Quitinase Protocolo
Quitinase Protocolo
Quitinase Protocolo
FFCLRP-DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS –GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA COMPARADA
Ribeirão Preto – SP
2014
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FFCLRP-DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS –GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA COMPARADA
Ribeirão Preto – SP
2014
FICHA CATALOGRÁFICA
obrigada!
obrigada!
obrigada!
técnico e amizade.
graduação.
apoio e incentivo.
Ao grupo de pesquisa que faço parte Vanessa, Larissa,
financeiro.
gota.”
Lição
lado.”
Rustiguel, C.B.
Sumário
SUMÁRIO
ÍNDICE DE FIGURAS..................................................................................................xii
ÍNDICE DE TABELAS.................................................................................................xvi
ABREVITURAS............................................................................................................xix
RESUMO.........................................................................................................................xx
ABSTRACT..................................................................................................................xxii
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................1
1.2 QUITINA...................................................................................................................7
1.3 QUITINASES............................................................................................................9
2. OBJETIVOS...............................................................................................................20
3. MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................21
CULTURAS.....................................................................................................................21
vi
Sumário
3.3.1 EXTRAÇÃO DE DNA TOTAL.............................................................................22
(MEV).........……..............................................................................................................24
(FSbm)..............................................................................................................................25
(FSS).................................................................................................................................26
3.9.1 QUITINASES..........................................................................................................29
3.9.2 PROTEASE.............................................................................................................30
3.9.3 LIPASE....................................................................................................................30
(10%)................................................................................................................................31
BIDIMENSIONAL...........................................................................................................32
vii
Sumário
PROTEÍNAS....................................................................................................................33
PRODUZIDAS PELOS ISOLADOS IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 E IBCB 425 EM
FSS....................................................................................................................................34
ATIVIDADE....................................................................................................................35
pH.....................................................................................................................................35
QUITINÁSICA.................................................................................................................35
TÓPICA............................................................................................................................37
LARVAS..........................................................................................................................39
4. RESULTADOS...........................................................................................................41
viii
Sumário
anisopliae..........................................................................................................................42
anisopliae..........................................................................................................................45
(FSbm)..............................................................................................................................50
CULTIVO.........................................................................................................................55
QUITINASES...................................................................................................................58
FATORIAL.......................................................................................................................60
DESNATURANTE..........................................................................................................70
CRESCIDOS EM FSbm...................................................................................................73
FSbm.................................................................................................................................78
ix
Sumário
FSS....................................................................................................................................87
ISOLADOS DE M. anisopliae........................................................................................94
pH.....................................................................................................................................97
QUITINÁSICA...............................................................................................................100
QUITINASES DOS ISOLADOS IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 E IBCB 425 DE M.
anisopliae........................................................................................................................102
TÓPICA..........................................................................................................................105
4.12.2 ENSAIO DE VIRULÊNCIA DOS ISOLADOS IBCB 384, IBCB 425 SOBRE A
INJETADOS...................................................................................................................106
MICROINJEÇÃO...........................................................................................................108
x
Sumário
mellonella INFECTADAS PELOS ISOLADOS IBCB 384 E IBCB 425 UTILIZANDO
MICROINJEÇÃO...........................................................................................................110
5. DISCUSSÃO..............................................................................................................114
6. CONCLUSÃO............................................................................................................144
7. REFERÊNCIAS………………….............................................................................146
8. ANEXO.......................................................................................................................171
xi
Índice de figuras
ÍNDICE DE FIGURAS
conídios..........................................................................................................................6
quitina (B).....................................................................................................................10
Figura 4. Esquema das fendas da família GH 18, onde onde o substrato se liga. (A)
açúcares........................................................................................................................14
Figura 6. Alinhamento de múltiplas sequências dos isolados IBCB 167, IBCB 360,
IBCB 384, IBCB 425 de M. anisopliae e do LRC 189 M. anisopliae var. anisopliae,
utilizando CLUSTALW...............................................................................................44
largura dos conídios, para os isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425
xii
Índice de figuras
Figura 8. Fotomicrografia eletrônica de varredura das hifas dos isolados IBCB 167,
Figura 10. Produção de quitinase intracelular pelos isolados IBCB 167, IBCB 360,
cultivo...........................................................................................................................56
Figura 11. Produção de quitinase extracelular pelos isolados IBCB 167, IBCB 360,
cultivo...........................................................................................................................57
delineado para as variáveis tempo de crescimento e umidade dos isolados IBCB 167,
250................................................................................................................................72
isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 de M. anisopliae cultivados em
xiii
Índice de figuras
Figura 16. Perfil eletroforético bidimensional para as proteínas secretadas pelos
isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 de M. anisopliae cultivados em
Figura 17. Comparação entre as bandas proteicas secretadas do isolado IBCB 167
versus as bandas proteicas secretadas pelos isolados IBCB 360, IBCB 384 e IBCB
carbono.........................................................................................................................77
isolado IBCB 167 de M. anisopliae cultivado em FSbm contento crisálida como fonte
de carbono....................................................................................................................79
isolado IBCB 384 de M. anisopliae cultivado em FSbm contendo crisálida como fonte
de carbono....................................................................................................................80
167 e IBCB 384 de M. anisopliae cultivado em FSbm contendo crisálida como fonte
de carbono....................................................................................................................81
quitinases extracelulares produzidas em FSS pelos isolados IBCB 167, IBCB 360,
para as quitinases extracelulares produzidas em FSS pelo isolado IBCB 384 do fungo
M. anisopliae................................................................................................................90
xiv
Índice de figuras
Figura 24. Perfil eletroforético em condição desnaturante (SDS-PAGE 4-15%) para a
quitinase extracelular do isolado IBCB 384 em FSS tendo crisálida como fonte de
quitinases extracelulares produzidas em FSS pelos isolados IBCB 167, IBCB 360,
para as quitinases extracelulares produzidas em FSS pelos isolados IBCB 167, IBCB
Figura 27. Estabilidade térmica das quitinase extracelulares isolados IBCB 167,
Figura 28. Estabilidade ao pH das quitinases extracelulares dos isolados IBCB 167,
extracelulares dos isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 do fungo M.
anisopliae...................................................................................................................104
Figura 30. Confirmação da mortalidade por crescimento micótico dos isolados IBCB
384 e IBCB 425 de M. anisopliae sobre larvas de G. mellonella após injeção de 800
contaminada com os isolados IBCB 384 e IBCB 425 de M. anisopliae após injeção de
xv
Índice de Tabelas
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 5. Identificação molecular dos isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e
Tabela 6. Produção das quitinases intracelular e extracelular pelos isolados IBCB 167,
IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 do fungo M. anisopliae em fermentação submersa
167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 do fungo M. anisopliae em fermentação
anisopliae em FSS..........................................................................................................59
Tabela 9. Atividade quitinásica extracelular total produzida pelos isolados IBCB 167,
IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 de M. anisopliae cultivados em FSS através do
DCCR..............................................................................................................................61
Tabela 10. Análise de variância (ANOVA) para a produção de quitinase isolado IBCB
Tabela 11. Análise de variância (ANOVA) para a produção de quitinase pelo isolado
xvi
Índice de Tabela
Tabela 12. Análise de variância (ANOVA) para a produção de quitinase pelo isolado
Tabela 13. Análise de variância (ANOVA) para a produção de quitinase pelo isolado
IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 de M. anisopliae cultivados em
FSS..................................................................................................................................68
Tabela 15. Comparação das bandas proteicas secretadas pelos isolados IBCB 167,
IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 de M. anisopliae cultivados nos meios EG e
EC...................................................................................................................................77
Tabela 16. Identificação das bandas proteicas secretadas pelos isolados IBCB 167 e
Tabela 17. Purificação das quitinases extracelulares produzidas pelos isolados IBCB
Tabela 18. Identificação das proteínas secretadas pelo isolado IBCB 384 de M.
isolados de M. anisopliae..............................................................................................101
Tabela 20. Parâmetros cinéticos das quitináses produzidas pelos isolados IBCB 167,
Tabela 21. Ensaio de virulência das linhagens IBCB 384 e IBCB 425 de M. anisopliae
sobre G. mellonela........................................................................................................105
Tabela 22. Ensaio de virulência dos isolados IBCB 384, IBCB 425 de M. anisopliae
xvii
Índice de Tabela
Tabela 23. Ensaio de toxicidade das linhagens IBCB 384, IBCB 425 de M. anisopliae
xviii
Abreviaturas e Símbolos
ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
Atm.......................................................................Atmosfera
Da...........................................................................Dalton
DEAE.....................................................................Dietilaminoetil
U...............................................................................Unidade enzimática
L.............................................................................Microlitro
mols........................................................................Micromols
Vmáx .......................................................................Velocidade máxima
V/V...........................................................................Volume por volume
xix
Resumo
RESUMO
Os fungos entomopatogênicos, como Metarhizium anisopliae, têm despertado
grande interesse como agentes no controle de insetos-pragas. Estas espécies de fungos
são especializadas na secreção de um complexo enzimático constituído de proteases,
lipases e quitinases, entre outras, estando relacionadas com patogenicidade e
virulência. Neste contexto a foi analisada a secreção de quitinases pelos isolados
IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 de M. anisopliae var. anisopliae, como
identificado molecularmente. Contudo, alguns aspectos morfológicos analisados
mostram pequenas diferenças entre estes isolados. Para produção de quitinases, os
isolados foram cultivados em fermentação submersa na presença e ausência de
indutores e em fermentação em estado sólido, tendo crisálida como substrato. A maior
síntese de quitinase intracelular foi obtida para IBCB 425 no meio contendo extrato
de levedura mais glicose (EG). Visando a produção da enzima extracelular e
disponibilidade de fonte de carbono, o meio extrato de levedura mais crisálida (EC),
sob agitação foi padronizado para fermentação submersa (FSbm). Os maiores níveis
enzimáticos intracelulares para os isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB
425 foram obtidos entre 72 h e 216 h e para a forma extracelular entre 96h e 144h. A
produção quitinásica em fermentação sólida (FSS) utilizando crisálida como fonte de
carbono foi otimizada por delineamento composto central rotacional (DCCR, tendo
como variáveis o tempo de crescimento e umidade. O melhor produtor de quitinase
em FSS foi o isolado IBCB 360. A análise do secretoma mostrou um maior número
de proteínas quando os isolados foram cultivados na presença do indutor, com
destaque para o isolado IBCB 425. A maioria das proteínas secretadas pelos isolados
IBCB 167 e IBCB 384, foram identificadas, estando entre elas a endo-N-acetyl-β-D-
glucosaminidase, enzima do complexo quitinolítico. As quitinases produzidas pelos
quatro isolados foram parcialmente purificadas em DEAE – Celulose, obtendo-se dois
picos de atividade quitinásica. O processo de purificação foi continuado para o IBCB
384 em coluna de exclusão molecular, obtendo – se um único pico de atividade
quitinásica, analisado por electrospray. A temperatura ótima de atividade para as
quitinases produzida em FSS pelos isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB
425 variou de 50ºC a 60ºC e pH ótimo de atividade ficou na faixa de 5,0 - 5,5. As
quitinases dos isolados mantiveram-se estáveis nas temperaturas de 30ºC e 40ºC e em
uma ampla faixa de pH. Os sais BaCl2 e MnCl2 ativaram as quitinases dos isolados
IBCB 167 e IBCB 425. Além disso, todas as quitinases foram tolerantes ao β-
xx
Resumo
mercaptoetanol. O comportamento cinético de todas as quitinases foi Michaeliano e a
maior afinidade pelo substrato foi para a quitinase do isolado IBCB 360. Já os
experimentos in vivo e in vitro mostraram que o isolado IBCB 425 foi melhor na fase
pré-infecção e isolado IBCB 384 foi melhor na fase pós – infecção, sendo o mais
virulento. Portanto, os isolados M. anisopliae têm se mostrado como bons produtores
de quitinases, com boa estabilidade a temperatura e pH além de outras características
distintas que provavelmente estão relacionadas com o potencial de patogenicidade e
virulência de cada isolado.
xxi
Abstract
ABSTRACT
Entomopathogenic fungi such as Metarhizium anisopliae, have been attracting
great interest as agents to control insect pests. These species of fungi are specialized
in the secretion of an enzymatic complex consisting of proteases, lipases and
chitinases, among others which are related to pathogenicity and virulence. In this
context the secretion of chitinase by IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 and IBCB 425
isolated from M. anisopliae var. anisopliae molecularly identified, were analyzed.
However, some structural features analyzed showed small differences among these
isolates. For chitinase production, the isolates were grown in submerged culture in the
presence and absence of inducers and under solid state fermentation with chrysalis as
substrate. The enhanced synthesis of intracellular chitinase was obtained with IBCB
425 using yeast extract plus glucose (EG). Aiming to produce the extracellular
enzyme and the carbon source available, the medium yeast extract and chrysalis (EC),
was standardized to SbmF. The high intracellular enzymes levels produced by IBCB
167, IBCB 360, IBCB 384 and IBCB 425 isolates were obtained between 72 h and
216 h and for the extracellular form between 96h and 144h. The chitinase production
in SSF using chrysalis as carbon source was optimized by CCRD, having the time of
growth and moisture as variables. The best producer of chitinase in SSF was the
isolated IBCB 360. The analysis of the secretome showed a great number of proteins
when the isolates were grown in the presence of the inducer, especially for the
isolated IBCB 425. Most of the proteins secreted by IBCB 167 and IBCB 384 isolates
were identified. Among these proteins the endo-N-acetyl-β-D-glucosaminidase was
identified, enzyme that participates in the chitinulitic complex. Chitinases produced
by the isolates were partially purified on DEAE - cellulose, yielding two peaks of
chitinase activity. The purification process was continued for IBCB 384 isolated using
molecular exclusion chromatographic column, yielding only one peak of chitinase
activity, analyzed by electrospray. The optimal temperature for the chitinase activity
from IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 and IBCB 425 isolates obtained in SSF, ranged
from 50 ºC to 60 ºC and the optimum pH of activity was 5.0 to 5.5. All chitinases
were stable at 30 ºC and 40 ºC, and wide pH range. The BaCl2 and MnCl2 salts
activated the chitinases of IBCB 167 and IBCB 425 isolates. In addition, all chitinases
were β – mercaptoethanol tolerant. The kinetic behavior of all chitinases was
Michaelian with the highest affinity to the substrate observed for the chitinase of
xxii
Abstract
isolated IBCB 360. The in vivo and in vitro experiments showed that isolated IBCB
425 was better in pre -infection phase and the isolated IBCB 384 was better in the
post – infection phase. Therefore, the M. anisopliae isolates were good producers of
chitinases with interesting temperature and pH stability, and other different
characteristics that are probably related to the potential pathogenicity and virulence of
each isolate.
xxiii
Introdução
1. INTRODUÇÃO
filamentos (micélio). Entre tais organismos, existe uma grande diversidade de fungos
insetos. Gaumann (1950) define doença, como um processo dinâmico entre patógeno
patogênico ou não a um inseto. A doença que estes fungos provocam, pode apresentar
níveis diferentes. Estes níveis ou graus são definidos como virulência, uma
pragas, e em diferentes estudos por mais de 100 anos. Vem crescendo o interesse
esta característica uma vantagem contra outros patógenos que infectam o inseto por
1
Introdução
fungos são os esporos, os quais podem ser de diferentes tipos. A interação entre o
patógeno (fungo) e seu respectivo hospedeiro é influenciada por diferentes fatores tais
VAINSTEIN, 2010).
inseto, tais como proteases e quitinases, entre outras (St LEGER et al., 1988b). Vários
produzir quitinase, por exemplo, o tornou não patogênico para Melolontha melolontha
insetos. Assim sendo, para a diferenciação dos isolados, alguns parâmetros devem ser
2
Introdução
entomopatogênicas descritas distribuídas em 85 gêneros (PUTZKE & PUTZE, 2003),
sendo que entre estas Metarhizium anisopliae tem sido alvo de diferentes estudos.
conídios ovais, apresentando uma coloração que vai do verde ao verde oliva (Figura
1). Este fungo necessita de poucos nutrientes para se desenvolver e pode utilizar como
fonte de carbono amido, glicose, glicerol, maltose, sacarose e quitina (ALVES, 1998).
globosum e M. robertsii.
anisopliae tem sido estudado devido a sua capacidade de atacar um grande número de
conhecida como cigarrinha da cana-de-açúcar, sendo que cerca de 10% das lagartas
3
Introdução
COUTINHO, 2009). O ciclo completo de infecção do fungo M. anisopliae sobre o
B
C
4
Introdução
Tabela 1. Insetos vulneráveis à infecção pelo fungo M. anisopliae.
Enzimas:
Lipase
Protease
Quitinase
6
Introdução
Loureiro et al. (2005) e Zappelini (2009) selecioaram diferentes isolados dos
fungos (BOLDO et al., 2009), optamos por investigar os isolados IBCB 167, IBCB
mortalidade confirmada para a praga D. saccharalis foram de 55%, 68%, 96% e 82%,
respectivamente.
Este fungo apresenta um bom desenvolvimento em meio sólido tendo arroz pré-
(ALMEIDA & BATISTA FILHO, 2001; ALVES & LOPES, 2008). Segundo o
1.2 QUITINA
Quitina vem da palavra grega χιτώνας que significa túnica. Este polissacarídeo
foi descrito pela primeira vez, como substâncias presente em cogumelos pelo
7
Introdução
acetilglicosamina), sendo insolúvel em água e solventes orgânicos (Figura 3). A
quitina γ a cadeia polimérica apresenta uma mistura das posições, porém não em
fortes, bases fortes e solventes orgânicos, gerando resíduos industriais que podem
8
Introdução
Área Utilização
Aditivos alimentares
Indústria de Alimentos Nutrição Animal
Embalagens
Agente Cicatrizante
Farmacêutica Aditivo
Liberação controlada de drogas
Controle de Colesterol
Lente de contato
Umectante
Cosmética Fungicida
Bactericida
Indústria Têxtil Tratamento de Superfície
9
Introdução
A
quitina (B) Figura modificada (FLEURI & SATO, 2005; SPIN - NETO, 2008 e
ANTONINO, 2007).
10
Introdução
A hidrólise completa da quitina ocorre através de um sistema quitinolíco o
qual atua de maneira sinérgica e consecutiva (PATIL et al., 2000). As quitinases são
CHUAN, 2006; VAN AALTEN et al., 2001). Também foram descritas as endo-
exoquitinases, que apresentam as duas atividades (DA SILVA et al., 2006). As duas
11
Introdução
Em plantas, estas quitinases parecem estar envolvidas na defesa contra
quitinases em plantas se confirmam pelo fato de que elas são induzidas durante a
infecção por patógenos e sob o efeito de várias formas de estresses do meio ambiente.
Como conseqüência de sua ação, uma série de eventos degenerativos ocorre na célula
quando estas são atacadas por microrganismos patogênicos (HEIL & BOSTOCK et
al., 2002). Atualmente cinco classes de quitinases vegetais são reconhecidas com base
monocotiledôneas e dicotiledôneas.
- Classe II: têm alta similariedade de sequências com as da classe I e são secretadas no
apoplasto.
- Classe III: não mostra identidade de sequência com outras classes, mas parece estar
12
Introdução
com duas deleções características. Quitinases desta classe são extracelulares e têm
quitinases de plantas. Estas possuem uma estrutura de sequência primária que parece
família GH 19, enquanto que as representantes das classes III e V não são homólogas
Esta família possui um domínio catalítico em forma de barril (α/β)8, e seu mecanismo
(SEIDL et al., 2005 e 2008; GRUBER & SEIDL – SEIBOTH, 2011). As quitinases
à classe III (fungos e plantas). As quitinases da classe III possuem um sítio ativo
13
Introdução
Geralmente o sítio catalítico das quitinases da família GH 18 é longo e adapta – se no
mínimo 5 unidades de açúcar. A clivagem dos substratos sempre ocorre entre o açúcar
* Estabilizador
# Geramente ácido / básico
B
Subgrupo A/C Subgrupo B
Figura 4. Esquema das fendas da família GH 18, onde onde o substrato se liga. (A)
14
Introdução
Dentro dos domínios já identificados, as quitinases da família 18 apresentam
domínios característicos como aquele com uma região rica em resíduos de serina /
domínios LysM e região N-terminal contendo peptídeo sinal. Sendo assim o subgrupo
2010).
harzianum CECT 2413 (REY et al., 2001), Glomus mosseae e Glomus intraradices
15
Introdução
Cellulomonas flavigena (CHEN et al.,1997), Paecilomyces lilacinus (KHAN et al.,
laboratório, como foi feito para a obtenção de quitinase em fermentação sólida com T.
harzanium TUBF 781 mostrou atividade antifúngica contra uma série de linhagens,
tais como Aspergillus sp., Rhizopus sp., Mucor sp. e principalmente Aspergillus niger
respectivamente, e pI de 7,4. Neste caso, a massa molecular obtida foi de 27,5 kDa
(DEANE et al., 1998). Segundo Chang et al. (2010), a quitinase produzida por
oxysporum.
enzimas, entre elas as quitinases que são essenciais para a ação micoparasitária (EL-
16
Introdução
de quitinases que foram ativas nos pH 5,5, 6,0 e 8,5 (SASSÁ et al., 2008). No
Massilia timonae, sendo elas Chi 56 e Chi 64. Ambas apresentaram pH ótimo de
atividade de 5,0, pI de 8,5, ativação por Mn2+ e inibição por Hg2+. Comparando–se
no pH 4,5 e 5,0, e na temperatura entre 40°C e 45°C (PINTO et al., 1997). Nos
trabalhos de St. Leger et al. (1991), Pinto et al. (1997) e Kang et al. (1999) foram
Sistema biológico in vivo; ii) Alta produção da enzima para testes in vitro. Como
metais pesados), segundo os trabalhos De Las Mercedes et al. (2006) e Kumar et al.
17
Introdução
virulentas em bioensaios contra afídeos adultos (Myzus persicae) (FANG et al.,
diferentes e a maioria destas quitinases ainda não foram estudadas. Existem várias
globosum (LIU et al., 2008) e Hypocrea jecorina (SEIDL et al., 2005). Segundo Seidl
et al. (2005) o fungo Trichoderma reesei possui 18 genes que codificam quitinases e o
mesmo número de genes que codificam quitinases, foi observado para o fungo A.
genes, já para M. acridum são 21 genes (GAO et al., 2011) e 20 genes para B.
bassiana (XIAO et al., 2012). Ou seja, há muito que estudar e entender sobre as
quitinases.
Eles agem como indutores de defesa da planta e estão envolvidos na sinalização para
18
Introdução
desenvolvimento do nódulo radicular. Podem ainda ser empregados na área médica
hidrólise química gera efluentes contaminados, que causam danos ao meio ambiente.
19
Objetivo
2. OBJETIVO
20
Material e Métodos
3. MATERIAL E MÉTODOS
Para a realização deste trabalho foram utilizados os isolados IBCB 167, IBCB
Campinas – SP.
DAS CULTURAS
repiques foram feitos utilizando alça de platina. As culturas foram mantidas a 26oC
21
Material e Métodos
por 10 dias em estufa e posteriormente conservadas em geladeira a 4oC e utilizadas
em até 30 dias.
estéreis e 500 µL de tampão de lise (24,28 g de Tris, EDTA 0,01 mol/L, NaCl 0,5
mol/L, SDS1% para 1L, pH 7,5), submetidos a agitação em Vórtex por 10 minutos.
lisado foi centrifugado por 8 minutos à 8.000 x g. O sobrenadante foi transferido para
foi transferido para outro tudo tipo Eppendorf, adicionado 10 µL de RNase, misturado
sobrenadante foi transferido para um novo tudo tipo Eppendorf, adicionado de 2,5
22
Material e Métodos
volumes de etanol 100% e misturado delicadamente, para a preciptação do DNA. O
A reação de PCR foi preparada utilizando o kit MyTaq Red DNA Polymerase,
como segue: 10µL de 5x MyTaq Red Reaction Buffer, 1µL do Primer R (ITS4) a 20
µM, 1µL do Primer F (ITS1F) a 20 µM, 36µL de água (ddH2O), 1,5µL de DNA e
1900). Uma vez preparada as amostras, foi realizada a PCR utilizando o aparelho
PCR Applied Biosystems® Veriti® 96-Well Thermal Cycler, como descrito nos
passos abaixo:
23
Material e Métodos
Após o termino do PCR, utilizou-se um gel de agarose 0,8% para recortar as
bandas de interesse. A purificação foi realizada utilizando o Kit Gene Clean con
obtidas deste processo foram enviadas a empresa StabVida, que foi responsável pelo
isolados e alinhar.
vidro, sobre as quais foram colocados pequenos cubos de BDA. Com auxílio de uma
alça de platina os isolados foram inoculados nos quatro lados do pedaço de BDA e
posteriormente, cobertos com lamínula estéril (Figura 5). Após o inóculo, a lâmina
foi acondicionada dentro de uma câmara úmida à 25oC, por 4 dias. Depois do período
Tec SCD 050 sputter coater. Todos os isolados foram submetidos a esta técnica.
medidas das dimensões dos conídios. Para as medidas das hifas foram escolhidas 6
áreas aleatórias. Neste caso, para cada área foram realizadas 8 medidas. Para a análise
24
Material e Métodos
dos dados obtidos foi utilizado o teste One-Way Anova seguido pelo pós-teste de
condição estacionária.
Meios utilizados:
25
Material e Métodos
b) Extrato de levedura (1%) + crisálida de Bombyx mori (1%) previamente
macerada (EC).
macerada (EGC).
macerada (EDs).
SÓLIDO (FSS)
fornecida pela empresa Fiação de Seda Bratac S/A. O substrato foi umedecido com
26ºC durante 168 horas, em estufa com umidade relativa ao redor de 76% monitorada
26
Material e Métodos
3.6.1 COMPOSIÇÃO DAS SOLUÇÕES
NH4NO3.....................................................................................................................2,0g
KH2PO4 ...................................................................................................................1,3g
KCl .......................................................................................................................0,098g
ZnSO4.H2O............................................................................................................0,007g
MnSO4. H2O........................................................................................................0,0138g
FeCl3 .6H2O.........................................................................................................0,0066g
Alumínio........................................................................................................0,009 mg/L
Ferro................................................................................................................0,008mg/L
Nitrogênio.......................................................................................................0,193mg/L
Oxigênio...........................................................................................................1,2 mg/L
Fluoreto............................................................................................................0,20 mg/L
crescimento (X1) e a umidade (X2). Foram realizadas três repetições nos pontos
centrais (0) e dois pontos externos (-α e +α), totalizando 11 experimentos (Tabela 4).
O valor calculado para os pontos externos foi ±1,41. Os resultados obtidos foram
27
Material e Métodos
submetidos à análise de variância (ANOVA) com p fixado em 0,05 e 0,1 utilizando-se
o software Statistica 8.0 (Stat Soft), o qual foi também empregado para obtenção das
bruto extracelular e a massa micelial retida, a qual foi lavada com dois volumes de
10mL de solução tampão acetato de sódio 100mM, pH 5,0. Essa suspensão foi
28
Material e Métodos
centrifugada a 12.000g por 10 minutos, a 4C. O sobrenadante contendo as enzimas
quitinásica.
ºC, sendo esta mistura mantida sob agitação com uma barra magnética por 30
3.9.1 QUITINASE
29
Material e Métodos
minuto, nas condições de ensaio. Para FSbm tem-se U/mL e para a FSS, U/g de
3.9.2 PROTEASE
Em seguida, a mistura foi mantida em gelo por 1 h. Ápos este período ocorreu a
espectrofotômetro. Uma unidade de atividade proteásica (U) foi definida como sendo
3.9.3 LIPASE
contendo pNPP 0,8 mM, isopropanol 10%, goma arábica 0,5 mg/mL e Triton X-100
30
Material e Métodos
reação foi constituída de 50 µL do extrato enzimático adicionado ao meio reacional e
As proteínas foram estimadas pelos métodos descritos por Lowry et al. (1951)
e Bradford et al. (1976) utilizando-se albumina de soro bovino (BSA) como padrão.
(10%)
acordo com Laemmli (1970). A corrida eletroforética foi realizada em tampão Tris-
HCl 25 mM, pH 8,9 + glicina 192 mM + 0,1% SDS, sendo a fonte ajustada para 120V
(91 kDa), Piruvato quinase (67 kDa), Dehidrogenase lática (36 kDa) e Triose fosfato
isomerase (31 kDa). Para calcular a massa molecular de cada banda proteica foi
relativa (Rf). Após a corrida eletroforética o gel foi retirado das placas e corado
utilizando-se Comassie Brilliant Blue R- 250 para visualização das bandas proteicas.
31
Material e Métodos
3.12 ANÁLISE DO SECRETOMA DOS DIFERENTES ISOLADOS DE M.
Ambos foram mantidos a 26ºC, sob agitação orbital (100 rpm) por 7 dias. Após o
cultivo foi obtido o extrato bruto extracelular para cada isolado em ambas as
foram então precipitados com TCA 15% a 4ºC, centrifugados a 5.000 g, 4ºC por 20
minutos, lavados com acetona 100% e novamente centrifugados a 5.000 g, 4ºC por 20
contendo uréia 8M, 1 mg de DTT, CHAPS 2%, azul de bromofenol (traço) e 2% IPG
condições: gradiente 100 volts/ 1 hora, step 500 volts/ 1 hora, step 1000 volts/ 1 hora,
step 2.000 volts/ 1 hora, step 4.000 volts/ 1 hora e step 8.000 volts até 60.00 volts/
hora, gradiente 200 volts/ 5 minutos e step final de 50 volts/ 24 horas. Em seguida as
HCl 50 mm, glicerol 30%, uréia 6 M, 25 mg /mL de iodo acetamida, SDS 2% e azul
PAGE 12% (LAEMMLI, 1970), em placas de 18,0 x 16,0 x 0,1 cm. A corrida foi
32
Material e Métodos
conduzida a 100 volts, 25 mA por 5 horas. O gel foi corado utilizando Comassie
meio indutor e não indutor, foram observadas após descoloração do gel com solução
contendo 30% de etanol e 10% de ácido acético. Optamos identificar as proteínas dos
isolados IBCB 167 e IBCB 384, considerando que ambos apresentam potenciais de
bandas proteicas obtidas dos géis 2D para os isolados IBCB 167 e IBCB 384
SwissProt e NCBInr.
33
Material e Métodos
3.14 PURIFICAÇÃO PARCIAL DA QUITINASE EXTRACELULAR
PRODUZIDA PELOS ISOLADOS IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 E IBCB 425
EM FSS
360, IBCB 384 e IBCB 425 contendo quitinase foi aplicado em coluna cromatográfica
Tris-HCl 10mM, pH 7,5, sendo eluída pela aplicação de um gradiente linear de NaCl
(0-1M) no mesmo tampão. A coluna foi mantida a 28ºC e frações de 3mL foram
atividade quitinásica foram reunidas em um único pool o qual foi dialisado contra
2,0 cm) previamente equilibrada com tampão tampão Tris-HCl 10mM pH 7,0, sendo
eluída neste mesmo tampão. A coluna foi mantida a 4ºC e frações de 1mL foram
atividade foram reunidas em único pool, o qual foi dialisado contra água destilada por
coluna Sephadex G-100 foi identificado por Eletrospray ESI Q-TOF ULTIMA (da
Waters - Manchester-UK).
34
Material e Métodos
3.15 DETERNIMAÇÃO DA TEMPERATURA E DO pH ÓTIMO DE
ATIVIDADE
utilizado o tampão ácido cítrico 50mM com valores de pH variando de 2,5 a 7,5, e
pH
temperaturas (30ºC, 40ºC, 50ºC, 60ºC e 70ºC) e diferentes valores de pH (2,5, 3,0,
4,0, 5,0, 6,0, 7,0, 8,0) em tampão ácido cítrico 50 mM por 1 hora. Em ambos os
respectivamente.
QUITINÁSICA
CaCl2, BaCl2, CoCl2, FeSO4, FeCl3, Cisteína, KCl, KH2PO4, ZnSO4, Zn(NO3)2,
EDTA, CuSO4, CuCl2, NaCl, NaH2PO4, NaBr, MgSO4, MnCl2, MgCl2, Pb (C2H3O2) e
35
Material e Métodos
3.18 DERTERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS CINÉTICOS (Km e Vmáx)
acetato de sódio 100 mM, pH 5,0. Os valores de Km e Vmáx foram calculados com o
(1/y) e Km = (-1/x).
Quesada Moraga.
minutos. Este meio foi inoculado com 1 mL de uma suspensão de esporos (107
esporos/mL) para os isolados IBCB 384 e IBCB 425 e depois incubado por 96 horas a
25°C, sob agitação (110 rpm); 2) Após este período foram transferidos 2 mL de
cultivo para um novo meio de cultivo, onde utilizou–se frascos Erlenmeyer de 1000
36
Material e Métodos
mL contendo 250 mL de meio Adamek esterilizado, como descrito anteriormente. O
cultivo foi mantido por 168 horas a 25°C, sob agitação (110 rpm).
25°C por 15 dias até ocorrer à esporulação. As suspensões dos conídios foram
de 1 x 108 conídios mL-1 por 30 segundos. Este processo foi realizado 3 vezes
larvas foram imersas em água destilada com 0,10% de Tween 80. Depois da imersão,
(30,8 g de farinha de milho, 30,8 g de germe de trigo, 30,8 g trigo fino, 21,1 g de leite
nipagina). A mortalidade das larvas foi avaliada a cada 24h por 15 dias. As larvas
37
Material e Métodos
mortas foram lavadas em solução de 5% de hipoclorito de sódio por 1 minuto e 3
vezes em água destilada estéril por 3 minutos. Após as lavagens cada larva foi
colocada em câmara úmida, mantida a 25°C e umidade de 65%. Depois de 5 dias foi
TOXIDADE
Os extratos brutos obtidos a partir do cultivo dos isolados IBCB 384 e IBCB
em cada larva. No inseto controle foram injetados 8 µL do meio Adamek bem como
cada, totalizando 30 larvas para cada extrato testado. O bioensaio foi monitorado
utilizando uma membrana de cut off de 3,5 kDa, contra 2 L de água destilada por 24
horas a 4°C. Sendo assim, a fração que ficou retida na membrana recebeu o nome de
injetadas nas larvas como descrito acima. Os insetos mortos foram dissecados sob um
38
Material e Métodos
pelas moléculas tóxicas presentes nas frações injetadas (ORTIZ – URQUIZA et al.,
2010a).
LARVAS
obtidas dos isolados IBCB 384 e IBCB 425, contendo 800 conídios. As larvas tratadas
foram alimentadas com dieta artificial, mantidas a 25 ºC até que a pré - fase letal da
hemolinfa. A hemolinfa foi coletada através de um corte na falsa pata da larva. Esta
as proteínas presentes no soro obtido do inseto segundo Bradford (1976). Este soro foi
soro. Foram utilizadas 15 larvas distribuídas entre três triplicatas. As larvas tratadas
pelo soro injetado e estes sintomas foram comparados com os sintomas causados pela
infecção fúngica.
39
Material e Métodos
3.19.5 ANÁLISES ESTATÍSTICAS
Para a diferença mínima significativa (LSD) foi realizado o teste de comparação das
Observação
I. Morfologia e Identificação;
40
Resultados
RESULTADOS
Parte I
Morfologia e Identificação
41
Resultados
4. RESULTADOS
constituídas de 567 nucleotídeos para o isolado IBCB 167 e 351 nucleotídeos para o
isolado IBCB 360. Já para os isolados IBCB 384 e IBCB 425 foi obtido 540 e 563
GenBank. Baseado nas análises feitas com o programa Blast, foi possível confirmar a
isolados deste trabalho e a sequência do LRC 189 M. anisopliae var. anisopliae foram
6).
Tabela 5. Identificação molecular dos isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 de
M. anisopliae.
de dados.
42
Resultados
167 ------------------------------------------------------------
425 ------------------------------------------------------------
189lr CCTAAGATGTTTGGCCCAACGGGCGTAACATGACGGGNCAGGAGTAATTCCTTGGCCGGA
384 ------------------------------------------------------------
360 ------------------------------------------------------------
167 ------------------------------------------------------------
425 ------------------------------------------------------------
189lr AGGCCCGGTAATCTTGTTAACTCCTCGTGCTGGGGATAGAGCATGCAATTATTGTTTTCA
384 ------------------------------------------------------------
360 ------------------------------------------------------------
167 ------------------------------------------------------------
425 ------------------------------------------------------------
189lr ACGAGGATCCCTAGTAAGCGCAAGTCACAGCTTGCGTTGATACGTCCCTGCCCTTGTACA
384 ------------------------------------------------------------
360 ------------------------------------------------------------
167 ------------------------------------------------------------
425 ------------------------------------------------------------
189lr CACCGCCCGTCGCTACTACCGATTGAATGGTCAGTGAGGCGTCCGGACTGGCCCAGGGCA
384 ------------------------------------------------------------
360 ------------------------------------------------------------
167 ----------------------------------------------------------TA
425 ------------------------------------------------------------
189lr GGTGGGCAACTACCACCCAGGGCCGGAAAGCTCTCCAAACTCGGTCATTTAGAGGAAGTA
384 --------------------------------------TCTTGGTCATTTAGAGGAAGTA
360 ------------------------------------------------------------
167 AAAGTCGTAACAAGGTCTCCGTTGGTGAACCAGCGGAGGGATCATTACCGAGTTATCCAA
425 ----TCGTAACAAGGTCTCCGTTGGTGAACCAGCGGAGGGATCATTACCGAGTTATCCAA
189lr AAAGTCGTAACAAGGTCTCCGTTGGTGAACCAGCGGAGGGATCATTACCGAGTTATCCAA
384 AAAGTCGTAACAAGGTCTCCGTTGGTGAACCAGCGGAGGGATCATTACCGAGTTATCCAA
360 ---------------------------GGGGGATGAAAGCCCTTCTTATGTGGTGCCCAA
* * * * * * * ****
167 CTCCCAACCC-CTGTGAATCATACCTTTA-ATTGTTGCTTCGGCGGGACTTCGCGCCCGC
425 CTCCCAACCC-CTGTGAATCATACCTTTA-ATTGTTGCTTCGGCGGGACTTCGCGCCCGC
189lr CTCCCAACCC-CTGTGAATCATACCTTTA-ATTGTTGCTTCGGCGGGACTTCGCGCCCGC
384 CTCCCAACCC-CTGTGAATCATACCTTTA-ATTGTTGCTTCGGCGGGACTTCGCGCCCGC
360 CACCAAGTCCACAGGGGACAAGAGGGGCGTAATGACGCTCGAACAGG----CATGCCCGC
* ** * ** * * * * * * * ** *** * ** * ******
167 CGGGGACCCGAACCTTCTGAATTTTTTAATAAGTATCTTCTGAGTGGTTAAAAAAATGAA
425 CGGGGACCCGAACCTTCTGAATTTTTTAATAAGTATCTTCTGAGTGGTTAAAAAAATGAA
189lr CGGGGACCCGAACCTTCTGAATTTTTTAATAAGTATCTTCTGAGTGGTTAAAAAAATGAA
384 CGGGGACCCGAACCTTCTGAATTTTTTAATAAGTATCTTCTGAGTGGTTAAAAAAATGAA
360 CAGA-ATACTGACGGGCGCAATGTGCGTTCAAAGATTCGATGATTCACTGAATTCTGCAA
* * * * ** * *** * ** ** *** * * ** **
167 TCAAAACTTTCAACAACGGATCTCTTGGTTCTGGCATCGATGA-AGAACGCAGCGAAATG
425 TCAAAACTTTCAACAACGGATCTCTTGGTTCTGGCATCGATGA-AGAACGCAGCGAAATG
189lr TCAAAACTTTCAACAACGGATCTCTTGGTTCTGGCATCGATGA-AGAACGCAGCGAAATG
384 TCAAAACTTTCAACAACGGATCTCTTGGTTCTGGCATCGATGA-AGAACGCAGCGAAATG
360 TTCACATTACTTATCGCATTTCGCTGCGTTCTT-CATCGATGCCAGAACCAAGAGATCCG
* * * * * * ** ** ***** ******** ***** ** ** *
167 CGATAAGTAATGTGAATTGCAGAATTCAGTGAATCATCGAATCTTTGAACGCACATTGCG
425 CGATAAGTAATGTGAATTGCAGAATTCAGTGAATCATCGAATCTTTGAACGCACATTGCG
189lr CGATAAGTAATGTGAATTGCAGAATTCAGTGAATCATCGAATCTTTGAACGCACATTGCG
384 CGATAAGTAATGTGAATTGCAGAATTCAGTGAATCATCGAATCTTTGAACGCACATTGCG
360 TTGTTGAAAGTTTTGATTCATTTTTTTAACCACTCAGAAGATACTTATTAAAAAATTCAG
* * * * *** ** * * *** ** ** * *** *
167 CCCGTCAGTATTCT-GGCGGGCATGCCTGTTCGAGCGTCATTACGCCCCTCAAGTCCCCT
425 CCCGTCAGTATTCT-GGCGGGCATGCCTGTTCGAGCGTCATTACGCCCCTCAAGTCCCCT
189lr CCCGTCAGTATTCT-GGCGGGCATGCCTGTTCGAGCGTCATTACGCCCCTCAAGTCCCCT
384 CCCGTCAGTATTCT-GGCGGGCATGCCTGTTCGAGCGTCATTACGCCCCTCAAGTCCCCT
360 AAGGTTCGGGTCCCCGGCGGGCGCGAA-GTCC---CGCCGAAGCAACAATTAAAGGTATG
** * * * ******* * ** * ** * * * * **
43
Resultados
167 GTGGACTTGGTGTTGGGGATCGGCGAGGCTGGTTTTCCAGCACAGCCGTCCCTTAAATTA
425 GTGGACTTGGTGTTGGGGATCGGCGAGGCTGGTTTTCCAGCACAGCCGTCCCTTAAATTA
189lr GTGGACTTGGTGTTGGGGATCGGCGAGGCTGGTTTTCCAGCACAGCCGTCCCTTAAATTA
384 GTGGACTTGGTGTTGGGGATCGGCGAGGCTGGTTTTCCAGCACAGCCGTCCCTTAAATTA
360 ATTCACA-GGGGTTGGGAGTTGGATAACT-------------------------------
* ** ** ****** * ** *
167 ATTGGCGGTCTCGCCGTGGCCCTCCTCTGCGCAGTAGTAAAACACTCGCAACAGGAGCCC
425 ATTGGCGGTCTCGCCGTGGCCCTCCTCTGCGCAGTAGTAAAACACTCGCAACAGGAGCCC
189lr ATTGGCGGTCTCGCCGTGGCCCTCCTCTGCGCAGTAGTAAAACACTCGCAACAGGAGCCC
384 ATTGGCGGTCTCGCCGTGGCCCTCCTCTGCGCAGTAGTAAAACACTCGCAACAGGAGCCC
360 ------------------------------------------------------------
167 GGCGCGGTCCACTGCCGTAAAACCCCCCAACTTTTTATAGTTGACCTCGAATCAGGTAGG
425 GGCGCGGTCCACTGCCGTAAAACCCCCCAACTTTTTATAGTTGACCTCGAATCAGGTAGG
189lr GGCGCGGTCCACTGCCGTAAAACCCCCCAACTTTTTATAGTTGACCTCGAATCAGGTAGG
384 GGCGCGGTCCACTGCCGTAAAACCCCCCAACTTTTTATAGTT------------------
360 ------------------------------------------------------------
167 ACTACCCGCTGAACTTAAGCATATCAATA-------------------------------
425 ACTACCCGCTGAACTTAAGCATATCAATAAG-----------------------------
189lr ACTACCCGCTGAACTTAAGCATATCAATAAGCGGAGGAAAAGAAACCAACAGGGATTGCC
384 ------------------------------------------------------------
360 ------------------------------------------------------------
167 ------------------------------------------------------------
425 ------------------------------------------------------------
189lr CCAGTAACGGCGAGTGAAGCGGCAACAGCTCAAATTTGAAATTCTGGGTCCCCAGGGCCC
384 ------------------------------------------------------------
360 ------------------------------------------------------------
167 ------------------------------------------------------------
425 ------------------------------------------------------------
189lr GAGTTGTAATTTGCAGAAGGATGGCTTTTGGTGAGGTGCCTTCCGAGTTCCCTGGAAACG
384 ------------------------------------------------------------
360 ------------------------------------------------------------
167 ------------------------------------------------------------
425 ------------------------------------------------------------
189lr GGACGCCATAAAGGGTTGAGAAGCCCCGTTCTGGGTTGGAATTACCGAGCCTTCTGTAAA
384 ------------------------------------------------------------
360 ------------------------------------------------------------
167 ------------------------------------------------------------
425 ------------------------------------------------------------
189lr GCTCCTTCGAACAATTCCAAGTAATTTGGGAATTGCTGCTCCTAAATTGGAAGGTATATG
384 ------------------------------------------------------------
360 ------------------------------------------------------------
167 --------------------------------------
425 --------------------------------------
189lr TTTTTCTTAAAGCTAAATATTGGGCCAGAAAACCCATT
384 --------------------------------------
360 --------------------------------------
FIGURA 6. Alinhamento de múltiplas sequências dos isolados IBCB 167, IBCB 360,
IBCB 384 e IBCB 425 do M. anisopliae e var. anisopliae LRC 189, utilizando
44
Resultados
4.2 MEV DOS MICROCULTIVOS DOS ISOLADOS DE M. anisopliae
ovalados para todos os isolados (Figura 7). Na figura 8 observa – se as dimenções das
hifas dos isolados. Após a análise das medidas de comprimento e largura dos conídios
para os isolados estudados, não foi observada diferença estatística relevante entre as
425 (Figura 9 A). Ao analisar as medidas de largura das hifas dos isolados estudados,
45
Resultados
largura dos conídios, para os isolados IBCB 167 (A), IBCB 360 (B), IBCB 384 (C) e
46
Resultados
Figura 8. Fotomicrografia eletrônica de varredura das hifas dos isolados IBCB 167 (A),
IBCB 360 (B), IBCB 384 (C) e IBCB 425 (D) do fungo M. anisopliae em microcultivo.
47
Resultados
Figura 9. Análise estatística das medidas de comprimento (A) e largura (B) de conídios,
e largura das hifas (C) dos isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 de M.
anisopliae.
48
Resultados
Parte II
49
Resultados
4.3 PRODUÇÃO DE QUITINASES EM FERMENTAÇÃO SUBMERSA
(FSbm)
cultivo utilizado e mantido sob agitação (100 rpm) a 26ºC, por 168 horas. A
maior produção quitinásica total (intra + extracelular) foi obtida no meio de cultivo
EG para todos os isolados deste estudo (Tabela 6). Ainda analisando a produção
quitinásica total, o isolado IBCB 425 apresentou produção quitinásica 20% maior se
cultivo EG para todos os isolados, sendo o isolado IBCB 425 o melhor produtor (3,10
intracelular 4,4 vezes superior quando comparado com o isolado IBCB 384 crescido
na mesma condição (Tabela 6). Quanto à atividade quitinásica extracelular, esta foi
maior quando os isolados IBCB 360 e IBCB 425 foram crescidos em meio de cultivo
EGC. Para os isolados IBCB 167 e IBCB 384 a maior atividade foi obtida em meio de
maior produção quitinásica extracelular foi obtida com o isolado IBCB 384 (2,47 U
se que o isolado IBCB 425 foi o que mais secretou a enzima no meio EGC, sendo
50
Resultados
seguido pelo isolado IBCB 360. Cada isolado apresentou um comportamento e um
51
Resultados
Tabela 6. Produção das quitinases intracelulares e extracelulares pelos isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 do
Intracelular Extracelular
Meio de cultivo IBCB 167 IBCB 360 IBCB 384 IBCB 425 IBCB 167 IBCB 360 IBCB 384 IBCB 425
EG 2,73 ± 0,03 2,41 ± 0,01 0,70 ± 0 3,10 ± 0,02 0,72 ± 0 0,55 ± 0,01 2,47 ± 0 0,45 ± 0
EGC 0,26 ± 0,01 0,46 ± 0,01 0,11 ± 0 0,31 ± 0,01 1,35 ± 0 1,80 ± 0 1,15 ± 0 2,05 ± 0
Eds 0,13 ± 0,01 0,03 ± 0 0,32 ± 0,03 0,05 ± 0,00 1,27 ± 0,01 0,85 ± 0,01 0,80 ± 0,01 0,60 ± 0
Foram utilizados 25mL de meio de cultivo, mantidos sob agitação à 26ºC por um período de 168 horas. Meios de cultivo: Extrato de levedura (E), Extrato +
glicose (EG), Extrato + crisálida (EC), Extrato + glicose + crisálida (EGC), Extrato + quitina (EQ) e Extrato + Diatrea saccharalis (EDs).
52
Resultados
Uma vez selecionado o meio de cultivo para a produção enzimática em FSbm,
que a condição de agitação favoreceu a produção enzimática pelos isolados IBCB 167
e IBCB 384. Para os isolados IBCB 360 e IBCB 425 a condição estacionária foi
360 cultivado em condição estacionária produziu 2,5 vezes mais quitinases que o
intracelular foi obtida em condição estacionária para todos os isolados, sendo que o
isolado IBCB 425 foi o que se destacou (1,73 U totais), representando uma produção
40% maior se comparada a obtida para o isolado IBCB 167 na mesma condição
(Tabela 7).
extracelular foi sob agitação para os isolados IBCB 167, IBCB 384 e IBCB 425,
sendo o isolado IBCB 384 o melhor produtor nesta condição (2,76 U totais), cerca de
quitinase extracelular sob agitação foi o isolado IBCB 167 (Tabela 7). Por outro lado,
a melhor produção de quitinase extracelular para o isolado IBCB 360 foi em condição
53
Resultados
IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 do fungo M. anisopliae em
Intracelular Extracelular
IBCB 360 1,61 ± 0,01 0,30 ± 0,001 3,71 ± 0,01 2,58 ± 0,01
Foram utilizados 50 mL de meio de cultivo EC, mantidos à 26ºC por um período de 168 horas.
54
Resultados
4.3.1 PRODUÇÃO QUITINÁSICA EM FUNÇÃO DO TEMPO DE CULTIVO
contendo extrato de levedura + crisálida (1%) (EC) e mantidos sob agitação orbital
(100 rpm) a 26 ºC, a influência do tempo de cultivo sobre a produção enzimática foi
360, IBCB 384 e IBCB 425 (Figura 10). Já para a produção da forma extracelular,
144 h (Figura 11), com destaque para o isolado IBCB 384, o qual mostrou maior
escolhidos os períodos de cultivo de 144 h para os isolados IBCB 167 e IBCB 425, 96
55
Resultados
18 0,5
3,0 A 16 B 20
0,4
14
15
1,5 8 10
0,2
6
1,0
4 5
0,1
0,5
2
0,0 0 0,0 0
0 24 48 72 96 120 144 168 192 216 240 264 0 24 48 72 96 120 144 168 192 216 240 264
Horas Horas
1,8 0,5 35
16
1,6
C D
30
14
1,4 0,4
Atividade quitinásica (U totais)
12 25
1,2
Proteína (mg totais)
8
0,8 15
0,2
0,6 6
10
0,4 4
0,1
5
0,2 2
0,0 0 0,0 0
0 24 48 72 96 120 144 168 192 216 240 264 0 24 48 72 96 120 144 168 192 216 240 264
Horas Horas
FIGURA 10. Produção de quitinase intracelular pelos isolados IBCB 167 (A), IBCB 360
(B), IBCB 384 (C) e IBCB 425 (D) de M. anisopliae sob agitação em função do tempo de
cultivo. Desvio padrão para todos os pontos: 0,002 a 0,015. Proteína (□).
56
Resultados
6
A 5 B
5
4
4
3
3
2
2
1 1
0 0
0 24 48 72 96 120 144 168 192 216 240 0 24 48 72 96 120 144 168 192 216 240
Horas Horas
7
4,0
C D
6
3,5
Atividade quitinásica (U totais)
5 3,0
4 2,5
2,0
3
1,5
2
1,0
1
0,5
0 0,0
0 24 48 72 96 120 144 168 192 216 240 0 24 48 72 96 120 144 168 192 216 240
Horas Horas
FIGURA 11. Produção de quitinase extracelular pelos isolados IBCB 167 (A), IBCB 360
(B), IBCB IBCB 384 (C) e IBCB 425 (D) de M. anisopliae sob agitação em função do
57
Resultados
4.4 PRODUÇÃO DE QUITINASES EM FSS
QUITINASES
de solução de extrato de levedura para a maioria dos isolados, exceto para o isolado
IBCB 384, sendo a produção enzimática favorecida pela utilização de solução de sais
de Khanna. A produção enzimática pelo isolado IBCB 167, quando umedecido com
solução de extrato de levedura, foi de 2,42 U/g de substrato, 4 vezes maior quando
IBCB 425 foram obtidas produções de 1,76 U/g de substrato e 1,33 U/g de substrato,
isolado IBCB 384 foi o que menos produziu a enzima de interesse em todas as
pelos isolados, a produção pelo isolado IBCB 384 foi 5 vezes menor que a obtida para
levedura 1% (m/v) para os isolados IBCB 167, IBCB 360 e IBCB 425, e a solução de
58
Resultados
Água de torneira 0,73 ± 0,01 0,87 ± 0,01 0,35 ± 0,01 1,09 ± 0,01
Solução extrato de levedura 2,42 ± 0,05 1,76 ± 0,03 0,30 ± 0,01 1,33 ± 0,01
Solução de sais SR 0,63 ± 0,01 0,71 ± 0,01 0,20 ± 0,01 0,84 ± 0,01
Solução de sais Khanna 0,62 ± 0,01 0,72 ± 0,01 0,46 ± 0,01 0,85 ± 0,00
As culturas foram mantidas em estufa à 26ºC com umidade relativa ao redor de 76% por um período de 168 horas.
59
Resultados
4.4.2 OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DAS QUITINASES
quitinases extracelulares pelos isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425
níveis, composto por três pontos centrais (0) e dois pontos externos (-α e α), em um
total de 11 experimentos (Tabela 9). Os isolados foram inoculados nos meios, cuja as
167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425, respectivamente. Entre os 11 experimentos
tratamento 5 para os isolados IBCB 384 e IBCB 425, já para o isolado IBCB 360 foi o
(Tabela 10), sendo que a influência de ambas as variáveis foi significante tanto no
nível linear quanto quadrático (Figura 12 A). Ao analisar o gráfico de Pareto fica
claro que a variável tempo de crescimento, no nível linear tem um efeito positivo
efeito negativo. Já a variável umidade (linear) nos mostra que a adição de água é
produção é prejudicada. Apenas a interação entre as variáveis no nível linear, não foi
significante, (p > 0,10) (Tabela 10). O valor do F-calculado foi de 15,15, ou seja, 4,93
vezes maior que o valor de F-tabelado (3,07), sendo possível gerar o gráfico de
superfície de resposta (Figura 13 A). Neste caso, a equação que descreve o modelo é
60
Resultados
z=5,36+1,63.x-1,34.x2+1,09.y-1,88.y2; onde z = Atividade quitinásica (U/g substrato),
partir daqui.
Tabela 9. Atividade quitinásica extracelular total produzida pelos isolados IBCB 167,
IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 de M. anisopliae cultivados em FSS através do
DCCR.
Atividade quitinásica
Valores codificados Valores reais
(U/g substrato)
Tratamentos X Y X (Dias) Y (%) 167 360 384 425
1 -1 -1 5 30 0 0 0 0,04
2 1 -1 12 30 1,27 7,36 1,63 1,45
3 -1 1 5 65 1,14 3,9 0,72 4,26
4 1 1 12 65 3,49 4,68 2,81 6,27
5 0 0 9 48 5,38 6,18 4,6 6,38
6 0 0 9 48 5,10 7,23 3,63 6,02
7 0 0 9 48 5,59 6,96 4,51 5,84
8 -1,41 0 4 48 0,05 0,66 0,43 1,5
9 1,41 0 13 48 6,70 6,12 2,18 4,5
10 0 -1,41 9 23 0,4 0,33 0,44 0,55
11 0 1,41 9 72 4,17 6,98 1,29 3,29
X= Tempo de crescimento
Y= Umidade
Para a produção enzimática pelo isolado IBCB 360, o valor de R2 foi de 0,89
(Tabela 11). A influência das duas variáveis estudadas foi significante em ambos os
níveis, linear e quadrático, bem como a interação entre elas. O F-calculado foi de 12,1
sendo 4 vezes maior que o valor de F-tabelado (3,18). Na figura 12 B fica claro que a
variável umidade no nível linear, mostra que a adição de água favorece a produção
z=6,79+1,98.x-1,59.x2+1,33.y-1,45.y2-1,64.x.y.
Factor SS DF MS F p
(1)crescimento(L) 31,45 1 31,45 16,59 0,01 *
crescimento(Q) 14,13 1 14,13 7,45 0,04 *
(2)umidade (L) 14,08 1 14,08 7,42 0,04 *
umidade (Q) 11,85 1 11,85 6,25 0,05 *
1L by 2L 10,82 1 10,82 5,71 0,06 *
Error 9,48 5 1,9
Total SS 85,98 10
62
Resultados
No planejamento desenvolvido para o isolado IBCB 384, o R2 foi 0,97 (Tabela
12). Somente a interação entre as variáveis não foi significante (p> 0,10) sendo o F-
calculado de 47,55, ou seja, 13,13 vezes maior que F-tabelado (3,62), possibilitando a
nível linear, mostra que a adição de água favorece a produção da quitinase, porém
12 C).
Factor SS DF MS F p
(1)crescimento(L) 4,84 1 4,84 25,78 0*
crescimento(Q) 11,35 1 11,35 60,52 0*
(2)umidade (L) 1,21 1 1,21 6,46 0,05 *
umidade (Q) 15,21 1 15,21 81,05 0*
1L by 2L 0,06 1 0,06 0,29 0,61
Error 0,94 5 0,19
Total SS 27,7 10
63
Resultados
O planejamento desenvolvido para o isolado IBCB 425 apresentou R2 de 0,93
(Tabela 13), sendo que a influência das variáveis analisadas foi significantes, pois o
valor de p foi < 0,05. A variável tempo de crescimento, no nível linear, exerceu um
(Figura 12 D). O F-calculado foi de 29,34, ou seja, 9 vezes maior que F-tabelado
1,40.x2+1,62.y-1,95.y2.
Factor SS DF MS F p
(1)crescimento (L) 7,33 1 7,33 10,29 0,02 *
crescimento (Q) 11,07 1 11,07 15,53 0,01 *
(2)umidade (L) 20,87 1 20,87 29,28 0*
umidade (Q) 21,27 1 21,27 29,85 0*
1L by 2L 0,09 1 0,09 0,11 0,76
Error 4,28 6 0,71
Total SS 58,06 10
.R2 = 0,93; R2 ajustado= 0,88. Intervalo de confiança de 95%;
* Variável significante (p < 0,05).
interação entre as variáveis não foi significante diferindo do observado para o isolado
IBCB 360 onde a interação entre as variáveis foi significante (Figura 12 B).
64
Resultados
maior que o valor de F-tabelado, os modelos são preditivos e estatisticamente válidos.
Este comportamento foi observado para todos os isolados estudados. Através destes
resultados foi padronizado o meio de cultivo com umidade inicial de 48% e tempo de
425 são os melhores produtores de lipases com 1,4 U totais/g e 1,3 U totais/g,
produzindo 3,7 vezes mais que o isolado IBCB 384 (Tabela 14).
65
Resultados
Figura 12. Gráfico de Pareto em resposta ao planejamento fatorial para FSS delineado
para as variáveis tempo de crescimento e umidade dos isolados IBCB 167 (A) IBCB 360,
66
Resultados
independentes tempo de crescimento e umidade para os isolados IBCB 167 (A) IBCB 360,
(B) IBCB 384 (C) e IBCB 425 (D) do fungo M. anisopliae em FSS.
67
Resultados
IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 de M. anisopliae cultivados em FSS.
U /g de substrato
As culturas foram mantidas em estufa à 26ºC com umidade relativa ao redor de 76% por um período de
9 dias.
68
Resultados
Parte III
69
Resultados
4.5 ELETROFORESE EM GEL DE POLIACRILAMIDA EM CONDIÇÃO
DESNATURANTE
produzidas em FSbm no meio EC pelos isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384
isolados IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 167 apresentam três proteínas com a mesma
massa molecular sendo elas de 100 kDa, 47 kDa e 30 kDa. Porém, para o isolado
IBCB 425 é possível observar uma proteína com massa molecular de 60 kDa.
30 kDa, sendo estas secretadas com intensidades diferentes por cada isolado. Na
cultivados tendo crisálida como fonte de carbono, sendo esta uma fonte indutora de
kDa, 36 kDa e 31kDa. Algumas destas bandas também foram encontradas nas raias
384 e 425. Entretanto é interessante observar nas raias 360 e 425 a ausência das
70
Resultados
bandas proteicas foi observada para o isolado IBCB 360. Proteínas com massas
71
Resultados
A B
M G 360 384 167 425 M 167 360 384 425 Cri
36 kDa
36 kDa
31 kDa
31 kDa
carbono (A) e meio constituído de crisálida + extrato de levedura (B), corada por
Galactosidase (112 kDa), Lactoferrina (91 kDa), Piruvato quinase (67 kDa) e
72
Resultados
4.5.1 ANÁLISE DO SECRETOMA DOS DIFERENTES ISOLADOS M.
bidimensional dos extratos enzimáticos obtidos sob duas condições: glicose (não indutor) (EG)
(Figura 15) e meio contendo crisálida (indução) (EC) (Figura 16), como descrito no item 3.12.
Primeiramente, foi realizado análise comparativa das proteínas secretadas diferentemente pelos
os isolados cultivados no meio EG vesus as proteínas secretadas no meio EC. Neste caso, os
géis foram analisados utilizando o software ImageMaster 2D Platinum v7.0 para localizar as
valor de ANOVA menor que 0,05. Analisando os perfis bidimensionais, verificamos que o
isolado IBCB 167 apresenta 5 bandas proteicas semelhantes em ambas as condições de cultivo,
e 25 bandas proteicas presentes apenas no meio EC. O isolado IBCB 360 apresenta 10 bandas
proteicas semelhantes em ambos os meio de cultivo, sendo que 22 bandas proteicas são
exclusivamente observadas no meio EC. Já o isolado IBCB 425 apresentou 8 bandas proteicas
semelhantes e 34 bandas proteicas presentes apenas no meio EC. O isolado IBCB 384 foi o que
EG (Tabela 15).
Realizou – se uma comparação entre o isolado IBCB 167, que é o menos patogênico
frente a D. saccharalis e os isolados IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425, onde todos foram
cultivados no meio EC (Figura 16). Na análise dos perfis bidimensionais, verificamos que
algumas das bandas proteicas reveladas para o isolado IBCB 167 são encontradas nos demais
isolados. Porém o isolado IBCB 167 apresenta 24%, 26% e 12% de bandas proteicas diferentes
quando comparado com os isolados IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425, respectivamente. Já os
isolados IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 apresentam 18%, 22% e 46% de bandas proteicas
73
Resultados
diferentes das encontradas para IBCB 167, respectivamente (Figura 17). O isolado IBCB 425 foi
o que apresentou mais bandas proteicas no perfil eletroforético de forma geral (Figura 16 D).
74
Resultados
kDa kDa
kDa
kDa
Figura 15: Perfil eletroforético bidimensional para as proteínas secretadas pelos isolados
IBCB167 (A), IBCB 360 (B), IBCB 384(C) e IBCB 425 (D) de M. anisopliae cultivados
molecular em kDa.
75
Resultados
kDa kDa
kDa kDa
kDa
isolados IBCB 167 (A), IBCB 360 (B), IBCB 384(C) e IBCB 425 (D) de M.
76
Resultados
IBCB 167 19 5 25
IBCB 360 19 10 22
IBCB 384 18 3 25
IBCB 425 19 8 34
Figura 17: Comparação entre as bandas proteicas secretadas do isolado IBCB 167
versus as bandas proteicas secretadas pelos isolados IBCB 360, IBCB 384 e IBCB
As análises dos secretomas dos isolados IBCB 167 e IBCB 384 foram
de cultivo contendo crisálida (EC) (indução), como descrito no item 3.12. De forma
secretoma do isolado IBCB 384 e apenas 7 destas não foram identificadas. De forma
geral, foram identificadas 76% das 101 bandas proteicas selecionadas. Entre as
aproximadamente 11% para o isolado IBCB 384, sendo 28% comuns entre os
isolados (Figura 20). Também o isolado IBCB 167 expressou 2,47 vezes mais a
384. Porém o isolado IBCB 384 expressou 4,30 vezes mais endo-N-acetyl-β-D-
glucosaminidase que o isolado IBCB 167 (Tabela 16). Entre as enzimas identificadas
78
Resultados
observado de 7,71 e 28 kDa. Na figura 21 observamos o MS e MS/MS do spot 46
79
Resultados
(A), 360 (B), 384(C) e 425 (D) de M. anisopliae cultivados em FSbm contento
80
crisálida como fonte de carbono. Símbolos: Proteínas diferentes entre os isolados
167 384
28 Bp
34 Bp = 33,66 % = 27,72 % 11 Bp = 10,89 %
81
Resultados
Tabela 16. Identificação das bandas protéicas secretadas pelos isolados IBCB 167 e IBCB 384 de M. anisopliae.
Spot
Match Cover % Mascot Massa (Da) Massa (Da) pI pI Expressão Código Sequência Similariedade Microrganismo Base de
count score teórica observada teórico observado 167 384 Hits identificada dados
2 1 3 89 97.470 99.290 5,26 4,77 0 0 gi|322705683 2 WSC domain containing protein M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
3 1 3 140 97.470 99.290 5,26 4,77 0 0 gi|322705683 1 WSC domain containing protein M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
4 2 5 118 110.483 78.167 4,97 4,68 0,13 -0,13 gi|322695977 4 putative glyoxal oxidase precursor M. acridum CQMa 102 NCBInr
8 1 1 67 80.738 74.000 5,74 5,7 0 0 gi|82754305 1 catalase P. citrinum NCBInr
13 1 3 101 97.470 57.503 5,26 4,36 0 0 gi|322705683 2 WSC domain containing protein M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
14 1 3 151 97.470 57.503 5,26 4,36 0 0 gi|322705683 2 WSC domain containing protein M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
15 1 5 223 97.470 56.347 5,26 4,49 0 0 gi|322705683 3 WSC domain containing protein M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
16 2 8 135 68.421 59.196 5,07 4,87 0,42 -0,42 gi|322710982 3 endonuclease/exonuclease/phosphatase family M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
16 2 3 121 97.470 59.196 5,26 4,87 0,42 -0,42 gi|322705683 1 WSC domain containing protein M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
17 2 10 230 68.421 59.196 5,07 4,87 0,42 -0,42 gi|322710982 4 endonuclease/exonuclease/phosphatase family M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
18 2 10 269 68.421 59.196 5,07 4,87 0,42 -0,42 gi|322710982 4 endonuclease/exonuclease/phosphatase family M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
20 2 4 143 57.916 52.862 5,12 4,75 1,54 -1,54 gi|322710850 1 1,2-a-D-mannosidase M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
20 2 3 64 27.112 52.862 9,64 4,75 1,54 -1,54 gi|256762337 1 predicted protein Enterococcus faecalis T3 NCBInr
21 2 2 96 57.916 52.862 5,12 4,75 1,54 -1,54 gi|322710850 1 1,2-a-D-mannosidase M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
22 2 4 130 57.916 52.862 5,12 4,75 1,54 -1,54 gi|322710850 2 1,2-a-D-mannosidase M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
23 2 2 97 57.916 52.862 5,12 4,75 1,54 -1,54 gi|322710850 1 1,2-a-D-mannosidase M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
24 1 8 201 42.743 44.000 5,42 5 0 0 gi|322697834 3 thioredoxin reductase, putative M. acridum CQMa 102 NCBInr
26 1 8 105 42.746 48.738 5,42 5,5 0 0 gi|322697834 2 thioredoxin reductase, putative M. acridum CQMa 103 NCBInr
82
Resultados
Tabela 16. Continuação.
Spot
Match Cover % Mascot Massa (Da) Massa (Da) pI PI Expressão Código Sequência Similariedade Microrganismo Base de
count score teórica Observada teórico observado 167 384 Hits identificada dados
pyridine nucleotide-disulfide oxidoreductase
28 1 7 214 87.434 48.036 6,02 5,99 0 0 gi|322710325 4 family M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
28 1 11 157 42.743 48.036 5,42 5,99 0 0 gi|322710325 3 thioredoxin reductase, putative M. acridum CQMa 102 NCBInr
pyridine nucleotide-disulfide oxidoreductase
29 1 2 81 87.434 48.245 6,02 6,27 0 0 gi|322710325 2 family M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
30 2 5 240 116.92 45.221 5,93 4,25 0 0 gi|322705888 4 hypothetical protein MAA_07113 M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
30 2 2 139 130.952 45.221 9,07 4,25 0 0 gi|322712318 2 TRI14-like protein M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
31 2 3 77 39.440 45.221 4,78 4,25 0 0 gi/322712318 2 TRI 14-like protein M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
pyridine nucleotide-disulfide oxidoreductase
32 2 3 177 87.828 44.164 7,12 4,95 2,47 -2,47 gi|322692828 2 family M. acridum CQMa 102 NCBInr
pyridine nucleotide-disulfide oxidoreductase
33 2 2 117 87.828 43.846 7,12 5,15 1,43 -1,43 gi|322692828 1 family M. acridum CQMa 103 NCBInr
pyridine nucleotide-disulfide oxidoreductase
34 1 2 114 87.828 44.164 7,12 5,35 0 0 gi|322692828 1 family M. acridum CQMa 104 NCBInr
35 2 25 575 45.126 42.415 6,57 7,33 -3,17 3,17 gi|322712820 7 secreted protein M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
pyridine nucleotide-disulfide oxidoreductase
35 2 3 92 87.828 42.415 7,12 7,33 -3,17 3,17 gi|322692828 2 family M. acridum CQMa 102 NCBInr
35 2 10 77 36.156 42.415 7,07 7,33 -3,17 3,17 gi|322705372 2 hypothetical protein MAA_07504 M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
36 1 10 150 36.156 36.716 7,07 5,95 0 0 gi|322705372 2 hypothetical protein MAA_07504 M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
37 2 5 123 36.156 36.294 7,07 6,34 0,2 -0,2 gi|322705372 1 hypothetical protein MAA_07504 M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
38 2 5 141 36.156 36.138 7,07 6,66 -0,24 0,24 gi|322705372 1 hypothetical protein MAA_07504 M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
39 2 5 107 36.156 36.822 7,07 6,98 -0,52 0,52 gi|322705372 1 hypothetical protein MAA_07504 M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
40 1 10 201 36.156 36.716 7,07 7,4 0 0 gi|322705372 2 hypothetical protein MAA_07504 M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
41 2 5 114 36.156 36.294 7,07 6,34 0,2 -0,2 gi|322705372 1 hypothetical protein MAA_07504 M. anisopliae ARSEF 23 NCBInr
83
Resultados
84
Resultados
As culturas foram mantidas à 26ºC por um período de 168 horas em meio adicionado de crisálida. Obs: Match count =1 representa banda proteica exclusiva e
Match count = 2 representa banda proteica comum. O valor positivo na coluna de expressão mostra a localização da banda proteica.
85
Resultados
Spot Match Cover % Mascot Massa (Da) Massa (Da) pI pI Expressão Código Sequência Similariedade Microrganismo Base de
count score teórica observada teórico observado 167 384 Hits identificada Dados
hypothetical protein M. anisopliae
79 1 10 193 36.156 40.000 7,07 7,67 0 0 gi|322705372 2 MAA_07504 ARSEF 23 NCBInr
80 1 22 319 26.499 28.573 5,45 4,42 0 0 gi|556657 4 trypsin-like protease 1 M. anisopliae NCBInr
81 1 22 308 26.499 28.598 5,45 4,39 0 0 gi|556657 4 trypsin-like protease 1 M. anisopliae NCBInr
82 1 0 47 20.355 34.033 4,9 5,78 0 0 VIR_HUMAN 4 Protein virilizer homolog Homo sapiens SwissProt
M. anisopliae
83 1 11 125 37.708 34.033 6,44 5,78 0 0 gi|322705292 2 carbohydrate-binding protein ARSEF 23 NCBInr
subtilisin-like serine protease
84 1 12 271 42.763 30.637 5,81 6,89 0 0 gi|16305048 5 PR1D M. anisopliae NCBInr
subtilisin-like serine protease
85 1 12 182 42.763 30.637 5,81 7,5 0 0 gi|16305048 3 PR1D M. anisopliae NCBInr
86 1 5 62 26.615 27.646 5,68 6,35 0 0 gi|4768909 1 trypsin-related protease M. anisopliae NCBInr
hypothetical protein M. anisopliae
87 1 10 92 20.858 25.956 4,49 6,35 0 0 gi|322709991 1 MAA_02795 ARSEF 23 NCBInr
hypothetical protein M. anisopliae
88 2 10 92 20.858 25.000 4,49 4,2 0 0 gi|322709991 1 MAA_02795 ARSEF 23 NCBInr
M. anisopliae
90 2 20 136 16.241 17.778 7,27 5,02 0,84 -0,84 gi|322708481 3 proteinase inhibitor I1, Kazal ARSEF 23 NCBInr
M. anisopliae
92 2 20 183 16.241 17.205 7,27 6,97 0,98 -0,98 gi|322708481 3 proteinase inhibitor I1, Kazal ARSEF 23 NCBInr
eliciting plant response-like M. anisopliae
94 2 41 137 14.491 13.350 4,86 4,14 -1,03 1,03 gi|322710287 4 protein ARSEF 23 NCBInr
hypothetical protein M. anisopliae
95 1 13 98 18.229 12.323 5,88 6,91 0 0 gi|322712415 MAA_01062 ARSEF 23 NCBInr
D 1 22 324 26.499 30.181 5,45 4,39 0 0 gi|556657 4 trypsin-like protease 1 M. anisopliae NCBInr
C 1 12 84 26.499 32.388 5,45 4,4 0 0 gi|556657 2 trypsin-like protease 1 M. anisopliae NCBInr
E 1 5 61 26.615 25.956 5,68 7,5 0 0 gi|4768909 1 trypsin-related protease M. anisopliae NCBInr
86
Resultados
87
Resultados
4.6 PURIFICAÇÃO DAS QUITINASES EXTRACELULARES PRODUZIDAS
EM FSS
quitinases produzidas pelos isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 de
M. anisopliae em FSS. Nesta condição, dois picos de atividade foram obtidos para
todos os isolados. O pico I (PI) representa a fração enzimática que não interagiu com
a resina e o pico II (PII), é a fração que interagiu com a resina. O PII167 foi eluído
com 300 mM de NaCl. Já os picos PII360, PII384 e PII425 foram eluídos com 224
único “pool”, assim como as frações PII. Cada “poll” foi dialisado “overnight” contra
cromatográfica Sephadex G-100 (Figura 23), obtendo-se um único pico com atividade
88
Resultados
NaCl (0 -1 M)
Atividade quitinásica (U / mL)
NaCl (0 -1 M)
0,25 2,5 0,5 2,5
Abs. 280 nm
Abs. 280 nm
0,20 2,0 0,4 2,0
Frações nº Frações nº
3,5
0,35 C 3,5 D
0,5
Pico II Pico II 3,0
NaCl (0 -1 M)
0,30 3,0
NaCl (0 - 1 M)
Atividade quitinásica (U/mL)
0,4 2,5
0,25 2,5
Abs. 280nm
Abs. 280 nm
2,0
0,20 2,0 0,3
Pico I
Pico I 1,5
0,15 1,5
0,2
0,1
0,05 0,5 0,5
quitinases extracelulares produzidas em FSS pelos isolados IBCB 167 (A), IBCB 360
89
Resultados
2,5 1200
SPI 1000
2,0
Atividade quitinásica (U/mL)
800
1,5
Abs. 280 nm
600
1,0
400
0,5
200
0,0 0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Frações
90
Resultados
Tabela 17. Purificação das quitinases extracelulares produzidas pelos isolados IBCB 167, IBCB
IBCB 360
Extrato Bruto 140 71,7 32,21 0,45 100 1
DEAE-Celulose Pico I 23 2,01 0,99 0,49 3,75 2
DEAE-Celulose Pico II 47 25,26 10,4 0,41 32 1
IBCB 384
Extrato Bruto 170 54,52 47,25 0,86 100 1
DEAE-Celulose Pico I 44 5,33 11,42 2,14 24,17 2,48
DEAE-Celulose Pico II 84 18,05 15,64 0,87 33,1 1,01
Sephadex G 100 PI 2 2,25 4,78 2,12 10,12 2,46
IBCB 425
Extrato Bruto 145 68,99 79,61 1,15 100 1
DEAE-Celulose Pico I 28 2,45 4,84 1,97 6,07 1,71
DEAE-Celulose Pico II 38 16,19 21,16 1,3 26 1,13
AE= Atividade específica.
91
Resultados
4.7 ELETROFORESE EM GEL DE POLIACRILAMIDA E IDENTIFICAÇÃO
M 384 SPI
168kDa
116 kDa 1
90kDa 2
58 kDa 3
48,5 kDa
4
5
36,5kDa
26,6 kDa 6
7
8
92
Resultados
Tabela 18. Identificação das proteínas secretadas pelo isolado IBCB 384 de M. anisopliae, contidas na fração SPI obtida, após Sephadex
G-100.
Score Cover % Massa PI Código de Similariedade Dados
teórica (Da) teórico acesso
492 14 26.439 5,87 gi|322702995 YcaC amidohydrolase (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
275 1 110.524 4,97 gi|322695977 putative glyoxal oxidase precursor (M. acridum CQMa 102) NCBInr
252 8 63.902 6,27 gi|322712530 putative glucoamylase GMY2 (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
207 29 40.994 5,32 gi|322705330 Lactonohydrolase (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
203 4 63.142 6,6 gi|322695444 GMC oxidoreductase (M. acridum CQMa 102) NCBInr
202 14 53.319 4,81 gi|322712522 GPI-anchored cell wall beta-1,3-endoglucanase EglC (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
190 2 58.944 5,49 gi|322709036 glutamyl-tRNA(Gln) amidotransferase subunit A (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
182 9 42.746 5,42 gi|322697834 thioredoxin reductase, putative (M. acridum CQMa 102) NCBInr
170 21 25.457 4,71 gi|322704490 hypothetical protein MAA_08391 (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
153 4 87.423 6,37 gi|16973362 subtilisin-like serine protease PR1C (M. anisopliae) NCBInr
153 4 49.854 4,99 gi|322703544 hypothetical protein MAA_09356 (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
153 6 37.861 4,91 gi|322703962 TRI14-like protein (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
153 3 58.470 4,77 gi|322705665 tripeptidyl-peptidase 1 precursor (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
151 7 64.819 5,51 gi|322705323 hypothetical protein MAA_07723 (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
128 10 54.215 5,4 gi|322705296 carboxypeptidase Y precursor (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
* Significância para proteínas com score > 62 (p≤0,05).
93
Resultados
61 2 48.090 5,13 gi|169601268 hypothetical protein SNOG_03494 (Phaeosphaeria nodorum SN15) NCBInr
51 10 42.860 5,44 gi|322708430 vacuolar protease A (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
46 3 62.648 8,58 gi|322705325 cellobiose dehydrogenase (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
39 11 16.675 4,78 gi|322696294 Cupin family protein (M. acridum CQMa 102) NCBInr
30 3 55.827 4,93 gi|398388235 peptidase M28 (Zymoseptoria tritici IPO323) NCBInr
50 10 25.955 5,61 gi|322708454 hypothetical protein MAA_04960 (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
46 3 40.819 5,47 gi|322708454 phosphorylcholine phosphatase (M. acridum CQMa 102) NCBInr
45 3 48.451 7,05 gi|322692800 hypothetical protein MAA_08215 (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
phosphatidylglycerol/phosphatidylinositol
44 10 19.490 4,83 gi|322704711 transfer protein precursor (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
41 5 32.061 5,37 gi|1705640 hypothetical protein MAA_07607 (M. anisopliae ARSEF 23) NCBInr
94
Resultados
4.8 DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA E pH ÓTIMO APARENTE DE
para a quitinase extracelular produzida pelos isolados IBCB 360, IBCB 384 e IBCB
425 de M. anisopliae foi de 60ºC e de 50ºC para o isolado IBCB 167. Analisando a
atividade encontrada para os isolados IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 na
temperatura ótima de 60ºC verificamos que a quitinase produzida pelo isolado IBCB
425 foi 4 vezes mais ativa se comparada a quitinase produzida pelo isolado IBCB
isolado IBCB 167, verificamos que a atividade enzimática foi cerca de 2,6 vezes
menor que a observada para a quitinase do isolado 425 em sua temperatura ótima. Já
todos os isolados.
ótimo de atividade para as enzimas produzidas pelos isolados IBCB 360 e IBCB 425
foi 5,0 utilizando-se tampão ácido cítrico 50mM. Entretanto, o pH ótimo de atividade
encontrado para a enzima produzida pelo isolado IBCB 167 foi de 5,5 e na faixa de
4,0 a 5,5 para a quitinases do isolado IBCB 384. Sendo assim pode - se observar mais
estudados.
95
Resultados
100 A B
100
Atividade quitinásica relativa (%)
60
60
40
40
20
20
100% = 1,53 (U/g) 100% = 2,77 (U/g)
0
0
30 40 50 60 70 80
30 40 50 60 70 80
Temperatura (ºC) Temperatura (ºC)
100 100
C D
Atividade quitinásica relativa (%)
Atividade quitinásica relativa (%)
80 80
60 60
40 40
20 20
100% = 1 (U/g) 100% = 4 (U/g)
0 0
30 40 50 60 70 80 30 40 50 60 70 80
Temperatura (ºC) Temperatura (ºC)
96
Resultados
120
110 100
A B
100
90
80
80
70
60
60
50
40
40
30
20 20
10
100% = 1,4 (U/g)
100% = 1 (U/g)
0 0
2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5
pH pH
120
C D
110 100
100
Atividade quitinásica relativa (%)
90
80
80
70
60
60
50
40
40
30
20 20
100% = 1 (U/g) 100% = 5 (U/g)
10
0 0
2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5
pH pH
97
Resultados
4.9 DETERMINAÇÃO DA ESTABILIDADE TÉRMICA E ESTABILIDADE
AO pH
isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 foram estáveis a 30 ºC e 40 ºC.
Adicionalmente as quitinases produzidas pelos isolados IBCB 384 e IBCB 425 foram
estáveis a 50 ºC. Os valores de t50 encontrados para as quitinases dos isolados IBCB
valores de t50 para as quitinases dos isolados IBCB 360 e IBCB 384 foram de 5 e 10
425 foram as mais estáveis em uma ampla faixa de pH, quando comparadas com as
quitinases dos isolados IBCB 167 e IBCB 360. Adicionalmente a quitinase do isolado
IBCB 384 manteve 100% de sua atividade quando incubadas no pH 7,0 por um
testados. A quitinase do isolado IBCB 360 manteve 100% de sua atividade inicial no
pH 6,0 e a quitinase do isolado IBCB 167 manteve 60% de sua atividade inicial no pH
5,5. Entretanto as quitinases dos isolados IBCB 167 e IBCB 360 não foram estáveis
mesma situação.
98
Resultados
120 120
A B
100 100
Atividade quitinلsica relatيva (%)
60 60
40 40
20 20
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 0 10 20 30 40 50 60 70
Tempo (horas) Tempo (horas)
110
C D
100 100
90
Atividade quitinásica relativa (%)
80 80
70
60 60
50
40 40
30
20 20
10
0 0
0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60
Tempo (horas) Tempo (horas)
Figura 27. Estabilidade térmica das quitinase extracelulares parcialmente purificadas (PII)
dos isolados IBCB 167 (A), IBCB 360 (B), IBCB 384 (C) e IBCB 425 (D) do fungo M.
anisopliae. Símbolos: 30ºC (■), 40ºC (●), 50ºC (○), 60ºC (□) e 70ºC (▲).
99
Resultados
100
100
90 A B
80 90
70
80
60
50 70
40
60
30
20 50
10
40
0
2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5
pH pH
100
100
C 90 D
80
Atividade quitinásica relativa(%)
80
70
60
60
50
40 40
30
20 20
10
0
2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 0
2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5
pH
pH
(PII) dos isolados IBCB 167 (A), IBCB 360 (B), IBCB 384 (C) e IBCB 425 (D) do
100
Resultados
4.10 INFLUÊNCIA DE DIFERENTES COMPOSTOS SOBRE A
ATIVIDADE QUITINÁSICA
purificada, dos isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 de M.
enzimáticas para a quitinases do isolado IBCB 425, na presença dos compostos CaCl2,
isolados IBCB 360 e IBCB 384 não foram encontradas ativação significativa, frente
aos sais testados. Deve-se destacar que as quitinases dos isolados, de forma geral,
101
Resultados
Tabela 19. Influência de diferentes compostos na atividade quitinásica extracelular dos isolados de M. anisopliae
AS QUITINASES DOS ISOLADOS IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 E IBCB 425
DE M. anisopliae
quitinase do isolado IBCB 360 apresentou o menor valor de Km (0,57 mM), sendo o
isolado que possui a quitinase de maior afinidade pelo substrato, com Vmáx = 3,38
U/mg.
TABELA 20. Parâmetros cinéticos das quitináses produzidas pelos isolados IBCB 167,
103
Resultados
A B
2,0 2,5
1,8
1,6 2,0
Atividade quitinásica (Umg/mim)
1,2 1,5
1,0
0,8 1,0
0,6
0,4 0,5
0,2
0,0 0,0
-0,2
0 1 2 3 4 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
[S] (mM) [S] (mM)
C D
1,4
2,5
1,2
Atividade quitinásica (Umg/mim)
1,0 2,0
0,8
1,5
0,6
1,0
0,4
0,2 0,5
0,0
0,0
-0,2
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
purificadas dos isolados IBCB 167 (A), IBCB 360 (B), IBCB 384 (C) e IBCB 425 (D)
104
Resultados
Parte IV
Experimentos in vivo
105
Resultados
Para os ensaios in vivo utilizou – se os isolados IBCB 384 e IBCB 425, sendo
utilizando aplicação tópica (Tabela 21). Observou – se que o isolado IBCB 425 foi o
mais virulento, por apresentar um TMS de 4,6 dias, quando comparado com o IBCB
alta mortalidade provocada pelo isolado IBCB 384 e uma baixa mortalidade
provocada pelo isolado IBCB 425, devido a contaminação com fungos oportunistas.
Tabela 21. Ensaio de virulência das linhagens IBCB 384 e IBCB 425 de M.
Imersão
*Colunas com mortalidade média que apresentam as mesmas letras não apresentam
diferença significativas pelo teste LSD (p≤0,05).
**Colunas com mortalidade média que apresentam as mesmas letras não apresentam
diferença significativas pelo teste log -rank (p≤0,05). Tempo médio de sobrevivências
(TMS) foi calculado para 15 dias.
106
Resultados
4.12.2 ENSAIO DE VIRULÊNCIA DOS ISOLADOS IBCB 384 E IBCB 425
anisopliae sobre G. mellonella utilizando conídios injetados (Tabela 22) mostrou que
os isolados IBCB 384 e IBCB 425 provocaram mortalidade semelhante (90 – 93%).
Entretanto os resultados encontrados para TMS mostram que o isolado IBCB 425 e
valores absolutos. Porém, na prática, vale ressaltar que a diferença no TMS entre as
consideração a ação devastadora de uma praga. Baseado neste quadro, o isolado IBCB
425 pode ser considerado mais virulento que o IBCB 384. Na figura 30 pode-se
Tabela 22. Ensaio de virulência dos isolados IBCB 384 e IBCB 425 de M.
anisopliae sobre larvas de G. mellonella utilizando conídios injetados.
*Colunas com mortalidade média que apresentam as mesmas letras não apresentam diferença
significativas pelo teste LSD (p≤0,05).
**Colunas com mortalidade média que apresentam as mesmas letras não apresentam diferença
significativas pelo teste log -rank (p≤0,05). Tempo médio de sobrevivências (TMS) foi calculado para 7
dias.
107
Resultados
Figura 30. Confirmação da mortalidade das larvas de G. mellonella (A) por crescimento
micótico dos isolados IBCB 384 (B) e IBCB 425 (C) de M. anisopliae após injeção de 800
108
Resultados
4.12.3 ENSAIO DE TOXICIDADE DOS ISOLADOS IBCB 384 E IBCB 425
MICROINJEÇÃO
dialisada e fração não dialisada obtidos dos isolados IBCB 384 e IBCB 425 de M.
23). Primeiramente foi analisada a toxicidade do extrato bruto, sendo que o isolado
IBCB 384 provocou alta mortalidade e apresentou TMS de 2,4 dias, sendo 2 vezes
mais virulento que o isolado IBCB 425 (Tabela 23). Na toxicidade da fração dialisada
semelhantes. Com relação a toxicidade da fração não dialisada dos isolados IBCB 384
e IBCB 425 causaram uma baixa mortalidade das larvas e um alto TMS foi obtido,
evidenciando que esta fração é de baixa toxicidade (Tabela 23). Em análise geral pode
secundários.
109
Resultados
Tabela 23. Ensaio de toxicidade dos isolados IBCB 384 e IBCB 425 de M. anisopliae cultivadas em FSbm sobre larvas de G. mellonela utilizando
microinjeção.
Tratamentos (média ± SE) (%) (dia ± SE) mg/mL (média ± SE) (%) (dia ± SE) mg/mL (média ± SE) (%) (dia ± SE) mg/mL
Controle 11,66 ± 5,77 a 6,4 ± 0,14 a 0,75 13,33 ± 6,6 a 7,66 ± 0,16a 0,3 13,33 ± 6,6 a 7,66 ± 0,16a 0,75
IBCB 384 83,33 ± 5,77 b 2,40 ± 0,40b 1,2 58 ± 11 b 6,5 ± 0,41b 0,59 13,33 ± 6,6 a 7,9 ± 0,08 a 1,06
IBCB 425 46,66 ± 5,77 c 5,46 ± 0,36c 1,14 53 ± 18 b 6,63 ± 0,44b 0,49 33,33 ± 6,66 b 7,0 ± 0,38 a 0,58
*Colunas com mortalidade média que apresentam as mesmas letras não apresentam diferença significativas pelo teste LSD (p≤0,05).
**Colunas com mortalidade média que apresentam as mesmas letras não apresentam diferença significativas pelo teste log -rank (p≤0,05).
a Tempo médio de sobrevivências (TMS) foi calculado para 7 dias.
b Tempo médio de sobrevivências (TMS) foi calculado para 8 dias.
110
Resultados
4.12.4 EFEITO DA TOXICIDADE DO SORO OBTIDO DE LARVAS DE G.
UTILIZANDO MICROINJEÇÃO
infectadas pelos isolados IBCB 384 e IBCB 425 de M. anisopliae utilizando a técnica
de microinjeção foi analisado (Tabela 24). Considerando que os soros obtidos para
este estudo são provenientes de larvas contaminadas com os isolados citados, os soros
isolado IBCB 384 foi mais eficiente, provocando mortalidade de 61% com TMS de
6,56 dias, sendo o isolado com o maior potencial de toxicidade e virulência, quando
interna) quando injetado o soro infectado em larvas sadias (Figura 31). Ao analisar a
com padrões diferentes, diferindo dos controles. Porém a larva que apresentou
melanização na traquéia das larvas durante o desenvolvimento dos isolados IBCB 384
111
Resultados
112
Resultados
com os isolados IBCB 384 e IBCB 425 de M. anisopliae após injeção de 800 conídios por
113
Discussão
5. DISCUSSÃO
resistência dos insetos pragas frente aos produtos químicos utilizados para combatê -
los. Uma alternativa para controlar estes insetos é aplicar fungos entomopatogênicos
nas lavouras (WRAIGHT & BRADLEY, 1996). O estudo destes fungos tem
despertado muito interesse, pois grande parte destas espécies de fungos são
degradam a cutícula do inseto, tais como proteases, lipases e quitinases, entre outras
ciclo de infecção (SMALL & BIDOCKA, 2005; ARRUDA et al., 2005). O complexo
entre outras, são produzidas e secretadas desde o primeiro contato do fungo com o seu
hospedeiro como, por exemplo, a protease Pr1 que faz parte de uma gama de
114
Discussão
constitui a cutícula do hospedeiro, sendo regulada durante a formação do apressório e
como foi observado por Lord & Howard (2004) para os conídios de B. bassiana,
Kishimoto et al. (2002) e Barreto et al. (2004). Elas são produzidas já na fase inicial
maior parte das quitinases produzidas e secretadas por M. anisopliae são ácidas e
sofrem influência do pH do meio (St LEGER et al., 1996b). Os genes chit1, chit2,
codifica uma endo quitinase de 42kDa e pI de 5,8 (BOGO et al., 1998). O gene chit 2
também codifica uma quitinase de 42kDa, porém com pI de 4,8 (Baratto et al., 2003 e
2006). Já o gene ortologo de chit3 codifica a quitinase CHIT30, que possui atividade
endo e exoquitinásica (Silva et al., 2005). Mesmo com os estudos já realizados, ainda
praga, evitando os danos incalculáveis no campo (St. LEGER et al., 1996c ; Hu & St.
115
Discussão
colonização do hospedeiro é possivelmente facilitada pela presença de um complexo
individual é essencial.
características bioquímicas das quitinases produzidas pelos isolados IBCB 167, IBCB
mortalidade confirmada para a praga D. saccharalis foram de 55%, 68%, 96% e 82%,
respectivamente.
lâmina possibilita a visualização das estruturas íntegras, sendo uma ótima técnica para
dos isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 não apresentaram
significativas. Estas diferenças estão entre os isolados IBCB 167 e IBCB 425 para
hifas e entre os isolados IBCB 384 e IBCB 425 para comprimento de conídios. Desta
116
Discussão
(2005), utilizando MEV para analisar a morfologia dos conídios de diferente isolados
ainda que alguns conídios são grandes e outros menores, e que as superfíces dos
trigo e os trabalhos de Arruda et al. (2005) e Santi et al. (2009) que observaram
conídios de M. anisopliae.
menor do rRNA, ITS1, gene 5.8S, ITS2 e sequência parcial da subunidade maior do
anisopliae, foi possível observar regiões conservadas e não conservadas. Gao et al.
(2011), Bischoff et al. (2009) e Arruda et al. (2005) também utilizaram ITS para
FSbm e FSS foi avaliada, considerando que são enzimas chaves no processo de
117
Discussão
meio EG para todos os isolados, com destaque para isolado IBCB 425. Considerando
a quitinase extracelular o melhor produtor foi o isolado IBCB 384, mantido sob
agitação a 26ºC por 168h. Quando os isolados foram cultivados em meios indutores
observou – se que os isolado IBCB 425 foi o que mais se destacou. Ao analisar o
secreção da quitinase, porque esta enzima faz parte de um complexo enzimático que
permite que o patógeno infecte o hospedeiro. Nos trabalhos de Fleuri et al. (2009) e
Liu et al. (2003) também foi verificado a indução da secreção de quitinase, ao cultivar
agitação, as maiores produções quitinásicas foram obtidas para os isolados IBCB 167
e IBCB 384 sob a condição de agitação e para os isolados IBCB 360 e IBCB 425 sob
condição estacionária. Entretanto o isolado IBCB 384 foi o que mais se destacou sob
desenvolvido por Braga et al. (1998), a FSbm sob agitação adicionada de quitina
onde foi verificado um bom crescimento deste microrganismo, assim como observado
118
Discussão
para os quatro isolados deste estudo. A condição de agitação possui características
que altas velocidades de agitação causam efeitos negativos como ruptura de células,
agitação foi usada para continuidade dos estudos, uma vez que este favoreceu a
secreção da quitinase.
carbono, nitrogênio e fósforo, entre outros. Estudos realizados por Ortiz-Urquiza et al.
crisálida. É importante destacar ainda que a crisálida utilizada como substrato para a
119
Discussão
produção de quitinases é um resíduo biológico do processo de produção do fio de
Encontrar uma aplicação para este resíduo biológico é interessante e atrativo, podendo
utilizados para o cultivo de microrganismos como, por exemplo, redução dos custos
(PEIXOTO-NOGUEIRA, 2009).
enzimática. A incubação por um período breve pode não resultar na produção máxima
adição, o crescimento da cultura por um período longo pode levar a exaustão dos
elas, a fase de adaptação do microrganismo ao meio de cultivo (fase LAG), uma fase
microrganismo já adaptado ao meio utiliza todos os recursos oferecidos por este para
declínio, onde o meio não tem mais nutriente e também apresenta uma série de
120
Discussão
quitinases extracelulares foi obtida em 48 h. Já para Oerskovia xanthineolytica e C.
et al., 2010 e FLEURI et al., 2009). De acordo com Kang et al. (1999), uma nova
com os picos de crescimento observado para os isolados IBCB 360 (96h), IBCB 387
(96 h) e IBCB (72 h), sendo apenas coincidente para o isolado IBCB 167. Contudo a
maior atividade quitinásica extracelular produzida pelos isolados IBCB 167, IBCB
360, IBCB 384 e IBCB 425 foram verificadas entre os períodos de 96 h e 144 h. Os
períodos encontrados nos trabalhos de Waghmare et al. (2010), Fleuri et al. (2009) e
peculiares, corroborando com os relatos feitos por Gimenez-Pecci et al. (2002) onde
extracelulares.
foram obtidos quando foi utilizada crisálida como substrato umedecido com solução
de extrato de levedura (1%) na proporção 1,3:1 (m/v) para os isolados IBCB 167,
IBCB 360 e IBCB 425. Já para o isolado IBCB 384 a maior secreção de quitinase foi
121
Discussão
obtida quando o meio foi umedecido com solução de sais de Khanna na mesma
122
Discussão
DCCR para cada isolado, onde R2 é o coeficiente de explicação que fornece uma
próximos a 1 (RODRIGUES & LEMMA, 2009). Desta forma foi possível obter as
para cada uma das enzimas estudadas. Para os isolados IBCB 167, IBCB 384 e IBCB
425 a interação entre as variáveis não foi significante, diferindo do observado para o
isolado IBCB 360. A adição de solução umificante ao meio foi positiva e significante,
pois quanto mais úmido o meio, maior a produção. Porém, o meio de cultivo com
isolados. Fica claro que estes isolados têm uma preferência por meios mais úmidos,
entretanto são capazes de produzir quitinases em meios com umidade reduzida. Esta
425. Este resultado corrobora ao observado neste trabalho e por Zappelini (2009) com
123
Discussão
destacou – se no controle das pragas Mahanarva fimbriolata e Deois flavopicta
máxima, no período de 216 h em FSS, diferindo dos períodos encontrados para FSbm.
Nos trabalhos de Patel et al. (2007) e Suresh & Chandrasekaran (1999) com
interessante é que a produção de quitinase tende ser maior quando os isolados são
importância, uma vez que a FSS se aproxima das reais condições encontradas pelo
foi cultivado em FSS, diferindo da maioria dos trabalhos relatados na literatura que
são com FSbm como, por exemplo, os trabalhos de Braga et al. (1998) para M.
anisopliae, Fleuri et al. (2009) para Cellulosimicrobium cellulans e San-Long & Chio
adicionados de crisálida. Fica claro, que a secreção de quitinases para o meio externo
processo de infecção, os secretomas obtidos dos isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB
124
Discussão
observar algumas diferenças. Diversas proteínas foram secretadas em ambas as
diferentes entre si, o que reflete o nível de expressão proteico para cada isolado.
Bandas proteicas maiores que 72 kDa estão ausentes para os isolados IBCB 360 e
IBCB 425. O menor número de bandas proteicas foi observado para o isolado IBCB
evidente que quando os isolados foram crescidos em meio de cultivo com crisálida
algumas delas podem ser quitinases, uma vez que estas apresentam massa molecular
muito diversa como apontado nos trabalhos de Pinto et al. (1997), que identificaram
linhagem MH-1 com massas moleculares de 71 kDa, 62 kDa e 53 kDa. Já Kang et al.
moleculares variando de 30 kDa a 110 kDa. Boa parte das proteínas observadas neste
trabalho se encontram na faixa de massa molecular observada por Kang et al. (1999).
isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 analisados utilizando
125
Discussão
eletroforese bidimensional, que é uma ferramenta mais sensível. Oh et al. (2010)
molecular e pI de cada uma delas em uma mesma condição ou não. Neste contexto
duas análises diferentes foram realizadas, sendo uma para um mesmo isolado em duas
proteica foi maior quando utilizada crisálida se comparado ao cultivo com glicose.
como a metionina gomaliase (pI 6,65 e 43 kDa), a proteinase (pI 5,99 e 57 kDa), a
tripsina (pI 5,68 e 26 kDa) e ATPase (pI 9,57 e 43 kDa). Nos trabalhos realizados
por St-Leger et al. (1996a; 1998 e 1999), duas isoformas de tripsina (pI 4,4 com 30
kDa e 4,9 com 27 kDa) foram identificadas quando o fungo M. anisopliae foi
deacetilase (26 kDa , 37 kDa e 70 kDa) (NAHAR et al., 2004). Sendo assim, M.
126
Discussão
Os isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425, quando
identificação das proteínas secretadas pelos isolados IBCB 167 (menos virulento) e
IBCB 384 (mais virulento), cultivados em meio tendo crisálida (indutor) como fonte
analisadas pelo software Image Master v.7 GE. Foram obtidas, digeridas e analisadas
proteínas identificadas superou o obtido por Murad et al. (2008) quando cultivou o
metabólicos foram observadas, como descrito nos trabalhos de Barros et al. (2010),
Oh et al. (2010), Manalil et al. (2009) e Murad et al. (2008). Desta forma o foco foi
estudados, sendo que 28% das proteínas identificadas estão presentes em ambos os
isolados.
Interessantemente, não existe uma relação direta vista neste trabalho, entre quantidade
127
Discussão
de proteínas secretadas e o potencial de virulência. O isolado IBCB 384 foi o que
Zappelini (2009), este isolado foi o mais virulento para D. saccharalis. Já no trabalho
like serine protease PR1D de M. anisopliae foi identificada no trabalho de Santi et al.
(2009) e Murad et al. (2008). A subtilisin-like serine protease PR1 é uma enzima
conjugadas a quitina, que compõem a cutícula dos insetos (SMALL & BIDOCKA,
2005 e SANTI et al. 2009). Murad et al. (2008) identificaram as enzimas trypsin-like
carboidratos, composto por oito resíduos de cisteína conservados. Este domínio está
128
Discussão
2009). Manosidase e catalase foram também identificadas. A manosidase cataboliza
enzima foi relatada no trabalho de Brito et al. (2011) utilizando Trichoderma spp.
estão relacionadas a mecanismos de virulência como descrito por Fang et al. (2008),
Murad et al. (2008), Boldo et al. (2009) e Santi et al. (2009). A endo-N-acetyl-β-D-
aurantiaca DW4 descrita por Bourgerie et al. (1994) apresentou massa molecular
pragas.
129
Discussão
Considerando a importância das quitinases no processo de infecção, os
extratos brutos contendo estas enzimas produzidas pelos isolados IBCB 167, IBCB
360, IBCB 384 e IBCB 425 cultivados em FSS, foram submetidos a purificação, uma
vez que a maior produção quitinásica foi encontrada neste tipo de fermentação. O
processo utilizado neste trabalho foi semelhante ao empregado por Kyoung-Ja et al.
(2003) para a enzima produzida por Streptomyces sp. M-20 aplicando-se extrato
perfil encontrado por nós para todos os isolados, com a separação do extrato bruto
enzimático em dois picos com atividade quitinásica. Os picos II dos isolados IBCB
167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425, que interagiram com a resina, foram eluídos
desenvolvido por Pinto et al. (1997) com o mesmo microrganismo e o mesmo tipo de
produzida por P. lilacinus foi eluída como única forma em coluna DEAE - Sephacel
lanuginosus com apenas um pico de atividade quitinásica (GUO RUN – FANG et al.,
130
Discussão
2008). Assim a diversidade de isoformas e características bioquímicas das quitinases
purificação teve continuidade apenas para o isolado IBCB 384, pois este é o isolado
mais virulento segundo Zappelini (2009), o que foi confirmado com relação aos
quitinásica, foi aplicado em Sephadex G-100, obtendo uma única fração quitinásica
(SPI). O perfil eletroforético (SDS - PAGE 4-15%) desta fração obtida, evidenciou a
proteínas identificadas nesta fração quando o isolado IBCB 384 foi cultivado em FSS
moleculares têm sido observadas para as quitinases como, por exemplo, 27,5 kDa, 48
kDa, 61 kDa e 110 kDa, descritas nos trabalhos de Deane et al. (1998), Kyoung-Ja
Kim et al. (2003), Guo et al. ( 2008), Fleuri et al. (2009) e Guo et al. ( 2004),
atividade quitinásica.
atividade enzimática extracelular foi obtida a 60ºC para os isolados IBCB 360, IBCB
131
Discussão
quitinase secretada por Bacillus alvei (SAN-LONG et al., 2001) e diferente da
SY2 (RUN-FANG et al., 2008). Para o isolado IBCB 167 a temperatura ótima de
temperatura ótima encontrada para o isolado IBCB 167 foi superior a temperatura
ótima encontrada para a enzima produzida por Beauveria bassiana CG432 (SASSÁ et
al., 2008) e por M. anisopliae (Pinto et al., 1997). As quitinases dos isolados IBCB
167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 apresentaram atividade a 30 ºC. A ação de
quitinases foram estáveis a 30 ºC e 40 ºC. A quitinase do isolado IBCB 425 foi a mais
térmica a quitinase mais suscetível e com menor estabilidade térmica foi a do isolado
al. (2008) onde a quitinase produzida por Beauveria bassiana foi estável a 45 ºC.
Contudo existem três endoquitinases produzidas por Bacillus sp. MH-1 que foram
132
Discussão
capacidade de produzir e secretar enzimas termoestáveis em uma ampla faixa de
temperatura. Pois estes fungos estão presentes em diversos nichos que sofrem com as
isolado IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 do fungo M. anisopliae foram
produzidas pelos isolados IBCB 360 e IBCB 425, com excessão para a quitinase do
isolado IBCB 167, que foi pH 5,5. Já para o isolado IBCB 384 verifica - se uma faixa
de pH ótimo que vai de 4,0 a 5,5, coincidindo com a faixa de pH onde as quitinases
et al., 2008) apresentaram vários valores ótimos de pH sendo eles 5,5, 6,0 e 8,5
quitinase secretada por Bacillus circunlans 4.1 (WIWAT et al., 1999) apresentou pH
realizado por Park et al. (2000) cujo o pH ótimo foi de 6,0. Waghmare et al. (2010)
ótimo de atividade quitinásica para T. harzanium (DEANE et al., 1998) foi de 3,5.
forma geral, apresentam uma ampla faixa de pH em que são ativas. É interessante
133
Discussão
ressaltar que tampões diferentes apresentam forças iônicas diferentes, interferindo na
quitinases é decisiva para a interação com regiões positivas do substrato quitina nas
condições ótimas de pH como observados por Sassa et al. (2008). Este fenômeno
extracelulares dos isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 foram
estáveis em diferentes valores de pH por uma hora. As quitinases dos isolados IBCB
360 e IBCB 384 foram estáveis em pH 6,0. O mesmo comportamento foi observado
quitinase do isolado IBCB 167 manteve 60% de atividade em pH 5,5, assim como
observado por Sassa et al. (2008) para a quitinase de Beauveria bassiana também foi
pH 7,0. De forma geral, a quitinase do isolado IBCB 425, foi a que se manteve mais
ativa nos pH testados. A quitinase produzida por T. lanuginosus SY2 manteve sua
atividade em uma ampla faixa de pH (3,0 a 9,0) (GUO RUN – FANG et al., 2008),
em uma ampla faixa de pH, podem aumentar seu potencial de infecção, visto que os
seu hospedeiro, como, por exemplo, nas ordens Orthoptera e Dictyoptera e algumas
134
Discussão
famílias de Coleoptera que possuem a porção anterior do intestino médio ácida e a
intestino tende a ser ácido. Porém, o conteúdo intestinal é alcalino para a ordem
diferentes, fazendo com que este fungo utilize sua capacidade de regular o pH do
meio ou ambiental. Ele realiza esta regulação, produzindo amônia para alcalinizar o
codifcam quitinases e proteases que são fatores de virulência importantes para este
fungo (St. Leger et al., 1998). Vários fungos filamentosos, incluindo M. anisopliae
Com relação a ativação ou inibição das enzimas sabe-se que historicamente que os
da água por várias ordens de grandeza devido a presença de íons. Para as enzimas
135
Discussão
cinéticas, além de alterar a sua estrutura terciária tornando - a mais ativa ou inativa.
ativadas.
A ativação máxima encontrada para as quitinases dos isolados IBCB 167 e IBCB
425 foi na presença de 1mM do sal BaCl2 e MnCl2, respectivamente. Entretanto, não
foi encontrada uma ativação significativa para as quitinases dos isolados IBCB 360 e
IBCB 384, frente aos sais testados. Deve-se destacar que as quitinases dos isolados de
forma geral, não foram inibidas fortemente por β- mercaptoetanol. Todavia ocorreu
enzimática na presença de Mn2+, como observado por nós. Ainda Sakai et al. (1998)
trabalho de Lee et al. (2007) para a quitinase de Bacillus sp. Lee et al. (2007)
relataram os íons Ba2+ e Co2+ como ativadores da quitinase. Diferindo dos autores
acima, Kim et al. (2003) observaram ativação enzimática da quitinase produzida por
A inibição da atividade quitinásica por Zn2+, Cu2+, Hg2+ foi relatada para a enzima
de Bacillus sp. (LEE et al., 2007). Ueno et al. (1990), Sakai et al. (1998), Kim et al.
136
Discussão
(2003) e Adrangi et al. (2010) também relataram a inibição da quitinase por Hg2+.
por Hg2+ sugere a presença de grupos thiol no sítio catalítico os quais são importantes
para a atividade das enzimas, como citado no trabalho de Guimarães et al. (2009) e no
quitinase do isolado IBCB 360 foi a que apresentou maior afinidade pelo o substrato
137
Discussão
cinéticos da quitinase extracelular de M. anisopliae, cujo Km e Vmáx foram de 0,537
enzima do isolado IBCB 360. A quitinase produzida por Tenebrio molitor (TmChi)
apresentou baixa atividade para o substrato quitina coloidal e alta espificidade pelo
liberado após degradação da quitina e muitas enzimas podem ser inibidas pelos
quitina coloidal como substrato, como foi apresentado por Guo et al. (2004 e 2008)
foram 2,9 mM e 9,56 mg mL-1. Kopparapu et al. (2012) descreveram uma quitinase
pelo substrato obtidos neste trabalho e confrontado com os resultados de afinidade por
384 e IBCB 425 sobre larvas de G. mellonella, que é um inseto modelo para estudos
138
Discussão
425 foram escolhidos porque foram os que provocaram as maiores porcentagens de
cutícula do inseto (FANG et al., 2005 ; SHAH et al., 2005). Dentro deste contexto, o
isolado IBCB 425 de M. anisopliae provocou alta mortalidade (100%), com TMS
encontrado por Zappelini (2009), onde ele utilizou aplição tópica dos isolados IBCB
mais patogênico e virulento. No entanto, é evidente que o isolado IBCB 425 não foi
384 não foi observado tal dificuldade, pois o TMS encontrado no trabalho de
Zappelini (2009) é muito próximo do valor encontrado por nós. A mortalidade das
larvas por micose, verificando-se a extrusão dos isolados, foi observada. Assim,
concluímos que a mortalidade das larvas realmente foi provocada pelos isolados e que
isolados IBCB 384 e IBCB 425 sobre M. fimbriolata. Tal dificuldade foi observada
139
Discussão
Após verificar o desempenho dos isolados na fase de pré-infecção, a técnica de
produzidos pelos isolados IBCB 384 e IBCB 425, diretamente na hemocele foi
avaliada. Assim, os isolados não foram expostos a primeira barreira contra a infecção,
infecção propriamente dita. Esta técnica também foi utilizada nos trabalhos de Ortiz-
Urquiza et al. (2010a, 2010b), Wang et al. (2007) e Fan et al. (2012). Quando
injetados conídios dos isolados IBCB 384 e IBCB 425 em larvas de G. mellonella, o
devastadora de uma praga sobre uma plantação. Baseado neste quadro, o isolado
IBCB 425 pode ser considerado mais virulento que o IBCB 384.
estão expostos. Esta influência é importante porque pode alterar o seu potencial de
verificar o crescimento destes isolados in vitro e in vivo, para que se possa investigar e
realizada no trabalho de Ortiz-Urquiza et al. (2010a) e Funguet & Vey (2004) para B.
bassiana.
revelou que o SORO-384 foi o mais tóxico por provocar a maior mortalidade,
enquanto o isolado IBCB 384 foi o mais virulento por apresentar o menor TMS,
140
Discussão
quando comparado com o isolado IBCB 425. Após injeção do soro infectado em
trabalho foi semelhante aos tipos de melanização descritos por Fuguet & Vey (2004),
quando larvas de G. mellonela foram infectadas com conídios injetados. Estas larvas
superfície cuticular (FUGUET & VEY, 2004). Observando a hemolinfa das larvas
infectadas pelos isolados IBCB 384 e IBCB 425 foi detectada a presença de corpos
trabalho são semelhantes aos observados no trabalho de Zhang & Xia (2009)
utilizando M. anisopliae.
vitro, utilizando o extrato bruto, a fração dialisa e a fração não dialisada dos isolados
IBCB 384 e IBCB 425 sobre G. mellonella utilizando a microinjeção. O extrato bruto
do IBCB 384 provocou alta mortalidade, sendo e o mesmo mais tóxico que o extrato
bruto do isolado IBCB 425, mostrando que estes isolados de M. anisopliae possuem
Outro efeito observado foi a paralisia das larvas logo após ser injetado o
extrato bruto do isolado IBCB 425. Este efeito de paralisia também foi observado por
141
Discussão
Romero (2012) e Fuguet & Vey (2004) para isolados de B. bassiana sobre larvas de
responsável por esta toxicidade, submetemos estes extratos a uma diálise, cujo os
resultados foram duas frações que receberam o nome de dialisado e não dialisado.
menores que 3,5 kDa. As frações dialisadas de cada isolado foram injetadas em larvas
tóxica. As frações não dialisadas apresentam moléculas maiores que 3,5 kDa de baixa
isolados IBCB 384 e IBCB 425 de M. anisopliae é evidente que a fração dialisada é a
mais tóxica, sendo coerente com os trabalhos de Wang et al. (2004) e Soledade et al.
que são hexadepsipeptídeos cíclicos, composto por ácido α-hidroxi e cinco resíduos
biológicas como inseticida e fitotóxica, além de causar paralisia tetânica nas larvas,
são eficientes na fase de infecção, sendo evidente que o isolado IBCB 425 possui uma
142
Discussão
trabalho de Kershaw et al. (1999), com isolados de M. anisopliae, também foram
neste trabalho.
seja, IBCB 384 e IBCB 425 segundo Zappelini (2009) e Loureiro et al. (2005), as
infecção do fungo sobre o inseto. O isolado IBCB 384 pode ser considerado o mais
altamente tóxica, cuja massa molecular é igual ou menor que 3,5 kDa, que
isolado que apresenta o conídio de maior comprimento e a hifa mais larga. Estas
onde o IBCB 384 utiliza estratégia tóxica e o IBCB 425 utiliza estratégia de
crescimento.
143
Conclusão
6. CONCLUSÃO
IBCB 384. O tempo para obtenção dos maiores níveis enzimáticos variou de 72 h a
indutor (crisálida), com destaque para o isolado IBCB 425. A maioria das proteínas
presentes nos secretomas dos isolados IBCB 167 e IBCB 384, foram identificadas,
sendo apenas 28% comuns entre os isolados. Entre elas está a enzima endo-N-
produzidas pelos isolados variou de 50ºC a 60ºC e o pH ótimo de 4,0 a 5,5. Todas
as quitinases são estáveis a 30ºC e 40ºC, sendo a quitinase do IBCB 425 a mais
estável. A quitinase do isolado IBCB 384 é mais estável frente aos pH testados. A
ativação máxima para as quitinases dos isolados IBCB 167 e IBCB 425, é na
isolados IBCB 360 e IBCB 384 não são ativadas. As quitinases estudadas são
144
Conclusão
tolerantes ao β- mercaptoetanol e inibidas por CuSO4, ZnSO4, Zn(No3)2, HgCl2 e
produzida pelos isolados IBCB 167, IBCB 360, IBCB 384 e IBCB 425 do fungo
virulência devem ser estudadas caso a caso, pois muitos fatores interferem no
hospedeiros.
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Anexo
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doi:10.4236/aim.2012.23032 Published Online September 2012 (http://www.SciRP.org/journal/aim)
Received April 20, 2012; revised May 30, 2012; accepted June 7, 2012
ABSTRACT
Entomopathogenic fungi, such as Metarhizium anisopliae, are able to control various insect pests. These fungi attack
the integument of the host using an enzymatic complex. Among the enzymes found in this complex, chitinase is an im-
portant component. However, the relation between the chitinase production and the virulence from different M. ani-
sopliae strains has not been analyzed. In this manuscript it is presented the chitinase production by four M. anisopliae
strains with different potential of virulence in Solid-State Fermentation using silkworm chrysalis as substrate. The
higher chitinase level was obtained with the strain IBCB 360 (7.14 U/g of substrate) with potential virulence of 68% on
Diatrea saccharalis. The enzyme production was optimized for all strains using a factorial planning (CCRD) consider-
ing the cultivation time and medium humidity as independent variables. The maximal production of chitinase was ob-
tained at a range from 8 to 12-days old cultures and from 45% to 62% of moisture according to the surface response
plot, with high R2 value. The enzyme production by the strain IBCB 167 was increased two-folds under optimized con-
ditions, while for the strains IBCB 360 and 425 the chitinase production was increased four-folds and nine-folds for the
strain IBCB 384.
1. Introduction [2]. Some studies have discussed the relation between the
production of enzymes with pathogenicity and virulence
The entomopathogenic fungi are pathogens with a broad-
[3-5]. The entomopathogenic fungus Metarhizium aniso-
spectrum of action which are able to attack insects that
pliae is a deuteromycete from Monoliaceae family
live in different ecological niches in different stages of
widely distributed in the nature that can be easily found
development. Most of these species are specialized in
in the soil. This fungus has been studied due to its ability
penetrating the tegument [1]. The interaction between
to control insect pests [1,6,7]. Zappelini (2009) [8] analyz-
pathogen and host is influenced by different factors such
ed different strains of the entomopathogenic fungi Beau-
as enzymes production, environment temperature and
veria bassiana and M. anisopliae to verify their potential
humidity, light and ultraviolet radiation, as well as by
of infection and mortality on Diatrea saccharalis and it
nutritional conditions and host susceptibility. Thus, the
was observed that the virulence from each one of the 27
complete cycle of infection involves the sequential stages
M. anisopliae strains analyzed was variable. The strain
of adhesion, germination, appressorium formation, for-
IBCB 167, for example, was able to kill around 55% of
mation of staple penetration, penetration, colonization
D. saccharalis while the strains IBCB 360, IBCB384 and
and reproduction of the pathogen in the insect [1]. En-
IBCB 425 showed a mortality power of 68% - 90%.
zymes play an important role during the penetration of
These different values can be attributed to the enzymatic
the fungus in the host, especially during adhesion and
complex associated to the virulence, including chitinase.
germination which occurs at the germ tube formation,
Chitinases (EC 3.2.1.14) are enzymes widely spread in
releasing enzymes that degrade the cuticle of the insect
nature that can be found in a great diversity of organisms,
as, for example, proteases and chitinases, among others
with special attention to the filamentous fungi. Chitinase
*
Corresponding author. catalyzes the hydrolysis of chitin, an insoluble linear
tica 8.0 (Stat Soft). Values lower than the p values fixed (1.3:1 m/V). The solution of yeast extract has soluble
were considered statistically significant. The Pareto proteins, amino acids, biotin and it is rich in B complex
charts and surface response graphs were obtained using vitamins [15]. Amino acids are absorbed and utilized in
the same software. The equations that describe de model cellular metabolism, while the vitamins are important as
for the influence of each independent variable on the growth promoter and as co-enzymes [16]. These com-
enzymatic production were obtained using the same pounds present in the yeast extract solution as well as the
software and validated by the experimental results using composition of Khanna salt solution are able to supply
the best conditions of cultivation time (9 days-old cul- some nutritional necessity that can not be efficiently sup-
tures) and humidity (48%). plied by the other solutions analyzed. In addition, the
enzymatic production by IBCB 167 strain in the best
3. Results and Discussion condition was higher than that observed for the other
3.1. Influence of Salt Solution on the Enzyme strains also in the best conditions, regarding 5.3-folds
Production in SSF higher if compared to the IBCB 384 strain.
The availability of the nutrients and salts is an important 3.2. Optimization of Enzyme Production by
factor to the growth of microorganisms and, conse- CCRD
quently to the enzyme production. In Table 2, the influ-
ence of different salt solutions (tap water, yeast extract The experimental design is an important tool to analyze
solution, SR and Khanna salt solutions) on chitinase the enzyme production under different culture conditions,
production under SSF by M. anisopliae strains can be such as SSF, allowing to study the interaction of the in-
observed. Higher levels of chitinase were obtained when dependent variables. Bhanu et al. (2008) [17] used the
the substrate silkworm chrysalis was moistened with factorial design to evaluate the effect of pH, yeast extract
yeast extract (1%) at the ratio 1.3:1 (m/V) for the strains and mixtures of carbon sources on the production of co-
IBCB 167, 360 and 425, differing than that observed for nidia by M. anisopliae. Patel et al. (2007) [18] used a
the strain IBCB 384 with best enzyme production when Plackett-Burman with eight independent variables for
the substrate was moistened with Khanna salt solution chitinase production by Paenibacillus sabina JD2. The
influence of other parameters can also be evaluated as for
Table 1. Encoded and real values for both independent example the cultivation period and the humidity in SSF.
variables time of growth and medium humidity used for These parameters are determinant for fungal develop-
factorial design (CCRD) to evaluate the chitinase produc- ment and, consequently, for the enzyme production.
tion by four strains of M. anisopliae under SSF using silk- There is an optimal range of water activity for microbial
worm chrysalis as substrate.
growth that should be analyzed for each species. Ac-
Encoded values –1.41 –1.0 0 +1.0 +1.41 cording to Table 3, the influence of the independent
variables growth’ time and medium humidity on chiti-
Time of growth (days) 4 5 9 12 13
nase production by all four strains of M. anisopliae was
values
Real
what allows the obtainment of the response surface plot chart (Figure 3(a)) shows that the linear variable time of
(Figure 2(b)) and the equation that describes the model growth has a positive effect on the production of chiti-
(Equation 1), where Z is the enzyme activity (U/g of nase, but a very long time has a negative effect as
substrate), x is the variable time of growth and y is the showed by the quadratic interaction. In addition, the lin-
variable humidity. ear variable moisture shows that the addition of tap water
is favorable for chitinase production, but the excess of
Z 5.36 1.63x 1.34x 2 1.09y 1.88y 2 (1)
water becomes unfavorable. The interaction between
2
Considering the strain IBCB 360, the R value was both variables had a negative effect. The F-value calcu-
0.89 with p-value fixed at 0.1, and all variables (linear lated was four-times higher than the F-value tabulated,
and quadratic mode) as well as the interaction between allowing the obtainment of the response surface plot
them were significant (Table 5). The respective Pareto (Figure 3(b)) and the equation that describes the model
Table 3. Total extracellular chitinase activity produced by isolates 360, 384 and 425 M. anisopliae cultured in SSF through the
CCRD.
Treatments Time growth X Humidity Y Time growth Humidity % 167 360 384 425
(1)grow th(L)
humidity(Q)
grow th(Q)
(2)humidity(L)
1Lby2L
p= 0.1
Standardized effect estimate (absolute value)
(a) (b)
Figure 2. Pareto chart (a) and response surface plot (b) of the factorial design for the influence of the independent variable
time of growth and humidity on chitinase production by M. anisopliae IBCB 167 under SSF using silkworm chrysalis as sub-
strate.
Table 4. Analysis of variance (ANOVA) for chitinase pro- Table 5. Analysis of variance (ANOVA) for chitinase pro-
duction isolated 167 M. anisopliae grown in SSF. duction isolated 360 M. anisopliae grown in SSF.
Source for Sum of Degrees of Mean F Source for Sum of Degrees of Mean F
Variation Square Freedom Square Calculated Variation Square Freedom Square Calculated
Regression 54.59 3.00 18.19 15.15 Regression 76.50 4.00 19.13 12.10
grow th(Q)
- 2.73
(2)humidity(L) 2.72
humidity(Q) - 2.50
1Lby2L -2.39
p= 0.1
Standardized ef f ect estimate (absolute v alue)
(a) (b)
Figure 3. Pareto chart (a) and response surface plot (b) of the factorial design for the influence of the independent variable
time of growth and humidity on chitinase production by M. anisopliae IBCB 360 under SSF using silkworm chrysalis as sub-
strate.
(Equation (2)), where Z is the enzyme activity (U/g of Z 4.25 0.78x 1.42x 2 0.39y 1.65y 2 0.12xy (3)
substrate), x is the variable growth time and y is the
variable humidity. According to Table 7, the R2 value was 0.93 for the
planning using the strain IBCB 425. The linear and
Z 6.79 1.98x 1.59x 2 1.33y 1.45y 2 1.64xy (2) quadratic effects for both independent variables were
The R2 value obtained for the strain IBCB 384 was statistically significant with p-value fixed at 0.05, but not
0.97, with p-value fixed at 0.1 (Table 6). The influence for the interaction effect (Figure 5(a)). The linear vari-
of all variables (linear and quadratic mode) was signifi- able time of growth had a positive effect on the produc-
cant. The same can not be observed for the interaction tion of chitinase, but long period has a negative effect as
between both variables. According to the Pareto chart shown by the quadratic effect. The analysis of the effect
(Figure 4(a)), the increase of the linear variable time of of the moisture showed that the addition of tap water was
growth has a positive effect on the chitinase production, favorable for chitinase production, but at high humidity
but a very long period lead to a negative effect. The lin- environment the enzymatic production is reduced (Fig-
ear variable humidity showed that the addition of tap ure 5(a)). The F-value calculated was 9 times higher
water is favorable for the enzyme production, but when than the F-tabulated allowing the obtainment of the re-
the humidity is excessive the production decreases. The sponse surface plot (Figure 4(b)) and of the adjusted
F-value calculated was 47.55 if compared to the F-value equation that describes the model (Equation (4)), where
tabulated of 3.62, what allows the obtainment of the re- Z is the enzyme activity (U/g of substrate), x is the vari-
sponse surface graph (Figure 4(b)) and the equation that able growth time and y is the variable humidity.
describes the model (Equation (3)), where Z is the en- Z 6.07 0.96x 1.40x 2 1.62y 1.95y 2 (4)
zyme activity (U/g of substrate), x is the variable growth
time and y is the variable humidity. The higher level of extracellular chitinase was ob-
Table 6. Analysis of variance (ANOVA) for chitinase pro- Table 7. Analysis of variance (ANOVA) for chitinase pro-
duction isolated 384 M. anisopliae grown in SSF. duction isolated 425 M. anisopliae grown in SSF.
Source for Sum of Degrees of Mean F Source for Sum of Degrees of Mean F
Variation Square Freedom Square Calculated Variation Square Freedom Square Calculated
Regression 26.76 3.00 8.92 47.55 Regression 53.77 3.00 17.92 29.34
Regression coefficient: R2 = 0.97; Ftab 0.90,3;5 = 3.62. Regression coefficient: R2 = 0.93; Ftab 0.95,3;7 = 3.07.
humidity(Q)
-9.00 humidity(Q) 4.07
(1)growth(L)
5.01 growth(Q) -3.63
(2)humidity(L)
2.54 (1)growth(L) 2.96
p= 0.1 p= 0.05
Standardized effect estimate (absolute value) Standardized effect estimate (absolute value)
(a) (a)
(b)
Figure 4. Pareto chart (a) and response surface plot (b) of (b)
the factorial design for the influence of the independent Figure 5. Pareto chart (a) and response surface plot (b) of
variable time of growth and humidity on chitinase produc- the factorial design for the influence of the independent
tion by M. anisopliae IBCB 384 under SSF using silkworm variable time of growth and humidity on chitinase produc-
chrysalis as substrate. tion by M. anisopliae IBCB 425 under SSF using silkworm
chrysalis as substrate.
tained with the strain IBCB 360 (7.23 U/g of substrate)
with moisture ratio from 45% to 62% and incubation peri- - 65% of water under SSF using shrimp shellfish as sub-
ods of 8 to 12-days using silkworm chrysalis as substrate strate [19]. The optimization process of chitinase produc-
according to the analysis of the surface response plot. tion using CCRD allowed an increase in chitinase pro-
This same ratio for both variables was also observed for duction by all isolates if compared to the production
the other strains analyzed. Similarly, the chitinase pro- showed in Table 3. The enzyme production by the strain
duction by Aspergillus sp. S1-13 was increased with 58% IBCB 167 was increased two-times under optimized
conditions, while for the strains IBCB 360 and 425 the ruvianus was demonstrated by Boldo et al. (2009) [5].
chitinase production was increased four-times and nine- Mustafa & Kaur (2009) [28] also evaluated the produc-
times for the strain IBCB 384. Despite the good enzyme tion of extracellular enzymes from 12 strains of M. ani-
production with high humidity, M. anisopliae strains sopliae, observing a wide variation in the production of
were able to produce chitinases in dried conditions as extracellular enzymes. The extracellular lipase produced
well. This flexibility demonstrated by all strains is an by M. anisopliae also participates in the process of infec-
important factor that should be considered, since the tion [29]. The cultivation of M. anisopliae under FSbm
presence of water in the environment is unstable. Chiti- using cuticles of Dysdercus peruvianus, Boophilus mi-
nase production by the strain IBCB 360 under optimized croplus and Anticarsia gemmatalis as carbon sources
conditions was two times higher than that observed for showed differences in the secretion of total proteins,
the production by Trichoderma harzianum (3.14 U/g of chitinases and proteases [4]. These differences in the
substrate) under SSF using a mixture of chitin and wheat enzymes secretion are important as virulence factor di-
bran as substrate [20]. In addition, this is the first report rectly related with the potential of the fungus M. ani-
that shows the possibility to use chrysalis, a biological sopliae to recognize the structure of the cuticle of their
residue of the textile industry that is discarded into the host and to secrete the correct enzymatic pool. According
environment, as substrate for chitinase production by to Freimoser et al. (2003) [30], M. anisopliae can encode
different strains of M. anisopliae under SSF. different chitinase isoforms and other proteins as func-
All equations obtained were validated performing ex- tion of the material used as substrate.
periments using 9 day-old cultures and humidity adjusted The four M. anisopliae strains (IBCB 167, 360, 384
for 48%. Under these conditions the enzymatic activity and 425) studied have been recognized according to their
values experimentally obtained were 5.20, 7.07, 4.60 and potential to control the pest Diatraea saccharalis pro-
6.08 U/ g of substrate for the strains IBCB 167, 360, 384 moting the death of 55%, 68%, 90% and 82%, respect-
and 425, respectively, which are in agreement with the tively, of the insect [8]. However, the chitinase produc-
values obtained using the equations (Equation (1)-(4)) of tion by these strains had not been analyzed until this
5.36, 6.80, 4.25 and 6.07 U/g of substrate, respectively. moment. The chitinases produced by these strains can be
There are many works which demonstrate that the en- considered an important virulence factor. We found that
zymatic production using SSF is higher than those ob- the best producer of chitinase is the strain IBCB 360,
tained using Submerged Fermentation. The conditions what is not coincident with the best percentage of control
observed in SSF is much closer to the conditions found found to D. saccharalis. The strain IBCB 425 was the
in nature by the fungus. The chitinase production in both second best chitinase producer and was able to control
fermentation conditions has been reported for M. ani- 90% of the pest D. saccharalis. The strain IBCB 167 was
sopliae [17,21]. Usually, the conditions of the SSF are the third chitinase producer and did not show a good
simple and the substrate used has the necessary nutrients percentage of D. saccharalis control. Interestingly, the
for the growth of microorganism. The destination of the strain IBCB 384 was the lowest chitinase producer, but it
biological residues is a preoccupation around the world. was able to control 82% of the pest D. saccharalis. This
These residues, such as chrysalis can be used as alterna- is the first work that relates the production of extracellu-
tive substrates to produce enzymes, adding aggregate lar chitinase from these strains to understand the poten-
value to this organic residue and minimizing the negative tial capacity to control pests. It is important to highlight
impact in the environment. On the other hand, the use of that the potential of virulence of an entomopathogenic
low cost substrates has a significant advantage under fungus depends on different factors and not only of the
economic view, reducing the production costs in the in- chitinase production, what justifies the differences be-
dustry. Many works showing chitinase production have tween the chitinase production by each strain and its ca-
used colloidal chitin or crab and shrimp shell powder pacity to control D. saccharalis. These strains are able to
[22-25] as the main substrate/carbon source. Chitinase produce other virulence factors that were not quantified
production using arthropods cuticle was also demon- in this study. In addition, the use of chrysalis as substrate
strated by Da Silva et al. (2005) [4]. must induce the expression of other genes differently
Chitinase, among other enzymes, from entomophato- from that observed for the control of D. saccharalis.
genic fungi is related to pathogenicity and virulence. Differences in gene expression of M. anisopliae grown
Virulence is defined as the capacity degree that the mi- on cuticle or hemolymph from its host have been ob-
croorganisms have to cause disease [26]. The virulence served [31]. The results obtained are interesting and in-
of fungal strains over different arthropods is variable and dicate that chitinases produced by the strains IBCB 167,
it is related to the production of enzymes and other viru- 360, 384 and 425 of the fungus M. anisopliae on chrysa-
lence factors [27]. The production of endochitinase CH2 lis can have different degrees of participation in the in-
by M. anisopliae as a virulence factor on Dysdercuspe- fection process.
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