Contabilidade Bancária

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CONTABILIDADE BANCÁRIA

TEMA I: Introdução a actividade bancária

SUMARIO:
1. O risco nas operações de créditos
2. Tendências do sistema financeiro
3. A moeda no centro da actividade bancária.
Conceito de Credito
Credito é a entrega de um bem a terceiro mediante promessa de retorno e
remuneração.
Na economia moderna o bem transferido é usualmente a moeda razão pela
qual o credito é sempre considerado juntamente com ela. A
remuneração de credito recebe o nome de juros.
A importância de crédito nas sociedades modernas as pessoas e as
instituições que realizam as poupanças são frequentemente distintas, e
capazes de utilizá-las em aplicações produtivas( investimento). Surge
assim o credito, como meio pela qual essa poupança é transferida.
Tipos de Créditos
 Crédito de Curto Prazo: menos de 2 anos

 Crédito de médio Prazo: de 2 á 15 anos

 Crédito de Longo Prazo: mais de 15 anos

Crédito de curto prazo: serve para a aquisição de estoques matéria – prima,


manutenção de estoques de produtos acabados. Concessão de crédito aos
intermediários( comerciantes).
A concessão de crédito é a principal aplicação de uma instituição
financeira. Nela, geralmente, a carteira de créditos é o maior activo e
fonte predominante de receita. Por isso, é uma das maiores origens de
risco para a segurança e a integridade.

Seja por padrões negligentes de crédito ou fraca gestão de risco de carteira,


historicamente, os problemas da carteira de créditos têm sido a
principal causa de prejuízos e falências. Desta forma, a gestão eficiente
da carteira e da função de crédito é fundamental para a segurança e a
integridade de uma instituição.

Classificação das Operações de Créditos


As operações de créditos se classificam em três espécies:
a) empréstimos - são as operações realizadas sem destinação específica ou
vínculo à comprovação da aplicação dos recursos. São exemplos os
empréstimos para capital de giro, os empréstimos pessoais e os
adiantamentos a depositantes;
b) títulos descontados - são as operações de desconto de títulos;

c) financiamentos - são as operações realizadas com destinação específica,


vinculadas à comprovação da aplicação dos recursos. Exemplos: os
financiamentos de parques industriais, máquinas e equipamentos,
bens de consumo durável, rurais e imobiliários.
Além da classificação apresentada antes, podemos separá-las conforme a
cobrança de encargos:

a) Operações Prefixadas são aquelas em que os encargos são conhecidos


por serem previamente determinados, não estando sujeitos a
modificações durante o prazo de vigência contratual;

b) Operações Pós - fixadas são operações contratadas com cláusula de


actualização em que os encargos são conhecidos após a divulgação
periódica da variação do indexador.
OS RISCOS NAS OPERAÇÕES DE
CREDITOS
 Em qualquer operação de crédito está subjacente o risco que em certa
medida é coberto pelo juro.

 O risco é um dos elementos fundamental, ligado a essência do próprio


crédito na apreciação e decisão de qualquer operação.

 O risco de crédito enquadra-se na categoria dos riscos financeiros, e está


ligado à capacidade dos devedores cumprirem com os seus
compromissos perante a instituição.
O RISCO NAS OPERAÇÕES DE
CREDITO
Para proceder a análise do risco de crédito tem que se levar em
consideração algumas variáveis importantes, e enquadrar o objecto da sua
avaliação, nos seguintes parámetros:

1. Probabilidade de incumprimento.
2. Concentração e correlação.
3. Perda de dado ou incumprimento
4. Exposição ao risco.
TENDÊNCIAS DO SISTEMA
FINANCEIRO
 Os bancos cada vez mais actuam em ambientes competitivos, tornando a
mudança incontornável , e portanto, os modelos tradicionais de
desenvolvimento já não correspondem ás exigências devido as novas
tecnologias, novos serviços, produtos e novos operadores.

 Fenómenos de tendências dos sistemas financeiros modernos, devido a


intensificação da concorrência, interligam-se e interpenetram-se numa
relação causa efeito, alterando de forma significativa a actividade
bancária.
TENDÊNCIAS DO SISTEMA
FINANCEIRO

Internacionalização

Inovação Liberalização/
desregulamentação

Sistemas
Financeiros
modernos
Concentração Desintermediação

Globalização Universalização
TENDÊNCIAS DO SISTEMA
FINANCEIRO
 Internacionalização - É o movimento de crescente da presença de bancos e outras
instituições financeiras fora dos seus mercados domésticos.

 Desregulamentação – caracteriza-se pelo ligeiramento e flexibilização, em geral da


regulamentação e legislação sobre os mercados financeiros por parte das autoridades
monetarias. A desregulamentação que leva a liberalização não significa libertade total,
antes procura instituir um sistema de regulamentação simultaneamente flexível e firme.

 Desintermediação financeira consiste na tentativa de pôr em contacto direito a oferta e


a procura de activos financeiros. A actividade tradicional dos bancos é a intermediação
financeira, mais actualmente tem vindo a moderar este papel, consolidando a tendência
para o financiamento directo dos investidores junto do público, a través de operações
de mercado de capitais.

 Universalização - É o alargamento da actividade dos bancos quanto a extensão e


natureza dos produtos que oferecem.
TENDÊNCIAS DO SISTEMA
FINANCEIRO
 Globalização financeira - É o processo que leva á crescente integração dos mercados
financeiros internacionais e consequente criação de um único e global mercado financeiro.
O fenómeno da globalização resulta do aumento dos investimentos transfronterizados o
que tem levado as instituições financeiras a acompanhar os seus clientes.

 Concentração bancária – consiste na aquisição, fusão ou alianças entre instituições


bancárias como resultado da crescente competitividade e concorrência dos mercados. As
principais motivações são: obtenção de maior quota de mercado, sinergias e aquisição de
know how.

 Inovação financeira – significa a adopção de atitudes pro- activas na busca de melhores


soluções com o objectivo de defender uma posição concorrencial forte. A inovação
bancária tem ocorrido em dois domínios: inovação de produto e inovação tecnológica.

 Alterações do comportamento dos clientes – resulta da evolução do perfil do cliente


bancário médio actualmente mais informado, mais exigente e mais sofisticado, e portanto,
os bancos tendem a ter uma postura de personalização tendo em vista a sua fidelização.
Histórico e evolução da Moeda
Nas características dos sistemas económicos, existem duas que estão
directamente ligadas à criação e evolução dos sistemas financeiros, são elas:
 A especialização do trabalho; e

 O uso da moeda.

 As pessoas invés desempenharem actividades necessárias à satisfação de


todas as a suas necessidades, cada uma gasta seu tempo de trabalho
produzindo artigos ou realizando serviços que não necessita para si,
mas que se destinam a ser trocados por outras coisas que deseja.

 No entanto, a permuta é limitada em suas possibilidades de aplicação, por


exemplo, imagine um indivíduo que produza chapéus e está precisando
de farinha, mas o produtor de farinha pode não estar precisando de
chapéu. Por isso, para contornar esta dificuldade, precisamos da
moeda.
A MOEDA
 Existe uma estreita ligação entre a intermediação financeira e a moeda.
Com efeito, as instituições bancárias ao concederem crédito estão na
realidade a criar moeda.

 Por natureza os bancos são empresas que têm como moeda a sua principal
mercadoria, ao comprar, sobre a forma de depósito, e a vender, sobre
a forma de crédito, resultando desta operação a sua margem de
intermediação.

 Só que a moeda é uma mercadoria muito especial diferentemente de


outros activos pela sua natureza, características e funções que desempenha
na economia.
A Moeda nos dá poder aquisitivo, ou seja, no exemplo anterior, o produtor
de chapéus pode dar moeda em troca da farinha, e o produtor da
farinha pode utilizar essa moeda para outra finalidade.

Em suma, a moeda foi criada para facilitar as trocas, viabilizando, com isto, a
especialização do trabalho. Seria inimaginável a economia actual sem a
moeda, o crédito e as instituições que a emitem e intermedeiam.
Historicamente, as trocas evoluíram em duas etapas:
a) trocas direitas (mercadoria por mercadoria); e
b) trocas indireitas (por intermédio da moeda).
As trocas direitas, somente são eficientes em economias rudimentares, onde
não há divisão do trabalho. Por outro lado, numa economia onde existe
esta divisão, as trocas indireitas, por meio da moeda, são eficientes e
necessárias.
A princípio, toda mercadoria pode ser uma moeda de troca em potencial.
Todavia, três factores delimitam essa possibilidade, são eles:
(I) Os custos de transacção;
(II) Os custos de estocagem; e
(III) Os custos relacionados à sua função como meio de conta.
Esses mesmos factores têm influenciado a evolução da moeda ao longo do
tempo, como podemos ver a seguir:
Mercadorias de aceitação geral
As primeiras formas de moeda foram mercadorias de aceitação geral, como o
trigo, o sal, o gado, etc.

Entretanto, essas mercadorias possuíam uma série de inconvenientes que


comprometiam sua aceitação, como o fato de não serem homogéneas,
sofrerem acção do tempo, apresentarem problemas de divisibilidade,
dificuldade de manuseio e de transporte.

Outros factores negativos dessas moedas eram a justaposição do valor de uso


e do valor de troca. Desta forma, era necessário encontrar uma solução
que permitisse dar praticidade de uso e manuseio as trocas.
(I) Os custos de transacção;
(II) Os custos de estocagem; e
(III) Os custos relacionados à sua função como meio de conta.
Esses mesmos factores têm influenciado a evolução da moeda ao longo do
tempo, como podemos ver a seguir:
Mercadorias de aceitação geral
As primeiras formas de moeda foram mercadorias de aceitação geral, como o
trigo, o sal, o gado, etc.

Entretanto, essas mercadorias possuíam uma série de inconvenientes que


comprometiam sua aceitação, como o fato de não serem homogéneas,
sofrerem acção do tempo, apresentarem problemas de divisibilidade,
dificuldade de manuseio e de transporte.

Outros factores negativos dessas moedas eram a justaposição do valor de uso


e do valor de troca. Desta forma, era necessário encontrar uma solução
que permitisse dar praticidade de uso e manuseio as trocas.
Funções da moeda
Devido a sua importância, a moeda passou a desempenhar funções
fundamentais aos sistemas económicos, divididas no espaço em:
 Intermediário de trocas e unidade de conta ou valor: e

 No tempo (reserva de valor e padrão de pagamentos diferidos).

Funções da moeda no espaço


Intermediário de trocas: como o próprio nome diz, está relacionada à
principal função da moeda.

Unidade de valor ou de conta: é a forma pela qual se expressa o valor de


troca das mercadorias em termos de uma unidade comum – o padrão
monetário. A existência desse padrão deu origem aos sistemas actuais de
preços.
Funções da moeda no tempo
Reserva de valor: decorre do desdobramento das trocas em compras e
vendas. No momento que alguém efectua uma venda e recebe moeda em
troca, cabe - lhe o direito de guardar esse dinheiro para gasta - lo no futuro.

O que leva à preferência pela utilização da moeda como reserva de valor á a


sua ponta e imediata aceitação, pois tem como característica a liquidez por
excelência, podendo ser convertida em outros activos, financeiros ou reais.

Padrão de pagamentos diferidos: decorre das facilidades relacionadas ao


crédito e da distribuição no tempo de diferenciadas formas de
adiantamentos.

Assim, são viabilizados os processos de investimento, de produção e de


consumo, pois a moeda permite interpor parcelas dos processos de
pagamentos ao longo das etapas de geração dos bens de consumo.
A inflação e as funções da moeda
Em períodos inflacionários, marcados por emissões desenfreadas, as funções
das moedas passam a ser negadas económica e socialmente.

A inflação elevada tem como consequência a perda de valor da moeda, e as


primeiras funções que são negadas são aquelas relacionadas no tempo
(reserva de valor e padrão de pagamento diferido).

Persistindo a inflação elevada, as funções da moeda no espaço também


passam a ser negadas, com a moeda sendo substituída por outros activos
como unidade de conta.

No caso de uma hiperinflação, até mesmo a função de intermediário de troca


pode ser negada.
O poder de compra da moeda onera custos de retenção, sua utilização passa a
sofrer a concorrência de outros activos, principalmente no que diz respeito
à sua actuação, podendo ocorrer dissociação entre o meio de conta e o
meio de troca.
Características essenciais da moeda
Indestrutibilidade e inalterabilidade
A moeda deve ser durável, de forma que não se destrua ou deteriore à
medida que é manuseada. Além disso, a indestrutibilidade e
inalterabilidade são obstáculos a falsificação.
Homogeneidade
É necessário que as unidades monetárias de mesmo valor sejam
efectivamente iguais, facilitando a identificação e reforçando o aspecto de
segurança.
Divisibilidade
A moeda deve possuir múltiplos e submúltiplos, de forma tal que, sejam
realizadas transacções de pequeno e grande porte.
Transferibilidade
Tendo em vista que uma das funções básicas da moeda é viabilizar o
processo de troca, a unidade monetária não deve possuir qualquer vínculo
que identifique o possuidor.

Facilidade de manuseio e transporte


Refere-se ao aspecto prático das operações de transporte e manuseio, que
envolvem custos e requerem segurança.

O futuro da moeda
A economia moderna se caracteriza pela alta complexidade, extrema
especialização e elevado fluxo de recursos financeiros.

Nesse sentido, a evolução dos meios de pagamento torna-se indispensável,


garantindo o desenvolvimento dos sistemas económicos.
TAREFA

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