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ARTIGO OS " ATAVIOS " EM ÊXODO 33:4-6

RESUMO: Êxodo 33:4 a 6 utiliza o termo " atavios " ao se referir aos objetos que Deus ordenou que os israelitas retirassem, após Sua evidente desaprovação por terem adorado ao bezerro de ouro. Tendo em vista que a versão bíblica em português utiliza um termo abrangente, não é possível ao leitor ter plena certeza do que realmente sejam esses " atavios ". Mesmo os comentaristas bíblicos não são unânimes ao definir quais sejam esses objetos e propõem várias possibilidades. Portanto, nesse estudo o texto será analisado através do método da "Leitura Atentiva" (Close Reading), para que através da análise de seu contexto literário e de sua estrutura, como também a análise dos demais textos do Antigo Testamento onde o mesmo termo é empregado, seja possível definir evidências que apóiem sua interpretação como sendo as diferentes espécies de " jóias " utilizadas pelos israelitas naquela ocasião. Nesse processo também será apresentada uma reflexão teológica analisando o comportamento, motivações e os costumes de Israel envolvidos nesse episódio. ABSTRACT: Exodus 33:4-6 uses the term " adornments " when referring to the objects that God ordered the Israelites to take off, after His evident disapproval for worshipping the golden calf. Considering that the Portuguese version uses a wide-ranging term, it is not possible to the Bible reader to be completely sure of what really are these " ornaments ". Not even the biblical commentators are unanimous when defining those objects and they propose several possibilities. Therefore, in this study the text will be analyzed through the " Close Reading " , to be possible to define, through the analyze of it's literary context, it's structure and also from the other texts in the Old Testament where the same term is used, evidences that support its interpretation as " jewelry " used by the Israelites in that occasion. In the process of studying this, it will also be presented a theological reflection analyzing the behavior, motivation and the costumes of the Israel involved in this episode.

ARTIGO O“ ATAVIOS EM ÊXODO : -6 Roberto Roefero RESUMO: Êxodo 33:4 a 6 utiliza o termo atavios ao se referir aos objetos que Deus ordenou que os israelitas retirassem, após Sua evidente desaprovação por terem adorado ao bezerro de ouro. Tendo em vista que a versão bíblica em português utiliza um termo abrangente, não é possível ao leitor ter plena certeza do que realmente sejam esses ata ios . Mesmo os comentaristas bíblicos não são unânimes ao definir quais sejam esses objetos e propõem várias possibilidades. Portanto, nesse estudo o texto será analisado através do método da "Leitura Atentiva" (Close Reading), para que através da análise de seu contexto literário e de sua estrutura, como também a análise dos demais textos do Antigo Testamento onde o mesmo termo é empregado, seja possível definir evidências que apóiem sua interpretação como sendo as diferentes espécies de jóias utilizadas pelos israelitas naquela ocasião. Nesse processo também será apresentada uma reflexão teológica analisando o comportamento, motivações e os costumes de Israel envolvidos nesse episódio. PALAVRAS-CHAVE: Atavios, vestir, tirar e despojar. ABSTRACT: Exodus 33:4- uses the te ado e ts he efe i g to the o je ts that God ordered the Israelites to take off, after His evident disapproval for worshipping the golden calf. Considering that the Portuguese version uses a wide-ranging term, it is not possi le to the Bi le eade to e o pletel su e of hat eall a e these o a e ts . Not even the biblical commentators are unanimous when defining those objects and they propose several possibilities. Therefore, in this study the text will be analyzed through the Close ‘eadi g , to e possi le to defi e, th ough the a al ze of it s lite a o te t, it s structure and also from the other texts in the Old Testament where the same term is used, e ide es that suppo t its i te p etatio as je el used the Is aelites i that o asio . In the process of studying this, it will also be presented a theological reflection analyzing the behavior, motivation and the costumes of the Israel involved in this episode. KEY-WORDS: Adornments, dress, take off and strip. 1. INTRODUÇÃO Na maioria das versões da Bíblia em português, inclusive na versão Almeida, Revista e Atualizada (ARA), considerada uma das mais populares versões no Brasil, Êxodo 33:4 a 6 traz o te o ata ios pa a desig a os o jetos ue Deus o de ou ue os is aelitas eti asse , após lhes declarar seu veemente desagrado, por terem adorado ao bezerro de ouro, enquanto Moisés se encontrava em Sua presença no monte Sinai. Tendo em vista que o termo utilizado é abrangente, o leitor da Bíblia não tem uma idéia clara do que realmente ele significa e inclusive os comentaristas bíblicos não são unânimes em defini-los e propõem várias possibilidades. Esta pesquisa não se detém em analisar a forma de culto de Israel ou estabelecer fundamentos para a adoração no presente. O objetivo deste estudo é analisar o texto através do método da "Leitura Atentiva" (Close Reading), tomando o texto tal como ele é, na sua forma final, com uma abordagem a partir da sua perspectiva canônica1, para que através da análise de seu contexto literário e de sua estrutura, como também a análise dos demais textos do Antigo Testamento onde o mesmo termo é empregado, seja possível definir evidências que apóiem a melhor tradução para o termo hebraico ( ădi), traduzido f e ue te e te po ata ios . Nesse processo também será apresentada uma reflexão teológica analisando quais foram os motivos pelos quais Israel retirou seus atavios na ocasião supracitada. 2. PRINCIPAIS INTERPRETAÇÕES Os especialistas apresentam várias interpretações quanto aos motivos que levaram Israel a retirar seus atavios no episódio de Êxodo 33. O objetivo dessa sessão é agrupá-las a partir de sua afinidade. Nesse processo, foram identificadas quatro principais interpretações. A primeira delas afirma que Israel compreendeu que seu ato de adorar o bezerro de ouro ofendera a Deus e como sinal de contrição, ou profundo arrependimento, removeu seus atavios. A segunda interpretação argumenta que Deus ordenou que os israelitas removessem seus atavios, para reprimir a idolatria. Sem matéria prima a mão, ficaria mais difícil confeccionar outro ídolo no futuro. A terceira posição está bem relacionada com a primeira, porém sua ênfase está no conceito de penitência e defende que os israelitas já tinham definidos em sua mente os conceitos de pecado e perdão, portanto, objetivavam alcançar misericórdia divina. A quarta argumentação praticamente descarta todas as demais, afirmando que os israelitas removeram os atavios, simplesmente pelo fato de que Deus lhes ordenou. Essa última pode ser considerada como a mais elementar, no entanto, está por trás dela a idéia de que Israel não removeu seus atavios motivados por conceitos ou costumes já estabelecidos, mas simplesmente porque decidiu obedecer à ordem divina, ou por temor, ou para expressar sua submissão, aceitando o Senhor como seu único Deus. 2.1. Como sinal de arrependimento, pesar ou luto 2 Na opinião de vários estudiosos, o ato de despojar-se dos atavios, foi um sinal de arrependimento2 de Israel, tanto pela percepção da presença de Deus, como Sua ameaça de retirar-se do meio deles. Através de Moisés, Deus estava revelando Sua intenção de ser o Deus de Israel, porém eles O teriam rejeitado ao buscar outros deuses, mas retrocederam dessa posição, demonstrando pesar e tristeza por seu ato de rebelião. Como Moisés relatoulhes a decisão de Deus de não acompanhá-los mais, porque Sua santidade poderia destruílos em virtude da terrível desobediência e idolatria3, o povo entendeu que Sua ausência certamente traria amargas conseqüências4. Diante desse contexto, alguns autores afirmam ao comentarem Êxodo 33:4-6, que o próprio Deus teria ordenado a retirada dos ornamentos para caracterizar um sinal de arrependimento5 de Israel, por sua idolatria diante do bezerro de ouro, e que devido a esse pecado, algo deveria ser feito como forma de penitência, portanto, Deus pede ao povo que se despoje de seus atavios. Após a declaração de que Deus não mais os acompanharia, houve profunda tristeza, porque os israelitas compreenderam o que a separação do Senhor significava6. Cole afirma que essa tristeza foi muito profunda, motivando até um arrependimento possivelmente genuíno, um sentimento que seria manifesto, no ato de despojarem-se de seus atavios como um sinal de luto: Como um sinal exterior de luto pela presença de Deus, Israel arrancou seus ornamentos (v. 6). No que diz respeito ao luto, tirar os ornamentos por algum tempo era costume no Oriente Médio, mas para Israel se tornou estatuto perpétuo [...] sem dúvida outra razão para o abandono dos ornamentos é que eles haviam servido de ocasião ao pecado.7 Freedman afirma que diante da reação do povo de se humilhar perante o Senhor, como se estivesse em luto, na esperança de alcançar misericórdia, contudo sem esquecer seu pecado, Deus decide usar o restante daqueles ornamentos para erigir o Tabernáculo 8. Durham sugere que como expressão de sua dor, além das ornamentações, Deus também instruiu que os israelitas deveriam despojar-se de todos os vestidos de festa. Essa instrução poderia ser tomada como uma expressão imediata de um pesar permanente, até porque sua dor deveria ser permanente9. 2.2. Como um propósito divino para que Israel não voltasse à prática da idolatria Essa segunda interpretação sustenta que Deus teria um propósito específico ao ordenar a retirada dos objetos de ouro de Israel, para que não fossem utilizados na confecção de novos ídolos. Freedman afirma que quando Arão pede o ouro para a confecção 3 do bezerro, as argolas adquiridas dos egípcios são a matéria prima da apostasia 10, concordando com Buttrick, que afirma que os ornamentos de Israel foram utilizados para a manufatura de uma representação ilegítima da divindade11. Esse argumento sugere que através desse ato de idolatria, Israel tenha rejeitado o Deus que lhe havia liberto, escolhendo adorar aos deuses egípcios, que evidentemente foram assimilados por eles quando estiveram expostos à sua cultura e religião, ao longo dos vários anos de seu cativeiro. O ato de Deus em ordenar a retirada dos ornamentos de Israel, não significava necessariamente um castigo, mas apenas uma iniciativa de impedir sua idolatria, antes mesmo que eles pudessem compreender o que ela significava, antes que viessem a tomar uma decisão voluntária de O adorarem como único Deus. Buttrick afirma que os termos atavios ou ornamentos, se referem aos diferentes tipos de a golas , o só as ue e a utilizadas o o po, o o i os ou a eletes, as vários outros, como as que foram forjadas para sustentar os utensílios do templo, que envolviam as varas utilizadas para seu transporte. Ele afirma também, que o que sobrou dessas a golas , posteriormente veio a ser utilizado na construção do Tabernáculo 12 e os mesmos ornamentos que serviram para fabricar um ídolo de ouro, foram dedicados a Deus para uso em Seu santuário. 2.3. Como meio de alcançar a misericórdia de Deus A terceira interpretação que mais se destaca, argumenta que Israel teria removido seus atavios para alcançar a misericórdia de Deus e sugere que Israel já tinha formado em sua mente, os conceitos de pecado, perdão e penitência. U ge afi i fidelidade a soluta de “eu po o , Deus definitivamente Seu povo. O e io de u a ue apesa da o pode ia ega -Se a Si mesmo e abandonar a jo pa a a o pa h -los era um ato de misericórdia. Mas o povo deveria saber que mesmo diante da misericórdia, o pecado existia e estava bem vivo diante de Deus e de Seu povo13. Vanhoozer o lui ue pecado de Israel, a forte ênfase está a g aça di i a o o te to do 14. Frethein afirma com segurança que mesmo que o bezerro de ouro tenha causado esse afastamento, não houve nenhuma mudança no propósito de Deus em conduzir o povo à terra da promessa. Ele afirma: No entanto, apesar de tudo isso, Deus continuaria sendo misericordioso e continuaria a se mover para o cumprimento de Suas promessas. De fato, 4 Deus não habitar entre Seu povo, expressava uma preocupação com seu bem-estar. Na verdade, Deus não iria habitar entre o povo, pois não queria ser confrontado com a oportunidade que Lhe caberia de exercer Sua justiça. Esta é uma imagem maravilhosa da relutância divina16. 2.4. Como obediência a ordem de Deus O argumento de que o motivo principal da retirada dos atavios, foi simplesmente porque Deus ordenou, exclui a possibilidade de qualquer tipo de iniciativa prévia por parte dos israelitas, quer como uma demonstração de penitência, arrependimento ou tristeza. É claro que tais sentimentos podem ter sido expressos, mas somente posteriores a ordem divina e não como o motivo inicial. O contexto imediato de Êxodo 33:5, deixa claro que o e u iado do e so uat o, Ouvindo o povo estas más notícias, pôs-se a prantear, e nenhum deles vestiu seus atavios , o é o elato de u a i i iativa espontânea de Israel, ou mesmo que tenha acontecido cronologicamente antes do verso cinco que diz: Po ua to... , (palavra que explica, expressa motivo ou razão e pode ser substituída pela palavra porque), o Senhor tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel... tira, pois, de ti os atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer . Rodriguéz afirma que essa obediência foi fruto da decisão de Israel em confiar em Deus, uma expressão de total dependência e submissão as ordens do Senhor17. Já Durhan afirma que Deus também instruiu que Israel deveria despojar-se de todos os vestidos de festa18, sugerindo o sentido de que nenhuma expressão de alegria deveria ser notada em meio ao povo. Portanto, ele afirma que o termo atavios se refere aos vestidos festivais, ou os adornos que eram utilizados para enfeitar as roupas utilizadas em festas. 3. Estudo Exegético de Êxodo 33:4-6 3.1. O texto Esse estudo se limitará em analisar o te o ata ios o o te to da pe ope proposta, como também os verbos vestir, tirar e despojar, devido sua relevância para a compreensão do contexto, como também de suas implicações teológicas. 3.1.1. Delimitações da perícope e contexto literário O capítulo 33 de Êxodo está contextualizado entre dois eventos marcantes: a adoração ao bezerro de ouro, no capítulo 32, e as ofertas para o tabernáculo, no capítulo 35. O capítulo 32 descreve a idolatria de Israel ao adorar o bezerro de ouro feito com os atavios 5 do povo de Israel e a indignação de Deus e de Moisés por esse ato. Moisés desce do monte e se depara com essa cena de idolatria e lança as tábuas dos Mandamentos sobre o bezerro de ouro, que então é por ele destruído. Novamente Moisés sobe ao monte e conversa com Deus, que ordena que ele transmita a mensagem de que eles deveriam tirar os atavios a partir daquele momento. A alta crítica afirma que o texto de Exodo 33:4-6, tem muitas disputas sobre o uso das fontes. O assunto, entretanto, torna-se irrelevante tendo em vista o fato de ser impossível reconstruir o texto a partir das supostas fontes, sendo, portanto melhor compreendido ao formar uma unidade completa. Em si, o texto é complexo com duas mudanças bruscas de pronomes19 em Êxodo 33:4 e 33:5. 3.1.2. Estrutura literária A perícope maior, a quarta do livro de Êxodo20, se inicia no capitulo 19:3. O tema se guia pelo período em que Israel esteve diante do monte Sinai e vai de 19:3 até 40:3821. Dentro desta seção maior, temos divisões menores, dentre elas os capítulos 32-34 que formam parte da seção onde o foco principal desta pesquisa está sendo dirigido. Esta porção trata da rebelião de Israel e posterior renovação da aliança oferecida por Deus, e pode ser o side ado o fi al ideal de Êxodo. Na porção que corresponde a esses três capítulos, podemos encontrar ainda oito subdivisões menores, dentre elas, o texto de Êxodo 33:1-6, ue te ia o t tulo suge ido de á O de do “e ho e o La e to do Po o 22, cujo cerne são os versículos 4-6. O assunto chave do texto são as consequências do pecado da idolatria com o bezerro de ouro. O suspense de Deus que irá decidir o que fará com o povo e a provável atitude de arrependimento dão a tônica e o propósito do texto em si. O termo ‫( ע ֲִדי‬ʿǎḏî) une o texto, já que é repetido três vezes, uma em cada versículo. 32-34 - Apostasia e Renovação do Concerto 32:1-6 32:7-35 33:1-6 1-3 4-6 33:7-11 33:12-17 33:18-34:9 Israel peca adorando o bezerro de ouro. A ira de Moisés e o julgamento de YHWH. A ordem do Senhor e o lamento do povo. YHWH se recusa a ir com o povo. A lamentação de Israel. A tenda do encontro. A súplica de Moisés e a resposta do Senhor. O requerimento de Moisés e a resposta de Deus. 6 34:10-28 34:29-35 A renovação da aliança. O brilho na face de Moisés. 4. Análise do termos 4.1. ‫( ע ֲִדי‬ʿǎḏî) á pala a ata ios e Ê odo ‫עד‬ : -6 provém da raiz hebraica (ʿāḏā[h]). Com poucas exceções, os eruditos reconhecem duas raízes diferentes da mesma palavra 23. O ‫( עד‬ʿāḏā[h])-I significa verbo ir em frente ; no hiphil despir, retirar . Aparece nove vezes em Daniel (2:21; 3:27; 4:31; 5:20; 6:8-9; 7:14; 7:26)24, se p e o se tido de passar, retirar, remover 25. Já o termo ‫עד‬ (ʿāḏā[h] - II) te é aceito como raiz de adan27, ed a, prazer G aparece adi : o sig ifi ado i e e Isa as 26 e egalias (Ne 9:25); ede , roupas, jóias vistosas ; ; adin, sensual e prazeres e si o de adornar-se, enfeitar-se : 29. a ad , petiscos, delícias O substantivo ‫ע ֲִדי‬ 28. Como adjetivo (ʿǎḏî) adorno aparece quatorze vezes no A.T.30 e tem na maioria das vezes a ação de adornar ligada a mulher. Ocorrências no masculino aparecem em Jó 40:10; Salmo 32:9; Ezequiel 7:20, além de Êxodo ‫(עד‬ʿāḏā[h]) ocorre oito vezes no Qal (Jr 4:30; Ez 16:11; 23:40) associado ao 33:4-6. O verbo substantivo ‫(ע ֲִדי‬ʿǎḏî)31. Curiosamente no ambiente semítico a palavra ocorre apenas como raiz de nomes próprios, na maioria das vezes feminino32. No aramaico temos a derivação ornamento ua ça se 33. Maccintosh ainda entende uma terceira raiz derivada do árabe ´gd , com a ti a de sustentação, menstruação 34. 4.1.1. Traduções Das quatorze ocorrências de ‫ע ֲִדי‬ (ʿǎdî) como substantivo, uma tem a tradução disputada, Salmo 103:5, onde a provável melhor tradução seja desejos ‫ע ֲִדי‬ 35. Em Salmo 32:9 (ʿǎdî) é traduzido como freio (de cavalo) (ARC, ARA, NVI) freio (bit) na KJV e a eio (harness) na Interlinear36. Já Ezequiel 16:7 é um jogo de palavras que traduzido o jeti a e te fi a ia fo osu a (ARC e ARA), jóia das jóias , as é t aduzido di e sa e te o o grande ais li da das jóias (NVI) e ex ele t o a e t (KJV). Nas outras dez ocasiões em que o substantivo aparece (Ex 33:4-6; 2 Sa 1:24; Is 49:18; Je 2:32; 4:30; Ez 7:20; 16:11 e 23:40) é traduzido (nas versões ARA, ARC, BJ, NVI, KJV e NIV) e t eze ezes o o e feite , seis o o ata io , doze o a e to , três vezes ado o e 7 dez o o jóia s . Ve sões e feite . J e sões ais ais a tigas o o á‘C e KJV p efe e ode as o o NIV e NVI opta o uso de o a e to e pelo uso p efe e ial de jóia . A LXX traduz o substantivo quatorze vezes por  (kósmeo) com o significado de ornamento, adorno 37, enquanto no NT kósmeo aparece com sentido de ornamento uma única vez em 1 Pedro 3:338. Na LXX em Êxodo 33:4-6, aparece  (kósmon)39. Os manuscritos do Mar Morto no War Scrool (1QM 12:15=19:7) faz uma alusão a Isaías 49:18. Em 1Q34bis fr.3,1:4 temos ‫( ע ֲִדי‬ʿǎdî) em uma oração litúrgica como referência ao adorno do céu e 4Q148 1:5 como enfeite de prostituta40. 4.1.2. ‫( ע ֲִדי‬ʿǎdî) em Êxodo 34:4-6 Em todo o Pentateuco, o substantivo‫( ע ֲִדי‬ʿǎdî) aparece apenas em Êxodo 34:4-6, três vezes, uma em cada versículo e sempre acompanhado de sufixo pronominal. Em 33:4 o termo é ֹ‫ע ְדי‬ (‘edyōw) substantivo, comum, singular, masculino, com pronome sufixal singular, masculino na segunda pessoa41. A tradução literal seria ornamento/jóia-dele 42. Na segunda aparição em 33:5 temos ְ‫‘( ע ְדי‬edyəkā), substantivo comum, masculino com sufixo pronominal singular, masculino na segunda pessoa43; portanto, a tradução literal é ornamento/jóia-seu44. Finalmente em 33:5 ‫ע ְדי‬ (‘edyəām) que é um substantivo comum, singular masculino, sufixado (como também os demais) com pronome masculino na terceira pessoa do plural45, significando literalmente “ornamento/jóiadeles (seus)” 46. Pode-se perceber que ‫ע ֲִדי‬ (ʿǎdî) aparece como substantivo masculino nas três situações expostas, embora sua maior freqüência seja no feminino e ligado ao ornato de mulheres, simbólicas ou literais47. É correto também observar o uso concreto como sujeito e objeto no texto estudado, visto ser bastante comum seu uso (de ʿǎdî) em sentido simbólico ou metafórico, como em Ezequiel 16:11 quando YHWH veste seu povo como a uma noiva ou 16:7 quando ‫( ע ֲִדי‬ʿǎdî) é o símbolo do crescimento e amadurecimento do povo de Israel e mesmo seu uso como símbolo de arrogância (Ez 7:40) 48. 4.1.3. Avaliação Como se pôde constatar, as traduções e versões modernas da bíblia (como NVI, NIV, e mesmo a ARA 2ª. ed.) preferem o uso de jóias como tradução de ‫ע ֲִדי‬ (ʿǎdî), já antigas 8 t aduções p efe e o uso de o a e to/e feite . Entretanto para o leitor moderno, jóia(s) é mais compreensível. Tomando o uso concreto do termo, aqui claramente ligado a 32:2 e o uso de brincos de ouro para a fabricação do bezerro, parece melhor a tradução como jóias 49. Assim, objetos paralelos associados ao verbo (ʿādā[h]) em Ezequiel 16:11 e 23:42, nos revela quais são os ornamentos e jóias usados pelos israelitas: braceletes, colares, pingentes de nariz, brincos (Ex 32:2) e diademas50. É interessante notar o uso masculino do termo, uma forte indicação do caráter universal do uso de jóias por todo o povo e não apenas pelas mulheres, o que sugere que a aplicação da regra também é geral e independente de gênero. 4.2. Análise dos Verbos Três verbos diferentes são usados associados ao substantivo versículos estudados. O primeiro é o verbo o Qal, pode sig ifi a , lugar)51, ‫ִשית‬ ‫ע ֲִדי‬ (ʿǎdî) nos três (šîṯ) colocar, (i.e. colocar um objeto no uda de di eç o, de a da, i posiç o , no Hophal, exigir” 52. No texto temos a forma verbal ּ‫֫שת‬ (šātū) no Qal, ativo (sufixado) perfeito, comum, na terceira pessoa do plural53, aqui acompanhado de advérbio negativo, sig ifi a do (não) colocar roupa ou o jeto , no caso, jóias54. A segunda vez em que vir para baixo, descer 55, ‫ע ֲִדי‬ (ʿǎdî); aparece está ligada ao verbo ‫( ירד‬yārǎḏ) ir ou ua do o Qal pode sig ifi a , prostrado, fazer movimento de reverência, movimento do o po e o jeto a posiç o de hu ildade, o si al de t isteza , o hitpa el, curvar-se, reduzir um uista , su juga 56. Em 33:5 aparece flexionado ‫ֹרד‬ . (hōwrêd) no hiphil, ativo, imperativo, singular masculino na segunda pessoa, é traduzido na á‘á ti a 57 (de ti). Aqui a ordem de Deus é um imperativo para o povo retirar os atavios/jóias, mas, como visto nos diversos usos e significados de ‫( ירד‬yārǎḏ) duas idéias se destacam, o sinal de tristeza manifesto por movimento do corpo e o ato de subjugar como sinal de humilhação. Na terceira aparição de ‫( ע ֲִדי‬ʿǎdî); no texto, o substantivo é ligado ao verbo (nāṣǎl) ue te ‫ע ֲִדי‬. o sig ifi ado de salvo, entregue, ser poupado, ou seja, ser salvo do perigo, e assim estar em uma circunstância ais fa o el no hiphil, entregar, salvar, resgatar, defender, a facilidade, ou seja, fazer com que um ser esteja seguro e fora de perigo, arrebatar, ou seja, ter um objeto apreendido na mão, o que implica controle sobre no piel 9 ְ‫ִ ְתנצ‬ saquear, tirar, ou seja, levar objetos pela força, como despojos de uma itó ia aparece a forma ּ ֧ ְ‫ִ ֽ ְתנצ‬ (yitnaşşəlū) 58. No texto hitphael, prefixado (imperfeito) , masculino na terceira pessoa do plural, significando lite al e te eles despiram-se 59, ou, como reza a á‘C, despojaram-se , que é aqui a melhor tradução. Uma sugestão interessante para aplicação deste estudo dos verbos relacionados com ‘ǎdî, ue fo a t aduzidos po tirar , as ue s o disti tos, a i do a ge pa a se supo uma construção proposital da parte do autor. O primeiro verbo šîṯ, também pode significar mudar de direção, impor ou exigir, o que reforça a idéia de que Israel tirou suas jóias porque Deus assim ordenou, no entanto, esses termos dão margem para se admitir que Deus desejasse que Israel mudasse o curso de sua história. Já o segundo verbo, também traduzido como tirar, yārǎḏ, que está no imperativo, dá a idéia paralela de humildade ou de se subjugar a vontade de Deus. O terceiro verbo, nāṣǎl, tem em seu significado principal o conceito de salvar, poupar ou resgatar, que é exatamente a intenção final de Deus para com Israel, embora uma leitura do texto em português possa sugerir o contrário. 5. Conclusão Embora haja diversidade de opiniões entre os comentaristas com respeito ao significado da palavra atavios, a análise do substantivo ‘ǎdî a luz de todos os textos em que ele é utilizado no Antigo Testamento, sugere fortemente que sua melhor tradução para o português contemporâneo é o termo jóias . Quanto aos diversos argumentos sobre a razão pela qual os israelitas retiraram suas jóias, não há consistência em se afirmar que eles as tenham removido em sinal de tristeza ou luto, por terem desagradado a Deus com sua idolatria, como sugere o primeiro argumento. A própria análise do contexto imediato nos versos 4 e 5, indica que não foi uma iniciativa espontânea dos israelitas removerem suas jóias, não havendo inclusive nenhuma evidência que o tenham feito por arrependimento genuíno e coletivo, ou mesmo como um sinal de adoração. Eles o fizeram em obediência a uma ordem direta de Deus. Essa mesma argumentação também apresenta indícios suficientes para não se concluir que Israel tenha removido suas jóias para alcançar misericórdia de Deus conforme sugere a terceira argumentação. Certamente muitos dentre o povo podem ter experimentado algum tipo de remorso ou arrependimento, mas não há indícios que esse 10 tenha sido um sentimento predominante, e principalmente, que o ato de remover as jóias tenha sido espontâneo, pois Êxodo 32:26, relata que apenas os integrantes da tribo de Levi ficaram ao lado de Moisés, quando ele conclamou o povo ao arrependimento; o verso 28 relata que os levitas foram então usados como instrumento de juízo sobre o povo que não atendeu ao chamado de Moisés, matando cerca de três mil pessoas entre eles; e o verso 30 evidencia que foi apenas no dia seguinte que Deus lhes ordenou que retirassem suas jóias, atitude que poderiam ter tomado no dia anterior, caso fosse uma iniciativa independente da ordem divina. Quanto ao segundo argumento pode-se concordar facilmente com o aspecto de que Deus quis eliminar a idolatria do meio de Israel, mas não é razoável concordar com os autores que afirma que Deus apenas pretendia deixar Israel sem matéria prima para que não fizesse mais ídolos. Esse último aspecto deixa de considerar evidências claras no livro de Êxodo, que apontam para um propósito maior de Deus. O contexto dos capítulos iniciais do livro fornece evidências de que Deus tinha um propósito pré-definido para os utensílios de ouro e as jóias, que ordenou que os Israelitas pedissem aos egípcios, conforme Êxodo 3:22 e 12:36. Em Êxodo 35:22 fica claro que essas jóias foram a maior fonte da oferta em ouro feita pelo povo, para os utensílios usados na construção do tabernáculo, sendo esse já um propósito estabelecido por Deus, antes de retirá-los do Egito, conforme Êxodo 5:1; 7:16 e 8:8. Essa visão superficial precisa ainda ser complementada pelo contexto maior do livro de Êxodo, que sugere que Deus queria que Israel se relacionasse com Ele com entendimento e por sua própria escolha e vontade. A partir dessas considerações e a análise dos verbos aqui estudados, como reflexão teológica final, pode-se afirmar que a ordem imperativa de Deus em Êxodo 33 para que os israelitas removessem suas jóias, encontrava-se dentro de um contexto mais amplo e salvífico para Israel. A idolatria com a qual haviam se familiarizado no Egito, poderia impedir que o plano divino se cumprisse em suas vidas. Portanto, Deus misericordiosamente interveio reprovando a idolatria, com a intenção de salvaguardar o processo de relacionamento que iniciara com Israel. A associação do substantivo ʿǎdî; com o verbo nāṣǎl que tem o significado de ser salvo, ser poupado ou resgatado, é uma forte evidência para apoiar esse pensamento de que Deus queria na verdade, salvar a Israel. 11 Notas 1 Para uma discução sobre o Método Canônico, ver: B. S. Childs, Introduction to the Old (Philadelphia: Fortress, 1989), 69-83. 2 BERGANT, Dianne e Karris, Robert J., 2001, (Organizadores), Comentário Bíblico, Vol.1, p.117. – 3ª Edição – Loyola – 2001. 3 BUTTRICK, Geo ge á thu Edito , The I te p ete s Bi le (TIB), Volume 1 – Abington Press – Nashville – 1952. p. 1071. 4 FREEDMAN, David Noel (Editor Chefe), The Anchor Bible Dictionary (TABD), Vol. 3 (H-J), p. 832 – 1992. 5 CARTER, Charles W., The Wesleyan Bible Commentary, Volume 1, p.275, William B. Eerdmans Publishing Company – Grand Rapids, Michigan – 1967. 6 NICHOL, Francis D. (Editor Geral), Seventh Day Adventist Bible Commentary (SDABC), Vol.1, pp. 670 a 671– Genesis to Deuteronomy – Review and Herald Publishing Association. 7 COLE, R. Alan, Êxodo Introdução e Comentário (EIC), p. 216 - Vida Nova e Mundo Cristão, 1990. 8 Freedman, (TABD), V.3, p. 832. 9 DURHAM, John I., Word Biblical Commentary – Exodus (WBC-E) – Word Books PublisherWaco – Texas, pp. 437-438 – 1987. 10 Freedman, (TABD), V.3, p. 832. 11 Buttrick, (TIB), 1952, p. 1071 12 idem, p. 775 e Cole, (EIC), 1987, p. 216 13 UNGER, Me il F., U ge s Co e ta on the Old Testament, Genesis to Song of Solomon (UCOTGSS), Vol. 1, p. 142 – Moody Press – Chicago – 1981. 14 VANHOOZER, Kevin J. (Editor Geral), Dictionary for Theological Interpretation of the BibleBaker Academy – Grand Rapids, p. 215– Michigan – 2005. 15 Unger, (UCOTGSS), V. 1, p. 142. 16 FRETHEIN, Terence E., Interpretation – A Bible Commentary for Teaching and Preaching – Exodus, p. 293-294 – John Knox Press – Louisville – 1991. 17 RODRIGUÉZ, Angel Manuel – O Uso de Jóias na Bíblia, p.43, 2005, CPB, 2005 - 1ª Edição. 18 Durhan, (WBC-E), pp. 437-438. 19 idem, (WBC-E), p 435. 20 Cole, (EIC), p. 231. 21 Nichol, (SDABC), Vol.1, p. 493. 22 Durhan, (WBC-E), pp. 437. 23 BOTTERWECK, G. Johannes Helmer Ringgreen, Heinz-Joseph Fabry, Theological Dictionary of the Old Testament (TDOTOT), vol X, p. 463] 24 WIGRAN, George W., The E glish a s He e a d Chaldee Co o da e of the Old Testament (TEHCCOT), Zondervan Publishing House, 1970 5ª. edição, p. 902-903 gadah 25 Botterweck, (TDOTOT), vol X, p. 463. 26 HARRIS, R. Laid, Gleason L. Ancher Jr., Bruce K. Waltke, Dicionário Internacional de Teologia do AT (DITAT), p. 1078. 27 A transliteração usada segue o padrão do DITAT 28 Harris, (DITAT), p. 1078. 29 Wigran, (TEHCCOT), p. 904 30 Idem, p. 905 31 Botterweck, (TDOTOT), vol X, p. 464. 12 32 Idem, p. 463. BROWN, Francis - Hebrew and English Lexicon of the Old Testament, Oxford University Press. - ornamento 34 Botterweck, (TDOTOT), vol X, p. 463. 35 KOHLEMBERGER, John R. III, Zondervan,The New Interlinear Hebrew-English Old Testament, p. 345 - Ed 1987. 36 Idem, p. 345. 37 Botterweck, (TDOTOT), vol X, p. 468. 38 KITTEL, Gerhard - Theological Dictionary of the New Testament (TTDNT), p. 234 39 The Septuagint Version of the Old Testament With an a English Translation, Zondervan House Publishing, Grand Rapids, Michigan, 1970, p 115. 40 Botterweck, (TDOTOT), vol X, p. 469. 41 ANDERSEN, Francis I. A. Dean Forbes - The Hebrew Bible Andersen-Forbes Analyzed Text (THBAFAT); Lexhan bible reference series, Ex. 33:4-6 - Logus Bible Software, 2007. 42 MERWE, Christo Van Der - The Lexham Hebrew-English Interlinear Bible (TLHEIB), Ex. 33:5 - Ed., Lexham references series, 2004, Logos Research Systems Inc. 43 Andersen, (THBAFAT), Ex. 33:5. 44 Merwe, (TLHEIB), Ex. 33:5. 45 Andersen, (THBAFAT), Ex. 33:5. 46 Merwe, (TLHEIB), Ex. 33:5. 47 Botterweck, (TDOTOT), vol X, p. 464. 48 Idem, p. 464. 49 Cole, (EIC), 1987, p. 216 50 Botterweck, (TDOTOT), vol X, p. 465. 51 SWANSON, James - Dictionary of Biblical Languages With Semantic Domains: Hebrew Old Testament (DBLWSD), š ṯ II Ed. 2001, Logos Research System. 52 BROWN, Francis S. R. Driver, Charles A. Briggs, The Enhanced Brown-Driver-Briggs Hebrew an English Lexicon (TEHEL), šîṯ - Oxford Publisher, 1951. 53 Andersen-Forbes, THBAFAT, Ex. 33:4. 54 Merwe, (TLHEIB), Ex. 33:4. 55 Brown, Francis - (TEHEL) p. 433 56 Swanson, (DBLWSD), 1718 57 Na TLHEIB, te os o e o take do , Ex. 33:5. 58 Swanson, (DBLWSD), 5911. 59 Merwe, (TLHEIB), Ex. 33:6. 33 Bibliografia ANDERSEN, Francis I. A., Dean Forbes - The Hebrew Bible Andersen-Forbes Analyzed Text; Lexhan bible reference series, Ex. 33:4-6 - Logus Bible Software, 2007. BERGANT, Dianne e KARRIS, Robert J. (Organizadores), Comentário Bíblico, Vol. 1 - 3ª Edição, Loyola – 2001. 13 BOTTERWECK, G. Johannes, Ringgreen, Helmer, Heinz-Joseph-Fabry, Theological Dictionary of the Old Testament, vol X, p. 463 BROWN, Francis - Hebrew and English Lexicon of the Old Testament, Oxford University Press. 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