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NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 38

Ativos Intangíveis

O texto abaixo foi retirado do da versão consolidada das normas disponível no site do Jornal Oficial da União Europeia.
Este texto constitui um instrumento de documentação e não tem qualquer efeito jurídico. As Instituições da União não
assumem qualquer responsabilidade pelo respetivo conteúdo. As versões dos atos relevantes que fazem fé, incluindo os
respetivos preâmbulos, são as publicadas no Jornal Oficial da União Europeia e encontram-se disponíveis no EUR-Lex.
É possível aceder diretamente a esses textos oficiais através das ligações incluídas no presente documento

OBJETIVO
1. O objetivo desta Norma é o de prescrever o tratamento contabilístico de ativos intangíveis que não sejam especificamente tratados
noutras Normas. Esta Norma exige que uma entidade reconheça um ativo intangível se, e apenas se, critérios especificados forem
satisfeitos. A Norma também especifica como mensurar a quantia escriturada de ativos intangíveis e exige divulgações especificadas
acerca de ativos intangíveis.

ÂMBITO
2. Esta Norma deve ser aplicada na contabilização de ativos intangíveis, exceto:
a) ativos intangíveis que estejam no âmbito de outra Norma;
b) ativos financeiros, tal como definidos na IAS 32 Instrumentos Financeiros: Apresentação;
c) o reconhecimento e mensuração de ativos de exploração e avaliação (ver a IFRS 6 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais);
e
d) dispêndios com o desenvolvimento e extração de minérios, petróleo, gás natural e recursos não regenerativos similares.
3. Se uma outra norma prescrever a contabilização de um tipo específico de ativo intangível, uma entidade deve aplicar essa norma
em vez da presente norma. Esta Norma não se aplica, por exemplo, a:
a) ativos intangíveis detidos por uma entidade para venda no decurso normal das atividades (ver IAS 2 Inventários).
b) ativos por impostos diferidos (ver a IAS 12 Impostos sobre o Rendimento).
c) locações de ativos intangíveis contabilizados de acordo com a IFRS 16 Locações.
d) ativos provenientes de benefícios de empregados (ver a IAS 19 Benefícios dos Empregados).
e) ativos financeiros, tal como definido na IAS 32. O reconhecimento e mensuração de alguns ativos financeiros são abrangidos pela
IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas, IAS 27 Demonstrações Financeiras Separadas e IAS 28 Investimentos em
Associadas e Empreendimentos Conjuntos.
f) goodwill adquirido numa concentração de atividades empresariais (ver a IFRS 3 Concentrações de Atividades Empresariais).
g) contratos no âmbito da IFRS 17 Contratos de Seguro e quaisquer ativos relativos a fluxos de caixa de aquisição de seguros, tal
como definido na IFRS 17.
h) ativos intangíveis não correntes classificados como detidos para venda (ou incluídos num grupo para alienação que esteja
classificado como detido para venda) de acordo com a IFRS 5 Ativos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais
Descontinuadas.
i) ativos resultantes de contratos com clientes que sejam reconhecidos nos termos da IFRS 15 Rédito de Contratos com Clientes.
4. Alguns ativos intangíveis podem estar contidos numa substância física tal como um disco compacto (no caso de software de
computadores), documentação legal (no caso de uma licença ou patente) ou filme. Ao determinar se um ativo que incorpore tanto
elementos intangíveis como tangíveis deve ser tratado segundo a IAS 16 Ativos Fixos Tangíveis ou como um ativo intangível segundo
esta Norma, a entidade usa o julgamento para avaliar qual o elemento mais significativo. Por exemplo, o software de computador de
uma máquina-ferramenta controlada por computador que não funcione sem esse software específico é uma parte integrante do
equipamento respetivo e é tratado como ativo fixo tangível. O mesmo se aplica ao sistema operativo de um computador. Quando o
software não for uma parte integrante do hardware respetivo, o software de computador é tratado como um ativo intangível.
5. Esta Norma aplica-se, entre outras coisas, a dispêndios com publicidade, formação, arranque e atividades de pesquisa e
desenvolvimento. As atividades de pesquisa e desenvolvimento destinam-se ao desenvolvimento de conhecimentos. Por isso, se bem
que estas atividades possam resultar num ativo com substância física (por exemplo, num protótipo), o elemento físico do ativo é
secundário em relação ao seu componente intangível, i.e., o conhecimento incorporado no mesmo.
6. Os direitos protegidos por um locatário ao abrigo de acordos de licenciamento de itens tais como filmes, vídeos, peças de teatro,
manuscritos, patentes e direitos de autor estão incluídos no âmbito da presente norma e excluídos do âmbito da IFRS 16.
7. As exclusões do âmbito de uma Norma podem ocorrer se as atividades ou transações forem tão especializadas que deem origem
a questões contabilísticas que podem necessitar de ser tratadas de uma maneira diferente. Tais questões surgem na contabilização
dos dispêndios com a exploração de, ou desenvolvimento e extração de, petróleo, gás e depósitos minerais em indústrias extrativas
e no caso de contratos de seguro. Por isso, esta Norma não se aplica a dispêndios com tais atividades e contratos. Porém, esta
Norma aplica-se a outros ativos intangíveis usados (tais como software de computador), e a outros dispêndios incorridos (tais como
custos de arranque), em indústrias extrativas ou por seguradoras.

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DEFINIÇÕES
8. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
[suprimida]
(a) [suprimida]
(b) [suprimida]
(c) [suprimida]
Amortização é a imputação sistemática da quantia depreciável de um ativo intangível durante a sua vida útil.
Um ativo é um recurso:
a) controlado por uma entidade como resultado de acontecimentos passados; e
b) do qual se espera que fluam benefícios económicos futuros para a entidade.
Quantia escriturada é a quantia pela qual um ativo é reconhecido na demonstração da posição financeira após dedução de qualquer
amortização acumulada e de perdas por imparidade acumuladas a ele inerentes.
Custo é a quantia de caixa ou seus equivalentes paga ou o justo valor de outra retribuição dada para adquirir um ativo no momento
da sua aquisição ou construção, ou, quando aplicável, a quantia atribuída a esse ativo aquando do reconhecimento inicial de acordo
com os requisitos específicos de outras IFRS, por exemplo, a IFRS 2 Pagamento com Base em Ações.
Quantia depreciável é o custo de um ativo ou outra quantia substituta do custo, menos o seu valor residual.
Desenvolvimento é a aplicação das descobertas derivadas da pesquisa ou de outros conhecimentos a um plano ou conceção para a
produção de materiais, mecanismos, aparelhos, produtos, processos, sistemas ou serviços, novos ou substancialmente melhorados,
antes do início da produção comercial ou uso.
Valor específico para a entidade é o valor presente dos fluxos de caixa que uma entidade espera que resultem do uso continuado de
um ativo e da sua alienação no final da sua vida útil ou em que espera incorrer ao liquidar um passivo.
Justo Valor é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo numa transação ordenada
entre participantes no mercado à data da mensuração. (Ver IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor)
Uma perda por imparidade é a quantia pela qual a quantia escriturada de um ativo excede a sua quantia recuperável.
Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física.
Ativos monetários são dinheiros detidos e ativos a ser recebidos em quantias fixadas ou determináveis de dinheiro.
Pesquisa é a investigação original e planeada levada a efeito com a perspetiva de obter novos conhecimentos científicos ou técnicos.
O valor residual de um ativo intangível é a quantia estimada que uma entidade obteria correntemente pela alienação do ativo, após
dedução dos custos de alienação estimados, se o ativo já tivesse na idade e nas condições esperadas no final da sua vida útil.
Vida útil é:
a) o período durante o qual uma entidade espera que um ativo esteja disponível para uso; ou
b) o número de unidades de produção ou semelhantes que uma entidade espera obter do ativo.

Ativos intangíveis
9. As entidades gastam com frequência recursos, ou incorrem em passivos, pela aquisição, desenvolvimento, manutenção ou melhoria
de recursos intangíveis tais como conhecimentos científicos ou técnicos, conceção e implementação de novos processos ou sistemas,
licenças, propriedade intelectual, conhecimento de mercado e marcas comerciais (incluindo nomes comerciais e títulos de
publicações). Exemplos comuns de itens englobados nestes grupos são o software de computadores, patentes, copyrights, filmes,
listas de clientes, direitos de hipotecas, licenças de pesca, quotas de importação, franchises, relacionamentos com clientes ou
fornecedores, fidelidade de clientes, quota de mercado e direitos de comercialização.
10. Nem todos os itens descritos no parágrafo 9. satisfazem a definição de um ativo intangível, i.e. identificabilidade, controlo sobre
um recurso e existência de benefícios económicos futuros. Se um item que esteja dentro do âmbito desta Norma não satisfizer a
definição de um ativo intangível, o dispêndio para o adquirir ou gerar internamente é reconhecido como um gasto quando for incorrido.
Porém, se o item for adquirido numa concentração de atividades empresariais, faz parte do goodwill reconhecido à data da aquisição
(ver parágrafo 68.).

Identificabilidade
11. A definição de um ativo intangível exige que um ativo intangível seja identificável para o distinguir do goodwill. O goodwill
reconhecido numa concentração de atividades empresariais é um ativo que representa os benefícios económicos futuros resultantes
de outros ativos adquiridos numa concentração de atividades empresariais que não sejam individualmente identificados nem
separadamente reconhecidos. Os benefícios económicos futuros podem resultar de sinergias entre os ativos identificáveis adquiridos
ou de ativos que, individualmente, não se qualificam para reconhecimento nas demonstrações financeiras.
12. Um ativo é identificável se:

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a) for separável, i.e., capaz de ser separado ou dividido da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, seja
individualmente ou em conjunto com um contrato, ativo ou passivo identificável relacionados, independentemente da intenção da
entidade de o fazer; ou
b) decorrer de direitos contratuais ou de outros direitos legais, quer esses direitos sejam transferíveis quer sejam separáveis da
entidade ou de outros direitos e obrigações.

Controlo
13. Uma entidade controla um ativo se a entidade tiver o poder de obter benefícios económicos futuros que fluam do recurso
subjacente e puder restringir o acesso de outros a esses benefícios. A capacidade de uma entidade de controlar os benefícios
económicos futuros de um ativo intangível enraíza-se nos direitos legais que sejam imponíveis num tribunal. Na ausência de direitos
legais, é mais difícil demonstrar controlo sobre o ativo. Porém, o cumprimento legal de um direito não é uma condição necessária
para o controlo porque uma entidade pode ser capaz de controlar os benefícios económicos futuros de alguma outra maneira.
14. O mercado e o conhecimento técnico podem dar origem a benefícios económicos futuros. Uma entidade controla esses benefícios
se, por exemplo, o conhecimento estiver protegido por direitos legais tais como copyrights, uma restrição de acordos de comércio
(quando permitido) ou por deveres legais dos empregados de manter a confidencialidade.
15. Uma entidade pode ter uma equipa de pessoal habilitado e pode ser capaz de identificar capacidades incrementais do pessoal
que conduzam a benefícios económicos futuros derivados da formação. A entidade pode também esperar que o pessoal continue a
pôr as suas capacidades ao dispor da entidade. Porém, geralmente uma entidade não tem controlo suficiente sobre os benefícios
económicos futuros provenientes de uma equipa de pessoal habilitado e da formação para que estes itens satisfaçam a definição de
um ativo intangível. Por uma razão semelhante, é improvável que uma gestão específica ou um talento técnico satisfaça a definição
de ativo intangível, a menos que esteja protegido por direitos legais para usá-lo e obter dele os benefícios económicos futuros
esperados e que também satisfaça as outras partes da definição.
16. Uma entidade pode ter uma carteira de clientes ou uma quota de mercado e esperar que, devido aos seus esforços para criar
relacionamentos e fidelizar clientes, estes continuarão a negociar com a empresa. Porém, na ausência de direitos legais para proteger,
ou de outras formas controlar, o relacionamento com clientes ou a sua fidelidade para com a entidade, a entidade geralmente não
tem controlo suficiente sobre os benefícios económicos esperados derivados do relacionamento e fidelização dos clientes para que
tais itens (por exemplo, carteira de clientes, quotas de mercado, relacionamento com clientes e fidelidade dos clientes) satisfaçam a
definição de ativos intangíveis. Na ausência de direitos legais para proteger os relacionamentos com os clientes, as transações de
troca para os mesmos relacionamentos com os clientes ou outros semelhantes (que não sejam como parte de uma concentração de
atividades empresariais) constituem prova de que a entidade está não obstante capacitada para controlar os benefícios económicos
futuros esperados que fluam dos relacionamentos com os clientes. Dado que essas transações de troca também constituem prova
de que os relacionamentos com os clientes são separáveis, esses relacionamentos com os clientes satisfazem a definição de ativo
intangível.

Benefícios económicos futuros


17. Os benefícios económicos futuros que fluem de um ativo intangível podem incluir réditos da venda de produtos ou serviços,
poupanças de custos, ou outros benefícios resultantes do uso do ativo pela entidade. Por exemplo, o uso da propriedade intelectual
num processo de produção pode reduzir os custos de produção futuros e não aumentar os réditos futuros.

RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO
18. O reconhecimento de um item como ativo intangível exige que uma entidade demonstre que o item satisfaz:
a) a definição de um ativo intangível (ver parágrafos 8.-17.); e
b) os critérios de reconhecimento (ver parágrafos 21.-23.).
Este requisito aplica-se aos custos incorridos inicialmente para adquirir ou gerar internamente um ativo intangível e aqueles incorridos
posteriormente para adicionar a, substituir parte de ou dar assistência ao mesmo.
19. Os parágrafos 25.-32. tratam da aplicação dos critérios de reconhecimento a ativos intangíveis adquiridos separadamente, e os
parágrafos 33.-43. tratam da sua aplicação a ativos intangíveis adquiridos numa concentração de atividades empresariais. O parágrafo
44. trata da mensuração inicial dos ativos intangíveis adquiridos por meio de subsídio governamental, os parágrafos 45.-47. das trocas
de ativos intangíveis e os parágrafos 48.-50. do tratamento do goodwill gerado internamento. Os parágrafos 51.-67. tratam do
reconhecimento e mensuração iniciais dos ativos intangíveis gerados internamente.
20. A natureza dos ativos intangíveis é tal que, em muitos casos, não há adições a um tal ativo ou substituições de parte do mesmo.
Em conformidade, é provável que a maioria dos dispêndios subsequentes mantenham os futuros benefícios económicos esperados
incorporados num ativo intangível existente em vez de corresponder à definição de ativo intangível e aos critérios de reconhecimento
nesta Norma. Além disso, é muitas vezes difícil atribuir os dispêndios subsequentes diretamente a um ativo intangível em particular
em vez de à empresa como um todo. Portanto, apenas raramente os dispêndios subsequentes — dispêndios incorridos após o
reconhecimento inicial de um ativo intangível adquirido ou após a conclusão de um ativo intangível gerado internamente — serão
reconhecidos na quantia escriturada de um ativo. Consistentemente com o parágrafo 63., os dispêndios subsequentes com marcas,
cabeçalhos, títulos de publicações, listas de clientes e itens substancialmente semelhantes (sejam comprados externamente ou
gerados internamente) são sempre reconhecidos nos lucros ou prejuízos como incorridos. Tal acontece porque um tal dispêndio não
pode ser distinguido do dispêndio para desenvolver o negócio como um todo.
21. Um ativo intangível deve ser reconhecido se, e apenas se:
a) for provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao ativo fluam para a entidade; e
b) o custo do ativo possa ser fiavelmente mensurado.

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22. Uma entidade deve avaliar a probabilidade de benefícios económicos futuros esperados usando pressupostos razoáveis e
suportáveis que representem a melhor estimativa da gerência do conjunto de condições económicas que existirão durante a vida útil
do ativo.
23. Uma entidade usa o julgamento para avaliar o grau de certeza ligado ao fluxo de benefícios económicos futuros que sejam
atribuíveis ao uso do ativo na base da evidência disponível no momento do reconhecimento inicial, dando maior peso à evidência
externa.
24. Um ativo intangível deve ser mensurado inicialmente pelo seu custo.

Aquisição separada
25. Normalmente, o preço que uma entidade paga para adquirir separadamente um ativo intangível irá refletir as expetativas acerca
da probabilidade de que os benefícios económicos futuros esperados incorporados no ativo irão fluir para a entidade. Por outras
palavras, a entidade espera que haja um influxo de benefícios económicos, mesmo que haja incerteza quanto à tempestividade ou à
quantia do influxo. Assim, o critério de reconhecimento da probabilidade no parágrafo 21(a) é sempre considerado como estando
satisfeito para ativos intangíveis adquiridos separadamente.
26. Além disso, o custo de um ativo intangível adquirido separadamente pode normalmente ser mensurado com fiabilidade. Isto é
particularmente assim quando a retribuição de compra for na forma de dinheiro ou outros ativos monetários.
27. O custo de um ativo intangível adquirido separadamente compreende:
a) o seu preço de compra, incluindo os direitos de importação e os impostos de compra não reembolsáveis, após dedução dos
descontos comerciais e abatimentos; e
b) qualquer custo diretamente atribuível de preparação do ativo para o seu uso pretendido.
28. Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:
a) custos de benefícios dos empregados (tal como definidos na IAS 19) diretamente resultantes de levar o ativo à sua condição de
funcionamento;
b) honorários profissionais resultantes diretamente de levar o ativo até à sua condição de funcionamento; e
c) custos de testes para concluir se o ativo funciona corretamente.
29. Exemplos de dispêndios que não fazem parte do custo de um ativo intangível são:
a) custos de introdução de um novo produto ou serviço (incluindo custos de publicidade ou atividades promocionais);
b) custos de condução do negócio numa nova localização ou com uma nova classe de clientes (incluindo custos de formação de
pessoal); e
c) custos de administração e outros custos gerais.
30. O reconhecimento de custos na quantia escriturada de um ativo intangível cessa quando o ativo está na condição necessária para
ser capaz de funcionar da forma pretendida pela gerência. Assim sendo, os custos incorridos na utilização ou reinstalação de um ativo
intangível não são incluídos na quantia escriturada desse ativo. Por exemplo, os custos seguintes não são incluídos na quantia
escriturada de um ativo intangível:
a) os custos incorridos enquanto um ativo capaz de funcionar da forma pretendida pela gerência ainda esteja para ser colocado em
uso; e
b) perdas operacionais iniciais, tais como as incorridas enquanto cresce a procura da produção do ativo.
31. Algumas operações ocorrem em ligação com o desenvolvimento de um ativo intangível, mas não são necessárias para colocar o
ativo na condição necessária para que seja capaz de funcionar da forma pretendida pela gerência. Estas operações ocasionais podem
ocorrer antes ou durante as atividades desenvolvimento. Dado que as operações ocasionais não são necessárias para colocar um
ativo na condição necessária para que seja capaz de funcionar da forma pretendida pela gerência, o rendimento e os gastos
relacionados de operações ocasionais são reconhecidos imediatamente nos lucros ou prejuízos e incluídos nas respetivas
classificações de rendimento ou gasto.
32. Se o pagamento de um ativo intangível for diferido para além do prazo normal de crédito, o seu custo é o equivalente ao preço a
dinheiro. A diferença entre esta quantia e os pagamentos totais é reconhecida como gasto de juros durante o período do crédito a
não ser que seja capitalizada de acordo com a IAS 23 Custos de Empréstimos Obtidos.

Aquisição como parte de uma concentração de atividades empresariais


33. De acordo com a IFRS 3 Concentrações de Atividades Empresariais, se um ativo intangível for adquirido numa concentração de
atividades empresariais, o custo desse ativo intangível é o seu justo valor à data da aquisição. O justo valor de um ativo intangível irá
refletir as expetativas dos participantes no mercado à data da aquisição sobre a probabilidade de que os benefícios económicos
futuros esperados incorporados no ativo se concretizem em favor da entidade. ◄ Por outras palavras, a entidade espera que haja um
influxo de benefícios económicos, mesmo que haja incerteza quanto à tempestividade ou à quantia do influxo. Assim, o critério de
reconhecimento da probabilidade no parágrafo 21(a) é sempre considerado como estando satisfeito para ativos intangíveis adquiridos
em concentrações de atividades empresariais. Se um ativo adquirido numa concentração de atividades empresariais for separável ou
decorrer de direitos contratuais ou de outros direitos legais, existe informação suficiente para fiavelmente mensurar o justo valor do
ativo. Assim, o critério da mensuração fiável no parágrafo 21(b) é sempre considerado como estando satisfeito para ativos intangíveis
adquiridos em concentrações de atividades empresariais.

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34. De acordo com esta Norma e com a IFRS 3 (conforme revista pelo International Accounting Standards Board em 2008), uma
adquirente reconhece na data da aquisição, separadamente do goodwill, um ativo intangível da adquirida, independentemente de o
ativo ter sido ou não reconhecido pela adquirida antes da concentração de atividades empresariais. Isto significa que a adquirente
reconhece como um ativo separadamente do goodwill um projeto de pesquisa e desenvolvimento em curso da adquirida caso o projeto
corresponda à definição de ativo intangível. Um projeto de pesquisa e desenvolvimento em curso de uma adquirida satisfaz a definição
de ativo intangível quando:
a) satisfaz a definição de ativo; e
b) é identificável, i.e., separável, ou decorre de direitos contratuais ou outros direitos legais.

Ativo intangível adquirido numa concentração de atividades empresariais


35. Se um ativo intangível adquirido numa concentração de atividades empresariais for separável ou decorrer de direitos contratuais
ou de outros direitos legais, existe informação suficiente para fiavelmente mensurar o justo valor do ativo. Quando, para as estimativas
usadas para mensurar o justo valor de um ativo intangível, existir uma série de possíveis desfechos com diferentes probabilidades,
essa incerteza entra na mensuração do justo valor do ativo.
36. Um ativo intangível adquirido numa concentração de atividades empresariais pode ser separável, mas apenas em conjunto com
um contrato relacionado ou um ativo ou passivo identificável relacionado. Nestes casos, a adquirente reconhece o ativo intangível
separadamente do goodwill, mas em conjunto com o item relacionado.
37. A adquirente pode reconhecer um grupo de ativos intangíveis complementares como um ativo único desde que os ativos
individuais do grupo tenham vidas úteis semelhantes. Por exemplo, os termos «marca» e «nome de marca» são muitas vezes usados
como sinónimos de marcas comerciais e outras marcas. Contudo, os primeiros são termos gerais de marketing que são tipicamente
usados para referir um grupo de ativos complementares tais como uma marca comercial (ou marca de serviço) e o nome comercial,
fórmulas, receitas e especialização tecnológica com ela relacionados.

Dispêndio subsequente num projeto de pesquisa e desenvolvimento em curso adquirido


42. O dispêndio com pesquisa e desenvolvimento que:
a) se relacione com um projeto de pesquisa ou desenvolvimento em curso adquirido separadamente ou numa concentração de
atividades empresariais e reconhecido como ativo intangível; e
b) seja incorrido após a aquisição desse projeto
deve ser contabilizado de acordo com os parágrafos 54.-62.
43. A aplicação dos requisitos dos parágrafos 54.-62. significa que o dispêndio subsequente num projeto de pesquisa ou investigação
em curso adquirido separadamente ou numa concentração de atividades empresariais e reconhecido como ativo intangível é:
a) reconhecido como um gasto quando incorrido se for dispêndio de pesquisa;
b) reconhecido como um gasto quando incorrido se for dispêndio de desenvolvimento que não satisfaça os critérios de reconhecimento
como ativo intangível do parágrafo 57.; e
c) adicionado à quantia escriturada do projeto de pesquisa ou desenvolvimento em curso adquirido se for dispêndio de
desenvolvimento que satisfaça os critérios de reconhecimento do parágrafo 57.

Aquisição por meio de um subsídio governamental


44. Em alguns casos, um ativo intangível pode ser adquirido livre de encargos, ou por retribuição nominal, por meio de um subsídio
governamental. Isto pode acontecer quando um governo transferir ou imputar a uma entidade ativos intangíveis tais como direitos de
aterragem em aeroportos, licenças para operar estações de rádio ou de televisão, licenças de importação ou quotas ou direitos para
aceder a outros recursos restritos. De acordo com a IAS 20 Contabilização dos Subsídios Governamentais e Divulgação de Apoios
Governamentais, uma entidade pode escolher reconhecer inicialmente pelo justo valor tanto o ativo intangível como o subsídio. Se
uma entidade escolher não reconhecer o ativo inicialmente pelo justo valor, a entidade reconhece inicialmente o ativo por uma quantia
nominal (o outro tratamento permitido pela IAS 20) mais qualquer dispêndio que seja diretamente atribuível para preparar o ativo para
o seu uso pretendido.

Trocas de ativos
45. Um ou mais ativos intangíveis podem ser adquiridos em troca de um ativo ou ativos não monetários, ou de uma combinação de
ativos monetários e não monetários. A discussão seguinte refere-se simplesmente a uma troca de um ativo não monetário por outro,
mas também se aplica a todas as trocas descritas na frase anterior. O custo de tal ativo intangível é mensurado pelo justo valor a não
ser que a) a transação da troca careça de substância comercial ou b) nem o justo valor do ativo recebido nem o justo valor do ativo
cedido sejam fiavelmente mensuráveis. O ativo adquirido é mensurado desta forma mesmo que uma entidade não possa
imediatamente desreconhecer o ativo cedido. Se o ativo adquirido não for mensurado pelo justo valor, o seu custo é mensurado pela
quantia escriturada do ativo cedido.
46. Uma entidade determina se uma transação de troca tem substância comercial considerando a extensão em que espera que os
seus futuros fluxos de caixa sejam alterados como resultado da transação. Uma transação de troca tem substância comercial se:
a) a configuração (i.e., risco, tempestividade e quantia) dos fluxos de caixa do ativo recebido diferir da configuração dos fluxos de
caixa do ativo transferido; ou
b) o valor específico para a entidade relativo à parte das operações da entidade afetada pelas alterações na transação como resultado
da troca; e

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c) a diferença na alínea a) ou b) for significativa em relação ao justo valor dos ativos trocados.
Para a finalidade de determinar se uma transação de troca tem substância comercial, o valor específico para a entidade relativo à
parte das operações da entidade afetada pela transação deve refletir os fluxos de caixa após impostos. O resultado destas análises
pode ser claro sem que uma entidade tenha de efetuar cálculos detalhados.
47. O parágrafo 21(b) especifica que uma condição para o reconhecimento de um ativo intangível é que o custo do ativo possa ser
fiavelmente mensurado. O justo valor de um ativo intangível é fiavelmente mensurável se (a) a variabilidade no intervalo de
mensurações razoáveis pelo justo valor não for significativa para esse ativo; ou (b) as probabilidades das várias estimativas dentro
do intervalo puderem ser razoavelmente avaliadas e usadas na mensuração pelo justo valor. Se uma entidade puder mensurar
fiavelmente o justo valor do ativo recebido ou do ativo cedido, o justo valor do ativo cedido é usado para mensurar o custo, a menos
que o justo valor do ativo recebido seja mais claramente evidente.

Goodwill gerado internamente


48. O goodwill gerado internamente não deve ser reconhecido como um ativo.
49. Em alguns casos, é incorrido dispêndio para gerar benefícios económicos futuros, mas isso não resulta na criação de um ativo
intangível que satisfaça os critérios de reconhecimento desta Norma. Tal dispêndio é muitas vezes descrito como contribuindo para
o goodwill gerado internamente. O goodwill gerado internamente não é reconhecido como ativo porque não é um recurso identificável
(i.e., não é separável nem resulta de direitos contratuais ou de outros direitos legais) controlado pela entidade que possa ser
fiavelmente mensurado pelo custo.
50. As diferenças entre o justo valor de uma entidade e a quantia escriturada dos seus ativos líquidos identificáveis em qualquer
momento podem refletir uma série de fatores que afetam o justo valor da entidade. Tais diferenças não representam, porém, o custo
dos ativos intangíveis controlados pela entidade.

Ativos intangíveis gerados internamente


51. Por vezes, é difícil avaliar se um ativo intangível gerado internamente se qualifica para reconhecimento por causa de problemas
em:
a) identificar se e quando existe um ativo identificável que gere benefícios económicos futuros esperados; e
b) determinar fiavelmente o custo do ativo. Em alguns casos, o custo de gerar internamente um ativo intangível não pode ser
distinguido do custo de manter ou aumentar o goodwill da entidade gerado internamente ou do decorrer operacional do dia-a-dia.
Por isso, além de se conformar com os requisitos gerais do reconhecimento e mensuração inicial de um ativo intangível, uma entidade
aplica os requisitos e orientação dos parágrafos 52.-67. a todos os ativos intangíveis gerados internamente.
52. Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente satisfaz os critérios de reconhecimento, uma entidade classifica a geração
do ativo em:
a) uma fase de pesquisa; e
b) uma fase de desenvolvimento.
Se bem que os termos «pesquisa» e «desenvolvimento» estejam definidos, os termos «fase de pesquisa» e «fase de
desenvolvimento» têm um sentido mais amplo para a finalidade desta Norma.
53. Se uma entidade não puder distinguir a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento num projeto interno para criar um ativo
intangível, a entidade trata o dispêndio nesse projeto como se fosse incorrido somente na fase de pesquisa.

Fase de pesquisa
54. Nenhum ativo intangível proveniente de pesquisa (ou da fase de pesquisa de um projeto interno) deve ser reconhecido. O
dispêndio com pesquisa (ou da fase de pesquisa de um projeto interno) deve ser reconhecido como um gasto quando for incorrido.
55. Na fase de pesquisa de um projeto interno, uma entidade não pode demonstrar que existe um ativo intangível que irá gerar
benefícios económicos futuros prováveis. Por isso, este dispêndio é reconhecido como um gasto quando for incorrido.
56. Exemplos de atividades de pesquisa são:
a) atividades visando a obtenção de novos conhecimentos;
b) a procura de, avaliação e seleção final de, aplicações das descobertas de pesquisa ou de outros conhecimentos;
c) a procura de alternativas para materiais, aparelhos, produtos, processos, sistemas ou serviços; e
d) a formulação, conceção, avaliação e seleção final de possíveis alternativas de materiais, aparelhos, produtos, processos, sistemas
ou serviços novos ou melhorados.

Fase de desenvolvimento
57. Um ativo intangível proveniente de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento de um projeto interno) deve ser reconhecido
se, e apenas se, uma entidade puder demonstrar tudo o que se segue:
a) a viabilidade técnica de concluir o ativo intangível a fim de que esteja disponível para uso ou venda.
b) a sua intenção de concluir o ativo intangível e usá-lo ou vendê-lo.
c) a sua capacidade de usar ou vender o ativo intangível.

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d) a forma como o ativo intangível gerará prováveis benefícios económicos futuros. Entre outras coisas, a entidade pode demonstrar
a existência de um mercado para a produção do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, se for para ser usado
internamente, a utilidade do ativo intangível.
e) a disponibilidade de adequados recursos técnicos, financeiros e outros para concluir o desenvolvimento e usar ou vender o ativo
intangível.
f) a sua capacidade para mensurar fiavelmente o dispêndio atribuível ao ativo intangível durante a sua fase de desenvolvimento.
58. Na fase de desenvolvimento de um projeto interno, uma entidade pode, nalguns casos, identificar um ativo intangível e demonstrar
que o ativo gerará prováveis benefícios económicos futuros. Tal acontece porque a fase de desenvolvimento de um projeto é mais
avançada do que a fase de pesquisa.
59. Exemplos das atividades de desenvolvimento são:
a) a conceção, construção e teste de protótipos e modelos de pré-produção ou de pré-uso;
b) a conceção de ferramentas, utensílios, moldes e suportes envolvendo nova tecnologia;
c) a conceção, construção e operação de uma fábrica piloto que não seja de uma escala económica exequível para produção
comercial; e
d) a conceção, construção e teste de uma alternativa escolhida para materiais, aparelhos, produtos, processos, sistemas ou serviços
novos ou melhorados.
60. Para demonstrar como um ativo intangível gerará benefícios económicos futuros prováveis, uma entidade avalia os futuros
benefícios económicos a serem recebidos do ativo usando os princípios da IAS 36 Imparidade de Ativos. Se o ativo gerar benefícios
económicos apenas em combinação com outros ativos, a entidade aplica o conceito de unidades geradoras de caixa tal como definido
na IAS 36.
61. A disponibilidade de recursos para concluir, usar e obter os benefícios de um ativo intangível pode ser demonstrada por, por
exemplo, um plano empresarial que mostre os recursos técnicos, financeiros e outros necessários e a capacidade da entidade para
assegurar esses recursos. Em alguns casos, uma entidade demonstra a disponibilidade de financiamento externo pela obtenção de
uma indicação do mutuante da sua vontade de financiar o plano.
62. Os sistemas de custeio de uma entidade podem muitas vezes mensurar com fiabilidade o custo de gerar internamente um ativo
intangível, tais como os ordenados e outros dispêndios incorridos para assegurar copyrights ou licenças ou para desenvolver software
de computadores.
63. As marcas, cabeçalhos, títulos de publicações, listas de clientes e itens substancialmente semelhantes gerados internamente não
devem ser reconhecidos como ativos intangíveis.
64. Dispêndios com marcas, cabeçalhos, títulos de publicações, listas de clientes e itens semelhantes em substância gerados
internamente não podem ser distinguidos do custo de desenvolver a empresa no seu todo. Por isso, tais itens não são reconhecidos
como ativos intangíveis.

Custo de um ativo intangível gerado internamente


65. O custo de um ativo intangível gerado internamente para a finalidade do parágrafo 24. é a soma dos dispêndios incorridos desde
a data em que o ativo intangível primeiramente satisfaz os critérios de reconhecimento dos parágrafos 21., 22. e 57. O parágrafo 71.
proíbe a reposição de dispêndio anteriormente reconhecido como um gasto.
66. O custo de um ativo intangível gerado internamente compreende todos os custos diretamente atribuíveis necessários para criar,
produzir e preparar o ativo para ser capaz de funcionar da forma pretendida pela gerência. Exemplos de custos diretamente atribuíveis
são:
a) os custos dos materiais e serviços usados ou consumidos ao gerar o ativo intangível;
b) os custos dos benefícios dos empregados (tal como definido na IAS 19) resultantes da geração do ativo intangível;
c) as taxas de registo de um direito legal; e
d) a amortização de patentes e licenças que sejam usadas para gerar o ativo intangível.
A IAS 23 especifica os critérios para o reconhecimento do juro como um elemento do custo de um ativo intangível gerado internamente.
67. O que se segue não são componentes do custo de um ativo intangível gerado internamente:
a) os dispêndios com vendas, administrativos e outros gastos gerais a menos que estes dispêndios possam ser diretamente atribuídos
à preparação do ativo para uso;
b) ineficiências identificadas e perdas operacionais iniciais incorridas antes de o ativo atingir o desempenho planeado; e
c) dispêndios com a formação do pessoal para operar o ativo.
Exemplo ilustrativo do parágrafo 65.
Uma entidade está a desenvolver um novo processo de produção. Durante 20X5, os dispêndios incorridos foram 1 000 UM,
das quais 900 UM foram incorridas antes de 1 de Dezembro de 20X5 e 100 UM foram incorridas entre 1 de Dezembro de
20X5 e 31 de Dezembro de 20X5. A entidade é capaz de demonstrar que, em 1 de Dezembro de 20X5, o processo de
produção satisfazia os critérios de reconhecimento como um ativo intangível. A quantia recuperável do know-how incorporado
no processo (incluindo os exfluxos de caixa futuros para concluir o processo antes de ele estar disponível para uso) é estimada
em 500 UM.

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NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 38
Ativos Intangíveis

No fim de 20X5, o processo de produção é reconhecido como um ativo intangível por um custo de 100 UM (dispêndio incorrido
desde a data em que os critérios de reconhecimento foram satisfeitos, isto é, 1 de dezembro de 20X5). O dispêndio de 900
UM incorrido antes de 1 de dezembro de 20X5 foi reconhecido como um gasto porque os critérios de reconhecimento não
foram satisfeitos até 1 de Dezembro de 20X5. Este dispêndio não faz parte do custo do processo de produção reconhecido
na demonstração da posição financeira.
Durante 20X6, o dispêndio incorrido foi de 2 000 UM. No fim de 20X6, a quantia recuperável do know-how incorporado no
processo (incluindo os exfluxos de caixa futuros para concluir o processo antes de ele estar disponível para uso) é estimada
em 1 900 UM.
No fim de 20X6, o custo do processo de produção é de 2.100 UM (dispêndio de 100 UM reconhecido no fim de 20X5 mais
dispêndio de 2 000 UM reconhecido em 20X6). A entidade reconhece uma perda por imparidade de 200 UM para ajustar a
quantia escriturada do processo antes da perda por imparidade (2 100 UM) à sua quantia recuperável (1 900 UM). Esta perda
por imparidade será revertida num período subsequente se os requisitos da IAS 36 para a reversão de uma perda por
imparidade forem satisfeitos.

RECONHECIMENTO DE UM GASTO
68. O dispêndio com um item intangível deve ser reconhecido como um gasto quando for incorrido a menos que:
a) faça parte do custo de um ativo intangível que satisfaça os critérios de reconhecimento (ver parágrafos 18–67); ou
b) o item seja adquirido numa concentração de atividades empresariais e não possa ser reconhecido como um ativo intangível. Se for
este o caso, ele faz parte da quantia reconhecida como goodwill à data de aquisição (ver a IFRS 3).
69. Em alguns casos, o dispêndio é incorrido para proporcionar benefícios económicos futuros a uma entidade, mas não é adquirido
ou criado qualquer ativo intangível ou outro ativo que possa ser reconhecido. No caso do fornecimento de bens, a entidade reconhece
tal dispêndio como um gasto quando tem o direito de acesso a esses bens. No caso da prestação de serviços, a entidade reconhece
o dispêndio como um gasto quando recebe os serviços. Por exemplo, o dispêndio com pesquisa é reconhecido como um gasto quando
for incorrido (ver parágrafo 54), exceto quando for adquirido como parte de uma concentração de atividades empresariais. Outros
exemplos de dispêndio que seja reconhecido como um gasto quando for incorrido incluem:
a) dispêndio com atividades de arranque (i.e., custos de arranque), a não ser que este dispêndio esteja incluído no custo de um item
de ativo fixo tangível de acordo com a IAS 16. Os custos de arranque podem consistir em custos de estabelecimento tais como os
custos legais ou de secretariado incorridos no estabelecimento de uma entidade legal, dispêndios para abrir novas instalações ou
negócio (i.e., custos pré-abertura) ou dispêndios para iniciar novas unidades operacionais ou lançar novos produtos ou processos
(i.e., custos pré-operacionais).
b) dispêndios com atividades de formação.
c) o dispêndio com atividades de publicidade e promocionais (incluindo catálogos de venda por correspondência).
d) dispêndios com a mudança de local ou reorganização de uma entidade no seu todo ou em parte.
69.A. Uma entidade tem o direito de acesso aos bens quando estão na sua posse. Do mesmo modo, tem o direito de acesso aos
bens quando forem produzidos por um fornecedor em conformidade com os termos de um contrato de fornecimento e a entidade
puder exigir a sua entrega em contrapartida de um pagamento. Os serviços são recebidos quando forem prestados por um prestador
em conformidade com um contrato de prestação à entidade e não quando a entidade os utilizar para prestar outro serviço, por
exemplo, para entregar um anúncio a clientes.
70. O parágrafo 68 não exclui a possibilidade de uma entidade reconhecer um pré-pagamento como um ativo quando o pagamento
dos bens for feito antes de a entidade obter o direito de acesso a esses bens. Do mesmo modo, o parágrafo 68 não exclui a
possibilidade de uma entidade reconhecer um pré-pagamento como um ativo quando o pagamento dos serviços for efetuado antes
de a entidade receber esses serviços.

Gastos passados a não serem reconhecidos como um ativo


71. O dispêndio com um item intangível que tenha sido inicialmente reconhecido como um gasto não deve ser reconhecido como
parte do custo de um ativo intangível em data posterior.

MENSURAÇÃO APÓS RECONHECIMENTO


72. Uma entidade deve escolher ou o modelo de custo do parágrafo 74. ou o modelo de reavaliação do parágrafo 75. como sua
política contabilística. Se um ativo intangível for contabilizado usando o modelo de revalorização, todos os outros ativos da sua classe
devem também ser contabilizados usando o mesmo modelo, a não ser que não haja mercado ativo para esses ativos.
73. Uma classe de ativos intangíveis é um agrupamento de ativos de natureza e uso semelhantes nas operações de uma entidade.
Os itens de uma classe de ativos intangíveis são simultaneamente revalorizados para evitar revalorizações seletivas de ativos e o
relato de quantias nas demonstrações financeiras que representem uma mistura de custos e de valores em datas diferentes.

Modelo do custo
74. Após o reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser escriturado pelo seu custo menos qualquer amortização acumulada e
quaisquer perdas por imparidade acumuladas.

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NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 38
Ativos Intangíveis

Modelo de revalorização
75. Após o reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser escriturado por uma quantia revalorizada, que seja o seu justo valor
à data da revalorização menos qualquer amortização acumulada subsequente e quaisquer perdas por imparidade acumuladas
subsequentes. Para efeitos das reavaliações nos termos desta Norma, o justo valor deve ser mensurado por referência a um mercado
ativo. As revalorizações devem ser feitas com tal regularidade que na data da demonstração da posição financeira a quantia
escriturada do ativo não difira materialmente do seu justo valor.
76. O modelo de revalorização não permite:
a) a revalorização de ativos intangíveis que não tenham sido previamente reconhecidos como ativos; ou
b) o reconhecimento inicial de ativos intangíveis por quantias que não sejam o custo.
77. O modelo de revalorização é aplicado depois de um ativo ter sido inicialmente reconhecido pelo seu custo. Porém, se apenas
parte do custo de um ativo intangível for reconhecido como um ativo porque o ativo só satisfez os critérios de reconhecimento a meio
do seu processo de fabrico (ver parágrafo 65.), o modelo de revalorização pode ser aplicado ao total desse ativo. Além disso, o modelo
de revalorização pode ser aplicado a um ativo intangível que tenha sido recebido por meio de um subsídio governamental e
reconhecido por uma quantia nominal (ver parágrafo 44.).
78. Não é vulgar que exista um mercado ativo para um ativo intangível, se bem que isto possa acontecer. ◄ Por exemplo, em algumas
jurisdições, pode existir um mercado ativo para licenças de táxis livremente transferíveis, licenças de pesca ou quotas de produção.
Contudo, pode não existir um mercado ativo para marcas, cabeçalhos de jornais, direitos de editar músicas e filmes, patentes ou
marcas comerciais, porque cada um de tais ativos é único. Além disso, se bem que ativos intangíveis sejam comprados e vendidos,
os contratos são negociados entre compradores e vendedores individuais, sendo as transações relativamente pouco frequentes. Por
estas razões, o preço pago por um ativo pode não proporcionar evidência suficiente do justo valor de um outro. Além disso, os preços
não estão muitas vezes disponíveis publicamente.
79. A frequência de revalorizações depende da volatilidade dos justos valores dos ativos intangíveis que estão a ser revalorizados.
Se o justo valor de um ativo revalorizado diferir materialmente da sua quantia escriturada, é necessária uma revalorização adicional.
Alguns ativos intangíveis podem sofrer movimentos significativos e voláteis no justo valor necessitando, por conseguinte, de
revalorizações anuais. Tais frequentes revalorizações são desnecessárias para ativos intangíveis com apenas movimentos
insignificantes no justo valor.
80. Se um ativo intangível for revalorizado, a sua quantia escriturada é ajustada para a quantia revalorizada. À data da revalorização,
o ativo é tratado de uma das seguintes formas:
a) a quantia escriturada bruta é ajustada de forma coerente com a revalorização da quantia escriturada do ativo. Por exemplo, a
quantia escriturada bruta pode ser reexpressa por referência a dados de mercado observáveis ou pode ser reexpressa
proporcionalmente à alteração na quantia escriturada. A amortização acumulada à data da revalorização é ajustada para corresponder
à diferença entre a quantia bruta escriturada e a quantia escriturada do ativo após consideração das perdas por imparidade
acumuladas; ou
b) a amortização acumulada é eliminada contra a quantia bruta escriturada do ativo.
A quantia do ajustamento da amortização acumulada faz parte do aumento ou da diminuição na quantia escriturada contabilizados
de acordo com os parágrafos 85 e 86.
81. Se um ativo intangível numa classe de ativos intangíveis revalorizados não puder ser revalorizado porque não há qualquer
mercado ativo para esse ativo, o ativo deve ser escriturado pelo seu custo menos qualquer amortização e perdas por imparidade
acumuladas.
82. Se o justo valor de um ativo intangível revalorizado deixou de poder ser mensurado com referência a um mercado ativo, a quantia
escriturada do ativo deve ser a sua quantia reavaliada à data da mais recente reavaliação com referência ao mercado ativo menos
qualquer amortização e qualquer perda por imparidade acumuladas subsequentes.
83. O facto de já não existir um mercado ativo para um ativo intangível revalorizado pode indicar que o ativo pode estar com imparidade
e que ele necessita de ser testado de acordo com a IAS 36.
84. Se o justo valor do ativo pode ser mensurado por referência a um mercado ativo numa data de mensuração subsequente, o
modelo de reavaliação é aplicado a partir dessa data.
85. Se a quantia escriturada de um ativo intangível for aumentada como resultado de uma revalorização, o aumento deve ser
reconhecido em outro rendimento integral e acumulado no capital próprio numa conta com o título de excedente de revalorização.
Contudo, o aumento deve ser reconhecido nos lucros ou prejuízos até ao ponto em que reverta um decréscimo de revalorização do
mesmo ativo previamente reconhecido nos lucros ou prejuízos.
86. Se a quantia escriturada de um ativo intangível for diminuída como resultado de uma revalorização, a diminuição deve ser
reconhecida nos lucros ou prejuízos. Contudo, a diminuição deve ser reconhecida em outro rendimento integral até ao ponto de
qualquer saldo credor existente no excedente de revalorização com respeito a esse ativo. A diminuição reconhecida em outro
rendimento integral reduz a quantia acumulada no capital próprio com o título de excedente de revalorização.
87. O excedente de revalorização acumulado incluído no capital próprio só pode ser transferido diretamente para resultados retidos
quando o excedente for realizado. O excedente total pode ser realizado pela retirada ou pela alienação do ativo. Contudo, uma parte
do excedente pode ser realizada quando o ativo for usado pela entidade; nesse caso, a quantia do excedente realizada seria a
diferença entre a amortização baseada na quantia escriturada revalorizada do ativo e a amortização que teria sido reconhecida com
base no custo histórico do ativo. A transferência do excedente de revalorização para resultados retidos não é feita através dos lucros
ou prejuízos.

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NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 38
Ativos Intangíveis

VIDA ÚTIL
88. Uma entidade deve avaliar se a vida útil de um ativo intangível é finita ou indefinida e, se for finita, a duração de, ou o número de
produção ou de unidades similares constituintes, dessa vida útil. Um ativo intangível deve ser visto pela entidade como tendo uma
vida útil indefinida quando, com base numa análise de todos os fatores relevantes, não houver limite previsível para o período durante
o qual se espera que o ativo gere influxos de caixa líquidos para a entidade.
89. A contabilização de um ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo intangível com uma vida útil finita é amortizado (ver
parágrafos 97.-106.), e um ativo intangível com uma vida útil indefinida não o é (ver parágrafos 107.-110.). Os Exemplos Ilustrativos
que acompanham esta Norma ilustram a determinação da vida útil para diferentes ativos intangíveis, e a contabilização subsequente
para esses ativos com base nas determinações da vida útil.
90. Muitos fatores são considerados na determinação da vida útil de um ativo intangível, incluindo:
a) o uso esperado do ativo por parte da entidade e se o ativo puder ser eficientemente gerido por uma outra equipa de gestão;
b) os ciclos de vida típicos para o ativo e a informação pública sobre estimativas de vida útil de ativos semelhantes que sejam usados
de forma semelhante;
c) obsolescência técnica, tecnológica, comercial ou de outro tipo;
d) a estabilidade do setor em que o ativo opera e alterações na procura do mercado para os produtos ou serviços produzidos pelo
ativo;
e) ações esperadas dos concorrentes ou potenciais concorrentes;
f) o nível de dispêndio de manutenção exigido para obter os benefícios económicos futuros esperados do ativo e a capacidade e
intenção da entidade para atingir tal nível;
g) o período de controlo sobre o ativo e limites legais ou semelhantes sobre o uso do ativo, tais como as datas de extinção de locações
relacionadas; e
h) se a vida útil do ativo está dependente da vida útil de outros ativos da entidade.
91. O termo «indefinida» não significa «infinita». A vida útil de um ativo intangível reflete apenas o nível de dispêndio de manutenção
futuro exigido para manter o ativo no seu padrão de desempenho avaliado no momento da estimativa da vida útil do ativo, e a
capacidade e intenção da entidade para atingir tal nível. Uma conclusão de que a vida útil de um ativo intangível é indefinida não deve
depender do dispêndio futuro planeado para além do exigido para manter o ativo nesse padrão de desempenho.
92. Dado o historial de rápidas alterações na tecnologia, o software de computadores e muitos outros ativos intangíveis são suscetíveis
de obsolescência tecnológica. Por conseguinte, acontecerá com frequência que a sua vida útil seja curta. As reduções futuras
esperadas no preço de venda de um produto que foi produzido utilizando um ativo intangível podem indicar a expetativa de
obsolescência tecnológica ou comercial desse ativo, o que, por sua vez, poderá refletir uma redução dos benefícios económicos
futuros incorporados nesse mesmo ativo.
93. A vida útil de um ativo intangível pode ser muito longa ou mesmo indefinida. A incerteza justifica estimar a vida útil de um ativo
intangível numa base prudente, mas isso não justifica escolher uma vida que seja irrealisticamente curta.
94. A vida útil de um ativo intangível que resulte de direitos contratuais ou de outros direitos legais não deve exceder o período dos
direitos contratuais ou de outros direitos legais, mas pode ser mais curta dependendo do período durante o qual a entidade espera
usar o ativo. Se os direitos contratuais ou outros direitos legais forem transmitidos por um prazo limitado que possa ser renovado, a
vida útil do ativo intangível deve incluir o(s) período(s) de renovação apenas se existir evidência que suporte a renovação pela entidade
sem um custo significativo. A vida útil de um direito readquirido reconhecido como ativo intangível numa concentração de atividades
empresariais é o restante período contratual do contrato no qual o direito foi concedido e não incluirá períodos de renovação.
95. Podem existir tanto fatores legais como económicos que influenciem a vida útil de um ativo intangível. Os fatores económicos
determinam o período durante o qual os benefícios económicos futuros serão recebidos pela entidade. Os fatores legais podem
restringir o período durante o qual a entidade controla o acesso a esses benefícios. A vida útil é o mais curto dos períodos
determinados por estes fatores.
96. A existência dos seguintes fatores, entre outros, indica que uma entidade deveria ser capaz de renovar os direitos contratuais ou
outros direitos legais sem um custo significativo:
a) há evidência, possivelmente baseada na experiência, de que os direitos contratuais ou outros direitos legais serão renovados. Se
a renovação depender do consentimento de terceiros, isto inclui evidência de que os terceiros darão o seu consentimento;
b) há evidência de que quaisquer condições necessárias para obter a renovação serão satisfeitas; e
c) o custo da renovação para a entidade não é significativo quando comparado com os benefícios económicos futuros que se espera
que fluam para a entidade a partir da renovação.
Se o custo da renovação for significativo quando comparado com os benefícios económicos futuros que se espera que fluam para a
entidade a partir da renovação, o custo de «renovação» representa, em substância, o custo de aquisição de um novo ativo intangível
à data de renovação.

10
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 38
Ativos Intangíveis

ATIVOS INTANGÍVEIS COM VIDAS ÚTEIS FINITAS


Período de amortização e método de amortização
97. A quantia depreciável de um ativo intangível com uma vida útil finita deve ser imputada numa base sistemática durante a sua vida
útil. A amortização deve começar quando o ativo estiver disponível para uso, i.e., quando estiver na localização e condição necessárias
para que seja capaz de operar da forma pretendida pela gerência. A amortização deve cessar na data que ocorrer mais cedo entre a
data em que o ativo for classificado como detido para venda (ou incluído num grupo para alienação que seja classificado como detido
para venda) de acordo com a IFRS 5 e a data em que o ativo for desreconhecido. O método de amortização usado deve refletir o
modelo pelo qual se espera que os futuros benefícios económicos do ativo sejam consumidos pela entidade. Se não for possível
determinar fiavelmente esse modelo, deve usar-se o método da linha reta. O custo de amortização em cada período deve ser
reconhecido nos lucros ou prejuízos a menos que esta ou outra Norma permita ou exija incluí-lo na quantia escriturada de um outro
ativo.
98. Pode ser usada uma variedade de métodos de amortização para imputar a quantia depreciável de um ativo numa base sistemática
durante a sua vida útil. Estes métodos incluem o método da linha reta, o método degressivo e o método das unidades de produção.
O método usado é selecionado na base do modelo de consumo esperado dos futuros benefícios económicos incorporados no ativo
e é aplicado consistentemente de período a período, a não ser que ocorra uma alteração no modelo de consumo esperado desses
futuros benefícios económicos.
98.A. Há uma presunção refutável de que um método de amortização que se baseia nos proveitos gerados por uma atividade que
inclui a utilização de um ativo intangível é inadequada. Os proveitos gerados por uma atividade que inclui a utilização de um ativo
intangível refletem, tipicamente, fatores que não estão diretamente ligados ao consumo dos benefícios económicos incorporados no
ativo intangível. Por exemplo, os proveitos são afetados por outros fatores produtivos e processos, bem como pelas atividades de
venda e as alterações dos preços e volumes das vendas. A componente de preço dos proveitos pode ser afetada pela inflação, que
não tem qualquer influência sobre a forma como um ativo é consumido. Esta presunção apenas pode ser ultrapassada em
circunstâncias muito limitadas:
a) em que o ativo intangível é expresso como uma medida dos proveitos, como descrito no parágrafo 98C; ou
b) quando puder ser demonstrado que os proveitos e o consumo dos benefícios económicos do ativo intangível estão fortemente
correlacionados.
98.B. Na escolha de um método de amortização adequado em conformidade com o parágrafo 98, uma entidade pode determinar o
principal fator limitativo que é inerente ao ativo intangível. Por exemplo, o contrato que estabelece os direitos da entidade sobre a
utilização que fizer de um ativo intangível pode especificar a utilização desse ativo intangível como um determinado número de anos
(tempo), como um certo número de unidades produzidas ou como um montante total fixo de proveitos a gerar. A identificação desse
principal fator limitativo pode constituir o ponto de partida para a identificação da base adequada de amortização, mas pode ser
aplicada outra base caso reflita melhor o padrão de consumo esperado dos benefícios económicos.
98.C. Na circunstância em que o principal fator limitativo inerente a um ativo intangível consiste na realização de um limiar de proveitos,
os proveitos a gerar podem ser uma base adequada para a amortização. Por exemplo, uma entidade pode adquirir uma concessão
para prospeção e extração de ouro a partir de uma mina. O termo do contrato poderá basear-se num montante total fixo de proveitos
a gerar a partir da extração (por exemplo, um contrato pode permitir a extração de ouro da mina e até que o total acumulado de
proveitos resultantes da venda do ouro atinja 2 mil milhões de UM), e não se basear no tempo ou na quantidade de ouro extraído.
Num outro exemplo, o direito de explorar uma estrada com portagem pode basear-se num montante total fixo de proveitos gerados
pelas portagens acumuladas cobradas (por exemplo, um contrato pode permitir a exploração da estrada com portagem até que o
montante acumulado de portagens geradas com a exploração da estrada atinja 100 milhões de UM). No caso em que os proveitos
foram estabelecidos como o principal fator limitativo no contrato para a utilização do ativo intangível, os proveitos a gerar podem
constituir uma base adequada para a amortização do ativo intangível, desde que o contrato especifique um montante total fixo de
proveitos a gerar com base no qual a amortização deve ser determinada.
99. A amortização é normalmente reconhecida nos lucros ou prejuízos. Contudo, por vezes, os futuros benefícios económicos
incorporados num ativo são absorvidos pela produção de outros ativos. Neste caso, o custo de amortização constitui parte do custo
do outro ativo e é incluído na sua quantia escriturada. Por exemplo, a amortização de ativos intangíveis usados num processo de
produção é incluída na quantia escriturada dos inventários (ver IAS 2 Inventários).

Valor residual
100. O valor residual de um ativo intangível com uma vida útil finita deve ser assumido como sendo zero a menos que:
a) haja um compromisso de um terceiro de comprar o ativo no final da sua vida útil; ou
b) exista um mercado ativo (tal como definido na IFRS 13) para o ativo e:
i) o valor residual possa ser determinado com referência a esse mercado; e
ii) seja provável que tal mercado exista no final da sua vida útil.
101. A quantia depreciável de um ativo com uma vida útil finita é determinada após dedução do seu valor residual. Um valor residual
que não seja zero implica que uma entidade espera alienar o ativo intangível antes do fim da sua vida económica.
102. Uma estimativa do valor residual de um ativo baseia-se na quantia recuperável resultante da alienação usando os preços
prevalecentes à data da estimativa para a venda de um ativo semelhante que tenha atingido o final da sua vida útil e que tenha
funcionado em condições semelhantes àquelas em que o ativo será utilizado. O valor residual é revisto pelo menos no final de cada
ano financeiro. De acordo com a IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros, uma alteração no
valor residual do ativo é contabilizada como alteração numa estimativa contabilística.

11
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 38
Ativos Intangíveis

103. O valor residual de um ativo intangível pode aumentar até uma quantia igual ou superior à quantia escriturada do ativo. Se assim
for, o débito de amortização do ativo é zero a não ser e até que o seu valor residual diminua posteriormente para uma quantia abaixo
da quantia escriturada do ativo.

Revisão do período de amortização e do método de amortização


104. O período de amortização e o método de amortização para um ativo intangível com uma vida útil finita devem ser revistos pelo
menos no final de cada ano financeiro. Se a vida útil esperada de um ativo for diferente das estimativas anteriores, o período de
amortização deve ser alterado em conformidade. Se tiver havido uma alteração no modelo de consumo esperado dos futuros
benefícios económicos incorporados no ativo, o método de amortização deve ser alterado para refletir o modelo alterado. Tais
alterações devem ser contabilizadas como alterações em estimativas contabilísticas de acordo com a IAS 8.
105. Durante a vida de um ativo intangível, pode tornar-se evidente que a estimativa da vida útil é desapropriada. Por exemplo, o
reconhecimento de uma perda por imparidade pode indicar que o período de amortização deve ser alterado.
106. Com o decorrer do tempo, o modelo de benefícios económicos futuros que são esperados que fluam para uma entidade
provenientes de um ativo intangível pode alterar-se. Por exemplo, pode tornar-se evidente que um método de amortização de saldo
decrescente seja apropriado e não um método de linha reta. Um outro exemplo é se o uso dos direitos representados por uma licença
é diferido dependendo de ação sobre outros componentes do plano de negócio. Neste caso, os benefícios económicos que fluem do
ativo só podem vir a ser recebidos em períodos mais tardios.

ATIVOS INTANGÍVEIS COM VIDAS ÚTEIS INDEFINIDAS


107. Um ativo intangível com uma vida útil indefinida não deve ser amortizado.
108. De acordo com a IAS 36, a uma entidade é exigido que teste a imparidade de um ativo intangível com uma vida útil indefinida
comparando a sua quantia recuperável com a sua quantia escriturada
a) anualmente; e
b) sempre que haja uma indicação de que o ativo intangível pode estar com imparidade.

Revisão da avaliação da vida útil


109. A vida útil de um ativo intangível que não esteja a ser amortizado deve ser revista a cada período para determinar se os
acontecimentos e circunstâncias continuam a apoiar uma avaliação de vida útil indefinida para esse ativo. Se assim não for, a alteração
na avaliação da vida útil de indefinida para finita deve ser contabilizada como alteração numa estimativa contabilística em
conformidade com a IAS 8.
110. De acordo com a IAS 36, a reavaliação da vida útil de um ativo intangível como finita em vez de indefinida é um indicador de que
o ativo pode estar com imparidade. Como resultado, a entidade testa a imparidade do ativo comparando a sua quantia recuperável,
determinada de acordo com a IAS 36, com a sua quantia escriturada, e reconhecendo qualquer excesso da quantia escriturada em
relação à quantia recuperável como uma perda por imparidade.

RECUPERABILIDADE DA QUANTIA ESCRITURADA — PERDAS POR


IMPARIDADE
111. Para determinar se um ativo intangível está com imparidade, uma entidade aplica a IAS 36. Esta Norma explica quando e como
uma entidade revê a quantia escriturada dos seus ativos, como determina a quantia recuperável de um ativo e quando reconhece ou
reverte uma perda por imparidade.

RETIRADAS E ALIENAÇÕES
112. Um ativo intangível deve ser desreconhecido:
a) no momento da alienação; ou
b) quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação.
113. O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um ativo intangível deve ser determinado como a diferença entre os
proventos líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada desse ativo. Deve reconhecer-se nos resultados quando o ativo
for desreconhecido (a menos que a IAS 16 o exija de outra forma no caso de uma venda e relocação). Os ganhos não devem ser
classificados como rédito.
114. A alienação de um ativo intangível pode ocorrer sob diversas formas (p. ex., por venda, por celebração de uma locação financeira
ou por doação). A data de alienação de um ativo intangível é a data em que o destinatário obtém o controlo desse ativo em
conformidade com os requisitos para determinar quando uma obrigação de desempenho é satisfeita previstos na IFRS 15 Rédito de
Contratos com Clientes. A IFRS 16 é aplicável à alienação por venda e relocação.
115. Se de acordo com o princípio de reconhecimento do parágrafo 21 uma entidade reconhecer na quantia escriturada de um ativo
o custo de uma substituição de parte de um ativo intangível, então ela desreconhece a quantia escriturada da parte substituída. Se
não for praticável que uma entidade determine a quantia escriturada da parte substituída, ela pode usar o custo da substituição como
indicação de qual o custo da parte substituída no momento em que foi adquirida ou gerada internamente.
115.A. No caso de um direito readquirido numa concentração de atividades empresariais, se o direito for subsequentemente reemitido
(vendido) a terceiros, a quantia escriturada relacionada, se houver, deve ser usada para determinar o ganho ou perda com a
reemissão.

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NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 38
Ativos Intangíveis

116. A quantia de retribuição a incluir nos resultados decorrente do desreconhecimento de um ativo intangível é determinada nos
termos dos requisitos para a determinação do preço de transação constantes dos parágrafos 47 a 72 da IFRS 15. As alterações
subsequentes à quantia estimada de retribuição incluída nos resultados devem ser contabilizadas de acordo com os requisitos para
alterações no preço de transação constantes da IFRS 15.
117. A amortização de um ativo intangível com uma vida útil finita não cessa quando o ativo intangível já não for usado, a não ser que
o ativo tenha sido totalmente depreciado ou esteja classificado como detido para venda (ou incluído num grupo para alienação que
esteja classificado como detido para venda) de acordo com a IFRS 5.

DIVULGAÇÃO
Geral
118. Uma entidade deve divulgar o seguinte para cada classe de ativos intangíveis, distinguindo entre os ativos intangíveis gerados
internamente e outros ativos intangíveis:
a) se as vidas úteis são indefinidas ou finitas e, se forem finitas, as vidas úteis ou as taxas de amortização usadas;
b) os métodos de amortização usados para ativos intangíveis com vidas úteis finitas;
c) a quantia bruta escriturada e qualquer amortização acumulada (agregada com as perdas por imparidade acumuladas) no começo
e fim do período;
d) os itens de cada linha da demonstração do rendimento integral em que qualquer amortização de ativos intangíveis esteja incluída;
e) uma reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período mostrando:
i) adições, indicando separadamente as adições provenientes de desenvolvimento interno, as adquiridas separadamente e as
adquiridas através de concentrações de atividades empresariais,
ii) ativos classificados como detidos para venda ou incluídos num grupo para alienação classificado como detido para venda de acordo
com a IFRS 5 e outras alienações,
iii) aumentos ou diminuições durante o período resultantes de revalorizações segundo os parágrafos 75., 85. e 86. e de perdas por
imparidade reconhecidas ou revertidas em outro rendimento integral de acordo com a IAS 36 (se existirem),
iv) perdas por imparidade reconhecidas nos lucros ou prejuízos durante o período de acordo com a IAS 36 (se houver),
v) perdas por imparidade revertidas nos lucros ou prejuízos durante o período de acordo com a IAS 36 (se houver),
vi) qualquer amortização reconhecida durante o período,
vii) diferenças cambiais líquidas resultantes da transposição das demonstrações financeiras para a moeda de apresentação, e da
transposição de uma unidade operacional estrangeira para a moeda de apresentação da entidade, e
viii) outras alterações na quantia escriturada durante o período.
119. Uma classe de ativos intangíveis é um agrupamento de ativos de natureza e uso semelhantes nas operações de uma entidade.
Exemplos de classes separadas podem incluir:
a) (nomes de) marcas comerciais;
b) cabeçalhos e títulos de publicações;
c) software de computadores;
d) licenças e franquias;
e) copyrights, patentes e outros direitos de propriedade industrial, direitos de serviços e operacionais;
f) receitas, fórmulas, modelos, conceções e protótipos; e
g) ativos intangíveis em desenvolvimento.
As classes mencionadas acima são desagregadas (agregadas) em classes mais pequenas (maiores) se isto resultar em informação
mais relevante para os utentes das demonstrações financeiras.
120. Uma entidade deve divulgar informação sobre ativos intangíveis com imparidade de acordo com a IAS 36 adicionalmente à
informação exigida pelo parágrafo 118.e)iii)-v).
121. A IAS 8 exige de uma entidade a divulgação da natureza e da quantia de uma alteração numa estimativa contabilística que tenha
um efeito material no período corrente ou que se espere que venha a ter um efeito material nos períodos posteriores. Tais divulgações
podem surgir de alterações:
a) na avaliação da vida útil de um ativo intangível;
b) no método de amortização; ou
c) em valores residuais.
122. Uma entidade deve também divulgar:

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NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 38
Ativos Intangíveis

a) para um ativo intangível avaliado como tendo uma vida útil indefinida, a quantia escriturada desse ativo e as razões que apoiam a
avaliação de uma vida útil indefinida. Ao apresentar estas razões, a entidade deve descrever o(s) fator(es) que desempenhou(aram)
um papel significativo na determinação de que o ativo tem uma vida útil indefinida;
b) uma descrição, a quantia escriturada e o período de amortização restante de qualquer ativo intangível individual que seja material
para as demonstrações financeiras da entidade;
c) para os ativos intangíveis adquiridos por meio de um subsídio governamental e inicialmente reconhecidos pelo justo valor (ver
parágrafo 44.):
i) o justo valor inicialmente reconhecido para estes ativos,
ii) a sua quantia escriturada, e
iii) se são mensurados após o reconhecimento segundo o modelo de custo ou o modelo de revalorização;
d) a existência e as quantias escrituradas de ativos intangíveis cuja titularidade esteja restringida e as quantias escrituradas de ativos
intangíveis dados como garantia de passivos;
e) a quantia de compromissos contratuais para aquisição de ativos intangíveis.
123. Quando uma entidade descrever o(s) fator(es) que desempenhou(aram) um papel significativo na determinação de que a vida
útil de um ativo intangível é indefinida, a entidade considera a lista de fatores do parágrafo 90.

Ativos intangíveis mensurados após reconhecimento usando o modelo de


revalorização
124. Se ativos intangíveis forem contabilizados por quantias revalorizadas, uma entidade deve divulgar o seguinte:
a) por classe de ativos intangíveis:
i) a data de eficácia da revalorização;
ii) a quantia escriturada de ativos intangíveis revalorizados; e
iii) a quantia escriturada que teria sido reconhecida se a classe revalorizada de ativos intangíveis tivesse sido mensurada após o
reconhecimento usando o modelo de custo no parágrafo 74; e
b) a quantia do excedente de revalorização relacionada com ativos intangíveis no início e no final do período, indicando as alterações
durante o período e quaisquer restrições na distribuição do saldo aos acionistas.
c) [suprimida]
125. Pode ser necessário agregar as classes de ativos revalorizados em classes maiores para finalidades de divulgação. Porém, as
classes não são agregadas se isto resultar na combinação de uma classe de ativos intangíveis que inclua quantias mensuradas tanto
segundo o modelo de custo como o de revalorização.

Dispêndios de pesquisa e desenvolvimento


126. Uma entidade deve divulgar a quantia agregada do dispêndio de pesquisa e desenvolvimento reconhecido como um gasto
durante o período.
127. O dispêndio com pesquisa e desenvolvimento compreende todo o dispêndio que seja diretamente atribuível a atividades de
pesquisa ou desenvolvimento (ver parágrafos 66. e 67. para orientação sobre o tipo de dispêndio a incluir para a finalidade do requisito
de divulgação no parágrafo 126.).

Outras informações
128. Uma entidade é encorajada, mas não se lhe exige, a divulgar a informação seguinte:
a) uma descrição de qualquer ativo intangível inteiramente amortizado que ainda esteja em uso; e
b) uma breve descrição de ativos intangíveis significativos controlados pela entidade mas não reconhecidos como ativos porque não
satisfazem os critérios de reconhecimento desta Norma ou porque foram adquiridos ou gerados antes de a versão da IAS 38 Ativos
Intangíveis emitida em 1998 ter entrado em vigor.

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E DATA DE EFICÁCIA


130. Uma entidade deve aplicar esta Norma:
a) à contabilização de ativos intangíveis adquiridos em concentrações de atividades empresariais para as quais a data de acordo seja
em ou após 31 de março de 2004; e
b) à contabilização de todos os outros ativos intangíveis prospectivamente a partir do início do primeiro período anual com início em
ou após 31 de março de 2004. Assim, a entidade não deve ajustar a quantia escriturada dos ativos intangíveis reconhecidos nessa
data. Contudo, a entidade deve, nessa data, aplicar esta Norma para reavaliar as vidas úteis desses ativos intangíveis. Se, como
resultado dessa reavaliação, a entidade alterar a sua avaliação da vida útil de um ativo, essa alteração deve ser contabilizada como
alteração numa estimativa contabilística de acordo com a IAS 8.
130.A. As entidades deverão aplicar as emendas do parágrafo 2. aos períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2006.
Se uma entidade aplicar a IFRS 6 a um período anterior, essas emendas deverão ser aplicadas a esse período anterior.

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NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 38
Ativos Intangíveis

130.B. A IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada nas IFRS.
Além disso, emendou os parágrafos 85, 86 e 118(e)(iii). Uma entidade deve aplicar estas emendas aos períodos anuais com início
em ou após 1 de janeiro de 2009. Se uma entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a um período anterior, as emendas deverão ser
aplicadas a esse período anterior.
130.C. A IFRS 3 (conforme revista em 2008) emendou os parágrafos 12, 33–35, 68, 69, 94 e 130, eliminou os parágrafos 38 e 129 e
adicionou o parágrafo 115A. O documento Melhoramentos Introduzidos nas IFRS emitido em abril de 2009 emendou os parágrafos
36 e 37. Uma entidade deve aplicar estas emendas prospectivamente aos períodos anuais com início em ou após 1 de julho de 2009.
Portanto, as quantias reconhecidas de ativos intangíveis e goodwill relativos a concentrações de atividades empresariais anteriores
não devem ser ajustadas. Se uma entidade aplicar a IFRS 3 (revista em 2008) a um período anterior, deve aplicar as emendas a esse
período anterior e divulgar esse facto.
130.D. Os parágrafos 69, 70 e 98 foram alterados e o parágrafo 69A foi adicionado com base no documento Melhoramentos
introduzidos nas IFRS, emitido em maio de 2008. Uma entidade deve aplicar estas emendas aos períodos anuais com início em ou
após 1 de janeiro de 2009. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar as emendas a um período anterior, deve
divulgar esse facto.
130.F. A IFRS 10 e a IFRS 11 Acordos Conjuntos, emitidas em maio de 2011, emendara o parágrafo 3(e). Uma entidade deve aplicar
estas emendas ao aplicar a IFRS 10 e a IFRS 11.
130.G. A IFRS 13, emitida em maio de 2011, emendou os parágrafos 8, 33, 47, 50, 75, 78, 82, 84, 100 e 124 e suprimiu os parágrafos
39-41 e 130E. Uma entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar a IFRS 13.
130.H. O documento Melhoramentos anuais das IFRS — Ciclo 2010-2012, emitido em dezembro de 2013, emendou o parágrafo 80.
Uma entidade deve aplicar esta emenda aos períodos anuais com início em ou após 1 de julho de 2014. É permitida a aplicação mais
cedo. Se uma entidade aplicar a emenda a um período anterior, deve divulgar esse facto.
130.I. Uma entidade deve aplicar as emendas efetuadas pelo documento Melhoramentos anuais das IFRS — Ciclo 2010-2012 a todas
as revalorizações reconhecidas nos períodos anuais com início em ou após a data de aplicação inicial dessas emendas e no período
anual imediatamente anterior. Uma entidade pode também apresentar informação comparativa ajustada para quaisquer períodos
anteriores apresentados, mas não é obrigada a fazê-lo. Se uma entidade apresentar informação comparativa não ajustada
relativamente a quaisquer períodos anteriores, deve identificar claramente as informações que não foram ajustadas, declarar que as
mesmas foram apresentadas segundo uma base diferente e explicar essa base.
130.J. A Clarificação dos métodos aceitáveis de depreciação e amortização (Emendas às IAS 16 e IAS 38), emitida em maio de 2014,
emendou os parágrafos 92 e 98 e acrescentou os parágrafos 98A–98C. Uma entidade deve aplicar estas emendas prospectivamente
aos períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2016. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar essas
emendas a um período anterior, deve divulgar esse facto.
130.K. A IFRS 15 Rédito de Contratos com Clientes, emitida em maio de 2014, emendou os parágrafos 3, 114 e 116. As entidades
devem aplicar estas emendas quando aplicarem a IFRS 15.
130.L. A IFRS 16, emitida em janeiro de 2016, emendou os parágrafos 3, 6, 113 e 114. As entidades devem aplicar estas emendas
quando aplicarem a IFRS 16.
130M A IFRS 17, emitida em maio de 2017, alterou o parágrafo 3. Emendas à IFRS 17, emitidas em junho de 2020, voltaram a
emendar o parágrafo 3. Uma entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar a IFRS 17.

Trocas de ativos semelhantes


131. O requisito dos parágrafos 129. e 130.b) relativo à aplicação prospectiva desta Norma significa que se uma troca de ativos for
mensurada antes da data de eficácia desta Norma com base na quantia escriturada do ativo cedido, a entidade não reexpressa a
quantia escriturada do ativo adquirido para refletir o seu justo valor na data da aquisição.

Aplicação antecipada
132. As entidades às quais se aplica o parágrafo 130. são encorajadas a aplicar os requisitos desta Norma antes das datas de eficácia
especificadas no parágrafo 130. Contudo, se uma entidade aplicar esta Norma antes dessas datas de eficácia, deve também aplicar
a IFRS 3 e a IAS 36 (tal como revista em 2004) ao mesmo tempo.

RETIRADA DA IAS 38 (EMITIDA EM 1998)


133. Esta Norma substitui a IAS 38 Ativos Intangíveis (emitida em 1998).

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