Direito Fiscal RAUL

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 8

VICE-REITORIA DA ÁREA ACADÉMICA

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS


CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Cadeira: Direito Fiscal e Aduaneiro

Tema do trabalho de campo: Impostos estaduais e não estaduais

Agostinho Raul Muguduane

Inhambane, Maio de 2022


Índice geral

I. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3

1.1. Objectivo ........................................................................................................................ 3

1.1.1. Objectivo geral ............................................................................................................. 3

1.1.2. Objectivos específicos .................................................................................................. 3

II. METODOLOGIA ............................................................................................................. 3

III. QUADRO TEÓRICO ...................................................................................................... 4

3.1. Definição de Imposto ...................................................................................................... 4

3.2. Caracterização Do Imposto.............................................................................................. 4

3.3. Impostos estaduais e impostos não estaduais ................................................................... 5

3.4. Sistema Tributário Moçambicano .................................................................................... 6

IV. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 8

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................... 8
I. INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende contribuir para a discussão dos impostos estaduais e não estaduais,
entre outros aspectos pertinentes que abordam sobre a tributação sobre tudo os impostos.

A palavra Imposto veio do Latim “impositu”, que significa obrigado a aceitar ou a realizar à
força. É uma contribuição financeira que o Estado exige das pessoas singulares ou colectivas,
a fim de fazer face às despesas públicas.

Os impostos são as prestações obrigatórias, avaliáveis em dinheiro, exigidas por uma entidade
pública para a prossecução de fins públicos, sem contraprestação individualizada, e cujo facto
tributário assenta em manifestações de capacidade contributiva. os impostos são criados para a
satisfazer as necessidades colectivas dos cidadãos, com objectivos fiscais, sociais e económicas
(Pena, 2014).

1.1. Objectivo

1.1.1. Objectivo geral

▪ Debruçar sobre os impostos estaduais e não estaduais

1.1.2. Objectivos específicos

▪ Conceituar os impostos estaduais e não estaduais


▪ Mencionar os impostos estaduais e não estaduais
▪ Descrever o sistema tributário moçambicano.

II. METODOLOGIA

A presente pesquisa contou com o método baseado no levantamento bibliográfico para a sua
elaboração, sendo assim todas as obras usadas estão devidamente citadas e referenciadas no
último capítulo do presente trabalho.
III. QUADRO TEÓRICO

3.1. Definição de Imposto

Ao longo dos tempos o conceito de imposto tem vindo a sofrer alterações consideráveis,
variando a mesma segundo a época e segundo as características que o iam informando. Desde
da ideia da relação da subordinação de vencido para vencedor até à obrigação de contribuir para
a satisfação das despesas publicas, o conceito de imposto passou, na sua evolução, por diversas
fases, nomeadamente, na idade Média tinha a característica de presente dado ao soberano,
traduzindo, por vezes, a ideia de humilde pedido feito por este aos seus vassalos para prover à
sua subsistência (Pena, 2014).

Em certa altura significou, mesmo, assistência dada ao Estado a título de favor, mas, com o
fortalecimento do poder real, tornou-se contribuição obrigatória e anual com vista à satisfação
das necessidades do soberano e do reino. Com o advento da Revolução Francesa, transformou-
se o conceito de imposto na honrosa obrigação de cada um contribuir para a satisfação das
despesas públicas.

Não existe uma definição constitucional do imposto, limitando-se a lei fundamental a afirmar
no seu artigo 100o CRM que: “os impostos são criados ou alterados por lei, que os fixa segundo
critérios de justiça social”, ou ainda no artigo 127, nºs 2 e 3 que:

“2.Os impostos são criados ou alterados por lei, que determina a incidência, a taxa, os
benefícios fiscais e as garantias dos contribuintes.”

“3. Ninguém pode ser obrigado a pagar impostos que não tenham sido criados nos termos da
Constituição e cuja liquidação e cobrança não se façam nos termos da lei.”

3.2. Caracterização Do Imposto

Da noção do imposto que acabamos de ver podemos dizer que o mesmo possui as seguintes
características:

O imposto é uma prestação pecuniária;


O imposto é uma prestação coactiva;
O imposto é uma prestação unilateral;
O imposto é uma prestação a título definitivo;
O imposto é uma prestação sem carácter de sanção;
O imposto é uma prestação devida ao Estado ou outros entes públicos;
O imposto é uma prestação com vista a realização de fins públicos.

Os impostos são classificados como:

i. Impostos directos, que incidem directamente no rendimento ou na riqueza (IRPC e IRPS


e Imposto Especial sobre o Jogo);
ii. Impostos Indirectos, que atingem rendimento do consumidor final através do respectivo
nível de despesa (IVA).

Em função do tipo de taxas aplicáveis, os impostos (em particular os impostos directos)


classificam-se ainda em:

a. Proporcionais – quando a respectiva taxa permanece fixa, qualquer que seja o montante
da matéria colectável (é exemplo o IRPC);
b. Progressivos – quando a respectiva taxa é tanto mais elevada quanto maior seja o
montante da matéria colectável (é exemplo o IRPS);
c. Degressivos – quando o imposto é essencialmente de taxa proporcional, mas se
estabelecem taxas mais suaves aplicáveis no patamar inferior da pirâmide dos
rendimentos colectáveis (constituiu exemplo em Moçambique o antigo Imposto
Profissional);
d. Regressivos – quando a respectiva taxa varie em função inversa do rendimento
colectável (o Imposto Pessoal Autárquico e o Imposto de Reconstrução Nacional, com
as suas taxas de quantitativo fixo.

3.3. Impostos estaduais e impostos não estaduais

De acordo com o manual do direito fiscal e aduaneiro do ISCED, os Impostos Estaduais são
aqueles que tem como sujeito activo o Estado, e são, portanto, de âmbito nacional.

São impostos Estaduais os seguintes:

Impostos directos:

❖ IRPS;
❖ IRPC;
Impostos indirectos:

❖ IVA;
❖ ICE;
❖ Direitos aduaneiros

Os Impostos não estaduais têm como sujeito activo, uma pessoa colectiva pública diferente
do Estado, por exemplo uma autarquia local ou um instituto público.

Constituem impostos autárquicos:

I. Sisa
II. Imposto Sobre Veículos
III. Imposto Predial Autárquico
IV. Imposto Pessoal Autárquico
V. Contribuição de Melhorias
VI. Taxas por Licenças e Taxas por Actividade Económica

3.4. Sistema Tributário Moçambicano

Para a realização dos fins que se propõe, e que se traduzem na realização de despesas orientadas
fundamentalmente à satisfação de necessidades públicas (necessidades colectivas da sociedade
organizada politicamente), o Estado necessita de obter receitas. Tais receitas provêm
prioritariamente da cobrança de tributos (prestações compulsivas, pecuniárias ou em espécie)
que podem revestir a natureza de impostos ou de taxas, ou da venda e exploração de bens do
património público (receitas patrimoniais).

O sistema tributário em vigor em Moçambique integra o seguinte conjunto de impostos:


Fonte: Sistema Geral para Imposto em Mocambique, (2011).
IV. CONCLUSÃO

Na base do trabalho feito, concluiu-se que o imposto é uma prestação coactiva, patrimonial,
positiva, não sinalagmática, sem caracter de sanção, estabelecida por lei, a favor de uma
entidade pública ou com funções pública para a satisfação das necessidades públicas e
redistribuição de riquezas, independentemente de qualquer vínculo anterior.

Com a realização do presente trabalho, deu para entender que é Considerado imposto estadual
quando o estado toma conta como o sujeito activo, e esses podem ser Impostos sobre o
Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS), Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Colectivas (IRPC) e o Imposto sobre o Valor acrescentado (IVA), que constitui o foco deste
estudo, uma vez que a pesquisa abordou sobre o envolvimento do consumidor na redução da
evasão fiscal desse imposto.

Na mesma perspetiva entendeu-se que os impostos não estaduais são aqueles que tem por
sujeito activo pessoas colectivas de natureza diferentes como o caso de regiões autónomas,
autarquias locais e instituições públicas, como por exemplo o imposto sobre veículo, taxas
radiofusão, e não representa o objecto da pesquisa.

BIBLIOGRAFIA

• Jone, C., E. (2016). Manual do curso de licenciatura em direito. ISCED, Beira.


• Quadro legal. (2011). Sistema Geral para Imposto em Mocambique. 2ed. Dezembro.
• Pena, C. (2014). Apontamentos de Direito Fiscal Moçambicano. Maputo, Moçambique:
Escolar editora.

Você também pode gostar