Direito Internacional Privado
Direito Internacional Privado
Direito Internacional Privado
PROPÓSITO
Apresentar o Direito Internacional Privado enquanto sobredireito responsável tanto pela
solução de conflitos de jurisdições e de leis decorrentes de situações conectadas a mais de um
ordenamento jurídico quanto pela viabilização do diálogo entre tais ordenamentos.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar a leitura deste conteúdo, tenha à mão a seguinte legislação para verificar as
referências destacadas:
Constituição Federal de 1988
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
Isso significa que, salvo por iniciativas multilaterais de harmonização e uniformização, cada
Estado produz as próprias regras de Direito Internacional Privado. Mas por que então ele
possui esse nome? Porque corresponde à projeção do direito interno sobre o plano
internacional. Expliquemos o motivo disso. O Direito Internacional Privado nos fornece as
ferramentas necessárias para que possamos navegar nos casos que estejam, de alguma
forma, conectados a mais de um Estado. Isso pode ocorrer por diversos motivos.
EXEMPLO
Nacionalidade das partes envolvidas, localização dos bens em jogo ou maneira como
determinada relação se estabelece.
Dessa conexão surge potencialmente uma sobreposição de jurisdições e leis aplicáveis. Cabe
ao Direito Internacional Privado apontar então o caminho para a solução de determinada
questão, muito embora não seja ele próprio quem vai resolvê-la.
Por essa razão, pontua Ramos (2018, p. 24), o consideramos um sobredireito: sua tarefa é
gerir o pluralismo jurídico decorrente da dispersão das atividades e das relações do homem
pelo mundo, oferecendo previsibilidade e uniformidade de resultados.
Recentemente, a disciplina passou a incorporar uma maior preocupação com a justiça material,
substituindo seu olhar originalmente “desprendido” do caso por um cioso em relação à
igualdade, ao acesso à justiça, à tolerância e à diversidade. Essa preocupação com a proteção
da pessoa humana passa, ao fim e ao cabo, a nortear a própria sistemática de aplicação do
Direito Internacional Privado.
MÓDULO 1
Identificar o propósito e o mecanismo de funcionamento do Direito Internacional
Privado
UNIFORMIZAÇÃO
CADA ESTADO
FATOS JURÍDICOS
O direito se preocupa em regular todos os fatos (acontecimentos, eventos) que impulsionem a
criação de uma relação jurídica, ou seja, que produzam efeitos em seu campo (o do direito).
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Natureza
Neste caso, os fatos podem ser ordinários (nascimentos, mortes etc.) ou extraordinários
(terremotos, tsunamis etc.) de acordo com sua previsibilidade.
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Vontade humana
Chamados de voluntários, os fatos decorrentes da vontade humana podem dar origem a atos
jurídicos lícitos ou ilícitos conforme sejam admitidos (ou não) no ordenamento, como
casamento, assinatura de contrato e constituição de uma empresa.
Que jurisdição poderá solucionar casos que envolvam pessoas, bens ou interesses
que extrapolem as fronteiras de um único Estado?
OBRIGAÇÕES
As ordens jurídicas nacionais têm por sujeitos primários os indivíduos que nascem e se
desenvolvem a partir deles e para eles. As pessoas jurídicas (sociedades simples e
empresárias, associações e fundações), por outro lado, são sujeitos secundários. Sua criação é
determinada por razões de conveniência social: elas são reconhecidas como existentes – na
ordem jurídica em que foram criadas e nas demais ordens do tipo em que atuam – apenas para
que a vida econômica e social seja facilitada.
Disso ele difere do Direito Internacional Público, cujos sujeitos são os Estados e as
organizações internacionais – e, mais recentemente, embora não sem controvérsia, os próprios
indivíduos, aponta Cançado Trindade (2005).
Como vimos na introdução deste tema, cada Estado tem, em seu ordenamento jurídico, um
conjunto de regras voltado à solução de questões transnacionais denominado Direito
Internacional Privado.
Santos (1998, p. 140) destaca que a escola francesa de Direito Internacional Privado, que
encontra alguma acolhida no Brasil, costuma acrescentar a esse rol a nacionalidade e a
condição jurídica do estrangeiro.
CASO MULTICONECTADO
Aplicação de normas
Nacionalidade
VOCÊ SABIA
O método conflitual do Direito Internacional Privado surgiu na Idade Média para dirimir conflitos
oriundos da pluralidade de leis das cidades-Estado italianas. Sua versão clássica se
desenvolveu e se aprimorou na França e na Holanda, tendo assumido novos contornos na
Inglaterra e nos Estados Unidos. Na América Latina e, em particular, no Brasil, vigora o método
clássico, consubstanciado na adoção de regras de conexão por meio das quais se chega à lei
aplicável a determinada questão de direito.
Fonte
Dada a tradição civilista de nosso ordenamento, a fonte é exclusivamente legislativa, seja ela:
INTERNA
Criada pelo Poder Legislativo do Estado.
INTERNACIONAL
Erigida em coordenação com outros Estados ou no âmbito de organizações internacionais e
fixada em tratados.
TRATADOS
Natureza
As regras de conexão são indiretas, já que não contêm, elas próprias, a solução do caso,
limitando-se a indicar o Direito (interno ou estrangeiro) a ele aplicável (que então dará a
solução). Elas funcionam como um vetor indicativo da solução, permanecendo sempre as
mesmas, embora a solução por elas apontada possa variar conforme o elemento de conexão
aponte para um ou outro ordenamento.
No Brasil, vale a lei do país (onde domiciliada a pessoa) que determine as regras sobre:
Nome
Capacidade
Direitos de família
NOTEMOS QUE O ELEMENTO A REALIZAR A
CONEXÃO AQUI É O DOMICÍLIO.
EXEMPLO
Se a pessoa for domiciliada na Itália, será a lei desse país que regulará sua capacidade civil
(isto é, sua aptidão para adquirir e exercer direitos).
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A regra de conexão (domicílio) será sempre a mesma, mas, conforme a pessoa mude de
domicílio (o elemento de conexão em jogo), a lei aplicável também será alterada.
Mas resta uma dúvida: e se a lei da Itália apontar outra legislação como sendo aplicável às
questões relativas à personalidade, ao nome, à capacidade e aos direitos de família? Uma
solução seria o reenvio, instrumento admitido em alguns ordenamentos e rejeitado em outros.
No Brasil, contudo, ele não é aceito. Segundo a LINDB (2010, art. 16), quando, “nos termos
dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição
desta sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei”. O juiz brasileiro, portanto,
observa as regras brasileiras de Direito Internacional Privado para determinar qual lei é
aplicável. Encontrada a lei, porém, ele não pode olhar para as que estejam presentes nesse
ramo do Direito. A lei é aplicada diretamente na solução do caso.
O método conflitual clássico tem sido alvo de duras críticas nas últimas décadas em razão de
sua suposta indiferença com o resultado concreto do caso. Por conta disso, vem se
consolidando a tendência de abandonar essa imagem neutra das normas de Direito
Internacional Privado em favor de um comprometimento com a realização dos direitos humanos
e com o respeito aos valores consagrados na Constituição Federal.
JURISDIÇÃO: EXCLUSIVIDADE,
CONCORRÊNCIA E LITISPENDÊNCIA
(MARQUES, 2000)
Cabe a cada Estado determinar sua atuação jurisdicional. Como se pode imaginar, há inúmeros
casos que, justamente em função de seus pontos de contato com mais de um Estado, suscitam
o interesse e a atuação de múltiplos poderes jurisdicionais. Isso é chamado de conflito de
jurisdições.
COMENTÁRIO
O conceito de jurisdição não se confunde com o de competência, embora muitas vezes esses
termos acabem sendo utilizados indistintamente. Aquela constitui um atributo do Poder
Judiciário como um todo, ao passo que esta consiste na esfera de atribuições deferida por lei a
determinada autoridade do Poder Judiciário para processar e julgar causas específicas.
Com efeito, há uma preocupação quase unânime de se evitar a adoção de critérios amplos ou
de interpretações extensivas que levem ao exercício ilimitado de jurisdição.
EFETIVIDADE
Esse princípio instrui que os Estados devem se preocupar em proferir decisões que sejam
eficazes e efetivas nos limites de seus territórios.
POR QUÊ?
Não sobrecarregar o Poder Judiciário com decisões cuja execução posterior não esteja
garantida, já que elas dizem respeito a pessoas ou bens fora do alcance do Estado.
Admite-se, no entanto, a atuação de jurisdição estrangeira por se considerar que ela também
teria interesse e estaria em condições de assegurar a eficácia de suas decisões. Trata-se da
competência internacional concorrente.
Já o artigo 23 do CPC trata das hipóteses nas quais é conveniente ao Judiciário brasileiro atuar
e em que sua decisão seria dotada de efetividade, não podendo ser aceita a atuação de outra
jurisdição”.
Entende-se que os vínculos com o Brasil são especialmente fortes; assim, sequer é
considerada a posição das autoridades judiciárias estrangeiras a respeito. O nome disso é
competência internacional exclusiva.
LITISPENDÊNCIA
Se uma decisão proferida no Brasil transitar em julgado (Default tooltip) antes que o STJ
defira o pedido de homologação de sentença estrangeira, a proferida no exterior jamais
produzirá efeitos em nosso território.
COMENTÁRIO
Como veremos no módulo 3, uma decisão pronunciada no exterior não produzirá efeitos no
Brasil enquanto não for homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Por outro lado, se a ação de homologação da decisão estrangeira transitar em julgado antes da
ação brasileira, a proveniente do exterior será reconhecida e produzirá efeitos no Brasil,
inviabilizando o prosseguimento da ação brasileira.
Chamadas de regras de conexão, elas conectam fatos transnacionais às leis a eles aplicáveis
em meio a uma miríade de legislações possivelmente incidentes.
Fato transnacional
Elemento de conexão
EXEMPLO
O artigo 8º da LINDB (2010) possui a seguinte regra de conexão: “Para qualificar os bens e
regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados”.
Direito
Fato
Utilizam uma circunstância da vida (por exemplo, a localização geográfica dos bens).
SUJEITOS ENVOLVIDOS
Há, neste caso, os elementos:
Pessoais
Reais
Baseiam-se em dados objetivos relacionados aos bens em jogo (local em que estão localizados
ou onde ocorreu o dano).
Móveis
Seu conteúdo pode ser alterado com o tempo (nacionalidade, domicílio ou residência).
Imóveis
Não sofrem qualquer alteração com a passagem do tempo (local em que estão localizados os
bens imóveis ou o local do dano).
Veja que um mesmo elemento de conexão pode ser classificado de diversas formas. A
aplicação da regra de conexão é feita de acordo com a lei do foro que foi provocado e que
considerou, afinal, ter jurisdição para conhecer da causa.
COMENTÁRIO
Antes de aplicar o método conflitual, porém, o juiz da causa precisa verificar se não incide
sobre a questão nenhuma norma de caráter imperativo do foro.
MÉTODO CONFLITUAL
CARÁTER IMPERATIVO
Essas normas são conhecidas pela terminologia cunhada na França: lois de police.
Intervêm antes da utilização do método conflitual, obstando a aplicação das regras de conexão.
Ordem pública
Intervém após a utilização desse método, impedindo que a lei estrangeira por ele apontada
seja aplicada ao caso.
FONTES DO DIP
O Direito Internacional Privado conta com uma pluralidade de fontes. Como vimos, sua
principal fonte é interna:
Lei
Doutrina
COMENTÁRIO
No caso da doutrina e da jurisprudência, há muitos debates para saber se isso é possível. Isso
faz com que tenhamos tantos Direitos Internacionais Privados quanto Estados, ocorrendo da
mesma forma que nos demais ramos do Direito.
A corporificação do Direito Internacional Privado em leis tomou forma com as iniciativas de
codificação do século XIX, tendo encontrado acolhida pela primeira vez na França por
intermédio da criação do Código de Napoleão.
SAIBA MAIS
Outros exemplos notórios são o Código italiano, de 1865, e o Código Germânico, de 1896. O
Brasil se inspirou no germânico, tendo corporificado o Direito Internacional Privado pela
primeira vez na Introdução ao Código Civil de 1916 (artigos 1 a 21).
Como veremos a seguir, a Introdução ao Código Civil de 2016 cedeu lugar à atual LINDB. Ao
lado dela, os outros dois pilares da disciplina (o conflito de jurisdições e a cooperação jurídica
nacional) são regulados no CPC (artigos 21 a 41).
DOUTRINA
Costuma servir de intérprete das decisões dos tribunais em matéria de Direito Internacional
Privado, contribuindo para o desenvolvimento dos princípios que norteiam a disciplina.
JURISPRUDÊNCIA
Se encarrega de preencher as lacunas deixadas pelo legislador e se apoia na doutrina para
solucionar as controvérsias decorrentes da aplicação desse ramo do direito.
Ao lado das fontes internas, existem as de origem regional e internacional, que gradualmente
têm ganhado expressividade. A principal fonte são os tratados celebrados com vistas a
aproximar as soluções manejadas individualmente pelo Estado, especialmente aquelas no
campo do conflito de leis.
COMENTÁRIO
Negociado um tratado, o presidente o envia ao Congresso Nacional para aprovação (artigo 49,
I, da Constituição). Não cabe a ele propor qualquer alteração ao texto, apenas aprová-lo ou
não. Se aprovado, o presidente do Congresso Nacional promulga um decreto legislativo.
A ratificação ocorre quando o Brasil assina o texto original do tratado que está em vias de
ser celebrado internacionalmente. Já a adesão é concretizada quando existe um tratado
celebrado do qual o Brasil pretende ser parte.
Um tratado ratificado ou aderido pelo Brasil pode ser posteriormente revogado por meio do
instrumento da denúncia. Ela é feita pelo presidente da República no plano internacional.
Não são raras as vezes em que as disposições de uma lei interna se chocam com as de um
tratado (e vice-versa).
Esses choques personificam o conhecido debate em Direito Internacional entre duas correntes:
Dualista
Liderada por Heinrich Triepel e Dionisio Anzilotti, ela enxerga o os direitos interno e
internacional como sistemas jurídicos autônomos e distintos, ou seja, como dois círculos que
não se sobrepõem.
Monista
Liderada por Hans Kelsen, ela prega a unidade da ordem jurídica, considerando o direito
interno e o internacional dois círculos superpostos. Obviamente, sendo ambos círculos do tipo,
questiona-se qual deles tem primazia.
Equiparar os dois direitos, fazendo com que uma fonte prevaleça sobre a outra em
função da ordem cronológica em que for criada.
CRONOLOGIA
Posterior prevalece sobre anterior.
ESPECIFICIDADE
Norma especifica prevalece sobre a genérica, mesmo que ela seja posterior.
Durante muito tempo, a doutrina enxergou nesse posicionamento da jurisprudência uma opção
pelo monismo sem conseguir enxergar o fato de que os tratados, para vigorarem no Brasil,
precisam passar, conforme destacamos, por um rito procedimental próprio.
EXEMPLO
Esse ponto foi captado pelo STF no julgamento da ADIN 1.480-3-DF, o que muitos estudiosos
consideram evidenciar uma inclinação para a corrente dualista.
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO
BRASILEIRO
A principal fonte interna de Direito Internacional Privado no Brasil é a LINDB. Até 2010, quando
recebeu nova denominação (Default tooltip) , ela era intitulada Lei de Introdução ao Código
Civil Brasileiro. Ela foi promulgada em 1942 (Default tooltip) , quando ainda era vigente o
Código Civil de 1916.
DIREITO INTERTEMPORAL
Normas que definem a partir de quando as leis entram em vigor e como elas incidem sobre
situações constituídas prévia, concomitante ou posteriormente à sua entrada.
REGRAS DE CONEXÃO
Normas que apontam as leis aplicáveis às situações que possuam vínculos com mais de um
ordenamento jurídico. Inseridas no campo do Direito Internacional Privado.
No que concerne ao Direito Internacional Privado, portanto, a LINDB regula um dos temas da
disciplina (o tema do conflito de leis). Já os temas da jurisdição e da cooperação jurídica
internacional estão previstos no CPC (Default tooltip) .
OS CONTRATOS, O LOCAL DE SUA CELEBRAÇÃO
(ART. 9º);
A SUCESSÃO, O ÚLTIMO DOMICÍLIO DO FALECIDO
(ART. 10);
A REGULAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS, O LOCAL
EM QUE SE CONSTITUÍRAM (ART. 11).
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) F-F-V-F-V
B) V-F-V-V-V
C) V-V-F-V-F
D) F-V-F-F-F
E) V-V-V-F-F
GABARITO
O Direito Internacional Privado tem por fonte não só os tratados, mas também o próprio direito
interno de cada país, prevendo um conjunto de normas de conexão responsável por indicar o
direito aplicável à situação jurídica plurilocalizada.
2. Considerando as fontes do Direito Internacional Privado e sua metodologia clássica,
leia o trecho a seguir e assinale a alternativa correta.
"Através de normas jurídicas com uma natureza especial, que estabelecem os critérios
através dos quais em cada caso concreto se determina a lei competente para resolver as
questões jurídicas suscitadas pelas relações absolutamente internacionais. São normas
que não regulam diretamente relações materiais, mas determinam os critérios para, nos
casos concretos, se determinarem as normas competentes para o fazer."
(RIBEIRO, 2000)
As regras de Direito Internacional Privado não dão respostas às questões advindas de fatos
transnacionais, mas apontam o caminho por meio do qual as respostas podem ser
encontradas. Elas são, sob essa ótica, normas indiretas, já que não solucionam a questão de
fundo, apenas indicando o caminho para a lei que o fará. Chamadas de regras de conexão,
elas conectam fatos transnacionais às leis aplicáveis em meio a uma miríade de outras
possivelmente incidentes.
MÓDULO 2
RELEMBRANDO
Como vimos, as regras de conexão previstas no Direito Internacional Privado brasileiro podem
indicar qual lei estrangeira deve ser aplicada para regular determinado fato transnacional. A
referência a essa lei abarca todo o sistema normativo estrangeiro e todas as suas fontes, sejam
elas internas ou internacionais. Também verificamos que é possível atribuir eficácia, no
território nacional, a uma decisão emanada de autoridade estrangeira, contanto que ela não
verse sobre uma hipótese de jurisdição exclusiva de nossos tribunais. O reconhecimento da
eficácia de decisões estrangeiras no Brasil se dá no âmbito da cooperação jurídica
internacional.
INTERNAS
Atos promulgados pelo poder competente local, além do costume e da doutrina, caso eles
sejam aceitos como vinculantes no Estado estrangeiro.
INTERNACIONAIS
O artigo 17 da LINDB (2010) prevê, contudo, que “leis, atos e sentenças de outro país, bem
como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil quando ofenderem a
soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes”. Esse comando é similar ao
constante no artigo 963, VI, do CPC, segundo o qual constitui um requisito indispensável à
homologação da decisão estrangeira que ela não ofenda à nossa ordem pública.
ATENÇÃO
Será feito, portanto, um controle posterior ao manejo das regras de conexão, obstando-se a
aplicação da lei estrangeira apontada pelo Direito Internacional Privado se ela for de encontro
aos valores essenciais do foro, especialmente aqueles relativos aos direitos humanos
salvaguardados pela Constituição Federal e aos tratados de direitos humanos dos quais o
Brasil seja signatário.
SOBERANIA NACIONAL
A ofensa é clara na hipótese de se pretender reconhecer, no Brasil, uma sentença estrangeira
que verse sobre uma das hipóteses de competência exclusiva – estudadas anteriormente – da
autoridade judiciária nacional.
ORDEM PÚBLICA
Ela tem contornos mais subjetivos, já que a ordem pública, na hipótese de se aferir a
compatibilização da lei estrangeira, corresponde ao conjunto de princípios tidos como
fundamentais e inderrogáveis do ordenamento jurídico brasileiro.
Segundo Valladão (1977, p. 475), utiliza-se o critério da essencialidade: tudo o que for
reputado indispensável ao foro integra a ordem pública. A ofensa aos bons costumes, por fim,
corresponderia à afronta aos princípios éticos contemporâneos próprios do Estado e de seu
povo.
A nacionalidade, segundo Vargas (2006, p. 290), é “o ponto de partida da cidadania”, haja vista
que os direitos políticos e a proteção diplomática não são geralmente estendidos a
estrangeiros. Os efeitos da nacionalidade se irradiam para o plano internacional, impondo-se a
todos os Estados o dever de reconhecer a que seja conferida a um indivíduo, completam
Battifol e Lagarde (1993, p. 104).
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EXEMPLO
É por essa razão que a Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 estabeleceu a
nacionalidade como um direito fundamental. No mesmo sentido, a Convenção Americana de
Direitos Humanos prescreve que a ninguém se deve privar arbitrariamente dela nem do direito
de mudá-la.
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Em linhas gerais, a nacionalidade originária pode ter por fundamento o local de nascimento (ius
soli) ou a filiação (ius sanguinis). Já a derivada, também conhecida como naturalização,
decorre da manifestação de vontade do indivíduo em pertencer ao Estado, o que pode implicar
a perda de sua nacionalidade originária.
Cabe a cada Estado determinar os termos e as condições para que os indivíduos sejam
reconhecidos como seus nacionais tanto em caráter originário quanto pela via derivada da
naturalização. Os dois itens a serem determinados costumam constar de suas constituições.
No Brasil, adota-se o critério do ius soli como regra geral de determinação da nacionalidade
brasileira: todos aqueles nascidos no país, independentemente de sua filiação, são
reputados nacionais brasileiros.
SÃO BRASILEIROS:
I - NATOS:
A) OS NASCIDOS NA REPÚBLICA FEDERATIVA DO
BRASIL, AINDA QUE DE PAIS ESTRANGEIROS, DESDE
QUE ESTES NÃO ESTEJAM A SERVIÇO DE SEU PAÍS;
B) OS NASCIDOS NO ESTRANGEIRO, DE PAI
BRASILEIRO OU MÃE BRASILEIRA, DESDE QUE
QUALQUER DELES ESTEJA A SERVIÇO DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL;
C) OS NASCIDOS NO ESTRANGEIRO, DE PAI
BRASILEIRO OU DE MÃE BRASILEIRA, DESDE QUE
SEJAM REGISTRADOS EM REPARTIÇÃO BRASILEIRA
COMPETENTE, OU VENHAM A RESIDIR NA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ANTES DA
MAIORIDADE E, ALCANÇADA ESTA, OPTEM, EM
QUALQUER TEMPO, PELA NACIONALIDADE
BRASILEIRA.
ATENÇÃO
A primeira hipótese de aquisição originária pelo ius sanguinis (alínea “b”) decorre de o indivíduo
ter nascido no exterior em função de qualquer de seus pais estarem a serviço do país. Neste
caso, a ele se estende de maneira automática a nacionalidade brasileira. Já em sua segunda
hipótese (alínea “c”), a extensão dessa nacionalidade a filhos de brasileiros nascidos fora do
país não é automática: ela depende do preenchimento de determinados requisitos.
Com isso, passaram a ser considerados brasileiros natos “os nascidos no estrangeiro, de pai
brasileiro ou mãe brasileira, desde que venham a residir na República Federativa do
Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira”.
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Cabe destacar que o nascimento ocorrido no exterior pode ser levado a conhecimento da
repartição consular competente a qualquer tempo. A opção da nacionalidade brasileira por
aqueles que não dispõem de registro consular pode ser exercida a qualquer tempo, sendo
condicionada apenas à residência no território nacional.
DICA
A condição suspensiva constitui justamente a confirmação de sua opção pela nacionalidade por
meio de processo próprio.
É exercida por meio de um processo judicial proposto perante a justiça federal a qualquer
tempo depois da maioridade.
É declaratória e não constitutiva do direito à nacionalidade (razão pela qual se fala que a opção
confirma a nacionalidade).
A DETERMINAÇÃO DA NACIONALIDADE
Neste vídeo, a professora abordará os principais aspectos sobre a atribuição da nacionalidade.
Por mais artificial que possa parecer, a publicação é justamente a ferramenta de que dispõe o
Estado para garantir que todos a conheçam. Salvo se já constar da lei um prazo de vigência
específico, presume-se sua validade até que outra, modificando-a ou revogando-a, venha a ser
promulgada.
Expressamente o declara.
Por outro lado, se uma lei vier a estabelecer disposições gerais ou especiais além daquelas já
existentes em outra, não são consideradas a remoção e a revogação da anterior.
ATENÇÃO
O que ocorre se a lei que tiver revogado outra vier a perder a sua vigência? Neste caso, a que
havia sido revogada não é restaurada.
ATO JURÍDICO PERFEITO, COISA JULGADA E
DIREITO ADQUIRIDO
O artigo 6º da LINDB prescreve que se mantêm inatingidos pela entrada em vigor de nova lei:
Direito adquirido
Coisa julgada
É importante ter em mente que as situações legalmente constituídas de acordo com o direito
estrangeiro (Default tooltip) serão reconhecidas internamente – a menos que elas ofendam a
soberania nacional, a ordem pública ou os bons costumes.
EXEMPLO
Duas pessoas que se casam na Espanha e venham residir no Brasil recebem, em nosso país,
o status de pessoas casadas. Não cabe à justiça brasileira questionar a validade de seu
casamento.
Imagem: Shutterstock.com
CLÁUSULA PÉTREA
Cláusulas pétreas são disposições de nossa Constituição Federal insuscetíveis de alteração.
Nenhuma lei pode alterá-las, assim como a própria Constituição em si não pode ser modificada
com o intuito de suprimi-las.
ATENÇÃO
A única forma de alterar essas cláusulas é promulgar uma nova Carta Magna. As
cláusulas pétreas recebem esse tratamento porque constituem o núcleo duro do nosso
ordenamento.
Elas estão previstas no artigo 60, §4º, da Constituição Federal (1988): “Não será objeto de
deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto
direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias
individuais”.
Como pontuamos, as regras de conexão previstas na LINDB têm por finalidade apontar a lei
aplicável a determinado fato transnacional.
A primeira pergunta com que nos deparamos é a seguinte: se a regra de conexão incidente em
determinada hipótese apontasse a lei estrangeira, essa lei deveria ser encarada como um fato
(precisando ser invocado pelas partes a fim de que o juiz possa se pronunciar a respeito) ou
um direito (que ele tem a obrigação de conhecer)? Essa pergunta foi objeto de um grande
debate doutrinário no Brasil e no exterior.
O artigo 376 do CPC inclusive se refere à lei estrangeira ao lado das leis municipal, estadual e
costumeira. Sua aplicação é feita de ofício, ou seja, a despeito de invocação pelas partes e a
qualquer tempo.
ATENÇÃO
O juiz, porém, pode exigir das partes a prova de seu texto e a vigência caso não os conheça.
SAIBA MAIS
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Helmut poderá adquirir a nacionalidade brasileira desde que seja registrado em repartição
brasileira competente ou que venha a residir na República Federativa do Brasil antes de
atingida a maioridade – e, uma vez atingida, que opte, até quatro anos depois, pela
nacionalidade brasileira.
B) Helmut poderá adquirir a nacionalidade brasileira desde que seja registrado em embaixada
brasileira ou que venha a residir na República Federativa do Brasil antes de atingida a
maioridade e opte, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.
C) Helmut poderá adquirir a nacionalidade brasileira, ainda que não tenha sido registrado em
repartição consular, a qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, por meio da ação de
opção de nacionalidade.
D) Helmut não poderá adquirir a nacionalidade brasileira, pois só existe a hipótese de aquisição
de nacionalidade brasileira originária para filho de brasileiro ou brasileira nascido em solo
estrangeiro quando o pai ou a mãe está no exterior a serviço da República Federativa do Brasil.
E) Helmut poderá adquirir a nacionalidade brasileira a partir de registro consular desde que sua
mãe venha a se tornar brasileira por meio de aquisição derivada de nacionalidade.
C) Trata-se de hipótese de competência exclusiva brasileira para julgar o caso de acordo com a
lei brasileira.
GABARITO
1. "A nacionalidade originária se materializa por meio de dois critérios que incidem no
momento do nascimento: o ius soli – aquisição de nacionalidade do país onde se nasce
– e o ius sanguinis – aquisição da nacionalidade dos pais à época do nascimento –, e
que às vezes são observadas concomitantemente, em critério eclético, ocorrendo
também a hipótese do ius sanguinis combinado com o elemento funcional, quando se
trata de filho de pessoas a serviço do país no exterior."
(DOLINGER, 2018)
Helmut poderá adquirir a nacionalidade brasileira a qualquer tempo por meio de registro em
repartição consular ou, após atingida a maioridade, de ação de opção de nacionalidade –
desde que, no último caso, ele possua residência no Brasil (conforme artigo 12, I, c, da
Constituição Federal).
MÓDULO 3
ARBITRAGEM INTERNACIONAL
A arbitragem é um meio de solução de controvérsias alternativo à via judicial. Seu fundamento
é o princípio da autonomia da vontade: as partes estabelecem livremente um pacto a fim de,
em substituição ao Poder Judiciário, submeter suas disputas ao crivo de uma pessoa privada
ou de painel composto por pessoas privadas.
Escolha do foro
Regras procedimentais
Árbitros
EXEMPLO
ARBITRAGEM DE INVESTIMENTOS
ARBITRAGEM INTERNACIONAL
Neste vídeo, a professora abordará os principais aspectos sobre a arbitragem internacional.
HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA
ESTRANGEIRA NO BRASIL
O artigo 961 do CPC prescreve que qualquer decisão proferida por autoridade judiciária
estrangeira precisa ser reconhecida pelo STJ para que possa ser recepcionada em nosso
ordenamento jurídico e produzir efeitos, constituindo, desse modo, um título executivo judicial.
Foto: Diego Grandi / Shutterstock.com
O processo por meio do qual as decisões estrangeiras são recepcionadas pelo ordenamento
jurídico brasileiro é chamado de homologação. No artigo 105, I, a Constituição Federal atribui
ao STJ a competência originária para homologar sentenças estrangeiras.
O processo de homologação envolve o que se entende por juízo de delibação: o STJ não
avalia o mérito, limitando-se a verificar o preenchimento dos requisitos necessários para que a
decisão estrangeira possa ser recepcionada.
SAIBA MAIS
Leia a Homologação de decisão estrangeira n. 120 (2019), relatada pela ministra do STJ Nancy
Andrighi.
Listaremos os requisitos para que a decisão estrangeira possa ser homologada pelo STJ:
O artigo 961, §1º, do CPC autoriza a homologação de decisões proferidas por autoridades não
judiciárias, ainda que elas, aos olhos da lei brasileira, exerçam função jurisdicional. Uma
decisão proferida por uma autoridade estrangeira que não seja integrante do Poder Judiciário
poderá ser reconhecida no Brasil desde que ela exerça no exterior uma função que, em nosso
país, assuma uma natureza jurisdicional. Por exemplo: divórcios decretados por autoridades
administrativas estrangeiras.
O Brasil a ratificou e a internalizou por meio do Decreto n. 4.311/2002. Em nosso país, ela se
aplica para o reconhecimento de sentenças arbitrais estrangeiras provenientes de qualquer
Estado signatário da convenção.
ATENÇÃO
Os requisitos previstos na Convenção de Nova York são essencialmente os mesmos do nosso
CPC.
A mediação e a conciliação visam a um acordo. É a vontade das partes que deve emergir do
processo, e não uma sentença vinculante, o que ocorre nas vias judicial e arbitral.
Assim como a arbitragem, ambas têm fundamento no princípio da autonomia da vontade. Elas
ainda são informadas ainda pelos princípios da:
Independência
Imparcialidade
Confidencialidade
Oralidade
Informalidade
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Para ser considerada um título executivo judicial, a sentença arbitral proferida fora do
território nacional deverá se submeter ao processo de reconhecimento, que é de competência
da Justiça Federal.
B) Para ser considerada um título executivo judicial, a sentença arbitral proferida fora do
território nacional deverá se submeter ao processo de reconhecimento, que é de competência
do Supremo Tribunal Federal.
C) Para ser considerada um título executivo judicial, a sentença arbitral proferida fora do
território nacional deverá se submeter ao processo de reconhecimento, que é de competência
do Superior Tribunal de Justiça.
D) Para ser considerada um título executivo judicial, a sentença arbitral proferida fora do
território nacional deverá se submeter ao processo de reconhecimento, que é de competência
da justiça comum.
E) Para ser considerada um título executivo judicial, a sentença arbitral proferida no território
nacional deverá se submeter ao processo de reconhecimento, que é de competência da Justiça
Federal.
GABARITO
1. Considerando o trecho transcrito, o sistema legal brasileiro e, em específico, o
procedimento de homologação de sentença arbitral estrangeira, indique a opção correta:
"Mediante a homologação, a sentença estrangeira adquire idoneidade para surtir no
Brasil os efeitos que lhe são característicos. Não é a homologação, note-se, que lhe
confere a eficácia própria do ato decisório: ela somente permite que essa eficácia se
manifeste em nosso território; isto é, importa-a."
(MOREIRA, 2006, p. 46-54)
A sentença arbitral estrangeira – proferida fora do território nacional de acordo com o artigo 34,
parágrafo único, da Lei n. 9.307/1996 – somente será equiparada a um título executivo judicial
após sua homologação. Ela atualmente é de competência do STJ, informa o artigo 105, I, i, da
Constituição Federal.
2. (TRF – 4ª Região – 2010 – Juiz Federal – adaptada) Dada as assertivas abaixo, aponte a
alternativa correta.
O Art. 961, §1, do CPC autoriza a homologação de decisões não judiciais que, pela lei
brasileira, teriam natureza jurisdicional. Isso significa que uma decisão proferida por uma
autoridade estrangeira que não seja integrante do Poder Judiciário poderá ser reconhecida no
Brasil desde que essa autoridade exerça no exterior uma função que, em nosso país, assuma
uma natureza jurisdicional. Já os árbitros, embora não integrem o Poder Judiciário de um
Estado, claramente exercem uma atividade jurisdicional.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Visitamos as linhas mestras do Direito Internacional Privado, disciplina que tem o importante
papel de conciliar o indivíduo na ordem jurídica em que ele está inserido e no próprio mundo.
Vimos como a nomenclatura dessa disciplina esconde sua principal fonte e a diversidade de
matérias por ela abarcadas. Aprendemos ainda em profundidade a dinâmica de funcionamento
da principal delas: o conflito de leis.
Demonstramos, por fim, que, à medida que as fronteiras entre os países perdem seus
contornos, mais imbricados são os problemas jurídicos que surgem e mais desafiadoras são as
suas soluções. Isso eleva o estudo Direito Internacional Privado à ordem do dia.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ANDRIGHI, N. Homologação de decisão estrangeira n. 120. In: HDE 0317356-
19.2016.3.00.0000 EX 2016/0317356-0. Publicado em: 12 mar. 2019.
ARAUJO, N. Direito Internacional Privado: teoria e prática brasileira. 9. ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2020.
BASSO, M. Curso de Direito Internacional Privado. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
BATTIFOL, H.; LAGARDE, P. Traité de droit internationale privé. v. 1. 8. ed. Paris: LGDT,
1993.
BRASIL. Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Brasília, 2015.
BRASIL. Lei n. 13.445, de 24 de maio de 2017. Institui a Lei de Migração. Brasília, 2017.
CANÇADO TRINDADE, A. A. International law for humankind: towards a new jus gentium (I).
In: Collected courses of the Hague Academy of International Law. v. 316. Boston: Martinus
Nijhoff, 2005.
DEL’OLMO, F. S. Curso de Direito Privado. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015.
DOLINGER, J. Direito Internacional Privado. 14. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
DOLINGER, J.; TIBURCIO, C. Direito Internacional Privado. 15. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2020.
PEREIRA, C. M. S. Instituições de Direito Civil. 25. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012.
VALLADÃO, H. Direito Internacional Privado. v. 1. 2. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1977.
EXPLORE+
Acesse o site da Conferência da Haia de Direito Internacional Privado para saber mais
sobre as iniciativas de harmonização desse ramo do direito promovidas por tal
organização internacional.
Para um relato histórico mais aprofundado e uma análise crítica a respeito do real
posicionamento da jurisprudência brasileira, leia este texto:
BINENBJOM, G. Monismo e dualismo no Brasil: uma dicotomia afinal irrelevante. In: Revista
da EMERJ. v. 3. n. 9. 2000. p. 180-195.
CONTEUDISTA
Carolina França de Noronha
CURRÍCULO LATTES