2006-08-13
Os incêndios neste País
Quererá dizer alguma coisa? Isto leva-me a voltar ao tema de uma forma mais abrangente.
Não percebo francamente as razões de tanto incêndio, há tantos anos, neste País. Haverá aqui um problema que ultrapassa os governos?
Por isso, vou ler um livrinho que saiu que diz, segundo a nossa comunicação social escrita, que os bombeiros desta nossa terra não estão preparados para essa função. E se, de facto, fôr assim, de quem é a culpa? Porque vejo, com muita frequência, alguns dos seus dirigentes, ano após ano, a dizer que os nossos bombeiros são dos melhores. Não duvido. Mas os factos negam. Onde está a sua eficácia?
Admito deve haver uma relação "óptima" bombeiros/carro/equipamento e, certamente, aqui residirá o número "baixo" de bombeiros no combate efectivo aos incêndios. Mas se é, assim, qual a necessidade de tanto bombeiro nas corporações?
Quando há uns anos me debrucei sobre a fileira florestal e as suas subfileiras, esta problemática foi tocada mas nunca teve apoio político, como bem te deves lembrar. Ana Esteves
1. Poque será que há mais bombeiros voluntários (têm outras profissões) e menos bombeiros profissionais, com a devida formação - não há polícias, marinheiros, aviadores, etc., voluntários;
2. Os presidentes de Juntas de Freguesias não deveriam ter alguma formação e, sobretudo, muita informação, para depois a transmitirem aos seus conterrâneos);
3. Não seria dinheiro bem utilizado fazer umas festarolas em cada freguesia, em Junho, antes da "época dos incêndios" e aproveitar a confraternização para, uma vez mais, transmitir os cuidados a ter e as tarefas que não são permitidas e porquê?;
4. Ou só se fazem festas em Agosto porque há emigrantes e festa (e foguetes) rende mais?
Os Voluntários são o primeiro "cancro" do sistema. Como podem existir desviados da real função como foram criados, como "Associações Humanitárias". Na realidade estas pesadas Instituições, são na pratica "absorventes" de subsidios dos Estado! Deveriam funcionar exclusivamente das cotas dos sócios, das dádivas e do envolvimento que promovessem junto das populações.
Vejam a polemica instalada quando começaram, e muito bem, a encaminhar os serviços de assistência para o INEM! Queixaram-se de imediato. Permitam-me a expressão: "A maminha vai-se acabar".
Se o ESTADO tem um sistema permanente qualificado como o INEM, porque razão terá de comprar "kilometros" aos senhores Bombeiros Voluntários? Tenham dó!
Neste assunto também relaciono com a Madeira e pergunto: A situação é muito diferente, para melhor não é?
1) O serviço de vigilancia das florestas por jovens a partir de pontos de observação foi reforçado.
2) Desenvolveu-se um sistema de estimação do risco de incendia a partir dos dados meteorológicos (com um sistema de alerta de vários graus de risco dependendo da temperatura, vento, etc) e deslocam-se preventivamente os bombeiros para as zonas de maior risco.
Esta estratégia permite atacar os fogos mais precocemente, por vezes com recurso a unidades ligeiras de primeira intervenção (um pequeno veículo todo o terreno com uma pequena cisterna).
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