Tributario 2024
Tributario 2024
Tributario 2024
Segundo FREITAS PERREIRA, o imposto é uma prestação pecuniária, coactiva, unilateral, a titulo
definitivo, sem caracter de sanção, devida ao Estado ou outros entes públicos com vista a realização de
fins públicos.
2.2. Distinção de outras Figuras Jurídicas afins (Contribuição especial; Taxa; Empréstimo publico
forcado; Contribuição para segurança social).
a) Contribuição especial
assenta num beneficio individualizado reflexamente derivado da actuacao de um sujeito publico (ex:
mais-valias prediais resultantes de uma obra publica que dariam lugar a contribuições de melhorias) ou
na necessidade de compensar um ente publico por maiores despesas ocasionadas pelos particulares
(ex: o maior desgaste nas vias de comunicação provocado por veículos com certo peso e determinadas
características, o que daria lugar a contribuições para maiores despesas).
b) A taxa
o imposto é unilateral
a taxa é bilateral
a taxa caracteriza-se pela sua bilateralidade na medida que há ai lugar a uma determinada
contraprestação por parte do sujeito activo. Esta prestação é de natureza individual, concretizando-se,
em regra, numa utilidade para o sujeito passivo.
Não é unilateral (porque dá origem ao pagamento de juros) nem é feito a titulo definitivo (porque é pela
sua própria natureza, reembolsável ou amortizável).
São tributos parafiscais ou parafiscalidade, para aludir a determinadas prestações colectivas que tem
haver a assunção por parte do Estado moderno de novas funções económicas e sociais. Trata-se de
receitas que fogem, de algum modo, as regras que disciplinam os impostos e que são consignadas as
entidades publicas que prosseguem aquelas finalidades em substituição da accao directa do Estado.
Os impostos são criados para satisfação de fins públicos, expressamente ampla que engloba:
a) Objectivos fiscais
Os impostos visam a obtenção de receitas para financiamento das despesas publicas, isto é, a
satisfação das necessidade financeiras do Estado.
b) Objectivos sociais
Os impostos visam a “repartição justa da riqueza e dos rendimentos”, a diminuição das desigualdades,
tendo em conta as necessidades e os rendimentos do agregado social, operando-se assim uma
verdadeira redistribuição da riqueza.
Os impostos podem adaptar a estrutura do consumo a evolução das necessidades de justiça social
(onerando os consumos de luxo, por exemplo).
c) Objectivos económicos
Os impostos podem:
Nacionais e autárquicas.
Directas (rendimentos e riqueza) e indirectas (despesas).
No entanto, as classificações dos impostos apresentadas pela doutrina, embora nem todas baseadas em
critérios jurídicos, ultrapassam a classificação pelo legislador.
Impostos Nacionais (ou objectivo) – são aqueles que visam a tributação de riqueza sem tomar em
consideração, pelo menos com maior relevo, as condições pessoais e económicos do contribuinte.
Ex: SISA.
impostos locais (ou subjectivos) – tomam em consideração predominantemente os aspectos
pessoais do contribuinte. Ex: IRPS em que a tributação varia em função da situação pessoal.
Impostos de prestação fixa – a lei estabelece um montante fixo de imposto para todos os sujeitos
passivos.
impostos de prestação variável – são aqueles em que a tributação, o imposto a pagar por cada
sujeito passivo, varia em função da matéria colectável.
Os impostos de prestação variável pode ser:
Proporcionais: são impostos em que a taxa é fixa. Nestes o imposto a suportar pelo sujeito
varia proporcionalmente em função da variação da matéria colectável.
Progressivo: são aqueles em que a taxa aumenta em função do aumento da matéria
colectável.
Degressivo: são impostos em que a taxa diminui a medida que a matéria colectavel diminui.
Regressivo: são aqueles impostos cuja taxa diminui a medida que aumenta a matéria
colectavel.
f) Impostos periódicos e impostos obrigação única
Impostos periódicos – são aqueles em que se pode estabelecer uma presunção de permanência
das faculdades contributivas e, como tal, a tributação tende a repetir-se periodicamente (em regra
anualmente). Ex: acontece com IRPS e IRPC.
impostos obrigação única – são os que a tributação baseia-se em situações sem continuidade, a
tributação não se renova periodicamente. Ex: acontece na SISA; imposto de selo e imposto sobre as
sucessões e doações.
2.5.1. Contextualização
▪ A Obrigação fiscal é o vinculo que nasce entre o Estado e o particular obrigado ao imposto
verificados que sejam os pressupostos de facto que integram o “tipo” tributário abstracto
descrito na lei.
▪ A relação jurídico-fiscal – inclui para alem da obrigação fiscal do contribuinte, toda as relações
que aquela obrigação central dá origem, directa ou indirectamente (obrigações de prestar
declarações; de não praticar certos actos) e que obrigam não só o próprio contribuinte, mas
também outras pessoas de algum modo ligados aos pressupostos de facto da tributação.
A RJT compreende a obrigação de imposto e as obrigações ou deveres tributários e acessórios.
i) Quanto a natureza, podem ser subjectivos e objectivos, consoante dizem respeito a qualquer
dos sujeitos da relação ou ao seu objecto.
ii) Quanto ao seu âmbito, podem ser:
Genéricos: são aqueles que são comuns a todas as relações de imposto, a personalidade
jurídica, a capacidade jurídico-fiscal (pressupostos objectivos) e a matéria colectavel
(pressupostos subjectivos).
Específicos: aqueles que respeitam apenas a determinados tipos de impostos, os quais pela
sua própria natureza, são insusceptiveis de uma enumeração geral.
No que respeita a sua estrutura fundamental, a obrigação fiscal não difere da obrigação civil.
a) Aobrigação civil é modelada pela vontade das partes; a obrigação do imposto é uma
obrigação “ex lege”, depende exclusivamente da lei.
b) A obrigação civil, o sujeito activo pode dispor do seu credito, pode renunciar a ele; a obrigação
fiscal é indispensável, é irrenunciável.
c) A administração tributaria goza da presunção de legalidade própria dosa actos administrativos,
goza de privilegio de executoriedade ou privilégio de execução previa, quer coercivamente
exigido ao devedor, sem necessidade de decisão judicial que o confirme.
d) É caracterizador da obrigação fiscal o regime especifico as suas garantias.
a) Sujeitos
O sujeito activo não é a entidade que cria o imposto, não é também a entidade que realiza as operações
de lançamento e cobrança do imposto, mas aquela pessoa colectia de direito publico em beneficio da
qual é estabelecido o imposto e que tem o poder de exigir ou pretender o seu pagamento.
ii) sujeito passivo – é a pessoa a quem pode ser exigido o cumprimento da prestação tributaria.
Por vezes “ab initio”, a lei obriga ao pagamento do imposto pessoas diferentes daquelas em relação as
quais se verificam os pressupostos da tributação.
▪ Sucessão fiscal: outro individuo ocupa o lugar do sujeito passivo.
▪ Responsabilidade fiscal: visa reforçar a garantia de pagamento.
▪ Substituição fiscal:
b) Objecto
É a prestação a que o devedor do imposto está adstrito para com o sujeito activo.
c) Facto Jurídico
É a ocorrência de elementos (obtenção de rendimentos ou aquisição de bens) que hipoteticamente
previstos na lei como criadores de relações jurídico-fiscais fazem nascer a obrigação do imposto.
A obrigação fiscal constitui, no momento da verificação de tais factos ou situações e não no momento
da liquidação do imposto.
d) Garantia
É o conjunto de mecanismos legais que conferem ao sujeito activo a faculdade de obter coercivamente
do sujeito passivo o cumprimento da respectiva prestação.
A garantia geral das obrigações fiscais (como das obrigações civis) é o património do devedor, o
conjunto dos valores activos que o devedor possui.
A hipoteca confere ao credor o direito de ser pago pelo valor de certas coisas imoveis pertencentes ao
devedor. A hipoteca para produzir efeitos, tem de ser registada.
▪ Prestação de caução – é uma garantia facultativa, que se destina a assegurar o cumprimento
da obrigação fiscal através do deposito de dinheiro.
Este destina-se a suspensão da execução fiscal, ou atribuição de efeitos suspensivos aos recursos em
execução ou impugnação judicial.
a) Incidência
É a fase do imposto em que é feita, pela lei, a definição geral e abstracta dos actos ou situações sujeitos
a imposto e das pessoas sobre quem recai a respectiva prestação [art.100; 127/2; 179/2 al. O) CRM].
▪ Incidência real/objectiva – o que está sujeito a imposto, isto é, aquilo sobre que o imposto vai
recair.
▪ Incidência pessoal/subjectiva – quem está sujeito a imposto, isto é, a pessoa sobre quem
recai a obrigação de imposto.
É a fase, em suma, em que a lei determina o que vai estar sujeito a imposto (incidência real) e quem
vai estar sujeito a imposto (incidência pessoal).
b) Lançamento
É a fase do imposto que consta de um conjunto de operações administrativas que visam a identificação
do sujeito passivo do imposto e a determinação da matéria colectável.
c) Liquidação
É a fase que consiste na aplicação da taxa do imposto a matéria colectável para determinação da
colecta.
É a operação aritmética de aplicação de uma taxa a matéria colectável apurada na fase do lançamento,
para determinação do momento exacto de imposto devido pelo sujeito (colecta).
d) Cobrança
É a fase que consiste na entrada do momento do imposto nos cofres do Estado.
É a fase final da vida do imposto, para que tende toda a relação jurídico-fiscal com a cobrança
(pagamento) os valores correspondentes ao imposto vão dar entrada nos cofres do Estado e com isso a
relação jurídico-fiscal, normalmente extinguir-se-á.
Cobrança voluntaria – quando é efectuada nos prazos estabelecidos nas leis tributárias.
Cobrança coerciva – quando o pagamento nãoé realizado nos prazos estabelecidos, havendo
lugar a instauração de um processo de execução fiscal e ao pagamento de juros de mora.
Pagamento à boca do cofre – é efectuado durante um certo prazo de vencimento, fixado para
cada imposto, em regra 1 mês.
Pagamento com juros de mora – é realizado após este período e durante os prazos que
presidem o relaxe.
No pagamento coercivo insere-se no processo da execução fiscal. Instaurado o processo executivo
devedor pode optar pelo pagamento na totalidade ou em prestações, pela dação em cumprimento ou
pela nomeação d bens a penhora.
Quando o sujeito activo e passivo forem reciprocamente credor e devedor aquele pode livrar-se da sua
obrigação por meio da compensação e em relação a créditos reconhecidos por acto administrativo ou
decisão judicial, a que tenha direito o sujeito passivo em razão de pagamentos indevidos de tributos.
De acordo com o disposto nos art.150 e 151 a compensação pode ocorrer por iniciativa do sujeito activo
e do sujeito passivo.
Nos casos e que o sujeito passivo tenha efectuado pagamento de imposto superior ao devido a AT
pode tomar a iniciativa de compensar qualquer outra divida tributaria (presente do sujeito passivo, ou
com consentimento deste, compensar qualquer divida tributária futura).
A compensação por iniciativa do propósito sujeito passivo de dívidas tributárias presentes ou futuros
deve ser requerida ao Ministério da Economia e Finanças antes d instauração do processo executivo.
Sendo o credito do sujeito passivo insuficiente para cobrir a totalidade da divida tributaria, segue-se a
seguinte ordem de compensação:
juros de mora;
Outros encargos legais;
Multas; e
Divida tributária, incluindo juros compensatórios.
Dentro da mesma hierarquia (por ex: juros de mora) a compensação segue a seguinte ordem:
Consiste em o devedor do imposto cumprir a obrigação de imposto mediante a entrega de bens móveis
e imóveis.
Esta forma de cumprimento da divida tributaria encontra-se consagrada por exemplo no 9 da Lei
n°12/2007, de 27 de Junho que refere que o imposto sobre a produção do petróleo pode ser pago em
espécie por opção do Estado.
Segundo o art.46 LGT, a confusão ocorre quando se reúnem as qualidades de credor e devedor de
uma mesma obrigação de imposto na mesma entidade publica.
O instituto da confusão, que no direito fiscal moçambicano não encontra nenhuma particularidade em
relação ao direito civil, encontra-se desenvolvido nos art.868 e seguintes, sendo de aplicação
subsidiária por forca do art.2/3 a) LGT.
e) Falência/Insolvência
Pode caracterizar-se como estado do devedor impossibilitado de solver as suas dívidas vencidas,
podendo ser uma mera situação de facto ainda não judicialmente reconhecida ou um estado
judicialmente declarado.
De acordo com art.47 LGT a falência ou insolvência judicialmente declarada determina a extinção
provisória das dívidas tributárias que não tenham podido tornar-se efectivas no processo executivo. A
extinção só se torna definitiva se no prazo de prescrição o sujeito passivo judicialmente falido ou
insolvente não se reabilitar.
A propósito, JORGE LOPES DE SOUSA, refere que decorrido o prazo de prescrição, a obrigação deixa
de existir como obrigação coercivamente exigível substituindo apenas como obrigação natural. Segundo
o art.402 CC a obrigação natural “se funda num mero dever de ordem moral ou social, cujo o
cumprimento não é judicialmente exigível, mas corresponde a um dever de justiça”.
Portanto, decorrido o prazo de prescrição, a obrigação espontaneamente realizada (ainda que com
ignorância da prescrição) não pode ser repetida e a realização é considerada como cumprimento.
a) Garantia geral
Conforme resulta do art.161/1 LGT o património do devedor é a garantia geral que o credor do imposto
dispõe. O mesmo decorre dos arts. 601 e 817 CC.
Porem, nos termos dos artigos supra-mencionados, não serve de garantia os bens impenhoráveis.
Outros meios são as providências cautelares (arresto e arrolamento) que são meios judiciais a favor
da administração tributária, usadas em caso de fundado receio de diminuição das garantias de cobrança,
frustração de execução da divida ou extravio ou deterioração de documentos conexos com obrigações
tributarias.
De forma e evitar ou sancionar tais violações, a nossa legislação consagra um conjunto de garantias que
podem ser agrupadas em 2 grandes grupos:
O direito a informação sobre a sua concreta situação tributaria e a informações vinculativas [art.50
al. d) e art.101 LGT].
O direito de esclarecimento acerca da interpretação das leis tributarias e do modo mais cómodo e
seguro de as cumprir [art.50 al. c) e art.99 e 100 LGT.
Direito a notificação e fundamentação dos actos do procedimento tributário que interfiram com
direitos e interesses legalmente protegidos (art.53 LGT).
Direito a audição prévia (art.58 LGT).
Direito a caducidade da liquidação (art.86 LGT).
Direito a prescrição da divida tributária (art.48 LGT)
Direito ao reembolso de prestações indevidas (art.167 LGT)
Direito a juros indemnizatórios (art.170 LGT).
B) GARANTIAS IMPUGNATÓRIAS
São meios através dos quais um sujeito poe em crise a conformidade de um determinado acto da
administração tributária com o ordenamento jurídico e tem como objectivo proceder a sindicância ou
controle desse acto.
Estas garantis podem ser:
Nos termos do art.126 LGT a reclamação graciosa visa a anulação total ou parcial dos actos da
administração tributaria, é dirigido ao serviço que aprovou o acto e depende da iniciativa do sujeito
passivo ou interessado, quando se verifiquem quaisquer ilegalidades excepto a nulidade e a existência
jurídica, pois estes, conforme disposto no art.125/4 LGT, só podem ser declarados em recurso
hierárquico ou contencioso.
Errónea qualificação e quantificação dos rendimentos, lucros, valores patrimoniais e outros factos
tributários, incluindo a inexistência total ou parcial do acto tributário;
Incompetência;
Ausência ou vício da fundamentação legalmente exigida;
Preterição de formalidades legais.
Prazo para decidir – uma vez apresentada a reclamação deve ser decidida dentro de 60 dias (art.132/3
LGT).
Impedimentos de interpor reclamação graciosa – nos termos do art.127/2 LGT não pode ser dirigida
reclamação graciosa quanto tiver sido apresentado recurso contencioso sobre a mesma matéria.
Efeitos jurídicos – em regra dispõe o art.129 LGT a reclamação graciosa não tem efeito suspensivo,
isto é, não suspende a execução do acto objecto da reclamação, salvo se for prestada garantia
adequada. Conforme o art.161/4 LGT a garantia pode ser bancaria, caução, seguro-caução ou qualquer
outro meio susceptível de assegurar as dividas.
Cumulação de pedidos e coligação – segundo o art.130 LGT na reclamação graciosa pode haver
cumulação de pedidos e coligação de reclamantes, desde que não seja prejudicial para a celeridade da
decisão, haja identidade do tributo e do órgão competente para a decisão, bem como dos fundamentos
de facto e de direito.
Prazo – art.139 LGT o recurso é apresentado no prazo de 90 dias a contar da notificação da decisão.
Decisão – art.140 LGT deve ser decidido no prazo de 60 dias a contar da data da entrega do recurso.
Efeitos jurídicos – art.138, n2 e 3 conjugado com art.129 LGT, o recurso hierárquico tem efeito
devolutivo, não suspende a execução do acto objecto de recurso, salvo se for prestada garantia
adequada. Segundo o art.161/4 LGT a garantia pode ser bancaria, caução, seguro-caução ou qualquer
outro meio susceptível de assegurar as dividas.
Ensina SALDANHA SANCHES, o poder tributário envolve uma extensiva intromissão do Estado na
esfera pessoal do contribuinte, pois implica alterações no seu património, por isso, se toda a actividade
publica deve ser submetida ao controlo jurisdicional, mester é, fortiriori, que a atribuição seja um domínio
onde a tutela dos direitos dos contribuintes seja tratada com particular relevo.
Recurso contencioso (impugnação judicial) – visa a anulação total ou parcial dos actos
tributários.
Prazo – 30 dias apos a ratificação no caso de indeferimento da reclamação graciosa, revisão dos actos
da liquidação, revisão da matéria tributável por métodos indirectos e revogação dos actos (art.128/7 e
art.127/2 LGT) e 90 dias a notificação da decisão sobre o recurso hierárquico (141 LGT).
iii) Acções
Essas acções podem ser propostas por quem invoque a titularidade de um direito ou interesses
legalmente protegido a reconhecer e, apenas quando este meio processual se mostre ser o mais
adequado para assegurar a tutela do direito ou interesse legalmente protegido.
Isto significa que se o interessado puder utilizar outro meio como recurso contencioso, deverá faze-lo, na
medida em que este será o meio adequado para tutelar a sua posição jurídica.
Estas intimações representam como diz SOFIA DAVID, a consagração de uma tutela de urgência de
natureza não cautelar, que encontra a sua principal justificação na própria natureza dos bens jurídicos a
necessitar de prestação: direitos, liberdades e garantias ou direitos fundamentais de natureza análoga.