horas
são horas...
não de partida, mas de chegada...
uma chegada assim, entre a luz
que encanta a cidade
de um tempo branco
os sonhos habitavam esse tempo
entre silêncios de angustia,
são horas, horas sem sombras
onde o poema se transforma
dentro do papel da memória.
o dia oxida a boca
desliza no corpo
estremece nas saudades do passado.
as cores mal pousam no dia
respiram pelas areias
onde a cidade descansa.
vozes despertam o vento
ressoam gestos violados
a chegada perde-se na rua
mas leva o sorriso do amor
nada se desfez
no dia que cresceu...
helena maltez
1 comentário:
Horas de chegada. Onde a luz faz esquecer as sombras. Onde a memória se transforma em tempo interior, em saudade do que passou. E as ruas se fazem espaço de um sorriso ou do amor. Belíssimo, minha Amiga Lena.
Tudo de bom.
Um beijo.
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