Aula 08 - Romantismo 2° e 3° Geração

LITERATURA
TURMA (EXT)
AULA 08
PROF° ALÊ BRAZ
Poesia Romântica (continuação) Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como o desterro de minh'alma errante,

SEGUNDA GERAÇÃO ROMÂNTICA Onde fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade — é desses tempos
Ultrarromântica ou byroniana. Que amorosa ilusão embelecia.
Spleen: tédio pela vida. A morte como solução. Só levo uma saudade — é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas...
Natureza tétrica, noturna, sepulcral. De ti, ó minha mãe, pobre coitada
Que por minha tristeza te definhas!
Mulher que se assemelha a um fantasma.
De meu pai... de meus únicos amigos,
Poucos — bem poucos — e que não zombavam
Álvares de Azevedo. Quando, em noite de febre endoudecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.
(1831 – 1852)
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!
Só tu à mocidade sonhadora
Do pálido poeta deste flores...
Se viveu, foi por ti! e de esperança
De na vida gozar de teus amores.
Beijarei a verdade santa e nua,

Verei cristalizar-se o sonho amigo....
Ó minha virgem dos errantes sonhos,
Filha do céu, eu vou amar contigo!
Descansem o meu leito solitário

Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nelas
— Foi poeta — sonhou — e amou na vida.—
Obras de referência: Noites na Taverna (prosa) Sombras do vale, noites da montanha

Que minh'alma cantou e amava tanto,
Lira dos Vinte anos (poesia) Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!
Lembrança de Morrer
Mas quando preludia ave d'aurora
Quando em meu peito rebentar-se a fibra E quando à meia-noite o céu repousa,
Que o espírito enlaça à dor vivente, Arvoredos do bosque, abri os ramos...
Não derramem por mim nem uma lágrima Deixai a lua prantear-me a lousa!
Em pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impura

A flor do vale que adormece ao vento: TERCEIRA GERAÇÃO ROMÂNTICA
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.
Condoreira ou Hugoana.
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Horrores da escravidão como temática.
Do deserto, o poento caminheiro
— Como as horas de um longo pesadelo Natureza grandiosa.
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Pontuação emocional Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
Castro Alves. "Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!...
(1847 – 1871)
(...)
Obra de referência: Vozes d’África (poesia)
IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho

Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas

Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...

E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,

A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra,

E após fitando o céu que se desdobra,
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Poesia Romântica (continuação) Que se desfaz ao dobre de um sineiro;

Como o desterro de minh'alma errante,

Beijarei a verdade santa e nua,

Descansem o meu leito solitário

Obras de referência: Noites na Taverna (prosa) Sombras do vale, noites da montanha

E nem desfolhem na matéria impura

Obra de referência: Vozes d’África (poesia)

Era um sonho dantesco... o tombadilho

Negras mulheres, suspendendo às tetas

E ri-se a orquestra irônica, estridente...

Presa nos elos de uma só cadeia,

No entanto o capitão manda a manobra,

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