Filosofia 11 Teste
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Conhecimento
Apreende
Tipos de Conhecimento
Gnoseologia= área da filosofia que estuda o conhecimento.
1º tipo de conhecimento
2º tipo de conhecimento
Definição de Conhecimento
Definição tradicional de conhecimento recai sobre o conhecimento de verdades (proposicional),
elaborado por Sócrates e transmitida por Platão.
“O conhecimento é uma crença verdadeira e justificada. “
A crença é uma condição necessária ao conhecimento, pois não há conhecimento sem acreditar,
porém, não é suficiente, pois é necessário que não só se acredite em algo, como também que isso
seja verdadeiro.
Crença
Falsa Verdadeira
Justificada
A verdade e a justificação são também
condições necessárias para o
conhecimento, todas estas condições
Conhecimento
(crença, verdade e justificação) são
necessárias e conjuntamente suficientes.
Diferentes formas de justificação do conhecimento.
Justificação a priori:
- A justificação a priori envolve o raciocínio e a fundamentação do conhecimento sem depender
da experiência. Podemos chegar a uma crença verdadeira por meio da razão, sem a necessidade de
observações ou experiências.
É quando sabemos algo ao usar a nossa cabeça e raciocínio, sem precisar ver, tocar ou sentir. Por
exemplo, sabemos que 2 + 2 é igual a 4 porque faz sentido logicamente.
Justificação a posteriori:
- A justificação a posteriori, por outro lado, depende da experiência para fundamentar o
conhecimento. Isso significa que adquirimos conhecimento com base em observações e
experimentos.
É quando sabemos algo porque vimos, tocámos ou experimentámos isso. Por exemplo, sabemos que
a água ferve a 100 graus Celsius porque já vimos alguém a fazer isso.
Exemplos:
Caso de Gettier #1: O João recebe um e-mail do seu professor com a nota final de um exame.
O e-mail é autêntico e diz que o João tirou 95 na prova, logo o João acredita que ele obteve 95.
Mais tarde, descobre-se que o e-mail foi enviado por engano para o João, e sua nota real era 85.
O João tinha uma crença verdadeira (95), mas a justificação estava incorreta devido a um erro
no e-mail.
Caso de Gettier #2: A Maria, que olha para o relógio na parede da sua sala de aula.
O relógio está a funcionar perfeitamente, e Maria lê o horário como 14:00. Ela tem uma crença
verdadeira de que são 14:00 horas.
Desconhecido para a Maria, que o relógio parou exatamente às 2:00 da manhã e não está mais a
funcionar. O que ela viu no relógio foi apenas uma coincidência. Portanto, embora a sua crença
seja verdadeira, não é conhecimento porque a justificação é baseada em uma coincidência.
Contraexemplo de Gettier
Se podemos ter crenças verdadeiras justificadas acidentalmente então essas crenças não
equivalem a conhecimento. Sendo assim segundo Gettier a definição tradicional de conhecimento
não é correta visto que não temos todas as condições necessárias.
Bertrand Russell fez várias contribuições à filosofia, incluindo críticas e objeções ao conceito de
conhecimento. Uma de suas objeções mais conhecidas está relacionada à teoria do conhecimento
chamada "teoria do conhecimento empírico" ou "empirismo".
Problema da Indução: A ideia de que todo o nosso conhecimento parte da observação pode ser
problemática. Isto ocorre porque, se tirarmos conclusões a partir do que vemos, isso pode não ser
100% seguro, pois sempre haverá a possibilidade de vermos algo diferente no futuro que
contradiz o que pensamos saber.
Problema das Experiências Privadas: Ele também levantou a questão de que o que vemos e
experimentamos pode ser diferente para cada pessoa. Isso significa que pode ser difícil ter um
conhecimento que todos concordem, porque as nossas experiências individuais podem variar.
Problema da Indefinição: Russell questiona se podemos realmente definir claramente o que é uma
"experiência" ou uma "observação". Se não pudermos fazer isso, pode ser complicado confiar apenas
na observação como a única fonte de conhecimento confiável.
O problema da indefinição de Russell enfatiza a necessidade de definir claramente os termos e
conceitos usados na filosofia e na linguagem para evitar confusão e imprecisão.
Ceticismo
O ceticismo radical ou absoluto que se distingue do ceticismo moderado é uma corrente filosófica
que nega a possibilidade de conhecimento. Isto significa que mesmo que algumas das nossas
crenças sejam verdadeiras, não temos justificações suficientes para mostrar essa verdade, logo
não temos maneira de saber se são verdadeiras ou falsas.
Pirro de Élis
O ceticismo radical é contraditório porque ao mesmo tempo que afirma que o conhecimento é
impossível, faz prova de que o conhecimento é possível ao afirmar categoricamente que é
impossível existir conhecimento.
O filósofo Sexto Empírico apresentou-nos argumentos que nos conduzem á duvida e que levam os
céticos à suspensão de juízo, isto é um estado de espírito que consiste em abster-se de julgar, ou
seja nem afirmar nem negar. Este estado conduz o sábio à ataraxia ou ausência de perturbação.
Neste caso como uma vez que a proposição em que se acredita é inferida de
outra dizemos que a justificação é inferencial.
Crenças
Os racionalistas não negam o conhecimento a posteriori, esse conhecimento existe, mas é na razão
que se encontra o fundamento.
Empirismo
Descartes foi um filósofo racionalista que respondeu ao desafio dos céticos, ele considerava a
razão a fonte do conhecimento.
Procurou na razão o fundamento do conhecimento, encontrando esse fundamento será
possível superar os argumentos dos céticos (não existe conhecimento).
Método
O método- cujas regras são designadas por evidencia, análise, síntese e enumeração e revisão,
deverá guiar o espírito humano no exercício de duas operações fundamentais da razão, operações
que se encontram na base do conhecimento, que nos permite conhecer as coisas sem medo de errar,
a dedução e a intuição.
Da dúvida ao cogito
Verdade incontestável- a afirmação da minha existência
O cogito é uma afirmação evidente, uma certeza inabalável, obtida por intuição, de modo
inteiramente racional e a priori, sendo a primeira verdade a quem conduz os pensamentos por
ordem.
O cogito fornece assim o critério de verdade, que consiste na clareza e distinção de ideias.
Todas as crenças que sejam claras e distintas são verdadeiras.
Ideias claras e distintas são ideias evidentes para a razão.
O cogito impõe uma exceção a universalidade da dúvida, há pelo menos uma realidade da qual
não posso duvidar, a minha existência.
Características do cogito