Violência Obstétrica

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VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

EPIDEMIOLOGIA

 A prevalência de violência obstétrica (VO) tem variado entre 18,3% a


44,3%, segundo estudos de base populacional realizados no Brasil;
 Na última década, o interesse por essa forma de violência contra a
mulher tem crescido devido, principalmente, ao movimento feminista.
O QUE É VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA?

 A violência obstétrica atinge diretamente as mulheres e pode ocorrer durante


a gestação, parto e pós-parto. É o desrespeito à mulher, à sua autonomia, ao
seu corpo e aos seus processos reprodutivos, podendo manifestar-se por meio
de violência verbal, física ou sexual e pela adoção de intervenções e
procedimentos desnecessários e/ou sem evidências científicas. Afeta
negativamente a qualidade de vida das mulheres, ocasionando abalos
emocionais, traumas, depressão, dificuldades na vida sexual, entre outros.
QUEM PODE PRATICAR A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
CONTRA A MULHER?

A violência obstétrica é praticada por


quem realiza a assistência obstétrica.
Médicos(as), enfermeiros(as),
técnicos(as) em enfermagem, obstetrizes
ou qualquer outro profissional que preste
em algum momento esse tipo de
assistência pode ser autor da mencionada
violência.
ALGUNS EXEMPLOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA:

 Xingamentos, humilhações, comentários constrangedores em razão da cor, da


raça, da etnia, da religião, da orientação sexual, da idade, da classe social, do
número de filhos etc.;
 Episiotomia (“pique” no parto vaginal) sem necessidade, sem anestesia ou sem
informar à mulher;
 Ocitocina (“sorinho”) sem necessidade;
 Manobra de Kristeller (pressão sobre a barriga da mulher para empurrar o bebê);
ALGUNS EXEMPLOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA:

 Lavagem intestinal durante o trabalho de parto;


 Raspagem dos pelos pubianos;
 Amarrar a mulher durante o parto ou impedi-la de se movimentar;
 Não permitir que a mulher escolha sua posição de parto, obrigando-a a parir
deitada com a barriga para cima e pernas levantadas;
 Impedir a mulher de se alimentar e beber água durante o trabalho de parto;
 Negar anestesia, inclusive no parto normal;
ALGUNS EXEMPLOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA:

 Toques realizados muitas vezes, por mais de uma pessoa, sem o esclarecimento e
consentimento da mulher;
 Dificultar o aleitamento materno na primeira hora;
 Impedir o contato imediato, pele a pele do bebê com a mãe, após o nascimento
sem motivo esclarecido à mulher;
 Proibir o acompanhante que é de escolha livre da mulher;
 Cirurgia cesariana desnecessária e sem informar à mulher sobre seus riscos.
PARTO HUMANIZADO

 O parto humanizado acontece quando a mulher não é submetida a violências,


nenhum procedimento é rotineiro, as intervenções acontecem somente quando
necessárias e a mulher participa das decisões em parceria com os profissionais que
a assistem. A assistência humanizada pode acontecer tanto no parto vaginal,
quanto na cirurgia cesariana, seja em casa ou no hospital.
FIQUE ATENTA AOS DIREITOS QUE NEM TODO
MUNDO SABE!

 Lei do vínculo à maternidade – lei nº 11.634/2007;


 Lei do direito ao acompanhante – lei nº 11.108/2005.

A MULHER TEM DIREITO DE


ESTAR ACOMPANHADA DURANTE
O TRABALHO DE PARTO, PARTO E
PÓS-PARTO IMEDIATO.
QUAL O PAPEL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE?

 O MINISTÉRIO DA SAÚDE é o órgão que define os protocolos e os


procedimentos a serem utilizados nos estabelecimentos de saúde, PÚBLICOS OU
PRIVADOS.
 O MINISTÉRIO DA SAÚDE reconhece como direito da mulher um atendimento
justo e humanizado desde o início da gestação até o nascimento da criança.
Violência Obstétrica: como se prevenir

 Visite a maternidade/hospital antes do parto;


 Entregue (protocole) na maternidade/hospital, com antecedência, seu plano de
parto, que é um documento com indicações daquilo que a mulher deseja para o
seu parto recomendado pela Organização Mundial da Saúde;
 Tenha sempre um(a) acompanhante, pois a presença de outra pessoa, sem
dúvidas, previne a violência obstétrica.
REFERÊNCIAS
Lei n. 11.108, de 7 de abril de 2005. (2005). Altera a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, para
garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e
pós-parto imediato, no âmbito do SUS. Brasília, DF: Presidência da República.

Ministério da Saúde. (2018). Núcleo Técnico da Política Nacional de


Humanização. HumanizaSUS: Documento base para gestores e trabalhadores do SUS Brasília, DF:
Autor. Acesso em 26 de julho, 2016.

Ministério da Saúde. (2015). Diretrizes de Atenção à Gestante: a operação cesariana Comissão


Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) - Brasília, DF: Autor, Acesso em 15
de agosto, 2015, em Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) -
Brasília, DF.

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