Documento Sem Nome
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comum na época.
(Eu) O quadro fechado na sua parte exterior alude ao terceiro dia da criação
do mundo (surgimento na Terra das árvores que dão os frutos). Representa
um globo terráqueo, ou seja uma esfera transparente com a Terra no seu
interior (uma superficie plana, uma vez que se pensava na altura que a Terra
era plana) simbolo, para alguns autores, da fragilidade do universo. Há
apenas formas vegetais e minerais, não há animais nem pessoas. Está
pintado em tons acinzentados, branco e preto, o que corresponde a um
mundo sem o Sol nem a Lua embora também seja uma forma de conseguir
um dramático contraste com o colorido interior, entre um mundo antes do
homem e outro povoado por uma infinidade de seres.
Teorias Possíveis
Teoria da Expressão: Eu o que está entre parénteses diz a Andreia A obra "O
Jardim das Delícias Terrenas" pode ser explicada pela Teoria da Expressão.
Existem várias versões da teoria, sendo as mais relevantes a de Tolstoi ("a
arte transmite um sentimento particular de forma clara e a intenção de o
transmitir deve ser sincera por parte do artista, e quanto melhor a arte
exprimir os sentimentos do artista, melhor será a obra") e a de R. G.
Collingwood.
Segundo a Teoria da Expressão a arte tem também a ver com o seu criador,
com o artista. A teoria envolve os seguintes aspetos:
O artista tem de sentir algo (podemos não saber o que Bosch pensou quando
pintou o quadro, mas não há dúvidas que seria impossivel criar um quadro
tão rico e expressivo se não tivesse sido sentido)
O público tem de sentir o mesmo (ao longo dos séculos o triptico tem gerado
muitas e intensas emoções para além de infinitas interpretações - nunca se
saberá se terão sido as do criador mas algumas terão sido coincidentes)
A Teoria Formalista descreve uma obra de arte como um objeto que provoca
emoção estética no público, por possuir forma significante: urma combinação
e proporção de formas e cores revelando a essência das coisas. Ao artista
cabe revelar essa forma e ao público cabe captá-la.
Sem dúvida que esta teoria descreve a emoção transmitida pelo "Jardim das
Delicias Terrenas" ao público em geral. A combinação de cores e as formas
muitas vezes extravagantes são fundamentais na transmissão da essência
que está por trás desta obra.
Uma objeção que pode ser feita a esta teoria da arte é que a sua
argumentação é circular, uma vez que afirma que é a forma significante que
desperta a emoção estética, no entanto é só a partir desta que é possivel
captar a forma significante, ou seja, acaba por não afirmar propriamente se a
origem da forma significante está no sujeito ou na obra.
Conclusão (Liandra)