a cabana é de palavras, construída sobre o mar.
não tem portas nem janelas, isso faz com que não se consiga fechar.
o vento, esse é seu protector ela é feita de palavras, palavras de todos vós que adoro. as mais amargas ele consegue arrasta-las…
e a cabana não se desmorona!
por não saber ser ausência venho e abraço todos, com um enlaço do tamanho do mar que me alimenta a alma. a cabana é cada um de vós
é o vento que conversa
nos astrais rudes da tua voz.
o perfil é terra sem alma.
acuras as esperanças
inflamam-se em labirintos.
o abismo é ensejo
no sorriso da ironia
um nome estranho demove o grito
saído das costas coagidas.
puro é o espaço úbere
no silencioso vulto
que louco repete
supostas virtudes
o espanto é figura na voz
de rostos sem nomes
coroados de leveza
ermo na noite, o vento irrompe
e é o impulsor do corpo!
l.maltez