Aulas-Usinagem Convencional II
Aulas-Usinagem Convencional II
Aulas-Usinagem Convencional II
B) Movimentos que no tomam parte direta na formao do cavaco: Movimento de aproximao; Movimento de ajuste; Movimento de correo; Movimento de recuo.
Direo de corte: direo instantnea do movimento de corte: Direo de avano: direo instantnea do movimento de avano; Direo efetiva do movimento de corte;
PERCURSO DA FERRAMENTA
Percurso de corte (lc) - o espao percorrido sobre a pea pelo ponto de referncia da aresta cortante, segundo a direo de corte; Percurso de avano (lf) - o espao percorrido pela ferramenta, segundo a direo de avano. Percurso efetivo de corte (Ie) - o espao percorrido pelo ponto de referncia da aresta cortante, segundo a direo efetiva de corte
Fresamento tangencial com fresa cilndrica. Percurso de corte lc, percurso efetivo de corte Ie; percurso de avano lf (Os dentes 1 e 2 mostram o movimento da fresa).
VELOCIDADES
Velocidade de corte (vc) - a velocidade instantnea do ponto de referncia da aresta cortante, segundo a direo a sentido de corte. Velocidade de avano (vf) - a velocidade instantnea da ferramenta segundo a direo e sentido de avano. Velocidade efetiva de corte (ve) - a velocidade instantnea do ponto de referncia da aresta cortante, segundo a direo efetiva de corte.
Avano (f) - o percurso de avano em cada volta ou em cada curso. Profundidade ou largura de corte (ap) - a profundidade ou largura de penetrao da aresta principal de corte, medida numa direo perpendicular ao plano de trabalho. Espessura de penetrao (e) - de importncia predominante no fresamento e na retificao. a espessura de corte em cada curso ou revoluo, medida no plano de trabalho numa direo perpendicular direo de avano.
Brochamento
CONSIDERAES SOBRE A Vc
Os valores da Vc so encontradas em tabelas fornecidas pelos fabricantes de ferramentas de corte; Os valores de rpm e gpm so ajustados nas mquinas-ferramentas antes do incio da usinagem. Em mquinas CNC os valores da Vc tem variao contnua; A Vc parmetro de corte mais influente na vida das ferramentas.
Tipo de material da ferramenta; Tipo de material a ser usinado; Condies de refrigerao; Condies da mquina-ferramenta
Somente o ngulo de cunha no garante que o material seja cortado com sucesso, outros ngulos tambm assumem papel importante e esto relacionados com a posio da ferramenta em relao a pea. Eles so os ngulos de folga(), e de sada().
= ( capa ) ngulo de posio = ( epsolon) ngulo de ponta = ( alfa) ngulo de folga = (beta) ngulo da cunha = (gama) ngulo de sada
Cunha de corte
a cunha formada pelas superfcies de sada e de folga da ferramenta. Atravs do movimento relativo entre pea e ferramenta, formam-se os cavacos sobre a cunha de corte.
Superfcie de Sada (A): a superfcie da cunha de corte sobre o qual o cavaco desliza. Superfcie de folga (A): a superfcie da cunha de corte, que determina a folga entre a ferramenta e a superfcie de usinagem. Distinguem-se a superfcie principal de folga A e a superfcie secundria de folga A.
Arestas de corte: so as arestas da cunha de corte formadas pelas superfcies de sada e de folga. Deve-se distinguir a aresta principal de corte S e a aresta secundria de corte S. Ponta de corte: parte da cunha de corte onde se encontram a aresta principal e a aresta secundria de corte. Ponto de corte escolhido: ponto destinado determinao dos planos e ngulos da cunha de corte, ou seja, as definies se referem a um ponto da ferramenta, dito ponto de corte escolhido ou Ponto de Referncia.
ngulo de sada (): ngulo entre a superfcie de sada e o plano de referncia da ferramenta. Influi decisivamente na fora e na potncia necessria ao corte, no acabamento superficial e no calor gerado; Quanto maior for o ngulo menor ser o trabalho de dobramento do cavaco; O ngulo depende principalmente de : - Resistncia do material da ferramenta e da pea a usinar; - quantidade de calor gerado pelo corte; - velocidade de avano.
O ngulo negativo muito usado para corte de materiais de difcil usinabilidade e em cortes interrompidos, com o inconveniente da necessidade de maior fora de e potncias de usinagem e maior calor gerado pela ferramenta, geralmente o ngulo est entre 10 e 30. O ngulo de sada pode ser positivo, nulo ou negativo.
O ngulo deve ser: Maior para materiais que oferecem pouca resistncia ao corte. Se (ngulo de sada) aumenta, o (ngulo de cunha da ferramenta) diminui; Menor (e as vezes at negativo) para materiais mais duros e com irregularidades na superfcie. Se o ngulo diminui, o (ngulo de cunha da ferramenta) aumenta;
ngulo de folga (): ngulo entre a superfcie de folga e o plano de corte (Ps - plano que contm a aresta de corte e perpendicular ao plano de referncia, veja a Figura 3.8 ). O (ngulo de folga) possui as seguintes funes e caractersticas: Evitar o atrito entre a pea e a superfcie de folga da ferramenta; Se pequeno ( o ngulo aumenta): a cunha no penetra convenientemente no material, a ferramenta perde o corte rapidamente, h grande gerao de calor que prejudica o acabamento superficial;
Se grande (o ngulo diminui) : a cunha da ferramenta perde resistncia, podendo soltar pequenas lascas ou quebrar; depende principalmente da resistncia do material da ferramenta e da pea a usinar. Geralmente o ngulo esta entre 2 e 14.
ngulo de ponta (): ngulo entre os planos principal de corte (Ps) e o secundrio (Ps); ngulo de posio secundria (): ngulo entre o plano secundrio de corte (Ps) e o plano de trabalho.
ngulo de inclinao (): ngulo entre a aresta de corte e o plano de referncia. Funes do ngulo : controlar a direo de sada do cavaco; proteger a quina da ferramenta contra impactos; atenuar vibraes; geralmente (ngulo de inclinao) tem um valor de 4 a 4.
Quando a ponta da ferramenta for: * mais baixa em relao a aresta de corte ser positivo (usado nos trabalhos em desbaste nos cortes interrompidos nos materiais duros) *mais alta em relao a aresta de corte ser negativo (usado na usinagem de materiais macios, de baixa dureza); *da mesma altura da aresta de corte ser nulo (usado na usinagem de materiais duros, exige menor potncia no corte).
ngulo de inclinao
Tipos de cavacos
Cisalhado (segmentado); De ruptura (descontnuo); Contnuo; Cavaco contnuo com aresta postia de corte (APC)
Tipos de cavaco
CAVACO CONTNUO
Mecanismo de Formao: O cavaco formado continuamente, devido a ductilidade do material e a alta velocidade de corte;
Acabamento Superficial: Como a fora de corte varia muito pouco devido a contnua formao do cavaco, a qualidade superficial muita boa.
CAVACO CISALHADO
Mecanismo de Formao: O material fissura no ponto mais solicitado. Ocorre ruptura parcial ou total do cavaco. A soldagem dos diversos pedaos (de cavaco) devida a alta presso e temperatura desenvolvida na regio. O que difere um cavaco cisalhado de um contnuo (aparentemente), que somente o primeiro apresenta um serilhado nas bordas. Acabamento Superficial: A qualidade superficial inferior a obtida com cavaco contnuo, devido a variao da fora de corte. Tal fora cresce com a formao do cavaco e diminui bruscamente com sua ruptura, gerando fortes vibraes que resultamn uma superfcie com ondulaes.
Cavaco contnuo
a) Em fita
b)transio
c) Cisalhado
Cavacos arrancados
Fatores que influenciam a forma do cavaco: 1 - O material da pea (principal fator); 2- vc (velocidade de corte); 3 - f (avano); 4 - (ngulo de sada);
Apesar das condies de corte poderem ser controladas para evitar ou pelo menos reduzir a tendncia de formao de cavacos longos em fita. O mtodo mais efetivo, no entanto, para produzir cavacos curtos o uso de quebra-cavacos.
TEMPERATURA DE CORTE
Principais causas do aumento de temperatura no corte: - Deformao da raiz do cavaco
- Atrito entre pea e ferramenta - Atrito entre cavaco e ferramenta
FORA DE USINAGEM
A fora de usinagem F se decompe em: - Fora de corte Fc; - Fora de avano Ff ; - Fora passiva Fp,
Os componentes da fora de usinagem (Fc, Ff e Fp) diminuem com o aumento da velocidade de corte vc devido diminuio da resistncia do material com o aumento da temperatura. Os componentes da fora de usinagem aumentam com o aumento da profundidade de corte ap de uma forma proporcional (s vale para ap maior que o raio de quina).
POTNCIA DE USINAGEM
A potncia de corte Pc a potncia disponvel no gume da ferramenta e consumida na operao de remoo de cavacos. ela que interessa no clculo de foras e presses especficas de corte. A potncia de acionamento Pa a potncia fornecida pelo motor mquina-ferramenta. Ela difere da potncia de corte pelas perdas que ocorrem por atrito nos mancais, engrenagens, sistemas de lubrificao e refrigerao, sistema de avano, etc. A potncia de avano, embora seja uma parcela utilizada na operao de corte, muito pequena em relao potncia de corte, sendo mais prtico reuni-la no grupo das perdas. A potncia em vazio Po a potncia consumida pela mquinaferramenta ligada, com o mecanismo de avano funcionando, porm sem que tenha lugar qualquer operao de corte.
A fora principal de corte Fc a base para o clculo da potncia de usinagem. No caso do torneamento, pode-se estabelecer a seguinte relao entre a fora de corte e a rea da seo de usinagem: