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Pintescritura , neologismo cunhado para lidar com as complexidades epistemológicas advindas de uma investigação em nível de Mestrado, batiza o texto que aqui se propõe. Investigava-se então a picturalidade no cinema de Peter Greenaway e na literatura de Virginia Woolf. Ali onde a analogia autoriza que a escrita e o pictórico se reúnam na lógica do traço,opera o conceito que lança luz sobre a circularidade significante – uma troca de olhares entre Lacan e Saussure- em que se propõe uma abordagem poético- sincrônica em detrimento de uma perspectiva linear da narratividade. Pintescritura é agora invocado para o Doutoramento em Teoria e História da Arte em torno das apropriações sígnicas do histórico na obra da artista visual Adriana Varejão em que os limites entre Verdade e Ficção se questionam e problematizam a partir das elaborações propostas por Jacques Lacan em que sujeito e linguagem copulam, com reverberações que , sustenta-se aqui, não se confinam aos desdobramentos pós-lacanianos presentes em Damisch e Georges Didi-Huberman, historiadores da arte, mas poderiam igualmente servir a uma reflexão em torno das implicações para a Teoria da História como campo expandido, constituído por espelhamentos e(m) analogias. O entendimento do passado como uma “estrutura em progresso” presente na obra do historiador francês Marc Bloch e dos representantes dos Annales impõe-se aqui. Só uma indagação nascida de uma demanda investigativa presente pode autorizar que o passado se atualize como um campo de desafios interpretativos a serem enfrentados pelo historiador. Eis o que constitui o histórico como um problema digno de um olhar que o disseque à luz do contemporâneo e o possa constituir como um terreno marcado por significações nunca inteiramente dadas mas resultantes de tensões significantes. “Os fenômenos não falam por si sós e pela evidência. É preciso provoca-los . O que equivale a dizer que é preciso construí-los como objetos teóricos” , como nos lembra Calabrese em A Idade Neobarroca. O impacto para a constituição do conhecimento histórico é,acredita-se,indiscutível. Defende-se aqui a legitimação de uma transposição ou um empréstimo, por assim dizer, das elaborações de Bloch para este outro lugar – topos -em que o artista usa os motivos da história como rasura, a seguir-se a lição de Derrida,uma escrita em que a lógica de significação advém de uma operação no significante – aqui tomado para além de sua constituição linguístico-verbal – pois que uma das premissas de nossa visada é a de que a imagem se constitui como um discurso que, invariavelmente, depende de uma elaboração veiculada pela palavra, viabilizada pelas estruturas logofonocêntricas. A História "na" Arte é repensada a partir de uma apropriação em que Varejão se torna alegoria.
GARRAFA, 2023
This article examines works by the Brazilian artist Adriana Varejão produced in close dialogue to the Brazilian Baroque. The hypothesis of this text is that through the visual work of Varejão, it is possible to revisit a series of seminal moments in the cultural history of Brazil traversed by violence and sensuality. Divided into three parts, this text argues that Varejão’s production allows new readings of the encounter between native cultures and the Portuguese early settlers, the sexual violence of slavery, and the creation of a State Baroque stemming from the construction of Brasilia.
Pintescritura: neologismo cunhado para lidar com as complexidades epistemo-fenomenológicas das fronteiras entre palavra e imagem em Virginia Woolf e Peter Greenaway sob um pano de fundo teórico de inclinação lacaniana. Intenta-se aqui iluminar algumas das complexas fronteiras que a obra do cineasta e artista multimídia galês Peter Greenaway mantém com programas narrativos presentes na Arte Contemporânea. Seus curtas e média-metragens H is for House (1973) , Vertical Features Remake (1976) e A walk through H : the reincarnation of an ornithologist (1978) adquirem sua peculiaridade tropológica precisamente por travestirem-se de uma forma híbrida que se apropria parodicamente do gênero documentário . Tal travestimento paródico perturba a um só tempo a circunscrição histórica de distintos gêneros fílmicos e acaba por apontar para a fragilidade do caráter veritativo a que se associa o documentário. Ficionaliza-se o documento e documenta-se sua possibilidade de ficcionalização. Para além das óbvias implicações filosóficas a envolver o estatuto da verdade e seus desdobramentos para a constituição do saber histórico, a artificialidade explícita e jocosa que marca o tom destes exercícios fílmicos aproxima-se de obras nos mais distintos suportes que integram o circuito da Arte Contemporânea , como , por exemplo, a artista visual Rosangela Rennó e sua construção narrativa em torno da apropriação de fotografias produzidas por outrem para compor painéis poéticos que oscilam entre ficção e realidade. A afiliação pictórica de Greenaway , evidente em toda a sua exuberância em seus longa-metragens, aqui assume feições que flertam de maneira muito mais explícita com procedimentos e encaminhamentos discursivos mais afeitos à dimensão intelecto-conceitual da Arte Contemporânea. Uma aparente discontinuidade ou descompasso constitutivos, é importante ressaltar, entre a palavra e imagem contribui para a delimitação de um território estético autocontido , marcado pela ironia ,em que há , como se o sustento aqui, uma concentração extrema na lógica do significante lacaniano “ o significante representa o sujeito para outro significante’ , máxima de Lacan em que se acentua a dimensão estrutural da linguagem em sua relação com o sujeito. O autômato vivo que rege os mecanismos e funcionamentos da linguagem , à revelia daquele que diz falar em seu nome. É esta a dimensão que rege estes exercícios nos curtas de Greenaway em que os elementos narrativos compõem-se de dados mascarados no mais das vezes de cientificidade biológica , de dados biográficos falseados, de complexas tensões entre imagem e texto. Uma acentuação que recai portanto sobre a memória eidética (formal) das formações sígnicas , narrativas pautadas pela mais radical arbitrariedade do signo. Obras que se apoiam no poder de uma independência narrativa em relação ao mundo. Interessa aqui esboçar alguns dos meandros de uma tal memória sígnica marcada por anacronismos históricos , sustentada por suas similitudes sincrônicas , investida de irrupções sintomais e fantasmáticas ( Aby Warburg) , a presença de personagens fictícias afetadas ( pathemata) pela História de maneira enviesada. Uma memória que , como se a entende aqui, aparenta indicar o ‘corpo-falante’ do último Lacan , este corpo que é o lugar do Outro, um corpo que ‘acontece’ em sua fisiologia irredutível a qualquer linguagem acomodatícia. Corpo alegórico a estruturar um caminho teórico e narrativo. Corpo que irá emergir em sua plenitude metafórica, metonímia e visual nos longa-metragens de Greenaway a partir da década de 80 do século XX.
Memórias dos Povos do Campo no Paraná - Centro Sul, 2013
B. Doutrinas sobre a primeira Tétrada C. Proliferação do Silêncio D. Os números, substância das coisas E. A criação do mundo F. Argumentos escriturísticos Simão, o mago Menandro Saturnino e Basílides Carpócrates Cerinto Ebionitas e nicolaítas Cerdão Marcião Outras seitas menores A seita dos barbelonitas Ofitas e setianos Cainitas CONCLUSÃO II LIVRO TEORIAS GNÓSTICAS E SUA REFUTAÇÃO O DUALISMO DEUS-CRIADOR Único Deus Pleroma criador Os anjos não são criadores ...nem um segundo Deus Defeitos no Ser supremo. Trevas e vazio Ignorância e dependência Desconhecimento de Deus pelo Criador O mundo inferior, cópia e sombra do superior Nosso mundo, sombra do superior Testemunho universal em favor do Deus criador Ironia sobre a atividade criadora de Acamot Por defeito Por excesso Primeira série de emissões Testemunho dos poetas antigos Arbitrariedade das divisões numéricas Infinidade de cópias Origem igual, igual natureza Sofia-ignorância. Entímese-paixão O germe depositado sem o Pai saber Refutação da argumentação bíblica Contra o número 30 Números irredutíveis GNOSE VERDADEIRA E GNOSE FALSA Mistério de Deus e atitude do homem As obras salvam ou condenam o homem Aplicações a cada uma das teorias Sobre a necessidade de fazer todo tipo de experiências A transmigração das almas Nomes divinos diferentes CONCLUSÃO III LIVRO DOUTRINA CRISTÃ A TRADIÇÃO APOSTÓLICA DEUS, ÚNICO E SENHOR, PAI DE Nosso Senhor JESUS CRISTO A. Visão geral Testemunho dos profetas Oração Testemunho dos apóstolos Afirmações de Cristo B. Testemunho dos apóstolos e dos discípulos Dos evangelhos Mateus Lucas Marcos João O Evangelho: único e quadriforme C. Testemunho dos Atos dos Apóstolos Pedro Filipe Paulo Estêvão Os apóstolos, reunidos em concílio D. Solidariedade dos hagiógrafos Escritos não paulinos Os escritos de Lucas Os escritos paulinos Atitude dos hereges JESUS CRISTO É UMA ÚNICA PESSOA, VERBO ENCARNADO E SALVADOR Erros dos hereges O Verbo identifica-se com o Cristo Jesus identifica-se com o Cristo A pomba, símbolo do Espírito Santo, não do Salvador do alto O Salvador é Jesus Era necessário que o Verbo sofresse para a nossa salvação Efeitos da paixão Não é somente homem A "economia" divina: magnanimidade do desígnio O sinal da Virgem Redenção também para Adão CONCLUSÃO O depósito da fé A bondade de Deus Votos apostólicos IV LIVRO CONTINUIDADE ENTRE ANTIGO E NOVO TESTAMENTO DEUS ÚNICO, PAI E DEMIURGO Pelo testemunho de Jesus Pelas palavras de Moisés Resposta a duas objeções Jesus Cristo fala do Deus de Abraão O Filho conhece e revela um único Deus Pai O Deus de Abraão é o Deus revelado por Jesus Nosso Senhor não aboliu a Lei O Novo Testamento foi predito pelo Antigo O AntigoTestamento dá testemunho a Jesus Cristo DEFEITOS PRESUMIDOS NO ANTIGO TESTAMENTO É o homem que muda, não Deus Antigo e Novo Testamento concordam no preceito fundamental Cristo aperfeiçoa, não abole a Lei Deus não fez a criação por fins egoístas Deus quis o bem do homem A circuncisão é sinal, não causa da salvação Deus não se irou por causa dos sacrifícios do Antigo Testamento Perfeição dos sacrifícios do Novo Testamento GRADUAÇÃO DA REVELAÇÃO Transcendência de Deus Deus torna-se acessível em Jesus Cristo Os profetas viam parcialmente Acontecimentos do Antigo Testamento explicados no Novo Continuidade entre os dois Testamentos Os semeadores e os ceifadores O chamado dos pagãos à fé. Suas condições de inferioridade A incircuncisão liga-os a Abraão O ideal dos sacerdotes No Antigo Testamento os defeitos são relevados e condenados Superioridade moral do Novo Testamento Resposta a duas objeções. Endurecimento do coração do faraó Furto dos hebreus Justificação das filhas de Lot único Deus revelador GNOSE VERDADEIRA E GNOSE FALSA O verdadeiro discípulo "espiritual" Profecias e seu cumprimento A novidade é o próprio Senhor Explicações inconsistentes dos gnósticos Unidade de Deus nas parábolas de Jesus. A parábola dos vinhateiros Parábola dos convidados às núpcias Outras parábolas Liberdade: contra as categorias gnósticas Imperfeição e educação do homem Docilidade para com a ação de Deus Prêmio e castigo segundo o mérito Os maus são filhos do diabo CONCLUSÃO V LIVRO ESCATOLOGIA CRISTÃ RESSURREIÇÃO DA CARNE A carne de Cristo A carne eucarística O poder de Deus na fraqueza da carne Os corpos podem viver por muito tempo O homem é alma, corpo e espírito O penhor da ressurreição O penhor é o Espírito Carne sem respiração O enxerto do Espírito As obras da carne e os frutos do Espírito A obra do Espírito A mesma carne ressuscita Uma expressão paulina mal entendida Em Cristo ressuscitou a nossa carne A mesma carne, o mesmo Criador A salvação é obra do Verbo A redenção da carne revela o Pai O Verbo, mediador perfeito TRIUNFO DE CRISTO A economia da Virgem Sabedoria de Deus na Igreja Luta contra o demônio: as tentações Libertos da antiga escravidão O pecado original Mentiroso desde o princípio O Anticristo: profetizada a sua vinda Previsto o fim do seu reino Condenado por Deus Envolve os seus seguidores Recapitula em si todas as iniqüidades O nome misterioso do Anticristo O REINO ETERNO Preparação gradual Cumprimento da promessa As profecias de Isaías O reino dos justos CONCLUSÃO APRESENTAÇÃO Surgiu, pelos anos 40 do século XX, na Europa, especialmente na França, um movimento de interesse voltado para os antigos escritores cristãos e suas obras conhecidos, tradicionalmente, como "Padres da Igreja", ou "Santos Padres". Esse movimento, liderado por Henri de Lubac e Jean Daniélou, deu origem à coleção "Sources Chrétiennes", hoje com mais de 400 títulos, alguns dos quais com várias edições. Com o Concílio Vaticano II, ativou-se em toda a Igreja o desejo e a necessidade de renovação da liturgia, da exegese, da espiritualidade e da teologia a partir das fontes primitivas. Surgiu a necessidade de "voltar às fontes" do cristianismo. No Brasil, em termos de publicação das obras destes autores antigos, pouco se fez. Paulus Editora procura, agora, preencher este vazio existente em língua portuguesa. Nunca é tarde ou fora de época para rever as fontes da fé cristã, os fundamentos da doutrina da Igreja, especialmente no sentido de buscar nelas a inspiração atuante, transformadora do presente. Não se propõe uma volta ao passado através da leitura e estudo dos textos primitivos como remédio ao saudosismo. Ao contrário, procura-se oferecer aquilo que constitui as "fontes" do cristianismo para que o leitor as examine, as avalie e colha o essencial, o espírito que as produziu. Cabe ao leitor, portanto, a tarefa do discernimento. Paulus Editora quer, assim, oferecer ao público de língua portuguesa, leigos, clérigos, religiosos, aos estudiosos do cristianismo primevo, uma série de títulos, não exaustiva, cuidadosamente traduzidos e preparados, dessa vasta literatura cristã do período patrístico. Para não sobrecarregar o texto e retardar a leitura, procurou-se evitar anotações excessivas, as longas introduções estabelecendo paralelismos de versões diferentes, com referências aos empréstimos da literatura pagã, filosófica, religiosa, jurídica, às infindas controvérsias sobre determinados textos e sua autenticidade. Procurou-se fazer com que o resultado desta pesquisa original se traduzisse numa edição despojada, porém, séria. Cada autor e cada obra terão introdução breve com os dados biográficos essenciais do autor e comentário sucinto dos aspectos literários e do conteúdo da obra suficientes para boa compreensão do texto. O que interessa é pôr o leitor diretamente em contato com o texto. Ele deverá ter em mente as enormes diferenças de gêneros literários, de estilos, em que estas obras foram redigidas: cartas, sermões, comentários bíblicos, paráfrases, exortações, disputas com os heréticos, tratados teológicos vazados em esquemas e categorias filosóficas de tendências diversas, hinos litúrgicos. Tudo isso inclui, necessariamente, uma disparidade de tratamento e de esforço de compreensão a um mesmo tema. As constantes, e por vezes longas, citações bíblicas ou simples transcrições de textos escriturísticos devem-se ao fato que os padres escreviam suas reflexões sempre com a Bíblia numa das mãos. Julgamos necessário um esclarecimento a respeito dos termos patrologia, patrística e padres ou pais da Igreja. O termo patrologia designa, propriamente, o estudo sobre a vida, as obras e a doutrina dos pais da Igreja. Ela se interessa mais pela história antiga incluindo também obras de escritores leigos. Por patrística se entende o estudo da doutrina, as origens dessa doutrina, suas dependências e empréstimos do meio cultural, filosófico e pela evolução do pensamento teológico dos pais da Igreja. Foi no século XVII que se criou a expressão "teologia patrística" para indicar a doutrina dos Padres da Igre-ja distinguindo-a da "teologia bíblica", da "teologia escolástica", da "teologia simbólica" e da "teologia especulativa". Finalmente, Padre ou Pai da Igreja se refere a escritor leigo, sacerdote ou bispo, da antiguidade cristã, considerado pela tradição posterior como testemunho particularmente autorizado da fé. Na tentativa de eliminar as ambigüidades em torno desta expressão, os estudiosos convencionaram em receber como "Pai da Igreja" quem tivesse estas qualificações: ortodoxia de doutrina, santidade de vida, aprovação eclesiástica e antiguidade. Mas, os próprios conceitos de ortodoxia, santidade e antiguidade são ambíguos. Não se espere encontrar neles doutrinas acabadas, buriladas, irrefutáveis. Tudo estava ainda em ebulição, fermentando. O conceito de ortodoxia é, portanto, bastante largo. O mesmo vale para o conceito de santidade. Para o conceito de antiguidade, podemos admitir, sem prejuízo para a compreensão, a opinião de muitos especialistas que estabelece, para o Ocidente, Igreja latina, o período que, a partir da geração apostólica, se estende até Isidoro de Sevilha (560-636). Para o Oriente, Igreja grega, a antiguidade se estende um pouco mais, até a morte de são João Damasceno (675-749). Os "Pais da Igreja" são,...
Reflexão e Ação, 2017
Baseado em experiências vivenciadas com os alunos e alunas do 3º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública de Maringá, Paraná, esse artigo tem por objetivo problematizar o papel do/a professor/a de arte enquanto mediador/a na formação multicultural do sujeito contemporâneo. A partir das discussões a respeito dos estereótipos de cor, procuramos pensar em possíveis estratégias pedagógicas para questionar o uso do "lápis cor de pele” e desenvolver reflexões sobre a naturalidade com que é eleito para pintar desenhos, como se o uso de outra cor fosse "proibido". Seria esse lápis o único possível para o preenchimento e caracterização da pele? Para discutir sobre esses aspectos, abordamos a série Polvo, da artista Adriana Varejão, o multiculturalismo e práticas de ensino de Arte. Consideramos que questionar estereótipos em sala de aula proporciona aos/às alunos/as reflexões que podem modificar seus olhares e comportamentos frente às diferenças.
2019
Fronteiras: Revista de História - PPGH/FCH/UFGD, 2016
RESUMO: Em 1876 veio a público pela Tipografia da Província de São Paulo e sob os cuidados do editor José Maria Lisboa a obra Lições de História Pátria, de autoria de Américo Brasiliense de Almeida e Mello. O livro nasceu da experiência de seu autor como professor da cadeira de História junto ao Colégio de São João, localizado em Campinas, interior de São Paulo e de propriedade de J. B. da Silveira Caldeira. Tomamos a obra de Brasiliense como um retrato do " fazer e ensinar histórico " situando-a nos limites teórico-metodológicos vigentes no Brasil da segunda metade do século XIX, procurando discutir o conteúdo ideológico intrínseco à perspectiva cronológica, linear, ufanista e regional adotada pelo autor. ABSTRACT: In 1876 it was made public by the typography of the Province of São Paulo and in the care of editor Jose Maria Lisboa to work Lessons of Homeland History, written by Américo Brasiliense de Almeida and Mello. The book was born from the experience of the author as a teacher of the chair of history along the St. John College, located in Campinas , São Paulo, and owned by J. B. Silveira boiler. We take the work of Brasiliense as a portrait of " do and teach history " situating it in the theoretical and methodological limitations in force in Brazil during the second half of the nineteenth century , seeking to discuss the intrinsic ideological content to the chronological perspective , linear, vainglorious and regional adopted by author.
B. Doutrinas sobre a primeira Tétrada C. Proliferação do Silêncio D. Os números, substância das coisas E. A criação do mundo F. Argumentos escriturísticos Simão, o mago Menandro Saturnino e Basílides Carpócrates Cerinto Ebionitas e nicolaítas Cerdão Marcião Outras seitas menores A seita dos barbelonitas Ofitas e setianos Cainitas CONCLUSÃO II LIVRO TEORIAS GNÓSTICAS E SUA REFUTAÇÃO O DUALISMO DEUS-CRIADOR Único Deus Pleroma criador Os anjos não são criadores ...nem um segundo Deus Defeitos no Ser supremo. Trevas e vazio Ignorância e dependência Desconhecimento de Deus pelo Criador O mundo inferior, cópia e sombra do superior Nosso mundo, sombra do superior Testemunho universal em favor do Deus criador Ironia sobre a atividade criadora de Acamot Por defeito Por excesso Primeira série de emissões Testemunho dos poetas antigos Arbitrariedade das divisões numéricas Infinidade de cópias Origem igual, igual natureza Sofia-ignorância. Entímese-paixão O germe depositado sem o Pai saber Refutação da argumentação bíblica Contra o número 30 Números irredutíveis GNOSE VERDADEIRA E GNOSE FALSA Mistério de Deus e atitude do homem As obras salvam ou condenam o homem Aplicações a cada uma das teorias Sobre a necessidade de fazer todo tipo de experiências A transmigração das almas Nomes divinos diferentes CONCLUSÃO III LIVRO DOUTRINA CRISTÃ A TRADIÇÃO APOSTÓLICA DEUS, ÚNICO E SENHOR, PAI DE Nosso Senhor JESUS CRISTO A. Visão geral Testemunho dos profetas Oração Testemunho dos apóstolos Afirmações de Cristo B. Testemunho dos apóstolos e dos discípulos Dos evangelhos Mateus Lucas Marcos João O Evangelho: único e quadriforme C. Testemunho dos Atos dos Apóstolos Pedro Filipe Paulo Estêvão Os apóstolos, reunidos em concílio D. Solidariedade dos hagiógrafos Escritos não paulinos Os escritos de Lucas Os escritos paulinos Atitude dos hereges JESUS CRISTO É UMA ÚNICA PESSOA, VERBO ENCARNADO E SALVADOR Erros dos hereges O Verbo identifica-se com o Cristo Jesus identifica-se com o Cristo A pomba, símbolo do Espírito Santo, não do Salvador do alto O Salvador é Jesus Era necessário que o Verbo sofresse para a nossa salvação Efeitos da paixão Não é somente homem A "economia" divina: magnanimidade do desígnio O sinal da Virgem Redenção também para Adão CONCLUSÃO O depósito da fé A bondade de Deus Votos apostólicos IV LIVRO CONTINUIDADE ENTRE ANTIGO E NOVO TESTAMENTO DEUS ÚNICO, PAI E DEMIURGO Pelo testemunho de Jesus Pelas palavras de Moisés Resposta a duas objeções Jesus Cristo fala do Deus de Abraão O Filho conhece e revela um único Deus Pai O Deus de Abraão é o Deus revelado por Jesus Nosso Senhor não aboliu a Lei O Novo Testamento foi predito pelo Antigo O AntigoTestamento dá testemunho a Jesus Cristo DEFEITOS PRESUMIDOS NO ANTIGO TESTAMENTO É o homem que muda, não Deus Antigo e Novo Testamento concordam no preceito fundamental Cristo aperfeiçoa, não abole a Lei Deus não fez a criação por fins egoístas Deus quis o bem do homem A circuncisão é sinal, não causa da salvação Deus não se irou por causa dos sacrifícios do Antigo Testamento Perfeição dos sacrifícios do Novo Testamento GRADUAÇÃO DA REVELAÇÃO Transcendência de Deus Deus torna-se acessível em Jesus Cristo Os profetas viam parcialmente Acontecimentos do Antigo Testamento explicados no Novo Continuidade entre os dois Testamentos Os semeadores e os ceifadores O chamado dos pagãos à fé. Suas condições de inferioridade A incircuncisão liga-os a Abraão O ideal dos sacerdotes No Antigo Testamento os defeitos são relevados e condenados Superioridade moral do Novo Testamento Resposta a duas objeções. Endurecimento do coração do faraó Furto dos hebreus Justificação das filhas de Lot único Deus revelador GNOSE VERDADEIRA E GNOSE FALSA O verdadeiro discípulo "espiritual" Profecias e seu cumprimento A novidade é o próprio Senhor Explicações inconsistentes dos gnósticos Unidade de Deus nas parábolas de Jesus. A parábola dos vinhateiros Parábola dos convidados às núpcias Outras parábolas Liberdade: contra as categorias gnósticas Imperfeição e educação do homem Docilidade para com a ação de Deus Prêmio e castigo segundo o mérito Os maus são filhos do diabo CONCLUSÃO V LIVRO ESCATOLOGIA CRISTÃ RESSURREIÇÃO DA CARNE A carne de Cristo A carne eucarística O poder de Deus na fraqueza da carne Os corpos podem viver por muito tempo O homem é alma, corpo e espírito O penhor da ressurreição O penhor é o Espírito Carne sem respiração O enxerto do Espírito As obras da carne e os frutos do Espírito A obra do Espírito A mesma carne ressuscita Uma expressão paulina mal entendida Em Cristo ressuscitou a nossa carne A mesma carne, o mesmo Criador A salvação é obra do Verbo A redenção da carne revela o Pai O Verbo, mediador perfeito TRIUNFO DE CRISTO A economia da Virgem Sabedoria de Deus na Igreja Luta contra o demônio: as tentações Libertos da antiga escravidão O pecado original Mentiroso desde o princípio O Anticristo: profetizada a sua vinda Previsto o fim do seu reino Condenado por Deus Envolve os seus seguidores Recapitula em si todas as iniqüidades O nome misterioso do Anticristo O REINO ETERNO Preparação gradual Cumprimento da promessa As profecias de Isaías O reino dos justos CONCLUSÃO APRESENTAÇÃO Surgiu, pelos anos 40 do século XX, na Europa, especialmente na França, um movimento de interesse voltado para os antigos escritores cristãos e suas obras conhecidos, tradicionalmente, como "Padres da Igreja", ou "Santos Padres". Esse movimento, liderado por Henri de Lubac e Jean Daniélou, deu origem à coleção "Sources Chrétiennes", hoje com mais de 400 títulos, alguns dos quais com várias edições. Com o Concílio Vaticano II, ativou-se em toda a Igreja o desejo e a necessidade de renovação da liturgia, da exegese, da espiritualidade e da teologia a partir das fontes primitivas. Surgiu a necessidade de "voltar às fontes" do cristianismo. No Brasil, em termos de publicação das obras destes autores antigos, pouco se fez. Paulus Editora procura, agora, preencher este vazio existente em língua portuguesa. Nunca é tarde ou fora de época para rever as fontes da fé cristã, os fundamentos da doutrina da Igreja, especialmente no sentido de buscar nelas a inspiração atuante, transformadora do presente. Não se propõe uma volta ao passado através da leitura e estudo dos textos primitivos como remédio ao saudosismo. Ao contrário, procura-se oferecer aquilo que constitui as "fontes" do cristianismo para que o leitor as examine, as avalie e colha o essencial, o espírito que as produziu. Cabe ao leitor, portanto, a tarefa do discernimento. Paulus Editora quer, assim, oferecer ao público de língua portuguesa, leigos, clérigos, religiosos, aos estudiosos do cristianismo primevo, uma série de títulos, não exaustiva, cuidadosamente traduzidos e preparados, dessa vasta literatura cristã do período patrístico. Para não sobrecarregar o texto e retardar a leitura, procurou-se evitar anotações excessivas, as longas introduções estabelecendo paralelismos de versões diferentes, com referências aos empréstimos da literatura pagã, filosófica, religiosa, jurídica, às infindas controvérsias sobre determinados textos e sua autenticidade. Procurou-se fazer com que o resultado desta pesquisa original se traduzisse numa edição despojada, porém, séria. Cada autor e cada obra terão introdução breve com os dados biográficos essenciais do autor e comentário sucinto dos aspectos literários e do conteúdo da obra suficientes para boa compreensão do texto. O que interessa é pôr o leitor diretamente em contato com o texto. Ele deverá ter em mente as enormes diferenças de gêneros literários, de estilos, em que estas obras foram redigidas: cartas, sermões, comentários bíblicos, paráfrases, exortações, disputas com os heréticos, tratados teológicos vazados em esquemas e categorias filosóficas de tendências diversas, hinos litúrgicos. Tudo isso inclui, necessariamente, uma disparidade de tratamento e de esforço de compreensão a um mesmo tema. As constantes, e por vezes longas, citações bíblicas ou simples transcrições de textos escriturísticos devem-se ao fato que os padres escreviam suas reflexões sempre com a Bíblia numa das mãos. Julgamos necessário um esclarecimento a respeito dos termos patrologia, patrística e padres ou pais da Igreja. O termo patrologia designa, propriamente, o estudo sobre a vida, as obras e a doutrina dos pais da Igreja. Ela se interessa mais pela história antiga incluindo também obras de escritores leigos. Por patrística se entende o estudo da doutrina, as origens dessa doutrina, suas dependências e empréstimos do meio cultural, filosófico e pela evolução do pensamento teológico dos pais da Igreja. Foi no século XVII que se criou a expressão "teologia patrística" para indicar a doutrina dos Padres da Igre-ja distinguindo-a da "teologia bíblica", da "teologia escolástica", da "teologia simbólica" e da "teologia especulativa". Finalmente, Padre ou Pai da Igreja se refere a escritor leigo, sacerdote ou bispo, da antiguidade cristã, considerado pela tradição posterior como testemunho particularmente autorizado da fé. Na tentativa de eliminar as ambigüidades em torno desta expressão, os estudiosos convencionaram em receber como "Pai da Igreja" quem tivesse estas qualificações: ortodoxia de doutrina, santidade de vida, aprovação eclesiástica e antiguidade. Mas, os próprios conceitos de ortodoxia, santidade e antiguidade são ambíguos. Não se espere encontrar neles doutrinas acabadas, buriladas, irrefutáveis. Tudo estava ainda em ebulição, fermentando. O conceito de ortodoxia é, portanto, bastante largo. O mesmo vale para o conceito de santidade. Para o conceito de antiguidade, podemos admitir, sem prejuízo para a compreensão, a opinião de muitos especialistas que estabelece, para o Ocidente, Igreja latina, o período que, a partir da geração apostólica, se estende até Isidoro de Sevilha (560-636). Para o Oriente, Igreja grega, a antiguidade se estende um pouco mais, até a morte de são João Damasceno (675-749). Os "Pais da Igreja" são,...
Resenha de História do Direito
Revue d’histoire de l’Amérique française, 2024
Signo y seña, 1994
BRILL eBooks, 2014
Brain Behavior Immunity Integrative, 2024
Archéologie Caraïbe, eds Bérard, B. et Losier, C. , 2014
Nexo Revista Científica
Russian Journal of Linguistics
Organometallics, 1998
Asian Journal of Andrology, 2008
Emirates Journal of Food and Agriculture
C. Wulf (ed.), Handbook on Intangible Cultural Practices as Global Strategies, 2024
IJASS JOURNAL, 2024
Studia Geophysica Et Geodaetica - STUD GEOPHYS GEOD, 2001
Journal of Maxillofacial Surgery, 1978