Toxicologia Resumão

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Toxicologia

Conceitos
• Toxicologia
Ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das
interações entre as substâncias ou produtos químicos
com o organismo, com finalidade de prevenir,
diagnosticar e tratar a intoxicação.
• Agente tóxico ou toxicante
− Substância química capaz de causar dano a um
sistema biológico (intoxicação)
− Altera seriamente uma função
− Há possibilidade de óbito
• Toxicante
− Quantitativo – relacionada a quantidade
− Qualitativo – relacionado a espécie
• Efeito nocivo
− Transtorno funcional ou incapacidade de responder
a uma segunda exposição
− Diminui a capacidade de manter a homeostasia
− Aumenta a susceptibilidade aos efeitos indesejáveis
de outros fatores ambientais
− Relação com via de introdução, duração e
frequência
• Veneno
Qualquer tipo de substância tóxica que possa produzir
qualquer tipo de enfermidade lesão ou alterar as
funções do organismo ao entrar em contato com um
ser vivo por reação química ou interação com as
moléculas do organismo.

− Natureza química no veneno


✓ Mineral (arsênico mercúrio)
✓ Vegetal (algumas plantas medicinais
✓ Artificial (solventes orgânicos, inibidores
enzimáticos)
✓ Animal (serpentes, peixes, salamandras, sapos,
escorpiões, abelhas)
• Toxina
São substâncias de origem biológica, produzidas por
organismos vivos como animais, bactérias, fungos,
algas capazes de causar alterações ao se ligarem a
células do organismo, gerando um quadro de
intoxicação, podendo levar a alterações como
respiratória, cianose, decréscimo de movimentos,
hemorragias e até morte.

» Exemplos: toxina botulínica (bactéria), iberiotoxina


(escorpião), tetrodotoxina (peixe)

» Bloquear VOC de Na causa grave intoxicação (morte)


Obs: prolongar a inativação de VOC de Na pode ser uma
estratégia terapêutica em quadros de epilepsia, por
aumentar o período refratário absoluto do PA
(independente da intensidade do estimulo um novo PA não
pode ser disparado, corrigindo a arritmia cerebral)
» Apamina (veneno de abelha) é uma toxina neurotóxica,
porém pode ser utilizada em casos de artrose
• Antídoto
− Agente capaz de antagonizar os efeitos tóxicos
de substâncias
• Droga
− Substância capaz de modificar o sistema
fisiológico ou estado patológico, utilizada com ou
sem intenção de benefício do organismo receptor
− Aceitação popular: fármacos, medicamentos,
matéria-prima de medicamentos, toxicantes
• Fármaco
− Substância com estrutura química definida, capaz
de modificar o sistema fisiológico ou estado
patológico, em benefício do organismo receptor
(Pode ser consideração um toxicante em
algumas situações)
• Xenobiótico
− Substância química estranha ao organismo
• Toxicidade
− Toxicidade corresponde a capacidade que o
composto tem de causar intoxicação devido a
sua estrutura química. Tem relação com a
capacidade que um composto tem de causar
intoxicação devido a reatividade da sua estrutura.
• Ação tóxica
− Envolve a toxicodinâmica, é a capacidade que a
substância tem de causar intoxicação devido ao
seu mecanismo de ação
• Intoxicação
− Manifestação dos efeitos tóxicos (nocivos)

Áreas de estudo da toxicologia


→ Toxicologia ambiental = exposição aos agentes
químicos contaminantes do ambiente
→ Toxicologia ocupacional = exposição aos agentes
químicos em decorrência do trabalho
→ Toxicologia de alimentos = O alimento como vetor de
agentes químicos e biológicos potencialmente
prejudiciais à saúde
→ Toxicologia de medicamentos e cosméticos = Ocupa-
se dos efeitos nocivos produzidos por medicamentos e
cosméticos, geralmente decorrentes do uso
inadequado ou de suscetibilidade individual
→ Toxicologia social = Uso de drogas e uso não médico
de fármacos
→ Toxicologia experimental = toxicidade e ação tóxica
→ Toxicologia analítica = diagnóstico químico do
toxicante
→ Toxicologia clínica = tratamento médico da intoxicação
(sinais e sintomas)
» Alguns antidepressivos apresentam toxicidade devido a
sua biotransformação e o metabólito obtido
Toxicologia analítica ou química
• Detecção do agente químico ou de algum outro
parâmetro relacionado a exposição ao toxicante
• Métodos precisos, exatos e de sensibilidade adequada
• Material fluido orgânico, alimento, água, ar, solo....
• Previnir ou diagnosticar as intoxicações
• Aspecto forense ou legal
• Monitoramento terapêutico
• Monitoramento biológico
• Controle antidopagem
• Diagnóstico laboratorial da intoxicação aguda ou
crônica
• Controle da fármaco-dependência
Toxicologia clínica ou médica
►Atendimento ao paciente exposto ao toxicante ou do
toxicado, para previnir ou diagnosticar a intoxicação e
aplicar uma terapêutica específica
Toxicologia experimental
►Desenvolve estudos para a elucidação dos mecanismo de
ação dos agentes tóxicos sobre o sistema biológico e para a
avaliação dos efeitos decorrentes apartir dessa ação
Diferentes animais
Ecotoxicologia: praguicidade e herbicidas
►Finalidades: diagnósticos, tratamento, prevenção
►Objeto: intoxicação
Toxicologia de medicamentos
►É comum ter relação com exacerbação do efeito
terapêutico.
Uso inadequado
Uso não médico
►Efeitos adversos relacionados com a ação farmacológica
principal do fármaco
● Antagonistas alfa 1 adrenérgicos – hipotensão postural
● Anticoagulantes – hemorragias
● Glicosídeos cardiotônicos – arritmias cardíacas
● Ansiolíticos – sedação
● Insulina – como hipoglicêmico
►Efeitos adversos NÃO relacionados com ação
farmacológica principal do fármaco
● Paracetamol – hepatotoxicidade
● Aspirina – zumbido no ouvido
● Aminoglicosídeos – ototoxicidade
● Predisposição in nata – primaquina (G6PD) – hemólise
aguda
● Teratogenicidade – talidomida
Aspectos
● Genética
● Regulatoria (Cosméticos)
● Veterinária
● Preditiva
● Forense
● Econômica
● Dopping
● Desenvolvimento
→ Risco e segurança
• Risco
Probabilidade de uma substância produzir dano sob
determinadas condições, ou seja, a probabilidade de
um evento nocivo ocorrer devido a exposição a um
agente químico e ou biológico
• Perigo
Capacidade da substância em causar um efeito
adverso
RISCO = PERIGO X EXPOSIÇÃO
Não existe ausência de risco!
Classe 1 = Fase vermelha – extramamente tóxica
Classe 11 = Faixa amarela – Altamente tóxico
Classe 1111 = Faixa azul – Mediamente tóxica
Classe 1111 = Faixa verde - Pouco tóxica
Classes estabelecidas devido a DL50 (dose letal capaz de
eliminar 50% da população), avalia intoxicação aguda ,
quanto menor a DL50 mais perigosa é a substância.
Dependendo de como está sendo manipulada a substância
tóxica
Estabelecer o risco aceitável o uso de agentes químicos,
pode não ser fácil
A relação risco benefício deve ser considerada, e altos
riscos.
- podem ser aceitáveis no uso das chamadas Life Saving
Drugs, ou seja, os fármacos essenciais a vida
- podem não ser aceitáveis no uso de aditivos de alimentos,
por exemplo
Deve ser feita uma avaliação antecipada do seu uso público
e considerações econômicas, a necessidade do uso da
substância e o comprometimento ambiental
→ Avaliação de risco

Identificação do perigo (qual o mecanismo de ação, a DL50)


Avaliação dose-resposta
Avaliação de exposição (dose externa, dose interna,
comprometimento do organismo)
Caracterização do risco (alto ou baixo)
Avaliação de toxicidade
Caracterização dos efeitos adversos resultantes da
exposição aos agentes químicos (interferem no ciclo celular,
altera concentração do NT)
Fases da Intoxicação
Intoxicação
Conjunto de sinais e sintomas que permite evidenciar o
comprometimento orgânico promovido pela ação de uma
substancia tóxica.
Quando nos expomos a um toxicante devido a sua
toxicidade ele pode agredir o organismo por vários
mecanismos, o organismo pode não apresentar nada (as
análises podem não mostrar alteração), ou seja, a
quantidade não foi suficiente. O organismo reage ao
toxicante, tentando recompensar.
Exposição – estado patológico – quebra da homeostasia
A biodisponibilidade é avaliada tanto na fase toxicocinética
quanto na fase toxicodinamica
Nem toda exposição a um intoxicante acarretará em fase
clinica da exposição, você pode se expor e não apresnatr a
fase clinica, depende da quantidade e da frequencia que o
indiviuo se expos
• Fases da intoxicação

IBMP
IBE
IDA
Explicando a figura: fazemos monitoramento ambiental
para sabe o quanto de toxicante tem no ambiente,
principalmente quando a exposição é acidental (avalia na
água, no ar, no solo...), essa quantidade no ambiente tem
relação com a dose externa e dependendo das
características do toxicante e de como o individuo reage
com ele, podemos pensar na disponibilidade química do
composto no organismo, ai a dose externa pode estar
correlacionada com a dose interna , essa tem ralação com a
quantidade biodisponível no organismo
Dependendo da extensão da fase dois e três nós podemos
ter o efeito nocivo evidenciado
Dependendo da dose externa nós podemos prever que a
dose interna vai ser elevada
A quantificação da relação da dose externa/dose interna é o
que permite o estabelecimento de alguns índices biológicos
de exposição, esses índices correspondem aos valores
aceitáveis aos quais o indivíduo pode entrar em contato
com aquele determinado toxicante sem ter um quadro de
intoxicação estabelecido
DETOXICAÇÃO corresponde a uma modificação na
estrutura química do toxicante, reduzindo a probabilidade
do composto em causar intoxicação
Intoxicação aguda normalmente está relacionada com
overdose
1ª fase: Fase de exposição
• Superfície interna ou externa do corpo entra em
contato com o toxicante
• Dependendo da quantidade de toxicante no meio, que
nós chamamos de DOSE EXTERNA podemos ter uma
maior biodisponibilidade do composto no organismo,
e chamamos de DOSE INTERNA
• Propriedade físico-químicas que interferem na
toxicocinética
• Solubilidade
• Tamanho das partículas
• Pressão de vapor/volatilidade
• Suscetibilidade individual: idade, gênero, etnia, estado
nutricional....
• Principais vias de exposição
− Respiratória: gases, vapores, partículas
− Cutânea: líquidos (solventes)
− Digestiva: partículas (deglutidas com muco)

2ª fase: Fase toxicocinética

Toxicocinética é praticamente oq o organismo faz com o


toxicante
O toxicante é uma substancia com a estrutura química
definida
A exposição pode afetar a biodisponibilidade
Processos envolvidos: absorção, distribuição,
armazenamento, biotransformação e excreção
Quando falamos da dose interna existe a possibilidade de
quantificar o toxicante no organismo ou pesquisando o
toxicante em fluidos biológicos, em alguns tecidos ou
pesquisando um produto obtido a partir da sua
biotransformação. O toxicante pode ser modificado
quimicamente e pode ser encontrada outra substância que
tem relação com a quantidade do toxicante introduzido.

Temos substâncias hidrossolúveis que podem ser


absorvidas pela via respiratória, de modo geral as
substâncias lipossolúveis são bem absorvidas.
O tamanho da partícula é importante, substâncias voláteis
podem ser muito absorvidas por essa região.
Podemos inalar poluentes: como por exemplo
hidrocarbonetos poliaromáticos que é considerado um
composto citotóxico e tem potencial carcinogênico (a
queima do cigarro elimina isso), ou eles podem ser
encontrados no ar de cidades poluídas, pode ser obtido
devido a combustão incompleta dos componentes da
gasolina.
A lipossoubilidade reduz biodisponibilidade no sangue
Fatores que influenciam na absorção
A quantidade de toxicante na exposição
A via de absorção
Penetração pela pele
A penetração do toxicante pela pele (por difusão- processo
passivo) pode fazer com que observamos o efeito local e
depois quando tiver acesso a corrente sanguínea pode ter
um efeito sistêmico
** A cocaína da superfície gengival = os indivíduos relatam
dormência, é um poderoso anestésico local, quando existe
uma absorção em quantidades apreciáveis ela é um
poderoso estimulante do SNC. Já foi utilizada na
terapêutica, já foi utilizada como antidepressivo e como
anestésico, mas existe a possibilidade do individuo
desenvolver tolerância, dependência, intoxicação crônica ou
agudo, por isso caiu em desuso.
Quanto maior o coeficiente de participação óleo água mais
facilmente o composto atravessa membranas biológicas
Quanto menor e mais lipossolúvel melhor se difunde por
camada lipídica

Difusão através de camadas inferiores da epiderme e derme


Fluxo sanguíneo
Movimentação do fluido intesticinal
Interação com componentes da derme
Existem estratégias do organismo para evitar intoxicação
por alguns xenobióticos, uma das barreiras importantes é a
eliminação pré-sistêmica que pode acontecer quando tem
metabolismo de primeira passagem (algo que não
desejamos para fármacos, pois reduz a biodisponibilidade),
essa eliminação reduz a quantidade do toxicante, um dos
principais mecanismos é o evento de detoxicação que
envolve modificação na estrutura química do xenobiótico e
aumento na sua solubilidade em água, assim excretado com
mais facilidade. Um outro mecanismo é a expressão da
glicoproteína P, ela pode ser expressa nos enterócitos e na
barreira hematoencefálica, quando o toxicante entra por
difusão, a GP-P faz com que ele saia, reduzindo a
biodisponibilidade no organismo, porém a GP-P não é
seletiva, ela reconhece estrutras com características bem
diferentes, ou seja, ela também pode fazer isso com um
fármaco presente em um medicamento, assim não
enxergamos o efeito terapêutico, por isso que os genes
relacionados com a expressão dessa glicoproteína estão
relacionados a resistência a intervenção terapêutica.
Geralmente o transporte de toxicante ocorre a favor do
gradiente de concentração, e substancias lipossolúveis se
difundem por bicamada lipídica e a possibilidade de causar
intoxicação é maior

3ª fase: Fase toxicodinâmica


Compreende a interação entre moléculas do toxicante e os
sítios de ação
Avalia basicamente qual o mecanismo de ação do toxicante
2ª fase: Fase toxicocinética
Distribuição: processo onde o toxicante se distribui pelo
organismo (sangue –linfa)
Tecidos com maior perfusão possuem maior distribuição. O
estado molecular do toxicante facilita a distribuição
Fatores que interferem: volume de distribuição
Ligação as proteínas plasmáticas determina a fração livre e
atuante do toxicante
A biotranformação de um toxicante pode originar um
composto quimicamente mais reativo capaz de causar lesão
celular.
Ex: Metanol que dá origem ao formaldeído que pode
promover lesão na retina. Quando o individuo está
intoxicado com metanol é introduzido outro toxicante, o
etanol, pois ele terá menos efeitos deletérios, reduzindo a
formação do formaldeído.
Volume de distribuição (Vd)
[F] = fração livre da substancia, fração que pode entrar no
tecido, reflete a concentração plasmática
Vd tem relação com a dose, com a qtdade da substancia q
foi introduzida no organismo e com a concentração que
esta disponível no plasma que pode penetrar no tecido. A
propriedade quimida desse composto que esta no plasma é
relevante
Vd é definido como o volume de liquido necessário para
conter a quantidade total (Q) do fármaco no nosso
organismo na mesma concentração presente no plasma
(Cp)
Q = qtdade de substancia que foi introduzida no organismo
Vd = Q /Cp

CORRELACIONA A QUANTIDADE DE DROGAS NO


ORGANISMO COM A SUA CONCENTRAÇÃO NO
SANGUE

Se encontramos menos substancia no sangue é pq a


subsancia é mais lipossolúvel
Drogas muito LIPOssolúveis tem Vd ALTO, pq sai da
corrente sanguínea e penetra no tecido
Drogas HIDROssolúveis tem Vd BAIXO
O Q na imagem foi mantido constante, para as substancias
1,2,3 e 4 foram administradas as mesmas quantidades
A substancia 4 é o que possui maior Vd, isso quer dizer que
é a menos encontrada no sangue
O que ficou mais no sangue foi o primeiro toxicante, esse
possui menor volume de distribuição. Quanto menor for o
volume de distribuição de um toxicante, mais o composto
será encontrado no sangue e menos será encontrado nos
tecidos.
O último toxicante vai ter efeito mais prejudicial no
organismo, pois ele é mais encontrado no tecido do que
na corrente sanguínea.
Os toxicantes lipossolúveis tem efeitos mais deletérios no
organismo, devido ao Vd alto (vai mais para o tecido do
que para a corrente sanguínea)
** Circulação sistêmica, fígado, coração e rins podem
receber uma grande carga de toxicante e se for lipossolúvel
pode atravessar até a barreira hematoencefálica
Maior Vd – maior possibilidade de intoxicação por mais
tempo, isso quer dizer que a substância é mais
hidrossolúvel e penetra com mais eficiência nos tecidos
interagindo com estruturas celulares
** A cinética de eliminação do etanol é lenta pois o Vd é
alto, ele atravessa com facilidade as membranas biológicas
(começa a ser absorvido na cavidade oral).. O tempo de
desaparecimento do fármaco do plasma não segue os
padrões exponenciais (cinética de saturação), ele é
removido a uma taxa constante que é independente da
concentração plasmática devido a seu metabolismo por
enzimas depender de um substrato limitado.
O composto b está sendo eliminado ao longo do tempo, se
ALTERAMOS a concentração a cinética de eliminação
será a MESMA. (quantidade de composto eliminado por
unidade de tempo). A cinética de eliminação tem relação
com a estrutura do composto, existem substâncias que
precisam ser primeiro modificadas quimicamente para
serem colocadas para fora
O tempo de meia vida é o tempo necessário para que
reduza o composto do organismo na metade.
Observando o primeiro gráfico:
Foi administrada uma certa dose e foi esperado 60 minutos,
o etanol é super bem absorvido. Quanto maior a dose
administrada maior a concentração inicialmente aferida. As
inclinações são todas paralelas. Ingerir menos bebida
alcoólica não quer dizer que vai ser eliminado mais
rapidamente (CINÉTICA NÃO DEPENDE DA DOSE)
Observando o segundo gráfico:
Toxicante A = mais hidrossolúvel, menor tempo de meia
vida, maior cinética de eliminação e provavelmente menor
Vd
Muitas vezes uma substância que tem o poder de causar
intoxicação aumenta a expressão de enzimas relacionadas a
sua biotransformação (ex: etanol, nicotina, morfina,
heroína), assim o indivíduo ingere mais bebida alcoólica
para ter efeitos relacionados a embriaguez.Assim os
indivíduos apresentam tolerância.
O benzipireno (hidrocarboneto poliaromático) causa câncer
e é encontrado nos ares de cidade poluídas ou quando
fumamos, fazemos churrasco, ele aumenta as enzima
relacionadas a sua biotransformação. Quando o organismo
aumenta a expressão de enzimas relacionadas ao toxicante
fazendo com que ele fique inativo chamamos o processo de
detoxicação (Fase 1, Fase II)

As reações de fase I dão origem a compostos mais


reativos, uma substância que era inóqua tenha ação
toxicante no organismo (paracetamol dá origem a
substância que destabiliza fosfolipídeo de membrana),
assim podendo ter a lise da célula onde a biotransformação
aconteceu, no caso nas células hepáticas. Dependendo do
sistema enzimático relacionado a biotransformação a
intervenção terapêutica pode utilizar isso a seu favor para
evitar um agravamento no quadro de intoxicação.
Geralmente relação de fase II tem relação com detoxicação
O metanol quando oxidado da origem ao ácido fórmico
que é altamente tóxico. Se o indivíduo estiver intoxicado
com metanol temos uma álcool desidrogenase que pode
atuar sobre ele. Para reduzir a quantidade do composto
tóxico formado podemos introduzir outro álcool que
quando biotransformado pode dar origem a um composto
menos tóxico

Duas substâncias toxicantes, só que o produto do etanol é


mais toxicante do que do metanol, por isso a álcool
desidrogenase age no etanol fazendo a biotransformação
em ácido acético.

Os orientais tem as expressões de algumas enzimas de


forma diferenciada, existem enzimas que realizam
acetilação (reação de fase I), nos orientais é comum
encontrar acetiladores rápidos. A acetilação pode inativar
fármaco. Quando temos reação de fase I o composto
favorece formação de espécies reativas de oxigênio, que
tem efeito deletério, se não tivermos um estado nutricional
adequado que nos forneça selênio, as enzimas que
controlam espécies reativas de oxigênio podem não estar
funcionais, tendo um prejuízo maior do que realmente seria.
→ Efeito x tempo
• Metabolizadores rápidos: vão ficar com o composto na
faixa subterapêutica
• Metabolizadores intermediários: vão ficar na faixa
terapêutica
• Metabolizadores lentos: podem apresentar quadros de
intoxicação com a mesma dosagem de medicação em
que a maioria tem o efeito terapêutico desejado, a
intoxicação pode ser potencializada devido a menor
biotransformação do toxicante
Vias de excreção
Excreção renal = Dependendo do pH urinário um toxicante
ácido ou básico pode ser melhor ou pior excretado
Ex: a anfetamina (vai ser excretada melhor na forma
ionizada, protonada) tem caráter básico para favorecer a
excreção devemos acidificar o meio, assim ela irá protonar
Excreção pulmonar = Solventes orgânicos, substancias
voláteis podem ser eliminadas por essa excreção
Ex: etanol
Excreção digestória = biliar e fecal
Outras vias de excreção
Leite materno = não reduz a biodisponibilidade do
toxicante do corpo da lactante -intoxicação do bebê-. (AAS,
progesterona, 24imblast, etanol, morfina...)
Dependendo da procedência do leite bovino também pode
ter toxicantes.
Saliva = detecção de drogas de abuso (cocaína,
anfetaminas)
3ª Fase toxicodinâmica
Fase da intoxicação onde ocorre a interação do agente
tóxico com sítios de ação específicos, ou seja, receptores do
organismo, o toxicante vai ‘’agredir’’ o organismo vivo e
este vai ter uma reação ao toxicante
Molécula alvo quando atingida por um agente tóxico pode
promover uma destruição, disfunção, favorecer o
aparecimento de respostas imunológicas por ser
reconhecida como estrutura antigênica

4ª fase: Fase clínica


Fase em que há evidências de intoxicação/sinais e sintomas
Nem toda exposição a um toxicante acarretará em fase
clínica, depende da quantidade e da frequência

Tem que estar em quantidades adequadas


Pode sofrer excreção e se for reabsorvida pode prolongar o
tempo de ação
A biotransformação é interessante para reduzir a
capacidade do composto causar intoxicação
Avaliação de mecanismos tóxicos: efeito de
exposições multiplas
Avaliamos:
→ Número de vezes que o indivíduo entra em contato
(frequência)
→ Dose e tempo permanecem conservadas

Avaliação devido a exposições múltiplas


Avaliada quando o indivíduo se expõe a uma baixa dose do
toxicante e período de tempo relativamente curto

Se expõe a uma mesma quantidade (Cmáx) é o mesmo,


pelo mesmo período de tempo e por várias vezes.
Podemos ver que a intensidade dos efeitos está
aumentando
Entre o momento A e o B pode ter alterações bioquímicas
(ex: elevação das transaminases, diminuição da
albuminemia, diminuição da glicemia em jejum) e
fisiológicas, NÃO tem alteração clínica.
Alterações bioquímicas podem indicar que o medicamento
precisa ser trocado
A partir do momento B tem sintomas clínicos (intoxicação) e
C é morte

Consequências lesionais

Necrose e apoptose tem a ver com aumento do cálcio


intracelular e com o aumento das espécies reativas de
oxigênio
Morte celular necrótica

O objetivo da alteração na freqüência de exposição


Conhecer o mecanismo de ação do agente químico (AT)
Estabelecer medidas preventivas
Limites permitidos
Facilitar o diagnóstico e o tratamento das intoxicações
Estuda a relação entre a quantidade de um agente tóxico
que atua sobre um organismo e a concentração dele no
plasma
Para fazer avaliação de risco temos 3 importantes estudos:
Podemos ter algumas fontes de exposição: ar, água, solo,
alimentos e produtos (estão no meio ambiente). O toxicante
é encontrado em uma concentração e vai entrar em contato
com o ser humano por determinada via de expoxição (oral,
dérmica, inalatória)

No ser humano quantificamos a dose interna e no meio


ambiente a dose externa. A dose interna pode ter relação
com a quantidade que está no meio e com a via de
exposição, ai temos uma determinada dose que pode ser
introduzida (dose potencial, uma dose que efetivamente
entra (dose aplicada), assim conseguimos quantificar a dose
interna que pode ser efetivamente efetiva em determinado
tecido. Podemos ter o efeito que desejamos (efeito
biológico) mas também pode haver uma intensidade de
efeitos adversos associados.
Relação x efeito

Existe uma freqüência de exposição onde pode ter uma


compensação do organismo, que pode ter relação com a
capacidade funcional de reserva. Durante a exposição o
toxicante pode ter promovido algumas alterações celulares
mas elas não chegaram a comprometer o funcionamento
de um sistema biológico, houve uma compensação e o
individuo está saudável. Dependendo da extensão podemos
ter uma lesão detectada bioquimicamente, mas essa lesão
pode ser reversível quando o indivíduo deixa de entrar em
contato com o toxicante. Se essa freqüência de exposição
continuar pode ser que esgote a capacidade de
recuperação do organismo, ai irmeos ter uma alteração
irreversível (não há compensação) levando ao óbito.
O ideal é que a exposição não ultrapasse o momento de
compensação., caso ultrapasse já há evidência clínica do
comprometimento (capacidade funcional de reserva já foi
comprometida)

Regulamentação – exposição ao toxicante


LEO (limite de exposição ocupacional) = refere-se quanto
um trabalhador pode ser exposto a um agente químico ou
físico
LT (limite de tolerância) = entende-se pela concentração
máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo
de exposição ao agente, que não causará malefício a saúde
do trabalhador durante a sua vida laboral
TLV (theresold limit value) = referem-se as concentrações
de substâncias dispersas na atmosfera que representam as
condições sob as quais se acredita, que quase todos os
trabalhadores possam estar expostos continua e
diariamente, sem apresentar efeitos adversos a saúde
Estratégias de monitoramento ocupacional
Caráter preventivo
- Monitoramento ambiental
- Monitoramento biológico
Outras estratégias
- Monitoramento clínico
Limites de tolerância biológica (LTB)
Baseado no conhecimentoatual da relação exposição, dose
interna, efeito
Níveis de advertência a partir dos quais aumenta
consideravelmente o risco de adoecimento
Monitoramento biológico
• No âmbito da higiene ocupacional
− Estimar a exposição ou risco a saúde
− Estimar a quantidade biodisponível
− Avaliar a exposição e o risco a saúde
− Avaliar os risco do individuo exposto
Indicador biológico de exposição (IBE)
IBE: compreende toda substância cuja determinação nos
fluídos biológicos (sangue, urina), tecidos ou ar exalado,
avalie a intensidade da exposição e o risco a saúde.
Estabelecidos a partir de dose-efeito
Não visa fixação de limites entre o que se considera são e
doente
Não são utilizáveis para a quantificação de efeitos nocivos
ou para o diagnóstico
** Muitos toxicantes alteram a expressão gênica, isso pode
ter relação com indução enzimática

Comparando as substâncias A, B e C a menos perigosa seria


a C, pois ela possui maior valor de DL50 (quanto maior o
valor de DL50 menos perigoso é o composto) e a mais
perigosa seria A (com um intervalo menor de dose mata
mais, é mais paralela ao eixo Y, maior a letalidade)

Avaliação da toxicidade – relação da dose e da duração da


exposição
Relação dose-resposta e concentração dose-resposta
DL50 baixa (dose letal) = a substância é mais perigosa (se
for muito baixa pode não ser recomendada), depende
muito da relação custo-beneficio
CL50 (concentração letal para 50% da amostra) = se um
composto tem baixa CL50 (concentração que elimina 50%
das células é baixa), pode ser considerada uma substância
citotóxica.
Indicação terapêutica citotóxica para células eucarióticas =
antineoplásicos
Quando é feita a avaliação da toxicidade de um
determinado composto, dependendo da toxicidade quando
há a interação do agente com o organismo pode causar um
sano grave ou até morte.
Muitas vezes toleramos bem a exposição, pois funcionamos
com a capacidade de reserva, mas mesmo tendo essa
capacidade, a intoxicação pode ser observado, dependendo
da concentração do composto, do tempo de exposição e a
intensidade dos efeitos observados
A intensidade dos efeitos observados pode ter correlação
com a idade e com as condições de saúde do indivíduo
Antigamente não se fazia estudos sobre o
comprometimento embrio fetal, a substância pode não ter
nenhum efeito intoxicante sobre o organismo do adulto
mas pode interferir no processo de proliferação celular,
fazendo com que o desenvolvimento embrio fetal seja
interrompido.
Uma substância com baixa toxicidade não apresenta efeito
agudo (curto período de tempo), mas tem potencial para
causar efeitos carcinogênicos e teratogênicos
Também existem substâncias com elevada toxicidade que
são carcinogênicos
Dependendo da toxicidade do composto o nível de
exposição tolerável pode ser zero
Para avaliar a toxicidade é importante saber a via de
administração, a duração e a freqüência e fazer uma relação
com a dose que vai se traduzir em uma concentração em
fluídos biológicos
A exposição determina a dose e o tempo de interação com
o organismo
O nível de exposição é considerado tolerável é quando há
um dano mínimo e reações consideradas adversas mínimas
(pode ser quantificado bioquimicamente, pode não sofrer
alteração ao longo do tempo e pode não comprometer a
capacidade funcional de reserva)
O efeito adverso considerado como clássico ocorre quando
há alteração nociva, indesejável após a substância
potencialmente tóxica

Infos preliminares associando estrutura do composto e


biomoléculas do nosso organismo, dependendo da
estrutura avaliamos reatividade
Teste de intoxicação aguda envolve avaliação do organismo
quando foi exposto até 24 hrs ao toxicante, envolve
exposição a uma grande quantidade. Conseguimos
determinar DL50. Utilizamos a DL50 para avaliar toxicidade
subcrônica e crônica.
A subcrônica normalmente a avaliação é feita até 3 meses
há um 1 ano ou 15 dias....
A crônica envolve anos de exposição
As avaliações crônicas e subcrônicas permitem obter dados
experimentais sobre a possibilidade do composto em
causar mutagênese ou carcinogênese (perda no controle do
ciclo celular)
Toxicidade aguda

Dose letal
Toxicante A tem inclinação mais acentuada, o ângulo é
maior = intensa variação no efeito
Toxicidade aguda
Observações clínicas são importantes e podem sugerir o
mecanismo de ação do composto e é possível identificar
órgão ou sistema sensíveis após o sacrifício do animal
Os efeitos podem ser reversíveis dependendo da
concentração do toxicante
Importante para fazer o delineamento dos estudos de
toxicidade subcrônica
Toxicidade subcrônica

Examinar os efeitos após o período de tratamento e


determinar se é devido ao acúmulo do composto ou não
Determinar se os efeitos tóxicos são reversíveis
Estabelecer a necessidade de outros testes, dependendo de
efeitos em locais específicos
Avaliações hematológicas e bioquímicas no sangue e na
urina (balanço eletrolítico, proteína, creatinina e enzimas da
função hepática) – NA CRÔNICA TAMBÉM
Deve ter um grupo controle de animais as mesmas
condições
Serve para caracterizar a relação dose-resposta após
administrações repetidas (Tempo de exposição maior e
quantidade introduzida menor que a DL50)
Fornece dados para a escolha de doses nos estudos de
exposição crônica
Não avaliam potencial mutagênico, carcinogênico e nem
efeito embriofetotóxicos
Toxicidade crônica

Escolha da dose é o ponto crítico


No início e após 6 meses
Tipos de testes toxicológicos
Avaliação dos mecanismos tóxicos: quimioterapia
antineoplásica e agentes mutagênicos
Nem sempre interferir no ciclo celular é o mecanismo tóxico
associado ao toxicante
O toxicante pode interferir no transporte de oxigênio, na
fosforilação oxidativa, na biodisponibilidade de
neurotransmissores, nas estapas do ciclo de Krebs.
Câncer
Doença caracterizada pela multiplicação e propagação
descontrolada no corpo de forma anômalas de nossas
próprias células (perda no controle – regulação não
acontece)
Geralmente acomete grupos etários mais avançados
Câncer, neoplasia maligna e tumor maligno
Desdiferenciação, poder de invasão e capacidade de
desenvolver metástase (disseminar-se para outras partes do
corpo)
Expressão gênica anormal, geralmente decorrente de
mutações (ou de exposições a toxicantes)
Células cancerosas
Proliferação descontrolada
Desdiferenciação e perda de função (células filhas com
outras especializações)
Poder de invasão (células fora do seu tecido de origem)
EX: mama (pulmão, osso, cérebro)
Metástase: neofromações secundárias

Pode ser devido a uma pequena dose de um toxicante por


um longo período de tempo ou pré disposição genética
Temos várias possibilidades de intervenção medicamentosa
mas todas muito agressivas para o organismo (interferência
no ciclo celular de células eucarióticas)
Uso de agentes citotóxicos com finalidade terapêutica
(quimioterapia antineoplásica) = uso de susbtância química
para avaliar um desconforto
Podem ser substâncias:
A) Agentes citotóxicos = potencial de causar metástase por
interferirem no ciclo celular. Fase S.
A.1) Agentes alquilantes
A.2) Antimetabólitos
** Compostos de origem vegetal
B) Composto modificadores do meio (hormonais)
Um quimioterápico prescrito pelo médico pode ter como
reação adversa um quadro de metástase em um segundo
momento.
Fatores relacionados com o ciclo celular = envolvem
liberação de fatores de crescimento que podem estimular
receptores específicos Ras quinase com domínio SH
(receptores com atividade tirosina quinase)
Uso de inibidores de tirosina quinase 3 não tem efeito
citotóxico relacionado a agentes alquilantes, modificadore,
antimetabólitos etc
Tratamento estabelecido
Excisão cirúrgica
Irradiação
Quimioterapia = terapia propriamente dita ou adjuvante de
outras formas de tratamento
Quimioterapia antineoplásica
Fármacos = matam células cancerosas ou modificam o seu
crescimento
Seletividade limitada, pois muitos dos que são efetivos são
citotóxicos, eles atuam na fase S do ciclo celular (síntese do
material genético), então qualquer célula que estiver nessa
fase pode ser alvo desse 44imblastina44so citotóxico. Daí
sua ação 44imblastina44sora.
Elevada toxicidade
Agentes citotóxicos destroem fração constante das células
malignas (destruição celular mais completa possível), ação
limitada pois pode modificar o tecido desejado e o não
desejado
Neoplasia é silenciosa nos três quartos iniciais do seu
desenvolvimento (após o diagnóstico já temos quantidade
considerável de células malignas)
Cerca de 5% das células não estão na fase S, ou seja a maior
parte da neoformação está na fase G0, nessa fase não há
ação efetiva dos agentes citotóxicos.
Taxóides (interferem na função dos microtúbulos, que são
importantes na fase M do ciclo celular) e alcalóides da vinca
Existe uma associação entre fármacos
Associação com cirurgia, radio e imunoterapia,
principalmente em tumores metastáticos
Alguns quimioterápicos são emetogênicos
Comum o uso de analgésicos opioides (também podem ser
emetogênicos)
Quadro de emêse constante
Principais objetivos do uso
Cura ou remissão
Paliação
Quimioterapia adjuvante
Classificação
Agentes citotóxicos
Agentes alquilantes e compostos correlatos – impedem
replicação
Antimetabólitos – bloqueiam uma via metabólica
(antagonistas do folato, antimetabolitos de bases púricas e
pirimídicas)
Antibióticos citotóxicos – origem microbiana, que impede a
divisão celular
Derivados de vegetais (alcalóides da vinca, taxanos,
campotecinas) – atingem a função dos microtúbulos
Hormônios
Modificadores do meio que mimetizam ação de hormônios
ou antagonizam a ação de alguns hormônios
Agentes diversos
Toxicidade geral dos agentes citotóxicos
Efeito mais pronunciado sobre células em rápida
multiplicação
Comum mielossupressão da medula óssea, paciente mais
suscetível a infecções e sangramentos
Inibição da função linfocitária (ás vezes essa inibição pode
ser a indicação terapêutica), supressão da imunidade celular
e humoral
Ação da mielossupressão e da inibição linfocitária pode
reduzir os mecanismos de defesa e aumento na
suscetibilidade a todas as infecções e células anômalas
podem não ser reconhecidas
TGI (lesão do trato gastrointestinal) – hemorragia, diarréia,
estomatite, descamação da mucosa

Controle de emêse = ondansetrona ou grandsetrona


(antagonistas de 5-HT3) ou metoclopramida (antagonista
de receptor D2 e 5HT3) + dexametasona
Alopecia e dermatite
Esterelidade (oligozoospermia e impotência, anovulação,
amenorréia)
Aborto, morte fetal, teratogênese
Depressão do crescimento em crianças
Carcinogenicidade anos após (cânceres secundários –
linfomas, leucemias, tumores histiocíticos)
Hiperuricemia = quando impedimos o ciclo celular
principalmente na fase S aumentamos o número de
nucleotídeos livres nas células, ocorrendo estimulo para o
catabolismo da adenina e da guanina (purinas)
promovendo ácido úrico
Secundária – pela destruição maciça das células
(metabolismo das purinas
Alopurinol – inibe a síntese de ácido úrico
Agente alquilante
A ciclofosfamida é um agente alquilante importante, há
retirada de Cl, os carbonos ficam deficientes de elétrons e
podem fazer ligação com nitrogênio de guaninas.
Os agentes alquilantes bifuncionais podem causar ligação
intrafilamento e ligação cruzada
A imunossupressão é uma RAM
Antimetabólitos
Antagonistas do folato
É um inibidor enzimático competitivo

O folato sofre duas reduções e serve como doador de


nitrogênio para formar a timina, a redução é feita pela
DHFR e xiste transferência de carbonos para a uracila com
objetivo de formar a timina, isso pela timidilato-sintetase.
Essa timidilato-sintetase é inibida pela fluoruracila, que é
um cardiotóxico, é comum a combinação de metotrexato e
fluoruracila.
A citarabina inibe a DNA-polimerase, a citarabina tem uma
arabinose, quando se associa a DNA polimerase inibe sua
ação, ela se associa no sitio onde o substrato se associaria.
Alcalóides da vinca (51imblastina -CH3 e vincristina -CHO)
interferem na ação de microtúbulos, ele irá se inserir no
microtúbulo e a polimerização não irá acontecer mais
(bloqueia polimerização)
Paclitaxel é um taxano que interfere na ação dos
microtúbulos, ele se associa ao microtúbulo e a
despolimerização não acontece mais (bloqueia
despolimerização)
Os túbulos são importantes na fusão do fuso mitótico,
promove citocinese, migração....
Anastrazol = antiestrogênico, utilizado em quadros de
neoformação mamária, ela é sensível a estrógeno.
Anastrazol inibe estradial e aumenta produção de
testosterona
Finasterida = inibe a conversão de testosterona em
dihidrotestosterona, pois atua como inibidor da 5 alfa
redutase. Reação importante: promove hiperplasia gengival
Mutagênese: mutações pontuais
Transição: substituição de uma purina por outra ou uma
pirimidina pó uma pirimidina
Transversão: troca de uma purina por uma pirimidina ou ao
contrário
**** Essas trocas e substituições dão origem a códons
diferentes e consequentemente diferentes proteínas, o que
interfere no ciclo celular
Despurinação: Interfere nas estruturas A, G, ligação N-
glicosídica
Tautomerismo: isomeria, deslocamento de átomos e
ligações (A,C)
A mutagênese pode ser induzida por agentes químicos:

Benzopireno
Avaliação de mecanismos tóxicos: ação em
enzimas e em neurônios
• Principais mecanismos toxicológicos

Podemos alterar a concentração de alguns


neurotransmissores na fenda sináptica
Aceticolinesterase é uma enzima que hidrolisa a acetilcolina
Agentes anticolinesterasicos

• Irreversíveis
aumenta biodisponibilidade de acetilcolina e dependendo
de quanto aumenta pode ter uma exacerbação da
sinalização parassimpática (vai estimular receptores
muscarínicos e nicotínicos), o que pode ser letal.
Organofosforados são lipossolúveis, são importantes
inibidores da acetilcolinesterase

Gás Sarin
Muito lipossolúvel
Inibidor da acetilcolinesterase
A atropina vai bloquear as ações muscarínicas da
acetilcolina
A metaemoglobina tem menor afinidade pelo oxigênio
O monóxido de carbono pode atuar como um inibidor da
cadeia respiratória
O cianeto pode prejudicar o transporte de O2 pela
hemoglobina, ou seja ele tb é um inibidor da cadeia
respiratória
O fluoracetato se associa ao oxalacetato e não há formação
de citrato e sim de fluorcitrato
O fluorcitrato ocupa o lugar do acetil-coA no Ciclo de Krebs
• Inibição reversível = antimetabólito ao se associar a
enzima não consegue se transformado por ela e interrompe
reações metabólicas
A inibição da AChE pode causa intoxicação (dependendo da
biodisponibilidade de Ach) mas também pode servir com
intervenção terapêutica.
Agentes anticolinesterásicos
Organofosforados (derivados do ác. fosfórico) e
carbamatos (ésteres de ácido carbâmico)
Podem ser reversíveis
Carbamatos
- Fisotigmina (lipossolúveis) bem absorvido por VO
- Neostigmina (hidrossolúveis), pouco absorvido por VO,
não atravessa BHE, não exerce efeito central
- Piridostigmina, edrofônio, rivastigmina, donepezil
Acridina
-Tacrina
Podem ser irreversíveis
Organofosforados (lipossolúveis – dependendo da
quantidade disperso do ar pode haver intoxicação)
- Diflos, ecotiofato, parathion, malathion, diazinon, tabun,
sarin, soman
Carbamatos
- Carbaril, proporxur
Gás sarin

Normalmente hipotensão e asfixia


A atropina vai bloquear as ações muscarínicas da Ach..
Introdução de substâncias alcalinas para neutralizar os
efeitos do gás sarin (evitar passagem por membranas
biológicas)

Sequestro de metais
Metais se ligam as enzimas (ex: mercúrio) e impede o
funcionamento delas, impedindo catalise
Alguns toxicantes podem se associar a metais presentes no
nosso organismo e que atuam como cofatores de enzimas.
Exposição a um composto que vai se associar a um metal
importante para o nosso organismo e atuar como cofator
em enzimas, se o metal não disponibilizado como cofator,
há comprometimento do funcionamento da enzima.
Interferência com o transporte de O2
Existem enzimas que são dependentes de metais pra
funcionar, se o toxicante se liga a esse metal, isso irá
impedir com que o metal exerça o papel biológico que ele
tem. Dificuldade do ferro na ligação ao oxigênio molecular.
Quando falamos da interferência no transporte de O2 é
importante lembrarmos da proteína conjugada globular
chamada hemoglobina. Essa proteína é importante por
apresentar função tampão e para o transporte de O2. No
centro de cada globina há um grupo heme (prostético) e no
centro há o ferro, presente na forma ferrosa para exercer
seu papel biológico
Interferência no transporte de O2 = outra substância se liga
ao ferro (competitividade pelo O2) ou alterar o estado do
ferro, reduzido ele tem afinidade, oxidado, essa afinidade
diminui.
Ferro na forma férrica (oxidada) é formada
metaemoglobina, que tem menor afinidade pelo O2
Existem alguns toxicantes (nitratos, nitritos) que favorecem
a oxidação do ferro
Quando inalamos monóxido de carbono ele é capaz de se
ligar ao ferro presente no grupo heme e afinidade do
monóxido pelo grupo heme é MAIOR que a do oxigênio
Quando inalamos monóxido de carbono dependendo da
quantidade de exposição, pode ser letal, o monóxido
interfere no transporte de O2 e pode se ligar ao ferro, essa
ligação é irreversível
Monóxido de carbono pode atuar como inibidor da cadeia
respiratória

Formação da metemoglobina
Devido a agentes metemoglobinizantes e oxidação do ferro
Existe redução na afinidade pelo O2
Hemoglobina para a apresentar grande afinidade por
ânions (fluoreto, cloreto, cianeto)
Cianeto pode prejudicar o transporte de O2 pela
hemoglobina e é um inibidor da cadeia respiratória (se
associa a grupo heme)
Eritrócitos são muito suscetíveis a intoxicação, pois quando
um xenobiótico tem acesso a corrente sanguínea
• Oxidação direta
• Oxidação indireta

Oxidação do xenobiótico pela HbO2


MHb e H2O
Nitritos e nitratos
Água com nitritos e nitratos = formação de metemoglobina
‘’síndrome do bebê azul’’
Avaliação de mecanismos tóxicos: solventes orgânicos e
EROs 20/05
• Solventes Orgânicos
Tem característica asfixiante qdo tem partículas soltas
no ar, reduzem a qtdade de O2 presente no ar, tem
potencial tóxico qdo inalado, potencial hepatotoxico e
carcinogênico
Os que são voláteis tem característica asfixiante
Geralmente solventes orgânicos são depressores do
SNC
Benzeno
Possui elevada solubilidade em lipídio, pode sofrer
reação de fase 1 e fase 2
Uma reação de fase 1 importante é catalisada pela
CYP2E1
CYP2E1 transforma benzeno (alta solubilidade em
lipídeo) em benzeno epoxído que pode sofrer uma
reação de conjugação

Qdo ocorre intoxicação por benzeno pode ser


detectado acido transmuconico e o acido
fenilmercapturico esse acido fenil Pode comprometer a
síntese de DNA, tem potencial carcinogênico, pode
bloquear a DNA polimerase ou pode fazer com q a
síntese de DNA ocorra de forma anômala
O benzeno tem um potencial hepatotoxico muito
importante
O ácido fenilmercapturico possui um mecanismo
muito parecido com a mercaptopurina, mas a
mercaptopurina tem indicação terapêutica na
imunossupressão
ácido transmuconico tem uma solubilidade em agua
apreciável e ele é obtido a partir da oxidação do
benzeno

• Intoxicação com
− Hexano
Reduz a concentração de oxigênio no ar
− Etanol
Pode ter característica toxicante potencializada
quando for ingerido de forma concomitante com
antimicrobianos que promovam inibição na
biotransormação, pode ser intencional, utlizando
dissulfiram (terapia aversiva)
São as mesmas hidrogenases que atuam no
metanol por isso quando um individuo está
intoxicado por metanol, o antidoto é ofertar etanol
Etanol pode potencializar a ação de subtâncias
depressoras do SNC e antagonizar a ação de
substâncias estimulantes
− Etilenoglicol
Nocivo em caso de ingestão
Pode ser oxidado a aldeído
− Tetracloreto de carbono
é um depressor do SNC e pode ser oxidado
com a participação da CitP e dá origem a um
fosgênio que tem potencial tóxico no nosso
organismo (carcinogênico), mas antes de
formar o fosgênio, o tetracloreto da origem a
uma espécie radicalar (radical
triclorometilperóxido) que pode causar danos
oxidativos
As espécies reativas podem interferir na
integridade dos fosolipideos de membrana, de
algumas proteínas, pois os aa podem sofrer
oxidação, o DNA
• Radicais Livres e antioxidantes - ação toxicante
As espécies reativas de oxigênio (ERO) podem ser formados
pela exposição a um toxicante
A exitotoxicidade tem muita relação com o aumento da
concentração de cálcio
Malondialdeido é um indicador de peroxidação lipídica, e
pode promover modificação na estrutura do DNA
Vitamina A, E e C atuam como antioxidante
Não existe vitamina E e sim os Tocoferóis , eles são
lipossolúveis, e podem se infiltrar na bicamada lipídica
Vitamina E evita peroxidação lipídica
A ação antioxidante da vitamina E é potencializada pela
vitamina C
A vitamina C é hidrossolúvel e pode ser eliminada pela urina
A vitamina C é reduzida
A vitamina E é oxidada
Dependência e Intoxicação
Primeiro vem a tolerância e depois a dependência
Tolerância cruzada por conta da modificação de sinalização
Síndrome de Abstinência = Introdução de substancias que
vão atuar como agonistas, para aliviar desconforto, ex
metadona, agonista parcial de receptores opioides
Dependendo do tempo de exposição (aguda/crônica) pode
haver alteração na expressão gênica
Os opióides a longo prazo pode acarretar num aumento da
excitabilidade já a curto prazo tem relação com depressão

→ Cocaína
• Alcaloide, já foi utilizado na clínica médica
• Potente anestésico local
• Estimulante do SNC
• É vasoconstrictora, aumenta a concentração de
noraepinefrina na fenda, ela vai atuar em receptores
alfa 1 e teremos vasoconstricção, essa vasoconstricção
faz com que o composto encontrado na periferia fique
mais tempo na periferia
• Bloqueia VOCs de sódio nos nervos periféricos,
fazendo com que não haja disparo e propagação do
potencial de ação
• Simpaticomimético indireto, inibe captação um,
promovendo elevação apreciável nas concentrações de
algumas monoaminas biologicamente ativas, como
por ex a noradrenalina/noraepinefrina e a dopamina
• A adicção relacionada principalmente pela elevação da
concentração da dopamina nas regiões mesolimbicas
• A cocaína pode ser oxidada pela CYP
• Norcocaina mesma coisa que a cocaína mas sem a
metila
• A cocaina e antidepressivos triciclicos (tb aumentam
noradrenalina e a dopamina) impedem com que haja o
processo de recaptação 1
• No coração nós temos cardiotoxicidade pq nós temos
bloqueio de canais de sódio

→ Anfetamínicos e seus derivados


• A anfetamina é um simpaticomimético indireto, já teve
indicação terapêutica como antidepressivo
• A partir da anfetamina se produz metanfetamina
• O ecstasy não é derivado anfetaminico
• A anfetamina pode ser biotransformada no nosso
organismo, pode sofrer hirdoxilação, desaminação e N-
desalquilação
• A metanfetamina tem met no nome por causa de uma
metila em sua estrutura
• Qdo a anfetamina entra a noradrenalina sai, e assim
teremos um aumento na concentração de
noradrenalina na fenda sináptica
→ Estruturalmente semelhantes a anfetamina
• MDMA estrutura semelhante a anfetamina
• Essas substancias semelhantes a anfetamina tem
característica estimulante e alucinógenas
• No uso do há um amento na quantidade de
dopamina e serotonina na fenda sináptica
• Classificada por alguns autores como entactogenos
• Ecstasy funciona como supressor de apetite
→ Depressores do SNC- barbitúricos e benzodiazepínicos
• Excreção do fenobarbital de acordo com tratamento
• Bicarbonato de sódio presente aumenta a depuração
pois tem natureza ácida
• Etanol
− potencializa via gabaergica (GABA é inibitório)
e antagoniza via glutamatergica e há uma
inibição dos VOCs de cálcio,
− deprime centros inibitórios,
− existe uma grande perda de neurônios
relacionado a ingestão de bebidas alcoolicas e
a produção de substancias com potencial de
citotoxicidade
− qdo ingerido em jejum pode fazer com q o
individuo tenha crises hipoglicemicas
− A alanina pode ser utilizada para a formação
de um composto chamado piruvato no tecido
hepático, e esse piruvato pode ser utilizado na
formação de glicose
− É teratogênico
− Aumenta a qtdade de ácido úrico

• Maconha
− No nosso organismo nós temos receptores
metabotrópicos chamados CB1 e CB2 que podem
ser estimulados pelo THC e pelo CBD de maneira
semelhante aos opioides
− Analgesia
− Anti-emetica
− Quimioterápico antineoplásico
− Vasodilatação
− Inibição da adenilatociclase
− Há redução do AMPc
• Nabilona
− Terapia anti-emetica
− Lipossolúveis
− Podem ser armazenados no tecido adiposo
• Nicotina
− Existe uma tolerância farmacodinâmica

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