Fisiopatologia PDF Aula 2

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FISIOPATOLOGIAS QUE ESTUDAREMOS NAS

PRÓXIMAS AULAS:

• Doença cardiovascular (IAM, AVC)


• Hipertensão (Obesidade)
• Doença renal crônica (IRA, IRC)
• Diabetes (Tipos 1 e 2, pancreatite)
• Sistema respiratório (DPOC)
• Depressão (Burnout, depressão pós parto, transtornos
mentais e alimentares)
• Dor (Fibromialgia)
• Câncer (Mama, útero, próstata, pele, sangue)
• Alzheimer e Parkinson
• Vícios (dependência química, fumo, jogos)
SISTEMA RENAL
RIM
FISIOPATOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA RENAL
A fisiopatologia da insuficiência renal, aguda ou
crônica, pode ter diversos níveis. Se a patologia
que danifica os rins se encontra “antes” dos
rins, é denominada como insuficiência renal de
causa pré-renal, como por exemplo nos casos
associados a insuficiência cardíaca ou a
depleção de volume nos vasos.
(Desaparecimento ou diminuição da quantidade
de um líquido existente no organismo ou em
determinado órgão, em especial o sangue.)
FISIOPATOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA RENAL
Por sua vez, se a patologia é intrínseca aos
rins, como é o caso da glomerulonefrite ou
da pielonefrite agudas, a insuficiência
renal é considerada de causa renal.
FISIOPATOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA RENAL
Finalmente, se a causa de
insuficiência renal se relaciona
com obstrução da drenagem
urinária, como por exemplo na
hipertrofia da próstata, denomina-
se pós-renal.
LESÃO RENAL AGUDA
Os sinais e sintomas de insuficiência renal são geralmente
tardios, pelo que surgem nos estádios mais avançados da
doença renal crónica. Podem resultar da diminuição de
filtração glomerular, como os edemas (inchaço), a
diminuição da eliminação urinária ou a hipertensão
arterial. No estádio 4, ou de forma mais comum no estádio
5, podem surgir sinais ou sintomas mais evidentes, como
fraqueza generalizada (astenia), falta de apetite (anorexia),
náuseas, vómitos e alterações do sistema nervoso central
(lentidão do raciocínio, sonolência e raramente crises
convulsivas). Estes sintomas iniciais da insuficiência renal
crónica são explicados aos doentes que já se encontram
em seguimento nas consultas de nefrologia. Em grande
parte dos casos, no entanto, a doença renal é detectada
em análises de rotina sem suspeita prévia da sua
existência.
No geral, tanto a insuficiência renal
crônica, quanto a insuficiência renal
aguda podem acontecer em
decorrência de outras doenças,
como a diabetes, a hipertensão, a
doença dos rins policísticos e a
presença de obstruções nos rins,
como pedras.
QUAIS SÃO OS PRIMEIROS SINAIS DE
INSUFICIÊNCIA RENAL?

• Inchaço nas pernas ou no rosto.


• Cólica renal.
• Infecção urinária (ardor para urinar ou
dor lombar associada a febre, urina
com mal cheiro ou turva, dificuldade
para urinar ou sentir vontade de urinar
muitas vezes ao dia)
• Sangue na urina.
OS GRANDES VILÕES

• Embutidos,
• enlatados,
• refrigerantes,
• salgadinhos,
• biscoitos recheados e outros
ultraprocessados

são alimentos ricos em sódio e figuram entre os


alimentos que prejudicam os nossos rins de forma
mais severa
A insuficiência renal crónica
não tem “cura”. É muito
importante e decisivo para o
atraso da sua progressão e
correto manuseamento, uma
referenciação precoce às
consultas de nefrologia.
Já a insuficiência renal aguda pode
ter “cura”. Nos casos de
insuficiência renal aguda de origem
tóxica (fármacos ou intoxicações),
torna-se fundamental cessar a sua
administração. Os anti-inflamatórios
não esteróides, por exemplo, são
uma causa frequente de
insuficiência renal aguda.
OBSERVAÇÃO

Os anti-inflamatórios não esteroides


são uma classe de medicamentos
prescritos para controlar a dor, a
febre e a inflamação. Também fazem
parte dessa classe drogas como o
ácido acetilsalicílico, o ibuprofeno,
naproxeno, diclofenaco, nimesulida .
CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

• Choque circulatório;
• Infecção generalizada;
• Desidratação;
• Queimaduras extensas;
• Excesso de diuréticos;
• Obstrução dos rins;
• Insuficiência cardíaca grave;
• Glomerulonefrite aguda (inflamação nas
unidades filtrantes do rim, chamadas
glomérulos).
CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

A doença renal crônica é uma


diminuição lenta e progressiva
(durante meses ou anos) da
capacidade dos rins de filtrar os
resíduos metabólicos do
sangue. As causas principais
são diabetes e pressão arterial
alta.
FISIOPATOLOGIA DO DM
DIABETES MELLITUS

Diabetes Mellitus (DM) consiste em um distúrbio


metabólico caracterizado por hiperglicemia
persistente. Esse distúrbio é causado pela
deficiência na produção de insulina ou na sua
ação, ocasionando complicaçõessistêmicas a
longo prazo. O DM pode ser causado por dois
mecanismos principais: deficiência na
produção ou ação da insulina, sendo
classificado em dois grupos principais de
acordo com a causa, o tipo 1 e o tipo 2,
respectivamente.
DM TIPO 1
No DM tipo 1, a deficiência na produção da insulina possui dois
mecanismos já estabelecidos:
• Autoimune (1A)- Possui autoanticorpos (Anti-Ilhota, anti-GAD, anti-IA-
2) identificados como marcadores da doença autoimune, que muitas vezes
aparecem nos exames antes mesmo das manifestações clínicas.

• Idiopática (1B)-Não possui marcadores de doença autoimune, não


sendo identificada a sua causa.
Ambos levam a destruição gradual das células β
pancreáticas. Infecções virais e exposição a
antígenos vem sendo associadas, por mimetismo
molecular, que em indivíduos com predisposição
genética, pode desencadear o processo autoimune.
Devido a sua fisiopatologia, os pacientes que
recebem o diagnóstico em sua maioria são crianças
e adolescentes, sendo uma quantidade muito
inferior de adultos (Latent Autoimmune Diabetes of
Adults) que desenvolve o DM tipo 1
DM TIPO 2
No DM tipo 2, há resistência à insulina nas células, que
gera um aumento da demanda de síntese da insulina
na tentativa de compensar o déficit em sua ação.
Inicialmente, por conta disso, há um
hiperinsulinismo,sendo representada clinicamente
pela acantose. A manutenção deste quadro, causa
uma exaustão das células β pancreáticas, explicando
parcialmente o déficit na secreção da insulina nestes
pacientes, quando a doença já está avançada. O
hipoinsulinismo relativo, devido a produção
insuficiente para a alta demanda sistêmica, não
consegue manter os níveis glicêmicos normais e,
portanto, há uma hiperglicemia persistente.
O DM tipo 1 possui clínica clássica e o
diagnóstico mais precoce devido às
suas manifestações agudas. Este
grupo é composto por crianças e
adolescentes, sendo incomum do
aparecimento em adultos, que é
denominada de Latent Autoimmune
Diabetes of Adults(LADA).
SINTOMAS QUE ESSES PACIENTES APRESENTAM
•Poliúria- eliminar quantidades excessivas de
urina
•Polidipsia- sede anormal ou excessiva
•Polifagia - fome excessiva e pela vontade de
comer acima do normal
•Emagrecimento
•Enurese noturna (incontinência urinária)
•candidíase vaginal podem aparecer em
crianças pequenas.
Uma manifestação que já pode diagnosticar
DM tipo 1, é a cetoacidose diabética, devido
à ausência de insulina . A cetoacidose
diabética é diagnosticada por meio de
exames de sangue que mostram níveis
elevados de glicose, cetonas e ácido. O
tratamento da cetoacidose diabética envolve
a reposição de líquidos por via intravenosa e
insulina.
Os pacientes com DM tipo 2, em sua maioria,
são obesos, sedentários e com outros fatores
de risco para doenças cardiovasculares.
Alguns pacientes com DM tipo 2 podem
apresentar sintomas típicos de diabetes, mas
a maioria passa meses a anos assintomáticos,
só apresentando sintomas quando já
possuem lesão em órgão-alvo.
O DM tipo 1 possui uma origem multifatorial que envolve uma
complexa rede de genes e alterações fisiológicas e bioquímicas,
desencadeando reações autoimunes, gerando a produção de
anticorpos específicos que culminam na destruição das células
beta pancreáticas, prejudicando assim a produção e secreção de
insulina.
Diabetes tipo 2 caracteriza-se por resistência à ação da insulina
associada à disfunção progressiva das células beta do pâncreas,
levando à deficiência relativa, e, em alguns casos, absoluta, da
secreção deste hormônio.
Como você já percebeu, a principal diferença entre os dois tipos de
diabetes é que, no tipo 1, o corpo não consegue produzir a
insulina para metabolizar a glicose. Por sua vez, no tipo 2, existe
uma resistência do próprio organismo à ação da insulina
produzida, como se ela não fizesse o efeito que lhe é próprio.
Exercício de fixação
1.Quando há a falência dos rins, quais são
as alternativas para esse caso?
2. Quais são os exames radiológicos para
diagnostico de calculo renal?
3. Como se faz o diagnóstico da
insuficiência renal?
4. Quais sinais e sintomas do DM?
5. DM tem cura? Quais as formas de
melhor conviver com ela?

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