Mo - Aula 26 - Mci Injec3a7c3a3o Motor Diesel

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MOTORES TÉRMICOS

AULA 26 – MCI: INJEÇÃO MOTOR DIESEL

PROF.: KAIO DUTRA


Requisitos do Sistema
◦No motor Diesel, o combustível deve ser
injetado diretamente na câmara de
combustão, finamente nebulizado à alta
pressão (acima de 200 bar, podendo chegar a
valores superiores a 2.000 bar), no fim
do tempo de compressão e mesmo durante o
de expansão.

Prof.: Kaio Dutra


Requisitos do Sistema
◦ Os requisitos do sistema injetor são:
◦ Dosar a quantidade correta de combustível em cada
cilindro, em função da carga e rotação desejadas.
◦ Distribuir o combustível, finamente nebulizado, para
facilitar sua mistura com o ar.
◦ Iniciar a injeção no instante correto.
◦ Injetar o combustível com a velocidade de injeção
desejada (taxa de injeção).
◦ Dosar o combustível com taxas de injeção adequadas.
◦ Finalizar a injeção instantaneamente, sem provocar
gotejamento ou pós-injeção.

Prof.: Kaio Dutra


Unidade de Comando Eletrônica
◦ O acionamento da válvula magnética das
unidades injetoras modulares é feito pela
unidade de comando eletrônica. Essa unidade
recebe todos os sinais vindos dos sensores
instalados no sistema tais como os de posição
do pedal do acelerador, de rotação e posição
do virabrequim do motor, de pressão e
temperatura do óleo e da água. Por meio de
seus mapas de calibração, define a
energização adequada da válvula magnética
de forma a promover o início e a duração da
injeção otimizada, sincronizada com a posição
do pistão do motor.
Prof.: Kaio Dutra
Bicos Injetores
◦ Os bicos injetores são componentes de extrema precisão,
responsáveis por nebulizar finamente o combustível na
câmara de combustão do motor. Quanto melhor for a
pulverização, maior será a eficiência térmica do motor.
◦ Em consequência, se obtém mais economia de combustível
com menor emissão de gases poluentes.
◦ Os bicos de pino são mais utiliza dos em motores de injeção
indireta e têm a vantagem de exigirem manutenção menos
frequentes, pois o próprio movimento do pino promove a
limpeza dos depósitos. Os bicos de agulha são utilizados em
motores de injeção direta por causa da necessidade de
melhor nebulização do combustível. Podem ser utilizados
um ou mais orifícios de pequeno diâmetro, conhecendo-se
casos de 12 furos de 0,2 a 0,3 mm.

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Configurações dos Sistemas
◦ Para atingir os requisitos, os motores Diesel utilizam um dos
seguintes
tipos de sistema de injeção:
◦ Bomba em Linha: elementos bombeadores montados conjuntamente numa
mesma estrutura que possui um eixo de ressaltos comum para seus
acionamentos.
◦ Bomba-Tubo-Bico: Elementos bombeadores associados à linha de injeção e
porta-injetor formando conjuntos completos para cada cilindro do motor,
acionados por um eixo de ressaltos comum montado no bloco do motor.
◦ Bomba-Bico: Com uma unidade integrada de elemento bombeador e bico
injetor para cada cilindro do motor, acionada por eixo de ressaltos montado
no cabeçote.
◦ Bomba distribuidora ou rotativa: com regulagem mecânica ou eletrônica
que utiliza uma bomba de um único elemento bombeador acoplado a um
sistema distribuidor rotativo para dosar o combustível para cada cilindro do
motor.
◦ Common Rail: Sistema acumulador que utiliza uma bomba única para a
compressão do combustível e elementos dosadores individuais para cada
cilindro do motor.

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Sistemas de Bomba Em Linha
◦É constituído por uma bomba
com eixo de ressaltos e um
elemento dosador para cada
cilindro. Acoplado à bomba
injetora fica o regulador de
débito e velocidade, disponível
nas versões mecânica ou
eletrônica.

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Sistemas de Bomba Em Linha
◦O regulador (2) é um componente do
sistema de injeção que regula
automaticamente as condições de injeção e
estabelece a rotação máxima de rotação do
motor, evitando a ocorrência de
sobrevelocidades. Nele são montadas as
alavancas que fazem a interface com o
operador do motor-veículo.

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Sistemas de Bomba
Em Linha
◦A bomba injetora tem a
função de acrescentar
pressão ao combustível e
enviá-lo ao injetor no
instante mais oportuno e
na quantidade desejada
para cada ciclo.

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Sistemas de Bomba Em Linha
◦O pistão tem um curso constante definido
pelo excêntrico (13). Durante o movimento
descendente do pistão da bomba, o
combustível da galeria, fornecido pela
bomba de transferência preenche o volume
formado no cilindro (4). Movido pelo
excêntrico (13), o pistão ultrapassa o orifício
de comando no cilindro (4) e estabelece o
escoamento do combustível através da
válvula (3) e do porta-válvula (1), dirigindo-o
para o injetor.
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Sistemas de Bomba Em Linha
◦Girando o pistão injetor (5) por meio da
haste de regulagem ou cremalheira (7), o
rasgo helicoidal de controle descobrirá o
orifício de comando em posições diferentes
de seu curso, variando o débito de
combustível.
◦A válvula de entrega ou de alívio de pressão
(3) tem a função de manter o condutor de
injeção cheio de combustível, de tal forma
que a injeção resulte praticamente imediata.

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Sistema modular de Bombas Individuais
◦ Os sistemas modulares de bombas
individuais controladas eletronicamente
incluem as unidades bomba-bico e
bomba-tubo-bico. Esse tipo de sistema
modular tem como vantagens a sua
construção robusta e compacta,
facilitando a obtenção de pressões de
injeção superiores a 2.000 bar.
◦ O seu circuito de alta pressão é bastante
reduzido, o que contribui para a
obtenção de uma dinâmica de injeção
mais otimizada, alta durabilidade e
menores problemas decorrentes
da contaminação do combustível.

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Unidade Injetora
Bomba-Bico
◦Trata-se de um módulo injetor de
um cilindro com bomba de alta
pressão, bico injetor e válvula
eletromagnética integrados. Sua
montagem é feita diretamente no
cabeçote sendo acionado por
meio de um balancim acionado
por um ressalto existente no eixo
de comando do motor.

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Unidade Injetora Bomba-Bico
◦ Com a válvula magnética desenergizada, o combustível
entra pelo orifício de admissão e flui através dos dutos internos
diretamente para o orifício de retorno o que possibilita o
enchimento da câmara da bomba durante o curso de retorno do
pistão impulsionado pela mola de retorno.
◦ No ciclo seguinte, com o pistão impulsionado pelo eixo de
ressaltos e seu balancim para bombear o combustível e com a
energização da válvula magnética, o circuito de retorno se fecha
e o combustível à alta pressão é bombeado ao bico. Quando a
intensidade da onda de pressão ultrapassa os valores de pré-
tensão da mola do bico, o injetor se abre e permite a
nebulização do combustível na câmara de combustão do motor.
Com a desenergização da válvula, abre-se novamente o canal de
retorno de combustível, a pressão de injeção diminui
rapidamente e a injeção se encerra.

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Unidade Injetora Bomba-Tubo-Bico
◦ Outro tipo de sistema modular de bombas
individuais por cilindro é a unidade bombeadora
tipo bomba-tubo-bico. De funcionamento
semelhante ao das unidades bomba-bico, ele se
diferencia na construção. Nesse caso, o bico e
bomba não são integrados num único
componente.
◦ Esse sistema tem a bomba de alta pressão
montada no bloco do motor, onde existe também
o eixo de comando com os ressaltos de injeção.
◦ O conjunto porta-injetor, que contem o bico
injetor, é montado numa posição centrada no
cabeçote do motor. Bomba e injetor são unidos
por um curto tubo de alta pressão.

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Sistema Distribuidor/Bomba Rotativa
◦Essas bombas compactas e
com um regulador acoplado
foram, e ainda são, utilizadas
em pequenos tratores e
motores de geradores. Sua
construção compacta e o
fato de serem lubrificadas
pelo próprio combustível
traz vantagens de custo,
porém as torna muito
sensíveis à exposição de
combustível contaminado
e/ou mal filtrado.
https://www.youtube.com/watch?v=_OFr926zdXM&t=1s

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Sistema Distribuidor/Bomba Rotativa
◦ Nessa bomba injetora, a bomba de
transferência (de palhetas) alimenta um
distribuidor constituído de um cabeçote
hidráulico por meio de uma válvula de
medição ou dosadora, que controla o
débito em função da carga desejada. O
volume existente entre os êmbolos é
alimentado por um canal do cabeçote
que, ao girar, coloca outro canal de
comunicação com os injetores de cada
cilindro; simultaneamente os êmbolos
são empurrados para o centro, pelo
anel excêntrico.

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Sistema Acumulador/Common Rail
◦ A principal vantagem é aliar alta
pressão de injeção, de mais de 2.000
bar, com a possibilidade de realizar
injeções múltiplas (pré-injeção, injeção
principal e pós injeção) e com
flexibilidade para ajustar o início de
injeção, de modo a adaptá-los a cada
regime de funcionamento do motor,
realizando essas funções com
pequenas tolerâncias e alta precisão
durante toda a vida útil.

Prof.: Kaio Dutra


Sistema Acumulador/Common Rail
◦ O processo de injeção é comandado pela
programação e mapas armazenados na
unidade eletrônica de comando (ECU) que
aciona eletricamente cada um dos injetores.
◦ No sistema de injeção Common Rail, a
produção de pressão e a injeção são
fenômenos independentes. A bomba fornece
combustível sobre pressão mesmo em baixas
rotações do motor. Por outro lado, o instante e
a quantidade de injeção são calculados na
unidade de comando eletrônico, e o
acionamento elétrico dos injetores permite
injeções com precisão, independentemente
das tolerâncias dos componentes mecânicos
do motor.

Prof.: Kaio Dutra https://www.youtube.com/watch?v=dNq8gs2Y-Y8&t=3s


Sistema Acumulador/Common Rail
Bomba de Alta Pressão
◦A bomba de alta pressão tem a função de
disponibilizar combustível suficientemente
pressurizado em todas as faixas de
funcionamento e por toda vida útil do motor.
Ela é acionada pelo motor por meio de
acoplamento, engrenagem, corrente ou
correia dentada. A sua lubrificação é feita
pelo combustível ou pelo óleo lubrificante do
motor.

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Sistema Acumulador/Common Rail
Injetor
◦ O instante do início e o volume de injeção são ajustados por
intermédio do injetor de comando elétrico. Ele substitui o
conjunto injetor (bico e porta injetor) dos sistemas
convencionais de injeção Diesel.
◦ O injetor pode ser dividido em diversos blocos de função,
injetor de orifício com agulha do injetor, sistema servo
hidráulico, válvula magnética e as ligações pertinentes e canais
de combustível.
◦ O combustível é conduzido da ligação de alta pressão (4)
através de um canal (10) para o bico, bem como através do
estrangulador de admissão (7) para a câmara de controle da
válvula (8). A câmara de controle é ligada ao retorno de
combustível (1) através do estrangulador de saída (6), que pode
ser aberto pela válvula magnética.

Prof.: Kaio Dutra


Sistema Acumulador/Common Rail
Injetor
◦ Quando o estrangulador de saída está fechado, predomina a
força hidráulica sobre o pistão de comando da válvula,
consequentemente, a agulha é pressionada no assento e veda
o canal de alta pressão em relação ao compartimento do
motor. O combustível não pode fluir para a câmara de
combustão.
◦ Na ativação da válvula magnética o estrangulador de saída é
aberto. Isso faz com que a pressão na câmara de comando da
válvula caia, diminuindo também a força hidráulica sobre o
pistão de comando da válvula. Assim que a força hidráulica se
apresenta inferior àquela sobre o estágio de pressão da agulha
do injetor, a agulha se abre para que o combustível possa
passar pelos furos de injeção para dentro da câmara de
combustão. A quantidade injetada portanto, será proporcional
ao tempo de abertura do bico, e por consequência, ao de
ativação da válvula magnética.

Prof.: Kaio Dutra

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