Psicologia Social

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E GESTÃO

A atitude e o Género

Estela Armando
Maputo, 2023
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E GESTÃO

A atitude e o Género

Trabalho de Pesquisa a ser apresentado


no Instituto Superior de Ciências e
Gestão (INSCIG), no curso de Gestão de
Recursos Humanos na disciplina de
Psicologia Social

Estela Armando
Maputo, 2023
Indice
1. Introdução ......................................................................................................................5

1.1 Objetivos ..................................................................................................................6

1.1.1 Geral ......................................................................................................................6

1.1.2 Objetivos específicos ............................................................................................6

1.3 Metodologia .............................................................................................................6

2.1 Desenvolvimento .....................................................................................................7

2.1.1 Conceito de Atitude ..............................................................................................7

2.2 Teorias de Atitude ....................................................................................................7

2.2.1 Teoria da Ação Racional.......................................................................................7

2.2.2 Teoria da Dissonância Cognitiva ..........................................................................7

2.2.3 Teoria da Elaboração Cognitiva ...........................................................................7

2.3 Componentes de Atitude ..........................................................................................7

2.3.1. Cognitivo .............................................................................................................8

2.3.2. Afetivo .................................................................................................................8

2.3.3. Comportamental...................................................................................................8

2.4 Formação de atitude.....................................................................................................8

2.4.1 Experiência Direta ................................................................................................8

2.4.2 Socialização ..........................................................................................................8

2.4.3 Comunicação ........................................................................................................9

2.5 Processo de mudança de atitude ..............................................................................9

2.5.1 Comunicação Persuasiva ......................................................................................9

2.5.2 Acesso à Informação .............................................................................................9

2.5.3 Experiências Contrárias ........................................................................................9

3. Gênero .........................................................................................................................10

3.2 Teorias sobre Diferença de Gênero........................................................................10


3.2.1 Teoria da Socialização ........................................................................................10

3.2.2 Teoria da Construção Social ...............................................................................10

3.2.3 Teoria Feminista .................................................................................................11

3.3 Formação de Estereótipos Sexuais ........................................................................11

3.4 Componente das Multidões ...................................................................................11

Conclusão ........................................................................................................................12

Referencias Bibliograficas ...............................................................................................13


1. Introdução
As atitudes moldam nossas percepções e influenciam nossas interações diárias,
desempenhando um papel crucial no entendimento humano e nas dinâmicas sociais. Ao
explorar o conceito de atitude, este trabalho busca compreender as complexidades
subjacentes às avaliações, sentimentos e disposições que as pessoas mantêm em relação
a objetos, pessoas e ideias. Analisaremos as teorias que fundamentam a formação e
mudança de atitude, bem como os componentes cognitivos, afetivos e comportamentais
que compõem esse fenômeno psicossocial.

Simultaneamente, mergulharemos no âmbito do gênero, um construto social que vai além


das dicotomias biológicas e influencia profundamente os papéis e comportamentos
atribuídos a homens e mulheres. Exploraremos teorias que elucidam as diferenças de
gênero, examinando a socialização, construção social e perspectivas feministas. Além
disso, abordaremos a formação de estereótipos sexuais, resultantes de influências
culturais, mídia e ambiente educacional.

Ao longo deste trabalho, buscaremos uma compreensão mais profunda das atitudes e do
gênero, reconhecendo sua interconexão e impacto significativo na psicologia individual
e nas dinâmicas sociais
1.1 Objetivos
1.1.1 Geral
 Compreender aspetos ligados a Atitude e Género

1.1.2 Objetivos específicos


 Definir o conceito de atitude
 Descrever as teorias de atitude e componentes de atitude
 Explicar formação de atitude e processo de Mudança de atitude
 Definir o conceito de género
 Descrever Teorias sobre diferença de género Formação de estereótipos sexuais e
componentes das multidões

1.3 Metodologia
Para este trabalho foi usado o método bibliográfico, que segundo Martins (2007:24),"
refere que este método consiste em proceder ao levantamento da informação que dê
suporte à fundamentação teórico metodológico ao estudo, e a grande vantagem deste
método é a inalterabilidade e naturalidade da informação recolhida".

Para SALKING (1999), a revisão bibliográfica prepara o terreno para a criação de uma
proposta de investigação bem-feita e para a realização de um estudo frutífero.
2.1 Desenvolvimento
2.1.1 Conceito de Atitude
Gordon (1954), uma atitude é uma disposição mental e neural para avaliar algum aspecto
do mundo de forma favorável ou desfavorável."

Segundo Ajzen (1988), "uma atitude é uma disposição aprendida a responder de maneira
consistente a um objeto social."

Desta feita, Atitude refere-se a avaliações, sentimentos e disposições que as pessoas têm
em relação a objetos, pessoas ou ideias. Pode ser positiva, negativa ou neutra.

2.2 Teorias de Atitude


2.2.1 Teoria da Ação Racional
Esta teoria, muitas vezes associada a Fishbein e Ajzen, sugere que as atitudes são
determinantes da ação. Em outras palavras, o comportamento de uma pessoa é
influenciado pela sua atitude em relação a esse comportamento e pelas normas sociais
percebidas associadas a ele. A teoria da ação racional é frequentemente aplicada em
contextos de tomada de decisão.

2.2.2 Teoria da Dissonância Cognitiva


Essa teoria aborda a inconsistência cognitiva, ou seja, quando uma pessoa percebe uma
discrepância entre suas atitudes ou crenças e seu comportamento. A dissonância cognitiva
cria um desconforto psicológico, levando a pessoa a buscar a consistência, muitas vezes
ajustando suas atitudes para se alinharem ao seu comportamento.

2.2.3 Teoria da Elaboração Cognitiva


Esta teoria, associada a Petty e Cacioppo, enfoca a persuasão e argumenta que a eficácia
da persuasão depende do nível de envolvimento cognitivo do receptor da mensagem.
Quanto mais envolvida a pessoa está no processamento da informação, mais profunda e
duradoura será a mudança de atitude. A teoria da elaboração cognitiva destaca a
importância do processamento central versus periférico na persuasão.

2.3 Componentes de Atitude


As atitudes são compostas por três componentes: cognitivo, afetivo e de comportamento.
2.3.1. Cognitivo
O componente cognitivo refere-se às crenças e pensamentos que uma pessoa tem em
relação a um objeto, pessoa, ideia ou situação. Essas crenças podem ser baseadas em
informações objetivas ou subjetivas, e representam o aspecto "o que eu penso sobre isso".
Por exemplo, se alguém acredita que exercício regular é bom para a saúde, essa crença
faz parte do componente cognitivo de sua atitude em relação ao exercício.

2.3.2. Afetivo
O componente afetivo envolve os sentimentos e emoções associados a um objeto. Essas
emoções podem variar de positivas a negativas e influenciam a avaliação global da pessoa
sobre o objeto. Continuando com o exemplo do exercício, se alguém sente prazer e
satisfação ao se exercitar, esses sentimentos fazem parte do componente afetivo de sua
atitude em relação ao exercício.

2.3.3. Comportamental
O componente comportamental está relacionado aos comportamentos observáveis em
relação ao objeto. Isso inclui as ações ou reações manifestadas em relação ao objeto da
atitude. No exemplo do exercício, o componente comportamental pode ser observado nas
ações da pessoa, como ir regularmente à academia, praticar esportes ou adotar um estilo
de vida ativo.

2.4 Formação de atitude


2.4.1 Experiência Direta
A formação de atitudes por meio de experiências pessoais diretas envolve a vivência
direta com o objeto, pessoa ou ideia em questão. Essas experiências podem ser positivas,
negativas ou neutras e desempenham um papel fundamental na moldagem das atitudes
individuais. Por exemplo, alguém que teve experiências positivas em viagens pode
desenvolver uma atitude positiva em relação a explorar novos lugares.

2.4.2 Socialização
A socialização refere-se ao processo pelo qual os indivíduos aprendem e internalizam
normas, valores e comportamentos considerados apropriados em uma sociedade ou grupo
social. A influência da família, amigos e cultura desempenha um papel significativo na
formação de atitudes. Por exemplo, as atitudes em relação a questões morais muitas vezes
refletem as normas éticas internalizadas durante a socialização.

2.4.3 Comunicação
A comunicação desempenha um papel crucial na formação de atitudes. A mídia, a
propaganda e a comunicação interpessoal têm o poder de moldar as percepções e
influenciar as atitudes das pessoas. Mensagens persuasivas, imagens e narrativas podem
impactar a forma como as pessoas veem determinados temas. Por exemplo, campanhas
de conscientização podem influenciar atitudes em relação a questões sociais.

2.5 Processo de mudança de atitude


2.5.1 Comunicação Persuasiva
A comunicação persuasiva envolve a apresentação de mensagens destinadas a influenciar
as atitudes, crenças ou comportamentos de uma pessoa. Isso pode ser feito através de
diferentes canais, como publicidade, propaganda, discursos ou campanhas de
conscientização. A persuasão muitas vezes se baseia em estratégias como apelos
emocionais, evidências lógicas e técnicas retóricas para convencer uma pessoa a adotar
uma nova atitude.

2.5.2 Acesso à Informação


O acesso à informação refere-se à exposição a novos dados, fatos ou conhecimentos que
podem influenciar as atitudes existentes. Quando as pessoas recebem informações
relevantes e persuasivas, especialmente se essas informações são percebidas como
credíveis e confiáveis, há uma oportunidade de mudança de atitude. Isso pode ocorrer
através de várias fontes, como mídia, educação ou experiências diretas de aprendizado.

2.5.3 Experiências Contrárias


As experiências contrárias envolvem vivenciar eventos ou situações que contradizem as
atitudes atuais de uma pessoa. O confronto com experiências que não se alinham às
crenças existentes pode criar uma discrepância cognitiva, levando a uma reavaliação das
atitudes. Isso está relacionado à Teoria da Dissonância Cognitiva de Festinger, que sugere
que as pessoas buscam consistência entre suas atitudes e comportamentos.

Essas estratégias podem ser usadas individualmente ou em combinação para influenciar


a mudança de atitude. A eficácia desses métodos pode depender de vários fatores,
incluindo a credibilidade da fonte, a natureza persuasiva da mensagem e a disposição
cognitiva da pessoa em questão. O estudo dessas estratégias contribui para a compreensão
de como as atitudes podem ser modificadas de maneira eficaz.

3. Gênero
Judith Butler, uma filósofa e teórica de gênero, é conhecida por sua abordagem
performativa ao gênero. Para ela, gênero não é algo inato ou biologicamente determinado,
mas sim uma performance social. Em sua obra "Gender Trouble" (1990), ela argumenta
que gênero é uma série de ações repetidas e rituais que constroem a ilusão de uma
identidade de gênero estável. Butler destaca a fluidez e a construção social do gênero,
desafiando noções tradicionais e binárias.

Simone de Beauvoir, uma filósofa existencialista, em seu livro "O Segundo Sexo" (1949),
examina a condição das mulheres na sociedade. Para Beauvoir, o gênero é uma construção
social imposta às mulheres. Ela argumenta que "não se nasce mulher: torna-se mulher",
destacando que a feminilidade não é uma característica natural, mas sim um papel social
atribuído às mulheres. Beauvoir desafia as limitações impostas pelo patriarcado e destaca
a importância da liberdade e da autonomia para as mulheres.

Em suma, Gênero refere-se aos papéis, comportamentos e expectativas culturalmente


construídos e atribuídos a homens e mulheres. Vai além das diferenças biológicas entre
os sexos e abrange as normas sociais, identidade de gênero e expressão de gênero.

3.2 Teorias sobre Diferença de Gênero


3.2.1 Teoria da Socialização
Propõe que os papéis de gênero são aprendidos por meio da socialização, à medida que
as pessoas internalizam normas, valores e comportamentos associados a homens e
mulheres desde a infância.

3.2.2 Teoria da Construção Social


Argumenta que o gênero é uma construção social, não inato. Destaca que as identidades
de gênero são moldadas por fatores culturais, históricos e sociais, e não apenas pela
biologia.
3.2.3 Teoria Feminista
Aborda as desigualdades de gênero, promove a igualdade entre os sexos e examina as
estruturas sociais que perpetuam a discriminação com base no gênero. Existem várias
correntes dentro do feminismo, cada uma com ênfases específicas.

3.3 Formação de Estereótipos Sexuais


1. Socialização: Influência cultural e familiar molda a percepção de papéis e
comportamentos associados aos sexos.
2. Mídia: Representações estereotipadas em filmes, programas de TV, publicidade,
etc., contribuem para a formação e reforço de estereótipos.
3. Ambiente Educativo: A partir da infância, as normas de gênero são muitas vezes
reforçadas por meio da educação, contribuindo para a formação de estereótipos.

3.4 Componente das Multidões


Psicologia das Multidões: Comportamento coletivo difere do comportamento individual
quando as pessoas estão em grupos.

Influência Social: O comportamento de massa é frequentemente influenciado pelo


ambiente social e por dinâmicas de grupo.

Identidade de Grupo: O sentimento de pertencimento a um grupo pode moldar as


atitudes e comportamentos individuais em relação ao gênero
Conclusão
Diante do exposto sobre atitude, teorias de atitude, componentes de atitude, formação de
atitude, e considerando também a discussão sobre gênero, teorias de diferença de gênero,
formação de estereótipos sexuais e o componente das multidões, podemos observar a
complexidade e a interconexão desses conceitos na compreensão do comportamento
humano.

As atitudes, sendo compostas por componentes cognitivo, afetivo e comportamental,


desempenham um papel fundamental na tomada de decisões e no direcionamento do
comportamento individual. As teorias de atitude, como a da Ação Racional, Dissonância
Cognitiva e Elaboração Cognitiva, fornecem insights valiosos sobre como as atitudes são
formadas, mantidas e modificadas.

No contexto do gênero, as teorias de socialização, construção social e o olhar feminista


destacam a influência da cultura, da educação e das estruturas sociais na formação das
identidades de gênero e na percepção de papéis sexuais. A formação de estereótipos
sexuais, muitas vezes enraizada na socialização, mídia e ambiente educativo, contribui
para expectativas e normas de gênero.

Além disso, o componente das multidões revela que o comportamento coletivo pode
divergir do comportamento individual, sendo influenciado por dinâmicas sociais,
psicologia das multidões e identidade de grupo.

Em suma, a compreensão das atitudes e do gênero requer uma abordagem multifacetada,


considerando não apenas os aspectos individuais, mas também as influências sociais,
culturais e ambientais. Essa interdisciplinaridade é essencial para uma compreensão
holística e contextualizada do comportamento humano em relação a objetos, pessoas e
ideias, assim como nas complexas dinâmicas de gênero na sociedade.
Referencias Bibliograficas
Ajzen, I. (1988). Attitudes, Personality, and Behavior. Open University Press.

Allport, G. W. (1954). The Nature of Prejudice. Addison-Wesley

Beauvoir, S. de. (1949). The Second Sex. Alfred A. Knopf

Butler, J. (1990). Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity. Routledge.

MARTINS, G.A (2007). Manual para elaboração de monografia e dissertações, 3ª


edição, São Paulo, Atlas S.A.

SALKING, N. J. (1999). Métodos de investigacion. Prentice Hall, México 1999.

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