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Texto 1

O parto é um momento muito importante para a mulher, algo que vai ser lembrado por toda a
vida. Para um número muito grande de mulheres estas lembranças não são as que elas
gostariam de ter. De acordo com uma ampla pesquisa, desenvolvida pela Fundação Perseu
Abramo e pelo Sesc, aproximadamente uma em quatro mulheres no Brasil sofreu com algum
tipo de violência durante o parto. A denominação para os maus- tratos, abusos e desrespeito
sofrido por essas mulheres é violência obstétrica.

“Quando o médico chegou ao hospital, ele detectou que ainda faltava um pouco de dilatação e
a partir daí ele começou a fazer intervenção atrás de intervenção. Ele forçou o períneo, me
levou para o centro obstétrico sem me consultar, eu não fui ouvida”, essa é uma parte
do relato de Camila Postigo dos Santos, ela sofreu violência obstétrica.

O diálogo claro e aberto sobre esse tema é importante para que sejam desenvolvidos cada vez
melhores mecanismos para a sua prevenção.

https://www.politize.com.br/violencia-obstetrica/

 Texto 2

O QUE É VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA?

 A violência obstétrica atinge diretamente as mulheres e pode ocorrer durante a gestação, parto
e pós-parto. É o desrespeito à mulher, à sua autonomia, ao seu corpo e aos seus processos
reprodutivos, podendo manifestar-se por meio de violência verbal, física ou sexual e pela
adoção de intervenções e procedimentos desnecessários e/ou sem evidências científicas.
Afeta negativamente a qualidade de vida das mulheres, ocasionando abalos emocionais,
traumas, depressão, dificuldades na vida sexual, entre outros.

QUEM PODE PRATICAR A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA CONTRA A MULHER?

A violência obstétrica é praticada por quem realiza a assistência obstétrica. Médicos(as),


enfermeiros(as), técnicos(as) em enfermagem, obstetrizes ou qualquer outro profissional que
preste em algum momento esse tipo de assistência pode ser autor da mencionada violência.

ALGUNS EXEMPLOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA:

• xingamentos, humilhações, comentários constrangedores em razão da cor, da raça, da etnia,


da religião, da orientação sexual, da idade, da classe social, do número de filhos etc.;

• episiotomia (“pique” no parto vaginal) sem necessidade, sem anestesia ou sem informar à
mulher;

• ocitocina (“sorinho”) sem necessidade;


• manobra de Kristeller (pressão sobre a barriga da mulher para empurrar o bebê);

• lavagem intestinal durante o trabalho de parto;

• raspagem dos pelos pubianos;

• amarrar a mulher durante o parto ou impedi-la de se movimentar;

• não permitir que a mulher escolha sua posição de parto, obrigando-a a parir deitada com a
barriga para cima e pernas levantadas;

• impedir a mulher de se alimentar e beber água durante o trabalho de parto;

• negar anestesia, inclusive no parto normal;

• toques realizados muitas vezes, por mais de uma pessoa, sem o esclarecimento e
consentimento da mulher;

• dificultar o aleitamento materno na primeira hora;

• Impedir o contato imediato, pele a pele do bebê com a mãe, após o nascimento sem motivo
esclarecido à mulher;

• proibir o acompanhante que é de escolha livre da mulher;

• cirurgia cesariana desnecessária e sem informar à mulher sobre seus riscos

PARTO HUMANIZADO

O parto humanizado acontece quando a mulher não é submetida a violências, nenhum


procedimento é rotineiro, as intervenções acontecem somente quando necessárias e a mulher
participa das decisões em parceria com os profissionais que a assistem. A assistência
humanizada pode acontecer tanto no parto vaginal, quanto na cirurgia cesariana, seja em casa
ou no hospital.

FIQUE ATENTA AOS DIREITOS QUE NEM TODO MUNDO SABE!

# Pela lei do vínculo à maternidade, a gestante tem o direito de saber, desde o ato da sua
inscrição no programa de assistência pré-natal, em qual maternidade realizará o parto e será
atendida nos casos de intercorrência. (Lei do vínculo à maternidade – lei nº 11.634/2007.

 # A lei do direito ao acompanhante, em vigor desde 2005, diz que a gestante tem o direito de
ser acompanhada por pessoa de sua escolha durante sua permanência no estabelecimento de
saúde. (Lei do direito ao acompanhante – lei nº 11.108/2005

(Campanha da Secretaria do Estado de Saúde do Mato Grosso do Sul, disponível em


https://www.as.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2021/06/livreto_violencia_obstetrica-2-
1.pdf)
 Texto 3

Direito ao próprio corpo vivo

O princípio geral é de que ninguém pode ser constrangido à invasão de seu corpo contra sua
vontade. Diz o artigo 15:

Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a
intervenção cirúrgica.

(https://medium.com/anotações-de-direito/direito-ao-próprio-corpo-
57637685ced9#:~:text=Direito%20ao%20próprio%20corpo%20vivo,médico%20ou%20a%20inter
venção%20cirúrgico)

Texto 4

https://apublica.org/wp-content/uploads/2013/03/grafico2_d.jpg

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da
língua portuguesa sobre o tema “Violência obstetrícia: como garantir o parto humanizado no
Brasil ”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu
ponto de vista.

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