O
terrorista brasileiro Rafael
Lusvarghi, detido pelo SBU no aeroporto de “Boryspil” em Kyiv em outubro,
ficará em prisão preventiva até 28 de janeiro de 2017, ele já recebeu uma acusação adicional “mais leve” e a carta da sua família e será condenado à pena máxima,
prevista no CP da Ucrânia, escreva a página Novynarnia.com
Devido
à necessidade de efetuar as
diversas peritagens, a Procuradoria de Kyiv e a
Direção-geral do SBU pediram a prorrogação do tempo da prisão preventiva do Lusvarghi,
no decorrer da investigação pré-julgamento, o pedido prontamente satisfeito
pelo tribunal de Pechersk, explica o procurador responsável do caso, Dr. Ihor
Vovk.
“Atualmente, a investigação
está na
fase final. Nós preparamos o acto de acusação, cujo
teor está sendo acordado.
Logo após os feriados do Ano Novo e do Natal [ortodoxo] a Procuradoria de Kyiv enviará a acusação formal contra Rafael Lusvarhi ao tribunal”, conta o Dr. Vovk
Mais
uma acusação
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O advogado carioca Raphael Machado sobre Rafael Lusvarghi |
Desde
o dia 19 de dezembro de 2016, além do ponto 1, do Artigo 258-3 do Código Penal da Ucrânia (“criação do grupo ou de organização
terrorista”)
que “vale” entre 8 aos
15 anos de cadeia, o terrorista brasileiro
é acusado ao abrigo do ponto 2, do Artigo 260 do CPU, nomeadamente: “a participação nas formações armadas não
previstas na lei”,
por sua vez sentenciada entre 3 à
8 anos.
O procurador também explicou que Lusavrghi não poderá ser libertado sob a fiança, pois segundo o ponto 5 do Artigo 176 do Código do Processo Penal da Ucrânia, a fiança não é
aplicada aos investigados sob o artigo 258-3 do CPU.
As
peritagens
As
diversas peritagens fonoscópicas e fisionómicas, efetuadas pelo Instituto
Ucraniano de Técnicas e Peritagens Especiais, comprovam que Rafael Lusvarghi é
o cidadão que na qualidade do membro das unidades armadas ilegais na Donbas, figurava
nas diversas fotos e vídeos colocados na Internet, admitindo, de livre e espontânea
vontade a sua participação na morte dos quatro militares ucranianos.
“Atualmente recolhemos na
totalidade a
base de evidências, que, na minha opinião, seria mais do que suficiente para uma condenação
em tribunal. Nós também colhemos os depoimentos dos participantes da Operação Antiterrorista
(OAT). O testemunho destes homens,
sem dúvida, será uma
prova forte em tribunal. Além disso, temos os resultados
das acções de investigações sigilosas”, – diz o procurador Vovk.
Se declara culpado
e colabora com a investigação
“Durante a investigação
pré-julgamento, o suspeito Rafael Lusvarghi nunca se queixou das ações ilegais de investigação ou maus-tratos, a
pressão psicológica e coisas do género. É importante notar que todas as acções de investigação foram realizadas exclusivamente na presença de um advogado e de um intérprete certificado, que foi
notificado, por escrito da sua responsabilidade pela possível tradução deliberadamente incorreta”,
frisa Dr. Vovk. O
procurador também contou que no início de novembro, Lusavrghi recebeu a 2ª visita
dos diplomatas brasileiros que lhe trouxeram uma carta da família e fotos dos
filhos.
A
pena máxima à vítima do zumbificação
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Rafael Lusvarghi se declara nazi "e desde pivete" |
A
Procuradoria (Ministério Público) da Ucrânia irá pedir a pena máxima ao terrorista
brasileiro: “apesar de admitir a sua culpa no cometimento de crimes em que é
suspeito, na minha opinião pessoal, Lusvarghi fez isso apenas para evitar a
pena máxima. Creio que ele não percebe a gravidade dos crimes especialmente
graves cometidos no território da Ucrânia, no seu íntimo não se considera
culpado e não sente os remorsos de consciência. Podem imaginar até que ponto
este homem foi objeto de “lavagem cerebral” por parte do assim chamado “mundo
russo” que abandonou a sua família e filhos no Brasil e viajou às milhares de
quilómetros de distância ao outro país para matar os cidadãos de um outro
Estado, destruir a terra ucraniana”, – diz o procurador visivelmente
emocionado.
“Eu posso dizer com toda
a confiança que ele
definitivamente merece a pena máxima e
deve assumir toda a responsabilidade pelos crimes cometidos. Pelo menos farei
o máximo esforço para que isso aconteça”, – sublinha Ihor Vovk.
É de recordar que ex-PM, Rafael Lusvarghi, na altura com 32 anos de idade, veio à Ucrânia no outono de 2014, se filiando
no bando terrorista “Viking”. Participou nos combates nos arredores de
localidades de Verhulivka, Pervomayske, Horlivka, Starobesheve, Debaltseve,
aeroporto de Donetsk. Foi ferido. Após voltar ao Brasil e não conseguir nenhum
emprego decente (algo que espera todos os terroristas brasileiros), recebeu uma
proposta tentadora da empresa “Omega” que até pagou lhe a passagem, embora só de
ida (Sic!) à Ucrânia. Após à chegada em Kyiv, em 6 de outubro de 2016, e após a
sua entrada efetiva ao território da Ucrânia, foi detido pelo SBU. Desde aquela data aguarda o julgamento
em Kyiv.
Blogueiro: mais uma vez e para todos os simpatizantes
do Lusvarghi e da causa terrorista do “mundo russo”, repetimos o texto do
Decreto da Presidência da República do Brasil № 5.938,
de 19 de outubro de 2006 que promulgou o Tratado de Extradição entre a
República Federativa do Brasil e Ucrânia, celebrado em Brasília, em 21 de
outubro de 2003, no estabelecimento da definição do terrorismo: “o atentado
contra pessoas ou bens cometidos mediante o emprego de bombas, granadas,
foguetes, minas, armas de fogo, explosivos ou dispositivos similares”. Podem
não gostar, mas é a lei brasileira e como sabemos, o
desconhecimento da lei ou a discordância com a lei não exime o cidadão
das suas responsabilidades, civis e criminais, ao abrigo da mesma.