Fertirrigação Com Efluentes
Fertirrigação Com Efluentes
Fertirrigação Com Efluentes
TESE DE DOUTORADO
TESE DE DOUTORADO
Orientadores:
Referências.
Tese (Doutorado em Recursos Naturais) Universidade Federal de Campina
Grande, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais.
Orientadores: José Dantas Neto e Carlos Alberto Vieira de Azevedo.
CDU 628.381
IV
V
Mais uma vez a DEUS que me concedeu mais um sonho alcançado, dando-
me coragem, saúde e força de vontade para realizar mais uma etapa de
minha formação.
Dedico
Aos meus primos Antônio Carlos, Érica, Silvia, Queninho, Émerson, Emília,
Élvia, Leandro, Sara e Ana Cecília pela amizade e carinho. A José Anchieta
Júnior, Daniela, Juliana, Highor, Edna, Terceiro, Rachel Barreto, Juliana
Sayane, Alexsandra, Cláudia Cunha, Cibele, Izabel, pela força e motivação.
Ofereço
"Nunca diga às pessoas como fazer as coisas. Diga-lhes o que deve ser feito e elas
surpreenderão você com sua engenhosidade."
AGRADECIMENTOS
Aos orientadores prof. Dr. José Dantas Neto e prof. Dr. Carlos Alberto Vieira de
Azevedo pela atenção e confiança.
Ao prof. Dr. Napoleão Esberad de Macêdo Beltrão pela orientação, contribuição e
atenção em todas as fases da pesquisa.
Aos examinadores prof. Dr. Lourival Ferreira Cavalcante, prof. Dr. José Tavares
de Sousa e profª. Drª. Vera Lúcia Antunes de Lima pelas contribuições e correções na
revisão final do trabalho.
A Renê Medeiros de Sousa, José Sebastião Costa de Sousa, Rogarciano Cirilo
Batista, Marcus Damião de Lacerda pela companhia e ajuda na condução da pesquisa.
Aos professores, Francisco Assis de Oliveira, José Wellingthon dos Santos,
Antônio Ricardo, Miranda, Max Prestes, Hans Gheyi, Pedro Dantas, Josivanda, Hugo
Guerra, Juarez Pedrosa, Pedro Vieira, Annemarie könig, Lúcia Helena, Adailson Pereira
de Sousa, Sandra Barreto, Fábio Henrique, Márcia Azevedo.
Aos funcionários Dr. Adilson Barros, Neide e Geraldo, Doutor, Wilson, Chico,
José Maria, Seu José, Audanisa, Rivanilda e Aparecida.
Aos colegas de curso de doutorado, Marcelo Gurgel, Alexandre Eduardo,
Waldenísia Gadelha, José Renato, José Lins, e os demais doutorandos: Reginaldo, Paulo
Torres, Cláudia Germana, Ivana, Frederico Soares, Gustavo Henrique, Vanda, Euller,
Salí, Betânia Nascimento, Mário, Genival, Sérvulo, Eliezer, Severino Pereira, karina
Guedes, Soad, Ridelson, Betânia, Karina, Nery e Carlos Henrique.
E aos demais colegas Augusto, Rodrigo Borba, Joãozinho, Robson, Marcelo
Albuquerque, Ana Paula, Sparchson, Rogério, Luciano Mendes, Edvaldo Eloy, Lúcio
Madeiros, Madalena, Valneide, Cassandra, Rafael, Jardel, Mônica, Cláudio, Valfísio,
Alessandro, Wendel.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq
pelos dois projetos aprovados intitulados “Uso Eficiente e Integrado de Águas
Residuárias na Irrigação do Algodão Colorido”, da bolsa de estudo CT-Hidro 2002 e do
financiamento da pesquisa Edital Universal 2003.
SUMÁRIO
Página
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................ xi
LISTA DE TABELAS ........................................................................................... xvi
RESUMO ................................................................................................................ xx
ABSTRACT ............................................................................................................ xxi
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 1
2. OBJETIVOS ...................................................................................................... 3
2.1. Objetivos específicos .................................................................................. 3
3. REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 4
3.1. Reúso de água na agricultura ..................................................................... 4
3.2. O uso de esgotos tratados em irrigação ...................................................... 6
3.3. Vantagens e desvantagens do reúso de águas ............................................. 8
3.4. Qualidade da água e características dos efluentes tratados ....................... 12
3.5. Aspecto sanitário do reúso de águas na agricultura ................................... 16
3.6 Disposição de efluente sobre as características físicas e químicas do solo 18
3.7. Elementos tóxicos ....................................................................................... 22
3.7.1. Salinidade e sodicidade ...................................................................... 24
3.8. Salinidade na cultura do algodão ............................................................... 26
3.9. Reúso em grandes culturas ......................................................................... 27
3.9.1. Reúso na cultura do algodão .............................................................. 30
3.10. Nitrogênio ................................................................................................. 32
3.10.1. Adubação nitrogenada ..................................................................... 32
3.10.2. Influência do nitrogênio no algodoeiro ............................................ 33
3.11. Adubação fosfatada .................................................................................. 37
3.11.1. Efeitos do fósforo na planta ............................................................. 40
3.12. Aspectos regionais da cultura do algodão ................................................ 44
3.13. Aspectos hídricos da cultura do algodão .................................................. 45
3.13.1. Manejo de água no cultivo do algodoeiro ........................................ 47
3.14. Cultivar BRS 200 Marrom ........................................................................ 50
4. MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 51
4.1. Localização do experimento e clima .......................................................... 51
4.2. Estação de tratamento de esgoto ................................................................. 51
4.3. Área experimental ....................................................................................... 52
VIII
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1. Emissário e lagoas de estabilização da estação de tratamento de
esgotos (ETE) de Campina Grande-PB ............................................... 51
Figura 10. Parcelas com linha de gotejadores e plantas com 12 e 27 dias após a
emergência ........................................................................................... 80
Figura 11. Área foliar do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de lâminas
de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais
dois tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio
irrigado com água de abastecimento ................................................... 83
Figura 13. Biomassa das folhas do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de
lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e
fósforo, mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de
nitrogênio irrigado com água de abastecimento .................................. 90
XII
Figura 15. Biomassa dos frutos do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de
lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e
fósforo, mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de
nitrogênio irrigado com água de abastecimento .................................. 97
Figura 18. Relação entre a biomassa das folhas, frutos, caule e ramos do
algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de lâminas de água
residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois
tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado
com água de abastecimento ................................................................ 104
Figura 20. Taxa de crescimento da área foliar do algodoeiro, cultivar BRS 200,
em função de lâminas de água residuária, ausência e presença de
nitrogênio e fósforo, mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180
kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de abastecimento ................. 107
Figura 23. Razão de área foliar do algodoeiro, cultivar BRS 200, irrigado com
água em função de lâminas de água residuária, ausência e presença
de nitrogênio e fósforo, mais dois tratamentos adicionais com 90 e
180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de abastecimento .......... 111
XIII
Figura 30. Índice de área foliar do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de
lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e
fósforo, mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de
nitrogênio irrigado com água de abastecimento .................................. 122
Figura 31. Taxa de produção de matéria seca do algodoeiro, cultivar BRS 200,
em função de lâminas de água residuária, ausência e presença de
nitrogênio e fósforo, mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180
kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de abastecimento ................. 123
Figura 36. Teores de chumbo e cádmio nas folhas do algodoeiro cultivar BRS
200 aos 85 DAE ................................................................................... 135
Figura 38. Peso de 100 sementes do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função
de lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e
fósforo, mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de
nitrogênio irrigado com água de abastecimento .................................. 139
Figura 52. Fertilidade do solo antes do plantio e após o cultivo irrigado com
efluente mais uma precipitação pluvial (PP) de 89 mm na área
cultivada com algodão ......................................................................... 161
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1. Concentração de nutrientes de alguns fertilizantes orgânicos ............. 10
Tabela 9. Aporte de nutrientes aplicados ao solo com base nas lâminas de água
residuária aplicadas durante a irrigação ............................................... 72
Tabela 10. Resumo da análise de variância da altura da planta aos 25, 45, 65, 85
e 105 Dias Após a Emergência das plântulas de algodoeiro irrigado
sob diferentes lâminas de água residuária, com e sem nitrogênio e
fósforo .................................................................................................. 73
Tabela 11. Valores médios da altura de planta aos 25, 45, 65, 85 e 105 (DAE)
das plântulas em função de lâminas de água residuária, nitrogênio e
fósforo na cultura do algodoeiro ......................................................... 75
Tabela 12. Resumo da análise de variância do diâmetro aos 25, 45, 65, 85 e 105
Dias Após a Emergência (DAE) das plântulas do algodoeiro irrigado
sob diferentes lâminas de água residuária, com e sem nitrogênio e
fósforo .................................................................................................. 77
Tabela 13. Valores médios do diâmetro das plantas aos 25, 45, 65, 85 e 105
DAE em função de lâminas de água residuária, nitrogênio e fósforo
na cultura do algodoeiro .......................................................... 78
Tabela 14. Resumo da análise de variância da área foliar aos 25, 45, 65, 85 e
105 DAE das plântulas do algodoeiro irrigado sob diferentes lâminas
de água residuária, com e sem nitrogênio e fósforo ............................ 81
XVII
Tabela 15. Valores médios da área foliar aos 25, 45, 65, 85 e 105 DAE em
função de lâminas de água residuária, nitrogênio e fósforo na cultura
do algodoeiro ....................................................................................... 82
Tabela 16. Resumo da análise de variância da biomassa total da planta aos 25,
45 65, 85 e 105 DAE das plântulas do algodoeiro irrigado sob
diferentes lâminas de água residuária, com e sem nitrogênio e
fósforo .................................................................................................. 84
Tabela 17. Valores médios da biomassa total da planta aos 25, 45 65, 85 e 105
DAE em função de lâminas de água residuária, nitrogênio e fósforo
na cultura do algodoeiro ...................................................................... 85
Tabela 18. Resumo da análise de variância da biomassa das folhas aos 45, 65,
85 e 105 DAE das plântulas do algodoeiro irrigado com diferentes
lâminas de água residuária, com e sem nitrogênio e fósforo
.............................................................................................................. 88
Tabela 19. Valores médios da biomassa da folhas aos 45, 65, 85 e 105 DAE em
função de lâminas de água residuária, nitrogênio e fósforo na cultura
do algodoeiro ....................................................................................... 89
Tabela 20. Resumo da análise de variância da biomassa dos ramos aos 45, 65,
85 e 105 DAE das plântulas do algodoeiro irrigado com diferentes
lâminas de água residuária, com e sem nitrogênio e fósforo .............. 91
Tabela 21. Valores médios da biomassa dos ramos aos 45, 65, 85 e 105 DAE
em função de lâminas de água residuária, nitrogênio e fósforo na
cultura do algodoeiro ........................................................................... 92
Tabela 22. Resumo da análise de variância da biomassa dos frutos aos 65, 85 e
105 dias após a emergência das plântulas do algodoeiro irrigado com
diferentes lâminas de água residuária, com e sem nitrogênio e
fósforo .................................................................................................. 94
Tabela 23. Valores médios da biomassa dos frutos aos 65, 85 e 105 DAE em
função de lâminas de água residuária, nitrogênio e fósforo na cultura
do algodoeiro ....................................................................................... 95
Tabela 25. Valores médios dos números de botões florais e números de frutos
por planta, a cada 20 dias após a emergência das plântulas do
algodoeiro cultivar BRS 200, em função de lâminas de água
residuária, nitrogênio e fósforo ............................................................ 99
Tabela 34. Valores médios salinidade do solo antes do plantio do fatorial e dos
tratamentos adicionais no algodoeiro irrigado com efluente e água ... 164
Tabela 35. Valores médios salinidade do solo depois do cultivo do fatorial e dos
tratamentos adicionais no algodoeiro irrigado com efluente e água e
com 89 mm de precipitação pluvial ..................................................... 165
Tabela 36. Valores médios salinidade do solo depois do cultivo do fatorial e dos
tratamentos adicionais no algodoeiro irrigado com efluente e água e
com 646 mm de precipitação pluvial ................................................... 165
RESUMO
ABSTRACT
The objective of the work was evaluate the effects of fertirrigation with treated
domestic wastewater on cotton plant of brown fiber, involving aspects related to its
growth, development and production, and on soil chemical properties, with increasing
irrigation water depths and in presence and absence of nitrogen and phosphorus
fertilization. The field research was conducted in the dependences of the Station of
Treatment of Sewers of the Company of Water and Sewers of Paraíba, located in the
neighborhood of Catingueira, distant 10 km of Campina Grande downtown, Paraíba
state, Brazil. The experimental design was in randomized blocks in a mixed factorial
scheme (4 x 2 x 2) + 2, whose factors were four irrigation water depths with effluent
(781, 643, 505 and 367 mm), absence and presence of nitrogen and phosphorus in the
doses of 0 and 90 kg ha-1 of N and 0 and 60 kg ha-1 of P2O5, and two additional
treatments fertilized with nitrogen in the doses of 90 and 180 kg ha-1, both irrigated with
water of public provisioning with irrigation water depth of 643 mm. The growth and
development of the cotton plant were superior when the treated domestic effluent was
used, with better results for the irrigation water depth of 781 mm. There was not need
for complemented fertilization with nitrogen and phosphorus in the soil containing 0.38
g kg-1 of nitrogen and 13.4 mg dm-3 of phosphorus with domestic effluent containing
60.5 mg L-1 of total nitrogen and 4.6 mg L-1 of total phosphorus. The weight of the
cotton in pit, of the fiber and of the seed were also superior for the largest irrigation
water depth (781 mm) with treated domestic effluent in the absence of chemical
fertilizer. There was not detriment in the textile characteristics of the fiber, when
effluent from treated domestic sewer was used in the irrigation of the cotton plant of
brown fiber. The fertilization with nitrogen and phosphorus, respectively, in the
amounts of 90 and 60 kg ha-1 were supplied with the use of the wastewater in the
irrigation of the cotton plant. Contents of lead and cadmium were found in the cotton
plant leaf at the 85 days after the emergency of the seedlings. The contents of P, K+,
Ca2+, N, H, organic matter, and the cationic exchangeable capacity of the soil increased
after the cultivation, already the pH, Mg2+, Na+, C, exchangeable sodium percentage,
sum of exchangeable bases, and the saturation percentage by bases decreased. The
values of the electrical conductivity, pH, contents of Ca2+, Mg2+, Na+, Cl-, and the
sodium adsorption relationship of the soil stratum saturation decreased after the
irrigation with treated effluent and after 646 mm of pluvial precipitation. The cotton
plant of brown fiber irrigated with effluent from treated domestic sewer obtained great
economical incomes, which were more pronounced when it was not used nitrogen and
phosphorus fertilizers.
2. OBJETIVOS
3. REVISÃO DE LITERATURA
Usos específicos podem ter diferentes requisitos de qualidade; assim, uma água
pode ser considerada de melhor qualidade, se produzir melhores resultados, ou causar
menos problemas; por exemplo: uma água de rio que pode ser considerada de boa
qualidade para determinado sistema de irrigação, mas pode, por sua carga de
sedimentos, serem inaceitável para uso urbano, sem antes ser tratada para extrair tais
sedimentos (AYERS & WESTCOT, 1999).
florestais irrigados com água residuária por mais de quatro anos, que os teores de Cr,
Ni, Pb e Zn extraíveis em EDTA não foram alterados pela irrigação com efluentes de
esgoto tratado.
A disposição de efluentes de esgoto tratado no solo mediante irrigação de plantas,
pode até ocasionar diminuição nos teores de metais pesados disponíveis no solo. Johns
& McConchie (1994b) verificaram que os teores de Fe diminuíram na superfície do
solo, mas aumentaram em profundidade, mediante irrigação com efluente. Em outra
situação, Al-Jaloud et al. (1995) verificaram que, em solos cultivados com milho e
irrigados com efluentes, os teores de Cu, Fe, Mn e Zn diminuíram. Em situações
semelhantes, porém em outros experimentos (com a cultura do sorgo), os mesmos
autores verificaram que os teores de Cu, Fe, Mn e Ni no solo diminuíram, mediante
aplicação de água residuária. Em solos florestais, Falkiner & Smith (1997) verificaram
que o incremento nos teores de Ca, Mg, K e Na e da alcalinidade, aplicados pelo
efluente, promoveram aumento no valor de pH do solo e diminuição da disponibilidade
de Mn.
Por outro lado, Quin & Syers (1978) verificaram que, pastagens irrigadas por 16
anos com efluentes de esgoto tratado, apresentaram ligeiro aumento nos teores de Co,
Cu Mn e Zn (extraídos em HCl 0,1 mol L-1). No entanto, segundo os autores, esse leve
incremento na concentração de metais pesados no solo não influenciou a concentração
desses metais na parte aérea das plantas. Inglês et al. (1992) observaram que o teor de
Zn-DTPA aumentou e as plantas foram nutridas adequadamente com esse
micronutriente, mediante irrigação com efluente secundário de esgoto tratado. Johns &
McConchie (1994b) também observaram aumento nos teores de Zn mediante disposição
de águas residuárias no solo, assim como o incremento nos teores de Fe, Mn e Ni na
solução do solo. Al-Nakshabandi et al. (1997) verificaram aumento nos teores de Cu,
Fe, Mn, Cd e Pb em solos irrigados com efluentes de esgoto tratado. Tais efeitos foram
atribuídos à presença desses elementos no efluente utilizado para irrigação. Na maior
parte dos trabalhos que evidenciaram aumento nos teores de metais pesados no solo
mediante irrigação com efluente, as observações referem-se a experimentos de longos
períodos de aplicação de efluentes de esgoto tratados. Porém, o aumento desses metais
no solo pela disposição de efluentes secundários de esgoto tratado não é fato tão
preocupante assim.
24
Johns & McConchie (1994b) verificaram que a irrigação com efluentes não
somente proporcionou aumento no teor de Na trocável, mas também, levou ao
incremento no teor de Na lixiviado na solução do solo. No entanto, segundo os autores,
essa entrada de Na (pela aplicação de efluente) não foi suficiente para substituir o Ca2+ e
o Mg2+ na superfície dos colóides, tendo em vista que a lixiviação de Ca2+ foi
semelhante em todos os tratamentos irrigados, independentemente do tipo de água de
irrigação. No trabalho realizado por Stewart et al. (1990), a irrigação com efluente
contendo 66,6-113,0 mg L-1 de Na, apesar de ter levado ao aumento no teor de Na+
trocável, não alterou a distribuição de sais solúveis e dos cátions trocáveis no solo,
mesmo havendo dominância de Na no efluente.
Balks et al. (1998) verificaram, em solos florestais irrigados com efluente rico em
Na, por cinco anos, que houve incremento do PST de 2 para 25%. Os autores
verificaram que o PST aumentou mais do que o previsto pela RAS (razão de adsorção
de sódio) da irrigação com efluente, utilizando-se relações convencionais na literatura
(AYERS & WESTCOT, 1999). Esse aumento na sodicidade do solo contribuiu para que
ocorresse dispersão de argila. Apesar disso, a diminuição na CH (Condutividade
Hidráulica) do solo foi pequena, não afetando o fluxo de água. Segundo os autores, esse
aumento no PST associado à pequena redução na CH do solo, não apresentou nenhuma
ameaça para a continuidade da irrigação com efluente, uma vez que o solo não foi
revolvido. Porém a hipótese de ocorrência deste tipo de problema não pode ser
descartada para experimentos de longa duração.
Speir et al. (1999), verificaram que tanto na camada superficial como no subsolo,
a macro e microporosidade total foram afetadas pela disposição de efluentes no solo.
Todavia, os efeitos do Na em solo ácido de baixa CTC parece ser mais acentuado.
Segundo Martin et al. (1964), a influência do Na em diferente pH e o PST com base na
CTC do solo, uma mesma quantidade de Na pode ocasionar maior efeito na redução da
CH em um solo ácido do que neutro ou alcalino. Os mesmos autores observaram que o
aumento nos teores de Na+ no solo influenciou o pH e a CTC do solo, principalmente no
solo ácido e ainda, a CH diminuiu à medida que foi aumentado o PST na CTC, na CTC
efetiva e na relação com o somatório dos cátions trocáveis (Ca2+, Mg2+, K+ e Na+). Não
somente o Na do efluente pode afetar a CH do solo. O impedimento hidráulico e a
diminuição da taxa de difusão de O2 nos solos irrigados com água residuária, também
são dependentes da qualidade do efluente (qualidade de sólidos suspensos e sólidos
dissolvidos) e da taxa de aplicação (ORON et al., 1999). Apesar dos sólidos suspensos
26
Day et al. (1974) observaram que plantas de trigo irrigadas com efluente tiveram
maiores diâmetros de colmos, teor de fibra, produtividade e teor de proteína e ainda, a
aplicação de água residuária não teve efeito adverso no perfilhamento. Em outros dois
experimentos, Day et al. (1975) verificaram que a altura das plantas, o número de
sementes por espigas, o peso das sementes e o teor de fibra total, proteína e de
nucleotídios ácidos-solúveis não foram influenciados pela aplicação de efluente. No
entanto, o número de espigas por área e, conseqüentemente, a produção de grãos de
trigo foi aumentada.
Em um outro estudo realizado por Day et al. (1979), foi observada maior
produção de espigas por área, sementes mais pesadas, maior produtividade de grãos e de
matéria seca pela cultura do trigo irrigado com a mistura água convencional mais
efluente de esgoto tratado (1:1). Porém, Hussain et al. (1996) verificaram que, em duas
safras com trigo irrigado somente com efluente de esgoto tratado (teor médio de 20 mg
L-1 de N-total), houve maior produtividade das plantas e que esse incremento de
produção não foi somente devido ao N, mas também, aos demais nutrientes contidos no
efluente. Os mesmos autores observaram que o uso de água residuária na irrigação do
trigo levou a uma economia de 1/3 da fertilização mineral. Desse modo, o efluente de
esgoto tratado tem se mostrado efetivo como fonte parcial de nutrientes e água para
lavoura de trigo, com o intuito de obtenção de alta produtividade (DAY et al., 1974,
1975 e 1979; HUSSAIN et al., 1996).
Day & Tucker (1977), estudando a cultura do sorgo irrigado com efluente de
esgoto tratado e água convencional, verificaram que as plantas apresentaram
semelhança na altura de planta, número de perfilhos, peso de 1000 sementes, teor de
proteína, largura e comprimento das folhas. No entanto, as plantas produziram mais
com uso de efluentes de esgoto tratado. Al-Jaloud et al. (1995) verificaram que apesar
da concentração de Na ter sido mais elevada nas plantas de sorgo, mediante a irrigação
29
verde – CNPA 7H, verificaram que os biossólidos podem ser utilizados como fonte de
adubação orgânica superando à adubação mineral no que se refere a produção da
cultivar do algodão colorido estudado e que a produção do algodão utilizando
biossólidos com dosagem equivalente a 216 kg N ha-1 superou a alcançada com a
adubação química recomendada.
Alves et al. (2004a) estudando, em ambiente protegido, os efeitos de quatro níveis
de água disponível (AD) no solo (25, 50, 75 e 100% da AD) e quatro níveis de
adubação nitrogenada (0, 150, 300 e 450 kg ha-1 de N em forma de uréia), sob o
acúmulo de biomassa seca da parte aérea aos 100 dias (BSPA) com o algodão colorido
BRS 200, irrigado com água residuária, cultivado em solo franco-argilo-arenoso,
evidenciaram efeito quadrático do nitrogênio em todos os níveis de AD. No nível de 75
% da AD houve a melhor resposta de N, sendo obtido o maior acúmulo de biomassa nas
plantas; segundo o modelo para este nível de AD, o ponto de máximo acúmulo de
BSPA ocorre na dose de 267 kg.ha-1 de N, com 35 g planta-1. No tratamento de 75% da
AD, também houve a maior evapotranspiração (ALVES et al., 2004b) com ponto de
máxima na dose de 225 kg ha-1 de N (797 mm), conforme o modelo quadrático obtido
pelos autores.
Fideles Filho et al. (2005) comparando os efeitos das irrigações com água
residuária e água de poço sobre diâmetro caulinar, altura de plantas, área foliar e
produtividade do algodão colorido, verificou que a água residuária, dada a sua riqueza
em nutrientes, aumentou o diâmetro caulinar e a altura das plantas, quando comparada
com plantas irrigadas com água de poço. As plantas que foram irrigadas com esgoto
decantado apresentaram maior área foliar e produziram mais, quando comparadas com
as irrigadas com água de poço.
Azevedo (2005), estudando a cultura do algodão irrigado com efluente de lagoa de
estabilização e água de abastecimento, verificou que o peso de um capulho, peso da
pluma de algodão e produção em caroço aumentaram de 10,9, 21,4 e 121,75%
respectivamente quando irrigados com água residuária.
3.10. Nitrogênio
plantas vigorosas, porém com pouca frutificação e abertura tardia e irregular dos
capulhos.
O algodoeiro apresenta grande limitação interna no metabolismo do nitrogênio,
em função da competição que se estabelece entre a redução do CO2 e a do nitrato.
Assim para que ocorra o máximo de fotossíntese, o algodoeiro planta com metabolismo
C3, necessita cerca de duas vezes mais N na folha quando comparado a espécies com
metabolismo C4, Beltrão & Azevedo (1993).
A adubação nitrogenada adequada regulariza o ciclo das plantas evitando a
antecipação da maturação dos frutos, aumenta o peso de sementes e de capulhos e a
produção final. O comprimento de fibra é a característica mais beneficiada; em algumas
oportunidades demonstrou também melhorar a maturidade e o índice micronaire
(SILVA, 1999).
Para (STAUT, 1996, citado por MONDINO & GALIZZI, 2001), as exigências
nutricionais de qualquer vegetal está determinada pela quantidade de nutrientes que
extrai durante seu ciclo. O cultivo extrai uns 150 kg ha-1 de N, 20 kg ha-1 de P e 35 kg
ha-1 de K para produzir uns 2500 kg ha-1 de algodão.
As condições de fertilidade do solo, entre outros fatores, tem influenciado sobre a
qualidade da fibra. Poucos solos são capazes de abastecer naturalmente os
requerimentos nutricionais do vegetal a fim de obter altos rendimentos de fibra de boa
qualidade, por que naqueles terrenos com alguma deficiência, recorrer a uma
fertilização adequada pode melhorar os parâmetros tecnológicos que definem suas
qualidades (MONDINO & GALIZZI, 2001).
Para Oliveira et al., (1998) citado por Furlani et al., (2001) a aplicação de doses
crescentes de nitrogênio na cultura do algodoeiro (0; 60; 120; 180 kg ha-1 de N), a dose
de 120 kg ha-1 contribuiu para uma maior produtividade.
A produtividade e a altura de planta que reflete o crescimento foram alteradas pela
adição de nitrogênio ao solo, correspondendo os maiores rendimentos às plantas que
receberam até 150 kg ha-1 de N em cobertura, tal rendimento não diferiu
estatisticamente daquele obtido nas plantas que receberam 100 kg N ha-1 o qual foi
semelhante a 200 kg ha-1 de N que por sua vez superou àquela com 50 kg ha-1 de N que
também apresentou rendimento maior do que a testemunha sem nitrogênio
(MEDEIROS et al., 2001).
36
Quanto à altura de plantas, o menor valor que é o desejável, foi apresentado pela
dose de 100 kg ha-1 de N, enquanto que para peso de um capulho e finura, os maiores
valores foram obtidos pelas doses de 50 a 150 kg ha-1 de N (MEDEIROS et al., 2001).
Em estudos realizados por Furlani et al. (2001), analisaram valores superiores de
maturidade da fibra quando se efetuou a aplicação do nitrogênio aos 50 dias da
emergência das plantas, quando comparado com os tratamentos com aplicação aos 20 e
aos 30 dias. Sendo quatro momentos de aplicação (20, 30, 40 e 50 dias) e três doses de
N (30; 40; e 70 kg de N ha-1).
Silva et al. (1988) citado por Furlani et al. (2001) verificaram que na medida em
que se aumentam as doses de N de (0, 20, 40 e 60 kg ha-1) houve um efeito significativo
do aumento de doses, especialmente quando foi aplicado regulador de crescimento,
indicando uma interação entre estes dois insumos. Da mesma forma Campos et al.
(1995) citado por Furlani et al. (2001) relataram que à medida que se aumentou a dose
de N de 0 para 50, 100, 150 e 200 kg ha-1, houve um efeito significativo e diretamente
proporcional em termos de produtividade do algodão.
Para Mondino et al. (2001) as aplicações de N tanto a 50 quanto a 100 kg ha-1
melhoraram a resistência da fibra. A influência da fibra para o comprimento foi
inconsistente e variou de um ano para outro.
Oliveira et al. (1988) citado por Furlani et al. (2001) relataram que a aplicação de
doses crescentes de N à cultura do algodoeiro (0, 60, 120 e 180 kg ha-1) promoveram
um aumento da produtividade para a dose de 120 kg ha-1.
Foram analisados por Beltrão et al. (1988) a redução do crescimento vegetativo do
algodoeiro mediante capação, conjuntamente com adubação nitrogenada, observando
que a capação realizada aos 20 dias da emergência das plantas reduziu a produtividade
do algodão no caso da ausência de adubação nitrogenada.
Furlani et al. (2001) afirmam que quando se efetuou a aplicação de nitrogênio aos
30 dias após a emergência das plantas, pode-se constatar que as doses de 40 e 70 kg ha-
1 de N propiciaram os maiores valores de altura de plantas quando comparados àquele
verificado para a dose de 30 kg ha-1 de N.
Melo et al. (1999), estudando em casa de vegetação, os efeitos de quatro doses de
nitrogênio (0, 50, 100 e 150 kg ha-1 de nitrogênio) e três níveis de água (40%, 25% e
10%) da água doses disponíveis no solo sobre a produção de matéria seca do algodoeiro
herbáceo, constataram que a produção de matéria seca e o consumo de água pela cultura
sofreram efeitos lineares positivo com o aumento nos níveis de água disponível no solo,
37
cada acréscimo unitário da água disponível, sugere aumento de 0,23g de matéria seca,
cuja equação obtida sugere que o máximo (18,1g) seria atingido com 103,3 kg ha-1 de N
aplicado ao solo e que o consumo de água pela cultura cresceu com dose de N aplicadas
ao solo, numa taxa de 0,27 mm para cada kg de nitrogênio.
Petinare et al. (2001), com o objetivo de avaliar a o custo operacional da aplicação
de doses de nitrogênio (30, 40, 70 kg ha-1) e épocas de aplicação (20, 30, 40 e 50 dias
após a emergência na cultura do algodoeiro Gossypium hirsuntum L. cultivar IAC 22,
constatou que se considerarmos somente o custo operacional efetivo que considerar
apenas as despesas com operação e insumos os resultados econômicos são positivos
para todos os tratamentos. Quando se analisa os indicadores de lucratividade
considerando o custo total de produção a receita líquida, só foi positiva para os
tratamentos que alcançaram os maiores produções. O melhor resultado foi obtido pelo
tratamento que recebeu 70 kg ha-1 de nitrogênio aos vinte dias, representando o maior
índice de lucratividade e maior receita líquida.
inositol ou ácido fítico é o principal componente orgânico do solo que contém P, porém
diversas moléculas orgânicas, livres ou de frações de tecido em decomposição,
contribuem na formação da sua reserva orgânica.
Barber (1995) divide o P total presente no solo nas seguintes categorias gerais: i)
P como íons e compostos na solução do solo; ii) P adsorvido sobre a superfície de
constituintes inorgânicos; iii) minerais de P no solo, sejam cristalinos ou amorfos; e iv)
P como um componente da matéria orgânica do solo. Segundo este autor, na média os
solos agrícolas têm uma quantidade total de 1.000 kg ha-1 de P e as plantas cultivadas
podem retirar anualmente de 10 a 40 kg ha-1. A reserva de P no solo é, portanto, muito
pequena comparada com a retirada anual e pode se esgotar muito rapidamente,
especialmente porque a maior parte do P presente no solo não se encontra na forma
imediatamente disponível para a planta.
A concentração de P na solução do solo é extremamente baixa, variando de 0,1 a
10 µmolcL-1, raramente excedendo esses valores. As espécies químicas predominantes
em solução são o H2PO4- (principalmente) e o HPO42- (em pH alcalino). Seu movimento
no solo se dá por difusão em taxa extremamente lenta (10-12 a 10-15 m2 s-1) seguindo a
direção do gradiente de concentração criado na zona de depleção (0,2 a 1,0 mm) ao
redor das raízes da planta à medida que ocorre a absorção do nutriente pelas células
radiculares (SCHACHTMAN et al., 1998; VANCE et al., 2003). Seu movimento ou
fluxo difusivo no solo sobre fortemente à influência das características químicas e
físicas como umidade, teor de argila, mineralogia e densidade aparente do solo. A
redução da umidade e os aumentos dos teores de argila, de óxidos de ferro e de
densidade aparente reduzem dramaticamente o fornecimento desse nutriente para as
plantas (BARBER, 1995; NOVAIS & SMITH, 1999).
O P do fertilizante remanescente no solo é lentamente transformado para formas
menos disponíveis, por meio de reações de compostos insolúveis precipitados ou pela
difusão para o interior dos óxidos (ENGELSTAD & TERMAN, 1980; BARROW,
1985; RAIJ; 1991). Na ausência de adições anuais de fertilizantes fosfatados a
produtividade dependerá da quantidade e disponibilidade desse P residual acumulado no
solo (BARROW, 1980). Segundo Sousa & Lobato (2003), pode-se recuperar, em
ensaios de longa duração, todo ou algo muito próximo disso do P aplicado ao solo, em
um horizonte de 7 a 10 anos de cultivo.
O principal fator que reduz a disponibilidade do P aplicado no solo para as plantas
é a sua fixação no solo pelo fenômeno da adsorção. Segundo Lopes & Cox (1979), o
39
mostra que a quantidade de P a ser aplicada ao solo para se alcançar a produção máxima
em solo com pH 5,5 foi de 68 kg ha-1 de P2O5 ao passo que o máximo não foi obtido
com até 120 kg ha-1 de P2O5 em solo com pH 4,8. Neste ensaio, a melhor produtividade
alcançada foi quase 2 vezes superior no pH 5,2 com a dose de 68 kg ha-1 de P2O5 do que
na dose de 120 kg ha-1 no pH de 4,8. Assim, Silva et al (1995) e Silva, (1999) não
acreditam no alcance de produtividades máximas no algodoeiro cultivado em solos em
via de correção de seu teor de P na camada arável.
Para o algodoeiro, a necessidade quantitativa de P é menor que a necessidade de
nitrogênio. Entretanto, as quantidades de P2O5 utilizadas na cultura são geralmente mais
elevadas que as de nitrogênio, em decorrência da alta capacidade de fixação de fosfatos
nos solos, especialmente os de cerrado e, de maneira geral, os solos argilosos (LOPES,
1984), resultando, assim, em baixa recuperação pela planta do P aplicado ao solo. A
deficiência de P atrasa o desenvolvimento e as plantas crescem pouco, reduzem à
frutificação, retardando a colheita, o que afeta a qualidade da fibra, as folhas mostram-
se mais escuras e menores do que as normais e as produtividades são reduzidas. Podem
aparecer manchas ferruginosas nos bordos foliares, que evoluem para crestamento em
casos severos de deficiência (SILVA et al., 1995).
No algodão perene, Sousa & Crisóstomo (1980) encontraram correlações
significativas entre teores de P no limbo das folhas da haste principal e dos ramos
frutíferos com a produção.
Em geral, os teores de P na quinta folha a partir do ápice, no pique do
florescimento (75-85 DAE) e em condições não limitantes ao crescimento do algodoeiro
herbáceo, devem alcançar os valores de 2,5 a 4,0 g kg-1 para que a planta tenha um
desenvolvimento satisfatório e alcance sua máxima produtividade Silva, (1995) e Silva,
(1999).
Para o algodoeiro, em solos nunca ou raramente adubados, com baixo suprimento
de P e em terras ácidas ou em vias de correção, a resposta à adubação fosfatada supera a
de qualquer outro nutriente (SILVA, 1999). Nesse tipo de solo é pouco provável o
alcance das maiores produtividades potenciais da cultura já no primeiro ano de cultivo,
sendo necessário uma adubação corretiva completa e alguns anos de cultivo sucessivo
para que os teores de P na camada arável se elevem e maiores produtividades sejam
alcançadas (SILVA et al. 1995, SILVA 1999).
Devido à concentração relativamente alta de P nas sementes de algodão
(PASSOS, 1977), pois concentra 52,8% do total de P das plantas maduras
43
produto principal possui cerca de 400 aplicações industriais e que, desde o ano de 1995,
existe a previsão de que o Brasil deveria importar anualmente, até o ano 2000, cerca de
400.000 toneladas de pluma (PIMENTEL, 1995).
Tradicionalmente, a cotonicultura nordestina baseou-se na exploração de sequeiro;
no entanto, nos últimos anos, procurando minimizar os efeitos nocivos das secas
periódicas e das irregularidades das chuvas sobre o rendimento da cultura, muitos
agricultores começaram a mostrar interesse por sua exploração em regime de irrigação.
Uma das vantagens desse cultivo é o curto período de ocupação da área (110 a 150
dias), baixo consumo de água (450 a 650 mm) e uma boa produtividade, variando em
função do ciclo da cultivar utilizada e das condições edafoclimáticas. Entretanto, de
acordo com Oliveira & Campos (1992), o manejo inadequado da irrigação tem
contribuído para baixos rendimentos da cotonicultura irrigada no Nordeste.
Na região semi-árida do Nordeste brasileiro, onde se encontra a maior parte da
cotonicultura nordestina, a modernização da agricultura não ocorreu em certas áreas.
Isto pode ser explicado não só pela falta de interesse dos empresários da indústria têxtil
pela matéria prima regional, mas principalmente, pelo tradicionalismo da estrutura de
produção encontrada no campo (SANTOS & SANTOS, 1999).
Segundo Beltrão (1999) a região Nordeste já é um dos pólos mundiais de
consumo de algodão, cerca de 300.000 t de pluma ano-1 e necessita, portanto de ter sua
produção incrementada, no sentido de atender, no mínimo a sua demanda interna para
não depender do produto importado, que poderá ficar difícil e escasso no futuro.
Para a melhoria da produtividade e da qualidade extrínseca do algodão nordestino,
dependendo esta última da colheita e do armazenamento, tem-se que fazer difusão e
transferência de tecnologias não somente para os produtores, mas, também para os
beneficiadores e até para as indústrias, ressaltando-se ainda, se houver vontade coletiva,
pode-se produzir um dos melhores algodões do mundo (BELTRÃO, 1999).
O algodão colorido já era cultivado pelos incas há mais de 4.500 a.C. e por outros
povos antigos das Américas, África e Austrália. No Brasil, a cultivar BRS 200 –
Marrom obtida de um bulk (conjunto de linhagens fenotipicamente semelhantes) e
derivada do algodão mocó (arbóreo ou perene) é de natureza genética complexa
envolvendo pelo menos três espécies de algodão na sua origem; de certa forma é mais
complexo que o algodão de fibra branca (FREIRE et al., 1999).
Por ser uma cultivar de ciclo semi-perene (três anos de exploração econômica),
selecionada a partir de algodoeiros arbóreos nativos do semi-árido nordestino, possui
alto nível de resistência à seca, adequado a ser plantada no seridó e sertão,
preferencialmente nas localidades zoneadas para exploração do algodoeiro arbóreo.
Entretanto, pode ser explorada, também, sob condições irrigadas, no semi-árido, quando
possibilitará a obtenção de rendimentos de até 3.300kg de algodão em caroço por
hectare. Apresenta produtividade 64% superior as cultivares de algodoeiro mocó
(CNPA 5M), porém em condições de sequeiro sua produtividade é quase equivalente a
da CNPA 7MH apesar de em condições irrigadas, produzir 22 % a menos que a 7MH,
(EMBRAPA, 2000).
51
4. MATERIAL E MÉTODOS
A área experimental foi de 4200 m2, distando 350 m das lagoas de estabilização,
com uma diferença de nível de 5 m, uma declividade de 1,5%; o solo da área é um
Neossolo conforme (EMBRAPA, 1999), de textura média, franco-argilo-arenoso, com
pasto natural, cultivado anteriormente com algodão, milho e algodão respectivamente
em experimentos que estudaram tipos de água e doses de nitrogênio, irrigados por
superfície, utilizando sulcos. O último plantio foi feito com algodão no dia 03/11/2003.
Os dados meteorológicos referentes ao período de cultivo e coleta dos dados
estão na Tabela 4 a seguir.
Caixas de água
5000 L 3000 L
AA
AR
Filtros Rede
de tela Abastecimento
Filtro de disco
Motor-bombas
Filtro de areia
Retrolavagem
Água
Residuária
Legenda:
AA - Água de abastecimento
AR - Água residuária
- Registros
- Tubo de PVC de 50 mm
- Tubo de PVC de 32 mm
- Laterais de polietileno de 16 mm
Figura 4. Cabeçal de controle composto por filtro de areia, motobomba, filtro de disco,
filtros de tela e manômetros analógicos.
55
Legenda.
N - 90 kg de nitrogênio ha -1
N1 - 180 kg de nitrogênio ha -1
P - 60 kg de fósforo (P2O5) ha-1
N-P - com adubação N e P
Sem adubo - Sem adubação N e P
T - Tratamentos Adicionais
AR - Águas Residuárias, L = Lâmina, L1 = 367, L2 = 505, L3 = 643, L4 = 781
AA - Água de Abastecimento, LT = 643 mm
56
4.6. Adubações
Foram realizadas quatro coletas de solo para análise, a primeira foi uma coleta
geral da área com dez amostragens perfazendo uma amostra única, antes de ser montado
o sistema de irrigação e antes de ser divididas as parcelas experimentais, a segunda foi
depois de ser divididas às parcelas e antes do plantio, com coletas perfazendo uma
amostra composta das repetições para cada tratamento dentro do bloco. A terceira
coleta foi depois dos 94 dias após a emergência das plântulas, início das chuvas e o
término das irrigações, também com coletas perfazendo uma amostra composta das
repetições para cada tratamento dentro do bloco. A última coleta de solo foi realizada
depois da estação chuvosa no mês de setembro. O solo foi coletado na camada
superficial de 0-20 cm. Após a coleta o material do solo foi conduzido para o
laboratório, destorroado, colocado para secar a sombra, passado numa peneira de 2,0
mm (ABNT nº 10) e submetido à análise química.
1995). As análises para fins de irrigação, macro elementos e metais pesados foram
realizadas no laboratório de Irrigação e Salinidade (LIS/UFCG), e Laboratório de
Química e Fertilidade de Solo, UFPB, conforme (RICHARDS, 1965).
As lâminas de água foram estimas com base nos dados referentes à cultura do
algodão herbáceo, com espaçamento (E1) de 0,2 m entre plantas e (E2) 1 m entre linhas,
coeficiente de cultivo (Kc) de 0,9, fator de cobertura (Fc) de 0,70, evapotranspiração
potencial máxima (ETPmáx) de 5,2 mm dia-1 conforme (HARGREAVES, 1974),
eficiência da aplicação de água (Ef) de 0,95% chegando ao valor de 0,69 L planta dia-1
de acordo com a Equação 1, fazendo a transformação de mm dia-1 em L dia-1. A
variação das lâminas aplicadas com os diferentes volumes aplicados por dia
corresponderam a (133, 105, 76 e 48% da ETPmáx), que ao final de 94 dias com turno de
irrigação de 3,5 dias resultou nas lâminas de (692, 554, 416 e 278 mm).
−1
ETPmáx x E1 x E2 x Kc x Fc
VPL dia = (1)
Ef
Sendo:
VPL dia-1 – Volume planta por dia (L)
ETPmáx – Evapotranspiração potencial máxima (mm)
E1 – Espaçamento entre plantas (m)
E2 – Espaçamento entre linhas (m)
Kc – Coeficiente de cultivo
Fc – Fator de cobertura
Ef – Eficiência de distribuição de água (%)
Após o plantio até a germinação total das sementes que durou cinco dias foi
aplicada uma lâmina de 40 mm, em todos os tratamentos, a partir daí foi iniciado o
controle utilizando um turno de irrigação de 3,5 dias; A irrigação foi interrompida aos
94 dias, mas ainda houve uma precipitação pluvial de 89 mm após ter sido cessada a
irrigação, sendo essa precipitação contabilizada na lâmina final. Durante o experimento
foram realizadas três avaliações do sistema em 54 gotejadores sendo seis gotejadores
por linha lateral, os coeficientes de uniformidade de distribuição foram respectivamente
59
96,56; 93,55 e 95,58 %. A quantidade de efluente aplicado por planta e por área mais a
precipitação ocorrida no final do cultivo estão na Tabela 5.
A altura foi determinada em seis plantas por parcela do colo da planta até o
broto terminal aos 5, 25, 45, 65, 85 e 105 dias após a emergência (DAE), que foram
marcadas em cada tratamento e repetição.
A área foliar foi determinada com base nas medidas do comprimento da folha,
realizadas aos 25, 45, 65, 85 e 105 dias a contar da emergência das plântulas e a partir
da Equação 2, proposta por Grimes & Carter, (1969):
A biomassa foi determinada aos 5, 25, 45, 65, 85 e 105 dias após emergência das
plântulas (DAE), coletando-se duas plantas para determinação. Para o fornecimento do
peso da (BS), as plantas coletadas foram postas em sacos de papel, que identificados,
perfurados, foram colocadas para secar em estufa com ventilação forçada, a temperatura
de 65-70ºC por um período suficiente até atingir peso constante.
ALT2 − ALT1
TCACaule = (cm dia -1 ) (3)
t 2 − t1
sendo:
ALT – Altura da planta (cm);
t – Época da amostragem (dias).
61
AFL2 − AFL1
TCALimbo = (cm 2 dia -1 ) (4)
t 2 − t1
sendo:
AFL – Área foliar do limbo (cm2);
t – Época da amostragem (dias).
BF2 − BF1
TCABiomassa Folhas = (g dia -1 ) (5)
t 2 − t1
sendo:
BLT – Biomassa das folhas (g);
t – Época da amostragem (dias).
BTPA2 − BTPA1
TCABiomassa Total = (g dia -1 ) (6)
t 2 − t1
sendo:
FLT – Biomassa total parte aérea (g);
t – Época da amostragem (dias).
62
AFL
RAF = (7)
BPA
sendo:
AFL – Área foliar (cm2);
BPA – Biomassa da parte aérea (g).
ln(BTPA2 ) − ln(BTPA1 )
TCR Biomassa Total = (g g -1 dia -1 ) (9)
t 2 − t1
sendo:
ln – Logaritmo neperiano
BPA – Biomassa total da parte aérea da planta (g);
t – Época da amostragem (dias).
TCRFitomassa Fresca =
(
Log10 ALT x DC 2 )2
(
− Log10 ALT x DC 2 )1
(cm 3 cm -3 dia -1 ) (10)
t 2 − t1
sendo:
Log – Logarítimo de base 10;
ALT – Altura de planta (cm);
DC – Diâmetro do caule (cm);
t – Época de amostragem (dias).
ln (AFL 2 ) − ln (AFL1 )
TCR Limbo = (cm 2 cm - 2 dia -1 ) (11)
t 2 − t1
sendo:
ln – Logaritmo neperiano;
AFL – Área do limbo foliar (cm2);
t – Época da amostragem (dias).
64
ln ( ALT2 ) − ln ( ALT1 )
TCRCaule = (cm cm -1 dia -1 ) (12)
t 2 − t1
sendo:
ln – Logaritmo neperiano;
ALT – Altura da planta (cm);
t – Época da amostragem (dias);
ln (BF2 ) − ln (BF1 )
TCRBiomassa Folhas = (g g -1 dia -1 ) (13)
t 2 − t1
sendo:
ln – Logaritmo neperiano
BF – Biomassa das folhas (g)
t – Época da amostragem (dias)
Área Foliar
IAF = (m 2 m − 2 ) (14)
Área de solo
Estima quanto foi produzido (produto colhido) por unidade de volume de água
consumida ou aplicada para a produção, Equação 17:
A lg odão em caroço
EF = (kg ha −1mm −1 ) (17)
mm de água aplicada
foi feito o primeiro desbaste deixando 10 plantas m-1, o segundo desbaste foi realizado
aos 25 DAE deixando 5 plantas m-1, ficando 50 plantas na área útil. No controle das
ervas daninhas não foi usado herbicida, foram feitas capinas com enxadas aos 30 e 60
DAE. Para o controle de pragas e doenças realizou-se o Manejo Integrado de Pragas
(MIP) havendo necessidades da aplicação do inseticida e acaricida, Endosulfan, só aos
60 DAE. Aos 94 DAE foi cessada a irrigação por ocasião do início das chuvas, sendo
realizada depois de seis dias coletas de solo numa profundidade de 20 cm na área
experimental para posterior análise. A colheita foi realizada aos 127, 128 e 129 DAE,
quando todos os capulhos estavam totalmente abertos.
68
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 6. Resultado das análises física, química e de fertilidade do solo antes do cultivo.
Atributos Físicos e Hídricos Atributos Químicos e Fertilidade
-1
Areia (g kg ) 629 pH (H2O - 1:2,5) 7,06
Silte (g kg-1) 161 P2O5 mg dm-3 13,4
Argila (g kg-1) 210 K+ mmolc dm-3 6,7
Densidade (g cm-3) 1,43 Ca+2 mmolc dm-3 39,0
Porosidade total (%) 46,36 Mg+2 mmolc dm-3 45,4
CC - 0,033 MPa (%) 12,47 Na+ mmolc dm-3 4,2
PM - 1,5 MPa (%) 4,53 H+ mmolc dm-3 10,13
+3
Umidade gravimétrica (%) 18,82 Al mmolc dm-3 0,0
Água Disponível (%) 7,94 M.O. (g kg-1) 7,7
Nitrogênio (g kg-1) 0,38
Textura: Franco-argilo-arenosa
Análises realizadas no Laboratório de Irrigação e Salinidade, Departamento de Engenharia Agrícola,
UFCG.
Tabela 9. Aporte de nutrientes ao solo com base nas lâminas de água residuária
aplicadas durante a irrigação.
Lâminas
mm Amônia Nitrato Nitrito Fósforo P-orto Potássio Cálcio Magnésio Sulfato
(kg ha-1)
692 418,5 22,8 41,5 31,8 22,1 159,17 172,93 161,87 189,26
554 335,1 18,3 33,2 25,5 17,7 127,44 138,47 129,60 151,54
416 251,7 13,7 25,0 19,1 13,3 95,72 104,00 97,34 113,82
278 168,3 9,2 16,7 12,8 8,9 64,00 69,53 65,08 76,10
5.3. Crescimento
Figura 7. Detalhe na diferença de cor da folha das plantas entre os tratamentos irrigados
com água e com efluente.
Tabela 10. Resumo da análise de variância da altura da planta aos 25, 45, 65, 85 e 105
dias após a emergência das plântulas de algodoeiro irrigado sob diferentes lâminas de
água residuária, com e sem nitrogênio e fósforo.
Quadrados Médios
Fonte de Variação GL
25 DAE 45 DAE 65 DAE 85 DAE 105 DAE
Lâminas (L) 3 58,401** 149,848** 1773,472** 2673,74** 2699,63**
Nitrogênio (N) 1 42,751ns 30,241 ns
0,0001ns
105,02ns 80,08ns
Fósforo (P) 1 85,066* 0,016 ns
6,750 ns
438,02ns 752,08ns
LxN 3 31,237ns 8,660 ns
253,500 ns
418,96ns 287,86ns
LxP 3 24,012ns 9,062 ns
74,472ns
107,85ns 356,08ns
NXP 1 2,125ns 56,985 ns
8,333 ns
6,02ns 102,08ns
LxNxP 3 2,866ns 23,630ns 49,500ns 290,07ns 130,30ns
Fatorial vs
1 1112,008** 2437,225** 9130,083** 11770,89** 11183,34**
Adicional
Entre Adicionais 1 0,881ns 35,526ns 580,166ns 682,66ns 704,16ns
Tratamento 17 93,669** 184,329** 951,656** 1380,85** 1367,26**
Bloco 2 36,8535ns 221,542** 970,666* 146,74ns 79,46ns
Resíduo 34 12,543 31,559 230,450 239,27 218,26
Total 53
C.V (%) 10,85 10,43 15,98 13,28 11,31
*, **, ns. Significativo para 5%, 1% e não significativo, respectivamente pelo Teste F.
kg ha-1 até os 65 DAE, a partir dessa idade os valores foram maiores na ausência de
nitrogênio. Para o fósforo a altura da planta foi maior aos 25 DAE com a ausência do
adubo e no restante do ciclo em valores absolutos exceto aos 65 DAE.
No contraste do fatorial versus os tratamentos adicionais observa-se que as médias da
altura da planta do fatorial foram superiores para todos os estádios de desenvolvimento
da planta em comparação com os tratamentos adicionais, com médias de 135,63 e 89,83
cm para o fatorial e tratamentos adicionais respectivamente. Entre os tratamentos
adicionais as médias foram superiores em valores absolutos para os tratamentos que
foram adubados com 180 kg ha-1 de nitrogênio, com médias de 79 e 100,67 cm para 90
e 180 kg ha-1 de nitrogênio. Ferreira (2003), estudando níveis crescentes de nitrogênio e
águas residuárias e de abastecimento na irrigação do algodão cultivar BRS 187 8H,
encontrou alturas médias aos 120 DAE de 73,28 cm e 69,79 cm para água residuária e
abastecimento, respectivamente, inferior aos encontrados nessa pesquisa aos 105 DAE.
75
Tabela 11. Valores médios da altura de planta aos 25, 45, 65, 85 e 105 (DAE) das
plântulas em função de lâminas de água residuária, nitrogênio e fósforo na cultura do
algodoeiro.
25 DAE 45 DAE 65 DAE 85 DAE 105 DAE
Fatores
(cm) (cm) (cm) (cm) (cm)
Lâmina (mm)
781 35,90 60,83 95,58 124,50 150,92
643 31,00 55,51 86,92 113,50 138,67
505 35,32 56,24 84,67 107,42 129,17
367 34,68 52,25 79,67 99,25 120,00
Nitrogênio kg ha-1
0 33,33 a 55,41 a 99,54 a 123,12 a 136,91 a
90 35,33 a 57,00 a 99,54 a 120,16 a 134,33 a
Fósforo kg ha-1
0 35,55 a 56,22 a 99,16 a 124,66 a 139,58 a
60 32,89 b 56,19 a 99,91 a 118,62 a 131,66 a
Fatorial vs Tratamentos Adicionais
Fatorial 34,22 a 56,21 a 99,54 a 121,65 a 135,63 a
Adicionais 19,78 b 34,83 b 58,17 b 74,67 b 89,83 b
-1
Adicional 90 kg ha 19,4 a 32,41 a 48,33 a 64,00 a 79,00 a
Adicional 180 kg ha-1 20,7 a 37,25 a 68,00 a 85,33 a 100,67 a
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Para altura da planta aos 105 DAE em função das lâminas de água Figura 8A, o
efeito foi linear crescente, com acréscimos de 0,074 cm por milímetro de água aplicado
ao solo. Na figura 8B o efeito das lâminas sobre a altura da planta para os tratamentos
com nitrogênio (N), fósforo (P), e NP foram semelhantes, para o tratamento sem adubo
a altura da planta praticamente se equiparou aos demais tratamentos a partir da lâmina
de 600 mm, evidenciando que foi preciso certa quantidade de água residuária para então
a planta ser suprida nutricionalmente em relação aos tratamentos que foram adubados.
Na Figura 8C, a altura da planta em função dos dias, observa-se efeitos lineares
crescentes até os 105 DAE, com acréscimos de 1,27; 1,04 e 0,75 cm dia-1 para o fatorial
e os tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio respectivamente.
Na Figura 8D, com a mesma quantidade de água residuária e de abastecimento
aplicada sobre os tratamentos com água residuária e os adicionais com água de
abastecimento, observa-se as maiores alturas nos tratamentos que foram irrigados com
água residuária e nestes verifica-se que o tratamento sem adubo equipara-se em altura
em relação aos tratamentos adubados. Nas Figuras 8E e 8F a altura em função do
tempo, observa-se que praticamente não existe diferenças entre os tratamentos de N e P,
já em relação às lâminas aplicadas observa-se uma maior diferenciação a partir dos 65
76
DAE, com valores superiores para a lâmina de 781 mm, seguida das de 643; 505 e 367
mm.
A B
160 y = 0,0741**x + 92,156 160
150 R2 = 0,9949 140
Altura, c m
Altura, cm
140 120
130
100
120
80
110
60
100
367 505 643 781
367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
80 80
60
Altura, cm
60
40
20 90 kg y = 0,754x - 0,3781 R2 = 0,99 40
0
20
25 45 65 85 105
0
Dias Após a Emergência 90 N 180 N N P NP Sem
Fatorial 180 kg N 90 kg N Adubo
E F
150 150
120 120
Altura, cm
Altura, cm
90 90
60 60
30 30
0 0
25 45 65 85 105 25 45 65 85 105
Dias Após a Emergência Dias Após a Emergência
N P NP Sem Adubo 367 505 643 781 mm
Tabela 12. Resumo da análise de variância do diâmetro aos 25, 45, 65, 85 e 105 Dias
Após a Emergência (DAE) das plântulas do algodoeiro irrigado sob diferentes
lâminas de água residuária, com e sem nitrogênio e fósforo.
Quadrados Médios
Fonte de Variação GL
25 DAE 45 DAE 65 DAE 85 DAE 105 DAE
Lâminas (L) 3 1,138 ns 4,500 ns 28,549 ** 26,83 ** 147,51 **
Nitrogênio (N) 1 0,500 ns 4,440 ns
0,333 ns
8,25 ns 12,71 ns
Fósforo (P) 1 2,755 ns 9,013 ns
3,307 ns
1,88 ns 16,45 ns
LxN 3 1,367 ns 0,632 ns
0,448 ns
1,11 ns 16,82 *
LxP 3 0,053 ns 0,127 ns
2,185 ns
1,85 ns 40,47 **
NXP 1 0,025 ns 12,607 ns 6,163 ns 0,09 ns 0,38 ns
LxNxP 3 3,775 ** 0,551 ns
3,165 ns
6,07 ns 5,78 ns
Fatorial vs Adicional 1 33,388 ** 19,422 *
140,311 **
137,47 ** 202,67 **
Entre Adicionais 1 0,201 ns 0,001 ns
2,666 ns
0,37 ns 14,10 **
Tratamento 17 3,286 ** 3,701 ns 15,048 ** 15,04 ** 51,65 **
Bloco 2 1,547 ns 1,155 ns
0,407 ns
9,84 ns 11,87 ns
Resíduo 34 0,760 3,654 5,099 5,08 4,15
Total 53
C.V (%) 17,23 19,61 18,22 14,93 11,25
*, **, ns. Significativo para 5%, 1% e não significativo, respectivamente pelo Teste F.
Tabela 13. Valores médios do diâmetro das plantas aos 25, 45, 65, 85 e 105 (DAE) em
função de lâminas de água residuária, nitrogênio e fósforo na cultura do algodoeiro.
25 DAE 45 DAE 65 DAE 85 DAE 105 DAE
Fatores
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm)
Lâmina (mm)
781 5,62 10,53 15,12 17,92 22,47
643 4,94 10,26 13,48 16,35 21,33
505 5,56 9,70 12,00 14,78 16,76
367 5,29 9,17 11,58 14,35 16,44
-1
Nitrogênio kg ha
0 5,25 a 10,26 a 12,87 a 16,07 a 19,31 a
90 5,45 a 9,65 a 13,04 a 15,24 a 18,28 a
-1
Fósforo kg ha
0 5,59 a 10,39 a 12,70 a 15,85 a 18,21 a
60 5,11 a 9,52 a 13,22 a 15,46 a 19,38 a
Fatorial vs Tratamentos Adicionais
Fatorial 5,35 a 9,96 a 12,95 a 15,66 a 18,80 a
Adicionais 2,85 b 8,05 b 7,83 b 10,58 b 12,69 b
Adicional 90 kg ha-1 2,67 a 8,03 a 7,17 a 10,33 a 11,10 b
-1
Adicional 180 kg ha 3,03 a 8,07 a 8,50 a 10,83 a 14,17 a
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Diâm etro, m m
22
Diâm etro, m m
15
20
18 10
16
14 5
12
10 0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâmina, mm Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
20 20
15 15
10 0 kg y = 0,0246**x + 5,1905 10 2
5 2
R = 0,91 5 0 kg y = 0,0191*x + 7,2969 R = 0,71
0 0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
0 kg N 90 kg N 0 kg P 60 kg P
15 12
D iâm etro, m m
10 9
5 2
90kg y = 0,0958**x + 1,6308 R = 0,83 6
0
3
25 45 65 85 105
Dias após a emergência 0
90 N 180 N N P NP Sem
Fatorial 180 kg 90 kg Adubo
G H
20 25
Diâm etro, m m
Diâm etro, m m
15 20
10 15
5 10
5
0
0
25 45 65 85 105
25 45 65 85 105
Dias Após a Emergência
DAE
N P NP Sem Adubo 367 505 643 781
De acordo com o resumo da análise de variância para a área foliar Tabela 14,
observa-se que as lâminas de água só não influenciaram significativamente sobre a
área foliar aos 25 e 45 DAE, diferindo estatisticamente sobre a área foliar nos demais
estádios de desenvolvimento da planta. O efeito da ausência e presença de nitrogênio
só foi verificado sobre a área foliar aos 105 DAE. Na ausência e na presença de fósforo
não foi verificado efeito significativo sobre a área foliar. Houve interação dos três
fatores estudados lâmina, nitrogênio e fósforo sobre a área foliar aos 105 DAE. Na
Figura 10 é observado a cultura aos 12 e 27 dias após a emergência.
Figura 10. Parcelas com linha de gotejadores e plantas com 12 e 27 dias após a
emergência.
Tabela 14. Resumo da análise de variância da área foliar aos 25, 45, 65, 85 e 105 Dias
Após a Emergência (DAE) das plântulas do algodoeiro irrigado sob diferentes
lâminas de água residuária, com e sem nitrogênio e fósforo.
Fonte de Quadrados Médios
GL
Variação 25 DAE 45 DAE 65 DAE 85 DAE 105 DAE
Lâminas (L) 3 68725,65 ns 1219980,2 ns 31498245,17** 83984051,0 ** 164740311,0 **
Nitrogênio (N) 1 4611,88 ns 426217,37 ns 3270956,50 ns 883892,8 ns 53790303,0 *
Fósforo (P) 1 25682,62 ns 2716247,05 ns 449516,00 ns 10478333,6 ns 5712385,8 ns
LxN 3 12883,51 ns 1126628,96 ns 987717,08 ns
7492709,5 ns 6418413,6 ns
LxP 3 17225,07 ns 71741,02 ns 787076,72 ns
9396406,5 ns 14364839,0 ns
NXP 1 10968,04 ns 592558,52 ns 185035,65 ns
7156572,0 ns 6908418,8 ns
LxNxP 3 50358,4 ns 1599850,50 ns 2082837,23 ns 18380140,1 ns 316792216,0 *
Fatorial vs
1 865950,2** 15658968,2** 81449024,9** 141786482,5** 219198643,5**
Adicional
Entre
1 1052,58ns 992071,48ns 369971,97ns 1412892,7ns 42320969,8*
Adicionais
Tratamento 17 79755,49 ** 1908274,41 ns 11281890,2 ** 30557535,0 * 57619944,7 **
Bloco 2 22869,12 ns 8682560,78 ** 10792581,8 ** 2031801,4 ns 43642735,6 **
Resíduo 34 25126,75 1146534,75 3839336,3 12630148,1 8174778,0
Total 53
C.V (%) 30,47 33,26 37,78 23,56 27,02
*, **, ns. Significativo para 5%, 1% e não significativo, respectivamente pelo Teste F.
Na Tabela 15, pode-se observar os valores médios de área foliar nas cinco fazes
do ciclo da planta, verifica-se que para o fator nitrogênio a adubação com 90 kg ha-1
influenciou de forma negativa a área foliar tendo-se, portanto menor área foliar na
presença do adubo nitrogenado aos 105 DAE, com médias de 12.350,35 e 10.233,16
cm2 para ausência e presença de nitrogênio respectivamente. Para o fósforo pelo teste de
comparação de médias não houve diferenças entre os estádios, mais a área foliar foi
menor na ausência de fósforo só aos 65 e 105 DAE em valores absolutos.
No contraste do fatorial versus os tratamentos adicionais, observa-se que as
médias de área foliar do fatorial foram significativamente maiores em todos os estádios
em comparação com os tratamentos adicionais com médias de 11.291,76 e 4.880.85 cm2
para o fatorial e os tratamentos adicionais respectivamente aos 105 DAE. Entre os
tratamentos adicionais a área foliar para os tratamentos que foram adubados com 180 kg
ha-1 de nitrogênio foram superiores em todo o ciclo da planta em valores absolutos com
médias de 2225,01 e 7.536,69 cm2 para 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio respectivamente
aos 105 DAE.
82
Tabela 15. Valores médios da área foliar aos 25, 45, 65, 85 e 105 (DAE) em função de
lâminas de água residuária, nitrogênio e fósforo na cultura do algodoeiro.
25 DAE 45 DAE 65 DAE 85 DAE 105 DAE
Fatores
(cm2) (cm2) (cm2) (cm2) (cm2)
Lâmina (mm)
781 605,18 3113,00 7232,26 10639,01 17160,14
643 454,39 2313,98 5695,93 6998,73 12098,23
505 632,47 2294,96 3957,71 5457,83 8715,71
367 535,44 2214,04 3359,97 5100,88 7658,28
-1
Nitrogênio kg ha
0 574,75 a 2759,24 a 5880,40 a 7776,21 a 12350,35 a
90 555,15 a 2570,77 a 5358,31 a 7604,62 a 10233,16 b
-1
Fósforo kg ha
0 588,08 a 2902,89 a 5522,59 a 8107,74 a 10946,78 a
60 541,82 a 2427,12 a 5716,13 a 7273,09 a 11636,73 a
Fatorial vs Tratamentos Adicionais
Fatorial 564,95 a 2665,01 a 5619,36 a 7690,41 a 11291,76 a
Adicionais 162,01 b 951,52 b 1711,46 b 2484,45 b 4880,85 b
Adicional 90 kg ha-1 148,76 a 544,89 a 1463,14 a 1999,19 a 2225,01 b
-1
Adicional 180 kg ha 175,25 a 1358,14 a 1959,78 a 2969,72 a 7536,69 a
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
A área foliar cresceu com as lâminas de água aplicadas Figura 11A. Através dos
desdobramentos dos efeitos quantitativos das lâminas de água dentro dos tratamentos de
N e P, através da análise de regressão para os tratamentos de N, P e sem adubo o efeito
foi linear, com acréscimos de 31,0; 24,8 e 25,1 cm2 mm-1 Figura 11B, já para o
tratamento de NP o efeito foi quadrático com a área máxima estimada de 12329,69 cm2,
que seria atingida com 656,18 mm de água residuária. Verifica-se, portanto que a
adubação com 90 kg ha-1 de N e 60 kg ha-1 de fósforo, existiu um excesso de nutrientes
no solo disponível para planta, diminuindo a área fotossintética, havendo com isso
necessidade de redução da lâmina aplicada.
No fatorial versus os tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de N, houve
efeito linear crescente para a área foliar com o tempo Figura 11C, e de acordo com as
equações os acréscimos foram de 131,3; 82,3 e 26,7 cm2 dia-1. Com a mesma lâmina
aplicada de 643 mm, Figura 11D, observa-se os baixos valores de área foliar nos
tratamentos irrigados com água de abastecimento, nos tratamentos com água residuária
os tratamentos adubados com fósforo obtiveram os maiores valores sinalizando então
que a adubação fosfatada por enquanto foi benéfica para o crescimento em área foliar da
planta para a lâmina de 643 mm. A área foliar em função do tempo figuras 11E e 11F
observam-se para os tratamentos de N e P que a partir dos 65 DAE para os tratamentos
com adubo fosfatado e para os sem adubo a área foliar foi superior, com isso pode-se
83
entender que a área foliar foi inferior quando se fez adubação com nitrogênio e fósforo
de que quando se usou somente o fósforo; e para os tratamentos de lâminas de água.
N P NP Sem Adubo B
A 25000
-1
Á. Foliar, cm planta
20000
Á . F oliar, cm2 planta-1
20000
15000
2
15000
10000
10000 5000
5000 0
367 505 643 781
0 Lâminas. mm
N y = 31,007*x - 7629,1 R2 =
367 505 643 781
0,71
P y = 24,82**x - 1930,8 R2 =
Lâmina, mm 0,90
NP y = -0,0703**x2 + 92,252x - 17935 R2 = 0,95
S. Adubo y = 25,105**x - 1429,3 R2 = 0,89
C D
12000 Fatorial 180 kg N 90 kg N 643 mm
Á. Foliar, cm2 planta-1
9000 7000
Á . F oliar, c m 2 planta-1
6000 6000
5000
3000
4000
0 3000
25 45 65 85 105
2000
Dias Após a Emergência
1000
Fat. y = 131,34**x - 3225,1 R2 = 0,97 0
180 y = 82,355*x - 2690 R2 = 0,80 90 N 180 N N P NP Sem
90 y = 26,792**x - 532,55 R2 = 0,98 Adubo
E F
15000 18000
Á. Foliar, cm2 planta-1
12000 15000
12000
9000
9000
6000
6000
3000 3000
0 0
25 45 65 85 105 25 45 65 85 105
Dias Após a Emergência Dias Após a Emergência
Figura 11. Área foliar do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de lâminas de água
residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois tratamentos
adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de abastecimento.
84
Tabela 16. Resumo da análise de variância da biomassa total da planta aos 25, 45 65, 85
e 105 Dias Após a Emergência (DAE) das plântulas do algodoeiro irrigado sob
diferentes lâminas de água residuária, com e sem nitrogênio e fósforo.
Quadrados Médios
Fonte de Variação GL
25 DAE 45 DAE 65 DAE 85 DAE 105 DAE
Lâminas (L) 3 4,95 ns 45,83 * 2996,27 ** 12222,35 ** 155373,73 **
Nitrogênio (N) 1 4,80 ns 16,04 ns 106,56 ns 3345,01 ns 42733,86 **
ns ns ns ns
Fósforo (P) 1 6,44 23,47 160,96 527,35 678,37 ns
LxN 3 4,33 ns 4,49 ns 149,50 ns 3311,93 ns 15647,12 ns
ns ns ns ns
LxP 3 1,65 13,74 263,99 261,56 2039,50 ns
ns ns ns ns
NXP 1 3,10 0,008 22,27 85,60 1167,91 ns
LxNxP 3 6,42 ns 46,32 * 139,84 ns 426,68 ns 3009,37 ns
** ** ** **
Fatorial vs Adicional 1 23,60 552,77 9194,92 59096,70 198185,12 **
ns ns ns ns
Entre Adicionais 1 4,16 10,66 80,74 136,32 14181,48 ns
Tratamento 17 5,54 ns 55,02 ** 1189,07 ** 6579,92 ** 46185,64 **
* *
Bloco 2 20,29 39,93 1050,14 * 10967,31** 32121,48 **
Resíduo 34 5,11 11,08 244,29 2250,20 5511,72
Total 53
C.V (%) 42,38 21,25 13,90 16,32 26,15
*, **, ns. Significativo para 5%, 1% e não significativo, respectivamente pelo Teste F.
85
Tabela 17. Valores médios da biomassa total da planta aos 25, 45 65, 85 e 105 DAE em
função de lâminas de água residuária, nitrogênio e fósforo na cultura do algodoeiro.
25 DAE 45 DAE 65 DAE 85 DAE 105 DAE
Fatores
(g) (g) (g) (g) (g)
Lâmina (mm)
781 6,13 19,46 84,09 192,72 410,32
643 4,65 16,87 64,19 148,94 396,44
505 5,78 16,02 57,75 130,01 222,57
367 5,73 14,85 46,34 116,16 197,84
Nitrogênio kg ha-1
0 5,25 a 17,37 a 64,88 a 157,17 a 335,15 a
90 5,88 a 16,22 a 61,90 a 140,48 a 275,48 b
-1
Fósforo kg ha
0 5,20 a 17,50 a 61,55 a 152,14 a 301,56 a
60 5,93 a 16,10 a 65,22 a 145,51 a 309,08 a
Fatorial vs Tratamentos Adicionais
Fatorial 5,57 a 16,80 a 63,39 a 148,83 a 305,32 a
Adicionais 3,47 b 6,62 b 21,87 b 43,56 b 112,55 b
-1
Adicional 90 kg ha 2,63 a 5,29 a 18,20 a 38,77 a 63,94 a
Adicional 180 kg ha-1 4,30 a 7,95 a 25,54 a 48,34 a 161,17 a
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
86
O efeito foi linear crescente para biomassa total aos 105 DAE em função das
lâminas de água, Figura 12A, com acréscimos de 0,58 g por mm de água aplicado ao
solo. Na Figura 12B, observa-se os tratamentos que foram adubados com fósforo e os
sem adubação, a biomassa total foi maior do que os tratamentos que receberam
nitrogênio a partir dos 505 mm. Para o fatorial e os tratamentos adicionais Figura 12C,
houve efeito linear crescente para a biomassa total em função do tempo, com
acréscimos de 3,6; 1,7 e 0,7 g dia-1 para o fatorial, 90 e 180 kg ha-1 respectivamente.
Com a mesma quantidade de água Figura 12D, os tratamentos adicionais tiveram
a biomassa total inferior ao fatorial, e nos tratamentos de N e P houve uma maior
biomassa na presença do adubo fosfatado, bem como, na ausência dos nutrientes;
verifica-se, portanto, que de acordo com as variáveis avaliadas até o presente momento,
o crescimento da planta não sofreu quaisquer detrimento em virtude da ausência dos
adubos fosfatado e nitrogenado. Nas figuras 12E e 12F observa-se que houve efeito
semelhante ao da área foliar, na presença de P e na ausência de adubo, verifica-se os
maiores valores de biomassa total tendo o efeito mais evidente a partir dos 85 DAE;
com biomassa total superior para as lâminas maiores 643 e 781 mm.
Os valores de biomassa da parte aérea estão muito acima dos encontrados por
Ferreira, (2003) estudando níveis crescentes de nitrogênio e águas residuárias e de
abastecimento na irrigação do algodão, cultivar BRS 187-8H em campo, encontrou
biomassa da parte aérea aos 120 DAE de 49,95 e 46,25 g para água residuária e
abastecimento, respectivamente, que não diferiram estatisticamente.
87
A B
500 y = 0,5879**x - 30,665 600
-1
B. Total, g planta -1
B. Total, g planta
400 2
R = 0,8726 500
400
300
300
200 200
100 100
0 0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
320 C 643 mm D
Fatorial 180 kg N 90 kg N
-1
B. Total, g planta
240 160
140
160
-1
120
B. Total planta
80 100
0 80
25 45 65 85 105 60
40
Dias Após a Emergência 20
Fat. y = 3,663*x - 130,25 R2 = 0,87
0
180 y = 1,7707*x - 65,632 R2 = 0,75 90 N 180 N N P NP Sem
90 y = 0,7804**x - 24,964 R2 = 0,92 Adubo
E F
420 420
B. Total, g planta -1
B. Total, g planta -1
360 360
300 300
240 240
180 180
120 120
60 60
0 0
25 45 65 85 105 25 45 65 85 105
Dias Após a Emergência Dias Após a Emergência
Figura 12. Biomassa total da planta do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de
lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois
tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de
abastecimento.
DAE, entre lâmina e nitrogênio, lâmina e fósforo, e os três fatores lâmina, nitrogênio e
fósforo. Houve efeito significativo entre os blocos aos 65 e 105 DAE, os coeficientes de
variação foram bons.
Tabela 18. Resumo da análise de variância da biomassa das folhas aos 45, 65, 85 e 105
dias após a emergência das plântulas do algodoeiro irrigado com diferentes lâminas
de água residuária, com e sem nitrogênio e fósforo.
Quadrados Médios
Fonte de Variação GL
45 DAE 65 DAE 85 DAE 105 DAE
Lâminas (L) 3 17,658 ** 337,03 **
1127,38 ** 3584,56 **
Nitrogênio (N) 1 14,257 * 48,74 ns
205,13 ns 2640,48 **
Fósforo (P) 1 37,736 ** 40,35 ns 20,34 ns 575,67 ns
LxN 3 6,306 * 24,33 ns
389,54 ns 221,57 ns
LxP 3 7,963 * 36,66 ns
21,45 ns 613,51 ns
NXP 1 1,428 ns 2,88 ns 80,31 ns 114,97 ns
LxNxP 3 13,348 ** 10,91 ns
83,57 ns 264,74 ns
Fatorial vs Adicional 1 127,270 ** 1183,42 ** 3323,39 ** 5852,74 **
Entre Adicionais 1 2,653 ns 11,70 ns 40,09 ns 1820,73 **
Tratamento 17 18,774 ** 154,90 ** 502,07 ** 1473,99 **
Bloco 2 5,250 ns 179,00 **
530,39 ns 2177,03 **
Resíduo 34 2,093 32,56 172,82 251,10
Total 53
C.V (%) 19,91 11,33 16,71 24,27
*, **, ns. Significativo para 5%, 1% e não significativo, respectivamente pelo Teste F.
Nos valores médios para biomassa das folhas Tabela 19, observa-se que para os
tratamentos de nitrogênio as médias da biomassa das folhas na ausência da adubação
foram maiores aos 45 e 105 DAE com médias de 76,38 e 61,55 g para 0 e 90 kg ha-1 de
nitrogênio respectivamente aos 105 DAE. Para o fósforo apesar de não ter havido efeito
significativo sobre a biomassa das folhas aos 105 DAE, as médias foram 65,50 e 72,43
para 0 e 60 kg ha-1 de P2O5 respectivamente.
No contraste do fatorial versus os tratamentos adicionais observa-se que as médias
da biomassa das folhas do fatorial foram sempre maiores do que os tratamentos
adicionais com média de 68,97 e 35,84 g para o fatorial e os tratamentos adicionais
respectivamente aos 105 DAE. Entre os tratamentos adicionais as médias de biomassa
das folhas foram maiores para os tratamentos que foram adubados com 180 kg ha-1 de
nitrogênio, com médias de 14,42 e 53,26 g para 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio
respectivamente.
89
Tabela 19. Valores médios da biomassa da folhas aos 45, 65, 85 e 105 DAE em função
de lâminas de água residuária, nitrogênio e fósforo na cultura do algodoeiro.
Fatores 45 DAE (g) 65 DAE (g) 85 DAE (g) 105 DAE (g)
Lâminas (mm)
781 9,61 33,31 53,96 88,14
643 7,42 27,16 41,16 80,31
505 7,22 23,70 37,44 56,87
367 6,99 20,36 33,11 53,40
-1
Nitrogênio kg ha
0 8,35 a 27,86 a 43,05 a 76,38 a
90 7,26 b 25,85 a 38,91 a 61,55 b
Fósforo kg ha-1
0 8,69 a 25,94 a 41,63 a 65,50 a
60 6,92 b 27,77 a 40,33 a 72,43 a
Fatorial vs Tratamentos Adicionais
Fatorial 7,81 a 26,86 a 40,98 a 68,97 a
Adicionais 2,92 b 11,96 b 16,02 b 35,84 b
Adicional 90 kg ha-1 2,26 b 10,57 a 13,44 a 14,42 b
-1
Adicional 180 kg ha 3,59 a 13,36 a 18,61 a 53,26 a
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
A biomassa das folhas aos 105 DAE Figura 13A, cresceu linearmente com o
aumento das lâminas de água com acréscimos de 0,09 g mm-1. Na figura 13B verifica-se
que no tratamento com a presença de NP a biomassa das folhas é maior até os 505 mm,
com o aumento da lâmina a biomassa das folhas dos tratamentos só com fósforo e os
sem adubação aumentou tornando-se maior que os tratamentos que receberam
nitrogênio. Novamente verifica-se efeito linear crescente em função do tempo da
biomassa das folhas para o fatorial e os tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de
nitrogênio, Figura 13 C, com acréscimos de 0,84; 0,59 0,23 g dia-1, respectivamente.
Com a mesma lâmina de água constata-se na figura 13D, valores superiores da biomassa
das folhas das plantas irrigadas com água residuária em relação aos tratamentos
adicionais. A biomassa das folhas em função do tempo para os tratamentos de NP e para
lâminas Figuras 13E, nota-se que a maior biomassa foi na presença de fósforo e na
ausência de adubo; e entre as lâminas Figura 13F, as maiores biomassas foram para as
lâminas maiores.
90
A B
120 120
-1
-1
y = 0,0919**x + 16,228
B. Folhas, g planta
B. Folhas, g planta 100 2
R = 0,897
100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
80
70
60 35
50 30
B. Folhas g planta-1
40
30 25
20
10 20
0
15
25 45 65 85 105
10
Dias Após a Emergência
5
Fat. y = 0,8408**x - 25,158 R2 = 0,95
2
0
180 y = 0,5903**x - 20,259 R = 0,80 90 N 180 N N P NP Sem
90 y = 0,2326**x - 5,9665 R2 = 0,97 Adubo
E F
-1
-1
100 100
B. Folhas, g planta
B. Folhas, g planta
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
25 45 65 85 105 25 45 65 85 105
Figura 13. Biomassa das folhas do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de lâminas
de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois tratamentos
adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de abastecimento.
Tabela 20. Resumo da análise de variância da biomassa dos ramos aos 45, 65, 85 e 105
dias após a emergência das plântulas do algodoeiro irrigado com diferentes lâminas
de água residuária, com e sem nitrogênio e fósforo.
Fonte de Quadrados Médios
GL
Variação 45 DAE 65 DAE 85 DAE 105 DAE
ns ** **
Lâminas (L) 3 8,984 1045,16 2615,92 10329,32 **
Nitrogênio (N) 1 0,052 ns 7,38 ns 262,82 ns 1781,08 ns
ns ns ns
Fósforo (P) 1 1,683 145,15 141,04 13,70 ns
LxN 3 15,568 ns 19,63 ns 662,02 ns 1447,97 ns
ns ns ns
LxP 3 1,438 67,43 17,20 1297,61 ns
NXP 1 1,212 ns 4,54 ns 116,936 ns 48,30 ns
ns ns ns
LxNxP 3 11,655 44,33 138,17 555,64 ns
Fatorial vs
1 149,566 ** 2553,0 ** 7459,05 ** 11287,48 **
Adicional
Entre Adicionais 1 2,680 ns 22,38 ns 49,93 ns 1338,02 ns
ns ns **
Tratamento 17 15,772 368,36 1078,22 3256,48 **
Bloco 2 64,208 ** 419,56 ** 1072,50 ns 5483,19 **
Resíduo 34 8,378 79,64 331,25 558,62
Total 53
C.V (%) 24,43 16,87 19,00 34,43
*, **, ns. Significativo para 5%, 1% e não significativo, respectivamente pelo Teste F.
Tabela 21. Valores médios da biomassa dos ramos aos 45, 65, 85 e 105 DAE em função
de lâminas de água residuária, nitrogênio e fósforo na cultura do algodoeiro.
45 DAE 65 DAE 85 DAE 105 DAE
Fatores
(g) (g) (g) (g)
Lâminas (mm)
781 9,35 42,31 71,17 102,92
643 9,45 28,72 50,41 95,04
505 9,25 26,31 42,38 50,36
367 8,30 20,21 36,40 46,71
-1
Nitrogênio, kg ha
0 9,02 a 29,77 a 53,12 a 79,84 a
90 8,96 a 28,99 a 48,44 a 67,66 a
Fósforo, kg ha-1
0 8,80 a 27,64 a 52,50 a 74,29 a
60 9,18 a 31,12 a 49,07 a 73,22 a
Fatorial vs Tratamentos Adicionais
Fatorial 8,99 a 29,39 a 50,79 a 73,76 a
Adicionais 3,70 b 7,51 b 13,39 b 27,75 b
Adicional 90 kg ha-1 3,03 a 5,58 a 10,51 a 12,82 a
-1
Adicional 180 kg ha 4,37 a 9,44 a 16,28 a 42,69 a
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
A B
140 140
B. Caule + Ramos, g
B. Caule + Ramos, g
y = 0,1546*x - 14,968
120 2
120
100 R = 0,881 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
C D
B. Caule + Ramos, g
643 mm
80 Fatorial 180 kg N 90 kg N
50
60
B. Caule + Ramos, g
40 40
20 30
0
20
25 45 65 85 105
Dias Após a Emergência 10
Fat. y = 0,911**x - 26,121 R2 = 0,97
0
180 y = 0,4552*x - 14,299 R2 = 0,79 90 N 180 N N P NP Sem
2
90 y = 0,1438**x - 2,2224 R = 0,99 Adubo
E F
B. Caule + Ramos, g
100
B. Caule + Ramos, g
120
80 100
60 80
40 60
40
20
20
0 0
25 45 65 85 105 25 45 65 85 105
Dias Após a Emergência Dias Após a Emergência
Figura 14. Biomassa do caule e ramos do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de
lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois
tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de
abastecimento.
Tabela 22. Resumo da análise de variância da biomassa dos frutos aos 65, 85 e 105 dias
após a emergência das plântulas do algodoeiro irrigado com diferentes lâminas de
água residuária, com e sem nitrogênio e fósforo.
Quadrado Médios
Fonte de Variação GL
B. Frutos 65 B. Frutos 85 B. Frutos 105
Lâminas (L) 3 27,84 ** 685,86 ns 54706,32 **
ns ns
Nitrogênio (N) 1 0,08 747,10 12799,12 *
Fósforo (P) 1 34,56 * 42,99 ns 3311 ns
ns ns
LxN 3 5,66 191,42 7020,90 *
LxP 3 5,20 ns 91,40 ns 1325,08 ns
ns ns
NXP 1 4,45 109,77 2688,16 ns
LxNxP 3 3,47 ns 93,72 ns 5475,19 ns
** **
Fatorial vs Adicional 1 115,66 9823,24 68871,64 **
Entre Adicionais 1 0,69 ns 2,78 ns 1586,97 ns
** ns
Tratamento 17 16,58 818,42 17150,68 *
Bloco 2 2,71 ns 2782,96 * 6453,62 ns
Resíduo 34 6,11 587,72 2205,29
Total 53
C.V (%) 19,45 22,20 12,96
*, **, ns. Significativo para 5%, 1% e não significativo, respectivamente pelo Teste F.
Na Tabela 23, as médias da biomassa dos frutos para cada fator estudado,
observa-se que para os tratamentos de nitrogênio as médias aos 105 DAE foram 178 e
146 g para 0 e 90 kg ha-1 respectivamente. Nos tratamentos de fósforo as médias aos 65
DAE foram 7,9 e 6,2 g para 0 e 60 kg ha-1 de P2O5. No contraste entre o fatorial e os
tratamentos adicionais as médias do fatorial foram maiores nas três amostragens da
biomassa do fruto chegando aos 105 DAE com 162 e 48,96 g para o fatorial e
tratamento adicional respectivamente. Entre os tratamentos adicionais as médias de
biomassa do fruto foram 32,70 e 65,22 g para 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio
respectivamente.
95
Tabela 23. Valores médios da biomassa dos frutos aos 65, 85 e 105 DAE em função de
lâminas de água residuária, nitrogênio e fósforo na cultura do algodoeiro.
Fatores 65 DAE (g) 85 DAE (g) 105 DAE (g)
Lâminas (mm)
781 8,38 67,67 220,07
643 8,39 57,13 221,33
505 6,15 52,70 113,76
367 5,38 50,74 95,79
-1
Nitrogênio, kg ha
0 7,09 a 61,00 a 178,0 a
90 7,01 a 53,11 a 146,0 b
-1
Fósforo, kg ha
0 7,90 a 58,00 a 161,76 a
60 6,20 b 56,11 a 163,42 a
Fatorial vs Tratamentos Adicionais
Fatorial 7,05 a 57,06 a 162,60 a
Adicionais 2,40 b 14,14 b 48,96 b
Adicional 90 kg ha-1 2,06 a 14,82 a 32,70 a
-1
Adicional 180 kg ha 2,74 a 13,46 a 65,22 a
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
A 0 kg N 90 kg N B
300 300
-1
-1
B. Frutos, g planta
221,3 220,1 250
B. Frutos, g planta
250
200
200
150
150 113,8
95,8 100
100
50
50
0
0
367 505 643 781
367 505 643 781
Lâminas, mm
Lâminas, mm 0 kg y = 0,435*x - 70,749
2
R = 0,75
2
90 kg y = 0,2613**x - 3,4148 R = 0,94
C D
350 Fatorial 180 kg N 90 kg N
-1
200
B. Frutos, g planta -1
B. Frutos, g planta
300 160
250 120
200
80
150
40
100
0
50
0 65 75 85 95 105
367 505 643 781 Dias Após a Emergência
2
Fat. y = 3,8921**x - 255,21 R = 0,96
Lâminas, mm 2
180 y = 1,5622*x - 105,64 R = 0,87
2
N P NP Sem Adubo 90 y = 0,766**x - 48,584 R = 0,99
643 mm E F
200
-1
B. Frutos, g planta
120
150
-1
100
B. Frutos, g planta
100
80
60 50
40 0
20 65 75 85 95 105
G
-1
240
B. Frutos, g planta
200
160
120
80
40
0
65 75 85 95 105
Dias Após a Emergência
Figura 15. Biomassa dos frutos do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de lâminas
de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois tratamentos
adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de abastecimento.
significativo sobre o número de frutos aos 105 DAE. Não houve efeito sobre o número
de botões e frutos nos intervalos de tempo avaliados das interações entre os três fatores
estudados lâminas, nitrogênio e fósforo.
No contraste do fatorial versus os tratamentos adicionais, foi notória a diferença
significativa entre os números de botões florais e frutos nos intervalos de tempo
avaliados, exceto para o número de botões aos 85 DAE; não houve, portanto, efeito
entre os tratamentos adicionais sobre as variáveis avaliadas. Só houve efeito
significativo entre blocos para o número de botões aos 45 DAE; os coeficientes de
variação são relativamente altos por se tratar de dados de contagem, sendo assim houve
uma transformação nos dados.
Tabela 24. Resumo da análise de variância dos números de botões florais e números de
frutos por planta, a cada 20 dias após a emergência das plântulas do algodoeiro,
irrigado água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo.
Quadrados Médios
Fonte de Variação GL ----------- N° Botões ------------ ---------- N° Frutos -------------
45 DAE 65 DAE 85 DAE 65 DAE 85 DAE 105 DAE
ns ** **
Lâminas (L) 3 0,006 5,47 7,75 2,386** 3,20* 12,29**
Nitrogênio (N) 1 0,08ns 0,16ns 0,96ns 0,075ns 0,707ns 8,01**
ns ns ns ns ns
Fósforo (P) 1 0,58 0,02 0,53 0,708 0,431 0,34ns
ns ns ns ns ns
LxN 3 0,11 1,19 3,79 0,330 0,588 1,19ns
LxP 3 0,07ns 0,08ns 0,56ns 0,236ns 0,170ns 0,72ns
ns ns ns ns ns
NXP 1 0,11 1,27 2,32 0,997 1,418 0,83ns
ns ns ns ns ns
LxNxP 3 0,12 0,90 1,08 0,412 0,643 0,35ns
Fat. vs Adicional 1 9,033** 11,00** 4,45ns 2,100* 20,248** 31,52**
ns ns ns
Entre Adicionais 1 1,092 0,12 3,26 0,864ns ,0009ns 0,34ns
** ns ns ns ns
Bloco 2 1,31 1,33 0,38 0,267 0,286 0,88ns
Resíduo 34 0,191 1,10 1,62 0,468 0,910 0,48
Total 53
C.V (%) 15,49 20,63 34,22 25,23 18,75 12,96
*, **, ns. Significativo para 5%, 1% e não significativo, respectivamente pelo Teste F.
1
Dados transformados em y = √x+1
Tabela 25. Valores médios dos números de botões florais e números de frutos por
planta, a cada 20 dias após a emergência das plântulas do algodoeiro cultivar BRS
200, em função de lâminas de água residuária, nitrogênio e fósforo.
--------------- N° Botões ---------------- ---------------- N° Frutos ----------------
Fatores
45 DAE 65 DAE 85 DAE 65 DAE 85 DAE 105 DAE
Lâminas (mm)
781 2,96 6,22 4,77 3,18 5,89 6,59
643 3,00 5,19 3,97 3,09 5,53 6,47
505 2,94 8,83 3,37 2,37 4,70 4,99
367 2,97 4,75 2,91 2,35 5,09 4,60
Nitrogênio kg ha-1
0 3,01 a 5,30 a 3,61 a 2,71 a 6,17 a 6,07 a
90 2,92 a 5,19 a 3,89 a 2,79 a 6,42 a 5,26 b
Fósforo kg ha-1
0 3,08 a 5,22 a 3,65 a 2,87 a 6,21 a 5,75 a
60 2,86 a 5,27 a 3,86 a 2,63 a 6,38 a 5,58 a
Fatorial vs Tratamentos Adicionais
Fatorial 3,83 a 5,25 a 3,75 a 2,75 a 5,30 a 5,66 a
Adicionais 1,66 b 3,81 b 2,84 a 2,12 b 3,35 b 3,23 b
Adic. 90 kg ha-1 1,24 a 3,67 a 2,10 a 2,52 a 4,21 a 3,82 a
Adic. 180 kg ha-1 2,09 a 3,96 a 3,38 a 3,30 a 4,26 a 4,36 a
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
transformados em y = √x+1
nitrogênio e os que não receberam adubo foram, em média, maiores que os demais. Aos
65 DAE, o número de botões foi maior para os tratamentos não adubados e para os que
foram adubados com nitrogênio e fósforo. Aos 85 DAE o número de botões do
tratamento que não foi adubado foi menor, denotando-se que os mesmos botões foram
fertilizados, formando frutos; de certa forma, observa-se a precocidade do tratamento
que não foi adubado. Ainda na Figura 16D, para o tratamento que recebeu nitrogênio o
número de botões aos 85 DAE ainda foi elevado, fato este devido ao crescimento
vegetativo da planta, que estimula o surgimento de botões florais.
Na Figura 16E, constata-se que o número de botões florais do fatorial nas três
épocas amostradas foi maior em comparação com os tratamentos adicionais e que o
número médio de botões para todos os tratamentos, foi maior aos 65 DAE com média
de 28 botões por planta, diminuindo em seguida, aos 85 DAE por ocasião da formação
de frutos.
Na Figura 16F, os tratamentos adubados com N e na presença de N-P
conjuntamente, tiveram o maior número médio de botões florais nas três épocas de
amostragem, sendo inferior nos tratamentos de fósforo e nos sem adubo, o que não era
esperado, de acordo com as variáveis anteriores, mas observando melhor veremos que
esse fato ocorreu devido a uma parte dos botões que formaram frutos e não foram
contabilizados.
101
A B
30 50 45 65 85 DAE
N o . Botôes planta-1
-1
N°. Botões planta
25 40
20 30
15 20
10
10
5
0
0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm
Lâminas, mm
65 y = 0,0382*x + 6,0382 R2 = 0,82
N P NP Sem Adubo 85 y = 0,0341**x - 4,4243 R2 = 0,98
C D
50 40
N°. Botões planta-1
28 E 643 mm F
30
N°. Botões planta-1
25 25
20 15 15 12
-1
13,0 20
N . Botões planta
15
8
10 4 4,3 15
5 0,7
10
0
45 65 85 5
o
40 A
65 85 105 DAE B
-1
N . Frutos planta
-1
30 50
N . Frutos planta
40
20 30
20
10 10
0
o
o
0 367 505 643 781
367 505 643 781
Lâminas, mm
2
Lâminas. mm 105 y = 0,0642**x - 4,1745 R = 0,91
2
85 y = 0,0226*x + 14,922 R = 0,66
N P NP Sem Adubo 2
65 y = 0,0137*x - 0,9573 R = 0,79
C D
50 40
N°. Frutos planta-1
E 643 mm F
40 32,8
N°. Frutos planta-1
27,8 35
30
30
-1
N . Frutos planta
20 10,7 11,3 25
7,1 5,3 10 8 20
10 2
15
0
10
65 85 105 5
o
A 500 B
400
400
-1
-1
300
B, g planta
B, g planta
300
200 200
100 100
0 0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
300 200
250
150
-1
-1
200
B, g planta
B. g planta
150 100
100
50
50
0 0
N P NP S. Adubo 65 85 105
65 - 105 DAE E
100
80
B, g planta-1
60
40
20
0
N P NP S. Adubo
Figura 18. Relação entre a biomassa das folhas, frutos, caule e ramos do algodoeiro,
cultivar BRS 200, em função de lâminas de água residuária, ausência e presença de
nitrogênio e fósforo, mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de
nitrogênio irrigado com água de abastecimento.
105
O efeito sobre a taxa de crescimento do caule em altura foi linear crescente com
o aumento das lâminas de água Figura 19A. Entre os tratamentos de N e P a taxa de
crescimento em altura foi similar, para os tratamentos adubados com nitrogênio e
fósforo, e os dois juntos, Figura 19B, diferente da tendência dos tratamentos sem adubo,
onde a taxa de crescimento foi decrescente até a lâmina de 505 mm só então a partir daí
o crescimento foi ascendente. Na Figura 19C é possível verificar a taxa de crescimento
em função do tempo para o fatorial e os dois tratamentos adicionais, observa-se que
para ambos os tratamentos a taxa de crescimento é menor dos 25 aos 45 DAE, o fato
disso acontecer poderá está ligado ao período que antecede a floração, a planta diminui
seu crescimento preparando-se para a produção de tecidos reprodutivos, aumentando em
seguida até os 65 DAE, e então por ocasião talvez do florescimento e formação dos
frutos a partir dos 65 DAE a taxa de crescimento é atenuada. Observa-se ainda, com a
adubação de 90 kg de nitrogênio a taxa de crescimento foi afetada sensivelmente. Na
Figura 19D, para os tratamentos de N e P observa-se que na presença de nitrogênio à
taxa de crescimento não diminuiu a partir dos 65 DAE, continuou constante, fato esse
possivelmente prejudicial no seu desenvolvimento. Entre as lâminas de água Figura
19E, as taxas de crescimento obedeceram a uma mesma tendência, com taxas superiores
para as maiores lâminas; e por fim a comparação da mesma lâmina de água, tendo os
tratamentos adicionais taxas menores e os tratamentos do fatorial, taxas de crescimento
equivalentes.
106
A B
1,6 1,44 1,60
1,33
-1
1,4 1,24
TCAC, cm dia
1,40
-1
1,14
TCAC , cm dia
1,2
1,20
1,0
1,00
0,8
0,6 0,80
367 505 643 781
0,4
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
C D
1,8 1,8
-1
1,6
-1
TCAC, cm dia
TCAC, cm dia
1,4 1,4
1,2
1,0
0,8 1,0
0,6
0,4 0,6
0,2
25 45 65 85 105
25 45 65 85 105
Dias Após a Emergência
Dias Após a Emergência
E 643 mm F
1,8
1,6 1,4
-1
TCAC, cm dia
1,4 1,2
-1
1,2 1,0
TCAC, cm dia
1,0 0,8
0,8 0,6
0,6
0,4
25 45 65 85 105
0,2
Dias Após a Emergência
0,0
90 N 180 N N P NP Sem
367 505 643 781 mm Adubo
Figura 19. Taxa de crescimento em altura do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função
de lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois
tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de
abastecimento.
também que a aplicação de água não foi interrompida. Ocorrendo essas mesmas
tendências para os tratamentos de N e P Figura 20D; onde se verifica que os tratamentos
na presença de P e sem adubo obedecem a um mesmo perfil da taxa de crescimento do
limbo. Para as lâminas Figura 20E, observa-se a mesma tendência da taxa de
crescimento do limbo obtendo as maiores taxas nas lâminas maiores. Para uma mesma
quantidade de água Figura 20F, observa-se as maiores taxas de crescimento para os
tratamentos com presença de P e sem adubo.
A B
250 250
170,6
-1
200 200
TCAL, cm dia
TCAL, cm2 dia-1
120,2 150
2
150
75,7 86,1
100 100
50
50
0
0
367 505 643 781
367 505 643 781
Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
C D
300 300
250 217,9 250
-1
TCAL, cm2 dia-1
TCAL, cm dia
200 200
128,9
2
E 643 mm F
350 326,06
300 160
-1
TCAL, cm dia
200 125,39
-1
120
TCAL, cm dia
150 100
2
100 25,17 80
50
0 60
25 45 65 85 105 40
20
DAE
0
90 N 180 N N P NP Sem
367 505 643 781 mm Adubo
Figura 20. Taxa de crescimento da área foliar do algodoeiro, cultivar BRS 200, em
função de lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo,
mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com
água de abastecimento.
108
A B
1,2 1,2
1,0 0,9 1,0
0,8
-1
-1
TCABF, g dia
TCABF, g dia
0,8 0,8
0,5 0,6
0,6 0,6
0,4 0,4
0,2 0,2
0,0
0,0
367 505 643 781
367 505 643 781
Lâminas, mm
Lâminas,mm
N P NP Sem Adubo
C D
2,0 2,0
-1
1,5 1,5
TCABF, g dia-1
TCABF, g dia
0,9 0,8 1,4
1,0 1,0
E 643 mm F
2,0
1,0
-1
1,5 1,19
TCABF, g dia
1,03 1,71
0,8
-1
1,0
TCABF, g dia
0,34 0,6
0,5 0,10
0,4
0,0
25 45 65 85 105 0,2
Dias Após a Emergência
0,0
90 N 180 N N P NP Sem
367 505 643 781 mm Adubo
Figura 21. Taxa de crescimento da biomassa da folha do algodoeiro, cultivar BRS 200,
em função de lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo,
mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com
água de abastecimento.
A B
5,0 6
4,0 4,1
5
-1
4,0
TCABT, g dia
-1
4
TCABT, g dia
3,0 2,2 3
2,0
2
2,0
1
1,0 0
0,0 367 505 643 781
367 505 643 781 Lâminas,mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
C D
10 10
7,99
-1
-1
8 8
TCABT, g dia
TCABT, g dia
6 4,19 6
4 2,31 4
0,56
2 0,22 2
0 0
25 45 65 85 105 25 45 65 85 105
Dias Ápos a Emergência Dias Após a Emergência
E 643 mm F
15 5,0
-1
TCABT, g dia
10 4,0
-1
TCABT, g dia
5 3,0
2,0
0
25 45 65 85 105 1,0
Dias Após a Emergência
0,0
90 N 180 N N P NP Sem
367 505 643 781 mm Adubo
Figura 22. Taxa de crescimento da biomassa total do algodoeiro, cultivar BRS 200, em
função de lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo,
mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com
água de abastecimento.
A razão de área foliar, em função das lâminas de água Figura 23A, foi
praticamente a mesma com 82,8 cm2 g-1 até a lâmina de 643 mm, a partir daí houve um
aumento até a lâmina de 781 mm chegando a 95,4 cm2 g-1, revelando que maiores
conteúdos de fitomassa foram reservados para a formação de folhas na lâmina maior.
Entre os tratamentos de N e P Figura 23B, a ausência de adubo teve as maiores
alocações de fitomassa para a formação de folhas, representando assim uma maior área
111
foliar útil para a fotossíntese. A RAF em função do tempo Figura 23C, para o fatorial,
os valores máximos de 146,2 cm2 g-1 são atingidos aos 45 DAE, decrescendo em
seguida, devido ao aumento da fitomassa total da planta; para os tratamentos adicionais
observa-se que existe uma consonância no comportamento com o fatorial, mas com
valores inferiores. Entre os tratamentos de N e P, Figura 23D, o comportamento foi
praticamente o mesmo diferindo só o tratamento que não foi adubado que obteve razões
maiores dos 25 aos 45 DAE, efeito verificado também entre as lâminas Figura 23E, com
a RAF maior na lâmina de 781 mm. Com a mesma quantidade de água Figura 23F o
valor da RAF foi maior para o tratamento adicional com 180 kg ha-1, de nitrogênio;
entre o fatorial o valor da RAF foi um pouco maior no tratamento que foi adubado com
N e P conjuntamente.
A B
100 95,4 120
110
-1
90 83,2 82,8
-1
RAF, cm g
82,8 100
RAF, cm g
2
2
80 90
80
70 70
60
60
367 505 643 781
367 505 643 781
Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
C D
200 200
146,2
-1
117,0
-1
150 150
RAF, cm g
RAF, cm g
80,6
2
150
RAF, cm g
40
2
100
-1
RAF, cm g
30
2
50
20
0
25 45 65 85 105 10
Dias Após a Emergência
0
90 N 180 N N P NP Sem
365 505 643 781 mm Adubo
Figura 23. Razão de área foliar do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de lâminas
de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois tratamentos
adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de abastecimento.
A 2,0
B
1,5
1,10
0,0 0,0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
C D
4,0 2,0
-1
TAL, mg cm2 dia-1
TAL, mg cm dia
3,0 1,5
2
2,0 1,0
1,0 0,5
0,0 0,0
25 45 65 85 105 25 45 65 85 105
Dias Após a Emergência Dias Após a Emergência
E 643 mm 85 - 1 05 DAE F
2,0 2,5
-1
TAL, mg cm dia
1,5
-1
-2
2,0
TAL, mg cm dia
1,0
2
1,5
0,5
1,0
0,0
25 45 65 85 105 0,5
Dias Ápos a Emrgência
0,0
90 N 180 N N P NP Sem
367 505 643 781 mm Adubo
Figura 24. Taxa de assimilação líquida (TAL) da folha do algodoeiro, cultivar BRS 200,
em função de lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo,
mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com
água de abastecimento.
A taxa de crescimento relativo da parte aérea foi crescente até a lâmina de 643
mm atingindo 0,024 cm3 cm-3 dia-1, diminuindo um pouco na lâmina de 781 mm, Figura
25A. Entre os tratamentos de N e P, (Figura 25B), o comportamento dos efeitos dos
tratamentos foram similares com um comportamento mais diferenciado com a presença
conjunta de N-P. Dos 45 aos 105 DAE é observado na figura 25C, um efeito
exponencial, com as taxas de crescimento diminuindo com o tempo, estimando-se que
aos 60 DAE a taxa seria de 0,026 cm3 cm-3 dia-1, valor esse superior ao achado por
(BELTRÃO et al., 1990) onde estudando a cultivar CNPA precoce 1, no sertão
paraibano em condições de sequeiro encontrou taxas de 0,017 cm3 cm-3 dia-1 também
aos 60 DAE.
114
A B
-1
0,030 0,030
TCRPA, cm cm dia
0,024
-1
0,023
TCRPA, cm cm dia
0,025 0,025
-3
0,019 0,019 0,020
-3
0,020
3
0,015
3
0,015 0,010
0,010 0,005
0,005 0,000
367 505 643 781
0,000
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâmina, mm
N P NP Sem Adubo
C D
0,040 0,05
-1
-1
-0,0189x
y = 0,0797e
TCRPA, cm cm dia
TCRPA, cm cm dia
0,035
0,04
0,030
-3
R2 = 0,9297
-3
0,025 0,03
3
0,020
3
0,02
0,015
0,010 0,01
0,005
0,000 0,00
45 65 85 105 45 65 85 105
N P NP Sem Adubo
0,05
TCRPA, cm cm dia
0,04 0,025
-3
-1
0,03
TCRPA, cm cm dia
0,020
3
-3
0,02
0,01 0,015
3
0,00 0,010
45 65 85 105
0,005
Dias Após a Emergência
0,000
90 N 180 N N P NP Sem
367 505 643 781 mm Adubo
Figura 25. Taxa de crescimento relativo da fitomassa fresca do algodoeiro, cultivar BRS
200, em função de lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e
fósforo, mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado
com água de abastecimento.
115
A B
0,090 0,090
0,087
-1
TCRL, cm2 cm-2 dia-1
TCRL, cm cm dia
0,084 0,085
0,085
-2
0,079
0,080 0,079 0,080
2
0,075
0,075
0,070
0,070
367 505 643 781
367 505 643 781
Lâminas,mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
C D
0,30 0,30
-1
-1
-0,0312x
TCRL, cm cm dia
TCRL, cm cm dia
-2
0,20 2 0,20
R = 0,8114
0,15 0,15
2
2
0,10 0,10
0,05 0,05
0,00 0,00
25 45 65 85 105 25 45 65 85 105
Dias Após a Emergênica Dias Após a Emergência
N P NP Sem Adubo
-1
0,20 2
TCRL, cm cm dia
R = 0,8506 0,04
0,15
2
-2
0,10 0,03
2
0,05
0,02
0,00
25 45 65 85 105 0,01
Dias Após a Emergência
0,00
90 N 180 N N P NP Sem
367 505 643 781 Expon. (781) Adubo
Figura 26. Taxa de crescimento relativo da área do limbo do algodoeiro, cultivar BRS
200, em função de lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e
fósforo, mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado
com água de abastecimento.
encontrada por (BELTRÃO et al., 1990), de 0,004 cm cm-1 dia-1 na cultivar CNPA
precoce 1, em condições de sequeiro com uma precipitação pluvial de 873,3 mm.
Entre os tratamentos de lâminas em função do tempo Figura 27D, até os 65 DAE
possuíram taxas maiores as lâminas de 643 e 781 mm, a partir dos 65 DAE aos 105
DAE as TCR caulinar foram equivalentes entre as lâminas testadas. Entre os
tratamentos de N e P, (Figura 27E) na presença de nitrogênio as TCR foram superiores
até os 25 DAE a partir daí houve uma redução dos 45 aos 65 DAE com taxas menores
que os demais tratamentos. Denota-se com isso que, até os 25 DAE a adubação
nitrogenada pode ter contribuído para um maior crescimento relativo do caule. Para uma
mesma quantidade de água residuária e de abastecimento de 643 mm Figura 27F, dos 85
aos 105 DAE, observa-se que os valores são maiores para a dose de 90 kg ha-1, e para o
fatorial as TCR caulinar foram maiores na presença de fósforo.
A B
0,0100 0,0110
-1
TCRC, cm cm dia
0,0095 0,0100
-1
0,0087
TCRC, cm cm dia
0,0090
-1
0,0090 0,0083
-1
0,0085 0,0080
0,0080 0,0076 0,0074 0,0070
0,0075 0,0060
0,0050
0,0070
0,0040
0,0065
367 505 643 781
0,0060
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
C D
0,014 -0,0124x 0,014
-1
y = 0,0168e
TCRC, cm cm dia
0,012
-1
0,012
TCRC, cm cm dia
2
R = 0,8467 0,010
-1
0,010
-1
0,008
0,008 0,006
0,006 0,004
0,004 0,002
0,002 0,000
25 45 65 85 105
0,000
25 45 65 85 105 Dias Após a Emergênciaa
0,0060
TCRC, cm cm dia
0,012
-1
0,0050
-1
0,010
TCRC, cm cm dia
0,008 0,0040
-1
0,006
0,0030
0,004
0,002 0,0020
25 45 65 85 105 0,0010
Dias Após a Emergência
0,0000
90 N 180 N N P NP Sem
N P NP Sem Adubo Adubo
Figura 27. Taxa de crescimento relativo caulinar do algodoeiro, cultivar BRS 200, em
função de lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo,
mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com
água de abastecimento.
118
A B
0,054 0,05
-1
0,051
TCRBF, g g-1 dia-1 0,052 0,050 0,05
TCRBF, g g dia
0,050 0,05
-1
0,048 0,0461 0,05
0,0458
0,046 0,05
0,044 0,04
0,042 0,04
0,040 0,04
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas , mm Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
C D
0,10 0,10
-0,0153x
y = 0,1165e
-1
0,08 0,08
TCRBF, g g-1 dia-1
TCRBF, g g dia
2
R = 0,7813
-1
0,06 0,06
0,04 0,04
0,02 0,02
0,00 0,00
25 45 65 85 105 25 45 65 85 105
Dias Após a Emergência Dias Após a Emergência
N P NP Sem Adubo
0,050
TCRBF, g g dia
0,08
-1
0,06 0,040
TCRBF, g g-1 dia-1
0,04
0,030
0,02
0,020
0,00
25 45 65 85 105 0,010
Dias Após a Emergência
0,000
90 N 180 N N P NP Sem
367 505 643 781 mm Adubo
água Figura 29F, a TCRBT, foi maior entre os tratamentos adicionais com 180 kg ha-1
de nitrogênio, entre o fatorial a presença de fósforo e a ausência de adubação promoveu
as maiores TCRBT da planta dos 85 aos 105 DAE.
A B
0,080 0,080
-1
TCRBT, g g dia
-1
0,073 0,075
TCRBT, g g dia
0,075 0,073
-1
-1
0,070
0,070 0,067
0,066 0,065
0,065
0,060
367 505 643 781
0,060
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
C D
0,16 0,16
-0,0157x
-1
y = 0,1692e
TCRBT, g g dia
TCRBT, g g-1 dia-1
0,12 2 0,12
R = 0,8282 -1
0,08 0,08
0,04 0,04
0,00 0,00
25 45 65 85 105 25 45 65 85 105
Dias Após a Emergência Dias Após a Emergência
N P NP Sem Adudo
0,12 0,060
-1
-1
RCRBT, g g dia
0,08 0,050
-1
0,040
0,04
0,030
0,00 0,020
25 45 65 85 105
0,010
Dias Após a Emergência 0,000
90 N 180 N N P NP Sem
367 505 643 781 Adubo
Figura 29. Taxa de crescimento relativo da biomassa total do algodoeiro, cultivar BRS
200, em função de lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e
fósforo, mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado
com água de abastecimento.
O IAF cresce com o aumento de área foliar, até atingir um valor a partir do qual
o auto-sombreamento passa a ser prejudicial no desenvolvimento da planta. Estima a
sobreposição de uma área, pela parte aérea de uma comunidade de plantas. O IAF ideal
é aquele que resulta na máxima fotossíntese líquida (elevado valor TAL). Apesar de a
superfície foliar ter uma enorme importância na absorção da radiação solar, o
rendimento das culturas não aumenta indefinidamente com o aumento da área foliar.
121
Isso se deve ao fato de, a partir de um determinado IAF, existe uma área recebendo luz
e realizando fotossíntese e uma área foliar auto-sombreada (FLOSS, 2004).
O índice de área foliar cresceu com as lâminas de água aplicadas ao solo com
taxas de 1,89; 2,11; 2,76; e 3,87 m2 m-2, para 367, 505, 643 e 781 mm Figura 30A.
Entre os tratamentos de N e P em função das lâminas aplicadas Figura 30B, observa-se
o mesmo comportamento, sendo que o IAF na adubação conjunta N-P não teve o
mesmo comportamento, o IAF diminuiu com o aumento das lâminas de água. Na Figura
30C, observa-se os maiores valores de IAF para o fatorial, aos 25 DAE com 0,28 m2 m-
2
, chegando aos 105 DAE com 5,70 m2 m-2, e em seguida os tratamentos adicionais com
180 e 90 kg ha-1 com valores menores de IAF em função do tempo. Nos tratamentos de
N e P Figura 30D, a diferença é pequena até os 45 DAE, a partir daí há um crescimento
maior do IAF na presença de P e na ausência de adubação. Entre os tratamentos de
lâminas em função do tempo Figura 30E, constatam-se claramente os maiores valores
de IAF para a lâmina de 781 mm, chegando a 105 DAE com IAF de 8,58 m2 m-2,
seguida das lâminas menores. Com a mesma quantidade de água Figura 30F, o maior
IAF foi para o tratamento adubado com fósforo e os sem adubo.
122
A B
5,0 5
3,87
4,0 4
-2
2,76
IAF, m2 m-2
IAF, m m
3,0 2,11 3
2
1,89
2,0 2
1,0 1
0,0 0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
C D
7 5,70 7
6 6
5 5
-2
IAF, m2 m-2
IAF, m m
3,52
4 4
2
2,53
3 3
2 1,24 2
0,28 1
1
0 0
25 45 65 85 105 25 45 65 85 105
Dias Após a Emergência Dias Após a Emergência
5,32
IAF, m m
6 6
2
3,62
-2
5
IAF, m m
4
2
1,56 4
2 0,30 3
0 2
25 45 65 85 105 1
Dias Após a Emergência 0
90 N 180 N N P NP Sem
367 505 643 781 mm Adubo
Figura 30. Índice de área foliar do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de lâminas
de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois tratamentos
adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de abastecimento.
A taxa de produção de matéria seca (TPMS) cresceu com o aumento das lâminas
de água, com taxas de 0,20 g m-2 dia-1, na lâmina de 781 mm, Figura 31A. As TPMS
entre os tratamentos de N e P Figura 31B, observa-se que na presença de P e sem adubo
as taxas são maiores com o aumento das lâminas. Para o fatorial e os tratamentos
adicionais em função do tempo Figura 31C, as TPMS são crescentes até os 85 DAE
com o valor máximo de 0,33; 0,10 e 0,07 g m-2 dia-1 para o fatorial, e tratamentos
adicionais com 180 e 90 kg ha-1 respectivamente. Entre os tratamentos de N e P o efeito
é semelhante, com valores máximos da TPMS aos 85 DAE, Figura 31D, com as
maiores TPMS na presença de P e sem adubação. As TPMS foram maiores na lâmina
de 781 mm Figura 31E, com TPMS máximas aos 85 DAE de 0,45 g m-2 dia-1
123
diminuindo para 0,33 g m-2 dia-1 aos 105 DAE. Entre os tratamentos adicionais as
TPMS foram maiores para 180 kg ha-1 de nitrogênio; na presença de P e na ausência de
adubo as TPMS foram superiores. Com a mesma quantidade de água Figura 31F as
TPMS foram maiores nos tratamentos adubados com fósforo e os sem adubo.
A B
0,25 0,25
0,20
-1
TPMS, g m-2 dia-1
TPMS, g m dia
0,20 0,20
0,17
-2
0,15 0,12 0,15
0,11
0,10 0,10
0,05 0,05
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
C D
0,40 0,33 0,40
0,35 0,35
-1
TPMS, g m-2 dia-1
TPMS, g m dia
0,40 0,33
TPMS, g m dia
0,32
-1
-2
0,30
TPMS, g m dia
0,18
0,20 0,24
-2
0,10 0,04
0,01 0,16
0,00
0,08
25 45 65 85 105
Dias Após a Emergência 0,00
90 N 180 N N P NP Sem
367 505 643 781 mm Adubo
Figura 31. Taxa de produção de matéria seca do algodoeiro, cultivar BRS 200, em
função de lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo,
mais dois tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com
água de abastecimento.
e os teores nas lâminas de 643 e 781 mm acima dos valores ideais. Entre os tratamentos
de N e P Figura 32J, na presença de fósforo observou-se um efeito mais uniforme do
aumento dos teores de magnésio com o aumento das lâminas de água; nos demais
tratamentos não se observam tendência.
Os teores de enxofre foram muito altos comparando-se aos adequados
apresentados na Tabela 27. Na Figura 32L o maior teor de enxofre de 29,27 g kg-1, foi
atingido na lâmina de 643 mm. Entre os tratamentos de N e P Figura 32M, observa-se
que os tratamentos sem adubo e N-P juntos têm um mesmo comportamento atingindo os
maiores teores de enxofre na lâmina de 643 mm e diminuindo em seguida na lâmina de
781 mm. Os elevados teores de enxofre encontrados na folha do algodoeiro certamente
estão associados ao grande aporte de enxofre no solo pelas águas de irrigação tanto pelo
efluente como também pela água de abastecimento.
Não se observou grande diferença do teor de sódio na folha do algodoeiro em
função das lâminas de água Figura 32N, o maior teor de 10,8 foi encontrado na lâmina
de 505 mm. Nos tratamentos com ausência de adubo Figura 32O, constata-se que houve
um aumento do teor de Na+, com o aumento das lâminas de água residuária, chegando à
lâmina de 781 mm com teores de sódio na folha de 10,60 g kg-1.
Fonseca (2001), avaliando o potencial de uso do efluente secundário de esgoto
tratado (EET), como fonte de nitrogênio e água em um Latossolo Vermelho distrófico
cultivado com milho, concluiu que: Para as plantas que receberam adubação completa, o
efluente mostrou-se eficaz em substituir a água de irrigação, sem qualquer efeito
negativo na produção de matéria seca e proporcionou, ainda, maior acúmulo de K+, P e
Na+ nas folhas.
126
A B
70 68,1
80
-1
Nitrogênio, g kg
-1 68 70
Nitrogênio, g kg 66,4
66 64,1 60
64 50
62 62,7 40
60 367 505 643 781
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
C D
5 6
5
-1
4
Fósforo, g kg
-1
4
Fósforo, g kg
2,5
3 2,2 1,9 3
2,0
2
2
1
1 0
0 367 505 643 781
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
E F
20 20
Potássio, g kg-1
18
-1
18
Potássio, g kg
16
16 14,6 14,8
14,1 14,2
14
14
12
12 10
10 367 505 643 781
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
G H
12 20
10 11,80
-1
11,07 11,10
Cálcio, g kg
-1
15
Cálcio, g kg
8
6
10
4
2 5
0 367 505 643 781
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
J
I
16 30
25
Magnésio, g kg-1
-1
15,1
Magnésio, g kg
12 13,7 20
15
8
10
7,5
4 5,8 5
0
0 367 505 643 781
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
127
29,3 L M
40
29 27,9
35
-1
27
Enxofre, g kg
-1
Enxofre g kg 28,7 30
25
25
23 25,0
20
21
15
19
17 10
15 367 505 643 781
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
N O
12 20
10
Sódio, g kg-1
10,8
-1
9,9 10,4 15
8
Sódio, g kg
9,7
6
10
4
2 5
0 367 505 643 781
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
Figura 32. Teores de macronutrientes e do sódio nas folhas do algodoeiro cultivar BRS
200 aos 85 DAE.
643 mm A 643 mm B
80 69,13 68,43 7 6,16
63,00 64,93
70 6
-1
60 49,88 53,03
Nitrogênio, g kg
-1
5 3,43 3,35
Fósforo, g kg
50 2,55 2,90
4
40
3 1,23
30
20 2
10 1
0 0
90 N 180 N N P NP Sem 90 N 180 N N P NP Sem
Adubo Adubo
643 mm C 643 mm D
20 17,92 15,82 16
13,72 14,77 13,72 14,24 12,45 10,97 10,08 10,89 13,00 10,43
14
-1
15 12
-1
Potássio, g kg
Cálcio, g kg
10
10 8
6
5 4
2
0 0
90 N 180 N N P NP Sem 90 N 180 N N P NP Sem
Adubo Adubo
643 mm E 643 mm F
24 19,60 18,00 50 42,54 38,47
20 40 33,64
-1
Enxofre, g kg
16 11,20 13,10
30
12 9,50
20
8 4,20
4 10
0 0
90 N 180 N N P NP Sem 90 N 180 N N P NP Sem
Adubo Adubo
643 mm G
12 10,60 8,99 8,79 10,40
10 7,17
-1
8 5,76
Sódio, g kg
6
4
2
0
90 N 180 N N P NP Sem
Adubo
Figura 33. Teores de macronutrientes e do sódio nas folhas do algodoeiro cultivas BRS
200 aos 85 DAE, irrigado com água potável e efluente de esgoto domestico.
Os teores de boro na folha foram muito altos se comparado com a faixa ideal na
Tabela 26, com teores de 109,4 mg kg-1 e 115,3 mg kg-1, nas lâminas de 367 e 781 mm
respectivamente Figura 34A; na Figura 34B, observa-se altos teores de boro nas lâminas
de 643 e 781 mm no tratamento sem adubo de 110 e 122 mg kg-1 respectivamente. Os
teores de cobre ficaram dentro da faixa ideal não tendo grandes variações com teor
130
A B
120 130
125
-1
120
Boro, mg kg
-1
115,3 115
Boro, mg kg
110
110
109,4 105
108,0 106,5
100
100 95
90
90 367 505 643 781
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
C D
20 30
25
-1
16
Cobre, mg kg
-1
20
Cobre, mg kg
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
158,2 E F
160 200
180
Ferro, mg kg -1
-1
150
Ferro, mg kg
139,8 160
140 132,8 140
128,3 120
130
100
120 367 505 643 781
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
G H
30 30
-1
25,3
Zinco, mg kg
-1
25
Zinco, mg kg
25 23,6
23,8 23,4 20
20
15
15 367 505 643 781
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
I J
270
300
Manganês, mg kg-1
257,8
-1
Manganês, mg kg
Figura 34. Teores de micronutrientes nas folhas do algodoeiro cultivar BRS 200 aos 85
dias após a emergência.
132
Os teores de sódio foram muito elevados em relação aos ideais, o teor de boro
Figura 35A foi maior nos tratamentos irrigados com água de abastecimento com teores
de 128,60 e 116,80 mg kg-1, certamente devido aos teores existentes no solo, que foram
suficientes para suprir a planta e o baixo porte da planta nos tratamentos adicionais
fazendo com que o nutriente estivessem mais concentrados. Os teores de cobre
estiveram dentro da faixa preconizada na Tabela 27, Figura 35B, chegando ao teor mais
alto no tratamento adicional com 180 kg ha-1 de nitrogênio, não havendo, portanto
grandes diferenças entre os demais tratamentos. O teor de ferro esteve dentro da faixa
ideal de 40 - 400 mg kg-1 Figura 35C, com teores mais acentuados nos tratamentos do
fatorial, na presença só de nitrogênio chegando a 169,30 mg kg-1. Os teores de zinco
foram maiores entre os tratamentos adicionais com teores dentro da faixa ideal, Figura
35D; já entre o fatorial os teores de zinco estiveram a abaixo exceto o tratamento na
presença só de nitrogênio com 25,40 mg kg-1. O teor de manganês na folha do
algodoeiro esteve dentro da faixa ideal Figura 35E, exceto os tratamentos irrigados com
água de abastecimento com teores de 418,80 e 371,30 mg kg-1, mais altos que o fatorial.
133
643 mm A 643 mm B
150 28 23,50
128,60 116,80 110,90
24
120 105,00 105,00 105,00
-1
13,80 14,90 14,00 13,90 16,00
-1
20
Cobre, mg kg
Boro, mg kg
90 16
60 12
8
30
4
0 0
90 N 180 N N P NP Sem 90 N 180 N N P NP Sem
Adubo Adubo
643 mm C 643 mm D
200 169,30 32 27,80 28,40
142,90 25,40 22,10 23,50 24,20
28
150 123,80 124,40 122,70 24
-1
-1
105,40
Zinco, mg kg
Ferro, mg kg
20
100 16
12
50 8
4
0 0
90 N 180 N N P NP Sem 90 N 180 N N P NP Sem
Adubo Adubo
643 mm E
480 418,80
420 371,30
-1
261,90
Manganês,mg kg
360
300 257,90 233,30 221,50
240
180
120
60
0
90 N 180 N N P NP Sem
Adubo
Figura 35. Teores de micronutrientes nas folhas do algodoeiro cultivar BRS 200 aos 85
DAE, irrigado com 643 mm de água de abastecimento e efluente de esgoto.
Foi verificado teor de chumbo na folha do algodoeiro de 1,8, 1,3 e 9,1 mg kg-1
nas lâminas de 505, 643 e 781 mm, Figura 36A; entre os tratamentos de N e P Figura
36B, constata-se teores de chumbo nos tratamentos sem adubo nas lâminas de 505 e 781
mm, e na presença de fósforo e N-P juntos, na lâmina de 643 mm. Foi encontrado teores
de cádmio de 0,5 e 28 mg kg-1 na lâmina de 643 e 781 mm Figura 36C; entre os
tratamentos de N e P Figura 36D, só foi encontrado cádmio na presença de N e P
separados. Devido à variação da presença dos teores de chumbo e cádmio nas folhas do
algodoeiro entre os tratamentos, certamente é possível existir teores de chumbo e
cádmio no solo em toda a área irrigada com efluente, mas com diferentes quantidades
diminuindo assim a absorção pelo vegetal. Entre os tratamentos adicionais foi
encontrado cádmio 45,1 mg kg-1, na dosagem de 90 kg ha-1 de nitrogênio, supostamente
134
A A
10 9,1 40 36,30
35
-1
Chumbo, mg kg
-1 8 30
Chumbo, mg kg 25
20
6 15 7,30 3,10
10
4 5
1,8 0
1,3 -5 2,20
2 0,0 -10
0 367 505 643 781
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
C B
30 28,0 70 67,10
60
-1
25
Cádmio, mg kg
-1
20 50
Cádmio, mg kg
40
15 30 44,90
10 20 1,80
5 0,0 0,0 0,5 10
0 0 0,00
-10
-5
-10 367 505 643 781
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
643 mm E 643 mm F
4 3,10 50 45,10
3 40
-1
2,20
-1
Chumbo, mg kg
Cádmio, mg kg
30
2
20
1 0,00 0,00 0,00 0,00
10 0,00 0,00 1,80 0,00 0,00
0 0
-1 -10
90 N 180 N N P NP Sem 90 N 180 N N P NP Sem
Adubo Adubo
Figura 36. Teores de chumbo e cádmio nas folhas do algodoeiro cultivar BRS 200 aos
85 DAE.
tratamentos adicionais não houve efeito significativo para nenhuma variável. Houve
efeito de bloco para o peso do algodão em pluma. Os coeficientes de variação foram
bons.
Tabela 27. Resumo da análise de variância do peso de um capulho e de cem sementes,
percentagem de fibra, algodão em caroço, em pluma e sementes do algodoeiro
irrigado sob diferentes lâminas de água residuária, com e sem nitrogênio e fósforo.
Quadrados Médios
Fonte de
GL Peso 1 Peso 100
Variação Fibra A.Caroço A.Pluma Sementes
capulho Sementes
Lâminas (L) 3 1,37 ** 0,52 ns 3,25 ns 7,62 ** 1,05 ** 3,00 **
ns ns ns ns ns
Nitrogênio (N) 1 0,0001 0,73 2,10 0,59 0,06 0,27 ns
ns ns ns ns ns
Fósforo (P) 1 0,85 0,76 0,23 0,06 0,005 0,03 ns
LxN 3 0,59 ns 0,49 ns 6,64 * 0,04 ns 0,01 ns 0,02 ns
ns * ns ns ns
LxP 3 0,32 0,97 1,84 0,09 0,02 0,02 ns
ns ** ns ns ns
NXP 1 0,66 1,28 0,59 0,25 0,04 0,08 ns
LxNxP 3 0,05 ns 0,04 ns 1,36 ns 0,04 ns 0,01 ns 0,01 ns
Fatorial vs
1 5,30 ** 8,56 ** 8,60 * 10,54 ** 1,48 ** 4,11 **
Adicional
Adicionais 1 0,77 ns 0,42 ns 6,99 ns 0,001 ns 0,0001 ns 0,003 ns
** ** * ** **
Tratamento 17 0,86 1,05 3,40 2,05 0,28 0,80 **
ns ns ns ns *
Bloco 2 0,28 0,49 4,76 0,88 0,18 0,25 ns
Resíduo 34 0,22 0,22 1,78 0,32 0,04 0,124
Total 53
C.V (%) 7,42 4,13 3,42 21,92 21,73 22,40
*, **, ns. Significativo para 5%, 1% e não significativo, respectivamente pelo Teste F.
Na Tabela 28, observa-se os valores médios das variáveis de produção para cada
fator estudado, em que as médias para os dois fatores nitrogênio e fósforo foram
maiores em valores absolutos com a ausência dos adubos, exceto para a percentagem de
fibra, observa-se, portanto que mesmo na ausência dos adubos a produção de algodão
em caroço foi estatisticamente à mesma.
No contraste do fatorial versus os tratamentos adicionais observa-se que as
médias do fatorial só não foram maiores para percentagem de fibra quando comparado
com as médias dos tratamentos adicionais, mas o restante das médias das variáveis
foram superiores com médias de 2,74 e 1,33 t ha-1 de algodão em caroço, e de 1,06 e
0,53 t ha-1 de algodão em pluma para o fatorial vs tratamentos adicionais
respectivamente. Já entre os tratamentos adicionais as médias foram superiores em
valores absolutos para o tratamento que recebeu 180 kg ha-1 de nitrogênio, exceto para
percentagem de fibra e algodão em pluma.
137
A B
7,2 8
y = 0,0019*x + 5,4799
Peso 1 capulho, g
Peso 1 capulho, g 7,0
R2 = 0,98
8
6,8 7
6,6 7
6,4 6
6,2 6
5
6,0
367 505 643 781
367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
643 mm C
7
Peso de 1 capulho, g
6
5
4
3
2
1
0
90 N 180 N N P NP Sem
Adubo
Figura 37. Peso de um capulho do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de lâminas
de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois tratamentos
adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de abastecimento.
Na Figura 38A, o peso de 100 sementes em função das lâminas de água é maior
nas lâminas de 643 e 781 mm em média 11,8 g. De acordo com os desdobramentos dos
efeitos quantitativos de lâmina dentro das doses de fósforo, Figura 38B, verifica-se
efeito linear crescente na ausência de P, com acréscimos de 0,0023 g mm-1. Entre os
tratamentos de N e P Figura 38C, observa-se novamente que o tratamento sem adubo na
menor lâmina o peso de 100 sementes foi inferior aos demais tratamentos crescendo
com o aumento das lâminas e chegando na lâmina de 781 mm com maior peso, ao passo
que da lâmina de 643 mm para a de 781 mm houve um decréscimo em peso de 100
sementes para os tratamentos que foram adubados. Para uma mesma quantidade de água
de 643 mm Figura 38D, observa-se que o tratamento adicional com 180 kg ha-1 de N
tem um leve incremento de peso sobre o de 90 kg ha-1; para o fatorial o maior peso de
100 sementes foi na presença de N.
139
A B
0 kg P 60 kg P
C 643 mm D
Peso 100 sementes, g
12,5
14
g
11,0 6
10,5 4
367 505 643 781 2
0
Lâminas, mm 90 N 180 N N P NP Sem
N P NP Sem Adubo Adubo
Figura 38. Peso de 100 sementes do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de
lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois
tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de
abastecimento.
com a mesma lâmina de 643 mm, mesmo assim o tratamento não adubado foi superior
aos tratamentos que receberam nitrogênio e fósforo.
A B
4,0
-1
4,0
-1
Algodão Caroço, t ha
Algodão Caroço, t ha
3,5
3,0
3,0
2,0 2,5
y = 0,0045**x + 0,1299
1,0 2
R = 0,95 2,0
1,5
0,0
367 505 643 781
367 505 643 781
Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
643 mm C
3,5
3,0
-1
A. Caroço, t ha
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
90 N 180 N N P NP Sem
Adubo
Figura 39. Produção em algodão em caroço, cultivar BRS 200, em função de lâminas de
água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois tratamentos
adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de abastecimento.
menores produções de algodão em caroço como será visto a seguir. Com a mesma
quantidade de água constata-se que o índice de colheita no tratamento adicional com
180 kg ha-1 de N é maior que os demais, Figura 40C, de certa forma isso mostra que o
índice de colheita não é um bom referencial para se tirar conclusões sobre produção, o
índice de colheita puro não fornece subsídios para que se tenha uma conclusão
definitiva sobre produção em determinada planta cultivada.
A B
0,30 0,30
Índice de Colheita
Índice de Colheita
0,25 0,25
0,20 0,21 0,20 0,20
0,20
0,15 0,15
0,15
0,10
367 505 643 781
0,10
367 505 643 781 Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
643 mm C
0,5
0,4
Índice de Colheita
0,3
0,2
0,1
0,0
90 N 180 N N P NP Sem
Adubo
Figura 40. Índice de colheita do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de lâminas de
água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois tratamentos
adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de abastecimento.
O peso de fibra cresceu com o aumento das lâminas de água, Figura 41A, houve
efeito linear e de acordo com a Equação o aumento por mm aplicado seria de 0,0017 t
ha-1. Entre os tratamentos de N e P só na ausência de N houve diminuição no peso
entres as lâminas de 367 e 505 mm diminuindo 0,001 t de pluma por milímetro de água
aplicado. O peso de pluma foi maior no tratamento sem adubo nas lâminas de 505 e 643
mm, Figura 41B, na lâmina de 781 mm o peso foi de 1,45 t contra 1,49 t ha-1 do
tratamento adubado com N e P, diferença de 0,004 t não sendo significativo do ponto de
vista estatístico, mas em termos reais verifica-se uma grande quantidade de pluma, se
pensar-mos, porém numa área maior. Nos tratamentos recebendo a mesma quantidade
de água Figura 41C, não se verifica diferenças expressivas entre os dois tratamentos
142
adicionais; entre o fatorial o peso em fibra maior foi obtido pelo tratamento sem
adubação.
A B
2,0
1,9
1,7
-1
1,5
Fibra, t ha-1
1,5
Fibra, t ha
1,3
1,0
1,1
y = 0,0017**x + 0,102
0,9
0,5 0,7
R2 = 0,95 0,5
0,0
367 505 643 781
367 505 643 781
Lâmianas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
643 mm C
2,0
1,6
-1
Fibra, t ha
1,2
0,8
0,4
0,0
90 N 180 N N P NP Sem
Adubo
Figura 41. Peso do algodão em pluma, cultivar BRS 200, em função de lâminas de água
residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois tratamentos
adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de abastecimento.
A B
41 40,5
40,0
39,47 2
0 kg y = -0,005*x + 41,6 R = 0,90
39,26
40 39,5
Fibra, %
Fibra, %
38,67 39,0
39 38,11 38,5
38,0
38 37,5
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
0 kg N 60 Kg N
C 643 mm D
42
42
40
Fibra, %
41
38
40
Fibra, %
36 39
34 38
367 505 643 781 37
Lâminas, mm 36
90 N 180 N N P NP Sem
N P NP Sem Adubo Adubo
A B
2,5 y = 0,0028**x + 0,0279 3,0
-1
Sementes, t ha
Sementes, t ha-1 2,0 R2 = 0,95 2,5
1,5 2,0
1,5
1,0
1,0
0,5
0,5
0,0 367 505 643 781
367 505 643 781
Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
643 mm C
2,0
-1
1,6
Sementes, t ha
1,2
0,8
0,4
0,0
90 N 180 N N P NP Sem
Adubo
Figura 43. Peso de sementes do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de lâminas de
água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois tratamentos
adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de abastecimento.
A B
62,0 64
y = 0,0031*x + 59,356
R2 = 0,8033
Sementes, %
61,5
Sementes, %
62
61,0
60
60,5
60,0 58
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
643 mm C
62
61
Sementes, %
60
59
58
57
90 N 180 N N P NP Sem
Adubo
-1
61,5
Sementes, t ha
Sementes, % 2,0 2,0
-1
39,0
Fibra, t ha
Fibra, %
61,0 38,5 1,5 1,5
38,0
60,5 1,0 1,0
37,5
60,0 37,0 0,5 0,5
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
Sementes Fibra Sementes Fibra
A 0 kg N 90 kg N B
29 29
28 28
27,0
27 27
25,7
Óleo, %
Óleo, %
26 25,2 25,3 26
25 25
0 kg P 60 kg P C D
29 29
28 28
27
Óleo, %
Óleo, %
27
26
26
25
25 24
24 23
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
0 y = 0,0054**x + 22,538 R2 = 0,91
60 y = 0,0044*x + 23,338 R2 = 0,84 N P NP Sem Adubo
643 mm E
28
27
26
Óleo, %
25
24
23
22
90 N 180 N N P NP Sem
Adubo
Figura 46. Teor de óleo na semente do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de
lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois
tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de
abastecimento.
47C, onde a maior eficiência no uso da água ocorre para o tratamento sem adubo,
verifica-se também a baixa eficiência dos tratamentos irrigados com água de
abastecimento pela baixa produção obtida.
A B
0,8 0,60
-3
Eficiência Água, kg m-3
Eficiência Água, kg m
0,7 0,55
0,50
0,6
0,53 0,45
0,48
0,5 0,43 0,46
0,40
0,4 0,35
0,3 0,30
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
643 mm C
0,6
-
Eficiência Água, kg m
0,5
0,4
0,3
3
0,2
0,1
0,0
90 N 180 N N P NP Sem
Adubo
Figura 47. Eficiência do uso da água do algodoeiro, cultivar BRS 200, em função de
lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois
tratamentos adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de
abastecimento.
Tabela 29. Resumos das análises de variâncias das características têxteis da fibra,
resistência (STR), alongamento a ruptura (ELG), índice de micronaire (MIC),
maturidade (MAT), índice de consistência a fiação (SCI), do algodoeiro irrigado com
diferentes lâminas de água residuária, com e sem fósforo e nitrogênio.
Fonte de Quadrados Médios
GL
Variação STR ELG MIC MAT SCI
n.s ** ** n.s
Lâminas (L) 3 2,987 2,065 0,261 0,972 93,027 n.s
Nitrogênio (N) 1 6,307 n.s 0,130 n.s 0,151 n.s 2,083 n.s 114,083 n.s
n.s n.s n.s n.s
Fósforo (P) 1 0,030 0,385 0,025 0,750 0,333 n.s
n.s n.s n.s n.s
LxN 3 9,463 0,064 0,125 0,972 83,805 n.s
LxP 3 13,697 n.s 1,705 * 0,013 n.s 0,972 n.s 254,055 n.s
n.s * * n.s
NXP 1 0,163 1,960 0,460 0,750 341,333 n.s
n.s n.s n.s n.s
LxNxP 3 4,455 1,148 0,041 0,527 168,277 n.s
Fatorial vs
1 0,00009 n.s 0,527 n.s 0,006 n.s 0,231 n.s 0,231 n.s
Adicional
Entre Adicionais 1 11,20666 n.s 0,006 n.s 0,001 n.s 0,000 n.s 112,666 n.s
Tratamento 17 6,442 n.s 1,056 * 0,116 n.s 0,832 n.s 139,185 n.s
n.s * n.s n.s
Bloco 2 11,786 2,085 0,023 0,907 375,796 n.s
Resíduo 34 7,929 0,461 0,086 0,750 201,404
Total 53
C.V (%) 9,79 9,20 6,34 0,96 11,58
*, **, ns. Significativo para 5%, 1% e não significativo, respectivamente pelo Teste F.
De acordo com os resultados dos resumos das análises de variância Tabela 30,
verifica-se que só houve efeito significativo entre as lâminas testadas para o índice de
fibras curtas. Entre os tratamentos de nitrogênio, ausência e presença, não houve efeito
significativo para as variáveis analisadas. Já para o fósforo, houve significância para a
reflectância e o grau de amarelecimento. Na interação entre os fatores lâmina e fósforo,
houve efeito significativo para o comprimento médio e índice de fibras curtas. Entre
nitrogênio e fósforo o efeito só foi para a uniformidade; e na interação entre as lâminas,
nitrogênio e fósforo, houve efeito para o índice de fibras curtas. No contraste entre o
fatorial e os tratamentos adicionais não houve efeito significativo como também entre os
tratamentos adicionais.
150
Na Tabela 31, observa-se os valores médios das variáveis avaliadas para cada
fator estudado, verifica-se que no fator nitrogênio, os valores de resistência (STR) e
alongamento à ruptura, estão dentro dos padrões exigidos pela indústria. O índice de
micronaire foi elevado, ressaltando, porém que com um coeficiente de variação de
6,34% evidencia uma homogeneidade da fibra para essa variável que é a informação
que a indústria necessita. Os valores de maturidade foram elevados, denotando, portanto
um incremento maior de celulose na fibra do algodão marrom. Para o fator fósforo os
valores permaneceram com os mesmos padrões dos de nitrogênio, fato verificado com
os valores de micronaire para o restante dos fatores.
Na ausência de nitrogênio obtiveram-se valores maiores que 10 para a variável
grau de amarelecimento, por se tratar fibra marrom esse valor é sempre superior à fibra
de cor branca. No fator fósforo quando a reflectância baixou, o grau de amarelecimento
aumentou, resultados esses são satisfatórios por se tratar de uma fibra de coloração
natural marrom quando um aumenta o outro diminui.
Foram verificados ótimos valores para o comprimento médio da fibra em todos os
tratamentos, a uniformidade se situou perto do mínimo desejado de 83%, já para o
índice de fibras curtas os valores ficaram acima de 3,5%.
151
Tabela 31. Valores médios da resistência (STR), alongamento a ruptura (ELG), índice
de micronaire (MIC), maturidade (MAT), índice de consistência a fiação (SCI),
comprimento da fibra (UHM), uniformidade (UNF), índice de fibras curtas (SFI),
reflectância (Rd), grau de amarelecimento (+b), em função de lâminas de água
residuária, nitrogênio e fósforo na cultura do algodoeiro.
STR ELG MIC MAT SCI UHM UNF SFI
Fatores Rd (%) (+b)
(g tex-1) (%) (%) (mm) (%) (%)
Lâmina (mm)
781 28,63 6,84 4,43 89,33 125,25 29,03 82,71 4,46 45,11 18,23
505 28,23 7,78 4,56 89,42 124,42 29,13 83,01 3,84 45,14 18,09
643 28,78 7,64 4,83 89,67 120,50 28,58 82,44 4,11 44,59 17,96
367 28,43 7,39 4,71 89,50 119,67 28,23 81,73 4,78 43,75 18,13
-1
Nitrogênio, kg ha
0 28,40 a 7,36 a 4,59 a 89,25 a 124,00 a 28,86 a 82,82 a 4,45 a 44,42 a 18,13 a
90 29,12 a 7,46 a 4,70 a 89,66 a 120,91 a 28,65 a 82,17 a 4,14 a 44,87 a 18,07 a
Fósforo, kg ha-1
0 28,78 a 7,32 a 4,67 a 89,58 a 122,37 a 28,75 a 82,31 a 4,38 a 45,65 a 17,77 b
60 28,73 a 7,50 a 4,62 a 89,33 a 122,54 a 28,77 a 82,68 a 4,20 a 43,64 b 18,43 a
Fatorial vs Tratamentos Adicionais
Fatorial 28,76 a 7,41 a 4,65 a 89,46 a 122,46 a 28,76 a 82,49 a 4,29 a 44,65 a 18,10 a
Adicionais 28,77 a 7,10 a 4,62 a 89,67 a 122,67 a 28,97 a 82,48 a 4,13 a 44,95 a 18,05 a
90 kg ha-1 N 30,13 a 7,07 a 4,60 a 89,67 a 127,00 a 28,47 a 82,63 a 4,30 a 43,73 a 18,30 a
-1
180 kg ha N 27,40 a 7,13 a 4,63 a 89,67 a 118,33 a 29,47 a 82,33 a 3,97 a 46,17 a 17,80 a
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
32 10
29,43 9
30 28,78 28,63
-1
STR. gf tex
ELG, %
8
28
28,23 7
26 6
24 5
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
5,0 92
4,8
91
MAT, %
4,6
MIC
130 125,3 30
124,4
125 29,1
120 29
120,5
119,7 29,0
SCI
UHM, mm
115 28,6
110 28 28,2
105
100 27
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
84 7
83,01
83 6
UNF, %
5
SFI, %
82 82,44 82,71
4
81,73
81
3
80 2
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
50 20
48
46 44,59 45,14 19
Rd, %
44 18,13 18,23
+b
42 45,11
43,75 18
18,09
40 17,96
38 17
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
Figura 48. Características têxteis da fibra do algodão, cultivar BRS 200, em função de
lâminas de água residuária.
153
10 30,0
9 29,5
UHM, mm
ELG, %
8 29,0
7 28,5
6 28,0
5 27,5
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
0 kg P 60 kg P 0 kg P 60 kg P
2
0 kg y = -0,0025*x + 8,8311 R = 0,60
2
2 2
60 y = -3E-05*x + 0,0374x - 2,067 R = 0,99 0 kg y = 0,0047*x + 26,088 R = 0,99
5,5
5,0
4,5
SFI, %
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
367 505 643 781
Lâminas, mm
0 kg P 60 kg P
2 2
0 kg y = 2E-05*x - 0,0232x + 11,488 R = 0,99
32 10
-1
STR, gf tex 30 9
ELG, %
8
28
7
26
6
24 5
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas , mm
5,0 92
4,8
91
4,6
MAT, %
MIC
4,4 90
4,2
4,0 89
3,8 88
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm
Lâminas, mm
30,0
130
29,0
UHM, mm
120
SCI
28,0
110 27,0
100 26,0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
84
8
7
83
6
UNF, %
SFI, %
5
82
4
3
81
2
80 1
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm
Lâminas, mm
N P NP Sem Adubo
2 2
N P NP Sem Adubo S. Adubo y = 3E-05*x - 0,0429x + 17,124 R = 0,88
50 20
48
19
46
Rd, %
+b
44
18
42
40 17
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
Figura 50. Características têxteis da fibra do algodão, cultivar BRS 200, em função de
lâminas de água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo.
156
643 mm 643 mm
31 10
30
8
29
STR, gf tex-1
ELG, %
28
27 4
26
2
25
24 0
90 N 180 N N P NP Sem 90 N 180 N N P NP Sem
Adubo Adubo
643 mm 643 mm
4,8 90,0
4,7
4,6 89,6
Maturidade, %
4,5
MIC
4,4 89,2
4,3
4,2 88,8
4,1
4,0 88,4
90 N 180 N N P NP Sem 90 N 180 N N P NP Sem
Adubo Adubo
643 mm 643 mm
130 29,6
29,2
125
UHM, mm
28,8
SCI
120
28,4
115
28,0
110 27,6
90 N 180 N N P NP Sem 90 N 180 N N P NP Sem
Adubo Adubo
643 mm 643 mm
84,0 5,0
83,5 4,0
Uniformidade, %
83,0 3,0
SFI, %
82,5 2,0
82,0 1,0
81,5 0,0
90 N 180 N N P NP Sem 90 N 180 N N P NP Sem
Adubo Adubo
643 mm 643 mm
47 18,8
46
18,4
45
Rd, %
44 18,0
+b
43
17,6
42
41 17,2
90 N 180 N N P NP Sem 90 N 180 N N P NP Sem
Adubo Adubo
Figura 51. Características têxteis da fibra do algodão, cultivar BRS 200, irrigado com
água residuária, ausência e presença de nitrogênio e fósforo, mais dois tratamentos
adicionais com 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio irrigado com água de abastecimento.
158
muito a quantidade de sais dentro do bulbo úmido, não houve grandes variações entre as
lâminas aplicadas em média 2,45 mmolc dm-3 de sódio.
No trabalho de Speir et al. (1999), embora o teor de Na+ tenha aumentado pela
aplicação de efluentes secundários de esgoto tratado, o inverso ocorreu quando a
irrigação cessou, devido ao efeito das chuvas na lixiviação desse cátion.
Os teores de hidrogênio aumentaram depois do cultivo, devido também a
precipitação que eleva os teores de hidrogênio no solo, constata-se, porém que, do
potássio, cálcio magnésio o elemento que diminuiu mais expressivamente com a entrada
de hidrogênio foi o magnésio, e também a atividade microbiana que libera muito
hidrogênio. Em relação às lâminas de água os teores foram muito próximos, ficando
com um teor médio de 17,43 mmolcdm-3. Houve uma diminuição de carbono depois do
cultivo, grande quantidade de matéria orgânica e consequentemente de nitrogênio
fornecendo condições para uma maior atividade microbiana reduzindo os teores de
carbono.
O nitrogênio orgânico aumentou devido ao grande aporte de matéria orgânica
pela água residuária. A capacidade de troca de cátions (CTC) do solo já era muito alta
antes do plantio com valores mínimos de 72,46 mmolc dm-3 na menor lâmina, estando o
solo com já alta CTC, com o cultivo e o grande aporte de nutrientes contidos na água
residuária a CTC aumentou, e em relação às lâminas o aumento foi maior nas lâminas
menores. A Soma de Bases (SB) diminuiu depois do cultivo, essa diminuição foi devida
aos teores de sódio e magnésio que também diminuíram em relação às lâminas, a SB foi
menor nas lâminas maiores. A percentagem de saturação por bases da CTC (V%)
diminuiu depois do cultivo devido ao aumento da CTC, e esta sendo maior pelos altos
teores de hidrogênio. Porém o percentual do complexo coloidal ocupado por bases que
já era alto com valores 86,77%, caracterizando o solo como altamente eutrófico, baixou
apenas para 77,87% continuando assim um solo altamente fértil. A percentagem de
sódio trocável calculada pela CTC, diminuiu após o cultivo; em relação às lâminas as
reduções foram maiores nas lâminas de 505 e 643 mm. Segundo Jnad et al. (2001a), o
aumento significativo da quantidade de Na+ e P no solo foram as principais alterações
nas características químicas do solo, decorrentes da aplicação de água residuária de
origem doméstica, tratada, via sistema de irrigação por gotejamento subsuperficial, em
áreas cultivadas com grama. Porém, não foram observados aumentos significativos nas
quantidades de N-total, Mg2+, K+, e CE (condutividade elétrica do extrato da pasta
saturada do solo).
160
8,00 15,0
-3
P, mg dm
7,00 10,0
pH
6,00 5,0
5,00 0,0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
200 53
-3
Ca , m m ol c dm
-3
150 43
K , mg dm
100
33
23
50
13
+
2+
0 3
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
20 10
-3
-3
M g , m mol c dm
Na , mmol c dm
15 8
6
10
4
5 2
2+
0 0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
20 8
-3
-3
7
Carbono, g dm
H , m m ol c dm
15 6
5
10 4
3
5 2
1
+
0 0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
0,8 15
-3
0,6
M .O., g dm
-3
10
N, g dm
0,4
5
0,2
0,0 0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
82 70
-3
-3
CTC, m mol c dm
SB, mmol c dm
80 68
78 66
64
76 62
74 60
72 58
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
90 15
85
10
PST
V%
80
75 5
70 0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
Figura 52. Fertilidade do solo antes do plantio e após o cultivo irrigado com efluente
mais uma precipitação pluvial (PP) de 89 mm na área cultivada com algodão.
Tabela 32. Valores médios da fertilidade do solo antes do cultivo algodoeiro irrigado
com efluente de esgoto e água dos tratamentos do fatorial e dos tratamentos
adicionais.
P K Na Ca Mg H C
Tratamentos
mg dm-3 mg dm-3 mmlc dm-3 mmlc dm-3 mmlc dm-3 mmlc dm-3 g kg-1
Fatorial 4,0 71,3 7,4 41,4 14,8 10,1 4,5
90 kg ha-1 2,9 62,5 2,7 32,0 15,5 9,9 3,9
180 kg ha-1 2,9 53,4 9,1 39,5 23,5 13,2 5,7
MO N CTC PST SB V
g kg-1 g kg-1 mmlc dm-3 % mmlc dm-3 %
Fatorial 7,7 0,4 75,4 9,7 65,3 86,8
90 kg ha-1 6,7 0,3 61,7 4,4 51,8 84,0
180 kg ha-1 9,9 0,5 86,7 10,5 73,5 84,8
Tabela 33. Valores médios da fertilidade do solo depois do cultivo algodoeiro irrigado
com efluente de esgoto e água mais 89 mm de precipitação pluvial, dos tratamentos
do fatorial e dos tratamentos adicionais.
P K Na Ca Mg H C
Tratamentos
mg dm-3 mg dm-3 mmlc dm-3 mmlc dm-3 mmlc dm-3 mmlc dm-3 g kg-1
Fatorial 11,42 138,46 2,45 44,33 11,04 17,43 6,52
90 kg ha-1 8,79 115,71 2,10 41,00 11,50 16,50 6,20
180 kg ha-1 8,73 109,64 2,00 40,00 11,27 16,67 6,23
MO N CTC PST SB V
g kg-1 g kg-1 mmlc dm-3 % mmlc dm-3 %
Fatorial 11,22 0,56 78,80 3,10 61,36 77,87
90 kg ha-1 10,67 0,53 74,07 2,84 57,57 77,72
180 kg ha-1 10,72 0,54 72,74 2,75 56,08 77,06
162
9,00 2,0
-1
8,80
CEes, dS m
1,5
8,60
pHes
1,0
8,40
8,20 0,5
8,00 0,0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
5,0 6,0
-1
-1
M g , m m ol c L
Ca , m m ol c L
4,0
3,0 4,0
2,0 2,0
1,0
2+
2+
0,0 0,0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
15 1,5
-1
K + , m m ol c L -1
Na , m m ol c L 10 1,0
5 0,5
+
0 0,0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
15 10
-1
HCO 3 , mmol c , L
-1
8
Cl , mmol c L
10 6
5 4
-
-
0 0
367 505 643 781 367 505 643 781
Lâminas, mm Lâminas, mm
10
8
6
RAS
4
2
0
367 505 643 781
Lâminas, mm
Figura 53. Salinidade do solo antes do plantio, depois de uma precipitação pluvial (PP)
de 89 mm no final do cultivo e após cinco meses com uma precipitação de 646 mm
na área irrigada com efluente e cultivada com algodão.
Tabela 34. Valores médios salinidade do solo antes do plantio do fatorial e dos
tratamentos adicionais no algodoeiro irrigado com efluente e água.
CEes Ca2+ Mg2+ Na+
Tratamentos
dS m-1 mmlc L-1 mmlc L-1 mmlc L-1
Fatorial 1,66 3,13 4,11 9,91
90 kg ha-1 0,67 1,97 2,22 1,77
180 kg ha-1 2,17 3,97 5,47 14,57
K+ HCO3- Cl -
RAS
mmlc L-1 mmlc L-1 mmlc L-1
Fatorial 0,18 5,98 7,06 5,10
90 kg ha-1 0,08 4,67 3,17 1,13
180 kg ha-1 0,11 4,67 8,67 6,53
165
Tabela 35. Valores médios salinidade do solo depois do cultivo do fatorial e dos
tratamentos adicionais no algodoeiro irrigado com efluente e água e com 89 mm de
precipitação pluvial.
CEes Ca2+ Mg2+ Na+
Tratamentos
dS m-1 mmlc L-1 mmlc L-1 mmlc L-1
Fatorial 1,17 3,63 3,56 5,94
90 kg ha-1 1,01 9,75 4,50 2,10
180 kg ha-1 1,01 9,75 4,50 2,10
K+ HCO3- Cl -
RAS
mmlc L-1 mmlc L-1 mmlc L-1
Fatorial 0,61 10,03 3,76 2,41
90 kg ha-1 0,49 14,00 2,50 1,03
180 kg ha-1 0,49 14,00 2,50 1,03
Tabela 36. Valores médios salinidade do solo depois do cultivo do fatorial e dos
tratamentos adicionais no algodoeiro irrigado com efluente e água e com 646 mm de
precipitação pluvial.
CEes Ca2+ Mg2+ Na+
Tratamentos
dS m-1 mmlc L-1 mmlc L-1 mmlc L-1
Fatorial 1,00 3,08 3,20 3,35
90 kg ha-1 1,01 9,75 4,50 2,10
180 kg ha-1 1,01 9,75 4,50 2,10
K+ HCO3- Cl -
RAS
mmlc L-1 mmlc L-1 mmlc L-1
Fatorial 1,05 8,88 3,00 1,76
90 kg ha-1 0,49 14,00 2,50 1,03
180 kg ha-1 0,49 14,00 2,50 1,03
Tabela 37. Análise econômica do algodoeiro BRS 200, irrigado por gotejamento com
efluente tratado e água de abastecimento, adubado com nitrogênio e fósforo.
Produtividade Receita Custo por Receita Índice de
Despesas
Lâminas mm Algodão caroço -1 Bruta kg de Líquida lucratividade
(R$ ha )
(kg ha-1) (R$ ha-1) algodão (R$ ha-1) (%)
692 + 89 3765 1832,51 3765,00 0,49 1932,49 51,3
554 + 89 2939 1759,44 2939,00 0,60 1179,56 40,13
416 + 89 2187 1686,37 2187,00 0,77 500,63 22,89
278 + 89 1948 1613,30 1948,00 0,83 334,70 17,18
Tratamentos Irrigação - 643 mm com efluente
N 2900 1.519,44 2900,00 0,52 1380,56 47,61
P 2977 1.503,44 2977,00 0,51 1473,56 49,50
NeP 2573 1.759,44 2573,00 0,68 813,56 31,62
Sem Adubo 3307 1.263,44 3307,00 0,38 2043,56 61,80
Irrigação - 643 mm com água de abastecimento
-1
90 kg ha N 1317 1.759,44 1317,00 1,34 -442,44 -33,59
180 kg ha-1 N 1347 2.015,44 1347,00 1,50 -668,44 -49,62
Preço do kg de algodão em caroço R$ 1,00; custo do bombeamento da água e do efluente R$ 0,053 m3, para
as lâminas de 692, 554, 416 e 278 mm, mais 89 mm de chuva. 1975,5 e 2020,5
Tabela 38. Análise econômica do algodoeiro BRS 200, irrigado por gotejamento com
efluente tratado e água de abastecimento, adubado com nitrogênio e fósforo.
Produtividade Receita Custo por Receita Índice de
Lâminas Despesas
Algodão caroço Bruta kg de Líquida Lucratividade
(mm) -1 (R$ ha-1) -1
(kg ha ) (R$ ha ) algodão (R$ ha-1) (%)
Nitrogênio
692 + 89 3667 1592,51 3667,0 0,43 2074,49 56,57
554 + 89 2900 1519,44 2900,0 0,52 1380,56 47,61
416 + 89 1877 1446,37 1877,0 0,77 430,63 22,94
278 + 89 1800 1373,30 1800,0 0,76 426,70 23,71
Fósforo
692 + 89 3670 1576,51 3670,0 0,43 2093,49 57,04
554 + 89 2977 1503,44 2977,0 0,51 1473,56 49,50
416 + 89 2080 1430,37 2080,0 0,69 649,63 31,23
278 + 89 2087 1357,30 2087,0 0,65 729,70 34,96
Nitrogênio e Fósforo
692 + 89 3847 1832,51 3847,0 0,48 2014,49 52,37
554 + 89 2573 1759,44 2573,0 0,68 813,56 31,62
416 + 89 2347 1686,37 2347,0 0,72 660,63 28,15
278 + 89 2067 1613,30 2067,0 0,78 453,70 21,95
Sem Adubo
692 + 89 3877 1336,51 3877,0 0,34 2540,49 65,53
554 + 89 3307 1263,44 3307,0 0,38 2043,56 61,80
416 + 89 2443 1190,37 2443,0 0,49 1252,63 51,27
278 + 89 1840 1117,30 1840,0 0,61 722,70 39,28
Preço do kg de algodão em caroço R$ 1,00; custo do bombeamento da água e do efluente R$ 0,053 m3, para
as lâminas de 692, 554, 416 e 278 mm, mais 89 mm de chuva.
168
6. CONCLUSÕES
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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