Bioquímica
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Índice
1. Introdução .............................................................................................................................. 3
2.2. Fontes naturais ricas em antioxidantes e seu potencial na promoção da saúde .................. 4
3. Conclusão............................................................................................................................. 12
1. Introdução
O presente trabalho aborda sobre o papel dos antioxidantes na saúde humana: mecanismos
bioquímicos e aplicações terapêuticas. Os antioxidantes são substâncias que protegem as
células e o material genético da oxidação, processo que ocorre naturalmente no organismo
devido à produção de radicais livres, podendo ser agravado por excesso de medicamentos,
alimentação inadequada, tabagismo, alto consumo de bebidas alcóolicas e exposição solar. Os
flavonoides, apesar de ainda não serem completamente conhecidos, apresentam um importante
potencial terapêutico e diferentes atividades biológicas, como atividade antimicrobiana,
antifúngica, antiviral, antibacteriana, antiparasitária, atividade imunomoduladora, anti-
inflamatória e antioxidante (intimamente ligada a estrutura dos flavonoides e ao número de
substituintes hidroxilas (radicais fenólicos).
1.1. Objectivos
Geral:
Conhecer o papel dos antioxidantes na saúde humana: mecanismos bioquímicos e
aplicações terapêuticas.
Específicos:
Investigar e compreender os mecanismos bioquímicos envolvidos na acção dos
antioxidantes;
Identificar fontes naturais ricas em antioxidantes e seu potencial na promoção da saúde;
Descrever a relação entre o consumo de antioxidantes e a prevenção de doenças
crónicas;
Descrever os métodos analíticos disponíveis para avaliação da capacidade antioxidante
de compostos e alimentos;
Propor perspectivas futuras e possíveis aplicações terapêuticas dos antioxidantes na
medicina e na indústria de alimentos e cosméticos.
1.2. Metodologia
Para o presente trabalho, foram usados elementos constituintes do processo metodológico que
de certa maneira contribuíram para realização do mesmo, tais consulta bibliográfica que
envolve a leitura e análise de informação adquirida ma internet.
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Algumas ervas aromáticas, especiarias, chás, cafés e cacau também fornecem boas quantidades
dessas substâncias. Ao desempenharem suas funções, esses compostos auxiliam no
fortalecimento do sistema imunológico e na prevenção de doenças como artrite reumatóide,
alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares e neurodegenerativas, como o Mal de
Alzheimer, por exemplo. (Silva C. R.; et al. 2010,p.76).
Garantir o consumo desses nutrientes de forma natural, por meio da alimentação, é sempre o
mais recomendado. Vale ressaltar, que outros hábitos saudáveis também devem ser adquiridos,
como a redução do estresse, o controle do tabagismo, a diminuição do consumo de bebidas
alcóolicas, a melhora na qualidade do sono e a maior proteção à exposição solar e a poluentes.
Frutas e derivados
Bebidas
Plantas e temperos
Muitos dos princípios ativos em plantas medicinais são compostos fenólicos. Existe um grande
número de trabalhos na literatura que descrevem a atividade antioxidante de ervas, plantas
medicinais e temperos.
Sementes
Fontes residuais
As doenças crônicas não transmissíveis podem ser agravadas pelo estresse oxidativo, que é um
desequilíbrio entre as espécies reativas de oxigênio e a capacidade de ação dos antioxidantes.
Para reduzir os danos do estresse oxidativo, os antioxidantes atuam como moléculas suicidas,
neutralizando o radical livre. Os antioxidantes são substâncias que protegem as células e o
material genético da oxidação, processo que ocorre naturalmente no organismo devido à
produção de radicais livres, podendo ser agravado por excesso de medicamentos, alimentação
inadequada, tabagismo, alto consumo de bebidas alcóolicas e exposição solar. (Bianchi, M.L.P.
& Antunes, L.M.G. 1999,p.87).
Esses agentes que protegem as células contra os efeitos dos radicais livres podem ser
classificados em antioxidantes enzimáticos ou não-enzimáticos. (Sies, 1993,p.87).
Mecanismos de proteção
das proteínas, a dupla ligação dos ácidos graxos poliinsaturados e as bases do DNA,
evitando a formação de lesões e perda da integridade celular. Os antioxidantes obtidos
da dieta, tais como as vitaminas C, E e A, os flavonóides e carotenóides são
extremamente importantes na intercepção dos radicais livres.
Outro mecanismo de proteção é o reparo das lesões causadas pelos radicais. Esse
processo está relacionado com a remoção de danos da molécula de DNA e a
reconstituição das membranas celulares danificadas.
O controle do nível das enzimas antioxidantes nas células é extremamente importante para a
sobrevivência no ambiente aeróbico (Barnett & King, 1995). Os organismos eucariotos
possuem enzimas antioxidantes como a superóxido dismutase, a catalase e a glutationa
peroxidase que reagem com os compostos oxidantes e protegem as células e os tecidos do
estresse oxidativo (Traber, 1997). Em adição aos efeitos protetores dos antioxidantes
endógenos, a inclusão de antioxidantes na dieta é de grande importância e o consumo de frutas
e vegetais está relacionado com a diminuição do risco do desenvolvimento de doenças
associadas ao acúmulo de radicais livres (Pompella, 1997).
A importância concernente ao desempenho dos antioxidantes in vivo depende dos fatores: tipos
de radicais livres formados; onde e como são gerados esses radicais; análise e métodos para a
identificação dos danos, e doses ideais para obter proteção.
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A vitamina C, por exemplo, atua na fase aquosa como um excelente antioxidante sobre os
radicais livres, mas não é capaz de agir nos compartimentos lipofílicos para inibir a peroxidação
dos lipídeos. Por outro lado, estudos in vitro mostraram que essa vitamina na presença de
metais de transição, tais como o ferro, pode atuar como uma molécula pró-oxidante e gerar os
radicais H2O2 e OH·. Geralmente, esses metais estão disponíveis em quantidades muito
limitadas e as propriedades antioxidantes dessa vitamina predominam in vivo (Odin, 1997).
Vitaminas antioxidantes
Flavonóides antioxidantes
Entre os antioxidantes presentes nos vegetais, os mais ativos e freqüentemente encontrados são
os compostos fenólicos, tais como os flavonóides. As propriedades benéficas desses compostos
podem ser atribuídas à sua capacidade de seqüestrar os radicais livres (Decker, 1997). Os
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compostos fenólicos mais estudados são: o ácido caféico, o ácido gálico e o ácido elágico.
Esses compostos de considerável importância na dieta podem inibir o processo de peroxidação
lipídica (Alves, C. Q. (2010,p.87).
O ácido elágico, encontrado principalmente na uva, morango e nozes, tem sido efetivo na
prevenção do desenvolvimento do câncer induzido pelas substâncias do cigarro (Alves, C. Q.
(2010,p.87).
Os compostos fenólicos podem inibir os processos da oxidação em certos sistemas, mas isso
não significa que eles possam proteger as células e os tecidos de todos os tipos de danos
oxidativos. Esses compostos podem apresentar atividade pró-oxidante em determinadas
condições (Alves, C. Q. 2010,p.87).
A quercetina está presente nas frutas e vegetais, e é o flavonóide mais abundante encontrado
no vinho tinto. Entretanto, esse antioxidante pode reagir com ferro e tornar-se um pró-oxidante.
Os flavonóides miricetina, quercetina e rutina foram mais efetivos do que a vitamina C na
inibição dos danos oxidativos induzidos pelo H2O2 no DNA de linfócitos humanos (Noroozi et
al., 1998).
Knekt et al. (1997) encontraram uma relação inversa entre o consumo de flavonóides na dieta
e o desenvolvimento de tumores em indivíduos na faixa etária de 50 anos e não-fumantes. Os
autores observaram que entre as muitas fontes de flavonóides da dieta, o consumo de maçãs
apresentou os melhores resultados na prevenção do desenvolvimento de tumores no pulmão.
Minerais Antioxidantes
Níveis reduzidos de selênio, um elemento traço essencial para os seres humanos e animais, nas
células e tecidos tem como conseqüência concentrações menores da enzima antioxidante
glutationa peroxidase, resultando em maior suscetibilidade das células e do organismo aos
danos oxidativos induzidos pelos radicais livres (Silva C. R.; et al. (2010,p.32). Há na literatura
evidências de que a deficiência de selênio é um fator importante de predisposição no
desenvolvimento de tumores. Os estudos epidemiológicos mostram a relação inversa entre os
níveis de selênio no plasma e a incidência de câncer. Dados epidemiológicos também
mostraram que o selênio pode interagir com as vitaminas A e E na prevenção do
desenvolvimento de tumores e na terapia da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS).
Entretanto, outros resultados mostraram que a suplementação com esse mineral "antioxidante"
pode aumentar os processos de carcinogênese, recomendando cautela na administração de
selênio para os seres humanos (Silva C. R.; et al. 2010,p.87).
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3. Conclusão
Concluindo o presente trabalho constata-se que a utilização de agentes antioxidantes pode
representar uma nova abordagem na inibição dos danos provocados pelo excesso de radicais
livres. Contudo, a aplicação farmacológica desses agentes pode interferir com os mecanismos
celulares, incluindo as alterações na atividade enzimática e na estrutura das membranas. Apesar
dos estudos epidemiológicos revelarem uma relação inversa entre o consumo de frutas e
vegetais e a incidência de tumores, várias investigações em fase de conclusão têm evidenciado
a ausência de benefícios, e até mesmo prejuízo na suplementação com vitaminas sobre o
desenvolvimento de diferentes tipos de tumores. Assim, o uso de vitaminas e outros
antioxidantes na prevenção e modulação das conseqüências patológicas dos radicais livres
precisa da definição de doses e de protocolo de tratamento, sendo necessários mais estudos
sobre o mecanismo de ação desses agentes antes da sua prescrição em larga escala.
É possível concluir que os flavonoides são compostos polifenólicos, e quanto maior o número
de hidroxilas, mais eficiente será a sua atividade antioxidante), o que lhes confere significativa
importância farmacológica. Além disso, sua atividade antioxidante é combinada com a sua
capacidade de modular funções de enzimas celulares essenciais do organismo, trabalhando
como potentes inibidores de diversas enzimas, como as xantinaoxidases (XO), ciclo-
oxigenases (COX), lipoxigenases (LOX), entre outras. A atividade antioxidante dos
flavonoides tem sido objeto de estudo nos últimos anos pois representa uma grande aposta para
o futuro desenvolvimento de fármacos e outras formas de tratamento para diversas doenças,
como doenças cardiovasculares, doenças genéticas, como câncer, e doenças degenerativas,
como o Alzheimer e a doença de Parkinson.
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4. Referência Bibliográfica
Alves, C. Q. (2010). Métodos para determinação de atividade antioxidante in vitro em
substratos orgânicos, Quim. Nova, 33(10), 2202-2210.
Batista, E. D. S., Costa, A. G. V., & Pinheiro-Sant'ana, H. M. (2007). Adição da vitamina E
aos alimentos: implicações para os alimentos e para a saúde humana. Revista de Nutrição,
20, 525-535.
Bianchi, M.L.P. & Antunes, L.M.G. (1999). Radicais livres e os principais antioxidantes da
dieta. Revista Nutrição, 12(2), 123-130.
Oliveira, A.C. D.; Valentim, I.B.; et al.(2009). Fontes vegetais naturais de antioxidantes. Rev.
Quím. Nova, v. 32 n. 3.