Simposio Desenvolvimento Do Psiquismo FPS

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Simpósio

DESENVOLVIMENTO DO PSIQUISMO:
AS FUNÇÕES PSÍQUICAS SUPERIORES E O
PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO

Renata Linhares – UEM, UEG e RME-Goiânia


Luiza Sharith Pereira Tavares – UEM e FATEC
Carolina de Moura Vasconcelos - UEM e RME - Maringá
Vinicius do Prado Manoel - UNISA
OBJETIVO - contribuir com as discussões sobre o desenvolvimento do
psiquismo humano, com ênfase nas funções psíquicas superiores, sob a
perspectiva da Psicologia histórico-cultural, e suas implicações para o
processo de escolarização

● a apropriação da cultura no desenvolvimento do psiquismo humano


● papel da organização do ensino para um maior impacto na
aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes em sua totalidade
1. A dimensão social do desenvolvimento do psiquismo: as funções
psíquicas superiores
2. O desenvolvimento das funções psíquicas superiores: contribuições
para a educação infantil
3. Contribuições da psicologia histórico-cultural para o ensino na
educação infantil: os aspectos psicológicos da motricidade infantil
4. O uso de instrumentos padronizados na avaliação do
desenvolvimento das funções psicológicas superiores
A dimensão social do desenvolvimento do
psiquismo: as funções psíquicas superiores

RENATA LINHARES – Universidade Estadual de Maringá - UEM


Universidade Estadual de Goiás – UEG
Rede Municipal de Educação de Goiânia
PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL - psiquismo humano deve
ser estudado a partir do materialismo histórico-dialético.
Contribuições de L. S. Vigotski,
Desenvolvimento social do
R. Luria psiquismo humano.
A. N. Leontiev

Psiquismo humano se desenvolve a partir da apropriação da cultura


1. a unidade contraditória das dimensões biológico e
sociais no psiquismo humano;
2. a mediação e a interfuncionalidade no desenvolvimento
das funções psíquicas superiores - (FPS)
3. a relação entre as atividades, motivos e necessidades no
desenvolvimento.
1 - Unidade contraditória biológico e o social

Vigotski (2000) crise da psicologia - múltiplas explicações do psiquismo,


conceitos polissêmicos e confuso.
Luria (1979) superar os problemas e limites das teorias
“localizacionistas”.
Os sistemas funcionais do psiquismo humano precisariam ser
compreendidos como um complexo dinâmico, considerando a
diversificação e a especialização do córtex cerebral, levando em
conta as condições históricas.
Postura investigativa dialética, capaz de analisar a realidade na
sua totalidade, reconhecendo a indissociabilidade entre o sistema
1 - Unidade contraditória biológico e o social

Cultura provoca mudanças nas estruturas promovendo a aparição de


novas estruturas que estabeleceram nova correlação entre as partes.

Aspectos biológicos e culturais se entrelaçam no desenvolvimento


filogenético e ontogenético

O processo de individuação de funções sociais


Relações sociais 🡪 funções psicológicas.

Estudos do Cérebro 🡪 indissociabilidade entre o sistema nervoso e o


mundo exterior.
1 - Unidade contraditória biológico e o social

Vigotski (2004) - o desenvolvimento do psiquismo humano reflete a


história da complexificação da vida em sociedade.

Luria (1979) a atividade consciente humana =/= animais


1. Atividades humanas complexa, superior e intelectual, que por vezes
entra em conflito com as necessidades biológicas.
2. Capacidade humana de ir além das impressões recebidas do meio,
ou de experiências individuais imediatas
3. Atividade consciente humana possui como determinante a
propriedade de assimilação da experiência cultural produzida
histórica e socialmente pela humanidade.
1 - Unidade contraditória biológico e o social

Leontiev (2004) - desenvolvimento do psiquismo depende:


●como a vida se produz,
●relações sociais
●papel do indivíduo ocupa nessas relações.
●condições históricas concretas

O cérebro humano atual mais complexo 🡨 homem neandertal

Martins (2013) relações sociais de produção geram subjetividades


que expressam, em suas possibilidades e limites, a qualidade do
pertencimento social de cada pessoa.
1 - Unidade contraditória biológico e o social
SER HUMANO HISTÓRICO E SOCIAL

TRABALHO – cria o mundo da cultura humana ao longo da história


social =/= leis biológicos.
Salto ontológico animais =/= ser humano
mudança na estrutura e nas formações psíquicas superiores.

PROCESSOS PSÍQUICOS SUPERIORES - a partir da natureza social


formam-se por meio da superação e da incorporação dos processos
psíquicos elementares, de origem biológica.

Dialética - superação e conservação


2 - Mediação no desenvolvimento das FPS
Mediação - provoca transformação, promove desenvolvimento,
Condição externa → internalizada

Interdependências entre as funções psíquicas significação dos


Método de análise por unidade signos

SIGNOS - articula e rearticula as funções psíquicas como um todo.

Estímulo – ato mediado – reação do sujeito


2 - Mediação no desenvolvimento das FPS
Instrumento - atividade humana externa, domínio da natureza, gerando
uma modificação do objeto.
Signo - atividade interna, dirigida para o próprio controle do indivíduo,
que em nada modifica o objeto da operação psicológica.
Trabalho permitiu ao homem dominar a natureza,
Signos permitiu dominar a si mesmo.
Desenvolvimento das FPS nos indivíduos ocorre em um processo de
transformação mediado pela apropriação dos signos da cultura
2 - Mediação no desenvolvimento das FPS

Internalização da cultura → reconstrução da atividade psíquica baseada


na operação com signos
Signos produzidos pelo conjunto dos seres humanos são cada vez
mais complexos, as FPS também vão adquirindo graus de
complexidade.
Cada indivíduo domina signos produzidos socialmente esse processo
desenvolve do psiquismo humano.
Todas as FPS são relações sociais interiorizadas, portanto, são o
fundamento da estrutura social da personalidade.
3 - Relação: atividade, motivos e necessidades

Todos os organismos vivos têm necessidades. Todas as necessidades


1. tem um objetivo, de algo, de um objeto material
2. adquire um conteúdo concreto segundo as condições e a maneira
como se satisfaz
3. A mesma necessidade pode se repetir
4. consiste no fato de que estas se desenvolvem à medida que se
amplia o círculo de objetos e os meios para satisfazê-las.
Desenvolvimento das necessidades depende das condições pessoais, e
sociais
3 - Relação: atividade, motivos e necessidades

NECESSIDADES HUMANAS - materiais e espirituais

ATIVIDADE está direcionada à satisfazer as necessidades


TRABALHO - atividade especificamente humana em que o ser humano
se objetiva, exteriorizando suas capacidades enquanto ser genérico,
produzindo linguagem, relações sociais, arte, filosofia e ciência

Atividade produtiva produz - objetos para satisfazer as necessidades


- novas necessidade
Sociedade capitalista dividida em classes, a possibilidade de satisfação
das necessidades encontra limites
3 - Relação: atividade, motivos e necessidades

No campo psicológico - NECESSIDADE =/= MOTIVO


Atuação do sujeito sobre os objetos presentes no meio que constitui os
vínculos (afetivo e cognitivo) entre necessidade e o objeto
Apenas a necessidade em si mesma não contém propriedades
suficientes para orientar ou dirigir a atividade.
Motivo da atividade, como sendo esse reflexo psíquico que o excita e
dirige a ação para satisfazer uma necessidade determinada
Motivo - contribui na orientação e regulação da atividade concreta dos
indivíduos
3 - Relação: atividade, motivos e necessidades

Atividade COMPLEXA - polimotivada


MOTIVOS - =/=, qualidades gerais ou particulares

Necessidade Finalidade

Ações Ações Ações

“motivos dão uma direção determinada e um sentido às ações que os


constituem, e outros servem de estímulo direto para realizá-las”
(LEONTIEV, 2017, p. 50).
3 - Relação: atividade, motivos e necessidades
Toda ATIVIDADE tem MOTIVO - pode estar subjetivamente ou
objetivamente oculto.
“Para que um motivo cause realmente uma atividade, deve haver
condições que permitam ao sujeito planejar o fim correspondente e atuar
para alcançá-lo. Somente nesse caso o motivo tem resultado efetivo”
(LEONTIEV, 2017, p. 48).
Condições e o planejamento complicada o motivo não desenvolve a
atividade.
3 - Relação: atividade, motivos e necessidades

Ação humana - relações com o mundo objetivo e consigo mesmo, faz


com que a atividade de trabalho seja socialmente motivada.

Motivos formadores de sentido - “ao mesmo tempo que servem de


estímulo podem ter um sentido pessoal”.

Motivos-estímulos - “desempenham a função de fatores estimulantes


(positivos ou negativos), às vezes agudamente emocionais, afetivos e
desprovidos da função de formação de sentidos”
(LEONTIEV, 2021, p.220).
3 - Relação: atividade, motivos e necessidades

Hierarquia dos motivos - “são determinadas por ligações formadas na


atividade do sujeito, por suas mediações, e portanto, são relativas”
(LEONTIEV, 2021, p.221).

Correlação entre motivos formadores de sentido > motivos-estímulos

Nem sempre temos a consciência dos motivos que nos estimularam,


ou seja, temos dificuldade de identificar a motivação dos reais motivos.
Sendo consciente ou não os motivos podem apresentar nível diferentes
no reflexo psíquico.
Considerações Finais
PSICOLOGIA HISTÓRICO -CULTURAL -
● Compreender as FPS - relação de unidade entre processos
psíquicos e funções neurológicas e fisiológicas ligados ao cérebro
humano
● Complexidade da estrutura psíquica, partindo das relações sociais,
destacamos o salto qualitativo do psiquismo humano tendo o
emprego dos signos como mediação fundamental, que regulam e
explicam o comportamento humano
● Internalização dos signos no desenvolvimento das FPS,
possibilitando transformações significativas do psiquismo como
sistema funcional e construção das atividades culturais humanas.
Considerações Finais

Mudanças qualitativas das FPS - peculiaridade da criança


em cada período do desenvolvimento proceso dialético e
complexo de evolução e involuções e cruzamento de
fatores externos e internos na dinâmica das idades.
Caráter social do psiquismo humano permite a relação
entre a qualidade do desenvolvimento psíquico e o
processo de apropriação da cultura.
REFERÊNCIAS
LEONTIEV, A. Desenvolvimento do psiquismo. São Paulo: Centauro, 2004.

LEONTIEV, A Actividad, Conciencia y Personalidad. Buenos Aires: Ediciones ciencias del hombre, 1978.

LEONTIEV, A As necessidades e os motivos da atividade. In: LONGAREZI, A. M. PUENTES, R. V. (orgs), tradutores Ademir Damazio etal. Uberlândia,
MG: EDUFU, 2017.

LURIA, A. R. Curso de Psicologia Geral. Volume 1 Introdução Evolucionista à Psicologia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.

MARTINS, L. M. O desenvolvimento do psiquismo e a educação escolar: contribuições à luz da psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-
crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2013.

VIGOTSKI, L. S. Teoria e método em psicologia. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

VIGOTSKI, L. S. Obras Escogidas Tomo III. 2. ed. Madrid: Visor, 2000.

VYGOTSKI, L. S. Obras Escogidas. Tomo IV. 2. ed. Madrid: Visor, 2006.

VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

VIGOTSKI, L. S. Sete aulas de L. S. Vigotski sobre os fundamentos da pedologia. Organização [e tradução] Zoia Prestes, Elizabeth Tunes; tradução
Claudia da Costa Guimarães Santana. 1. ed. Rio de Janeiro: E-Papers, 2018.

VYGOTSKI, Lev. S; LURIA, Alexander R. El instrumento y el signo en el desarrollo del niño. Madri: Fundación Infancia Y Aprendizaje, 2007.
Contribuições da psicologia histórico-cultural para
o ensino na educação infantil: os aspectos
psicológicos da motricidade infantil

CAROLINA DE MOURA VASCONCELOS


Universidade Estadual de Maringá – UEM
Secretaria Municipal de Educação de Maringá
Secretaria do Estado do Paraná
1. A periodização do desenvolvimento e as funções
psicológicas;
2. O papel da brincadeira na formação da voluntariedade;
3. O desenvolvimento da motricidade na Educação Infantil.
1- A periodização do desenvolvimento e as funções
psicológicas

Crise dos 3 anos – modificações nas relações sociais, ampliam da


família para outras relações. Com as mudanças na esfera afetiva e
volitiva, a criança se vê imersa em uma série de conflitos internos e
externos

Negativos (desobediência, teimosia e rebeldia)


Positivos (emancipação, maior autonomia da criança, comer e vestir-se
sozinha).
1- A periodização do desenvolvimento e as funções
psicológicas
A criança começa a demonstrar interesse nas atividades realizadas pelos
adultos ao seu redor. Esse novo interesse faz com que a criança queira
participar ativamente da rotina dos adultos, tentando imitar as mesmas
atividades. Sendo assim, ela cria uma atividade própria para simular e
vivenciar as atividades dos adultos - o jogo.
A atividade objetal manipulatória se esgota como fonte de desenvolvimento, a
criança passa a ter uma nova atividade principal, a brincadeira de papéis
sociais.
1- A periodização do desenvolvimento e as funções
psicológicas
Crise dos 7 anos – Entrada da criança no contexto escolar. Perda da
espontaneidade infantil e a incorporação de um comportamento, o fator
intelectual.

Situação social  o interesse por estudo, conhecimento e necessidade de


leitura e escrita. Capaz de reconhecer suas próprias vivências e afetos para
conseguir expressar os sentimentos internos, comunicando-os ao outro.
Surge então a percepção e a consciência dos processos vividos.
1- A periodização do desenvolvimento e as funções
psicológicas
O aprendizado escolar produz desenvolvimento psicológico na medida, em
que atua na zona de desenvolvimento próximo. Com o ingresso na escola
a criança começa a assimilar as formas mais desenvolvidas da
consciência social, ciência, arte, moral, etc. Ao final do período pré-escolar
surge a necessidade de conhecimentos e habilidade, que se inicia na
curiosidade infantil, em perguntas como: por que isto? O que é isto? Nesse
sentido, a atividade de estudo transforma a curiosidade infantil em motivos
para a aprendizagem.
1- A periodização do desenvolvimento e as funções
psicológicas
Crise adolescência – complexo sistema hierárquico no processo do
desenvolvimento das FPS, no qual a função central é o desenvolvimento do
pensamento, a função de formação de conceitos.

A neoformação psicológica central dessa idade é o sentimento de


maturidade como forma de manifestação da autoconsciência, que permite
os adolescentes a se comparar e se identificar com os adultos.
1- A periodização do desenvolvimento e as funções
psicológicas
segundo Elkonin (1987) é caracterizado pelo motivo fundamental de estudar
para se preparar para o futuro.

O adolescente descobre o significado dos conhecimentos científicos e


consequentemente desenvolvem os interesses cognoscitivos científicos.
2- O papel da brincadeira na formação da
voluntariedade (Criança de 3 a 6 anos)

No estudo do desenvolvimento infantil deve-se analisar o desenvolvimento


de sua atividade e a forma que ela se organiza nas condições reais de
vida. Mas, algumas atividades, dada a época, possuem maior importância
para o desenvolvimento dessa criança, desempenham um papel
essencial, e por isso recebem o nome de atividade principal.
Brincadeiras de papéis: a criança assume os papéis dos adultos, criando
situações que reproduzem as condições reais de vida e agindo de forma
semelhante aos mais velhos.
2- O papel da brincadeira na formação da
voluntariedade (Criança de 3 a 6 anos)

A brincadeira permite que a criança


compreenda a ação, conseguindo controlar os
impulsos imediatos e desenvolvendo
autocontrole através da internalização das
regras a serem seguidas durante a atividade.
Isso contribui para o desenvolvimento dos
movimentos e da parte intelectual da criança
(Elkonin, 1987).
2- O papel da brincadeira na formação da
voluntariedade (Criança de 3 a 6 anos)
Ao movimentar-se a criança adquire,
Cognitivo testa e aprimora seu conhecimento sobre
o mundo ao seu redor, transformando sua
psique, mas não de uma forma unilateral.
Do mesmo modo, que os movimentos
permitem o desenvolvimento de funções
Atividade
de psicológicas superiores, como a
Brincadeira percepção e a atenção, tais funções
de papéis tornam possível a transformação da
Motor Afetivo
motricidade da criança, na apropriação
de habilidade motoras mais complexas e
na significação social de tais
movimentos.
2- O papel da brincadeira na formação da
voluntariedade (Criança de 3 a 6 anos)
O domínio de uma ação psicomotora é a expressão da voluntariedade da
conduta, ou seja, à medida que o indivíduo atua tomando os signos como
mediadores psicológicos, os seus estímulos são qualificados e o signo é que
orienta a sua ação (ZAPOROZHETS, 1960).
2- O papel da brincadeira na formação da
voluntariedade (Criança de 3 a 6 anos)
“[...] a origem do movimento e da ação voluntária reside, não dentro do organismo, nem na
influência direta da experiência pregressa, mas, sim, na história social do homem: naquela
atividade de trabalho em sociedade que marca a origem da história humana e naquela
comunicação entre a criança e o adulto que foi a base do movimento voluntário e da ação
propositada na ontogênese” (LURIA 1981, p. 214).

Organização e
Natureza da sistematização do
Motivo
atividade ensino
2- O papel da brincadeira na formação da
voluntariedade (Criança de 3 a 6 anos)
A reorganização dos processos psíquicos e motores, a partir dos motivos dependem
do tipo de atividade. Por isso, os professores de Educação infantil, precisam conhecer a
periodização do desenvolvimento e as mediações e atividades que de fato promove o
desenvolvimento de seu educando.
Na área da educação de crianças pequenas, há correntes teóricas que defendem a
ideia de que o potencial de aprendizagem é algo inato, já presente desde o nascimento,
muitas vezes destacando a postura passiva da criança em relação ao processo de
aprendizagem. Isso resulta, em problemáticas no processo de ensino aprendizagem, bem
3- O processo de escolarização com o enfoque nos
resultados

-> Dificuldades na compreensão da especificidade da Educação Infantil,


impactam diretamente nas formas de avaliação;
-> O foco nos resultados e não no processo de desenvolvimento,
expressa uma despreocupação com a apropriação de conhecimentos
científicos.
-> Tal realidade nos leva a instrumentos de avaliação que desconsideram
o contexto socio-histórico e apenas quantificam os “ganhos” motores das
crianças.
Considerações Finais
Unidade cognitiva-afetiva-motora – O desenvolvimento da criança perpassa por uma
relação dialética entre essas três dimensões inseparáveis.
Formação de movimentos voluntários - As suas formas superiores do movimento tem
origem social, e dependem da natureza da atividade, que no caso do pré-escolar é a
brincadeira. Assim, a tomada de consciência e o processo de significação social dos
movimentos realizados pela criança, dependem de uma atividade educativa intencional
e planejada, que considere o desenvolvimento infantil em todas as suas dimensões,
biológicas, históricas e sociais.
A avaliação na Educação Infantil – Utiliza muitas vezes instrumentos que desconsideram
o contexto socio-histórico e apenas quantificam os “ganhos” do desenvolvimento das
crianças.
REFERÊNCIAS
ELKONIN, D. B. Sobre el problema de la periodizaci[on del desarrollo psíquico em la infância. In: DAVIDOV, V.
V.; SHUARE, M. La psicologia evolutiva y pedagógica em la URSS: antologia. Moscou: Editorial Progresso,
1987, p. 125-142.
Luria A. Fundamentos de neuropsicologia. São Paulo, Ed. USP, 1981.
MARTINS, L. G; ABRANTES, A. A; FACCI, M. G. D. Periodização histórico-cultural do desenvolvimento
psíquico: do nascimento à velhice. Campinas: Autores Associados, 2016.
MENDES, A. C; SANTOS, S. S; MELLO, S. A. Documentar, registar e avaliar na Educação Infantil: implicações
da Teoria Histórico-Cultural para a documentação pedagógica. Revista de Educação do Vale Do Arinos. Juara, v.
8, n. 1, p. 9-33, jan./jun. 2021.
VYGOTSKI, L. S. Obras Escogidas IV: Psicología infantil. segunda edicion. Boadilla del Monte (Madrid):
A.Machado Libros S. A., 1997.
ZAPOROZHETS A.V. O desenvolvimento dos movimentos voluntários. Tese (Doutorado em Psicologia) -
Moscou. Izd. Akad. Pedagog. Nauk. RSFSR, 1960.

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