Mercados Financeiros
Mercados Financeiros
Mercados Financeiros
Introdução
1.2. Objetivos
1.2.1.Objectivo Geral
1.3.1. Problema
1.3.2 justificativa
Embora não pareça intuitivo, muitos de nós emprestamos dinheiro em algum momento, seja
por meio de depósitos bancários, contribuições a um plano de previdência, pagamento de
seguro viagem ou investimentos em algum título.
Conhecidas pelo termo unidades deficitárias, são aquelas que tomam empréstimos junto aos
bancos, adquirem bens financiados, buscam fundos para iniciar um empreendimento ou
levantam recursos para capital de giro.
Por intermédio das definições dessas duas unidades, podemos perceber a ação de pessoas
físicas, empresas e governos, os quais, apesar de utilizarem instrumentos diferentes, operam
fundamentalmente da mesma forma.
2. Revisão da Literatura
2.1. Conceitos
Erros Roberto Grau (2006) entende que mercados são instituições jurídicas deixando de
significar exclusivamente o lugar onde são praticados relações de troca passando também a
expressar um projeto político, como princípio de organização social.
Mercado de câmbio são negociados activos financeiros (não todos da mesma moeda) com
vencimento determinado, cujos papéis em uma determinada moeda podem ser negociados
contra papéis em outra moeda.
Permutas de liquidez;
MAIBOR – Maputo Inter-Bank Offered Rate - Taxa de juro média do Mercado Monetário
Interbancário na praça de Maputo, calculada na base das cotações “Offer” das instituições
subscritoras do Acordo de Adesão à utilização da MAIBOR para os prazos que variam entre
1 dia a 365 dias;
Cedência de liquidez;
Taxas de juros média mensais
Facilidades Permanentes ( de cedência – FPC e de depósito – FPD)
No Mercado de Capitais são realizadas usualmente operações de médio e longo prazo, sendo
que os principais títulos negociados são as ações (representam parte do capital das empresas),
as debêntures e os bônus de subscrição, dentre outros.
É nele onde empresas que precisam de recursos conseguem financiamento, por meio da
emissão de títulos, vendidos directamente aos poupadores/investidores, sem intermediação
bancária. Dessa forma, os investidores acabam emprestando o dinheiro de sua poupança às
empresas, também sem a intermediação bancária.
O repasse dos recursos de poupadores/investidores às empresas pode ser feito de duas formas:
Dívida/ Obrigações: Os investidores compram títulos emitidos pelas empresas que precisam
de dinheiro. Esses títulos dão aos investidores o direito de receber a quantia emprestada, mais
juros previamente determinados. Os títulos são chamados de títulos de dívida e esse mercado é
conhecido como Mercado de renda fixa.
Acções: Os investidores compram títullos emitidos por empresas no entanto os mesmos não
garantem remuneração fixa aos investidores. A remuneração dos títulos são os dividendos -
parte do lucro que uma empresa de capital aberto distribui entre seus accionistas. Os
investidores tornam-se sócios da empresa. Esses títulos são chamados acções e o mercado é
conhecido como Mercado de renda variável
Para o investidor é vantajoso, pois ele pode desfazer-se do título a qualquer momento, o que
não seria possível num empréstimo tradicional. Ou seja, se o investidor mudar de opinião
quanto ao risco de investir em determinada empresa, pode vender os títulos no mercado. Essa
liquidez (facilidade de compra e de venda) reduz o seu risco de perda. Assim, o mercado de
capitais faz com que o repasse de recursos dos poupadores às empresas seja mais interessante
para ambas as partes.
2.3.1.2. Mercado de renda variável (Acções)
Acções são menores parcelas do capital de uma empresa, títulos que não garantem
remuneração predeterminada aos investidores. Como parte do capital de uma empresa, têm
sua remuneração determinada pela capacidade da empresa em gerar lucro.
Os detentores de acções são sócios da empresa e, como tal, correm o risco de sucesso ou
fracasso das estratégias adoptadas pela mesma. Se o investidor mudar de opinião quanto à
capacidade da empresa em conseguir lucro no mercado, pode comprar ou vender os papéis.
Essa negociação é feita na Bolsa de Valores, um mercado livre e aberto. O funcionamento desse
mercado é regulado pela Comissão de Valores Mobiliários, cujo objectivo é garantir
transparência nos negócios realizados em bolsa e das informações fornecidas pelas empresas.
A Bolsa de Valores faz com que as necessidades de financiamento do Estado e das Empresas
sejam satisfeitas pelos Investidores, através da captação das suas poupanças na compra de
produtos do mercado de capitais (acções, obrigações e outros títulos).
Com vista ao cumprimento de um dos objectivos da sua política económica, o desenvolvimento
do Mercado de Capitais, o Governo criou a Bolsa de Valores de Moçambique em 1998, tendo
arrancado no ano seguinte, com o objectivo de:
✓ Diversificar as alternativas de financiamento;
✓ Promover a captação da poupança;
✓ Direccionar a conversão da poupança em investimento produtivo.
2.3.1.4.TIPOS DE ACÇÃO
Acção ordinária
Em conjunto, são unidades de que se constitui a propriedade ou o património de uma
sociedade anónima. Os que possuem essas acções esperam obter retorno na forma de
dividendos (distribuição periódica de lucros) ou mediante ganhos que decorrem da valorização
da acção.
Essas acções conferem a seu detentor, chamado de accionista, o direito de voto nas
assembléias da empresa, onde são definidas as estratégias de negócios, escolhidos os
conselheiros e os directores da empresa. Os dividendos (parte do lucro que a empresa distribui
entre seus accionistas) podem não ser prioritários para esse tipo de acção.
Acção preferencial
É uma forma especial de propriedade, com direito a dividendos periódicos fixos, pagos antes
que se realize qualquer destinação de dividendos aos que possuem acções ordinárias.
Por um lado, apesar do accionista não participar das decisões estratégicas da empresa, tem
prioridade no recebimento de dividendos, por outro, em situações em que a empresa entra em
processo de falência ou de dissolução, esse accionista tem prioridade no recebimento dos
recursos oriundos da venda dos activos da empresa. As acções preferenciais são as mais
procuradas por investidores, apresentando maior liquidez (facilidade de compra e de venda no
mercado). Por isso, é comum as acções preferenciais terem preço superior ao das ordinárias.
O preço das acções está directamente relacionado à procura e à oferta. Quando as perspectivas
de crescimento dos lucros de uma empresa aumentam, ampliando suas chances de valorização
no mercado, a procura pelas acções da empresa também cresce e, consequentemente, seu
preço.
2.3.2. Mercado Cambial
No mercado de câmbio são negociados activos financeiros (não todos da mesma moeda) com
vencimento determinado, cujos papéis em uma determinada moeda podem ser negociados
contra papéis em outra moeda. Esse mercado existe porque as nações querem manter seu
direito soberano de ter e controlar suas moedas próprias.
Temos como tipos de mercado cambial: o mercado à vista, a termo/futuro e de opções.
Taxa de câmbio - é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias
de outra moeda.
A taxa de câmbio pode ser definida em termos directos (ao incerto) ou em termos indirectos
(ao certo). Está definida em termos directos quando exprime o preço de uma unidade
monetária estrangeira em unidades monetárias de moeda nacional (exemplo: a taxa de câmbio
ZAR/MZN está definida de forma directa para os habitantes de Moçambique; ou está definida
de forma indirecta para os habitantes da África do Sul).
A taxa de câmbio está definida de forma indirecta quando exprime o preço de uma unidade
monetária de moeda nacional em unidades monetárias de moeda estrangeira (exemplo: taxa
de câmbio MT/ZAR está definida em termos indirectos para os habitantes de Moz, pois exprime
o preço de 1 unidade monetária nacional, o Metical, em unidades monetárias de moeda
estrangeira, o Rand).
A taxa de câmbio reflecte, assim, o custo de uma moeda em relação a outra, dividindo-se em
taxa de venda e taxa de compra. Pensando sempre do ponto de vista do banco (ou outro
agente autorizado a operar pelo Banco Central), a taxa de venda é o preço que o banco cobra
para vender a moeda estrangeira (a um importador, por exemplo), enquanto a taxa de compra
reflecte o preço que o banco aceita pagar pela moeda estrangeira que lhe é ofertada (por um
exportador, por exemplo).
Moçambique adoptou o regime de taxas de câmbio livres. A compra e venda de moeda externa
pode ser implementada pelas entidades licenciadas para o exercício de comércio de câmbios,
nomeadamente, os bancos comerciais, casas de câmbios e unidades hoteleiras (exercício
parcial de câmbios). As entidades cambiais são independentes na determinação das taxas de
câmbio para as operações que realizam com os clientes.
O Banco de Moçambique (BM) difunde diariamente as taxas de câmbio médias do mercado
cambial, que se apresentam apenas como referência, e a taxa de câmbio do BM.
A taxa de câmbio do mercado cambial é a média geométrica das operações de compra e venda
no mercado cambial, calculadas pelo Banco de Moçambique – Departamento de Estrangeiro,
com base nas transacções do mercado cambial do dia anterior. São difundidas taxas diárias do
metical de Moçambique, ao dólarnorte americano e ao rand da África do Sul (as moedas
estrangeiras mais representativas no mercado cambial).
Na determinação da taxa de referência toma-se em consideração as operações ocorridas nos
mercados cambiais das Províncias de Maputo, Sofala, Zambézia e Nampula. O período de
referência para o cálculo da taxa de câmbio do dia vai das 12h de um dia até as 12h do dia
seguinte.
A taxa de câmbio do Banco de Moçambique (taxa de câmbio oficial ) toma em consideração a
taxa de câmbio de compra vigente no mercado e é igual ao rácio entre a soma das taxas de
câmbio praticadas ponderadas pelos respectivos volumes transaccionados e o total dos
montantes transaccionados. Esta taxa de câmbio é usada para propósitos de operações do
próprio Banco de Moçambique, de contabilidade e nas operações com o tesouro.
Para o apuramento da taxa de câmbio oficial, o Banco de Moçambique – Departamento de
Estrangeiro obtém os reportes estatísticos cambiais de compra e venda que os bancos
comerciais e as casas de câmbio produzem.
Periodicidade: Diária
Prazo de Difusão: Para os bancos comerciais as taxas de câmbio são difundidas no fim do dia
(17h). O público tem acesso às taxas de câmbio através dos meios de comunicação social
(jornal) no dia imediatamente seguinte. Mensalmente, as taxas de câmbio são divulgadas
através da internet no website do Banco de Moçambique e trimestralmente no Boletim
Estatístico.
São títulos de dívida pública de curto prazo que têm como objectivo financiar os déficits de
tesouraria do Estado, permitindo um aperfeiçoamento da gestão da dívida pública.
Estes, são emitidos pelo organismo do Estado que tem a seu cargo a gestão da dívida pública e
são colocados no sistema bancário através do Banco Central.
É o preço pago para tomar capitais de empréstimo, enquanto, no caso do capital social, os
investidores esperam receber dividendos e ganhos de capital.
Preferências pelo consumo – podem preferir por consumo imediato ou poupança para
consumo futuro;
Os avanços na desdolarização.
3.Metodologia
Demo (1985) citado por Guaimbê (2011), "considera que a metodologia trata das formas de se
fazer ciência, cuida dos procedimentos, das ferramentas e dos caminhos para atingir a
realidade teórica e prática, pois essa é a finalidade da ciência". Para materialização da presente
pesquisa foi usada a pesquisa bibliográfica feita apartir de referência teóricas analisadas e
publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros artigos científicos páginas de websites.
Qualquer trabalho científico inicia se com a pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador
conhecer o que já se estudou sobre o assunto (Chizzotti, 2006, p.32).
4. Conclusão
GRA, Erros Roberto. A ordem económica na constituição de 1988. 11°. Ed. São Paulo: Malheiros
Editores, 2006.p.30.
KUMPEL, Siegfried. Direito do mercado de capitais do ponto de vista do direito europeu, alemão
e brasileiro, Rio de Janeiro: Renovar 2007.p.43.
Estrutura de capital
De forma básica, uma empresa é composta por duas variações de capital: o capital oriundo do
investimento dos sócios (o capital social) e o capital oriundo de terceiros (como as dívidas e
financiamentos). Cada um deles possui as suas próprias características, assim como um custo,
tributos e disponibilidade distintas.
A estrutura de capital pode ser encontrada no próprio Balanço patrimonial da empresa, com a
somatória do capital social e do passivo não-circulante (conforme a descrição contábil mais
aceita). Ela pode variar de acordo com os atributos da organização (tamanho, lucratividade,
entre outros).
Na prática, isso garante que cada uma possa compor a sua própria estrutura de capital de
forma personalizada, usando mais ou menos capital próprio (ou de terceiros) para viabilizar as
atividades empresariais.
Isso mesmo: a estrutura de capital também faz parte das estratégias de uma companhia.
Estrutura de capital é composta basicamente por duas categorias: o capital próprio e o capital
de terceiros.
O capital próprio é o montante total que cada um dos sócios investe no negócio ao dar início ao
negócio. Não possui um valor padrão definido por meio legal, o que significa que quem
contribui na sociedade deve estabelecer (de acordo com a necessidade de capital de giro,
projeção de receitas e custos fixos e variáveis) qual deve ser o valor final.
O capital próprio é uma fonte padrão: Diferentemente das dívidas, não há como os acionistas
não o formarem, de modo que deve constar previamente no estatuto social da empresa
(podendo ser aumentado ou diminuído legalmente caso haja necessidade).
Falando nele, o capital de terceiros (também chamado de capital de fonte externa) é aquele
que a companhia capta nos bancos públicos ou comerciais, através de empréstimos e
financiamentos. Como qualquer capitalização, a empresa paga juros sobre esse dinheiro,
conferindo o lucro ao credor.
Uma das suas principais vantagens está no fato de que esse capital auxilia na redução do
Imposto de Renda a ser recolhido, quando substitui parte do capital próprio como viabilizador
financeiro.
Levando em conta essas duas opções, a estrutura de capital é planejada, criada e alterada. Para
tanto, é necessário que os administradores levem em conta tanto os planos internos
(expansões, funções etc) como o contexto econômico (em especial a alta ou a queda dos juros
que interferem no "valor" do dinheiro). Somente assim eles serão capazes de encontrar o
arranjo que mais favorece a realização dos seus objetivos organizacionais.
Além das características intrínsecas do capital, que detalhamos acima, as condições internas da
organização também interferem na escolha por essa ou aquela fonte de recursos.
Considerando cada um desses aspectos (e de forma essencial, o seu acesso às linhas de crédito
baratas por conta deles), a estrutura de capital ideal pode ser parcial ou completamente
alterada