quarta-feira, abril 30, 2008

"Imigrantes: integrados ou excluídos?"

Em véspera do 1º de Maio - Dia do Trabalhador - o jornal Notícias da Zona quis avaliar a importância dos trabalhadores imigrantes na sociedade portuguesa. (Clique nas imagens para ampliar e ler o texto)
Pedro Santarém, dirigente da Frente Anti-Racista, sustenta, nesta entrevista, a necessidade de alterar as leis da imigração - embora considere, também, que a legislação já foi bem mais desfavorável aos imigrantes. Em artigo de opinião, Fernando Soares Reis lembra que Portugal é, desde há muito, um país de emigrantes - e conta a sua experiência pessoal nos Estados Unidos da América...

A entrevista foi feita na sede da Associação Moitense dos Amigos de Angola (AMAA), no Vale da Amoreira. E contou com a presença de Pedro Santarém e do dirigente da AMAA, Caiano Dias. Obedecendo a critérios editoriais - que não tenho tempo nem vontade de explicar agora - decidimos, no jornal, que o entrevistado seria Pedro Santarém (Caiano aparece na reportagem sobre o mesmo tema) e que - porque o espaço em papel, não estica - teria de ser muito resumida. E assim foi...

O que se segue: reportagem de Catarina Cabral e António Vitorino, que falaram com trabalhadores imigrantes e com dirigentes de associações; uma entrevista de Fernando Soares Reis com um ucraniano, professor de música (a trabalhar nas obras...); e as opiniões dos deputados eleitos pelo círculo de Setúbal (das quais, com a vossa permissão - e porque não estou aqui na qualidade de jornalista, mas sim de blogueiro - destaco as palavras do comunista Bruno Dias: «Enquanto se olhar para a 'criação de emprego' como um favor e não como um factor essencial de crescimento e desenvolvimento, o problema estará sempre visto de pernas para o ar»).



Site do jornal Notícias da Zona:



segunda-feira, abril 28, 2008

Todos os anos é a mesma tristeza…


Com o tempo quente a chegar mais cedo, muita gente começa a ir às praias portuguesas fora da época balnear…
E, todos os anos, se tem falado na necessidade de antecipar a época…
E, todos os anos, continuam a morrer pessoas nas praias, por falta de assistência.

Transcrevo um texto de alguém que, no passado fim-de-semana, assistiu a mais uma dessas tragédias, na Costa de Caparica.


«Morreu um jovem de 20 anos na praia, e estive a socorre-lo. Infelizmente não o reanimámos...
E os concessionários querem ajudar...mas haverá nadadores salvadores...? Neste momento sem o curso às três pancadas que os concessionários se vem obrigados a dar em parceria com o ISN, para combater a falta de nadadores todos os anos... às três pancadas pois há gente que nem sabe nadar que passa neste curso... o ultimo do ano.

Enfim, basta irem ao teste do primeiro dia para verem a vergonha que é...na realidade não existem nadadores salvadores neste país, existem meros peões entre interesses entre concessionários e marinha... um nadador salvador...vejam o que é....procurem: surf life saving na net!!!!!!! A tal imagem do nadador salvador, sentado, dependente dos bares de praia tem de mudar, e para isso é preciso haver mudanças na forma como toda essa estrutura está organizada. “Life Saving Clubs”, procurem na internet.

É um assunto que me toca muito, já que conto com mais de 100 salvamentos e não posso desempenhar, partilhar, o que aprendi, etc. porque não existem estruturas…..já para não falar dos jogos tipo Iron Men, as jornadas, simplesmente espectaculares…triatle, etc…»

Daniel Telmão,
No blogue Mudanças Hábitos Sociais
criar-escrita.blogspot.com/

domingo, abril 27, 2008

O 25 de Abril é uma festa!...

... por muito que isso chateie alguns pseudo-revolucionários que, daqui a cinco anos (se tanto) estarão tão acomodados e engravatados quanto estão hoje aqueles que eles (esses pseudo-revolucionários) criticam...
Comemoremos, pois!

foto-reportagem no blogue Almada Cultural por extenso:

sexta-feira, abril 25, 2008

Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis

Bertolt Brecht





Imagens do livro "Portugal Livre - 20 fotógrafos da imprensa contam tudo sobre o 25 de Abril". Editorial "O Século". Lisboa, 1974

quinta-feira, abril 24, 2008

E isto é o quê? Violência à borla? Solidariedade com os skinheads?


Anda por aí um grupinho de jovens, muito conscientes e bem formados politicamente, a convocar para amanhã, 25 de Abril, uma “manifestação anti-autoritária”.

Dizem eles que (e passo a citar):

«Manifestamo-nos neste dia porque passaram 34 anos desde que uma pseudo-revolução substituiu um governo fascista por um governo que continua a controlar, a matar e a reprimir e cujos antecessores rapidamente se preocuparam em controlar o "descontrolo" das populações no pós 25 de Abril.

A marcha dos tristes, que todos os anos comemora esta transição, não nos diz nada, pois não queremos celebrar o quotidiano policial nem a liberdade-de-centro-comercial.

Assim, esta como qualquer outra data, serve para contestar este e qualquer governo pois, inevitavelmente, todos nos querem impor uma vida debaixo de câmaras de vigilância, fronteiras e polícias várias.»

O texto é deles. Mas os sublinhados são meus.

A propósito… Lembram-se da “manifestação anti-fascista” do 25 de Abril do ano passado?

Aquela em que um grupo de jovenzinhos muito conscientes e bem formados politicamente tentou atacar o cartaz do PNR, depois a sede do PNR e, como esses porcos fascistas da polícia não os deixaram fazer nem uma coisa nem outra, acabaram por virar a sua raiva contra as montras desses outros porcos fascistas que são os comerciantes do Chiado?

Aquela manifestação que acabou com os pobres inocentes jovenzinhos a levarem porrada da polícia?

Acham que eles estão a preparar uma nova dose do mesmo? Será?

E quem ganha com isso?

Os jovenzinhos que, assim, ficam com mais razões de queixa da “brutalidade policial” - devidamente gravada em vídeo e postada na Internet?

Ou os skinheads – que, assim, ficam com mais uma bandeira nas suas reivindicações securitárias contra esta “escumalha” desordeira?

quarta-feira, abril 23, 2008

"Pessoas lendo"..

"Pessoas Lendo" - ou, se vos soar melhor, "pessoas a ler" - é, traduzido para Português, o nome deste blogue norte-americano (de San Francisco). Uma ideia que a autora (assina como Sonya Worthy) gostaria de ver "imitada" pelo mundo fora. Vamos dar-lhe uma ajuda?





Palavras da autora, na apresentação do blogue:

«This blog is my exploration of literary San Francisco and daily affirmation that people still read. While the Golden Gate Bridge and our hilly streets define our city's physical landscape, I believe that the books we read are markers of our mental landscapes--the character of San Francisco. Pictures are taken the day of the posting in San Francisco, unless I say otherwise. I get rejected about 20% of the time and I respect the privacy of people who do not want to be on this site. Cell phones, iPods, and sudoku may continue to occupy the BART platforms, but books are everywhere, too. San Francisco, not surprisingly, is a very well read city. I don't pretend to be well read myself--this blog is more of an attempt to live vicariously through others--though I do read and I'm very interested in why we read what we do and what makes a good book good. Right now I'm reading Air Guitar, by David Hickey. Comments are set up so that you don't need to log in or create an account--it's easy. Please let me know if I've made a mistake or if you have something to add.
You can also email me directly at [email protected]

sexta-feira, abril 18, 2008

Um bocadinho menos de arrogância, é possível?

Aqui há uns dias, ia eu muito descansado da vida a caminho do meu local de trabalho, eis senão quando o autocarro que me transportava é impedido de prosseguir viagem, no sentido ascendente da Avenida D. Nuno Álvares Pereira, em Almada.

Por ordem da polícia, os veículos que seguiam naquele sentido, foram obrigados a retroceder. O autocarro – grande demais para fazer inversão de marcha – fica ali parado e despeja, naquele mesmo lugar, os passageiros.

Bem… até aqui nada de extraordinário - digo eu – porque, estando aquela avenida em obras (bem, não é só aquela… mas adiante), é natural que, em casos excepcionais, se tenha de cortar o trânsito durante algum tempo.

Tal pode perfeitamente acontecer se, por exemplo, algum trabalhador, por falta de informação, ou por distracção, rebentar acidentalmente com uma conduta de gás.

Parece, aliás, que foi isso mesmo o que terá acontecido, naquela ocasião. (Era o que se dizia – eu não confirmei, mas não tenho razões para desconfiar do que se dizia.) Percebe-se, então, que os responsáveis pela segurança, da obra e dos cidadãos que por ali circulam, tomem as devidas precauções: neste caso, cortar o trânsito e impedir o acesso a “quem não é da obra”.

Por isso mesmo é que eu – que por acaso até ia a caminho do trabalho - tive o cuidado de fotografar mas mantendo a devida distância e (notem bem) até esperei que estes senhores que aqui aparecem estivessem todos de costas, para não os identificar (não fosse algum deles ficar melindrado e perguntar-me se eu era “da obra”…).

Bem… isso não me serviu de nada. Porque (reparem bem na imagem) os senhores da obra não deixam escapar nada, nadinha mesmo: estão a ver como eles olham para o fotógrafo?
Cliquem na imagem e reparem bem.

Viram? Perceberam?
(Não queiram é saber as coisas bonitas que eles disseram sobre o fotógrafo, porque isso não vos vou contar.)

O caso resume-se, então, assim: eles fazem asneira, num local público, numa obra pública, mas ninguém pode ver. Sabe-se lá se aquilo ainda vai para a internet. Ou, se calhar, para algum jornal – o que ainda deve ser pior.

E tanta arrogância, afinal, para que ninguém veja o quê?

Para que ninguém veja isto?


Esta coisa que, afinal, até era tão fácil de fotografar (a partir do momento em que restabeleceram a circulação na avenida)?

Ai, ai!... Haja paciência!...

terça-feira, abril 15, 2008

Notícias da Zona:

Apresento-vos, finalmente, o jornal Notícias da Zona. É um quinzenário regional, editado na Quinta do Conde (uma terreola do concelho de Sesimbra…) e abrange, por agora, apenas o concelho onde está sedeado e o município vizinho, do Seixal. O Notícias da Zona é dirigido pelo jornalista António José Ribeiro. Ou melhor: pelo grande Tozé Ribeiro – que era paginador (aliás, criador do grafismo) do “almadense” Sul Expresso, onde, a bem dizer, comecei a minha actividade “jornaleira” a sério, nos idos dos anos noventa… Nesta edição (a primeira em que participo) um dos destaques vai para a apresentação, pela primeira vez, de espectáculos do Festival Sementes em Sesimbra.E isto é, para mim, “juntar o útil ao agradável”, como se costuma dizer.
É que, além de estar a trabalhar para o meu amigo Tozé Ribeiro, reencontro (e entrevisto) também velhos amigos (ou conhecidos, sei lá eu…) como, por exemplo (neste caso) Rui Cerveira e Bruno Neves.

Bem… Por outro lado, há que ter em consideração que, nestas coisas de relacionamentos entre jornalistas e instituições (ou representantes de instituições) não há cá amigos. Se, algum dia, tivermos de nos chatear por questões de serviço… chatear-nos-emos! (E depois, espero, continuamos amigos na mesma.)

Até porque, como se dizia no meu tempo: trabalho é trabalho; conhaque é conhaque

domingo, abril 13, 2008

Eu numa embarcação à vela? Só podia ser na Sagres! É a que tem nome de cerveja...


Ora bem, deixa cá ver... Eu cá não punha os pés num navio desde 2001 (os cacilheiros não contam...), num veleiro desde os anos 80 (quando a Câmara do Seixal começou a fazer passeios no Tejo a bordo de uma embarcação tradicional do dito)... E, bem, não entrava num estaleiro (naval) talvez desde 1996, quando ainda existia a Lisnave. Doca seca... deixa ver... pois, conheci a doca grande da Lisnave (julgo que é essa a "famosa" Doca 13), mas nunca tinha descido a uma. E entrar num submarino de guerra, ainda no activo? Pois... também nunca tinha entrado num. Entrei agora. No Barracuda, pois. Só podia. Em Portugal não temos outro, o que é que vocês querem?


(Vejam a foto-reportagem desta visita guiada ao Arsenal do Alfeite, no blog Almada Cultural por extenso, ou clicando aqui. E há também uns videozitos, no canal bulcânico...)

quinta-feira, abril 10, 2008

Oxe, falamux du xekxu dux anxus…


Komo xabem, u akordu ortugráfiku é pulémiku á mts anux e não xó dagora. Nus anux 80, a revixta Kontraxt publikô uma piada jenial á gatu fedurentu. Max só kus gatusfedurentux ainda n exixtiam nexaltura. Memo axim já xe dixcutia nexe tempu u sekxu dux anxus. Tipo xe paxamos a xkrever fato u fakto.

E u akordu afinal n foi rektifikadu.

(Ou xeria ratifikado?)

domingo, abril 06, 2008

Um jornal chamado Aponte (Montijo, início da década de 90)


A propósito da (agora finalmente decidida) "terceira travessia do Tejo", lembrei-me do tempo em que a única ligação entre as duas margens deste estuário era a ponte 25 de Abril. E lembrei-me, também, de vos trazer aqui um jornal que (num tempo em que se debatia onde iria ser construída a "segunda travessia") pugnava pela opção Olivais - Montijo.


Chamava-se, o jornal, Aponte. Era um semanário regional, sedeado no Montijo. E custava cem escudos - o que, em 1992, não era nada barato.


Eu - que, precisamente em Novembro de 1992, estava a começar a minha carreira profissional como jornalista, na Rádio Baía - era, então, leitor assíduo desse jornal. Também gostava de ler os outros órgãos regionais (na região de Setúbal, entenda-se...) de imprensa escrita - que, salvo erro, eram apenas, nesse tempo, o "Actual" e o "Outra Banda"- Mas este, "Aponte", era-me particularmente útil, porque encontrava ali informações de "agenda", que me serviam para preparar os noticiários locais da rádio.

Como podem verificar, lendo a ficha técnica desse jornal, já andavam por lá duas pessoas com as quais, mais tarde, tive o privilégio de trabalhar: Artur Vaz e Marina Caldas. Os outros, não conheci, nem conheço.
Aliás, para dizer a verdade, não faço nenhuma ideia de qual foi a história, e o destino, deste interessante órgão de comunicação social. Alguém me esclarece?

sexta-feira, abril 04, 2008

E a culpa é… dos jornalistas, como sempre!


Ainda a propósito do famoso “caso do telemóvel”, diz esta senhora, Margarida Moreira – directora regional da Educação do Norte -, num debate promovido pela RTPn, que há ali matéria para incriminar alguém, mas não são os alunos: são os jornalistas.

E porquê?

Porque, de acordo com esta senhora, Margarida Moreira - directora da DREN -, a divulgação, nos canais de TV portugueses, daquele vídeo em que uma turma inteira “enxovalha” a professora, demonstra uma enorme falta de respeito pela privacidade - dos alunos, e da professora.

E, por expor dessa forma tão despudorada, a “privacidade” dos “protagonistas” do vídeo, tal acção (a divulgação, pelos jornalistas, nos noticiários televisivos) merece ser criminalizada.

Portanto (concluo eu), enquanto a coisa passou “apenas” no Youtube, “só” como uma piada, e enquanto, no Youtube, a humilhação da profesora foi vista por “não mais” que “alguns, poucos” milhares de pessoas – aí não havia problema nenhum; e, se o houvesse, seria resolvido na própria escola, como um caso pontual, e ficava tudo na paz dos anjos.

A partir do momento em que esses malandros dos jornalistas, alertados pelo “sucesso” que o vídeo estava a obter na internet, agarram no caso e o transformam em notícia, dando assim o pretexto para um debate (que está a decorrer, a nível nacional) sobre a violência nas escolas portuguesas… aí passa a ser um caso de polícia – em que o infractor não é quem agride, mas quem mostra a agressão.

Ou seja (digo eu): quando as coisas correm mal, a gente disfarça; se não der para disfarçar, mata-se o mensageiro das más notícias – e pronto, com isso disfarça-se na mesma o problema!

E tudo isto até seria perfeitamente ridículo se quem defende esta posição não fosse uma responsável de um organismo do Estado, não eleita mas nomeada pela Administração Central, logo, com evidentes responsabilidades, se não na definição das políticas para o sector (que são o que se sabe, com os resultados que estão à vista), pelo menos na sua aplicação prática.

Isto é o que eu penso. Mas, se calhar, é melhor guardar começar a guardar estes pensamentos só para mim.

É que, como sou jornalista, faço parte dos suspeitos do costume, já se sabe…

quarta-feira, abril 02, 2008

«Desculpe, você é da obra?»



Quase sempre que ando por aí a fotografar as obras do MST, em Almada, aparece alguém a perguntar-me «desculpe, você é da obra?», como se não soubessem muito bem que não, não sou da obra.

Mas pronto, percebe-se: é a chamada pergunta retórica.

Ora, um destes dias, fartei-me de perguntas retóricas e, a quem me perguntava «desculpe, você é da obra?», respondi que não senhor, não sou da obra – mas aproveitei para explicar que, sendo aquilo uma obra pública, e estando a ser executada na via pública, não há nenhuma razão para que eu não a possa fotografar.

O senhor que perguntava não ficou convencido com os meus argumentos. Eu também não fiquei convencido com os argumentos dele.

Enfim, farto da discussão, lá acabei por lhe contar a verdade: sou jornalista (trabalho nesta profissão desde 1992, como os leitores deste blogue já devem ter percebido ) e estou, apenas, a fazer o meu trabalho: neste caso, a recolher imagens documentais de um momento histórico para a cidade.

Responde ele: «então, se é jornalista, sabe muito bem que, com a internet, se podem fazer grandes sacanices».

Pois sei. Mas não por ser jornalista: porque tenho visto por aí, nas minhas “navegações” de internauta, essas grandes sacanices.

Acontece que, enquanto jornalista, gosto muito da minha profissão, levo-a muito a sério – e, por isso mesmo, respeito muito a busca da verdade, da mesma forma que detesto essa manipulação fácil que as “novas tecnologias” permitem.

De resto, como tenho (já) 44 anos, não me deixo deslumbrar pelas actuais “novas tecnologias”. São, para mim, um instrumento de trabalho, tal como eram as “novas tecnologias” dos anos 80, e as dos anos 90, e tal como hão-de ser as “novas tecnologias” do futuro.

Não tenho culpa que alguns psicopatas andem por aí a fazer, com recurso a “novas tecnologias” as coisas que sempre, em todos os tempos, fizeram os psicopatas.

Portanto, se hoje vos apresento estas duas fotos “da obra” devidamente manipuladas – é, como se costuma dizer, uma vez sem exemplo.

E é, também, para mostrar que trabalhadores sem cara são algo de muito ridículo. Embora talvez desse jeito a alguns que eles existissem mesmo – mas isso já é outra conversa.

terça-feira, abril 01, 2008

EXCLUSIVO: Câmara de Almada instala vídeo-vigilância na rua Lopes de Mendonça!


Esta é a rua Lopes de Mendonça, em Almada, à noite.
E a que propósito vem aqui a rua Lopes de Mendonça, em Almada, à noite?

Bem… é que fontes altamente colocadas e extremamente credíveis (que, por isso mesmo, não posso identificar) garantiram ao Coisitas do Vitorino que, na noite de 26 para 27 de Março a Câmara Municipal de Almada andou por lá, sorrateiramente, a instalar câmaras de vídeo-vigilância, em locais muito bem escondidos.

Segundo as mesmas fontes imaculadamente fiáveis, o departamento municipal de “inteligência” terá transmitido à vereação comunista informações sobre a preparação de um movimento de revolta por parte dos moradores da referida artéria, insatisfeitos com a instalação de uma ferrovia no local.
Dizem as nossas fontes que tais acções incluiriam manifestações de protesto frente aos Paços do Concelho, corte de vias e, eventualmente, sabotagem da obra, com sequestro dos respectivos encarregados, que seriam presos e manietados nas profundezas das garagens da rua Lopes de Mendonça.

A instalação de vídeo-vigilância servirá, assim, para monitorizar movimentos suspeitos, por parte dos alegados cabecilhas da conspiração em curso, garantem os nossos informadores.

De acordo com as nossas fontes, a própria presidente da Câmara terá sido vista, no interior de uma viatura de marca Mercedes, nessa mesma noite, a rondar a supracitada artéria, e toda a zona do “triângulo da Ramalha”.

Como nos compete, tentámos confrontar os responsáveis autárquicos com as informações que nos foram confiadas. No entanto, até à hora de fecho deste “post”, não foi possível o contacto com nenhum dos vereadores que conheço pessoalmente e há muito tempo, na Câmara Municipal de Almada.

Portanto, pá, fico à espera que me digam qualquer coisita, está bem?
Que tal num jantar? Pagam vocês.