Blog Widget by LinkWithin
Connect with Facebook
Mostrando postagens com marcador Fetiche. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Fetiche. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Bedtime or bad time stories: histórias que contam para os adultos dormirem

Histórias para dormir (bedtime stories) ou provocar pesadelos (bad times)? Sabe as velhas canções de ninar? 'Nana neném que a cuca vem pegar, papai foi pra roça, mamãe pro cafezal..." (pode haver variações). Ou a outra: 'Boi, boi, boi da cara preta...'. As histórias têm fundamentos mitológicos e esses mitos estão longe de serem inocentes.





A primeira canção - 'Nana neném...' - pode muito bem significar que a 'cuca' é um monstro pronto a te engolir. O significado sexual é de algo que, antes de te penetrar, te absorve, de forma carnal e visceral. A segunda canção - 'Boi, boi...' - pode remeter diretamente ao mito do Minotauro, do ser com corpo de homem e cabeça de boi, também com forte significado sexual. Ambas são de possessão.






Isso não é uma divagação minha e tampouco o argumento é novo. Qualquer leitura aprofundada de contos de fada (fairy tales), com recorte psicológico, sempre demonstrará que há uma pulsão sexual a mover cada historinha que, aparentemente, é infantil. Mas as histórias infantis são, na maior parte das vezes, de alta carga sexual e, de forma surpreendente, se analisadas, bastante cruéis. Basta lembrar as histórias tradicionalíssimas sempre com uma moral (um aprendizado) a concluí-las.






De forma que, embalados que fomos pelas canções de ninar desde os mais tenros anos, nos acostumamos a fantasiar com 'cucas' e 'bois de cara preta' como entes monstruosos. Que podem ser tanto o feminino (cuca) quanto o masculino (boi) a nos atormentar, precocemente, como duas entidades ao mesmo tempo apavorantes e excitantes.






Tanto que, se bem me lembro, dormíamos com um olho aberto e outro fechado. Medo? Sim, claro. Não havia consciência crítica o suficiente para separar a realidade da fantasia. Mas, ao mesmo tempo, talvez pairasse no ar uma certa expectativa de que ambos os 'monstros' convidados a partilhar de nossas inconsciências sonolentas realmente viessem. Como se olhássemos por entre os dedos.






Incapazes de nos conter ante o pavor e, por um comportamento que é tipicamente humano, potencialmente preparados para o ataque primitivo que seria encetado por tais monstros. Querer e não querer. Temer e desejar.







No final, o desejo ficava por detrás das imagens que projetávamos. Um desejo secreto, guardado no nível do inconsciente. Há um livro, 'A Psicanálise dos Contos de Fadas' - Bruno Bettlheim - editora Paz e Terra - 440 páginas, que aborda bem essa questão do imaginário infantil criado de geração em geração à base de mitos.






Claro que nossos pais não sabiam que, ao transmiti-los, estavam a passar adiante, como receberam, códigos e significados que, se aparentemente não passavam de tolas fantasias, no fundamento continham uma simbologia que, por fim, remeteria a questões ditas adultas: sexo, violência, dominação, força, coerção, luxúria, desejos etc. etc.





Assim se dá que as bobinhas histórias que nos contam quando crianças para ir dormir (durante a fase diurna da vida), à noite (fase noturna) essas histórias convertem-se em sonhos do tipo bad. E bad não com a conotação de ruim. E sim com a conotação de 'malvados', quiçá 'sujos', do tipo que assanham, que atiçam e fomentam desdobramentos outros. É quando as bedtime stories passam a ser bad time stories.


Parte disso sempre esteve evidenciado de uma certa forma por revisitas a certos personagens simbólicos de gerações e gerações de crianças. Assim é que Chapeuzinho Vermelho, criança, é uma meiga netinha. Adulta, entende exatamente o 'crescimento' do lobo e consequências advindas desse fato. Oras, o cinema explora isso há muito tempo.





Em continuidade a essa tradição de tirar do mito infantil a áurea de intocável não é de se surpreender, portanto, que a matriarca dos Simpsons, Marge Simpson, em comemoração aos 20 anos do desenho norte-americano, 'resolva posar nua' para a Playboy igualmente norte-americana. Do outro lado do mundo, em Israel, o artista David Kawena fez a mesma coisa e deu conotação sexual a alguns dos personagens de sangue azul da Disney. Príncipes, heróis e imperadores estão para lá de calientes na versão homoerótica de Kawena.


No caso de Marge Simpson, o desnudamento da personagem, na atual cultura pop, era até mesmo esperado. Já a releitura de alguns dos personagens mais famosos da Disney - Aladin, Peter Pan, os príncipes de Zárnia, Troy Boltcon (de High School Musical), Tarzan etc. - reafirma, no entanto, essa vontade de romper com padrões. E de fazê-lo da forma mais voraz: pela leitura erótica.


Recuperam-se, por esse registro, os antigos mitos da infância (e eu falei de mitos e canções brasileiros mas basta mudar as letras e os personagens; tudo o mais será semelhante) revisitados por adultos que ouviram e maturaram esses mitos até dar-lhes, afinal, a conotação sexual que lhes pertencia desde o início. E quem quiser que conte outra.




quinta-feira, 13 de agosto de 2009

45 peças da minha casa de bonecas

Menino tem que brincar com bola e carrinho e menina tem que brincar de boneca e casinha. Establishment. Estabelecido. Nem um passo para cá (do menino) e tampouco para lá (da menina). Cada um na sua que o mundo é dividido entre machos e fêmeas.

Menino é azul. Menina é rosa. Quando não se sabe o sexo do futuro bebê, amarelo. Se for gay, transexual ou qualquer outra modalidade que não caiba no manual ortodoxo do sexismo prevalecente, que Deus nos acuda! Que será do enxoval (antigo, né!) desse futuro serzinho?

Daí que li sobre o lançamento de bonecos do filme "Crepúsculo" (Twilight) e fui procurar uma imagem dos respectivos. Me deparei com impressionantes sites que vendem bonecas (e bonecos, mais raros) de todos os jeitos, das mais antigas, da Belle Époque francesa até as mais sexies, inclusive nuas, em poses cheias de sensualidade.

Portanto, resolvi montar minha própria casa de bonecas. Por que não? Oras! Eu, que brinquei de bichinhos feitos de buchas vegetais na infância (que eram vaquinhas e boizinhos com direito a mangueiras cercadinhas), resolvi me arriscar nesse universo feminino, cheio de mistérios, com brinquedos que se assemelham a adultos e que, podem, para alguns, estender-se a mundos outros como os do fetiche. Não é o meu caso. Sério!

Posto aqui, portanto, uma bela coleção de 45 diferentes bonecas e bonecos (poucos) dos mais diferentes criadores. São, algumas, verdadeiras obras de arte. E que podem custar entre US$ 19 e US$ 900. Claro que existem outras, mais caras. Quanto mais arcaicas, tanto mais caras.

Há um blog sobre o assunto, com dezenas de links para quem tiver interesse em se estender no reino das bonecas. É o Brincando de Boneca. Mas a história das bonecas é bem mais rica do que as limitações impostas pelas convenções dos sexos. E tornou-se, em todo o mundo, uma atividade lucrativa, de colecionador. A palavra 'boneca' origina-se do espanhol 'muñeca' e é um dos brinquedos mais antigos e populares em todo o mundo. De certa forma, prepara a menina (ainda que eu não concorde com tal tendência de se dividir assim o mundo) para a maternidade, posto que a criança a embala e reproduz, no gestual, o papel da própria mãe. Se nós outros, meninos, fossemos assim educados, talvez saíssemos melhores pais em muitos casos.

A boneca é antiga: há registros que remetem à civilização babilônica e, em túmulos infantis egípcios, foi encontrada uma boneca de alabastro, em período que se situa entre 3 mil e 2 mil a.C. A Grécia e Roma antigas também tinham bonecas. A comercialização de bonecas, no entanto, começou na Alemanha no século XV, terra dos dochenmacher (fabricantes de bonecas). E foi em solo alemão também que surgiram as primeiras casas de bonecas. No século XVII, na Holanda, apareceram as primeiras bonecas com olhos de vidro e perucas, feitas de cabelos humanos. No século XIX, Thomas Edison (sim, o próprio) criou a ideia de uma boneca falante, que seria aproveitada por vários fabricantes. Atualmente, copiam-se celebridades e existem milhares de bonecas.

As mais famosas são as da linha Barbie, com versões do mundo todo. Para arrematar, há um filme magnífico, "Dolls", de Takeshi Kitano, que remete adultos a papeis de bonecos, manipuláveis, portanto, pelas emoções conduzidas pelo amor. Recomendo. Vamos, por fim, às bonecas:














































Autor e redes sociais | About author & social media

Autor | Author

Minha foto
Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

De onde você vem? | From where are you?

Aniversário do blog | Blogoversary

Get your own free Blogoversary button!

Faça do ócio um ofício | Leisure craft

Está no seu momento de descanso né? Entao clique aqui!

NetworkedBlogs | NetworkedBlogs

Siga-me no Twitter | Twitter me

Quem passou hoje? | Who visited today?

O mundo não é o bastante | World is not enough

Chegadas e partidas | Arrivals and departures

Por uma Second Life menos ordinária © 2008 Template by Dicas Blogger Supplied by Best Blogger Templates

TOPO