Documento Orientador Pra Supervisores V REV 26-11-2024
Documento Orientador Pra Supervisores V REV 26-11-2024
Documento Orientador Pra Supervisores V REV 26-11-2024
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Superior
Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Coordenação Geral de Expansão e Gestão da Educação em Saúde
Brasília
2024
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LISTA DE SIGLAS
AB – Atenção Básica
ACS – Agente comunitário de saúde
AIMEC – Apoiador Institucional do Ministério da Educação
APS - Atenção Primária à Saúde
eAP – Equipe de Atenção Primária
e-Multi - Equipe Multiprofissional na Atenção Primária à Saúde
eSB – Equipe de Saúde Bucal
eSF – Equipe de Saúde da Família
ESF – Estratégia Saúde da Família
GM – Gabinete da Ministra
IAD – Instrumento de Avaliação de Desempenho
MEC - Ministério da Educação
MS – Ministério da Saúde
PMMB – Projeto Mais Médicos para o Brasil
PNAB - Política Nacional da Atenção Básica
RAS – Rede de Atenção à Saúde
SAPS – Secretaria de Atenção Primária à Saúde
SF – Saúde da Família
SGP - Sistema de Gerenciamento de Programas
SUS – Sistema Único de Saúde
USF – Unidade de Saúde da Família
UBS – Unidade Básica de Saúde
UF – Unidade da Federação
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Sumário
Apresentação ....................................................................................................................................3
Justificativa .........................................................................................................................................4
I. Orientações gerais para avaliação de desempenho do médico participante
.................................................................................................................................................................6
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APRESENTAÇÃO
O Ministério da Saúde (MS), através do seu Departamento Apoio a Gestão da Atenção Primária
à Saúde (DGAPS/MS), vêm trabalhando a execução da gestão pública da Atenção Primária à Saúde com
base em ações de monitoramento, avaliação de processos formativos e resultados em saúde, voltados
para a melhoria da saúde da sociedade brasileira. Dentro dessa prerrogativa gerencial, o Projeto Mais
Médicos para o Brasil (PMMB) é parte de um amplo esforço do Governo Federal, em parceria com o
Ministério da Educação (MEC), por meio da Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
(DDES/MEC), com apoio de estados e municípios, para a ampliação e qualificação do atendimento aos
usuários do SUS.
O PMMB é uma das principais estratégias do MS para o fortalecimento da Atenção Primária à
Saúde (APS) no país e servindo, também, como indutor de mudanças nos processos de trabalho e
modos de funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF),
através do provimento e formação contínua de médicos(as) lotados em milhares de municípios do
país.
Enormes são os desafios para que possamos desenvolver uma estratégia que avalie o
desempenho e a qualidade da assistência prestada, pelos médicos participantes do PMMB, à saúde
dos indivíduos, sua família e comunidade, nos diversos contextos existentes no País. Esta avaliação
anual é obrigatória e está prevista na Lei 14.621, de 14 de julho de 2023, e na Portaria Interministerial
MS/MEC nº 604, de 15 de maio de 2023.
Neste contexto, apresentamos o Documento orientador para Avaliação de Desempenho Anual
dos médicos participantes do PMMB para o Avaliador Supervisor Acadêmico e Gestor com o objetivo
de informar e detalhar as regras e orientações de aplicação do instrumento em si, assim como
demonstrar o conjunto de ações e competências, que o MS/MEC esperam que sejam desenvolvidas e
aplicadas pelos médicos(as) participantes do PMMB em sua unidade e território de trabalho.
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JUSTIFICATIVA
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Princípios da Avaliação:
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Como a avaliação deste ano de 2024 não implicará em desligamento imediato do profissional,
não caberá recurso. Como dito anteriormente, esta avaliação tem caráter formativo (pedagógico) e
diagnóstico.
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Cada um dos Supervisores terá acesso a um IAD específico, que estará disponível no sistema
Avalia Mais Médicos. O preenchimento deve ser feito de forma individualizada para cada médico e
deve ser respondido com obrigatoriedade todos os campos.
O IAD poderá ser respondido de maneira assíncrona caso este já conheça detalhadamente o
trabalho do médico(a) OU aplicado no formato de entrevista, realizada em momento síncrono.
Ressaltando que as respostas assinaladas no IAD são decididas pelo Avaliador, que podem ou
não refletir com exatidão as respostas fornecidas pelo médico (a) participante.
Para fins de melhor preenchimento na escala, abaixo explicamos os dois conceitos do polo
“negativo”:
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Ao finalizar a avaliação ela estará disponível para o médico participante acessá-la ao final do
período de avaliação, que será informada por e-mail aos médicos avaliados.
Informe ao profissional médico (a) que sua Avaliação de Desempenho Anual estará disponível
para visualização no sistema ao final do período de aplicação do IAD.
Sendo assim, serão documentos válidos para justificar as respostas negativas: Registros dos
encontros realizados pela Supervisão com o participante no Webportfólio, Relatórios acerca de visitas
realizadas in loco, Atas de reuniões realizadas com o participante e representantes municipais e do
MS, entre outros que entender pertinentes.
Como acessar o resultado dos profissionais avaliados por mim e do meu município?
O resultado da avaliação ficará disponível no sistema “Avalia Mais Médicos”.
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Objetivo: Identificar se o(a) médico(a) desenvolve um trabalho de atenção à saúde das pessoas e
suas famílias alinhadas com o Princípios e Diretrizes do SUS:
a) Universalidade: Se trabalha com todos os ciclos de vida das pessoas (gestantes, crianças,
idosos, etc.) e com as linhas de cuidado necessárias para aquela comunidade que ele(a)
assiste.
b) Equidade: Se o profissional trabalha dando prioridade para os que mais precisam, tentando
garantir acesso ao direto à saúde, considerando suas especificidades e marcadores sociais,
raciais/étnicos.
c) Integralidade e suas dimensões: I) Se atende os usuários centrando seu cuidado nas
pessoas, fazendo uma abordagem integral do indivíduo, levando em consideração seu
contexto social, familiar e cultural e com garantia de cuidado ao longo do tempo; II) Se as
práticas de saúde são organizadas a partir da integração das ações de promoção,
prevenção, reabilitação e cura, além de III) a organização do sistema de saúde de forma a
garantir o acesso as Redes de atenção, inclusive intersetoriais, conforme as necessidades
de sua população.
d) Resolutividade: Se o(a) médico(a) e sua equipe tem a capacidade de responder às
necessidades de saúde dos usuários de forma satisfatória! Entendendo que a resolutividade
não se limita à cura de doenças, mas também ao alívio do sofrimento, à promoção,
prevenção e recuperação da saúde.
e) Controle Social: Se o(a) profissional permite e/ou estimula a participação popular no
planejamento, monitoramento e execução das ações e atividades de saúde que sua equipe
de saúde oferta para a comunidade local.
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Essa metodologia proporciona com que profissionais de saúde possam atuar concomitantemente
frente às complexidades das condições de saúde-doença das pessoas, realizando avaliações
multiprofissionais, podendo ampliar leque de diagnósticos e condutas terapêuticas, gerando maior
resolutividade no cuidado.
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Para que o atendimento seja realizado conforme preconizado, é necessário que o(a) profissional
tenha as condições adequadas de trabalho e disponibilidade de insumos, de acordo com o que está
previsto como atribuição/contrapartida da gestão de saúde.
Objetivos:
- Identificar se o(a) médico(a) possui habilidade de comunicação – verbal e não verbal - que
o(a) possibilite ter uma linguagem clara, simples e direta a ponto de ser bem
compreendido(a) por aqueles que são atendidos por ele(a), respeitando as especificidades
culturais, regionais e locais do território em que está inserido(a);
- Identificar se ele(a) utiliza usa linguagem mais acessível (palavras mais conhecidas e
populares, que tragam ideias concretas, evitando ideias abstratas, evitando termos em
outras línguas - ‘estrangeirismos’ - e evitando jargões e siglas médicas);
- Detectar se possui habilidade de comunicação que o possibilite ter estilo de linguagem que
não permita expressões que implicam ideias que são sexistas, racistas ou de outra forma
tendenciosas, preconceituosas ou discriminatórias a grupos específicos de pessoas; e, em
vez disso, usar uma linguagem destinada a não ofender, cumprindo os ideais de
igualitarismo, inclusão social e equidade.
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10. Demonstra capacidade de mediar, gerir e evitar conflitos dentro da sua equipe
(Peso 1).
Objetivo: Identificar se o(a) médico(a) se coloca proativamente para tentar interromper, amenizar
ou resolver situações de desentendimentos, confusões ou conflitos que porventura ocorram em
seu contexto de trabalho.
Nem sempre as situações conflituosas são passíveis de resolução imediata, podendo gerar
desgastes individuais ou a toda uma coletividade. Sendo assim, relações de trabalho respeitosas
certamente irão gerar um ambiente mais propício para o cuidado das pessoas e para as boas
práticas de Saúde na APS.
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V. COMPETÊNCIA ACADÊMICA
12. Demonstra capacidade de manter-se atualizado(a) utilizando diferentes
ferramentas educacionais adequadas e qualificadas, a partir do autodiagnóstico de
suas necessidades de desenvolvimento de competências (conhecimentos,
habilidades e atitudes) (Peso 1).
Objetivos:
- Identificar se o(a) médico(a) é interessados no desenvolvimento/aprimoramento das suas
competências/atribuições de cuidado de forma ampliada;
- Identificar se o(a) médico(a) usa do cotidiano de suas práticas como ponto de partida para
o aprendizado;
- Identificar se o(a) médico(a) estimula a construção crítica do saber, através do cotidiano e
educação permanente.
- Identificar se o(a) médico(a) conhece ferramentas de busca, bases de dados e bibliotecas,
referenciando sua prática em evidências?
- Identificar se o(a) médico(a) levanta questionamentos relevantes (clínicos,
epidemiológicos...), sabe encontrar informações adequadas, avaliá-las, aplicá-las, discutir
com equipe e pares e compartilhá-las.
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Segundo a Política Nacional de Atenção Básica, em seu art . 4.1 Atribuições Comuns a todos os
membros das Equipes que atuam na Atenção Básica, o parágrafo XXIII diz: “Realizar ações de
educação em saúde à população adstrita, conforme planejamento da equipe e utilizando
abordagens adequadas às necessidades deste público”; sendo assim se o(a) médico(a) realiza
palestras, rodas de conversa ou seminários nos dispositivos comunitários (escolas, igrejas,
associações locais, cooperativas de trabalhadores, praças públicas, etc.) com o intuito de realizar
educação em saúde para as pessoas de seu território de trabalho.
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
ESCORE
O cálculo da nota final da avaliação será realizado com base na média ponderada, em
que o valor de cada questão, variando de 1 (um) a 5 (cinco), será multiplicado pelo
peso correspondente, que pode ser 0,5, 1,0 ou 2,0. Após esse cálculo, os resultados
serão padronizados por meio de um ajuste de escala utilizando transformação linear,
de modo que a nota final seja ajustada para uma faixa de 0 a 10.
A nota final, que pode variar entre 15 (mínimo) e 75 (máximo), será obtida pelo
somatório das notas das questões ponderadas pelos respectivos pesos, conforme
indicado na equação abaixo:
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A nota final, que pode variar entre 15 (mínimo) e 75 (máximo), será obtida pelo
somatório das notas das questões ponderadas pelos respectivos pesos, conforme
indicado na equação abaixo:
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∑ 𝑄𝑖 × 𝑃𝑖
𝑖=1
A nota final será convertida para uma escala de 0 a 10, visando facilitar a
compreensão, por meio da seguinte transformação linear:
Exemplo
Neste momento, não haverá análise de recursos pela CCE, por se tratar de uma
avaliação diagnóstica e formativa.
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