoções
inferiores de homens, mulheres e crianças, empregando até mesmo os animais encarnados em seus
esforços, contudo não visam — como pensa considerável número de estudiosos — apenas a posse
temporária ou permanente da pessoa em si, mas também as circunstâncias e os objetivos das coletividades
e suas condições existenciais.
Tipos. Existem obsessores especializados em todos os interesses, apetites, paixões, situações, e
injunções da vida do homem e da mulher, conforme se observa nestes seis aspectos:
320.1. Locais. Existem os obsessores permanentes de certos locais, por exemplo: a sede de
organizações dedicadas a jogos de azar.
320.2. Funções. Há obsessores em certas funções, que agem sobre os indivíduos somente
enquanto eles as exercem, por exemplo: o administrador corrupto.
320.3. Idéias. Outros obsessores, de idéias determinadas, atuam sobre os seres que as alimentam, por exemplo: a idéia de assaltar alguém.
320.4. Pontuais. Existem obsessores de certas horas, havendo por exemplo: os vampiros, que
agem apenas durante a noite, quando os encarnados se projetam inconsciente ou semicons- cientemente
durante o período do sono natural.
320.5. Especiais. Há obsessores que procuram influenciar acontecimentos especiais, por
exemplo: durante certos festejos carnavalescos ou reunião de grupos sexuais.
320.6. Técnicos. Existem obsessores de ação individual e outros que agem em grupo, entrosados
e coesos, e aqueles que atuam somente sobre encarnados ou tão-somente sobre os próprios desencarnados;
etc.
Domésticas. Em matéria de miniobsessões, todo descuido do encarnado pode ser problemático.
Entre as influências extrafísicas corriqueiras aos médiuns e projetores desenvolvidos devem ser destacadas
as técnicas indiretas, através de parentes e pessoas de relacionamento mais estreito, até no ambiente
doméstico, a começar pelas ações aparentemente mais inócuas ou pelos acidentes caseiros mais triviais: a
faxineira que deixa a janela (ou um basculante) entreaberta, coberta pelas cortinas, trazendo o resfriado
com o frio da madrugada; alguém que não encaixou corretamente a grade do condicionador de ar,
colocado em nível elevado, e que desaba sobre a vítima incauta; o èxcesso de limpeza num trecho do piso
que predispõe a queda; etc.
Resíduos. A propósito, a ruptura do cordão de prata (desencarnação) não acontece somente
junto ao corpo humano, ou dentro da esfera extrafísica individual de energia. A desencarnação, ou a
ruptura do cordão de prata, estando a consciência junto ao corpo humano permite deixar menos resíduos
energéticos, vitais, no cadáver. O mesmo já não acontece se a ruptura do cordão de prata ocorrer
exatamente quando a consciência projetada do enfermo, há muito tempo obsediado, se encontra à grande
distância do corpo humano. Muitos casos de vampirizações extrafísicas são desenvolvidos nesta segunda
condição, não raro, provocada por obsessores interessados no aumento dos resíduos energéticos a serem
deixados no cadáver pela retração do cordão de prata.
Atritos. Os fatores geradores de obsessões devido às relações conflitivas ou atritos com outras
consciências podem ser listados na ordem decrescente de incidência: emocionalismos de naturezas
diversas envolvendo a lembrança de outras personalidades, especialmente mágoas reprimidas; contatos
sexuais negativos, físicos ou extrafísicos; pensamentos de aversão ou beligerância franca em referência a
outrem; evocações conscientes ou inconscientes de consciências desencarnadas ou mesmo encarnadas;
cultivo mórbido de autoculpas, idéias fixas ou condições repressivas em razão de preconceitos, fanatismos
e condicionamentos psicológicos errados.
Dependentes. Nem todos os enfermos extrafísicos são obsessores e nem todos os obsessores
extrafísicos são perversos. Se na existência humana convivemos com indivíduos deficientes mentais
considerados tecnicamente como não educáveis, e que vivem inteiramente dependentes, é óbvio que
devemos também encontrar entidades dependentes, sob todos os aspectos, em planos extrafísicos crosta-acrosta.
Oligofrênicos. Não se deve confundir os oligofrênicos extrafísicos com os obsessores extrafísicos, nem com entidades subumanas. Tais excepcionais, sejam débeis mentais, imbecis, ou idiotas
extrafísicos, enfermos espirituais, ou parapsicopatas, que precisam de compreensão e assistência,
apresentam deficiências do desenvolvimento mental, porque destrambelharam os seus mecanismos
conscienciais e ainda não conseguiram reajustá-los para raciocinar corretamente. As oligofrenias, ou
atrasos mentais extrafísicos, alteram especialmente o psicossoma, embora a causa geradora esteja no corpo
mental (V. cap. 116). Existe perseguidor extrafísico inconsciente que pode ser, ele mesmo, uma vítima de
outro ou outros perseguidores conscientes.
Impraticabilidades. Embora o oligofrênico extrafísico possa funcionar inconscientemente
como obsessor eventual, às vezes induzido por obsessores conscientes, em geral ele é inofensivo porque:
não consegue realizar a telepatia extrafísica; não é capaz de firmar o pensamento num assunto apenas; não
chega a sair, por si mesmo, de um ambiente extrafísico para outro de freqüência diferente; nâo volita por
sua conta própria; não dispõe da acuidade necessária para penetrar voluntária e conscientemente na
psicosfera da consciência encarnada projetada; não mantém sintonia mental e recursos suficientes para
atender a evocações conscientes ou inconscientes de seres encarnados.
Oligofrenia. A oligofrenia constitui realidade complexa que suscita muitas questões e hipóteses
de trabalho: — Todos os oligofrênicos têm a psicosfera ou ambiente extrafísico individual negativo ou
existem oligofrênicos com atmosfera pessoal positiva? A extensão das condições de renúncia
(oblatividade) e das tarefas espirituais de abnegação ultrapassa a nossa capacidade humana de
compreensão? Até que ponto uma entidade evoluída terá interesse em reencamar num corpo físico
oligofrênico embotado, incapaz de expressar-lhe a magnitude consciencial na vida humana, visando tãosomente manter contato direto com os planos extrafísicos crosta-a-crosta, fazendo dele um pião para suas
atividades transcendentes? Tais questões estão aí para serem respondidas.
Reações. É preciso informar ao grande público que existem três condições conscienciais ou
reações da criatura humana que denunciam claramente a influência característica e atuante de obsessores
extrafísicos na maioria dos casos, não em todos:
320. § 01. Acidentes. A predisposição a acidentes(accident proneness) característica de certos
indivíduos que parecem que vivem sujeitos ou propensos a sofrer repetidos acidentes, quer no trabalho, na
rua, nas estradas, etc.
320. § 02. Traumatofilia. A traumatofilia, ou o gosto da pessoa por arruaças e a sua procura,
aparentemente espontânea, de situações de conflito violento.
320. § 03. Raptus. O raptus — seja o raptus ansioso, o raptus epiléptico, o raptus confuso, o
raptus pós-comocional, ou o raptus pós-traumático —, aquele impulso repentino e irresistível que leva o
indivíduo a realizar atos, às vezes graves tais como: fuga descontrolada, violências, acesso de destruição,
suicídio, assassínio, etc.
Ações. As ações dos obsessores são executadas por atuações diretas e indiretas, por tabela ou
ricochete sobre outros indivíduos próximos ou entes queridos, no ponto fraco parapsicológico, psicológico
ou físico-orgânico do indivíduo no estado da vigília física ordinária ou durante a condição do sono natural,
projeção inconsciente, ou projeção semiconsciente.
Recursos. Vários recursos são empregados pelos obsessores: transfigurações do psicossoma
quando buscam aparentar a personalidade que possa impressionar e persuadir a vítima; sugestões
hipnóticas deprimentes sóbre os pontos críticos mentáis e emocionais como, por exemplo, as auto- culpas
inconfessadas das personalidades; criação de atmosferas de sadismo, exacerbado ao máximo de suas
possibilidades, para a vítima ou vítimas eventuais ou permanentes; elaborações detalhadas de pesadelos
artificiais; etc.
Viciado. Há obsessores desencarnados que fazem tudo para o ser encarnado, obsediado por ele,
não desencarnar, pois se isto ocorrer, ele, - o obsessor desencarnado, - perde a sua principal fonte de
energia consciencial aonde e pela qual consegue haurir, às vezes até instintivamente, as intensas sensações
humanas, animais, de que carece na sua condição atormentada de viciado post-mortem.
Corrida. Merecem reparo as corridas extrafisicas desvairadas de que os obsessores se utilizam
para compensar suas dificuldades de volitaçâo, não raro até mesmo nos ambientes humanos. Neste
particular, a consciência encarnada projetada deve desconfiar sempre que observar um desencarnado se
deslocar movendo as pernas extrafisicas do seu psicossoma (parapernas) como se estivesse participando de
maratona ou empreendendo uma fuga, ao invés de deslizar serenamente, mover-se com naturalidade ou
mesmo ser arrebatado por uma corrente energética, o que é, nà prática, bem diverso e facilmente
diferenciável pelo projetor projetado.
.Pontos. Os pontos frágeis mais freqüentes de atuação dos obsessores sobre as consciências
encarnadas são: primeiro, do ponto de vista psicológico, a má intenção do encarnado; segundo, o medo;
sob o aspecto fisiológico ou orgânico, é obviamente e sobretudo o cérebro, e, logo em seguida, os pulmões
ou o aparelho respiratório.
Miniobsessão. A mais comum das influenciações extrafisicas sobre as consciências encarnadas
é a miniobsessão pesadelar, o pesadelo no estado da vigília física ordinária, ou seja, o devaneio negativo.
O projetor consciente pode estar mais predisposto a este tipo de influenciação extrafí- sica, especialmente
se produz projeções assistenciais. Tal fato acontece em geral quando o projetor se encontra sozinho,
isolado, num momento de meditação trivial, em pleno intervalo do sono natural, no silêncio de sua solidão
mental, na escuridão da sua base física deserta.
Cunha. A miniobsessão do projetor ocorre sempre numa ocasião em que, por falta de vigilância
mental, você deixa que alguma cunha mental seja sorrateiramente fincada em sua mente, sob o pretexto,
aparentemente inocente, de uma idéia ou emoção sugestiva, porém negativa. A idéia sorrateira se infiltra e
se aninha suavemente na sua cabeça e as circunstâncias psicofísicas exageram ainda mais as figuras e
obscurecem as cores do quadro quanto à sua natureza e suas conseqüências. Possivelmente até mesmo
você, leitor, já experimentou tais miniobsessões noturnas de cinco minutos e se riu, nervoso, mas aliviado,
quando recordou o fato sozinho consigo mesmo, na manhã do dia seguinte.
Higiene. Tais ocorrências corriqueiras solapam o desenvolvimento das projeções e devem ser
combatidas através da higiene mental; da vigilância disciplinada; da prece sentida e pensada; da confiança
na assistência de algum amparador quando conhecido; na análise racional dos fatos em foco; na positiva e
otimista disposição de espírito; na manutenção de sereno equilíbrio perante todas as circunstâncias; e,
principalmente, através da projeção consciente, fazendo a confrontação extrafísica direta, desassombrada,
com o promotor extrafísico responsável, ou fincador de cunhas mentais, freqüentemente um intruso muito
bem-vindo a princípio.
Imitações. Quem deseja saber mais a respeito do assunto das obsessões, basta refletir sobre os
recursos que os assaltantes, traficantes e marginais humanos utilizam para exercerem suas atividades
ilícitas, ou infelizes, porque tudo o que fazem contra as leis humanas vigentes são imitações reflexas,
singelas e caricaturais, das urdiduras conscienciais dos obsessores em geral, ou de criaturas
hediondamente obscenas. Eis porque agem isolados e em grupos, disfarçados ou no escuro, empregando
todas as conveniências circunstanciais, etc. Vale repetir: neste estágio evolutivo na Terra, não são os seres
desencarnados que imitam os seres encarnados, mas estes, sim, imitam aqueles.
Volitação. Como se sabe, a volitação nasce da vontade da consciência que volita, mas recebe
influência da atmosfera dos pensamentos das consciências sediadas em cada ambiente extrafísico. Um
recurso específico das atividades dos obsessores extrafísicos é justamente fazer com que a entidade que
esteja volitando, às vezes em fuga, tentando livrar-se de suas perseguições, caia ou retorne indefesa aos
seus domínios, igual a pássaro atingido em pleno vôo pelas balas certeiras dos seus pensamentos
negativos.
Irritação. Eis aqui mais duas regras áureas relativas à conduta humana face à assistência
espiritual física-extrafísica. O estado íntimo característico, emocional, de humor, inicial, mais comum nas
influenciações extrafísicas sobre a sua consciência encarnada, constitui uma irritação surda, gratuita,
silenciosa, sem nenhuma causa real, ou motivo plausível, estranha ao seu temperamento e às suas boas
intenções, e que às vezes se manifesta contra tudo e contra todos. Por isso, você há de se precatar sempre
contra toda irritação, de qualquer natureza, que venha a surgir em seu mundo íntimo antes de algum
trabalho que possa constituir ou resultar em tarefa desobsessiva. De igual modo, previna-se também
quando ocorrer uma clara sensação de pré-desas- tre, negativa, desconfortável, envolvente, antes que o
interlocutor comece a falar com você sobre um assunto que revela ser, logo em seguida, trivial ou sem
importância.
________________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 218), Bayless (98, p. 152), Blavatsky (153, p. 497), Boswell (174,
p. 132), Cavendish (266, p. 200), Crookall (323, p. 17), Day (376, p. 92), Depascale (392, p. 96), Fodor
(528, p. 265), Franco (547, p. 28), Freixedo (554, p. 68), Gomes (612, p. 136), Heindel (705, p. 117),
Lewis (923, p. 201), Martin (1003, p. 95), Martins (1006, p. 161), Meek (1030, p. 71), Mickaharic (1044,
p. 26), Miranda (1048, p. 105), Morel (1086, p. 131), Muldoon (1105, p. 294), Müller (1107, p. 203),
Paula (1208, p. 130), Pensamento (1224, p. 73), Pettiward (1241, p. 41), Schubert (1521, p. 133), Shepard
(1548, p. 655), Spence (1588, p. 299), Swedenborg (1639, p. 136), Tondriau (1690, p. 267), Vieira (1762,
p. 60), Walker (1781, p. 103), Wickland (1844, p. 356), Yram (1897, p. 101), Zain (1898, p. 220), Zaniah
(1899, p. 333).
321. PROJEÇÃO POSSESSIVA
Definição. Projeção possessiva: aquela pela qual a consciência encarnada se apossa temporariamente de uma pessoa encarnada ou animal encarnado.
Sinonímia: possessão mútua; projeção invasiva; projeção-obsessão; projeção obsessiva; projeção-possessão; projeção superimposta.
Idéias. A idéia da possessão por espíritos existe, com pleno vigor atualmente, entre os novosespiritualistas da Europa, entre os espíritas em geral, e entre larga porção do povo chinês e, neste caso, não
é admitida como doençá. Como se sabe, através da Psiquiatria Comparada, a idéia da anormalidade varia
com os povos, os tempos, os costumes e os lugares. Exemplos: o xamã é tratado por gênio na Sibéria, e
por psicopata (portador de dissociação histérica parcial) na Europa; o faquir é pessoa normal e até homemsanto na índia, e psicopata (portador de esquizofrenia cata- tônica) na Inglaterra; etc. Note-se bem: não me
refiro aqui a nenhuma tribo selvagem, e sim a países da atual civilização.
Projetor-possessor. Na projeção-possessão o projetor projetado é temporariamente um obsessor
encarnado ou possessor encarnado.
Projeção-possessão. Há os casos do projetor em áreas da índia e em tribos africanas, feiticeiro
de agrupamento humano primitivo, que se apodera do corpo físico de animal, seja doméstico ou selvagem,
para agir conscientemente através dele dando vazão às suas paixões animais afins. Esta constitui uma das
formas mais primitivas do exercício do animismo e da mediunidade através da possessão, descrita pelos
antropólogos, pesquisadores de tribos, seitas, e ritos selvagens.
Homens-tigres. Das projeções possessivas nasceram os fatos atribuídos aos chamados homenstigres, ou seja, tigres-humanizados através da incorporação ou semi-incorporação anímico- mediúnicas.
Este é o fato gritante da mediunidade dos animais inferiores.
Animais. Entre os animais utilizados pelos projetores-obsessores primitivos devem ser arrolados: selvagens — tigres, lobos, chacais, raposas, veados, etc.; e domésticos — gatos, cães, etc.
Finalidades. Entre as causas ou finalidades das projeções-possessões podem ser destacadas a
satisfação das paixões animais da consciência encarnada, a cata de informações, e o rastreamento de
pessoas perdidas, ações essas levadas a efeito a fim de conservar o prestígio pessoal do indiví- duoprojetor-possessor perante as tribos primitivas, ou clãs ignorantes, nos quais ele atua.como feiticeiro,
sacerdote, ou oráculo.
Positividade. Além dos aspectos expostos, convém ressaltar que geralmente só se fala na
possessão negativa, patológica, macabra. No entanto, às vezes a possessão pode ser uma força muito
positiva. Por exemplo, o mentor extrafísico que se comunica plenamente pela psicofo- nia através do
médium. Naquele momento, o corpo humano do sensitivo está completamente possuído, de modo
positivo, por um espírito cujo corpo físico já se decompôs.
Mútua. Outro aspecto positivo do fenômeno é a possessão mútua, ou incorporação recíproca,
que funciona como poderoso recurso terapêutico. Jovens casados freqüentemente desejam experimentar as
sensações reais do outro cônjuge. Pela possessão mútua, ou do corpo humano do outro, ainda que por
breves momentos, os casais podem entender melhor um ao outro, as motivações e sensações reais de cada
qual, entre si, e, se o quiserem, alcançar até o orgasmo mútuo nos seus corpos humanos temporariamente
trocados.
Tipos. Dois tipos de possessão têm sido universalmente reconhecidos:
321.1. Voluntária. A possessão voluntária se dá quando o indivíduo se permite ser possuído por
uma entidade, como os médiuns espíritas, umbandistas, pentecostalistas, etc., deixando a entidade se
manifestar, ação esta que a entidade não consegue executar normalmente.
321.2. Involuntária. A possessão involuntária ocorre quando o indivíduo não permite
livremente ser possuído, mas vê-se tomado por uma força externa, geralmente malevolente, doentia,
podendo até mesmo ser destrutiva.
Aviso. Mais detalhes sobre a possessão podem ser obtidos aqui nas análises sobre zootropia (V.
cap. 282); nas manifestações físicas do projetor-comunicante (V. cap. 313); na projeção consciente e os
animais (V. cap. 17); etc.
Watseka. O caso de possessão melhor conhecido e mais investigado em toda a literatura
parapsicológica é o de Mary Lurancy Vennum (1864-?)-Mary Roff (1846-1865), ou o ocorrido em
Watseka, Illinois, nos Estados Unidos da América, onde foram estudadas muitas experiências de projeção
consciente durante transes possessivos, em 1878 (Fodor, 528, p. 404; Gauld, 576, p. 156; Knight, 851, p.
303; Myers, 1114, p. 360; Riland, 1403, p. 336; Smith, 1572, p. 168; Steinour, 1612, p. 240; Wang, 1794,
p. 486; Wilson, 1858, p. 57).
Hipótese. A possessão constitui a melhor explicação racional para substituir a controvertida
hipótese do revezamento consciencial ou reencarnação de adulto (V. cap. 121).
Policial. Depois de várias tentativas infrutíferas, estando projetado conscientemente, consegui
com o auxílio inestimável de um amparador, em 14 de outubro de 1984, depois de intenso acoplamento
áurico, apossar-me extrafísica e temporariamente, talvez por uns dez minutos, de enorme cão policial,
macho, em plena madrugada, num quartel no Estado do Rio. Cheguei a demover o animal, por algum
tempo, dos seus latidos nervosos e da ânsia de sair para fora da construção aonde estava e senti, em
seguida, com ele, as sensações exóticas de impressionante e estimulante corrida desabalada entre os muros
e paredes do quartel. O meu retorno à base física, ao corpo humano, e o despertamento físico com lucidez,
foram abruptos, porém sem ocorrer repercussões físicas. Não soube o nome do cão, pois o mesmo estava
solto numa área ampla coberta e descoberta, e não houve contatos diretos com seres humanos.
______________
Bibliografia: Armond (53, p. 87), Crookall (343, p. 96), Currie (354, p. 108), Drury (414, p.
121), Fodor (528, p. 294), Frost (560, p. 192), Gomes (611, p. 127), Monroe (1065, p. 160), Myers (1114,
p. 298), Riland (1403, p. 336), Sargant (1508, p. 199), Souza (1585, p. 122), Vieira (1762, p. 125), Wang
(1794, p. 482), Warcollier (1796, p. 98).
322. PROJEÇÃO DESOBSESSIVA
Definição. Projeção desobsessiva: projeção assistencial especializada nas tarefas da desobsessão extrafísica.
Sinonímia: apometria; batalha de vontades; confrontação extrafísica; desobsessão direta;
desobsessão explícita; desobsessão extrafísica; desobsessão frontal; desobsessão projetiva; despos- sessão;
luta astral.
Razões. Dentre os princípios essenciais da razão de ser da projeção desobsessiva destacam- se:
assim como a cura constitui o campo mais importante ao qual o homem pode dedicar-se na vida humana, a
projeção consciente desobsessiva representa a sua tarefa extra-encarnatória mais importante, ou seja, a
assistência extrafísica superior; funciona como terapêutica extrafísica para o projetor e entes próximos;
promove a profilaxia ideal da obsessão; surge por estágio inevitável no desenvolvimento individual da
projeção consciente; possibilita constantes contatos críticos; etc.
Efeitos. Os efeitos positivos das projeções desobsessivas podem ser classificados em físicos e
extrafísicos.
322.1. Físicos. Os efeitos físicos mais importantes da projeção desobsessiva são: aperfeiçoamento pessoal da projeção consciente; incremento da capacidade de rememoração dos eventos
extrafísicos; intensificação das projeções consecutivas e em série; assistência intangível anônima aos
outros; alívio da atmosfera existencial da base física; dinamização da mediunidade física e extrafísica;
autoconscientização da aura projetiva; descoberta dos sinais pessoais da mediunidade; recepção de avisos
de projeção; serviço de isca espiritual consciente; etc.
322.2.Extrafísicos. Dentre os efeitos extrafísicos da projeção desobsessiva devem ser incluídos:
aumento da assistência recebida pelo projetor; ampliação do círculo de relações extra- físicas benfazejas
intercessórias; ampliação do grau de conscientização extrafísica; melhoria do desempenho extrafísico
global do projetor encarnado; aperfeiçoamento das projeções conscientes assistidas ou comandadas; etc.
Assistidos. Dentre os tipos de seres assistidos através das projeções desobsessivas destacam- se:
vítimas e perseguidores desencarnados e encarnados; obsessores-chefes de equipes; obsessores
desencarnados conscientes; obsessores desencarnados inconscientes ou cadáveres flutuantes; obsediados
desencarnados conscientes; obsediados desencarnados inconscientes; auto-obsessores, ou auto-obsediados,
desencarnados; auxiliares desencarnados dos obsessores; parapsicopatas em geral; espíritos de suicidas;
desencarnados sonambulizados, ignorantes da própria situação extrafísica; entidades desafiadoras,
perseguidoras, zombeteiras; encarnados obsessores; encarnados obsediados; auto-obsessões, ou autOobsediados, encarnados; inocentes-úteis desencarnados e encarnados, sob o domínio de obsessores; etc.
Conhecimento. Reveste-se de extrema importância para o projetor o conhecimento íntimo das
manifestações obsessivas porque, ao se desenvolver mais, acaba desempenhando diversas funções vitais:
médium esclarecedor nas projeções desobsessivas, ou exorcista extrafísico (projetor esclarecedor); isca
extrafísica consciente; auxiliar lúcido nas tarefas assistenciais extrafísicas; etc.
Projetor-obsediado. As pessoas que sentem constantemente desconfortável a saída consciente
para fora do corpo humano, em geral estão envolvidas numa conjunção extrafísica, diretamente com o
psicossoma ou corpo emocional, com entidade ou entidades desencarnadas em estado de desequilíbrio,
quase sempre aportadas ao plano extrafísico há pouco tempo. Como não dispõem de recursos para
promover uma projeção-desobsessão direta com a entidade enferma, se sentem, não raro, em condições
lastimáveis de sofrimento porque se encontram face a face com o enfermo intruso sempre que adormecem
ou saem do estado da coincidência dos seus veículos de manifestação consciencial.
Recomendação. Para todos os projetores incipientes referidos, recomendo as práticas assistenciais da desobsessão visando à recomposição do campo de força vibratória, favorecendo suas saídas
extrafísicas conscientes. Nesse sentido, a projeção consciente e a psicofonia em favor dos enfermos
desencarnados interagem e se ajudam mutuamente.
Temporárias. A projeção consciente deslinda todos os casos de obsessão. Ninguém se julgue ao
desamparo ou o pior dos infelizes por descobrir e dissecar a própria e real situação extrafísica. Saiba, antes
de mais nada, que pequenas obsessões acometem a todos os encarnados, e isso graças ao bem do próximo
e a favor da evolução das criaturas. Há obsessões de cinco minutos, cinco horas, cinco meses, cinco anos
de duração, etc. Nesses casos, há sempre benfeitores desencarnados assistindo, inspirando e transmitindo
energias para o projetor, ajudando-o a melhorar o desempenho extrafísico durante as saídas conscientes.
As influenciações temporárias cooperam extraordinariamente para o desenvolvimento do projetor
consciente durante suas saídas para fora do corpo humano.
Recurso. Na presente fase do progresso terrestre, torna-se impraticável ao encarnado que busca
viver construindo algum bem espiritual não sofrer alguma tisna de influenciação extrafísica efêmera, de
quando em quando, em favor de enfermos, em favor de si próprio, e em favor de todos com quem convive.
A projeção consciente, além de oferecer a oportunidade de trabalho direto com os enfermos, constitui o
recurso básico eficaz para o encarnado viver melhor entre os dois mundos, sustentando a integridade da
consciência, o equilíbrio das emoções, a manutenção e o desenvolvimento das práticas parapsíquicas.
Simpatia. O contato com entidades enfermas, assim de modo frontal, explícito, cara-a-cara, sem
fronteiras, visando a conciliação e o entendimento fraterno, dinamiza as saídas lúcidas da consciência
encarnada, aperfeiçoando-lhe os métodos pessoais para se projetar. A assistência executada em favor dos
enfermos atrai a simpatia e o auxílio das entidades elevadas que chegam a promover e a assistir, de modo
direto, o desprendimento ou a decolagem do psicossoma do projetor consciencial — portando sua
consciência — e a aquisição de sua lucidez extrafísica quando projetado para fora do corpo humano.
Evolução. A evolução psicofísica do projetor consciencial torna-se impraticável sem a produção
da projeção desobsessiva constante. Ainda que seja por períodos determinados pelos ampara- dores, ela
constitui elemento consciencial indispensável, notadamente se o projetor ou a projetora desejar:
intensificar as saídas extrafísicas com freqüência maior; imprimir duração mais prolongada às projeções
conscienciais lúcidas; melhorar a qualidade das percepções conscienciais extrafísicas; etc. Isso se deve ao
fato de que o corpo emocional — ou o psicossoma — atua diretamente no plano emocional que
circunvolve a crosta do planeta Terra, plano de encontro comum, onde se debatem consciências
encarnadas e desencarnadas, imersas na mesma atmosfera regida pelo clima permanente de influenciações
conscienciais intensas, recíprocas, e continuadas.
______________
Bibliografia: Costa (308, p. 4), Fortune (540, p. 155), Martins (1006, p. 161), Muldoon (1105,
p. 292), Rosin (1475, p. 140), Swedenborg (1639, p. 52), Vieira (1762, p. 99), Yram (1897, p. 105).
323. TÉCNICA DA PROJEÇÃQ DESOBSESSIVA
Alerta. Os primeiros passos para a projeção desobsessiva são dados, às vezes, dentro de um
clima onírico pesadelar típico, porque a consciência encarnada projetada ainda não dispõe de
possibilidades para manter serenidade e equilíbrio capazes de conservar a rememoração correta dos
eventos extrafísicos. O projetor principiante deve estar alerta a respeito de todo pesadelo, procurando suas
causas e as possibilidades de constituírem interpretações errôneas de suas tarefas assistenciais durante a
projeção.
Funções. No transcurso da projeção desobsessiva, o projetor funciona, simultaneamente, como o
dirigente das tarefas, o médium esclarecedor e o médium de recepção extrafísica de idéias iluminadoras e
energias terapêuticas dos amparadores para as entidades enfermas. Em resumo, sozinho, o projetor atua do
modo mais direto possível pela equipe inteira da reunião mediúnica de desobsessão usual, excluindo todos
os elementos da matéria densa. Daí a razão porque esta atividade extrafísica constitui o serviço assistencial
máximo que é possível ao encarnado.
Procedimentos. As técnicas da projeção desobsessiva podem ser classificadas em extrafísicas e
físicas.
323.1.Extrafísicas. Dentre as técnicas extrafísicas da projeção desobsessiva destacam-se:
autoconfiança absoluta; conduta nem de fraqueza nem de superioridade; atitude nem de discussão nem de
desafio; confiança absoluta na cooperação visível e intangível dos amparadores; recorrer aos amparadores
quando necessário; exercer a mediunidade extrafísica; manter constante serenidade; prece mental; aplicar a
exteriorização da energia consciencial; só se permitir pensamentos benévolos; transmitir passes
extrafísicos; fazer projeções ideoplásticas; exercer consciente e satisfatoriamente o papel de isca
extrafísica durante a projeção; fazer evocações intencionais quando necessário; cortar as discussões
mentais intempestivas; dar especial atenção aos olhos das entidades; permanecer,, sempre que possível,
dentro da esfera extrafísica de energia ou no perímetro totipo- tente de atuação do cordão de prata; usar o
recurso das interiorizações consecutivas rápidas (aterragens de emergência); etc.
323.2. Físicas. Dentre as técnicas físicas auxiliares da projeção desobsessiva destacam-se: não
alimentar idéia negativa de qualquer natureza; não permitir brechas psicológicas de nenhum tipo por onde
possam agir as consciências enfermas; participar de sessão de desobsessão na vigília física ordinária,
funcionando como médium esclarecedor, médium psicofônico ou projetor projetado; manter, quando
possível, um horário diário de irradiações mentais e exteriorização de energia consciencial; não se
esquecer de que conviverá, temporária e inevitavelmente, com entidades enfermas desde horas antes da
projeção; exercer o papel de isca física na vigília; etc.
Defesas. Assim como na reunião de desobsessão usual, as entidades estabelecem, no plano
extrafísico circundante, um sistema vibratório de vigilância, profilático, semelhante a intenso campo de
força ou vigoroso cordão de isolamento, defendendo os encarnados, de consciências restringidas ao
cérebro humano, dos desencarnados enfermos, de consciências mais ou menos livres; o mesmo ocorre,
porém, de maneira ainda mais rigorosa e eficiente, na base física do projetor que se dispõe a exercer a
desobsessão extrafísica, mesmo quando não detém recursos técnicos avançados para se projetar e
rememorar os eventos extrafísicos.
Cordão. O projetor-esclarecedor ou que produz as projeções desobsessivas precisa de todos os
atributos do médium encarnado e mais o controle elevado das emoções, pois, apesar da expansão das
faculdades conscienciais, permanece o tempo todo na dependência do cordão de prata que o retém para o
corpo humano, e quanto maior a proximidade deste e a pressão emocional, mais difícil será manter a
distância do laço vital nos trâmites cruciais das tarefas.
Respiração. Os projetores incipientes, bem como os médiuns psicofônicos em geral, devem
estar sempre predispostos a ajudar conscientemente, sem perder de vista o assunto, durante o estado de
passividade mediúnica, àquelas entidades que tenham desencarnado portando distúrbios pulmonares, como
a pneumonia aguda, a tuberculose pulmonar, o câncer de pulmão, etc., em razão da relação direta com a
respiração natural, pedra de toque para o entrosamento dos dois psicossomas, ou corpos emocionais, o do
projetor e o do desencarnado.
Fórmula. Para a execução dos trabalhos aqui referidos, recomendo a fórmula, em cinco pontos,
que obtive no plano extrafísico e que venho procurando aplicar com determinação:
323. § 01. Positividade. Pense positivamente, não alimentando nenhuma idéia negativa de
qualquer natureza.
323. § 02. Fraternidade. Sinta intenso bem-querer pelo próximo, seja este quem for.
323. § 03. Desassombro. Afaste todo sentimento de medo, sob todo pretexto, sem exceção.
323. § 04. Confiança. Julgue-se constantemente amparado, incrivelmente forte, sendo uma usina
de forças prontas para serem exteriorizadas em favor do bem comum.
323. § 05. Lucidez. Intensifique através de exercícios ininterruptos, até o máximo de suas
possibilidades, o grau de consciência ou lucidez fora do corpo humano, sempre que possível, assim que
adormecer, cada dia ou cada noite.
Dores. O médium encarnado-isca extrafísica é aquele que sente (ou sofre) de modo direto, em si
mesmo, literalmente, “todas as dores da humanidade”. Exemplo: na abordagem de um caso de
assombramento, poltergeister, num local com “caveira de burro”, acolhi, junto a mim, desde as 9 horas da
manhã — o momento do acoplamento áurico — até às 18 horas, quando foi feita a exteriorização de
energia no local infestado, bem como afastada e ehcaminhada uma entidade parapsicótica com o
psicossoma todo alterado, um dos pivôs das ocorrências. Nessas nove horas de vivência na condição de
isca extrafísica, ou “encosto” consciente, senti, em silêncio, dores constantes (V. cap. 412) e paralisia no
dedo médio da mão esquerda, no cúbito e na área da articulação do cotovelo do braço esquerdo. Todas as
dores, a paralisia e outros sintomas incômodos desapareceram no momento exato da retirada da entidade
viva de junto de mim.
Isca. Dentre os sintomas e sinais que evidenciam estar o encarnado, médium ou projetor,
servindo de isca psicofísica para atrair e reter em suas proximidades físicas-extrafísicas um desencarnado
enfermo, ou seja, dentro de sua psicosfera individual, a fim de proceder à desobsessão extrafísica
oportunamente, destacam-se: leve obnubilação consciencial; sensação de opressão indefinível; sensação de
peso sobre o tórax; irritabilidade surda sem motivo, diferente do próprio temperamento; exaustão física
sem causa visível; mal-estar repentino geral, sem causa evidente; sentimento de mal iminente; sono
irresistível; idéias de tristeza, melancolia ou pessimismo, estranhas aos hábitos mentais do projetor,
denotando interferências parapsíquicas; impressão da presença próxima, intangível, de alguém
desconhecido; correntes energéticas inabituais ou vibrações desagradáveis varrendo o corpo humano;
percepção de odores nauseantes sem origem; descoincidência vígil excessiva; etc.
Medalha. A maior medalha ou galardão com que o animista-médium pode ser contemplado é
servir de isca e pivô para que os amparadores coloquem estagiando, em torno dele, durante alguns dias,
uma turma de entidades reencamantes lúcidas a fim de terem contato direto, a partir diretamente da Crosta
Planetária, com as manifestações, problemas, e percalços do intercâmbio interdi- mensional entre as
consciências encarnadas e desencarnadas. Quase sempre os sensitivos encarnados, e pessoas vivendo em
torno do pivô, não chegam a detectar com detalhes as evidências reais do estágio em desenvolvimento dos
observadores extrafísicos, em geral com irradiações energéticas positivas. Mais raramente, nem o
animista-médium vem a saber da ocorrência enquanto a mesma ainda esteja se desenvolvendo.
Mental. Àquele projetor que desejar apenas sair do corpo humano de corpo mental, logo de
início em suas experimentações, e alcançar as esferas do plano mental sempre, fugindo das interferências
emocionais dos ambientes crosta-a-crosta, próprias do psicossoma, recomendo deixar essa pretensão para
quando estiver desencarnado, no plano extrafísico, no seu próximo intervalo reen- carnatório entre esta e a
próxima existência humana, aproveitando, antes, as oportunidades assis- tenciais que lhe oferecem a atual
encarnação, porque geralmente o projetor encarnado só atinge a projeção mental habitual após dominar
plenamente as técnicas da projeção rotineira através do psicossoma.
______________
Bibliografia: Costa (308, p. 4), Martins (1006, p. 162), Vieira (1762, p. 60).
324.
PROJEÇÃO ASSISTENCIAL
Definição. Projeção assistencial: serviço beneficente desempenhado pela consciência encarnada
projetada fora do corpo humano, geralmente através do psicossoma, sozinha ou em equipe.
Sinonímia: assistência projetiva; missão extrafísica; serviço anônimo extrafísico; tarefa
extrafísica da consolação; tarefa extrafísica do esclarecimento.
Ociosidade. A ociosidade assistencial humana é a pior condição da consciência encarnada, pois
conforme a evolução espiritual, cada um de nós reencarna, antes de mais nada, para ser o servidor dos
outros (V. cap. 137). Por outro lado, a ociosidade extrafísica é a pior condição projetiva capaz, inclusive,
de anular completamente o desenvolvimento da vida extrafísica do projetor encarnado consciente. A
projeção assistencial é o único recurso existente capaz de eliminar, de vez, a ociosidade extrafísica do
projetor.
Importação. Através do intercâmbio da projeção consciente, o encarnado dispõe da importa,ção-exportação extrafísicas ou interdimensionais, quando pode importar energia cósmica, recursos
terapêuticos espirituais, e idéias originais; e consegue exportar, por sua vez, energia consciencial, e
recursos assistenciais extrafísicos.
Recepção. Em razão da precariedade do restringimento espiritual da existência humana, nesse
intercâmbio de recepção-doação, a consciência encarnada projetada, invariavelmente, recebe mais do que
dá.
Tipos. Existem vários tipos de assistência extrafísica executada pela consciência encarnada
projetada: assistência a encarnado; assistência a desencarnado; auxílio para a primeira morte; auxílio para
a segunda morte; serviços desobsessivos; resgates de abduzidos extrafísicos; etc.
Voluntariado. A condição do projetor-assistente-voluntário pode ser obtida através de vários
recursos: compaixão sincera pelos problemas grupais e coletivos em ocorrências de cataclismos e
acidentes naturais como terremotos, furacões, erupções vulcânicas, e enchentes; desejo de ajudar em áreas
de conflitos humanos e atmosferas de guerra; prece sentida em favor de outros; evocação confiante de
amparadores; constante predisposição psicofisiológica para servir extrafisicamente; cultivo da aptidão
pessoal para exteriorizar energias terapêuticas; ausência completa e permanente de qualquer medo ou idéia
negativa; disciplina da exaltação do lado melhor das criaturas, coisas, e fatos.
Lei. Eis a primeira lei vigente nas projeções conscientes assistenciais: quanto mais assistência dê
aos outros, mais assistência a consciência encarnada recebe para se projetar com lucidez.
Recursos. Recursos com que conta a consciência encarnada projetada para executar a assistência
extrafísica: exteriorização de energias; preces; passes; evocações conscientes; transfigurações do
psicossoma; mimetização extrafísica; condição de isca espiritual; aconselhamento ou confrontação
extrafísica; passividade mediúnica para a psicofonia extrafísica; execução do acoplamento áuri- co; os
assistentes da “cruz vermelha extrafísica”; etc.
Características. As características essenciais da assistência a seres encarnados e desencarnados,
realizada pela consciência encarnada projetada são: o individualismo produtivo, mas ignorado por
terceiros, em razão do animismo da projeção consciente; o anonimato completo devido à imperceptibilidade dos eventos extrafísicos por parte dos seres humanos em geral; o sigilo natural absoluto; o
desconhecimento definitivo dos outros a respeito; a satisfação pessoal ímpar ou a condição de gratificação
inexcedível do projetor consciencial lúcido.
Exemplo. Nenhuma outra ação assistencial de origem humana se equipara ao trabalho da
fraternidade desenvolvido através da projeção consciencial lúcida, bastando ponderar, como exemplo,
sobre a seguinte suposição: um indivíduo distante da nossa intimidade, arredio a preocupações sobre as
realidades extrafísicas, portador de enfermidade grave, cético e inabordável a simples passe energético
terapêutico, poderá receber o auxílio energético curativo do projetor projetado com plena consciência, sem
que ele, enfermo, o saiba, sem os familiares dele virem a saber, sem os íntimos do projetor também o
saberem, sem que ninguém mais encarnado nem mesmo suspeite do fato que, para ele, se toma uma
realidade íntima, individualíssima, desconhecida por todos além do projetor consciencial, constituindo-se
em mais um segredo seu com os seus amparadores e companheiros extrafísicos.
Abordagem. Ao abordar uma consciência desencarnada, ou mesmo encarnada (projetada ou
vígil), que lhe foi naturalmente encaminhada por amparador quase sempre intangível, ou reclama sua
atenção direta (na condição de assistido), quando você se encontra na qualidade de consciência projetada
com lucidez, você deve buscar lograr uma interação (afinidade, empatia extrafísica, acoplamento áurico),
que dissipe bloqueios e elimine barreiras, a fim de exteriorizar energia consciência], transmitir idéias
renovadoras e, por fim, proceder ao competente encaminhamento extrafísico se for o caso.
Morte. A consciência encarnada projetada ajuda o recém-desencamado em diversas ações
extrafísicas imediatamente depois da desativação do corpo humano deste especialmente nestas seis:
324.1 Saída definitiva do corpo humano.
324.2 Obtenção da autoconsciência extrafísica por parte do recém-desencarnado.
324.3 Localização da consciência no tempo e no espaço: o ambiente extrafísico onde esteja e a
época da abordagem extrafísica.
324.4 Auxílio no contato direto com outros desencarnados ou recém-desencarnados em
acidentes, catástrofes e campos de batalha.
324.5 Comunicação com os próprios parentes e amigos desencarnados.
324.6 Introdução da consciência recém-desencarnada no período do sono reparador.
Ancestralidade. Segundo as leis cármicas entrevistas no plano extrafísico, existe, atuante, sobre
todos os encarnados, uma espécie de ancestralidade assistencial, revezamento reencamatório, ou
hereditariedade profissional, aspectos fundamentais, aparentemente diversos, de um só fenômeno, que
superintende e domina as atividades humanas. As gerações que se foram buscam assistir as gerações atuais
de acordo com o trabalho grupai em favor dos outros, por exemplo: os metapsiquis- tas ajudam o esforço
dos parapsicólogos; os mesmeristas cooperam com os hipnólogos; os antigos desbravadores dos mares
patrocinam os astronautas; os políticos de ontem inspiram os políticos de hoje; e assim por diante.
Diretriz. O projetor que deseja evoluir em suas atividades beneficentes não deve perder de vista
esta diretriz básica da ancestralidade assistencial a fim de identificar os seus amparadores, conforme as
tarefas assistenciais a que se vê convocado, e aprofundar o seu rapport com assistentes e assistidos em
pleno plano extrafísico.
Procedimento. No auxílio à éntidade enferma, o projetor projetado precisa, em primeiro lugar,
fazer o contato. Em seguida, deve manter muita calma para fazer a persuasão até que chegue o momento
em que os amparadores possam remover o assistido, transferindo-o para outro plano existencial.
Puntiforme. Na busca do alívio, remissão ou cura dos padecimentos do enfermo, o projetor,
junto ou à distância, faz o acoplamento áurico com o paciente, e pode se condicionar mentalmente para
penetrar, na condição de consciência puntiforme, na psicosfera do assistido, na intimidade da sua aura e,
logo a seguir, na área de cada um dos chacras dele, ou apenas no chacra mais indicado à terapêutica, a fim
de transmitir-lhe diretamente pensamentos positivos de restauração, fluxos de energia terapêutica e
limpeza extrafísica das fontes de distribuição energética do próprio paciente. Tais providências,
perfeitamente exeqüíveis, dependem tão-somente do desempenho da vontade decidida do projetor.
Internados. Um dos tipos corriqueiros da assistência extrafísica dos amparadores é ajudar,
inclusive promovendo a projeção consciente, os encarnados, geralmente esquecidos e em condições
insuspeitadas, que sofrem intensa mortificação, rebaixamento, degradação, ou profanação do seu eu,
internados involuntariamente em instituições totais restritivas (V. cap. 425): prisões, campos de
concentração, áreas de refugiados, hospitais, etc., a fim de se evitar os desesperos extremos do suicídio ou
o homicídio. Evidentemente que a volitação assistencial livre para a consciência encarnada nessas
condições restritivas máximas será muito mais útil e justa do que para a pessoa de vida comum. Tenho
tentado patrocinar, pessoalmente, a saída da consciência de certas pessoas nessas circunstâncias, o que não
é fácil (V. cap. 304).
Preparação. A grande projeção consciencial assistida, prolongada, educativa, marcante, pode
ser preparada, imperceptivelmente, pelos amparadores durante três dias, por exemplo, a fim de preservar a
fisiologia do seu corpo humano. Depois da rememoração dos eventos projetivos, às vezes o projetor pode
identificar através dos seus atos e dos fatos recentes dos últimos dias, a preparação, até então insuspeitada,
executada de modo inconsciente, por ele mesmo, teleguiado pelos amparadores.
Rememorações. O projetor veterano, habituado às projeções assistenciais, acaba tendo como
rememorações projetivas mais freqüentes ações diversas em que se encontra exteriorizando energia
consciencial em favor de entidades diferentes no plano extrafísico.
Estudos. Antes de começar a socorrer os outros, através da projeção consciencial lúcida, você
deve estar com o pleno comando dos veículos de manifestação de sua consciência e bastante
conscientizado quanto a todos os seus recursos físicos e extrafísicos. Daí a importância vital do
conhecimento haurido nos estudos aprofundados da Projeciologia.
Tarefas. Você, na condição de projetor consciente humano, auxiliador em tarefas extrafí- sicas,
não deve ser apenas: o dirigente no ar condicionado do escritório, mas também o trabalhador braçal de
macacão em serviço; o general defendido no quartel, mas também o soldado raso exposto na frente de
batalha; o colarinho branco sentado à escrivaninha, mas também o homem de campo queimado de Sol; o
cartola engravatado do clube, mas também o atleta que transpira em trajes esportivos. Esta é uma das
ambigüidades inarredáveis ao projetor consciencial lúcido.
________________
Bibliografia: Carrington (245, p. 287), Crookall (323, p. 1), Frost (560, p. 112), Greenhouse
(636, p. 125), Leadbeater (895, p. 270), Lester (919, p. 67), Norvell (1137, p. 224), Powell (1278, p. 85),
Steiger (1601, p. 107), Vieira (1762, p. 75), Wallace (1789, p. 198), Zaniah (1899, p. 60).
325.
O PROJETOR E OS DESENCARNANTES
Definição. Desencarnante: consciência encarnada, homem ou mulher, que alcançou o trecho
final da encarnação, dispondo de menor expectativa de existência humana, vivendo além dos sessenta e
cinco anos, idade aceita hoje como sendo o início da fase da velhice.
Sinonímia: candidato à projeção final; pessoa da terceira idade; pré-desencarnante.
Idosos. Assim como a infância e a adultidade não são doenças, a velhice também rião o é.
Contudo, sobre os idosos paira mais agudamente a presença da morte do corpo humano, pois estão sempre
conscientes de que sua perspectiva de vida na Terra reduz-se a cada momento, notadamente nesta
sociedade atual, mais ainda a Ocidental, cujos mitos e estereótipos só fortalecem e valorizam, acima de
tudo, a juventude, a beleza e a força físicas, e onde o processo de envelhecimento passa a pesar como uma
condenação.
Relações. O projetor consciente habitual, devido à condição de auxiliar da morte biológica dos
outros — atuando do lado extrafísico — deve procurar a empatia profunda nas relações extra- físicas com
os recém-desencarnados, e para isso apresenta magna importância o estudo apurado a respeito das
consciências desencarnantes, como acontece com os benfeitores extrafísicos em relação às consciências
reencarnantes, ou os seres desencarnados que estão prestes a reenvergar o corpo humano.
Enfermos. O percentual de desencarnantes entre os recém-desencamados para os quais o
projetor consciente projetado é convocado a auxiliar, junto aos amparadores, apresenta-se bem maior do
que os demais tipos de enfermos extrafísicos durante as projeções assistenciais lúcidas. E não se pode
esquecer que, segundo a Gerontologia Social, a terça ou quarta parte da população deste planeta terá mais
de sessenta anos no Século XXI.
Psicologia. O entendimento do projetor consciencial lúcido quanto às características e fatores de
influência na psicologia dos desencarnantes é de bastante valia a fim de que possa estar apto a ajudá-los
com eficiência quando for chamado a isso, na condição de consciência encarnada projetada através do
psicossoma, numa atividade que, por sua vez, incrementará o desenvolvimento de suas projeções
conscientes em geral.
Complexidade. Através das características e dos fatores individuais que tipificam o
desencarnante, o projetor consciente, pelo estudo psicológico dos companheiros de existência, no estado
da vigília física ordinária, pode, ao se projetar, aguardar sensível diversificação nos caracteres que
compõem os enfermos aos quais procurará ajudar, porque embora existindo as linhas básicas comuns às
personalidades diversas, cada caso complexo demandará análise de per si, de modo instantâneo, para se
conseguir maior afmização, rapport, empatia, facilidade de sintonia mental, comunicação extrafísica,
transmissão energética e efetiva ajuda fraterna.
Média. Conquanto o limite genético natural para os seres humanos seja tido, até hoje, como de
aproximadamente 110 anos — porque não foi ainda encontrado nenhum motivo biológico que impeça a
vida humana até esta idade —, pode-se marcar aqui a casa dos 70 por média da idade avançada dos
desencarnantes. O crescimento intelectual pode prosseguir normalmente, mesmo aos 80 anos de idade.
Características. Os desencarnantes apiesentam características fundamentais: cabelos brancos;
perda de memória senil benigna; condição de avô ou avó; sistema de vida isolada; aposentadoria; segurovelhice; participação em comunidade de idosos; abonos e pensões especiais; inventário, às vezes,
assinado; óbito planejado, antecipadamente, em certos casos; passatempo tranqüilo, entre os quais jogar
cartas na praça pública ou colecionar selos postais.
Personalidade. O desencarnante constitui a personalidade comum da população dos lares
assistenciais para idosos e dos hospitais geriátricos dedicados ao tratamento dos males do envelhecimento.
Positivos. Entre os fatores positivos dos desencarnantes destacam-se: idade biológica abaixo da
idade cronológica; desenvolvimento de novos interesses; pessoa intelectualmente produtiva; manutenção
de bom grupo de relações sociais; intercâmbio constante de suas experiências da vida com a vitalidade dos
outros; temperamento que tolera ambigüidades; otimismo; preparo psicológico para a morte biológica;
espiritualismo; entendimento da desencarnação; etc.
Negativos. Dentre os fatores negativos dos desencarnantes sobressaem a idade biológica acima
da idade cronológica; involução senil acentuada; ausência de círculo social; pessimismo; psicose senil;
tanatofobia ou medo da morte; materialismo; despreparo para a morte biológica; etc.
Classificação. Convém lembrar que tentou-se classificar, de maneira empírica, as pessoas
idosas, consideradas do ponto de vista da biologia da velhice, em seis tipos básicos: a deprimida, que
visualiza a morte biológica como realidade iminente de um fim que se antecipa; a moralista, que se
considera virtuosa, sendo em geral irritadiça, intolerante e intrigante; a amoralista, tida usualmente como
gaiata ou caduca; a regressiva, dominada pela família e os circunstantes, tornando-se desprotegida,
hipocondríaca e dependente, vivendo de mendicância afetiva permanente; a autoritária, personalidade
elegante, insinuante, atleta, instruída e experiente, que se julga insubstituível; a realizada, o tipo
idealizado, o bom velhinho e a avozinha de todo mundo.
Homologias. Só o princípio das homologias, quando aplicado à análise seqüencial do ego
evoluindo do intervalo reencarnatório, ou intermissão — passando primeiro pelo choque biológico da
encarnação, e depois pelo choque biológico da desencarnação, para retornar a novo período de
intermissão, ou intervalo reencarnatório — pode esclarecer os fatos da tanatologia, ou o estudo da primeira
morte, física.
Crisálida. O referido período seqüencial do ego pode ser comparado, homologicamente, à
transformação da crisálida em larva até chegar a ser borboleta.
Gestante. O mesmo período assemelha-se às alterações da pré-mãe, ou candidata à maternidade,
que se afiniza com o pré-reencarnante, torna-se gestante, e logo após mãe-amamentadora do recémnascido, ou do espírito reencarnante.
Encarnado. A mesma homologia pode ser lembrada, ainda, com a seqüência do espírito
encarnado, que se torna sucessivamente pré-desencarnante, depois recém-desencarnando da primeira
morte, até chegar a ser recém-desencarnando da segunda morte. E, depois disso, toda a seqüência
recomeça.
Desencarnação. Vale enfatizar que, tão-somente pelo fato de desencarnar, a consciência recémdesencarnada não muda, assim de um momento para outro, as atitudes características, personalíssimas,
habituais à sua vida humana que acaba de se extinguir.
Xifópagos. A propósito, os xifópagos se projetam consciencialmente através do psicossoma,
separados. Como ficariam os paraórgãos nas áreas de ligação, comuns, do psicossoma do xifópago
projetado? Suponho que o mecanismo de separação pela projeção consciencial seja o mesmo da ligação e
separação projetiva da dupla feto-gestante. Aqui está mais uma hipótese de pesquisa para ser verificada
oportunamente.
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Bibliografia: Carrington (245, p. 287), Greenhouse (636, p. 125), Leadbeater (903, p. 15),
Norvell (1136, p. 244), Vieira (1763, p. 5), Zaniah (1899, p. 60).
326.
TÉCNICA DA PROJEÇÃO PROLONGADA
Definição. Projeção prolongada: aquela em que a sua consciência permanece projetada fora do
corpo humano mais de hora, seja de modo espontâneo ou deliberado.
Sinonímia: excursão extrafísica prolongada; megaprojeção consciente.
Permanência. Quem projeta a própria consciência para fora do corpo humano com certa
freqüência sabe muito bem que o problema do projetor projetado não é realmente o de como retornar à
base física, interiorizar-se e despertar-se fisicamente, e sim como permanecer projetado mais tempo ou de
modo mais prolongado, tendo mais e melhores experiências, obtendo a projeção king-size, ou king-size
obe, megaprojeção consciente.
Recursos. Partindo do fato de que uma projeção consciente perdura alguns segundos ou até
várias horas, torna-se valioso conhecer nove recursos extrafísicos que você, na condição de projetor
consciente, pode aplicar para prolongar o período que desfruta fora do corpo humano.
326.1.Serenidade. Mantenha serenidade em todas as oportunidades e perante quaisquer
ocorrências extrafísicas, afastando traumas eventuais.
326.2. Conscientização. Aprofunde a autoconscientização quanto às suas condições extrafísicas
na oportunidade, fixando-se com equilíbrio no ambiente em que esteja.
326.3.Energia. Aumente a energia consciencial através da instalação, extrafisicamente, pela
vontade, do estado vibracional, isso quando totalmente projetado, a fim de aumentar o seu grau de lucidez
extrafísica e, conseqüentemente, prolongar a duração da sua projeção.
326.4.Libertação. Afaste todo pensamento a respeito do corpo humano, cordão de prata, base
física, preocupações humanas, sentindo-se cada vez mais na condição de consciência livre.
326.5. Cordão. Atenda a qualquer chamamento do cordão de prata, ou aviso admonitório, sem
se impressionar com isso, buscando contrapor a sua vontade decidida à atuação vigorosa do cordão. Tal
fato pode significar uma luta ingente. Se possível, a sua consciência projetada deve procurar esquecer o
cordão de prata com a atenção fixada em algo, na base física, fora do corpo humano.
326.6. Distância. Quando acontecer o retorno inevitável às proximidades do corpo denso, não se
interiorize, mas busque sair da base física para mais distante.
326.7. Redecolagem. Interiorize-se depois de uma projeção, se for preciso como último recurso,
contudo procure evitar o despertamento físico, decolando novamente.
326.8. Catalepsia. Aproveite toda ocorrência de catalepsia benigna para se exteriorizar e não
para se despertar na vigília física ordinária. A catalepsia e a duração da projeção interagem entre si, sendo
que uma condição pode provocar a outra.
326.9. Alvo. Conserve na mente algum alvo mental positivo, disponível para qualquer
emergência, tentando alcançá-lo depois de uma primeira projeção consciente.
Exemplos. Há casos de projeção prolongada provocada nos fenômenos de enterramento
voluntário (V. cap. 48), nos estados de coma, e em certas ocorrências de pessoas que dormem além do
normal. Tudo leva a crer que o exemplo clássico de projeção prolongada seja o caso de Lázaro, no Novo
Testamento (João, 11:44). O sonambulismo (V. cap. 73), às vezes tem relação com a projeção prolongada.
Temperatura. Uma das características básicas, fácil de ser constatada, da projeção consciente
prolongada é a consciência reencontrar o corpo humano - por ocasião do retorno e da interiorização
consciencial - quase sempre rígido, com as articulações desidratadas e todo o organismo frio, sob
temperatura mais baixa, embora o ambiente do quarto, onde o mesmo permanecia incapacitado, estivesse
mais quente antes, durante e após a ocorrência projetiva consciente. O mundo paralelo, imediato à vida
física densa, parece estar sempre numa temperatura de zero grau Celsius, ou gélido, igual ao que ocorre no
espaço interestelar.
Dimensões. Nem sempre uma projeção prolongada, segundo o tempo cronológico, constitui uma
translocação da consciência numa viagem extrafísica extensa do ponto de vista das medições físicas. O
fenômeno da projeção consciencial, antes de tudo, desenvolve-se dentro do mundo cons- ciencial, em
dimensões diferentes.
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Bibliografia: Bayless (98, p. 101), Bozzano (184, p. 127), Denning (391, p. 42), Greene (635, p.
63), Swedenborg (1635, p. 256), Vieira (1762, p. 180).
327.
AGENDA EXTRAFÍSICA
Definição. Agenda extrafísica: anotação por escrito da relação de alvos mentais extrafísicos,
prioritários, que o projetor projetado deve procurar atingir gradativamente, de maneira cronológica,
estabelecendo esquemas inteligentes ao seu desenvolvimento.
Sinonímia: registro extrafísico; relação de alvos mentais.
Sugestões. Será sempre produtivo ao projetor manter na consciência determinados alvos mentais
prioritários para qualquer eventualidade em que se descubra projetado. Eis algumas sugestões de quatro
diferentes tipos de alvos mentais, sem conseqüências negativas, para o projetor novato escolher um de
cada vez, desde que esteja prevenido contra possíveis traumas extrafísicos:
327.1.Idéias. Sugestões de idéias-alvos: contemplar o próprio corpo humano inanimado;
atravessar volumosa estrutura física; examinar acuradamente o cordão de prata; mirar-se num espelho
grande comum; mudar, pela atuação da vontade, o próprio traje extrafísico; encontrar objetos ou tesouros
perdidos como, por exemplo, as músicas de Johann Sebastian Bach (1685-1750), inutilizadas pelo filho;
consultar, de modo retrocognitivo, o Livro de Toth, queimado em Alexandria; etc.
327.2. Criaturas. Sugestões de criaturas-alvos: despertar extrafisicamente o cônjuge que dorme;
ir ao encontro de parente vígil; encontrar amigo informado da visita extrafísica; abraçar enfermo acamado
conhecido; evocar benfeitor desencarnado familiar; etc.
327.3.Físicos. Sugestões de locais-alvos físicos: dirigir-se a lugar predileto distante da base
física; visitar a intimidade de vulcão ativo; sondar as profundezas abissais do oceano; adentrar uma selva
densa; ir ao interior de cavernas; escalar os picos elevados do Himalaia, dos Andes, e das Montanhas
Rochosas; passear em museu fechado ao público; comparecer a sessão espírita, mediúnica, em andamento;
entrar em estúdio fotográfico em serviço e procurar se exibir nas tomadas de fotos que ali se realizam;
assistir a programa de televisão ao vivo; presenciar, extrafisicamente, o desenvolvimento de manifestação
poltergeist; consultar a biblioteca do Vaticano, nas seções interditadas ao público; penetrar na intimidade
de uma pirâmide egípcia; ir até à Lua, ao Sol, a planetas deste e de outros sistemas solares; procurar,
localizar e visitar um ufo; etc.
327.4. Extrafísicos. Sugestões de locais-alvos extrafísicos: visitar uma central telefônica
extrafísica das inteligências que falam através de fitas de gravadores, telefones e interfones; visitar uma
colônia extrafísica evoluída; etc.
Pessoa. Igualmente o projetor só pode enriquecer os seus experimentos se arranjar uma
fotografia bem nítida da pessoa-alvo, segurá-la na mão e concentrar-se profundamente no sentido de
mentalizá-la e gravar na mente a sua imagem, poucos momentos antes de se predispor para a projeção
consciente.
Foto. O recurso de usar uma boa fotografia do local físico que se deseja atingir através da
projeção consciente, também ajuda bastante o projetor.
Máximos. Eis alguns alvos mentais expressivos indicados para o projetor avançado em seus
experimentos: assistir extrafisicamente a alguma fase do processo reencarnatório; assistir extrafisicamente
a alguma fase do processo desencarnatório; examinar, por dentro, ou seja, a intimidade orgânica da
gestante e do feto; sentir choque elétrico estando fora do corpo humano manifestando-se pelo psicossoma;
analisar a possibilidade do espirro extrafísico; ver extrafisicamente o psicossoma do animal de grande
porte no estado da descoincidência; assistir extrafisicamente ao processo desencarnatório do animal de
grande porte; assistir extrafisicamente à morte provocada da árvore cortada e arrancada.
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Bibliografia: Vieira (1762, p. 120).
XI - Fase da Interiorização da Consciência
XI - Fase da Interiorização da Consciência
328.
RETORNO Ã BASE FÍSICA
Definição. Retorno à base física: ação da saída da consciência encarnada projetada de onde está,
no plano extrafísico, até o local físico aonde descansa o seu corpo humano, quase sempre no período final
de uma projeção consciencial lúcida.
Sinonímia: regresso ao corpo humano; volta à base física.
Tipos. Os tipos principais da ação do retorno da consciência encarnada projetada à base física
são: retorno consciente; retorno inconsciente; retorno imposto; retorno imprevisto; retorno súbito; retorno
demorado; retorno da consciência projetada sozinha, condição mais freqüente; retorno da consciência
projetada acompanhada, condição mais rara; etc.
Causas. As causas principais da ação do retorno da consciência encarnada projetada à base
física são: ação do cordão de prata; autodeterminação da consciência; inspiração extrafísica; sugestão de
outrem através de diálogo transmental; mentalização pela consciência projetada do próprio corpo humano
à distância; medo de diversas origens; trauma extrafísico; causa indeterminada pela consciência projetada;
fatores internos ou externos ao corpo humano incapacitado como luz, som, frio, calor; etc.
Efeitos. Os efeitos imediatos principais da ação do retorno da consciência encarnada projetada à
base física são: continuar a projeção consciencial na base física; a consciência interiorizar-se; a
consciência entrar num período de sono natural; a consciência passar por um período de sono extracorpóreo; a consciência começar a sonhar; etc. Como regra geral, qualquer consciência projetada não
encontra dificuldade maior ou freqüente para retornar à base física, interiorizar-se, e despertar- se
fisicamente.
Rememoração. O retorno à base física, em certas projeções conscientes, pode influir sobremaneira na rememoração das vivências extrafísicas logo após o despertamento físico. O ato do retorno da
consciência à base física, ainda numa condição de profunda lucidez extrafísica, quase sempre predispõe
uma boa rememoração pós-projetiva.
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Bibliografia: Baumann (93, p. 17), Crookall (325, p. 49), Vieiia (1762, p. 109).
329.
INTERIORIZAÇÃO DA CONSCIÊNCIA PROJETADA
Definição. Interiorização da consciência projetada: ato da-entrada da consciência projetada
através do psicossoma, no corpo humano, recompondo o estado da coincidência normal dos veículos de
manifestação da consciência encarnada.
Sinonímia: acorpagem física; aterragem da consciência; fusão dos corpos; pouso extrafísicofísico; reacoplamento psicossoma-corpo humano; recolhimento do cordão de prata; recoincidência;
reentrada da consciência; refusão (refundição) corporal; refusões veiculares; reintegração conscien- cial.
Mental. A interiorização ocorre também com a consciência projetada através do corpo mental
isolado, diretamente na cabeça extrafísica do psicossoma (paracabeça, no caso, o paracérebro). Contudo,
nesta condição as sensações são extremamente difíceis de serem detectadas.
Tipos. Dentre os tipos de interiorização da consciência projetada no corpo humano destacamse: consciente, semiconsciente, inconsciente; comum, intencional; fácil, difícil; anímico-me- diúnica;
suave, súbita; imposta, prematura, traumática; com sons intracranianos; completa, incompleta ou parcial
(semi-interiorização); imperfeita; inversa; com despertamento imediato ou sem sono; com sono natural;
mergulho de ponta; enfiar-se pelo corpo a dentro de qualquer maneira; etc.
Posição. A posição ou local de entrada do psicossoma no ato da interiorização da consciência
no corpo humano pode ser: por cima; lateral direita, lateral esquerda; pelas costas do corpo humano; pela
cabeça física; pelos pés; inversa; etc. É mais comum a interiorização, em primeiro lugar, da paracabeça
(do psicossoma) na cabeça do corpo humano.
Anímico-mediúnica. A consciência projetada pelo psicossoma pode retornar ao corpo humano
também pela interiorização anímico-mediúnica. Por exemplo: o projetor projetado inicia uma transmissão
de energia no plano extrafísico, sob o comando do amparador, atendendo a duas entidades enfermas e
retorna, de imediato, ao corpo humano, com os dois enfermos e o amparador, ao mesmo tempo, sentindo
intensamente os fluxos de energia e todos os lances das tarefas assisten- ciais que são concluídas, já na
base física, no ato do despertamento físico, sem traumas extrafísicos nem repercussões físicas.
Sucessivas. As recoincidências sucessivas permitem a rarefação e a condensação do psicossoma projetado.
Queda-livre. Nas projeções semiconscientes é comum a interiorização por cima, em quedalivre, igual ao.pára-quedistas quando em exibição, em que o projetor, através do psicossoma — braços e
pernas abertos e separados — despenca aparentemente de grande altura, em alta velocidade, sobre o corpo
humano deitado de costas no leito, sobrevindo daí alguma repercussão física com o despertamento físico
abrupto. O estado onírico da semiconsciência da consciência projetada gera esta ocorrência.
Trendelenburg. Mantendo-se plenamente a consciência, é exeqüível a execução apenas da interiorização da cabeça extrafísica do psicossoma (paracabeça) na cabeça física, que permanece na posição
de Trendelenburg extrafísico, sem acionar o resto do corpo humano.
Homem-bala. Certa vez, estando projetado, já no retorno à base física, lembrei-me da posição
que deixara o corpo humano: de bruços, contra a face esquerda, os braços estendidos ao longo das pernas,
na direção dos pés e, em décimos de segundo, coloquei-me nesta mesma posição pelo psicossoma. Volitei
por breve tempo assim, e reentrei de mergulho horizontal, ao modo de um homem-bala, pela forma física
adentro, com tanto ímpeto, que me pareceu que a cabeça e os ombros, no corpo humano deitado, haviam
sofrido um impacto e espicharam, por brevíssimo instante, para a frente, antes de despertar-me com
inteira consciência. Julgo que o fato foi causado pelo‘atributo de plasticidade próprio do psicossoma.
Metáforas. Eis dez símbolos, metáforas, imagens, ou comparações empregados pelos projetores conscientes ao relatar o ato da interiorização no corpo humano, como estivesse a consciência:
“entrando numa saca”; “entrando num saco de viagem”; “entrando numa roupa de banho”; “a mão
entrando na luva”; “o pé entrando no sapato”; “a chave entrando na fechadura”; “a faca entrando na
bainha”; “a esponja absorvendo a água”; “a folha de papel mata-borrão absorvendo a tinta”; “a limalha
sendo atraída pelo ímã”.
Soma. Conforme o ângulo da abordagem consciencial para a interiorização — no sentido plano
extrafísico para o plano físico — a consciência projetada não reconhece o seu próprio corpo humano
(soma) e pode até se assustar. Isso é freqüente na abordagem pelas costas, pois em geral a pessoa não está
habituada a se ver por trás.
Consciência. Como regra, torna-se realmente muito mais difícil à consciência permanecer
projetada fora do corpo humano do que retornar para dentro deste depois de projetada. O ato da
interiorização lúcida da consciência de modo geral é bem mais fácil, comum, e freqüente do que a
decolagem lúcida da mesma consciência.
Blecaute. O blecaute projetivo pode ocorrer após o retorno da consciência projetada à base
física, no ato da sua interiorização no corpo humano, no exato momento da transição dos focos das
operações conscienciais do psicossoma(paracérebro) para o corpo físico (cérebro) (V. cap. 214).
Relutância. Tanto nas experiências da quase-morte (V. cap. 32), quanto nas projeções conscientes comuns, a consciência encarnada pode sentir profunda relutância extrafísica em retornar à vida
humana, procurando resistir ou opor-se francamente à volta ao mundo físico. Tal atitude, negativa, deve
ser combatida pelo projetor esclarecido.
Trifásica. A relutância extrafísica, como fenômeno parapsicológico, pode se apresentar até de
três modos, caracterizando-se a relutância trifásica que parece birra ou teimosia da consciência projetada,
considerada, no caso, imatura ou inexperiente, com idade espiritual ainda de criança.
329.1. Retomo. Primeira, a consciência encarnada projetada não deseja retornar à base física,
buscando permanecer no ambiente extrafísico aonde chegou, apenas temporariamente, em visita rápida.
329.2. Interiorização. Segunda, a consciência projetada — então já na base física — não
deseja se interiorizar no corpo humano, inanimado, ali, à sua espera.
329.3.Despertamento. Terceira, a consciência projetada, por fim — já dentro do corpo humano
— não deseja despertar-se fisicamente e continuar vivendo a sua existência física normal. Contudo, tal
resistência termina por ser inútil em função da atuação do restringimento físico imposto pelo próprio
corpo humano, notadamente os dois hemisférios cerebrais.
Condições. Existem cinco condições conscienciais afins que não devem ser confundidas:
329. § 01. Interiorização. O ato da interiorização comum da consciência encarnada que estava
projetada.
329. § 02. Meditação. A interiorização maior da própria consciência em si mesma, sem
projeção consciencial (ISBE ou inside body experience), comum em casos de meditação (V. cap. 79).
329. § 03. Autoprofeção. A autoprojeção, ou seja; a projeção consciencial lúcida, de qualquer
tipo, desde que produzida pela própria consciência (V. Glossário).
329. § 04. Autoscopia. A autoscopia interna ou a vidência do interior do próprio corpo humano
feita diretamente pela consciência encarnada projetada (V. cap. 26).
329. § 05. Mental. A projeção consciencial lúcida ou a entrada da consciência encarnada,
através do corpo mental, na intimidade do microcosmo do próprio corpo humano, o que constitui, ao
mesmo tempo, uma projeção, uma autoscopia direta e uma autoprojeção (V. cap. 159).
Recesso. A relutância extrafísica da consciência em retornar à vida humana, quando muito
acentuada, acaba gerando o recesso projetivo patrocinado deliberadamente por amparadores, a fim de
ajudar ao próprio praticante das projeções conscienciais lúcidas.
Vestido. Como se sabe, as projeções conscienciais inconscientes e semiconscientes acontecem
com todas as pessoas indistintamente, ao que parece, sem exceção. Presenciei a interiorização
inconsciente de certa senhora, encarnada, cuja consciência, depois de projetada à distância da base física,
através do psicossoma, numa condição semiconsciente, voltou à base física. A projetora projetada não
reparou na minha presença (participava na ocasião da assistência extrafísica a uma criança encarnada
residente na casa), despiu o seu paravestido, extrafísico, reentrou no seu corpo humano — na ocasião
inanimado sob as cobertas —, sentindo-se apenas com as roupas de baixo, como se estivesse se
preparando para dormir, de novo, seguindo o hábito de todas as noites, e sem levar em conta a presença
do seu próprio corpo humano estirado em cima do leito.
Intempestivas. As interiorizações abruptas, intempestivas, não esperadas pela consciência
projetada e, no entanto, inofensivas porque não deixam nenhum resíduo danoso à consciência, são
comuns a certos projetores conscienciais lúcidos, mas inexperientes, que não sabem
conviver em coexistência pacífica com o cordão de prata. As causas mais diversas, sejam pequenos
traumas ex- trafísicos, repercussões extrafísicas, etc., podem provocar a interiorização abrupta da
consciência projetada, até mesmo uma risada extrafísica, aberta, do projetor que assiste a um
espetáculo cômico, estando projetado defronte ao palco de um teatro.
______________________
Bibliografia: Baumann (93, p. 15), Bord (170, p. 51), Bozzano (188, p. 78), Crookall (343, p.
52), Giovetti (593, p. 107), Green (633, p. 170), Greene (635, p. 84), Greenhouse (636, p. 215), Huson
(768, p. 127), Monroe (1065, p. 28), Perkins (1236, p. 10), Reis (1384, p. 85), Sabom (1486, p. 75), Shay
(1546, p. 98), Smith (1574, p. 54), Vieira (1762, p. 31), Weü (1810, p. 144).
330.
POS-lNTERIORlZAÇAO
Definição. Pós-interiorização: estado da consciência encarnada imediatamente posterior à
interiorização do psicossoma no corpo humano, ou à interiorização do corpo mental na cabeça extrafísica do psicossoma já no corpo denso.
Sinonímia: estado posterior à projeção.
Mental. As características da pós-interiorização aqui analisadas dizem mais respeito ao
período que se segue à reentrada, mais freqüente e rica em ocorrências, da consciência retornando ao
corpo humano no corpo mental e no psicossoma, e não ao período que se segue à interiorização direta,
mais rara e de difícil análise, da consciência encarnada pelo corpo mental isolado.
Características. O período da pós-interiorização da consciência encarnada projetada tem
suas características específicas que devem ser estudadas: retorno ao plano extrafísico; sono pósprojetivo ou quase coincidente; sono extracorpóreo pós-projetivo ou descoincidente; catalepsia pósprojetiva; consciência dupla pós-projetiva; estado vibracional pós-projetivo; fenômeno mediúni- co
pós-projetivo; libertação do sono; combate à preguiça; zona de quietude; consciência cega, surda e
muda; etc.
Desencarnados. Certa vez um desencarnado presenciou a minha interiorização no corpo humano quando eu procurava desvencilhar-me de alguns seres perturbados ou obsessores extrafísicos.
Logo em seguida, buscando também fugir das mesmas entidades, ele tentou interiorizar-se igual a
mim, forçando francamente uma abordagem possessiva ao meu corpo físico, comigo dentro, sem
nenhuma idéia do que estava fazendo. Foi preciso que eu me projetasse de novo e o esclarecesse
friamente a fim de deixar-me em paz. Ele repetia que assim como eu entrei, ele também queria entrar
naquele corpo para se abrigar e defender. Não percebia a condição diferente da minha, que SQU
encarnado, e que aquele corpo, o meu, tinha o mesmo visual com que eu me apresentava a ele.
______________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 73).
331.
REPERCUSSÕES PSICOFISICAS
Definição. Repercussões psicofísicas: reações ocorridas entre dois veículos de manifestação
consciencial, no ato de entrarem em contato entre si, seja entre veículos diferentes de uma só
consciência, ou entre veículos semelhantes de duas ou mais consciências.
Sinonímia: comoções paranormais reflexas; contrachoques paranormais; projeções
conscienciais abortadas; reflexos extrafísicos-físicos; reflexos físicos-extrafísicos; repercussões
projetivas.
Tipos. As repercussões veiculares da consciência se classificam em tipos fenomênicos
diversos conforme a natureza da abordagem às ocorrências: repercussão física; repercussão extrafísica;
repercussão entre o corpo humano e o psicossoma, e vice-versa; repercussão entre o psicossoma e o
corpo mental, e vice-versa; repercussão entre o corpo humano e duplo etérico; repercussão com ou
sem a participação lúcida da consciência; repercussão entre os psicossomas de duas ou mais
consciências; etc.
Inocuidade. O trauma consciencial é a característica básica da repercutibilidade psicofísica.
Contudo, apesar dos traumas relativos, marcas temporárias, surpresas e sustos que envolvem os
fenômenos repercussivos da consciência, os mesmos, em si, a rigor, não dão origem a nenhum transtorno
orgânico considerável ou seqüela permanente, sendo, portanto, inócuos à saúde física e mental do projetor
consciencial.
Estigmatizações. Não se pode deixar de incluir entre os fenômenos repercussivos da conciência os casos dos estigmas ou estigmatizações, conhecidos há séculos, advindos da vontade autosugestionada da pessoa altamente impressionável.
Variações. Acontecem repercussões psicofísicas no sentido do psicossoma para o corpo
humano, e repercussões psicofísicas no sentido do corpo humano para o psicossoma, acarretando ou não
o despertamento físico da consciência. Além disso, sobrevêm repercussões psicofísicas com ou sem
componentes oníricos; e mais ainda, com ou sem a ocorrência de projeções conscienciais lúcidas; e, por
fim, com e sem rememorações corretas das ocorrências físicas-extrafísicas daí advindas.
Conseqüências. Para se entender as repercussões geradas do psicossoma para o corpo humano,
e aquelas geradas, ao inverso, deste veículo para o psicossoma, precisam ser analisados: os desperta
mentos físicos da consciência; os componentes oníricos ou os enredos forjados por sonhos
relampagueantes; as rememorações nítidas de autênticas projeções conscienciais; e a não-existência de
projeções conscienciais lúcidas.
Sonhos. Para se entender as projeções conscienciais lúcidas há de se observar as relações das
repercussões psicofísicas com os sonhos comuns:
331.1. Mini-sonhos. O despertar da consciência, quando o psicossoma está ligeiramente fora
do estado da coincidência, cria mini-sonhos repercussivos fisiológicos, comuns antes do primeiro sono e
depois do último sono.
331.2. Enredos. Nas repercussões físicas, quando a mente dorme com o psicossoma um
pouco fora do estado da coincidência, a imaginação entretece, em décimos de segundo, pequeno e
colorido enredo onírico, encaixando exatamente o ato do retorno súbito à condição de justaposição com o
corpo humano, com alguma ação física motora, racional e aceitável pela consciência, foijando o minisonho repercussivo.
331.3. Exemplos. Exemplos de mini-sonhos repercussivos: alguém que nos puxa uma parte
do corpo humano; recepção de um objeto atirado inesperadamente sobre o nosso corpo humano; queda
física iminente e não pressentida; surpresa de encontrar alguém abruptamente; choque material banal
qualquer, seja elétrico, térmico, físico, etc.
_________________
Bibliografia: Bayless (98, p. Ill),Bertrand (127, p. 27), Carrington (245, p. 247), Crookall (333,
p. 169), Delanne (381, p. 164), Muldoon (1105, p. 83), Sculthorp (1531, p. 143), Shay (1546, p. 92),
Vieira (1762, p. 146), Walker (1781, p. 69).
332.
REPERCUSSÕES EXTRAFÍSICAS DURANTE A PROJEÇÃO
Definição. Repercussão extrafísica: reflexo do corpo humano, inanimado na base física, sobre o
psicossoma da consciência encarnada projetada temporariamente no plano extrafísico.
Sinonímia: contrachoque paranormal extrafísico; reflexo extrafísico; repercussão projetiva espiritual.
Causas. Causas físicas principais, provenientes do corpo humano, das repercussões extrafísicas, ocorridas durante a projeção consciente ou inconsciente: circulação sangüínea irregular; câimbras;
respiração oral; condição da garganta seca; respiração estertorosa; obstrução nasal; toque no corpo
humano; queda de objeto sobre o corpo humano; entrada súbita de luz natural ou acendimento de luz
artificial sobre o corpo humano," em razão do ruído, da ação executada, ou da irradiação dos fótons, ou
ainda da subitaneidade do ato executado; movimento do cônjuge, ao lado, sobre as molas do colchão;
pulo de cão ou gato, personagem do ambiente familiar, sobre o corpo humano incapacitado; etc.
Ruídos. Dentre as causas físicas das repercussões extrafísicas, durante a projeção consciente ou
inconsciente, devem ser destacados os ruídos ambientais, interruptores, da base física (V. cap. 148),
próximos ao corpo humano inanimado da consciência projetada.
Máxima. A combinação da distância entre o corpo humano e o psicossoma, mais a velocidade
do retorno deste, produz a repercussão (física ou extrafísica) máxima, através da condução energética e a
retratilidade do cordão de prata espesso ou delgado.
Casais. A repercussão dos casais é um fenômeno telepático, ou reflexo energético, corriqueiro,
manifesto quando uma pessoa, que já está dormindo, e a outra — que tenta se projetar ou apenas começa
a dormir — tem o corpo humano muito junto ou nas proximidades do corpo humano da primeira,
ocorrendo a repercussão nesta, ou seja, a repercussão conjunta.
Extrafísicas. Dentre as causas extrafísicas das repercussões, também extrafísicas, ocorridas
durante a projeção consciente ou inconsciente, destacam-se: reação entre um psicossoma e outro
psicossoma próximo, ou seja, da consciência encarnada que vai se projetar para a outra consciência já
projetada; atuação do duplo etérico; etc.
Efeitos. Efeitos extrafísicos principais das repercussões, também extrafísicas, provenientes do
corpo humano, ocorridas sobre o psicossoma e a consciência projetados, durante a projeção consciente ou
inconsciente: desconforto admonitório dentro e fora da base física; desconforto admonitório dentro do
perímetro totipotente do cordão de prata; desconforto admonitório longe da base física do projetor;
resultado da picada com agulha no duplo etérico através do espaço, no fenômeno da exteriorização da
sènsibilidade provocada (V. cap. 50); retorno súbito da consciência projetada à base física; duplicação ou
arremedo do movimento físico, no plano extrafísico, pelo psicossoma através da transmissão energética
do cordão de prata; interiorização consciencial imposta, prematura, ou traumática; etc.
Humano. Dentre os efeitos físicos, orgânicos, no corpo humano da consciência projetada,
destacam-se: marcas epidérmicas da picada de agulha, no duplo etérico, através do espaço, no fenômeno
provocado da exteriorização da sensibilidade; etc.
Onírica. A repercussão extrafísica durante a projeção em geral assemelha-se à repercussão
onírica, fenômeno comum a todas as pessoas, quando o sonhador experimenta um pesadelo, torna- se
assustado repentinamente e, em razão do medo, sofre um trauma consciencial, onírico, acabando por
despertar fisicamente.
________
Bibliografia: Greene (635, p. 62), Vieira (1762, p. 165).
333.
REPERCUSSÕES FÍSICAS DURANTE A PROJEÇÃO
Definição. Repercussão física: reflexo do psicossoma da consciência encarnada, projetada
temporariamente no plano extrafísico, sobre o seu corpo humano na oportunidade inanimado na base
física.
Sinonímia: contrachoque paranormal físico; paradisbarismo; repercussão projetiva física; sacudiduras no corpo humano.
Causas. Causas extrafísicas principais das repercussões físicas, provenientes do psicossoma
projetado, ocorridas durante a projeção consciente ou inconsciente: decolagem instantânea; clarividência
extrafísica; surpresa extrafísica; despertamento extrafísico súbito; medo da consciência projetada; trauma
extrafísico; ataque extrafísico à consciência projetada; euforia extrafísica; estiramento projetivo do
psicossoma; telecinesia de origem extrafísica; atuação intensa do duplo etérico; etc.
Efeitos. Efeitos principais das repercussões físicas, provenientes do psicossoma, sobre o corpo
humano e a consciência projetada, ocorridas durante a projeção consciente ou inconsciente: retorno
súbito da consciência projetada à base física; interiorização da consciência projetada; despertamento
físico súbito; comoção reflexa; espasmos musculares inofensivos; solavancos espasmódicos; sons
intracranianos; taquicardia efêmera; sobressalto do corpo humano inteiro; repercussão regional no corpo
humano; repercussão dupla das pernas, ou dos braços, simultaneamente; mini-so- nho repercussivo
relampagueante ou a criação de enredos oníricos em décimos de segundo; rememoração nítida de
projeção autêntica; repercussões conjuntas (V. cap. 332); catalepsia extrafísica; leves queimaduras de sol;
estigmatizações; etc.
Intensidade. A intensidade da repercussão física, por maior que seja, durante a projeção
consciente ou inconsciente, varia de projetor para projetor e de experimento para experimento, contudo,
como regra geral, não causa dano físico de monta nem problemas importantes ao praticante das projeções.
Decolagem. O despertamento extrafísico muito rápido pode gerar repercussão física no corpo
humano com o despertamento físico imediato da consciência projetada. Certa tarde estava deitado do lado
direito e me virei, na segunda madorna, permanecendo de bruços sobre a face esquerda, na beira do leito.
Durante o ato de ficar de bruços ocorreu a decolagem instantânea, de imediato, e despertei-me
extrafísicamente no momento em que me senti deslocar de cima para baixo. Em razão da instantaneidade
do fato, a minha consciência julgou que ainda estivesse no estado da vigília física ordinária, com o corpo
humano caindo da beira da cama, e houve a repercussão abrupta no corpo humano com o despertamento
físico também abrupto.
Equívoco. Tenho a certeza de que entre as quatro condições — a vigília física ordinária, o
despertamento extrafísico, a repercussão física, e o despertamento físico, em seguida — decorreram
apenas alguns segundos. Nesta ocorrência não houve participação de nenhum componente onírico, foi
apenas um equívoco da consciência devido à rapidez da decolagem espontânea que pegou a minha
consciência de surpresa.
Parciais. Além de pequenas sacudidelas nas extremidades geradas por um estímulo de correntes
nervosas — ou os chamados estancamentos prânicos — que perturbam a circulação, ocorrem as
repercussões físicas devido a desprendimentos parciais ou projeções isoladas das parapernas ou dos
parabraços (do psicossoma).
Fisiologia. Os movimentos fisiológicos normais da vida, às vezes vegetativa, de todo o corpo
humano — comuns durante o período do sono natural — nada têm a ver com os movimentos,
deambulações e vivências da consciência livre, projetada através do psicossoma ou através do corpo
mental, não raro bem distante, no plano extrafísico, durante o fenômeno da repercussão física, o que não
constitui ocorrência freqüente.
Mioclonias. Não se deve confundir as sacudidelas comuns, simples, e próprias d® dormidor,
chamadas mioclonias, espasmos musculares clônicos, explicadas por diversas ocorrências fisiológicas
normais — por exemplo, o afastamento do controle cortical dos neurônios motores espinhais - com as
repercussões físicas, mas de origem extrafísica, durante o fenômeno da projeção consciente ou
inconsciente. A prática da projeção consciente demonstra, de modo incontrovertível para o projetor, as
diferenças entre umas e outras sacudiduras.
Retenção. Quando o psicossoma da consciência projetada apresenta-se mais denso, com elevado grau de energia, podem ocorrer com facilidade maior os fenômenos de repercussão física e a
retenção retiniam da imagem extrafísica da cena, especialmente entidade extrafísica, que nos haja
impressionado mais fundamente ou gerado o trauma extrafísico que desencadeou a nossa interiori- zação
abrupta. Neste caso, a consciência projetada retorna â base física, interioriza-se e, ao descerrar as
pálpebras no despertamento físico, prossegue surpreendentemente vendo a imagem trauma- tizante, o que
provoca o fechamento reflexo, imediato, das pálpebras.
Mental. Parece não ser possível haver repercussõès físicas ou extrafísicas de monta quando a
consciência encarnada se projeta pelo corpo mental unicamente, de modo isolado, no plano mental, sem
as influências diretas do psicossoma.
Ectoplastas. Os médiuns de materialização, ou ectoplastas, experimentam repercussões físicas
freqüentes através das exteriorizações de ectoplasma, análogas às repercussões físicas dos projetores
conscientes através do cordão de prata.
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Bibliografia: Ambelain (23, p. 38), Crookall (325, p. 125), Fortune (540, p. 155), Frost (560, p.
85), Kaidec (824, p. 219), Steiger (1601, p. 125), Stokes (1625, p. 22), Vieira (1762, p. 165), Walker
(1781, p. 68).
334.
AUTOTELECINESIA
Definição. Autotelecinesia: toque extrafísico, com ou sem interiorização súbita, de um segmento da forma humanóide do psicossoma parcialmente projetado, mais comum de dedo, mão, braço, pé
ou perna, geralmente causando contração muscular e movimento espasmódico rápido de um membro do
corpo humano.
Sinonímia:. interiorização parcial súbita; repercussão física parcial.
Repercussão. A autotelecinesia constitui fenômeno inofensivo de repercussão física, que
ocorre num semidesprendimento ou desprendimento parcial da consciência encarnada projetada pelo
psicossoma, que retorna ou não, bruscamente, à condição de coincidência dos veículos de manifestação.
Sensações. A consciência pode ter mais, menos ou nenhuma conscientização do fato da autotelecinesia. Quando o percebe é como se experimentasse uma espécie de choque elétrico inofensivo,
bem forte e claramente discernível, na área orgânica ou parte do corpo humano onde se desenvolve o
fenômeno. 0 choque elétrico é causado pelo toque do segmento extrafísico, seja dedo, mão, braço, pé ou
perna, no seu correspondente físico.
Descoberta. A pessoa pode experimentar a autotelecinesia muitas vezes, em toda a sua existência, até que um dia tenha uma grande projeção consciente pelo psicossoma. Muita gente, somente
depois de passar por uma projeção lúcida, se conscientiza de que já experimentara diversas ocorrências de
autotelecinesia antes, sem, no entanto, atinar com o fato nem interpretá-lo convenientemente.
Direção. Os movimentos extrafísicos da autotelecinesia ocorrem sempre, de modo instantâneo,
na direção de fora para dentro, ou seja, centrípeta, do plano extrafísico para o plano físico, do psicossoma
para o soma.
Vegetativa. A vida vegetativa que se desenvolve no corpo humano através do sistema nervoso
autônomo, quando o mesmo permanece inanimado, temporariamente sem a consciência, pode desencadear a autotelecinesia até em razão do simples som mais elevado de um borborigmo.
Pensamento. Quando os movimentos da autotelecinesia envolvem o tronco e a cabeça físicos é
porque a consciência estava pensando fora do cérebro e a parte ou segmento do psicossoma que estava na
descoincidência se interioriza abruptamente.
Enredo. Pequeno enredo mental ou onírico, entretecido em décimos de segundo, pode fundamentar, acompanhar ou emoldurar os movimentos da coincidentização, sempre partindo de uma
situação ou ponto extrafísico próximo ao corpo humano, até a coincidência instantânea e perfeita entre o
psicossoma e o soma.
Cordão. A autotelecinesia sempre acontece através de segmentos, não só do corpo físico, mas
também do cordão de prata correspondente ao segmento ou área orgânica, e não do cordão de prata
inteiro ou que atinge o corpo humano integralmente.
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Bibliografia: Vieira (1762, p. 53).
335.
SONS INTRACRANIANOS NA INTERIORIZAÇÃO
Definição. Sons intracranianos na interiorização: ruídos de difícil caracterização percebidos
somente pelo projetor consciencial, quase sempre dentro do próprio crânio — mas podem ser tanto intra
quanto extracerebrais — no instante exato da interiorização do psicossoma no corpo humano.
Sinonímia: acúfenos extrafísicos; cliques interiores; ecocéfalos; sons intracranianos inexplicáveis.
Causas. A causa principal dos sons intracranianos simultâneos à interiorização é o ato da interiorização súbita, traumática, apenas da paracabeça do psicossoma. Influem, evidentemente, na
ocorrência, a ação indispensável do duplo etérico e do cordão de prata.
Freqüência. Os acúfenos extrafísicos simultâneos à interiorização súbita do psicossoma integral são mais freqüentes do que os sons intracranianos simultâneos à decolagem súbita do psicossoma (V.
cap. 215). Podem acontecer os sons consecutivos, ou seja, durante a decolagem da consciência através do
psicossoma e, depois, simultaneamente à interiorização.
Características. Os sons intracranianos projetivos criam as repercussões sonoras. Eles são internos ou subjetivos, personalíssimos; em geral parecendo provirem do interior da cabeça, seja do ouvido
direito, ou do ouvido esquerdo; centrípetos ou centrífugos; invariavelmente inofensivos.
Intensidade. A intensidade dos sons intracranianos projetivos varia com os tipos de projeção
consciencial, de projeção para projeção do mesmo projetor consciente, e de um projetor consciencial para
outro. Não raro parece que a intensidade dos acúfenos extrafísicos depende da rapidez da ação do
psicossoma nas manobras de sair ou entrar no corpo humano.
Tipos. Os tipos dos sons intracranianos na interiorização mais comuns são: zumbidos,
tintinares, sibilamentos; traduzidos pelos projetores conscienciais lúcidos através de metáforas diversas:
vibrações na cabeça como se estivesse dentro uma corda tesa demais; estalar do fogo; estalo de faísca
elétrica; explosão de balão cheio de ar; latido de cão; onda sibilante; audiência anímica; etc.
Direção. Os sons intracranianos projetivos, particularmente no ato da interiorização, se
caracterizam por seguirem a direção em que o psicossoma se interioriza, seja pela esquerda, à direita, por
baixo, ou por cima do corpo humano inanimado sobre o leito. Por exemplo, se o corpo humano, inerte e
esvaziado de consciência, está deitado do lado esquerdo, o som será ouvido de fora para dentro do ouvido
direito.
Volume. O volume dos sons intracranianos na interiorização às vezes é tão alto e intenso que o
projetor inexperiente julga que aconteceu algum acidente físico, inesperado, derrubando-o da cama para o
piso, seja: uma pessoa empurrando-o; alguém batendo à porta; algum móvel que haja caído nas
proximidades do corpo humano; uma explosão próxima; etc.
Tímpanos. Além do estímulo de origem cerebral, toma-se muito difícil definir se ocorre apenas
a vibração de um tímpano, ou dos dois tímpanos simultaneamente, na produção dos sons intracranianos
projetivos, ou se atuam sempre, ou se em algumas ocorrências projetivas não atuam.
Descontrole. Os acúfenos extrafísicos na interiorização acontecem porque o psicossoma entra
no corpo humano de maneira descontrolada, agitadamente. Esta sem dúvida constitui uma afirmação
genérica.
Hipótese. Os sons intracranianos na interiorização provam a existência do psicossoma como
veículo semifísico, ou seja, semimaterial, para o próprio experimentador e exigem mais pesquisas por
parte dos projetores conscienciais. Eis aí valiosa hipótese de pesquisa projeciológica.
Onomatopéias. Diversos experimentadores têm procurado caracterizar exatamente os variados
sons que se ouvem dentro da cabeça por ocasião da interiorização da consciência no corpo humano
através do psicossoma, usando para isso os recursos da analogia, da sonoplastia, da onomatopéia
conforme o idioma, e da caracterização gráfíco-sonora dos balões das histórias em quadrinhos. Contudo,
não há, até o momento, um consenso ou denominador comum a respeito, o que demonstra o caráter
individual da ocorrência.
Cordão. Além dos aspectos analisados sobre os sons paranormais, há casos de interiorização
parcial, e até de interiorização completa abruptas do psicossoma, em que ocorrem estalos da interiorização violenta do cordão de prata e do psicossoma conjuntamente, fora da área da cabeça humana,
noutra parte do corpo físico, por exemplo, entre as costelas, área do plexo solar, etc.
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Bibliografia: Andreas (36, p. 57), Bonin (168, p. 429), Crookall (343, p. 91), Greenhouse (636,
p. 45), Holzer (751, p. 104), Monroe (1065, p. 222), Shirley (1553, p. 146), Vieira (1762, p. 92).
336.
HIPNOPOMPIA
Definição. Hipnopompia (Grego: hipnos, sono; e pompikós, procissão): condição de transição
do sono natural, ou estado de consciência introdutório ao despertamento físico, no semi-sono que precede
o ato de acordar, caracterizado por imagens oníricas com efeitos auditivos e visões alucinatórias que
subsistem após o despertar.
Sinonímia: estado hipnopômpico; estado semidesperto; fim do ciclo dormir-sonhar;
himnopompia; quase-despertar.
Despertamento. O estado hipnopômpico, ou hipnopompia, caracteriza e define a parte essencial do despertamento físico da consciência após a projeção consciencial, seja esta uma experiência
consciente, semiconsciente, ou inconsciente. A projeção de consciência contínua elimina o estado
hipnopômpico.
Coincidência. O estado hipnopômpico — a última fase da seqüencia do sono — é a linha de
demarcação entre o estado de inconsciência e o estado de consciência do ego, bem como entre a condição
de descoincidência e a condição de coincidência dos veículos de manifestação da consciência.
Rememoração. O estado hipnopômpico constitui a oportunidade ideal para a rememoração dos
eventos extrafísicos do projetor consciencial lúcido que acaba de se interiorizar.
Hipnagogia. A condição essencial contrária à hipnopompia é a hipnagogia (V. cap. 209).
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Bibliografia: Coxhead (312, p. 78), Edmunds (461, p. 41), Gómez (613, p. 87),
Grattan-Guinness (636. p. 392), Martin (1003, p. 67), Morei (1086, p. 91), Muldoon (1105, p.
232).
337.
DESPERTAMENTO FÍSICO
Definições. Despertamento físico: ação pela qual a consciência projetada acorda no plano
humano logo após a projeção consciente; entrada da consciência no estado da vigília física ordinária
depois de qualquer estado alterado, sonho, sono, etc.
Sinonímia: despertamento humano.
Tipos. Dentre os vários tipos de despertamento físico destacam-se: sem trânsito sono-vigília ou
condição da consciência contínua; natural; instantâneo; imediato; lento; agradável; desagradável;
voluntário; imposto; etc.
Causas. O despertamento físico da consciência pode ocorrer devido a várias causas: movimento mínimo do corpo humano; descerramento das pálpebras, comum nas projeções de consciência
contínua; aviso por clariaudiência; toque extrafísico no corpo humano por desencarnado; autotelecinesia
ou toque pelo próprio projetor projetado; toque físico no corpo humano; ruídos próximos; trepidações na
base física; banho fluídico; exteriorização espontânea de energia; despertamento físico pós-cataléptico;
etc.
Soma. Há casos em que o cônjuge durante a noite se sente de modo estranho e procura acordar
o companheiro (ou companheira) sacudindo-lhe o corpo humano sobre a cama. Neste ponto, entío,
observa que tentava de fato despertar o seu próprio corpo humano deitado e incapacitado, sem a sua
consciência, conscientizando-se assim do estado extrafísico próprio da projeção da consciência. Tal
ocorrência gerada pelo erro de interpretação da consciência projetada, mas ainda inexperiente, surge mais
freqüentemente numa primeira projeção lúcida.
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Bibliografia: Vieira (1762, p. 31).
338.
TÉCNICA DO DESPERTAMENTO FÍSICO
Sono. Nem sempre o projetor, depois da projeção, se interioriza e acorda. Às vezes acontece
que a sua consciência dorme de novo.
Catalepsia. O projetor também pode readquirir a consciência dentro do cérebro humano e não
conseguir se mexer fisicamente. Este é o estado inofensivo ou benigno da catalepsia projetiva
(V. cap. 28), que não deve ser temido. Nesta conjuntura basta a sua consciência produzir um movimento
qualquer, por mínimo que seja, com alguma parte do corpo humano para se despertar de imediato.
Minimovimentos. Exemplos de minimovimentos eficazes para quebrar a catalepsia projetiva:
abrir as pálpebras; mover um dedo da mão; mover a língua dentro da boca; respirar mais profundamente;
querer, resolutamente, virar a posição do tronco físico; etc.
Contínua. Na projeção de consciência contínua, a consciência dispensa o despertamento físico
posterior, assim como dispensou, antes, o despertamento extrafísico, porque não sofre lapsos de
consciência em nenhum estágio, eliminando, inclusive, os estados hipnagógico e hipnopômpico na
maioria das grandes ocorrências.
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Bibliografia: Vieira (1762, p. 178).
339.
BANHO ENERGÉTICO PÓS-PROJETIVO
Definição. Banho energético pós-projetivo: descarga vibratória ou sensação corporal prazerosa
que o projetor pode sentir, até com certa freqüência, logo após o estado hipnopômpico, posterior a uma
projeção, no início do ato de rememorar as experiências extrafísicas.
Sinonímia : banho fluídico pós-projetivo; descarga vibratória pós-projetiva.
Confirmação. O banho energético pós-projetivo atua como recurso dos mais úteis, confirmador
de experiências da consciência fora do corpo humano, em certos casos, e geralmente acompanha a
rememoração, seja em bloco ou em fragmentos, dos eventos extrafísicos.
Características. O banho energético pós-projetivo é espontâneo; vai da cabeça até os pés;
ocorre em qualquer posição física do corpo humano do projetor, seja deitado, sentado ou de pé; pode
apresentar impressionante intensidade vibratória; parece ter alguma conotação com a absorção de energia
cósmica realizada pela consciência projetada.
Sensações. As sensações agradáveis positivas e de fortalecimento do banho das energias acontecem em geral em todas as práticas mediúnicas e assemelham-se a estremecimentos ou tremores internos,
às vezes indo da esquerda para a direita, e de cima para baixo, entrecortando o corpo humano como se
fossem despejadas de uma vez, sobre a cabeça até os pés e o piso, ao modo de grande lata cheia de energia
entornada no topo (sincipúcio) do crânio.
Assistida. O banho energético pós-projetivo é mais freqüente após marcante projeção assistida
(V. cap. 187), quando o próprio ato de rememorar já constitui o fator desencadeante do processo, quase
sempre com a presença invisível, detectável ou não, de um amparador, o que também evidencia a sua
natureza anímico-mediúnica, comum entre os médiuns-projetores, e a quem esteja acostumado a sentir as
energias conscienciais circulando em seus veículos de manifestação de dentro para fora e de fora para
dentro. Contudo, nem todo banho energético pós-projetivo tem influência de amparador.
Sono. Sem dúvida o banho energético pós-projetivo sempre diminui, de modo considerável, a
necessidade do repouso físico através do sono natural, no período posterior à projeção consciente,
chegando às vezes a dispensá-lo completamente.
Sonho. O simples sonho comum, por si só, não tem potencialidade nem dispõe de cabedais
psicofísicos para predispor ou promover o banho energético pós-projetivo. Isto somente acontece quando
a consciência acaba de voltar ao estado da vigília física ordinária, depois de ficar fora do corpo humano e
ter absorvido energia extrafísica diretamente pelo psicossoma, energia esta que transborda e jorra através
do banho fluídico.
Relações. O banho energético pós-projetivo às vezes tem relação direta com as projeções
prolongadas (V. cap. 326), e com as ocorrências do sonambulismo projetivo (V. cap. 73).
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Bibliografia: Vieira (1762, p. 58).
335.
DESCOINCIDÊNCIA VÍGIL
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Definição. Descoincidência vigil: condição psicofísica do projetor, ou projetora consciencial,
após uma interiorização em que a consciência se percebe com o psicossoma, com ou sem o duplo etérico,
fora do estado da coincidência, em plena vigília física ordinária, sem se sentir completamente integrado
ao corpo humano.
Sinonímia: auto-envultamento; condição da “gaveta mal-fechada”; desencaixe vigil dos
corpos; disjunção prolongada dos corpos; estado de transe espontâneo; estado do “pé-maior-que-o-sapato”; transe natural.
Tipos. A condição da descoincidência vigil pode ser breve, ou natural, e prolongada, ou
patológica. O fenômeno depende do fato de apresentar várias sensações fisiológicas inofensivas, quando
se manifesta por curto período; ou doentias, quando se transformam em sintomas adstritos à para
patologia dos corpos extrafísicos da consciência, e se apresenta prolongada. Além disso, a
descoincidência vigil pode ocorrer com minidescoincidência ou com maxidescoinddência dos veículos de
manifestação consciencial (V. cap. 89).
Sensações. Sensações principais advindas da descoincidência vigil: ausência da sensação de
peso corporal; sensação de “caminhar no vazio”; sensação do espaço expandido; perda da sensação táctil
de solidez nos objetos físicos (háptica), inclusive dos alimentos sólidos através da boca e da gustação;
predisposição permanente à instalação do estado vibracional; vacilações efêmeras nas atitudes; percepção
de iluminação difusa e brilhante das e sobre as coisas e objetos físicos; etc.
Semi-interiorização. A descoincidência vigil, na essência do fenômeno, constitui uma semiinteriorização da consciência projetada com a diferença de ser mais durável.
Causas. A descoincidência vigil temporária parece ser provocada essencialmente por alguma
alteração no mecanismo da interiorização da consciência projetada, em alguns casos devido a excesso de
energia do psicossoma recém-projetado, em outros casos em razão da condição de soltura do duplo
etérico (V. cap. 93), ou ainda de alto percentual de projetabilidade (V. cap. 130), além de fatores
corriqueiros tais como: exaltação emocional da consciência projetada; condição intervalar que às vezes
surge entre duas projeções conscienciais assistidas, consecutivas; exteriorização do duplo etérico; etc.
Efeitos. Como efeitos naturais da condição da descoincidência vigil breve podem ser citados:
semiconsciência superficial no estado da vigília física ordinária; facilidade de reencetar outra projeção
consciencial lúcida, imediata, porque a consciência, o psicossoma e o corpo humano permanecem
predispostos a nova experiência; desperdício de energia consciencial (V. cap. 246) que se exterioriza,
durante algum tempo, sem finalidade aparente (efeito negativo?); etc.
Conscientização. Segundo a teoria, o estado da descoincidência vigil demonstra que a consciência pode estar dentro do corpo mental, na cabeça extrafísica do psicossoma (paracérebro), como
acontece sempre com a consciência encarnada quando vigil, e, por sua vez, permanecer dentro da cabeça
humana e manter a conscientização da projeção parcial de membros ou do tronco do corpo denso.
Ataques. A condição da descoincidência vigil pode ser causada por ataques extrafísicos ao
encarnado (V. cap. 318), com ou sem a ajuda de outros seres encarnados, precedida, no caso, de sintomas
tais como: ofuscamento consciencial, exaustão física, e sono irresistível.
Drogas. Determinadas drogas podem gerar a condição da descoincidência vigil logo após o
término das experiências psicodélicas intensas e profundas (V. cap. 420).
Enxaqueca. Certas pessoas portadoras de enxaqueca ou hemicrania, cefaléia quase sempre
unilateral (migraine), bem como alguns de seus filhos ou filhas que não padecem das clássicas dores de
cabeça (migranoids), costumam experimentar o estado da descoincidência vigil, ou a sensação de possuir
dois corpos, mesmo quando estão caminhando, dirigindo automóvel, etc., chamada pelos psiquiatras e
neurologistas de “alucinação de dualidade física”.
Aviso. A condição da descoincidência vígil não deve ser confundida com a hipnopompia (V.
cap. 336), nem com o estado crepuscular de um acordar incompleto, conduta pós-alcoólica, estudada na
Psiquiatria (Síndrome de Elpenor de Logre).
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Bibliografia: Anderson (26, p. 134), Fortune (540, p. 13), Heindel (7Ö5, p. 38), Lippman (934,
p. 347), Vemeuil (1735, p. 95), Vieira (1762, p. 108), Yram (1897, p. 111).
XII — VIGÍLIA FÍSICA POSTERIOR
XII - Vigília Física Posterior
341.
MENTE FfSICA
Definição. Mente: a totalidade organizada das estruturas e processos físicos, conscientes,
inconscientes e endopsíquicos da consciência quando encarnada.
Sinonímia: inteligência; pensamento.
Tipos. Há quatro níveis básicos da mente: consciente, subconsciente, supraconsciente e
inconsciente durante o sono.
Cérebro. 0 cérebro humano (V. cap. 237) é usado pela consciência como agente ou veículo físico
para o exercício de suas funções. A consciência — ou o espírito — depende de processos que têm lugar no
corpo mental, passando pelo paracérebro, extrafísico, do psicossoma, e não através do cérebro físico,
denso, diretamente.
Obscuridades. Prossegue ainda obscura a conexão entre: a mente e o corpo humano; a Fisiologia
e a Psicologia; o soma e a psique; o córtex cerebral e a consciência; o impulso nervoso e a idéia; o
fenômeno eletroquímico neuronial e o pensamento consciente; a estimulação das células cerebrais e a
experiência anímico-mediúnica.
Características. A consciência usa o corpo humano por máquina controlada, e faz do homem o
microcosmo, ou a miniatura do universo, distinguindo-se por aí as seguintes características da mente: o.
estado da consciência na vigília física ordinária; a mente restrita ao cérebro físico ou na condição de
restringimento da vida humana; o cérebro cheio pela presença da consciência, no estado da vigília física
ordinária, em oposição ao cérebro vazio pela ausência da consciência durante a projeção consciente ou
inconsciente; os graus de lucidez consciencial; a consciência cerebral; etc. Vale acrescentar que parece
existir, além da consciência pensante, uma espécie de consciência fisiológica, orgânica, celular.
Banco. No complexo da mente, a memória desempenha função fundamental. O banco da memória
singela, que abrange apenas a presente encarnação, assemelha-se a computador pobremente programado
em geral com o máximo de sete décadas de experiências humanas. Este banco responde sempre a todas as
consultas, mesmo que tenha que racionalizar os fatos desconhecidos através de sofismas, por isso, ao
projetor consciencial toma-se sobremodo importante o cabedal de conhecimentos gerais que traga
estocados na memória física, ou seja, o seu banco pessoal de idéias, a fim de facilitar a rememoração das
experiências extrafísicas.
Bit. Estima-se, hoje, que no decurso de setenta anos de existência, o indivíduo, apenas quando
acordado, no estado da vigília física ordinária, recebe, registra, e quase sempre armazena,
permanentemente, cinqüenta trilhões de bits informativos. O bit, abreviatura de biunitary digit, dígito
biunitário, é a menor unidade da quantidade de informação para a instalação, por exemplo, do registro e
estocagem de dados num computador.
Memória. Todo acontecimento da vida, por menor que seja, é armazenado, porém grande número
de fatos pode ser temporariamente esquecido e aquilo que lembramos conscientemente representa apenas
fração de nossa memória integral, total, ou seja, a fonte da identidade pessoal da consciência.
Área. Supõe-se que a memória ordinária ocupa uma área de cerca de cinco centímetros de
extensão por quatro centímetros de largura, situada bem no interior do lobo temporal, nos dois
hemisférios cerebrais. Este constitui o arquivo ou o armazém de toda a experiência passada, atual e futura
da vida física do ser encarnado. As comunicações internas, dentro do encéfalo, são feitas através dos
prolongamentos das células nervosas.
Bioquímica. Existem, ainda, a memória bioelétrica e a memória bioquímica. Parece que a
memória a longo prazo (bioquímica) está armazenada no cérebro todo, ou até mesmo em outras regiões
orgânicas além do cérebro, e não somente na pequena região circunscrita referida. Assim, por exemplo, a
memória auditiva parece estar ligada à área cortical responsável, predominantemente, pela audição. A
rememoração é um ato de pensamento que desperta conjuntos de lembranças.
Amnésias. Geralmente todos nós, encarnados, esquecemos: incidentes que tiveram lugar há
apenas alguns anos, meses, ou dias; amplos segmentos da nossa experiência juvenil; parte da infância; os
primeiros anos da existência; e o período da pré-natalidade. Também não lembramos a maior parte dos
nossos sonhos e, muito menos, a maioria das projeções da nossa consciência para fora do corpo humano,
que permanecem bloqueadas no centro mnemónico e, por isso, são chamadas de inconscientes.
Realidade. A vida consciente, na verdade, é apenas a delgada superfície sobre o oceano de
pensamentos, sentimentos, motivações, sensações, experiências, e a memória integral, que são a maior
parte da realidade.
Extrafísica. A Psicologia moderna relaciona respeitável número de tipos de memória conforme os
ângulos de abordagem de seu estudo: cotidiana, semântica, episódica, ecóica, primária, secundária,
privativa e operacional. Contudo, a Psicologia não aborda a memória extrafísica, ou memória astral,
arquivo indelével e indestrutível, próprio da consciência projetada e que, portanto, constitui assunto da
Projeciologia, subdisciplina da Parapsicologia ou Parapsicobiofísica.
Analogias. Várias analogias são lembradas para caracterizar os processos da memória tais como:
armazém, arquivo, coleção, computador, dicionário, enciclopédia, gravador, e vídeo-cassete. No entanto,
a memória humana apresenta um sistema superior a tudo isso e a tudo o mais que o homem inventou até
agora para armazenar e recordar. Até o momento, a natureza tem sido extraordinariamente mais sábia do
que os cientistas.
Aprendizagem. Os estudos atuais da memória humana demonstram que tudo o que se lembra tem
suà razão de ser, pois não é possível recordar coisa alguma se ela não tiver sido aprendida. Tal afirmação
constitui, sob certo aspecto, evidencialidade patente para a teoria da reencar- nação e para as experiências
da consciência lúcida fora do corpo humano.
Fatores. O grau de excelência da rememoração dos episódios extrafísicos do projetor depende da
sua personalidade, pois fatores os mais diversos interferem na qualidade até mesmo da memória comum,
no estado da vigília física ordinária, de qualquer indivíduo, mais evoluído do que o selvagem — desde o
amnésico total até o mnemonista — tais como: acidente, doença, educação, emocionalismo e genética.
Aspectos. Os parapsicólogos distinguem na palavra memória três aspectos importantes e bem
diferentes: os sistemas de memória ou os mecanismos que executam os processos mnemónicos; o
conteúdo das reservas de memória, ou as representações das experiências passadas armazenadas nos
sistemas de memória; o desempenho da memória, ou a capacidade de recordar.
Imagens. Toma-se indispensável ao desenvolvimento do projetor lúcido, que a sua consciência
estabeleça as distinções entre imagens mentais, formas-pensamentos e eventos extrafísicos. As imagens
mentais são reconstruções de experiências sensoriais e se formam a partir da informação armazenada no
banco de memória, meros elementos subjetivos de uso apenas da e para a consciência, constituindo a base
dos sonhos comuns, dos pesadelos e das alucinações.
Formas-pensamentos. A consciência encarnada projetada, quando desfruta de lucidez maior, não
confunde as imagens mentais com os eventos reais extrafísicos, muito embora essas mesmas imagens
mentais orientem a plasmagem das formas-pensamentos no plano extrafísico. Em outras palavras: as
formas-pensamentos são simples imagens mentais plasmadas extrafisicamente, contudo, mesmo estas
imagens mentais plasmadas extrafisicamente são bem diferentes dos eventos extrafísicos reais.
Tipos. A imagem mental ordinária pode ser: visual, tátil, auditiva, etc. Já a imagem mental extrafísica pode ser: paravisual, paratátil, parauditiva, etc.
Hipótese. O reconhecimento pelos psicólogos modernos da espantosa versatilidade dos sistemas
da memória humana, bem como o fato de que não há provas demonstrativas de que todas as experiências
sejam permanentemente armazenadas na memória comum, falam a favor da hipótese de que uma sucursal
das reservas mnemónicas, mais importante do que o cérebro, se situa no paracérebro do psicossoma, e de
que a sede matriz, permanente, está no corpo mental.
Cordão. Sem dúvida, nas projeções pelo psicossoma, o cordão de prata é o elemento fundamental
para a recuperação das lembranças dos eventos extrafísicos armazenados pela consciência projetada.
Nota-se que quando o cordão está mais denso, dentro da esfera extrafísica de energia (V. cap. 236), numa
projeção rápida, a rememoração surge mais facilmente. O mesmo não acontece quando o cordão de prata
está mais rarefeito, numa projeção que se desenvolve à distância do corpo humano.
Reserva. Parece que nas projeções lúcidas da consciência através do psicossoma, os eventos
extrafísicos são armazenados normalmente na reserva mnemónica, seguindo os mesmos processos
empregados para os fatos corriqueiros no estado da vigília física ordinária.
Mental. As observações escritas anteriormente não valem para as rememorações da consciência
quando projetada através do corpo mental, onde o processo direto de aquisição e armazenamento
transcende a capacidade de recuperação da memória humana ordinária. Daí porque é tão difícil (talvez o
mais correto seria dizer impraticável) recuperar as vivências integrais da consciência projetada através do
corpo mental isolado, no plano mental puro.
Intuição. Aqui resta apenas o consolo do processo, ainda mais obscuro, de semi-recuperação,
próprio do fenômeno comum da intuição, uma espécie de antídoto da desaprendizagem.
______________
Bibliografia: Andrews (37, p. 11), Ashish (60, p. 156), Blavatsky (153, p. 428),
Carrington (245, p. 87), Day (376, p. 84), Desmond (394, p. 197), Edmunds (461, p. 52),
Garrett (572, p. 187), Gaynor (577, p. 113), Greenhouse (636, p. 57), Hammond (675, p. 11),
Heindel (705, p. 105), Holt (741, p. 315), James (803, p. 92), Johnson (807, p. 31), Kruger
(871, p. XII), Morris (1094, p. 99), Moss (1097, p. 141), MyerS (666, p. 598), Osborn (1153,
p. 13), Perkins (1236, p. 56), Russell (1482, p. 134), Swann (1632, p. 44), Targ (1652, p.
120), Tart (1663, p. 28), Taylor (1667, p. 225), Walker (1782, p. 253), Watson (1801, p. 245),
Wilber (1845, p. 58), Zaniah (1899, p. 304).
342.
REMEMORAÇÃO DA PROJEÇÃO
Definição. Rememoração projetiva: ato pelo qual a consciência encarnada recorda as suas
experiências vividas durante o período em que esteve projetada fora do corpo humano.
Sinonímia: lembrança dos eventos extrafísicos; memória projetiva; mnemónica projetiva;
mnemotécnica projetiva; recordação projetiva; rememoração pós-projetiva.
Processamento. As mudanças bioquímicas e hormonais que habitualmente ocorrem durante o
sono natural, à noite, podem impedir a assimilação de novas informações por parte da consciência. Talvez
seja por isso que as pessoas se esquecem tanto dos sonhos quanto das projeções conscientes. O cérebro
parece que não consegue receber e processar tais informações durante o estado do sono natural.
Analogia. Do mesmo modo como não recordamos a maioria dos nossos sonhos (no entanto, toda
pessoa sonha toda noite), também não recordamos a maioria das vivências extrafísicas, durante a projeção
consciente, pela manhã, depois de acordarmos, sendo que toda pessoa se projeta, pelo menos
inconscientemente, toda noite. Neste aspecto particular, os dois estados alterados da consciência, o sonho
e a projeção consciente, são análogos.
Fatores. A capacidade de lembrar os sonhos, bem como a capacidade de lembrar os fatos das
projeções conscientes, dependem de vários fatores, especialmente destes três: a profundidade do estado
alterado da consciência, seja o sonho ou a projeção consciente; o interesse do consciente da pessoa, ou a
lucidez da consciência, no conteúdo de suas vivências oníricas ou de suas experiências projetivas; e as
características da personalidade do sonhador ou projetor.
Lucidez. O processo de armazenamento e recuperação dos eventos extrafísicos durante a projeção
consciencial é favorecido pelo grau de lucidez da consciência projetada no desenrolar do experimento.
Memorizar é catalogar e guardar para evocar no futuro. Não dá para fazer replay do que não foi gravado,
por isso, a rememoração dos fatos das projeções conscientes demonstra que a memória transcende os
hemisférios cerebrais.
Evidências. A falta e a dificuldade de rememoração das experiências da projeção consciente
evidenciam a distinção existente entre a consciência e o corpo humano, ou seja, a existência de outro
veículo de manifestação da consciência (o psicossoma), além do corpo humano e seus dois hemisférios
cerebrais (no caso, o paracérebro).
Suspensão. A lembrança da consciência quanto aos eventos ocorridos durante a vida física
normal, ou no estado da vigília física ordinária, parece envolver a atividade cerebral. Qualquer pessoa
recorda o que comeu ontem porque o corpo humano, ou seja, a boca, o estômago, os hemisférios
cerebrais, etc., foram envolvidos nos atos de se alimentar. Porém as atividades extrafísicas têm lugar
durante um período de suspensão das atividades físicas. Neste caso — tais atividades não envolvendo o
emprego dos hemisférios cerebrais — torna-se quase impossível à consciência se lembrar dos fatos a ela
relacionados. Eis aí a razão neurofisiológica pela qual a maioria dos componentes da humanidade,
sonambulizada, não se lembra das experiências vividas durante a projeção consciencial lúcida.
Paracérebro. Infere-se do exposto que a rememoração dos fatos projetivos depende, antes de
tudo, da transmissão das lembranças do paracérebro do psicossoma para o cérebro físico, denso, do corpo
humano, notadamente nas projeções da consciência vividas extrafisicamente através do psicossoma. A
parapsicofisiologia do paracérebro do psicossoma (V. cap. 106) evidencia o fato de que este órgão
comporta, com naturalidade, as lembranças das vivências da consciência em duas ou mais dimensões
conscienciais diversas (mundos paralelos).
Hipóxia. Eis porque a falta de oxigênio nos hemisférios cerebrais (hipóxia cortical), se vem, por
um lado, ajudando a consciência a se projetar com lucidez (V. cap. 176), por outro vem dificultando a
transmissão das. lembranças do paracérebro para o cérebro e, portanto, impedindo as rememorações
projetivas. Conclusão: quem sofre uma anestesia geral (V. cap. 416) — como regra — tem a sua
consciência projetada para fora do corpo humano, com alguma lucidez, porém poucos conseguem se
recordar, posteriormente, dos fatos que transcorreram nesse período.
Mental. Dos fatos também pode-se deduzir que a estrutura e a natureza da rememoração das
experiências projetivas vividas diretamente pela consciência (no caso, encarnada) através do corpo mental,
isolado, são muito mais enriquecidas, complexas e difíceis do que as rememorações das experiências
vividas através do psicossoma. Quando no psicossoma, a consciência sediada no corpo mental e, portanto,
no paracérebro do psicossoma, tem somente o trabalho de repassar as lembranças deste para o cérebro do
corpo humano. Já projetada diretamente através do corpo mental, o repasse ou a transmissão das
lembranças se fará duplamente: primeiro, do corpo mental para o paracérebro do psicossoma; depois, do
paracérebro do psicossoma para o cérebro do corpo humano. Obviamente, a memória integral, contínua,
existe permanentemente na consciência manifestando- se pelo corpo mental.
Tipos. Dentre os tipos de rememoração da projeção consciente destacam-se: dispensa da
rememoração nas projeções de consciência contínua; rememoração natural; rememoração em bloco;
rememoração fragmentária; rememoração aleatória; hiatos mnemónicos; rememoração mista; completa,
incompleta; retardada, cuja lembrança volta horas ou dias mais tarde; rememoração traumática ou dos
acontecimentos extrafísicos quase impossível de se esquecer; etc.
Fases. Dentre as funções mnêmicas distinguem-se três fases bem caracterizadas em todo processo,
puramente fisiológico, de memorização: fase de aquisição, fase de retenção e fase de reativação.
342.1. Aquisição. Nesta fase, a consciência adquire novos conhecimentos através da capacidade
de fixar o fato vivido, em toda a sua extensão e precisão, através da atenção e do interesse.
342.2. Retenção. Esta fase, sem limites no tempo, compreende o decurso no qual o que foi
memorizado se acha conservado de modo latente.
342.3. Reativação. Nesta fase, a consciência reativa ou atualiza o material adquirido, utilizando
a capacidade de evocação. As lembranças perduram mais tempo quando são reforçadas pela repetição.
Qualidades. Dentre as qualidades da rememoração da projeção consciente devem ser ressaltadas:
lógica; nitidez; colorido; extensão; minúcias; rapidez; lentidão; etc. Estas qualidades são aperfeiçoadas
com a repetição das experiências projetivas.
Fisiologia. Vários aspectos chamam a atenção do experimentador no âmbito da fisiologia da
rememoração das projeções conscientes: o processo natural de comparação de entidades, distritos e
eventos extrafísicos com criaturas, locais, objetos e circunstâncias familiares humanas; a tradução melhor
de formas e idéias conhecidas; a cronologia dos episódios rememorados; os flashes mnemónicos; os
esclarecimentos espontâneos abruptos da própria rememoração; a repetição dos experimentos projetivos,
trazendo prática à consciência, burila naturalmente a precisão das rememorações; uma boa memória
ordinária, no estado da vigília física, predispõe a rememoração dos eventos extrafísicos.
Extrafísica. O projetor consciente militante, com o acúmulo das experiências projetivas, acaba
descobrindo a rememoração retardada extrafísica que consiste çm a sua consciência encarnada projetada
rememorar vivências extrafísicas anteriores que, por algum motivo, não foram lembradas após a
interiorização, imediatamente depois que esta ocorrera, no mesmo dia daquela projeção consciente
passada.
Prolongadas. O fenômeno da rememoração tem relação direta com a ocorrência das projeções
prolongadas (V. cap. 326), porque há muitas evidências que apontam a dificuldade de a consciência
encarnada manter lembranças, nítidas e coerentes, de suas vivências extrafísicas depois de uma hora de
ausência do corpo humano. Parece que o cérebro humano não suporta nem comporta as duas memórias
simultâneas depois desse período.
Memória. Não se pode esquecer que a memória extrafísica inclui em si a memória física, e existe
mais próxima da memória integral. Já a memória física, obviamente, a mais fraca ou menos eficiente, de
forma alguma consegue incluir integralmente a rememoração de todas as experiências projetivas lúcidas.
Pesquisas. Daqui para a frente quanto mais as pesquisas biológicas, químicas, farmacológicas,
terapêuticas, geriátricas, psicológicas, e médicas em geral conseguirem melhorar a aplicação prática dos
recursos do cérebro humano e aperfeiçoar os atributos e qualidades da memória humana, maiores serão as
possibilidades de as consciências dos homens comuns, medianos, e em geral, recuperarem mais extensas
rememorações de suas experiências extrafísicas diuturnas que têm ficado através do tempo, até agora,
rotineiramente sepultadas no esquecimento em razão exclusivamente das falhas mnemónicas dos
hemisférios cerebrais. Por isso, todos aqueles cientistas que se dedicam, hoje, a estes variados campos de
pesquisas estão trabalhando, consciente ou inconscientemente, para a evolução inevitável da
Projeciologia.
Tecnologia. Importa indagar, baseado no tempo cronológico considerado em sentido inverso ao da
observação precedente, ou seja, do presente para o passado: — Até que ponto pode-se responsabilizar o
incremento geral, evidente e indiscutível, da produção das projeções consCienciais lúcidas humanas, neste
século, diretamente ao aperfeiçoamento tecnológico das drogas, alimentos, radiações eletro-eletrônicas
dos instrumentos descobertos e criados recentemente, e da própria vida moderna atuando sobre os
hemisférios cerebrais dos homens, mulheres e crianças?
Aspectos. Além dos capítulos subseqüentes, existem outros neste livro que abordam aspectos da
memória: o dejaísmo projetivo (Cap. 31); a precognição extrafísica (Cap. 36); a retro- cognição extrafísica
(Cap. 38); a visao panorâmica projetiva (Cap. 39); e outro, assaz importante: o binômio lucidezrememoração (Cap. 378).
______________
Bibliografia: Bozzano (193, p. 104), Crookall (343, p. 182), Frazer (549, p. 156),
Powell (1278, p. 90), Swedenborg (1639, p. 133), Vieira (1762, p. 33).
343.
REMEMORAÇAO FRAGMENTARIA
Definição. Rememoração fragmentária: rememoração lenta, em partes, segmentos ou
fragmentos, coerentes ou dispersos, dos eventos extrafísicos vivenciados pela consciência recéminteriorizada no corpo humano.
Sinonímia: recordação fragmentada; rememoração descontínua.
Ineficácia. A rememoração fragmentária é o processo menos eficaz pelo qual a consciência
encarnada lembra as vivências extrafísicas porque está sujeito sempre a falhas e à criação de lacunas no
fluxo das recordações.
Descontinuidade. Na rememoração fragmentária ou descontínua, além das lembranças que
afloram por partes, cada parte, não raro, apresenta o seu próprio grau diverso, perfeitamente perceptível e
diferenciável pela consciência, de limpidez e inteligibilidade da rememoração, seja um de extrema
agudez de apuro e percepção, outro nebuloso, outro ainda completamente obscuro.
Ordem. Os primeiros fragmentos que surgem à tona da memória da consciência encarnada
recém-chegada do experimento projetivo quase sempre são os últimos acontecimentos extrafísicos.
Lucidez. As ocorrências projetivas demonstram que certas projeções conscientes — notadamente aquelas em que a consciência encarnada flutua ou se desloca em alta velocidade sobre zonas rurais
e cidades — conquanto vivenciadas com aguda lucidez durante as experiências, podem acarretar, no
final, rememorações de experiências semiconscientes. Existem fatores orgânicos, cerebrais ou do sistema
nervoso, ainda desconhecidos, que interferem nos mecanismos da memória nestes casos.
_________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 66).
344.
REMEMORAÇAO EM BLOCO
Definição. Rememoração em bloco: rememoração rápida, integral e coerente dos eventos
extrafísicos pela consciência recém-interiorizada no corpo humano.
Sinonímia: recordação em bloco; rememoração contínua.
Eficácia. A rememoração em bloco é o processo mais eficaz para lembrar os fatos extrafísicos.
Melhor do que este sistema somente existe a dispensa completa do ato de rememorar os experimentos
fora do corpo humano, o que acontece nas projeções de consciência contínua.
Nitidez. A nitidez ou o apurado grau de acuidade da rememoração das vivências extrafísicas da
consciência encarnada é sempre uniforme na rememoração em bloco.
Mista. Dependendo da intensidade das idéias e emoções, bem como da velocidade da sucessão
dos eventos extrafísicos, a rememoração em bloco pode coexistir com a rememoração fragmentária,
dando como resultado a rememoração mista, ocorrendo primeiro as lembranças em bloco, bem
destacadas, de uma experiência, geralmente a principal e, em seguida, outras fragmentárias.
_____________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 33)
345.
FATORES POSITIVOS A REMEMORAÇÃO DA PROJEÇÃO
Impactos. Conforme as pesquisas de opinião pública, eis os impactos mais freqüentes do
fenômeno da projeção consciente sobre as pessoas em três períodos distintos: durante a experiência;
imediatamente após a experiência; e num tempo mais longo depois da experiência.
345.1. Durante a experiência: sentir calma, paz, ou quietude; sentir liberdade absoluta; sentir
alegria espontânea; sentir medo; etc.
345.2. Imediatamente após a experiência: tomar-se interessado. nos fenômenos para- psíquicos;
falar sobre a experiência; sentir-se curioso; sentir que a sua vida mudou; sentir que foi uma experiência
espiritual; sentir-se possuidor de habilidades paranormais; etc.
345.3. Num tempo mais longo depois da experiência: desejar passar outra vez pela experiência;
sentir que desenvolveu um despertamento maior quanto à realidade da vida humana; sentir a experiência
muito agradável; sentir que a experiência lhe tfouxe benefícios; sentir a mudança íntima para a crença na
vida após a morte do corpo humano; sentir que a experiência tinha grande beleza; sentir a experiência
como a maior coisa que já lhe aconteceu na vida; etc.
Classificação. Os fatores positivos à rememoração das projeções conscientes podem ser
classificados em quatro tipos: psicológicos, fisiológicos, físicos e extrafísicos.
345. § 01. Psicológicos: motivação quanto à projeção consciente; desrepressão psicológica;
agente catalítico mnemónico; meditação sobre as lembranças das projeções conscientes; know how da
triagem dos eventos extrafísicos; etc.
345. § 02. Fisiológicos: posição de decúbito dorsal do corpo humano; despertamento físico
imediatamente após a projeção consciente; projeção consciente produzida na segunda metade da noite; ter
a circulação cerebral conservada, ou melhor ainda, aumentada sem ser patológica, mantendo a pressão
intracraniana normal, constatação que pode ser feita através do exame de fun- do-de-olho; rotação lateral
da cabeça no período pós-projetivo; suave balanceio ântero-posterior da cabeça humana; hábito de
rememorar duas vezes a projeção consciente antes de deixar o leito para registrá-la; extenso cabedal de
conhecimentos gerais estocados no banco de memória física ordinária; juventude, significando que o
indivíduo possui boa memória de aquisição; uma boa memória ordinária, no estado da vigília física,
predispondo a rememoração dos eventos extrafísicos; etc.
345. § 03. Físicos: relato oral da projeção consciente para algum ouvinte; dispor em ordem
cronológica os episódios extrafísicos da projeção consciente com determinada palavra-chave correspondendo ao ponto relevante de cada um; registro imediato das vivências da projeção consciente;
releitura para si mesmo de registro, em voz alta; ato de datilografar o registro dos eventos extrafísicos;
técnica pessoal de rememoração ou mnemotécnica projetiva; certos gêneros de mediunida- de
desenvolvida; banho energético pós-projetivo; etc.
345. § 04. Extrafísicos: os episódios extrafísicos simples; o clímax dos eventos extrafísicos; as
últimas cenas extrafísicas; a fixação dos momentos-chaves; a cooperação dos amparado- res; não raro a
lucidez descontínua da consciência humana projetada causa a rememoração fragmentária; a interiorização
acompanhada do despertamento físico imediato predispõe a rememoração em bloco; etc.
Abertura. Uma profunda emoção extrafísica ou experiência inabitual da consciência projetada
podem provocar a abertura mnemónica, o que facilita de maneira surpreendente a rememoração. Nestes
casos ocorrem aquelas experiências traumáticas extrafísicas, impossíveis de serem esquecidas.
Sonhos. Quem consegue aprender a se lembrar dos próprios sonhos naturais, comuns, melhora a
rememoração das experiências das projeções conscientes.
Bibliografia: Twemlow (1710, p. 454), Vieira (1762, p. 180).
346.
FATORES NEGATIVOS A REMEMORAÇÃO DA PROJEÇÃO
Classificação. Os fatores negativos à rememoração das projeções conscientes podem ser
classificados em quatro tipos: psicológicos, fisiológicos, físicos e extrafísicos.
346.1. Psicológicos: desinteresse pela projeção consciente; autocensura excessiva; medo das
ocorrências extrafísicas; superposição de dados ou engramas no banco da memória, hipo- mnésia,
memória nominativa deficiente; dificuldade para a captação pura de pensamentos que devem ser
traduzidos em palavras e expressões humanas inéditas; deformação das lembranças; fugacidade das
lembranças extrafísicas; ceticismo quanto às projeções conscientes; etc.
346.2. Fisiológicos: posição do corpo humano em decúbito ventral ou deitado de bruços, no
leito, durante a projeção; rendição da consciência ao sono pós-interiorização; nar- colepsia, doença
contrária à insônia, ou sofrer ataques excessivos de sono; intercorrência de sonho; visões-sonhos e
pesadelos que se misturam às realidades dos eventos extrafísicos próprios da projeção; a carga de duas
vidas simultâneas, a física e a extrafísica; a redução da circulação intracraniana ou hipoxemia cerebral; o
esmorecimento da preguiça e o conforto do leito do projetor; o ato de produzir projeções consecutivas; os
reflexos orgânicos da libertação das tensões diuturnas; a diferença da velocidade da transmissão de
pensamentos pela mente livre e pelo cérebro denso; o ato de sonhar com e sobre a projeção consciente; a
idade física avançada em razão de débil memória de aquisição; intoxicações orgânicas; etc.
346.3. Físicos: registro posterior ou adiado da projeção experimentada; a carga pesada dos
afazeres diários da vida humana; a mudança da base física do projetor; etc.
346.4. Extrafísicos: eventos extrafísicos díspares, prolongados e à distância da base física;
surpresas extrafísicas; serviços prioritários de assistência extrafísica; sutileza das sensações e dos eventos
extrafísicos; exercício da mediunidade extrafísica; transe mediúnico extrafísico prolongado; etc.
Sono. Pesquisas recentes demonstraram que um bom cochilo antes do início de um processo de
aprendizagem pode prejudicar o mecanismo da memória, porque agrava a capacidade de esquecer. Tal
bloqueio mnemónico acontece devido à ação do hormônio somatotrofina, liberado durante o sono, por
isso, o sono pós-interiorização, seja curto ou longo, superficial ou profundo, prejudica a rememoração dos
eventos extrafísicos vivenciados pelo projetor durante a projeção consciente.
Ambivalência. Nem todos os fatores negativos à rememoração da projeção são realmente negativos à projeção em si, na sua qualidade de experiência e quanto às suas finalidades. Exemplos disso são
os serviços assistenciais extrafísicos e os exercícios da mediunidade fora do corpo humano.
______________
Bibliografia: Rampa (1357, p. 190), Vieira (1762, p. 136).
347.
TÉCNICAS DA REMEMORAÇÃO DOS EVENTOS EXTRAFÍSICOS
Razões. Todo encarnado ao adormecer, cada noite, produz pelo menos a miniprojeção inconsciente comum aos seres humanos em geral e até a alguns animais desenvolvidos, razão pela qual
muitos candidatos à projeção consciente precisam muito mais de aplicar eficiente técnica de rememoração
dos eventos extrafísicos, do que propriamente usar uma técnica melhor para se projetar, pois, obtida
pequena projeção amena, com algum grau de lucidez extrafísica, mesmo com a decolagem inconsciente, o
desenvolvimento do projetor se faz com facilidade maior através da repetição das experiências.
Autoprogramação. A técnica da autoprogramação da rememoração pode ser dividida em duas
fases: a anterior e a posterior.
347.1. Anterior. Na fase anterior programe a si mesmo, antecipadamente, aplicando autosugestões iguais à frase: — “Vou lembrar-me minuciosamente da projeção!”, — falada para si próprio,
cinco vezes, pouco antes de adormecer, no estado hipnagógico.
347.2. Posterior. Na fase posterior, ao se despertar, permaneça deitado por alguns minutos,
movendo o mínimo possível o corpo humano, até rememorar duas vezes as ocorrências extrafísicas. E seja
o que for, escreva no papel, imediatamente, sem demora, nos mínimos detalhes, tudo aquilo de que se
lembrar ter ocorrido fora do corpo denso, porque a lembrança, fugacís- sima, da projeção pode ser
facilmente mascarada pelas entradas mnemónicas dos fatos relativos aos quefazeres diuturnos, o que
oblitera o banco da memória física ou cerebral.
Exceções. Em circunstâncias excepcionais, devido à idade física avançada e à circulação
intracraniana deficiente do projetor, pode-se alterar a fase posterior do processo indicado com a rotação
lenta da cabeça, mudando-a para outra posição, logo após o despertamento físico, atitude esta que ajuda a
rememoração dos eventos da projeção.
Aperfeiçoamento. Extrafisicamente, existem três recursos simples que podem funcionar no
aperfeiçoamento da rememoração do projetor humano. Primeiro recurso: repetir, para si mesmo, os nomes
ouvidos no momento exato em que surgem, durante o desenrolar dos eventos da experiência da projeção
consciente, no plano extrafísico. Segundo recurso: apreender nomes e idéias no plano extrafísico, retornar
de imediato ao corpo humano, despertar-se fisicamente e registrá-los sem demora. Estes dois expedientes
desobliteram a memória nominativa, geralmente bloqueada, e a mais difícil de ser conservada pelos
projetores humanos em geral.
Expediente. Eis o terceiro recurso extrafísico de rememoração: se a consciência projetada, ao
viver várias cenas diferentes fora do corpo humano durante uma só experiência projetiva, consegue levar o
assunto atentamente da cena anterior para o próximo cenário extrafísico — ou interligar as diversas
experiências numa experiência continuada, afim, homogênea —, esse expediente consciencial facilitará
sobremodo a rememoração posterior à projeção consciente.
Indicador. Uma técnica simples que vem dando resultados para rememorar os eventos extrafísicos ocorridos durante a projeção consciente, em alguns casos: aplique um dedo indicador à própria
testa a fim de se lembrar do que viu ou vivenciou fora do corpo humano. No caso, supõe-se que o circuito
fechado de energia consciencial que se estabelece, estimula o chacra frontral, responsável pela
clarividência em geral que, por sua vez, aciona o banco da memória integral da consciência através da
pineal (V. cap. 111).
Comparação. Outro processo que pode favorecer a rememoração dos fatos extrafísicos: estabelecer comparações entre criaturas, coisas e fatos extrafísicos observados pelo projetor, ou pela
consciência projetada, com criaturas, coisas e fatos físicos ou humanos seus conhecidos, ainda que bem
diferentes, porém com algumas aproximações quanto a imagens ou características que sirvam de ponto de
fixação da memória.
___________
Bibliografia: Guéret (659, p. 163), Vieira (1762, p. 186), Walker (1782, p. 242).
348.
TÉCNICA DA REMEMORAÇÃO FRAGMENTÁRIA
Sonolência. Geralmente você, igual a qualquer pessoa, acorda, no meio da noite, e fica na modorra
ou num lusco-fusco consciencial, mais dormindo do que acordado. O seu organismo humano, nesta
oportunidade, atrai a sua consciência para que esta durma ainda mais um pouco. Prevalece o domínio
quase que absoluto do esmorecimento físico característico da sonolência que precisa ser vencido, de
qualquer maneira, por você, na qualidade de projetor.
Despertamento. Você, então, deve procurar ficar mais desperto, sem se erguer do leito, agindo
apenas através dos pensamentos e da vontade. No máximo, pode mover a cabeça para um lado, o que
auxiliará a rememoração, ou mudar todo o corpo humano de posição sobre o leito.
Recordação. Vencido realmente o sono, você deve procurar recordar, sem desistir com facilidade,
de alguma coisa que tenha acontecido durante o período de tempo imediatamente anterior. A primeira
lembrança onírica ou projetiva, por menor que seja, funcionará como o fio da meada mnemónica.
Fragmentos. Por uma simples lembrança onírica, você precisa puxar as lembranças. E os lances
dos fatos extrafísicos irão sendo pingados ou pescados pouco a pouco, aos fragmentos pequenos e
maiores, até compor uma sucessão de quadros coerentes, numa seqüência lógica de vivências, que deve
ser analisada com extremo critério por você, separando as imagens oníricas, as projetivas e aquelas
mescladas por um tipo e outro.
Impressão. A técnica da rememoração fragmentária pode ser assim caracterizada em seus
pormenores. Se você acorda sem qualquer lembrança das experiências projetivas, mas sentindo a
impressão ou intuição de que se projetou, deve tentar obter, a todo custo, o fragmento inicial das
lembranças, ou a semente mnemónica.
Semente. Se você acorda pela manhã, ou durante à noite, de posse de determinado fragmento de
lembrança inicial de projeção consciente, a semente mnemónica, deve procurar se lembrar de pequeno
fato imediatamente anterior ao fragmento. Depois de obtido isso, você procura se lembrar de um fato
imediatamente posterior, e assim sucessiva e alternadamente, até atingir a mais extensa, profunda e
melhor rememoração projetiva possível.
Repasse. Em seguida, você deve repassar várias vezes, para si mesmo, toda a seqüência das
experiências extrafísicas rememoradas para procurar recordar mais alguma coisa. Torna-se importante
permanecer alerta a fim de evitar inventar, mesmo inconscientemente, trechos de lembranças que podem
ser incorporadas sub-repticiamente às rememorações reais.
Vibrações. A sua conscientização maior pode, às vezes, provocar o banho energético pósprojetivo ou descarga vibratória pelo corpo humano todo, característico e confirmador da projeção
consciente, de modo pacífico, definitivo e inquestionável. O banho fluídico, devido à descoin- cidência
anterior dos veículos de manifestação da sua consciência, além de chancelar a ocorrência da sua projeção,
não raro dinamiza o fluxo da rememoração das cenas, imagens e vivências transcorridas no plano
extrafísico.
_____________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 191).
349.
MEMÓRIA QUÁDRUPLA
Definição. Memória quádrupla: rememoração simultânea pela consciência encarnada projetada e
em estado de expansão, de fatos semelhantes ou inter-relacionados de quatro fontes, épocas, lugares, ou
circunstâncias existenciais diversas.
Sinonímia: memória contínua; memória integral; multimemória; polimemória.
Tipos. No estado da vigília física ordinária, a consciência encarnada utiliza dois tipos de memória:
a memória factual e a memória hábil. A memória factual é a capacidade de apreender informações
explícitas. Exemplo: reter nomes, datas, fatos históricos, rostos, mapas, etc. Sendo a memória perdida
pelos amnésicos, pode ser de curto ou de longo prazo. A memória factual de longo prazo constitui o
arquivo geral no qual ficam guardados os nossos conhecimentos. A memória factual de curto prazo, ou a
limitada memória de trabalho, retém as informações que estão sendo processadas apenas no momento.
Exemplo: guardar um número telefônico somente até o momento de discá-lo. A memória hábil, processo
em geral inconsciente, de maior permanência, só pode ser adquirida pela prática repetitiva. Exemplos:
escrever à máquina; andar equilibrado numa bicicleta; etc.
Contínua. Infere-se daí que no estado da vigília física ordinária os hemisférios cerebrais do
homem, ou da mulher, ainda não foram colocados a funcionar com a memória continua, integral, que
possui a consciência, conservada quase sempre inconscientemente, antes de reencamar, ou seja, a essência
total da sua personalidade e todo o depósito das suas experiências.
Hipótese. Eis algumas observações sobre a memória quádrupla, um dos aspectos da memória
contínua, hipótese de trabalho para ser desenvolvida pelos projetores-pesquisadores. Quando sobrevem a
expansão da consciência projetada, pode ocorrer simultaneamente a rememoração de fatos sobre o tema
ou o fato pensado, no momento extrafísico, provenientes de quatro períodos existenciais diferentes:
349.1. Momento. Ocorrências vivenciadas, no momento, no plano extrafísico.
349.2. Vigília. Ocorrências derivadas do estado da vigília física ordinária da vida humana
atual.
349.3. Intermissão. Ocorrências do último período de intermissão, ou do intervalo extrafísico
vivenciado pela consciência entre esta encarnação e a anterior, percebidas retrocognitiva- mente.
349.4. Anterior. Ocorrências de encarnações passadas, em especial a encarnação imediatamente
anterior.
Separações. Conquanto girando em torno de um só assunto, mas provindas de épocas, locais e
circunstâncias físicas ou extrafísicas diversas, tais memórias são também específicas porque, em seus
detalhes, existem separadas, estanques, desalinhavadas umas das outras, quase sempre demarcadas por
limites nítidos, provocados por soluções de continuidade traumáticas tais como a projeção consciente
precedida de blecaute (V. cap. 214), o choque biológico da desencarnação, e ainda o choque do
restringimento consciencial da encarnação. Obviamente o limitado banco de memória do corpo humano,
restrito a sete décadas terrestres, não está programado com todos esses dados.
Exemplo. Como exemplo de uma rememoração da polimemória, na madrugada de 3 de agosto de
1982, estando projetado no plano extrafísico, contudo sobre a Crosta Terrestre, no Interior da Alemanha,
junto com certo amparador, lembrei-me de alguém conhecido na vida humana atual (1), e da mesma
criatura no meu último período de intermissão (2), quando refletia a personalidade dela da encarnação
anterior (3), e as suas relações com aquele ambiente físico na Alemanha (4).
Mental. A consciência encarnada projetada pode experimentar a memória quádrupla manifestando-se tanto pelo psicossoma, como também, e mais apropriadamente, pelo corpo mental isolado.
Períodos. Nem sempre a consciência se recorda de quatro períodos circunstanciais diferentes.
Pode ocorrer apenas a emersão de dois períodos, ou a memória dupla comum; ou de três períodos, a
memória tripla; ou até mais de quatro períodos, a memória quíntupla, etc.
Rememoração. Na verdade, a memória quádrupla perturba a rememoração posterior à experiência
da projeção consciente, após o despertamento físico, trazendo confusão dentro dos centros mnemónicos
do cérebro humano para que a consciência vígil situe no tempo e no espaço as suas variadas vivências
sobre o mesmo tema, ou os temas correlatos, rememorados simultaneamente, numa circunstância
inesperada, e de modo rápido.
Psicopatias. Julgo que certo tipo de doente mental (psicopata) se perturba ainda mais devido à
memória quádrupla, ou mesmo a uma dupla ou tripla memorização que irrompe em sua consciência,
como se fosse a execução de um trecho musical composto de variações sobre o mesmo tema. Neste caso
acontece um distúrbio próprio da parapsicopatologia do paracérebro do psicossoma (V. cap. 107), advindo
das funções naturais do corpo mental que ali tem a sua sede.
Pseudomnésia. A propósito, a memória quádrupla, a retrocognição, a precognição, e
manifestações de desencarnados através da psicofonia semiconsciente, não devem ser confundidas com a
paramnésia patológica, pseudomnésia ou falsa memória, ocorrência mental de origem química, mecânica,
ou biológica, que é bem diferente.
Hipertensão. Certa tarde fui a uma firma copiadora. Fiquei ali no ambiente fechado cerca de duas
horas acompanhando a xerocópia de centenas de páginas dos originais deste livro. Ao chegar em casa tive
uma crise suave e passageira de pseudomnésia que atribuí à minha antiga hipertensão arterial que, ao
subir, eleva a pressão intracraniana que, por sua vez, pode gerar a falsa memória, distúrbio horrivelmente
desagradável em que a consciência parece recordar de vivências que jamais se entrosam com as suas
experiências vividas e rememoradas.
Amónia. No caso referido, checando a minha pressão arterial, que supunha1 normal, pois vivo
sempre medicado, constatei a sua elevação e identifiquei também, de imediato, a sua causa: fora a amónia,
ou amoníaco, empregada em larga escala nos serviços executados no ambiente fechado daquela
xerográfica (e também como combustível líquido de foguetes). 0 armazenamento desse produto tóxico
apresenta certas dificuldades. A amónia eleva a pressão arterial, sendo até muito usada para despertar
pessoas desmaiadas fazendo-as cheirar um frasco com a solução aquosa de amoníaco de onde evolam
gases. Ficando num ambiente ventilado, horas depois a minha pressão arterial voltou ao normal sem
qualquer medicação especial.
Continuidade. A memória relativa às encarnações passadas não é automaticamente acessível
durante a projeção consciente. O fenómeno da memória quádrupla reafirma o conceito dos pesquisadores
de que não existe memória contínua, pelo menos neste nível de nossa evolução consciencial. A memória
em geral parece compor-se de fragmentos isolados. É possível que existam vários compartimentos ou
escaninhos de memória, uns para as experiências do estado da vigília ordinária, e outros para as
experiências extrafísicas. Parece que somente o estado da consciência contínua (V. cap. 438) conduz a
consciência à posse da sua memória integral.
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Bibliografia: Müller (1107, p. 71), Vieira (1762, p. 160).
350.
HORÁRIO FINAL DO EXPERIMENTO PROJETIVO
Hábitos. No horário final do experimento projetivo, você, na qualidade de praticante da projeção
consciente, deve criar bons hábitos que venham a ajudar o seu desenvolvimento.
Dados. Você há de observar, especialmente, no horário final da projeção consciente: o ato de
consultar o relógio e os instrumentos instalados no seu quarto de dormir; a verificação da hora mais exata
possível do seu despertamento físico; a anotação de outros dados indicados ou pertinentes; os registros
gerais da sua projeção consciente recém-finda; etc.
Positividade. O horário final do experimento projetivo da consciência encarnada é caracteristicamente positivo, porque você chega da experiência extrafísica em condição up do ponto de vista
psicológico, sentindo-se em pleno período das “vacas gordas” quanto às realizações extrafísicas, e de
“caixa-alta” do ponto de vista energético. É a ocasião mais propícia para você, aproveitando esta condição
excepcional de positividade consciencial, aprofundar auto-análises realistas e estabelecer novas
programações produtivas em suas metas parapsíquicas e desenvolvimentos projetivos.
___________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 191).
351.
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DEPOIS DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Observações. Torna-se importante às vezes observar as condições meteorológicas depois do
experimento projetivo tendo em vista determinadas ocorrências extrafísicas e as confirmações dos
acontecimentos projetivos.
Características. Na identificação das condições meteorológicas podem ser lembradas as seguintes características: tempo bom; chuva; tempestade; vendaval; descargas de raios; umidade; frio; calor;
ribombos de trovões; ruídos; condições meteorológicas inalteradas; etc.
Comparações. Duas comparações distintas podem ser feitas entre as condições atmosféricas pósprojetivas e as condições anteriores à projeção consciente, bem como cotejando-as, se for o caso, com o
meio ambiente junto ou distante da Crosta Terrestre visitado pela consciência projetada.
Exemplos. Pode-se checar o tempo cronológico, a duração da projeção consciente, a geografia
terrestre, ou mesmo a parageografia, observando e cotejando o dia claro num plano, com a noite no outro;
o tempo bom, terrestre, no estado da vigília física ordinária, com a chuva detectada em outro ambiente
físico visitado pela consciência projetada através do psicossoma; o calor sentido na base física antes da
projeção consciente, com o frio do local extrafísico visitado pela consciência projetada: etc.
________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 166).
352.
DURAÇÃO DA PROJEÇÃO CONSCIENTE.
Fusos. O tempo cronológico considerado quanto às projeções é também relativo no que respeita
aos fusos horários. O projetor pode deixar o corpo humano à noite, na base física, e desenvolver as ações
extrafísicas no plano crosta-a-crosta, correspondente a outro hemisfério terrestre, aonde está de dia, na
mesma hora da base física, ou vice-versa, fato freqüente nas experiências do projetor veterano. Daí por
que o exame das diferenças horárias, tendo em vista as características do meio ambiente extrafísico, é de
magna importância na análise de cada projeção consciente.
Tempo. As projeções conscientes, em certos ambientes extrafísicos, podem fazer “o tempo correr
a uma velocidade diferente” do tempo físico. Por exemplo, pode acontecer em determinados casos que dez
minutos físicos correspondam a dez horas de experiências extrafísicas. Tal fato não pode ser esquecido
nas análises do intervalo de tempo de qualquer projeção consciente.
Autonomia. O tempo médio de duração da projeção consciente do projetor constitui a sua
autonomia de vôo fora do corpo humano, tempo esse que deve ser respeitado pelo experimentador que
deseja evoluir com os seus processos e experimentos projetivos.
Tipos. A projeção pode ser: instantânea, relampagueante; curta; prolongada; de duração
indeterminada; etc.
Cronologia. Na cronologia das projeções podemos encontrá-las com a duração de décimos de
segundo; segundos; minutos; horas; ou dias.
Décimos. As projeções que duram apenas décimos de segundo são mais freqüentes do que se
pensa e nem sempre são claramente percebidas pela consciência devido mesmo a essa rapidez. Em certos
casos, o fenômeno não-patológico se assemelha bastante ao fenômeno patológico da ausência epiléptica
ou petit-mal.
Minutos. A projeção cujo ciclo total perdura apenas alguns minutos é a mais comum e cobre a
vasta maioria de todas as projeções conscientes, de todos os projetores. Em tese, apenas teoricamente, é
possível que uma pessoa tenha mais de quatrocentas projeções de um minuto numa só noite de oito horas
de sono natural. Contudo, na prática isso não acontece em razão dos revezamentos incessantes dos estados
conscienciais. A maioria das grandes projeções conscientes se prolonga por cerca de meia hora.
Horas. A projeção consciente que perdura por duas ou mais horas — excetuando casos de
experiências da quase-morte — somente acontece com projetores experientes, quase sempre durante o
período de uma série de projeções, demonstrando ser, de fato, uma condição de aperfeiçoamento do
processo projetivo voluntário.
Dias. A projeção que perdura durante dias é geralmente rara, única na vida do projetor encarnado,
freqüentemente impura, ou patológica, devido a: estado de coma; experiência da quase- morte;
enterramento voluntário de pessoa viva; etc.
Atenção. Não se pode perder tempo com ninharias ou ocorrências irrelevantes durante o período
em que a consciência se sente projetada, especialmente em ambientes extrafísicos capazes de fornecer
ensinamentos ao projetor. Urge decidir aplicar a atenção extrafísica naquilo que seja prioritariamente útil.
Quanto mais a consciência projetada demonstrar vontade de aprender, maior possibilidade terá de ser
auxiliada pelos amparadores.
Blecaute. Há ocorrências humanas que podem ajudar o projetor a calcular o tempo em que esteve
projetado. Por exemplo, o corte de fornecimento de eletricidade numa determinada área humana que fica,
à noite, às escuras, devido a um imprevisto ou acidente. Neste caso, se a cons- ciência se projeta na base
física deixada na escuridão, ela pode saber se as luzes do local voltaram a se acender antes mesmo de se
interiorizar e calcular o horário pelo período do blecaute energético.
Retomo. Como regra, quanto mais tempo permanece a consciência projetada com lucidez fora do
corpo humano, menos vontade tem ela de retornar ao mesmo. Por aí se pode aquilatar a exata qualidade
inferior da vida humana em relação aos planos extrafísicos para a consciência desperta.
____________
Bibliografia: Baumann (93, p. 63), Blackmore (145, p. 308), Bozzano (188, p.
50), Frost (560, p. 59), Green (632, p. 92), RPA (1481, p. 29), Steiger (1601, p. 5),
Vieira (1762, p. 210).
353.
ESTADO PSICOLÓGICO DEPOIS DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Tipos. Dentre os tipos de estado psicológico do projetor depois da projeção consciente destacamse: sereno; autoconfiante; eufórico; choroso; deprimido; inalterado; etc.
Comparações. Podem ser feitas comparações esclarecedoras do estado psicológico do projetor
depois da projeção consciente com o estado anterior à projeção e com o estado parapsicológico no
decorrer da projeção.
Supranormal. Durante o período extrafísico da projeção da consciência, em geral surge agradável
sensação de estado supranormal, tanto em natureza quanto em intensidade, cuja tendência é continuar com
o projetor mesmo depois do despertamento físico.
______________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 215).
354.
ESTADO FISIOLÓGICO DEPOIS DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Fisiologia. O projetor há de iniciar o estudo essencial dos veículos de manifestação da sua própria
consciência pelo corpo humano e, para isso, nada melhor do que analisar as funções do seu organismo
após o experimento projetivo.
Tipos. Dentre os aspectos fisiológicos que devem ser ressaltados no auto-exame fisiológico do
projetor destacam-se: estado físico repousado; estado alerta; cansaço físico; cansaço mental; irritabilidade;
ressaca matutina; condição da freqüência cardíaca; condição fisiológica inalterada; etc.
Projetora. A projetora, em particular, deve observar as suas características individualíssimas em
relação aos experimentos projetivos: menarca; menstruação; gestação; menopausa; etc.
___________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 146).
355.
PERÍODO DA PERDA DA VIGÍLIA FÍSICA
Intercorrências. O seu período de perda da vigília física ordinária, na sua condição de projetor
consciente, torna-se importante para situar a duração do experimento projetivo e as relações deste com
outros estados alterados da consciência, intercorrentes, seja antes, durante ou depois da projeção.
Sono. A projeção consciente pode acontecer com sono natural, anterior, rápido, demorado,
superficial, profundo, tranqüilo, sobressaltado, ou até sem ocorrer qualquer sono.
Extracorpóreo. A projeção consciente também pode sobrevir depois de um sono extracor- póreo,
com a consciência sediada no paracérebro do psicossoma, fora da coincidência, bem como precedendo a
um período de sono pós-interiorização, etc.
Perda. 0 período da perda da vigília física ordinária caracteriza o sonambulismo natural em geral,
ou seja, a perda de aproximadamente um terço da atividade consciencial possível à maioria dos
componentes da atual humanidade terrestre. Esta perda será eliminada e todo este tempo, ainda perdido
hoje, será aproveitado com a evolução consciencial dos homens e mulheres através do ciclo das
reencamações sucessivas e a prática, cada vez mais intensa e aperfeiçoada, das projeções conscientes, do
estado da consciência contínua, etc.
______________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 198).
356.
POSIÇÃO FÍSICA DEPOIS DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Tipos. Os tipos de posição física depois da projeção consciente podem ser: posição inalterada ou
imóvel do corpo humano durante todo o período projetivo; posição alterada do corpo humano devido a
uma causa fisiológica ou física que deve ser pesquisada e identificada; posição confortável; posição
desconfortável; as condições imutáveis das roupas de cama durante o período projetivo; etc.
Efeitos. A conservação da posição inalterada do corpo humano, a mesma anterior à decolagem que
prossegue após a projeção consciente, demonstra inequivocamente a ausência dos reflexos físicos
neuromusculares do corpo inanimado durante a saída da consciência que deixou temporariamente o
cérebro vazio.
Evidência. Baseado no fato de que normalmente uma pessoa ao dormir muda de posição a
intervalos de quinze a vinte minutos, qualquer projeção consciente que pareceu perdurar por mais de uma
hora, por ter o corpo humano permanecido inalterado, numa só posição, durante todo o período, evidencia,
só por isso, um estado de consciência incomum, além do sono natural.
Clarividência. A ocorrência da inalterabilidade da posição do corpo humano por um período mais
dilatado evidencia, por exclusão, a saída da consciência para fora do cérebro físico, excluindo a
possibilidade de ter havido apenas simples clarividência ou vidência à distância, ou mesmo clarividência
viajora, quando quase sempre a consciência não deixa o cérebro denso de modo mais integral, e mais
prolongadamente, e quando este permanece ainda cheio. Neste caso, somente acontece a expansão das
percepções extrafísicas, principalmente visuais, sem o deslocamento integral da consciência através do
psicossoma ou através do corpo mental isolado para fora da caixa craniana, ocorrendo amplos
movimentos do corpo humano e até a articulação da fala durante a experimentação.
_____________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 210).
357.
CONDIÇOES DO CORPO HUMANO DEPOIS DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Ocorrências. As ocorrências mais comuns constatadas com o corpo humano após o experimento
projetivo são: entorpecimento físico; desidratação; estalidos articulares; disposição física; repleção
vesical; condições físicas inalteradas; etc.
Temperatura. A projeção prolongada, como é natural, tende a alterar as condições do corpo
humano, especialmente a temperatura do organismo pode baixar entre o início e o término do
experimento, o mesmo acontecendo com a freqüência cardíaca.
___________
Bibliografia: Butler (227, p. 74), Vieira (1762, p. 191).
358.
PROJECIOGRAFIA
Definição. Projeciografia: conjunto dos relatos minuciosos das projeções conscientes pessoais de
um projetor ou projetora, ou de vários projetores conscienciais.
Sinonímia: arquivo de projeções conscienciais; coleção de relatos projetivos; propedêutica da
Projeciologia.
Propedêutica. A Projeciografia, a rigor, constitui uma disciplina meramente descritiva, propedêutica com relação à Projeciologia. A Projeciografia limita-se à apresentação do material técnico,
histórico, estatístico, etc., referente aos projetores conscientes ou ao problema projecioló- gico a ser
estudado. A Projeciografia está para a Projeciologia como a Sociografia está para a Sociologia, ou a
Etnografia está para a Etnologia.
Classificação. O projetor consciente criterioso costuma classificar ou inserir cada um dos
experimentos projetivos dentro do seu currículo de experiências, conforme os aspectos relevantes das
ocorrências que vivência extrafisicamente. Tal hábito ajuda enormemente no aperfeiçoamento de suas
técnicas para se projetar. Apresentam relação estreita com a Projeciografia: o histórico da Projeciologia
(V. cap. 02); o diário do projetor consciente (V. cap. 360); os casos selecionados de projeções
conscienciais (V. cap. 455); as pesquisas estatísticas de opinião pública quanto às experiências projetivas
conscientes (V. cap. 454); a bibliografia projeciológica mundial (V. cap. 475); etc.
Tipos. Vários aspectos podem ser evidenciados para caracterizar uma projeção consciencial
definindo-a conforme seja: primeira projeção consciencial ou projeção-choque; projeção consciencial
única; projeção consciencial esporádica; projeção consciente em série; projeção consciente em período de
recesso projetivo; projeção consciencial de rotina; projeção consciente típica; projeção consciente
marcante; miniprojeção consciente; projeção consciente amena; projeção consciente de surpresa; projeção
consciencial de reconhecimento de ambiente ou alvo mental; projeção consciente crônica; etc.
Comparação. A comparação da projeção consciencial recém-produzida com as outras
experiências já registradas pelo projetor, permite a ele estabelecer as linhas mestras de suas experiências e
quais as diretrizes escolhidas, ou o melhor caminho a seguir, a fim de desenvolver suas projeções
conscientes daí por diante.
Técnica. O projetor ou projetora deve consultar e analisar a Projeciografia, pessoal, de quando em
quando. Às vezes, como se sabe, a simples leitura atenta de uma projeção consciente anterior do
praticante, o induzirá a nova experiência extrafísica assemelhada. Tal fato permitiu criar a técnica da
repetição projetiva (V. cap. 193) através da impulsão da própria vontade inquebrantável.
________________
Bibliografia: Frost (560, p. 225), Vieira (1762, p. 210).
359.
REGISTRO FINAL DA PROJEÇÁO CONSCIENTE
Lembranças. O registro imediato funciona por método mnemónico e deve ser a regra para
neutralizar a fugacidade natural das lembranças sobre o período extrafísico da consciência projetada.
Regra. Imediatamente após ter sido experimentado, quanto mais cedo seja escrito o episódio
extrafísico, mais acurado será o seu relato. Quanto mais tempo você deixar passar antes de registrar ou
contar uma projeção, ou mesmo um sonho comum, tanto menos detalhes você irá lembrar.
Exceção. Só excepcionalmente ocorrem experiências que você não esquecerá jamais, por mais
desfavoráveis sejam as circunstâncias contra as rememorações, em razão da intensidade psicológica ou
emocional dos eventos que haja presenciado ou de que tenha participado.
Material. Você, na qualidade de praticante da projeção consciente, deve formar o hábito de deixar
à mão, junto à cabeceira ou ao lado da cama, um bloco de anotações, ou diário, lápis, esferográfica, ou
gravador de fácil manejo, para registrar imediatamente ao despertar as suas experiências extrafísicas, tanto
as triviais quanto as bizarras, que aconteceram durante a noite. Um detalhe irrelevante agora, pode ser
importantíssimo depois.
Ocorrências. Dentre as ocorrências que você deve se lembrar no registro final da projeção
consciente destacam-se: consulta ao relógio e aos instrumentos por acaso existentes no quarto de dormir;
hora, com minutos, a mais exata possível, do fim da projeção; outros dados que lhe pareçam relevantes
para a análise do seu experimento; suas condições de saúde pessoal; o tempo que você levou para
adormecer na sua opinião; as condições meteorológicas do momento; a hora em que você escreveu o
relato; o uso de seus medicamentos pessoais; qualquer experiência traumática sua antes da projeção
consciente; alguma discussão de que você tenha participado antes da projeção; mudança da sua rotina
diuturna de existência; etc.
Tipos. Dentre os tipos de registro final da projeção consciencial lúcida salientam-se: o registro
imediato; o registro posterior; o manuscrito das lembranças das projeções conscienciais; a gravação das
recordações havidas, o processo mais rápido para as emergências; a datilografia direta do registro, o que
será sempre melhor, quando se puder, com as novas máquinas eletrônicas de datilografia, silenciosas e
com memória que facilita a correção rápida; a digitação direta num computador e o registro num disquete;
a estenografia das rememorações; o relatório minucioso das lembranças; a versão telegráfica ou resumida
da experiência, o que constitui um processo menos recomendável; o ato de permanecerem as recordações
sem registro em razão de contratempo; a superação de impedimento para o registro; etc.
Preconcepções. Há de se evitar nos registros imediatos da projeção consciencial lúcida: as ide'ias
preconcebidas ou idiossincráticas tais como crenças, ceticismos, teorias dogmáticas, influências externas
de qualquer natureza, e outras. Deve-se colocar sempre: os eventos inesperados; os detalhes incomuns; a
vivacidade excepcional de imagens; as aparentes incongruências na seqüência do tempo; as possíveis
anomalias de todo gênero que surgirem nas experiências vivenciadas; etc.
Quantidade. Quanto mais informações detalhadas o experimentador registrar, tanto mais nítido e
acurado será o enfoque sobre os tipos de hábitos que ajudam ou prejudicam o sono natural e a projeção
consciencial lúcida.
Desenhos. Na intensificação dos seus estudos, o projetor consciencial deve extrair o tema
principal de cada projeção consciente e, se preciso, será sempre mais elucidativo esboçar em desenhos
aquilo que se fizer necessário para registrar adequadamente os acontecimentos extra- físicos.
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Bibliografia: Butler (227, p. 74), Grattan-Guinness (626, p. 211), Norvell (1136,
p. 200), Ramp? (1352, p. 72), Reis (1384, p. 91).
360.
DIARIO DO PROJETOR OU PROJETORA
Estilo. O estilo dos registros das lembranças dos experimentos projetivos deve ser de preferência
direto, claro, objetivo, inteligível, organizado, desapaixonado, descontraído, e desengaja- do. Deve
fornecer informes pessoais de forma sintética e ordenada, refletindo a despreocupação de fazer literatura,
numa clareza de exposição fria, sem nenhum circunlóquio de palavras ambíguas ou obscuras; mantendo a
maior libertação possível da excessiva autocensura quanto à forma, usando frases curtas, na primeira
pessoa do singular.
Reportagem. O estilo do diário do projetor há de ser uma reportagem jornalística, mais informativa do que opinativa, onde se usam palavras e expressões as mais apropriadas possíveis, com a
orientação básica de dar a prioridade máxima ao espectador-projetor com o mínimo de atuação do
projetor-protagonista.
Conteúdo. Quanto ao conteúdo, o diário do projetor ou projetora deve trazer: a imagem mais
surpreendente entrevista durante o experimento; a memória abrangente da fase pré-proje- tiva, do período
extrafísico da consciência e da fase pós-projetiva; o mergulho íntimo profundo da personalidade; a
autobiografia de duas vidas ou dois mundos; as descrições subjetivas e objetivas; todos os
acontecimentos, informações, participações, percepções, idéias e sentimentos vividos durante as
experiências; um strip-tease orgânico, psicológico, extrafísico, do corpo humano, do psicossoma, e do
corpo mental completo; etc.
Objetivos. Inclua todo detalhe de que possa se lembrar, sem desprezar nenhum aspecto mínimo,
de criaturas, personalidades, fatos, coisas, objetos, cenários, por mais trivial ou tolo que pareça à primeira
vista, pois nas análises posteriores cada minúcia poderá ter magna importância para o desenvolvimento
das projeções.
Detalhes. Os tomadores de notas humanos têm a tendência de censurar detalhes que parecem
irrelevantes ou errôneos, evitando-os nos registros que fazem. Contudo, no que diz respeito às projeções
conscientes, algumas vezes são exatamente estes mesmos detalhes que irão proporcionar as maiores
evidências posteriores.
Utilidades. Dentre as utilidades do diário do projetor ou projetora destacam-se: acompanhamento do desenvolvimento pessoal nas projeções conscientes; estímulo eficaz à melhoria da
rememoração dos eventos extrafísicos; aprendizagem da difícil tradução — na linguagem do dicionário
— das sensações psicofísicas; evolução da autocrítica do experimentador; profilaxia ou terapêutica
parapsicológica; fecundação da meditação profunda no estado da vigília física ordinária; e a comparação
analítica com outras projeções conscientes pessoais ou de outrem. A melhor e mais esclarecedora obra
escrita sobre projeções conscientes, para o projetor, é o seu próprio diário das projeções.
Revisão. A forma, no caso do diário das projeções conscientes, deve ajudar francamente a
expressão do conteúdo e não obstaculizar a tradução das sensações e dos experimentos extrafísicos da
consciência. Não deve haver preocupação excessiva com a forma escrita no ato de manuscrever as
experiências extrafísicas. Mais tarde — depois que o processo já esfriou — deve-se pensar na revisão
definitiva dos originais. Em resumo: no diário das projeções conscientes, a formulação do conteúdo
científico das idéias, ou seja, os conceitos, deve manter predomínio absoluto sobre a forma artística das
frases, ou seja, o arranjo das palavras.
Marginais. Faça a revisão periódica das anotações do diário das projeções conscientes, lançando
inclusive comentários marginais esclarecedores onde julgar conveniente.
Imediatamente. Comece escrevendo o registro do seu diário das projeções conscientes no
momento exato em que acordar. Não espere até ter tomado o seu café da manhã, lido os jornais, ou
entabulado alguma conversação com alguém na casa, ou base física.
Manual. Ao compor o seu diário, você, na qualidade de projetor, não deve esquecer que escreve
também para ler suas próprias palavras, quando irá analisar o volume tal qual um manual, pois uma
técnica projetiva eficaz utilizada hoje é a da repetição (V. cap. 193), executada através da reprise das
condições psicofísicas e práticas já usadas em projeção consciente anterior. Além disso, não raro, simples
leitura atenta de um trecho de relato projetivo pode desencadear uma projeção consciente logo em
seguida.
Escala. Pela ordem decrescente de valores qualitativos da consciência, durante os experimentos
com lucidez, pode-se classificar as projeções conscienciais numa escala, e que deve ser lembrada na
redação do diário:
360.1. Projeção integral da consciência através do corpo mental ou apenas com um só veículo
de manifestação consciencial.
360.2. Projeção integral da consciência através do psicossoma ou com dois veículos de
manifestação consciencial.
360.3. Projeção integral da consciência através do psicossoma com o duplo etérico ou com três
veículos de manifestação consciencial.
360.4. Projeção parcial da consciência através do psicossoma à distância, ou seja, de modo
muito rápido.
360.5. Projeção parcial da consciência através do corpo mental, ou seja, de modo muito rápido,
por exemplo em certos casos de clarividência viajora.
Viajora. Por aí se observa que a clarividência viajora, embora facultando valiosas evidências
crosta-a-crosta, é a projeção da consciência encarnada mais fraca, ou que apresenta menores
possibilidades de experimentações entre todos os tipos de experiências projetivas.
Primeiro. De acordo com as pesquisas históricas que fiz em toda a literatura projeciológica, o
primeiro diário projetivo conhecido que encontrei foi manuscrito, em latim, por Emanuel Swedenborg,
entre 1745 e 1765, e já trazia o dia, o mês, e o ano de cada anotação curta, quase sempre em tópicos. Em
suas primeiras mil anotações diárias, que vão até 25 de fevereiro de 1748, Swedenborg se refere e analisa
temas extrafísicos os mais diversos, inclusive: amparadores; obsessão; obsessores; parapsicóticos postmortem; projeção assistida; projeções conscientes em série; rememoração pós-projetiva; volitação; etc.
___________________
Bibliografia: Alverga (18, p. 200), Campbell (237, p. 4), Swedenborg (1639, p. 1), Vieira (1762,
p. 36).
361. FICHAS TÉCNICAS DO DIÁRIO DO PROJETOR
Currículo. Somente o diário, ou seja, o curriculum vitae, ou o curso da vida física-extra- física do
projetor consciente permite a checagem e a identificação dos padrões e ciclos que pouco a pouco
caracterizam as fases da existência extrafísica do projetor consciente humano.
Dados. Não devem faltar no relato de cada projeção consciente, no diário do projetor, pelo menos
alguns dados básicos, mínimos, das fichas técnicas que devem iniciar e encerrar o relato contendo: o dia
do mês; o dia da semana; se é feriado; a hora; os minutos; se o dia é atípico; a temperatura ambiental; a
umidade ambiental; as condições do tempo; a posição física do projetor no leito; o estado físico do
projetor; se o projetor estava doente na ocasião; a ordem do sono; o tipo da rememoração pós-projetiva; a
hora e os minutos posteriores à experiência extrafísica; etc.
Aviso. Outros pormenores para a orientação das fichas técnicas julgados importantes podem ser
facilmente colhidos no texto deste livro.
Diários. Por aí se observa que o diário do projetor consciente apresenta características próprias que
o tornam singular, bem distinto dos diários de outras personalidades e com outras finalidades: o diário de
sonhos; o diário de práticas mágicas; o diário literário; o diário íntimo romântico; etc.
___________
Bibliografia; King (846,p. 125), Rampa (1352,p. 72),Vieira(1762,p. 9).
362. CONFIRMAÇÕES POSTERIORES AS PROJEÇÕES CONSCIENTES
Definição. Confirmação projetiva: efeito de confirmar-se, no plano humano, a experiência
extrafísica vivenciada pela consciência encarnada projetada.
Sinonímia: comprovação da projeção consciente; corroboração projetiva; prova objetiva da
projeção; ratificação projetiva.
Ocorrências. Várias ocorrências podem cooperar para a ratificação humana das experiências fora
do corpo humano: coleta de provas; localidade; clima, horário, fuso horário; pessoa; testemunha,
percipiente; condições de saúde; circunstâncias; incidentes simples; incidentes complexos; retalhos de
provas; evidências, coerências, coincidências; indícios gerais, nomes, placas, leituras; ocorrências locais;
impressão do já visto ou dejaísmo; mapas, listas telefônicas, telefonemas; contatos, deslocamentos, etc.
Tipos. As comprovações das ocorrências das projeções conscientes, mesmo com provas objetivas,
são de extrema importância e podem ser voluntárias ou involuntárias, neste caso geralmente inesperadas,
e também podem ser confirmações públicas e autoconfirmações.
Autoconfirmações. As autoconfirmações das experiências da consciência fora do corpo humano,
ou seja, as evidências ou provas definitivas dos eventos vivenciados extrafisicamente pela própria pessoa
são acessíveis e fáceis, acontecendo quase sempre espontaneamente, chegando até' a um nível em que o
projetor não mais se interessa por coligir evidências das suas projeções para si mesmo. Já as confirmações
das experiências da consciência fora do corpo humano para os outros são problemáticas e devem se
estribar, antes de mais nada, na convergência de provas e na universalidade dos testemunhos.
Seqüência. A seqüência cronológica dos acontecimentos no plano humano, entrevistos pela
consciência encarnada projetada, constitui dado básico para as confirmações da projeção consciente.
Imediatas. As confirmações ou checagens feitas imediatamente à projeção consciente, quando
possíveis, embora dramáticas, são mais eficientes e apresentam a possibilidade de coleta mais substancial
de detalhes evidenciadores. Há sempre maiores dificuldades para as confirmações posteriores, não
imediatas, às projeções conscientes.
Crosta-a-crosta. As projeções da consciência através do psicossoma, a ambientes extrafísicos
crosta-a-crosta são confirmadas a partir da congruência dos fusos horários dos lugares ou distritos
humanos, condições do tempo do dia e na hora do experimento, e outros elementos evidenciadores.
Volitação. Eis dois exemplos típicos de confirmações posteriores à projeção consciente, checadas
de modo quase que incontrovertível — no primeiro caso pelo próprio projetor, no segundo caso por
pessoa estranha — em razão das experiências da volitação extrafísica (V. cap. 269).
362.1.
Telhado. O senhor paulistano, ao se sentir voando com lucidez e liberdade fora do
corpo humano, viu curiosa abertura, feita em razão de conserto, no meio do telhado elevado de enorme
igreja na cidade de S. Paulo. Em se despertando fisicamente pela manhã, movido pela curiosidade foi até
até à igreja e, para sua decepção, nada notou por dentro e por fora do templo que pudesse caracterizar
evidências da abertura que pensara ter visto. E esqueceu o fato que atribuiu a mero sonho comum. Dias
depois, no entanto, ao tomar ocasionalmente um avião para uma viagem de negócios e decolar, durante o
dia, do Aeroporto de Congonhas, viu inesperadamente a mesma igreja por cima, com a abertura do
telhado e os sinais característicos de reforma da construção, tal e qual observara durante a sua experiência
consciencial.
362.2. Sapato. Uma paciente internada num grande hospital americano, por ter sofrido uma
parada cardíaca, passou pela ressuscitação clínica. Na manhã seguinte, contou à assistente social que tinha
deixado o seu corpo humano durante o período em que a equipe médica lutava para ressuscitá-la, e vira
um sapato de tênis, que descreveu com detalhes, no parapeito de uma janela, numa determinada ala do
hospital. Com a sua curiosidade despertada, a assistente social imediatamente foi até o local, e achou o
sapato de tênis.
_______________
Bibliografia; Blackmore (147, p. 3), Crookall (343, p. 57), Fox (544, p. 56), Greenhouse (636, p.
39), Monroe (1065, p. 54), Muldoon (1105, p. 40), Prado (1284', p. 11), Steiger (1601, p. 47), Vieira (1762,
p. 58), Webb (1804, p. 80).
363. FATORES NEGATIVOS ÀS CONFIRMAÇÕES POSTERIORES
Realidades. No plano extrafísico cada pensamento ou visualização se torna realidade imediata no
ambiente específico aonde a consciência se manifesta. O plano extrafísico comum e o plano mental são
realidades de per si, diferentes do plano físico e até um plano do outro. Cada plano destes se estrutura
sobre energias que vibram em níveis diversos de freqüência, e níveis de consciência também diferentes.
Leis. Cada plano existencial tem leis próprias que o governam de acordo com as suas características, e que não podem ser transferidas ou aplicadas fora dele, e nem muito menos ajustadas às leis de
outros planos.
Lucidez. A consciência encarnada quando se projeta para fora do corpo humano desfruta de um
percentual de lucidez que varia do extremo inferior, zero, até ao extremo superior, o clímax de iluminação
da consciência cósmica que ultrapassa o mais elevado pique de lucidez possível na vigília física ordinária.
Fatores. Fatores que interferem negativamente para a obtenção de provas objetivas ou confirmações posteriores das vivências da consciência durante a projeção consciente:
363.1. Distinções. Às vezes a consciência quando se projeta não percebe, no momento da saída
do corpo humano e durante as circunstâncias extrafísicas, que está projetada. Outras vezes não consegue
diferenciar com exatidão o plano físico do plano extrafísico, ou mesmo estes dois planos em relação às
próprias formas-pensamentos; ou ainda as emissões telepáticas de encarnados e desencarnados, dentre as
formações e estruturas que visualiza e lhe empolgam as percepções extrafísicas.
363.2. Veículos. Geralmente é mais fácil à consciência encarnada projetada, seja pelo psicossoma ou pelo corpo mental, perceber as estruturas mentais do plano extrafísico, conforme o seu
veículo de manifestação, que lhe parecem mais sólidas nas circunstâncias do que as próprias formas
densas do plano físico, pois, ali, ela não dispõe dos sentidos grosseiros do corpo humano para ver,
entender e discernir, de modo adequado, as estruturas físicas.
363.3. Sensibilidades. Não se pode descartar o fato de que as sensibilidades do encarnado
paranormal são potencializadas e se dilatam, em proporção geométrica, quando ele está projetado
envergando um veículo de manifestação, seja o psicossoma ou o corpo mental, extraordinariamente mais
leve, sutil, o que deslumbra e perturba os não habituados ao seu manejo e uso freqüente.
363.4. Complicações. Tudo tende a se complicar quando a consciência se manifesta pelo
psicossoma denso, lastreado pelas energias do duplo etérico, o que lhe borra a lucidez e lhe intensifica o
sonambulismo; quando faz apenas uma projeção parcial; ou mesmo quando produz tão- somente o
fenômeno da clarividência viajora e não a projeção integral que seria o seu deslocamento por inteiro para
fora do conjunto de veículos coincidentes no corpo humano e na vigília comum.
363.5. Preconceitos. Os condicionamentos humanos e as idéias preconcebidas que o projetor
carrega consigo interferem, sobremaneira, na interpretação correta das vivências extrafísicas. Quem se
projeta há de conservar sempre a mente aberta e receptiva a fatos, formas, figuras, e vidas diferentes,
estranhas e desconhecidas, afastando todos os pensamentos cristalizados sobre alguma coisa antes de
realmente ver ou experimentar, de modo direto, pela projeção, através de suas percepções extrafísicas. Tal
atitude, diga-se de passagem, não é fácil em razão do misoneísmo ou neofobia. A rigor, a projeção
consciente é chave geral, ou salvo-conduto, que faculta à consciência checar tudo o que deseja, por si
mesma, sem intermediários nem interferências, porém isso depende do perfeito desempenho
psicofisiológico de cada um.
363.6. Auto-sofismas. Em muitas ocorrências, os preconceitos, os princípios rigidamente
ortodoxos, e os reflexos condicionados reprimem, subjugam e asfixiam as observações extrafísicas
corretas, a título de aplicar uma falsa racionalidade, lógica, ou ponto de vista humano, adredemen- te
firmado, sobre os fatos. Neste caso, o projetor deve dar prioridade às suas primeiras inpressões, ou
intuições, que costumam ser de modo geral as reais e exatas, e não as demais que se superpõem como se
fossem auto-sofismas, com todos os indícios, aparentemente autênticos, de incontestável realidade.
363.7. Maya. Como se observa, os fatos corriqueiros da ilusão humana, ou maya, sobre a
realidade dos acontecimentos extrafísicos, também perturbam o mecanismo das confirmações posteriores
às projeções conscientes.
363.8. Tradução. Há de se acrescentar ainda a dificuldade natural que a média dos projetores
apresenta para traduzir em palavras as suas emoções, sensações e observações fora do corpo humano em
relatos orais ou por escrito.
363.9. Testemunhas. Outros fatores, na verdade ambivalentes, que interferem tanto pró quanto
contra os desempenhos da consciência fora do corpo humano são: as testemunhas ou co- participantes da
projeção, que podem ser tanto o encarnado, também projetado na mesma oportunidade e no mesmo
ambiente extrafísico, que depois nada se lembra na vigília física ordinária; quanto o encarnado vígil,
paranormal, que consegue captar a presença extrafísica do projetor projetado, fato sempre mais raro.
Experiências. Infere-se dos fatos que somente as experiências repetidas do projetor veterano
podem fornecer os exatos padrões de discernimento para a consciência projetada distinguir, de maneira
acurada, às mensagens telepáticas, ou as intuições sutis de entidades desencarnadas; os pensamentos de
encarnados num determinado momento; a psicosfera das entidades e as formas reais do meio ambiente
extrafísico; e, por fim, as estruturas ou formas mentais em relação à realidade do ambiente físico.
______________
Bibliografia: Greene (635, p. 84), Martin (1002, p. 7), Monroe (1065, p. 50), Vieira (1762, p.
131).
364. ANALISE DAS PERCEPCOES DO PROJETOR
Tipos. Excluindo as influências oníricas, formas-pensamentos, etc., há cinco tipos básicos de
percepções extrafísicas gerais (V. cap. 238), autênticas, puras, da consciência quanto aos ambientes ou
atmosferas aonde se manifesta:
364.1. Percepção consciencial pura do ambiente físico ou humano.
364.2. Percepção consciencial pura do ambiente extrafísico crosta-a-crosta..
364.3. Percepção consciencial pura do ambiente extrafísico propriamente dito.
364.4. Percepção consciencial pura do plano mental.
364.5. Percepção consciencial misturada das formas extrafísicas e físicas, ao mesmo tempo e,
neste caso, de difícil discernimento e interpretação.
Julgamento. É sempre muito problemático analisar e julgar as percepções extrafísicas da
consciência encarnada projetada. Ocorrem muitas percepções extrafísicas errôneas. Nem sempre, contudo,
o que o projetor diz, que na verdade não se ajusta às circunstâncias humanas que ele afirma ter
presenciado, está inteiramente errado. Acontecem muitas vezes interferências das circunstâncias e a
mesclagem da suas percepções conscienciais, o que acarreta a interpretação errônea das visualizações,
quando ele julga físico o que é extrafísico ou vice-versa.
Telepatia. Exemplo da complexidade da análise das percepções da consciência encarnada
projetada: alguém se projeta até o local aonde se acha o amigo encarnado. Ali, ambos se sintonizam um
com o outro, e o visitante capta e recebe as impressões ou as imagens telepáticas dos pensamentos do
visitado, naquela hora, que era telefonar para o escritório onde trabalha, e não o que de fato ele estava
fisicamente fazendo, ou seja, a ação de trocar de roupas. É óbvio que, depois, ao buscar a confirmação
para as vivências da sua projeção consciente, o projetor, que percebera as emissões telepáticas, ou as
imagens exteriorizadas do amigo telefonando para o escritório, se decepciona profundamente, pois os
fatos reais para ele não se encaixam nem coincidem, não podendo assim ocorrer a convergência de provas
que ele procurava.
Mascaramento. No exemplo anterior, a projeção foi autêntica, embora a telepatia despercebida,
ou inconsciente para ambos, haja sufocado ou mascarado as percepções extrafísicas do projetor. Na
verdade ele auscultou na psicosfera da consciência do amigo as formações extrafísicas do ambiente, ou o
plano extrafísico que o seu amigo criou, e não a pessoa dele, seu amigo, dentro do ambiente humano dele.
Ou mais apropriadamente, no caso o projetor visitou, percebeu e auscultou o corpo mental do amigo, e
não o corpo humano desse mesmo amigo. Como se observa, os fatos extrafísicos exigem interpretações de
acordo com o ambiente, ou nível de consciência, aonde se desenvolvem.
Descoincidência. Ao lado de tudo isso, existe o fato de que a consciência do amigo visitado, como
qualquer um de nós, encarnado, quando pensamos ou desejamos fazer alguma coisa muito intensamente,
com forte intenção e vigorosa exteriorização de energia, pode até sair da coincidência, ou seja, separar
ligeiramente os seus corpos de manifestação, de modo inconsciente, sem o perceber, condição que
predispõe ainda mais a sintonia extrafísica, telepática, etc.
Figuras. Outro exemplo passível de confusão: um projetor projetado pode ver três pessoas num
ambiente humano aonde realmente existem apenas dois seres encarnados visíveis na oportunidade. A
terceira individualidade, ou figura desconhecida e detectada pelo projetor, pode não ser criatura humana,
mas simples projeção mental, ou uma entidade desencarnada visitante, seja amigo ou anônimo, ou até
mesmo outro encarnado projetado, sem o corpo humano, que ali apareceu à maneira do próprio projetor.
Disparates. Entre os médiuns e contatados — personagens da Ufologia — tem sido muito comum
a recepção de mensagens ou experiências extrafísicas, sobre a vida num planeta, Vênus, por exemplo, que
mais tarde se constatou, através de posteriores pesquisas espaciais da Astronáutica, ser fisicamente
inabitado, o que acaba, sem dúvida, sendo interpretado corretamente como um disparate. No entanto, em
muitos desses disparates, a recepção mediúnica ou a visualização extrafísica foram autênticas e corretas,
não no que diz respeito ao ambiente da superfície física do planeta em foco, porém quanto às estruturas e
formações do plano extrafísico que o circunvolve, ou melhor, com o qual coexiste.
Desencarnados. Por outro lado também tenho encontrado, até com certa freqüência, quando estou
projetado, entidades desencarnadas que me julgam desencarnado, o que vem demonstrar que os erros
extrafísicos de interpretação são fáceis de serem cometidos também pelos não-huma- nos, pois tudo
depende do padrão ou do crivo das percepções do veículo por onde a consciência, seja ela quem for, se
manifesta naquele momento'.
Ajuste. Cada veículo consciencial leva a consciência a perceber, de fato, corretamente, só aquele
plano de que ele é nativo, autóctone, ou seja, o seu meio ambiente específico, ao qual ele está ajustado
para funcionar de modo adequado, no seu máximo, e não os demais planos coexistentes e interpenetrantes,
atrasados ou evoluídos.
___________
Bibliografia: Blackmore (147, p. 5), Greene (635, p. 85). Vieira (1762, p. 131), Yram (1897, p.
148).
XIII - 0 Projetor e as Projeções
XIII - 0 Projetor e as Projeções
365. TIPOS DE PROJETOR E PROJETORA
Definição. Projetor ou projetora: aquele que produz a projeção da consciência, seja encarnado
ou encarnada que projeta a sua consciência através do psicossoma ou do corpo mental para fora do corpo
humano, de modo acidental, assistido, ou espontâneo, e intencional, deliberado, ou auto- provocado
(autoprojeção), bem como aquele que promove as exteriorizações das energias conscienciais através do
duplo etérico.
Sinonímia: ambulante astral; astralnauta; autoprojetor; desdobrador; encarnado semilivre do
corpo humano; esculca extrafísico; explorador astral; explorador da transcendência; exteriorizador; insone
extrafísico sadio; itinerante astral; médium de desdobramento; médium exteriorizador; operador
consciente da projeção; OBEr; OB-Experimenter; OOBEr; OOB-Experimenter, observador astral;
perscrutador extrafísico; pesquisador astral; pesquisador extrafísico; praticante da projeção consciente;
projecionista; projetante; projetor astral; psiconauta; sensitivo projetista; vagamun- do astral; viajante
espiritual; viajor astral; voador extrafísico (V. cap. 02).
Caracterização. Não seria correto enquadrar os projetores encarnados em esteriótipos, pois
cada ser humano possui características personalíssimas, específicas, resistindo a ser caracterizado. Cada
indivíduo humano é profundamente diferente de outro indivíduo, tanto estruturalmente quanto
bioquimicamente. Por isso, a rigor, não parece mesmo constituir uma orientação científica correta, o ato
de rotular pessoas, microcosmos, ou mentes complexas, elementos de fato impraticáveis para uma
classificação absoluta.
Tipos. Apesar do que ficou escrito, a título de análise elementar, podem ser arrolados alguns
aspectos predominantes nas personalidades dos projetores encarnados que conduzem aos seguintes tipos:
notívago, diumo; principiante, veterano; empírico, técnico; eventual, militante; sazonal ou bissexto;
errante inconsciente ou “penetra”; clarividente, precognitivo, psicômetra; retrocognitivo, telecineta,
telepata, bilocador; auto-obsessor, obsediado, obsessor; astral, mental; médium, comuni- cante,
desobsessor; clandestino; cego de nascimento, míope, daltônico; amputado; projetora-ges- tante; criança,
espírito do feto; tangível (aparição intervivos, bilocação física); exoprojetor; psiconauta ou astralnauta;
etc.
Morte. Através dos experimentos extrafísicos, o projetor consciente aprende pouco a pouco a
morrer em paz, ou seja, poderá atravessar serenamente a transição da morte do corpo humano quando a
sua hora chegar. À vista desse fato, o projetor consciente é o aprendiz da morte. Por outro lado,
cooperando com os amparadores no socorro a quem está passando pelo fenômeno da morte física, ou a
projeção final, o projetor consciente é sem dúvida um assistente da morte.
Catalisador. O projetor-catalisador é aquele que estimula as pessoas a se projetarem
conscientemente para fora do corpo humano, às vezes com a simples presença física ou extrafísica, agindo
energeticamente de modo positivo, ao contrário das criaturas esterilizantes, capazes de inibir os
fenômenos parapsíquicos.
Projetores-históricos. Eis sete projetores eminentes, catalogados pela História Humana, em
tempos passados e neste Século XX: Emily Bronté (1818-1848); George Eliot (nome literário de Mary
Anne Evans: 1819-1880); David Herbert Lawrence (1885-1930); Alfred Tennyson Tennyson (18091892); John Buchan Tweedsmuir (1875-1940); Virginia Woolf (1882-1941); William Words- worth
(1770-1850).
Moral. Os fatos evidenciam que ampla formação cultural, profunda especialização, genialidade,
erudição, e mesmo a projetabilidade — uma faculdade com bases fisiológicas — podem existir de modo
acentuado no indivíduo (homem ou mulher) sem qualquer conotação com a moral cósmica. Uma só
projeção consciente, plena (V. cap. 379), pode instalar a condição da reciclagem en- camatória na
existência do indivíduo (V. cap. 400), mas isso é muito raro. A rigor, uma ou algumas poucas projeções
conscientes apenas nem sempre serão suficientes para renovar uma personalidade humana. Somente as
grandes projeções conscientes repetidas, continuadas, em séries, podem levar a consciência encarnada a se
conscientizar quanto à existência e o alcance da moral cósmica, suas leis e conseqüências (V. cap. 131).
Escritores. Exemplos da observação anterior temos em dois grandes escritores-projetores-históricos, que experimentaram a projeção consciente e ainda assim terminaram os seus dias na Terra, de
527
modo lastimável pelas portas do suicídio, ou da autoeliminação. São eles: Emest Miller Hemin- gway
(1899-1961), Nobel de literatura em 1954; e o escritor internacionalmente conhecido, Ar- thur Koestler
(1905-1983).
Notáveis. Entre os autoprojetores que alcançaram notoriedade por seus experimentos espontâneos e/ou provocados voluntariamente devem ser destacados estes vinte e dois: Sathya Sai Baba (1926); Douglas M. Baker; Hugh G. Callaway (“Oliver Fox”); Dadaji (Chowdhury); Anne-Marie Dinkel;
Reinhard Fischer; Mareei Louis Fohan (“Yram”); Richard A. Greene; Stuart Keith Harary (1953-);
Johannes E. Hohlenberg; Olof Jonsson; Francis Lefebure; John Cunninghan Lilly (1915-); Alfred
Lischka; Robert Allan Monroe; Sylvan Joseph Muldoon; Yvonne do Amaral Pereira (1906- 1984);
Hamilton Prado (1907-1972); D. Scott Rogo (1952-); Ingo Swann; Alexander Tanous (1926-); Vincent
Newton Turvey (1827-1912).
Formações. Importante assinalar o caráter universal e fisiológico do fenômeno da projeção
consciente também evidenciado pelas disparidades de temperamentos, formações culturais, ocupações, e
interesses pessoais dos indivíduos que se dedicaram a produzir e/ou a pesquisar o fenômeno consciencial.
Exemplo disso encontramos nestas mesmas personalidades conhecidas, como artistas: Johannes E.
Hohlenberg, Ingo Swann, etc.; cientistas: paleobotânico Robert Crookall, etc.; espíritas: Sylvan Joseph
Muldoon, Yvonne do Amaral Pereira, etc.; executivos: Robert Allan Monroe, etc.; místicos: Sathya Sai
Baba, Mareei Louis Fohan, etc.; ocultistas: Hugh G. Callaway, Francis Lefebure, etc.; parapsicólogos:
Stuart Keith Harary, D. Scott Rogo, etc.; políticos: Hamilton Prado; afora médiuns (V. cap. 372); etc.
Canhotismo. Nas investigações feitas até hoje não constatei, entre os projetores conscienciais
avançados, incidência maior de.indivíduos canhotos, ou seja, pessoas, que evidenciam a tendência
espontânea de utilizar a mão esquerda, bem como os indivíduos canhotos oculares que manifestam a
tendência de usar apenas o olho esquerdo nos casos de emprego da visão monocular (mira de tiro,
microscópio monocular, etc.). O percentual encontrado de indivíduos com canhotismo ou sinistrismo, em
ambas as formas independentes referidas, é o mesmo da população geral: dez por cento ou uma em cada
grupo de dez pessoas.
Pára-quedista. O projetor-pára-quedista é aquele que deixa o corpo humano inanimado na
poltrona do avião em movimento e sai através do psicossoma para uma projeção consciente. Sem dúvida,
o projetor consciente urbano, no corre-corre diário, é muito mais vulnerável ao recesso projetivo que o
projetor consciente rural, que leva vida mais calma e simples, utilizando uma base física mais sossegada.
___________________________
Bibliografia: Baker (69, p. 14), Butler (228, p. 153), David-Neel (368, p. 46), Granger (620, p.
204),Greene (635, p. 77), Greenhouse (636, p. 13), Guirao (663, p. 127), Hemingway (710, p. 53), Horia
(757, p. 115), Koestler (854, p. 352), Lilly (926, p. 24), Morris (1093, p. 147), Murphet (1109, p.
142),Salley (1496, p. 157), Steiger (1602, p. 153), Vieira (1762, p. 123), Walker (1781, p. 57), Yram
(1896, p. 124).
366. PROJETORES DESLUMBRADOS
Definição. Projetor deslumbrado: aquele que jamais teve autocrítica, ou que perdeu de fato a
autocrítica, na análise das próprias experiências projetivas.
Sinonímia: projetor fanatizado; projetor traumatizado.
Prudência. Toda compulsão ou febre de comunicar as vivências projetivas felizes aos outros
devem ser domadas com prudência, bom senso e critério por você, na qualidade de projetor (ou projetora)
consciente.
Princípios. Temos de reconhecer ser natural e humana a ânsia de compartilhar a alegria, o
entusiasmo, e o clima de elevação espiritual inspirados por certas experiências extrafísicas marcantes.
Contudo, nem sempre a comunicação de tais experimentos aos outros, ou a estranhos, pura e
simplesmente, será produtiva, ou bem sucedida, se não forem obedecidos quatro princípios psicológicos
fundamentais: a pessoa, o horário, o local, e a forma.
366.1. Pessoa. A comunicação deve ser feita à pessoa exata, aquela capaz de entender o assunto
da projeção consciente.
366.2. Horário. A comunicação precisa ser executada no momento oportuno, tanto para o
projetor, mas muito mais para o ouvinte.
366.3. Local. A comunicação exige que seja transmitida em circunstâncias e local propícios ao
seu entendimento.
366.4. Forma. A comunicação só pode ser inteligível com expressões e palavras adequadas,
conforme o nível do ouvinte.
528
Causas. Dentre as causas responsáveis pela existência do deslumbramento de certos projetores
devem ser destacadas: a inexperiência extrafísica; a euforia indomada; a indisciplina mental; e a ausência
franca de autocrítica.
Efeitos. Efeitos principais do deslumbramento que afetam o projetor encarnado: espírito negativo de triunfalismo, comum quando o projetor produz, por si mesmo, experiências extrafísicas
substanciais logo de início, nas primeiras projeções; euforia extrafísica freqüente; traumas extrafí- sicos;
dificuldade para a investigação física-extrafísica dos próprios experimentos; indiferença à análise
conscienciosa posterior aos eventos extrafísicos; sentimento exacerbado de suposta missão espiritual
pessoal; perda da gerência da administração das suas contradições interiores, na qualidade de consciência,
perante as observações humanas e extrafísicas racionais.
Recesso. Os efeitos esterilizantes do deslumbramento projetivo podem conduzir o projetor sem
autocrítica a longos períodos de recesso na prática das projeções conscientes, ou inibi-las de vez,
notadamente as projeções assistidas.
Imaturidade. O que ficou escrito permite examinar os fatos sob outro enfoque. A imaturidade
espiritual ou extrafísica, já responsável pelo aparecimento dos conformistas hipnotizados, dos céticos
irredutíveis, dos sonâmbulos naturais, e dos parapsicóticos post-mortem, apresenta-se também como
patrocinadora principal do deslumbramento projetivo. Para combatê-la nada melhor que a serenidade, o
discernimento e o realismo sincero perante a própria ignorância ante os fenômenos universais.
________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 83).
367. TÉCNICAS DO DESENVOLVIMENTO 00 PROJETOR OU PROJETORA
Paralelos. No ser humano podem coexistir diversas formas de conhecimento. Vale a pena ao
indivíduo desperto, seja o cientista, o filósofo, o religioso, ou a pessoa comum, confrontar as atitudes,
abordagens e linguagens existentes entre duas formas de conhecimento, o científico e o popular, ou seja,
entre a Ciência e o bom senso comum, a fim de escolher a melhor diretriz para observar, explicar e
decidir em qualquer setor da experiência cotidiana. Neste sentido, eis dez paralelos que podem fazer você
pensar:
367.1. Empregos. Os indivíduos empregam o conhecimento popular, familiar-, ou o senso
comum de modo espontâneo. No campo da Ciência as diretrizes são empregadas de modo trabalhado,
somente depois dos esforços das hipóteses de pesquisa quanto ao fato sob análise e do estabelecimento de
conceitos básicos.
367.2. Aquisições. O senso comum baseia-se na intuição simples, pouco pensada, informação
íntima não sistematizada. A Ciência imprime rigor nos métodos, — indutivo, dedutivo, redutivo,
observacional, experimental, estatístico, comparativo, etc., — para a aquisição de informações,
oferecendo explicações plausíveis, submetidas à verificação.
367.3. Abordagens. O senso comum usa fontes de informação que não são confiáveis pois
partem estritamente do ego, ou de informações íntimas, o conteúdo equânime. A Ciência, que jamais é
particular, afasta as distorções pessoais ao máximo, enfocando as abordagens dentro da neutralidade do
universalismo ou da interdisciplinaridade.
367.4. Objetivos. O senso comum apóia-se na lembrança de suposições e de experiências
pessoais, que em geral não foram suficientemente refletidas para serem reduzidas a uma formulação
geral, e, no entanto, com isso tenta atingir um conhecimento que se pretende universal. A Ciência
persegue objetivos que conduzem a um corpo integrado e internamente coerente de conhecimentos.
367.5. Aberturas. Como se sabe, em geral os seres humanos tendem a buscar apoio para as
crenças que já têm e não consideram, ou ignoram, os dados negativos. O conhecimento científico mantém
o observador com o espírito crítico, o mais aberto possível, a fim de evitar as preconcepções em seus
enfoques e análises que sempre esperam refutações.
367.6. Procedimentos. O senso comum acata as palavras de alguém considerado como autoridade segundo o critério do próprio indivíduo observador. O conhecimento científico, estruturado na
base de informações classificadas, usa procedimentos de observação e experimentação sistemáticas à
vista de todos.
367.7. Formalizações. O senso comum é caracteristicamente informal, quase sempre simplista.
O conhecimento científico, objetivo, se baseia nas diretrizes formais da lógica pura para avaliar as
evidências encontradas com tratamento diferenciado.
367.8. Diretrizes. O senso comum proporciona diretrizes imprecisas, nem sempre sadias,
especialmente na avaliação de questões complexas. A Ciência cria técnicas bem raciocinadas para ve-
529
rificar seus princípios através de programas de pesquisa os quais se procura seguir se possível em
experimentos de laboratório.
367.9. Acumulações. Os princípios do senso comum tendem a acumular-se desordenadamente e
fora do alcance e controle da autocrítica do observador. A Ciência aplica um processo de acumulação
seletivo, e em todas as suas perquirições, imprime disciplinas, faz questionamentos e apresenta teorias, —
sempre em perpétua mutação, — que se não são verificáveis podem ser corroboradas.
367.10. Racionalidade. O conhecimento popular, por mais positivo, apresenta sempre suas
fraquezas por ser autodidata, às vezes emocional, quase instintivo freqüentemente. O conhecimento
científico, por ser racional e fundamentar-se em provas, mesmo falível, porque não é definitivo, absoluto
ou final, permite errar menos ou acertar mais.
Conclusão. Não se pode negar a existência de um grão de verdade advinda sempre do bom
senso comum ou das preocupações práticas da existência cotidiana. Contudo, a Ciência, sem dúvida,
constitui a última palavra na abordagem inteligente de qualquer questão, fenómeno, ou proble- ma do ser
humano. Daí porque a produção das projeções conscienciais lúcidas costumam se desenvolver melhor 'e
evoluem mais rapidamente quando submetidas à luz das pesquisas científicas da Projeciologia, a Ciência
da Projeção Astral.
Ações. A natureza das ações conscienciais difere quando a consciência assenta suas bases ou
atributos conscienciais predominantemente no psicossoma ou no corpo mental para dirigir a sua
existência. Das bases do psicossoma pode-se esperar: animalidade, emocionalismo, precipitação, indisciplina, romantismo, arte, paixão, forma, superficialidade, simplismo, ou seja, imaturidade extrafísica. Das bases do corpo mental pode-se esperar: espiritualidade, racionalidade, ponderação,
disciplina, ciência, universalismo, conteúdo, profundidade, erudição, em síntese, maturidade extra- física.
Evolução. Todos nós, humanos, somos projetores conscientes natos, mas nem todos somos
projetores conscientes natos evoluídos. Para isso toma-se necessário pagar de bom grado elevado preço
em tempo, energia, esforço, treinamento, e perseverança em nosso desenvolvimento projetivo.
Continuação. Uma projeção consciente pode induzir mudanças em você, na condição de
projetor militante, que lhe permitem ter outras projeções mais facilmente. Tendo começado a produzir a
projeção consciente, você pode repeti-la a cada noite. Depois que você aprendeu como se projetar, nada
mais poderá impedi-lo de continuar praticando a projeção consciente.
Receita. A receita ideal para você, projetor ou projetora conscientes, é desenvolver ao máximo,
com perseverança, os seus talentos projetivos, sejam quais forem as técnicas positivas empregadas e ir ao
encontro dos desafios nos planos extrafísicos, sem nenhum temor nem esmorecimento.
Crescendos. Surgem crescendos fenomênicos dentro da fenomenologia da Projeciologia. Por
exemplo, a aura projetiva pode evoluir para a clarividência viajora, esta para a projeção consciente
completa, e esta, finalmente, para a descoincidência vígil positiva. Eis aí quatro fenômenos distintos, bem
caracterizados, que se manifestam num desenvolvimento ou revezamento naturais. Obviamente os
fenômenos não permanecem fixos em suas manifestações, nem obedecem a ordenações sistemáticas
teóricas.
Desempenhos. No desenvolvimento projetivo, você, na condição de projetor, há de procurar:
aumentar ou diminuir a densidade do seu psicossoma conforme as necessidades ambientais; aprofundar a
sensação de estar situado como consciência dentro de um corpo sutil; dilatar a lucidez durante o
desprendimento a um grau superior à consciência vígil ordinária no corpo humano; aprender a neutralizar
a força de atração do cordão de prata; projetar-se a longa distância da base física; projetar-se em
excursões de longa duração; rememorar os sucessos extrafísicos integralmente com lembranças mais
nítidas do que as recordações dos fatos da vida material; manter atividade polimorfa e coerente durante
um tempo dilatado numa só projeção consciente; superar a fase difícil entre o estado vibracional e a
decolagem integral consciente; aperfeiçoar as técnicas possíveis para produzir a projeção quando
acordado e em movimento físico; saber como adquirir conhecimento de indiscutível valor espiritual de
inteligências desencarnadas durante o período extrafísico; promover, por si só, várias projeções
consecutivas, numa sessão apenas, de dia ou de noite; examinar o próprio corpo humano e o próprio
psicossoma, simultaneamente, destacados do estado da coincidência; desenvolver as percepções do
psicossoma a fim de receber as ondas mentais dos planos extrafísicos evoluídos em todas as
oportunidades necessárias; saber decompor as substâncias grosseiras do psicossoma, purificando-o para
vôos mais elevados aos planos sutis da consciência; etc.
Burilamento. Além do que foi relacionado, você, projetor ou projetora, há de burilar a organização do psicossoma com estas providências: evitar as exibições de fragmentos isolados; afastar os
contornos incoerentes e os traços indefinidos; manter-se bem conformado de acordo com a plástica
antropomórfica ou a forma humanóide de contornos nítidos; funcionar em condições produtivas, de
modo independente e desenvolto, fora do corpo humano, com figura luminosa e sutil.
Coroamento. Como coroamento de seus esforços, você deve aperfeiçoar, pouco a pouco, as
técnicas pessoais da projeção consciente de tal modo que possa aguardar, com certeza e sem fantasia —
530
por objetivo prático e último da encarnação — a colaboração consciente efetiva no próprio processo da
passagem da morte biológica ou projeção final.
Meta. Passar através das paredes físicas, enxergar com acuidade profunda além dos olhos
físicos, visitar os amigos sem usar o corpo humano, volitar extrafísica e livremente no espaço devassado,
apenas pelo prazer de gozar esse estado extraordinário de libertação temporária, não representa tudo nem
deve ser tão-somente isso que você, projetor consciente, almeja ou aspira. O aprendizado através do
exercício da assistência extrafísica não pode ser esquecido por você, na condição de meta maior de todo
dia para a inteligência ávida de conhecimentos, no caminho da evolução, não perdendo de vista a
conquista de novos estágios dentro da escala progressiva das projeções da consciência, inclusive a
projeção mental ampla.
__________
Bibliografia: Frost (560, p. 67), Vieira (1762, p. 141).
368. RECESSO PROJETIVO
Definição. Recesso projetivo: fase existencial da consciência encarnada caracterizada pela
cessação espontânea — temporária quase sempre — das experiências projetivas conscientes, dentro de
uma seqüência de experimentos lúcidos intensivos.
Sinonímia: bloqueio da projetabilidade; cessação espontânea das projeções; estado antitran- se
projetivo; fase declinante de projetabilidade; férias projetivas; intermitências da projetabilidade; período
de baixa produção projetiva; suspensão da projetabilidade.
Similitudes. Assim como existem cinco categorias de ocorrências afins ou símiles, conhecidas
como: a ausência de percepção extra-sensorial e efeitos paranormais físicos, efeito reverso, ou psimissing; atuação de fatores de perturbação sobre os fenômenos paranormais de efeitos físicos, tais por
exemplo a luz direta ou o olhar do próprio observador-pesquisador; a influência da pessoa esterilizante,
sensitivo ao avesso, ou psi-bloqueador, que impede a produção do fenômeno para- normal de efeitos
físicos com a sua presença física; o surgimento da condição chamada prancheta morta devido à
incompatibilidade de vibrações, energias ou poderes no grupo de pesquisas paranormais; e a suspensão
temporária ou definitiva, o declínio, e a extinção de variados gêneros de mediunidade; ocorrem também
os períodos de recesso na prática ou na produção das experiências de projeções conscientes humanas.
Energia. As seis categorias de ocorrências similares, referidas acima, têm o mesmo denominador comum: a alteração qualitativa e/ou quantitativa de energia consciencial (V. cap. 246) do cultor dos
fenômenos anímico-mediúnicos, incluindo aí a experiência da projeção consciente.
Causas. Podem ser arroladas entre as causas obscuras do surgimento do recesso na prática das
projeções conscientes diversos outros fatores importantes: processo patrocinado pelos ampara- dores a
fim de evitar a condição de alienação física do projetor encarnado; intercorrência de doença; causas
tóxicas (drogas, alimento, etc.); mudança de domicilio ou base física; trauma psicológico do praticante;
fim da condição de soltura do duplo etérico com o reatamento dos seus liames energéticos; bloqueio
mental de causa indeterminada; uso de medicamentos necessários e corretamente administrados;
acidentes físicos; alterações de horários e ocupações humanas do projetor consciente; predomínio da
indisciplina nos hábitos pessoais da consciência encarnada; má utilização das experiências das projeções
conscientes do ponto de vista da moral cósmica, ou seja, sem os valores éticos indispensáveis;
intervenção de amparadores devido a razões justificáveis, mas desconhecidas pelo projetor; pressão mal
suportada dos problemas da vida material sobre o praticante; e outras mais.
Swedenborg. Relativamente a essa condição que hoje denomino recesso projetivo, que se
instala após uma série intensa de projeções conscientes assistidas (V. cap. 187), vale a pena ler todo o
item 1166, do Diarii Spiritualis, de Emanuel Swedenborg — o precursor da fenomenologia projeciológica -, ou seja, o pioneiro da Projeciologia, redigido em latim, a linguagem universal de sua época,
há mais de dois séculos, ou exatamente, no dia 4 de março de 1748 (5 Vol.: Partis Primae; Volumen
Primum; XIV+450 p.; 21,5 cm.; enc.; William Newbery; Londini; 1844; p. 331).
--- TEXTO ORIGINAL EM LATIM OMITIDO NA DIGITALIZAÇÃO ---“Durante quase três anos, isto é, por 33 meses, tenho permanecido ultimamente num tal estado
de espírito, que a minha consciência, que esteve afastada das coisas humanas, pôde estar nas sociedades
de seres espirituais e celestiais, e no entanto permaneci como se fosse qualquer outro homem, na
companhia dos homens, sem qualquer diferença, e isto fez com que os próprios espíritos se admirassem.
Apesar disso, quando tive que me ocupar detidamente, no pensamento, com assuntos mundanos — como
quando tive que me deter em assuntos relativos a despesas necessárias, e quando hoje tive que escrever
531
uma carta — de modo que mantive minha mente durante algum tempo ocupada com tais assuntos, caí
então num estado, digamos, corpóreo, de modo que os espíritos não puderam comunicar-se comigo. Eles
me disseram, então, que tinham se mantido como ausentes, quase da mesma forma como antes tinha
sucedido. Daí posso deduzir que os espíritos não podem falar com uma pessoa que esteja excessivamente
devotada a preocupações humanas e materiais, pois os cuidados corporais podem puxar, em comparação,
as idéias da mente, e imergi-las nos assuntos corporais” (V. cap. 03).
Efeitos.. A falta ou ausência dos exercícios das projeções conscientes é perfeitamente sentida
pela consciência encarnada habituada às experiências. Eis alguns efeitos conscienciais advindos de um
período bem definido de recesso projetivo, ocorrido após uma série seqüencial de projeções conscientes
intensivas: sensação de perda de valores existenciais importantes; sensação como se uma fonte de
extremo significado tivesse secado; sensação de a consciência permanecer à margem da vida real, por
fora das coisas essenciais; sensação de se viver em subnível do rendimento vital da própria consciência;
sensação de se estar num ponto-morto ante a marcha da vida e do universo que prossegue ininterrupta.
Tipos. Na prática, o recesso projetivo pode ser classificado em dois tipos: o recesso absoluto e
o recesso relativo.
368.1. Absoluto. O recesso das projeções é absoluto quando o projetor permanece uma
temporada sem usufruir a condição da autoconscientização extrafísica e, obviamente, sem ter rememoração. de vivências extrafísicas no estado da vigília física ordinária.
368.2. Relativo. O recesso das projeções conscientes é relativo quando o projetor, intuitivamente, sabe que prossegue desfrutando de lucidez quando projetado fora do corpo humano, no entanto
não apresenta qualquer rememoração posterior aos eventos extrafísicos.
Cessação. Além do exposto, o recesso projetivo, seja nas práticas das projeções conscientes
voluntárias ou involuntárias, geralmente representa interregno passageiro, que cessa com a causa que o
produziu, porém, mais raramente, pode marcar a cessação permanente ou definitiva das experiências
projetivas.
Amparadores. O recesso projetivo permanente, em certos casos, evidencia de maneira clara
que as projeções conscientes experimentadas pela consciência encarnada foram produzidas exclusivamente sob o patrocínio dos amparadores, ou seja, constituíram projeções assistidas, mesmo quando este
fato seja ignorado pelo próprio projetor. Neste caso, depois que os amparadores não encontram mais
razões plausíveis, ou justificáveis, para ajudá-lo a se projetar, as experiências cessam definitivamente.
Isso ocorre com freqüência com os ex-intemos das instituições totais restritivas (V. cap. 425), em
particular ex-prisioneiros ex-projetores, ou presidiários libertados.
Parafisiologia. Parece que certos períodos esporádicos de recesso projetivo são parafisiológicos tendo em vista os veículos de manifestação da consciência encarnada. Assim como ocorre o fato da
fixação física, através de um fixador psicofisiológico (V. cap. 443), ocorre também certo re- freamento
das manifestações da consciência projetada, ou seja, um recesso, ou diminuição de suas atividades fora
do corpo humano, a favor da preservação deste mesmo corpo humano e da priorida- dade da vida física
do próprio projetor sobre a vida extrafísica, no momento.
Exemplo. O recesso duradouro característico das projeções conscientes acontece com os
projetores jovens, que atravessam a adolescência e chegam, por exemplo, aos 25 anos de idade experimentando projeções espontâneas intensamente. Depois disso — em razão de alterações vitais na
existência humana, em particular o desinteresse pelas questões extrafísicas — jamais voltam a experimentá-las.
Superação. Para o projetor superar o período de recesso nos experimentos conscientes, há de
manter, como prevenção, certa uniformidade em seus hábitos. Se o recesso já se instalou, deve procurar,
com autocrítica, sem febricitação nem angústia, como solução, identificar a causa real do recesso a fim
de combatê-la.
Fatos. Baseado em dois fatos: primeiro, a consciência encarnada se projeta, toda noite, ao
dormir, de algum modo, embora não desfrutando de plena lucidez nem da rememoração dos eventos
extrafísicos; segundo, a condição de projetabilidade constitui, antes de tudo, atributo anímico da
consciência, natural e fisiológico na vida humana e, como tal, depende exclusivamente dela, e de
ninguém mais; assim também será o ato de recobrar a projetabilidade ou de melhorar o seu desempenho
projetivo. À vista dos fatos, pode-se, pois, afirmar com certeza: todo recesso na prática das projeções
conscientes será sempre superado se a consciência encarnada realmente o desejar e se se motivar
suficientemente para produzir novas projeções conscientes.
Portais. Conclusão racional: uma vez abertos os portais dos planos extrafísicos, eles jamais se
apresentam completamente fechados à consciência encarnada que os abriu.
________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 95), Grosso (650, p. 186), Kardec (825, p. 250), Mitchell
(1059, p. 2), Monroe (1065, p. 204), Schiff (1515, p. 120), Steiger (1601, p. 202), Swedenborg
(1639, p. 313).
532
369.
QUESTIONÁRIO PROJETIVO
Definição. Questionário projetivo: série de perguntas selecionadas com a finalidade de
estabelecer o perfil das projeções conscientes, ou das experiências conscienciais fora do corpo humano.
Sinonímia: listagem de questões para análises estatísticas; questionário multi-escalar para
projetor; relação de perguntas sobre Projeciologia.
Questões. Este capítulo enfeixa uma relação numerada de 200 perguntas-padrões, itens simples
e complexos suscitados pelas experiências conscienciais fora do corpo humano e que procuram respostas
decisivas, prestando-se a pesquisas em favor do aperfeiçoamento dos métodos projeciológicos.
Estatísticas. Estas questões podem e devem ser respondidas por você, seja você projetor
consciente principiante ou veterano, homem ou mulher, jovem ou idoso. Por criteriosas razões
estatísticas, mantenha suas respostas informativas e concisas, afim de serem as mesmas comparadas com
as respostas de outros projetores conscientes.
Respostas. Muitas respostas às questões gerais sobre o fenômeno da projeção consciente
humana podem ser encontradas no texto deste livro. Evite basear suas respostas naquilo que você lê aqui
ou em outros volumes. Vale friaar que no campo de qualquer Ciência, em progressão contínua, quanto
maior for o número de respostas alcançadas, maior será também o número de novas questões suscitadas.
Utilidades. O ato de responder ao questionário projetivo é sempre útil ao praticante das projeções conscienciais que pode auto-analisar-se, compreender melhor os fenômenos conscienciais e
expressar-se mais corretamente quanto às sensações e aos eventos que presencia ou vivência extrafisicamente. Também toma-se útil aos estudiosos em geral que conseguem, com tais respostas, coletar
testemunhos, estabelecer convergências de evidências, e conceber métodos gerais em favor do
desenvolvimento da Projeciologia, como tem sido feito com as pesquisas estatísticas de opinião pública
(V. cap. 454).
Franqueza. O leitor deve dar respostas francas às perguntas que considere pertinentes às
questões de suas experiências projetivas pessoais, lembrando-se de que as suas observações serão
aproveitadas em benefício da humanidade e em prol do progresso da Ciência.
Introdução:
1. As ocorrências da projeção consciente lhe chegaram de surpresa ou se inteirou delas através de outras pessoas?
2. Leu livros sobre o fenômeno da projeção consciente antes de ter as experiências? Quais?
3. Existem motivações especiais para você se projetar conscientemente?
4. Onde, quando, e como se projeta conscientemente? Sempre que deseja?
5. Você é grande dormidor ou pequeno dormidor? Desde quando?
6. Pode dar duas razões pelas quais você saiba que esteve projetado?
7. O estado de meditação e/ou a concentração mental o ajudaram a se projetar conscientemente?
8. Recebe ajuda para se projetar conscientemente? Se em dúvida, responda “não”.
9. Qual o melhor método para se projetar conscientemente? Explique.
10. Como foi a sua primeira projeção consciente?
Fenomenologia:
11. Você produz projeções conscientes puras, impuras, ou ambas? (V. cap. 155).
12. Existe para você o estado vibracional?
13. Admite a exteriorização e a interiorização imperfeitas da consciência encarnada quando
projetada?
14. Experimentou uma decolagem marcante através do psicossoma?
15. Experimentou uma interiorização marcante através do psicossoma?
16. Qual a sua experiênda de projeção consciente mais prolongada? Descreva.
17. Qual a sua experiência de projeção consciente mais importante?
18. Já sofreu repercussão física?
19. Já sentiu a condição da catalepsia física?
20. Atravessou seres humanos ao transitar, extrafisicamente, sem o corpo humano?
Xenofrenia:
21. Como distingue a alucinação da projeção consciente?
22. Como distingue o devaneio, o sonho e as visões da projeção consciente?
23. Já sonhou com a projeção consciente?
24. Teve conscientização de estar sonhando durante o desenrolar de um sonho? E daí?
25. Quais as diferenças entre o sonho e as formas-pensamentos?
26. Produziu projeção consciente iniciada na vigília física?
27. Produziu projeção consciente através do estado hipnagógico?
533
28. Produziu projeção consciente através de sonho? Como?
29. Quais as diferenças existentes entre o sonambulismo extrafísico e a projeção consciente?
30. O processo de aquisição de informação através da projeção consciente é igual ao da telepatia ou da clarividência?
Fisiologia humana:
31. Há uma constituição física propensa à projeção consciente?
32. Você nasceu de parto natural, parto complicado ou operação cesariana?
33. Você tem irmã ou irmão gêmeo univitelino?
34. Qual a sua freqüência cardíaca?
35. É portador de enfermidade crônica? Qual?
36. Você já se submeteu à anestesia geral? Por quê?
37. Como atua o clorofórmio da anestesia médico-odontológica na projeção consciente?
38. O sexo da criatura encarnada influi na projeção consciente?
39. Vê relação entre o bulbo cerebral e a decolagem? Por quê?
40. O espirro pode provocar a descoincidência da mão ou do braço extrafísicos do encarnado?
Por quê?
Coadjuvantes:
41. Dispõe de coadjuvantes confiáveis para a produção da projeção consciente? Quais?
42. O que influi mais na projeção consciente? Por quê?
43. A altitude elevada da base física facilita a projeção consciente? Por quê?
44. O peso físico corporal interfere na projeção consciente? Por quê?
45. Uma dieta alimentar adequada predispõe a projeção consciente? Por quê?
46. A respiração influi na projeção consciente?
47. A infância e a idade avançada predispõem ou impedem a projeção consciente?
48. A exteriorização de energias pode ser coadjuvante das projeções conscientes? Como?
49. Os músculos mastigadores participam do processo da projeção consciente?
50. Os músculos cranianos atuam na projeção consciente?
Soma:
51. Observou seu corpo humano quando projetado?
52. Enxergou o interior do corpo humano quando fora dele? Por quê?
53. Tocou no corpo humano estando fora dele? Onde?
54. Até que ponto pode haver toque e movimento por outrem, no corpo humano inanimado,
sem provocar a interiorização do psicossoma? Por quê?
55. Qual o movimento máximo possível ao corpo humano inativo durante a projeção prolongada da consciência à distância?
56. Viu o corpo humano com o corpo extrafísico dentro?
57. O corpo humano perde peso com a exteriorização do psicossoma na projeção? Sempre?
58. Você já se projetou com o corpo humano permanecendo de pé?
59. Você já se projetou com o corpo humano em movimento? Como?
60. Ouviu sons ao sair ou entrar no corpo humano?
Cordão de prata:
61. Viu o cordão de prata estendido longe do corpo humano?
62. O tamanho, formato, potência e atuação do cordão de prata variam conforme o projetor e a
projeção?
63. O volume do cordão de prata contraído é maior do que estendido? Por quê?
64. Que fatores influem no aumento do perímetro de atuação vigorosa do cordão de prata?
65. Onde ficam as sedes de conexão do cordão de prata no corpo humano?
66. Admite a possibilidade de torção ou nó no cordão de prata? Por quê?
67. Há relação entre o córtex cerebral e o cordão de prata? Como?
68. Como imagina a condição do cordão de prata durante uma psicocirurgia, laparotomia, ou
toracotomia?
69. O que impede os desencarnados enfermos de romperem o cordão de prata do encarnado
projetado durante a desobsessão extrafísica?
70. O recém-desencamado fica com o coto ou o umbigo correspondente à ruptura do cordão de
prata?
Psicossoma:
71. O que constitui o duplo etérico?
72. O duplo etérico atua na repercussão física?
73. Há relação entre o cordão de prata e o duplo etérico?
74. Qual a natureza exata do psicossoma?
534
75. As decolagens e interiorizações imperfeitas acarretam conseqüências para o corpo humano
e o psicossoma? Por quê?
76. Quais as conseqüências da projeção da consciência pelo psicossoma de dentro de carro,
trem, avião, ou com o corpo humano num veículo em movimento?
77. É possível a interpenetração dos psicossomas, de dois projetores, estando ambos com
densidades iguais, fora do corpo humano? Por quê?
78. A densidade do psicossoma fora do corpo humano influi na qualidade da rememoração?
Por quê?
79. Os raios solares, ultravioletas, infravermelhos e outros influem sobre o psicossoma
quando este está mais denso fora do corpo humano?
80. É possível moldar o psicossoma projetado para formas agigantadas, um dirigível por
exemplo? Por quê?
Corpo mental:
81. Você já visitou ambiente extrafísico estando sem forma? Como?
82. Já se viu de corpo mental? Como?
83. As emoções desaparecem completamente no corpo mental?
84. A densidade do corpo mental varia conforme o ambiente extrafísico?
85. Há diferenças entre as energias transmitidas pela consciência quando no corpo humano,
projetada pelo psicossoma, ou projetada pelo corpo mental?
86. Como distingue as condições de estar apenas de corpo mental da condição de corporificação parcial fora do corpo humano?
87. A consciência só vai a outro sistema solar de corpo mental? Por quê?
88. Há diferenças entre o encarnado projetado em corpo mental e o desencarnado projetado?
89. Quais as conseqüências práticas da existência do corpo mental?
90. Existe similitude entre o cordão de ouro e o controle remoto? Por quê?
Projeções conscientes:
91. Teve projeção consciente instantânea?
92. Já se projetou, de repente, sem intenção?
93. Teve projeções conscientes consecutivas?
94. Já se projetou diversas vezes num dia? E daí?
95. Qual o mais intenso período de projeções em série que experimentou? Onde? Quando?
96. Teve projeções conscientes recorrentes?
97. Já se projetou deixando as pálpebras descerradas?
98. Já se projetou durante tempestade? E daí?
99. Já se projetou dentro de veículo? Qual?
100. Teve experiências com crianças fora do corpo humano?
Pesquisas:
101. Teve experiência marcante com as formas-pensamentos?
102. Fez experimentos técnicos com as projeções conscientes? Quais?
103. Você já visitou cidade extrafísica?
104. Esteve projetado noutro planeta?
105. Você moveu algum objeto físico quando projetado? O quê?
106. Experimentou alguma ocorrência extrafísica pitoresca?
107. Como encara a sexualidade fora do corpo humano?
108. Teve experiência interpretada como sexual fora do corpo humano?
109. Como aquilata o seu grau de consciência fora do corpo humano?
110. A projeção consciente pode curar determinadas enfermidades? Por quê?
Translocação extrafísica:
111. Como se orienta fora do corpo humano? Sempre?
112. Que tem a dizer sobre a volitação?
113. Como funciona a volitação?
114.. Há relação entre a respiração humana e a volitação? Por quê?
115. Há diferenças entre a volitação individual, ou auto volitação, e em grupo? Por quê?
116. Encontrou correntes de força fora do corpo humano?
535
117. Como distingue a corrente de força extrafísica da volitação?
118. Como se comportam os projetores experientes em projeções conjuntas?
119. Viu, fora do corpo humano, dupla de entidades com as auras acopladas?
120. Viu, fora do corpo humano, alguma falange espiritual?
Fisiologia para-humana:
121. Quando projetado, vê-se nu ou vestido? Sempre?
122. Percebeu diferença no seu peso fora do corpo humano?
123. Percebeu fosforescência na sua forma extrafísica?
124. Como concebe a natureza do corpo extrafísico?
125. Você já viu centro de força na forma extrafísica?
126. Já se viu parcialmente exteriorizado? Como?
127. Já se mirou num espelho quando projetado?
128. Você já viu sua sombra, sob o Sol, fora do corpo humano?
129. Qual o maior trauma extrafísico ? Por quê?
130. Que eventos extrafísicos mais se repetem nas projeções conscientes? Por
quê?
Encontros extrafísicos:
131. Você já encontrou amigo projetado consciente?
132. Você já encontrou no plano extrafísico algum recém-desencarnado?
133. Você já viu artefato extrafísico exótico? O quê?
134. Já sofreu susto fora do corpo humano?
135. Qual a maior emoção que você já sentiu numa projeção consciente?
136. Alguém julgou você morto estando fora do corpo humano?
137. Já aprendeu lições no plano extrafísico? Quais?
138. Como distingue, fora do corpo humano, o encarnado do desencarnado?
139. Já descobriu alguma inabilidade pessoal inesperada fora do corpo humano?
140. Identificou algum desempenho pessoal surpreendente fora do corpo humano?
Atividades extrafísicas:
141. Você já foi vítima ou testemunha de abdução ou seqüestro extrafísico?
142. Você já participou de resgate extrafísico de encarnado ou desencarnado?
143. Há meios práticos de penetração nos ambientes extrafísicos evoluídos? Quais?
144. Visitou, durante a projeção consciente, área militar de acesso proibido a estranhos?
O que viu?
145. Visitou capela mortuária de cemitério durante a projeção consciente? E daí?
146. Visitou abatedouro de animais em funcionamento durante a projeção consciente? E
daí?
147. Você já ajudou a alguém através da projeção consciente?
148. Você conta com alguma companhia extrafísica ao se projetar?
149. Quais as diferenças existentes entre as formas-pensamentos e as imagens extrafísicas
reais?
150. Você encontrou neste livro confirmação para experiências extrafísicas suas? Quais?
Obstáculos à projeção:
151. Você reconhece ter sofrido influência obsessiva alguma vez? Onde? Quando? Como?
152. Você já serviu de isca extrafísica? Como?
153. Você já experimentou confrontação com entidades extrafísicas? E daí?
154. Quais as limitações da projeção consciente?
155. Existem fatores prejudiciais à projeção consciente?
156. Qual o maior obstáculo à projeção consciente? Por quê?
157. Há perigos na prática da projeção consciente?
158. A projeção consciente já lhe provocou alienação quanto à vida física?
159. Existe ser humano que não possa se projetar conscientemente? Por quê?
160. Reparou incongruências nos fatos extrafísicos? Por quê?
Personalidades:
161. Viu, estando projetado, uma gestante na vigília física ordinária?
162. De que modo a projetora-gestante procede com o espírito do feto durante a projeção dela
ou deles? Sempre?
163. Os jovens, ainda em crescimento físico, podem se projetar com freqüência? Por quê?
164. Você conhece cego de nascimento que seja projetor consciente?
165. Você conhece ex-presidiário projetor?
166. Você conhece algum tripulante de aviões intercontinentais que seja projetor?
167. Você conhece projetor consciente que tenha pema amputada?
536
168. Você já conheceu alguém que se projetou quando tinha alguma parte do corpo humano
engessada?
169. Você conhece algum projetor daltônico?
170. Você já viu animais fora do corpo físico? Quais?
Paranormalidade:
171. Você vê algum fator psi nas projeções conscientes? Qual?
172. A projeção consciente lhe ajuda a exercer e a desenvolver a paranormalidade? Qual gênero?
173. Como você distingue o animismo da mediunidade?
174. Você já exerceu mediunidade fora do corpo humano? Qual?
175. Você já se comunicou por médium encarnado? Como?
176. Os técnicos extrafísicos conservam e acumulam a energia que extraem? Por quê?
177. Você já percebeu algum benfeitor extrafísico obstando a sua projeção? Por quê?
178. Você vê semelhanças entre os mutantes da ficção científica e entidades extrafísicas?
179. A projeção consciente convenceu você sobre a sobrevivência do ego ou consciência após
a morte biológica?
180. Você era cético a respeito da sobrevivência do ego antes de experimentar a projeção
consciente?
Rememoração pós-projetiva:
181. Você já examinou acuradamente algum fenômeno extrafísico? Qual? (Seja tão pormenorizado quanto possível.)
182. Qual o melhor ambiente, distrito, ou situação extrafísica de que você se recorda?
183. Você já teve projeção consciente do início ao fim da experiência sem blecaute?
184. Os eventos extrafísicos com você se desenvolvem com naturalidade, rapidamente, ou em
slow motion? Por quê?
185. Você já teve experiência marcante com o tempo cronológico fora do corpo humano?
186. Você já teve projeções conscientes relativas ao passado?
187. Você já teve projeções conscientes relativas ao futuro?
188. Como é a sua lembrança das ocorrências das projeções?
189. Você possui técnica própria de rememoração das projeções? Como?
190. Você mantém diário das projeções conscientes? Por quê?
Consciência contínua:
191. Produzindo projeções conscientes, você já experimentou um dia e uma noite inteira de
consciência contínua?
192. Você conhece encarnado que tenha desfrutado da consciência contínua durante dias?
193. Como você concebe um mundo somente com habitantes de consciência contínua?
194. O espírito puro vive numa projeção permanente de consciência ininterrupta?
195. O espírito puro piecisa dormir e sonhar?
196. Vê futuro nas experiências com as projeções conscientes? Por quê?
197. Você concebe alguma hipótese de trabalho para as pesquisas da projeção consciente?
198. Você já participou de mesa-redonda de debates sobre a projeção consciente? Onde?
Quando?
199. Você acha exeqüível a criação de equipe extrafísica composta de projetores conscientes
encarnados?
200. A conduta ética intervém nos processos da projeção consciente? Por quê? (Vá até ao
âmago da pergunta.)
Cadastro. O Centro da Consciência Contínua (Caixa Postal 70.000, CEP 22422, Rio de Janeiro, RJ, Brasil), está compondo, há vários anos, o Cadastro de Projetores Conscientes e o Registro de
Projeções Conscientes em seu banco de dados sobre projetores e suas experiências inéditas fora do corpo
humano, relatos assinados e respostas escritas de questionários especializados contendo perguntas
semelhantes às relacionadas aqui.
Colaboração. Se o leitor deseja colaborar com as pesquisas e análises estatísticas, apresente os
seus dados pessoais e responda às perguntas que puder ou que se relacionem com as suas experiências,
conforme a sua base teórica de conhecimentos, os seus modelos teóricos ou explicações originais, e as
suas intuições sobre alguma questão, citando o número de cada questão abordada aqui e remetendo cópia,
assinada, para os registros. Informe, ainda, se prefere permanecer anônimo, ficando as suas informações
arquivadas em caráter estritamente confidencial, ou se as experiências podem ser analisadas em público e
editadas em livro futuramente.
Banco. A propósito, o banco de dados sobre a Projeciologia do Centro da Consciência Contínua, vem abrangendo o armazenamento do maior número de informações possíveis colhidas através dos
seguintes levantamentos: cadastro dos projetores conscientes militantes, através de fichário; registro por
escrito de projeções conscientes; coleção de respostas a questionários projeciológicos; listagem de
perguntas recolhidas em debates projeciológicos públicos; biblioteca especializada sobre a Projeciologia;
bibliografia mundial sobre a Projeciologia (V. cap. 473); registros ao vivo de relatos de projetores
conscientes em cassetes e videocassetes; videoteca com filmes de interesse pro- jeciológico;
armazenamento (digitação) num computador (disquetes) de todos os dados pertinentes à Projeciologia
através da coleta, ou acervo informativo, o mais completo possível, de pesquisas internacionais (em
formação); catálogo de endereços de interesse projeciológico; etc. Com isso, objetiva-se fazer com que o
levantamento de dados e procura de certas respostas sobre a Projeciologia leve apenas segundos, o que
hoje exige meses.
______________
Bibliografia: Blackmore'(139, p. 7), Crookall (338, p. 160), Frost (560, p. 221), Giovetti
(593, p. 143), Greenhouse (639, p. 309), Greyson (643, p. 188), Mitchell (1059, p. 102), Neppe (1123,
p. 19), Rogo (1444, p. 8), Sabom (1486, p. 70), Sherman (1551, p. 189), St. Clair (1593, p. 156),
Stokes (1625, p. 24), Tinoco (1685, p. 185), Vieira (1762, p. 10), Zain (1898, p. 321).
370.
O PROJETOR IDEAL
Definição. Projetor ideal: imagem idealizada, teórica, da melhor personalidade encarnada
existente para o desenvolvimento da projetabilidade.
Sinonímia: projetor exemplar; projetor idealizado; protótipo dos projetores.
Protótipo. A idealização do protótipo dos projetores sempre poderá ajudar o interessado a
sopesar a si mesmo num confronto útil das qualidades pessoais requeridas para a evolução prática da
projetabilidade.
Perfil. Para compor o perfil físico e psicológico desse suposto projetor (ou projetora) ideal
devem, pelo menos, existir boa parte destas qualidades: aplicação de vontade inquebrantável na prática da
projeção consciente; absoluta pureza mental; total desprendimento moral; compaixão por todas as coisas
animadas; elevado poder de absorção psíquica ou profundo envolvimento nas experiências em geral;
veracidade; coragem em todas as emergências; calma indiferença por tudo o que constitui o mundo
transitório, acompanhada de uma justa apreciação dele; saúde física relativa; tórax amplo e grande
capacidade pulmonar; bons hábitos de vida; destemor; “neofilia”; curiosidade sadia inata;
descondidonamento religioso, científico e sodal; temperamento mais racional e menos místico; nãoconformismo com paciênda; convivênda tranqüila; memória cultivada; vocação para estudar; cultura
humanística; bom senso; autocrítica; nervosismo com autocontrole; introspecção com disdplina de
pensamentos; alguém razoavelmente bem organizado; autodomínio físico; avançado desempenho de
relaxe psicofísico.
Arremates. Arrematam a personalidade de “super-homem” do projetor ideal, alguns retoques
práticos finais da aptidão de projeção consciente: ele é casado; usa cama de solteiro para os experimentos
projetivos; deita-se sempre em decúbito dorsal num colchão sem molas; apresenta baixa fre- qüênda
cardíaca; pratica a projeção consdente entre meia-noite e 4 horas da madrugada, ou na segunda metade da
noite; não apresenta qualquer problema psicológico de monta perante o amanhã.
Discernimento. Característica talvez indispensável para compor os traços do projetor ideal está
no discernimento que ele apresenta, pacificamente, para si mesmo, num cotejo da projeção consciente
com os diversos estados alterados da consciênda relacionados com o fenômeno, por exemplo: projeção
pelo psicossoma; projeção pelo corpo mental; projeção semiconsciente; sonho comum; sonho sobre
projeção consciente; pesadelo; devaneio; estado hipnagógico; etc. Tudo isso sabendo ainda compreender
e conviver com ambigüidades, evoluindo sobre o “fio da navalha”, sem permanecer “em cima do muro”.
Buscador. O melhor projetor, ou o mais eficaz, será sempre: o self-made-man psíquico, ou
mais apropriadamente, parapsíquico; o atleta transcendente que deseja ultrapassar as próprias marcas, a
pessoa disdplináda que procura ser perfecdonista, do ponto de vista extrafísico, consigo mesma; o
buscador perseverante, jamais realizado, que não se cansa de caminhar rumo ao autoco- nhecimento.
Estresses. Para você alcançar percentual maior dos desempenhos característicos do projetor
ideal, nada melhor do que o cuidado com a sua saúde física e mental através de providências que podem
poupá-lo dos estresses, seguindo preceitos gerais indicados, hoje, pela psicoterapia para todas as pessoas.
370.1. Mantenha a sua saúde observando, inclusive, a visão, a audição, a dentição, etc.
370.2. Faça pelo menos uma refeição quente e equilibrada por dia.
370.3. Beba menos de três xícaras de café, chá, ou refrigerante por dia.
370.4. Se tomar bebidas alcoólicas, seja sempre moderado.
370.5. Não fume.
370.6. Tenha o peso adequado à sua altura física.
370.7. Durma sete horas pelo menos quatro noites por semana.
370.8. Faça exercidos até suar, pelo menos duas vezes por semana.
370.9. Discuta sempre com as pessoas que moram com você os problemas domésticos, como
por exemplo: dinheiro, coisas do dia-a-dia, etc.
370.10. Dê e receba afeto regularmente.
370.11. Num raio de cem quilômetros tenha pelo menos um parente em quem possa confiar.
370.12. Quando zangado ou preocupado fale abertamente do que estiver sentindo.
370.13. Mantenha uma rede de amizades e conhecimento.
370.14. Ganhe dinheiro suficiente para as despesas fundamentais.
370.15. Faça com que suas convicções religiosas o fortaleçam.
370.16. Freqüente clube(s) ou tenha atividades sociais regulares.
370.17. Tenha um ou mais amigos a quem possa confidenciar assuntos pessoais.
370.18. Organize o seu tempo eficientemente.
370.19. Tire algum tempo para você mesmo durante o dia.
370.20. Divirta-se pelo menos uma vez por semana.
Resumo. Quanto à projetabilidade, as mentalidades brilhantes não apresentam vantagens aparentes sobre as mentalidades médias. Em resumo: obviamente qualquer pessoa que seja mentalmente
competente, espiritualmente centrada, de ego forte, e que percebe com acuidade, pensa com clareza,
planeja com sabedoria, age com propriedade, reprime os pensamentos negativos, e afasta as emoções
mal-adaptativas, será sempre o melhor candidato à produção das projeções conscienciais com lucidez
maior.
Atributos. Existem personalidades encarnadas, num extremo, com a máxima formação cultural
e a mínima sensibilidade parapsíquica, bem como outras, noutro extremo, com a mínima formação
cultural e a máxima sensibilidade parapsíquica. O ideal será a conjugação de ambos os atributos máximos
numa só personalidade, a fim de que a consciência através do corpo mental dome completamente os
impulsos emocionais do psicossoma, ou seja, a racionalidade potencialize a intuição sublimada, ou a
intuição sublimada se manifeste dispensando as muletas e excrescências desnecessárias do misticismo.
Este estado máximo de serena maturidade física-estrafísica surgirá, cada vez mais amiudadamente, entre
os componentes da humanidade terrestre daqui para a frente.
_________________
Bibliografia: Schiff (1515, p. 111), Vieira (1762, p. 123).
371.
ANIMISMO
Definição. Animismo (Latim: animus, alma): conjunto dos fenômenos intracorpóreos e extracorpóreos produzidos pelo próprio indivíduo, sem interferência externa, ou no caso da Projeciologia,
exclusivamente pela consciência encarnada lúcida, ou o projetor consciencial considerado como ser
encarnado.
Sinonímia: animicidade; organicismo; personificação; personismo; psiquismo.
Classificação. A fenomenologia anímica foi classificada por Alexander Nikolayevich Aksakof, em quatro itens:
371.1. Ação extracorpórea do homem vivo, comportando efeitos psíquicos (fenômenos de
telepatia, transmissão de impressão à distância).
371.2. Ação extracorpórea do homem vivo, sob a forma de efeitos físicos (fenômenos telecinéticos, deslocamento de objetos à distância).
371.3. Ação extracorpórea do homem vivo, traduzindo-se pela aparição de sua própria imagem
(fenômenos telefânicos, aparições à distância). Aqui se inserem as projeções conscienciais em geral.
371.4. Ação extracorpórea do homem vivo manifestando-se sob a fornia de sua imagem com
certos atributos de corporeidade (fenômenos teleplásticos, formação de corpos materializados).
Caracterização. É sempre muito difícil caracterizar uma projeção consciencial lúcida inteiramente anímica ou sem a interferência de entidades extrafísicas, devido à intangibilidade da presença e da
ação inavaliável destas.
Animista. Quem exerce as práticas puras do animismo é um animista, ou adepto, de acordo
com antiga terminologia empírica.
___________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 33), Aksakof (09, p. 514), Bastos (89, p. 57), Bonin (168, p. 26),
Bozzano (184, p. 287), Dupouy (434, p. 14), Fodor (528, p. 4), Geley (583, p. 66), Granja (622, p. 225),
Lisboa (935, p. 202), Miguel (1045, p. 45), Morei (1086, p. 32), Paula (1208, p. 49), Pike (1242, p. 17),
Shepard (1548, p. 32), Spence (1588, p. 26), Vieira (1762, p. 125), Wauthy (1803, p. 195), Wedeck
(1807, p. 23) Xavier (1891, p. 163), Zaniah (1899, p. 39).
372.
MEDIUNISMO
Definição. Médium: homem ou mulher que exerce a mediunidade (no caso humana) ou a faculdade psicofisiológica supranormal de sentir, perceber, ou captar a influência direta dos planos
extrafísicos e das entidades extrafísicas, inclusive das consciências encarnadas projetadas para fora do
corpo humano.
Sinonímia: burro dos espíritos; cavalo dos espíritos (homem); dotado;interceptador;intermediário intermundos; liame humano; mediador intermundos; medianeiro; metagnomo; metérgico; motor
psíquico; mula dos espíritos (mulher); paragnomo; pessoa aglutinadora; pessoa ultra-sensiti- va; ponte
parapsicológica;portador de mediunidade; portador de percepção extra-sensorial; psicodí- namo;
psíquico; sensitivo; sujeito paranormal; transnormal.
Mediunidade. A mediunidade é também chamada: capacidade transfísica; cognição paranormal; faculdade mediúnica; faculdade ultraperceptiva; medianidade; medianimidade; medianismo;
metagnomia; paranormalidade; parapsicodinamia; parapsiquismo; percepção extra-sensorial; percepção
super-sensorial; sensibilidade mediúnica; sensitividade parapsíquica; sexto sentido; ultra- fania.
Projeções. Evidentemente, o animismo próprio do fenômeno da projeção consciente, à semelhança da mediunidade, constitui faculdade inerente ao ser encarnado. O fenômeno da projeção
consciente pode ocorrer espontaneamente com o indivíduo, sem nenhuma intervenção de inteligências
externas. Por outro lado, estima-se que cinco por cento da humanidade terrestre apresentam talento
mediúnico mais ou menos desenvolvido, e que um por cento dessa mesma humanidade já se projetou
conscientemente para fora do corpo humano.Tendo em vista, porém, o complexo fenomenológico que
compõem, por si mesmas, as ocorrências da projeção consciente, toma-se difícil separar a mediunidade
das manifestações do projetor consciente, principalmente em razão das projeções conscientes assistidas
ou comandadas pelos amparadores, e que ocorrem com extrema freqüência.
Médiuns-projetores. Eis vinte e sete médiuns-projetores que se tornaram mais conhecidos: Elwood Babbitt; Douglas M. Baker; Eurípedes Barsanulfo; Annie Brittain; Geraldine Dorothy Cummins
(1890-1969); Andrew Jackson Davis (1826-1910); Anne-Marie Dinkel; Elisabeth d’Espérance (Theodore
Heurtley Hart-Davies: 1852-1919); Mareei Louis Fohan (Yram); Eileen Jeannette Van- cho Little Garrett
(1893-1970); Daniel Dunglas Home (1833-1886); Olof Jonsson; Caroline D. Lar- sen; Gladys Osbom
Leonard (1882-1968); Einer Nielsen (1894-1965); Yvonne do Amaral Pereira; Raphael A. Ranieri; Cora
L. V. Richmond (1840-1923); Zilda Giunchetti Rosin; Frederick C. Sculthorp; M. Gifford Shine; Ingo
Swann; Emanuel Swedenborg; Attila Von Szalay; Alexander Tanous; Vincent Newton Turvey; Ena
Twigg.
Polivalência. Todo médium, todo animista, bem como todo projetor consciente, é um polivalente parapsíquico. Depende da consciência encarnada o desempenho maior num determinado gênero
mediúnico ou numa área de exploração extrafísica devido à polivalência parapsíquica.
Ortodoxia. A ortodoxia das convicções do médium encarnado influi nas qualidades e natureza de suas percepções mediúnicas. O clarividente, por exemplo, se umbandista ortodoxo, tende a ver
mais entidades de pretos velhos, pombas-giras, exus, etc.; o espírita ortodoxo clarividente tende a ver
mais entidades de tipos europeus, com aparências evoluídas e luminosas, etc.; o clarividente universalista
tende a ver o guerreiro aparamentado, o médico desencarnado, o oriental de turbante, o extraterrestre
exótico, etc.
Energia. O visual, a forma, ou o “uniforme de trabalho” do benfeitor extrafísico variam de
acordo com a vontade dele mesmo devido ao fenômeno da autotransfiguração do psicossoma. O nome, o
rótulo e às vezes até o visual da entidade comunicante tomam-se secundários. O que importa, vale e
interessa para ser detectado pelo médium, tanto no estado da vigília física ordinária quanto projetado nos
ambientes extrafísicos, é a qualidade positiva, sadia, ou negativa, doentia, da irradiação energética de
cada consciência, seja encarnada ou desencarnada.
Exclusões. Claro está que o mediunismo considerado aqui diz respeito a fenômenos genuínos,
com médiuns autênticos, de cujo universo de manifestações foram satisfatoriamente excluídas todas as
hipóteses e riscos de erros, extremamente elevados, quanto a alucinações ou ilusões, auto- mistificações
ou auto-sugestões inconscientes, charlatanismos intencionais, fanatismos ou conseqüências da ausência
de autocrítica, heteromistificações ou fraudes, e truques de prestidigitação.
Sessão. Na sessão mediúnica de qualquer gênero estamos apenas nas proximidades ou cercanias do mundo extrafísico. Se desejamos conhecer os seus habitantes, os seus ambientes, os seus eventos,
a sua parageografia, e a sua para-sociologia, precisamos entrar e viver nem que seja temporariamente
nesses mesmos ambientes. Não existem excursões turísticas, programadas para esse fim, portanto, só há
um recurso: a projeção lúcida para a consciência que demonstra esforço e disposição em tentativas
continuadas.
Contatos. Partindo do princípio inarredável de que quanto mais evoluída a consciência desencarnada, mais difícil se tornam a sua permanência nos planos existenciais não evoluídos e a sua
comunicação com os habitantes destes planos, conclui-se ser extremamente problemático a uma entidade
parapsiquicamente desenvolvida manter por muito tempo contatos diretos com os encarnados na Terra.
Serenões. Daí porque as entidades comunicantes extrafísicas, em sua maioria, nas sessões
mediúnicas são e serão sempre relativamente pouco desenvolvidas. Tais fatos reafirmam e valorizam
extraordinariamente o ato de a consciência encarnada poder projetar-se para fora do corpo humano e ir
encontrar por sua própria conta, diretamente, com os seres extrafísicos evoluídos, os serenões. Será
sempre muito menos difícil a eles ajudar-nos a ir até lá de vez em quando, do que eles próprios se
abalançarem a viver e permanecer algum tempo mais ou menos longo por aqui. Os corpos mentais e o
plano mental são os agentes nesses encontros extrafísicos iluminadores.
Amimia. A situação de paz íntima do serenão pode se apresentar como uma condição de
amimia, ou ausência de mímica, no entanto, num estado natural, ou seja, não-patológico. Esta condição
não deve ser confundida com a amimia encontradiça nos estados estuporados, na catatonia, ou na
condição, óbvia, própria dos robôs e das estátuas.
Fatos. Os fatos permitem elaborar quadros diversos que evidenciam a progressão histórica, ou
cronológica, dos estados alterados da consciência, fenômenos anímico-mediúnicos, ou fisiológicos,
psicológicos, parapsicológicos, e projeciológicos.
Espiral. Partindo de linhas de manifestações diferentes, mas interdependentes dentro do mesmo
contexto, ou complexo fenomenológico, e retomando quase ao ponto de partida para retomar os passos
iniciais e novamente deslanchar por outra brecha aberta no horizonte, vê-se que as manifestações
humanas seguem a espiral evolutiva, inerente a todas as coisas.
Manifestações. Tais manifestações vão adiante, voltam um pouco atrás e seguem mais à frente,
sempre com pequenas alterações gradativas, mais evoluídas, ou ampliadas com outras perspectivas,
envergando novas roupagens, ou sendo expressas por outras denominações. Tudo isso conforme a moda
ou o consenso mais universal de cada época, ou estágio, desde a eclosão fenomênica natural do início, ou
aparente geração espontânea, até a nova etapa da conquista da técnica pela melhoria do desempenho da
consciência.
Quadro. Eis um quadro, como exemplo, de quatro linhas de desenvolvimento de manifestações
interdependentes que se interagem e explicitam os fatos dentro dos parâmetros da espiral evolucionária,
nos últimos dois séculos da História Humana.
372.1. Animismo, magnetismo animal (mesmerismo), energia, sugestão, hipnose, hipnolo- gia
(Medicina), sofrologia, exteriorização da sensibilidade, aura, corpo bioplásmico, Kirliangrafia
(Psicotrônica), telecinesia, envergamento de metais, efeitos físicos (Física).
372.2. Efeitos físicos, mesas girantes, telecinesia, materializações (Metapsíquica), ectoplasmias, ectoplasma, energia, paracirurgia, mediunismo.
372.3.Mediunismo, paranormalidade, efeitos intelectuais (Psicologia), psicofonia, psicogra- fia,
telepatia (Parapsicologia), clarividência, precognição, profecia, animismo.
372.4.Animismo, bilocação, bicorporeidade, desdobramento da personalidade, projeção astral,
corpo astral, experiências fora do corpo humano, segundo corpo, OBE (Projeciologia), psicossoma,
animismo-mediunismo.
Entendimento. Os fenômenos obviamente não se alteram com vocábulos mais corretos ou
etiquetas mais pomposas. Como se observa, nada de novo sob o Sol, a não ser a consciência humana que
se sente mais desperta quanto às realidades intermundos e mais aberta ao entendimento das leis universais
imutáveis.
______________________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 203), Alverga (18, p. 127), Armond (53, p. 11), Azevedo (63, p.
12), Babajiaiianda (65, p. 51), Barbanell (77, p. 120), Bastos (89, p. 74), Blasco (151, p. 43), Blavatsky
(153, p. 425), Bodier (163, p. 21), Bouisson (176, p. 142), Bozzano (184, p. 50; 195, p. 23), Crookall
(343, p. 54), Curti (355, p. 16), Delanne (384, p. 315), Eustáquio (487, p. 82), Feesp (503, p. 114), Fodor
(528, p. 233), Fortune (541, p. 105), Galeazzi (565, p. 126), Garrett (573, p. 156), Gauld (576, p. 17),
Gaynor (577, p. 110), Goes (605, p. 392), Grattan-Guinness (626, p. 75), Greenhouse (636, p.
237),Heindel (705, p. 103), Holloway (734, p. 21), Kardec (825, p. 145), Leaf (904, p. 84), Lévrier ( 922,
p. 24), Maes (984, p. 85), Martins (1009, p. 95), Meek (1030, p. 61), Morel (1086, p. 119), Northage
(1135, p. 48), Paula (1208, p. 74), Pastorino (1206, p. 179), Peralva (1225, p. 17), Pereira (1230, p. 16),
Pires (1245, p. 11), Podmore (1267, p. §8), Rosin (1475, p. 32), Rossi-Pagnoni (1477, p. 115), Sekanek
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34), Vieira (1762, p. 193), Violeta-Odete (1775, p. 111), Xavier (1881, p. 97; 1891, p. 154), Zaniah
(1899, p. 302), Zymonidas (1907, p. 181).
373. PARALELOS ENTRE MÉDIUM E PROJETOR
Diferenciais. Embora na prática seja difícil separar a atuação do projecionista e do médium de
qualquer gênero, sendo até a projeção assistida pelos amparadores um tipo de mediunidade bem definida,
oito caracteres diferenciais, flagrantemente opostos, entre o desempenho do médium e do projetor, na
qualidade de animista ou adepto, merecem destaque para serem melhor entendidos.
373.1. Atividade. O médium há de ter atitude receptiva, de instrumento passivo, a fim de se
submeter às inteligências exteriores, comunicantes através dele. O projetor há de manter atitude ativa
para controlar-se a si próprio, e a todas as potências inferiores, e produzir as projeções conscientes por si
mesmo.
373.2. Mediação. O mesmo papel que desempenha o intérprete entre o entrevistado e o
entrevistador; o intermediário entre o vendedor e o comprador; o contato entre o publicitárioe o cliente; e
o relações-públicas entre a empresa e o público; o médium desempenha entre as entidades extrafísicas e
os seres encarnados. O projetor consciente dispensa as qualidades destes agentes de mediação e
desempenha todas as tarefas diretamente (eliminando o serviço de intermediação) e, com a sua presença,
vai, vê, e volta relatando, por si mesmo, tudo sobre o plano extrafísico, de primeira mão, sendo o
repórter, o comentarista, e o exegeta ao mesmo tempo.
373.3. Planos. O médium funciona, simplesmente, do plano físico para o próprio plano físico,
pois se vai ao plano extrafísico, diretamente, ele se transforma em projetor. O projetor funciona, mais
complexamente, no plano extrafísico para o próprio plano extrafísico e, dali, para o plano físico.
373.4. Manifestações. O médium encarnado (não projetado) não se manifesta através do
projetor. O projetor pode se manifestar através do médium encarnado.
373.5. Relações. A mediunidade só permite ao homem falar aos espíritos (consciência desencarnada) igual a um homem mesmo (consciência na vigília física). O animismo (projeção consciente
humana) permite ao homem falar aos.espíritos igual a um deles, ou seja, igual a um espírito (consciência
lúcida projetada).
373.6. Desempenhos. O médium encarnado, apenas como intermediário, não chega a fazer as
vezes do mentor extrafísico. O projetor pode fazer, em parte, as tarefas do amparador.
373.7. Assistência. O médium encarnado, assistido pelo mentor extrafísico, comunica-se atràvés
de,le no plano físico. O projetor, assistido pelo amparador, trabalha no plano extrafísico.
373.8. Mediunidade. O médium é sempre médium encarnado apenas. O projetor pode ser:
projetor-médium no corpo físico, na ocorrência de clarividência viajora, por exemplo; projetor- médium
no plano extrafísico, ao servir de médium fora do corpo humano; projetor-comunicante, ao se manifestar
através de médium encarnado.
Auto-serviço. Usando a projeção consciente, a consciência do projetor dispensa o médium que
lhe prestava o serviço de contato com o mundo extrafísico para fazer então o auto-serviço para si mesma,
facilitando a vida de todos. Do mesmo modo, pouco a pouco a consciência encarnada li- berta-se da
tirania das máquinas, inclusive da máquina-corpo-humano, através da projeção consciente.
Simultaneidade. O buscador encarnado mais sábio será sempre aquele que souber utilizar, ao
mesmo tempo, o animismo (por exemplo, a projeção consciente voluntária) e a mediunidade (como a
psicofonia semiconsciente) para intensificar o seu know how acerca das realidades extrafísicas
desempenhando o papel de psicofônico-projetor, passista-projetor, ectoplasta-prqjetor, etc.
Autoconscientízação. Ninguém é médium de um gênero de mediunidade só, ou animista de
um fenômeno anímico apenas. 0 encarnado desenvolve a sua conscientização da mobilização das
energias conscienciais, por isso, a maioria dos médiuns e animistas ignora, reprime e bloqueia a real
extensão de suas potencialidades parapsíquicas. Através da autoconscientização desse problema o seu
desenvolvimento se faz em todas as direções sem barreiras nem limites de manifestação.
___________________
Bibliografia: Greenhouse (636, p. 162), Steiger (1601, p. 106).
374. PARALELOS ENTRE PROJEÇÃO CONSCIENTE E TRANSE MEDtÜNICO
Definição. Transe (Latim: transitus, passagem) mediúnico: estado psicofisiológico, ou alterado
da mente, com características marcantes, tais como redução da lucidez, suspensão da atividade voluntária
e dissociação da consciência que se torna passiva à manifestação de outra inteligência através dos seus
veículos de manifestação consciencial.
Sinonímia: estado mediúnico; estado semi-onírico; mediunização; transe espirítico; transe
medianímico; transe mediúnico.
Tipos. Enquanto a consciência do médium viaja projetada através do psicossoma, durante a
projeção consciente, simultânea com o estado de transe mediúnico — ocorrência mais freqüente do que
se imagina — o corpo humano do médium-projetor pode ficar ocupado temporariamente por um
benfeitor, que fala por suas cordas vocais, no caso da psicofonia comum, ou por um enfermo, no caso das
sessões de desobsessão. O corpo humano pode também ficar temporariamente desocupado com a saída
conjunta do projetor e do benfeitor, dentro ou distante da base física. O transe pode ser espontâneo ou
induzido. No caso da ocorrência da projeção consciente do médium encarnado, simultaneamente com a
manifestação (no mesmo corpo humano) de outra consciência encarnada, a expressão mais adequada é de
transe medianímico.
Diferenciais. Dos diferenciais existentes entre as condições do transe mediúnico e a projeção
consciente devem ser ressaltadas: a amnésia; a descontinuidade da memória; e a anulação parcial dos
mecanismos de defesa do indivíduo, próprios do transe mediúnico.
Divisão. Se dividirmos a mediunidade em dois tipos básicos, quanto à sua natureza, em mediunidade natural e mediunidade de provação, será fácil observar que o desempenho correto da mediunidade de provação exige muito mais a passividade mediúnica e permite um mínimo de atividade
anímica, ao passo que a mediunidade natural permite muito mais a atividade anímica do que exige a
passividade mediúnica.
Experiências. Os projetores conscienciais em geral tendem a relatar outros tipos de
experiências paranormais ou mediúnicas ocorridas com eles mesmos em conjunto ou em separado com
as projeções conscienciais lúcidas.
Projetivo. A propósito, vale registrar aqui que às vezes ocorre também um verdadeiro transe
projetivo em certas projeções conscienciais, nem sempre mediúnico, mas em determinados casos
inteiramente anímico, positivo, como se dá na clarividência viajora.
Personalidades. Nas últimas décadas, exaustivos testes científicos envolvendo certos
concomitantes fisiológicos associados com o estado de transe têm sido aplicados nos mais diferentes tipos de personalidades: cavalos da Umbanda; dervixes turcos; faquires egípcios; médicos-feiticeiros da
África;iogues hindus; médiuns do Espiritismo; monjes budistas; praticantes do Vodu; sensitivos da
Parapsicologia; sonâmbulos da Hipnologia; xamãs siberianos.
_________________
Bibliografia: Amadou (21, p. 233), Blavatsky (153, p. 804), Black (137, p. 202), Bonin (168, p.
498), Brennan (199, p. 45), Butler (228, p. 149), Cavendish (266, p. 257), Chaplin (273, p. 158), Crookall
(338, p. 150), D’arbó (365, p. 242), Day (376, p. 137), Depascale (392, p. 138), Digest (401, p. 381), Fodor
(528, p. 388), Gaynor (577, p. 188), Grant-Veillard (623, p. 69), Greenhouse (636, p. 171), Heindel (705,
p. 154), Lewis (923, p. 41), Martin (1003, p. 126), Morei (1086, p. 174), Paula (1208, p. 156), Schatz
(1514, p. 195), Shepard (1548, p. 940), Spence (1588, p. 414), Steiger (1601, p. 217), Stokes (1625, p. 24),
Tondriau (1690, p. 286), Walker (1782, p. 239), Wedeck (1807, p. 355), Zaniah (1899, p. 458).
375. MEDIUNIDADE E PROJEÇÃO CONSCIENTE
Mediunidade. A mediunidade ainda é uma muleta psicofisiológica providencial sustentando a
aquisição de experiências por parte das consciências. Esta muleta, no entanto, a consciência desperta
acaba dispensando depois que não mais precisa nem para si, nem para os outros, dos fogos de artifício dos
fenômenos ostensivos que envolvem outras consciências além dela e fora dela.
Projeção. Já a projeção consciente não pode racionalmente ser tomada como simples muleta
para ser descartada oportunamente, porque não constitui um processo de intermediação apenas,
semelhante à mediunidade, e sim um dos três estados básicos da consciência em evolução.
Estados. A consciência pode estar em três estados básicos de existência: a vida extrafísica ou
do desencarnado, duradoura e essencial; a vida humana ou do encarnado, efêmera e segmentada; e a vida
da consciência projetada, que pode ser tanto do desencarnado quanto do homem ou da mulher, sendo
ainda mais transitória. Além desses três estados de existência, existe a fusão dos mesmos, ou seja, o
estado evoluído da consciência contínua.
Intervalar. O estado intervalar da consciência projetada existe porque abre espaços em um dos
dois outros estados básicos da existência, seja a vida extrafísica ou a vida humana. O estado da
consciência projetada representa período breve e descontínuo, contudo, ocorre em comum com os outros
dois.
Coadjuvante. À vista da exposição feita, a rigor não é a projeção consciente que constitui
coadjuvante da mediunidade, o aspecto principal, ao contrário, esta sim representa um coadjuvante da
projeção consciente, a manifestação principal para a consciência. A mediunidade é uma condição, não um
poder. A projeção consciente, além de ser um estado consciencial, constitui também, indiscutivelmente,
um poder para a consciência.
Percentuais. Na maioria das projeções conscientes produzidas, hoje, pela consciência encarnada, pode-se detectar a existência de um componente anímico e um componente mediúnico. Assim, por
exemplo, pode ocorrer uma projeção com 80% de animismo e 20% de mediunidade e uma outra com
30% de animismo e 70% de mediunidade. Estas percentagens variam de projeção para projeção e de
projetor para projetor.
Evolução. Pode-se afirmar que a percentagem de mediunidade vai decrescendo com o passar
do tempo, ao longo da evolução das consciências. E possível até estimarmos os coeficientes (percentuais)
médios para a atualidade.
Razões. A razão de ser da mediunidade como processo de intermediação para si ou para os
outros, desaparece com a evolução dos veículos de manifestação da consciência. Já a projeção consciente
existirá sempre enquanto a consciência se utilizar desses mesmos veículos de manifestação.
Conclusão. Dos fatos expostos se concíui racionalmente que a projeção consciente, além de ser
de origem anímica ou de natureza diversa da mediunidade, sobreviverá também depois desta no caminho
evolutivo da consciência.
Mental. Vale observar que a mediunidade é exercida também nos ambientes extrafísicos, entre
consciências desencarnadas, ocorrendo aí a soltura do corpo mental do espírito-médium-desen- camado
em relação à cabeça extrafísica (paracabeça) do psicossoma, pois o mesmo não dispõe naquela situação
do duplo etérico, nem do corpo humano (V. cap. 60).
___________
Bibliografia: Gomes (612, p. 20), Leaf (905, p. 142), Vieira (1762, p. 193).
376. CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS PROJEÇÕES
Tipos. A projeção consciente apresenta extensa variedade de matizes conforme o ângulo escolhido para classificar a experiência. Todo sistema de classificação está sujeito a dúvidas, pois sempre
ocorrem eventos que fogem à regra. Das projeções em geral existem pelo menos dezoito tipos diferentes,
quando considerados fatores específicos, embora com alguns aspectos evidentemente redundantes:
376.1. Qualidade. Qualidade das percepções: projeção pura ou natural; projeção impura ou
forçada.
376.02. Magnitude. Magnitude da consciência projetada: projeção consciente; projeção
semiconsciente ou sonho lúcido; projeção inconsciente, comum a todos os encarnados; projeção de
consciência contínua; pseudoprojeção (sonho; visão simples; alucinação; erros de interpretação); projeção
de consciente ampliado; projeção amena; projeção prosaica.
376.3. Fisiologia. Natureza fisiológica: projeção anímica; projeção mediúnica; projeção
mista.
376.4. Vontade. Vontade do projetor: projeção não intencional; projeção programada, ou
experimental; teste de adestramento; projeção de espionagem; auto projeção voluntária (ativa, anímica);
projeção com destino predeterminado; projeção penetra (destino ignorado, projetor desen- dereçado).
376.5. Participação. Participação extema: projeção comandada (passiva, mediúnica); projeção
assistida (mista ou onírico-mediúnica); projeção assistencial; projeção didática; projeção de- sobsessiva.
376.6. Companhia. Companhia extrafísica: projeção solitária; projeção conjunta (mais de um
projetor); projeção dupla, tripla, ou grupai; projeção mirim (infantil); reencontro de consciências
encarnadas projetadas.
376.7.Processo. Natureza do processo em si: projeção natural (espontânea, fortuita, eventual);
projeção técnica; projeção empírica.
376.8. Veiculo. Veículo de manifestação: projeção pelo psicossoma, integral, sozinho (sem o
duplo etérico); projeção através do psicossoma com o duplo etérico; projeção do duplo eté- rico ou soltura
parafisiológica, sem portar a consciência; projeção através do psicossoma parcialmente configurado, ou
semidesprendimento; projeção através do corpo mental; projeção através do psicossoma e através do
corpo mental, ou vice-versa, sem interregno de interiorização ou desperta- mento físico.
376.9. Higidez. Higidez da experiência: projeção natural; estranha; obsessiva; pesadelar;
doentia; depressora; estressante; febril; sexual; medicamentosa; acidental; anestésica médico-cirúr- gica;
anestésica odonto-cirúrgica.
376.1-0. Campo. Relação com o espaço físico: projeção contígua ou na base física; projeção no
plano extrafísico propriamente dito; projeção no plano mental; sem espaço; projeção próxima ou vôo
baixo; projeção distante ou vôo de longo curso.
376.11. Coloração. Coloração do meio ambiente extrafísico: projeção em preto e branco;
multicolor (colorprojeção); unicolor, ou com o predomínio de uma cor; coloração neutra.
376.12. Horário. Quanto ao horário: projeção matutina; projeção vespertina; projeção noturna; projeção da sesta; projeção dos cochiladores.
376.13. Tempo. Tempo cronológico dos eventos extrafísicos: projeção retrocognitiva ou referente à reencamação passada; transata ou relativa ao passado desta encarnação; atual ou simultânea com
o tempo presente; premonitória ou quanto a fatos do futuro. Ocorre anão uniformidade da passagem de
intervalos de tempos nos referenciais do estado projetivo e o corpo humano, sendo que no referencial da
consciência projetada, na maioria das vezes, o relógio anda mais lentamente que o relógio no referencial
do corpo humano. Vale a pergunta: — Isto estaria relacionado com a rapidez de pensamentos e ações da
consciência projetada ou teria relação com o tempo físico, como prevê a teoria da relatividade?
376.14. Duração. Duração da experiência projetiva: projeção brevíssima; projeção breve;
projeção prolongada; projeção de duração imprecisa.
376.15. Cronologia. Cronologia das projeções conscientes: primeira projeção; projeção esporádica; projeção prévia; projeção consecutiva; projeção recorrente ou que se repete; projeção em série.
376.16. Raridade. Pela ordem crescente do grau de importância e, conseqüentemente, da
raridade do experimento projetivo pode-se classificar: projeções inconscientes fisiológicas, as mais
freqüentes, pois atingem a toda a humanidade, sem exceção; projeção semiconsciente ou sonho
lúcido; semiprojeção ou projeção parcial; primeira projeção consciente, às vezes a única em todo o
período de vida do encarnado; projeções de consciência contínua, em série, as mais raras.
376.17. Involuntárias. Projeções espontâneas ou involuntárias divididas em sete tipos: projeções ocorridas enquanto a pessoa dorme; projeções ocorridas durante uma operação cirúrgica, no curso de
uma cirurgia odontológica, durante o parto, se é uma mulher, etc.; projeções ocorridas durante acidente
violento; projeções ocorridas quando a pessoa experimenta dores intensas; projeções ocorridas no
transcurso de uma enfermidade grave; projeções ressuscitadoras ocorridas nas crises da quase-morte,
havendo a ressuscitação do paciente; projeções antefinais ocorridas no momento da morte biológica.
376.18. Causas. Existem três tipos de projeção conforme as suas causas: espontânea,
voluntária e forçada. Na espontânea, a projeção mais comum, acontece naturalmente, por exemplo
quando a pessoa está dormindo; a voluntária é a produzida intencionalmente, quase sempre seguindo
técnica própria; e a forçada ocorre em decorrência de traumas do corpo humano que forçam a consciência
a se projetar. Deste último tipo são as projeções impuras provocadas por doença, anestesia, asfixia,
inconsciência devido a acidente, e o uso de drogas psicodélicas.
Crítica. A projeção crítica é aquela que acontece numa crise, seja acidente, guerra, etc. (V.
caps. 57 e 383).
Exoprojeção. A consciência que se projeta para o plano extrafísico, porém até a outro astro
além do planeta Terra, produz a exoprojeção, projeção astral cósmica, projeção extraterrestre, ou no
espaço exterior. As fotos de outros planetas, obtidas pelas pesquisas espaciais ajudam o projetor nas
exoprojeções, pois tais astros assim deixam de ser alvos mentais apenas imaginários.
Imediata. A projeção imediata é aquela sem qualquer preâmbulo, preparo, transição, ou estado
alterado de consciência intermediário. A pessoa, no caso, deita-se na cama e a sua consciência sai de
imediato do corpo humano, com inteira lucidez, diretamente da condição da vígilia física ordinária para o
plano extrafísico, tal como ocorre nas projeções instantâneas (V. cap. 386) e nas projeções-fugas (V. cap.
385).
Microprojeções. As miniprojeções conscienciais, ou microprojeções conscienciais, são as experiências discretas, amenas, da consciência para fora do corpo humano durante um período de décimos
de segundo ou entre um a três segundos apenas, podendo ocorrer até quando o corpo humano do projetor
esteja em movimento, no estado da vigília física ordinária, e sem afetar sua existência ou saúde física e
mental.
Microssono. Não se deve confundir a microprojeção consciencial, estado parafisiológico,
natural, com o microssono, estado patológico que acomete os pacientes portadores de hipersonia,
narcolepsia (hipnolepsia), ataques excessivos de sono, ou crises repentinas e passageiras de sono. A
diferença de um estado com o outro é fácil de ser constatada: a microprojeção consciencial geralmente
constitui um fato isolado que permite a rememoração dos eventos extrafísicos; o microssono não tem
rememoração e acomete o paciente, não raro dezenas de vezes, numa só noite de sono.
Violentas. As projeções conscienciais violentas, impuras, são aquelas experiências forçadas
pelas circunstâncias dramáticas da vida humana, notadamente em acidentes nas estradas, nas montanhas,
nos ares, nas águas, por eletrocução, por asfixia, etc.
Circunstâncias. Devido às atitudes, ocupações, ou circunstâncias humanas, as projeções conscienciais podem ser divididas em oito tipos quanto ao momento da ocorrência: projeção do sono natural;
projeção consciencial do estado de vigília em condições de raciocínio elevado, etc.; projeção consciencial
durante cirurgia, parto, extração de dentes, etc.; projeção consciencial por acidente violento; projeção
consciencial por dor física excruciante; projeção consciencial durante doença aguda; projeção
consciencial durante experiência de quase-morte em casos de ressuscitação clínica; projeção consciencial
no momento da morte biológica.
_____________
Bibliografia: Baumann (93, p. 23), Chaplin (273, p. 210), Crookall (343, p. 15),
Flammarion (524, p. 39), Frost (560, p. 113), Imbassahy (782, p. 9), Montandon (1070, p. 227),
Muldoon (1105, p. 56), Sparrow (1587, p. 61), Tart (1660, p. 188).
373.
TIPOS BÁSICOS DE PROJEÇÃO CONSCIENTE
Opções. A consciência encarnada se projeta para fora do corpo humano seguindo ações
diferentes e bem definidas, conforme o seu veículo de manifestação, a condição de lucidez, e o plano
existencial aonde atua. Eis, resumidamente, as seis opções básicas possíveis:
377.1. Etérico. A consciência pode projetar o duplo etérico sozinho, no plano extrafísico
comum. Como se sabe, o duplo etérico não é sede da consciência.
377.2. Densidade. A consciência pode se projetar pelo psicossoma com o duplo etérico, no
plano extrafísico comum, transportada no e pelo corpo mental.
377.3. Rarefação. A consciência pode se projetar pelo psicossoma sem o duplo etérico, no plano
extrafísico comum, transportada no e pelo corpo mental.
377.4. Coincidência. A consciência pode se projetar pelo corpo mental, deixando o psicossoma
coincidente no corpo humano, deslocando-se apenas pelo corpo mental, no plano mental.
377.5. Descoincidência. A consciência pode se projetar pelo psicossoma e, logo depois, deixálo descoincidente do corpo humano, no plano extrafísico comum, deslocando-se apenas pelo corpo
mental, no plano mental.
377.6. Intercalações. A consciência pode se projetar conjugando tipos diferentes de veículos,
em diversos níveis de planos existenciais, intercaladamente, seja de modo voluntário, espontâneo sem
trauma, espontâneo com trauma, sozinha, assistida por amparador, de modo integral, de modo parcial,
variando as condições ainda conforme a influência de outros múltiplos fatores como grau de lucidez,
descontinuidade, blecaute, duração, equilíbrio, etc. Por aí pode-se compreender diversos tipos de
fenômenos da Projeciologia: projeção em geral, clarividência viajora, bilocação física, etc.
Níveis. Não se pode esquecer que tanto o plano extrafísico comum, quanto o plano mental
apresentam níveis diversos de densidade e se conjugam reciprocamente, de modo instantâneo, consoante
os atributos e os desempenhos da consciência projetada, capazes ou não de promover a sua passagem
interplanos, interdimensões, ou interfreqüências.
Específicas. Eis mais cinco tipos de projeções conscienciais específicas: nefoprojeção —
projeção consciencial produzida pela consciência encarnada através do psicossoma; oligoprojeção —
projeção consciencial de curtíssima duração, no máximo alguns segundos; pedoprojeção — projeção
consciencial do miniprojetor, ou seja, da criança,podoprojeção — projeção parcial somente de um parapé
ou uma parapema do psicossoma para fora do corpo humano; quiroprojeção — projeção parcial somente
de uma paramão ou um parabraço do psicossoma para fora do corpo humano.
Ampla. A rara projeção consciencial de amplo espectro é aquela na qual a consciência encarnada projetada vivência várias experiências extrafísicas básicas de um só vez, por exemplo: vê o próprio
corpo humano incapacitado no leito; analisa o cordão de prata; encontra-se com amparador; volita; visita
conscientemente outro ambiente extrafísico distante da base física; depara com seres desencarnados além
do amparador; tem a experiência da projeção consciente prolongada, no plano extrafísico, por mais de
meia hora; etc. Tudo isso espontânea e naturalmente, sem empregar qualquer droga.
_____________
Bibliografia: King (845, p. 117), Steiger (1601, p. 4), Vieira (1762, p. 218).
378. BINÔMIO LUCIDEZ-REMEMORAÇÃO
Definição. Binômio luddez-rememoração: conjunto das duas condições básicas indispensáveis
à consciência encarnada para que a mesma obtenha uma experiência de projeção lúcida fora do corpo
humano plenamente satisfatória.
Sinonímia: condição consciencial experiência-lembrança; condições projetivas indispensáveis.
Classificação. Do ponto de vista do binômio lucidez extrafísica-rememoração posterior, as
experiências das projeções conscientes humanas podem ser classificadas, na teoria e na prática, em três
categorias bem definidas: a projeção consciencial lúcida rememorada; a projeção consciência! lúcida nãorememorada e a projeção consciencial não-lúcida não-rememorada.
378.1. Lúcida rememorada: A projeção lúcida rememorada da consciência encarnada — seja
projetada através do psicossoma ou .através do corpo mental — é aquela em que a mesma desfruta de
plena lucidez extrafísica e apresenta posteriormente razoável rememoração dos acontecimentos
extrafísicos que presenciou e/ou participou.
Tipos. A projeção consciencial lúcida rememorada pode ser de dois tipos: a projeção com
blecaute consciencial, a mais comum; e a projeção de consciência contínua, a menos comum, ou mesmo
rara.
378.2. Lúcida não-rememorada. A projeção lúcida não-rememorada da consciência encarnada,
— seja projetada através do psicossoma ou através do corpo mental, — é aquela em que a mesma desfruta
de plena lucidez extrafísica, porém não apresenta posteriormente a rememoração dos acontecimentos
extrafísicos ocorridos em seu período de ausência fora do corpo humano.
Intuição. As experiências extrafísicas, no caso da projeção consciencial lúcida nãorememorada, podem, excepcionalmente, aflorarem com o passar do tempo, no estado da vigília física
ordinária, através dos providencialíssimos canais da intuição comum.
Opção. Os amparadores, depois de interrogados por mim, afirmaram que: a certa altura do
desenvolvimento consciencial do projetor encarnado (projeções naturais, não-forçadas), em relação à
ajuda (projeções assistidas) ao binômio experiência extrafísica-rememoração posterior, eles quase sempre
têm de optar no favorecimento, através de passes energéticos extrafísicos, de uma condição ou de outra,
sacrificando uma das duas. Toma-se muito difícil à consciência ter as duas condições entrosadas, ou seja,
utilizar as duas memórias simultâneas, hígidas e límpidas, sempre, de dois planos existenciais diversos.
Neste caso, em geral os amparadores preferem ou dão prioridade à condição que importa, aquela em que o
ser encarnado tem suas experiências plenas fora do corpo humano e deixe de ter lembranças nítidas das
mesmas, ou até as esqueça completamente. Isso reafirma três evidências projeciológicas conhecidas,
sendo que a primeira delas está na inter-relação profunda, indescartável, existente entre as experiências da
consciência projetada e a condição e natureza da rememoração pós-projetiva em seguida.
Confirmações. A elucidação dos amparadores confirma também uma segunda evidência: a de
que a rememoração da experiência da projeção consciente torna-se cada vez mais difícil ao projetor
veterano assim que o mesmo tenha mais de sessenta e, não raro, apenas mais de trinta minutos de
vivências extrafísicas maciças, com plena consciência, numa só saída lúcida, contínua. O mesmo
esclarecimento ainda confirma uma terceira evidência: se â consciência encarnada torna-se tão difícil o
entrosamento, ao mesmo tempo, de dois planos conscienciais básicos, o extrafísico e o físico, para ela que
vive apenas uma hora, ou mesmo poucas horas, fora do corpo humano (microcosmo) e do plano físico
denso (Universo físico ou macrocosmo), o que não será difícil à consciência desencarnada se comunicar
quando esta passa semanas, meses, ou o que é pior, períodos anuais inteiros, distante da Crosta Terrestre,
sem corpo humano, e ainda despojada do cordão de prata ou do duplo etérico?
378.3. Não-lúcida não-rememorada. A projeção não-lúcida não-rememorada é aquela em que a
consciência se projeta para fora do corpo humano — inclusive podendo participar como doadora de
energias em tarefas assistenciais extrafísicas —, contudo não obtém a condição da lucidez extrafísica
funcional, adequada, e, obviamente, por isso, não tem a rememoração conseqüente.
Inconsciente. A projeção consciencial não-lúcida não-rememorada é a mesma experiência
consciencial inconsciente, comum, por exemplo durante a condição do sono natural que acomete a toda a
humanidade, cada noite, ao sair cada consciência encarnada do estado da coincidência dos seus veículos
de manifestação consciencial.
___________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 145).
379. PRIMEIRA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Definição. Primeira projeção consciente: experimento inicial da consciência lúcida do projetor
fora do corpo humano, ocasião em que a sua pessoa entra na projeciocracia.
Sinonímia: debute do projetor; iniciação projetiva; primeira projeção semifísica;
primoprojeção; projeção-choque; projeção-uma-vez-na-vida.
Última. Na maioria dos casos registrados, a projeção consciente ocorre somente uma vez em
toda a vida de um pessoa não afeita à paranormalidade, constituindo a primeira experiência ao mesmo
tempo a última, ou seja, a projeção-uma-vez-na-vida.
Características. Nem todas as características das projeções são iguais no que se refere à experiência de cada projetor-estreante, no entanto, podem ser ressaltados certos pontos mais ou menos
freqüentes: pensamento de ter morrido; medo difuso; sensação incontestável de estar fora do corpo
humano; etc.
Inexperiência. Ações extrafísicas que evidenciam a inexperiência da consciência projetada,
comuns à primeira projeção consciente: sentir-se impedido em seus movimentos em razão da presença
física de móveis e estruturas das construções humanas; tentar usar as mãos para transportar objetos;
utilizar os pés extrafísicos ao se locomover; caminhar sobre o chão, pavimentos, pisos e assoalhos; descer
ou subir escadarias; recuar ante paredes e muros; procurar abrir portas fechadas a fim de passar; etc.
Lucidez. As atitudes referidas que evidenciam a inexperiência da consciência projetada, bem
como a sua ignorância quanto às faculdades dos veículos de manifestação da consciência encarnada,
podem significar, em muitos casos, a queda da qualidade da lucidez extrafísica nas injunções das
vivências fora do corpo humano.
Fenômeno. Ninguém precisa conhecer profundamente um fenômeno para experimentá-lo. A
projeção também se inclui nesta realidade: há muito projetor inteiramente ignorante quanto à primeira
projeção produzida espontaneamente.
Alívio. Na primeira experiência, ímpar, de projeção consciente, a pessoa fica quase sempre
perdida, embaraçada, à procura de palavras para descrever as suas experiências extrafísicas, buscando ver
e explicar suas observações e vivências com bases em coisas conhecidas, e se sente aliviada ao saber que
tais experiências não são únicas, e vêm sendo contadas e recontadas em diversas partes da Terra, através
de épocas e civilizações diferentes.
Aceitação. A projeção consciente devido ao seu caráter individualíssimo, pois basta, — em
certos casos, — a pessoa ter uma grande experiência lúcida para se convencer quanto às realidades
extrafísicas, consegue diminuir o estágio das explicações oportunísticas antes da plena aceitação dos
fenômenos, como aconteceu em diferentes campos científicos, por exemplo: a relutância e as
controvérsias que surgiram inicialmente à aceitação da teoria da circulação sangüínea; o fato da
existência de bactérias que geram as moléstias; a realidade do hipnotismo; a hipótese heliocêntrica; a
existência e a queda dos meteoritos; e tantos outros fenômenos pacificamente aceitos nos dias atuais.
Qualidade. Uma única experiência projetiva, de boa qualidade, no entanto, pode ser definitiva,
marcar profundamente a consciência para o restante dos seus dias humanos na Terra, chegando a
imprimir mudanças completas no seu modo de encarar a existência humana e o Universo. Tal fato
demonstra que o número de projeções conscientes importa pouco, sempre valendo mais a qualidade do
experimento consciencial vivenciado.
Causas. A primeira projeção consciente pode ser classificada em três tipos, conforme as suas
causas: espontânea; assistida por amparador; ou provocada pela vontade do projetor iniciante.
Cartilha. A primeira projeção pode servir de cartilha ou abecedário para as pesquisas de Projeciologia ao projetor novato mais inteligente, ou funcionar por eficiente fator estimulante oudesencadeante de outras projeções conscientes. Por exemplo, breve anestesia geral numa pequena cirurgia
odontológica pode motivar o paciente-projetor a se tomar um projetor atuante.
Triunfalismo. A primeira projeção consciente pode gerar um interesse compulsivo pela questão e, às vezes, acarreta o espírito de triunfalismo no projetor adulto, especialmente quando este a
produziu voluntariamente, trazendo conseqüências esteiilizantes e até o recesso antecipado em suas
experimentações. Por isso, o triunfalismo deve ser evitado e substituído pelo desejo sincero de a
consciência superar a si mesma em novas experiências conservando a mente aberta.
Útero. A rigor, o útero é a primeira base física, inicial, da consciência humana, na sua projeção
inicial, ou primeira projeção pré-biológica, logo após a concepção embrionária, antes do parto. Há
primeiras projeções conscientes, no entanto, que somente vêm a ocorrer nos meses iniciais da existência
humana ou nos primeiros anos de vida física ordinária, após o parto.
_________________________
Bibliografia: Baumann (93, p. 100), Blackmore (139, p. 1), Bord (170, p. 10), Crookall
(320, p. 74), Grenhouse (636, p. 44), MacLaine (980, p. 284), Muldoon (1105, p. 49), Muntanola
(1108, p. 102), Prieur (1289, p. 108), Rogo (1444, p. 16), Sculthorp (1531, p. 17), Shay (1546, p.
94), Vieira (1762, p. 10).
380.
PROJEÇÃO DUPLA
Definição. Projeção dupla: projeção da consciência encarnada por um veículo de manifestação
e, logo a seguir, por outro, psicossoma ou corpo mental, ou vice-versa, sem ocorrer a interiori- zação da
mesma consciência no corpo humano, durante todo o processo.
Sinonímia: bilocação extrafísica; biprojeção; projeção de dois estágios; projeção múltipla;
projeção por dois veículos; trilocação física-extrafísica.
'
Tipos. A projeção dupla pode ser produzida através de duas operações extrafísicas diferentes,
cada uma com dois estágios distintos: a projeção dupla direta e a projeção dupla inversa.
380.1. Direta. Na projeção dupla direta a consciência se projeta para fora do corpo humano pelo
psicossoma e cordão de prata, numa primeira exteriorização ou primeiro estágio. Depois, deixando o
psicossoma vazio da consciência fora do corpo humano, sai pelo corpo mental e cordão de ouro, numa
segunda exteriorização ou segundo estágio.
380.2. Inversa. Na projeção dupla inversa, ou por acoplamento, primeiro estágio, a consciência
se projeta pelo corpo mental e cordão de ouro, deixando o psicossoma vazio e o cordão de prata dentro do
corpo humano. Depois, no segundo estágio, ocorre a exteriorização do psicossoma e cordão de prata, ou
seja, o psicossoma isolado deixa rapidamente o corpo humano e vai se acoplar ao corpo mental já
projetado, através da força do cordão de ouro.
Salvo-conduto. Convém observar que quando o corpo mental está projetado sozinho, isolado,
permanece no plano mental (com a consciência, obviamente). O ato de o psicossoma se juntar ao corpo
mental através do cordão de ouro, nessas condições, evidencia que o cordão de ouro é o salvo-conduto da
consciência para que esta passe do plano extrafísico propriamente dito para o plano mental, e vice-versa,
sempre.
Possibilidades. Na projeção dupla, ao invés de estarem os dois veículos, psicossoma e corpo
mental, integrados em um todo, coincidentes, ambos permanecem temporariamente separados e isolados,
continuando sempre o comando geral direto ou indireto, consciente ou de modo inconsciente, com a
própria consciência.
Consciência. Não se deve esquecer que a consciência permanece invariavelmente no corpo
mental em todas as operações, estágios, e tipos de projeções conscientes, semiconscientes, ou inconscientes dos encarnados, seja exteriorizando o seu veículo de manifestação pelo cordão de prata ou
pelo cordão de ouro.
Impossibilidades. Quando a consciência atinge o segundo estágio da projeção dupla direta,
torna-se praticamente inexeqüível à ela tocar ou comandar a fisiologia do seu próprio corpo humano,
porque ocorre, então, uma defasagem, solução de continuidade, hiato ou interpolação de condições
completamente diversas em suas naturezas, que não lhe permitem o contato direto. Neste caso, a
consciência fica temporariamente despojada da sua ponte, ou de seus elementos de ligação - o psicossoma
e o duplo etérico — ficando apenas presa ao paracérebro do psicossoma através do cordão de ouro.
Dimensões. A consciência na projeção dupla não só opera com dois veículos de manifestação,
como também executa a transferência de si mesma por mais de duas dimensões existenciais, ou gradações vibratórias, ou seja, do plano físico passando pelo plano extrafísico propriamente .dito até o plano
mental, de modo sucessivo, às vezes, em décimos de segundo, movimentando as suas energias nessas
operações, até retomar ao estado da coincidência normal de todos os veículos de manisfesta- ção na
intimidade do corpo humano.
Amparadores. As ocorrências de projeção dupla, sejam semiconscientes ou com inteira consciência, em sua maioria constituem projeções assistidas por amparadores (V. cap. 187). Nas ocorrências da
projeção dupla direta, os amparadores se fazem visíveis ao nível vibratório ou dimensional
correspondente à freqüência ou densidade do psicossoma isolado e vazio.
Médium. O tenômeno da projeção consciente dupla acontece com relativa freqüência, no entanto nem sempre é bem entendido ou convenientemente interpretado em razão da inconsciência ou
inexperiência do próprio projetor encarnado. A maioria dos relatos a respeito, provém de médiuns
psicofônicos-passistas desenvolvidos em serviço de assistência extrafísica. No caso, essa assistência pode
ser até para o próprio médium que, permanecendo no estado da consciência puntifor- me, observa a
intervenção ou tratamento direto, executado por amparadores, no seu psicossoma isolado e vazio da
consciência, objetivando sanar alterações energéticas que estejam provocando distúrbios (ou
descompensações energéticas) no seu corpo humano.
Etérico. Nos fenómenos extrafísicos de exteriorização da consciência através do corpo mental,
na exteriorização do psicossoma isolado, no acoplamento do psicossoma ao corpo mental e na
interiorização final, o psicossoma, que constitui sempre o veículo intermediário nas projeções conscienciais duplas, pode estar mais ou menos denso, lastreado ou não pelas energias do duplo etérico.
Trilocação. A projeção consciencial dupla é também chamada trilocação física-extrafísica
porque a consciência encarnada, ficando sediada, ativa e lúcida no corpo mental, ou seja, no plano mental,
permanece, ainda, ao mesmo tempo, com o psicossoma vazio no plano astral, ou plano extrafísico
propriamente dito, e com o corpo humano inanimado, de cérebro vazio no plano físico. A consciência, no
caso, não se divide em três, mas tem simultaneamente três de seus veículos em três locais ou ambientes
diferentes. Muitos bilocadores funcionam também como trilocadores (projetores trilocadores).
Isolamentos. Em resumo, o duplo etérico pode se projetar sozinho, isolado, sempre sem a
consciência, ficando esta no corpo humano ou se projetando também através do psicossoma ou através do
corpo mental; o psicossoma pode ser deixado sozinho, isolado, fora do corpo humano, mas nesse caso a
consciência permanece projetada através do corpo mental isolado, jamais ficando no corpo humano sem o
psicossoma e o corpo mental.
Biprojetor. Quem produz a projeção consciencial dupla recebe o nome de biprojetor consciencial.
Aviso. Não se deve confundir a projeção consciencial lúcida, dupla, ou trilocação física-extrafísica, com a multilocação física (V. cap. 53) ou trilocação física, dois fenômenos perfeitamente
distintos um do outro.
______________
Bibliografia: Andreas (36, p. 46), Black (137, p. 27), Butler (228, p. 115), Crouzet
(344, p. 204), Greene (635, p. 91), Rogo (1444, p. 65; 1447, p. 105), Sculthorp (1531, p. 135),
Vieira (1762, p. 198).
381.
PROJEÇÃO EDUCATIVA
Definição. Projeção educativa: experimento extrafísico patrocinado por amparadòr ou amparadores para transmitir instrução ou ensinamento à consciência encarnada projetada.
Sinonímia: iniciação extrafísica; projeção-aula; projeção didática; projeção ideógena; projeção
ideogênica; projeção pedagógica; teste extrafísico.
Amparadòr. Na projeção educativa o amparadòr pode estar e atuar de modo visível ou não
para o projetor projetado. Às vezes é apenas ouvido ou tem a sua presença sentida, sem ser distinguido e
identificado pela consciência encarnada projetada, por que não se mostra de maneira tangível,
ostensivamente naquela esfera extrafísica de manifestação.
Adepto. Como ocorrência parapsíquica, a projeção educativa fala a favor da existência real da
condição do relacionamento psicofísico do adepto encarnado, ativo, e o Mentor Extrafísico, referida nos
textos ocultistas ou esotéricos antigos.
Projeção-aula. A projeção-aula, assistida por amparadór-mestre, visível ou não, que ministra
instruções ao projetor-aluno, geralmente sobre temas do intercâmbio entre os planos existenciais das
consciências, é comum aos projetores-médiuns de intensa e evoluída capacidade perceptiva.
Escola. Adquirindo o projetor, ou projetora, maior soma de experiência extrafísica, pode
chegar a freqüentar, regularmente, escola em distritos extrafísicos, durante certos períodos de sua
existência humana, conforme os testemunhos concordantes de múltiplos experimentadores avançados.
Simbólicas. Não raro, a fim de melhorar a sua rememoração, o projetor recebe aulas extrafísicas através da exteriorização de formas-pensamentos ou projeções simbólicas e pensa que teve sonhos
que precisam ser interpretados.
Recessos. Segundo os amparadores, quem estuda a projeção consciente com afinco, ou promove assistência extrafísica com dedicação, tem necessidade de se projetar com freqüência para manter
as linhas corretas de pensamentos coerentes, firmes, e sem desvios. Nestes casos eles mesmos, os
amparadores, colaboram para que os recessos das projeções conscientes (V. cap. 368) sejam mais raros
e/ou mais curtos.
Propósitos. As projeções-aulas têm o propósito de nos instruir e aumentar o nosso cabedal de
conhecimentos sobre a estrutura do Universo, a natureza das realidades existenciais e a manifestação das
leis naturais para que o buscador da verdade se liberte do caos de conceitos distintos, provenientes das
inúmeras concepções e revelações mais contraditórias, ou idiossincráticas, existentes nas tradições,
registros, textos antigos e modernos das linhas do pensamento humano.
Mental. As projeções-aulas quando ocorrem com a consciência projetada pelo corpo mental
são superiores em qualidade às demais e de maior resultado positivo. Contudo, a rememoração, nestes
casos, dispersa, chega a pouco e pouco, através do tempo, quase sempre intuitivamente. Os hemisférios
cerebrais do homem e da mulher atuais ainda não permitem a filtragem mnemónica integral, em bloco,
diretamene do plano mental, de grande volume de idéias ao mesmo tempo.
________________
Bibliografia: Crookall (343, p. 99), Crouzet (344, p. 107), Leajlbeater (901, p. 306), Monroe
(1065, p. 131), Muldoon (1105, p. 148), Schul (1524, p. 84), Sculthorp (1531, p. 26), Sherman (1551, p.
195), Steiger (1601, p. 123), Vieira (1762, p. 137), Yogananda (1894, p. 307).
382. PROJEÇÃO NATURAL
Definição. Projeção consciencial natural: ação da descoincidência dos veículos de manifestação da consciência humana ocorrida de modo espontâneo, sem provocação por parte do praticante
consciente, ou estimulação exterior.
Sinonímia: descoincidência natural; projeção espontânea; projeção habitual; projeção consciente não-forçada.
Classificação. Pode-se classificar a projeção consciencial natural em dois tipos básicos: a projeção natural inconsciente, mais comum à noite, durante o sono, que atinge a toda a humanidade; e a
projeção natural consciente, espontânea, experimentada apenas por uma minoria de indivíduos.
Características. As características essenciais da projeção consciencial natural são: espontaneidade; escala de ocorrências sem traumas; desnecessidade de esforço ou exercício projetivo por parte da
consciência encarnada; ausência de objetivo definido evidente, finalidade da projeção consciente, ou
alvo-mental;desenvolvimento em geral sem nenhum controle ou comando do juízo crítico.
Freqüência. A projeção consciencial natural é mais freqüente do que a forçada, e acontece
gradualmente, em condições tais como doença, exaustão, experiência da quase-morte, sono, e estados
normais do indivíduo.
Tipos. Eis as ocorrências mais comuns de projeção consciencial espontânea: projeção cega,
junto ao corpo humano sem a consciência ver, mas sentindo o plano extrafísico crosta-a-crosta; projeção
sem a consciência perceber a decolagem do psicossoma e já se sentindo consciente num ambiente longe
da base física; projeção com o despertamento da consciência dentro do quarto de dormir da base física,
contemplando o próprio corpo humano incapacitado; projeção em que a consciência vê muitas entidades
passarem correndo por ruas penumbrosas; projeção em que a consciência sente que sobrevoa, pela
volitação, por ambiente campestre sem encontrar nenhuma entidade extrafísica; etc.
Predisposição. Uma projeção consciente espontânea, sem esforço, naturalmente, pode predispor a pessoa à projeção consciencial lúcida provocada pela própria vontade, de modo mais fácil, em
tempo mais curto e, às vezes, em série.
Taoísmo. A projeção consciencial natural ou automática é encontrada entre os estudos do
Taoísmo Chinês.
_______________
Bibliografia: Alvarado (17, p. 11), Blackmore (139, p. 51), Crookall (338, p. 3), Holzer
(745, p. 163), Montandon (1070, p. 228), Pearce-Higgins (1214, p. 67), Reis (1384, p. 50), Rogo
(1444, p. 58), Vieira (1762, p. Ill), Wang (1794, p. 198).
383.
PROJEÇÃO FORÇADA
Definição. Projeção consciencial lúcida forçada: descoincidência dos veiculos de manifestação
da consciência humana provocada pela vontade do praticante ou por fatores estressantes, à revelia do
praticante, que se torna consciente das ocorrências extrafísicas.
Sínonímia: decolagem mecânica; descoincidência forçada; exteriorização mecânica; projeção
consciencial tóxica.
Características. A projeção consciencial lúcida forçada é menos freqüente do que a projeção
consciencial lúcida natural e pode ocorrer sob a ação da vontade ou mesmo repentinamente, de modo
inesperado.
Fatores. Eis os fatores estressantes mais comuns capazes de desencadear a projeção mecânica
da consciência para fora do corpo humano: choque físico do corpo humano: choque moral do indivíduo;
violência, por exemplo, o nocaute do boxeador; síncope emocional; influência de ingestão de drogas;
efeitos de anestésicos, narcóticos, estupefacientes, e tóxicos em geral; acidente violento; explosão em
campo de guerra; desastre automobilístico; afogamento; sufocação; queda; grande perigo iminente, seja
incêndio local, naufrágio de embarcação, catástrofe ferroviária, combate em campo de batalha,
intervenção cirúrgica; transe hipnótico.
Voluntária. A vontade do projetor consciencial gera também a projeção lúcida forçada intencionalmente, ou projeção consciente voluntária auto-induzida. Por outro lado, nem toda projeção
consciencial forçada é totalmente impura, haja vista a produção da projeção consciencial lúcida pela
técnica da saturação mental (V. cap. 196), e também através da técnica do dióxido de carbono (V. cap.
176).
_________________
Bibliografia: Alvarado (16, p. 11), Battersby (92, p. 51), Bayless (98, p. 124), Carton (252, p.
311), Crookall (338, p. 118), Currie (354, p. 86), Greenhouse (636, p. 271), Pearce-Higgins (1214, p. 72),
Rogo (1444, p. 58), Vieira (1762, p. 190).
384.
PARALELOS ENTRE PROJEÇÃO NATURAL E FORÇADA
Diferenciais. Existem seis caracteres diferenciais básicos entre a projeção natural e a projeção
forçada.
384.1. Planos. Na projeção natural, a consciência entra com facilidade maior em planos
extrafísicos melhores e mais belos, diferentes da Terra. Na projeção forçada a consciência alcança mais os
planos extrafísicos de atmosferas nebulosas.
384.2. Encontros. Na projeção natural, a consciência encontra parentes e amigos desencarnados
mais facilmente. Na projeção forçada torna-se mais difícil à consciência projetada ver desencarnados.
384.3. Lucidez. Na projeção natural, ocorre mais amiúde o fenômeno da expansão da
consciência. Na projeção forçada ocorre mais o desnível da lucidez da consciência projetada, com
interferência maior de imagens oníricas nas suas percepções extrafísicas.
384.4. Patologia. Na projeção natural jamais coexiste qualquer fator que possa caracterizar o
fenômeno como patológico. A projeção forçada pode ocorrer em razão única de doença plenamente
identificada.
384.5. Interferências. Na projeção natural não há interferência de amparadorou obsessor no
processo da decolagem. A projeção forçada pode ser patrocinada por obsessor e até mesmo ser
comandada por amparador, em certos casos positivos.
384.6. Indução. Na projeção natural, o projetor não pratica antes qualquer exercício para se
projetar. A projeção forçada pode ser induzida laboriosamente, depois de muito esforço, pela consciência
encarnada.
385.
PROJEÇÃO-FUGA
Definição. Projeção-fuga: aquela em que a consciência encarnada procura fugir ao corpo humano injuriado fisicamente de algum modo, especialmente através do psicossoma, movida ou forçada por
agentes externos.
Sinonímia: desdobramento súbito; escapada consciencial; fuga projetiva.
Tipos. Os tipos mais freqüentes de projeção-fuga são aqueles relativos a estas injunções: iminência de afogamento; situações carcerárias depressoras; circunstâncias estressantes de guerra; grandes
acidentes físicos em furnas, cavernas, minas, escaladas de montanhas, e trincheiras; condições de doença
ou exaustão psicofísica; etc.
Causas. As causas ou motivações essenciais da projeção-fuga são a dor, o sofrimento, trauma
físico, intenso fator estressante, que provocam a decolagem mecânica ou a ejeção forçada de todo o
psicossoma para fora do corpo humano, obviamente portando a consciência. Além disso, por outro lado, a
projeção consciencial lúcida deste tipo pode ser patrocinada por amparador.
Aviso. Não se deve confundir a projeção-fuga com a projeção consciencial lúcida instantânea
(V. cap. 386).
___________
Bibliografia: Carton (252, p. 311), Crookall (338, p. 33), Frost (560, p. 19), Green
(632, p. 63), Greenhouse (636, p. 135), Gurney (666, p. 227), Holms (735, p. 462), Johnson
(807, p. 221), Morrell (1088, p. 55), Smythe (1578, p. 277).
386.
PROJEÇÃO INSTANTÂNEA
Definição. Projeção instantânea: decolagem relampagueante, dentro de um período de décimos
de segundo, ou alguns segundos, com o surgimento da lucidez extrafísica imediata da consciência
encarnada projetada ou não.
Sinonímia: projeção automática; projeção-surpresa; separação instantânea.
Causas. Ainda permanecem muito obscuras as causas reais que produzem a projeção consciente
instantânea, fenômeno que não ocorre constantemente nem com o projetor avançado e mais decidido, e no
qual pode acontecer a decolagem instantânea sem se dar conta e a interiorização instantânea também sem
a consciência se dar conta do fenômeno, estando o projetor encarnado até mesmo na posição ereta, de pé.
Impacto. A sensação do impacto da diferença profunda entre os dois estados conscienciais,
vigília física ordinária e lucidez extrafísica, obtida sem transição ou solução de continuidade da
consciência, como às vezes ocorre nos casos da projeção instantânea, toma-se prodigiosa, inesquecível e
indescritível.
Expressa. A projeção instantânea constitui a via expressa da consciência transferindo-se momentaneamente para o plano extrafísico, pois reduz o esforço do projetor, minimiza a sensação do tempo
de percurso da ida da consciência a uma sede temporária ou ponto móvel fora do corpo humano, e não
permite ver o cordão de prata.
Surpresa. A projeção instantânea menos incomum é espontânea e provoca alguma surpresa,
assoberbando a consciência despreparada do projetor, sem alvo mental definido e, por isso; nem sempre
termina sendo bem aproveitada.
Provocada. A projeção instantânea pode ser provocada, contudo, ainda nestas circunstâncias,
na verdade o projetor jamais sabe, com certeza, se terá uma decolagem consciente instantânea ou não.
Aviso. Não se deve confundir a projeção instantânea, aparentemente sadia e sem conseqüências
negativas, com a ausência ou pequeno mal epiléptico. Se por um lado esses dois fenômenos se
assemelham em certos aspectos, por outro lado são bem diversos quanto às suas causas, sensações e
conseqüências.
_______________
Bibliografia: Battersby (92, p. 88), Fox (544, p. 48), Frost (560, p. 84), Greenhouse
(636, p. 261), Muldoon (1105, p. 257), Shay (1546, p. 103), Vieira (1762, p. 83), Yram (1897, p.
55).
387. PROJEÇÃO DO DUPLO COMPOSTO
Definição. Projéção do duplo composto: aquela produzida pela consciência encarnada quando
se manifesta extrafisicamente pelo psicossoma lastreado pelo duplo etérico, ou seja, um peso alijável.
Sinonímia: bariprojeção; projeção de três corpos; projeção do duplo compósito; projeção pelo
psicossoma com o duplo etérico.
Características. Quando projetada pelo psicossoma, acompanhado por elevado percentual das
energias terra-a-teria do duplo etérico, a consciência deve se preparar para enfrentar diversas conjunturas
extrafísicas definidas, características, especialmente estas vinte e uma:
387.1. Lastro. A consciência sente o psicossoma mais denso, bem pesado (bariprojeção
consciente), e completo em suas formas humanóides, mais lastreado com o reboque (carga ou equipamento) do duplo etérico
387.2. Crosta-a-crosta. Nesta condição a consciência se projeta inevitavelmente para ambientes
extrafísicos mais terrestres, crosta-a-crosta, no chão do mundo. Não raro, a consciência tem dificuldade
para atravessar muros, paredes, portas fechadas, etc., ou seja, enfrenta problemas com a permeabilidade
extrafísica.
387.3. Físicos. A consciência sofrendo a intensificação vigorosa da influência dos fatores
físicos da vida terrestre, faz desta modalidade a mais humana e a menos extrafísica das projeções
conscienciais. Pode às vezes mover os objetos físicos, ou seja, produzir a telecinesia extrafísica seja de
modo consciente ou mesmo inconscientemente.
387.4. Tempo. Neste experimento consciencial, o tempo cronológico sentido demora a passar.
Na projeção do duplo composto, cinco minutos do período extrafísico dão a falsa impressão de uma hora
de ausência da base física.
387.5. Slow motion. Se projetada assim, dentro da esfera extrafísica de energia, ou mesmo na
atmosfera da base física, a consciência pode facilmente se movimentar em slow motion (em câmara
lenta), ou fazer a repetição mecânica de movimentos idênticos aos do corpo humano.
387.6. Gravitação. A consciência pode perceber, de modo inconfundível, a influência da força
da gravitação local dificultando as grandes levitações e a própria volitação plena do psicosso- ma
carregado de energias, o que constitui um aparente contra-senso. Para subir à altura de vinte andares de
um edifício, por exemplo, parece que se despendeu o esforço consciencial necessário à travessia de todo
o orbe planetário.
387.7. Descontinuidade. Ao se projetar, nessa ocasião, urge atentar para a sua lucidez a fim de
não se deixar sucumbir à descontinuidade da consciência e emaranhar-se num turbilhão de imagens
oníricas durante o desenrolar natural dos eventos extrafísicos. A tendência, quase irresistível das
circunstâncias extrafísicas será sempre transformar a projeção consciente numa projeção semiconsciente.
387.8. Emoções. O duplo etérico, quando à reboque, potencializa, ou mais apropriadamente,
exagera, ao máximo, as emoções que o psicossoma, ou corpo emocional, permite à consciência sentir. Por
exemplo, qualquer erro superficial de interpretação aparece qual se fosse infinito universo de deslizes.
Daí se explicam as perturbações e parapsicoses post-mortem de certos recém- desencamados que
passaram apenas pela primeira morte, a desativação do corpo humano, e conservam ainda consigo o
duplo etérico, e que experimentam, por algum tempo, solidão, culpas e carências afetivas que julgam
imensas e etemas.
387.9. Morte. Conclui-se que a projeção pelo psicossoma lastreado pelo duplo etérico, antecipa
à consciência encarnada as sensações exatas pelas quais passa o desencarnado da primeira morte. Por aí o
projetor compreenderá definitivamente, sentindo, por si mesmo, reduzida amostra do estado de espírito
dos enfermos comunicantes das sessões de desobsessão.
387.10. Traumas. A predisposição à emotividade e à dramatização, referidas atrás, predispõe a
consciência aos traumas e repercussões extrafísicos.
387.11. Muleta. Há uma propensão insistente e contraditória de a consciência se lembrar, de
quando em quando, do corpo humano e das circunstâncias da projeção no momento, como se tal
lembrança funcionasse por muleta parapsicológica para manter a lucidez, o que realmente ajuda, por um
lado, mas pode impelir o psicossoma ao retomo intempestivo ao corpo humano.
387.12. Memória. Surge a reação espontânea de enquadrar os acontecimentos extrafísicos, na
oportunidade em que se desenrolam, além dos quadros da memória informática, na memória emocional
da vida humana atual. Por exemplo, a visão da derrubada de árvores para abrir espaço para um espigão,
presenciada do lado extrafísico, no momento, levou a consciência do projetor a procurar encaixá-la na
cena da derrubada do mato para abrir uma estrada, que acompanhara na infância e mantém arquivada em
seu banco da memória física.
387.13. Duração. Por todos estes fatores determinantes, a projeção pelo psicossoma com o
duplo etérico acoplado, ou seja, completo, dispondo de todas as suas baterias energéticas, tende a ser
mais curta. Talvez uma das proesas psicofísicas máximas, possíveis ao encarnado, deva ser o ato de se
projetar nestas condições, por três horas consecutivas, mantendo a consciência integral, contínua e
imperturbável, sem acarretar nenhuma conotação patológica.
387.14. Banho. Interiorizando-se a consciência, depois de uma projeção pelo psicossoma
unido ao duplo etérico, acima de quinze minutos de duração, será inevitável o surgimento espontâneo do
banho fluídico persistente ;unto com o despertamento físico, num aparente esbanjamento de energias.
387.15. Provisão. Do fato atrás mencionado, infere-se que & armadura energética que representa o duplo etérico, em certas circunstâncias, aumenta a capacidade de o psicossoma projetado se
provisionar com vitalidade cósmica.
387.16. Descoincidência. A projeção nestas condições específicas predispõe o aparecimento
da descoincidência vígil, temporária, pós-projetiva, dos veículos de manifestação da consciência (V. cap.
340), e do fenômeno da dupla consciência (V. cap. 211).
387.17. Autopermeabilidade. Na projeção consciencial do duplo composto, a faculdade da
autopenetrabilidade extrafísica, própria da consciência projetada, diminui sensivelmente quanto à sua
atuação.
387.18. Visão. Do modo que acontece com a lucidez diminuída e a autopermeabilidade restringida, a visão extrafísica do projetor projetado, em muitos casos da projeção consciencial do duplo
composto, apresenta-se com acuidade menor.
387.19. Semi-encamado. O projetor assim projetado, quase que semi-encarnado, estará sempre
mais apto a aparecer às criaturas sensíveis, aos médiuns clarividentes (aparição a encarnados) e mesmo às
pessoas em geral (bilocação física).
387.20. Médium. O médium desenvolvido, militante, de qualquer gênero de mediunidade, no
período etário da meia-idade, está mais capacitado à produção de tais projeções conscienciais com
impressionante lucidez, por ter mais prática, mesmo inconsciente, de convivência com o duplo etérico
projetado. Tal fato não significa, porém, que o jovem, homem ou mulher, não-médium, deixe de produzilas.
387.21. Amparador. Não raro, a presença de um amparador, ao lado, pelo diálogo transmental, ou telepatia extrafísica, facilita extraordinariamente a manutenção da lucidez extrafísica e o
prolongamento da experiência da projeção consciencial deste tipo, igual acontece à pessoa sonolenta que
alguém procura conservar desperta no estado da vigília física ordinária.
Ectoplasma. A projeção consciencial do duplo composto que atinge a condição de maior
densidade, ou seja, mais materializada, é aquela na qual o psicossoma recebe, através do cordão de prata,
além dos recursos energéticos que transitam do corpo humano até o psicossoma, elementos ponderáveis
de ectoplasma, ou componentes biológicos da estrutura das células humanas que compõem o ectoplasma.
Cargas. Em geral o duplo etérico constitui uma carga de combustível, uma carga alijável ou
um peso consumível para o psicossoma projetado e lastreado. Uma pessoa obesa, ou com elevado
excesso de peso corporal, é portadora de uma carga morta, carga estática, ou um peso vazio, orgânico,
considerável, para viver a experiência humana. Isto, no entanto, não diz respeito ao duplo composto que
se relaciona diretamente não com o corpo humano, porém com o corpo energético ou duplo etérico.
_________________
Bibliografia: Crookall (333., p. 34), Vieira (1762, p. 168).
388.
PROJEÇÃO SEMICONSCIENTE REGRESSIVA PÔS-NATAL
Definição. Projeção semiconsciente regressiva pós-natal: sonho natural que se transforma em
projeção semiconsciente (V. cap. 78) derivada de local-alvo específico da história humana, pregres- sa,
do projetor ou projetora.
Sinonímia: projeção descontinua histórica; projeção semiconsciente histórica; regressão extrafísica pós-natal; regressão projetiva; retomo extrafísico às origens.
Causas. Eis algumas causas ou fatores isolados, ou mesmo convergentes que se conjugam e
predispõem a consciência encarnada para produzir, espontaneamente, projeções semiconscientes a partir
.de sonhos históricos da sua experiência pessoal: idade madura; arteriosclerose; uso de certos
medicamentos que interferem no sistema nervoso central, notadamente na área mnemónica; mudança de
domicílio durante a vida, tanto de rua ou bairro na mesma cidade, como também de uma localidade para
outra.
Exemplo. Por exemplo, a pessoa sonha com determinado período da sua história pessoal
pregressa, situado numa, duas ou mais décadas atrás. O cenário físico ainda existente do sonho histórico
de sua vida predispõe a sua consciência projetada a se encaminhar, semiconscientemente, ao lugar onde
residiu e viveu experiências agradáveis ou traumáticas, e que no caso funciona como evocação do localalvo humano com vigoroso poder de atração. Isso acaba caracterizando um tipo de assombração de
pessoa viva.
Locais. Os locais revisitados pelo projetor ou projetora semiconscientes na regressão pós-natal,
podem ser os mais diversos: escola primária da infância; residência onde viveu a mocidade; moradia da
época em que iniciou a vida profissional; lugar de suas experiências de solteiro ou solteira; etc.
Conseqüências. Conseqüências básicas que resultam das projeções semiconscientes históricas:
388.1. Desconexão. O projetor semiconsciente às vezes se sente ainda mais perturbado em
suas rememorações, buscando repetir o simulacro do ato inspirado pelo seu monoideísmo, ou entrosar,
inutilmente, as experiências antigas dentro das dependências internas do domicílio atual, ou as
circunstâncias existenciais, presentes, da noite do seu sonho — que quase sempre não permitem
entrosamento — e as atividades extrafísicas de sua projeção semiconsciente aparecem profundamente
desconexas, incoerentes, ou mesmo absurdas.
388.2. Invasão. Os residentes atuais do antigo domicílio — geralmente casas ainda existentes
nos mesmos lugares — quando dispõem de certa lucidez extrafísica durante o seu período de sono, quase
sempre à noite, coincidindo que ambos, o projetor visitante e o projetor visitado, estejam dormindo,
chegam a detectar a presença do projetor projetado semiconscientemente, através de um sonho, e que lhe
invade a privacidade, buscando a intimidade de sua moradia. A consciência do projetor invasor ainda
julgando a moradia como sendo a mesma, não raro de sua propriedade, tenta exumar melancolicamente,
ou reviver saudosisticamente, de maneira impossível, experiências que ficaram para trás, em
circunstâncias diferentes, conquanto desenvolvidas nos mesmos sítios humanos.
388.3. Encontros. Quem reside em casas, ou outros imóveis antigos ainda bem conservados, não
deve se assustar se encontrar de vez em quando algum ex-morador, desendereçado, fora do corpo
humano, reconduzido ao local através de suas projeções semiconscientes, passeando como sonâmbulo
pelas dependências internas do seu domicílio, fazendo a ronda extrafísica da madrugada, sentindo-se não
raro como se ainda fosse o dono indiscutível do ambiente, o legítimo habitante atual do lugar, ou o
proprietário real do imóvel.
388.4. Recém-desencamados. Muitos homens e mulheres recém-desencamados, quase sempre
ainda perturbados por alguma parapsicose post-mortem, ou monoideísmo póstumo, voltam aos locais
terrestres onde viveram experiências marcantes, inesquecíveis. Em muitos casos, tais fatos constituem
simples repetição de suas projeções semiconscientes históricas ocorridas durante a existência humana.
388.5. Poltergeister. Devem ser incluídos aqui alguns casos dos fenômenos de poltergeister (V.
cap. 56), históricos, que envolvem consciências já desencarnadas, não sendo, contudo, impossível ocorrer
até mesmo com a atuação de consciências encarnadas, tanto uns quanto os outros constituindo tipos de
fantasmas assombradores.
Recorrência. Em razão dos mesmos fatores causais expostos, a projeção semiconsciente histórica pode se transformar em projeção recorrente, ou que se repete amiudadamente, à força da
convergência de circunstâncias desencadeadoras propícias.
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Bibliografia: Vieira (1762, p. 155).
389.
PROJEÇÃO SONORA
Definição. Projeção sonora: exterionzação da consciência pelo psicossoma para fora do corpo
humano, ocorrendo ou não a sua aparição sonora, ou pelo menos, a sua fala, que se toma audível por
outras pessoas, ou o som característico da sua pessoa, em local distante da base física.
Sinonímia: aparição falante; aparição sonora; audioprojeção; projeção ecoante; projeção invisível; projeção ressoante.
Acidental. A projeção sonora da consciência mais comum é espontânea ou acidental, ocorrendo
em casos de acidentes físicos altamente estressantes, mais freqüente durante inundações e afogamentos.
Afogamentos. Um quase-afogado, na agitação física e mental em que se debate, sem meios
visíveis para escapar da situação crítica em que se vê, aplica toda a sua energia mental em gritos agônicos
de desespero, lutando para se salvar. Esses apelos às vezes tomam-se fisicamente audíveis, ecoando
extraflsicamente até outras pessoas, parentes e amigos, situados àquela hora em lugares distanciados,
mesmo noutro continente.
Projeção. Em muitas ocorrências iguais à descrita, os ouvintes ou percipientes chegam a presenciar também a manifestação humanóide do projetor projetado no exato momento do acidente.
Imagens. Apesar de serem negligenciadas quanto ao seu estudo, as imagens auditivas têm
existência real no tempo e desempenham papel importante na vida humana. No estado de vigília física
ordinária, a sua evocação se faz através de uma sucessão temporal.
Psicopatologia. Comprova a Psicopatologia que as alucinações auditivas são mais ricas, mais
freqüentes e muito mais importantes do que as clássicas alucinações visuais.
Preponderância. Na aquisição de conhecimentos, a memória auditiva prepondera sobre a memória visual e isto se deve, naturalmente, à capacidade de retenção das percepções auditivas e à facilidade
na reprodução de suas imagens.
Invisível. Na maioria dos casos de projeção sonora, ocorre uma projeção invisível, ou seja, há
uma projeção da consciência pelo psicossoma, mas a densidade deste não chega a um grau que o tome
visível ao percipiente, ou percipientes, e constitua o fenômeno da bilocação física da consciência,
permitindo apenas que esta se faça presente através de toques ou pelo som.
Densidade, Evidencia-se, então, que a projeção sonora, do ponto de vista da densidade do
psicossoma, situa-se entre a projeção da consciência integral, comum, com forma rarefeita, e o fenômeno
da bilocação física tradicional, com forma densificada.
Monólogos. Há registros de raras ocorrências de curtos monólogos por parte do projetoragente ou esboços de diálogo entre este e um percipiente, que chega a identificar audivelmente o
comunicante, contudo não o distingue com os olhos do corpo humano.
Poltergeister. Há ocorrências da ligação efetiva de obsessores encarnados e manifestações de
poltergeister que se supõe sejam meras projeções sonoras de consciências encarnadas.
Direta. Foram registrados casos de encarnados que se comunicaram em sessões mediúnicas de
efeitos físicos através do fenômeno da voz direta, no qual não apareceu a pessoa do comunicante e nem
este se serviu do mecanismo da fala do médium para se expressar.
Mecanismo. Ainda permanece extremamente obscuro o mecanismo da produção da projeção
sonora. Por exemplo, haveria, no caso, uma densificação do aparelho vocal do psicossoma do projetoragente?
Palavra. No âmbito das imagens auditivas, apresenta importante significação a palavra interior,
ou palavra mental, sem existência objetiva, inteiramente estranha ao mundo físico, pois se refere a um
estado do eu, portanto, unicamente a um fato psíquico. As pessoas que experimentaram com freqüência o
fenômeno comum da audição de palavras mentais estão mais predispostas a exercerem a função de
percipientes nas ocorrências de projeções sonoras.
Músicos. Os músicos em geral, especialmente os maestros e os compositores, por terem a audiçãp mental de palavras e sons mais desenvolvida, se acham fisiologicamente também mais capacitados
de servirem como percipientes nas ocorrências de projeções sonoras.
Hipótese. Ainda não foi realizado um levantamento estatístico do percentual de maestros e
compositores existente entre os percipientes das projeções conscientes sonoras. Eis aí uma hipótese de
trabalho, projeciológica, válida.
Hiperacuidade. Há fenômenos registrados de hiperacuidade auditiva (hiperacusia) em que a
pessoa que atua qual percipiente, ou médium clariaudiente, pode escutar os sons gerados por uma
aparição melhor do que poderia ser capaz de ouvi-la se ela fosse uma pessoa real. O mesmo vem
acontecendo com projetores conscientes que escutam sons baixíssimos quando estão projetados e, no
entanto, no estado da vigília física ordinária são completamente surdos ou só escutam quando utilizam
aparelhos auditivos.
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Bibliografia: Boswell (174, p. 135), Flammarion (524, p. 118), Green (633, p. 169),
Greenhouse (636, p. 139), Gurney (666, p. 130),Kardec (825, p. 188),Muldoon (1103, p. 98),
Paim (1182, p. 32), Rhine (1389, p. 24), Stevens (1617, p. 237), Wang (1794, p. 191), Wheeler
(1826, p. 68).
390.
PROJEÇÃO VISUAL EXTRA-FISICA
Definição. Projeção visual extrafísica: o ato de a consciência encarnada projetada ver, ouvir,
sentir e, sob certos aspectos, até participar de cenas coerentes e bem encadeadas, de algum modo
projetadas de si e para si mesma, com a interferência tangível ou não de um amparador.
Sinonímia: ideoplastia extrafísica; pensamentos ilustrados; sistema audiovisual extrafísico.
Similitudes. A projeção visual extrafísica faz lembrar as ocorrências da visão panorâmica, a
rememoração das encarnações passadas e os sonhos intensamente vívidos e coloridos, conquanto difiram
destes pelo aspecto de conscientização plena da condição de estar no plano extrafísico e da participação
voluntária nos processos da projeção visual.
Simbologia. Nem sempre as projeções visuais extrafísicas são práticas ou de aplicação imediata, claras ou plenamente inteligíveis nem mesmo literais em suas mensagens. Às vezes aparecem de
forma simbólica ou misturadas com os fatos comuns à realidade física-extrafísica.
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Bibliografia: Vieira (1762, p. 41).
391. PROJEÇÕES CONSCIENTES CONJUNTAS
Definição. Projeções conscientes conjuntas: aquelas experiências extrafísicas em que ocorre a
participação simultânea de duas ou mais consciências encarnadas, projetadas, lúcidas.
Sinonímia: conexões extrafísicas; projeção a trois; projeções compartilhadas; projeções de
encontro; projeções conscientes mútuas; projeções conscientes recíprocas ; revoada de voadores.
Tipos. As projeções conscientes conjuntas podem ocorrer de modo intencional, com os projetores participantes previamente cientes, combinados para a experiência, e até mesmo decolando de uma
só base física, ou então, de modo espontâneo, por encontro extrafísico eventual, ou patrcn cinadas por
amparadores sem o conhecimento prévio dos participantes. O tipo de projeção consciente conjunta menos
rara, atualmente, é o que apresenta motivação romântica.
Namorados. As pessoas mais indicadas para os testes das projeções conscientes conjuntas são
os jovens pares de namorados, pois com eles mantém-se mais pronunciada a motivação de estarem
juntos. No início dos experimentos, ao invés de ocorrerem projeções conscientes conjuntas, podem
sobrevir apenas projeções semiconscientes conjuntas.
Lucidez. Além disso, nem sempre os projetores desfrutam de igual nível de lucidez extrafísica
nas projeções conjuntas, o que é natural, razão pela qual podem surgir leves discrepâncias ou aparentes
conflitos em seus relatos. Contudo, nas projeções conscientes conjuntas, as linhas básicas dos eventos
extrafísicos são percebidas e registradas de modo semelhante e convergente, confirmando claramente as
experiências vivenciadas em comum.
Assistência. As projeções conjuntas permitem a assistência extrafísica mútua entre os projetores, a começar pelo ato de sair para fora do corpo humano, ou heterodespertamento extrafísico (V. cap.
304), e até durante a volitação consciente extrafísica, porque nenhuma consciência apresenta atributos —
e níveis em seus atributos — exatamente idênticos, e os graus de percepção, vitalidade, e adestramento
no plano extrafísico variam de projetor para projetor e até de projeção para projeção com a mesma
consciência praticante. Também não deve ser esquecido que se você está tentando produzir a projeção
consciente junto com outras pessoas, tenha o cuidado de não fazer ruído ou alvoroço quando retomar das
experiências extrafísicas.
Contatos. O projetor que tem consciência plena de ter-se encontrado com encarnados, conhecidos ou desconhecidos, quando projetado fora do corpo humano, deve procurar contatá-los,
pessoalmente, fornecendo seu endereço humano, porque sempre se tem a chance de encontrar alguém que
também se recorda com clareza das mesmas experiências extrafísicas, em ambientes e oportunidades
iguais, possibilitando assim análises, estudos e observações de inestimável valor com- probatório.
Interiorização. O contato com o colèga projetado, homem ou mulher, deve ser conduzido
antes que o mesmo desapareça na interiorização e movimente o corpo humano. Depois disso é sempre
muito difícil reatar qualquer entendimento eficaz na ocasião. Há de se deixar para outra vez, se houver.
Animismo. Quando dois ou mais projetores encarnados projetados se encontram no plano
extrafísico, não ocorre, no caso, nenhum fenômeno mediúnico, mas apenas um fenômeno puramente
anímico, entre espíritos encarnados, utilizando o plano extrafísico e as suas faculdades pa- ranormais,
sem precisarem da participação de qualquer desencarnado.
Encontros. Os encontros extrafísicos, sob o aspecto da lucidez, podem ser classificados em
mútuos e unilaterais. Se duas consciências encarnadas se encontram projetadas com lucidez acontece o
encontro mútuo, quando então a comunicação torna-se possível. Se apenas uma consciência apresenta
lucidez,sucede o encontro unilateral, quando a comunicação extrafísica toma-se inviável.
Assistendais. O encontro extrafísico unilateral é comum durante as projeções assistenciais sob
os auspícios de amparadores onde um encarnado, assistente, se encontra com outro encarnado, assistido,
sendo que este não apresenta lucidez extrafísica.
Sessões. A sessão projetiva é aquela na qual um conjunto de pessoas, homens e mulheres que
procuram sair do corpo humano em conjunto, ao mesmo tempo, na mesma base física, seguem os
mesmos fatores de indução ou utilizam as mesmas muletas psicofisiológicas. As sessões projetivas no
Brasil, recebem o nome de “Sessões de Desdobramento”, e funcionam sob a orientação de um presidente
que permite a participação inclusive de animistas-médiuns principiantes, no início de sua participação, na
qualidade de observadores — sem se projetarem — dos projetores veteranos que buscam se projetar no
ambiente. Os projetores conscientes, nesses trabalhos, procuram colaborar na assistência extrafísica a
enfermos encarnados e desencarnados, fazendo até resgates extrafísicos de entidades seqüestradas por
outras, individualmente, ou pelas corporações de entidades obsessivas; socorrem governantes e
governados; assistem enfermos em hospitais; fazem a limpeza psíquica à distância; etc.
Correntes. Ainda participam das sessões privativas que objetivam a produção da projeção
consciente, além do presidente e dos projetores e principiantes, os esteios ou suportes energéticos,
pessoas doadoras de bons pensamentos e energias conscienciais formando as chamadas “correntes
fluídicas”.
Equipe. As projeções conscientes conjuntas permitem dinamizar as equipes de pesquisas extrafísicas, ou equipes de pesquisas projeciológicas, compostas por vários projetores veteranos que se
conhecem, ou não, cujos membros buscam empreender estudos conjuntamente, ou em separado, para
depois comparar percepções, observações e resultados dos experimentos.
Padrões. As evidências e confirmações dos membros das equipes de pesquisas extrafísicas
permitem estabelecer padrões e médias de técnicas e observações científicas, em muitos casos antes
mesmo das descobertas e pesquisas oficiais da Ciência convencional. Tenho sempre buscado chegar às
conclusões quanto aos estudos da Projeciologia, incluídos neste livro, através das pesquisas de equipes de
projetores.
Individualização. A porta para o plano extrafísico, seja pela projeção consciente de rotina, ou
pelá projeção final, ou morte biológica, é invariavelmente individuaiíssima. Uma equipe de projetores
pode se projetar em conjunto, ao mesmo tempo, saindo da mesma base física; ou um grupo de
encarnados pode desencarnar no mesmo instante, no mesmo local e pelo mesmo acidente grupai ou
coletivo; no entanto, as características da retomada da conscientização extrafísica serão sempre de um a
um, consciência a consciência, individualmente. E esta observação vale e vigora também para todos os
seres ou princípios espirituais encarnados desde que alcançaram a condição de individualização.
Exclusiva. Não se pode esquecer que: por mais espírito de equipe que se possa ter, com o
aperfeiçoamento técnico máximo das projeções conscientes conjuntas, será sempre a experiência da
projeção consciente, de modo inevitável, antes de tudo, uma excursão da consciência por pista exclusiva,
individuaiíssima, derivada dos méritos, esforços, e desempenhos pessoais.
Veículos. Há projeções conscientes conjuntas através do psicossoma de dois ou mais seres
encarnados; projeções conscientes conjuntas através do corpo mental de dois ou mais seres encar- nados;
e projeções conscientes conjuntas através do corpo mental de dois ou mais seres encarnados e
desencarnados ao mesmo tempo.
Gestantes. Ocorrem seis modalidades diferentes de manifestação do fenômeno das projeções
conscienciais durante o período da gestação humana:
391.1. A consciência da gestante se projeta sozinha através do psicossoma.
391.2. A consciência da gestante se projeta sozinha através do corpo mental.
391.3. A consciência da gestante se projeta através do psicossoma ao mesmo tempo em que a
consciência do reencamante também se projeta através do psicossoma: projeções conjuntas através do
psicossoma. Será que acontecem mais no final do período da gestação?
391.4. A consciência do reencarnante se projeta sozinha através do psicossoma.
391.5. A consciência do reencarnante se projeta sozinha através do corpo mental.
391.6. A consciência da gestante se projeta através do corpo mental ao mesmo tempo em que a
consciência do reencarnante também se projeta através do corpo mental: projeções mentais conjuntas.
Será que acontecem mais no início do período da gestação?
Diferentes. Parece que não ocorrem, pelo menos com freqüência, projeções simultâneas da
consciência da gestante e da consciência do feto através de veículos conscienciais diferentes. Eis aqui
uma hipótese de pesquisa.
Divergências. Podem surgir divergências menores ou maiores entre os relatos dos projetores
conscientes conjuntos em razão dos diferentes graus de lucidez e dos diferentes enfoques de análise de
cada consciência projetada.
Amparadores. As projeções conscienciais conjuntas podem ser patrocinadas por amparadores, sendo que as projeções conscienciais conjuntas pré-programadas são extremamente raras e difíceis
sem a ajuda dos mesmos.
Acoplamentos. Os seres encarnados afins, homens e mulheres, que vivem predispostos, mesmo de modo inconsciente ou sem o perceberem, a desencadearem mutuamente o fenômeno do
acoplamento áurico (V. cap. 307), apresentam facilidade maior para se projetarem com lucidez em
conjunto. Exemplos disso encontramos entre mãe e filha, pai e filho, etc. Essa predisposição será sempre
maior se estão ocorrendo reencarnações consangüíneas entre essas pessoas (V. cap. 436).
Finais. Fugindo ao padrão, há registros de projeções finais conjuntas, diferentes das projeções
conscienciais conjuntas ordinárias, e que sob certo aspecto constituem tão-somente casos de mortes
concomitantes com intercorrência da projeção consciencial do adeus (V. cap. 57).
Futuro. Tudo indica que, futuramente, com o aperfeiçoamento técnico dos processos, as
projeções conscienciais lúcidas conjuntas que hoje são raras, tornar-se-ão freqüentes, comuns e acessíveis
a todos os tipos de pessoas, em qualquer parte da Terra.
Evolução. Temas e providências que serão enfrentados, de modo inevitável, com a evolução
das técnicas e práticas projetivas: desenvolvimento do pessoal projetado; simplificação e racionalização
das atividades extrafísicas; aperfeiçoamento de co-projetores conscienciais; avaliação de funções
extrafísicas em grupos projetados; chefia e liderança de grupos projetados; dinâmica de grupo nas
projeções conscienciais lúcidas conjuntas; organização e métodos para as projeções conscienciais lúcidas
conjuntas; etc. Um arremedo dessas providências já pode ser observado extrafisica- mente com os
projetores conscienciais lúcidos extraterrestres.
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Bibliografia: Andreas (36, p. 29), Becker (102, p. 403), Boswell (174, p. 139), Castaneda (258,
p. 131), Corvalán (306, p. 72), Crookall (343, p. 42), Denning (391, p. 182), Digest (399, p. 282),
Donahue (407, p, 98), Farrar (496, p. 192), Frost (560, p. 145), Garrett (571, p. 44), Greene (635, p. 109),
Greenhouse (636, p. 214), Lilly (927, p. 74), Redentor (1378, p. 83), Rogo (1444, p. 181), Shay (1546, p.
101), St. Clair (1593, p. 153), Vieira (1762, p. 121).
392. PARALELOS ENTRE PROJEÇÃO MENTAL E PELO PSICOSSOMA
Diferenciais. Eis doze caracteres diferenciais básicos entre as projeções da consciência pelo
psicossoma e pelo corpo mental:
392.1. Emoções. Na projeção pelo psicossoma, a consciência usa um veículo semifísico, um
corpo emocional. Na projeção pelo corpo mental, a consciência atua no plano mental, distante das
emoções, no veículo da racionalidade e do equilíbrio.
392.2. Lastro. Na projeção pelo psicossoma, a consciência se manifesta com lastro ou peso
maior, tendo o duplo etérico, a ligação do cordão de prata e todo o corpo humano, inclusive o cérebro
físico, sobre si. Na projeção pelo corpo mental, a consciência está ligada apenas à cabeça do psicossoma
e, portanto, separada do corpo físico e do plano físico.
392.3. Similar. O psicossoma pode ser entendido como um similar aperfeiçoado do corpo
humano. O corpo mental não tem similar.
392.4. Atuação. Na projeção pelo psicossoma, a consciência atua diretamente no corpo humano.
Na projeção pelo corpo mental, a consciência só atua sobre o corpo humano indiretamente, com a
intermediação do psicossoma.
392.5. Sensações. Na projeção pelo psicossoma, a consciência experimenta sensações e
emoções extrafísicas em relação recíproca permanente, nos dois sentidos, ou em mão dupla, com o corpo
humano. Na projeção pelo corpo mental, as sensações da consciência diminuem e chegam a desaparecer,
em certos casos, tais como as entendemos.
392.6. Telecinesia. Na projeção pelo psicossoma, a consciência pode produzir a telecinesia
extrafísica e atuar, quando as condições são favoráveis, sobre a matéria densa. Na projeção pelo corpo
mental, a consciência não tem facilidade para produzir a telecinesia.
392.7. Exemplo. Na projeção pelo psicossoma, a consciência dispõe das mãos e dos próprios
dedos extraflsicos (paramãos) para tatear e pegar, e de olhos para ler um livro, por exemplo. Na projeção
pelo corpo mental, a consciência não dispõe de braços, mãos, dedos, nem olhos comuns para ler o livro,
mas se inteira de uma só vez, em bloco, do seu conteúdo, ou seja, dos pensamentos, idéias, formas
mentais gravados ou escritos no volume.
392.8. Todo. A consciência pelo psicossoma atua, à semelhança do corpo humano, a varejo,
pouco a pouco, parte por parte. Já pelo corpo mental, a consciência funciona de preferência por atacado,
espontaneamente, no todo, nos caminhos universais de manifestações comuns a todos.
392.9. Magnitude. A projeção pelo corpo mental permite o estado da consciência cósmica, por
um lado, e o estado da consciência puntiforme, por outro, ambos esses estados extraordinariamente mais
evoluídos e de mais ampla magnitude do que as manifestações através do psicossoma.
392.10. Manobras. Ao se manifestar pelo psicossoma, nas manobras intermundos da consciência, a decolagem e a interiorização atingem o corpo humano como um todo, da cabeça aos pés. Nas
projeções pelo corpo mental tais manobras se circunscrevem à paracabeça (paracérebro) do psicossoma.
392.11. Desobsessão. As projeções da consciência pelo psicossoma permitem ainda a obsessão e a desobsessão. Ambos os processos tornam-se superados nas projeções evoluídas da consciência
pelo corpo mental.
392.12. Formas. Nas projeções da consciência pelo psicossoma, as formas humanas em geral,
o mecanismo da fala e outras manifestações próprias do homem funcionam ainda para a consciência
projetada. Nas projeções avançadas pelo corpo mental, tais manifestações chegam a desaparecer.
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Bibliografia: Greene (635, p. 49), Vieira (1762, p. 73).
393. PROJEÇÕES SERIADAS
Definição. Projeções conscientes seriadas: experiências da consciência projetada lucidamente
fora do corpo humano apresentando seqüências intensivas.
Sinonímia: projeciorréia; projeções conscientes freqüentes; projeções conscientes seqüenciais.
Indivíduo. Qualquer indivíduo (homem ou mulher) inteligente, criativo, autoconfiante,
esforçado, persistente, determinado, arrojado, entusiasmado com o que faz, consegue, sem dúvida,
produzir pela força de sua vontade, as projeções conscientes em série e a projeção de consciência
contínua. Isso depende apenas de ele querer e se motivar convenientemente.
Tipos. As projeções conscientes seriadas podem ser diárias, em dias alternados, ou semanais, e
perduram por longos períodos, meses ou anos. Geralmente a periodicidade das projeções conscientes, e
essa incidência média, dependem das tarefas extrafísicas intensivas que ocupam a consciência do projetor
quando projetado e das suas condições existenciais humanas.
Freqüência. Em 1968, a freqüência das projeções conscientes foi levantada através de pesquisa
de opinião pública na Inglaterra, constatando-se o seguinte percentual existente entre os projetores: uma
projeção consciente = 60,9%; duas = 8,9%; três = 5,3%; quatro = 2,3%; cinco = 1,7%; seis ou mais
projeções conscientes = 20,9%.
Efeitos. As projeções conscientes em série produzem nove efeitos cumulativos distintos na
personalidade do projetor:
393.1. Motivação. Ajudam a motivar o projetor nas pesquisas através dos estímulos renovados
que lhes fornecem para novas descobertas e indagações.
393.2.Conscientização. Aprofundam a conscientização do projetor quanto às verificações
sedimentadas pelas repetições das experiências e novos ângulos dos mesmos fenômenos.
393.3. Coerência. Eliminam definitivamente o caráter incoerente do conjunto das trajetórias
extrafísicas acaso ocorrentes com o projetor consciente novato.
393.4. Universalismo. Aumentam o desapego da consciência encarnada à vida humana encaminhando-a, naturalmente, para os princípios sadios, desrepressores e emancipadores do Universalismo.
393.5. Alienação. Podem levar o projetor incauto à alienação patológica quanto aos seus
compromissos para com a vida material, familiar, profissional e social.
393.6. Recesso. A fim de evitar a alienação física, os amparadores não somente ajudam o
encarnado a se projetar como também procedem à sua fixação no corpo humano, evitando, em certas
ocasiões, que se projete, causando as fases de recesso nas séries de projeções, ou extinguindo
completamente as experimentações até o fim da existência física do indivíduo, como tem aconte-1 eido
em muitos casos relatados.
393.7. Qualidade. Com o tempo, o projetor vê-se obrigado a implantar um sistema de qualidade
na produção de suas projeções.
393.8. Repouso. O estado de repouso, depois de várias horas de sono, pela madrugada, ou
manhãzinha, às 5, 6 ou 7 horas da manhã, geralmente predispõe o projetor, que esteja vivendo um
período de projeções seriadas, a produzir, espontaneamente, projeções amenas e fenômenos de
clarividência viajora. Tal fato talvez seja devido à superficialidade do sono, nessas condições, que não
permite o aprofundamento da consciência fora do corpo humano, nem a condensação maior do
psicossoma exteriorizado.
393.9. Passivativa. As projeções em série, às vezes dão a impressão nítida de que o projetor,
quando em fase de perfeita sintonia com o Mentor Extrafísico, está numa sessão anímico-me- diúnica
permanente que perdura por vários dias e até por semanas. A consciência do projetor experimenta, nessas
oportunidades, uma condição passivativa constante, com agradável sensação de potência, sob a
ambivalência da natureza anímico-mediúnica da sucessão dos fatos. Estes períodos se caracterizam
também por um estado de descoincidência saudável.
Amenas. Quando o projetor consciente experiente atinge a fase das projeções em série, observa
que se conscientiza do ato de permanecer lúcido nas exteriorizações fisiológicas do sono natural comum,
de todas as noites, ou seja, torna-se quase habitual a ocorrência de projeções consecutivas, amenas,
simples, espontâneas, na base física, com decolagens e interiorizações conscientes, sem maiores
conseqüências, que antecedem grandes projeções, ao modo de projeções prévias, ou a projeções
prolongadas não rememoradas, ou mesmo a períodos de sono natural.
Integração. O projetor consciente veterano somente se desenvolve com equilíbrio, e sem recesso nas projeções seriadas, quando decide manter permanentemente integrados os recursos de que
dispõe para se projetar, vigiando sempre, com racionalidade e sem misticismo, ao mesmo tempo, como
um todo, os aspectos sutis e grosseiros, aparentemente mais díspares, os quais, no entanto, se relacionam
e interagem, por exemplo estes fatos indescartáveis: condição positiva da atmosfera psicológica pessoal;
saúde física; meio ambiente doméstico, profissional e de diversões favorável; domínio consciente da
recepção e da doação de energias; assistência extrafísica habitual a outras consciências; automotivação
constante para se projetar; observância rigorosa da conduta dentro dos princípios da moral cósmica.
Utilidade. As projeções conscientes exigem finalidades ou alvos mentais úteis para serem
mantidas sem recessos. Ninguém consegue manter por muito tempo a produção de projeções conscientes
seriadas, agradáveis à própria consciência, em regime de ociosidade extrafísica.
Alternâncias. Ao invés de ocorrer em dias consecutivos, as projeções conscienciais lúcidas seriadas podem se apresentar estreitamente coordenadas em sucessão, em dias alternados, ou de'três em três
dias,.mantendo em nível elevado a qualidade das percepções extrafísicas, talvez devido ao metabolismo
humano; ao refazimento do sistema nervoso; aos hábitos humanos do projetor consciente; à assistência
patrocinada e coordenada minuciosamente por amparadores, mesmo quando não detectados
ostensivamente; etc.
Cronológico. Contudo, por outro lado, o projetor encarnado, por uma tendência inconsciente,
pode inibir psicologicamente o seu próprio desenvolvimento das projeções conscienciais lúcidas em série.
Por exemplo, isso ocorre quando produz uma projeção consciente num dia, e acha que só deve produzir a
próxima projeção lúcida saltando um dia, ou em dias alternados, a fim de não se prejudicar consciencial
ou energeticamente. Com essa repugnância em usar um processo parafi- siológico de vida extrafísica, ele
bloqueia, por auto-sugestão, a produção do fenômeno projetivo lúcido. O projetor humano pode produzir
diariamente várias projeções conscienciais lúcidas, seja pela manhã, durante o dia, ou durante a noite, sem
sofrer dano algum. Esse efeito psicológico, cronológico, negativo é análogo aos “efeitos de posição” que
ocorrem nas práticas laboratoriais de telepatia.
Conjunto. Nas projeções conscienciais lúcidas em série é comum acontecer uma seqüência de
projeções bem conscientes, inter-relacionadas, numa só noite, formando um conjunto de experimentos
afins, seja com o objetivo de assistência extrafísica (projeção assistencial), ida a determinado ambiente
extrafísico, estudo específico de certo tema, etc.
Incidência. As projeções conscienciais lúcidas seriadas, intensivas, não acontecem somente
com projetores conscienciais veteranos, cônscios, e experientes quanto aos problemas básicos da
Projeciologia. As mesmas podem ocorrer também, sadiamente, com os projetores conscienciais
principiantes, às vezes por espaço de meses consecutivos, ininterruptos, inclusive com o surgimento
intercorrente de: clarividência viajora; projeções conscienciais através do corpo mental; exoproje- ções;
projeções conscienciais lúcidas estando o corpo humano em movimento; etc.
______________________
Bibliografia: Eysenck (493, p. 156), Sudre (1630, p. 176), Swedenborg
(1635, p. 266), Vieira (1762, p. 210).
394. CONSCIÊNCIA PROJETADA E O TEMPO CRONOLÓGICO
Definição. Tempo: sucessão dos fenômenos e duração das coisas mutáveis fixadas pela relação
de causa e efeito.
Sinonímia: quarta dimensão.
Desconcerto. O tempo cronológico constitui um dos fatores mais desconcertantes e desnorteadores dentro do quatro de manifestações das projeções conscientes, por isso, quanto mais se puder
estudá-lo, melhor será para o desenvolvimento dos projetores conscientes em geral e da própria
Projeciologia.
Características. Aspectos principais na análise qualitativa atribuída ao tempo cronológico pela
consciência do projetor encarnado: tempo medido (quantidade); tempo sentido (qualidade); tempo
perceptível; tempo subjetivo; tempo objetivo; tempo imperceptível; tempo indiferente;
tempo normal; tempo lento, tempo rápido; contração do tempo; dilatação do tempo; tempo
menor; tempo maior; tempo passado; tempo presente; tempo futuro; etc.
Cronometria. A Física é a ciência que estuda o tempo em todos os seus aspectos, devendo a
Cronometria, uma ciência experimental, testar suas previsões. Acredita-se que não existam espaço nem
tempo separados da matéria, sendo estes dois conceitos considerados uma unidade indissolúvel (V. cap.
118). Torna-se difícil caracterizar o tempo cronológico, a velocidade da translocação extrafísica e da
projeção em cada corpo, em relação ao tempo da base física. Esses eventos podem ter as seguintes
características de tempo: instantâneos, taquiônicos, com velocidade da luz e sub- luz; devendo estas
relações serem objetos de pesquisa futura, que envolva uma generalização temporal dos fenômenos.
Sobre este assunto será pertinente lembrar que os cientistas da ainda grosseira computação térrestre já
mediram tempos experimentalmente, até ordens de nanossegundos ou 10"9 segundos, ou 0,000000001
segundos e teoricamente, por cálculos, se obtém resultados de até 10~2 2 segundos, ou 0,1 milésimo de
attosegundos (attosseg. = 10~18 seg.).
Propriedades. A estrutura métrica e topológica do espaço-tempo pode modificar-se durante as
atividades psíquicas e paranormais. Principalmente nos ambientes extrafísicos analisados, durante a
formação de formas-pensamentos, etc., as propriedades topológicas do espaço observadas podem ser:
bidimensionalidade curva, tridimensionalidade plana, tridimensionalidade curva, etc., continuidade,
extensão. Propriedades topológicas do tempo: unidimensionalidade acoplada ortogonalmente ao espaço,
continuidade, regulamentação do fluxo temporal, unidirecionalidade. As propriedades topológicas
refletem a integridade ou o aspecto qualitativo do espaço e do tempo. Para cada regra de simetria há uma
correspondente lei de conservação; a lei de conservação de energia surge em virtude da homogeneidade
do tempo; a homogeneidade do espaço leva à conservação do momentum linear; a conservação do
momentum angular surge ligada à isotropia do espaço; acredita-se que a lei de conservação de carga
elétrica parece estar conectada à invariância da probabilidade de ocorrência de um processo quântico,
quando sua amplitude varia por uma fase.
Conceitos. Existem hoje, já estabelecidos, conceitos sobre o tempo gravitacional, eletromagnético, atômico, termodinâmico e entrópico. O tempo tem também suas séries polimórficas e
isomórficas. A propriedade de o tempo diferenciar o futuro do passado é a direcionalidade ou o
transcurso do tempo. Outra propriedade do tempo é a irreversibilidade do seu fluxo do passado para o
futuro, também associada ao aumento de entropia ou desorganização do universo.
Espaço-tempo. Antes de Isaac Newton (1642-1727), as pessoas olhavam o mundo como sendo
bidimensional, as duas dimensões nas quais podiam andar. A visão de Newton mostrou que a direção
vertical era simétrica às outras duas, através de forças gravitacionais, passando de uma simetria
bidimensional para tridimensional. Albert Einstein (1879-1955) mudou então a visão de simetria
tridimensional para quadridimensional plana, na relatividade restrita, e quadridimensional curva na
relatividade geral, onde esta se curva para outra dimensão qualquer desconhecida, e onde quanto maior o
campo gravitacional, mais curvo o espaço-tempo e mais lento é o fluxo do tempo, ou seja, dois relógios
idênticos, sendo que um deles passa algum tempo em um campo gravitacional, então o relógio que estava
no campo estará atrasado.
Tipos. Existe um tempo físico que sofre interferências do meio ambiente, modificando a
velocidade do seu fluxo, quando se encontra em diferentes sistemas de referências, ou sob a presença de
campos de matéria-energia ou determinados estados conscienciais. O tempo consciencial pode penetrar
em fenômenos precognitivos e retrocognitivos, desconhecendo-se ainda as leis básicas que aí interferem
para isso, sendo que provavelmente seja uma análise feita pelo corpo mental que aí consegue penetrar e
que chega até à consciência do indivíduo por intuição.
Diferenças. O sistema do tempo serial, dividido em segundos, minutos, horas, dias, semanas,
meses, anos, séculos e milênios é diferente, de algum modo — e ainda incompreensível para nós — nos
planos extrafísicos evoluídos. As diferenças do tempo cronológico no plano mental puro e,
conseqüentemente, para o corpo mental, desencadeiam uma série de fatos na vida física nem sempre bem
compreendidos por serem de difícil interpretação.
Aparências. As diferenças do tempo cronológico geram concomitâncias aparentes nos agehtes
e condições dos fenômenos de análise problemática porque a consciência atua com velocidade além de
todos os padrões, acima da velocidade da luz.
Relatividade. A consciência encarnada pode experimentar uma projeção de um minuto e
precisar de, no mínimo, meia hora para expor tudo o que vivenciou, viu e ouviu durante aquele minuto
em razão da relatividade do tempo ligado às sensações físicas.
Velocidade. Um projetor pode experimentar uma projeção consciente em que passa por vários
planetas e astros, até além do nosso sistema solar, inclusive vendo os átomos dispersos pelo espaço, sendo
que essa projeção toda dura apenas dez minutos no máximo. É sabido que a luz do Sol demora oito
minutos para chegar à Terra. Então conclui-se daí que a consciência projetada estava, extrafisicamente,
atuando a uma velocidade maior do que a da luz.
Hipotético. O aumento de “freqüência” dos corpos de manifestação da consciência pode ser
que produza um estado antigravitário negativo hipotético, ou de gravidade negativa, onde o aumento de
freqüência deve contribuir também obviamente para um estado muito sutil dos campos dos corpos da
consciência e mudança de sistema de referência da consciência, possibilitando vôos (volitação) com
extrema facilidade a qualquer velocidade pelo espaço e uma dilatação do tempo em relação ao tempo no
referencial do corpo humano, como se prevê através da relatividade geral pela condição da ação do campo
gravitacional, e pela relatividade do movimento.
Fator. 0 médium em transe profundo às vezes parece receber mediunicamente várias entidades,
ou personalidades extrafísicas, ao mesmo tempo. Na clarividência viajora e nas ocorrências das projeções
conscientes sucessivas (talvez fosse melhor dizer: subintrantes), a consciência parece duplicar-se,
manifestando-se à primeira vista em dois locais ao mesmo tempo, na base física e no cenário entrevisto
ou visitado. No entanto, isso acontece apenas aparentemente porque o corpo humano não pode ser
dirigido, no seu todo, por mais de um comando central simultâneo e a consciência não se multiparte (V.
cap. 211). Não se pode acrescentar o fator tempo aonde ele, na verdade, não atua na origem do fenômeno.
Passado. O tempo reveste-se de importância para todos. Por exemplo: combater o passado ou
tentar fugir dele será sempre tolice e perda de energia. O retorno consciencial ao passado constitui fato
inevitável no desenvolvimento do futuro da consciência encarnada por quatro razões fundamentais: a
desencarnação patrocina a visão panorâmica da existência recém-finda do recém-de- sencarnado; ocorre o
reencontro extrafísico do ser desencarnado com as consciências que desencarnaram antes dele; a condição
consciencial, extrafísica, do desencarnado depende da sua existência anterior como encarnado; o estudo
da encarnação precedente, e até de outras reencarnações mais remotas, parece que faz parte indescartável
da programação da reencarnação próxima de cada consciência.
Relógio. Um relógio está associado ao conceito de intervalos de tempos iguais sem alteração.
As batidas do coração, a tomada de pulso, o ritmo do metabolismo, ou a sensação subjetiva do tempo
psicológico do chamado relógio biológico, ou relógio psíquico, não servem hoje como padrão de tempo
material para o homem, por que não pertencem ao chamado tempo absoluto de fenômenos periódicos
com o mínimo de irregularidades. De padrões periódicos como a rotação da Terra evoluiu-se para
precisões como a do relógio atômico de precisão de 1 segundo em 30.000 anos, construindo assim o
homem sua base de tempo no planeta. No entanto, o tempo absoluto de Newton, ou tempo que flui
uniformemente sem qualquer relação com objetos externos é definido através de objetos físicos —
relógios — sujeitos às leis físicas. Experimentalmente, condições como transportes a velocidades
comparáveis com a da luz ou presença de campos gravitacionais intensos, alteram a marcha do tempo.
Tais condições são derivadas das equações da relatividade especial e geral. Por isso, não se pode mais
considerar o tempo como absoluto, mas encará-lo como nova variável que depende do sistema de
referência.
Questões. Será que pessoas com taquicardia, metabolismo acelerado, taquipsiquismo, vivem de
maneira mais acelerada em relação ao tempo cronológico básico das vibrações dos relógios atômicos do
nosso planeta? E quando se entra no mundo extrafísico, através do psicossoma ou do corpo mental, quais
os padrões, o quanto modifica, e quais parâmetros são mais importantes em relação às vibrações dos
relógios atômicos da superfície do planeta? O tempo passa a ser variável, modificável, aos padrões da
vontade? Essas conclusões a respeito do tempo, tornam sem valor o paradoxo: — Se Deus é causa
primeira de tudo o que existe, qual a natureza de Deus? O termo primeira é temporal, contudo o tempo
não é absoluto, mas apenas mais uma variável dentre as outras inúmeras dimensões desses planos sem
parâmetros de comparação com nossos sentidos ordinários do planeta.
Dimensões. De tudo o que já foi cientificamente pesquisado até o presente, sabe-se com certeza, como síntese provisória, que o tempo amalgamado ao espaço tridimensional constitui uma quarta
dimensão. Esta quarta dimensão abre o entendimento humano para compreender as múltiplas outras
dimensões conscienciais existentes, inclusive os complexos fenômenos da consciência humana
projetada.
______________
Bibliografia: Baumann (93, p. 83), Dolis (405, p. 36), Forman (538, p. 154), Frost (560, p.
10), Guéret (659, p. 163), Miranda (1050, p. 17), Muntanola (1108, p. 67), Pushkin (1342, p. 248),
Vieira (1762, p. 122).
396. EVENTOS EXTRAFÍSICOS
Definição. Evento extrafísico: fato ou fenômeno extrafísico vivenciado pela consciência encarnada projetada e, portanto, detectado por suas parapercepções fora do corpo humano.
Sinonímia: acontecimento extrafísico; fato extrafísico; fenômeno extrafísico; ocorrência
extrafísica.
Não-materiais. Vale assinalar neste ponto que a mecânica quântica e as recentes
observações acerca da interconexão quântica indicam claramente que, pelo menos, no âmbito da
Ciência, não pode mais ser uma postura desejável a exclusão de fatos não-materiais.
Tipos. Os tipos dos eventos extrafísicos podem ser: positivos, negativos; evoluídos,
atrasados; agradáveis, desagradáveis; preto e branco, colorido, coloração neutra; surpresa, trauma,
ataque. extrafísico; geografia extrafísica ou parageografia; colônia espiritual; instituição extrafísica
especializada, feminina, por exemplo; assistência a reencarnantes; etc.
Ambientes. Os ambientes extrafísicos e os eventos que se desenvolvem no plano extrafísico
estão intimamente relacionados, uns dependendo dos outros. As influências mesológicas em planos de
vital influência dos pensamentos são maiores do que na esfera humana.
Características. Dentre as características dos eventos extrafísicos vivenciados pela
consciência encarnada projetada destacam-se: quietude, atividade intensa, deambulação incessante;
meditação extrafísica; episódios simples, circunstâncias extrafísicas díspares, fatos complexos;
surpresas, contratempos, traumas; projeção visual extrafísica; etc.
Velocidade. Na velocidade dos eventos extrafísicos devem ser observados estes fatores:
slow motion; tempo cronológico; velocidade taquiônica; velocidade do pensamento; despercebimento
da passagem dos eventos extrafísicos; etc.
Seqüência. Na seqüência dos eventos extrafísicos ressaltam-se: cena única; cenas múltiplas;
série de eventos encadeados; mudanças bruscas; interregnos; paralisação; continuação coerente;
mudança do cenário somente; mudança do cenário e da consciência; acontecimentos num plano só;
acontecimentos em mais de um plano; participação voluntária do projetor (protagonista); não
participação do projetor (espectador); momentos-chaves; clímax; últimas cenas (rememoração); etc.
Repetitivos. Dentre os eventos extrafísicos repetitivos assinalam-se padrões comuns: deslocamento até o teto da habitação; sensação de ausência de peso; sensação de queda; atravessar moradias
humanas pela frente de suas fachadas; volitar a meia altura; contemplar paisagens humanas; cooperar
na assistência a enfermos encarnados e desencarnados; sofrer traumas extrafísicos (projetor novato);
etc.
_____________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 140).
396. EVENTOS EXTRAFÍSICOS MARCANTES
Classificação. Os eventos extrafísicos marcantes para a consciência encarnada projetada podem ser classificados em eventos extrafísicos privativos e eventos extrafísicos públicos.
396.1 Privativos: experimentar a retração do cordão de prata; contemplar o próprio corpo
humano inanimado; analisar o cordão de prata; mudar o próprio traje extrafísico; encontrar projetores
encarnados projetados, recém-desencarnado, licantropo, animal extrafísico; visitar colônia espiritual; ser
arrebatado por uma corrente de força; integrar-se a uma comemoração extrafí- sica; deparar com artefato
extrafísico; fazer evocação extrafísica positiva; passar por experiência pitoresca; ajudar a um resgate
extrafísico; servir de isca espiritual com inteira lucidez; ser impelido à confrontação extrafísica visando a
uma conciliação; sofrer ataque extrafísico direto; praticar a mimetização extrafísica; observar-se num
espelho grande comum; ver a própria sombra refletida; participar da assistência à desencarnação de
alguém; examinar uma gestante vigil; etc.
396.2 Públicos: aparecer a encarnado; produzir telepatia com encarnado; promover a bilocação física; conseguir sensibilizar película de filme, seja foto, cine, vídeo-teipe; etc.
Gestante. A projetora-gestante, em particular, pode proceder ao auto-exame extrafísico.
__________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 120).
397. TRAUMAS EXTRAFÍSICOS
Definições. Trauma extrafísico: afluxo de excitações excessivo à tolerância da consciência
encarnada projetada e à sua capacidade de dominar e metabolizar parapsiquicamente estas excitações;
alteração consciencial causada por todo fator fora do corpo humano que abala o equilíbrio e a lucidez da
consciência encarnada projetada.
Sinonímia: choque consciencial; choque extrafísico; perturbação extrafísica; estresse extrafísico; trauma projetivo; traumatismo extrafísico.
Psicossoma. O trauma extrafísico parece que surge somente, ou mais pronunciadamente, na
consciência encarnada que esteja projetada através do psicossoma, ou do corpo das emoções. É mais
freqüente ao projetor principiante, em razão de vivência rápida, surpresa, ou elemento desconhecido que
traz o aumento de excitação à consciência projetada despreparada para liquidá-lo, ou assimilá-lo,
acarretando, então, perturbações efêmeras.
Causas. O trauma extrafísico caracteriza-se por: um agente desencadeante específico, quase
sempre identificado de modo espontâneo na oportunidade; um grau peculiar de intensidade;
suscetibilidade da consciência; e extensão da incapacidade de a consciência projetada responder de forma
adequada ao trauma, seja absorvendo-o, sublimando-o, ou superando-o com naturalidade, imediatamente
à ocorrência.
Agentes. Os agentes traumatogênicos ou desencadeantes mais comuns permitem dividir os
traumas extrafísicos em dois tipos básicos: os microtraumas e os macrotraumas.
397.1
Microtraumas. Os microtraumas são os pequenos choques extrafísicos gerados pela
inexperiência da consciência encarnada projetada: passar a mão extrafísica (paramão) através da estrutura
de objetos físicos; atravessar paredes e portas fechadas com naturalidade; transpassar corpos de seres
humanos (autopermeabilidade); contemplar “cara-a-cara” o próprio corpo humano incapacitado
(autobilocação); ver o próprio psicossoma refletido num espelho comum (auto-reflexão); decolar através
do psicossoma do corpo humano de sopetão (fuga astral); ouvir o som da interiorização súbita; examinar
minuciosamente o cordão de prata; sentir o momento exato da perda da respiração; experimentar o estado
de euforia extrafísica; etc.
397.2
Macrotraumas. Os macrotraumas são os choques extrafísicos maiores e que geralmente sustam o prosseguimento natural da experiência da consciência projetada fora do corpo humano:
emoção forte; impulso sexual com reflexos extrafísicos; encontro ou reencontro extrafísico com
personalidades conhecidas, amigos ou parentes desencarnados; retrocognição extrafísica; evento
extrafísico inesperado surpreendente; ato de sofrer ataque extrafísico violento de entidade extrafísica
enferma; rápido acúmulo de várias excitações toleráveis isoladamente, mas intoleráveis quando reunidas
num curto período extrafísico da consciência encarnada; ato extrafísico de tomar conhecimento de
verdade inquestionável; tarefa envolvente de desobsessão extrafísica; etc.
Efeitos. Os traumas extrafísicos mais comuns sobre a consciência encarnada projetada podem
produzir: efeitos extrafísicos e efeitos físicos.
397.
§ 01. Extrafísicos. Os efeitos extrafísicos dos traumas extrafísicos surgem na consciência encarnada projetada ainda no plano extrafísico: encerramento prematuro da experiência
extrafísica; retorno imprevisto da consciência à base física; interiorização consciencial súbita; etc.
397. § 02. Físicos. Os efeitos físicos dos traumas extrafísicos são emocionais ou mecânicos e
surgem depois, no plano humano, com a consciência já no estado da vigília física ordinária: retornointeriorização-despertamento físico simultâneos, instantâneos; repercussão física; desper- tamento físico
súbito; lapsos de consciência que provocam a amnésia breve, tanto a retrógrada, mais rara — quando é
impossível recordar eventos que ocorreram antes do trauma —, quanto a anterógrada, mais comum, ou a
incapacidade de se lembrar dos eventos que se seguiram ao trauma; etc.
Soma. Julgo que não surgem efeitos negativos posteriores, duradouros, de monta, para o
projetor desassombrado, advindos dos traumas extrafísicos, porque o soma, ou corpo humano, e a própria
vida humana, atuam como veículos neutralizadores ou de descarga natural do trauma.
Traumaterapia. Na verdade, o trauma extrafísico funciona de modo terapêutico para a
consciência do projetor, vacinando-o, ou curando-o a respeito de aspectos do plano extrafísico que
desconhecia e jamais vivenciara.
Evolução. Julgo que os traumas extrafísicos são de fato inevitáveis e indispensáveis ao desenvolvimento individual das projeções conscientes e à evolução extrafísica do projetor veterano. No
entanto, ainda existem inúmeros aspectos obscuros neste assunto das emoções físicas-extra físicas,
exigindo ingentes pesquisas avançadas a fim de serem melhor entendidos (V. cap. 276).
________________
Bibliografia: Castaneda (258, p. 132), Monroe (1065, p. 155), Vieira (1762, p. 120).
398. FATORES POSITIVOS À PROJEÇÃO CONSCIENTE
Gerais. Fatores gerais catalíticos, os mais diversos, podem predispor, precipitar o processo ou
mesmo gerar uma projeção consciente: estado hipnagógico; sono natural; sonho comum; pesadelo; estado
hipnopômpico; estado de relaxação; auto-sugestão; concentração profunda; emoção forte; motivação
intensa; medo extremo; devaneio; transe mediúnico; transe hipnótico; prática de ioga; despertamento da
kundalini; estimulação Ganzfeld; treinamento; exercício físico; estresse físico; privação sensorial;
repressão de necessidade fisiológica; droga fraca ou forte; enfermidade crônica ou aguda; anestesia
cirúrgica; choque; parto; acidente; causa indeterminada.
Classificação. Há vários fatores positivos ou predisponentes específicos à projeção consciente,
classificados conforme a sua natureza em psicológicos, fisiológicos, físicos e extrafísicos.
398.1 Psicológicos: boa intenção; senso de fraternidade espontânea; otimismo; despreocupação;
afrouxamento dos cordéis mentais; mente aberta e relaxada; desassombro; curiosidade sadia e
fecunda; dispor de tempo; autocrítica; disciplina de hábitos; motivação, interesse; vontade sincera
de se projetar, o coadjuvante mais confiável da projeção; vocação de andarilho; autoconhe- cimento
do próprio corpo humano e do eu; procedimentos auto-sugestivos; hipnose; estado de divagação,
devaneio; confiar nas faculdades do psicossoma; pensar sobre a projeção consciente; ler sobre a
projeção consciente, desde que não seja portador de insônia; etc.
398.2 Fisiológicos: ir para a cama no momento em que o sono chega; sono natural; sonolência;
hábito de dormir de costas; posição deitado de costas no leito; cansaço relativo; autocontrole
emocional; relaxação; manter-se relaxado durante o dia, evitando conflitos; vida sexual equilibrada;
período relaxante posterior ao ato sexual sem conotações negativas; baixa freqüência cardíaca;
determinadas doenças; desintoxicação orgânica; jejum; disenteria prolongada, devido à consumpção e ao enfraquecimento físico; certos gêneros de mediunidade desenvolvida; precedente de
conscientização de estar sonhando durante o sonho; freqüentes repercussões físicas anteriores;
hábito de se projetar; conservação da imagem de si próprio exteriorizado; etc.
398.3 Físicos: tempo bom; ambiente favorável à projeção consciente; ambiente familiar
empregado para base física; base física obscurecida; pessoa amiga dormindo próximo ao corpo humano incapacitado; trajes mínimos para dormir; etc.
398.4 Extrafísicos: conduta conforme a moral cósmica; serenidade durante a projeção
consciente; relações extrafísicas positivas; não duvidar de si mesmo e de suas possibilidades extrafísicas; etc.
Agregações. A projeção consciente pura ou natural é exeqüível com a dispensa de todas as
agregações psicológicas, místicas ou cientificistas, provenientes de fontes externas, artificiais ou
ocasionais.
Intimidade. Tudo o que conduz a pessoa, sadiamente, para dentro da intimidade de si mesma,
contudo mantendo a vontade constante de sair do próprio corpo humano, favorece a prática da projeção
consciente. Eis porque recomendo as práticas projetivas a todas as pessoas religiosas, de todas as
confissões, e a quem faz retiro psicológico movido por qualquer intenção nobre e justa.
Idade. A idade física pode influir nas projeções conscientes do homem e da mulher. Em razão
da imaturidade do entendimento das sensações, as projeções conscientes na infância diferem, às vezes,
das projeções conscientes produzidas na adolescência que já podem vincar a personalidade encarnada, e
na maturidade, menos fáceis e mais raras, que descortinam definitivamente os panoramas conscienciais.
A consciência reencarnante manifesta-se, geralmente, na forma da personalidade anterior, até um dia
antes do renascimento, podendo ocorrer ainda a projeção do espírito do feto.
Atividades. Por outro lado, o fato de manter-se o projetor envolvido em atividades do dia-adia, ou de sobrevivência física, saudáveis, por mais surpreendente pareça, auxilia o desenvolvimento das
suas projeções conscientes. Já a troca de impressões, o somatório de idéias, o diálogo com outros
projetores, sustentam a manutenção da motivação para se projetar e evitam os recessos prolongados nas
séries de experimentos.
Inteligências. A cognição constitui a complexa mistura formada pela percepção, a análise e a
compreensão das informações recebidas. Quanto mais elevadas sejam as manifestações dos dons
independentes e intercomunicantes de inteligência do projetor — seja a inteligência quanto à linguagem,
a inteligência matemática, a inteligência relativa ao próprio corpo humano, a inteligência de
relacionamento, a inteligência musical, e a inteligência espacial — maior será a possibilidade de ele
ampliar os períodos extrafísicos da sua consciência projetada, dilatar a quantidade das suas projeções em
série, e aumentar a média da qualidade das suas percepções extrafísicas e das projeções conscientes em
geral.
Exemplos. A competência intelectual do projetor, ou projetora, em qualquer campo, pode
favorecer as suas práticas projeciológicas, por exemplo: a sua inteligência quanto à linguagem ò levará
facilmente ao conscienciês (V. cap. 286); a inteligência que demonstra relativa ao seu próprio corpo
humano permitir-lhe-á entender e utilizar melhor os veículos de manifestação da sua consciência (V. cap.
84); a sua inteligência de relacionamento correto dar-lhe-á melhores oportunidades de contatos
extrafísicos (V. cap. 312); a inteligência espacial ajudar-lhe-á na apreensão e aplicação da orientação
extrafísica (V. cap. 231); etc.
Parto. Certos distúrbios e acidentes do parto parecem predispor positivamente a projeção
consciencial lúcida, ou seja, potencializam a projetabilidade do recém-encarnado (V. cap. 409), qualidade
que se manifestará plenamente mais tarde. No entanto, o ato do nascimento em si, fisiológico, nada tem a
ver com o desempenho posterior do projetor consciencial (V. Susan J. Blackmore).
Conceitos. Constituem ainda fatores positivos para gerar a projeção consciencial com lucidez,
a .conscientização quanto às diferenças básicas existentes entre os conceitos de sensação, instinto,
autoconsciência, emoção, razão, sentimento, e suas conseqüências, sobre os quais se pode começar a
meditar a partir destes seis enunciados:
398. § 01. Sensação: processo sensorial consciente correlacionado a um processo fisiológico, e
que proporciona ao homem e aos animais ditos superiores o conhecimento do mundo externo. Tipos: frio,
calor, etc.
398. § 02. Instinto: forças de origem biológica inerentes ao homem e aos animais superiores, e
que atuam, em geral de modo inconsciente, sem o exercício da razão, porém com finalidade precisa, e
independentemente de qualquer aprendizado. Tipos: instinto autopreservativo, instinto gregário, instinto
sexual, instinto maternal, etc.
398. § 03. Autoconsciência: consciência que adquire a capacidade de refletir sobre si mesma
(consciência-em-si). Efeitos: noção daquele que sabe quem é, onde está, o que faz, etc.
398. § 04. Emoção: reação intensa e breve do organismo a um lance inesperado, a qual se
acompanha de um estado afetivo de conotação penosa ou agradável, dependente de centros dience- fálicos
e comportando, normalmente, manifestações de ordem vegetativa, sem maiores racionalizações. Tipos:
amor, paixão, desgosto, ódio, cólera, tristeza, alegria, medo, ansiedade, repugnância, etc. Toma-se
deveras importante saber que a expressão emocional de um indivíduo constitui o conjunto de
manifestações visíveis, reveladoras de um estado emocional patente, sobretudo estas nove: reações
vasculares: enrubescimento ou palidez do rosto; reações respiratórias: suspiros; reações ex- piratórias:
risos; reações mistas: soluços; reações glandulares: lágrimas, suores; reações musculares generalizadas:
tremores; reações faciais: caretas ou sorriso; reações fonéticas: gritos; reações pilo- motoras: pele
arrepiada e pélos eriçados.
398. § 05. Razão: faculdade que tem o homem, e o distingue dos outros animais, de estabelecer
relações lógicas, de conhecer, de compreender, de raciocinar, e que o conduzem às idéias originais.
Efeitos: juízo, lógica, discernimento, prudência, bom senso, etc.
398. § 06. Sentimento: disposição afetiva em relação a coisas de ordem moral ou intelectual,
constituindo a racionalização de emoções. Tipos: fraternidade, renúncia, abnegação, desassombro, paz
interior, etc. Os sentimentos.positivos levam a consciência ao equilíbrio, à estabilidade mental e
emocional, e ao autodomínio físico e extrafísico.
Escala. Na análise em conjunto, pode-se considerar, numa escala crescente de complexidade: 1.
A sensação humana: a forma complexa do instinto animal; 2. A emoção humana: a forma complexa da
sensação humana; 3. O sentimento do homem: a forma complexa da emoção humana; 4. A maturidade
extrafísica da consciência: a forma complexa do sentimento do homem.
__________________
Bibliografia: Blackmore (140, p. 229), Denning (391,p. 6), Morris (1089,p. 1), Muldoon
(1105,p. 197), Roll (1566,p. 230), Vieira (1762,p. 123).
399. UTILIDADES PESSOAIS DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Utilização. Embora a experiência da projeção consciente seja um fato inerente à história do
homem, e já existindo impressionante volume de casos registrados a respeito, infelizmente, ainda hoje, tal
experiência, não evidente, não é percebida, não aplicada com adequação, não utilizada na vida prática,
nem usufruída sadiamente pela maior parte da humanidade terrestre. Pelo contrário, ainda existe muita
gente que vai ao psiquiatra, notadamente jovens levados pela insistência de parentes, pelo fato de estar
vendo — através de projeções conscientes espontâneas sadias — o próprio corpo humano' quando se acha
plenamente consciente fora dele. Lastimavelmente essa é uma atitude de plena ignorância geral quanto às
realidades parapsíquicas. Oxalá possa este livro contribuir para minorar de algum modo esse
obscurantismo da nossa moderna civilização.
Indicação. A projeção consciente humana pode ser utilizada basicamente para tudo aquilo que
favoreça e aperfeiçoe a vida da consciência encarnada, por ser um meio ou recurso de se obter
conhecimento espiritual que não poderia ser obtido de outro modo.
Autoconceito. A projeção consciente permite à criatura humana alcançar estas oito conquistas
personalíssimas: esclarecer coisas a seu próprio respeito; modificar o seu ânimo; eliminar o senso de
insegurança; injetar em si mesma autoconfiança para viver; tratar dos próprios problemas emocionais
com maior realismo; ampliar o senso individual de competência; restaurar a auto-ima- gem psicofísica; e
reestruturar um novo autoconceito com o qual poderá viver melhor e mais produtivamente.
Tipos. Dentre as finalidades pessoais da projeção consciente devem ser destacados cinco tipos
de revolucionárias utilidades básicas onde o fenômeno pode colaborar como benefício ao homem:
utilidades terapêuticas, utilidades psicológicas, utilidades educativas, utilidades parapsicoló- gicas, e
utilidades práticas específicas.
Utilidades terapêuticas:
399.1. Cura da obsessão através da desobsessão extrafísica patrocinada até mesmo pelo projetor
consciente, ou projetora consciente, por si e para si mesmo.
399.2. Eliminação da tanatofobia, ou o medo mórbido da morte, através do reconhecimento da
existência de outras dimensões conscienciais e dos veículos de manifestação da consciência encarnada.
399.3. Eliminação da pneumofobia, ou o medo de ver ou se encontrar com os seres desencarnados, através da convivência direta com os amparadores.
399.4. Eliminação da projeciofobia, ou o medo de sair conscientemente para fora do corpo
humano, através da rotinização dos experimentos projetivos conscientes.
399.5. Eliminação da acrofobia, ou o medo aos lugares elevados, e da aerofobia, ou o medo de
voar (avião), através da prática da volitação desimpedida em planos extrafísicos.
399.6. Utilização da projeção consciente como recurso de adaptação espontânea do organismo
humano ao desastre, à cirurgia, a acidente, ou a estresse emocional.
399.7. Aplicação da experiência da projeção consciente como coadjuvante psicológico, positivo
e poderoso, em casos de doença fatal ou de tendência ao suicídio.
399.8. Assistência à dupla gestante-feto pela própria projetora-gestante.
399.9. Conquista do estado de saúde supranormal, porque aprofunda a relaxação, elimina a
tensão, aumenta e focaliza a concentração, aperfeiçoa a memória, melhora os reflexos, aumenta a
autoconfiança, e intensifica a motivação para viver.
Utilidades psicológicas:
399-10. Obtenção do equilíbrio emocional através da prática da serenidade extrafísica.
399.11. Encontros com criaturas amadas fora do corpo humano.
399.12. Reconciliação direta com adversários extrafísicos provenientes do passado ou mesmo
do presente do próprio projetor.
399.13. Aniquilamento da hipocrisia de todos os tipos.
399.14. Possibilidade do lazer extrafísico, ou mini férias extrafísicas, através das viagens instrutivas da consciência.
399.15. Descerramento dos horizontes de outra vida mais ampla, rica e definitiva, com o entendimento da moral cósmica, permitindo o controle sobre a vida terra-a-terra e as soluções dos problemas
do dia-a-dia.
399.16. Desfrute da sensação incomparável da felicidade sem razão aparente e da vida sem
tempo.
Utilidades educativas:
399.17. Atalho no caminho progressivo pela agilização do autoconhecimento espiritual.
399.18. Método ideal de educação da consciência pela aquisição da conscientização profunda
da identidade pessoal.
399.19. Desrepressão da consciência integral.
399.20. Ampliação da extensão da consciência pelo corpo mental.
399.21. Libertação da consciência da prisão às formas humanas.
399.22. Recolhimento de opiniões extrafísicas com as respostas para muitos mistérios da vida
física.
399.23. Captação extrafísica de idéias originais.
399.24. Descortínio da convivenciologia universalista.
399.25. Substituição das crenças em geral pela transformação da teoria da fé raciocionada
ampliada em conhecimento direto, prático, inquestionável e definitivo.
399.26. Auto-afirmação da curiosidade sadia.
399.27. Eliminação gradual da necessidade de a consciência reencarnar. Esta constitui a
principal finalidade da projeção consciente, ou seja, a sua função anti-reencarnatória.
Utilidades parapsicológicas:
399.28. Único processo de se desfrutar outro terço de vida consciente, rotineiramente desperdiçado pela quase totalidade da população terrestre sob as exigências draconianas do sono natural.
399.29. Prova individual incontroversa da existência do psicossoma, do cordão de prata, dos
centros de força, do corpo mental e da sobrevivência da consciência à morte do corpo humano.
399.30. Dinamização do desenvolvimento prático da mediunidade superior de todos os
gêneros.
399.31. Obtenção da retrocognição extrafísica com as provas definitivas da própria reencarnação.
399.32. Aquisição de traquejo nas experiências extrafísicas.
399.33. Meio de contato com amigos e pessoas queridas já desencarnados.
399.34. Aperfeiçoamento da atuação do cordão de prata.
399.35. Absorção extrafísica de prana ou energia cósmica.
399.36. Visita a ambientes extrafísicos de toda natureza.
399.37. Visita a locais humanos fisicamente inacessíveis ou inóspitos tais como desertos,
matas fechadas, regiões gela.das, cavernas, profundezas da terra, profundezas oceânicas, cordilheiras, etc.
399.38. Visita a locais humanos proibidos a estranhos como áreas militares, zonas industriais,
estabelecimentos policiais, organizações secretas, bibliotecas interditadas ao público, etc.
399.39. Pesquisa em outros astros através das exoprojeções.
399.40. Consulta a uma verdadeira agência de informações transcendentes, além de todos os
cálculos e previsões.
399.41. Oferecimento ao encarnado da possibilidade de antecipação das tarefas da projeção da
consciência pelo corpo mental que o esperam ao desencarnar.
399.42. Verificação pessoal da existência ou não de entidades extrafísicas obsessoras atuando
sobre a pessoa do próprio projetor.
Utilidades práticas específicas:
399.43. Fortalecimento antecipado àquele que vai se expor a risco de morte do corpo humano.
399.44. Execução de ações extrafísicas positivas para inválidos e deficientes físicos em geral,
inclusive cegos e surdos-mudos.
399.45. Desfrufe de liberdade extrafísica temporária para o presidiário.
399.46. Superação das distâncias físicas através de processos extrafísicos.
399.47. Aproveitamento do tempo humano para pessoas disponíveis, aposentadas, e que sofram solidão ou isolamento.
399.48. Encontro da saída para a pessoa perdida dentro de caverna escura.
399.50. Procura de casa para comprar em bairro ou localidade distante.
Objetivos. O método científico e as várias técnicas da Ciência aplicados à Projeciologia objetivam incrementar o conhecimento do homem (objetivo cognitivo), aumentar-lhe o bem-estar e expandirlhe o poder (objetivos utilitários).
______________
Bibliografia: Baumann (93,p. 95), Denning (391,p. 1), Frost (560,p. 19), Greene (635,p. 93),
Greenhouse (636, p. 118), Leadbeater (901, p. 306), Malz (992, p. 97), Mittl (1061, p. 5), Rigonatti
(1401,p. 14), Rogo (1444, p. 166), Vieira (1762, p. 5).
400.
RECICLAGEM ENCARNATÖRIA PROJETIVA
Definição. Reciclagem encarnatória projetiva: mudança para melhor, operada pelo impacto da
projeção consciente, de todo o curso e da perspectiva da vida humana da consciência que, por isso, adota
um novo conjunto de valores ante o universo.
Sinonímia: guinada encarnatória; moratória encarnatória projetiva; reavivamento encarnató- rio
projetivo; religião instantânea.
Reflexão. 0 fenômeno da projeção consciente, com elevado percentual de lucidez, desafia o
raciocínio do indivíduo, gera inevitável aumento da sua reflexão mental e faz com que o mesmo pare
para pensar, observando mais atentamente as coisas da vida em seu derredor e repense, de fato, a sua
visão do mundo. Tais efeitos acabam por ocasionar mudanças individuais maiores ou menores de opinião
e comportamento, sendo esta mais uma utilidade evidente da projeção consciente.
Efeitos. Dentre os efeitos que instalam a reciclagem encarnatória de origem projetiva destacamse: reavivamento psicológico; iluminação espiritual; demarcação da existência humana em dois períodos
distintos, antes e depois da projeção marcante; redefinições generalizadas aplicadas à vida humana;
moratória encarnatória; conversão intelectual súbita; etc.
Passado. Em épocas passadas, a reciclagem encarnatória projetiva aflorava depois de visões,
êxtases místicos, estados diversos de expansão da consciência ou da auto transcendência e, por isso,
aconteceu o afloramento de seitas e religiões por toda a parte, entre os mais diferentes povos.
Moratória. A reciclagem encarnatória projetiva pode se instalar precedida pela moratória
encarnatória, que surge em geral depois de algum trauma físico profundo, enfermidade grave, acidente
quase fatal, crise existencial, freqüentemente acompanhada pelo fenômeno da quase-morte, no caso, a
projeção ressuscitadora ( V. cap. 34), quando a consciência encarnada recebe — muitas vezes plenamente
consciente — um complemento de tempo cronológico humano para a sua encarnação a fim de completar
tarefa, cumprir obrigações ou responder a resgate cármico, etc.
______________
Bibliografia: Blackmore (145, p. 309), Portela (1275, p. 127), Vieira (1773, p. 5).
401.
UTILIDADES PÚBLICAS DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Tipos. Dentre as finalidades públicas da projeção consciente podem ser evidenciadas as utilidades terapêuticas, as utilidades parapsicológicas e as utilidades práticas específicas.
Utilidades terapêuticas:
401.1. Assistência extrafísica a encarnados e desencarnados, anônima ou visível (aparição do
projetor projetado).
401.2. Resgate extrafísico de encarnado projetado nos processos de obsessão e possessão.
401.3. Diagnóstico extrafísico ou telediagnóstico projetivo.
Utilidades parapsicológicas:
401.4. Prova da existência do espírito humano para outrem (aparição do projetor encarnado ou
aparição intervivos).
401.5. Prova da existência do psicossoma (bilocação física).
401.6. Experimento programado das projeções conscientes em laboratório.
Utilidades práticas específicas:
401.7. Estabelecimento da cartografia vibratória dos ambientes físicos e extrafísicos.
401.8. Pesquisas históricas através da retrocognição projetiva.
401.9. Rastreamento extrafísico de pessoas desaparecidas, raptadas; desastres de aviação;
acidentes com embarcações; etc.
401.10. Rastreamento extrafísico de pessoas que cometeram atos anti-sociais (investigação
policial).
401.11. Rastreamento extrafísico de cardumes (método primitivo).
401.12. Rastreamento extrafísico de fósseis e antigüidades (pesquisas arqueológicas).
401.13. Rastreamento extrafísico de minerais (pesquisas geológicas).
401.14. Exploração extrafísica das cavidades naturais do solo: grutas, cavernas, fontes, etc.
(pesquisas espeleológicas).
401.15. Pesquisas de Anatomia; Histologia, incluindo células, genes, DNA; Microbiologia em
geral; do átomo, das partículas subatômicas; etc., através do corpo mental.
401.16. Espreita ou investigação pela espionagem extrafísica. Recurso obviamente negativo
ao projetor.
40117. Sondagem espacial através de sondas conscienciais.
401.18.Impulso à pesquisa espacial por ser o método mais prático de viagem espacial.
Vigilância. Uma das aplicações práticas, imediatas, do fenômeno da projeção consciente, e que
se torna obrigação inarredável do projetor consciente, veterano, em seu favor, em favor dos outros, e do
ambiente aonde vive, é o serviço de defesa e vigilância extrafísicas. Este serviço, com o desenvolvimento
da Projeciologia, será um dia executado permanentemente por toda a parte. Através dele, o projetor
consciente, vígil e projetado, controla o ambiente físico-extrafísico da sua base física, afastando dali todas
as possíveis entidades extrafísicas invasoras, inconvenientes, que apareçam, tais como: invasores
extrafísicos de residências, consciçntes e inconscientes; acompanhantes conscientes e inconscientes de
residentes; sonâmbulos extrafísicos, desencarnados; sonâmbulos extrafísicos, encarnados, projetados;
consciências-objetos do serviço de isca espiritual; obsessores clássicos contumazes; tiradores de
satisfação quanto ao trabalho assistencial extrafísico; penetras extrafísicos de todos os gêneros; inocentesúteis usados por obsessores; esculcas extrafísicos enfermos; assaltantes espirituais; doentes curiosos
extrafísicos; crianças extrafísicas “aparentemente perdidas”; etc
Segurança. A projeção consciencial lúcida espontânea às vezes funciona qual mecanismo fisiológico de segurança usado pela consciência a fim de prevenir choque ou trauma excessivo e permitir que
a pessoa consiga ir além da dor e do medo para entender o que de fato está acontecendo consigo.
Futuro. A Projeciologia permitirá, no futuro, o levantamento da Carta Vibratória de cada
cidade humana, indicando aos interessados onde gravitam as vibrações positivas, mais sutis ou melhores,
e as negativas, mais pesadas ou piores, bem como o Mapa Extrafísico do meio ambiente circundante aos
conglomerados humanos. Dentre os fator.es já detectados até hoje, neste sentido, constam: correntes
extrafísicas. de energia; serviços setoriais de assistência extrafísica; o vampirismo extrafísico franco nos
ambientes dos matadouros de animais; e outros.
Sondas. Os projetores conscientes projetados serão usados, no futuro, como sondas conscienciais para rastrear: outros corpos celestes, astros e planetas distantes da Terra, especialmente através
do corpo mental, pois no plano mental, as distâncias desaparecem e o tempo cronológico não tem a
mesma magnitude do que no estado da vigília física ordinária; assim como serão empregados para
pesquisar o microcosmo da matéria, suas interações de campo, dipolos e multipolos de ondas
eletromagnéticas, núcleos, elétrons, neutrinos, etc., sem as interferências de interações de aparelhagem,
mas apenas com a consciência pura; etc.
_________________
Bibliografia: Brittain (206, p. 53), Greene (635, p. 93), Greenhouse (636, p. 89),
Leadbeater (901, p. 306), Murphy (1111, p. 58), Steiger (1601, p. 124), Targ (1651, p. 169),
Vieira (1773, p. 5).
402.
FATORES NEGATIVOS A PROJEÇÃO CONSCIENTE
Classificação. Os fatores negativos ou inibitórios da projeção consciente podem ser classificados conforme a sua natureza em psicológicos, fisiológicos, físicos e extrafísicos.
402.1.Psicológicos: pânico; inquietação; ansiedade; indisciplina; pensamentos saltuários; idéias
obsecantes; estar preocupado com horário marcado; manter expectativa sobre o dia seguinte; manter o
relógio corporal, psicofisiológico, em descompasso ccm a escala dia-noite; preguiça; subjugação ao sono
natural; pessimismo; misoneísmo; sentimento de mágoa; intenção condenável; despreparo para a projeção
consciente; ver filme no cinema, na tevê, ou por vídeo-cassete, de enredo absorvente, pouco antes de
deitar para se projetar; etc.
402.2. Fisiológicos: descontrole emocional; posição de bruços no leito; perturbação devido ao
andamento do processo digestivo, por isso, as refeições pesadas devem ser feitas duas horas antes de se
predispor para a projeção consciente; ingerir bebidas alcoólicas antes da tentativa do experimento
projetivo; intoxicação orgânica; constipação intestinal, devido à acumulação de matéria usada dentro do
corpo humano; prolongada atividade intelectual que empregue a excitação cerebral ou emotiva, avançando
a jornada de trabalho até altas horas, sejam com discussões em torno de idéias, disputas familiares, e
outras; freqüência cardíaca elevada; tabagismo; insatisfação sexual; etc.
402.3. Físicos: distúrbios atmosféricos na base física; mormaço; temperatura muito elevada ou
muito baixa no quarto de dormir; ambiente desconhecido utilizado como base física; música de fundo na
base física (para a maioria dos projetores veteranos); ruídos próximos ao corpo humano; pessoa acordada
próxima ao corpo humano do praticante; roupas pesadas para dormir; determinadas drogas mesmo quando
corretamente indicadas para terapêutica indispensável, por exemplo, os estimulantes que dilatam a
vigilância; etc.
402.4. Extrafísicos: medo durante a projeção; receio de não voltar ao corpo humano; o medo
extrafísico causa retorno involuntário, repercussão física e catalepsia física; emocionalismo extrafísico;
invasão extrafísica, com intenção negativa, da privacidade de encarnado ou desencarnado, homem ou
mulher; rastreamento extrafísico de interesses terra-a-terra; o impulso sexual extrafísico desestabiliza o
psicossoma liberto que acaba sendo tracionado pelo cordão de prata de retorno ao corpo humano, além de
outras conseqüências; etc.
Estimulantes. Torna-se negativo também ingerir, quatro horas antes de se deitar, bebidas
estimulantes do cérebro, especialmente as que contêm cafeína, por exemplo, café, chá, chocolate quente e
refrigerantes do tipo cola. O corpo humano começa a sentir o efeito estimulante da cafeína entre trinta
minutos a uma hora após ingerida qualquer destas bebidas. Uma simples xícara de café, conforme a
pessoa, é capaz de excitar o córtex cerebral até sete horas depois de ingerida.
Interpretação. Determinadas observações errôneas nascem da completa ausência de conhecimento especializado. Há autor que tenta intelectualmente colocar uma nova interpretação sobre os
conceitos da projeção ou prática sobre a mesma. Isso conduz os seus leitores a uma atitude de
estreitamento da mente que acaba proibindo, cerceando e anulando a sua inquirição criativa e,
conseqüentemente, os seus recursos de projetabilidade.
Insoníferos. Todos os bloqueadores do sono natural, ou provocadores de insônia, seja qual for a
natureza, atuam contra os experimentos projetivos: drogas alopatas, os estimulantes, por exemplo, que
dilatam o período de vigilância do indivíduo; medicamento homeopata contra dores, a Paulínia Sorbilis,
por exemplo; ou o refrigerante guaraná, quando ingerido através do pó obtido pelo ralamento do bastão da
pasta seca da fruta, sabidamente conhecido como recurso contra o sono. Tudo isso porque a projeção
consciente torna-se muito mais difícil com o corpo humano ativo ou em franco movimento, e mais fácil
quando advém a inconsciência do sono natural.
Propósito. Muitos encarnados, não buscam as realidades extrafísicas, além da vida humana
diuturna, e nem se projetam conscientemente, porque não têm motivações para isso, porque não se
preocupam com a procura de um propósito transcendente para as suas vidas, achando que já encontraram
este propósito, estando bem situados, ocupados, produtivos, satisfeitos e, sob certo aspecto, realizados
com os seus próprios destinos.
Medo. Outros encarnados não conseguem se projetar conscientemente porque se acham
possuídos, escravizados mesmo, por intenso medo, sem objeto, preexistente em seus psiquismos bem
antes de se inteirarem, pela primeira vez, do assunto e das possibilidades da projeção consciente.
Distúrbios. Ocorrem aí dois fatos parapatológicos bem distintos; a obsessão de origem
extrafísica ou humana, ou até mesmo a auto-obsessão; e o distúrbio característico da parapatolo- gia do
duplo etérico pelo qual perdem energia consciencial de modo fácil e constantemente, não chegando a se
carregarem de vitalidade. Tais criaturas antes de cogitarem da projeção, precisam primeiro afastar o medo
de suas vidas, ou seja, alcançarem a cura da obsessão, equilibrarem a capacidade de retenção mnemónica e
a circulação da energia consciencial em si mesmas.
_________________
Bibliografia: Fortune (540, p.162), Steiger (1601,p. 202), Stokes (1625,p. 23).
403.
PROJEÇÃO CONSCIENTE E O MEDO
Definição. Medo: sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo externo real ou
reação ante um perigo sem objeto real, mera ameaça imaginária.
Sinonímia: pânico; pavor; receio injustificado; susto; temor irracional; terror animal.
Doença. Antes de considerar o medo em relação às projeções conscienciais, ou fazer referências à angústia existencial e certas manifestações clínicas, merece ser lembrado, aqui, que existe, hoje,
bem caracterizada através de investigações epidemiológicas, neurofisiológicas, bioquímicas, e
terapêuticas, a doença do pânico (ataque de medo, pânico endógeno, ou o medo de ter medo).
Fobias. A ansiedade e o pânico surgem em ondas e, como as ondas, desaparecem. As fobias são
também formas, mais avançadas, de medo, e atingem até a um por cento da população em países
diversos. Segundo a Psicologia, a fobia é um comportamento adquirido pela vivência, não é hereditária, e
ninguém nasce com ela. No entanto — contrariando estas opiniões —, as regressões conscienciais,
executadas dentro do campo da Parapsicologia, apontam as primeiras evidências de que certas fobias
podem ter sua origem em traumas ocorridos em reencarnações prévias da consciência. O número de
fobias constatadas atualmente é incalculável, mas as fobias têm cura.
Características. A doença do pânico, definida como o medo intenso que surge subitamente,
sem se fazer anunciar, sem uma causa aparente, ou em razão de uma causa que não justifica a intensidade
do medo, é caracterizada pelo menos por quatro dos seguintes fenômenos: tonteira, taquicardia,
palpitações, turvação da vista, sensação de desmaio, sudorese profusa (pelo corpo inteiro), náuseas, falta
de ar (dispnéia), tremores, desrealização, dor ou desconforto no peito (“aperto no coração”, “nó na
garganta”), medo de morrer (tanatofobia), ou medo de ficar louco. O medo se alimenta a si próprio.
Estresse. Este ataque de medo infundado atinge sua intensidade máxima em menos de dez
minutos, quase sempre depois de algum estresse importante — seja, por exemplo, perda de um ente
querido ou a despedida do emprego — que atua como fator precipitante da vulnerabilidade biológica que
dispara a crise.
Centro. O medo surge dos pensamentos e os pensamentos vêm das coisas terríveis que se
imagina ou que a consciência antecipa. Urge quebrar essa cadeia da elaboração mental, da imaginação, e
das previsões sem bases a fim de se eliminar o medo. Os pesquisadores da Neurofisiologia tentam
identificar o centro do medo, — a região que desencadeia o ataque de pânico, — num núcleo minúsculo,
cerebral, situado no quarto ventrículo, chamado locus ceruleus, elemento este responsável por cinqüenta
por cento da atividade da noradrenalina dos dois hemisférios cerebrais.
Ocorrências. Já os medos que assoberbam a consciência encarnada em relação à projeção
consciente apresentam variadas origens: a angústia de a consciência projetada n3o poder retornar ao
corpo humano; o receio ante um mundo desconhecido, ou seja, o plano extrafísico (o medo do
desconhecido pode ser um medo da morte); o fato de enfrentar regiões (extrafísicas) ainda não mapeadas
pelo ser humano; o susto sentido pela consciência projetada com lucidez, que se vê fora do seu corpo
humano, pela primeira vez (V. cap. 379), e acredita ter morrido; o temor de encontrar monstros estranhos,
seres exóticos e criaturas jamais vistas; etc.
Clímax. O medo é mais inconveniente ao projetor consciencial, justamente durante a percepção
do momento em que a sua consciência sai do corpo humano, ou seja, no clímax final exato da etapa
projetiva da decolagem consciente através do psicossoma (V. cap. 216). Nessa hora, o medo — o pânico
fora do corpo humano — causa a paralisação instantânea do processo da decolagem do psicossoma, num
trauma emocional extrafísico, frustrando de fato a experiência da projeção consciente, e construindo a
barreira do medo que pode ressurgir em outros tentames projetivos da consciência e perdurar por muito
tempo.
Decolagem. 0 medo que a consciência sente logo no início da decolagem consciente, através do
psicossoma, apresenta profunda similitude com o medo de voar daquela pessoa que tem medo de avião,
ou medo de morrer na queda do avião, e que sofre, ao mesmo tempo, de aerofobia (medo de flutuar) e de
claustrofobia (horror a permanecer em espaços fechados), exatamente na decolagem do aparelho, a etapa
mais estressante do vôo por avião que — diga-se de passagem, paradoxalmente, demora apenas quarenta
segundos — quando a pessoa deixa sua casa, seu ambiente seguro, seu reduto familiar. Até mesmo a
pessoa extremamente controladora — aquela que não suporta sequer andar no banco de trás de um taxi e,
se está em um carro, só se sente bem dirigindo — pode séntir medo no instante preciso da decolagem
consciente através do psicossoma.
Projeção. O medo é a emoção mais prejudicial e o principal antagonista da produção da projeção consciencial lúcida porque, a rigor, a projeção consciente representa: o maior antídoto ao medo; a
auto-superação psicológica maior; a subjugação da matéria; a dominação da morte biológica; o
aniquilamento definitivo da insegurança consciencial; o domínio da consciência no corpo mental sobre o
psicossoma. Sem o medo, tudo é possível positivamente à consciência do projetor; com o medo, não pode
haver desenvolvimento individual nas projeções conscienciais lúcidas. O medo mantém a consciência
atrelada às emoções dominadoras, escrava do psicossoma, presa ao corpo humano.
Tipos. No campo da Projeciologia, nem sempre a reação infantil, ou de imaturidade, do medo
de qualquer origem, surge ostensivamente, de repente. Não raro o medo aparece assoberbando a
consciência devagarinho, de maneira sutil, ou camuflado por outras emoções das quais constitui a raiz
principal, mais ou menos nesta ordem, numa escala complexa e crescente de manifestação: peso; pressão;
preocupação; intranqüilidade; insegurança; sobressalto; susto; medo; pânico; pavor franco; terror animal.
Tanatofobia. Por ser o medo o fator mais negativo, ou impeditivo da produção da experiência
da projeção consciente, seja o medo do desconhecido, o medo da morte ou a tanatofobia, o medo da
solidão, e o medo pré-projetivo, alimentados pela consciência encarnada, tais condições geram uma
predisposição esterilizante dos fenômenos projetivos devido ao negativismo inconsciente ou ao
monoideísmo refratário, não permitindo que o praticante evolua na produção da projeção consciente.
Quem experimenta uma projeção consciente comum, mas plena de lucidez — ou mesmo uma projeção
consciencial lúcida dentro de uma grande experiência de quase-morte (V. cap. 32) — elimina
definitivamente o medo patológico quanto à morte biológica.
Desfiguramento. As emoções da consciência projetada para fora do corpo humano podem
predispor o surgimento de medos diversos que acabam gerando formas-pensamentos (V. cap. 254),
espontâneas, de monstros estranhos que, por fim, acarretam o desfiguramento também espontâneo da
forma humanóide do psicossoma (V. cap. 281) da própria consciência, ultra-sensível aos pensa- mentos e
às emoções.
Advertência. Por outro lado, certas declarações de autores criam medo em muitos leitores,
estudantes, e principiantes das projeções conscientes (V. cap. 405). Certas advertências sem as indicações
das técnicas correspondentes de melhoria não devem ser feitas, pois tornam-se, pelo contrário, negativas,
criam insegurança e mal-entendidos, sem nenhum resultado prático construtivo.
Amparadores. Os amparadores e suas funções devem ser entendidos perfeitamente pela pessoa
medrosa a fim de que a mesma perca o seu medo de qualquer origem e natureza. Cada projetor deve partir
de um princípio: os amparadores estão sempre alerta e não deixam que a consciência encarnada projetada
se perca no mundo extrafísico e nem que haja ataque ao seu corpo humano, incapacitado durante o
transcurso e o desenvolvimento da projeção consciente.
Exemplo. Se ocorrer um desastre intercorrente — por exemplo, um incêndio inesperado na
base física da consciência quando a mesma está projetada, justamente onde repousa o seu corpo humano
incapacitado —, os amparadores fazem-na retornar e se interiorizar a tempo de se livrar do sinistro,
obviamente se a mesma não estiver vivendo a sua hora cármica, final, exata, justa, e inevitável de
desencarnação prevista.
Racionalização. O medo é uma questão emocional e não se relaciona com a inteligência ou a
educação do indivíduo, por isso, emana essencialmente das energias do psicossoma sobre a consciência e
pode, de fato, ser eliminado com a racionalização.
Solução. Portanto, só existe uma solução ou saída para se superar a imaturidade do medo:
primeiro, enfrentar, gradualmente, com sabedoria e paciência, num processo educativo, o medo de
qualquer tipo, a começar pela leitura e pesquisa das experiências projetivas de outros projetores
conscientes, obviamente que não morreram durante a experiência da projeção consciente (V. cap. 455).
Depois, confiar na assistência extrafísica permanente dos amparadores (V. cap. 308), mesmo quando não
vistos no plano extrafísico, em suas projeções conscienciais que visem objetivos produtivos em razão da
moral cósmica. Por fim, racionalizar a emoção — no caso, o medo em si, próprio do psicossoma — até
eliminá-lo de vez, situando-se consciencialmente ao nível do corpo mental, na evolução rumo à conquista
da maturidade consciencial plena.
_____________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 56), Baumann (93, p. 78), Boswell (174, p. 140), Castaneda
(256, p. 244), Frost (560, p. 29), Green (632, p. 88), Mittl (1061, p. 6), Monroe (1065, p. 24), Muldoon
(1105, p. 150), Reis (1384, p. 54), Rogo (1436, p. 172), Sherman (1551, p. 193), Vieira (1762, p. 162).
404.
AGENTES INIBIDORES RELATIVOS DAS PROJEÇÕES
Minoria. Diversos fatores psicológicos, ou agentes inibidores relativos, fazem pequena minoria de encarnados, homens e mulheres, evitar instintivamente o relato de suas experiências conscientes
vivenciadas fora do corpo humano e, com isso, acabam cooperando para obstaculizar a expansão da
Projeciologia.
404.1. Animismo. Há projetores desavisados que se esquivam de abordar o tema das próprias
projeções conscientes autênticas devido ao aspecto puramente anímico das suas experimentações
produzidas, ao que tudo lhes indica, unicamente por seus esforços, sem a ajuda visível de am- parador oü
qualquer recurso concomitante. Isto de fato ocorre, mas também será um erro não perceber que as
condições de animismo e o mediunismo sempre coexistiram e coexistem na maioria das manifestações
parapsíquicas evoluídas, sendo eles mesmos — os projetores encarnados — também espíritos imortais
iguais aos seres desencarnados. As grandes projeções magnas, king-size, ainda são, por enquanto, nesta
Terra, invariavelmente, ou quase sempre, anímico-mediúnicas.
404.2. Horário. Alguns projetores espontâneos, por sentimento de culpa, evitam quaisquer
referências às projeções conscientes que experimentaram durante o dia claro, em horas do horário
comercial mais comum nas quais, segundo eles, deveriam estar trabalhando, de algum modo, como todo
mundo, e não dormindo sem produzir algo de útil, não cogitando, por outro lado, da utilidade
transcendente dessas mesmas projeções conscientes, da sua divulgação em favor do esclarecimento dos
outros, da existência de pessoas aposentadas, e de que as projeções conscientes produzidas no dia claro
são até menos freqüentes.
404.3. Inexperiência. Muitos adolescentes inadvertidamente, por ingenuidade, não enfrentam
o assunto das projeções conscientes por julgá-lo natural aos seres humanos, não vendo necessidade de se
referir a fatos corriqueiros que atingem a todos e são por todos conhecidos, à semelhança dos sonhos
comuns.
404.4. Periculosidade. Quase sempre com boa intenção e seguindo as afirmações de antigos
autores, ainda há quem conserve tudo o que se relaciona com as projeções conscientes dentro do máximo
sigilo a fim de evitar, desse modo, a criação de supostos malefícios e perigos para os incautos e
despreparados, pretexto este que vinha afastando as multidões da prática da projeção consciente através
dos milênios da História Humana, até cerca de quatro décadas atrás.
404.5. Ridículo. Pessoas tímidas e sem conhecimento profundo do assunto, não raro mantêm
inconfessado e reprimido medo instintivo de cair no ridículo, por temor da incredulidade dos seus
semelhantes, ou serem chamadas de insanas ou mentirosas por seus parentes, amigos, colegas, e
vizinhos, caso venham a expor abertamente os detalhes das suas projeções conscientes que, diga-se de
passagem, reconhecem como autênticas, mas nem por isso, falam a respeito nem permitem que os seus
nomes reais sejam mencionados em publicações especializadas sobre o assunto, porque não consideram a
prática projetiva uma conduta socialmente aceita.
404.6. Anomalia. Existem também as pessoas ingênuas que receiam se tornar seres humanos
anômalos com a projeção consciente que lhes permite invadir a privacidade alheia e até sondar a
profundeza das mentes dos outros em certos casos.
404.7. Semiconsciência. A predominância de projeções semiconscientes no seu currículo de
experiências, leva freqüentemente o projetor principiante a se sentir incapaz de distinguir, de modo
satisfatório, as projeções conscientes reais dos sonhos comuns, porém muito vívidos, e ele acaba se
convencendo de que não se projeta e, por isso, não se desenvolve projeciologicamente.
404.8. Sexualidade. Há criaturas que fogem ao tema das autoprojeções conscientes que
consideram, sem dúvida, genuínas, porque as mesmas envolveram experiências com alguma conotação
sexual extrafísica, à primeira vista de difícil interpretação ou passíveis de criar embaraços sociais para
elas, e outras pessoas, homens e mulheres.
404.09.. Subestimação. Por um erro de subestimação, certos indivíduos julgam que as suas
experiências são demasiadamente insignificantes, em relação à média dos projetores conscientes, para
merecerem relatos e estudos, esquecendo-se do fator importantíssimo da convergência de provas pela
universalidade dos testemunhos iguais, repetidos, e repetíveis.
404.10. Superestimação. Existem, igualmente, aqueles que produzem projeções conscientes,
porém sonegam quaisquer informes a respeito por se julgarem equivocadamente muito elevados — acima
da média dos “pobres mortais” — incapazes de tornar acessível e popular um assunto tão transcendente,
por demais sagrado, e tratá-lo com naturalidade, de modo equânime, em favor do bem comum.
404.11. Superstição. Há também quem cultue antiga superstição e nada confessa a respeito
dos seus experimentos projetivos, considerados uma “bênção especial”, pela única razão do receio
infundado de que tais revelações, em público, trariam como conseqüência a paralisação definitiva das
projeções conscientes pela perda automática da sua capacidade de se projetar, como se a sua “bênção
especial” lhe seria retirada se não souber guardar segredo.
404.12. Sonhos. Os sonhos (V. cap. 74), como estados alterados da consciência, atingem a
todas as pessoas e são tão comuns quanto o próprio estado do sono natural, daí porque são aceitos com
facilidade, recebendo a aprovação geral, urbi et orbi, pacífica, da sua existência. Por isso, há pessoas
menos inclinadas a relatar as suas experiências de projeção consciente e mais inclinadas a interpretar, ou
melhor, mascarar as projeções conscientes como sonhos, a fim de serem melhor aceitas, sem repúdio
social, as confissões de suas vivências extrafísicas.
Relatividade. Na verdade, a ação destes agentes inibidores é muito relativa, pois tudo depende
da qualidade das experiências: se o projetor, ou projetora, tem uma projeção consciente de alta
magnitude, ainda que seja única, com elevado percentual de lucidez, caracterizada por eventos extrafísicos marcantes, não serão estes fatores psicológicos, e nem mesmo quaisquer outros tabus, que terão
força capaz de sufocar-lhe a exposição franca dos acontecimentos ou inibir-lhe as manifestações
desassombradas quanto à realidade dos fatos de que participou, vivenciou, ou presenciou diretamente.
Racionalização. Por maior que seja a racionalização de proteção usada pelo projetor que,
embora pessoalmente convencido, manifesta o desejo de se manter nas boas graças de seus semelhantes,
fugindo ao -enfrentamento dos fatos extrafísicos, ele acaba se rendendo às evidências e assumindo as suas
experiências quando as mesmas se repetem com intensidade maior, surgindo as projeções conscientes em
série.
______________
Bibliografia: Champlin (272, p. 261), Greenhouse (636, p. 219), Râ (1376, p. 19), Steiger
(1601, p. 202), Stokes (1625, p. 23), Tart (1661, p. 5).
405. MALEFÍCIOS DA PROJEÇÃO CONSCIENTE
Tipos. Malefícios possíveis, em tese, porém muito raros nas práticas projeciológicas, advindos
das projeções conscientes: trauma extrafísico profundo; influenciação negativa de encarnado sobre
encarnado; alienação quanto à vida material, aos assuntos de família, profissionais e aos amigos, ou o
sentimento de distanciamento e indiferença para com o que cerca fisicamente o projetor humano.
Inflação. Perigos latentes e malefícios prováveis advindos das projeções, segundo apregoam,
até com insistência, certos estudiosos, por incrível que pareça, e com os quais, evidentemente, não estou
de acordo: acidentes físicos; alienação física; alucinações; amnésias profundas; aura confusa; cefaléias;
choque psíquico; descoincidência mórbida; desintegração da psique; desmaios; distúrbios patológicos do
psicossoma; encontro com seres hostis; encontros extrafísicos amistosos mas prejudiciais; enterramento
prematuro; estigmatização; ferimento mortal de instrumento de ponta metálica ou arma branca;
hemorragia cerebral; hipocondria; histeria; influências espirituais permanentes; loucura; obsessão; pânico;
parada cardíaca; paralisia; pesadelos; possessão; projeção final; reocupação do corpo humano por outra
inteligência; repercussão física danosa; ruptura de aneurisma; ruptura do cordão de prata; sensações
insuportáveis; tonturas; torção do cordão de prata; e transtornos emocionais.
Sonegação. Nenhuma atividade humana está inteiramente livre de perigos e mesmo a inatividade completa apresenta malefícios indiscutíveis. Acho, no entanto, que essa inflação de riscos quanto à
projeção consciencial tem sido muito exagerada e, em parte, foi criada com a intenção de manter a
sonegação intencional sistemática de informações, junto às camadas populares, sobre as práticas
parapsíquicas ou iniciáticas desde a Antigüidade, passando pela Idade Média, e perdurando até quatro
décadas atrás.
Higiene. Jamais identifiquei um desses propalados inconvenientes como empecilho real às
projeções conscientes, e os obstáculos que tenho encontrado somente vêm contribuindo para o
aperfeiçoamento técnico dos processos dos desprendimentos que me trazem imensa alegria. Julgo que a
boa intenção, a tranqüilidade íntima, a autocrítica, e a mediunidade um pouco desenvolvida, afastam
naturalmente esses e outros riscos porventura supervenientes em alguma fase do desenvolvimento da
projeção, e não vejo nenhuma restrição séria à sua prática desde que se mantenham as precauções
ordinárias com a higiene física e mental.
Super-assimilação. A alienação à vida física aparece quando ocorre uma super-assimilação das
experiências «xtrafísicas na consciência do projetor. Todo excesso prejudica. Se o uso da percepção
extrafísica elevada é difícil, muito mais será a manutenção de duas vidas simultâneas, a física e a
extrafísica.
Controle. Deve ser frisado que até mesmo as séries intensas de projeções, incluindo as espontâneas, permanecem sempre sob o controle da consciência do projetor encarnado. As projeções
somente se tornam incontroláveis — o que é perfeitamente possível — quando existe processo de
obsessão subjacente anterior.
Reais. Os únicos malefícios, perigos ou obstáculos reais da projeção consciente são: a
ignorância; o medo; a dúvida; a febricitação; os propósitos ilícitos; a interferência na vida íntima, física e
espiritual de alguém, de modo negativo; e os pensamentos malévolos do praticante.
Evitações. Não se recomenda a projeção consciente a determinadas personalidades com
características bem definidas, as quais, ao contrário, devem mesmo evitar as projeções:
405.1. Imprudentes. A quem alimenta intenções menos dignas e que anseia obter com as
saídas fora do corpo humano novo recurso negativo de poder que vá contra os direitos dos outros, porque
acabarão sendo vítimas de suas próprias imprudências.
405.2. Pusilânimes. Aos indivíduos covardes, pusilânimes, e medrosos de todos os tipos,
porque aumentarão os próprios receios. A coragem para enfrentar o desconhecido e as experiências novas
constitui condição sine qua non para a manutenção do aspecto construtivo das projeções conscienciais
lúcidas.
405.3. Insatisfeitos. Aos sexualmente insatisfeitos, sejam homens e mulheres, de qualquer
idade e condições, porque ao saírem suas consciências para fora do corpo humano, projetadas através do
psicossoma, ou corpo emocional, serão assoberbados por seus apetites sensuais permanentes, que se
acham sufocados, sem alívio, quais idéias monoidéicas, acabando arrastados pelas companhias
extrafísicas vampirizadoras que eles atraem extrafisicamente nos ambientes crosta-a-crosta.
405.4.Enfermos. Aos enfermos com desequilíbrio emocional e/ou mental, aos portadores de
doença aguda ou em fase crítica de alguma enfermidade que exige paz íntima e repouso absoluto.
___________________
Bibliografia: Bardens (79, p. 142), Baumann (93, p. 81), Butler (227, p. 69), Champlin (272, p.
203), Crookall (343,p. Ill), Ferguson (507,p. 135), Fortune (540,p. 100), Fox (544,p. 39), Hankey (677, p.
131), Mittl (1061, p. 7), Muldoon (1105, p. 17), Rogo (1444, p. 15), Shirley (1553, p. 101), Smith (1574,
p. 83), Vieira (1762, p. 62), Walker (1781, p. 100).
XIV - Relações da Projeção Consciente
XIV - Relações da Projeção Consciente
406. PROJEÇÃO CONSCIENTE E OS ACIDENTE
Necessidade. Da mesma forma que em muitos outros fenômenos paranormais, a projeção
consciente parece desenvolver-se melhor quando existe uma necessidade premente para o indivíduo,
homem ou mulher, utilizar os poderes subjacentes, potenciais, ocultos, da sua mente, ou seja, da sua
consciência forçosamente restrita, sob vários aspectos, durante a existência terrestre ordinária, à caixa
craniana do corpo humano.
Súbita. A sede principal da consciência encarnada está no cérebro humano que reflete o
paracérebro do psicossoma e, por isso, a sede-matriz da consciência, o corpo mental. As situações críticas,
e os acidentes físicos os mais diversos, provocando estímulos violentos, insólitos e altamente
significativos para a consciência, geram a sua projeção súbita para fora do corpo humano através do
psicossoma, libertando temporariamente o paracérebro e, conseqüentemente, predispondo as
manifestações conscienciais excepcionais.
Tipos. São mais comuns, como geradores de projeções conscientes involuntárias: os acidentes
físicos violentos especialmente com a cabeça (lesões encefálicas); os desastres com automóveis, motos,
bicicletas e outros veículos; as quedas durante escaladas de montanha; as condições das vítimas de
explosões; os acidentes domésticos; os efeitos das descargas elétricas; as ocorrências de soterramentos;
certos tipos de torturas; ameaças de violência: ser vítima de estupro, seqüestro, terrorismo, condições de
refém e prisioneiro de guerra; etc.
Desligamento. Freqüentemente, em caso de acidente físico, a consciência do projetor se liberta
durante o período extrafísico, não se sentindo conectada com o corpo humano lesionado no desastre ou
sinistro, corpo esse que chega a examinar, não raro, de modo impassível, sem envolvimento, como se
fosse mero espectador indiferente e desapaixonado.
Seriadas. Os acidentes físicos, em certos casos, predispõem também a consciência encarnada à
produção das projeções conscientes em série, ou seriadas (V. cap. 393).
Parto. Venho constatando, há mais de dois decênios, que elevado percentual de projetores
avançados sofreu algum acidente com a cabeça durante a fase do parto e uma conseqüente hipoxemia
cerebral fetal, por exemplo: parto laborioso; criança hipóxica; nascimento a fórceps; cordão umbilical
enrolado ou circular no pescoço (empelicados); operação cesariana; prematuridade; traumas cranianos
com hematomas; etc.
Superdotação. Os acidentes referidos predispõem posteriormente, de algum modo, a saída do
psicossoma da condição de coincidência dos veículos de manifestação, por um lado, e por outro lado
estimula, em certas ocorrências, a intensificação da memória ou da rememoração das experiências
extrafísicas, através da melhoria da comunicação energética inter-hemisférica, mútua, do cérebro humano,
tornando o indivíduo um superdotado paranormal, no caso, um superdotado projetivo (V. cap. 409).
Chacras. Não se pode descartar aqui a interferência que ocorre, então, nas relações profun-_
das do mecanismo energético também entre as manifestações do corpo mental, sediado no paracérebro do
psicossoma e os dois centros de força cranianos (chacras), o coronário e o frontal (V. cap. 109), que se
refletem intensamente na ligação corpo humano-psicossoma (duplo etérico ou corpo energético).
Infância. Já foram registrados na literatura projeciológica casos de acidentes físicos com a
cabeça, na primeira infância, que estimularam na fase adulta a paranormalidade em geral e a projetabilidade em particular, isso talvez devido ao uso posterior, intenso, simultâneo, dos dois hemisférios
cerebrais, e a conseqüente predominância gradativa das manifestações do hemisfério direito (V. cap. 237).
Daí porque personalidades diversas que viveram com depressões de um osso parietal ou com alterações
cranianas maiores se tornaram sensitivos de renome, ou seja, superdotados para- normais ou energéticos.
Exemplo:Eusapia Paladino(1845-1918);Mollie Fancher (1848-1894);etc.
Hipótese. Julgo que a relação entre os acidentes encefálicos de todos os tipos e a projetabi-
lidade (V. cap. 130) constitui importante hipótese de trabalho para as pesquisas dos interessados na
Projeciologia. O padrão do fator encefálico atuando na projetabilidade pode manifestar-se em três
circunstâncias bem distintas em suas ocorrências e períodos etários: no parto; na primeira infância; e em
acidente único, já na vida adulta.
____________________
Bibliografia: Battersby (92, p. 59), Baumann (93, p. 59), Crookall (338, p. 132), Desmond
(393, p. 54), Greenhouse (636, p. 136), Larcher (887, p. 143), Moody Jr. (1078, p. 45), Muldoon (1105,
p. 259), Portela (1275, p. 123), Prieur (1289, p. 76), Ring (1406, p. 27), Sabom (1486, p. 77), Steiger
(1601, p. 15), Vieira (1762, p. 39), Walker (1781, p. 66), Wang (1794, p. 177).
8. PR
407. PROJEÇÃO CONSCIENTE E AS CRIANÇAS
Definição. Miniprojetor: criança, menino ou menina, que projeta a consciência para fora do
corpo humano com alguma lucidez.
Sinonímia: criança-projetora; projetor infantil.
Primeira. A maioria dos projetores avançados, que já tiveram múltiplas projeções, experimentou a primeira saída consciente ainda no período infantil, embora nesta fase ninguém disponha ainda
de maturidade suficiente para julgar e avaliar com exatidão os eventos extrafísicos vivencia- dos ou
presenciados fora do corpo humano.
Rememorações. As rememorações do miniprojetor tendem a ser mais simbólicas e misturadas
com fabulações e fantasias, por exemplo, sobre vôos em astronaves (levitação) e outras deste teor, devido
à atenção saltuária que lhes caracteriza o estágio do crescimento biológico do corpo humano e o
desenvolvimento gradativo das células corticais, ou seja, dos hemisférios cerebrais.
Conjuntas. As crianças gostam de sair em viagem com os seus pais, mesmo que seja uma
viagem extrafísica e não física, daí porque tal circunstância representa poderosa motivação para as
projeções conjuntas de pais e filhos, mais comuns do que se imagina, especialmente nos lares onde seja
rotineiramente ventilado o tema das projeções.
Sensibilidade. A criança, especialmente até os 7 anos de idade, aceita as suas experiências
paranormais como naturais, mostra-se mais receptiva à visão extrafísica do projetor projetado, ou mesmo
do amparador, e às emissões telepáticas extrafísicas produzidas por ambos.
Entidades. Além da criança-projetora, a consciência encarnada projetada depara no plano
extrafísico com entidades positivas que se apresentam com a aparência de crianças, embora raciocinando
como criaturas amadurecidas; pode ser favorecida por crianças-amparadores, além de contatar criançasconsciências-assistidas junto às quais se vê chamada a colaborar.
Confirmações. As projeções conscienciais dos miniprojetores são importantes quando as
crianças revelam aspectos de ocorrências extrafísicas concordantes e confirmadoras daqueles observados
pelos projetores conscienciais encarnados adultos, tendo em vista o fato de que as crianças em geral não
podem obter detalhes de observações de livros, artigos ou outros relatos de projeções conscienciais lúcidas
que jamais leram.
________________
Bibliografia: Bourdin (178, p. 139), Browning (213, p. 219), Cooke (300, p. 36), Crookall
(320, p. 63), Giovetti (593, p. 56), Greenhouse (636, p. 288), Monroe (1065, p. 139), Vieira (1762, p.
78).
408. PROJEÇÃO CONSCIENTE E OS ANIMAIS
Definição. Projetor animal: criatura inferior ao homem que projeta a sua consciência em
evolução para fora do seu corpo celular ou físico.
Sinonímia: animal-projetor.
Desencarnados. A projeção consciente permite encontrar animais desencarnados reais no plano
extrafísico, o que vem demonstrar que os animais possuem corpos extrafísicos, emitem luz, apresentam
aura e, em certas circunstâncias, se projetam à semelhança da consciência do homem.
Tipos. No plano extrafísico encontramos animais dome'sticos e selvagens; animais desencarnados conhecidos e desconhecidos na Terra; e, mais raramente, animais encarnados projetados.
Ocorrências. Há animais desencarnados qUe visitam os antigos donos das suas últimas en-
645
carnações; outros cooperam com entidades em suas atividades extrafísicas; animais encarnados são
usados atualmente como detectores da presença do projetor projetado (V. cap. 450).
Encarnados. A projeção lúcida da consciência encarnada projetada ao permitir que se veja os
animais encarnados vigeis, no plano extrafísico, confirma a existência de seus corpos extrafísicos e outras
características evolutivas.
Extraterrestres. A consciência projetada pelo psicossoma deve estar prevenida de encontrar
animais desencarnados e plantas vivas extraterrestres em certos planos extrafísicos evoluídos, afastados
da influência direta da Terra, apresentando formas e manifestações sem similares neste planeta, nem tendo
representantes aparentados entre os homens.
Telepatia. Segundo as evidências colhidas através da Projeciologia, os seres ou organismos
podem ser divididos em aquáticos, anfíbios, terrestres, aéreos e extrafísicos. Já vi extrafisicamente um
tipo de animal doméstico, delicadíssimo, de uns trinta e cinco centímetros de estatura, que lembrava, de
longe, minúscula girafa, com certa inteligência e respondia sem vacilação à telepatia extrafísica.
_______________
Bibliografia: ADGMT (03, p. 31), Armond (53, p. 87), Bayless (94, p. 70), Bozzano (190,
p.87), Cornillier (305, p. 43), Dassier (367, p. 272), Fodor (528, p. 3), Greenhouse (636, p. 299),
Monroe (1065, p. 136), Morris (1091, p. 8), Muldoon (1102, p. 76), O’Donnell (1144, p. 73), Sculthorp
(1531, p. 84), Shepard (1548, p. 32), Vieira (1762, p. 48), Yram (1897, p. 155).
409. PROJEÇÃO CONSCIENTE E O PARTO
Definições. Parto: conjunto de fenômenos fisiológicos que conduzem à saída do claustro
materno de um feto viável e seus anexos; ato ou efeito de a mulher dar à luz uma criança.
Sinonímia: apociese; parição; parturição.
Bloqueios. O parto constitui experiência traumatizante para muitas mulheres que apresentam
bloqueios psicológicos devido ao medo do desconhecido e à ausência de discussão de certos assuntostabus — como a sexualidade e o nascimento humano — durante o período da infância. Tais fatores
psíquicos, além das causas físicas conhecidas, podem afetar o processo natural de dar à luz.
Complicado. Há registros de dezenas de casos de projeções lúcidas da consciência de parturientes, especialmente quando forçadas por acidente, hemorragia, anestesia geral, ou o estresse do
próprio trabalho de parto complicado, demorado, ou traumático, durante o nascimento de filho ou filha.
Cesáreo. O parto cesáreo, por operação cesariana, cesareotomia, ou tomotocia — liberação do
feto pela secção das paredes abdominal e uterina —, bem como os partos difíceis, laboriosos, que exigem
assistência médica de urgência são aqueles que predispõem mais o surgimento da projeção consciente da
parturiente durante o trabalho da parturição.
Processo. Seja qual for a causa, a experiência de dar à luz é algumas vezes estressante para a
gestante-parturiente, resultando daí a liberação do psicossoma, num processo inconsciente que a própria
consciência desenvolve sem o perceber, a fim de escapar à dor, ao sofrimento, e à ansiedade, fazendo uma
pausa à crise traumatizante. Fora do corpo humano, no plano extra- físico, toda dor desaparece dando
lugar a indescritível sensação de bem-estar para a consciência.
Projetoras-puérperas. Existem projetoras-puérperas as mais diversas: primíparas, multíparas;
jovens, maduras; cientes ou ignorantes quanto ao assunto das projeções conscienciais; com ou sem
experiências projetivas conscientes anteriores; etc.
Autobilocação. Há casos documentados de parturientes-projetoras cujas consciências projetadas com lucidez, durante o trabalho de parto laborioso ou complicado, que chegaram a observar a
autobilocação — ou seja, o seu corpo humano, vazio de sua consciência, mas ocupado parcialmente pelo
feto —, e presenciaram o momento exato do nascimento do filho, ou filha, distinguindo perfeitamente o
seu sexo, estando numa posição exótica de observadoras, situadas fora do próprio corpo físico. Tal fato
decorre naturalmente ao modo das consciências de outras pessoas que, sob anestesia geral, no consultório
odontológico, viram o dentista extrair um dente, estando na ocasião sediada numa posição fora do campo
cirúrgico.
Nascituro. Até aqui, o parto foi analisado em relação à projeção consciente da parturiente.
Vamos analisar agora o parto em relação à projeção consciente do nascituro que, mais tarde, se tornou
adulto.
Cabeça. A cabeça fetal se compõe de diversas peças ósseas independentes, separadas umas das
outras por faixas membranosas, largas, ou simplesmente lineares — as suturas — e por superfícies
igualmente membranosas, de área maior ou menor — as fontanelas — situadas no entrecruza- mento das
suturas.
Ossos. Os ossos da cabeça fetal são de plasticidade variável, cedem à pressão, como celulóide,
quando a moldabilidade é máxima. Ao contrário, resistem, como bloco de cimento, na ausência daquele
atributo.
Hipertensão. O encéfalo do feto pode ser diretamente comprimido pelas peças ósseas cranianas, no trabalho de parto complicado, acompanhado de grandes deformações cefálicas, por efeito da
moldabilidade excessiva. A compressão da cabeça fetal, cujas peças ósseas se acham ainda independentes
umas das outras, se reflete sobre o encéfalo e seus invólucros. O líquido raquidiano reflui da região
comprimida, que geralmente coincide com o equador da apresentação, para os respectivos pólos, para a
base do cérebro, e para o pálio cerebral, onde provoca estado de hipertensão.
Potenrialização. Pela cefalometria — ou mensuração cefálica do feto — a cabeça fetal muito
grande apresenta grande diferença entre o diâmetro occípito-frontal (O.F.) e o diâmetro biparietal (B. P.),
daí podendo resultar inúmeros problemas durante o parto. Tais problemas parecem potencializar a
projetabüidade do indivíduo ao se tornar adulto em razão da hipoxemia cerebral fetal e,
conseqüentemente, o emprego intenso, simultâneo, dos dois hemisférios cerebrais e a gradativa
predominância do hemisfério cerebral direito (V. cap. 237).
Alterações. Eis oito complicações ou alterações da normalidade que podem ocorrer durante o
parto laborioso, anomalias ou desvios do normal, distócias ou anormalidades máximas, e acidentes ou
ocorrências relativas ao sangue, ao choque, e à convulsão, os quais, se supõe, predispõem o indivíduo ou
potencializam a sua projetabüidade posterior, na fase adulta:
409.1. Gigantismo fetal ou macrossomia do feto de cabeça volumosa.
409.2.Bossas sero-sangüíneas por vezes volumosas (caput succedaneum) e hematomas no feto.
409.3. Deformações cefálicas do feto nas apresentações de fronte ou de face.
409.4. Rotação instrumental traumatizante da cabeça fetal.
409.5. Tração traumatizante da cabeça fetal executada por meio de fórceps.
409.6. Circulares do cordão umbilical em torno do pescoço (empelicamento).
409.7. Hipóxia fetal (hipoxemia cerebral).
409.8. Eclâmpsia.
Cesareotomia. Por outro lado, segundo minhas próprias verificações, a operação cesariana não
inibe a projetabilidade das pessoas, pois tenho encontrado inúmeros projetores veteranos que vieram a
este mundo por cesareotomia. Faltam, no entanto, para serem levantadas as indispensáveis comprovações
estatísticas a respeito destes aspectos (hipóteses de trabalho) das relações entre as projeções conscienciais
lúcidas, o parto, a parturiente, o feto, as projetoras, os projetores, etc.
Quase-nascimento. Baseada na associação nascimento-projeção consciente, a parapsicóloga
Barbara Honegger, de Washington, Estados Unidos da América, aventou a hipótese de serem as projeções
conscienciais lúcidas meros sonhos lúcidos, ou seja, experiências de “quase-nascimento”, onde a
imaginação está dependente da experiência do parto. Neste caso, as sensações próprias das experiências
da consciência fora do corpo humano seriam todas imaginárias, semelhantes às naturais condições
conscienciais do período fetal. Se tal hipótese fosse correta, a projeção consciencial lúcida do adulto
deveria ser relatada mais freqüentemente por sujeitos que nasceram através de parto natural, e não através
de operação cesariana, que reduz o estresse fetal.
Analogias. De fato, entre a experiência da projeção consciencial lúcida e a experiência do
nascimento existem quatro analogias básicas:
409. § 01. Saídas. Ambas as experiências constituem saídas para fora do corpo humano.
409. § 02. Cordões. Em ambas as experiências a consciência se vê unida ao corpo humano,
durante a ocorrência, por meio de um cordão, ou seja: o cordão de prata (V. cap. 96) e o cordão umbilical.
409. § 03. Vibrações. As sensações do estado vibracional (V. cap. 208) do projetor consciencial
se parecem com os tremores e as vibrações geradas, no feto, pelas contrações uterinas, próprias do parto.
409. § 04. Túnel. As sensações de passar através de um túnel (V. cap. 222) podem ser
comparadas com bastante aproximação ao trânsito do feto pelo conduto natural que o levará a ver a luz.
Teste. A parapsicóloga inglesa Susan J. Blackmore testou a hipótese de Barbara Honegger
através de longo e exaustivo questionário submetido aos alunos adultos dos cursos de Psicologia e
Parapsicologia em Bristol, na Inglaterra. Responderam ao questionário duzentas e trinta e quatro pessoas e
os resultados da investigação não deram respaldo à hipótese de Honegger, pois não se encontraram
relações significativas entre o modo de nascimento e o fato de se ter experiências de sair para fora do
corpo humano ou de atravessar um túnel. Os nascidos por cesariana manifestaram as experiências de saída
647
consciente do corpo humano em uma proporção ligeiramente superior a dos nascidos normalmente.
Também manifestaram maior capacidade para controlar seus sonhos ou criar sonhos agradáveis, e menor
tendência a ter sonhos de queda, em relação aos nascidos normalmente.
Conclusão. Concluiu-se, então, que a comparação da projeção consciencial lúcida (OBE) com á
experiência do nascimento humano constitui mero recurso superficial de analogia, mas relativamente às
suposições explicativas para as projeções conscienciais lúcidas é inútil.
_______________
Bibliografia: Blackmore (140, p. 229), Bord (170, p. 41), Currie (354, p. 141), Honegger (753,
p. 230), Parrish-Harra (1202, p. 75), Steiger (1601, p. 45), Twemlow (1710, p. 452).
410. PROJEÇÃO CONSCIENTE E A EREÇÃO
Definição. Ereção: condição de distensão, alongamento, e rigidez do pênis (no homem), ou do
clitóris (na mulher), pelo afluxo de sangue aos corpos cavernosos desses órgãos.
Sinonímia: intumescência genital; tumescência peniana.
Homens. A ereção espontânea pode ocorrer em qualquer idade, tanto com projetores quanto
com projetoras, sendo mais comum entre os projetores (peniana), constatada pela consciência, como
reação física, ao se interiorizar, após o retorno de um período extrafísico breve ou prolongado, ereção esta
não existente antes de se projetar, ou mais corretamente, antes de adormecer.
Analogia. Existe relação direta e analogia entre o ciclo fisiológico da ereção peniana, ou intumescência peniana noturna, que se sincroniza com o período de sono MOR (V. Cap. 72), ou seja,
durante os movimentos bioculares sincrônicos rápidos, e que perdura até o término deste período, e a
ereção peniana que a consciência projetada depara ao se interiorizar no corpo humano, após uma projeção
consciente.
Interiorização. Nem sempre ocorre a interiorização da consciência projetada em razão da
ereção. O corpo humano pode permanecer inanimado, temporariamente vazio da consciência, e no estado
de ereção, tanto no homem quanto na mulher, ocorrendo inclusive, nesta, a lubrificação periódica da
vagina.
Freqüência. As ereções durante as ocorrências de projeção consciente são mais freqüentes do
que parecem, por serem menos relatadas devido às inibições ou repressões da moral social vitoriana, e
clamam por estudos mais acurados dentro da Projeciologia.
Causas. Dentre outras causas, inclusive psicológicas, que podem existir para a ocorrência da
ereção peniana durante as projeções incluem-se ainda as físicas e orgânicas, como a predisposição
fisiológica do projetor sexualmente carente; a roupa de dormir apertada que, ao ser usada pelo projetor,
provoca estase sangüínea; uma posição do corpo humano sobre o leito que favorece a intumescência do
órgão sexual pelo afluxo sangüíneo aos corpos cavernosos; repleção vesical, ou a condição da bexiga
cheia.
Efeitos. Dentre os efeitos da ereção peniana, durante a projeção consciente, que devem ser
arrolados, destacam-se: repercussão extrafísica; interiorização abrupta; despertamento físico abrupto; etc.
___________________
Bibliografia: Monroe (1065, p. 195), Salley (1496, p. 159), Vieira (1762, p. 45), Walker (1782,
p. 132).
411. PROJEÇÃO CONSCIENTE E A CEGUEIRA
Definição. Cegueira: condição que afeta uma pessoa que seja totalmente desprovida de visão
física e sem qualquer percepção de luz.
Sinonímia: ceguidade; deficiência visual; estado de cego; incapacidade visual; privação do
sentido da visão; tiflose.
Sonhos. As pessoas que nasceram cegas têm sonhos repletos de sons, e não cheios de imagens
visuais. Somente os indivíduos que já enxergaram alguma vez é que têm sonhos visuais. As pessoas
congenitamente cegas, ao adoecerem de psicose, não têm alucinações visuais nem mesmo durante os
delírios.
Pista. Os cegos têm seus ritmos psicofisiológicos diferentes das pessoas videntes. Por exemplo,
são imunes à pista cronológica da luz para dormir.
Psicossoma. No entanto, muitos cegos afirmam que vêem durante suas projeções conscientes,
inclusive com experiências de volitação estando suas consciências inteiramente lúcidas, demonstrando
que enxergam com as percepções visuais extrafísicas do psicossoma, ou seja, com os olhos astrais, ou
para-olhos, às vezes ainda no período etário da adolescência. Tal fato evidencia que o psicossoma já
existia antes da reencarnação da consciência. Neste particular não devem ser esquecidos os fenômenos
conhecidos desde o início deste século, as transposições dos sentidos, e a chamada visão dermo-óptica,
tão estudada atualmente pelos parapsicólogos russos.
Hiperacuidade. Há fenômenos registrados de hiperacuidade visual em que a pessoa que atua
qual percipiente, ou médium clarividente, pode ver perfeitamente as imagens de uma aparição melhor do
que poderia ser capaz de vê-la se ela fosse uma pessoa real, viva, no estado da vigília física ordinária. O
mesmo vem acontecendo com projetores conscienciais que enxergam com extrema nitidez quando estão
projetados e, no entanto, no estado da vigília física ordinária são cegos ou só conseguem enxergar através
do emprego de possantes lentes oculares corretivas.
Evidências. As primeiras evidências extrafísicas das experiências do projetor consciente cego
são: os sonhos de vôo; uma luz nevoenta; as cores brilhantes; a catalepsia projetiva temporária; e sombras
vivas caminhando à sua frente.
Compensações. A visão da consciência encarnada projetada para fora do corpo humano e a
iluminação do meio ambiente extrafísico constituem inestimáveis compensações parapsicológicas para
qualquer criatura humana portadora de incapacidade visual.
Hipóteses. Até o momento ainda não foram reaüzadas experimentações conscienciais projetivas, minuciosas, com os cegos de todos os gêneros, nem com os surdos-mudos, fatos que sugerem
excelentes hipóteses de trabalho aos pesquisadores da Projeciologia.
_______________
Bibliografia: Andreas (36, p. 31), Currie (354, p. 148), Frost (560, p. 27), Globo (602, p. 17),
Green (633, p. 169), Greenhouse (636, p. 313), Kjishnan (869, p. 21), Paim (1182, p.
70), Reis (1384, p. 48), Vieira (1762, p. 12).
412. PROJECAO CONSCIENTE E AS DORES FfSICAS
Definição. Dor física: impressão penosa experimentada por um órgão, ou parte dele, e
transmitida ao cérebro pelos nervos sensitivos.
Sinonímia: sensação dolorosa; sofrimento físico.
Involuntária. Um intenso espasmo de dor, derivado de causas variadas, atuando sobre uma
condição psicofísiológica de estresse emocional violento, pode conduzir a consciência para fora do corpo
humano, através do psicossoma, numa projeção consciente involuntária.
Tipos. As dores cruciantes mais diversas, quando acarretam profundo desespero e agonia,
podem provocar a projeção consciente: dores de cabeça, dores torácicas, cólica de parto, cólica renal,
cólica hepática, cólica intestinal, tortura física de prisioneiro, etc.
Mudança. A consciência muda-se temporariamente de uma sede, veículo, ou corpo, para outro,
ou seja, do corpo humano no plano físico, para o psicossoma no plano extrafísico, escapando, assim, à dor
física intensa.
Psicossoma. O psicossoma não produz a sensação da dor que atua apenas pelos canais normais
das comunicações sensoriais próprias dos nervos sensitivos do corpo humano. Isso, no entanto, não exclui
a ocorrência de falsas dores no caso de parapsicóticos, etc.
Retomo. O alívio do desconforto agudo da dor intensa, obtido através da projeção consciente,
pode predispor‘a consciência projetada involuntariamente a não querer retornar ao corpo humano,
pensamento que constitui imensa decepção. Nessa ocasião um amparador intangível ou, mais raramente,
percebido, interfere promovendo a interiorização também involuntária da consciência pelo psicossoma.
Singularidade. O alívio da dor crítica pode conduzir a consciência projetada à experiência
singular e chocante de saber que o seu corpo humano está sofrendo intensa dor, porém ela nada sente no
psicossoma, como se fossem duas personalidades distintas, vivenciando condições diferentes.
________________--Bibliografia: Baumann (93, p. 53), Bord (170, p. 40), Boswell (174, p. 131), Crookall
(343, p. 98), Currie (354, p. 145), Green (632, p. 106), Greenhouse (636, p. 140), Muldoon (1103,
p. 100), Steiger (1601, p. 25), Walker (1781, p. 84).
649
413 PROJEÇÃO CONSCIENTE, CORAÇÃO E FREQUENCIA CARDÍACA
Equívocos. Nem tudo o que se escreve sobre as projeções da consciência está totalmente
correto e deve ser recebido sem restrições. Ocorrem repetições de equívocos e exageros sobre os assuntos
relativos às projeções conscienciais há mais de século.
Cardíacos. Exemplifica bem os equívocos existentes quanto à abordagem das projeções
conscienciais, a divulgação, há décadas, da proibição, excessiva e desnecessária, da prática da projeção
consciente às pessoas portadoras de alterações circulatórias — ou os cardíacos em geral, e os hipertensos,
em particular —, recomendada e repisada, às vezes com incrível veemência, por autores antigos e
modernos, alguns tornados clássicos, de países como os Estados Unidos da América, Grã-Bretanha,
França, Espanha e Brasil encontradas em obras da bibliografia específica deste capítulo.
Pessoal. Se este autor fosse dar ouvidos a tais prescrições, jamais produziria as experiências das
projeções conscientes voluntariamente, por ser hipertenso, há precisamente cinco lustros, sob constante
uso de medicação severa há cerca de uma década.
Higiene. O correto será o praticante das projeções conscientes não exagerar em seus exercícios
ou em suas ansiedades, porque todo excesso prejudica. Contudo, na verdade, sob condições normais de
higiene física e mental, a experiência da projeção consciente induzida não faz mal a ninguém, sendo
simples processo fisiológico da consciência encarnada — à semelhança dos estados conscienciais
alterados do sono e do sonho — recomendada a todas as pessoas bem intencionadas.
Freqüência. A freqüência cardíaca, ou o ritmo cardíaco, o número de batimentos do coração,
normalmente permanece entre setenta e oitenta batimentos por minuto, ao ser medida pelas pulsações que
se percebe tateando um pulso, no estado da vigília física ordinária.
Lentidão. A bradicardia, ritmo lento do coração, baixa freqüência cardíaca que oscila entre
quarenta e cinqüenta pulsações por minuto, predispõe o corpo humano, quando em repouso, à maior
passividade, permitindo a liberação do psicossoma antes que a pessoa perca a consciência.
Aceleração. A taquicardia, freqüência cardíaca acelerada, com cento e vinte ou mais
batimentos por minuto, representa a resposta natural do organismo à tensão psicofisiológica, e atua contra
a incapacidade orgânica, impedindo a relaxação muscular e a acalmia psíquica, dificultando
freqüentemente a exteriorização do psicossoma.
Índices. A rigor, considera-se o pulso normal dos homens entre 70 a 72 batimentos por minuto;
78 a 82 para as mulheres; 100 a 120 para as crianças. Considera-se também a bradicardia como sendo de
60 ou menos batimentos por minuto, e a taquicardia como sendo acima de 120 batimentos. No transe
mediúnico, por exemplo, o pulso sobe até 130 batimentos nas mulheres- médiuns, e 230 batimentos nos
homens-xamãs.
Comprovações. Várias vezes comprovei, na condição de cobaia de mim mesmo, em autoexperiências ou pesquisas de participação: sob a ação de medicamentos, com a pressão arterial estando
mais alta, no caso, entre 140 e 100 milímetros de mercúrio (Hg), e a freqüência cardíaca permanecendo
baixa, com 48 batimentos por minuto, consegui produzir, com relativa facilidade, projeções conscientes,
inclusive instantâneas e de consciência contínua, com elevado teor de lucidez extrafísica.
Bradicardia. Os fatos referidos demonstraram que a pressão arterial, mesmo a hipertensão
arterial, não chega a influir na produção da projeção consciente, desde que a freqüência cardíaca esteja
baixa, ou em bradicardia. Conclusão fácil de ser extraída das experiências: a bradicardia constitui um dos
fatores mais eficazes para predispor a consciência encarnada a se projetar para fora do corpo humano.
Exercícios. Dentre os exercícios físicos que contribuem sensivelmente para a manutenção da
bradicardia destacam-se: corrida de longas distâncias; natação; e exercícios da técnica iogue de respiração
(pranayama).
Controle. Por outro lado, ainda acerca da relação projeção e coração, há quem prescreva,
desavisadamente, exercícios de controle voluntário da freqüência cardíaca, através da mente, a fim de
incapacitar o corpo humano e predispô-lo à liberação da consciência através do psicossoma.
Autodesencamação. Tais processos de controle intencional do coração, no entanto, são
potencialmente perigosos, tanto para o portador de algum distúrbio cardíaco, quanto para a pessoa de
aparelho cardiocirculatório sadio, pois podem acarretar, mesmo de modo inconsciente, a autodesencarnação através de uma parada cardíaca inesperada e indesejável. E isso, segundo minhas
observações extrafísicas, vem ocorrendo mais amiudadamente do que se imagina.
Força. O pensamento constitui força poderosa, nem sempre bem domada, que pode curar ou
perturbar, criar ou destruir, entortar colheres, infligir queimaduras no braço de outrem, matar o corpo
humano do próprio indivíduo, ou mesmo o corpo de outra pessoa. De acordo com estudos recentes, foi
descoberto também que durante o sono MOR(V. cap. 72), o coração de pessoas saudáveis pode parar de
bater. Inclusive este padrão de assistolia noturna, ou do não-batimento cardíaco, pode ser o responsável
por mortes súbitas de jovens e adultos normais.
Arritmia. Também recentemente, os parapsicólogos russos, mantendo rigorosa postura
materialista-dialética e dentro dos quadros de seus profundos interesses na chamada guerra consciencial
(V. cap. 429), demonstraram em pesquisas da arritmia cardíaca, conduzidas entre seres humanos, que as
reações emocionais de uma pessoa, no caso, o indutor, influem, como regra, nos batimentos cardíacos de
outra pessoa, o percipiente (vítima). Os valores obtidos depois da análise computadorizada dos dados dos
eletrocardiogramas de ambos os indivíduos sob experiência, registrados simultaneamente, indicaram que
durante cinco minutos as mudanças do ritmo cardíaco do percipiente permaneceram completamente
dependentes das reações do coração do indutor que estava localizado a dois metros de distância. As
reações foram mais acentuadas em percipientes (vítimas) portadores de distúrbios cardíacos.
Obsessões. Tal fato vem corroborar claramente minhas pesquisas quanto à perigosa influência
da consciência sobre o órgão cardíaco. Neste caso particular das experiências soviéticas, ou seja, a criação
do obsessor encarnado plenamente consciente, engajado na instalação de uma obsessão propositada,
merece observar que, entre duas consciências — no exemplo, dois seres encarnados acontece a instalação
do fenômeno energético do acoplamento áurico (V. cap. 307) no qual quase sempre ocorre a
predominância da consciência energeticamente mais forte sobre a consciência energeticamente mais fraca.
Já observei também outros exemplos desse fato, com detalhes, em obsessões conscienciais entre um ser
encarnado (vítima) e um desencarnado (obsessor), e entre um encarnado (obsessor) e outro encarnado
(vítima). Daí porque insisto neste ponto: todas as pessoas devem aprender, ao máximo, a se conscientizar,
distinguir, e controlar as próprias energias conscienciais (V. cap. 253), que tanto podem ajudar, curar,
como infligir doenças, ou mesmo assassinar, sigilosamente, a si mesmo ou outras pessoas.
Respiração. O máximo que se deve fazer tecnicamente, nesta área de pesquisa, será o controle,
sem excesso, da respiração, por exemplo, exercitando a respiração rítmica (V. cap. 166) até certo nível
eficaz, contudo, não ameaçador à fisiologia ou à parafisiologia dos veículos de manifestação consciencial,
evitando-se atuar de maneira direta, pelo pensamento concentrado, sobre o músculo cardíaco.
_______________
Bibliografia: Battersby (92, p. 58), Boswell (174, p. 136), Brennan (200, p. 26), Butler
(228, p. 117), Coxhead (312, p. 105), Crookall (391, p. 118), D’arbo (496, p. 180), Denning (544, p.
45), Farrar (496, p. 196), Fox (544, p. 120), King (846, p. 123), Lind (930, p. 27), Lyra (962, p. 241),
Muldoon (1105, p. 213), Muntanola (1108, p. 68), Rampa (1359, p. 92), Rogo (1444, p. 15), Shirley
(1553, p. 138), Smith (1575, p. 90), Steiger (1601, p. 110), Targ (1651, p. 254), Vieira (1746, p. 6),
Walker (1781, p. 104), Yram (1897, p. 26).
414. PROJEÇÃO CÖNSCIENTE E AS DOENÇAS
Definições. Doença: falta ou perturbação da saúde; alteração ou desvio, crônico ou agudo, do
estado fisiológico em uma ou em várias partes do corpo humano.
Sinonímia: achaque; enfermidade; moléstia.
Predisposição. Um estado doentio pode predispor a saída da consciência através do psicossoma para fora do corpo humano. Contudo, tal condição não constitui processo ideal, nem coadju- vante
confiável para induzir a projeção consciente pura, com a qual se possa adquirir avançados conhecimentos
extrafísicos em experimentos de alta qualidade, o que somente se obtém pela aplicação de métodos
projetivos naturais, simples, e fisiológicos.
Psicossoma. As doenças crônicas e agudas, os distúrbios físicos ou do corpo humano, e os
distúrbios psíquicos ou da mente, alteram o psicossoma para pior, no que diz respeito ao desempenho
prolongado das projeções conscienciais em geral, afetando, em primeiro lugar, os atributos extrafísicos da
consciência e interferindo nas percepções da consciência projetada.
Exceções. Apesar de tudo, há casos de expressivas exceções de projeções conscienciais lúcidas
esporádicas, registradas no decurso de doenças graves, que têm trazido valiosas elucidações sobre os
mecanismos dos fenômenos paranormais.
Fadiga. O fato da coexistência de doença e fadiga, na mesma pessoa, enfraquece os laços do
cordão de prata, predispõe a soltura do duplo etérico,"e deixa a consciência sair mais facilmente da
condição da coincidência dos seus veículos de manifestação à procura de energia cósmica, através do
psicossoma.
Condições. A condição de enfermidade, portanto, tende a predispor a consciência a fazer
projeções conscientes involuntárias, e a condição de saúde plena facilita a consciência a produzir
projeções conscientes voluntárias.
Menores. As experiências repetidas demonstram que as doenças ou as afecções menores — tais
651
como as indisposições físicas, a astenia psíquica, os escotomas cintilantes efêmeros, as pequenas
nevralgias, as luxações simples, etc. — que afligem a criatura humana, são praticamente auto- curadas
pelas projeções conscientes quando produzidas em série, por certo período intensivo. Isso se deve ao fato
conhecido de que a projeção consciencial faculta a aquisição de energia cósmica.
Mecanismo. A circulação das energias que entram e saem, ou seja, que são recebidas e exteriorizadas mais vigorosamente pela consciência, através do psicossoma projetado vezes seguidas, o
mantém enxaguado e em forma, na condição de permanente aquecimento extrafísico. Por outro lado, tal
fato estimula, sobremaneira, a fisiologia natural do corpo humano e, conseqüentemente, faz eficiente
profilaxia e aumenta a resistência orgânica às pequenas afecções e minidoenças.
Extrafísicas. O projetor consciencial veterano, inevitavelmente, tem sempre contato ou relação
direta com doentes comuns, insanos, exacerbados, extrafísicos, nos casos da desobsessão extrafísica (V.
cap. 322), entidades obsessoras que, voluntária ou involuntariamente, ele acaba encontrando pela frente,
no plano extrafísico, ao sair por breve período do corpo humano em certas ocasiões. Nessas
oportunidades, as energias conscienciais são indispensáveis.
______________________
Bibliografia: Baumann (93, p. 53), Bayless (98, p. 114), Bord (170, p. 37), Boswell
(174, p. 132), Bozzano (184, p. 126), Crookall (338, p. 20), Greenhouse (636, p. 145), Jung (812,
p. 320), Leaf (905,- p. 147), Oxenham (1179, p. 1), Ring (1406, p. 27), Sabom (1486, p. 38),
Steiger (1601, p. 33), Vieira (1762, p. 108), Walker (1781, p. 82), Wang (1794, p. 173).
415. PROJEÇÃO CONSCIENTE E PSICOPATOLOGIA
Definição. Psicopatologia: parte da Patologia Humana que se ocupa das enfermidades mentais,
suas origens, sintomas e natureza.
Sinonímia: patologia mental.
Fisiológico. Ante o extenso número de indivíduos que afirmam ter estado conscientemente fora
do corpo humano, torna-se válido perguntar e responder: — Será que defrontamos com ura fenômeno no
qual todas essas pessoas sofrem de uma insanidade temporária, disfunção cerebral ou carência neurótica,
num determinado momento, sem que isso tenha ocorrido antes ou depois? Racionalmente, pode-se
responder que não. A projeção consciente constitui recurso fisiológico, fenômeno natural cuja freqüência
maior deve ser excluída do campo da Psicopatologia humana porque não expressa e nem procede
diretamente de distúrbios mentais. No entanto, vale esclarecer, ainda, que o fenômeno da projeção
consciente também pode ocorrer com pacientes portadores de distúrbios mentais, o que não significa a
mesma coisa. E além disso, agressões morais ou físicas e os distúrbios mentais daí decorrentes, podem
gerar o fenômeno da projeção consciente na pessoa acomodada que não dispõe de suficiente vontade
capaz de produzi-lo por si mesma.
Índice. No entanto, ainda não foi evidenciado nos praticantes da projeção consciente a
ocorrência de índice maior de incidência de psicopatias do que em outros estados xenofrênicos ou
alterados de consciência. Os casos identificados da relação entre projeção consciencial e Psicopatologia
estío dentro da média comum das ocorrências, não se encontrando efeitos fisiológicos maléficos de
monta, derivados das atividades projetivas.
Diferenças. Nas áreas da Psicopatologia há fenômenos ou estados similares à projeção
consciente, dentre estes a despersonalização, a dissociação da personalidade, o eu multifendido, a distorção da imagem do corpo humano, e a autoscopia patológica. No entanto, todas estas formas admitidas
de patologia diferem da projeção consciente em diversas e importantes manifestações bem evidentes,
assim como toda dissociação da consciência apresenta diferenças fundamentais uma da outra.
Exemplos. A despersonalização pode envolver sentimentos ansiosos de perda da identidade
pessoal bem como de irrealidade em relação ao ambiente físico, o que não acontece com a projeção
consciente, usualmente tranqüilizadora, evidenciando uma experiência transcendente. A aura projetiva (V.
cap. 204) é positiva, benigna, bem diferente da aura epiléptica, ou da aura da enxaqueca. O mesmo
acontece com a catalepsia projetiva (V. cap. 28) em confronto com a catalepsia patológica. A
autotransfiguração do psicossoma (V. cap. 281) pode ser induzida pela própria consciência.
Predominância. Outro elemento que distingue perfeitamente a psicopatia (em geral) da
projeção consciente está no predomínio relativo da primeira ocorrência, comum à humanidade, e a
raridade da segunda ocorrência, quando de natureza marcante, entre homens e mulheres.
Abordagem. Também não devemos esquecer que, assim como não se pode avaliar corretamente os processos da Medicina em termos da saúde dos médicos, ou avaliar o todo da Psicanálise em
termos das experiências psicóticas de alguns analistas, não se pode avaliar os fenômenos próprios da
Projeciologia em termos da saúde dos projetores. Isso seria, no mínimo, proceder a uma abordagem
tendenciosa. A possibilidade de um projetor consciente ser doente mental é a mesma de qualquer
psiquiatra. Não é porque alguns médicos sejam doentes mentais que todos os médicos devam sê-lo.
Parapsicologia. Os fatos paranormais não são fatos patológicos. Os fenômenos extra-sensoriais, não sendo sintomas de doenças, tanto ocorrem em pessoas sãs, quanto em psicopatas. A
paranormalidade é atributo natural da personalidade e não será correto associá-la com anormalidade
mental, identificá-la como sintoma de moléstia ou processo pertencente à área da Psicopatologia, embora
esta e a Parapsicologia tenham muito em comum, pois os fenômenos de ambas são desvios do normal no
sentido de serem excepcionais.
Projetabilidade. Erraria sempre quem atribuísse à projetabilidade a um estado mórbido da
mente como seria erro imputar às condições da menstruação, da concepção biológica humana, da
gestação, e do parto natural a estados doentios do organismo da mulher.
Ângulos. Por outro lado, a desordem psiquiátrica de um indivíduo não constitui, definitivamente, requisito prévio à sua assunção ao papel de projetor consciente atuante. Segundo sociólogos e
antropólogos, tal fato não acontece nem mesmo com os xamãs, médicos-feiticeiros adivinhadores
proféticos nas culturas exóticas. Nenhum xamã é na vida cotidiana indivíduo neurótico ou paranóico. Se o
fosse, seria classificado como lunático e não sobreviveria, respeitado, como sacerdote.
Xamãs. Vale enfatizar que os xamãs são os verdadeiros projetores rústicos, primitivos, precursores dos modernos projetores da Parapsicologia. Isso indica qüe os fenómenos projeciológicos não
podem ser vinculados à Psicopatologia pois integram a fisiologia natural do homem e da mulher desde
que estes surgiram na face da Terra.
Normalidade. Afinal, por que as projeções conscientes são ocorrências normais do cotidiano,
sem nenhuma conotação patológica intrínseca? Simplesmente porque não produzem quaisquer mudanças
fisiológicas negativas no indivíduo e podem acontecer com qualquer um, tanto com a pessoa de mente
sadia quanto com o mentalmente enfermo; tanto com o vidente quanto com o cego; o hígido e o inválido;
o jovem e o idoso.
Evolução. Outro fato reafirma a relação das projeções conscientes com a condição de higidez
do projetor como pessoa humana. A prática da decolagem consciente, voluntária, ou o induzimento da
própria consciência no ato de deixar temporariamente o corpo humano, apresen- ta-se no atual nível
evolutivo da humanidade como ocorrência contrária ao padrão, não significando, porém, involução
patológica, mas evolução salutar, condição consciencial acima da média, evidente superdotação.
Entrevistas. Para corroborar estas afirmações, foram realizadas pesquisas públicas em
Kansas,nos Estados Unidos da América, sobre a projeção consciente, através de entrevistas e sob a
responsabilidade de médicos clínicos, psiquiatras, e psicólogos, de 1976 a 1981, quando constataram a
existência de grupos de projetores até mais saudáveis do que a média, demonstrando que, em si, como
estado de consciência, a projeção consciente não se apresenta como sendo antinatural nem patológica,
segundo as afirmações essenciais dos psiquiatras Glen O. Gabbard, Stewart W. Twemlow e Fowler C.
Jones.
Universo. Em decorrência do exposto, dentro do campo da Projeciologia, as alucinações, as
psicopatias e as aberrações mentais devem estar fora do universo das estatísticas dos casos puros de
projeção consciente, espalhados entre toda a população em, geral, e que realmente merecem ser analisados
como fenômenos recém-descobertos, embora sempre tivessem existido.
Realidades. As projeções conscientes não constituem experiências aberrantes, nem produtos da
mente perturbada, e sim experiências humanas normais, que combatem a ansiedade do indivíduo,
aniquilam o medo da morte, encorajam o praticante a crer numa vida depois da vida humana, trazem
profunda satisfação para as existências física e espiritual da criatura, e são psicologicamente vantajosas
para quem as experimentam.
Alerta. Fundamentado nas evidências racionais apontadas, envio daqui o meu brado de alerta
aos senhores psiquiatras, neurologistas, psicanalistas, psicólogos e psicoterapeutas em geral para que
busquem distinguir conscienciosamente os processos patológicos usuais dos casos genuínos de projeções
conscientes, sem confundir uns com os outros, em favor dos próprios pacientes.
Prejuízos. Tenho recebido relatos de experiências com homens e mulheres, de resultados
desastrosos, que depois de procurarem especialistas para pedirem socorro a fim de entender ocorrências
de saídas espontâneas, naturais e conscientes do corpo humano, começaram a fazer uso de possantes
estupefacientes que lhes foram equivocadamente receitados. Tais recursos pseudotera- pêuticos lhes
prejudicaram, em definitivo, de modo irremediável, a saúde física e mental.
Psicopatologia. Eis alguns fenômenos projeciológicos, reais, dentre os muitos existentes, ou
talvez quase todos, para os quais são relatadas ocorrências psicopatológicas assemelhadas e que não
devem ser confundidas com os mesmos: autobilocação; autoscopia projetiva; dejaísmo projetivo;
descoincidência vígil; duplicação de parte do corpo; elongação; estado vibracional; membro fantasma;
projeção parcial; projeção do duplo completo; bradicinesia; visão panorâmica. Em resumo: a experiência
653
da projeção consciencial lúcida não tem impacto patológico sobre a criatura humana.
______________
Bibliografia: Blackmore (139, p. 153), Breecher (198, p. 28), Brown (211, p. 217),
Grattan-Guinness (626, p. 319), Greenhouse (636, p. 310), Greyson (643, p. 184), Krishna (867, p.
128), Lewis (923, p. 221), Lippman (934, p. 345), Long (946, p. 33), Ludwig (956, p. 225),
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415. PROJEÇÃO CONSCIENTE, CIRURGIA E OS ANESTÉSICOS
Definição. Cirurgia: ramo da Medicina e da Odontologia que trata as enfermidades ou
acidentes, totalmente ou em parte, por procedimentos manuais e operativos.
Sinonímia: intervenção cirúrgica; operação cirúrgica.
Entorpecimento. Numa operação cirúrgica, o anestésico começa a sua atuação instalando o
estado de entorpecimento físico na região anestesiada. É preceito básico em Projeciologia que o entorpecimento físico constitui o primeiro sinal da descoincidência dos veículos de manifestação da
consciência (V. cap. 205).
Anestésicos. A Cirurgia, tanto na Medicina quanto na Odontologia, tem atuação especial no
campo da Projeciologia em razão dos efeitos entorpecedores dos anestésicos denominados “dissociativos”. Através do tempo, vêm sendo os anestésicos mais empregados, no caso: o protóxido de
nitrogênio, óxido nitroso, ou gás hilariante; o éter; o clorofórmio; o trilene; o halotane; e a keta- mina.
Desde 1844, os anestésicos colocam o corpo humano inconsciente, elevando o índice de dióxido de
carbono no organismo e, com isso, predispõem a saída lúcida da consciência para o plano extrafísico, em
projeções forçadas, artificiais, e esporádicas. Daí sobrevêm as chamadas revelações anestésicas, também
desde o Século XIX.
Atmosfera. Por outro lado, outros poderosos fatores — físicos e psicológicos — criam uma
atmosfera dramática e de intensa significação, propícia à produção da projeção da consciência nas pessoas
sensíveis, ou projeciologicamente predispostas: a enfermaria do hospital com o cheiro forte de substâncias
químicas; a sensação de doença e de morte pelo ar na atmosfera do hospital; as entradas e saídas suaves
do pessoal médico no ambiente hospitalar; as figuras e as imagens religiosas também do ambiente
hospitalar; e a sensação de isolamento e distância da própria casa, ou lar, por parte do doente internado. E
tudo isso, além dos efeitos do anestésico aplicado durante os atos cirúrgicos.
Cirurgiões. Os cirurgiões em geral, especialmente os indiferentes aos fenômenos
parapsicológicos e que ainda não experimentaram a projeção consciente espontânea, julgam as narrativas
de seus pós-operados como sendo meras alucinações provocadas pelos anestésicos durante as anestesias
gerais. Contudo, os pesquisadores idôneos da Parapsicologia, e alguns pesquisadores da própria Medicina,
sabem hoje que o estado profundo de inconsciência do cérebro, sob os efeitos da anestesia geral durante a
operação cirúrgica, encoraja a consciência a desfrutar de lucidez, de algum modo, fora do corpo humano,
em certos casos.
Quase-morte. A projeção consciente durante o período de anestesia constitui, acima de tudo,
um processo eficiente de alguém se subtrair ao desconforto do corpo humano enfermo, lesionado, ou
traumatizado, da dor física, e do trauma provocado pelo bisturi do cirurgião. Em certos casos, a alteração
do estado consciencial é tão rápida e impressionante, que a consciência projetada torna-se indiferente ao
próprio corpo humano anestesiado, surgindo, então, ampara- dores que a convencem ou a compelem,
irresistivelmente, a retornar à vida terrestre, acontecendo a típica experiência da quase-morte (V. cap. 32).
Confirmações. A projeção consciente durante o período de anestesia — seja numa pequena ou
grande cirurgia, exodontia, alveolotomia, cesariana, apendicectomia, tonsilectomia, etc. — permite
confirmações indiscutíveis do bordejo extrafísico da consciência do paciente através dos testemunhos do
pessoal médico que trabalha de permeio entre o anestesista-amparador-humano, inconsciente das
ocorrências extrafísicas, e o paciente-projetor-consciente fora do corpo humano.
Inversa. Em condição inversa, mais raramente, podem ser recolhidos os relatos de cirurgiões e
enfermeiras que indiscutivelmente viram a exteriorização de seus pacientes, às vezes em cima da mesa de
operação, descrevendo o duplo extrafísico da pessoa, o seu rosto envolto em neblina, ou mesmo o seu
cordão de prata, nos mesmos termos dos próprios projetores, confirmando as experiências projetivas.
Decolagem. A decolagem da consciência, através do psicossoma, deixando o corpo humano
incapacitado sob a ação da anestesia, apresenta-se, freqüentemente, abrupta, em torvelinho, ou em
ziguezague.
Inconsciência. A projeção consciente pode ocorrer durante o sono natural, num transe autoinduzido, num desmaio, no estado de coma, ou na inconsciência gerada por trauma físico ou mental. No
estado de inconsciência profunda da anestesia, a consciência vê-se forçada a sair do corpo humano — seja
através do psicossoma ou mesmo através do corpo mental direto — deixando a forma física num estado
de inconsciência, na mesa cirúrgica, muito mais completo do que no sono natural ou no estado de transe.
Cotejo. Os níveis de inconsciência profunda produzidos pelos estados patológicos geram
projeções forçadas, através das referidas decolagens abruptas que as tornam desvantajosas em relação às
projeções espontâneas, quando o projetor está sadio e mais apto às observações de alta qualidade,
pormenorizadas, das vivências extrafísicas. Contudo, em regra geral, as projeções produzidas sob
anestesia geral oferecem experiências mais impressionantes e dramáticas do que as projeções espontâneas
ocorridas durante o sono natural, ou as provocadas pela própria consciência por transes auto-induzidos.
Advertência. Com o doente desperto, sob anestesia apenas locàl, os profissionais precisam
controlar as palavras, e muitos médicos consideram isso uma inconveniência. No entanto, esses colegas
ainda não sabem que a Projeciologia adverte aos cirurgiões, assistentes, anestesistas, enfermeiros, e
equipes paramédicas — quando em trabalho profissional — para que evitem inconveniências quanto
àquilo que fazem ou falam, entre si, durante o desenrolar dos atos cirúrgicos, mesmo com o paciente sob
anestesia geral.
Sentença. Neste período da anestesia geral, em que se supõe que o paciente esteja inconsciente,
com muito mais freqüência do que se imagina, a sua consciência, projetada para fora do corpo humano,
por efeito do anestésico, vê com clareza, ouve com nitidez, e percebe tudo o que fazem e dizem na sala de
cirurgia, inclusive a operação em si, escutando não raro a sua sentença de morte ou detalhes indiscretos
de atitudes certas e erradas dos técnicos, e até fatos ocorridos nas imediações dos centros cirúrgicos. E o
pós-operado conserva consigo ou chega a relatar tudo o
que vivenciou nesse período, logo depois de
cessados os efeitos da anestesia geral.
Riscos. A propósito, os arautos da Medicina vêm alertando para os riscos da anestesia geral.
Basta dizer que, segundo as estatísticas, uma em duzentas pessoas submetidas a intervenção cirúrgica
com anestesia geral é vítima de parada cardíaca. A maior parte das operações cirúrgicas pode ser feita
com o paciente acordado. Só uma em onze mil pessoas submetidas a intervenção cirúrgica com anestesia
local (paciente desperto) é vítima de parada cardíaca. Esta diferença percentual impressiona e faz pensar.
Aviso. Os assuntos abordados neste capítulo, relativos às relações da projeção consciencial
lúcida com a Cirurgia e a Anestesiologia, não devem ser confundidos com as relações da projeção
consciente e as paracirurgias (V. cap. 417), exercidas por paranormais, homens e mulheres.
___________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 50), Baker (69, p. 16), Battersby (92, p. 51), Bord (170, p.
11), Bozzano (192, p. 131), Brittain (206, p. 63), Brunton (216, p. 173), Crookall (320, p. 68; 338, p.
134), Currie (354, p. 146), Giovetti (593, p. 39), Greenhouse (636, p. 154), Gurney (666, p. 505),
Holzer (745, p. 165), James. (803, p. 378), Jung (813, p. 508), Leaf (905, p. 147), Malz (992, p. 50),
Miranda (1050, p. 89), Mitchell (1058, p. 44), Muldoon (1102, p. 75), Parrish-Harra (1202, p. 75),
Richards (1394, p. 25), Rogo (1446, p. 155), Sabom (1486, p. 82), Smith (1574, p. 32), Steiger
(1601, p. 41), Walker (1781, p. 74),Wang (1794, p. 167).
417. PROJEÇÃO CONSCIENTE E A PARACIRURGIA
Definição. Paracirurgia: ramo da Paramedicina que trata das enfermidades e acidentes,
totalmente ou em parte, por procedimentos manuais, operatórios, e métodos de origens paranormais.
Sinonímia: cirurgia alternativa; cirurgia heterodoxa; cirurgia inortodoxa; cirurgia livre; cirurgia
marginal; cirurgia mediúnica; cirurgia metassomática; cirurgia paralela; cirurgia para- normal; cirurgia
parapsíquica; cirurgia popular; cirurgia pública; logurgia; intervenção cirúrgica extramédica; operação
paranormal; operação parapsíquica; processo extramédico de cura; super- cirurgia; telecinesia cirúrgica.
Invasão. Nas últimas décadas, os noticiários internacionais, através do jornalismo impresso e
falado, inclusive chocantes documentações cinematográficas e conturbados processos penais, vêm
informando sobre a crescente difusão de intervenções cirúrgicas realizadas em corpos humanos, fora dos
padrões habituais e na clandestinidade, invadindo os domínios da Cirurgia Clássica.
Observadores. Muitos observadores afirmam que nessas operações insólitas, sem precedentes
na História da Medicina e que fogem inteiramente às regras convencionais, curandeiros sem treinamento
655
médico executam a introdução e o manejo de instrumentos precários em órgãos vitais como: estiletes no
coração e pulmões; faca nos olhos e ouvidos; bisturi no crânio e no abdome; incisões de até quarenta
centímetros; junto com o aparecimento súbito de medicamentos e a cicatrização instantânea de amplos
ferimentos cirúrgicos. Tudo isso, paradoxalmente, praticado sem a assepsia convencional e sem causar
infecção; sem a anestesia convencional e sem dor; sem a hemostasia convencional e sem hemorragia.
Paralela. As intervenções aberrantes, baseadas apenas na evidência empírico-mística, não
foram reconhecidas e classificadas pela Ciência ortodoxa, nem incorporadas na Cirurgia, nem abordadas
pelo ensino das escolas médicas oficiais e para-oficiais. Como fatos não academizáveis, considerados
heréticos no mundo cultural do nosso século, igual a tudo o que não se enquadre no rol das idéias aceitas,
foram incluídos no estudo das ciências paralelas, ou especificamente dentro da chamada Medicina
Paralela.
Oposição. Aparentemente sem explicação nas bases científicas convencionais, tais cirurgias
encontram forte oposição nos corpos médico, científico e industrial e têm sido objeto de críticas diretas,
amarga hostilidade, ceticismo, e controvérsias permanentes. A abertura de polêmicas tem redundado em
má informação. Os opinadores, em maioria — tanto os visionários quanto os realistas — conservam
idéias distorcidas sobre as intervenções, recolhidas em noticiários orientados para o sensacionalismo que
desviam o apoio respeitável que a pesquisa do assunto exige, e isso resulta num antagonismo espontâneo
à matéria, que outras pessoas também repelem porque não podem explicar.
Expressões. Além da sinonímia referida, múltiplas expressões surgiram para definir as cirurgias
heterodoxas, conforme as posições extremas, moderadas, e neutras existentes na apreciação crítica sob os
seus aspectos psicológico, sociológico, jurídico e médico: “anticirurgia”; “assistência social aos
indigentes”; “charlatanismo erudito”; “cirurgias de folclore”; “cirurgia social”; “crendices populares”;
“curandeirismo”; “espetáculos de ilusionismo”; “explorações da credulidade pública”; “fenômenos do
subdesenvolvimento”; “proselitismo religioso sistemático”; “ficção científica”; “pitiatismo”; “problema
de saúde pública”; e “subcirurgia”. Essas opiniões são expressas quase sempre à distância dos
acontecimentos, sem investigações prévias, mas aprioristicamente.
Interesse. As indagações e controvérsias concentradas na questão são muitas e vão continuar
por bastante tempo. Há conflitos de informações e de análises, mas parece manifestar-se pelo menos uma
realidade indiscutível: cresce o enorme poder de atração popular dessas operações sempre em evidência. E
qualquer interesse público, nesta era tecnológica, não pode ser ignorado, chegando uma ocasião em que o
julgamento científico e o bom senso passam a exigir completa investigação, porque os experimentadores
modernos não desprezam os fenômenos espontâneos.
Observação. Notícias comuns não servem como evidências científicas. Eqüidistante das
celeumas e partindo para a observação direta, fria e cautelosa das cirurgias heterodoxas, qualquer
pesquisador imparcial, se comparar e discutir os métodos empregados pelos seus praticantes, a sua
eficácia ou inutilidade, tomados como hipótese de pesquisa, chegará à conclusão de que, de fato, existem
fenômenos paracirúrgicos reais em numerosos casos. A colocação objetiva do problema fundamental, no
caso, deve ser o exame científico dos fenômenos, sem as implicações deforman- tes, o aspecto dramático,
e toda a carga emotiva que os envolvem, pois os relatos de fatos são sempre suspeitos quando
sobrecarregados de emoções e anseios humanos.
Enfoques. A evidência esmagadora das ocorrências resiste à análise e impõe novos enfoques às
questões, por haver nas manifestações, além do curandeirismo e do charlatanismo, intervenções autênticas
que exibem conjunto de processos ainda ignorados pela Ciência e a Tecnologia.
Questões. A investigação científica começa rigorosamente com formulação de perguntas. Eis
algumas indagações pertinentes: — Quais os principais fatores que ocasionaram o extraordinário surto das
intervenções heterodoxas? Quais as suas causas reais? Donde provém o poder de atração das
paracirurgias? Podem os praticantes da paracirurgia firmar diagnósticos corretos, operar e fazer com que
os doentes se sintam melhores com tais operações clandestinas? A que conclusões nos levariam um
estudo comparativo entre a Cirurgia moderna e a Cirurgia heterodoxa? Quais seriam as conseqüências
disso?
Características. Conquanto ocorram variantes técnicas, existem onze características comuns,
fundamentais, e até curiosas, a todo paracirurgião (ou paracirurgiã) autêntico:
417.1. Responsabilidade. O paracirurgião é o responsável por tudo o que ocorre nas operações
que planeja e executa, bem como por suas conseqüências.
417.2. Habilitação. Embora já tenham surgido, excepcionalmente, alguns médicos-paracirurgiões, o paracirurgião em geral é pessoa não legalmente habilitada para o exercício da Medicina e,
muito menos, para praticar intervenções cirúrgicas, por isso, opera fora da Lei.
417.3. Proveito. O paracirurgião autêntico não obtém nenhum proveito material de suas
aptidões paranormais.
417.4. Personalidade. O paracirurgião é a personalidade central indispensável da paracirur- gia,
sem a qual não há intervenção.
417.5. Retaguarda. O paracirurgião não tem retaguarda para o pré-operatório, a assepsia, a
anestesia, a hemostasia, e a assistência técnica no per e no pós-operatórios.
417.6. Táticas. O paracirurgião é o único a intervir no campo operatório, a usar o instrumental
disponível, e a tomar as decisões táticas que forem exigidas no transcurso das paracirurgias.
417.7. Auxiliares. Em geral não tem o paracirurgião, o primeiro nem o segundo auxiliares,
instrumentador, anestesista, ou colega, técnico, para ajudar diretamente nas intervenções, trocar
consultas, ou conceder pareceres.
417.8. Substitutos. O paracirurgião não dispõe de substitutos em caso de necessidade, nem
alguém que o poupe de toda tensão pré-operatória imediata.
417.9. Conferência. O paracirurgião não participa de conferência médica para distribuir
responsabilidade.
417.10. Avaliação. O paracirurgião não possui os recursos habituais para uma avaliação préoperatória, nem requisita determinações laboratoriais para fazer estimativa do risco envolvido.
417.11. Individualismo. O paracirurgião não pode ser classificado — igual aos médicos ou
cirurgiões convencionais — segundo as especialidades conhecidas, sendo, por natureza, individualista,
policirurgião, praticando intervenções cujo procedimento técnico é personalíssimo.
Energia. A energia imanente, transformada em consciencial (V. cap. 246), utilizada ou transmitida pela consciência como revitalizante, é capaz de explicar, em detalhes, inúmeros fenômenos, dentre
os quais: as técnicas paracirúrgicas com e sem instrumentos; o uso dos dedos das mãos como
instrumentos que funcionam ao modo de fios condutores; a para-anestesia; a para-assepsia; a parahemostasia; a cicatrização instantânea; o aparecimento e o desaparecimento dos pontos de sutura; as
remissões definitivas em certos casos; o poder sobre as coisas orgânicas e vivas, ou a faculdade de
manobrar os sistemas biológicos evidenciada pelos paracirurgiões; etc.
Fenômenos. Os efeitos de criação, descriação, e a recriação nos fenômenos paracirúrgicos
parecem contrariar as leis da Física, com a emergência e desaparecimento de pequenos e grandes objetos
no espaço-tempo-matéria, através de sistemas de velocidade aparentemente acima da velocidade da luz.
Hipótese. Existe uma hipótese de que nas operações paracirúrgicas — sejam públicas, secretas,
instrumentais, ou manuais — pode ocorrer a descoincidência dos veículos de manifestação do
paracirurgião, ou melhor, sobrevir uma projeção parcial, ou completa, migração extrafísica temporária da
consciência do paracirurgião ou paracirurgiã, que efetua a cura diretamente.
Imparcialidade. Com bases na melancólica opiiiião vigente de que uma nova verdade científica não triunfa convencendo os seus oponentes e fazendo com que vejam a luz, mas porque seus
oponentes finalmente 4esencarnam e uma nova geração humana cresce familiarizada com ela, há de se
esperar que os médicos jovens que estão surgindo, sejam capazes de examinar, com imparcialidade,
ambos os lados da questão pendente da paracirurgia, daqui para a frente.
________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 116), Corgnol (302, p. 29), Digest (399, p. 295), Ehrenwald
(471, p. 257), Freedland (550, p. 185), Freixedo (553, p. 92), Horia (757, p. 161), Jacobson (796, p.
75), Krippner (863, p. 222; 865, p. 1), Kruger (871, p. 315), Meek (1028, p. 98), Mishlove (1055, p.
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Stelter (1613, p. 110), Uphoff (1722, p. 165), Valerio (1725, p. 43), Walker (1784, p. 229), Wallace
(1789. p. 58), Ward (1797, p. 66), Watson (1800, p. 206), Wolman (1863, p. 674).
418. PROJEÇÃO CONSCIENTE E A PESSOA MUTILADA
Definição. Pessoa mutilada: quem passou pelo teste de paciência e coragem de ter amputada
uma parte do corpo humano, ou mesmo um ou mais membros físicos, através de acidente ou operação
cirúrgica que tenha cortado circularmente o membro pela continuidade do osso ou ossos.
Sinonímia: pessoa amputada.
Necessidade. A necessidade de amputação surge em razão de trauma de um membro, seja
dedo, perna ou braço, na maior parte dos casos cirúrgicos, por acidente em geral, desastre automo-
657
bilístico, acidente de trabalho, ou ocorrência em campo de guerra, além de objetivar a preservação da
sobrevivência do organismo hígido remanescente.
Restringimento. A mutilação física em geral intensifica o processo do restringimento psicofísico que mantém a consciência confinada dentro do corpo humano, controlando a própria vida a partir
dos hemisférios cerebrais.
Análise. Na análise das relações do fenômeno da projeção consciente e a pessoa amputada
merecem ser examinados sete fatos correlatos: as experiências dos projetores conscientes emgeral; as
experiências dos projetores conscientes amputados; as experiências dos médiuns videntes; os fenômenos
das sensações de integridade dos amputados; a relação entre as dores-fantasmas e as vidências; as
kirliangrafias ou fotos das emanações energéticas dos seres vivos; e os portadores de certas afecções
cerebrais.
418.1. Projetores. Os projetores veteranos sabem que, ao se projetarem, na presença de criatura
encarnada que tenha membro amputado recentemente, vão vê-la antropomorficamente intacta, como se a
mesma ainda utilizasse a integridade do membro completo. À semelhança do que já fizeram outros
projetores, pessoalmente comprovei com impressionante observação extrafí- sica através da projeção
consciente, a forma do membro-fantasma de um recém-amputado.
Prosseguimento. A coerência da substância extrafísica do psicossoma - elemento organizador
do corpo humano - atua mais fortemente do que a sua atração para a porção que foi amputada do mesmo
corpo humano. Daí porque a contrapartida extrafísica do membro amputado não é retirada de imediato
nem segue com o segmento amputado durante um acidente ou cirurgia. A parte amputada,
extrafisicamente, prossegue por algum tempo retendo o feitio ou molde original da integri- lade do
membro até que, de acordo com a nova auto-imagem, mental, criada, do acidentado, se retraia para dentro
dos liinites da forma mutilada.
418.2. Amputados. Há projetores-amputados que percebem perfeitamente a inteireza do próprio
membro fisicamente mutilado ao se verem projetados, conscientes e livres no plano extra- físico.
Sensação. Há até caso registrado da pessoa que teve uma perna decepada em acidente de carro
e foi atirada à distância. De imediato a sua consciência flutuou para fora do corpo humano, por sobre o
local do acidente, observou o pessoal de salvamento e chegou mesmo a ver o seu próprio corpo humano
sem uma das pernas, mas conservando, no entanto, a sensação extrafísica de que o seu corpo estava
intacto, inclusive com a perna perdida.
Automaterialização. Registro, ainda, como informação, as referências a fatos raros, que alguns
afirmam serem válidos, mas infelizmente ainda não comprovados cientificamente, de que um amputado,
por exemplo, de uma perna, logo acima do joelho, demonstrou a habilidade de ser capaz de caminhar
normalmente através da automaterialização do segmento da perna e do pé fal- tantes. Isso ocorreria em
função da determinação obstinada do indivíduo — obviamente predisposto à exteriorização do
ectoplasma — e que, sentindo ainda perfeita e parapsiquicamente a presença do membro, concentraria
seus poderes ectoplásmicos e, por alguns instantes, automaterializaria a perna e o pé. Neste caso, o
amputado recompondo por breve espaço de tempo o membro útil perdido e a sua função de sustentação
do corpo humano, andaria firme, sem vacilação, com passadas fortes e largas, como se tivesse mesmo
duas pernas intactas, mas tendo apenas uma visível com o pé no sapato, e a outra parte da calça dobrada
para trás, presa com alfinetes, sem prótese, e sem o apoio de muletas, ou qualquer outro meio de
sustentação.
418.3. Videntes. Muitos médiuns videntes afirmam enxergar, no estado da vigília física ordinária, o membro fantasma da pessoa amputada recentemente.
418.4.Fantasmas. São largamente conhecidas pelos neurologistas e psiquiatras as queixas por
parte dos amputados, especialmente no período da convalescença cirúrgica, que afirmam continuar a
sentir muitas das sensações de integridade, os membros-fantasmas: uma perna amputada; ambas as
pernas amputadas; mão amputada; um braço amputado; costela ou segmento de costela extraídos; o nariz
seccionado; o mamilo destacado, em caso de ablação da mama; o dente extraído; o pênis amputado; etc.;
e dores fantasmas que falam a favor da existência do duplo de todos os seres vivos, o psicossoma, ou o
modelo organizador biológico.
418.5.Relação. As evidências de sugestiva relação entre dois fenômenos afins aqui analisados
conduzem à seguinte inferência: quanto mais pronunciadas sejam as dores-fantasmas de uma pessoa
recentemente amputada, mais visível, ou paranormalmente perceptível, será a porção amputada do seu
corpo humano.
Auto-imagem. Os membros-fantasmas somente surgem depois dos 5 anos de idade física do
paciente, ou seja, depois de desenvolvido e estabelecido o conceito da auto-imagem, mental, do corpo
humano. Em muitos casos, depois de algum tempo, e a convivência paciente-prótese, o mem- bro-
fantasma parece desaparecer no período em que a prótese está sendo usada, mas reaparece quando a
mesma é removida.
418.6. Kirliangrafias. A título de ilustração é bom lembrar que determinadas kirliangra- fias,
eletrografias ou fotos de campo de radiação obtidas na Rússia, no Brasil e nos Estados Unidos da
América, sugeriram um efeito de suma importância parabiológica e parafísica e, talvez por isso mesmo ou
por motivos outros, vem sendo extremamente controvertido: folhas de plantas que sofreram antes a
amputação de uma parte, apareceram com os desenhos energéticos ainda inteiros como se ainda
possuíssem todos os componentes intactos, com a forma específica exata do segmento cortado, nascendo
daí o fenômeno da folha-perdida, folha-fantasma, fenômeno cutway, ou efeito fantasma. Existe ainda a
suposição de que o corpo-fantasma deve ser observado melhor com a kirliangrafia de mão humana com
dedo amputado recentemente.
Fabricação. Até o momento ainda não foi possível a reprodução autêntica do efeito fantasma
em laboratório de modo a se obter o consenso urbi et orbi dos experimentadores quanto ao mesmo. Muito
pelo contrário, a eletrografia da folha-fantasma pode ser facilmente fabricada do seguinte modo: a folha é
prensada com um rolo de borracha contra a superfície do filme situado no aparelho Kirlian. Depois uma
de suas partes é seccionada e cuidadosamente removida deixando nítida marca de umidade no filme. A
alta voltagem do aparelho, aplicada à parte restante da folha, e a umidade que ficou do pedaço cortado,
produzem uma fotografia com a chamada porção fantasma.
418.7. Cérebro. São conhecidas, há décadas, as ocorrências de pessoas que perderam parte do
cérebro, por diversas razões, sem aparentes efeitos prejudiciais à sua vida mental, o que vêm corroborar. a
alegação da existência de um veículo extrafísico da consciência e os fatos referidos relativamente aos
amputados.
Autotransfiguração. Estas afirmações não significam que toda pessoa amputada permanece
sempre com a parte extrafísica intacta do membro físico que perdeu. Tal fato não precisa, necessariamente, ocorrer. Se a mente desperta supera, com o passar dos meses, depois do período da
convalescença, os reflexos mentais da deficiência física, o mais provável será apresentar-se, após algum
t;mpo, sem o membro extrafísico em razão do conhecido fenômeno da autotransfiguração (V. cap. 281)
do psicossoma, no caso, patrocinado pela própria consciência. Tal fato, porém, não constitui a regra geral.
Psicossoma. O psicossoma, seja do encarnado ou do desencarnado, não precisa obedecer
sempre à forma humanóide para se apresentar ou atuar livremente como veículo de manifestação da
consciência.
Desaparecimentos. Os cortes acidentais, amputações e cirurgias mutiladoras executadas diretamente no corpo humano não atingem a para-anatomia do psicossoma (V. cap. 105), não interferem na
parapsicofísiologia do psicossoma (V. cap. 106), e muito menos na estrutura do corpo mental (V. cap.
116), daí porque as deficiências orgânicas desaparecem completamente no conjunto das impressões da
consciência projetada com lucidez no plano extrafísico.
Repressão. Se a influência de alguma deficiência física ainda sobrexiste nas sensações da
consciência encarnada projetada, durante o período extrafísico, isto se deve exclusivamente ao excesso de
condicionamento, repressão, complexo, ou predisposição psicológica errônea das suas tendências, ou seja,
da sua parapsicologia.
Conclusões. A partir da compreensão dos fenômenos associados aqui expostos, o leitor, portador de qualquer deficiência física devido a amputação e visando ao seu próprio bem-estar, deve se
conscientizar de quatro atitudes inteligentes:
418. § 01. Veículos. As deficiências e mutilações do corpo humano, sejam quais forem, não
atingem nem se refletem nos veículos extrafísicos de manifestação de sua consciência. Isto somente
acontece se sua consciência o desejar, seja de modo consciente ou inconscientemente. Esta indicação pode
ser seguida por todos os portadores de deficiências físicas, inclusive aqueles com alterações
cromossômicas.
418. § 02. Condição. Ao se projetar para fora do corpo humano esqueça deliberadamente, em
primeiro lugar, sua condição de pessoa amputada. Mentalize você mesmo por inteiro, intacto, íntegro.
418. § 03 .Prótese. Ao se projetar conscientemente esqueça, ainda, a existência da prótese ou
membro artificial que porventura você use para corrigir a deficiência física. A rigor, a volitação
desimpedida no plano extrafísico (V. cap. 269) dispensa qualquer recurso do tipo muleta, seja esta física
ou extrafísica (V. cap. 163).
418. § 04. Motivação. Tais argumentos lógicos, fundamentados nas evidências, constituem,
obviamente, poderosa motivação para que você busque produzir, de modo voluntário, a projeção
consciencial lúcida, que só pode enriquecer-lhe a experiência pessoal, através de um tipo de compensação
que lhe oferece a liberdade maior de sua consciência, manifestando-se além de todo restringimento
psicofísico.
Regeneração. Com bases na existência do duplo etérico, na função organogênica do psicos-
659
soma, e na sobrevivência destes veículos conscienciais, mesmo depois de uma amputação de membro
físico, julgo que a capacidade regenerativa de membros vivos do corpo humano, — igual ao que acontece
às salamandras — será conquista próxima da Biologia Humana. O corpo humano já recupera, com um
novo crescimento, partes vitais cortadas tais como a regeneração da pele e até mesmo o fígado. Vale
prever assim que este mesmo corpo humano venha a recuperar partes amputadas ou defeituosas, por um
retorno ao crescimento, através da regeneração dos tecidos, a partir, por exemplo, de nervos lesados, uma
ponta de dedo, etc., sobretudo em crianças.
________________
Bibliografia: Andreas (36, p. 81), Bonin (168, p. 275), Bozzano (188, p. 19; 193, p.
105),Coxhead (312, p. 161). Crookall (331, p. 48), Currie (354, p. 148), Freedland (550, p. 24), Frost
(560, p. 19), Grant-Veillard (623, p. 128), Jacobson (796, p. 130), Krippner (863, p. 184; 864, p. 165; 865,
p. 40), Lukianowicz (957, p. 212),Maes (983, p. 161), Mishlove (1055, p. 230), Muldoon (1105, p. 143)
Nebel (1118, p. 123), Pisani (1248,p. 262), Playfair (1262, p. 306), Powell (1278, p. 8), Richards (1392, p.
109), Schul (1523, p. 45), Sculthorp (1531, p. 144), Smith (1572, p. 45), Vieira (1756, p. 5), Walker
(1783, p. 184), Ward (1797, p. 61), Watson (1800, p. 121).
419. PROJEÇÃO CONSCIENTE E OS HEMIPLÉGICOS
Definição. Pessoa hemiplégica: aquela portadora de paralisia de um lado do corpo humano.
Sinonímia: paralítica colateral; paralítico colateral.
Hemiplegia. A hemiplegia é um distúrbio da motilidade, que consiste em déficit total ou relevante da capacidade de efetuar movimentos voluntários. Atinge, ao mesmo tempo, os membros da
metade do corpo humano e a metade do rosto do mesmo lado, quando se trate de hemiplegia comum,
decorrente do comprometimento das vias córticc-espinais, no hemisfério cerebral oposto. As
manifestações cefálicas são ipsilaterais na hemiplegia chamada alterna, em razão do comprometimento do
tronco cerebral em diversos níveis.
Seção. Determinados hemiplégicos percebem e chegam até a ver, próximo de si, do lado paralítico, uma seção longitudinal do seu próprio psicossoma e afirmam que essa seção goza da integridade
sensória que lhes falta na movimentação física em razão da paralisia.
Explicação. Nos portadores de hemiplegia ocorre uma supressão do senso cinestésico, por isso
a teoria cinestésica não explica a existência dessa seção longitudinal com integridade sensória. Somente a
projeção incipiente, ou parcial, para fora do corpo humano, no caso, do psicossoma, pode explicar a
ocorrência.
Amputados. O fenômeno com os hemiplégicos é correlato aos fenômenos com as pessoas
amputadas (V. cap. 418), e as pessoas cegas, e se explicam pela existência do psicossoma e o seu atributo
de modelo organizador das formas humanas, constituindo-se em valiosa compensação da incapacidade
física do indivíduo.
_______________
Bibliografia: Bozzano (184, p. 120; 188, p. 19), Lukianowicz (957, p. 212).
420. PROJEÇÃO CONSCIENTE E AS DROGAS
Definição. Droga projetiva: medicamento (ou substância intoxicante, entorpecente, alucinógena, psicomimética, faneropsíquica, fanerotímica, psicodélica, excitante, expansora do inconsciente,
etc.) utilizado com a finalidade de alterar transitoriamente o estado da consciência encarnada, através de
prática sistemática destinada a modificar a química do corpo humano.
Sinonímia: alterador da mente; alucinógeno; alucinóide; chave química; droga experimental;
droga mágica; droga mítica; droga projeciogênica; energizador psíquico; expansor do inconsciente;
faneropsíquico; fanerotímico; fármaco do êxtase; ingrediente farmacêutico projetivo; medicamento
projetivo; moldador da mente; muleta farmacológica; narcótico; projeciotóxico; psicodé- lico;
psicodislético; psicófano; psicogenético; psicomimético; psicotimimético; reativo metagnômi- co;
remédio consciencial; tóxico psicodélico.
Mecanismo. As drogas alteradoras da mente perturbam o sistema de enzimas que regula as
funções cerebrais, diminuem a eficiência do cérebro, e permitem a entrada na consciência de certos tipos
de atividades mentais normalmente excluídas em razão de não possuírem valor imediato para a
sobrevivência, trazendo um estado de imponderabilidade psíquica. Tais drogas, de resultados sempre
imprevisíveis, levam o viajante psicodélico à autotranscendência ascendente, ou positiva, ou à
autotranscendência descendente, ou negativa, pois nunca se sabe com segurança que direção a experiência
vai tomar. Supõe-se que, numa dose bastante elevada, qualquer dos alucinógenos existentes seja letal. As
drogas alucinógenas não viciam, isto é, não estabelecem uma dependência fisiológica; no entanto, alguns
indivíduos (homens e mulheres) tornam-se psicologicamente dependentes das drogas e, nesse sentido,
desenvolvem um “hábito”.
Processo. Na avaliação dos possíveis usos e abusos dos alucinógenos não se pode descartar um
considerável corpo de conhecimentos e disciplinas díspares pelo menos: a Antropologia, a Bioquímica, a
Farmacologia, a Psicologia e a Psiquiatria. Várias drogas tranqüilizantes são chamadas de “pílulas da
felicidade”, por oferecerem uma “graça gratuita”, além disso, muitas delas podem fazer, de fato, enorme
bem, instantâneo, ao indivíduo. Um processo que pode levar cinco anos de Psicanálise, por exemplo,
acontece e é resolvido numa hora de modo consideravelmente mais barato, através de uma viagem
quando ascendente, feliz, positiva.
Formas. Existem quatro formas fundamentais de drogas leves e pesadas utilizadas, que podem
causar danos ou serem inofensivas ao organismo humano, sejam isoladas, em auto-experiências nos
centros de investigação científica da paranormalidade, ou com interesses de natureza bioquímica, médica,
psicológica, e antropológica, no curso de um programa de experimentação aprovado; ou com aditivos, em
rituais de seitas e práticas religiosas empíricas, primitivas: fumadas em forma de cigarros; ingeridas em
forma de sementes; mastigáveis; e drogas sintéticas ou produtos (injeção, pílula, drágea, cápsula) das
pesquisas psicofarmacológicas com as chamadas plantas adivinhatórias, metagnômicas, ou ervas
feiticeiras.
421.
420.1 Cigarros: Cannabis sativa (diamba, fumo-de-angola, haxixe, maconha, marijuana,
pango), cujo agente ativo principal é o tetrahydrocannabinol ou THC; Genista canariensis;
Spartium junceum.
422.
420.2 Sementes: Banisteriopsis caapi (Ayahuasca); Banisteriopsis inchisus; Ipomoea pursativa;
Ipomoea violacea (tlitliltzen); Rivea corymbosa (bejuco, manto, nosolena, uliliuqui, piule,
trepadeira).
423.
420.3 Mastigáveis: Amanita muscaria (agárico mata-moscas, cogumelo sagrado); Lophophora
Williamsii (cacto taumatúrgico, hicuri, peiote, raiz do diabo; botão de mescal de onde deriva a
mescalina; anhalonium); Psilocybe mexicana (agárico, carne de Deus, teonanácatyl).
424.
420.4 Sintéticas: Ácido isolisérgico (USD: Lysergic acid diethylamide - 25), que deriva da
ergotina (Claviceps purpurea), no caso um fungo que cresce no centeio e no trigo; Ketamina (dl 2 (o-chlorophy - 2 (methylamino cyclohexanone hydrochloride); escopocloralose (associação de escopolamina e cloralose); amital; citrato de cafeína; etc.
425.
Outras. Além destas, outras substâncias, ditas psicodélicas, de efeitos metapsíquicos, chaves
químicas, ou agentes da samaditerapia, são empregadas para se obter empiricamente a autotranscendência
através de meios químicos, por índios da América Central, do Sul dos Estados Unidos da América, na
Região Amazônica, na África, na Sibéria, etc., entre as quais figuram: Atropa belladona; Cereus
peruvianus (huachuma); Datura arbórea (huanto); Datura inoxia; Datura stramonium (erva do diabo)
(V. cap. 48); Hyoscyamus niger; Liptadenia peregrina (Yopo);Mandragora offici- narum; Tabernanthe
iboga (iboga).
Termo. Será sempre oportuno lembrar que a maconha vem gerando a toxicomania — haxixomania — caracterizada pelo hábito de fumar ou mascar cânhamo indiano ou haxixe. Essa droga
proporciona um estado de beatitude acompanhado de alucinações e, por vezes, de delírio furioso e
sangüinário. Daí nasceu o termo assassino derivado da palavra haxixe. Este fato merece profunda
meditação por parte das gerações novas.
Finalidades. Tais substâncias, plantas de conhecimento, drogas e plantas de poder, são utilizadas: com funções divinatórias; visando a descoberta de objetos perdidos, escondidos, ou roubados;
objetivando a localização do paradeiro de pessoas distantes, ausentes ou mortas das quais não se têm
notícias; como agente terapêutico alternativo empírico, e mesmo em miniparacirurgias; nos
empreendimentos de viagens aéreas a regiões desconhecidas; na execução de viagem pela vida consciencial pregressa; em visita a locais ermos e cidades distantes (projeções conscientes intoxicantes); bem
como com o propósito de extrair confissões (“soro da verdade”); etc.
Daime. O alucinatório ayahuasca ou aiuasca (caapo, cadána, kahi, natema, pinde,yajé), também chamado Daime, Vinho da Alma, ou Vinho Advinhatório, preparado por intensa e demorada infusão
ou cozimento do caule, ramos e folhas da Banisteriopsis caapi (jagube, jugube, rnariri, ba- nistério), cipó
amazônico, e de folhas da espécie Psychotria Spruce (chacrona, mesela, rainha), trepadeira também
amazônica, resulta da fusão desses dois vegetais. O alcalóide resultante da mistura (fervura por cocção
661
com tridente de madeira) dessas plantas (mais água) é idêntico à harmina (tele- patina, yageína, ou
banisterina), isolada de um arbusto do Oriente Próximo, Peganum harmala. Dependendo das
combinações e do número de vezes que a mistura vai ao fogo, obtém-se o Daime de 1º. , 2º. e 3º. graus,
etc. O Daime mais forte ou potente é aquele feito com a raiz do cipó jagube.
Aviso. O consumo ritualizado do ayahuasca (nome do sábio inca) constitui prática milenar,
desde a Antigüidade, pelos Incas e mais recentemente em cerimônias indígenas no Amazonas. Hoje, neste
último quartel do Século XX, cerca de 800 mil pessoas, muitas delas “daimistas”, ao longo da fronteira do
Estado do Acre com a Bolívia e o Peru, fazem uso regular desse alucinóide ou energizador psíquico que
vem gerando a “miração”, visões, projeções conscientes, o fenômeno da autoscopia interna, psicofonia,
etc., em certos indivíduos, inclusive “mirações” coletivas ou grupais. Contudo, aviso que, em doses
elevadas, esse drinque alucinógeno provoca delírios, intoxicações, e pode prejudicar seriamente o sistema
nervoso do praticante, pois resulta, segundo algumas pesquisas, da combinação da quinina com a
escopolamina.
Terapia. O ácido isolise'rgico tem sido administrado a pacientes terminais com a intenção de
aliviar os seus padecimentos físicos, especialmente aos portadores de doenças malignas, ou metas- táticas,
que apresentam além da dor, profunda depressão, ansiedade, terror da morte, e relações desestruturadas
com os familiares. Essa terapia psicodélica, extrema, apresenta efeitos psicológicos positivos, em tais
casos, em razão justamente da produção de projeções conscientes forçadas.
Dirigente. A administração de droga psicomimética, ou psicodélica, é feita com a supervisão
atenta de um dirigente, acompanhante psicodélico, ou mestre-de-cerimônias da “sessão psicodélica”. Os
efeitos da droga variam muito, dependendo de: quando a droga é tomada; onde a droga é tomada; na
presença de quem; em que dose; e — talvez o mais importante de tudo, — por quem é tomada.
Técnica. O dirigente da sessão psicodélica não deve tomar a droga; tem de cancelar suas opiniões preconcebidas; deixar de lado a tendência de julgar os outros; evitar rotular ou despersonalizar a
pessoa sob a droga; permanecer num estado livre de mente aberta; não guardar segredos para o viajante
psicodélico, desistindo de qualquer tentativa de disfarce; tudo isso a fim de fazer companhia eficiente
junto ao vulnerável sujeito drogado, que não pode, por exemplo, nem mesmo atravessar sozinho uma rua
sem correr o risco de ser atropelado devido ao estado de absorção, arrebatamento, ou abstração em que
1
mergulha a sua consciência.
Carona. Quase sempre o dirigente da sessão psicodélica acaba sentindo leve efeito da droga —
seja pelo hálito do drogado ou por transferência de energia consciencial (V. cap. 246) — caracterizando o
fenômeno da viagem de carona, comportando-se, então, como se estivesse também sob a influência do
alucinógeno.
Guerra. Há autores que afirmam que a Força Aérea dos Estados Unidos da América, em 1966,
atirava sobre o Vietname, as chamadas “bombas de alegria”, petardos recheados com o ácido isolisérgico
em gás, destinados a obrigar os soldados adversários a fazerem grandes viagens, ausentando-se
temporária e subjetivamente, e anulando-os fisicamente no campo de guerra.
Efeitos. O uso ou a ingestão de várias dessas drogas e plantas podem gerar: intoxicações;
sensação efêmera de autismo; diurese; disenteria; midríase, visão dupla; aumento da visão provocando
brilhantes efeitos ornamentais; ilusão de rápida mudança de tamanho das pessoas e dos objetos, ou
microscopia e macroscopia; dependência psicológica; a arqueologia da infância; apetência tirânica; etc.
Observação. Como se observa, as projeções conscientes induzidas pela intoxicação com essas
drogas mágicas, drogas míticas, drogas projeciogênicas, ervas do sonho, fungos divinatórios, ou plantas
mágicas, também chamadas sacramentais, surgem sempre mescladas com alucinações, em razão de seus
potentes alcalóides, princípios psicoativos, etc., e não são, portanto, ainda recomendáveis como
experimentos projeciológicos, racionais, confiáveis. No entanto, rendo daqui o meu tributo de gratidão a
todos os pacientes passivos, vitimas sacrificadas ou cobaias humanas das drogas, autênticos heróisexploradores anônimos do espaço consciencial. Espero que as pesquisas no futuro possam nos oferecer
drogas eficientes e inócuas para a expansão e a projeção lúcida da consciência.
Tipos. Vale esclarecer que os barbitúricos impedem o indivíduo de sonhar, os tranqüilizantes,
ao contrário, fazem sonhar. Outras drogas que impedem o sono e, portanto, a produção da projeção
consciente, podem ser lembradas: anorexígenos ou moderadores do apetite tomados sem controle médico;
xantinas (cafeína e derivados); alguns psicotrópicos (antidepressivos); cortisona; anfetaminas
administradas para estimular o esforço intelectual; os bronquidilatadores, derivados da efedrina,
aminofilina, e noradrenalina, utilizados no tratamento da asma.
Padrão. A maioria dos remédios altera o padrão dos estados alterados da consciência, seja o
sono, os sonhos, as projeções conscientes, etc. E alguns desses remédios realmente provocam pesadelos.
Portanto, em resumo: quanto menos remédios forem usados, ou consumidos, em todos os campos,
melhor.A ingestão de drogas diversas vêm gerando alterações nas percepções extrafísicas de certos
experimentadores da Parapsicologia, derivando daí inúmeros enfoques e conclusões temporárias em bases
falsas, artificiais, incluindo nesse grupo autopesquisadores ou investigadores de pesquisas participantes, e
autores que escrevem sobre temas projeciológicos.
Diferença. No estado da vigília física ordinária, a nossa consciência pode, por um lado, apreender a lição de uma aula numa condição ótima, em que desfrutamos da plenitude de nossas percepções
intelectuais, ou podemos, por outro lado, estar até medicados, drogados, ou bêbados, quando os nossos
reflexos e poderes de elaboração do pensamento decaem, não raro, anulando nossas percepções
intelectuais no nível zero. Por aí entendemos, claramente, a diferença básica entre uma projeção
consciente pura, fisiológica, produzida pela vontade, de modo natural, e uma projeção consciente impura,
advinda do emprego de drogas, de modo artificial. A intensidade e a qualidade das percepções extrafísicas
da consciência projetada, sob a influência do organismo drogado, decaem e as lições extrafísicas se
tornam deturpadas, mascaradas por imagens mentais, interferências oníricas, formas simbólicas,
enfocadas por interpretações erróneas, etc.
Êxtase. A nova droga sintética MDMA (methylenedioxymethamphetamine), também chamada
de “Êxtase”, não é um alucinógeno, não interfere com os pensamentos, nem altera as percepções do
indivíduo. Contudo, tem afinidades com a anfetamina e a mescalina, e está sendo empregada, ainda em
níveis de experimentação, para ajudar as pessoas a se relacionarem com as próprias emoções, aumentando
a euforia, a energia e a disposição pessoal. Supõe-se que seja contra-indicada aos doentes com distúrbios
cardíacos e circulatórios. É apresentada em cápsulas gelatinosas ou em pó solto para ser misturada a um
suco. Não se sabe ainda se a droga poderá predispor o indivíduo à projeção consciencial lúcida.
Beta-bloqueadores. Os medicamentos beta-bloqueadores, muito usados atualmente no tratamento da hipertensão arterial e outras afecções, ao reduzirem a freqüência cardíaca, aumentam a
predisposição do corpo humano para permitir a projeção da consciência, no entanto, constituem drogas
perigosas, que devem ser administradas com extremas precauções, especificamente para determinados
distúrbios e não para facilitar exclusivamente, ou antes de tudo, a projeção consciente.
Arteriosclerose. Os medicamentos que previnem o indivíduo contra a arteriosclerose, melhoram a vascularização cerebral e aumentam a vigilância, mas dificultam a projeção consciente porque
diminuem o período de sono. No entanto, neste caso quando a consciência consegue se projetar, desfruta
de maior lucidez extrafísica e melhor rememoração dos eventos extrafísicos próprios da projeção
consciente.
Insônia. A insônia de qualquer tipo — seja do início da noite, da persistência do sono, ou do
madrugador — prejudica o desempenho da projeção consciente. Não se deve confundir o insone com o
hipossoníaco sadio, ou quem só precisa de poucas horas de sono natural, ou sono delta, por noite, ou
dentro do ciclo de vinte e quatro horas, nascente-poente, dia-noite.
Soníferos. As drogas estupefacientes, pílulas soníferas, vendidas sob receita médica para os
insones, depressoras do sistema nervoso central, agem diretamente sobre o cérebro e deixam inconsciente
a pessoa. Tais drogas também não são recomendadas para a produção da projeção consciente porque se,
por um lado, reduzem os batimentos cardíacos, a pressão arterial, o ritmo respiratório, os reflexos em
geral e o tônus muscular; por outro, inibem parte do sono natural incluindo nisso o bloqueio dos ciclos
REM, relativos aos sonhos e relacionados com a predisposição projetiva, não permitindo ocorrer
percepções extrafísicas apuradas, de alta qualidade.
Natural. Informo aos interessados que, até o momento, apesar do aumento dos problemas da
insônia em todos os países, ainda não foi descoberto um sonífero natural, sem riscos, poderoso mas
inócuo, ou seja, que reative o sono natural sem produzir efeitos colaterais nem dependência. Todas as
drogas, inclusive as mais leves existentes no mercado, não são completamente inócuas, podem levar o
consumidor à chamada semitoxicomania, ou à condição dequase-vício,semidependên- cia, e nem são
capazes de propiciar ao homem ou à mulher repouso absolutamente idêntico ao sono natural.
Álcool. A bebida alcoólica — o vinhodeus ou o vinho consagrado —, de modo geral, não ajuda
o processo projetivo. O álcool facilita a sonolência, mas distorce o padrão normal do sono, suprime
aspectos importantes da psicofisiologia do indivíduo, inclusive o sonho, e pode antecipar o despertamento
físico, ou seja, fazer a pessoa acordar antes do término de sua carga horária habitu- al, individual, de sono
natural. Todos estes fatores prejudicam os três aspectos fundamentais da experiência projetiva: a
decolagem do psicossoma; a obtenção, extrafisicamente, da lucidez da consciência projetada; e a
rememoração posterior ao experimento projetivo.
Adversos. Além dos aspectos analisados, ainda existe a possibilidade de algumas drogas —
normalmente não geradoras de efeitos colaterais para a maioria dos indivíduos - causarem efeitos
adversos e inesperados sobre determinados pacientes, incluindo nesses efeitos alucinações ocasionais que
podem confundir as pessoas inexperientes quanto ao assunto, que julgam, por isso, erroneamente, terem
experienciado o fenômeno da projeção consciente.
Interações. Não pode ser esquecida ainda a ocorrência de interações nocivas das drogas entre
si, ou ao seu emprego simultâneo, por exemplo: droga projetiva e medicamentos receitados em razão de
problemas clínicos; droga projetiva e outras drogas que atuam sobre o sistema nervoso central; a ingestão
de bebida alcoólica horas antes do experimento psicodélico; etc.
663
Conjuntas. Ainda não foram experimentadas as aplicações conjuntas de várias técnicas projetivas com as drogas expansoras do inconsciente, ou seja, por exemplo: a hipnose como preparativo
anterior à administração da droga; a hipnose como indutora de reexperiências, ou de recaptura da
experiência psicodélica inteira, após a administração da droga e a experiência da viagem; ou mesmo a
hipnose como recurso de sugestão pós-hipnótica para o indivíduo, depois da experiência psicodélica,
entrar no estado alterado de consciência quando quiser. Estas hipóteses de trabalho ainda não ofereceram
resultados conclusivos até o momento.
____________________
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p. 44), D’arbó (365, p. 135), Davies (370, p. 251), Drury (414, p. 205), Fortune (540, p. 116), Frazer (549,
p. 346), Grattan- Guinness (626, p. 212), Greene (635, p. 94), Grof (646, p. 186), Hossri (758, p. 99),
Huxley (771, p. 98;772, p. 29), Leary (907, p. 97), Lilly (926, p. 6), Maes (983, p. 151), Martins (1008, p.
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113), Wilson (1853, p. 332), Wolman (1863, p. 500).
421. PARAELOS ENTRE DROGAS E A HIPNOSE
Diferenciais. Na indução da projeção consciente, além da auto-sugestão, concentração e outros
exercícios especiais, valem ressaltar como processos prescritos por muitos entusiastas as drogas e a
hipnose, razão pela qual será de grande valor estabelecer os paralelos ou os fatores diferenciais entre as
primeiras e a segunda.
Contra-indicações. No campo da Parapsicologia em geral e na área da Projeciologia, em particular, as drogas são contra-indicadas freqüentemente porque apresentam aspectos negativos físicos,
quase todos relativos ao corpo humano, e aspectos negativos extrafísicos relativos à consciência
projetada.
Físicos. Aspectos negativos físicos, ou fisiológicos, que as drogas provocam no corpo humano
do sujeito:
421.1.Indução. Tempo inevitável exigido para a indução da droga.
421.2. Colaterais. Efeitos indesejáveis, colaterais ou simultâneos à utilização da droga.
421.3. Convalescença. Tempo exigido para o repouso posterior do sujeito, verdadeira
convalescença, quando o organismo busca promover a sua própria desintoxicação eliminando os resíduos da
droga, pois esta age como tóxico, corpo estranho ao meio orgânico, criando uma doença artificial.
421.4. Retardados. Efeitos desagradáveis, imprevisíveis, retardados ou posteriores à utilização
da droga.
Extrafísicos. Aspectos negativos extrafísicos que as drogas leves e pesadas provocam na
consciência projetada: queda do nível ou da limpidez das percepções extrafísicas; interferências de
imagens alucinatórias e oníricas no desenvolvimento tias imagens extrafísicas reais; diminuição da
qualidade do desempenho da consciência quanto à rememoração posterior.
Hipnose. No cotejo racional entre as drogas e a hetero-hipnose, ou seja, a hipnose provocada
por outrem (V. cap. 178), para induzir a projeção consciente, tem-se que a segunda apresenta vantagens
imensamente superiores, pois: pode ser quase instantânea em seus resultados; não tem efeitos colaterais;
quando induzida por hipnólogo competente e responsável, não deixa efeitos retardados ou secundários.
Além disso, a pessoa hipnotizada sempre se sente, depois do transe hipnótico, muito melhor do que se
sentia antes dele.
_______________
Bibliografia: D’arbó (365, p. 133), Grof (647, p. 25), Steiger (1601, p. 127), Vieira (1762, p.
172).
422. PROJEÇÃO CONSCIENTE E O CONTÁGIO PSICOLÓGICO
Definição. Contágio psicológico: transmissão de atitude de um indivíduo a outro por influência
mental, instinto de imitação, ou contato psicológico imediato, direto.
Sinonímia: contágio imitativo; contágio mental; contágio psíquico; propagação contagiosa;
propagação imitativa; propagação psicológica.
Tipos. São bem conhecidas pelos psiquiatras, psicólogos, e sociólogos certas formas de fenômeno de contágio psicológico vivo. Por exemplo, numa sala aonde estão muitas pessoas, se alguém
boceja, espirra, ri, ou chora, sua atitude pode se transferir logo em seguida, de modo reflexo, a outros
espectadores da cena, ali presentes. Do ponto de vista negativo, ou psicopatológico, é bem conhecida a
participação de um ou mais indivíduos no delírio de um doente (delírio indutor e delírio induzido), bem
como os contágios mentais ou psíquicos da loucura avançada induzida, da epidemia psíquica (V. cap.
282), e das ondas de suicídio. Além disso, os usos, as modas, e as ondas sociais constituem igualmente
contágios de idéias, macaqueação de costumes, ou ações imitativas.
Contagiosidade. Partindo da premissa de que a projeção consciencial lúcida, na condição de
atributo fisiológico natural da consciência humana, pode ser induzida por sugestão ou mesmo por autosugestão (V. cap. 179), conclui-se que tal atributo consciencial recebe a influência de determinados
fatores psicológicos motivadores, inclusive a contagiosidade projetiva. Em outras palavras: a projeção
consciencial lúcida é uma experiência transmissível por contágio psicológico. No entanto, geralmente não
existe qualquer conotação psicopatológica nessas ocorrências conscienciais projetivas espontâneas (V.
cap. 415).
Idéia. Embora tendo apenas conseqüências individuais esporádicas, a idéia da projeção consciencial lúcida evidentemente pode se difundir de boca em boca, e se comunicar de forma contagiosa de
indivíduo a indivíduo, ou mais apropriadamente, passar de uma consciência a outra.
Reunião. As pessoas reunidas se influenciam reciprocamente. No campo da Projeciologia, o
contágio psicológico mais fácil de ser detectado ocorre numa reunião ou encontro de pessoas onde
alguém expOe sua própria experiência projetiva, sobrevindo daí, como conseqüência inesperada, a
primeira projeção consciente espontânea de um ouvinte eventual, pessoa mais sensível ou de maior nível
de projetabilidade latente, ali presente, depois que o mesmo deixou a reunião e se recolheu, de modo
rotineiro, para dormir, naquela noite, em sua própria casa.
Leitura. Freqüentemente, a primeira leitura sobre o assunto da projeção consciente, seja
simples artigo de jornal ou pequeno capítulo de livro especializado, motiva e induz o leitor neófito que,
por isso, acaba produzindo a sua primeira projeção consciente e vem deslumbrado, ou às vezes assustado
pelo inusitado da ocorrência, narrar a experiência verbalmente ou através de carta. Tenho vários
depoimentos assinados sobre fenômenos dessa natureza, conservados em arquivo. O artigo de jornal (ou
o capítulo de livro) funciona como catalisador para a reação emergente da projetabilidade potencial.
Inferências. Das observações referidas aparecem quatro inferências básicas:
422.1. Natural. O contágio psicológico representa um fator funcional que patrocina a
produção da projeção consciente espontânea, involuntária, natural, e sem aplicação de nenhuma técnica ou
metodologia. As projeções conscientes, no caso, não constituem meras sugestões, ou alucinações
induzidas, mas vivências reais e experiências extrafísicas indiscutíveis para a própria consciência.
422.2. Facilidade. O contágio psicológico ressalta a facilidade que apresenta a minoria de
indivíduos com predisposição maior do que a média da população para produzir a projeção (ou de
projetabilidade mais desenvolvida) e que repete o fenômeno consciente, de modo inconsciente, sem
aprendizagem, sem método, e sem prática, apenas por ouvir falar dele, desempenho este que muitos
outros indivíduos somente o conseguem depois de muita disciplina, perseverante repetição, e exaustivo
treinamento. Seria erro deixar de ver neste fato uma evidência clara a favor da existência de experiências
transatas, preexistentes, da consciência encarnada, ou seja, uma confirmação da teoria da reencamação.
422.3. Centro. As evidências demonstram que o projetor consciente veterano constitui foco ou
centro de irradiação de onde emana o contágio projetivo em seu máximo grau de intensidade. Por isso,
quem já produziu projeções conscientes marcantes pode ter plena certeza de que, em certas
circunstâncias, o relato de seus experimentos, mesmo verbalmente, conforme o modo de falar, e a onda de
irradiação energética da comunicação, podem ser muito positivos e úteis no sentido de estimular outras
pessoas a produzirem suas primeiras experiências projetivas conscientes.
422.4. Corrente. Os fatos também indicam que os centros de estudos projeciológicos, os debates
públicos de pesquisa sobre projeção consciencial, e os somatórios de idéias em reuniões de projetores
conscientes veteranos e principiantes, podem formar verdadeira corrente projeciógena (ou
projeciogênica), positiva, ero certas áreas, círculos sociais, ou localidades específicas (V. cap. 199).
Conjuntas. Na verdade, a imitação constitui a conduta decalcada sobre modelos cuja reprodução
665
é considerada desejável e pode ser consciente ou aquisitiva, ou inconsciente'. Por outro lado, a título de
confronto, vale lembrar que as projeções em massa, provocadas ao mesmo tempo, que ocorrem num
grupo de pessoas onde se procura praticar tecnicamente a projeção consciente em conjunto — por
exemplo, através da hetero-hipnose (V. cap. 178) — em geral não apresentam a média de experiências
com alta qualidade, talvez devido ao aspecto individualíssimo da experiência projetiva e à interferência
das esferas extrafísicas individuais de energia (V. cap. 236) mutuamente, entre uns e outros participantes.
______________-Bibliografia: Krishna (867, p. 131), Vieira (1762, p. 38).
423. PROJEÇÃO CONSCIENTE E O HUMOR
Definição. Humor: disposição de ânimo para perceber, apreciar e expressar negativa ou positivamente a vida em torno.
Sinonímia: estado de espírito.
Psicossoma. O humor da consciência projetada no plano extrafísico deriva do psicossoma, ou
corpo emocional, por isso existe, sem conotações parapatológicas, junto à Crosta Terrestre ou em planos
extrafísicos, propriamente ditos, menos evoluídos.
Carrancismo. Por um lado, o bom humor extrafísico aniquila definitivamente, na consciência
do projetor, com quaisquer pruridos de extrema austeridade e carrancismo negativos que, às vezes, o
repressivo misticismo humano consegue implantar na conduta condicionada dos indivíduos:
Serenidade. Por outro lado, o bom humor extrafísico, por si mesmo, demonstra a necessidade
de a consciência assumir, sem radicalismo, a posição de equilíbrio da serenidade natural — apanágio das
grandes inteligências, luminares dos planos extrafísicos evoluídos — para decidir com sabedoria e
correção em todas as oportunidades dentro e fora do corpo humano.
Mental. Para alcançar as manifestações puras do corpo mental, a consciência precisa atuar sem
interferências emocionais profundas, ou irracionais. Até chegar lá é preferível o bom humor da
fraternidade em qualquer circunstância adequada, porque tal condição consciencial mantém a saúde
mental defendida do extremo rigorismo segregacionista que pode conduzir a personalidade ao
desequilíbrio psicológico.
______________
Bibliografia: Sculthorp (1531, p. 77), Vieira (1762, p. 183).
424. PROJEÇÃO CONSCIENTE E A IOGA
Definição. Ioga: sistema integrado de autodisciplina e controle físico e mental que tem como
objetivo a iluminação, a liberação, e a áuto-realização, a fim de transcender todo o universo manisfestado
e voltar à Causa Primeira.
Sinonímia: hatha-ioga; kundalini-ioga; mantra-ioga; raja-ioga; samadhi-ioga; etc. (tipos).
Prática. Da prática de alguns dos mais de 144 tipos ou sistemas de ioga que existem, resultam
inúmeros fenômenos, inclusive estados alterados de consciência, que permitem ao praticante alcançar o
plano extrafísico conscientemente.
Videha. 0 videha, termo sânscrito que significa literalmente “aquele que não tem corpo”,
corresponde ao projetor consciente espontâneo, ou à consciência encarnada que apresenta facilidade
natural para deixar o corpo humano, segundo a conceituação dos praticantes da ioga.
Pranayama. O controle da energia, ou do prana, pranayama, ou ciência da respiração, técnica
ioga, constitui um dos métodos básicos para predispor a consciência a sair para fora do corpo humano.
Raja. Dentre os diversos tipos ou aspectos da série de disciplinas interligadas da ioga, em relação direta com a Projeciologia, devem ser ressaltados: a hatha-ioga; a mantra-ioga (V. cap. 182); a
raja-ioga, ou disciplina mental; e a samadhi-ioga, que permite alcançar a consciência cósmica (V. cap.
30), ou seja, a projeção magna pelo corpo mental.
Poderes. Dentre as habilidades psíquicas, poderes, atingimentos, ou siddhis, ensinados pelas
escrituras hindus, que tratam da ioga, valem destacar como intimamente relacionados com a Projeciologia, os seguintes: permanecer impassível diante dos inevitáveis males do corpo humano, ou seja,
obter a serenidade que se toma indispensável à consciência projetada que deseja evoluir; ver e ouvir
acontecimentos distantes, ou a clarividência viajora (V. cap. 43); alcançar velocidade igual a do
pensamento, ou a volitação (V. cap. 269); introduzir-se no corpo humano de qualquer ser encarnado, ou a
ação do projetor-comunicante (V. cap. 313); deixar o corpo humano morrer de acordo com a própria
vontade, ou a autodesencarnação intencional (V. cap. 440); adquirir o conhecimento do passado, ou a
retrocognição (V. cap. 38); e também do presente, ou a clarividência, e do futuro, ou a precognição (V.
cap. 36); ler os pensamentos dos outros, ou a telepatia (V. cap. 64).
Prática. O desenvolvimento da prática iogue permite: aumentar a temperatura de um ponto do
corpo humano; caminhar sobre carvões em brasa; controlar o metabolismo humano; deter hemorragias;
dominar o soma e a consciência; gerar efeitos telecinéticos; parar ou reativar o coração; permanecer
enterrado vivo por certo tempo; suprimir a dor; transpirar conforme a vontade; usar os dedos como uma
tesoura; viver permanentemente de pé durante anos; etc.
Máquinas. Atualmente os cidadãos ocidentais podem aprender através de um écran de televisão, em poucas horas — empregando máquinas que fornecem informações à própria pessoa sobre as
mudanças em seus sistemas orgânicos — algumas das técnicas mentais e terapêuticas com que os io- gues
levam anos de exercícios até controlar as funções do corpo humano através da mente. Isto é a bioretroalimentação, retrocontrole biológico, ou bio-feedback, pelo qual o praticante pode aprender a
controlar a sua pressão sangüínea, as pulsações cardíacas, os limiares da dor, a temperatura corporal, a
atividade das suas ondas cerebrais, e outras funções biológicas.
Chacras. Outro aspecto da relação estreita da projeção consciente com a ioga é o estudo dos
centros de força ou chacras (V. cap. 109), bem como a kundalini-ioga.
Projeção. O estudo acurado da Projeciologia, e a conseqüente prática da projeção consciencial
lúcida, apenas pelo esforço da impulsão da vontade decidida do indivíduo, através do tempo, chegam a
dispensar os sistemas e os exercícios da ioga, assim como todas as muletas psicofísicas imagináveis.
Contudo, há de se reconhecer que as práticas dos milenares sistemas iogues têm ajudado sobremodo e
emancipado melhor as consciências, desde trinta séculos a. C. até os dias atuais.
_____________________
Bibliografia: Ancilli (24, p. 632), Anônimo (44, p. 64), Blavatsky (153, p. 877), Bono (169, p.
180), Brennan (199, p. 98), Brunton (217, p. 164), Buttlar (229, p. 107),Calle (232, p. 52), Carrington
(245, p. 211), Cavendish (266, p. 279), Chaplin (273, p. 172), Danielou (364, p. 193), Day (376, p. 150),
Eliade (477, p. 98), Evans-Wentz (491, p. 293), Feuerstein (511, p. 126), Fodor (528, p. 415),Gaynor
(577, p. 206), Green (632, p. 57), Hermógenes (715, p. 259), Krishna (867, p. 1), Martin (1003, p. 138),
Michael (1041, p. 102) Moore (1Ô82, p. 217), Motoyama (1098, p. 39), Ramacháraca (1347, p. 150),
Rogo (1444, p. 68), Roy (1480, p. 148), RPA (1481, p. 85), Saher (1493, p. 26), Satprem (1510, p. 219),
Shepard (1548, p. 1006), Spence (1588, p. 438), Tondriau (1690, p. 242), Varenne (1729, p. 182),
Vishnudevanandâ (1776, p. 300), Wang (1794, p. 37), Wedeck (1807, p. 382), White (1831, p. 69),
Woods (1864, p. 261), Yogananda (1894, p. 37), Zaniah (1899, p. 491).
424. A PROJEÇÃO CONSCIENTE NAS INSTITUIÇÕES TOTAIS
Definição. Instituição total: local de residência e trabalho onde grande número de indivíduos
com situação semelhante, separados da sociedade mais ampla por um considerável período de tempo,
levam uma vida fechada e formalmente administrada.
Sinonímia. A instituição total restritiva às vezes é também chamada de: depósito de internados;
estabelecimento coletivo; estufa para mudar pessoas; instituição pública; instituição social.
Tipos. Há cinco categorias de instituições totais da sociedade humana, moderna, destinadas a
finalidades diversas:
424.1. Às pessoas que, segundo se pensa, são incapazes e inofensivas: casas para cegos, idosos, órfãos, e indigentes.
424.2. Aos considerados incapazes de cuidar de si mesmos e que são também ameaça à sociedade, embora de modo não-intendonal: hospitais para doentes mentais, sanatórios para tuberculosos, e
estabelecimentos para hansenianos.
424.3. À proteção da comunidade contra perigos intencionais: prisões, penitenciárias, campos
de prisioneiros de guerra, e campos de concentração.
424.4. À organização de tarefas específicas: quartéis, navios, escolas com internatos e campos
de trabalho.
424.5. Ao refúgio do mundo humano e à instrução religiosa de reclusos: conventos, abadias e
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mosteiros contemplativos.
Análises. Certas abordagens psicológicas e sociológicas não podem ser descartadas nas análises
acuradas da Projeciologia. Todos os confinamentos tradicionais da atividade humana podem gerar
projeções conscientes involuntárias e até mesmo voluntárias. São sobejamente conhecidos casos de
projeções conscientes com internados nas instituições totais restritivas — sendo tais instituições sempre
fatais para o eu civil - em particular daqueles que ali entram de modo inteiramente involuntário qual
acontece nas prisões, nos campos de prisioneiros de guerra, e nos hospitais para doentes mentais.
Fechamento. As condições de fechamento da instituição total acarretam restrições de informações, ausência de atividades de lazer, afastamento de certas oportunidades de comportamento,
impossibilidade para acompanhar as mudanças sociais recentes, sentimento de tempo perdido, e o
restringimento agudo da liberdade individual.
Prisões. O fechamento ou confinamento nas prisões, por exemplo, funciona através de proibições e barreiras à relação social com o mundo externo — grades, portas trancadas, muros grossos,
paredes altas, arame farpado, fossos, água, florestas, ou pântanos — e conduzem ao rebaixamento,
degradação, humilhação, mortificação, profanação e mutilação do ego do presidiário. Exemplos disso
temos nas vidas de Edward Morrell, muito citado na literatura projeciológica, e Henri Charrière (19071973).
Dióxido. O confinamento na prisão, e o ar da cela, poluído e rarefeito de oxigênio, provocam
uma diminuição do percentual de oxigênio inalado pelo presidiário, dando como conseqüência natural a
produção espontânea da experiência da projeção consciente pela técnica do aumento do dióxido de
carbono no corpo humano, notadamente nos hemisférios cerebrais (V. cap. 176).
Exemplo. Eis impressionante exemplo do que afirmo na descrição de Henri Charrière, em
Papillon, páginas 337 e 338 (Robert Laffont, 1982): “Plus, lorsque littéralement rendu je m’etends sur
mon bat-flanc, je pose la tête sur la moitié de ma couverture et, l’autre moitié, je la replie sur mon visage.
Alors, l’air déjà raréfié de la cellule arrive à ma bouche et à mon nez avec difficulté, filtré qu’il est par la
couverture. Cela doit provoquer dans mes poumons un genre d’asphyxie, ma tête commence à me brûler.
J’étouffe de chaleur et de manque d’air et alor, d’un seul coup, je m’envole. Ah! ces chevauchées de
l’âme, quelles sensations indescriptibles elles m’ont données.” (“De- pois, completamente arrasado,
deito-me na cama, ponho a cabeça em cima da metade da coberta e cubro-a com a outra metade. O ar da
cela — já por si rarefeito — chega com dificuldade à minha boca e ao meu nariz, filtrado pela coberta.
Isso deve provocar uma espécie de asfixia nos meus pulmões e minha cabeça começa a queimar. O calor
me sufoca, o ar me falta e - de repente - eu decolo. Ah! essas cavalgadas da alma, que sensações
indescritíveis elas me deram.”)
Predisponentes. Tais condições de restringimento nas instituições totais impelem o internado,
verdadeiro cativo moderno, a buscar desesperadamente recursos de fuga dessa espécie de escravidão ou
exílio. Em certos casos essa ansiedade influi na vontade subconsciente dando como resultado a produção,
espontânea, sem intenção, da experiência da projeção consciente.
Significação. A projeção consciente na instituição total significa protesto silencioso, rebelião
individual indetectável, insubordinação proveitosa, e investimento razoável do tempo aí dispendi- do sem
o querer, fazendo o internado-projetor esquecer momentaneamente a sua situação humana real. Como não
encontra nada para aprender, recorre, portanto, a si mesmo.
Evidência. Encontramos evidência clara desta afirmação na mesma obra de Henri Charrière, já
referida, noutro trecho escrito em cores fortes e expressões desinibidas de franco desabafo, nas páginas
338 e 339: “Ni toi, procureur inhumain, ni vous, policiers à l’honnê teté douteuse, ni Po- lein, misérable
qui a marchandé sa liberté au prix d’un faux témoignage, ni les douze fromages assez crétins pour avoir
suivi la thèse de l’accusation et sa façon d’interpréter les choses, ni les gaffes de la Réclusion, dignes
associés de la “mangeuse d’hommes”, personne, absolument personne, pas même les murs épais ni la
distance de cette île perdue sur l’Atlantique, rien, absolument rien de moral ou de matériel n’empêchera
mes voyages délicieusement teintés du rose de la félicité quand je m’envole dans les étoiles.” (“Nern
você, promotor desumano, nem vocês, policiais de duvidosa honestidade, nem Polein, miserável que
comprou sua liberdade pelo preço de um falso testemunho, nem os doze palermas do júri, que foram
suficientemente cretinos para aceitar a tese da acusação e sua maneira de interpretar as coisas, nem os
guardas da Reclusão, dignos associados da ‘devoradora de homens’, ninguém, absolutamente ninguém,
nem os muros grossos, nem a distância em que se acha essa ilha perdida no Atlântico, nada,
absolutamente nada, coisa alguma de moral ou material impedirá minhas viagens deliciosamente
coloridas pelo tom róseo da felicidade, quando decolo e vôo para as estrelas.”)
Substituição. Sociologicamente considerando, a projeção consciente, nestes casos, constitui
verdadeiro tipo de ajustamento secundário, atividade de evasão, liberação impressentida, processo de
substituição psicológica, ou mais apropriadamente, parapsicológica.
Fuga. O fenômeno projetivo modifica as condições de vida programadas para o internadoprojetor e lhe permite esquecer-se de si mesmo, representando um mecanismo de defesa para se escudar
contra a dor moral, e até física, apagando temporariamente todo sentido que tenha do ambiente no qual e
para o qual deve viver.
Extrafísico. O mundo extrafísico para o internado na instituição total atua, literalmente, por
mundo de fuga regular, via de escape aos grilhões do confinamento.
Amparadores. Obviamente, a assistência dos amparadores aos internados nas instituições totais constitui gênero comum de projeção consciencial assistencial, ou projeção consciencial assistida,
visando a evitar os desesperos extremos do suicídio e do homicídio.
Volitação. A volitação livre para a consciência encarnada nas condições restritivas, máximas,
das instituições totais surge muito mais útil do que para a pessoa comum, acostumada a desfrutar a ampla
liberdade do mundo físico externo.
Visitas. Há evidências, constatadas através dos testemunhos de prisioneiros, guardas penitenciários e parentes de acusados inocentes que, enquanto viveram prisioneiros — inclusive um caso de
recluso no corredor da morte, à espera da data da eletrocução na cadeira elétrica — receberam a visita
extrafísica de parentes desencarnados e se projetaram para fora do corpo humano, conscientemente,
movidos por intenso estressamento, às vezes até em razão de torturas físicas dissimuladas ou acobertadas.
Incapacidade. Corroboram estas afirmativas de assistência extrafísica, muitas vezes impressentida, dos amparadores, os fatos conhecidos de que ex-presidiários que se projetaram conscientemente
durante o seu período de reclusão, tomaram-se incapazes de deixar o corpo humano conscientemente
assim que foram libertados, entrando num período de recesso projetivo permanente (V. cap. 368),
confirmando também o princípio de que ninguém sai da prisão perfeito.
________________
Bibliografia: Baumann (93, p. 8), Black (137, p. 34), Cannon (240, p. 123), Charrière
(274, p. 337), Crookall (338, p. 33), Greenhouse (636, p. 140), Gurney (666, p. 227), Hunt (767, p.
56), Lefebure (909, p. 64), London(944,p. 1), Morrell (1088, p. 3), Moss (1097, p. 293), Muldoon
(1103, p. 99), Nebel (1118, p. 107), Steiger (1601, p. 2), Wang (1794, p. 170).
426. PROJEÇÃO CONSCIENTE E O MOVIMENTO PESSOAL
Definição. Movimento pessoal: ato ou processo de a pessoa mover-se ou mudar de posição
física com o próprio corpo humano.
Sinonímia: ação pessoal; deslocamento individual.
Rapidez. Às vezes um movimento rápido, repetido, desusado, e demorado pode provocar a
descoincidência entre o psicossoma e o corpo humano, desencadeando a projeção consciente ou mesmo
inconsciente, seja: a pessoa sentada numa cadeira giratória; o cavalo na gira da Umbanda; o xamã numa
dança frenética; o derviche em seus movimentos giratórios de dança; o atleta, corredor comum, fazendo o
seu exercício de cooper; o pára-quedista no exato momento em que espera a abertura do seu pára-quedas
automático; etc.
Direção. Eventualmente as consciências têm ainda experiências fora do corpo humano, plenamente lúcidas - enquanto este mesmo corpo prossegue com atividade coordenada e complexa - seja
dirigindo veículo em movimento, carro de passeio, carro de corrida, locomotiva, ônibus, avião, moto, ou
bicicleta motorizada; ou ainda o candidato fazendo exame para motorista; alguém simplesmente andando;
o orador falando; o pastor pregando o seu sermão; o escritor redigindo o seu livro; o corredor de maratona
correndo; o jogador jogando; o cantor entoando a sua canção; o dentista extraindo um dente do paciente;
etc.
Auxílio. A maioria das experiências projetivas estando a pessoa ao volante de um veículo é de
curtíssima duração. Parece que nessas circunstâncias não ocorrem acidentes por existir algum
subprograma do computador mental, ou o auxílio de um amparador assistindo aos projetores espontâneos
em tais projeções momentâneas.
Causas. Supõe-se que a causa principal desses fenômenos esteja na ausência de certo percentual de oxigênio nos hemisférios cerebrais — com a predominância do dióxido de carbono — tal qual
acontece em outros casos de natureza diferente, porém de causas semelhantes, desencadeados pela
diminuição da freqüência respiratória, seja em situações críticas de anestesia, sufocação, afogamento, etc.
Parece que os fatos podem estar também relacionados com a freqüência de ressonância do psicossoma
quando coincidente com o corpo humano, devido ao estado de vibração ex- tema, do motor do veículo,
predisposição externa provocada por som, pensamento, visão, etc.
Inércia. Não se pode esquecer, no entanto, que muitos casos de descoincidência dos veículos
de manifestação da consciência se devem mesmo à inércia mecânica do psicossoma e/ou do duplo etérico.
669
Bibliografia: Andrews (37, p. 121), Black (137, p. 3), Blackmore (145, p. 308), Crookall
(343, p. 108), Digest (399, p. 273), Green (632, p. 62), Greenhouse (636, p. 180), Holzer (751, p. 106),
Lippman (934, p. 346), Muldoon (1105, p. 102), Noyes Jr. (1141, p. 20), Portela (1275, p. 130),
Twemlow (1710, p. 452), Whiteman (1838, p. 177).
427. PROJECAO CONSCIENTE E OS ESPORTES
Definição. Esporte: conjunto de exercícios físicos praticados com método.
Sinonímia: atletismo; desporte; desporto; exercício físico; ginástica; ginástica calistênica.
Higiene. A higiene física e mental constitui preceito essencial para a existência humana normal
de qualquer pessoa, no desempenho de qualquer atividade. Partindo desta premissa, o esporte, ou a
prática regular de exercícios físicos, só pode auxiliar o desenvolvimento do projetor, porman- ter-lhe as
condições adequadas de saúde e as predisposições psicofísicas convenientes.
Condicionamento. No condicionamento físico do atleta aplicado à prática da projeção consciente, valem ressaltar o valor da natação, a corrida de longa distância, a hatha-ioga, e a importante
condição de desintoxicação orgânica, partindo do princípio básico, hoje largamente aceito, de que o
desempenho concentrado de um esporte constitui poderoso indutor de estados alterados da consciência,
sem qualquer conotação patológica no caso. Isso porque os exercícios físicos estimulam e intensificam as
energias, o duplo etérico, os chacras, etc.
Natação. Em outras referências deste livro são indicadas certas prescrições positivas para o
nadador-projetor, especialmente no que se refere à relaxação física (V. cap. 164), e à técnica da projeção
pelo rolamento de costas do psicossoma (V. cap. 194).
Corrida. Há registros de desportistas corredores que se viram conscientes fora do seu corpo
humano durante corridas prolongadas e exaustivas, a longa distância, que exigiam manter um ritmo de
movimentos harmônicos e velocidade constante. Tais desportistas são tidos, curiosamente, pela nova elite
desportiva, por “atletas espirituais”.
Desintoxicação. Os exercícios físicos, mesmo a ginástica usual praticada regularmente, colaboram de modo eficaz na modelagem do corpo humano e para sustentar o organismo desintoxicado,
eliminando a constipação intestinal, a enxaqueca, tonteiras, e outras ocorrências que embaraçam o
desenvolvimento fluente da fisiologia humana, prejudicam o mundo mental da criatura, e obstaculizam a
produção da experiência da projeção consciencial lúcida.
______________
Bibliografia: Andrews (37,p. 121), David-Neel (368, p. 191), Greenhouse (636, p.
339), Murphy (1113, p. 3).
428. PROJEÇÃO CONSCIENTE E A GUERRA
Definição. Guerra: conflito armado declarado entre Estados soberanos ou poderes beligerantes,
seja entre nações ou entre partidos do mesmo povo.
Sinonímia: combate militar; conflito armado; guerra aérea (tipo); guerra civil (tipo); guerra de
guerrilha (tipo); guerra total (tipo); hostilidade declarada; luta armada.
Explosões. O estresse da batalha, as situações de isolamento e desespero, a extrema tensão
física e psíquica, o deslocamento súbito e violento das massas de ar do ambiente, ou os impactos
causados pelas explosões e os efeitos de sopro durante os períodos de guerra, provocam casos freqüentes
de projeções conscientes forçadas, instantâneas, em soldados e civis antes de desencarnarem ou que não
chegam a perder a vida humana.
Forçadas. As projeções conscientes ocorridas em campos de batalha são invariavelmente forçadas pelas circunstâncias e os traumas físicos e psíquicos que acontecem, ou que acometem o corpo
humano do projetor eventual. Contudo, em muitas ocorrências atuam ainda como fatores projeciogênicos poderosos, bem como agentes contra a vida material, ou biológica, o medo da morte, e os
delírios gerados pela própria guerra. Nestes casos, paradoxalmente, o medo que em geral bloqueia a
experiência da projeção consciente voluntária, predispõe os fenômenos forçados.
Arma. O poder mental, extremamente assustador, da aplicação da energia consciencial, está
começando a ser explorado tecnicamente, de maneira infeliz, como poderosíssima e moderna arma de
guerra e sabotagem, a partir das pesquisas dos fenômenos da psicocinesia (PK), agora pacificamente
aceitos, de modo lastimável, como instrumento nas operações de combate, com a finalidade explosiva de
incrementar a guerra entre as nações. Nessa infeliz guerra mental, - ou guerra psíquica, guerra
consciencial, guerra telepática, e guerra telecinética, — como está sendo chamada, e que se desenvolve
hoje, as pesquisas prosseguem com as grandes potências empenhadas em projetos de multimilhões de
dólares e multimilhões de rublos no estudo da Parapsicologia, incluindo aí a Pro- jeciologia, para fins
exclusivamente bélicos, como instrumento confiável para derrotar o inimigo, praticar atos ou efeitos de
interferência, em projetos ultra-secretos.
Exemplos. Eis oito exemplos frisantes dessas pesquisas em que grandes potências se empenham agora: a possibilidade de descobrir e localizar alvos de guerra à distância, através da produção da
visão remota (V. cap. 43); o rastreamento mental dos esconderijos de mísseis, através da espionagem
projetiva (V. cap. 429); o roubo técnico de documentos, através do aporto ou da tele- cinesia extrafísica
(V. cap. 63); o comando mental à distância do disparo de engenhos bélicos de todo tipo, através de
telecinesia extrafísica (V. cap. 63); a captação de conteúdos mentais secretos de outras pessoas, através da
telepatia extrafísica (V. cap. 64); a mudança da mente, inclusive das idéias, das decisões, do humor, e das
emoções de outros indivíduos, através da telepatia extrafísica (V. cap. 64); a antecipação quanto aos
planos ainda não concebidos ou plenamente materializados pelo inimigo, através da precognição
extrafísica (V. cap. 36); o ato de infligir doenças nas pessoas através da atuação maligna da energia
consciencial (V. cap. 252); etc.
Selvageria. A propósito, as impressões feitas no corpo mental são mais duradouras do que as
feitas no psicossoma, e tais impressões são reproduzidas, constantemente, através da memória e da
imaginação. Por aí, o corpo mental estimula o psicossoma, acordando nele desejos que, no animal,
dormem até serem despertados pelo estímulo físico. Assim nasce na consciência humana a crueldade
calculada que torna o ser humano, o homem da Terra — o chamado animal superior — potencialmente
mais perigoso e mais brutalmente selvagem do que qualquer outro animal dito inferior. Tudo isso por
ignorar o indivíduo a existência e a utilidade do seu próprio corpo mental, ou seja, por se desconhecer
essencialmente.
Protesto. Por isso, deixo aqui registrado o meu protesto veemente contra o absurdo preocupante
da guerra, seja qual for, gerada pelos instintos e paixões animais do atual homem, civilizadamente
bárbaro, o maior selvagem técnico de todos os tempos da História Humana. Somente no início de 1983,
segundo a imprensa (Jornal do Brasil; Rio de Janeiro; diário; Ano XVII; N° 345; 23, março, 1983; p. 12),
estavam acontecendo cerca de 40 encarniçados conflitos armados, menores e maiores, “guerras
convencionais” ou “guerrras de guerrilhas”, em toda a Terra, envolvendo 45 das 164 nações deste planeta,
com atuação de'mais de 4 milhões de soldados engajados em tempo integral nos combates.
Vacina. Tais criaturas envolvidas nas guerras — comandantes e comandados — precisam conhecer, e quanto antes melhor para todos, as realidades individuais e mais profundas da experiência da
projeção consciente humana que vacina a consciência encarnada contra a guerra de todo tipo e natureza,
por levá-la á dominar melhor o psicossoma — o corpo das emoções — através de maior compreensão e
melhor utilização do próprio corpo mental, a caminho da maturidade extrafísica. Por isso, faço deste livro
técnico minha contribuição contra as selvagerias das guerras.
_____________
Bibliografia: Bozzano (184, p.124), Catridge (250, p.172), Corookall(331, p.20), Ebon
456, p.17), Greenhouse (636, p. 137), Hemingway (710, p. 55), Kaidec (824, p. 266), Machado
(968, p. 73), Sabom (1486, p. 115), Smith (1572, p. 22), Steiger (1601, p. 84), Targ (1651, p. 9),
Tucker (1702, p. 44).
429. PROJEÇÃO CONSCIENTE, ESPIONAGEM E NEGOCIOS
Definição. Espionagem projetiva: ato de espreitar, investigar e recolher informações na
qualidade de projetor-espião, encarnado, projetado.
Sinonímia: espionagem extrafísica; espionagem psíquica; espreita extrafísica; espreita projetiva;
técnica astral de espionagem.
Projetor-espião. No campo da tecnologia da consciência, o agente secreto que se dedica à espionagem extrafísica através da projeção consciente, recebe o nome de: agente psicotrônico, espião
extrafísico, espião parapsíquico, para-espião, ou projetor-espião.
Aplicações. A espionagem extrafísica se classifica entre as aplicações públicas da projeção
consciente, sendo algumas dessas aplicações excepcionalmente positivas e a maioria das aplicações
negativas, através da participação atuante do projetor em operações práticas diversas.
Objetivos. Tal espionagem visa a atender objetivos bélicos, industriais, militares, particulares,
policiais, políticos, ou a qualquer serviço secreto de inteligência que se proponha a alcançar a finalidade de
espreita e investigação da privacidade de criaturas, instituições e logradouros, bem como à criação de
eficientes barreiras anti-telepáticas.
671
Insegurança. A espionagem extrafísica, conquanto seja uma prática desaconselhável em certos
casos, parte do princípio conhecido de que nenhum segredo pode estar realmente seguro na Terra tendo
em vista as possiblidades universais da imiscuência das percepções de uma consciência sobre outras
consciências, através da projeção consciente king-size, da telepatia extrafísica, da teleci- nesia extrafísica,
etc.
Arquivos. Vem sendo crescente o interesse dos governos das grandes potências atuais no
incremento das pesquisas da Projeciologia objetivando o uso da projeção consciente como processo
sofisticado de espionagem através das sondagens invisíveis dos arquivos militares, políticos e industriais
de outros países, assim como na entrada sorrateira da consciência projetada dentro das mentes, nos
cérebros ou nos corpos humanos dos líderes militares, dos líderes políticos, e dos membros das
embaixadas de potências estrangeiras.
Invisíveis. Alguns países já cogitam seriamente e dispendem vultosas dotações orçamentárias na
criação de equipe própria de homens invisíveis.
Freqüência. A observação e coleta de informes, invisíveis aos outros, diretas, em primeira mão,
pelo projetor projetado, de áreas estratégicas vitais e o seu relato posterior têm realmente sido empregadas
com muito maior freqüência do que imagina o público em geral, e nada apresentam de complicado, porque
para a consciência fora do corpo humano não existem distâncias nem barreiras físicas.
Contra-espionagem. Torna-se muito mais difícil em relação à espionagem extrafísica rotineira,
o fato de detectar a espionagem extrafísica executada por outrem, ou seja, exercer com eficiência a contraespionagem extrafísica.
Experimentos. Em 1973, a CIA (Central Intelligence Agency), dos Estados Unidos da América,
realizou experimentos conscientes a grande distância com os conhecidos sensitivos americanos Ingo
Swann e Pat Price, conduzidos pelos parapsicólogos Harold E. Puthoff e Russel Targ, no Instituto de
Pesquisas de Stanford, no Estado da Califórnia, obtendo resultados auspiciosos e, para eles, extremamente
positivos.
Descrições. Em testes controlados de clarividência viajora, os projetores-espiões descreveram
com exatidão, instalações militares, ultra-secretas, e até mesmo o conteúdo de arquivos confidenciais
existentes nessas bases. Numa das experiências com Pat Price, a descrição minuciosa de uma instalação
soviética oculta nos Montes Urais, foi confirmada por agentes da CIA na Rússia Soviética. Ambos os
sensitivos referidos estenderam a espionagem projetiva à China, e contatos da CIA na República Popular
comprovaram a justeza, a precisão e a acuidade das descrições.
Esquema. Outro esquema da espionagem extrafísica bélica, por exemplo, tem por base a
apropriação indébita, temporária, direta, de maquetes ou plantas ultra-secretas de defesa estratégica,
inventos recentes, projetos de novas armas, plantas de equipamentos, desenhos de veículos, e outros
estudos deste teor.
Vestígios. Tal meta pode ser alcançada executando a cópia imediata dos planos no país- espião
e depois promovendo a sua devolução, também extrafisicamente, para o lugar de origem de onde foram
temporariamente retirados, cometendo-se o tipo de crime aparentemente perfeito aos olhos humanos, ou a
infração limpa, enxuta, sem deixar rastros, marcas, sinais, impressões digitais, pistas, ou vestígios de
qualquer espécie; e sem criar, assim, os “inoportunos e indesejáveis” corpos de delito.
Biteleportação. Todo o esquema referido anteriormente, embora difícil, é plenamente exeqüível na vida comum, tanto na teoria quanto na prática, por se desenvolver no plano extrafísico crosta-acrosta, exigindo, porém, ingente mão-de-obra, ou seja, duas projeções sucessivas da consciência atuante
que vai e volta, duas vezes, do país-espião até o país-espionado; executando o transporte de objetos ou a
biteleportação, de ida e volta; acrescentando, ainda, a desmaterialização- transporte-rematerialização
alternadas, também duas vezes, em cada local.
Segredos. Contudo, não aconselho a nenhum projetor consciencial lúcido nem mesmo tentar
descobrir extrafisicamente: as fórmulas secretas de refrigerantes; os códigos nucleares de Washington e
Moscou; os números de contas correntes em bancos na Suíça e outros países; o segredo de Fátima; e
demais segredos considerados muito bem guardados perante o mundo.
Policiais. São sobejamente conhecidas as investigações policiais executadas com êxito por
projetores projetados, através da exteriorização da consciência induzida por hetero-hipnose, objetivando:
o rastreamento de pessoas desaparecidas ou seqüestradas; a localização de aeronaves caídas em locais
ignorados ou inóspitos; o exame de cena de crimes; a identificação correta de delinqüentes; etc. Neste
particular, as tarefas da espionagem projetiva tornam-se, sem dúvida, positivas, e se acham ao alcance de
qualquer pessoa disposta a desenvolvê-las.
Aviso. Os atos de espionagem extrafísica, no entanto, são problemáticos a partir do momento
em que se fundamentam em objetivos malevolentes — ou razões não-éticas — que contrariam
frontalmente os princípios da moral cósmica (V. cap. 131), desvirtuando os poderes da consciência
humana, acarretando conseqüências negativas, graves e imprevisíveis, sejam imediatas ou pouco depois
da sua execução, para toda a equipe de participantes do esquema de trabalhos operacionais dessas guerras
conscienciais, a começar, em primeiro lugar, pelo projetor-espião.
Universalismo. A propósito, vale esclarecer que as razões não-éticas são extremamente relativas. O inter-relacionamento entre pessoas, e o não-entendimento entre as mesmas, ainda que haja intenção
positiva de uma delas, é não-ético pela análise e capacidade de entendimento da outra. Portanto, o “nãoético” depende da amplitude mental ou grau de universalismo das pessoas que são atingidas. Por isso,
sobretudo deve prevalecer aqui a capacidade de recebimento do efeito, pelas ações praticadas e posterior
amortecimento das vibrações e ações emitidas pelos neófobos. A vida humana é sempre assim e isso
caracteriza a evolução consciencial.
Retomo. Os mecanismos da sempre presente lei do carma (retorno, causa e efeito, ou ação e
reação), não excluem ninguém, nem mesmo a consciência projetada, ou as entidades extrafísicas que se
disponham a cooperar nas ações de espionagem positivas ou negativas.
Negócios. As empresas ou firmas legais que têm sido criadas com a finalidade de explorar
comercialmente os poderes extra-sensoriais vêm empregando com sucesso projetores-espiões em seus
quadros de pessoal nos Estados Unidos da América.
Pesquisas. Atendendo a contratos firmados com grandes empresas, tais firmas especializadas
atendem a um campo diversificado de ação, pesquisando de modo paranormal, ou através de processos
anímico-mediúnicos: o rastreamento de pessoas desaparecidas; a investigação arqueológica; a descoberta
do paradeiro de navios afundados; a localização de cidades soterradas; a localização de reservas
subterrâneas de minerais, gás natural, e petróleo; as previsões dos preços de metais preciosos, — prata,
ouro, etc., — para investidores privados; a produção de videqjogos psíquicos, à semelhança do Psi Bali,
no qual o jogador, empregando apenas a força mental, sem apertar botão algum, tenta manter a bolinha no
centro da tela; etc.
Obsessões. As pesquisas parapsicológicas soviéticas vêm procurando nas últimas décadas, mantendo rigorosa postura ultramaterialista-dialética, alcançar o objetivo principal de influenciar ou controlar
as emoções ou o comportamento de pessoas à distância. Em outras palavras: eles procuram criar,
propositadamente, obsessores encarnados conscientes das obsessões que praticam intencionalmente. Para
isso, vêm aplicando drogas, hipnose, e instrumentos os mais diversos a fim de intensificar a
paranormalidade dos sensitivos.
Confidenciais. Acima de tudo o que aqui está exposto, é lamentável afirmar que existe um
emprego militar, de sabotagem e de espionagem para a Projeciologia, e que os assuntos projecioló- gicos,
em certos círculos oficiais de governos — extremamente interessados — sâto considerados e
classificados como confidenciais, sigilosos, marcados com o indefectível selo de top-secret, com dossièrs
vedados ao público, bem distantes ainda das pesquisas abertas. Tem-se a esperança, no entanto, que os
impressionantes investimentos de multimilhões de dólares e multimilhões de rublos aplicados nessas
novas áreas de pesquisa, venham a trazer relevantes contribuições, embora a longo prazo, em favor das
investigações projeciológicas básicas, fraternas, terapêuticas, universalistas, iluminadoras da consciência
humana.
______________
Bibliografia: Andreas (36, p. 58), Boswell (174, p. 100), Browning (213, p. 112), Ebon
(456, p. 16), Edwards (464, p. 144), Farrar (496, p. 191), Greene (635, p. 99) Gris (645, p. 434),
Linedecker (932, p. 54), Machado (968, p. 73), Me Rae (1023, p. 27), Miranda (1051, p. 311),
Monroe (1065, p. 164), Steiger (1061, p. 84), Tanous (1647, p. 61), Targ (1651, p. XIII), Vieira
(1762, p. 97), Webb (1804, p. 77), Wilson (1856, p. 126), Yeterian (1893, p. 17).
430. PROJEÇÃO CONSCIENTE E A ARTE EM GERAL
Definição. Arte: atividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito, em geral
de caráter estético, mas carregados de vivência íntima e profunda, podendo suscitar em outrem o desejo
de renovação.
Sinonímia: obra artística.
Obras. Desde o Século XIX as projeções conscientés têm inspirado a elaboração de inúmeras
obras literárias, poesias, contos, novelas e romances. Algumas dessas obras representam apenas literatura
de ficção, outras, no entanto, relatam casos-verdade, experiências dramáticas, verdadeiros romances
extrafísicos (V. cap. 259), ou seja, histórias verídicas transcorridas com os próprios autores na qualidade
de personagens. Diversos destes autores são escritores famosos, outras vezes paranormais conhecidos, ou
simplesmente estudiosos dos temas da Projeciologia que, a pouco e pouco, vai assumindo lugar de
significação no esquema geral da cultura humana.
673
Prosa. No terreno da prosa eis vinte e um romances, mais ou menos expressivos, escritos com
temas sobre a projeção consciente: “Louis Lambert”, de Honoré de Balzac (1799-1850): . .Entonces
Seremos Dioses”, “En la Noche de los Tiempos”, e “Rumbos Humanos”, de Rodolfo Benavides (1907-);
“Voyage en Astral”, de Mme. Ernest Bosc; “Entre Dois Mundos”, de Antoinette Bourdin; “Zanoni”, de
Edward George Earle Bulwer-Lytton (1803-1873); “Papillon”, de Henri Charrière (1907-1973); “Estela”,
de Nicolas Camille Flammarion (1842-1925); “Do Outro Lado”, de Wilson Frungilo Júnior (1949-);
“Résurrection”, de William Gerhardi; “A Fare- well to Arms”, de Ernest Hemingway; “A Ilha”, de
Aldous Léonard Huxley (1894-1963); “O Filho de Zanoni”, de Francisco Valdomiro Lorenz (1872-1957);
“Peter Ibbetson”, de George Louis Palmella Busson du Maurier (1834-1896); “Récits d’un Voyaguer de
l’Astral”, de Anne et Daniel Meurois^Givaudan; “The Octopus”, de Benjamin Franklin Norris (18701902); “Nas Voragens do Pecado”, de Yvonne do Amaral Pereira; “Metrô para o Outro Mundo”, de José
Herculano Pires; “Confidência'1 de Um Inconfidente”, de Marilusa Moreira Vasconcellos; “Ave, Cristo”,
de Francisco Cândido Xavier (1911-).
Poesia. Dentre as composições poéticas, concebidas objetivando especificamente a saída da
consciência para fora do corpo humano, ressaltam: The Prisoner, de Emily Brontè;£a Nuit de
Dé- cembre, de Alfred de Musset;
de Wilhelm Busch.
Ópera. A novela “Peter Ibbetson” de George Du Maurier, foi adaptada para ópera com música
escrita por Deems Taylor.
Ficção. Logo no aparecimento das narrativas de ficção científica, a teleportação se fez presente
sob a forma de projeção consciente e são dessa época: “Urânia” (1899), do astrônomo, sensitivo e escritor
francês Camille Flammarion; “The Stolen Body” (1898), do escritor inglês Herbert George Wells (18661946); e “Star Rover”, do autor norte-americano Jack London (1876-1925). Muitas outras produções de
FC (SF) foram escritas depois disso, onde a projeção consciente aparece junto com relatos de fenômenos
como levitação, telepatia, telednesia e clarividência viajora.:
Infantil. Os autores de literatura infantil às vezes ingressam nos domínios da projeção consciente para tecerem histórias para as crianças. Exemplo disso temos em Raphael A. Ranieri, autor de
“João Vermelho no Mundo dos Espíritos”, editado pela Livraria Allan Kardec Editora, de S. Paulo,
história sobre dois miniprojetores, João Vermelho e Glorinha, e suas instrutivas excursões fora do corpo
humano.
Pinturas. As consciências projetadas de muitos pintores vêm colhendo inspirações no plano
extrafísico, através de projeções conscientes, para debuxar as suas telas. Exemplos dessa natureza
encontramos nas obras pictográficas de William Blake (1757-1827), Peter Hurkos (pseudômino de Pieter
Cornelis van der Hurk: 1911-), e Ingo Swann.
Quadrinhos. Nas populares criações de histórias em quadrinhos (comics strips) - a chamada
oitava arte — dezenas de autores, roteiristas e desenhistas, através de várias décadas, têm-se apoiado nas
projeções conscientes para arquitetar historietas. Entre todos os heróis de HQ, no entanto, merece
destaque como projeção pura, assistencial, extrafísica, os atributos da criação do americano E.C. Stoner,
Phantasmo, lançada em português, no Brasil, no n9 25 da revista quinzenal, colorida, “O Guri”, em junho
de 1941, páginas 22 a 31.
Interiorização. Com argumento de Roy Thomas, desenhos de John Buscema, e artefmal de
George Klein, o super-herói Doutor Estranho tem sido mostrado saindo projetado pelo corpo astral,
inclusive com desenhos sobre sua interiorização consciencial, conforme se observa na revista mensal
“Heróis da TV”, da Rio Gráfica e Editora, N9 35, de Maio de 1982, páginas 81, 82 e 97. O mesmo
acontece na revista colorida, americana, “Doctor Strange Classics”, Vol. I, N9 1, March 1984, da Marvel
Comics Group, argumento de Stan Lee, ilustração de Steve Ditko, letras de Artie Simek, onde o Dr.
Strange se transfere para sua “forma espiritual”, “forma etérea”, ou “forma ec- toplásmica” como explica
a própria historieta.
Repercussão. Com roteiro de Chris Claremont e John Byrnê, e arte de Terry Austin, a historieta Guerra Psíquica, mostra projeções da consciência através do psicossoma, autotransfigurações e o
fenômeno da’repercussão física, na revista mensal “X-Men”, da Rio Gráfica e Editora, N9 8, JulhoAgosto de 1982, páginas 72-76.
Indígenas. Com o texto de G. L. Bonelli, o herói Tex exibe muitas cenas das projeções conscientes induzidas pelos indígenas como se vê na estória Os Filhos da Noite, da revista mensal “Tex”,
Editora Vecchi, Ano VI, N9 89, Agosto de 1982, páginas 25 e 26, além de outras estórias do mesmo
gênero.
________________
Bibliografia: Ash (57, p. 208), Balzac (72, p. 71), Benavides (108, p. 46; 109, p. 178; 111, p.
10), Bose (173, p. 25), Bourdin (178, p. 20; 179, p. 30), Browning (213, p. 219), Bucke (219, p. 109),
Bulwer-Lytton (221, p. 150), Busch (226, p. 252), Chaxriere (274, p. 337), Crookall (320, p. 9),
Dickens(398, p. 46), Digest (399, p. 274), Dostoievski (408, p. 62), Duchatel (430, p. 112), Ebon (453, p.
116), Flammarion (523, p. 60; 525, p.140), Frungilo Jr. (561, p. 84), Gerhardi (584, p. 11), Giovetti (593,
p. 19), Greenhouse (636, p. 188), Hemingway (710, p. 53), Huxley (770, p. 45), King (847, p. 273),
London (944, p. 3), Lorenz (949, p. 171), Meurois-Guivaudan (1039, p. 22), Mifchell (1058, p. 354),
Norris (1134, p. 262), Pereira (1233, p. 9), Pires (1246, p. 44), Ranieri (1372, p. 14), Ring (1406, p. 37),
Sabom (1486, p. 39), Steiger (1601, p. 22), Thiago (1676, p. 33), Vasconcellos (1730, p. 13; 1731, p.
154), Wang (1794, p. 460),Wolman (1863, p. 781),Xavier (1870, p. 90).
431. PROJEÇÃO CONSCIENTE E A MUSICA EXTRAFÍSICA
Definição. Música extrafísica: acordes sonoros que o projetor projetado escuta no plano extrafísico.
Sinonmia: música astral; música das esferas; música metacromática; música paranormal;
música parapsíquica; música transcendental; nad; nada.
Tipos. Os mais diversos tipos de música podem ser ouvidos pela consciência projetada, com ou
sem a identificação da sua origem; tocada com instrumentos, orquestrada ou apresentada por apuradas
multivozes de gargantas invisíveis, em passagem de melodia convencional, coros sem palavras ou em
padrões e arranjos desconhecidos, além das pautas musicais humanas; em breves passagens'ou durante
todo o período de exteriorização extrafísica, até mesmo na oportunidade da interiorização da consciência
no corpo humano.
Efeitos. Os efeitos das músicas extrafísicas variam desde a melodia suave até as marchas vibrantes e os ritmos arrebatados, trazendo enternecimento ou entusiasmo, com evidente finalidade
musicoterápica ou não.
Imanência. Não raro a harmonia existe e perdura imanente ao ambiente extrafísico, independente da existência das inteligências ali domiciliadas, ou autóctones, e da consciência projetada,
forasteira, estranha ao ambiente.
Relaxação. A música em geral é utilizada excepcionalmente como suporte psicológico para
auto-relaxação psíquica, ou concentração mental, por projetores principiantes (V. cap. 184), com algum
êxito, estabelecendo uma ponte ou ponto de contato para deixar o corpo humano. Normalmente músicas
lentas como adágios e andantes, conduzem à tranqüilizaçffo, maior limpidez de raciocínio e autorelaxação, como por exemplo: “Adagio” (Tommaso Albinoni: 1671-1750); “O Cisne”(Charles Camille
Samt-Saens; 1835-1921);“Copelia”-extratos(LeonDelibes: 1836-1891); “Lago dos Cisnes” (Petr Ilich
Tchaikowsky: 1840-1893); “Largo”, da Ópera “Xerxes” (Georg Friedrich Händel: 1685-1759); “Panis
Angelicus” (César Auguste Jean Guillaume Hubert Franck; 1822-1890); etc.
Bibliografia: Brittain (206, p. 75), Crookall (338, p. 119), Fodor (528, p. 258), Freixedo
(554, p. 42). Greenhouse (636, p. 218), Heindel (705, p. 113), Kardec (824, p. 158), Monroe (1065,
p.124), Muldoon (1102, p. 82), Rogo (1448, p. 18; 1455, p. 9), Shepard (1548, p. 626), Vieira (1762,
p. 152, Wheeler (1826, p. 68).
432. PROJEÇÃO CONSCIENTE E O TEATRO
Definição. Teatro: arte üe representar a vida, os costumes, e o homem em si.
Sinonímia: arte dramática; dramatologia; dramaturgia.
Palco. Aparecer num palco perante uma platéia, seja falando, agindo, dançando, cantando,
tocando um instrumento musical, ou mesmo representando um personagem perante o público absorvido
no desempenho artístico, são ações que muitas vezes desencadeiam projeções conscientes.
Hipóteses. Aventaram-se as hipóteses de que o som e o padrão rítmico da própria voz humana,
o intenso desejo de aperfeiçoar o trabalho artístico e a auto-abstração perante o próprio desempenho
artístico, sejam as causas das projeções conscientes dos artistas em plena ribalta.
Ambigüidades. Provavelmente a condição artística do ator — que tem de conviver com ambigüidades de atitudes dos vários personagens que representa — levem a estados alterados dé consciência.
Espectadores. Por outro lado, há casos de espectadores que, motivados pela exaltação íntima
do envolvimento da arte dos atores e atrizes no palco, se projetaram com lucidez até o teto elevado da
própria casa do teatro.
675
_____________
Bibliografia: Crookall (343, p. 6), Digest (399, p. 273), Green (632, p. 48), Greenhouse (636, p.
178).
433. PROJEÇÃO CONSCIENTE E A ARTE CINEMATOGRÁFICA
Definição. Arte cinematográfica: conjunto de métodos e processos empregados para registrar e
projetar fotograficamente cenas animadas ou em movimento usadas em casas de cinemas, emissoras de
tevê, aparelho de vídeo-cassetes, etc.
Sinonimia: cinema; cinematografia.
Televisão. A arte cinematográfica tanto no cinema quanto na televisão tem, às vezes, se
aproveitado dos temas da Prqjeciologia, inclusive em filmes comerciais. Contudo, até agora, a exploração
deste assunto ainda não foi vista com a importância devida e nem recebeu o tratamento técnico de alta
qualidade que merece, em razão de preconceitos sociais, religiosos e científicos.
Cinema. No cinema talvez a abordagem mais sofisticada, apresentada até o momento, tenha
sido “Beyond and Back” (“Vida Depois da Morte”, em português), longa-metragem em technico- lor da
Sunn Classic Pictures, distribuída pela Columbia Pictures, realização de 1977, escrita por Stephen Lord,
baseada em parte no livro, do mesmo título, de Ralph Wilkerson, produzida por Charles E. Sellier Jr.,
dirigida por James L. Conway, com música de Bob Summers.
Quase-morte. O filme em apreço, distribuído com proibição para menores até 16 anos de idade,
parte da abordagem fundamental das experiências verídicas de pessoas declaradas clinicamente mortas
que voltaram à vida humana, ou seja, os fenômenos da quase-morte.
Evidências. Em seu contexto, no entanto, a película expõe, de maneira clara pela narração de
Brad Crandall: evidências em favor da sobrevivência humana e da projeção consciencial lúcida; o
blecaute consciencial; as zonas perturbadoras do plano extrafísico; o fenômeno da autobilocação
consciencial; a autopermeabilidade do psicossoma; a cirurgia e os acidentes humanos em relação à
projeção consciente; a existência dos amparadores; a teoria da reencarnação; e a comunicação paranormal entre as consciências.
Personalidades. 0 filme expõe dramáticos depoimentos e estudos de personalidades famosas e
suas relações com os fenômenos paranormais, inclusive Louise May Alcott (1832-1888), Hippoly- te
Baraduc, Elizabeth Barrett Browning (1806-1861), Benjamim Franklin (1706-1790), Ernest Miller
Hemingway, Harry Houdini (1874-1926), e Platão.
Crítica. Infelizmente a crítica cinematográfica do Brasil (O Globo-, Rio de Janeiro; jornal;
diário; Ano LVIII; 2, setembro, 1982; p. 36), resumiu a condenação do “Beyond and Back” na seguinte
frase: — “Um tema fascinante levado à tela com ingenuidade e incompetência”. Tal referência, porém,
não desanimou o público que se via assistindo ao filme com razoável entusiasmo e mantendo acirradas
controvérsias sobre os temas e cenas à porta das salas cinematográficas, logo após o término das sessões.
Parábola. O filme colorido, 114 minutos, “Jonathan Livingston Seagull” (“Fernão Capelo
Gaivota”, em português), lançado em 1973 pela Paramount, do diretor Hall Bartlett, baseado na obra de
grande êxito do mesmo nome, de Richard Bach, fantasia ou parábola sobre a vida de uma gaivota que
pretende voar mais veloz do que os seus pares e que, por fim, penetra em um mundo perfeito, aborda os
seguintes fenômenos e ocorrências da Projeciologia, entre outros: projeção consciente; amparadores;
reencarnação; translocação extrafísica instantânea; volitação desimpedida; ambientes extrafísicos;
desaparecimentos repentinos. A película foi contemplada com uma estrela numa classificação de até
quatro estrelas que engloba os filmes além da produção de rotina (Leslie Halliwell; “Film Guide”; 2? ed.;
1982; Granada Publishing; London).
Outros. Além dos referidos, devem ser lembrados ainda os seguintes filmes que abordam os
fenômenos da Projeciologia: “Altered States” (“Viagens Alucinantes”,em português); “Somewhere in
Time” (“Em Algum Lugar no Passado”, em português); etc.
Futuro. Aguarda-se, no entanto, o surgimento de produções cinematográficas e séries de televisão mais realistas, que apresentem retratos menos estereotipados de pessoas com experiências
parapsíquicas, e que sejam artisticamente melhores sobre o tema das projeções conscientes, em futuro
próximo, inclusive com imagens criadas eletronicamente no estúdio, as chamadas simulações de cena.
______________
Bibliografia: Targ(1651,p. 135), Wilkerson (1848, p. 39).
434. PROJEÇÃO CONSCIENTE E NAFOLOGIA
Definição. Nafologia: ramo da ciência que estuda, lida e examina os fenômenos e acontecimentos que dizem existir ou que aconteceram, mas para os quais não existe explicação científica, ou seja,
todos os tipos de naturalia, incluindo pseudociências e campos diversos tais como a alquimia, a
astrologia, o cabalismo, a feitiçaria, a magia, a numerologia, a possessão, a superstição, a Ufologia ou
Navexologia, etc.
Sinonímia: disciplinas heterodoxas; fenômenos anômalos; nebecismo; paraciências.
Parassensíveis. Há mais de meio século já se designavam como parassensíveis as coisas cuja
realidade, considerada pela Ciência, não seja acessível à experiência sensorial comum, direta, por
exemplo, o fóton, a vida, etc. Muitos dos fenômenos característicos das paraciências são ainda genuinamente parassensíveis, daí porque exigem recursos de pesquisa e abordagens científicas especiais,
diferentes dos métodos convencionais. É lógico que, apenas por isso, não se pode classificar estas
paraciências na qualidade de meras “ciências ocultas”. Os fenômenos ditos paranormais existem, os
processos para detectá-los e analisá-los, no entanto, dependem de nós que, até o momento, temos sido
insuficientes ou impotentes para decifrá-los, interpretá-los e decodificá-los.
Dimensões. Tais campos amorfos de interesses e estudos complexos, estão ainda sujeitos a
muitos questionamentos, encobrimentos e sonegação da verdade, e qualquer exame deles engendra
acirradas controvérsias. No entanto, é inegável que a teoria das dimensões paralelas, por exemplo,
interessa a todos eles, inclusive aos estudos das projeções conscienciais lúcidas em razão dos planos
extrafísicos para onde se projeta a consciência encarnada.
Ufologia. Os fenômenos projeciológicos estão direta ou indiretamente envolvidos em muitas
áreas da vida e do comportamento humanos. A natureza e os efeitos dos fenômenos psíquicos e a energia
psicocinética investigados pela Parapsicologia, em geral, e a Projeciologia, em particular, têm relação
principalmente com a Ufologia, ou a Para-ufologia, e a acumulação de dados de um campo poderá
sempre ter interesse em outro, eis porque são estes assuntos abordados aqui.
Abduzidos. A título de especulação, eis quinze observações e caracteres semelhantes entre as
experiências de projetores projetados e os indivíduos que alegam ter sido raptados ou abduzidos segundo
os controvertidos relatos da Navexologia:
434.1. Amnésia de períodos inteiros das ocorrências extrafísicas ou extraterrestres.
434.2. Translocação instantânea, inclusive interplanetária.
434.3. A paralisação do raptado lembra a catalepsia projetiva e o estado do slow motion.
434.4. Aparecimento de luzes diversas em cores e manifestações variadas.
434.5. Surgimento de formas de dentro de focos de luz.
434.6. Flutuação dos corpos ou veículos de manifestação de consciências.
434.7. Locais extrafísicos, ou não-terrestres, sem arestas ou linhas retas, com superfícies
curvilíneas.
434.8. Criaturas com aparências ou formas (morfologia) diferentes das humanas nos contatos
extrafísicos com amparadores ou extraterrestres.
434.9.
434.10.
434.11.
434.12.
434.13.
434.14.
434.15.
Olhos das criaturas maiores que os olhos humanos comuns.
Diálogos telepáticos com explicações mentais.
Visão do planeta Terra menor, à distância.
Perda da noção exata do tempo cronológico (diferença no fluxo do tempo).
Tempo de translocação diverso do tempo decorrido no local da experiência incomum.
Expansão da consciência com a potencialização da elaboração do pensamento.
Intensificação dos atributos ou faculdades paranormais.
Relatos. Não se pode deixar de registrar as freqüentes descriçOes e relatos de contatos com
ufos através da projeção consciente, fatos que falam a favor da hipótese de que o fenômeno ufoló- gico
surge num plano de consciência, e não procede de outros planetas ou dos confins mais distantes do
espaço sideral.
Questões. Entre as muitas hipóteses ou questões para serem respondidas no campo da nafologia, não devem ser esquecidas as seguintes que interessam, sobremodo, à Projeciologia: — Qual a
677
relação entre os amparadores e os chamados sedopianos? As entidades extrafisicas enfermas são os
mesmos manodins? Existem diferenças entre o amparador terrestre e o extraterrestre?
Progresso. Apesar da hipótese referida atrás sobre os planos da consciência, merece observar
que segundo os cálculos mais recentes na área da Astronomia, o Universo físico já tem cerca de vinte
bilhões de anos de idade; a nossa galáxia, a Via Láctea, incluindo o nosso astro fulgurante mais próximo,
o Sol, tem cerca de dez bilhões de anos de idade; e este planeta, a Terra, tem cerca de cinco bilhões de
anos de idade. Portanto, nosso planeta é um recém-chegado no Universo. Isso faz supor que devem existir
muitos astros que são bilhões de anos mais velhos do que o nosso planeta, e também bilhões de anos mais
velhos que o nosso Sol. Quem refletir na extensão do progresso da Ciência na Terra apenas neste último
século compreenderá, facilmente, que os avanços que podem ocorrer numa civilização um bilhão de anos
mais velha do que a terrestre estão muito além dos limites da nossa imaginação, pois um bilhão de anos é
o mesmo que dez milhões de séculos.
Projeção. Para as civilizações evoluídas, em planetas habitados mais antigos — cujos habitantes já passaram pela etapa que estamos iniciando agora -, sem dúvida, o cordão de ouro, o corpo mental, o
plano mental, e outros muitos assuntos enigmáticos, de igual magnitude, que ainda ignoramos, em todos
os ramos do conhecimento, deixaram de ser obscuros há muito tempo. Até atingirmos tais estágios
evolutivos avançadíssimos, resta-nos tão-somente produzir as projeções da consciência para fora do corpo
humano a fim de ajudar as pesquisas da Ciência e, assim, chancelar as nossas suposições teóricas e
decifrar os nossos enigmas pouco a pouco.
______________
Bibliografia: Aid (10, p. 18), Bardens (79, p. 192), Bowles (182, p. 108), Cavendish (266,
p. 263), Chaplin (273, p. 160), D’arbó (365, p. 225), Digest (400, p. 227), Freedland (550, p. 82),
Freixedo (556, p. 119), Granger (620, p. 107), Grattan-Guinness (626, p. 353),Guirao (663, p. 188),
Hammond (674, p. 161), Hitching (727, p. 188), Martin (1003, p. 128), Mishlove (1055, p. 195),
Mittl (1061, p. 5), Monroe (1065, p. 253), Ostrander (1172, p. 183), Paula (1209, p. 110), Randles
(1371, p. 107), Regush (1382, p. 72), Richmann (1399, p. 54), Roberts (1414, p. 194), Rogo (1458,
p. 102), Sachs (1489, p. 155), Schiff (1515, p. 118), Shadowitz (1543, p. 191), Shepard (1548, p.
952), Steiger (1602, p. 280), Tansley (1649, p. 307), Uphoff (1722, p. 151), Vallee (1727, p. 62),
Vieira (1762, p. 216), Watson (1800, p. 167), Wilson (1857, p. 83).
435. PROJEÇÃO CONSCIENTE E O FENÔMENO THETA
Definição. Fenômeno theta: aquele que diz respeito à sobrevivência da personalidade, ou à
continuação da consciência após a morte biológica ou do corpo humano.
Sinonímia: evidência da sobrevivência da alma; pesquisa da ultravida; pesquisa psi-theta; sobrevivência post-mortem; teoria da continuação da alma.
Evidências. A projeção da consciência possibilita ao projetor veterano quatro evidências indubitáveis da sobrevivência do seu próprio eu após a morte do corpo humano:
435.01 Veículos. Provas pessoais da existência do psicossoma e do corpo mental que sobrevivem à morte biológica.
435.2. Autobilocação. O fenômeno da autobilocação consciencial evidencia para o próprio
autobilocador, de maneira definitiva, a existência de sua consciência lúcida atuando sem o corpo humano,
provando para si mesmo a sobrevivência do seu eu após a morte biológica.
435.3. Encontros. Encontros extrafísicos com personalidades suas conhecidas que passaram pela
transição da morte física antes dele.
435.4. Desencarnação. Observação e, não raro, participação ativa, extrafísica, direta, no
fenômeno da desencarnação de outrem, na qualidade de auxiliar da morte, através das projeções
assistenciais (V. cap. 324).
Motivação. À vista dos fatos, a projeção consciente elimina a preocupação com a morte física
para todas as pessoas interessadas. Isso pode ser obtido por qualquer um, individualmente, desde que se
motive de modo adequado. E depois se prepare para continuar a existir.
Laboratório. Por outro lado', a projeção consciente constitui importante área para os
experimentos laboratoriais visando à detecção da continuação da personalidade e da sobrevivência da
consciência humana após a morte biológica.
Eletroencefalograma. Pode-se definir a morte biológica em termos de um eletroencefalogra-
ma quando este indica uma reta contínua em suas curvas (eletroencefalograma plano). Assim, por
exemplo, se forem encontradas evidências da projeção consciente, por métodos ainda a serem desenvolvidos, quando a pessoa tem um eletroencefalograma plano, isso demonstrará que a consciência não
constitui função do sistema nervoso central e prossegue, atuante, após a decomposição do Corpo humano
e, portanto, do cérebro físico.
_______________________
Bibliografia: Ashby (58, p. 5), Bayless (95, p. 148), Bord (170, p. 38), Crookall (339, p.
105), Currie (354, p! 71), Gauld (576, p. 219), Grattan-Guinness (626, p. 109), Meek (1030, p. 55),
Morris (1090, p. 1), Osis (1159, p. 1), Reis (1384, p. 60), Rogo (1445, p. 50), Sherman (1551, p.
197), Thouless (1682, p. 155).
436. PROJEÇÃO CONSCIENTE E REENCARNACAO
Definição. Reencarnação: forma de sobrevivência na qual o ego, ou consciência, retorna à vida
humana envergando um corpo de carne e ossos, depois de ter experimentado a morte biológica de outro
corpo físico e passado um período de existência no plano extrafísico ou intermissão.
Sinonímia: ancoragem espaço-tempo; consciência em série; consciência seriada; ECM (extra
cerebral memory); memória extracerebral; metensarcose; metensomatose; palingenesia; pluralidade das
existências; pluralidade das vidas corpóreas; renascimento da personalidade; transmigração da alma;
vidas sucessivas.
Razões. O conhecimento, ou melhor, a aceitação da teoria da reencarnação, que hoje atinge a
metade da população terrestre, além de trazer implicações profundas para as criaturas, altera-lhes a
filosofia geral, elimina todo preconceito racial, os pruridos nacionalistas, e o chovinismo sexual. Às vezes
toma-se uma necessidade vital o conhecimento íntimo de reencarnações pessoais anteriores porque nestas
estão as origens dos problemas cármicos e a raiz de muitas doenças que afligem certas pessoas na
atualidade, daí tendo nascido a terapia das vidas passadas, ou terapêutica reencarnacio- nista.
Pesquisa. Além da emergência espontânea de memórias reencarnatórias intimamente ligadas à
evolução intéma do ser, de pesadelos recorrentes, da regressão pré-natal hipnótica, da meditação
profunda, das técnicas especiais de massagens, e outros processos, a projeção consciente constitui método
de pesquisa eficaz para o acesso individual da consciência encarnada às suas existências transatas ou
prévias.
Sobrevivência. A reencarnação evidencia a sobrevivência do ego após a morte do corpo humano, o futuro do ser, através de rememorações de experiências passadas. A projeção consciente
evidencia a mesma sobrevivência, através de rememorações interplanos de experiências atuais. Em
ambos os casos ocorrem implicação do fator tempo e atuação dos mecanismos da memória.
Processos. As reencarnações pessoais podem ser pesquisadas pela consciência projetada através da rememoração extrafísica, às vezes induzida por amparador, ou executada psicometricamente no
plano extrafísico crosta-a-crosta. Contudo, há encarnado ansioso para conhecer a sua vida anterior
quando foi uma personalidade realizadora, porque hoje não está realizando o que deveria, numa reação de
compensação parapsicológica.
Leis. Os fatos indicam que, por qualquer dos métodos existentes para se rememorar vidas
passadas, existe uma seqüência, não aleatória, mas controlada por leis ou agentes ainda desconhecidos,
para qualquer recordação multi-secular, seja uma encarnação apenas ou uma série de existências
sucessivas. Sempre permanecem ocultos determinados fatores-chaves até que a consciência aprenda as
lições das encarnações prévias já rememoradas. As memórias ocorridas assemelham-se a uma conclusão
elucidativa, e são proveitosas para a evolução da consciência, intensificando-lhe o senso de
responsabilidade.
Autobiografia. Em certas ocasiões, uma consciência (encarnada ou desencarnada) procura certa
personalidade no plano extrafísico e não a encontra jamais. Era ela mesma. A identificação reencarnatória
autêntica de uma figura notória no passado é mais difícil de ser assumida publicamente. O melhor, às
vezes, será conservar a descoberta em sigilo. Como não se muda o passado, por que então se preocupar
com o fato, criando problemas para si? O melhor processo de alguém participar respondendo em
programas do tipo “o céu é o limite”, está obviamente no emprego da autobiografia pré-encarnatória.
Finalidade. A finalidade precípua da projeção consciente do ser encarnado reside na eliminação gradativa da necessidade de a consciência reencarnar, libertando-a dos ciclos das vidas sucessivas. A
função anti-reencarnatória da projeção consciente faz desta a libertadora da roda dos nascimentos e
mortes.
679
Processo. Como processo evolutivo, a reencarnação desaparece por si mesma em cada planeta,
gradativamente, através da projeção consciente. A média dos habitantes vai fazendo o plano extrafísico
circunvolvente assemelhar-se mais e mais, e a se identificar de tal maneira íntima, com o plano físico, e
este, por sua vez, com o plano extrafísico — um absorvendo o outro gradualmente — que a reencarnação
perde a sua razão de ser. Neste ponto, a média dos habitantes do planeta já alcançou o 7º. Estágio na
Escala do Estado da Consciência Contínua (V. cap. 439).
Tipos. A rigor, as reencarnações das consciências no planeta Terra não são iguais. Existem, de
fato, dois tipos básicos de encarnação humana por aqui: a fixa e a alternante.
436.1. Fixa. O primeiro tipo de encarnação, fixa, comum, é a vida humana única, densa,
imutável, intercalada em média tão-somente por oito horas de sono e dezesseis horas de vigília útil, a
cada dia.
436.2. Alternante. O segundo tipo de encarnação, alternante, diversificada, enriquecida,
constitui a reunião de duas vidas simultâneas, embutidas, alternadas, uma no estado da vigília física
ordinária e outra com a consciência encarnada projetada com lucidez nos planos extrafísicos.
Percentual. No segundo tipo, a reencarnação humana é vivida com um terço a mais de tempo
cronológico vígil e oportunidades evolutivas do que no primeiro, e não alcança ainda hoje nem um por
cento da humanidade física, vivente neste planeta.
Interesse. Nota-se, porém, nos planos extrafísicos, que chegou a hora do aumento percentual
do segundo tipo reencarnatório entre os seres humanos na Terra. Daí o incremento acentuado do interesse
pelas projeções conscienciais lúcidas que se observa tanto nos ambientes da vida física terra-a-terra,
quanto nas atmosferas da vida extrafísica crosta-a-crosta.
Despertos. Nesta hipótese (sem qualquer preocupação quanto a elitismo) da reencarnação alternante — que busca o suporte da convergência de evidências — supõe-se que toda a humanidade
terrestre, ou seja, cem por cento da população, por exemplo, numa suposição, quatro bilhões e quinhentos
milhões de pessoas em toda a Terra, hoje, passam por projeções conscienciais inconscientes toda noite;
vinte por cento dessa mesma humanidade, ou novecentos milhões de pessoas, experimentam projeções
conscienciais semiconscientes; e um por cento, ou quarenta e cinco milhões de pessoas, experimentam
projeções conscienciais conscientes ou totalmente lúcidas (V. cap. 437). Um percentual mínimo, talvez,
por suposição, um milésimo, ou quarenta e cinco mil pessoas, espalhadas por todos os continentes e
países, já seja constituído de seres reencarnantes alternantes.
Sonâmbulos. Um percentual elevado, talvez a maioria dos oitenta por cento ou três bilhões e
seiscentos milhões de pessoas que se projeta consciencialmente só de modo inconsciente, parece que
reencarnou sem passar pela segunda morte plena (V. cap. 122), vivendo então com resquícios do cordão
de prata ou do corpo energético (mais denso) da encarnação anterior, numa condição mais trancada no
corpo humano. Isso vem explicar, logicamente, a alta incidência das projeções conscienciais
inconscientes e a condição de sonambulismo generalizado da atual humanidade terrestre quanto ao
mundo extrafísico (V. cap. 108).
Organicismo. A Biologia e a Medicina, em geral, e a Anatomia e a Fisiologia, em particular,
nada encontraram ainda, em seus campos de pesquisa, que evidencie a existência de pessoas fixas e
alternantes, e pessoas soltas e trancadas, porque o alcance e a capacidade de atuação desses ramos de
ciência permanecem adstritos exclusivamente ao âmbito organicista, humano, cerebral, psíquico das
personalidades. Para detectar tais condições urge pesquisar parapsiquicamente o corpo energético ou
duplo etérico, e o psicossoma, além do corpo humano. Espera-se, então, que a Parabiologia, a
Paramedicina, a Para-anatomia, e a Parafísiologia venham a cogitar destes e de muitos outros temas
avançados oportunamente. A conceituação do chamado corpo bioplásmico, recentemente dado como
descoberto na Rússia Soviética, ainda não transcende hoje os limites da matéria orgânica. Aguardemos o
futuro, pesquisando.
Quadro. No quadro-resumo de todos os percentuais e classificações sobre as pessoas, suas
projeções conscienciais, e suas reencarnações neste planeta, hoje (Fig. 436), observa-se que: na faixa
populacional 5 - embutida no percentual da faixa 4 - estão atualmente os indivíduos interessados de fato
na Projeciologia; na faixa populacional 4 — embutida no percentual da faixa 3 — se incluem os
adolescentes e os jovens que, durante certa época, deixam espontaneamente o corpo humano, com
alguma lucidez, e depois esquecem o assunto pressionados pelas injunções da vida humana; na faixa
populacional 3 encontram-se as pessoas que experimentam os sonhos lúcidos; na faixa populacional 2 se
agrupam as consciências encarnadas em geral completamente indiferentes, ou melhor, desconhecedoras
dos temas das projeções conscienciais.
Consangüíneas. As reencarnações consanguíneas podem predispor os fenômenos anímicomediúnicos entre os indivíduos, inclusive o acoplamento áurico, a projeção consciente em conjunto, etc.
Por exemplo: uma de duas irmãs solteiras, muito afins, desencarna jovem. A irmã sobrevivente se casa,
recebe o espírito da irmã desencarnada, reencarnando, na condição de filha (reencarnação consangüínea),
e ambas, agora mãe e filha, apresentam predisposição mútua ou facilidade maior para produzirem o
fenômeno do acoplamento aúrico e se projetarem conscientemente em conjunto.
Carreira. O animista-médium, o filósofo, o artista, o cientista, etc., criam com o passar das
experiências uma carreira multi-reencarnatória, cármica, encadeada por muitas existências e grupos de
consciências. No corpo novo, a consciência se esconde dos obsessores que, por sua vez, acabam também
assumindo outros corpos novos. No entanto, em certos casos, o conhecimento responsável de uma
encarnação anterior ajuda a retocar a encarnação atual.
Entrevisão. Dependendo da consciência encarnada, ainda na fase final da sua existência humana, ela pode começar a entrever as diretrizes da sua próxima encarnação, incluindo até o prazo
aproximado do seu período de intermissão, o meio ambiente, o local provável do seu renascimento
futuro, as condições fundamentais do novo estágio terrestre, etc. Isso pode ser previsto pela consciência
encarnada, sem apelos a precognições ou cálculos futurológicos, mas simplesmente por deduções lógicas,
quando projetada conscientemente no plano extrafísico, ou mesmo no estado da vigília física ordinária.
Terra. As diferenças gritantes entre os planos — o humano e o extrafísico — para as consciências na Terra, demonstram claramente o atraso evolutivo em que ainda vivemos por aqui, clamando
pelo entendimento e a aplicação prática da projeção consciente.
Caminho. Tudo indica que se a consciência encarnada ou desencarnada, na Terra, deseja se
livrar definitivamente do ciclo das reencarnações, deve começar antes a se preocupar quanto ao entendimento e a prática intensa do serviço assistencial em favor de outras consciências através das
projeções conscientes. Não parece existir outro caminho evolutivo mais curto ou solução mais prática e
imediata à vista.
Quase-morte. Não se deve confundir a experiência da quase-morte (V. cap. 32) — em que a
consciência encarnada revive extraordinariamente, em seu próprio corpo humano — com a teoria da
reencarnação, em que a consciência desencarnada revive e se expressa na Terra, mimoutro corpo
humano, seja desde a concepção biológica humana e o renascimento, ou mesmo, segundo controvertida
teoria, tomando-o emprestado, definitivamente, de outra consciência na idade física adulta, na hipótese
do revezamento consciencial ou dos seres entrantes (V. cap. 121).
Cápsula. O ato de construir com este alentado volume o panorama da projeção consciente
humana até esta data, implicou na minha pretensão de obter o prosseguimento desta bem intencionada
análise na próxima reencarnação. Esta confissão pública registra, numa evocação antecipada, multireencarnatória, o desejo de me encontrar com este livro — ou o que dele restar como conjunto de idéias funcionando ao modo de cápsula do tempo de uso individual, algures, nesta Terra, num futuro próximo.
Embutidos no texto, códigos de nomes e números - auto-sugestões pós-hipnóticas inter-reencarnatórias
— irão predispor-me a rememoração, a identificação posterior, e a evitação de qualquer tentativa de
usurpação da autoria, também pós-encarnatória, o que seria, no caso, desestimulante.
Faixas
Populacionais
Percentuais
Humanidade
Terrestre
Projeções
Conscienciais
1 (Total)
100
4,5 bilhões
Todos os tipos
Todos os tipos
2
80
3,6 bilhões
Inconscientes
Fixas e Trancadas
3
20
900 milhões
4
1
45 milhões
Semiconscientes, Semifixas, Soltas e
Conscientes e
Alternantes
Conscientes e Soltas e Alternantes
Contínuas
5
0,001
45 mil
Contínuas
Reencarnações
Alternantes
Pesquisas. Lanço, deste modo, as bases humanas, físicas e cármicas do revezamento das
pesquisas pessoais, simultâneas, da Projeciologia e da reencarnação, através de mais de um corpo humano
da consciência. Buscarei, assim, a prospecção e a confirmação da teoria da reencarnação para eu mesmo,
em mim mesmo, sempre no estado da vigília física ordinária. Duas perguntas divergentes se impõem
aqui: — Será esta pesquisa mera pretensão inconseqüente de minha parte? Ou será que todo éste serviço é
compulsório, já vindo do passado? Veremos.
Digitais. Parece que o elemento que mais prova a teoria da reencarnação seria a coincidência
das impressões digitais entre dois seres reencarnados em épocas diferentes. Há dificuldades para a
681
pesquisa desta hipótese. Primeiro será necessário saber se isso é possível. Se as impressões digitais são as
mesmas em duas reencarnações da consciência, tal fato virá evidenciar que as mesmas derivam do
psicossoma. E as leis da genética no caso? A datiloscopia, como ciência, somente se efetivou, de fato, a
partir de 1890, portanto, tais pesquisas devem abranger somente as reencarnações desta data até o
presente, período em que se supõe que existem registros datiloscópicos nos arquivos de alguns países. As
impressões digitais já podem provar os fenômenos da bilocação física (V. cap. 42), mas este é outro caso.
Animais. Segundo se deduz dos fatos até agora observados, o renascimento ou a reencarnação
parece ocorrer exclusivamente dentro da mesma espécie evolutiva. Daí porque o projetor consciente
veterano encontra no plano extrafísico seres desencarnados animais — inferiores evolutivamente ao nível
da consciência humana — sem terem reencarnado neste planeta. Isso faz supor que muitos dos Seres que
representam espécies em extinção na Terra — tão defendidos pelos ecologistas hoje - devem prosseguir
os seus ciclos evolutivos reencarnatórios em outros planetas pelo universo afora. Devem haver planetas
por aí habitados tão-somente por dinossauros, por exemplo, outros com populações de animais muito
mais variadas do que a da Terra, etc.
Teoria. Os experimentos da projeção consciente, e as experiências de retrocognições extrafísicas (V. cap. 38), permitem ao ser encarnado lúcido pesquisar e aplicar em sua própria existência a teoria
da análise reencarnatória, através da qual caracteriza a sua identidade pessoal desta encarnação em cotejo
consigo mesmo em outra encarnação prévia, seja a passada, outra ou outras menos recentes. Por aí pode
enumerar, com extrema autocrítica, suas melhorias e seus avanços evolutivos, bem como suas quedas e
suas aparentes regressões conscienciais.
Facetas. Pela teoria da análise reencarnatória procurará estabelecer o cotejo das personalidades,
as semelhanças de experiências, as identificações exatas, os progressos íntimos, os ressarcimentos
cármicos evidentes, e as regressões reais ou aparentes, observando, no mínimo, dez facetas pessoais de
cada período humano: constituição física; temperamento; vida humana; escolaridade; estilo pessoal;
religião e religiosidade; paranormalidade; ciência e ocupação; interesses e pesquisas pessoais; e contamovimento cármica.
Análises. Em função da teoria exposta, depois de arrolar mais de uma centena de aspectos no
cotejo de personalidades, o pesquisador em geral chega, pelo menos, a sete observações analíticas:
436. § 01. Superação. A certa altura, a consciência começa a se preocupar em superar suas
insuficiências pluri-seculares, nas reencarnações encadeadas, ou tarefas consecutivas, que prosseguem de
uma encarnação para outra.
436. § 02. Ressarcimentos. O surgimento de “progressos espirituais'”, depois da interferência de
“causas pretéritas”, caracteriza a condição dos “ressarcimentos evidentes”.
436. § 03. Imunização. A pessoa fica imune à opinião pública, pois pode ocorrer que viverá
ouvindo ou lendo, o tempo todo, quem elogia e quem critica, com sensatez ou paixão, o que fez, deixou
de fazer, ou afirmou em outra encarnação, às vezes aquela que não a anterior, mas a segunda ou a terceira
antes dela.
436. § 04. Para-hipocrisia. Depois da constatação de evidências incontrovertíveis, torna-se
necessário ter cuidado com os atos de para-hipocrisia (V. cap. 131).
436. § 05. Política. A consciência desperta para a sua política espiritual, na atual encarnação,
não só precisa voltar a crescer evolutivamente, mas deve insistir para que esse crescimento não reproduza
distorções havidas no passado, incorporando, então, os ensinamentos e novas concepções que a
experiência pregressa legou para si. A consciência deve considerar a si própria como em desenvolvimento
franco, numa situação muito peculiar de autoconhecimento pluri-reencarnató- rio, desfrutando de maior
grau de autonomia consciencial - ou de livre arbítrio autoconsciente - sem autolimitar-se a doutrinas
estratificantes, fórmulas ultrapassadas e convenções estagnadoras, utilizando melhor seus potenciais
conscienciais, sem dependência excessiva à vida humana ou animal.
436. § 06. Incoerência. Pode ocorrer em relação às idéias ou pensamentos vivos da mesma
personalidade, em duas encarnações, uma disparidade de pontos de vista, opiniões, princípios e tipos de
abordagens. Se há melhoria nessa disparidade, ocorre então uma incoerência aparente, ou seja, positiva.
Neste caso, a própria consciência vem corrigir seus equívocos, criticando a si mesma, e combatendo o seu
passado.
436. § 07. Maturidade. A conquista da maturidade consciencial torna-se extremamente importante quanto ao ciclo das reencarnações sucessivas individuais. Por exemplo: em tese, uma consciência
pode desempenhar a mesma tarefa de esclarecimento humano, em cinco reencarnações curtas, de no
máximo 35 anos cada - porque amadurecerá mais depressa —, com períodos de inter- missão, curtíssimos,
de no máximo cinco anos, em cinco condições reencarnatórias diferentes, em cinco países diferentes,
situados em cinco continentes diferentes, num período total de dois séculos. Neste caso, a própria
consciência atuará no papel do “fermento que leveda a massa” com suas idéias e edificações coerentes
interligadas em locais, épocas, povos, costumes, idiomas, e condições diferentes. Será que alguém neste
planeta já está utilizando este esquema ao mesmo tempo tão simples e tão complexo? Eis aqui outra
hipótese de pesquisa quanto à reencarnação.
Cordão. Eis uma teoria para análise: existem ainda dois tipos de reencarnação quando se
considera a atuação do cordão de prata: a mais evoluída e a menos evoluída.
Segunda. Primeiro tipo: a reencarnação mais evoluída, de entidade desencarnada enxuta, que
passou pela segunda morte, ou seja, que já teve descartados os resquícios do seu cordão de prata da
encarnação anterior, ou a última.
Primeira. Segundo tipo: a reencarnação menos evoluída, de entidade desencarnada que passou
apenas pela primeira morte, ou seja, que perdeu tão-somente o corpo humano, mas conserva ainda o coto
do cordão de prata, ou os restos dos liames energéticos que a ligavam ao corpo humano desenvolvido
anterior, ou mesmo o corpo fetal, e que entraram em decomposição. Muitas reencarnações subintrantes,
ou seja, da mesma consciência, com períodos de intermissão muito rápidos ou curtíssimos, por exemplo,
através de abortos patológicos ou não, mas sucessivos, se incluem neste segundo tipo.
Terceira. As consciências que passaram pela terceira morte, ou que já se descartaram do
psicossoma não mais se reencarnam (V. cap. 123).
Raiz. Por aí se conclui racionalmente que a raiz ou a conexão básica do cordão de prata no
psicossoma pode prosseguir atuando em mais de um período reencarnatório da mesma consciência. Isso
significa que os princípios que atuam na criação, formação e desenvolvimento do cordão de prata não são
tão rígidos quanto parecem à primeira vista.
Trancamento. Suponho que a teoria da reencarnação do tipo menos evoluído, aqui referida,
explica com racionalidade a ocorrência de muitos casos de consciências encarnadas excessivamente
trancadas em seus corpos humanos, ou seja, que vivem num estado de coincidência mais rigorosa de seus
veículos conscienciais de manifestação (V. cap. 88), e em geral se encontram mais materializadas — ou
fisicalizadas — por disporem de um cordão de prata, mais antigo, atuando mais fortemente na função de
fixador físico (V. cap. 443), ou em outras palavras: por disporem de um psicossoma lastreado ou mais
denso, antes mesmo de reencarnar. Tais consciências encarnadas tendem a experimentar mais projeções
semiconscientes (V. cap. 78) por se projetarem com o psicossoma mais denso, lastreado, em ambientes
crosta-a-crosta (V. cap. 387).
Soltura. Por outro lado, pode-se deduzir logicamente que a consciência que se reencarnou pelo
tipo mais evoluído é justamente aquela que se acha predisposta a ter o seu duplo etérico solto (V. cap. 93),
ou seja, o seu psicossoma escorregadio, em razão de portar um cordão de prata recém-adquirido. Este constitui o ser encarnado mais predisposto às projeções conscientes
marcantes.
___________________
Bibliografia: ADGMT (03,p. 254), Allgeier (14, p. 135), Andrade (29,p. 129), Banerjee (74,
p. 41), Bennett (117, p. 10), Berg (121, p. 71), Besant (132, p. 58), Blavatsky (153, p. 646), Bonin
(168, p. 426), Boswell (174,p. 113), Brennan (200, p. 71), Cannon (240, p. 41), Cavendish (266, p.
209),Chinmoy (280, p. 3), Day (376, p. 108), Delanne (385, p. 35), Desmond (394, p. 192), Fiore (518,
p. 9), Fodor (528, p. 326), Gaynor (577, p. 154), Glaskin (597, p. 20), Goldberg (606, p. 46),Guirdham
(664,p. 157),Hodson (729, p. 170), Kardec (824, p. 116), Lamont (874,p. 83), Leadbeater (903, p.
155), Lenz (914, p. 106), Martin (1003,p. 105), Meek (1030,p. 103), Müller (1107,p. 173), Paula
(1208,p. 104), Pensamento (1224,p. 85), Perkins (1236, p. 5), Pratt (1285, p. 140), Puryear (1341,p.
18), Rochas (1430,p. 39), Russell (1482, p. 25), Shepard (1548, p. 772), Spence (1588, p. 335),
Stevenson (1618, p. 12; 1620, p. 456), Toben (1688,p. 76), Vieira (1762,p. 158), Walker (1786,p. 77),
Wambach (1793, p. 46), Wang (1794,p. 398),Zaniah (1899, p. 383).
437. PROJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA CONTÍNUA
Definição. Projeção de consciência continua: experimento em que a consciência mantém a
lucidez em todos os momentos, ininterruptamente, com o prolongamento da vigília através do sono,
desde a decolagem até a interiorização e o retorno ao estado da vigília física ordinária.
Sinonímia: autoconsciência em dois mundos; projeção de vigília permanente; projeção sem
blecaute; projeção vígil.
Raridade. A projeção de consciência contínua do princípio ao fim do experimento tem
como característica essencial a ausência de qualquer blecaute ou solução de continuidade da vigília
intacta, mantendo o projetor a autoconsciência em dois planos ou mais, representando experiência
mais rara e extremamente marcante para o encarnado.
Condições. A projeção de consciência contínua geralmente acontece em condições psico-
683
físicas ideais do projetor, depois do repouso do sono de muitas horas, pela madmgada, num período de
atmosfera propícia ao experimento, mais comum quando espontâneo, e dentro do próprio quarto de
dormir onde o corpo humano permanece, no entanto, pode ser provocada e, depois de algumas
experiências, torna-se mais fácil para ser repetida.
Decolagem. O ponto alto da projeção de consciência contínua está na decolagem inteiramente lúcida, a fase mais difícil de ser obtida pelo projetor, quando a consciência percebe devagar,
minuciosamente, de maneira incontestável e definitiva, as sensações da dicotomia das forças do cordão
de prata, retraindo-se numa parte, maior, para o corpo humano e seguindo a outra, menor, com a
consciência projetada.
Sensações. Além da dicotomia das energias do cordão de prata são percebidos os sons intracranianos, geralmente suaves, provocados pelas energias da exteriorização, numa ação conjunta do
cordão de prata parcialmente exteriorizado e da cabeça extrafísica do psicossoma que se exterioriza; e
a condição impressionante de leveza, adquirida de forma relampagueante pela consciência que escapa
dos grilhões perceptivelmente pesados do corpo humano para um estado indescritível, além da
imponderabilidade e da imaterialidade, sentindo no íntimo, em primeira mão, a certeza absoluta da
diferença inconfundível entre uma condição inferior e outra condição evoluída.
Passo. A projeção de consciência contínua é o primeiro passo, individual e inevitável, para o
ser encarnado alcançar o estado da consciência contínua (V, cap. 438).
Hipnagogia. Na grande projeção de consciência contínua deixam de existir, sem ocorrer
qualquer conseqüência negativa para o projetor encarnado, os estados conscienciais naturais da
hipnagogia e da hipnopompia.
______________
Bibliografia: Baker (69, p. 76), Desmond (394,p. 192), Muldoon (1105,p. 231), Paziente
(1212,p. 42), Powell (1278, p. 106), Reis (1384, p. 63), Vieira (1762, p. 145), Weor (1819,p. 78).
438. ESTADO DE CONSCIÊNCIA CONTÍNUA
Definição. Estado da Consciência Contínua: condição raríssima da consciência encarnada,
ou desencarnada, que alcançou a continuidade da consciência absoluta, lúcida, durante todo o
transcorrer da vida consciencial, tanto biológica quanto integral, no decorrer do tempo cronológico
como o entendemos, ou no estado da “imortalidade”.
Sinonímia: ascese psicofisiológica; consciência ininterrupta; continuidade de consciência;
continuum consciencial; continuum mental; continuum projetivo; estado permanente de alerta; ponte
ete'rea; vigília contínua; vigília ininterrupta; unificação da consciência.
Etapas. A conscientização e aplicação plena dos recursos da projeção consciente constitui uma
conquista avançada na evolução da humanidade terrestre. O ser humano, hoje, busca superar estas dez
etapas distintas do seu desenvolvimento,numa ordem arbitrária: o Homo sapiens, a espé- cie de criatura
dotada de razão e astúcia; o Homo loquax, o animal de corpo humano que fala, lê e escreve; o Homo
habilis, o que inventa manufaturas; o Homo faber, o que fábrica e emprega ferramentas, desenvolvendo os
recursos da tecnologia; o Homo economicus, o proprietário, ou o possuidor de bens e mercadorias; o
Homo informaticus, o que reconhece a necessidade de aprender e a necessidade de ensinar atrave's da
comunicação; o Homo maniacus, o que se apaixona e se fa- natiza, quando dominado ainda pelo corpo
dos desejos e das emoções, ou o psicossoma; o Homo humanus, o que adquiriu os sentimentos de
compaixão, o senso humanitário, a ide'ia da abnegação e da renúncia; o Homo psichicus, o que anseia
ampliar a própria autoconsciência; e o Homo sapiens cosmicus, o que começa a desbravar o universo
físico através da Astronáutica. Agora, o ser humano atinge o status do Homo projectius, aquele capaz de
se libertar temporariamente da sua vida física produzindo, de modo voluntário, ou induzida tão-somente
pela própria vontade, a projeção da sua consciência lúcida para fora do seu corpo grosseiro de sangue,
carne, e ossos.
Percentual. Atualmente, neste planeta, os seres encarnados, na sua maioria — mesmo os que
produzem as projeções conscienciais com lucidez —, não recordam em média nem vinte por cento das
suas experiências extrafísicas, cujas idéias e vivências aí captadas e experienciadas afloram, mais tarde,
gradualmente, no estado da vigília física ordinária através dos canais da intuição comum.
Panorâmica. Segundo a teoria aqui oferecida objetivando a pesquisa, o Estado da Consciência
Contínua, num grau avançado, enseja a percepção panorâmica de todos os planos existenciais, ao mesmo
tempo, onde quer que a consciência esteja sediada temporariamente.
Futuro. A projeção consciente, por suas manifestações naturais, tende a substituir, no futuro, o
estado do sono no ser humano, até instalar a condição da consciência contínua, descartando o dia e a
noite, numa existência que não tem solução de continuidade. Isso trará a concomitante expansão dos
atributos do corpo mental, numa fase de evolução a qual a humanidade está destinada a alcançar, como
posse normal, inevitavelmente, ao longo dos milênios.
Características. O ponto alto, inicial, da projeção de consciência continua está na dispensa
espontânea do ato da rememoração por parte do projetor consciente. Este período mais avançado da
consciência tem início através da experiência da projeção consciente comum, passando por uma escala
ascendente com vários estágios básicos (V. cap. 439). A condição da consciência contínua faculta a
participação da entidade na Equipe dos Projetores Conscientes Vigilantes e representa a principal
atividade superior, comum aos seres encarnados e desencarnados.
Exemplos. Exemplos históricos de personalidades que se supõe terem construído a ponte entre
a consciência fisicamente desperta e a consciência adormecida, ou seja, experimentado a condição da
consciência contínua, em períodos especiais, definidos, de suas existências: Gautama Buda, Jesus de
Nazaré, Emanuel Swedenborg, Mahatma Gandhi (1869-1948), Ramana Maharshi (1879-1950).
Ioga. O Estado da Consciência Contínua — ou a supressão da descontinuidade consciencial
constitui a meta máxima da ioga, em todas as suas modalidades, através da unificação dos quatro tipos de
consciência: a consciência vígil ordinária ou diurna; o estado do sono com sonhos; o sono sem sonhos; e a
consciência cataléptica.
Nível. O Estado da Consciência Contínua ainda se apresenta na Terra em um nível muito
rudimentar, no entanto, vale formular a questão: — Alguns dos chamados seres extraterrestres, de
existência ainda controvertida, já dominariam a condição da consciência contínua?
Idade. Com qual idade física a consciência já pode iniciar o seu estado ou condição de consciência contínua na vida humana: desde o período da infância, na fase da mocidade, ou somente em plena
maturidade biológica?
Ássomnia. Até que ponto a assomnia, ou a faculdade de etiologia desconhecida que permite ao
sensitivo controlar o sono fisiológico, natural, ou sono delta, — a ponto de anular a necessidade deste
estado no decurso de um período prolongado, — tem relação com o estado da consciência contínua?
_______________
Bibliografia: Brunton (215,p. 158), Bucke (218, p. 67), D’arbo (365, p. 200), Eliade
(476,p. 66), Krishna (866,p. 12), Leadbeater (896, p. 26), Lefebare (909, p. 158), Monroe (1065, p.
123), Saraydarian (1507, p. 178), Steiner (1611,p. 129), Vieira (1762, p. 213), Walker (1781,p. 23),
Yogananda (1894, p. 266).
439. ESCALA DO ESTADO DA CONSCIÊNCIA CONTÍNUA
Vigência. Seguindo a orientação de um amparador, foi elaborada esta escala evolutiva do
projetor, processo prático como padrão de medida do seu progresso ao longo do tempo. A escala abrange,
demarca e afere um período evolutivo específico do princípio espiritual compreendido entre o nível
hominal, ao deixar a inconsciência, a indiferença e a improvisação, para buscar com discernimento a
especialização, até a desativação do psicossoma, quando alcança a condição de espírito puro.
Fatores. Três fatores básicos influíram na caracterização dos estágios da Escala da Consciência
Contínua: (a) humanos: o aperfeiçoamento do veículo de manifestação e o emprego do tempo
cronológico; (b) extrafísicos: a relação com os mentores e a assistência cósmica gradativa; (c) conscienciais: a evolução da memória e a aplicação da moral cósmica.
Reencamações. Os estágios foram dispostos em apenas sete etapas, sendo dificílimo excluir
qualquer deles, ao contrário, pode-se ampliar a escala com pequenos estágios transicionais. Igualmente,
parece ser muito problemático atingir os estágios avançados com algumas poucas reencar- nações
seqüenciais, dedicadas à melhoria do desempenho projetivo, em diferentes corpos humanos e duplos
etéricos, além das sucessivas alterações do psicosscma.
Estágios. Para atingir o Estado da Consciência Contínua, o projetor encarnado e, de igual
maneira, o projetor desencarnado, usando o seu corpo mental, experimentam estes avanços ou estágios
ascendentes:
439.1. Provas. Neste estágio se situam os projetores encarnados comuns, de vários tipos,
projetores-obsediados, projetores-obsessores, inclusive aqueles que têm projeções com o corpo humano
em movimento, seja andando, cavalgando, dançando, cantando, datilografando, tocando piano,
685
escrevendo, falando, dentro de trem, dirigindo automóvel, carro de corrida, moto, bicicleta motorizada, e
até pilotando asa delta, helicóptero, ou avião. São descobertos o psicossoma e o cordão de prata e se
aprende a conviver com tais instrumentos da consciência. Acabam-se as buscas dubitativas e tem início o
primeiro período de exames, ou provas psicofísicas, do aprendiz da Espiritualidade ante o seu Mestre ou
Mentor Extrafísico. Ocorrem: as projeções conscientes impuras, esporádicas ou acidentais; as projeções
conscientes puras através do psicossoma do adulto, continuas do início ao fim dos episódios; e as
autoprojeções conscientes.
439.2. Impacto. Este é o estágio-encruzilhada para o aproveitamento da atual existência na
Terra quanto à gradação no desempenho da lucidez da consciência. Classificam-se, aqui, os processos
impuros das projeções conscienciais através do psicossoma produzidas pelos faquires que se fazem
enterrar vivos, temporariamente, ficam projetados nas proximidades do corpo humano, durante o período
de hibernação intencional, e apresentam rememoração falha. Sobrevêm a projeção consciente pura
através do corpo mental, a superconsciência ou o samádi e > sob o impacto da experiência da consciência
cósmica rememorada, o projetor encarnado (ou projetora) define o seu destino na encamaçao, ficando no
ponto morto ou prosseguindo em frente, dominando o corpo físico.
439.3. Admissão. Surgem as projeções conscienciais consecutivas mistas, intercalando os
veículos — o psicossoma e o corpo mental — com várias experiências numa noite, inclusive as projeções
conscienciais amenas e as projeções-seguimento. A autonomia de vôo da consciência encarnada projetada
já se situa entre uma a duas horas de ausência fora do corpo humano. O projetor (ou projetora) começa a
manter maior estabilidade emocional (serenidade) e uniformidade em seus procedimentos físicos e
extrafísicos, o que lhe possibilita rendimento espiritual superior. Torna-se habitual a rememoração
integral, em bloco, das experiências extrafísicas. A mediunidade desenvolvida mostra-se de imenso valor.
As projeções conscientes desobsessivas tornam-se comuns e se extinguem as projeções pesadelares e as
projeções espontâneas. E ocorre o segundo nível, período de admissão ou aceitação do aprendiz pelo
Mentor Extrafísico, quando aquele não pode mais expulsar este da sua psicosfera. Aparecem os
monólogos psicofônicos em que o benfeitor orienta as tarefas do projetor consciente encarnado que
percebe a interferência positiva em todos os ângulos da existência, através de sinais inconfundíveis de
mediunidade, intuições, sugestões, mensagens e, em especial, do banho energético com origem no centro
coronário, deixando de ser apenas médium, passivo, para se transformar no colaborador, ativo, da
Espiritualidade, dispensando fórmulas, rituais, e muletas.
439.4. Ética. Este é o período das projeções conscientes consecutivas através do psicossoma
numa noite inteira, ou a fase da consciência ininterrupta de um dia, eventualmente. Deste estágio ético em
diante, a intangibilidade moral, do ponto de vista cósmico, toma-se imprescindível. Acontecem as
projeções conscientes assistenciais ostensivas e são incorporados na rotina do projetor: a clarividência, a
clariaudiéncia, a telepatia, a retrocognição, a precognição, outros fenômenos e percepções, como a
expansão grandiosa da aura humana. Toma-se praticamente impossível ao projetor a sua existência na
matéria sem as experiências das projeções conscientes, que ficam fazendo parte indescartável da sua vida,
constituindo ato tão fisiológico quanto as ações de inspirar e expirar no estado da vigília física ordinária.
__
439.5. Filiação. Começam as projeções consecutivas, mistas, de uma noite inteira freqüentemente, e as projeções conscientes consecutivas através do corpo mental de uma noite inteira,
eventualmente. Daqui para a frente, as projeções conscientes ocupam, de modo permanente, uma parte da
existência, tanto no caso do projetor encarnado quanto no caso do projetor desencarnado. A autonomia de
vôo da consciência ultrapassa mais de duas horas de ausência fora do veículo de manifestação. Os estudos
extrafísicos e a assistência espiritual são incrementados e a consciência mergulha, mais profundamente,
nos arquivos de suas existências passadas, através das auto-retro- cognições periódicas, dando os
primeiros passos rumo à memória contínua. O emocionalismo desaparece para dar lugar à serenidade
constante fora do corpo humano, a consciência dominando o psicossoma. Há projetores, nesta fase, que
trabalham com eficiência quando desencarnados, mas falham clamorosamente quando reencarnam,
demonstrando que as projeções do corpo mental são mais difíceis para o encarnado do que para o
desencarnado. A maioria das projeções do encarnado não pode ser registrada com clareza por
insuficiência dos circuitos neuropsíquicos da rememoração. O projetor encarnado procura descartar, em
primeiro lugar, o fator sono natural e,em seguida, o sonho, ambas providências psicológicas dificílimas.
Este estágio corresponde ao terceiro nível do aprendiz, acontecendo a sua matrícula ou filiação ao Mentor
Extrafísico. As manifestações mediúnicas tomam-se apuradas e o projetor encarnado avança no
conhecimento de fatos futuros de sua caminhada através das autoprecognições freqüentes.
439.6. Sutilização. Têm início as projeções consecutivas pelo corpo mental de uma noite inteira,
freqüentemente, e projeções mistas, eventualmente, até chegar ao predomínio das projeções mentais
prolongadas, consecutivas, de uma noite inteira. Deste estágio para a frente, o projetor encarnado atua no
mundo extrafísico deixando o corpo denso, em sua base física, na condição de animação suspensa
escudada, que o toma imune a toda influência negativa, extinguindo-se praticamente as projeções
desobsessivas. O projetor encarnado que até aqui volta ao corpo humano para energizá-lo, deixa de fazêlo, usando todas as potencialidades do cérebro humano. Intensificam-se as entrevistas com personalidades
extrafísicas geniais, inclusive personagens históricas positivas, e pouco diferem as atividades comuns do
projetor encarnado das do projetor desencarnado militante, assentadas na abnegação e na espiritualidade.
0 psicossoma, seja da consciência encarnada ou da desencarnada, toma-se mais fluido, rarefeito, e sutil. O
corpo mental se amplia de modo incompreensível às percepções do nosso entendimento atual e ambos os
tipos de projeçOes se assemelham.
439.7. Purificação. Neste estágio são produzidas as projeções conscientes através do corpo
mental, consecutivas, cada noite — ou consciência contínua — possíveis ao projetor encarnado desde a
infância, que faz o corpo humano aparecer como instrumento a seu serviço, ou desaparecer, à vontade, e
executa, por si mesmo no momento justo, a sua projeção final por uma autode- sencarnação chacral,
cardíaca, ou umbilical (V. cap. 440). Na última parte deste estágio nasce o espírito'puro, o liberado-vivo
(Moksha, liberação do ciclo reencarnatório, o fim da erraticidade), que se despoja do psicossoma, agora
desativado, transcendendo todos os corpos de manifestação, limitações e condições, além de todas as
existências sucessivas. Livre dos dois veículos, — o grosseiro (humano) e o sutil (psicossoma), —
definitivamente retirado da engrenagem da cadeia dos renascimentos sucessivos compulsórios, em forma
de existência condicionada, sobrexiste, permanentemente, de corpo mental nos Planos Resplandecentes
(plano mental), intensificando o seu relacionamento com as Entidades Cósmicas, transeuntes de alta
evolução nos espaços cósmicos extrafísicos, visitantes de outros planetas, sistemas e galáxias, ocupandose dos processos extrafí- sicos intergalácticos com os Agentes do Carma, os Espíritos Construtores, e os
Arquitetos de Galáxias. Aí tal espírito participa e orienta: as amplas transformações, convulsões naturais,
cataclismos e flagelos destruidores gerados por terremotos, maremotos, ciclones, furacões, erupções
vulcânicas, pragas, inundações, tempestades de água, de neve, e de areia; as epidemias e ciclos de
acidentes; as catástrofes cósmicas tais como as colisões de corpos estelares e até de galáxias inteiras; e
outros desastres e acidentes magnos que fustigam as humanidades planetárias.
Potencialidade. As entidades que vivem em situação permanente de corpo mental se acham
potencialmente capazes de: manter consciência quanto às auras energéticas de galáxias; fazer os planetas
evoluídos entrarem em estado vibracional; promover o acoplamento áurico positivo de conglomerados de
astros; desencadear orgasmos transcendentes, galácticos, e o estado da consciência cósmica de
populações físicas e extrafísicas inteiras, em conjunto, simultaneamente, quando se faz necessário; etc.
Considerações. Num só estágio, o projetor pode deparar com pequenas variáveis de experiências transicionais que pertencem ao estágio precedente ou ao que virá. A média das projeções do projetor
define o seu nível na escala, sendo o ato mais difícil manter uniformidade em séries de projeções
conscientes, magnas, constantes. Para se alcançar o 59 Estágio, por exemplo, devem ser necessárias
milhares de existências físicas sucessivas, se iguais às da Terra, ou num planeta semelhante, dedicadas a
esse mister, em múltiplos serviços de fraternidade. Por aí se vê que deve ter gente tentando subir um
estágio de uma etapa da escala, melhorando o desempenho nas projeções, desde a época das iniciações do
Antigo Egito, ou mesmo antes disso. O mais importante, antes de tudo, é a consciência descobrir e se
conscientizar de como o sistema evolutivo consciencial funciona.
Civilizações. Partindo da premissa de existir, pelo menos, três tipos de civilizações inteligentes
com base em seu controle das fontes de energia: Tipo I, aquela capaz de aproveitar e controlar uma
quantidade de energia igual às fontes de energia totais de seu planeta; Tipo II, aquela capaz de aproveitar
e controlar a energia igual à produção de energia total de sua estrela natal (Sol); Tipo III, aquela capaz de
aproveitar e controlar uma quantidade de energia igual à produção de energia de toda a sua galáxia; os
componentes universalistas da civilização Tipo III estariam todos, evolutivamente, no 69 Estágio da
Escala do Estado da Consciência Contínua?
Domínio. Quando a consciência domina integralmente o veículo físico de manifestação, inclusive a exigência biológica do sono natural para si, deixando-o apenas para o corpo humano, através da
projeção consciente, adquire, pouco a pouco, a consciência contínua definitiva, sem recesso. Atingindo
este nível, o corpo humano nada mais pode oferecer à consciência, como elemento de purificação
evolutiva, e ela deixa de reencamar como entendemos. Neste ponto, a projeção consciente alcança a sua
finalidade anti-reencarnatória, eliminando os ciclos das reencamações da vida da consciência.
Discrição. O que mais impressiona em certas consciências de evolução acima da média é o
fenômeno da discrição absoluta ou a condição de completo anonimato, auto-imposta, propositadamente,
de modo sacrificial, em que permanecem quando se acham reèncarnadas. Tais consciências humanas,encarnadas - situadas acima e além das enciclopédias — podem ser encontradas, projetadas lucidamente,
em planos extrafísicos, contudo toma-se impraticável, pelo menos segundo as experiências deste autor,
687
identificá-las e encontrá-las no estado da vigília física ordinária. Por quê? Como conseguem ser, ao
mesmo tempo, participativas sem se exporem?
Questões. Eis algumas hipóteses de trabalho: — Uma sugestão imperiosa, num estado hipnótico profundo, pode ajudar o indivíduo a alcançar os primeiros passos para o Estado da Consciência
Contínua? Alguém saberia informar quantos praticantes anônimos estão no 69 Estágio, atualmente, neste
planeta? Ou melhor, você conhece algum desses praticantes? Que Estágio da consciência contínua
alcançaram os Mestres do Himalaia? Se considerarmos, na evoluçSo consciencial infinita, a vida animal
como o primeiro curso, e a consciência contínua por segundo curso, qual será o terceiro curso? E qual o
quarto curso?
_________________
Bibliografia: Bentov (119, p. 132), Kardec (824, p. 91), Michaél (1041, p. 105), Powell
(1279, p. 224), Vieira (1762, p. 214).
440. AUTODESENCARNAÇÃO
Definição. Autodesencarnação: ato técnico, metódico, indolor e consciente de provocar a morte
do corpo humano.
Sinonímia: abandono voluntário do corpo humano; autodesencarnação psicogênica; auto-eutanásia; autometatanosia; autoprojeção final; descarte do corpo humano; desencarnação chacral; imolação
energética; mahasamadhi; morte paranormal; morte por indução mental; morte psicogênica; paratanatose;
segunda-Kriya Ioga; técnica astral da desencarnação.
Tipos. Existem dois tipos básicos, parabiológicos, de autodesencarnação: chacral cardíaco (V.
cap. 441), e chacral umbilical, ou autocombustão voluntária (V. cap. 442). Além destes, são empregados
métodos negativos, mahasamadhi, para o abandono consciente e definitivo do corpo físico por iogues,
especialmente das áreas do Himalaia, como o autocongelamento (him samadhi), o auto-afogamento (jal
samadhi), e a abertura deliberada da cabeça (sthal samadhi) com a ruptura do cordão de prata à altura do
sincipúcio, à semelhança da morte natural. Todos estes processos, ao que se afirma, são indolores e
rápidos, contudo, ninguém sabe, de fato, quando um método desses representa um ato correto ou
condenado, ou seja, se estava no momento exato e justo da experiência da morte biológica para a
consciência ou não.
Sutilezas. A linha existente entre um ato de apressar ou de retardar o momento de uma desencarnação, ou no caso, entre a autodesencarnação correta e o suicídio velado, ou auto-eutanásia, é muito
sutil e de interpretação complexa. Para quem goza de plena saúde, a morte biológica não constitui
procedimento fácil, porém para aquele que sabe estar com a vida por um fio, equilibran- do-se sobre o fio
da navalha, sentindo o frio da beira do abismo, ou na fase do ocaso do projetor consciente, as coisas se
tornam menos difíceis.
Razão. O maior pretexto para se produzir a autodesencarnação vem sendo a intenção de evitar
os efeitos negativos da senilidade, ou seja, a caducidade franca de certos indivíduos, o que em muitos
casos pode ser apenas pressão do orgulho e da vaidade. Os modernos recursos preventivos e terapêuticos
para defender a criatura contra os distúrbios senis ou derivados da arteriosclerose, quando empregados a
tempo, têm diminuído bastante as conseqüências negativas da caducidade e as psicoses senis.
Moral. A questão moral, seríssima no caso, diz respeito apenas à própria consciência do indivíduo que, se o quiser, pode acabar com a vida física, de modo rápido, sem nenhum outro ser humano vir
a saber das suas reais intenções.
Chave. Quem sabe perceber e mobilizar as altas energias conscienciais tem fácil acesso à chave
da projeção final voluntária através da desconexão definitiva dos veículos de manifestação, corpo humano
e psicossoma, o que provoca a ruptura irrecuperável do cordão de prata, a real e última causa mortis,
comum a todos os seres humanos.
Suicídio. Só se entende a autodesencarnação como processo positivo quando ocorre, segundo a
moral cósmica, com projetores que estejam no 79 Estágio da Escala da Consciência Contínua (V. cap.
439), e que sabem quando o corpo humano deixou de ser um veículo útil para a manifestação da
consciência. Antes desse período, qualquer ato semelhante será condenável e negativo, pois equivalerá a
um suicídio, sem provas evidenciais ou corpo de delito, em outras palavras, a au- to-eutanásia, porque
provocado de modo prematuro, ou antes da hora correta, em muitos casos talvez por fuga à senilidade que
começava a aparecer, detectada pela própria pessoa através de suas sensações ou observando as suas
linhas biológicas de hereditariedade de acordo com os seus parentes próximos idosos.
Época. A época da desencarnação justa da criatura encarnada nem sempre corresponde às suas
possibilidades de desempenho autodesencarnatório. Muitos encarnados podem até dispor de recursos e
fécnica paxa a autodesencarnação quando ainda se acham válidos e bem dispostos, antes do período da
desencarnação. Contudo, à época justa, em razão de deficiências de energia, concentração mental e
vontade suficientes para o tentame, acabam ficando sem poder realizar a sua experiência autodesencarnatória. Tal fato talvez já tenha levado alguma consciência à autodesencarnação prematura
induzida por isso mesmo, o que, de resto, não deixa de constituir um erro, fuga, e débito cármico.
Incorruptibilidade. Ninguém ignora que, nos anais mortuários, registram-se casos de
cadáveres inalterados, sem quaisquer sinais visíveis de decomposição física como o dessecamento, o
bolor, e o odor característico, e que se conservam imutáveis e intocados por certo período de dias, meses,
ou até anos, fatos freqüentemente atribuídos a um propósito especial e à “santidade” do falecido.
Coma. O sonambulismo fora do corpo humano e os transes naturais da primeira morte, ou
desativação do corpo celular, evidenciam que um ou outro caso de incorruptibilidade física postmortem
— o que nas circunstâncias representa derradeira ironia - nada mais significam que a conservação das
ligações dos veículos de manifestação da consciência no estado da coincidência e que não passou
parafisiologicamente por todo o processo da primeira morte, permanecendo nas proximidades do corpo
denso inativo, conquanto ainda inalterado, em estado de coma extrafísico. Quantos casos de
autodesencarnação podem ser incluídos neste gênero de ocorrência?
Analogia. A condição do projetor veterano ciente das técnicas autodesencarnatórias assemelhase bastante a de um paciente receptor da cirurgia do implante do coração artificial, permanente, de metal e
poliuretano, criado por especialistas em mecânica médica, ativado por equipamentos externos, compressor
de ar miniaturizado, gerador e tubos, que dispõe de pleno acesso à chave interruptora que pode desligar
esse coração-aparelho que o mantém vivo entre os;homens. A ambos é facultada a opção franca para o
suicídio. Geralmente não há risco de o projetor se suicidar, pois as próprias projeções o mantêm em
excelentes condições psicológicas que fazem com que considere a importância magna da vida humana,
conserve permanente interesse de viver, e conclua que vale a pena aproveitar as possilibilidades
evolutivas que a romagem terrestre ainda lhe oferece.
______________
Bibliografia: Ajaya (08, p. 399), Benavides (109, p. 204), Castaneda (256, p. 13), D’arbo
(365, p. 227), Ring (1406, p. 27), Russell (1482, p. 71), Vieira (1762, p. 220), Walker (1784, p. 235),
White (1831, p. 370), Yogananda (1894, p. 245).
441. AUTOPARADA CARDÍACA VOLUNTÁRIA
Definição. Autoparada cardíaca voluntária: ato de o encarnado provocar, intencionalmente, em
si mesmo, uma parada cardíaca com o objetivo de produzir a morte do corpo humano, ou projeção final.
Sinonímia: auto-eutanásia cardíaca; autocolapso cardíaco mental provocado; desencarnação
chacral cardíaca; autodesencarnação cardíaca.
Causa. A causa fundamental da autoparada cardíaca voluntária está na concentração mental,
através da meditação profunda sobre o chacra cardíaco, ou mais especificamente, o coração, órgão vital
do corpo humano, fazendo-o deixar de funcionar definitivamente, à semelhança da descarga de raio que
mata instantaneamente, provocando a parada cardíaca.
Efeitos. Evidentemente o efeito imediato da parada cardíaca é a morte do corpo humano pela
parada definitiva do funcionamento do coração, quando não são usados recursos especializados tais como
massagens torácicas, adrenalina, desfribiladores, etc.
Tipos. Existem dois tipos básicos do fenômeno da autoparada cardíaca, sob o ângulo da moral
cósmica, muito importante no caso: quando provocado por projetor já no 7P Estágio da Escala da
Consciência Contínua (V. cap. 439), não constituindo suicídio como o entendemos; e quando
desencadeado, de modo definitivo, por projetor que esteja em qualquer dos outros estágios anteriores
dessa mesma Escala, representando, então, suicídio, ou auto-eutanásia calculada, com óbvias
conseqüências cármicas, profundamente negativas, de fácil entendimento a quem esteja afeito às
realidades extrafísicas.
Advertência. A autoparada cardíaca é a razão pela qual jamais recomendei quaisquer práticas
psicofísicas que envolvam o controle direto do órgão cardíaco pela vontade, como recomendo, por
exemplo, certas práticas suaves de controle direto da respiração. O pensamento constitui força viva e nem
sempre sabemos ou estamos predispostos a dosá-la dentro dos parâmetros corretos, fisiológicos e
produtivos, haja vista, além desta ocorrência, a autocombustão voluntária (V. cap. 442). Ambos estes
fenômenos podem ser provocados também sem intenção e sem nem mesmo haver a consciência desperta
689
do responsável quanto à existência deles (auto-eutanásia não calculada).
Medicina. A quem tenha dificuldades para assimilar a realidade desses fatos, vale lembrar que,
hoje, a Cardiologia, sob certas condições, responsabiliza o orgasmo, a euforia, uma contrariedade, mera
surpresa agradável, ou simples susto, como causas de colapso cardíaco fatal.
____________________
Bibliografia: Muldoon (1105,p. 212).
442. AUTOCOMBUSTÃO VOLUNTÁRIA
Definição. Autocombustão voluntária: ato de o encarnado fazer funcionar a chama interna real
de fogo, ou energia psicofísica, queimando, e reduzindo a cinzas, o corpo humano.
Sinonímia: autocremação voluntária; auto-eutanásia pirogênica; auto-implosão conscien- cial;
auto-incêndio mental provocado; auto-oxidação provocada; desencarnação chacral umbilical;
autodesencarnação umbilical.
Sobreviventes. A combustão humana espontânea, ou fogo espontâneo, fenômeno referido em
textos orientais antigos, e já existindo centenas de ocorrências registradas atualmente, constitui um dos
enigmas da Parapsicologia, abordado até mesmo em programas de divulgação científica popular da
televisão, já tendo sido estudados sobreviventes dessa combustão, ou seja, vítimas da ocorrência que não
morreram. Ainda não há explicações definitivas sobre as ocorrências da combustão humana espontânea,
apenas hipóteses como a da falha mecânica no sistema de controle da temperatura do organismo humano.
Descrição. A combustão extranormal é descrita como pequena chama, porém viva, achatada,
azulada, que se vai estendendo com extrema rapidez, por todas as partes do corpo humano afetado. Isso
persiste até que as partes enegreçam e, como regra, sejam reduzidas a cinzas e manchas oleosas deixando
um cheiro adocicado inexplicável e uma fumaça acinzentada. Em muitas ocasiões já se tentou extinguir a
chama com água, sem se obter qualquer êxito.
Causas. A combustão humana espontânea tem como causa a reunião eventual das energias
internas do organismo, a energia kundalini, num ou em vários pontos ou áreas orgânicas. Por sua vez, a
autocombustão voluntária é provocada pela intenção de atear fogo a si mesmo, através da concentração
mental profunda sobre o plexo solar, chacra umbilical ou cérebro abdominal.
Predisponentes. Eis sete condições físicas e fisiológicas que podem predispor os fenômenos de
combustão humana espontânea em geral:
442.1. Alguns componentes químicos, que são inertes quando isolados, formam compostos
explosivos quando combinados.
442.2. A bioluminescência emitida por certos insetos e peixes demonstra a possibilidade de fogo
interno de algum tipo.
442.3.As
gorduras e óleos, que o corpo humano contém em quantidade, são excelentes
combustíveis.
442.4.O fósforo, elemento químico constituinte do corpo humano, pega fogo espontaneamente
quando exposto ao ar atmosférico.
442.5.
A eletricidade estática produz faíscas que podem, em certas condições, atear fogo ao
corpo humano.
442.6. Os gases intestinais humanos são inflamáveis.
442.7. Os gases produzidos pelos cadáveres humanos são inflamáveis.
Efeitos. Dentre os efeitos da combustão humana espontânea está — o mais freqüente — a morte
física súbita, com o mínimo de resíduos, cinzas e grossa camada de fuligem gordurosa e, mais raramente,
apenas multiqueimaduras, não vistas nem sentidas durante o desenrolar da ocorrência, em áreas diversas
do organismo, sem causa aparente.
Seletivo. Entre os efeitos, tanto da combustão humana espontânea, quanto da provocada
voluntariamente, está a transformação do corpo humano num montículo de cinzas, ocorrida estranhamente
de modo seletivo, sem provocar incêndio local e sem incinerar e, quase sempre, sem nem mesmo
chamuscar os objetos físicos e substâncias inflamáveis em derredor com os quais o organismo tinha
contato direto por ocasião da ocorrência.
Temperatura. Diga-se de passagem que, na redução de um corpo humano a cinzas — o que
ocorre nos crematórios oficiais — é requerida uma temperatura de mais de três mil graus Fahrenheit, ou
mais de 1.650 graus Celsius, durante pelo menos oito horas, para que os ossos se tomem pó. Como se
observa, uma temperatura difícil de se conseguir sem o auxílio de inflamáveis. Os homens só se queimam
a temperaturas mais elevadas do que as mulheres. Isso sugere que as consciências vivem, fisicamente,
mais reencarnadas quando em corpos masculinos?
Tipos Existem dois tipos básicos relacionados com o fenômeno da autocombustão voluntária,
sob o ângulo da moral cósmica, muito importante no caso: quando provocado por projetor já no 7P
Estágio da Escala da Consciência Contínua (V. cap. 439), o que deve ser raríssimo e não constitui suicídio
como o entendemos; e quando desencadeado por projetor que esteja em qualquer dos outros estágios
anteriores da referida Escala, representando, então, suicídio ou auto-eu- tanásia calculada, com óbvias
conseqüências cármicas, profundamente negativas, de fácil entendimento a quem esteja afeito às
realidades extrafísicas.
Advertência. O fenômeno da autocombustão humana, tanto quanto a autoparada cardíaca
voluntária (V. cap. 441), advertem quanto à força poderosíssima do pensamento, da qual nem estamos
ainda plenamente conscientes e nem sabemos dosar de maneira correta, fisiológica e produtiva. Por isso
há de se ter cautela no trato com o acionamento das energias psicofísicas do organismo e os centros de
força, porque ambos os fenômenos referidos, podem ser provocados também sem intenção e sem nem
mesmo a consciência do responsável atinar quanto à existência deles.
Jesus. Nesta altura da análise dos fatos, vale indagar, deixando aqui esta hipótese: - Será que o
desaparecimento do corpo humano de Jesus de Nazaré, não foi executado, deliberada e conscientemente,
por ele mesmo, evolutivamente já vivendo no 7º. Estágio da Escala da Consciência Contínua, através da
autocombustão voluntária, sem nem mesmo deixar quaisquer resíduos humanos ou indícios físicos? Quem
sabe quantos desaparecimentos de pessoas já não ocorreram, e ocorrem nos tempos atuais, por este
processo?
Bioluminescência. Eis ainda duas hipóteses de trabalho pertinentes: - Que relação existirá entre a
bioluminescência (luz ou energia incontrolada) e a autocombustão espontânea (calor ou energia
desperdiçada) , dois dos mais incomuns e obscuros fenômenos biológicos que desafiam a inteligência
humana? Algum dia o homem virá a produzir a bioluminescência voluntariamente, quando puder controlar
a luz como forma de energia?
________________
Bibliografia: Ajaya (08, p. 401), Castaneda (256, p. 13), Digest (400, p. 91), Freixedo (554, p.
53), Vieira (1762, p. 202).
443. FIXADOR PICOFISIOLOGICO
Definição. Fixador psicofisiológico: elemento psicológico e/ou físico que mantém a consciência
do projetor avançado, ligada ou interessada na vida humana, fazendo a profilaxia conscien- cial contra a
sua alienação quanto à necessária experiência física na Terra.
Sinonímia: âncora psicofisiológica; fiel da consciência encarnada; fixador humano; muleta
fixadora psicofisiológica.
Psicossoma. De modo geral, a fixação psicofísica constitui a implantação da ligação efetiva da
consciência encarnada mais fortemente à vida terrestre. Tal ligação se dá mais freqüentemente pela
exacerbação das funções do psicossoma — o corpo emocional ou dos desejos —, que ativa o emocionalismo e as paixões que prendem a consciência à Terra, através das ilusões dos sentidos crosta-acrosta. Por aí se conclui que as magnas projeções conscientes através do corpo mental dispensarão sempre
ao projetor encarnado o uso de fixadores psicofísicos.
Tipos. O fixador psicofisiológico pode ser não só o pensamento digno sobre os fundamentos da
vida, o afeto puro por alguém, ou o objeto de um trabalho nobre, mas também a sublimação afetivoreligiosa, o interesse por uma atividade humana, ou o hobby inofensivo, mas produtivo.
Exemplos. Eis dez fatores de fixação psicofísica, motivadores, extremamente positivos, mais
ou menos na ordem decrescente de importância, valor, e repercussão construtiva para a consciência: laços
humanos da família; trabalhos profissionais; serviços de assistência social; estudo da projeção consciente;
pesquisa científica; arte elevada; desempenho esportivo; viagem instrutiva; adoção de animal doméstico;
coleção educativa.
Drogas. Os medicamentos indicados para prevenir a pessoa contra a arteriosclerose, embora
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usados com tal finalidade, agem como poderosos fixadores psicofisiológicos da consciência na Terra, sem
que os interessados se apercebam disso. Tais drogas, em geral quando usadas de modo contínuo,
melhoram a vascularização cerebral, aumentam o grau de vigilância do paciente, diminuem as suas horas
de sono, desembaraçam o fluxo de elaboração dos seus pensamentos, fortalecem a sua memória e, durante
algum tempo, impedem seriamente a produção da projeção da consciência, fixando os interesses do
encarnado, de fato, nas atrações físicas cotidianas ou nos problemas diuturnos da vida humana.
Efeitos. O fixador psicofisiológico neutraliza a euforia quanto ao plano extrafísico; sustenta
sem vacilações e sem desvios o sentido fundamental da existência humana; favorece a coerência das
atitudes; aponta permanentemente a meta essencial do destino individual; permite à consciência alcançar
novo estágio na Escala do Estado da Consciência Contínua; e apresenta relação íntima com as fases de
recesso nas projeções conscientes seqüenciais ou seriadas (V. cap. 368).
Muleta. Na sua estrutura inicial, o fixador psicofisiológico da consciência na existência humana constitui ainda a derradeira muleta, ou suporte psicológico (V. cap. 163), que o encarnado necessita
para concluir a romagem terrestre com dignidade cósmica.
Autodesencamação. Num extremo de liberação extrafísica, ou prodigalidade, os iogues e faquires se não dispõem de um fixador psicofisiológico equilibrado são, por sua vez, suscetíveis de produzir
a autodesencamação prematura, ou seja, completamente negativa.
Excesso. Num extremo de restringimento físico, ou apego, quando o fixador humano atua
excessivamente sobre a consciência encarnada, tal recurso acaba desviando-a da realidade extrafísica,
embotando-lhe a sensibilidade paranormal, ou materializando-a. Determinados impactos existenciais
como doenças, medicamentos, elevada soma de dinheiro surgida inesperadamente e outros, podem
intoxicar a consciência humana, envolvendo-a psicologicamente numa crosta mumificadora, ou seja,
fossilizando-a ainda viva.
Amparadores. Paradoxalmente, os amparadores são ao mesmo tempo desencarnadores e
encarnadores, pois ajudam não só a exteriorização da consciência para fora do corpo humano, mas
também impedem-na de sair desse mesmo organismo de modo excessivo, freqüente ou intensamente, em
certos casos, ou seja, liberando-a por um lado e fixando-a por outro, dentro do equilíbrio justo e
necessário exigido por suas experiências terrestres e necessidades evolutivas pessoais.
Meio-termo. Por aí se percebe, muito além dos postulados religiosos, místicos, ou fanáticos,
mas evidenciada e endossada pela própria vida prática, física-extrafísica, que a conduta humana ideal, e o
referido equilíbrio necessário exigido pelas experiências terrestres e as necessidades evolutivas
individuais da consciência encarnada, não estão nem num extremo de apego — egoísta e usurário - nem
muito menos num outro extremo de desapego — pródigo e alienante - e sim no meio-termo justo, correto
e sem radicalismos, entre o apego e o desapego às coisas materiais sobre a face da Terra.
Cordão. O maior fixador físico das consciências encarnadas que existe é o cordão de prata
antigo, cujos resquícios já vêm acompanhando o psicossoma da consciência antes mesmo da sua
encarnação atual (V. cap. 122).
_________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 173).
444. LOCALIZAÇÕES CONSCIENCIAIS
Definição. Localização consciencial: estado ou condição onde a consciêrícia fixa, concentra ou
centraliza temporariamente, o seu foco, fulcro, sede de atuação, ou locus de suas faculdades de percepção,
numa determinada oportunidade.
Sinonímia: condição da consciência; estado da consciência; sede da consciência.
Ponta. Enquanto os dois hemisférios cerebrais representam apenas a ponta visível do imenso
iceberg que constitui a consciência real, silenciosamente submersa em outras dimensões existenciais, ela
tem sempre uma sede ou fulcro de manifestação numa dada ocasião. Quanto mais evoluída a consciência,
mais freqüentes e mais intensas serão as suas mudanças de localização.
Compreensão. Para se entender a teoria das localizações das sedes da consciência, que variam
conforme os níveis existenciais, o interessado pode partir do seguinte exemplo: coloque um indicador
apontando para cima, à sua frente, olhe para ele e pense que aí, no mesmo local aonde está o seu dedo
físico, denso, visível, podem estar coexistindo um bilhão de outros dedos similares, invisíveis às
percepções dos seus olhos, vibrando em freqüências diferentes, sem um interferir na existência dos outros,
e muitos desses dedos podem ser meras criações da sua consciência, ou seja, simulacros do dedo humano.
Projeção. No exemplo dado, a sua consciência estará observando ou distinguindo apenas um só
dedo, o mais denso, aquele que permanece na condição da coincidência física. Suponha, no entanto, que a
sua consciência deseja se projetar para outro nível. Então ela usará, por exemplo, como sede temporária, a
freqüência do psicossoma correspondente ao seu dedo similar extrafísico de NP 87.587.587, número
escolhido aleatoriamente, componente do bilhão referido.
Apenas. Ao invés de um bilhão de dedos podem ser “n” dedos, ou uma infinidade de dedos
apenas para o psicossoma ou o plano, extrafísico propriamente dito. Para o corpo mental, no plano mental,
a consciência nem vai mais precisar de duplicatas de dedos ou de veículo orgânico para se manifestar.
Causas. Na síntese dos estudos das localizações da consciência constata-se que as mesmas
acontecem em razão de seis fatores determinantes distintos, que compõem um modelo e pode ser usado
como medida-padrão para aferir toda a fenomenologia da consciência, nesta ordem: lucidez, vontade,
energia, freqüência, passividade, e mudança.
444.1. Lucidez. A lucidez da consciência depende da sua evolução e pode ser classificada em:
inconsciente, semiconsciente e consciente. Os fatos falam a favor de uma instabilidade permanente da
lucidez da consciência até quando a mesma atinge o seu pique máximo de equilíbrio, ou estabilidade
relativa, no mais alto nível de serenidade extrafísica, como se esta instabilidade fosse um componente
indispensável às suas condições de vida, às exigências da evolução, e à natureza da sua eternidade.
444.2. Vontade. A intensidade da vontade, ou atividade consciencial, depende muito da
motivação emotiva (emocionalismo) ou da motivação racional (sentimento) da consciência. A vontade
que age motivada pela emotividade demonstra que a consciência está ainda adstrita às manifestações do
psicossoma, corpo emocional, ou ao seu lado animal. A vontade que age motivada por sentimento
positivo, ou pela racionalidade, evidencia já estar caminhando para o predomínio das manifestações
conscienciais através do corpo mental.
444.3. Energia. A utilização da energia consciencial depende da eficácia do desempenho da
consciência. O desempenho da consciência na utilização da energia consciencial deriva do grau de
conscientização quanto à existência dessa mesma energia consciencial que, manipulada sem saber, ainda
permanece nos domínios dos instintos dos animais e não apresenta a mesma eficiência.
444.4. Freqüência. A alteração da freqüência vibratória, ou densidade, do veículo de
manifestação depende do fluxo da energia empregado pela consciência. Não existe nível consciencial
rigidamente estabelecido para um determinado plano de vida onde' a consciência está temporariamente
sediada. Cada plano apresenta imensa gradação, indo de um extremo ao outro de uma densidade maior até
à densidade menor, ou da condição de clareza consciencial descontínua até à condição de limpidez
consciencial completa naquele plano. Nem a vigília física ordinária escapa a este princípio: nenhuma
pessoa tem a mesma acuidade consciencial todo o tempo em que está desperta fisicamente. O mesmo
acontece no plano extrafísico crosta-a-crosta, no plano extrafísico extraterrestre, e até no plano mental.
444.5. Passividade. O grau de sensibilidade da consciência às influências de outras consciências pode ser normal ou patológico. Somente devido à passividade, que sufoca a vontade, ocorrem
diversos fenômenos distintos: mediunidade, obsessão, intuição, hipnose, etc., onde a consciência é vivida
ou teleguiada, ao invés de viver, ou decidir por si. A passividade excessiva altera a con- ta-corrente
cármica grupai.
444.6. Mudança. A mudança de plano, dimensão ou nível de manifestação da consciência .
pode se dar instantaneamente com ou sem trauma para ela. O tempo torna-se relativo quanto à influência
que exerce sobre as mudanças das localizações conscienciais porque estas podem ocorrer de maneira
relampagueante consoante à velocidade do pensamento.
Tipos. Existem dezenas de fenômenos decorrentes das mudanças da localização consciencial,
especialmente: autobilocação do projetor projetado; bilocação física; trilocação física-extra- física ou
projeção dupla; multilocação física ou a multiplicidade de formas idênticas criadas; trans- locação
extrafísica da consciência no mesmo plano; autotransfiguração patológica da consciência ao se manifestar
através do psicossoma, característica das entidades extrafísicas que não conseguem manter a própria
forma; desaparecimentos conscienciais extrafísicos repentinos; clarividência viajora; teletransporte;
exteriorização da motricidade; exteriorização da sensibilidade; psico- metria física e extrafísica;
retrocognição física e extrafísica; telecinesia física e extrafísica; fixador psicofísico.
Utilidades. A análise dos fatores determinantes das localizações conscienciais aponta várias
utilidades que ajudam extraordinariamente o projetor consciente a compreender e a obter a melhoria dos
seus desempenhos: a necessidade da serenidade extrafísica; o fenômeno da consciência cósmica; a
projeção de consciência contínua; o estado da consciência contínua; e longa série de outros fenômenos e
situações menores.
Cósmica. A localização consciencial na condição de consciência cósmica torna-se abrangente,
por atacado, no todo, surgindo a liberação absoluta da sede consciencial que se amplia livre de espaços,
formas, pesos, tempos, freqüências vibratórias, e de todas as limitações. O estado da consciência cósmica
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facilita as projeções de consciência contínua que, por sua vez, empurram a consciência a nível melhor na
escala do estado da consciência contínua.
Continuum. Conclusões que se impõem depois do cotejo de todas essas evidências: torna-se
dificílimo predeterminar um tipo exato de projeção consciente auto-induzida. A projeção consciente
constitui um continuum consciencial ou uma sucessão permanente de estados conscienciais alterados se
amalgamando, interpenetrando-se, revezando-se ininterruptamente. Todas as classificações dos
fenômenos da Prqjeciologia visam tão-somente à teoria didática para a abordagem racional do assunto,
pois, na prática, a consciência extrapola espontaneamente os parâmetros clas- sificatórios por mais rígidos
que sejam. Na análise dos fenômenos da projeção consciente será forçoso admitir-se que a consciência é
incompartimentável, conquanto não se biparta.
Cérebro. Outro aspecto importante para se entender mais acuradamente os fenômenos projeciológicos é que muitas sensações ou estados conscienciais podem se dar sem ocorrer a saída da
consciência encarnada da sua sede física, ou seja, do cérebro denso na cabeça do corpo humano. 0
fenômeno consciencial projetivo somente acontece quando a consciência se desloca, ou se projeta, de sua
sede física para fora, no caso, para o plano extrafísico, através do corpo mental isolado, ou dentro do
paracérebro do psicossoma.
Fenômenos. Eis alguns fenômenos conscienciais que podem ocorrer sem sobrevir a saída da
consciência da sua sede física: devaneio; sono; sonho; sonho lúcido colorido; pesadelo; estado hipnagógico; estado hipnopômpico; intuição; emissão mental telepática; recepção mental telepática,
mediúnica, e hipnótica; ocorrências mnemónicas; alucinações; etc. Contudo, todos estes fenômenos
também podem acontecer quando a consciência se encontra fora do cérebro físico, denso.
_______________
Bibliografia: Delanne (382, p. 175), Vieira (1762, p. 73).
XV — ABORDAGENS CIENTÍFICAS
XV - Abordagens Científicas
445.
EXPERIMENTOS DAS PROJEÇÕES CONSCIENTES EM LABORATORIO
Mente. A Ciência abandonou o estudo da mente, ou mais apropriadamente, da consciência,
desde o Século XVI, quando teve início a Revolução Científica e, até hoje, existe ainda forte resistência
por parte da comunidade científica para admitir os fenômenos parapsicológicos, em geral, como objetos
legítimos de pesquisa (V. cap. 05).
Cientistas. Apresentam dificuldade para enfrentar os fatos da Projeciologia todos os cientistas
que rechaçam a possibilidade de pesquisar a interação mente-matéria (cérebro-consciência), em razão de
uma suposta impossibilidade de conhecer o seu mecanismo. No entanto, esses mesmos cientistas aceitam
a idéia do campo gravitacional, sem saber ao certo o mecanismo de atuação de tal campo, que se
complica ainda mais para interação de três ou mais corpos; aceitam a curvatura do espaço-tempo causada
por um corpo físico sem, de fato, saber como isso se dá; etc.
Métodos. Segundo Charles Fiore, o método científico requer prova rigorosa para qualquer
fenômeno novo. Quanto menos corriqueiro e menos ortodoxo for o fenômeno, mais rigorosa deve ser a
sua prova. Isso geralmente significa conceber um experimento laboratorial que quando repetido, seja
quantas vezes for, por qualquer pesquisador competente, em qualquer laboratório, em qualquer parte do
mundo, produza resultados idênticos.
Facilidade. O método científico usual é relativamente fácil de ser aplicado nos campos da
termodinâmica, da Física atômica, da Química orgânica, e das ciências físicas em geral.Neste caso, os
elementos sob investigação não têm vontade própria, uma vez que as variáveis relevantes externas como
temperatura, pressão, umidade, composição, e outras semelhantes, facilmente identificáveis, mensuráveis,
e controláveis, são conservadas constantes, e o fenômeno se manifesta por si mesmo, do mesmo modo,
quantas vezes seja necessário medir e quantificar. Os aspectos da realidade aí detectados podem ser, por
fim, articulados em grandes teorias matemáticas de enorme poder preditivo.
Psicologia. As ciências psicológicas e do comportamento apresentam um quadro inteiramente
diverso ao das ciências físicas. O controle de certo número de variáveis, aqui, torna-se extremamente
problemático. Macacos, coelhos e ratos podem ser temperamentais. O melhor projeto experimental pode
ir por terra porque num determinado dia um pombo não está suficientemente faminto para desejar obter
uma recompensa apetitosa, ou uma infecção nasal torna o hamster incapaz de cheirar o seu caminho
através de um labirinto.
Problemas. A habilidade de repetir o experimento indefinidamente, e o emprego de técnicas
estatísticas, tornaram-se essenciais para satisfazer os requisitos do método científico. Contudo, os
fenômenos psicológicos são, -de fato, exageradamente caprichosos. Os pensamentos, as reações, e o
comportamento geral dos seres humanos são compostos de tantas variáveis - em número bem maior que
os dos animais irracionais - que muito mais difícil se torna colocá-las em padrões, identificá-las, controlálas e prevê-las. Nós temos uma vontade às vezes recalcitrante e teimosa, condição esta muitas vezes de
causa desconhecida por nós e por muitos outros. Isso representa um problema em todas as ciências
psicológicas, onde os verdadeiros fatos sob investigação são, por si mesmos, sutis, rápidos, provocados
inconscientemente, e muito pouco compreendidos tanto pela cobáia-humana quanto pelo pesquisador.
Ignorância. Mesmo a maior paciência e o melhor projeto experimental não podem sempre
obter resultados paranormais, nem permitem assentar previsões a respeito. Sabemos muito pouco sobre o
controle efetivo e a medição exata dos fenômenos associados com a consciência, incluindo aqui variáveis
indescartáveis tais como os estados emocionais, os processos volitivos, etc., mas muito pode ser
conhecido através de experimentos, catalogações, anotações de pontos comuns, hipóteses, testes,
construção de modelos, teorias e sua evolução.
Imparcialidade. O cientista há de ser imparcial, por isso não tem o direito de recusar, sem
consideração, o cumprimento da obrigação de examinar toda hipótese alternativa suscetível de explicar
um fenômeno, seja ela qual for, parta de onde partir.
Projeção. A mais difícil de todas as áreas para ser estudada pelo homem é a pesquisa a respeito
da sobrevida da consciência após a morte biológica, ou o fenômeno theta. A morte do corpo humano
constitui assunto delicado até para ser discutido de modo abstrato. Como proceder para introduzir este
estudo complexo no laboratório? Alguns pesquisadores, no entanto, julgam, agora, que têm um processo
para fazer isso através da projeção da consciência, ou das minimortes em laboratório (V. cap. 446).
Dados. Nos campos da Parapsicologia, em geral, e da Projeciologia, em particular, os investigadores não devem esperar encontrar dados para pesquisar da maneira como estão acostumados a tê-los,
ou seja, marcações de instrumentos, fotografias, mapas, gráficos e tabelas, juntamente com a maior
quantidade possível de subsídios sob forma numérica, porque deparamos frontalmente com a psique e o
mundo mental que extrapolam os parâmetros e as leis físicas mais conhecidas. No entanto, novos
instrumentos para tais detecções e estudo's analíticos, pelo menos para uma parte de tais pesquisas, devem
começar a ser construídos, da mesma forma que deve se iniciar as analogias desses estudos com a ciência
em geral já existente e conhecida até agora.
Metodologia. Para que os fenômenos projetivos sejam estudados, há de se desenvolver uma
metodologia de pesquisa adequada para eles .e não cair no erro trivial de crer que todo o âmbito da
realidade pode ser estudado com a metodologia própria de algumas das ciências naturais.
Estudos. O corpo de dados evidenciais e circunstanciais sobre as projeções conscientes — que
devem ser acomodados uns aos outros como se fossem peças de um quebra-cabeças — forma um campo
de estudo fascinante e provocante para aqueles cujos temperamentos não se sintam ultrajados peio caráter
individualíssimo das informações, e saiba conviver com as ambigüidades dos problemas, circunstâncias e
conjunturas que surgem.
Ciência. Em Projeciologia há de se buscar agir de acordo com os elevados ideais da Ciência, ou
seja, ficar curioso com relação a todas as coisas que acontecem no meio ambiente da consciência humana,
investigando-as e sopesando-as e, com calma, fazendo juízo justo e imparcial, considerar as evidências.
Por outro lado, a Ciência é progressiva, não se submete a preconceitos, não se escraviza a convenções,
nem constrói muralhas que vedam suas perquirições, embora tenha sempre que respeitar a ética.
Especialização. Há necessidade de especialização nos estudos da Projeciologia que facultam
artiplo espaço para os estudiosos especializados, pois qualquer equipe de pesquisa deve ser multidisciplinar, sendo necessária a participação de parapsicólogos, sensitivos, psicólogos, físicos, médicos,
ilusionistas, técnicos, etc.
\
Descoberta. Urge se precaver contra os entusiastas excessivos e as pessoas fáceis de se contentar, valorizando os estudiosos idôneos, possuidores de considerável fojikação científica, técnica, e
profissional, que precisam ser curiosos e capazes de ficar admirados eansiosos para a descoberta.
Dificuldades. É claro que existem inúmeras ocorrências extrafísicas desconhecidas e de difícil
interpretação e entendimento. Deve-se aceitar a escassez de explicações nos relatos das projeções
conscientes como um fato do panorama atual da Projeciologia, assim como os cientistas agem com
relação aos fenômenos obscuros, por exemplo, quanto aos resultados da experiência de Al- bert Abraham
Michelson (1852-1931), e Edward Williams Morley (1838-1923); o fato do quantum da energia; e muitòs
outros. O fenômeno em si, pede uma explicação e, apenas por isso, não é possível afirmar sua nãoexistência.
Processos. Existem dois processos experimentais gerais com as projeções conscientes: o método externo ou de verificação objetiva, laboratorial, heteropsíquico; e o método interno ou de
experimentação subjetiva, individual, autopsíquico. As projeções conscientes têm sido demonstradas
cientificamente em laboratório.
Personalidades. Há quatro tipos de personalidades distintas envolvidas com os experimentos da
Projeciologia: os experimentadores em geral; os projetores de laboratório; os pesquisadores-pro- jetores
ou pesquisadores participativos; e os projetores independentes de experiências individuais.
Motivação. Uma das motivações mais poderosas e convenientes encontradas entre aqueles que
se dedicam às pesquisas laboratoriais com experiências das projeções conscientes está justamente na autoexperiência laboratorial, anterior, pessoal, participante, e intransferível, de alguma projeção consciencial
razoavelmente consciente, espontânea, provocada por droga psicodélica ou por método próprio, única ou
de uma série, porém fato indiscutível para o próprio indivíduo, e que lhe vincou a racionalidade, o
discernimento, e a memória, de modo indelével, ao se tornar projetor consciencial lúcido, ou sensitivo
autoconsciente, por si mesmo.
Exemplos. Dentre os experimentadores que executaram pessoalmente a pesquisa participativa,
a prova dos fatos através de algum tipo de auto-experiência de projeção consciente fora do corpo humano,
podem ser dados como exemplos estes nove: Raymond Bayless (95, p. 153); Susan J. Blackmore (139, p.
1); Barbara B. Brown (211, p. 213); Hereward Hubert Levington Car- rington: 1880-1958 (249, p. 22);
Michael Grosso (650, p. 188); Stuart Keith Harary (Rogo, 1446, p. 170); Andrija Karl Puharich (Black,
137, p. 159); D. Scott Rogo (1446, p. 170); William G. Roll (Ashby, 58, p. 5). Além destes, existem
dezenas de outros pesquisadores que dirigem sessões experimentais, parapsicológicas, ou mesmo de
cunho filosófico e/ou religioso.
Entendimento. Se outros pesquisadores puderem aprender a induzir a projeção consciencial
lúcida por si mesmos, em auto-experiências, evitando-se no entanto o uso de drogas que deturpam as
percepções físicas e extrafísicas, obterão condições melhores para entender o fenômeno proje- ciológico
em si e por si próprios.
Exigência. Alguns dos cientistas referidos e muitos outros foram convencidos da realidade da
experiência da consciência fora do corpo humano e o seu dilema vem sendo mantido extremamente real e
perturbador, pois é quase impraticável satisfazer a exigência de seus colegas quanto às provas
laboratoriais controladas nas experimentações projeciológicas em razão de sua própria natureza
pa/vzpsicológica.
Drogas. Alguns experimentadores vêm fazendo apenas experiências conscienciais, pessoais,
forçadas por drogas, o que lhes mascara ou perturba a capacidade de julgamento crítico dos fenômenos
projetivos. Isso gera conclusões falsas ou errôneas a respeito dos fenômenos, quase sempre circunscritas à
área consciencial restrita simplesmente à Psicologia clássica, humana, cotidiana. As drogas de qualquer
tipo, ou as experiências conscienciais extremamente forçadas por drogas, nem sempre favorecem o
desenvolvimento das pesquisas projeciológicas, em razão da confusão natural que estabelecem na mente
dos que experimentam tais vivências e as analisam posteriormente.
Permanência. As pesquisas de laboratório, com o acoplamento psicofisiológico das experiências da consciência fora do corpo, dentro da constelação dos fenômenos da Projeciologia, ganharam,
presentemente, a marca da permanência, estruturadas no compromisso com a verdade, na tomada
criteriosa de posição sem radicalismo, na ênfase da convergência das provas, e na investigação laboriosa
como resultado dós trabalhos de equipe, como se verá nos próximos capítulos, onde são relatados
experimentos laboratoriais.
Resumos. Em cada um dos seis capítulos seguintes (446 a 451), que reúnem as principais
experimentações laboratoriais com as projeções conscientes realizadas até agora, foram enfatizadas os
seguintes dados básicos: objetivo da pesquisa; pesquisador; local; instituição; data; sensitivo; dados
pessoais; condições experimentais; instrumentos auxiliares; hora; duração; número de tentativas; alvos;
achados; percentuais comparativos; conclusões; hipóteses de trabalho; e bibliografia especializada.
________________
Bibliografia: Baumann (93, p. 99), Bayless (94, p. 73), Black (137, p. 43), Blackmore (139,
p. 122); Bowles (182, p. 46), Braud (197, p. 5), Carrington (245, p. 278), Ebon (453, p. 110), Eysenck
(493, p. 152), Fiore (517, p. 159), Gíovetti (593, p. 23), Grattan-Guinness (626, p. 86), Greenhouse
(636, p. 279), Mishlove (1055, p, 133), Monroe (1065, p. 69), Morris (1091, p. 1; 1093, p.
147),Muldoon (1103, p. 37),Osis (1168, p. 327; 1169, p. 525), Palmer (1191, p. 258), Pratt (1285, p.
43), Rogo (1446, p. 75), Roll (1464, p. 142), Salley (1496, p. 162), Smith (1570, p. 1), Stokes (1625.
p. 23),Tart (1660, p. 179), Wang (1794, p. 15).
446.
PADRÕES DE ONDAS CEREBRAIS
Projetora. Um dos experimentos clássicos com as projeções conscientes foi realizado por
Charles Theodore Tart, em 1966, com a jovem projetora, solteira, pouco mais de 20 anos de idade,
identificada apenas pelo pseudônimo de “Miss Z”, com o propósito de demonstrar se a projeção poderia
ser produzida num laboratório, no caso, o da Universidade da Califórnia, em Davis.
Condições. Em quatro noites não-consecutivas, Miss Z acomodou-se em confortável cama no
laboratório do sono dispondo-se às experimentações. A fim de se obter o perfil de todas as suas
alterações fisiológicas, esteve presa durante os experimentos — sem poder sair da posição de decúbito
dorsal — com eletrodos em diferentes pontos da cabeça, mãos e rosto, conectados através de cabos
condutores a uma bateria de instrumentos de registro e medida que monitoraram: os seus padrões de
ondas cerebrais (EEG), os movimentos oculares rápidos sincrônicos involuntários (REMs), a resistência
basal da pele (BSR), a resistência galvânica da pele (GSRs), a freqüência cardíaca, e o volume sangüíneo
(fotopletismógrafo digital).
Sala. Foram instalados em sala próxima, completamente isolada, dois polígrafos de diversos
canais - Grass e Sanborn - ao modo de vigilantes mecânicos do sono, e um intercomunicador, que
permitia ao operador entender-se com a paciente.
Alvo. O experimentador escolheu, ao acaso, numa tábua matemática de números aleatórios, um
número de cinco dígitos, diferente cada noite, e o desenhou, com cinco centímetros de altura, sobre
pequena tira de papel, escondendo-a sobre uma estante de quase metro e meio de altura acima do nível da
cabeça da projetora deitada, que por isso não podia avistar o cartão com o número, instruindo-a para
dormir bem e tentar ler os cinco dígitos — seu alvo mental — durante uma projeção.
Achados. Da segunda até a quarta noite, Miss Z disse ter visto, enquanto flutuava fora do
corpo humano, o relógio de parede acima dà estante, que não poderia ser consultado de onde ela estava,
sobre a cama, informando as horas marcadas pelos ponteiros, exatamente os horários em que os
aparelhos e os registros poligráficos demonstraram, de modo indiscutível, padrões de ondas cerebrais,
singulares e estranhas, obtidas nos dois circuitos fronte-vértice e vértice-occipital, e a ausência dos
movimentos bioculares sincrônicos rápidos involuntários que acompanham os sonhos. Na quarta e última
noite, a projetora informou com exatidão o número-alvo escondido: 25132 (dois, cinco, um, três, dois).
Minúcias. O pesquisador foi tão minucioso que chegou a aventar a hipótese, não descartável,
antecipando-se ao repúdio dos céticos, de que a sensitiva possivelmente poderia ter visto o número
refletido no estojo de plástico preto do relógio, embora não acreditasse que isso tenha ocorrido.
Resultados. Os resultados positivos dos experimentos ressaltaram os padrões das ondas cerebrais, que apareceram com características diversas, chatos, planos, ou de linhas retas no eletroencefalograma e com acentuada atividade alfóide, quando Miss Z afirmou ter estádo fora do seu corpo
humano. A falta de movimento ocular no corpo humano evidencia que a projeçío cons- ciencial lúcida
não constitui mera impressão, simples auto-sugestão, ou sonho, porém um estado peculiar da
consciência, típico e diferente de todos os estágios conhecidos de sono, do sonho, da sonolência, de
outros estados alterados da consciência, e até mesmo da condição da vigília física ordinária.
_____________________
Bibliografia: Baumann (93, p. 101), Bayless (98, p. 99), Black (137, p. 118), Blackmore (139, p. 189;147,
p. 4), Bowles (182, p. 62), Braud (197, p. 5), Cohen (290, p. 160), Crookall (320, p. 17),Currie (354, p. 87), Douglas
(409, p. 329), Eysenck (493, p. 157), Giovetti (592, p. 24),Goldstein (609, p. 5), Grattan-Guinness (626, p. 84),
Holroyd (739, p. 76), Keller (835, p. 353),Mishlove (1055,p. 134), Mitchell (1058, p. 357), Pratt (1285, p. 43), Rogo
(1446, p. 103), Salley (1596, p. 162), Steiger (1601, p. 225), Tart (1660, p. 183; 1661, p. 3), Ward (1797, p. 35),
Watson (1800, p. 141).
447. IDENTIFICAÇÃO EXTRAFISICA DE PESSOAS VIGEIS
Projetor. Entre setembro de 1965 a agosto de 1966, o pesquisador Charles T. Tart, em oito
ocasiões solicitou ao autor, inventor, empresário e projetor Robert A. Monroe, a produzir a projeção
consciente preso a vários instrumentos de mensuração de funções fisiológicas, no Laboratório
Eletroencefalográfico da Escola de Medicina da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos da
América.
Condições. As condições no laboratório não eram confortáveis. Foram usados um estrado de
madeira, travesseiro e lençol na sala de gravações, semi-escurecida, para ele se deitar de calças, sem
camisa, preso às conexões do eletroencefalógrafo (EEG) para lhe medir as ondas cerebrais, do
eletrocardiógrafo (ECG) para checar a sua freqüênciá cardíaca, e outras do eletro-opticógrafo (EOG) para
marcar os seus movimentos oculares involuntários. Os eletrodos de ouvido, presos como clipes,
causavam desconforto e latejamento nas orelhas, dificultando a relaxação física e mental.
Alvo. Foi pedido ao projetor para que tentasse dirigir seus movimentos durante a exteriorização
para a sala ao lado, não só para observar a atividade do técnico que cuidava do equipamento de registro,
como para tentar ler um número-alvo aleatório de cinco dígitos, colocado numa prateleira, a uns dois
metros acima do piso.
Resultados. Nas primeiras sete noites durante as quais tentou produzir uma projeção consciente, Monroe não foi bem sucedido. Na oitava noite foi capaz de produzir duas breves saídas laterais da
consciência. Na primeira breve projeção testemunhou algumas pessoas desconhecidas conversando, num
local também desconhecido, e não houve meio de verificar se ocorreu uma percepção real de
acontecimentos à distância. Na segunda breve projeção, Monroe não viu o número-alvo na sala ao lado,
porque não conseguiu controlar os seus movimentos, mas descreveu corretamente a senhora técnica do
laboratório, fora da sala, e um homem, mais tarde identificado como sendo o marido daquela senhora,
ambos num corredor.
Achados. As duas breves projeções conscientes ocorreram juntamente com os padrões de
ondas cerebrais classificados como Estágio I — modelo de onda cerebral que ocorre usualmente no sono
natural com sonhos — e alguns movimentos bioculares rápidos involuntários. A freqüência cardíaca
ficou entre 65 a 75 pulsações por minuto. Os movimentos bioculares não foram tão rápidos como
geralmente se apresentam durante o sono normal, ou sono delta. As projeções cons- cienciais
aconteceram quase que imediatamente após o projetor consciencial ter ido para o estrado, o que é
extremamente raro, pois o Estágio I do sono natural ocorre depois que o dormidor já passou por 80 a 90
minutos de sono sem sonhos (V. cap. 72).
Conclusões. O resultado do experimento foi considerado bastante encorajador por ser esta uma
das tentativas iniciais de produzir e analisar, em laboratório, cientificamente, o fenômeno complexo da
projeção consciencial lúcida.
____________
Bibliografia: Andreas (36, p. 37), Baumann (93, p. 100), Black (137, p. 119), Blackmore (139, p. 190;
147, p. 4), Cohen ( 2?0 p. 159), Coxhead (312, p. 119), Crookall (320, p. 18), Digest (399, p. 277), Douglas (409,
p. 323),Drury (414, p. 29), Ehrenwald (471, p. 159), Greenhouse (636, p. 280), Hintze (726, p. 94), Krippner (863,
p. 263), Mitchell (1058, p. 362), Monroe (1065, p. 69),Moss (1097, p. 301), Panati (1193, p. 171), Rogo (1446, p.
134), Salley (1496, p. 162), Spraggett (1589, p. 80), Steiger (1601, p. 225), Tart (1662, p. 251), Watson (1800, p.
141).
448.
VISÃO FORA DO CORPO HUMANO
Projetor. Janet Lee Mitchell, pesquisadora da American Society for Psychical Research, em
New York, através de Ingo Swann, escritor e pintor surrealista, na casa dos quarenta, clarividente de
temperamento extrovertido, estudou no laboratório, dois a três dias por semana, durante vários meses de
1972, as visões fora do corpo humano, juntamente com o pesquisador Karlis Osis (1917-), incluindo
Mqui a vidência remota ou clarividência viajora (V. cap. 43), pois o cérebro do sensitivo não esteve
completamente vazio da consciência, durante o experimento, como acontece na projeção clássica pelo
psicossoma em que a consciência do projetor fica com elevado percentual de separação e sem qualquer
contato direto com o corpo humano, exceto a ligação vital do cordão de prata.
Condições. Os experimentos foram conduzidos durante o dia, com o clarividente sentado,
completamente desperto e consciente, tendo o couro cabeludo fixado por eletrodos, nos lobos occipitais
esquerdo e direito, onde se estrutura a visão, e, num cômodo anexo, uma máquina poli- gráfica, ficando,
assim, os seus movimentos controlados durante o tempo todo em que ele permanecia no aposento.
Alvo. A área do alvo imediato que o sensitivo deveria descrever, foi localizada a cerca de 3,5
metros acima do piso, no quarto onde se sentaria o vidente, colocado sobre um estrado suspenso, que
somente poderia ser visto bem junto ao teto. A porta foi trancada. O sensitivo, que entrava exatamente no
instante de começar o experimento, deveria ver os objetos-alvos, descrevê-los verbalmente e ainda
desenhá-los depois.
Resultados. Os resultados dos experimentos foram plenamente satisfatórios. A visão exterior
de Swann pareceu capaz de perceber mais do que a sua visão normal como, por exemplo, formas de
certos raios de luz, ionização do ar com as mudanças das fontes luminosas e reflexões de superfícies
brilhantes.
Detalhes. Os experimentos repetidos demonstraram que o clarividente parece perceber mais
claramente as cores primárias do que pinturas ou desenhos. As formas familiares parecem ser identificadas com facilidade maior do que as formas e objetos estranhos. Materiais como couro, tecido, e
barro parecem mais perceptíveis à vidência do que plástico, papel brilhante, ou vidro.
Julgamento. Foi usada uma série de oito diferentes alvos para avaliar a projetabilidade da
visão consciente de Swann descrevendo os objetos ocultos na caixa suspensa. Os seus desenhos e
descrições verbais, depois escritas, foram misturados com os objetos-alvos reais e foi solicitado a um
psicólogo, que funcionou como juiz independente, para fazer a combinação exata de uns com os outros.
O juiz casou corretamente todos os oito desenhos com os alvos respectivos. Isso é um resultado tão
altamente improvável que só poderia ocorrer, por acaso, em menos do que 1 para 40.000 vezes, o que
atestou tranqüilamente o componente projetivo das vidências de Swann.
Cérebro. Os registros eletroencefalográflcos de ambos os hemisférios cerebrais de Swann
foram estudados. Durante as vezes que o vidente afirmou ter a sua visão estado fora do corpo humano,
houve perda da atividade elétrica e também surgiram impulsos mais rápidos das ondas cerebrais nas áreas
visuais da região occipital do seu cérebro. A queda da atividade alfa, durante o estado fora do corpo
humano, foi mais marcante no hemisfério cerebral direito do que no esquerdo. As outras funções
orgânicas permaneceram normais.
_____________
Bibliografia: Baumann (93, p. 21), Blackmore (147, p. 4), Coxhead (312, p. 122), Crookall (343, p. 166),
Digest (399, p. 271), Douglas (409, p. 340), Ebon (454, p. 104), Giovetti (593, p. 25), Grattan-Guinness (626, p. 84),
Greenhouse (636, p. 281), Holroyd (737, p. 16), Keller (835, p. 354), Krippner (863, p. 262), / Mitchell (1058, p. 365),
Rogo (1446, p. 156), Swann (1632, p. 104), Tart (1660, p. 192), Uphoff (1722, p. 81).
449.
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EXPERIMENTO DO VÔO PELA VONTADE
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Vôo. Em janeiro de 1973, o parapsicólogo Karlis Osis executou o projeto experimental fly-in,
ou a experiência da consciência fora do corpo humano de projetores voluntários voando de fora para
dentro do edifício da American Society for Psychical Research (ASPR), em New York. 0 projeto teve
início com a convocação geral, cobrindo todos os Estados Unidos da América, de pessoas que sentissem
que poderiam se projetar, à vontade, de onde estivessem, até aquele endereço em Manhattan.
Alvo. Foi adaptado pequeno escritório, no quarto andar do edifício da instituição, a fim de
servir de área-alvo para cerca de cem projetores, selecionados entre grande número de voluntários que se
apresentaram. Tais pessoas foram instruídas quanto ao local para onde deveriam se projetar e ali
inspecionar quatro objetos-alvos, não revelados e posteriormente dispostos à frente de uma lareira, que
deveriam ser vistos numa hora pré-fixada e de uma posição e ângulo específicos de observação.
Dispositivos. Considerando que a direção da visão seria um problema-chave na pesquisa, foram
usados dois instrumentos ópticos no experimento: o Dispositivo de Imagem Óptica e a Roda de Cores.
Cada um deles tinha pequeno visor, a única abertura através da qual o alvo todo podia ser visto. Tais
instrumentos ópticos foram ideados para eliminar o uso da clarividência e da telepatia. A consciência
projetada que alegava perceber de um determinado ponto do espaço, deveria ser capaz de ver o alvo tal
como aparecia através do visor, com a figura de estímulo distorcida por ilusões ópticas.
Relatos. Após a experiência, o projetor deveria relatar as suas observações, em detalhes,
conforme questionário preestabelecido, fazendo inclusive, quando possível, desenhos e esquemas do local
e dos objetos através de comunicação postal ou por telefone.
Percentual. Reunidos todos os relatos, ficou claro que o experimento não alcançara êxito total.
Somente quinze por cento dos voadores participantes foram capazes de fornecer evidências convincentes
de que as suas consciências visitaram, de fato, o escritório da ASPR, através de algum processo ou
veículo extrafísico.
Desvios. Dentre as falhas constatadas mereceram destaques certos desvios de projetores projetados ou perdidos, que não puderam atingir a área-alvo. Um projetor de Toronto, Canadá, relatou que
interrompeu a sua excursão para presenciar um incêndio num quarteirão próximo. Certo visitante
extrafísico informou sobre banalidades do primeiro andar do edifício da ASPR e que perdera algum
tempo observando várias pessoas preparando uma exposição de arte. Outro projecionis- ta afirmou ter
adentrado um apartamento situado em edifício do outro lado da rua e se divertiu observando, em silêncio,
os seus ocupantes.
Detalhes. Alguns projetores tiveram a visão distorcida quanto ao tamanho dos objetos-alvos.
Outros experimentaram a visão circular ou global das coisas, vendo em todas as direções ao mesmo
tempo. A barreira colocada sobre a mesa para dividir e bloquear os objetos-alvos foi vista como
transparente pela consciência de vários relatores.
Xícara. Entre os voluntários que evidenciaram ter estado realmente no local-alvo, o sensitivo
Alexander Tanous relatou que a sua consciência se deslocou de Portland, Estado do Maine, diversas
vezes durante o experimento. Ele não só identificou corretamente a coleção de objetos sobre a mesa de
café, redonda, a principal tarefa programada, mas acusou a presença de uma xícara de chá, intrusa, ali
deixada por esquecimento de outro pesquisador.
Planta. Outro médium, Elwood Babbitt, relatou que voou da sua casa em Wendell, Estado de
Massachusetts, e alcançou o local-alvo na terceira tentativa, descrevendo-o corretamente. Este projetor,
mais tarde desenhou larga planta baixa de situação do lado direito dos fundos do escritório, inclusive com
um quadro dependurado numa parede e certa figura de material plástico de sorridente garota colocada no
lado direito da mesa-alvo.
Estatueta. A figura da garota sorridente acrescentou especial dimensão ao experimento. O
experimentador Karlis Osis encarregara, secretamente, um artista para esculpir uma dupla figura. A
estatueta parecia uma coisa quando vista de frente, o rosto da Vênus sorridente, e outra coisa,
completamente diferente, quando olhada por trás, ou seja, uma cadeira espreguiçadeira, no lugar dos
cabelos da cabeça e da nuca da Vênus. Babbitt viu o rosto da estatueta e não viu a poltrona. Esta não
poderia realmente ser visível da porta onde ele afirmara que estivera observando.
Descoberta. Teddy Marmoreo, o projetor de Toronto, certa noite esteve projetado dando uma
incerta extrafísica, investigando antecipadamente o ambiente para se familiarizar com a área- alvo. Nesta
ocasião, localizou Karlis Osis dormindo no edifício vazio da ASPR, o que foi plenamente confirmado
pelo pesquisador.
'
Observações. Os experimentos demonstraram os mesmos resultados seja com o corpo físico do
projetor permanecendo sentado ou deitado; seja quando a consciência se manifestava num corpo
extrafísico ou quando se sentia não ter corpo nenhum, condição da projeção pelo corpo mental.
Êxitos. Os bons experimentos, quando as observações foram mais evidentes e conclusivas, na
maioria apresentaram estas características: a consciência não permaneceu lúcida durante todo o período
de exteriorização extrafísica; a consciência do relator chegava ao destino de repente,.aterrissava no local
exato do escritório, e descrevia a sua visão tão clara como se estivesse produzindo de fato uma viagem
fora do corpo humano.
Fracassos. O experimento sempre fracassou nestas eventualidades: quando o sensitivo disse
que deixara o corpo físico devagar e com dificuldade; quando a consciência permaneceu lúcida durante
toda a decolagem, ao sair do corpo físico; quando experimentou prolongado vôo através do espaço, ou
pareceu estar usando um veículo; e quando não aterrissou no local escolhido ou quando nem o encontrou.
Clarividência. As experiências evidenciaram que certos sensitivos se sentiam despertos, ao
mesmo tempo, na sua base física e no escritório da ASPR, o que indicava a ocorrência do fenômeno de
simples clarividência viajora e não projeção consciencial lúcida integral.
Instrumentos. A propósito, os pesquisadores já dispõem de precisas instrumentações que
permitem distinguir perfeitamente a clarividência à distância, e o fenômeno da telepatia, da genuína
projeção lúcida da consciência para fora do corpo humano. Neste sentido sSo fixados alvos embutidos
dentro de uma caixa especial, feitos para se tornarem visíveis somente quando vistos através de pequenina
janela incrustada num dos lados da caixa.
Informação. De modo geral, no entanto, segundo o mesmo pesquisador, os resultados não
foram significativos porque até os melhores projetores conscienciais muitas vezes viram ou descreveram
objetos em termos de suas formas e de suas cores e não coisas materiais específicas com os seus nomes
exatos. De qualquer maneira, porém, o experimento serviu para demonstrar a hipótese do experimentador
de que o processo de aquisição de informação durante o estado da projeção consciente difere da
percepção extra-sensorial comum.
Brasileiros. O Centro da Consciência Contínua, no Rio de Janeiro, tem aplicado o processo flyin de uns tempos para cá e até o presente apenas três projetores conscienciais conseguiram identificar, de
modo incontestável, os objetos, sempre secreta e periodicamente substituídos, dispostos na sua sede, Sala
905, edifício número 156, Rua Visconde de Pirajá, no bairro de Ipanema, no horário permanentemente
estabelecido como a uma hora da madrugada.
________________
Bibliografia: Baumann (993, p. 106), Blackmore (142, p. 193; 147, p. 4), Black (137, p. 88),Currie (354, p.
89), Digest (399, p. 282), Douglas (409, p. 330), Ebon (453, p. 71; 454, p. 108), Greenhouse (636, p. 283), Holroyd
(736, p. 107), Mishlove (1055, p. 136), Moss (1097, p. 304),Osis (1167, p. 18), Rogo (1446, p. 162), Tanous (1647, p.
124), Vieira (1748, p. 5), Wheeler (1826, p. 84).
450.
ANIMAIS-DETECTORES DA CONSCIÊNCIA PROJETADA
Spirit. Dentre as experimentações laboratoriais com a projeção consciente, vale ressaltar os
trabalhos de 1977, do pesquisador americano Robert L. Morris com o estudante de Psicologia, na ocasião
Stuart Keith “Blue” Harary, da Duke University, nos Estados Unidos da América. A equipe, partindo da
sensibilidade psíquica dos animais, testou um gatinho de dois meses chamado Spirit, amigo de Harary.
Retângulos. 0 gatinho foi colocado numa gaiola, cujo piso, medindo ao todo 70 X 200 cm2,
estava especialmente dividido em 24 retângulos numerados, de 25 cm2 cada, por onde forçosamente o
animal se movimentava. Tinha o animal toda a sua atividade observada durante dois períodos
preliminares, seguidos de dois períodos experimentais de dois minutos, um durante uma projeção
consciente e outro durante uma ocasião em que o projetor estivesse desperto e falando com os
pesquisadores. O gatinho, sendo checado por relógio sincronizado, tendo a sua atividade determinada pela
contagem dos retângulos sobre os quais ele se movimentava, poderia detectar ou não a presença físicaextrafísica da consciência do projetor, projetado, visitante.
Instrumentos. Stuart Harary, o sensitivo-projetor, permaneceu distante, num laboratório da
Universidade da Califórnia, em S. Bárbara, cercado por um conjunto de instrumentos com o propósito de
monitorar as suas alterações psicofísiológicas, incluindo: o EEG (cérebro), o EOG (olhos), e o EMG
(queixo), a respiração, o plestismógrafo digital e registros potenciais da pele.
Detecção. Na detecção da presença do projetor projetado ainda foram empregados vários outros
instrumentos para medir a força do campo eletromagnético, a permeabilidade magnética do ar circulante,
osciloscópios, termômetros, tubos fotomultiplicadores e analisador de espectro, a fim de medir as
mudanças nos padrões de energia da área-alvo visitada pela consciência ou o “eu incorpóreo” do projetor.
Indicações. Sob a ação de toda a instrumentação, objetivando permitir indicações externas
incontrovertíveis que demonstrassem cabalmente as ocorrências, os experimentos funcionaram de
maneira esplêndida.
Comportamento. Durante o período experimental da projeção, o gatinho se comportou de
modo passivo, calmo, sem miar, exatamente como se estivesse vendo ou sentindo a presença física de
Harary. Quando este não estava projetado, Spirit esteve o tempo todo tentando sair da gaiola e miou 37
vezes, mas durante o período da projeção consciente, o gatinho se aquietou e não miou nem uma vez.
Resultados. Os resultados foram considerados superiores à chance pela diferença de 100 para 1,
ou seja, sugestivos da interação psi entre o bichano e a consciência projetada do estudante.
Imaginação. Em outra oportunidade, foi pedido a Harary para fazer uma falsa projeção, durante a qual tentaria criar todas as imagens mentais que ele usualmente associava à projeção real de visita
ao gatinho, incluindo as imagens de brincar com o animal, acariciá-lo, chamar-lhe a atenção, etc.
Efeitos. Como resultado, essa outra experiência veio demonstrar que apenas o ato de pensar e
imaginar cenas com o bichano não provocou nele nenhum dos efeitos ocorridos durante a projeção
consciente.
Telepatia. A experiência imaginativa excluiu a possibilidade de ter havido simples telepatia, ou
outro fenômeno parapsicológico essencial, ou mediúnico convencional concomitante, entre o projetor e o
animal, porém, falou a favor de algo mais consistente, ou seja, a produção da projeção da consciência
lúcida para fora do corpo humano.
Afinidade. Testes posteriores com hamster ou criceto, gerbo ou gerbilo, e cobra, não forneceram os mesmos resultados positivos ocorridos com o gato clarividente. Segundo o pesquisador, Morris,
a afinidade entre Harary e o gatinho Spirit, na verdade um animal-médium pioneiro, verdadeiro herói da
ciência experimental, ajudou as provas laboratoriais, o que não aconteceu com os outros animais aos quais
o estudante não se afinizava.
Comunicação. Esta experiência foi muito importante a partir do fato de que, pela primeira vez,
em todo o planeta, a ocorrência da comunicação psíquica entre um ser humano e um animal foi
demonstrada, de modo consistente, num experimento severamente controlado em laboratório.
_______________
Bibliografia: Baumann (93, p. 110), Black (137, p. 74), Blackmore (139, p. 220; 146, p. 5), Bowles (182, p.
48), Currie (354, p. 88), Digest (399, p. 278), Douglas (409, p. 332), Ebon (453, p. 86), Eysenck (493, p. 158), Fiore
(517, p. 165), Giovetti (593, p. 25), Globo, O (602, p. 17), Grattan-Guinness (626, p. 83), Greenhouse (636, p. 295),
Hintze (726, p. 96), Holroyd (737, p. 101), Krippner (861, p. 150), Mishlove (1055, p. 135), Morris (1089, p. 2; 1090, p.
8; 1092, p. 55),Pisani (1248, p. 128), Rogo (1439, p. 57), Salley (1496, p. 162), Stokes (1626, p. 23), Targ (1651, p.
154), Vieira (1762, p. 20).
451.
EFEITOS CINÉTICOS CONSCIÊNCIA PROJETADA
Testes. Os experimentadores Karlis Osis e Donna McCormick pesquisaram, em 1979, na
American Society for Psychical Research, em New York, através de testes de percepção, os efeitos
cinéticos da posição ostensiva da consciência em projeções fora do corpo humano.
Condições. A equipe usou um sistema de controle e registro automático, munido de sensores
capazes de detectar a presença física, dentro de uma câmara blindada, do psicossoma do projetorobservador projetado fora do corpo humano, Alexander Tanous.
Alvo. Durante a projeção, o projetor deveria fornecer informações a respeito de uma figura
composta, ao acaso, por um sistema óptico especial e percebida, extra-sensorialmente, do interior da
câmara blindada.
Resultados. O experimento consistiu de 197 tentativas, resultando em 114 acertos no alvo e 83
erros, durante 20 sessões técnicas, evidenciando a presença de algo, no caso, os efeitos cinéticos da
presença do psicossoma entre os sensores da câmara blindada, todas as vezes que o projetor projetado
conseguiu descrever corretamente a figura selecionada pelo aleatorizador óptico.
Conclusões. Os experimentos da projeção consciente são iguais a certas pesquisas sobre a
teoria da personalidade: não provam conclusivamente nem invalidam os conceitos básicos da teoria, mas
podem reforçá-la ou enfraquecê-la. Os resultados deste experimento reafirmaram decisivamente a
validade da hipótese de trabalho da localização da consciência fora do corpo humano, ou extrassomática,
durante as projeções conscientes.
Fotografia. Depois disso, espera-se que, no futuro, o psicossoma do projetor, projetado para
fora do corpo humano, seja fotografado por uma câmara ultra-sensível, no momento exato em que a sua
presença seja acusada pela ativação dos sensores da câmara blindada.
_______________________
Bibliografia: Andrade (29, p. 68), Blackinore (139, p. 223; 143, p. 365), Digest (399, p. 279),
Eysenck (493, p. 159), Goldstein (607, p. 4), Grattan-Guinness (626, p. 83), Osis (1164, p. 367; 1168, p.
319), Perry (1238, p. 59).
452.
FISIOLOGIA DO ESTADO PROJETIVO
Definição. Estado projetivo; conjunto das condições em que permanece o organismo humano
durante todo o período em que se desenvolve o fenômeno da projeção lúcida da consciência encarnada
para fora do corpo físico.
Sinonímia: condição projetiva; condição psicodélica; destino mescalínico; estado de desdobramento; estado extracorpóreo; estado OBE.
Fisiologia. As primeiras observações a respeito do comportamento da fisiologia do organismo
humano durante a projeção lúcida da consciência — uma atividade também fisiológica ou não- patológica
do indivíduo — estão começando a aparecer, depois das experiências pioneiras com as projeções autoinduzidas em laboratórios.
Cérebro. Através do eletroencefalógrafo ficou constatado que ocorre uma queda na atividade
elétrica do cérebro físico durante a projeção consciente.
Direito. A queda da atividade elétrica cerebral referida apresenta-se pronunciadamente maior
no hemisfério cerebral direito, junto com a aceleração do padrão de onda cerebral nas áreas visuais do
lobo occipital do cérebro físico do projetor consciente.
Informações. Os processos do hemisfério cerebral direito sugerem que os mesmos estão
envolvidos no mecanismo da aquisição de informações extrafísicas da consciência encarnada projetada.
Sono. O estado projetivo difere do estado do sono natural, ou sono delta, segundo as múltiplas e
variadas medidas tomadas por instrumentos laboratoriais.
REM. Conforme o eletro-opticógrafo, verificou-se que ocorre acentuada diminuição, ou
mesmo cessação, dos movimentos bioculares, rápidos, sincrônicos, involuntários (MORs ou REMs),
durante o transcurso da projeção consciente.
Músculos. Segundo verificações fisiológicas diversas, inclusive da resistência basal da pele
(BSR), e da resistência galvânica da pele (GSRs), chegou-se à conclusão de que durante o período da
projeção consciente ocorre uma redução do tônus muscular do corpo humano do projetor.
Freqüência. Pelo acompanhamento da freqüência cardíaca, nas mensurações tomadas por
eletrocardiógrafo, e de medidas do volume sangüíneo (fotopletismógrafo digital), do corpo humano do
projetor, ainda se procura confirmar a suposição de que realmente a baixa freqüência cardíaca atua como
fator predisponente à projeção consciencial lúcida, segundo as afirmações de diversos projetores.
Descoincidência. A estimulação Ganzfeld, o estado de auto-relaxação muscular progressivamente profunda, a concentração mental, o estresse físico, e o choque psicofísico podem desencadear ou
precipitar o processo da projeção consciencial lúcida. Essa indução parece ser causada pela falta de retroalimentação proprioceptiva derivada dos músculos e do sistema motor do organismo humano, assim como
a paralisação geral do sistema motor, e a diminuição da freqüência respiratória, daí sobrevindo a condição
de descoincidência dos veículos de manifestação da consciência encarnada.
Conquista. A condição consciencial da projeção consciente, ou a condição projetiva, é própria
tanto da consciência encarnada quanto da consciência desencarnada. Depois de desencadeadas voluntária
e produtivamente, as projeções conscientes prosseguem sempre como conquista pessoal, inalienável, da
consciência desperta. Conforme observações extrafísicas, a consciência encarnada habituada às projeções
conscientes — mesmo que estas sejam apenas através do psicos- soma — estará depois do choque
biológico da desencarnação, ou projeção final, predisposta e apta à produção das paraprojeções
conscientes através do corpo mental (V. cap. 16). Conclusão: quem começa a produzir projeções
conscienciais plenamente lúcidas não pára mais com as experiências, seja na condição de consciência
encarnada ou na condição de consciência desencarnada.
Psicossoma. Infere-se do exposto até aqui, que existe também a parapsicofisiologia do estado
paraprojetivo relativo à consciência desencarnada. Neste caso, a parafisiologia diz respeito ao psicossoma
da consciência desencarnada quando a mesma se acha no estado paraprojetivo.
________________________
Bibliografia: Blackmore (139, p. 121), Grattan-Guinness (626, p. 85), Huson (768, p. 115), Mitchell (1060,
p. 44), Morris (1092, p. 127), Osis (1168, p. 319), Salley (1496, p. 162), Schutel (1525, p. 22), Stokes (1625, p. 22),
Tart (1661, p. 3), Vieira (1762, p. 177).
453. EXPERIMENTOS INDIVIDUAIS COM AS PROJEÇÕES CONSCIENTES
Definição. Projeção consciente provocada: experimento individual, fisiológico, produzido pela
vontade nas condições mais naturais, quando a consciência sai para fora do corpo humano de maneira
intencional, deliberada, repetidamente.
Sinonímia: projeção fisiológica; projeção deliberada; projeção intencional; projeção voluntária.
Especificação. A projeção consciente provocada, aqui referida, além de não ser uma exteriorização excessivamente forçada por meios artificiais, não é também espontânea, nem muito menos surge
de modo gratuito, sem esforço.
Introspecção. No Século XIX a base da investigação psicológica foi o método de introspecção
pelo qual o indivíduo, que também era usualmente o investigador, tentava observar e classificar os seus
pensamentos e experiências enquanto solucionava problemas, aprendia, recordava, ou realizava qualquer
outra atividade cognitiva, explorando a natureza e as funções dos processos mentais.
Contestação. Os procedimentos tradicionais da introspeção passaram a ser contestados neste
século porque as investigações em que apenas uma pessoa pode fazer observações não são geralmente
aceitáveis como cientificamente rigorosas. Os depoimentos do observador, neste caso, não podem ser
verificados e, portanto, são vulneráveis às críticas, sobretudo se ele for ao mesmo tempo pesquisador e
sujeito pesquisado, e se for sabido que tem interesse em estabelecer uma certa teoria em detrimento de
outra.
Registros. Consoante o exposto, revestem-se de extrema importância as técnicas recentes da
medição dos movimentos oculares rápidos, sincrônicos, involuntários, do registro da atividade elétrica do
cérebro e outros registros fisiológicos através de instrumentação, para estudar a projeção consciente em
laboratório (V. cap. 456), porque tais aparelhos possibilitam a observação de alguns aspectos do que se
passa quando o sujeito descreve imagens mentais.
Confronto. Apesar de tudo, o problema básico da natureza privativa dessas imagens continua
por ser resolvido. Daí porque, na pesquisa de fenômenos tão subjetivos quanto a projeção consciente, não
se pode descartar, em definitivo, as experimentações individuais que sempre apresentarão valor
documental, especialmente em razão do confronto dos testemunhos.
Subjetivismo. Se ponderarmos o assunto com toda a racionalidade, o método científico, na
medida em que, pelo seu próprio método, priva-se da possibilidade de compreender o que é especificamente subjetivo, não pode dispensar os testemunhos individuais.
Futuro. As experimentações da consciência fora do corpo humano fornecem certas imagens
diretamente observáveis somente pelo projetor pesquisador-sujeito-auto-observado, em muitos casos
excluindo outras pessoas, tal como acontece nas experiências da consciência no plano extrafísi- co em
distritos além da crosta terrestre, ou nas expansões da consciência no plano mental. Pelo menos por
enquanto ninguém ainda conseguiu conceber qualquer projeto experimental, exeqüível com
instrumentação humana, a não ser a própria consciência, para detectar tais vivências transcendentes.
Aguardemos o futuro quanto a isso.
Amador. Conclui-se pelos fatos que a pesquisa parapsicológica é sem dúvida o único campo de
investigação humana, hoje, onde o amador ainda tem alguma chance de competir com o profissional.
Quem decide investigar em si e por si mesmo, autopsiquicamente, os campos de trabalho dos fenômenos
parapsicológicos, em especial dentro da Projeciologia, pode ainda descobrir uma ou duas coisas antes dos
cientistas, o que representa imenso incentivo ao trabalho de autopesquisa para os candidatos à projeção
consciente.
Divergências. Partindo do princípio de que “cada cabeça é uma sentença pessoal”, com
julgamento individualíssimo, entende-se porque às vezes ocorrem divergências aparentes nas observações
dos eventos que empolgam as consciências projetadas. Isso se deve especialmente à diversidade da
formação cultural, grau de percepção extrafísica, habilidade na tradução das sensações extrafísicas,
condicionamentos psicológicos, etc.
Condicionamentos. Os condicionamentos psicológicos de caráter educativo, religioso, filosófico, científico, profissional e outros, constituem os fatores que mais influem, de modo negativo, na exata
avaliação dos experimentos individuais da consciência projetada fora do corpo humano, seja torcendo,
mascarando e subvertendo, não raro, os fatos autênticos com fantasias, exageros e excrescências espúrias
e indesejáveis, que sufocam a melhor autocrítica.
Interconcordâncias. Apesar dos efeitos da complexidade das personalidades humanas, as
convergências de opinião, interconcordâncias, ou os denominadores comuns encontrados, superam
sobejamente as divergências nas observações relativas às sensações e testemunhos dos períodos antes,
durante e depois das projeções conscientes. E são estas convergências de opinião, ou universalidade de
testemunhos, que levam com segurança ao consenso das evidências definitivas, aceitas urbi et orbi, e que
vêm permitindo estabelecer as bases assentadas neste e noutros livros especializados sobre o assunto.
Meta. Sem dúvida alguma, a meta principal de todos os autoprojetores despertos para os
problemas da Projeciologia, tem sido a de encontrar o método projetivo prático, seguro e universal, que
sirva para todas as pessoas indistintamente, sem a especificação de sexo, idade, saúde, cultura, domicílio,
formação cultural, bem como de condicionamentos psicológicos. Tal método ainda não foi descoberto até
o momento e talvez, a rigor, seja simplesmente utópico, tendo em vista a diversidade profunda existente
entre os caracteres humanos. No entanto, será sempre útil o assentamento do maior número possível de
diretrizes técnicas que venham em socorro dos principiantes das projeções conscientes, o que constitui
um dos objetivos deste livro.
Prática. Os autores das obras da bibliografia geral que encerra este volume, em sua quase totalidade, não tiveram experiências pessoais com as projeções conscientes. Fato este inteiramente
compreensível. Os escritores, em sua maioria, são simplesmente escritores. Escrevem coisas para vender e
não têm realmente experiência própria, traquejo ou prática, nem sentiram, na pele, tudo aquilo que
escrevem. Eles podem até ser muito honestos ao escrever, teoricamente, repartindo o seu conhecimento,
mas estão meramente repetindo o que leram de outro autor que, por seu turno, copiou de alguém antes
dele. Eis porque tomam-se de grande valor os relatos das experiências individuais com as projeções
conscientes.
Autoprojeções. Por fim, entende-se a razão pela qual os experimentos projetivos individuais
vêm sendo estimulados ao máximo, por toda a parte, requisitando-se, quando possível, coleta de opiniões
e relatos pessoais que venham a corroborar ou dissentir dos dados assentados e dos índices já tabulados.
Tudo isso objetiva estabelecer as diretrizes técnicas de comportamento, as hipóteses de trabalho, os
paradigmas dos fenômenos, a formação de uma opinião válida a respeito da verdadeira natureza da
experiência da projeção consciente humana; etc.
Projetores-autores. Eis vinte e nove projetores-autores — dentre os muitos existentes — que
escreveram comunicações ou obras autobiográficas, descritivas, e analíticas sobre os fenômenos da
projeção consciente humana, agrupados aqüi conforme os seus nove países de origem:
Alemanha Ocidental: Herbert H. G. Engel; Reinhard Fischer; Alfred Lischka.
Brasil: Yvonne do Amaral Pereira; Hamilton Prado.
Dinamarca: Johannes E. Hohlenberg.
Espanha: Vicente Beltrán Anglada.
Estados Unidos da América: Patrícia Garfield; Richard A. Greene; Stuart Keith Harary; John
Mittl; Robert Allan Monroe; Sylvan Joseph Muldoon; Henry Steel Olcott (1832-1907); Ingo Swann;
Alexander Tanous.
França: Francis Lefebure (1916-?); Mareei Louis Fohan (“Yram”).
Inglaterra: J. H. Brennan; Annie Brittain; Hugh G. Callaway (“Oliver Fox”); William Gerhardi; Frank Hives; John Oxenham; Frederick C. Sculthorp; Vicent Newton Turvey; Joseph Hilary
Michael Whiteman (1906-).
Irlanda: Eileen Jeanette Vancho Little Garrett.
Suécia: Emanuel Swedenborg.
_________________
Bibliografia: Aid (10, p. 21), Anglada (39, p. 25), Brennan (200, p. 71), Brittain (206, p. 45), Engel
(480, p. 1), Fischer (519, p. 19), Fox (544, p. 32), Garfield (569, p. 72), Garrett (574, p. 69), Gerhardi (584, p.
21), Grattan-Guinness (626, p. 86), Greene (635, p. 47), Harary (679, p. 21), Hives (728, p. 69), Lefebure (909, p.
65), Lischka (937, p. 91), Mittl (1061, p. 4), Monroe (1065, p. 63), Muldoon (1105, p. 45), Olcott (1147, p. 357),
Oxenham (1179, p. 1), Pereira (1230, p. 16), Prado (1284, p. 14), Rosin (1475, p. 30), Sculthorp (1531, p. 17),
Swann (1632, p. 65), Swedenborg (1639, p. 1), Tanous (1647, p. 113), Turvey (1707, p. 111), Vett (1738, p.
379), Vieira (1762, p. 17), Whiteman (1840, p. 1), Yram (1897, p. 55).
454. PESQUISAS PROJETIVAS DE OPINIÃO PÚBLICA
Definição. Pesquisa de opinião: levantamento para se descobrir a opinião pública, nascida da
experiência pessoal de um universo através da seleção aleatória da amostra, partindo do princípio de que
toda amostra contém, em miniatura, todo o seu universo.
Sinonímia: análise de relatos por amostragem; inquérito regional; levantamento estatístico
público; sondagem pública.
Universalidade. Eis 25 dentre as dezenas de pesquisas estatísticas, inclusive com levantamentos, sondagens, e análise de opinião pública, que têm sido realizadas desde o século passado e, mais
intensamente, nestas últimas décadas, objetivando caracterizar, com exatidão, aspectos das projeções da
consciência para fora do corpo humano, tais como a freqüência do fenômeno, características e utilidades,
na busca da convergência de provas pela universalidade dos testemunhos.
454.1. Duplo. Em 1890, a Sociedade Britânica de Pesquisa Psíquica, de Londres, fez esta
pergunta a milhares de pessoas: — “Teve você alguma vez, quando se sentia completamente desperto, a
impressão vívida de ver ou se sentir tocado por um objeto inanimado ou vivo, ou ouvir uma voz, cuja
impressão, somente depois do fato você descobriu não ser devido a qualquer causa física externa?” De
17.000-respostas, 10% foram afirmativas. Um terço deste grupo disse que eles tinham visto o duplo de
pessoas vivas.
454.2. Casos. Na década de 1950, Hornell Hart, na época colaborador de Joseph Banks Rhine,
examinou 288 casos de projeção consciente citados na literatura especializada. Em 99 desses casos
conseguiu afirmação satisfatória por parte de testemunhas. Em 20 desses 99 casos, a projeção foi
provocada por hipnose. A maioria dos demais casos deu-se espontaneamente, muitas vezes no mesmo
instante em que o projetor pensou intensamente na outra pessoa, que iria visitar depois.
454.3. Positividade. Em 1952, o mesmo Hornell Norris Hart (1888-1967) fez a seguinte
indagação a 155 estudantes de Sociologia da Universidade americana de Duke, Carolina do Norte: “Você
viu alguma vez, realmente, o seu corpo humano de um ponto completamente fora do corpo, numa posição
ao lado da cama e olhando para você mesmo deitado na cama, ou como se estivesse flutuando no ar perto
do seu corpo?” O pesquisador recebeu 27% de respostas afirmativas.
454.4. Crítica. Em 1956, Joseph Hilary Michael Whiteman publicou exemplos escolhidos entre
550 casos de projeção consciente, em parte por ele próprio vividos, nos quais eliminou em princípio os de
caráter místico. Segundo este pesquisador, as faculdades de reflexão crítica do projetando não apenas
ficam conservadas, mas ainda ampliadas e intensificadas por um nível de consciência aparentemente mais
elevado. A noção disto ficaria conservada após a interiorização da consciência projetada.
454.5. Questionários. Em 1966, a pesquisadora Celia Green fez apelos pela imprensa escrita e
por emissoras de rádio, em Londres, para que fossem remetidos relatos de experiências nas quais
houvesse parecido aos indivíduos terem estado observando coisas de um ponto localizado fora de seus
corpos humanos. Dois questionários foram remetidos para serem devolvidos, dos quais 326 produziram
respostas à primeira abordagem e 251 à segunda, com narrativas escritas, típicas das projeções da
consciência, e que foram minuciosa e sistematicamente estudadas do ponto de vista estatístico.
454.6. Oxford. Em 1967, Celia Green solicitou de 380 estudantes da Oxford University, na GrãBretanha, se eles tinham tido alguma experiência em que sentiram que estiveram fora do corpo humano.
A pesquisadora recebeu 34% de respostas positivas.
454.7. Southampton. Em 1967, a mesma pesquisadora e autora, Celia Green, repetiu o inquérito
feito anteriormente solicitando, agora, de 115 estudantes da, Southampton University, na Grã-Bretanha, e
recebendo desta vez 19% de respostas positivas.
454.8. Imprensa. Em 1967, John Poynton, biólogo da Universidade de Natal, na África do Sul,
publicou um questionário na imprensa local solicitando narrativas escritas sobre a projeção consciente e
recebeu como resposta 122 relatos positivos analisáveis.
454.9. Psicodèlicos. Em 1971, Charles T. Tart, o conhecido pesquisador e autor nos Estados
Unidos da América, recebeu 44% de respostas positivas sobre a projeção consciente, numa pesquisa com
150 pessoas que tiveram experiências psicodélicas com a marijuana.
454.10. Religiosos. Francês Mary Banks constatou que 45% de um grupo de 800 pessoas
religiosas, inglesas, freqüentadoras comuns de igreja, quando perguntadas afirmaram já ter tido alguma
experiência da consciência fora do corpo humano.
454.11. Ouvintes. Na década passada, Robert A. Monroe, projetor e autor conhecido, perguntou numa conferência pública sobre o assunto, em New York, quantos entre os ouvintes tinham tido
experiências fora do corpo humano. Cerca de um terço dos presentes levantou as mãos.
454.12. Postal. Em 1974, John Palmer dirigiu uma pesquisa postal sobre a projeção consciente,
através de questionários endereçados a 700 residentes adultos de Charlottesville, Virgínia, nos Estados
Unidos da América. De 341 residentes que devolveram o questionário preenchido 48 (ou 14%)
responderam afirmativamente. Entre os estudantes, 266 (ou 89%) responderam o item sobre a projeção
consciente, e 66 (25%) destes responderam já ter experimentado a projeção consciente. Nas amostras
combinadas, 83% daqueles que relataram sobre a projeção, experimentaram-na somente uma vez e 34%
relataram já ter tido oito ou mais projeções. Os achados vieram evidenciar que a projeção consciente é
uma experiência comum à humanidade.
454.13. Paranormalidade. Em 1975, Richard L. Kohr, procedeu a um levantamento das experiências paranormais entre americanos residentes em cidades, membros da Associação Para Pesquisa e
Iluminação, com sede em Virgínia Beach, no Estado da Virgínia, com o objetivo de avaliar o grau de
relação existente entre experiências psi e outras correlatas, como práticas, atitudes e características
demográficas. Mais de 400 pessoas responderam, inclusive acerca das projeções da consciência, estas,
comparecendo de modo significativo, em todas as tabulações estatísticas analisadas.
454.14. Islândia. Em 1977, foi feita uma pesquisa na Islândia, entre 902 indivíduos, constatando-se que 8% dos entrevistados afirmaram já terem experimentado pelo menos uma projeção
consciente.
454.15. Surrey. Em 1978, foi realizada outra pesquisa entre os estudantes da Surrey University, na Grã-Bretanha, e entre 132 entrevistados, 11% afirmaram já terem tido experiência fora do
corpo humano.
454.16. Virgínia. Em 1979, outra pesquisa entre os estudantes da University of Virginia,
Estados Unidos da Ame'rica, revelou que entre 268 entrevistados, 25% já haviam experimentado no
mínimo uma projeção consciente.
454.17. Residentes. Em 1979, outra pesquisa entre os residentes de Virgínia, apontou de um
total de 354 indivíduos, 14% já tinham tido uma projeção consciente.
454.18. Austrália. Em 1980, outra pesquisa com os estudantes da University of New England, Austrália, foi constatado que de 177 entrevistados, 16% já haviam experimentado a projeção
consciente.
454.19. Psiquiatras. Em 1980, os psiquiatras Glen O. Gabbard, Fowler C. Jones e Stuart W.
Twemlow, professores da Universidade de Topeka, Kansas, nos Estados Unidos da América, enviaram
questionário a 420 pessoas, selecionadas aleatoriamente, gozando saúde física e mental, de nível superior
de educação, não viciadas em drogas, sobre as experiências da consciência fora do corpo humano. Destas,
339 responderam, permitindo aos pesquisadores estabelecer algumas das principais características do
fenômeno: 85% qualificaram a experiência de bastante agradável; 43% consideraram a projeção
consciente como o fator mais importante de suas vidas; 94% afirmaram que a projeção é mais real do que
o sonho; 66% acharam que suas existências mudaram depois do fato. Estes pesquisadores fazem distinção
marcante entre a projeção consciente e os estados patológicos da despersonalização, da autoscopia
mórbida, e das síndromes esquizofrênicas.
454.20. Lúcido. Em 1981, Susan J. Blackmore, na Inglaterra, constatou a existência de 13% e
14% de ocorrências de projeção consciente entre 217 estudantes e 155 estudantes, respectivamente,
inqueridos a respeito do assunto e, ao mesmo tempo, sobre sonhos lúcidos, ou projeções semiconscientes
(V. cap. 78).
454.21. Eleitores. Ainda a pesquisadora Susan J. Blackmore, em 1981, desenvolveu uma
pesquisa postal sobre a experiência da projeção consciente entre 593 pessoas que foram selecionadas
aleatoriamente a partir do Registro Eleitoral de Bristol, Inglaterra. O questionário enviado indagava sobre
sonhos, alucinações, distorções da imagem corporal, experiências psíquicas e crendices, experiências
místicas, criações da imaginação, e projeções conscientes. Foram remetidos de volta 321 questionários
preenchidos (55%). Destes, 12% dos respondentes relatavam projeções conscientes. O achado mais
importante desta pesquisa postal foi a pronunciada associação entre muitas das experiências.
454.22. Congresso. Em 28 de julho de 1982, na última noite do III Congresso Nacional de
Parapsicologia e Psicotrônica, realizado no Rio Sheraton Hotel, no Rio de Janeiro, durante exposição
sobre o assunto, este autor argüiu o auditório, composto por 350 participantes, e recebeu a resposta
pública, sem vacilação, de 25 pessoas ali presentes, ou seja, 7,14%, que já haviam experimentado a
projeção consciente.
454.23. Direções. A propósito das estatísticas sobre experiências pessoais escritas, Robert
Crookall, célebre pesquisador de Londres, revelou que em 85% de 838 casos, minuciosamente analisados,
de projeção consciente, a consciência do projetor projetado ficou aqui mesmo, diretamente no mundo
físico ou humano; nos outros 15% o projetor entrou no mundo extrafísico propriamente dito, ou seja, no
mundo dos desencarnados.
454.24. Itália. A pesquisadora Paola Giovetti desenvolveu uma pesquisa de opinião pública
sobre a projeção da consciência, na Itália, distribuindo 300 questionários com dezenas de perguntas, dos
quais foram selecionados 110 onde diversos aspectos do fenômeno receberam análises pormenorizadas.
454.25. Freqüência. Já foi feita também pesquisa entre projetores sobre a freqüência de suas
experiências fora do corpo humano, ou seja, as projeções seriadas (V. cap. 393).
Diferenças. As diferenças percentuais apresentadas entre os diversos inquéritos de opinião
pública levados a efeito através do tempo sobre as projeções conscientes, são atribuídas a quatro causas:
as diferenças marcantes nas amostras das populações pesquisadas; as questões variadas e não uniformes
formuladas aos entrevistados; o contexto específico dentro do qual foram as questões formuladas; o que
de fato foi entendido pelos entrevistados conforme as perguntas feitas.
Incentivo. Os expressivos resultados convergentes dessas sondagens de opinião pública, as
coletas de experiências afins e rico filão de material de estudo projeciológico, com imensas possibilidades
de análises estatísticas, obtidos num período de quase um século, em sete países (Estados Unidos da
América, Inglaterra, África do Sul, Islândia, Itália, Austrália e Brasil) situados em quatro continentes, têm
incentivado, ainda mais, as pesquisas científicas das projeções da consciência em outros centros
parapsicológicos.
Percentual. Partindo de todas as tabulações estatísticas existentes, coordenadas e comparadas,
estima-se, hoje, com inteira segurança, que cerca de uma em cada cem pessoas, ou seja, um por cento da
humanidade vivente, de mais de quatro e meio bilhões de pessoas, ou exatamente quarenta e cinco
milhões de indivíduos, já tiveram alguma forma de experiência de projeção conciencial lúcida, no mínimo
uma vez em todo o período de sua existência.
_______________
Bibliografia: Alvarado (16, p. 11), Andreas (36, p. 45), Banks (75, p. 110), Baumann (93, p. 3), Black (137,
p. 38), Blackmore (138, p. 225; 140, p. 229; 142, p. 82; 145, p. 301), Breecher (198, p. 28), Crookall (320, p. 98; 326,
p. 105), Currie (354, p. 80), Digest (399, p. 272), Douglas (409, p. 323), Eysenck (493, p. 157), Frost (560, p. 233),
Gallup Jr. (566, p. 12), Garrett (571, p. 42), Giovetti (593, p. 30), Grattan-Guinness (626, p. 80), Green (632, p. 13),
Greenhouse (636, p. 333), Greyson (643, p. 188), Hart (690, p. 153), Holzer (751, p. 107), Irwin (792, p. 3), Kohr (857,
p. 395), Kovach (860, p. 94), Martin (1002, p. 37), Morris (1093, p. 102), Noyes Jr. (1141, p. 19), Palmer (1184, p.
221), Poynton (1282, p. 20), Ring (1406, p. 45), Rogo (1446, p. 36), Roriz (1471, p. 20), Salley (1496, p. 157), Smith
(1572, p. 14), Steiger (1601, p. 5), Twemlow (1710, p. 450), Vieira (1755, p. 5), Walker (1781, p. 63), Watson (1800, p.
135), Wolman (1863, p. 772).
455. CASOS DE PROJEÇÕES CONSCIENTES
Definição. Caso de projeção consciente: exemplar da casuística projeciológica com relato de
experiência da consciência fora do corpo humano, seja espontânea ou induzida.
Sinonímia: relato de projeção consciente.
Casuística. Constitui fato indiscutível que os fenômenos das proje.ções conscientes, voluntárias
e involuntárias, não podem ser rejeitados por serem numerosos demais os registros da sua casuística, ou a
coleção de sinopses de casos individuais compilados por investigadores diligentes, já existindo vasta
bibliografia geral, surpreendente e profundamente provocante para a própria ciência, muito embora
ninguém desconheça que esta volumosa acumulação de indícios significa apenas indicações valiosas, sem
que os mesmos sejam provas definitivas. Um fato isolado não constitui prova. A massa de fatos pode
fornecer indícios de verossimilhança.
Aceitação. A propósito, vale lembrar que hoje em dia o cientista acredita em coisas, que ele
nunca viu ou mediu, com tranqüilidade, porque outros o fizeram, e enquadraram na Ciência. No entanto,
ao se lhe apresentar algo diferente daquilo, ele quer todas as provas e experiências em sua mão, do
contrário as ridiculariza. Um neutrino ou um quark nunca foram detectados em laboratório, não obstante
todos os físicos os aceitam, e se dá prêmio Nobel em nome deles.
Relatores. Os relatores das experiências projetivas — submetidos de início a uma seleção de
confiabilidade — vêm de todas as classes sociais, provenientes de locais, situações e períodos humanos os
mais diversos. Não são indivíduos duvidosos, psicóticos, instáveis, ou iletrados, mas pessoas competentes,
psicologicamente normais, possuidoras de sanidade patente, muitos pesquisadores, experimentadores, e
praticantes notoriamente responsáveis e de bom senso.
Idoneidade. As pessoas idôneas, no caso, são aquelas que apresentam reputação de sólida
probidade, habituadas às responsabilidades, homens de família e senhoras com bom emprego, conhecidos
pela honestidade com que lidam com os outros. Tais pessoas não desejam publicidade posterior nem
fazem a menor tentativa para capitalizar sobre a experiência projetiva, ou auferir lucros financeiros
imediatos ou a longo prazo, encaixando-se, portanto, dentro dos padrões científicos comumente aceitos
para os depoentes ou participantes de ocorrências insólitas.
Experiências. Os relatores de experiências espontâneas quase sempre mostram-se relutantes em
falar sobre as mesmas, pelo menos até que estejam certos da sinceridade e da seriedade do interlocutor.
Tais pessoas descrevem acontecimentos reais, reconhecidos como verdadeiros para si mesmas,
representando uma experiência fora da rotina, vívida, que não se parece em nada com um sonho, e para os
quais não estavam, de um modo geral, preparadas, algo reconhecido como estando além da compreensão,
e fora dos padrões dos condicionamentos da vida social do dia-a-dia.
Confiabilidade. Quanto mais sofisticado e possuidor de uma formação cultural melhor, menos
propenso está o projetor consciente em relatar, por escrito, o que vivenciou, a menos que possa ficar certo
do anonimato, bem como de gozar do devido respeito com relação ao seu depoimento, a fim de não se
expor publicamente ao ridículo. Eis porque ninguém encontra, honestamente, uma razão para não aceitar
os relatos coerentes das projeções conscientes, sobretudo quando são feitos de acordo com diversos outros
indivíduos, também possuidores de aceitável grau de confiabilidade, tornando o material digno de ser
levado em conta.
Universalidade. Deve-se notar que os relatos selecionados são exatos por si mesmos, nada
sendo omitido nem acrescentado para visar uma possível concordância com outros casos já publicados.
Mesmo depois de feito um bom desconto no tocante a exageros, erros de julgamento, e insuficiência de
dados, as narrativas sobreviveram a rigoroso processo de filtragem e foram admitidas na arena dos casos
realmente intrigantes e instigantes. No entanto, elas se ajustam à descrição de outras experiências
semelhantes, verificadas por outras pessoas, domiciliadas em outros lugares, em épocas e circunstâncias
existenciais diferentes. Tais fatos vêm reafirmar a universalidade e a convergência dos testemunhos.
Protótipo. ‘Em outras palavras, os casos utilizados nestas obras são representativos de muitas
centenas de outros que, embora não sendo absolutamente idênticos em detalhes, de modo geral se
encaixam ao protótipo delineado através dos muitos casos existentes.
Tradução. A pessoa comum possui vocabulário inadequado às situações criadas pela projeção
consciente. Os projetores mais inteligentes se encontram, às vezes, incapacitados para colocar, em termos
descritivos e práticos, os elementos de sua experiência. É surpreendente notar como projetores com
escolaridade elevada encontram dificuldades para traduzir através de palavras uma descrição dos
experimentos, sensações e percepções que tiveram.
Analogias. Se mesmo quanto a assuntos acessíveis, sobre fatos da vida cotidiana, temos bastante dificuldade para entender grupos étnicos estranhos, padrões culturais além dos nossos, e condições
geográficas fora das nossas habituais, evidentemente deve ser muito mais difícil, ou impossível, descrever
qualquer outra dimensão de vida além da nossa própria, cotidiana, no estado da vigília física ordinária. Os
projetores conscientes não raro lançam mão de analogias a fim de descrever algo que, para si mesmos, é
totalmente indescritível em termos comuns, principalmente quando pretendem se referir ao corpo mental e
ao plano mental.
Comparações. A comparação dos relatos de .diferentes relatores ajuda a formar um quadro
perfeitamente claro acerca das projeções conscientes, permitindo que os exemplos globais ou parciais,
úteis para estudos estatísticos, indiquem e ilustrem os protótipos da categoria mais comum das projeções,
levando à construção de paradigmas básicos para analisar as experiências em geral.
Paradigmas. O estudo dos relatos de casos individuais, bastante evidenciais, de projeção
consciente, cujo conjunto produz uma rede de indícios, ou um todo interligado, na sua totalidade, só por
si, constituem demonstrações incontestáveis das realidades dos fenômenos projeciológicos. Neles podem
ser colhidos inúmeros detalhes adicionais com o objetivo de pesquisa, análise comparativa e o
estabelecimento de paradigmas aos mesmos fenômenos.
Elementos. Quando um relato de projeção consciente demonstra a existência de elementos
extrafísicos, inclusive entidades ou inteligências extra-humanas, será totalmente anticientífico
desconsiderá-lo. As informações que cada caso representa não devem ser acobertadas, e nem se deve
forçar a explicação dessas ocorrências de outra forma. Somente assim estaremos agindo dentro dos
cânones da autêntica pesquisa científica, que requer mentalidade aberta e temperamento imparcial e
desapaixonado.
Consultas. Cumulativamente, os casos adquirem uma força sugestiva e uma evidência com
probatória irresistíveis. Os registros cumulativos desses numerosos casos, descrições e confissões, já
estudados exaustivamente, formam imensa barreira contra o ceticismo daqueles que ainda não
experimentaram, por si mesmos, a projeção consciente. Estes depoimentos permitiram estabelecer as
diretrizes fundamentais que caracterizam os fenômenos da Projeciologia arrolados e analisados neste livro
e podem ser consultados através da bibliografia específica indicada adiante.
Computador. A casuística da projeção consciente é substancialmente consistente em dados e
estes ainda estão a espera de serem padronizados de forma a poderem ser lidos e processados
corretamente por máquinas. O computador, depois da implantação de eficiente sistema ou programa
específico, permitirá acurada avaliação dos relatos com a comparação dos elementos, e a análise
estatística de modelo e de conteúdo conforme os padrões das narrativas, a fim de determinar, sob
inúmeros aspectos, entre outras coisas, as categorias básicas dos fenômenos, através de prospecções
meticulosas, fazendo a investigação cibernética da Projeciologia.
Tipos. As obras onde foram compilados casos de projeção consciente, indicadas na bibliografia
deste capítulo, podem ser classificadas em dois tipos: as autobiografias que apresentam experiências
individuais detalhadas: Fox, Greene, Monroe, Muldoon, Prado, Sculthorp, Turvey e Yram; e os livros
com relatos de projetores diversos: Ebon, Green, Greenhouse, Kardec, Martin, Muldoon, Myers, Shirley,
Eleanor Sidgwick (1845-1936), Tyrrell ( ? -1952), e Walker.
Crookall. Merece destaque o fato de que um só autor, Robert Crookall (1890-1982), analisou
minuciosamente em cinco volumes de sua bibliografia pessoal (V. bib. deste capítulo), composta por
vinte e um volumes em que aborda o tema da projeção consciente, 838 casos selecionados, os mais
diversos.
Tratados. Três tratados merecem especial referência por apresentarem coleções de centenas de
casos de aparições intervivos e outros fenômenos da Projeciologia:
455.1. Phantasms of the Living (“Fantasmas dos Vivos”), de Edmund Gurney (1847-1888),
Frederic William Henry Myers (1843-1901), e August Frank Podmore (1856-1910), publicada em
Londres, em 1886, dois volumes e 1.420 páginas, apresenta 702 casos numerados de fenômenos
parapsíquicos, analisados minuciosamente.
455.2. Human Personality and its Survival of Bodily Death (“A Personalidade Humana e Sua
Sobrevivência à Morte do Corpo”), de Frederic William Henry Myérs, publicada em Londres, em 1920,
em dois volumes e 1.426 páginas.
455.3. Les Apparitions Materializées dés Vivants & des Morts (“As Aparições Materializadas
dos Vivos e dos Mortos”), de Gabriel François Marie Delanne (1857-1926), publicada em Paris, em 1909,
em dois volumes e 1.370 páginas.
Citações. Dentre os casos do campo de pesquisas da Projeciologia mais citados em toda a literatura parapsíquica, com registros, relatos e análises minuciosas de cada um, destaco três exemplos
clássicos de fenômenos projeciológicos dos quais indico algumas dezenas de referências bibliográficas de
cada um:
455. § 01. Projeção consciente ou clarividência viajora: caso do vidente Emanuel Swedenborg,
1759: Balzac (72, p. 144), Bonin (168, p. 475), Bret (203, p. 136), Browning (213, p. 54),Byse (230, p.
116), Carrington (248, p. 32), Chiesa (279, p. 46), Cohen (290, p. 39), Coste (309, p. 8), Digest (400, p.
20), Doyle (411, p. 36), Dusen (443, p. 217), Ebon (453, p. 23), Fodor (528, p. 373), Freedland (550, p.
63), Frost (560, p. 27), Goes (605, p. 408), Gooch (617, p. 23), Greenhouse (636, p. 58), Grimard (644, p.
286), Heaps (700, p. 115), Inardi (786, p. 149), Jung (813, p. 481), Knight (851, p. 89), Krippner (861, p.
286), Larcher (887, p. 115), Matter (1014, p. 145), Miguel (1045, p. 70), Mishlove (1055, p. 56), Mitchell
(1058, p. 56), Myers (1114, p. 659), Rhine (1389, p. 27), Richards (1394, p. 31), Seabra (1535, p. 133),
Silva (1559, p. 112), Steinour (1612, p. 203), Stevens (1615, p. 81), Still (1622, p. 222), Tuttle (1708, p.
15), Twitchell (1712, p. 147), Wang (1794, p. 24), Wilson (1853, p. 312; 1854, p. 279; 1856, p. 58).
455. § 02. Autoscopia externa e bilocação física: caso da professora Emilia Sagée, 1845:
Aksakof (09, p. 543), Andrade (27, p. 150), Bertrand (127, p. 57), Blackmore (139, p. 12), Bret (202, p.
69), Chevreuil, p. 278, p. 206), Delanne (382, p. 175), Denis (389, p. 155), Dubor (421, p. 303), Duchatel
(430, p. 117), Dumas (432, p. 214), Ebeid (452, p. 138), Flammarion (524, p. 45), Fugairon (562, p. 114),
Giovetti (593, p. 12), Goes (605, p. 409), Gomes (612, p. 117), Green (634, p. 106), Hart (690, p. 180),
Hemmert (712, p. 28; 713, p. 39), Heydecker (716, p. 49), Imbassahy (780, p. 83), Kardec (827, p. 72),
Keller (835, p. 345), Lancelin (876, p. 115), Lawrence (893, p. 378), Lombroso (943, p. 252), Marin (996,
p. 122), Meek (1027, p. 127), Metzger (1038, p. 130), Miguel (1045, p. 45), Montandon (1070, p. 228),
Moutin (1100, p. 393), Pearce-Higgins (1214, p. 67), Poodt (1272, p. 265), Richet (1398, p. 702),
Senillosa (1540, p. 177), Wauthy (1803, p. 171), Wilson (1853, p. 380; 1858, p. 52).
455. § 03. Projeção conjunta e bilocação física: caso do industrial S. R. Wilmot, 1862: Bardens
(79, p. 142), Baumann (93, p. 30), Blackmore (139, p. 200; 147, p. 2), Bret (203, p. 173), Crookall (338,
p. 48), Cummins (350, p. 88), Dingwall (404, p. 9), Dumas (432, p. 221), Ebeid (452, p. 108),
Flammarion (524, p. 63), Hart (687, p. 183; 690, p. 162), Hemmert (712, p. 22; 713, p. 39), Hill (723, p.
14), Holms (735, p. 456), Hunt (767, p. 53), Knight (851, p. 104), Miranda (1052, p. 72), Mitchell (1058,
p. 377), Montandon (1070, p. 232), Myers (114, p. 682), Pearce-Higgins (1214, p. 71), Pisani (1248, p.
127), Rogo (1442, p. 83; 1447, p. 94), Ryzl (1485, p. 126), Smith (1572, p. 87), Steinour (1612, p. 107),
Targ (1652, p. 191).
Cadastro. O Centro da Consciência Contínua, no Rio de Janeiro — o primeiro Instituto de
Projeciologia, fundado em 1981 — atuando como central receptora de experiências conscienciais
projetivas, possui em seus arquivos, ou no banco de dados prqjeciológicos, cinco tipos de registros: 1.
Fichas cadastrais de projetores conscienciais lúcidos; 2. Relação de endereços de projetores conscienciais
lúcidos militantes; 3. Coleção de relatos, confidenciais, de projeções conscienciais lúcidas inéditas; 4.
Respostas a questionários detalhistas distribuídos sobre os temas fundamentais da Projeciologia;
5.Coleção de perguntas formuladas por participantes durante reuniões de debates sobre temas
projeciológicos em cidades diversas. A intenção é publicar esses dados oportunamente, depois de
tabuladas as ocorrências a fim de separar novos padrões fenomênicos para mais tarde estabelecer
paradigmas.
__________________________
Bibliografia: Alvarado (16, p. 11), Andreas (36, p. 51), Baumann (93, p. 15), Bayless (95, p. 162), Black
(137, p. 3), Blackmore (142, p. 45; 145, p. 302), Bord (170, p. 26), Bozzano (188, p. 12; 193, p. 105), Bret (202, p. 66),
Carrington (250, p. 190), Christian (281, p. 4), Cooke (300, p. 29), Crookall (320, p. 3; 330, p. 1; 331, p. 5; 333, p. 11;
338, p. 17), Delanne (382, p. 154), Dingwall (403, p. 93), Ebon (453, p. 115), Edwards (463, p. 165), Fardwell (494, p.
15), Flammarion (522, p. 206), Fox (544, p. 32), Geddes (578, p. 373), Gibier (587, p. 123), Giovetti (5.92, p. 46),
Green (632, p. 19),.Greenhouse (636, p. 185), Guieu (660, p. 83), Guimarães (662, p. 25), Gurney (666, p. 707), Hart
(687, p. 153), Hemmert (713, p. 64), Holms (735, p. 451), Holroyd (736, p. 97), Kardec (816, p. 11), Knight (851, p.
274), Lippman (934, p. 346), Martin (1002, p. 70), Mitchell (1058, p. 35.4), Monroe (1065, p. 63), Montandon (1070,
p. 227), Muldoon (1102, p. 47; 1103, p. 55; 1105, p. 49), Myers (1114, p. 369), Pearce-Higgins (1214, p. 66), Prado
(1284, p. 14), Rogo (1438, p. 5), Sabom (1486, p. 31), Schmeidler (1517, p. 102), Sculthorp (1531, p. 17), Seabra
(1534, p. 85), Shirley (1553, p. 71), Sidgwick (1556, p. 217), Stead (1598, p. 24), Steiger (1601, p. 15),Turvey (1707,
p. 111), Tyrrell (1717, p. 165), Vieira (1762, p. 17), Walker (1781, p. 63), Wang (1794, p. 157), Wauthy (1803, p. 162),
Yram (1897, p. 55).
456. INSTRUMNETOS LABORATORIAIS NA PROJECIOLOGIA
Definição. Instrumento projetivo: agente mecânico, elétrico ou eletrônico destinado a detectar
aspectos específicos do fenômeno da projeção consciente.
Sinonímia: aparelho projetivo; artefato projetivo; dispositivo projetivo; engenho projetivo.
Tipos. Dentre os objetos, máquinas, instrumentos comuns e engenhos criados especialmente
para as experimentações da consciência projetada em laboratório, atualmente, devem ser destacados:
máquina para medir a resistência basal da pele (BSR, basal skin resistencè)-, instrumento para detectar
reações galvânicas da pele (GSR, galvanic skin responses); fotopletismógrafo digital para registrar a
freqüência cardíaca e o volume sangüíneo; eletroencefalógrafo (EEG); eletrocardiógrafo; eletromiógrafo;
eletro-opticógrafo; oxímetro; instrumento indicador do estado REM ou dos movimentos oculares
sincrônicos rápidos involuntários; instrumento especial para detecção de imagens ópticas, dispositivo de
imagem óptica, ou caixa de ilusão óptica; disco espiral de 40 cm, colorido, ou roda de cores, fluorescente,
que roda a aproximadamente 1.200 RPM, próprio para testes; polígrafo Grass de 12 canais; “cadeira
vibratória”; televisão de circuito fechado; gravadores múltiplos; cronômetros eletrônicos sincronizados;
termômetros; barômetros; magnetômetros; sensores diversos; osciloscópios; tubos fotomultiplicadores;
detectores ultravioletas e infravermelhos; analisadores de espectro; detectores de efeitos elétricos e
magnéticos; e sala à prova de som.
Sensitivo. Tais instrumentos de laboratório permitem medidas fisiológicas detalhadas e o
eficiente monitoramento do sensitivo e suas reações específicas e gerais durante toda a experimentação,
contudo dá-lhe geralmente enorme desconforto porque deve auto-relaxar-se permanecendo preso a
eletrodos bipolares no queixo, placas, fios condutores, o indicador da mão direita imobilizado, o corpo
humano quase sempre numa posição fixa, semelhante a um robô programado e teleguiado a certa
distância, de outra sala ou outro edifício próximo.
Detectores. Além dos detectores humanos e animais (V. cap. 450), diversos instrumentos
laboratoriais estão sendo empregados como detectores mecânicos para determinar evidências da presença
da consciência num determinado local, em certo momento, durante o transcurso da projeção consciente.
Idéias. Muitas outras idéias estão sendo postas em prática na utilização dos instrumentos no
campo das pesquisas projeciológicas, entre elas: colocar a televisão para divulgação e a indução heterohipnótica da projeção consciente; usar o computador eletrônico como instrumento de pesquisa avançada
na avaliação, codificação e análise dos dados colhidos nas investigações para o desenvolvimento da
Projeciologia; empregar a videocâmara e o projetor de filmes de vídeo cassete como instrumentos
auxiliares para a pesquisa, o registro de fenômenos e o ensino da Projeciologia; o projetarium (V. cap.
145); etc.
Futuro. O futuro nos reserva muitas surpresas neste campo de investigação porque, até o
momento, ainda não foi descoberto nenhum sistema seguro de detecção física da consciência humana
projetada para fora do corpo humano, fato que virá a acontecer inevitavelmente segundo a ordem natural
das coisas.
_____________________
Bibliografia: Andrade (29, p. 107), Black (137, p. 52), Ebon (453, p. 73), Grattan-Guinness (626, p. 83),
Moms (1092, p. 127), Pratt (1285, p. 43), Rogo (1446, p. 12), Steiger (1601, p. 226).
457. PROJETOS EXPERIMENTAIS
Testes. Eis seis projetos experimentais parapsicológicos, entre os muitos existentes, concebidos
para testar as projeções da consciência e, ao que parece, ainda inéditos:
457.1. Animal. Demonstração se um animal-testemunha (detector) propende a se mover na
direção de um ponto no espaço onde o projetor projetado esteja localizado (Robert L. Morris).
457.2. Dupla. Produção de duas projeções conscientes, em conjunto, na qual os dois projetores
tentarão visitar juntos, em dupla, a mesma área-alvo, detectando, ali, o que for especialmente colocado
(Robert L. Morris).
457.3. Médium. O projetor, cercado por monitores, projeta a sua consciência até um médium
psicofônico, também envolto por instrumentos de detecção fisiológica, que não o conhece. Ali, a
consciência do projetor controla o seu corpo humano como os comunicantes o fazem, no fenômeno da
psicofonia, dando informações acerca dele mesmo, projetor, desconhecidas pelo médium. Se este
demonstrar características pessoais que o identifiquem definitivamente com o projetor, os fenômenos da
projeção consciente e da comunicação mediúnica intervivos estarão evidenciados (John Palmer).
457.4. Troca. Variante complexa do projetor anterior, acrescentando-se a ida, em projeção,
extrafisicamente, da consciência do médium, durante o transe, na mesma ocasião, até o corpo humano
incapacitado do projetor projetado, manifestando-se por ele (Herbert B. Greenhouse).
457.5. Cegueira. O projetor lerá o título de um livro, de capa para cima, na prateleira mais alta
e inacessível da biblioteca, colocado ali, na ausência dele, por pessoa desconhecida, que tenha
selecionado o volume aleatoriamente, entre várias obras, sem também se inteirar do título escolhido.
Estabelece-se aí o projeto sob as condições experimentais de “dupla cegueira”, afastando-se, inclusive, a
possibilidade da interferência do fenômeno telepático. A assistência deste projetor deve ser de céticos
quanto à projeção consciente (Cari Sagan).
457.6. Televisão. Criar um sistema de televisão baseado num tipo qualquer de informação
diferente da luz, — por exemplo, campo magnético, campo elétrico, densidade, condutividade elétrica,
permeabilidade magnética, ionização, etc., — quando talvez poder-se-á ver, estudar e filmar o projetor
projetado. Para isso, em primeiro lugar, tornar-se-á necessário inventar uma nova câmera.
___________________
Bibliografia: Greenhouse (636, p. 299), Sagan (1492, p. 61).
458.
HIPÓTESES GERAIS EM PROJECIOLOGIA
Definição. Hipótese: suposição duvidosa, porém não improvável, relativa a fenômenos naturais
ou parapsicológicos, pela qual se antecipa um conhecimento, e que poderá ser posteriormente confirmada
direta ou indiretamente.
Sinonímia: proposição provisória; raciocínio hipotético; suposição elaborada.
Método. Nos estudos científicos, o método seguido, ao tratar de assunto como as experimentações da consciência, é o de primeiramente reunir os fatos, depois classificá-los e, por fim, na
conclusão, sugerir o melhor processo para explicá-los. As hipóteses assim consideradas apontam novas
linhas de pesquisas e experimentações.
Utilidades. As hipóteses, constituindo idéias não provadas, apresentam evidentes utilidades,
especialmente a de explicar a diversidade dos fatos sob análise, e preparar o conjunto de observações
estabelecidas para uma aceitação maior por parte dos pesquisadores.
Categorias. As quarenta e uma hipóteses gerais explicativas dos fenômenos projeciológicos
podem ser classificadas em quatro categorias conforme a natureza de suas origens: hipóteses farmacológicas, hipóteses neurofisiológicas, hipóteses psicológicas e hipóteses parapsicológicas.
Hipóteses farmacológicas:
458.1. Falta de oxigênio ou redução da glicose na torrente circulatória.
458.2. Sensações produzidas por drogas.
458.3. Efeitos de substâncias químicas próprias do cérebro (endorfina, por exemplo).
Hipóteses neurofisiológicas:
458.4. Aberrações neuróticas.
458.5. Condições neurológicas específicas (estímulos dos lobos cerebrais).
458.6. Epilepsia.
458.7. Hipóxia cerebral.
458.8. Mal funcionamento do cérebro.
Hipóteses psicológicas:
458.9. Alucinação comum, espontânea.
458.10. Alucinação autoscópica.
458.11. Alucinação induzida.
458.12. Anomalia psíquica congênita.
458.13. Auto-sugestão imperceptível.
458.14. Criações mentais (o psicossoma, por exemplo).
458.15. Despersonalização (defesa do ego).
458.16. Devaneio convincente.
458.17. Estado mórbido.
458.18. Fabulações.
458.19. Fantasias auto-hipnóticas.
458.20. Fecundidade do inconsciente (V. cap. 461).
458.21. Ilusão.
458.22. Início da instalação da esquizofrenia.
458.23. Projeção do inconsciente onipotente e onisciente.
458.24. Pseudoprojeção.
458.25. Psicose.
458.26. Ressurgimento de idéia esquecida.
458.27. Sonho interessante apenas.
458.28. Teoria psicológica (V. cap. 462).
458.29. Visões míticas.
458.30. Vontade ou desejo de crer.
Hipóteses parapsicológicas:
458.31. Corpo imaginário (V. cap. 459).
458.32. Corpo objetivo (V. cap. 460).
458.33. Ensaio da morte biológica (V. cap. 464).
458.34. Estado alterado da consciência.
458.35. Estado auto-hipnótico.
458.36. Fantasias geradas em razão do aumento da energia psi.
458.37. Fenômeno de telepatia mais clarividência.
458.38. Parapsicanálise ou teoria tautológica.
458.39. Percepção extra-sensorial sem a separação da consciência do corpo humano.
458.40. Teoria da informação (V. cap. 463).
458.41. Teoria dos veículos da consciência (V. cap. 465).
Importantes. Como se observa, a maioria das hipóteses aventadas são de origem psicológica,
algumas aparentemente redundantes, e outras derivadas da Psiquiatria ou da Psicopatologia. As hipóteses
mais importantes mereceram o estudo sucinto em capítulos separados, as demais foram definidas através
das abordagens diferentes nas várias seções deste livro. A bibliografia específica deste capítulo é
sobremodo relevante para quem se interessar em aprofundar o assunto das hipóteses gerais em
Projeciologia.
Audição. Uma hipótese ainda apontada para explicar as projeções conscienciais, diz respeito à
patologia da audição. As ocorrências, segundo a tese, seriam geradas a partir de desajustes dos canais
semicirculares dos ouvidos, aonde se situa parte da sensação de espacialidade e orientação no espaço. O
universo das ocorrências projeciológicas, no entanto, apresenta manifestações (por exemplo: a bilocação
física, a aparição intervivos, etc.) bem além do âmbito restrito de influência dos mecanismos auditivos da
pessoa hiimana, o que enfraquece e reduz, em grande parte, a possibilidade de explicação da hipótese.
Produção. As hipóteses e explicações alternativas relacionadas aqui, em sua maioria foram
suscitadas por quem não produziu a projeção consciencial com inquestionável lucidez. Quem experimentou a lucidez extrafísica — a personalidade ideal capaz realmente de julgar os fatos, neste caso aceita pacífica e definitivamente a exteriorização da consciência para fora do corpo humano sem
confundir o fenômeno com qualquer outro estado alterado da consciência (V. cap. 67). Algumas dessas
hipóteses podem explicar casos isolados, contudo não esclarecem, de per si, nem conjugadas com outras,
todo o enorme conjunto de ocorrências projeciológicas.
Análises. Todas as hipóteses, no entanto, devem ser analisadas criteriosamente por quem ainda
esteja relutante em aceitar a interpretação literal da projeção consciencial lúcida como sendo a
exteriorização ou a projeção de um elemento semifísico ou veículo de manifestação extrafísico
conduzindo a consciência para fora dos hemisférios cerebrais.
Auto-hipnótico. Merece referência a hipótese do estado auto-hipnótico, baseada nos estudos de
sujeitos hipnotizados que denotam uma diminuição da amplitude de suas ondas cerebrais no
eletroencefalograma. Sem dúvida, a auto-hipnose pode gerar a projeção consciencial lúcida. No entanto, a
consciência projetada deliberadamente, por si mesma, segundo a impulsão da própria vontade, demonstra
conduta bem diversa da conduta da consciência da pessoa quando hipnotizada.
Parafisiologia. As ocorrências da Projeciologia permitiram construir a teoria da atuação natural
ou fisiológica dos veículos de manifestação da consciência, que este autor defende, a única que parece
cobrir todo o material a respeito das projeções conscienciais lúcidas, semilúcidas, inconscientes e suas
implicações mais complexas.
Experimentações. A teoria dos veículos da consciência será confirmada ou invalidada por
outras experiências individuais, novas e diferentes experimentações laboratoriais e, se for correta, serão
encontrados os meios de verificar sua validade. Aguardemos os acontecimentos e o veredicto das
pesquisas sem deixar de também pesquisar.
_______________________
Bibliografia: Bayless (95, p. 195), Black (137, p. 129), Blackmore (138, p. 230; 142, p. 225), Champlm
(272, p. 208), Crookall (333, p. 22), El-Ao war (474, p. 6), Grattan-Guinness (626, p. 86), Greenhouse (636, p. 271),
Hart (690, p. 153), Honegger (753, p. 230), Ingber (788, p. 20), Irwin (791, p. 247), Larcher (887, p. 191), Mitchell
(1058, p. 367), Morris (1092, p. 53), Palmer (1187, p. 19), Pearce-Higgins (1214, p. 76), Rogo (1446, p. 338),
Sculthorp (1531, p. 156), Shirley (1553, p. 17), Smith (1577, p. 149), Steiger (1601, p. 74), Stokes (1625, p. 22), Taylor
(1666, p. 154), Vieira (1762, p. 73).
459.
HIPÓTESE DO CORPO IMAGINÁRIO
Definição. Hipó.tese do corpo imaginário: hipótese parapsicológica recente para explicar as
projeções da consciência lúcida fundamentada na premissa de que o segundo corpo da consciência não
seria real, mas simples fruto da imaginação.
Sinonímia: hipótese da alucinação; hipótese recente; teoria das formas-pensamentos.
Inadequações. A hipótese do corpo imaginário pode explicar pequeno número de casos
catalogados no âmbito da Psiquiatria ou da Psicopatologia em geral, contudo não seria adequada para
esclarecer, além de outras, estas três categorias de fenômenos:
459.1. Terceiros. A visão da aparição indiscutível do projetor por terceiros, ou vários
indivíduos desconhecidos e animais, ao .mesmo tempo, nos casos de bilocação física.
459.2. Animais. Os fenômenos nos quais as pessoas que vêem o duplo liberto de cães, gatos,
cavalos, e outros animais, em que pelas circunstâncias não poderiam, racionalmente, ter notado tãosomente a presença da imagem mental urdida apenas pela mentalidade desses animais.
459.3. Desencarnados. Os numerosos fatos, bem autenticados, de pessoas que viram o duplo de
indivíduos realmente já falecidos, os quais nem conheciam ou não pensavam nos mesmos na ocasião e,
nessas circunstâncias, será difícil achar um responsável para as imagens mentais imagina- das.
PES. Uma alternativa da hipótese do corpo imaginário acrescenta à imaginação, ou à alucinação, a sensibilidade paranormal do indivíduo. Fala contra esta hipótese o fato de que a percepção extrasensorial (PES ou ESP) ser pobremente entendida e as suas manifestações não poderem ser controladas
ou regradas convenientemente, causando sérias dificuldades para ser testada.
___________________
Bibliografia: Champlin (272, p. 208), Crookall (333, p. 22), Grattan-Guinness (626, p. 86), Mitchell
(1058, p. 368), Pearce-Higgins (1214, p. 77), Rogo (1446, p. 339).
460.
HIPOTESE DO CORPO OBJETIVO
Definição. Hipótese do corpo objetivo: hipótese parapsicológica antiga e natural para explicar
as projeções da consciência lúcida fundamentada na premissa de que o segundo corpo da consciência
seria real, embora não-físico.
Sinonímia: doutrina da projeção astral; hipótese antiga; hipótese do duplo; hipótese natural;
teoria do segundo corpo.
Adequações: A hipótese do corpo objetivo apresenta explicação adequada para o universo das
ocorrências das projeções da consciência e até além destas, como as experiências da quase-mor- te (V.
cap. 32), clarividência em geral, materializações (V. cap. 46), psicometria (V. cap. 37), aparições, alguns
casos de poltergeist (V. cap. 56), etc.,o que demonstra que os fatos não são simples fantasias ou criações
imaginativas. Esta hipótese, aceita como válida neste livro, esclarece, entre muitos outros, estes oito
fenômenos básicos:
460.1. Psicossoma. O fato de pessoas afirmarem categoricamente terem visto e sentido o seu
próprio duplo ou psicossoma (V. cap. 104) liberto do corpo humano, ou a projeção consciente em si, bem
como a existência dos chacras (V. cap. 109).
460.2. Autobilocação. A alegação dos indivíduos que dizem obter a certeza de terem visualizado e sentido o seu duplo na posição horizontal, a um metro acima do seu próprio corpo humano, visto
estirado sobre o leito, ou a autobilocação consciencial (V. cap. 24).
460.3. Amparadores. Os múltiplos casos em que os projetores observam que são auxiliados
na saída do corpo humano por muitos cooperadores desencarnados, os amparadores (V. cap. 308),
assistência essa desnecessária se a experiência fosse apenas imaginada.
460.4. Cordão. Os variados depoimentos concordantes de constatação individual, pacífica,
da existência de uma ligação intercorporal, o cordão de prata (V. cap. 96), entre o corpo humano e o
psicossoma, característica esta que o corpo humano não possui depois do corte do cordão umbilical, logo
após o nascimento biológico.
460.5. Telecinesia. Os numerosos fatos de movimentos de objetos físicos, ou telecinesia extrafísica (V. cap. 63), executados pela consciência encarnada manifestando-se diretamente através do
psicossoma.
460.6. Vibracional. A ocorrência do estado vibracional intenso (V. cap. 208), sentido com
inteira lucidez, e cujas sensações extrapolam os limites anatômicos e as manifestações fisiológicas do
corpo humano.
460.7. Sons. A incidência dos sons intracranianos sui-generis (V. cap. 215) durante a saída
temporária e a reentrada da consciência no corpo humano.
460.8. Sensações. As ocorrências generalizadas da ausência de medo ou dor, da expansão da
consciência e de sua relutância em retornar ao corpo humano, porque através do psicossoma isolado as
sensações são muito mais agradáveis e gratificantes ao ego (V. cap. 329).
Contra. Vale advertir que, atualmente, ainda se antepõem à hipótese do corpo objetivo: a
mistura natural de informações corretas e incorretas dos projetores conscienciais lúcidos, em razão da
atuação da imagética e da insuficiência técnica das consciências; e o fato de que ninguém sabe como é
produzido ou gerado o psicossoma, desafio que aí está para os projetores conscienciais. Daí o porquê e a
importância vital das pesquisas projeciológicas.
Teoria. Contudo, a proposição protocolar do corpo objetivo, - em que se fundamenta o
contexto deste livro (a partir da Introdução), ou da Projeciologia, - pode, sem dúvida, ser considerada, a
esta altura, como sendo uma grande teoria científica, difícil de ser descartada, porque preenche os sete
objetivos (desideratos) básicos exigidos pelo rigor da Ciência como papéis de uma teoria, e aqui
discriminados:
460. § 01 .Metodologia. A teoria do corpo objetivo sistematiza o conhecimento humano
proporcionando uma metodologia projeciológica apropriada: Seções I, II, etc.
460. § 02. Conceitos. A teoria do corpo objetivo serve como fonte para a estruturação analítica
de conceitos e classificação conceituai (sistema de referência):Caps. 14,22,68,376,466, etc.
460. § 03. Fatos. A teoria do corpo objetivo explica, generaliza e sintetiza os conhecimentos de
problemas ou fenômenos (fatos) projeciológicos: Seções II, III, IV, XIV, etc.
460. § 04. Conhecimento. A teoria do corpo objetivo incrementa o conhecimento do homem
(Seção I) e descobre lacunas indicando áreas que ainda não foram exploradas nesse mesmo conhecimento
do homem: Caps. 104 a 108,116, 232 a 235, etc.
460. § 05. Contrastabilidade. A teoria do corpo objetivo reforça a contrastabilidade, ou seja,
contribui para a verificação real de valores veritativos factuais: Seções IX, X, etc.
460. § 06. Pesquisa. A teoria do corpo objetivo orienta a pesquisa projeciológica: Seções VII,
XV, etc.
460. § 07. Roteiro. Por fim, a teoria do corpo objetivo oferece um roteiro (Seções I a XVII, toda
a panorâmica) de um setor da realidade consciencial e torna-se um meio de fazer previsões de fatos: Caps.
07 a 12, 21,401,438,456, etc.
_____________________
Bibliografia: Crookall (325, p. 3), Dumas (432, p. 227), Gauld (576, p. 219), GrattanGuinness (626, p. 86), Pearce-Higgins (1214, p. 83), Rogo (1446, p. 338).
461.
PROJEÇÃO CONSCIENTE E O INCONSCIENTE
Definição. Inconsciente: conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência,
processos e fatos psíquicos que atuam sobre a conduta do indivíduo, mas escapam ao âmbito da
consciência e não podem a esta ser trazidos por nenhum esforço da vontade ou da memória, aflorando,
entretanto, nos sonhos, nos atos falhos, nos estados neuróticos ou psicóticos.
Sinonímia: almoxarifado do espírito; arquivo morto; não-consciente; porões da memória; segunda memória; sótão da mente.
Direito. Pesquisadores da Psicologia e da Neurologia defendem a hipótese de que o inconsciente está sediado no hemisfe'rio cerebral direito, área do ego pré-verbal, da emotividade e, preponderantemente, das manifestações paranormais.
Fecundidade. Os psicanalistas, que não experimentaram por si mesmos a projeção consciente,
podem alvitrar a hipótese da fecundidade do inconsciente para causa das projeções. Conforme o conceito
de inconsciente — ou segunda memória, em Psicanálise — seria parte da atividade mental que encerra os
desejos primitivos ou reprimidos e dos quais o indivíduo não tem conhecimento.
Sono. Pelo inconsciente, os fatos psíquicos que atuam sobre a consciência do indivíduo, e que
lhe escapam do âmbito dessa mesma consciência, aflorariam durante o período do sono natural, quando a
consciência não está vigilante.
Catarse. A concepção referida constitui a mesma catarse psicológica ou liberação de tensões
pela qual a personalidade, como se estivesse vivendo uma outra vida, libera os seus desejos recalcados
numa realização do inconsciente'. Segundo esta hipótese simplista, todos os projetores conscientes seriam
pacientes ordinários para a Psicanálise.
Questionamento. O controvertido inconsciente também ainda exige muitas explicações, não
sendo desarrazoado questioná-lo: — De que maneira se forma o inconsciente? Que função cumpre o
inconsciente no ser humano? Trata-se o inconsciente de algo exclusivamente mental? Seria o
inconsciente produto do mesmo mecanismo do sistema nervoso central e de suas reações fisioquí- micas?
Ou seria o inconsciente a resultante de ambas estas funções?
Similitudes. Por aí se observa que a situação do inconsciente assemelha-se bastante à situação
da própria projeção consciente: é um processo psíquico, ou consciencial, cuja existência o projetor vê-se
obrigado a aceitar, de maneira inquestionável, deduzindo-a dos efeitos respectivos, mas da qual não sabe
muita coisa, e sobre a qual, aquele que não a experimentou, fica completamente destituído de autoridade
para opinar.
Caracterização. Na verdade, parece haver pelo menos quatro tipos característicos de inconscientes, senão vejamos: pessoal humano, coletivo humano, coletivo animal e cósmico. O inconsciente
pessoal humano parece ser apenas outra denominação arranjada para caracterizar o psicos- soma, ou a
memória integral subtraída da memória lembrável atual, ou ainda, o corpo mental. O inconsciente
coletivo humano seria nada mais nada menos que o plano mental das consciências.
Inexplicáveis. Eis algumas ocorrências do complexo fenomênico das projeções conscientes
sobre as quais o inconsciente nada pode explicar: o fenômeno da bilocação física da personalidade,
comprovada por outrem; as projeções conjuntas ou de vários espíritos encarnados projetados ao mesmo
tempo; as projeções conscientes detectadas instrumentalmente em laboratório; as projeções
precognitivas; a contemplação do próprio corpo humano estando a consciência sediada temporariamente
fora deste, durante a produção da projeção consciente; o exame convincente do próprio cordão de prata,
ou da ligação semimaterial existente entre o corpo humano e o psicossoma, executado pelo próprio
projetor; as ações físicas ou telecinéticas geradas pela consciência encarnada projetada; além de outras
ocorrências.
Retrocognitivas. Apesar dos pesares, convém registrar, no entanto, que certas projeções da
consciência encarnada mais parecem projeções exteriorizadas, diretas, do inconsciente do indivíduo
sufocando, por um curtíssimo período, a condição de lucidez de sua vigília física ordinária, sem nenhum
intervalo de transição entre um estado e outro. Isso talvez explique as projeções cons- cienciais
retrocognitivas ou relativas às rememorações de vida prévia da personalidade.
Inverificável. Ante o exposto, impõe-se a conclusão sobre a tese inverificável do inconsciente:
com a enorme obscuridade que ainda apresenta, para que o inconsciente venha, um dia, a explicar de
modo adequado e satisfatório alguma ocorrência setorial da Projeciologja, precisa antes ser
convenientemente explicado.
_______________
Bibliografia: Carton (252, p. 311), Geley (580, p. 273),Muldoon (1105, p. 249),Paim (1182,
p. 215), Pisani (1248, p. 177), Prieur (1289, p. 61), Vieira (1761, p. 22).
462.
TEORIA PSICOLÓGICA
Hipnagógico. Em 1978, John Palmer apresentou uma teoria psicológica para a explicação das
experiências da consciência fora do corpo humano, partindo da asserção de que a projeção consciencial
não seria fenômeno psíquico, mas experiência ou estado mental, como o sonho, ou outro estado alterado
da consciência, derivado do estado hipnagógico, ou um processo psicológico semelhante à memória e à
imaginação.
Associação. A projeção consciencial, para este pesquisador, pode estar associada com o fator
psi, contudo não seria um fenômeno psíquico por si mesma, buscando explicá-la sem o recurso de
suposições com respeito a separação corpo-mente.
Evidências. Tal teoria, no entanto, não esclarece as evidências da aparição da consciência encarnada projetada, o fenômeno da bilocação física testemunhado por terceiros, e a projeção de
consciência contínua que não apresenta o estado hipnagógico, ou mais apropriadamente, que exclui
completamente a hipnagogia e a hipnopompia.
________
Bibliografia: Blackmore (139, p. 242; 148, p. 21), Grattan-Guinness (626, p. 87), Palmer,
(1187, p. 21).
463. TEORIA DA INFORMACAO
Mecanismo. Alguns teoristas e parapsicólogos, inclusive Joseph Banks Rhine, sugeriram que o
mecanismo da percepção extra-sensorial, mesmo quando não associado diretamente a uma projeção
consciencial lúcida, tem relação com o ato de a mente projetar a si mesma, fora do corpo humano e,
assim, obter informação.
Cogitação. A experiência da projeção consciente, realmente, constitui recurso de exceção para
se obter informes transcendentes, mas a consciência, ao se projetar para fora do corpo humano, nem
sempre está procurando informação, ou mesmo cogitando disso de modo inconsciente ou sutil. Evidencia
este caso as ocorrências de projeções conscienciais espontâneas, inesperadas, não procuradas pela própria
consciência.
Despreocupação. Merece ser lembrado o fato de que quanto menos preocupado com os
problemas pessoais, existenciais, ou mais despreocupada quanto ao amanhã, de qualquer natureza, mais
predisposta torna-se a consciência do indivíduo para produzir a projeção consciencial lúcida.
Fundamental. Por outro lado, segundo a moderna teoria da informação, muitos pesquisadores
já admitem que a informação constitui um elemento que deve ser tomado como uma outra variável
fundamental da natureza, ou seja, não ocorre tão-somente o transporte de quantidade de movimento, etc.,
mas também o transporte de informação, o que será importante na apreciação dos fenômenos naturais ou
mesmo parafisiológicos, incluindo aqui as projeções conscienciais lúcidas humanas.
464. TEORIA DO ENSAIO DA MORTE BIOLÕGICA
Trailer. Já foi cogitada por parapsicólogos a explicação da projeção consciencial lúcida como
um ensaio do fenômeno da morte biológica.
Final. Sem dúvida, a experiência da projeção consciente, na maioria dos casos, pode,ser
caracterizada racionalmente como ensaio da primeira morte, ou projeção final, mas esta suposição não
explica as ocorrências.
Exemplos. A hipótese do ensaio da morte biológica não é suficiente para esclarecer estes fatos:
a aparição não rememorada do projetor humano projetado; a projeção consciencial lúcida motivada por
alguma causa emocional capaz de promover um encontro com outra criatura encarnada; a ausência
completa de preocupação quanto à morte física ou biológica por parte de certos projetores conscientes
veteranos, ou mesmo inexperientes; etc.
465. HIPÓTESES DE TRABALHO
Pesquisas. A Projeciologia é uma fonte de problemas de pesquisas. Estudos ainda para serem
feitos ab ovo nos domínios da Projeciologia: codificação de regras estritas para o desenvolvimento dos
projetores superdotados em paranormalidade e diminuição do empirismo ate' agora existente;
racionalização das técnicas e manifestações básicas dos projetores padronizando as variantes em uso;
construção das bases para que os projetores recebam uma formação técnica básica e mantenham
intercâmbio de conhecimentos entre si; classificação da fenomenologia projeciológica com a
terminologia adequada à Parapsicologia; lançamento de novas hipóteses para a explicação racional dos
fenômenos envolvendo a Parapsicologia, a Psicologia, a Medicina, a Física, além de outras matérias.
Problemas. Aos projetores, parapsicólogos, psicólogos, biólogos, médicos, pesquisadores em
geral e interessados nas projeções, formulo alguns importantes problemas de pesquisas, além dos
projetos experimentais referidos anteriormente, que se impõem, enfeixados aqui conforme doze setores
de presunções experimentais, formando hipóteses viáveis para as próximas gerações.
465.1.Projeciológicas: os fatos sociais no desenvolvimento da capacidade projetiva; a extensão
das possibilidades da Projeciologia como ensinamento didático; como tornar regras as exceções nas
manifestações da Projeciologia; me'todo fácil de manutenção da consciência contínua; método fácil para
dilatar a duração da projeção consciente; distância máxima entre o corpo humano e o psicossoma para a
projeção do corpo mental; agentes da projeção pelo psicossoma e pelo corpo mental; exteriorização do
corpo mental a partir do psicossoma livre; correntes de forças negativas nos distritos extrafísicos
sombrios; aura humana e duplo etérico; método fácil de distinção entre o corpo mental e a configuração
parcial da cabeça extrafísica do psicossoma menos denso; método fácil para interromper o período de
recesso das projeções; coadjuvantes confiáveis no processo das projeções; método fácil para qualquer
pessoa se projetar pelo psicossoma; método fácil para produzir projeções conscientes conjuntas; método
fácil para qualquer pessoa se projetar pelo corpo mental; diferenças entre as formas-pensamentos e as
imagens extrafísicas autênticas; me'todo fácil para dinamizar as rememorações dos estágios extrafísicos
das projeções; utilização da hipnose como técnica para se projetar; método fácil de penetração nos
ambientes extrafísicos evoluídos; etc.
465.2. Parapsicológicas: relação entre as formas-pensamentos e as alucinações no estado da
vigília física ordinária; dinâmica da paranormalidade do projetor; indução da possessão mútua sadia;
emoções no psicossoma; memória integral no corpo mental; etc.
465.3. Psicológicas: método fácil para a concentração dos pensamentos; método fácil para a
higiene mental permanente; etc.
465.4. Biológicas: a hereditariedade como fator atuante na projeção consciente; a constituição
do corpo humano na projeção consciente; os distúrbios do parto e as predisposições projetivas; etc.
465.5. Para-anatômicas: entendimento da natureza do psicossoma; natureza do cordão de
prata; chacras; órgãos do psicossoma; abordagem da natureza do corpo mental e do cordão de ouro; etc.
465.6.Fisiológicas: o excesso de peso físico na projeção consciente; a possibilidade fisiológica
máxima do corpo humano esvaziado pela consciência projetada pelo psicossoma e a maior percentagem
do duplo etérico; sistematização do animismo do projetor; a estimulação de pontos de acupuntura na
região deltóide e a capacidade projetiva; etc.;
465.7. Para fisiológicas: razões básicas da variabilidade das aptidões dos projetores; a gestante, o feto e as projeções conscientes, prováveis idiossincrasias nos processos da projeção consciente; a
descoincidência nos estágios iniciais da gestação humana; diferenças da energia cósmica para a
individual; maleabilidade do psicossoma; diferenças da energia do encarnado para a do desencarnado;
critério de aplicação da energia obtida pelos técnicos extrafísicos; causa orgânica dos sons intracranianos;
diferenças das energias transmitidas pela consciência no corpo humano, no psicossoma, e no corpo
mental; método fácil para estimular a capacidade projetiva ou projetabilidade; etc.
465.8.Farmacológicas: ação do clorofórmio e outros anestésicos na produção da projeção
consciente; ação das drogas psicodélicas na produção da projeção consciente; etc.
465.9. Terapêuticas: a projeção consciente como recurso terapêutico avançado; método fácil da
aplicação consciente da energia da consciência encarnada projetada; etc.
465.10. Parapatológicas: o afastamento prolongado freqüente da consciência e a síndrome do
cérebro vazio; parapatologia do cordão de prata e do duplo etérico; etc.;
465.11. Físicas: fotografar, com? câmara ultra-sensível, o projetor projetado entre os sensores
de uma câmara blindada; a relação da gaiola Faraday e a consciência projetada; a ionização da base física
e a projetabilidade; os instrumentos humanos e extrafísicos na Projeciologia; a pesquisa do microcosmo,
macrocosmo, e matéria extrafísica através da projeção consciente; etc.
465.12. Artísticas: as projeções conscientes na literatura em geral (poesia e prosa); as projeções conscientes e as demais áreas artísticas; etc.
Recursos. Há recursos, hipóteses de trabalho ainda não bem esclarecidas, que podem se
transformar em muletas psicofisiológicas para a consciência encarnada se projetar, por exemplo: certos
medicamentos alopáticos; medicamentos homeopáticos; etc. Também podem inspirar hipóteses de
trabalho as idéias originais atuais (V. cap. 290).
Expansores. O mecanismo da projeção consciente, dentro do próprio indivíduo ou da psique,
desencadeia o movimento psicópeto da consciência, primeiro, através da relaxação, centralizando a
consciência no cérebro, a partir especialmente do centro mnemónico, e a perda das manifestações motoras
com o entorpecimento de todo o corpo humano. Em segundo lugar, ocorre o movimento psicófugo,
quando a consciência deixa o restringimento do cérebro físico e se expande para além do campo de força
do corpo humano, ou se exterioriza, transbordando-se para o plano extrafísico. Em outras palavras, antes
há uma implosão, depois sucede uma explosão. Ou do ponto de vista do animal humano, primeiramente
há o recuo na concentração quando a consciência se prepara para dar o bote. A seguir, ela avança e se
expande, dando o bote propriamente dito, ou seja, produzindo o pulo para o desconhecido mundo
extrafísico. Até que ponto os medicamentos expansores predispõem tais movimentos da consciência?
________________
Bibliografia: Vieira (1762, p. 218), White (1834, p. 451).
466. MODELO DA SÉRIE HARMÔNICA
Definição. Série harmônica: seqüência infinita de tons que surge de uma oscilação estacionária
fundamental, originada de oscilações elétricas, sons, etc.
Sinonímia: escala harmônica; ordem harmônica; seqüência harmônica; série matemática de
Fourier; sucessão harmônica.
Diferença. Sem que se olhe para dois instrumentos musicais — por exemplo, uma flauta e um
violino — que fazem soar alternadamente a mesma nota, de mesma altura e mesma intensidade, qualquer
pessoa pode dizer qual foi o som da flauta e qual o som do violino. Mesmo que nunca tenha ouvido
nenhum dos dois instrumentos, alguém pode notar bem distintamente a diferença entre os dois sons. Por
isso surge a pergunta: — Se a nota de mesma altura e intensidade, tem a mesma freqüência fundamental, e
o ar vibrando carrega até nossos ouvidos (tímpanos) essa mesma oscilação, como alguém consegue
distinguir a diferença de som entre os dois instrumentos? Ou expressando-se de outra forma: — Como a
oscilação do ar permite distinguir a diferença entre os sons, se a oscilação ocorre com a mesma
freqüência? A resposta está ligada ao conhecimento complementar da série harmônica.
Nota-base. Supondo seja um “dó” a nota-base, ou freqüência fundamental, assim a série harmônica, ressoante a partir dessa nota, simultaneamente com ela, que sai de cada instrumento é:
Infinita. Esta série é infinita, teoricamente, apesar de não se detectar na prática os sons harmônicos muito afastados do fundamental, devido à sua baixa intensidade. Pode-se observar os intervalos
de freqüência entre os harmônicos: oitava justa, quinta justa, quarta justa, terça maior, terça menor, etc.
Muito do que se sabe dos intervalos principais da harmonia musical existente hoje, saiu intuitivamente
desta série. Na teoria-prática de eletricidade, os harmônicos têm papéis importantes. Quando um grande
número de tais curvas — cada uma representando um harmônico — estão superpostas, a curva resultante
pode ser de uma forma altamente complicada. A riqueza e a qualidade de uma freqüência fundamental
dependem tão-somente das proporções nas quais os diferentes harmônicos entram.
Harmônicos. A resposta à questão formulada anteriormente, foi mostrada, no século passado,
pelas investigações de Hermann von Helmholtz (1821-1894), de que a característica diferencial sonora de
cada instrumento, ou o chamado timbre de um som é determinado pela proporção na qual os diferentes
harmônicos são ouvidos, ou seja, depende da energia dos vários harmônicos, que varia para cada
instrumento, ou mesmo conforme ,a maneira de se tirar o som.
Figuras. A Fig. 466.02 mostra a relação de comprimentos de onda dos seis primeiros harmônicos, ou as várias maneiras de vibração de uma corda de um instrumento musical para uma só nota e
seus primeiros harmônicos. A Fig. 466.03 (b) e (c) mostra a forma de onda de um piano e de uma
clarineta, soando uma nota de mesma freqüência, mas diferindo na forma, que caracteriza o timbre,
representado pela soma dos seus harmônicos mais intensos. Um espectro de freqüências cotando a
amplitude de cada harmônico, está exemplificado na Fig. 466.04. As amplitudes dos harmônicos são
representadas matematicamente através dos coeficientes de uma série de Joseph Fourier (1768-1830).
Percepção. Existem ouvidos humanos que conseguem perceber e distinguir até o sétimo
harmônico, outros mal percebem ou diferenciam o som fundamental. Da mesma forma, médiuns e
sensitivos conseguem perceber visualmente, ou por outros sentidos conscienciais, em graus diferentes,
variadas vibrações da matéria. Vale esclarecer que o termo sensitivo, no caso,é mais amplo que o termo
médium, pois inclui percepções anímicas, enquanto que o médium toma o papel apenas de intermediário
interplanos conscienciais.
Modelo. Esta é uma proposição de um modelo teorético factual, inicial, simples, partindo das já
conhecidas analogias de ondas com os estados conscienciais, ampliando a conceituação de ondas, através
de acréscimo da série harmônica com seu espectro infinito de harmônicos, para cada freqüência
fundamental estacionária, como primeiro passo para modelos futuros, mais sofisticados, dos estados dos
vários corpos, suas partes, suas interações com os vários estados da “matéria” ou campos condensados,
interações com outras consciências, e intra-ações com a própria consciência. Tais analogias que se
estabelecem aqui, em modelo inicial, são exclusivamente empíricas — ou baseadas na observação físicaextrafísica — e associativas, devendo ser testadas para a evolução do modelo.
Suposições. Em concordância e analogia com a série harmônica infinita e quântica (não
contínua), surgida naturalmente de uma vibração fundamental de um corpo qualquer, em oscilações
estacionárias, indo para freqüências mais altas, pode-se fazer sete suposições iniciais ou básicas:
466.1. Chacras. Associação por simplicidade, e baseada na monocor que apresentam alguns
chacras (V. cap. 109), de uma freqüência fundamental a cada um deles, acompanhada por seus vários
harmônicos, estabelecendo com isso, vários estados em que cada um dos chacras pode se encontrar,
dependendo do seu espectro ou intensidade dos harmônicos, ou seu timbre, configurando aí os vários
matizes de cada um. O estado de condensação dos campos associados a cada chacra, determina-lhes a
freqüência maior ou menor, determinando também o estágio de interação com a matéria física
condensada.
466.2.Idéia. A cada idéia pode-se associar uma freqüência fundamental que se propaga por
ressonância desde o fluxo de saída do computador mental no corpo mental (V. cap. 116), pelo psicossoma
(V. cap. 104), duplo etérico (V. cap. 90), chegando até os plasmas mais condensados do corpo humano
(V. cap. 85) no cérebro (V. cap. 237). Não se tem idéia do que é que entra em vibração nestes vários
corpos. Contudo, a transmissão tem a interferência de cada um deles, podendo ser mais rica ou mais
pobre, conforme o estado dos vários corpos; mais rica ou mais pobre em harmônicos conforme o estado
de aprendizado daquela idéia; mais rica ou mais pobre em outros pacotes de idéias disciplinares laterais,
que ajudarão ou atrapalharão no raciocínio conclusivo. Muitas idéias ou pensamentos desencadeiam
outras idéias ou pensamentos, através de fenômenos de ressonância, onde um dos harmônicos da idéia
original excita outras fundamentais. Isso dá para se ter uma noção da complexidade desse sistema
oscilatório.
466.3. Estados. Esses estados de vibração devem estar associados a complexos estágios de
vibração de campos, e aqui o conceito de campo se torna ainda obsoleto, e as vibrações mecânicas e
elétricas dadas como exemplo no início, seriam os últimos estágios de vibração de não sabemos que tipos
de campos, porém que provavelmente seriam campos não limitados pelas dimensões do espaço-tempo
conhecido, oscilando em dimensões desconhecidas, chegando ao cérebro humano por simples ressonância
e acréscimo de pacotes laterais de experiências dos vários corpos ou meta-organismos conscienciais (V.
cap. 84). Conhecer-se a natureza dessas vibrações é um dos pontos importantes que devem fazer parte dos
interesses em futuras pesquisas.
466.4.Pacotes. Os blocos ou pacotes de idéias disciplinares, associativas, laterais, vão sendo
refinados através do aproveitamento de experiências das vidas sucessivas, tornando-se aos poucos
disciplinados, purificados, e controlados através do equilíbrio dos infinitos harmônicos do seu pacote de
onda que interferindo junto com a idéia-centro irá equilibrar ou desequilibrar a resposta de saída do
complexo computador mental. Para fins exemplificativos, pode-se citar o corpo das emoções
(psicossoma), não controlado pelo fator medo, que venha como um pacote emocional e lateral de uma
determinada situação central. Diante de tal situação, o corpo das emoções despeja o fator medo, com toda
sua carga de intensidade vibrando no fundamental ou primeiro harmônico, que somado a qualquer idéia
racional de atitude posterior, manteria predominância, adentrando como fator negativo e prejudicial. O
indivíduo, com o auxílio da racionalidade, boa intenção, ampliação de conhecimentos, e bom
aproveitamento das experiências, pode ir transferindo a intensa energia do primeiro harmônico para os
demais, equilibrando assim as emoções, deixando então vir mais puro o raciocínio ou a intuição dos
corpos superiores. Da mesma forma, em sentido contrário, quem se aplica em aperfeiçoar-se nos corpos
mais densos, estará automaticamente aperfeiçoando com detalhes os corpos menos densos por outras
ressonâncias dos harmônicos por nós imperceptíveis.
466.5. Timbre. O timbre ou “cor” da vibração fundamental é o principal ponto desse modelo.
A consciência, através da vontade forte, pode interferir no timbre, ou espectro de energias de uma
freqüência fundamental, modificando as relações de intensidade dos vários harmônicos; pode transferir
energia de certos harmônicos para outros, reforçando assim os pontos principais de uma idéia central; ou
pode ainda modificar o fundamental e o espectro de harmônicos para uma determinada transmissão
energética de cura, ou de efeitos físicos, ou com finalidade de projeção consciente, etc. Como exemplo
para semelhante aplicação, pode-se citar o fato projetivo de. que se o projetor, desejando sair de
consciência contínua do seu próprio corpo humano, mobilizar energias dos chacras pela vontade firme e
reforçar com intensidade maior a freqüência fundamental do psicossoma interiorizado no corpo humano
mais o duplo etérico, ocorrerá a projeção da consciência pelo psicossoma através do estado vibracional
(V. cap. 208). Se, ao contrário, o projetor reforçar não o harmônico fundamental, mas um outro harmônico
de freqüência superior do psicossoma interiorizado, ocorrerá a projeção sem que este entre em estado
vibracional, mas diretamente, com a consciência dentro do psicossoma em estado mais alto de freqüência.
466.6. Ambigüidades. O controle mental forte, siderúrgico, projetivo, controlador de formaspensamentos, está associado ao domínio dessas freqüências dos próprios corpos, ricas em harmônicos e
dominadas pela mente presente. É o verdadeiro “conhece-te a ti mesmo”, princípio de conduta
preconizado por Sócrates (470-399 a. C.), dominando e controlando todos os corpos da consciência,
fazendo-os vibrar em conjunto, em função de determinada meta, o que dará a ela toda a força possível.
Quanto mais freqüências vibram em função de determinada meta específica, mais sólida tornar-se-á ela, e
quanto mais harmônicos lhes acompanhem, mais equilibrada e perfeita ela será. Aqui vigora o equilíbrio
do convívio da consciência com as ambigüidades e o seu entendimento profundo.
466.7. Projeção. A limpeza de cada um dos corpos — quanto às idéias negativas, às idéias do
porão da mente, ao resíduo da ferocidade animal, às vaidades egoísticas e infantis — possui seu caminho
principal, complementar, e único através da projeção consciente. É o ato de conhecer-se a si
integralmente, enfrentar o próprio eu e modificá-lo profundamente em todos os corpos, sem misticismos,
hipocrisias, e egoísmos, a caminho da utilização eficaz do corpo mental, e da vivência da universalidade
mais ampla possível (V. cap. 134). Através de projeções da consciência, se estabelece de maneira mais
profunda e universal o verdadeiro sentido do equilíbrio das freqüências e seus harmônicos.
Sintetizadores. De maneira análoga ao papel dos sintetizadores de som, em que se consegue
regular à vontade, duração, intensidade, freqüência fundamental, e timbre, eletronicamente, os médiuns,
sensitivos, animistas, e projetores conscientes, também vão aprendendo a controlar —já que possuem a
percepção mais aguçada e a energia suficiente para isso — à custa de estudos (teorias) e de treinos
(práticas), tais variáveis, a fim de alcançarem melhores experiências que vão até o limite do próprio
controle e da própria imaginação, tendo em vista a boa intenção, devendo ser o mais científico e universal
possíveis. Como se vê, neste caso, é necessário influir no sistema oscilatório.
Universalismo. As expressões “científico” e “universal” aqui são complementares. A Ciência
se ocupa em procurar a verdade, e esta procura deve ter um controle chamado científico, a fim de não se
concluir precipitadamente diante de fenômenos mascarados por muitas variáveis. E isto deve ser
acompanhado por um universalismo suficiente para eliminar fanatismos de qualquer ordem, preconceitos
passageiros, idolatrias quaisquer, neofobias gerais, postando-se a consciência o mais possível na condição
de mente aberta para a aquisição de conhecimentos novos (V. cap. 288), porém nunca deixando de lado o
indispensável controle científico. Estas duas atribuições podem parecer antagônicas a quem busca a
verdade, e armadilhas estão armadas a todo instante, até que se ajuste o equilíbrio flutuante de ambas, que
possibilitam mais rápida ascensão. Estas são aquisições de um trabalho constante, pessoal, aperfeiçoando
a maneira de ver as coisas e de conviver com os problemas, sempre supondo aqui a preexistência da boa
intenção. Independem, muitas vezes, o controle e o universalismo, da sensibilidade de percepção extrasensória de estágios conscienciais próximos, devido à não-linearidade de aquisições de conhecimentos,
servindo estas percepções de chamada para este tipo de abertura-controle.
Alterados. Provavelmente os estados alterados da consciência como, por exemplo, imagens
oníricas (V. cap. 75), estado hipnagógico (V. cap. 209), estado hipnopômpico (V. cap. 336), devaneio (V.
cap. 70), concentração mental (V. cap. 165), exaltação, sonho (V. cap. 76), estariam ligados a uma
assimilação das experiências vividas, ou digestão das já existentes às mais internas e suas impressões, às
ondas já habitantes do oceano da memória nos vários corpos. Estes estados vão desaparecendo
proporcionalmente à evolução do homem, se tornando mais profundos e complementares, até sumirem
para o estado de consciência completamente contínua (V. cap. 438).
Sensitivo. O sensitivo apurado consegue trazer, com clareza, até o âmbito do próprio cérebro
humano, as impressões de suas freqüências e harmônicos mais profundos, mais longínquos, por já
dominar e perceber tais freqüências com equilíbrio, saber amplificá-las, sem nelas interferir, ali
colocando o ponteiro de sua consciência. Essas freqüências sutis, ao entrarem em ressonância com
harmônicos externos de objetos, pessoas ou agentes extrafísicos podem ou não ser percebidas pelo
sensitivo, dependendo de sua predisposição, motivação, interesse, curiosidade positiva e capacidade de
penetração nas freqüências em questão. A penetração nos arquivos mentais de outras consciências pode
ocorrer até a nível de arquivos interiores, onde nem mesmo a consciência assaltada tem acesso, e cuja
profundidade de penetração é função do próprio controle das freqüências cons- cienciais do sensitivo ao
captar por ressonância às próprias energias, certos pacotes localizados no espaço-tempo da consciência
assaltada.
Patamares. Os corpos-base — por suas naturezas e funções diversas — traduzem a necessidade de patamares de estabilidade em cada processo, passagem, a cada corpo, para que a evolução a tais
estágios se processe, assim como existem leis para todos os fenômenos delimitando-lhes o estado de
validade, para nosso estado mental do momento ou modelo suficiente atual, fazendo com que nossa
organização mental se oriente dentro desses limites, do caminho posterior a seguir.
Inspiração. É comum que pessoas ao se encontrarem em climas de absorção de energia diversos, como debaixo das águas do chuveiro, ou outros já citados (V. cap. 161), vejam mudadas as
energias dos vários harmônicos dos seus corpos, ou o timbre dos vários corpos e partes, conforme
direcionem seus pensamentos para questões ou problemas que desejam chegar a uma solução, de tal
maneira que conseguem amplificar os harmônicos até do corpo mental. Neste ponto, a consciência traz
para o cérebro, ou de outro modo se transfere para os harmônicos mais intensos — analogamente ao
processo da clarividência — carreando idéias interessantes e tendo os mais altos estados de inspiração.
Precognição. Esses estados de ampliação das ondas do corpo mental podem ocorrer também
no sentido de ondas caminhantes no tempo, traduzindo os fenômenos designados pór pressentimentos.
Estas ondas provavelmente multidimensionais e com multifreqüências caminhantes inclusive no espaçotempo, tratam tais variáveis de maneira relativística (V. cap. 118) e não convencional. Uma explicação
lógica, convencional, clássica, inicial, e compreensível de imediato, pode ser estabelecida a partir da qual
o corpo mental puro com sua análise devastadora de causas, varre todas as possibilidades de caminhos,
como a pálida analogia de um imenso computador que prevê os próximos lances de jogada de um jogo de
xadrez a partir de todas as peças existentes e do conhecimento profundo do próprio adversário, não
deixando de considerar uma só variável. Tal análise irresistível, vibra no tempo com intensidade maior
para o caminho mais provável — e menor intensidade para os outros — podendo o sensitivo algumas
vezes, conseguir emergir tal onda do oceano de idéias, localizando-a na consciência vígil, à maneira de
um pressentimento que vem à tona, caracterizando a precognição. Entretanto, o fenômeno da precognição
deve sofrer a influência de vários fenômenos combinados: relativísticos, séries harmônicas, mudanças de
sistemas, corpo mental, ambiente, e outros ainda a serem estudados.
Vontade. Não é necessário, nem cabível, nem possível para a memória e a consciência organísmica, ou ao próprio corpo humano atual, conscientizar-se de todas as causas e processos que ocorrem
para a chegada de semelhante pressentimento, ou outro tipo de processamento (V. cap. 30), da mesma
forma que não é necessário conscientizar-se do mecanismo de todas as reações cerebrais, nervosas,
musculares, e químicas a fim de mover-se uma perna para andar. As harmonias para tais processamentos
internos são suficientes apenas com a ação da vontade — o ponteiro exter- nador dos bancos de memória
e processos do computador mental — cuja intensidade é dependente da harmonia de vibração de todos os
corpos do homem, que evolui com o aprendizado de controlá-los, conhecê-los, exercitá-los e finalmente
harmonizá-los num único sentido, o da vontade equilibrada e justa.
Processos. Para mecanismos como movimentos comuns, bastam processos mais simples e, há
muito, assimilados, ligados ao corpo animal. No entanto, no advento de desequilíbrios, podem ocorrer
bloqueios na saída de tais processos. Já para processos mais sutis s3o necessários muito cultivo e bastante
tempo de equilíbrio, tirando da consciência vígil a prioridade de processos primários, substituindo-os por
processos do corpo mental. Não e' pelo fato da não-necessidade de conscientização dos mecanismos e
causas para a produção de efeitos, que não é preciso procurá-las e conhecê-las. Pelo contrário, e' preciso ir
trazendo tais aprendizados para o estado da consciência vígil ordinária atrave's do aperfeiçoamento de
teorias e muito estudo, da mesma forma que já se conhecem grande parte das reações nervosas,
musculares, e químicas que fazem produzir o movimento de uma perna.
Aparelhagens. Um dos pontos a favor deste modelo é a interferência de certos indivíduos e
sensitivos em aparelhagens eletrônicas, que funcionam dependentes de freqüências harmônicas, como por
exemplo, centrais telefônicas, sendo tais pessoas então impedidas de trabalhar em tais lugares (V. cap.
307). No caso são provavelmente os próprios harmônicos de suas energias entrando em interseção,
ressonância, batimentos, e interferências com os harmônicos dos aparelhos eletro-eletrônicos.
Provavelmente são as energias mais densas dos chacras do duplo etérico, que se mantêm firmes,
produzindo as interferências. Outros casos semelhantes devem ser detérmi- nadas ocorrências de
poltergeister (V. cap. 56), telecinesia (V. cap. 63), etc.
Impregnação. Um indivíduo pode fazer impregnações mentais, na montagem de ondas
positivas, negativas, ou neutras, ou seja, em favor, contra, ou indiferente aôs outros, durante sua vida, de
modo que esta forma de onda sempre retorna em intensidades diferentes aos seus vários corpos, diante de
situações análogas. Tais situações podem ser próprias ou alheias, fazendo com que fatos como estes
recaiam sobre si — também, positiva, negativa, ou indiferentemente — quando se fizerem presentes no
livre-arbítrio do decorrer da vida humana, seja por situações, ambientes, objetos, ou criaturas que
induzam tal retorno.
Homem-diapasão. O diapasão de garfo, repito, é considerado na prática um tom puro, ou seja,
destituído de harmônicos superiores ao fundamental, por serem esses harmônicos de muito baixa
intensidade, imperando na essência o fundamental puro. O “homem-diapasão” vibraria com intensidade
maior no fundamental, ou bloquearia de alguma forma os harmônicos superiores diretamente aos próprios
sentidos, sendo por isso destituído de dons sensitivos, pelo fato de não conseguir modificar
significativamente o seu próprio timbre, ou desbloqueá-lo a ponto de obter percepções claras para mudar
ou realçar as energias dos harmônicos como acontece com o sensitivo que às vezes as controla ou recebe
tais realces espontaneamente. De qualquer forma o “homem-diapasão” não deixa de ser um. sensitivo em
potencial na medida em que ele passe a treinar o controle energético dos harmônicos superiores da sua
consciência ou a abstraí-la dos bloqueios. Daí porque se afirma que toda criatura humana é,
potencialmente, um médium ou sensitivo (V. cap. 372).
Vital. A presença do corpo vital, ou duplo etérico no psicossoma da consciência encarnada
projetada (V. cap. 387), traz consigo as freqüências harmônicas características das partes desses corpos,
em especial os chacras, tomando-se difícil à consciência se manter nas freqüências do psicossoma,
mantendo a lucidez, diante de tão grande variedade de freqüências, produzidas pelas energias dos chacras
mais importantes, e què o projetor não consegue organizar e equilibrar. Tudo isso deve produzir
dissonâncias na lucidez que decai. Talvez seja essa a necessidade da existência do cérebro no corpo
humano, servindo de trincheira para a manutenção da consciência, diante de fluxos condensados de
energia da nossa matéria já atômica-molecular-orgânica.
Predisposição. A chamada predisposição de um indivíduo — inclusive a própria projetabilidade (V. cap. 130) — estaria, então, diretamente relacionada com o espectro momentâneo de energias dos
respectivos harmônicos de seus corpos. Se os harmônicos superiores estão em alta (up), ou seja,
desbloqueados, o indivíduo está com sua sensibilidade extrafísica ou suas intuições amplificadas, do
contrário ele não distingue muito (down) e só raciocina mais com as freqüências fundamentais, caso em
que se acha numa condição bem terra-a-terra.
Anulação. É baseado neste controle dos harmônicos que os sensitivos podem modificar as
próprias freqüências dos harmônicos, conforme a sua maior ou menor capacidade energética ou potência
da vontade. Pode ainda o sensitivo lançar energias em alguém a fim de diminuir a sensibilidade
extrafísiça desse alguém, através da ação de queda ou anulação da intensidade dos harmônicos superiores
da criatura. Se o sensitivo for suficientemente equilibrado com suas energias, ele mantém o seu espectro,
permanecendo em constante estado de compensação energética, do contrário ele decai na sensibilidade, e
entra em descompensação energética, que às vezes chamamos de doença, obsessão, estafa, etc.
Passes. Através de passes ou transmissão de energias (V. cap. 253), os amparadores podem
reforçar: os harmônicos amortecidos de um indivíduo, fazendo com que sua consciência saia dos
fundamentais, tornando-o um sensitivo; os harmónios da freqüência natural do psicossoma do encarnado
ajudando-o a produzir a projeção consciente (V. cap. 187); os harmónicos superiores do psicossoma da
consciência projetada ampliando a sua visão extrafísiça (V. cap. 239); ou amplificar freqüências do corpo
mental, provocando com isso a projeção da consciência do indivíduo para uma dessas freqüências,
ocorrendo então a projeção através do corpo mental isolado (V. cap. 190). A intenção existente nas
transmissões dos passes energéticos em seres enfermos, encarnados e desencarnados, é possivelmente a
modificação do timbre, ou espectro dos harmônicos, ou a eliminação da forma de onda doentia e mental
que a pessoa, ou consciência desencarnada, não consegue afastar sozinha e nela se impregna de modo
vibrante.
Acoplamento. Nas condições conscienciais do acoplamento áurico (V. cap. 307), deve ocorrer
uma espécie de junção ressonante comum, entre freqüências de atitudes e pensamentos cultivados (dentro
da memória integral de qualquer tempo), e freqüências comuns de outros objetos ou consciências, com
percepção ou não pela consciência vígil do indivíduo, dependendo da sua capacidade de percepção
parapsíquica ou sensibilidade energética. Esta junção pode promover acontecimentos posteriores,
positivos ou negativos, para as consciências, dependendo da intensidade do acoplamento e se a
consciência interna consegue lançar à consciência externa (vígil) a percepção ou intuição da qualidade do
acoplamento.
Intensidade. Se a qualidade do acoplamento é negativa, a consciência tenta abafar a sua
intensidade, sabendo ou não a consciência vígil da postura tomada. Assim pode ser mudada ou não a
intensidade do acoplamento dependendo da postura das freqüências que na hora tomam conta, ou vêm em
vazão.
Objetos. Se o cultivo que domina a pessoa na “balança” geral for de pensamentos análogos
(negativos), ela reforça o acoplamento, principalmente se houver predisposição, do contrário ele se
desfaz. Como exemplo pode-se citar: a iminência de um teto (objeto) desabar sobre uma pessoa
(consciência), e se a pessoa cultivou pensamentos análogos negativos contra outras, ela se acha predisposta negativamente e assegura tal acoplamento, se perdendo na reafirmação das próprias freqüências,
sofrendo o acidente. Na condição contrária, um pretexto ou chamamento irão predispor a sua consciência
a sair dali. Os objetos impregnados por determinadas atitudes e sentimentos, positivos ou negativos, pelo
dono, podem atingir pessoas que venham a possuí-los posteriormente, por entrarem em ressonância com
as ondas de sentimentos deles emanados.
Trânsito. Uma pessoa abusando imprudentemente do trânsito pode ligar-se a outros motoristas
ou veículos por acoplamento áurico, de vazão mental análoga, ou que não mantêm a postura mental
adequada, ou quando nem é possível a postura, tendo o acoplamento vazão quase instantânea, decorrente
de freqüências ressoantes análogas cultivadas, unidas à predisposição maior, que está ligada ao tempo e à
imperfeição consciencial do indivíduo. Daí porque existem as neuroses de trânsito, tanto a neurose
individual quanto a grupai. Eis o porquê da necessidade de se cultivar bons pensamentos em qualquer
época e local, elevando os positivos e abafando os negativos. Tais ocorrências são costumeiramente
rotuladas por expressões diversas: “condição atual da evolução consciencial”; “vontade de Deus”; “conta
movimento cármica individual”; “conta movimento cár- mica grupai”; etc.
Energias. As trocas de energia têm seu processo provavelmente ligado intimamente ao fenómeno da ressonância. Uma pessoa ao lançar as próprias energias sobre outra, estará por simples ressonância amplificando determinados fundamentais e harmónicos da consciência alheia com maior ou
menor intensidade que dependerá do tempo de lançamento, e da intra-ação do sistema receptor. Essa
energia psíquica lançada pode ser de natureza positiva ou negativa. A pessoa cujas energias são
amplificadas por outra pode, devido a isso, tomar atitudes ou ter idéias também positivas ou negativas,
que não tomaria ou teria se estivesse isolada do campo energético da outra, ou se soubesse receber tais
amplificações com frieza, racionalidade, análise, e coerência nas próprias atitudes.
Ramos. Os acoplamentos áuricos podem ter muitos ramos dependendo da concentração
energética e da finalidade. Há desde o acoplamento áurico para transportes coletivos de psicosso- mas, até
amplificações ressonantes, em outras consciências, de qualquer ordem; desde a guerra psíquica nas
mentes despreparadas, até as elevações conscienciais na trilha da moral cósmica; desde a preparação de
aparelhos mecânicos e eletrônicos até ao seu bom funcionamento e uso, através da organização das
próprias energias; desde a preparação organizada dos próprios veículos de consciência até ao autodomínio
em qualquer lugar, tempo e situação finalizando com a projeção de consciência contínua.
Canais. Provavelmente devido a problemas cármicos ou de atitudes do passado da consciência
deve haver uma amplificação de certos canais energéticos e achatamento de amplitude de outros. É
deixado a cargo dos próprios pensamentos, cultivo de atitudes, e ao limite da própria imaginação, a
amplificação dos achatados. Estará na dependência da criação de um método próprio tais amplificações,
sendo importante serem registrados tais métodos, se conscientes, para que outras consciências também os
utilizem e possam sair da escuridão dos próprios sentidos. Tais intensida- des de amplificação de
sensibilidades, dependendo das atitudes precedentes, sem a consciência do todo, podem estar, numa
comparação, por um fio de linha, um cordão mais grosso, ou uma corrente de ferro.
Trauma. Existem pessoas com “descontrole energético intrínseco”, ou descompensadas
energeticamente, para as quais tudo na vida dá errado e que submetidas a testes de paranormalida- de
apresentam resultados abaixo da probabilidade aleatória. A cegueira total de um sentido pode fazer com
que a pessoa nem cogite daquele sentido, no entanto se mantém a probabilidade aleatória. Porém, ser
cego em um sentido (uma sensibilidade), e não escolher dos vários caminhos, nem o correto e nem o
aleatório, mas justamente o incorreto, é inusitado. É sinal de que a pessoa está já enxergando (naquele
sentido), mas faz questão de procurar um caminho contrário ao correto. Isso revela uma espécie de trauma
consciencial sutil, cuja abertura ou amplificação energética está por um fio.
Descompensação. É muito comum encontrar-se uma criança de colo descompensada energeticamente. Seus chacras não estão com as energias balanceadas, funcionando uns com excesso e outros
com falta. Tal ocorre devido às vezes a brincadeiras, risadas excessivas, nervosismo, pessoa característica
que roube energias, ou outra que cede energias negativas. Ocorre o mesmo com animais, plantas, etc. As
chamadas benzeduras ou os chamados passes energéticos podem compensar os chacras novamente
eliminando o problema. No entanto, encontram-se também adultos muitas vezes com o mesmo problema
— o não-controle da compensação energética — às vezes levando a síndromes crônicas ou doenças que,
com o tempo, atingem órgãos físicos próximos causando problemas concretos de ordem orgânica. Na
ocorrência de tais descontroles energéticos, muitas pessoas ao redor tentam compensar a outra, de modo
consciente ou inconscientemente. No entanto, a pessoa com o descontrole não pode passar toda a vida na
dependência dos outros e se sentindo doente, devendo procurar um autocontrole de organização, de
balanço de atitudes e pensamentos, de racionalidade, saindo da infância emocional e passando da
condição de ajudado para a condição de ajudar com maturidade e autocontrole, com vistas à própria
evolução consciencial.
Analogias. Podem ser extrapoladas analogias com a finalidade de se construir teorias neste campo, por
exemplo, com o princípio da incerteza ou o fenômeno de mudança de estado quântico. A maior
probabilidade de se encontrar a consciência do homem é no presente e dentro da esfera de energia no seu
corpo humano. No entanto, também existe a probabilidade de encontrar sua consciência projetada no
passado ou no futuro, ou de encontrá-la fora do corpo humano em sua esfera extrafísica de energia (V.
cap. 236), ou projetada fora de sua esfera de energia, quase livre, em qualquer outro ponto. Esteja ela em
quaisquer desses estados, ao emitir um “fóton” de energia, através do cordão de prata ou em direção a
outro corpo, para fora do corpo onde se localiza, haverá mudança desse estado quântico para outro estado
quântico ou plano de energia-frequência-dimensão, mais livre de imposições pesadas do sistema, vibrando
em freqüências mais sutis, onde o corpo denso seria o núcleo do átomo consciencial completo. Como se
sabe, analogias são como sementes para formações futuras de modelos iniciais, aperfeiçoamentos, teorias
posteriores e, finalmente, uma visão global da realidade.
467. ENDEREÇOS ÚTEIS
Instituições. Muitas instituições existem hoje dedicadas ao estudo e ao desenvolvimento das
experiências das projeções conscientes humanas, inclusive algumas que fornecem técnicas e ministram
cursos pagos aos interessados.
Pesquisas:
*The American Society for Psychical Research
5 West 73rd Street
New York, N. Y., 10021, U. S. A.
*The Society for Psychical Research
1 Adam and Eve Mews London, W 8, Great
Britain
*Centro da Consciência Contínua
Caixa Postal 70.000
22422, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Cursos:
*Monroe Institute of Applied Sciences
P. O. Box 94
Faber, Virginia, 22938, U. S. A.
*Eckankar (Eck)
P. O. Box 3100
Menlo Park, California, 94025, U. S. A.
447.
*Centro de Estudos Transcendentais
Rua Oscar Freire, 2283
05409, Pinheiros, S. Paulo, SP, Brasil
Livrarias:
*Livraria Francisco Laissue
Rua Gonçalves Dias, 75, 19 Andar, Sala 3
20050, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
*Livraria Horus
Rua Bela Cintra, 746, Conj. 121,12°. Andar
01415, S. Paulo, SP, Brasil
*Zipak Livraria Editora
Alameda Lorena, 1430
01424, S. Paulo, SP,
Brasil
*Samuel Weiser
740 Broadway 8th Street New York, N. Y.,
10003, U. S. A.
*Strand Book
Store 828
Broadway
New York, N. Y„ 10003, U. S. A.
*Mason’s Book Shop 789 Lexington Avenue
New York, N. Y., 10021, U.S. A.
* Watkins
21 Cecil Court
London, WC2, Great Britain
* Atlantis
49a Museum Street London, WC 1 A, Great
Britain
* Occult
Bookstore 3230
N. Clark Street
Chicago, 111.,
60657, U. S. A.
* Aspidistra Bookshop 2630 N. Clark
Chicago, II1., 60614, U. S. A.
Periódicos:
* The Journal of the American Society for Psychical
Research 5 West 73rd Street
New York, N. Y., 10021, U. S. A.
* Journal of the Society for Psychical Research
1 Adam and Eve Mews
London, W8, Great Britain
* Parapsychology Review 228 East 71st Street
New York, N. Y., 10021, U. S. A.
Cassetes:
* The Society for Psychical Research
1 Adam and Eve Mews London, W 8, Great Britain
* The American Research Team 256 South Robertson
Boulevard Beverly Hills, California, 90211, U. S. A.
* Potenciais Unlimited 4808 Broadmoor S. E.
Grand Rapids, Michigan, 49508, U. S. A.
* New Step Publications
P. O. Box 57 - Central Square Post Office Cambridge,
Massachusetts, 02139, U. S. A.
Nota. O autor se exime de responsabilidade quanto a qualquer mudança que venha a ocorrer
na existência, estrutura, administração, ou endereço das instituições incluídas nesta pequena listagem.
______________
Bibliografia: Ashby (59, p. 99), Bowles (182, p. 151), Coxhead (312, p. 257), Crouzet (344, p.
558), Dalmoi (361, p. 501), Drury (418, p. 98), Fodor (528, p. XXIV), Grattan-Guinness (626, p. 400),
Greene (635,p. 155), Holzer (743,p. 21), Larcher (887, p. 357), Pike (1243,p. 397), Popenoe (1274,p. 367),
Rogo (1444, p. XI), Shepard (1548, p. 1034), Vieira (1762, p. 3), White (1829, p. 582; 1831,p. 467).
XVI — CARTAS ABERTAS
XVI - Cartas Abertas
468. AOS LEITORES EM GERAL
Lançamento. Este livro pode servir apenas como obra de referência ou ser lido do começo ao
fim. Quem conseguir ler estas páginas até aqui observará que este trabalho metódico procurou lançar os
fundamentos da Projeciologia como subdisciplina científica, derivada da Parapsicologia, através da
investigação, ou construção de um ciência especial, sistemática, demonstrando sua importância no campo
do conhecimento e conseqüências revolucionárias em múltiplos setores da atividade humana. A
Projeciologia merece ser estudada em profundidade porque é um passo adiante, nova e inesperada área, de
alcance positivo imprevisível, a ampliar o universo de ação da consciência terrestre.
Classificação. Foram relacionadas e estudadas as ocorrências características mais freqüentes à
maioria dos projetores e projetoras conscienciais. Certos observadores podem julgar, à primeira vista,
inadequados, precipitados, ou exagerados os confrontos aqui desenvolvidos, revelando aspectos inéditos,
mas válidos, dando à nova subdisciplina uma codificação ou classificação científica com análise e
terminologia das ocorrências. Isso pode ser tido à conta de uma superestimação aos mal-informados.
Realidade. No entanto, perguntem a familiares, amigos, colegas e conhecidos, sondem nas
relações sociais, que encontrarão sempre alguém bem informado que já experimentou ou estudou as
projeções consdenciais lúcidas. A óbvia evidência das ocorrências conscienciais, parafisiológicas, deixa
todos sem alternativa senão a de se aceitar a realidade extrafísica, havendo por aí testemunhas sem conta
que têm o assunto das projeções conscienciais lúcidas entre as primeiras prioridades em suas cogitações e
em seus interesses mais significativos.
Postura. Minha postura ante a Projeciologia não foi assumida sem muita meditação. Se por um
lado sustento que, em um mundo imperfeito (deficienciolândia) essa postura é provavelmente a mais
defensável, por outro lado não a apresento revestida de certeza absoluta, nem nego o meu respeito aos que
discordarem de mim em razão da diversificação das experiências humanas.
Rejeições. Vale registrar que inúmeras idéias libertadoras da consciência humana, inclusive
muitas com origens estritamente científicas, foram mal recebidas ou francamente repelidas e hostilizadas
por cientistas, estudiosos e, ás vezes, até mesmo pelo povo em geral da época. Encontraram condições
adversas de extrema rejeição perante a consciência humana, além de outras muitas, estas quinze
descobertas: o barco a vapor; a circulação do sangue; a corrente elétrica; a daguerreotipia; as estradas de
ferro; o galvanismo; o gramofone; a hélice; a iluminação a gás; o magnetismo; os meteoritos; a ondulação
da luz; o pára-raios; a rotação da Terra; e a vacina. Há de se ter esperança de que essa época de
obscurantismo crasso já tenha sido ultrapassada.
Enfoque. Pretendo dirigir-me aos leitores e leitoras jovens de todas as condições, cuja imaginação e criatividade não tenham sido totalmente reprimidas pelos processos educacionais padronizados
vigentes. Envio o meu recado àqueles que toleram estados de ambigüidades temporárias e que não vivam
amedrontados para enfrentar as mudanças impostas pelas idéias novas. 0 que está aqui é um ponto de
partida, um esboço da idéia básica, um contraste instrutivo, um convite à sua opinião e crítica. Que outro
enfoque melhor existe para a análise e pesquisa desses problemas?
469.
AOS CÉTICOS QUANTO ÀS PROJEÇÕES DA CONSCIÊNCIA
Freio. Ninguém desconhece que tudo o que é oficial, acadêmico, ortodoxo, constitui freio
poderoso para toda e qualquer intenção de renovação. A mente humana é sobremodo conservadora.
Tabus. Ainda existem áreas protegidas por tabus contra a investigação científica, porque o
cientista dogmático, enclausurado na ortodoxia, vive escravo de sua reputação, dentro do atual mundo
cultural, extremamente fechado, que não admite divergências.
Ortodoxia. Etimologicamente, “ortodoxia” significa opinião correta ou, de maneira implícita,
que todas as opiniões que não coincidem com ela não o sejam. É lógico que os profissionais se vejam
impelidos a defender com afinco suas idéias como as únicas válidas e autorizadas, anatematizando o que
acarrete revisão ou inovação, e tudo quanto pretende mudar, mesmo para melhor, se converte naturalmente
em heterodoxia ou desvio.
Descoberta. Constitui ponto pacífico que nenhuma descoberta pode ser recebida com entusiasmo se vem colidir com algum interesse criado ou entra em conflito com os pontos de vista de uma
hierarquia científica, ou seja, quando se choca frontalmente com dogmas científicos.
Inibições. Logicamente, nenhum objeto pode, a priori, ser excluído da investigação da Ciência
que não deve conhecer inibições ou impossibilidades, que não admite tabus, e nem territórios para sempre
inacessíveis. A Ciência, inclusive, é implicitamente universalista.
Gratuidade. Será sempre fácil para os pretensos racionalistas, sofistas de todos os gêneros, e
pessoas de opiniões preconcebidas, fazer afirmações gratuitas, afastar o assunto das projeções conscientes
como destituído de valor para uma discussão séria, ou desmentir, sem provas — por mero contorcionismo
mental - as ocorrências supostamente mal interpretadas. Igualmente, uma abordagem hostil, do tipo “seique-isso-não-funciona”, não leva a qualquer resultado construtivo.
Cientista. Como se sabe, não existe ser humano perfeito. Nem diploma, obtido através da indústria da educação, confere onisciência. Até o cientista renomado pode ser, e se apresentar, tão irracional
igual a qualquer outra pessoa, ou talvez mais, pois sendo apenas humano, nem sempre pode admitir seus
erros, mesmo quando defrontado com provas rigorosas e irrecusáveis, sendo necessário colocar-se de
guarda contra toda prevenção ou negação antecipada, bem como manter a vigilância sempre alerta e um
espírito crítico permanente. Aquilo que não está suficientemente provado, aos inexperientes, no caso, não
pode ser negado por que não se sabe como se produz.
Infalibilidade. Há sempre quem suponha que o seu testemunho deve ser aceito e acreditado,
porém jamais acreditará no testemunho alheio. Esses seres mais renitentes e obstinados negadores, céticos
compulsivos, incrédulos refratários, que julgam sempre por antecipação, acham-se de tal modo
convencidos de sua infalibilidade, que duvidam mesmo do testemunho dos seus sentidos. Geralmente com
esses perder-se-á inutilmente o tempo, a lógica, e o esforço das experimentações, pois não desejam ser
convencidos.
Conhecimento. A maioria dos autores de artigos das revistas técnicas, infelizmente, não dispõe
de mais amplo conhecimento, multidisciplinar, universalista, em outros campos científicos, nem quanto às
pesquisas parapsíquicas, internacionais, através do tempo. Por isso, não conseguem entender, às vezes, o
significado integral de suas próprias descobertas no que diz respeito ao intercâmbio intermundos.
Inabitual. Com a Projeciologia, todos são colocados diante de situação nova que requer explicações novas. Compreende-se que a inteligência rotineira recusa o inabitual da Projeciologia, cu- jos
fatos devem ser experimentados diretamente, pelo próprio indivíduo, para que se possa admiti- los.
Questões. Sobre a ignorância geral a respeito de certos assuntos na Projeciologia, como o
cordão de ouro, ou mesmo o corpo mental, também não podem ser esquecidas cinco questões triviais e
ainda obscuras a respeito da própria matéria, provando que não existem somente certezas no mundo
científico, por exemplo: — De que é feito o elétron? Qual a natureza do tempo? Como ocorre o impulso da
fibra nervosa? Como se produz a consciência? Que espécie de fenômeno é o pensamento?
Saída. Este livro destina-se a ampliar os horizontes de pensamentos dos leitores de boa vontade,
auxiliando certas pessoas a encontrarem uma saída do limitado círculo dos seus conceitos — em geral
extremamente estimados — no sentido de que o espírito restrito possa dar lugar à mentalidade aberta, bem
como a adverti-los quanto ao emprego de palavras difíceis tais como impossível, nunca, jamais, etc.
Individualismo. À vista dos aspectos expostos, e tendo em conta o caráter individualíssimo das
projeções conscienciais lúcidas, será válido formular duas questões aos céticos habituais de todos os
gêneros ou àqueles que ainda não tiveram experiências pessoais quanto ao assunto: — Será a abstenção
pura e simples do tema das projeções conscienciais, uma atitude justa, realmente válida, ou sequer correta?
Vale tentar entender que as projeções conscienciais existem e aceitar tal realidade como força para o bemestar comum de todos? O ceticismo metódico, componente do enfoque científico, constitui tão-somente a
adoção permanente de uma atitude crítica. Já o ceticismo radical ou sistemático bloqueia a possibilidade
de qualquer conhecimento.
Alternativas. Ante o relato de uma experimentação de projeção consciencial lúcida, ao ouvinte
inexperiente quanto ao assunto restam três alternativas: acreditar sem mais nem menos na descrição ou
narrativa do expositor; duvidar do equilíbrio mental do expositor; procurar ter uma experiência igual para
ajuizar criteriosamente a ocorrência. Recomendo, invariavelmente, esta terceira opção a quem quer que
seja.
470.
AOS APRIORISTAS
Apriorismo. Ninguém tem o direito de julgar e muito menos o de condenar o que desconhece,
pois com o método do pré-julgamento ou rejeição pronta e pré-fabricada, todo fato pode ser acusado mais
ou menos de qualquer coisa.
Negação. Constituem atitudes absurdas, que não podem ser levadas a sério na análise dos
fenômenos da Projeciologia, aqui estudados: a negação infundamentada dos aprioristas em negar
sistematicamente os acontecimentos sem experimentá-los; o ato de negar por simples covardia intelectual,
em razão de complexo, ou censura subconsciente; negar porque dá trabalho para aceitar o fato de que as
ocorrências acontecem e permanecer numa acomodação ortodoxa, impermeáveis à evidência experimental
e a qualquer argumento racional; negar fatos persistentes, contudo contrários ao conhecimento anterior,
considerados desagradáveis e prejudiciais ao bem-estar, porque atingem outros interesses, ferindo o
instinto de conservação; negar por alimentar a chamada alergia ao futuro, evidenciando tendências
retrógradas, a neofobia, o misoneísmo, opondo-se a tudo o que seja novo. Tudo isso e todos estes
impedem o desenvolvimento de pesquisas destinadas a abrir novos horizontes ao homem.
Fatos. Os fatos fazem pensar e exigem interpretação. E esses mesmos fatos não precisam de
nossa concordância ou aceitação para existirem. Nunca se viu um fato deixar de existir para tranqüilizar os
seus negadores. Nenhuma atitude irracional consegue impedir novas ocorrências de projeções
conscienciais lúcidas, irreprodutíveis apenas por alucinações, mas repetidas pelos projetores conscientes
humanos que não conseguem, obviamente, recusar o testemunho dos próprios sentidos ou percepções. Os
fatos aí estão a desafiar com provas objetivas e subjetivas, repetíveis e irrefutáveis, não sendo possível
abafá-los: não se pode impedir que as pessoas durmam. E a condição do sono natural constitui
freqüentemente a base de lançamento do estado xenofrênico da projeção cons- ciencial lúcida.
Crenças. Toda pessoa está sempre limitada e presa ao seu sistema pessoal de crenças,
preconcepções ou idéias preconcebidas. Se a criatura encarnada, homem ou mulher, acredita que não pode
projetar a sua consciência lúcida para fora do seu corpo humano, então não está mesmo apta para se
projetar e dificilmente o conseguirá, enquanto assim permanecer, bloqueando por auto-suges- tão natural,
suas próprias manifestações.
Causa. A culpa no caso da pessoa que não se projeta conscientemente é dela mesma, a causa ou
a razão está na sua própria consciência que, igual a todas as outras, antes de viver no mundo de todos,
aberto, universal, vive no seu mundo particular, fechado, individual, com suas idéias e suas formaspensamentos. Estas tais devem ser entregues ao tempo, o máximo renovador das experiências.
Provas. As projeções conscientes fornecem, com relativa facilidade, provas cruciais e autoconfirmações irrecusáveis. Para as provas públicas, os fatos da projeção consciente reclamam pesquisadores isentos que não tenham fortes idéias preconcebidas a respeito de animismo e paranormalidade a
favor ou contra, ou cujas escalas emocionais não estejam pesadamente marcadas pela crença ou descrença
de quaisquer gêneros, porém que aceitem as evidências com equilíbrio e discernimento. O caminho da
Ciência é a evolução, por isso, que se modifiquem os códigos, que se alterem os currículos universitários,
que se redefinam os postulados, contudo não interrompam o progresso científico.
471.
AOS PARAPSICOLOGOS
Problemas. No terreno da Projeciologia muita coisa ainda está por fazer, com problemas ainda
não resolvidos, reclamando o trabalho de pesquisadores dispostos a enfrentar este assunto altamente vital
com a devida coragem para se aventurar em caminhos não convencionais, através de métodos e
abordagens transdisciplinares dos fatos científicos.
Princípios. Os quatro princípios da paranormalidade, ou seja, os princípios transtemporais,
transespaciais, transfísicos, e transpessoais, constituem as características que distinguem os procedimentos
da Projeciologia. Os seus fenômenos estão além das leis físicas até agora conhecidas e entram em conflito
com um ou mais de outros quatro princípios delimitativos que distinguem os fatos normais dos chamados
fatos paranormais: princípios de causação; limitações da atuação da mente sobre a matéria; dependência da
mente para com o cérebro; limitações dos meios de adquirir conhecimentos.
Estudos. Os fatos da Projeciologia não são prodigiosos: todos se processam segundo mecanismos e leis naturais, embora ainda desconhecidos. A Projeciologia, portanto, não é assunto de credulidade
ou ceticismo para ser colocado a serviço de tendências místicas, ou ser manejado através de preconceitos
de qualquer natureza, porém constitui tema de estudo, sem conotações ideológico- religiosas, a ser feito
com submissão rigorosa às leis universais da observação, da experimentação, e da explicação científicas.
Abordagens. O trabalhador em pesquisa — parapsicólogo, parapsicobiofísico, ou psicotronis- ta
— que é um solucionador de quebra-cabeças, há de considerar o campo da Projeciologia como ainda em
experiência e os seus fenômenos ainda sob indagação, sendo necessário munir-se de boa provisão de
abordagens para planejar projetos que abram novas linhas de investigação no lento progresso em direção
da aceitação geral e da recognição científica quando a atual situação, — superavit de perguntas e déficit de
explicações, — própria de uma ciência no período da infância, será melhorada.
Objetividade. A realidade e a genuinidade dos fatos não podem ser encaradas com frases feitas,
obsessões ou passionalismos, mas sim com dignidade, correção, vontade de acertar, objetividade, e visío
realista para depurar a Projeciologia do empirismo, das improvisações, e do contexto místico a que foi
arbitrariamente vinculada, a fim de que evolua em bases positivas, sob a orientação de pessoas habilitadas
em todos os sentidos, que observem os fenômenos sem parti-pris, estabelecendo-lhe as normas
fundamentais.
Respostas. Espera-se que, ao longo dos próximos lustros, sejam encontradas inúmeras das
respostas que agora começam a ser procuradas, e enfatizadas neste livro, podendo diminuir algumas gerações de trabalho das muitas ainda necessárias para que os fenômenos da Projeciologia, amanhã, sejam
acrescentados, de maneira prática, ao corpo dos conhecimentos científicos usuais.
Controle. Supondo que toda aptidão presente em certos membros da raça humana dificilmente
faltará no resto, que se alguém pode fazer algo, outros também o poderão, e que potencialmente todos
dispõem da chamada paranormalidade, é necessário que a pesquisa científica descubra um meio de
transformá-la em aptidão mais controlável, sistematizável, acessível a todos, a fim de utilizá-la à vontade e
os benefícios práticos no campo da Projeciologia serão incalculáveis.
Hipóteses. Como hipóteses de trabalho, sugiro aos senhores parapsicólogos, especialistas em
subcampos específicos de pesquisa, a procederem, a longo prazo, a um levantamento panorâmico,
multidisciplinar, exaustivo, sem temer o imenso volume de dados que serão alcançados — melhor do que
isso que procurei fazer com a Projeciologia, neste livro — dos aspectos e dos fenômenos essenciais da
Parapsicologia, incluindo a bibliografia mundial especializada, tais como: telepatia;
precognição;poltergeister; curas paranormais; ectoplasmia; reencarnação; etc.
Computação. Tais investigações e balanços gerais virão intensificar a confluência dos achados
e ampliar o campo de visão das pesquisas internacionais, possibilitando fazer um programa de computação
(o que procuro fazer hoje), dedicado exclusivamente a cada um destes temas, o que será de importância
inavaliável como fonte de consulta para todos os pesquisadores. Seja individualmente ou em equipe, com
ou sem suportes econômico-financeiros oficiais, neste país ou noutro, hoje ou amanhã, prevejo que tais
levantamentos serio inevitáveis tendo em vista o desenvolvimento da própria ordem natural das coisas e o
papel das pesquisas parapsicológicas na evolução geral do ser humano.
Modéstia. O pesquisador em geral, e notadamente na Projeciologia, tem de questionar tudo e
todos. A humildade é irmã da passividade e ambas estas predisposições da consciência se opõem à
disposição inquisitiva, questionadora, indispensável ao pesquisador em qualquer campo científico. A
modéstia, ou a autoconsciência quanto às próprias limitações, é outra predisposição bem diversa da
personalidade. Os pesquisadores criativos, descobridores, eficientes, podem e devem ser modestos,
contudo jamais devem ou precisam ser humildes.
472.
AOS PROJETORES E PROJETORAS
Observações. As constatações realizadas sugerem algumas observações — sem paternalismo
inconseqüente — ao candidato à produção da projeção consciente e ao projetor consciente militante, em
favor deles mesmos: não receiem a cooperação de pessoas qualificadas em seus experimentos; dêem
oportunidade de serem testadas suas capacidades projetivas; permitam que os pesquisadores doutos lhes
documentem as atividades com pesquisas científicas, em defesa dos senhores mesmos, padronizando
técnicas e dispensando procedimentos inúteis; não se acomodem aos incen- sos sociais deixando-se ficar
monopolizados por algum culto; aproveitem as fases áureas de maior intensidade das projeções
conscientes em série, produzindo os experimentos de modo racional, antes que sobrevenha o período de
recesso projetivo.
Experiências. Lembro ao projetor principiante que: não deve esperar produzir somente projeções pelo corpo mental totalmente conscientes, pois experimentará projeções intercaladas produzidas
através do psicossoma, de modo inevitável; não espere explorar só ambientes evoluídos, resplandecentes,
porque visitará também ambientes crosta-a-crosta umbralinos; não espere, no plano extrafísico, satisfazer
apenas sua vontade sempre,pois terá de auxiliar os outros se quiser progredir extrafisicamente; não espere
experimentar somente projeções seriadas continuamente, porque os primórdios do desenvolvimento da
projeção consciente apresentam períodos funcionais de recesso ou inatividade; não>espere dormir e se
projetar sempre com toda a lucidez, pois o projetor novato não consegue extinguir o sono, o sonho, e o
pesadelo que coexistem fisiologicamente com as projeções conscienciais; não espere obter evolução
consciencial automática, porque isso não existe. Toda conquista da consciência depende de esforço
gradativo, perseverante, e da decisão da vontade inabalável, antes de tudo e de todos.
Seleção. Os muitos avanços evolutivos animais, através dos milênios, ocorreram mais ou menos
assim: um excesso de curiosidade impele pequeno número de criaturas para nova área do ambiente. A
princípio, apenas um animal se aventura no território pouco familiar, ou no máximo alguns deles. Estes
constituem a vanguarda. Caso o ambiente estranho ofereça vantagens, outros o seguem. Então a seleção
natural começa a atuar sobre o pequeno grupo de indivíduos aventureiros e adapta seus organismos às
exigências da vida no habitat novo. E através de muitas gerações, surge nova linhagem de animais
adaptados. As consciências encarnadas estão fazendo o mesmo, atualmente, na Terra, com referência aos
planos extrafísicos, ao cérebro humano, e aos seus veículos de manifestação.
Objetivo. Não tente forçar o burilamento de sua capacidade projetiva exclusivamente num
objetivo, seja tentando se projetar somente pelo psicossoma no plano astral, ou apenas pelo corpo mental
ou querendo alcançar, por meta única, a expansão suprema da consciência.
Condições. O esforço do projetor encarnado deve ser encaminhado simultaneamente nessas três
frentes de luta ou na direção dessas três condições da consciência projetada, mantendo-se de mentalidade
aberta (open mind), a todos os alvitres positivos de origem física e extrafísica que possam colaborar, de
algum modo, com o auto-aperfeiçoamento harmonioso conjunto, dentro da escala da consciência contínua.
Reencamações. Por outro lado, não aguarde furar os céus apenas com esta atual encarnação. É
longa a fieira das reencamações neste estágio na Terra. Ninguém evolui com um passo apenas, nem recebe
de sopetão a iluminação espiritual por atacado, de uma vez, como se fosse premiado por loteria invisível.
O impacto do deslumbramento que fulgura hoje, já vinha tendo a sua detonação preparada através dos
séculos, milênios, encarnações, e desencarnações sucessivas.
Evolução. O praticante da projeção consciente há de se conformar e aprender a jogar segundo as
regras do jogo, permanecendo atento ao fato de que toda evolução consciencial deriva do esforço próprio,
na melhoria do autodesempenho, gradativamente, passo a passo, projeção a projeção, em- bricando esta
existência com a próxima, avançando em seus estágios, e entrosando-os nos mesmos objetivos de
iluminação, dentro das posições das equipes evolutivas e malhas dos impostos cármi- cos pessoais, grupais
e coletivos.
Abordagem. A abordagem à Projeciologia será sempre mais construtiva para o projetor e para
todos quando universalista,do ponto de vista filosófico, e imparcial, do ponto de vista científico.
Precauções. O projetor adulto, principalmente, homem ou mulher, em especial aquele que
obteve as primeiras projeções conscientes expressivas pelo próprio esforço anímico, há de se prevenir
contra três manifestações: os arroubos poderosos do misticismo; qualquer tendência esboçante ao
sectarismo em suas convicções e atitudes; e a tentação — mais comum do que se pensa — de fundar nova
seita ou religião.
Evidências. Essas são as evidências que encontro nos planos físico e extrafísicos. Outras
elucubrações tenho a conta de fantasias místicas destituídas de fundamentos racionais.