Objetivo Aprendizagem 01
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GUIA DE ESTUDO
- OBJETIVO DE APRENDIZAGEM -
PRINCÍPIOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Objetivo de Aprendizagem
Conhecer os princípios de instalações elétricas.
Objetivos parciais
• Conhecer o sistema de energia elétrica;
• Descrever os principais elementos de um sistema de energia elétrica;
• Conhecer os tipos de diagramas utilizados em instalações elétricas;
• Descrever os sistemas de aterramento de instalações elétricas;
• Conhecer as implicações de choques elétricos.
Aulas relacionadas
Este objetivo de aprendizagem está relacionado com a aula 01 da disciplina.
Pré-requisitos
Este objetivo de aprendizagem não tem pré-requisitos.
Referências
• Material disponibilizado para a disciplina de Acionamentos Eletrônicos – 2021/1.
Departamento Acadêmico de Eletrônica, Instituto Federal de Santa Catarina, Campus
Florianópolis.
• CREDER, H. Instalações Elétricas. São Paulo: Livros Técnicos e científicos Editora, 2002.
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Check-list
Caro estudante, verifique se você completou as atividades deste objetivo de
aprendizagem e obteve êxito para continuar seus estudos.
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( ) Exercícios do documento resumo;
( ) Atividade avaliativa do documento resumo.
( ) Obtive êxito e entendi o conteúdo deste documento;
( ) Ainda não entendi bem o conteúdo e estudarei o mesmo com mais profundidade.
Estou com dúvidas, irei estudar com mais detalhes este conteúdo:
( ) Assistir a apresentação relacionada ao conteúdo (apresentação 01);
( ) Ler os capítulos deste conteúdo no livro (capítulos 01 e 02).
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CONTEÚDO
- OBJETIVO DE APRENDIZAGEM -
PRINCÍPIOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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1 Introdução
O conteúdo a ser estudado neste tópico da disciplina se refere aos elementos iniciais de
um sistema de energia elétrica, descrevendo-se os principais elementos que o compõem.
Assim, é fundamental que você conheça e saiba descrever os principais elementos de um
sistema de energia elétrica, além dos tipos de diagramas de circuitos para instalações elétricas.
Além disso, é essencial que você conheça as implicações que ocorrem quando um ser humano é
submetido a um choque elétrico.
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2.1 Introdução
A energia elétrica disponibilizada nas residências, comércio e indústrias, é originada,
geralmente, a partir do sistema de energia elétrica brasileiro (ligados na rede = on grid). Em
sistemas isolados, por exemplo, ilhas ou locais remotos, pode-se ter os geradores e consumidores
separados (ilhados = off grid).
A seguir serão apresentados os principais elementos do sistema elétrico e alguns aspectos
de sua operação.
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Mussoi, Fernando L. R. Instalações Elétricas. Apostila. Departamento Acadêmico de Eletrônica, Câmpus
Florianópolis, Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC, 2016.
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Moia, Joabel. Sistema de Conversão Estática CA-CC Bidirecional Aplicado à Microrredes CC Bipolares. Tese
de Doutorado em Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, 2016.
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MW cada, Jorge Lacerda B, com duas unidades de 131 MW cada e, Jorge Lacerda C, com uma
unidade geradora de 363 MW (Fonte: https://www.engie.com.br, acessado em 20/05/2021.).
A Figura 7 mostra uma imagem do sistema de geração termonuclear de Angra dos Reis –
RJ, em contraste com o parque de geração solar e eólico na cidade de Tubarão – SC. O sistema de
energias alternativas na cidade de Tubarão – SC, próximo à Usina Termoelétrica Jorge Lacerda,
possui uma usina solar (Usina Fotovoltaica Nova Aurora) com capacidade de 3 MW de pico, gerados
com tecnologia de módulos fotovoltaicos de silício amorfo/microcristalino (a-Si/µc-Si), silício
multicristalino/policristalino (p-Si) e disseleneto de cobre, índio e gálio (CIGS), todos com 1 MW
cada um; além de uma usina eólica (Central Eólica Tubarão) de 2,1 MW, com uma torre de 120
metros e rotor com diâmetro de 110 metros.
O sistema fotovoltaico instalado no Câmpus Florianópolis do IFSC em 2018, mostrado na
Figura 8, é composto por 260 módulos fotovoltaicos de 270 W (de pico) e 5 inversores de 15 kW de
220/380 V, gerando em torno de 70 kW de pico. Por fim, as Figura 8 e Figura 9 mostram outros
exemplos de geradores de energia elétrica, alguns possíveis no Brasil, enquanto outros são
específicos de determinadas regiões do planeta.
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Figura 11 – Mapa das principais linhas de transmissão do sistema elétrico brasileiro interligado.
Fonte: https://eletrobras.com. Acesso em 20/05/2021.
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sendo mais compactas e mais seguras e menos susceptíveis a falhas, pois utilizam
condutores isolados;
• Rede de Distribuição Aérea Isolada: os condutores são isolados suficientemente
para não ser necessário o afastamento entre os mesmos, ou seja, podendo ser
trançados; neste caso aumentando a resistência mecânica e ocupando menos
espaço. São redes mais caras e utilizadas em condições especiais;
• Rede de Distribuição Subterrânea: são utilizados condutores isolados, montados
sob a superfície, isto é, ficando enterradas no solo ou na estrutura, aumentando
a confiabilidade e a estética do sistema, além de diminuírem a manutenção. Estas
redes tem alto custo, empregadas em situações especiais e regiões de alta
densidade demográfica.
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três fases e um condutor neutro e de proteção. Percebe-se que o ponto central da conexão em
estrela (Y) do transformador abaixador de distribuição origina o condutor neutro, e pelo fato de ser
aterrado, faz também o papel de condutor de proteção.
As tensões de fase, isto é, medidas entre as fases e o neutro, são nominalmente de 220 V
e com frequência de 60 Hz. Já as tensões de linha, medidas entre duas fases, são de 380 V; isso nas
redes convencionais em Santa Catarina.
A tensão de linha pode ser calculada a partir da tensão de fase por:
VL = VF ⋅ 3
VL = 220 ⋅ 3 ≅ 381V
L1 L1
Fase1
+
+
v1 VF = 220V
+ - - Neutro +
v2 Proteção (PEN)
-
+ L2 L2
v3 Fase2
- + V = 380V
L3 L3
- L Fase3
Gerador Transformador elevador Linha de transmissão Transformador abaixador Distribuição em BT
3
Prodist, módulo 8. Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Procedimentos de Distribuição de Energia
Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST. 2010.
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3 Proteção e Segurança
3.1 Introdução
O sistema de energia elétrica, as instalações elétricas e os usuários estão sujeitos a riscos
e falhas, em virtude dos efeitos causados por diferentes situações e fenônemos. Assim, neste
capítulo se pretende abordar de forma sintética sobre os sistemas de proteção e aterramento.
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sua vez, o raio é definidio com um dos impulsos elétricos de uma descarga atmosférica para a terra.
A proteção das redes de energia elétrica e dos equipamentos a ela conectados, além dos
usuários do sistema, é provida por uma série de equipamentos e procedimentos regulamentados
por norma. Assim, se tem elementos internos e externos aos equipamentos ou volumes que se
deseja proteger.
A proteção do sistema e dos usuários ocorre pelo sistema de proteção contra descargas
atmosféricas (SPDA), definido na NBR 5419 como o sistema completo destinado a proteger uma
estrutura contra os efeitos das descargas atmosféricas. É composto de um sistema externo,
formado por captores (elementos para interceptar as descargas atmosféricas, como para-raios, por
exemplo), subsistema de condutores de descida e subsistema de aterramento e de um sistema
interno de proteção, formado por dispositivos que reduzem os efeitos elétricos e magnéticos da
corrente de descarga atmosférica dentro do volume a proteger (como varistores, supressores de
surtos, dentre outros). Alguns elementos de proteção presentes em redes elétricas de baixa tensão
serão estudados posteriormente neste curso de Acionamentos Eletrônicos.
A norma NBR 5419 detalha o regramento para o projeto e instalação do sistema de
proteção contra descargas atmosféricas, não sendo detalhado aqui, em vista do escopo deste
documento.
É importante destacar que em algumas regiões do Brasil ocorre uma incidência grande de
descargas atmosféricas, conforme se pode observar no mapa elaborado pelo INPE/CGPDI para o
biênio 2018/2019; onde em alguns locais se tem em média em torno de 300 eventos por dia.
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VIEIRA, S. I. Manual de Saúde e Segurança do Trabalho: segurança, higiene e medicina do trabalho. Vol. 3.
São Paulo: LTr, 2005.
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A B
Figura 23 – Esquema IT.
Fonte: NBR 5410.
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Em virtude de o sistema elétrico ser aterrado, ou seja, estar na mesma referência dos
usuários, tem-se uma diferença de potencial entre os condutores fase e a terra. Isso implica que os
usuários, que estão no mesmo referencial da terra, estarão submetidos à uma diferença de
potencial de 220 V quando tocarem os condutores fase de uma instalação elétrica de baixa tensão.
A Figura 26 mostra duas situações distintas, utilizando-se ou não transformador de
isolamento (T1). No primeiro caso, sem o uso de transformador de isolamento, o usuário está no
referencial de terra, por intermédio de duas impedâncias, que são:
• ZH – Impedância do corpo do usuário, somando-se as vestimentas (roupas e
calçados). Esta impedância é afetada pela umidade da pele, se o usuário está seco
ou molhado, se está vestido, usando calçados ou não e o grau de isolamento
destes calçados;
• ZT – Impedância de terra, isto é, entre a superfície (chão) onde o usuário está e o
sistema de aterramento da rede de energia elétrica. Esta impedância é afetada
pela distância da superfície onde o usuário está apoiado e a terra, do material
desta superfície e do caminho, se está molhada ou seca, de seu nível de
isolamento, dentre outros fatores.
O usuário pode tocar no condutor fase ou no condutor PEN (neutro mais proteção), como
está mostrado nas situações A e B da Figura 26, respectivamente. Na situação B, considera-se que,
idealmente, não há diferença de potencial entre o condutor PEN e o usuário, não ocorrendo a
circulação de corrente elétrica e não sujeitando-se o usuário a um choque elétrico.
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Já na situação A, quando o usuário toca o condutor fase, este estará submetido a uma
diferença de potencial (tensão elétrica) de 220 V em relação à sua referência e ao condutor neutro
e de proteção, fechando um caminho para circulação de corrente mostrado na Figura 26. Neste
caso, se as impedâncias do caminho (ZH + ZT) forem baixas, o usuário poderá estar submetido a um
choque elétrico fatal ou com graves consequências para sua integridade fisiológica.
Em virtude deste risco, sempre que os usuários estarão manipulando equipamentos que
impliquem em riscos à vida, é imprescindível o uso de transformadores de isolamento, que tem
relação de transformação unitária, por exemplo, mas que provem isolamento elétrico entre a
entrada e a saída. Exemplos de situações em que se deve utilizar transformador de isolamento são
quando da operação de máquinas em locais úmidos ou molhados, como minas, por exemplo.
A Figura 26 mostra novamente o usuário tocando acidentalmente nos condutores do lado
secundário do transformador isolador, identificados como L1 e L2, visto que agora o circuito do lado
secundário não está aterrado, não se identificando então os condutores por fase, neutro, por
exemplo. Percebe-se pela figura o usuário não ficará submetido à diferença de potencial, pois o
lado secundário está isolado do primário e da referência de terra. Assim, não há caminho para a
circulação de corrente elétrica se o usuário tocar acidentalmente nos condutores L1 ou L2.
No entanto é necessário atentar que, se o usuário tocar simultaneamente nos condutores
L1 e L2, estará submetido novamente a diferença de potencial de 220 V, ficando sujeito ao choque
elétrico e suas consequências.
Fase L1
Fase
Situação A
+ T1 Situação A
+
vi + +
vi
vp vs
- Situação B - - - Situação B
Neutro + ZH ZH
Neutro +
Proteção (PEN) Proteção (PEN)
L2
ZT ZT
Caminho da corrente
de choque elétrico
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proteção), enquanto o sistema de energia elétrica pode ser a dois fios (fase e neutro mais proteção).
A massa do equipamento de medição é conectada ao condutor de proteção do mesmo,
resultando que as ponteiras de medição, em seus terminais negativos (-, menos), também estão
conectadas aos condutores de proteção; isso para a proteção dos usuários contra choque elétrico.
No entanto, isso implica que, se o osciloscópio for utilizado para se medir a tensão diretamente na
rede de energia elétrica, além de se ter o risco de danificar o equipamento por sobretensão, pode
ocorrer um curto-circuito pelas ponteiras, provando a destruição das mesmas. Esta situação é
mostrada na Figura 27, na parte inferior, quando se conecta a ponteira negativa (menos) no
condutor fase, fechando um caminho de circulação de corrente pelo condutor de proteção e
provando um curto-circuito na rede de energia elétrica.
Assim, recomenda-se que sejam utilizados transformadores de isolação/medição ou
ponteiras isoladas, que operam com tensões mais elevadas e podem ser conectadas diretamente
na rede de energia elétrica sem risco de curto-circuito.
Fase +
Osciloscópio
+ Fonte
vi Risco de sobretensão no
Tomada Plugue
- Conexão na massa
do equipamento instrumento
Ch1
Neutro +
Proteção (PEN) -
Ponteiras do osciloscópio
Fase
-
Osciloscópio
+ Fonte
vi
4 Diagramas Elétricos
4.1 Introdução
A representação dos elementos das instalações elétricas e suas conexões é realizado por
intermédio de diagramas elétricos, que basicamente podem ser do tipo unifilar ou multifilar. É
ainda possível, apesar de não ser usual, se representar os elementos e suas conexões por meio de
desenhos que se aproximam mais do aspecto real do que se está desejando representar, tendo
utilidade didática ou artística, por exemplo.
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5 Exercícios
Exercícios Resolvidos
ER 01. Cite as principais etapas do sistema de energia elétrica?
ER 02. Os consumidores em baixa tensão são alimentados em que tensão e qual sua amplitude em
Santa Catarina?
A alimentação dos consumidores em baixa tensão é secundária, sendo que a tensão entre fase e
neutro (monofásica) é de 220 V.
Diagrama unifilar é aquele que permite representar os elementos da instalação elétrica de maneira
simplificada e utilizando um condutor (fio) apenas, com os condutores representados por símbolos.
O condutor de proteção tem por finalidade proteger os usuários contra choques elétricos,
descargas atmosféricas e correntes de fuga, por exemplo.
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Exercícios Propostos
EP 01. Comente sobre algumas formas de se gerar energia elétrica.
6 Atividade Avaliativa
AA 02. Em um sistema onde a tensão de fase é de 220 V, qual o valor da tensão de linha?
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AA 01. O sistema de distribuição de energia elétrica realiza a conexão dos consumidores à rede
elétrica, podendo ser em baixa ou alta tensão. É de responsabilidade das concessionárias de
energia elétrica.
AA 02. Se a tensão de fase é de 220 V, a tensão de linha será de 380 V.
AA 03. Diagrama multifilar é aquele que representa todas as conexões dos elementos da
instalação elétrica, empregando múltiplos condutores.
AA 04. O objetivo de se utilizar transformadores de isolamento é a proteção dos usuários contra
choques elétricos ou a proteção de instrumentos de medição para se medir as grandezas da rede
de energia elétrica, por exemplo.
AA 05. A CELESC disponibiliza em sua rede de distribuição, em geral, quatro condutores, sendo
três fases e o condutor de neutro mais proteção.
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