Aula 12 DIABETES

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ENFERMAGEM GERAL

TEMA: DIABETES MELLITUS:


DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO,
EPIDEMIOLOGIA, CAUSAS E FACTORES DE
RISCO

Prof: Nemias
Definicao
A diabetes mellitus (DM) é uma doença crónica,
multissistémica, caracterizada pelos distúrbios no
metabolismo dos carbohidratos, dos lípidos e das proteínas
com presença de níveis altos de glicose no sangue.

É causada pela ausência ou deficiência na secreção de


insulina e/ou por graus variáveis de resistência à mesma.
Classificação Etiológica
Diabetes Tipo 1
 Auto-imune
 Idiopática

Diabetes Tipo 2
 Obesos
 Não obesos
Causas

A Diabetes Mellitus tipo 1 (DM 1) é causada pela


destruição das células beta do pâncreas, levando a uma
deficiência absoluta de insulina.

Esta forma pode ser subdivida em duas formas, a saber:


 Auto-imune : quando a causa é mediada por um
mecanismo auto-imune,

 Idiopática ou de causa desconhecida.


A Diabetes Mellitus tipo 2 (DM 2) é um grupo heterogéneo
de distúrbios caracterizados por defeitos variáveis na
secreção ou acção da insulina ou por uma maior produção de
glicose.
Os factores de risco para o DM tipo 1
Genéticos
Ambientais, não totalmente esclarecidos.
Condição de pré-diabetes
Os factores de risco para a DM tipo 2
• Genéticos:
• Obesidade.
• Síndrome metabólica: intolerância à glicose, Pacientes
com pré-diabetes
• Estilo de vida ocidental com dieta rica em gorduras e
pobre em carbohidratos e fibras, alto nível de stress
• Pouco exercício físico
• Estilo de vida sedentário
• Mulheres que tiveram DM gestacional
Manifestações Clínicas na Fase Inicial diabetes
mellitus tipo 1.
• Poliúria
• Polidipsia ou sede excessiva
• Polifagia,
• Astenia, fraqueza muscular, cãibras,
• Perda de peso,
• Náuseas
• Alterações da visão
• Estas manifestações podem ter sido precedidas de uma
infecção, geralmente virais das vias aéreas ou
gastrointestinal.
No exame físico os sinais que o paciente com DM 1
apresenta são:

• TA baixa devido a hipovolêmia e hipotensão


• Doente pode estar emagrecido devido ao estado catabólico
com redução do glicogénio, proteínas e triglicéridos.
• Nos casos em que o paciente se apresente com cetoacidose
diabética: alterações da consciência, náuseas e vómito
A diabetes mellitus tipo 2, no período inicial , é
assintomática, permanecendo não diagnosticada por muitos
meses ou anos.
Os sintomas mais comuns são:
• Fadiga, fraqueza.
• Tonturas.
• Visão embaciada.
No exame físico os sinais que o paciente com DM 2
apresenta são:
• Na fase inicial da doença quadro clínico não é muito
específico, o paciente pode ser sobre-peso ou obeso.
As complicações agudas da DM

1.Cetoacidose Diabética (CAD): é a acidose provocada pela


presença de ácidos cetónicos levando a cetose; ocorre em
geral em doentes com DM tipo1.
2.Síndrome Hiperosmolar Hiperglicémico (SHH) é uma
descompensação metabólica caracterizada por um valor muito
elevado de glicémia; ocorre em geral em doentes com DM
tipo 2.
Complicações Crónicas
complicações vasculares:
 Microangiopatias-quando afectam vasos de pequeno
calibre
• Ocular causando a retinopatia diabética – que é a
principal causa de cegueira entre os 30 e 65 anos

• Renal causando a nefropatia diabética – mais frequente na


DM tipo 1 do que na DM tipo 2
Neurológico causando neuropatia diabética –causando
várias alterações neuropáticas como as úlceras neuropáticas,
situação conhecida como pé diabético
 Macroangiopatias-afectam vasos de grande e médio
calibre
• Artérias coronárias causando a doença coronária
• Artérias periféricas, sobretudo membros inferiores,
causando úlceras diabéticas
• Artérias cerebrais causando a doença vascular cerebral
• Artéria renal causando insuficiência renal
Outras complicações incluem as seguintes:
• Problemas gástricos, causando gastroparesias e diarreia
• Problemas urinários
• Disfunção sexual
• Maior susceptibilidade as infecções
• Alterações cutâneas
• Perda da audição
• Catarata.
Exames auxiliares e diagnóstico
H.CLINICA
Sintomas clássicos de diabetes (poliúria, polidipsia e perda de peso
inexplicável)
+
Concentração aleatória (casual) de glicose plasmática de ≥ 200mg/dL
(≥11,1 mmol/L)

Concentração de glicose plasmática em jejum de pelo menos 8h ≥ 126mg/dL (≥7 mmol/L)


Tratamento não medicamentoso
Dieta
As finalidades do controle da nutrição são:
• Alcançar e manter os níveis óptimos de glicémia
• Reduzir os factores de risco cardiovascular incluindo a
dislipidemia e a hipertensão
• Providenciar uma dieta balanceada e nutritiva
• Controle do peso – recomenda-se uma perda de peso de
pelo menos 5 a 10% do peso corporal em 3 a 6 meses.
• Carbohidratos – As refeições devem conter carbohidratos
ricos em fibra como: vegetais, legumes, cereais integrais e
frutas.
• Evitar o consumo de açucares refinados, subistituir o
açucar por adoçantes.
• Comer três refeições por dia de forma a distribuir o
aporte dos carbohidratos.
• Gorduras –Evitar ou limitar o consumo das seguintes
gorduras: carnes gordas, produtos lácteos com gordura,
óleos de coco ou palma e alimentos processados.
• Álcool – restringir o consumo de álcool para não mais de
1 a 2 bebidas padrão por dia.
• O álcool pode causar hipogicemia em doentes tratados
com insulina ou sulfonilureias.
• Sal – restringir o consumo de sal para menos de 6g/dia,
particularmente em pessoas com hipertensão arterial.
• A actividade física. Ela melhora a sensibilidade à
insulina e na redução do peso
Tratamento medicamentoso
Insulinoterapia

• A insulina é o tratamento de eleição para pessoas


com DM 1, que não têm insulina, e de muitas
pessoas com diabetes tipo 2, que não respondem à
dietaterapia e ao exercício ou aos ADO’s
Hipoglicemiantes ou Anti-diabéticos Orais (ADO’s) Para o
tratamento de DM 2
Aqueles que aumentam a secreção de insulina, denominadas
Sulfoniluréias como por exemplo a Glibenclamida.

Aqueles que reduzem a produção de glicose, denominadas


Biguanidas como por exemplo a Metformina.

Aqueles que aumentam a sensibilidade à insulina,


denominadas Tiazolidinedionas, como por exemplo a
Rosiglitazona.

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